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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Utilização da Simulação do enchimento e da solidificação no aumento da eficiência do metal vazado na DURITCAST Mestrado Integrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais Pedro Miguel Andrade Cardoso Dissertação realizada sob a supervisão do Professor Doutor Carlos Alberto Silva Ribeiro, Do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto E do Eng.º Ricardo Ferreira e Eng.º Luís Sierra, Da empresa DURITCAST. Porto, Julho de 2009

Utilização da Simulação do enchimento e da … Pedro Miguel Andrade Cardoso Código 010508022 TÍTULO Utilização da simulação do enchimento e da solidificação no aumento

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  • Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

    Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais

    Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao

    no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    Mestrado Integrado em Engenharia Metalrgica e de Materiais

    Pedro Miguel Andrade Cardoso

    Dissertao realizada sob a superviso do

    Professor Doutor Carlos Alberto Silva Ribeiro,

    Do Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais

    Da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

    E do Eng. Ricardo Ferreira e Eng. Lus Sierra,

    Da empresa DURITCAST.

    Porto, Julho de 2009

  • CANDIDATO Pedro Miguel Andrade Cardoso Cdigo 010508022

    TTULO Utilizao da simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    DATA 17 de Setembro de 2009

    LOCAL Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Sala C603 - 11:00h

    JRI Presidente Professor Doutor Henrique Manuel Cunha Martins dos Santos

    DEMM/FEUP

    Arguente Professor Doutor Antnio Alberto Caetano Monteiro DEM/EEUM

    Orientador Professor Doutor Carlos Alberto Silva Ribeiro DEMM/FEUP

  • i

    Agradecimentos

    Desejo agradecer a todas as pessoas que contriburam para a realizao desta

    dissertao, especialmente ao meu orientador o Professor Doutor Carlos Silva Ribeiro e a

    todos os colaboradores da DURITCAST, em especial ao Eng. Ricardo Ferreira e Eng. Lus

    Sierra, Vicente e ao Joo Duarte.

    Gostaria tambm de agradecer todos pela fora e apoio demonstrados, em especial

    aos meus pais Carlos e Irene e ao meu irmo Srgio Cardoso bem como aos meus amigos

    Daniel Casanova, Pedro Trigo, Cludia Lopes, Snia Simes e Natrcia Silva.

  • ii

    Resumo

    Este trabalho foi efectuado no mbito da Tese de Mestrado do 5 ano do Mestrado

    Integrado em Engenharia Metalrgica e Materiais da Faculdade de Engenharia da

    Universidade do Porto em parceria com a DURITCAST.

    Esta dissertao transcreve os acompanhamentos na implementao, adaptao dos

    meios existentes de trabalho, procura de informao sobre configurao e parametrizao

    de um novo software de simulao de enchimento e solidificao em Portugal, o QuikCAST,

    comercializado pela ESI Group, na empresa DURITCAST S.A., com o objectivo de prever

    defeitos e problemas de alimentao e gitagem no enchimento e solidificao para reduzir

    o refugo de certas peas, nomeadamente defeitos de porosidade, bem como o

    acompanhamento de ensaios para validao dos resultados obtidos na simulao e

    finalmente a transmisso de toda a informao e mtodo de trabalho do programa aos

    responsveis da sua utilizao no futuro.

    Relativamente s simulaes efectuadas, foram usadas trs hipteses de gitagem e

    trs camisas exotrmicas diferentes para se obter peas sem qualquer porosidade. As

    variveis da simulao (alimentao, temperaturas) foram definidas a partir das

    alimentaes j existentes, mas outras que foram formuladas em trabalho de equipa, de

    reunies que eu mantinha com os responsveis de Engenharia e Controlo do Processo.

    No final obteve-se a validao experimental da hiptese que melhor convinha a

    DURITCAST S.A., tendo sido os objectivos propostos atingidos.

  • iii

    Abstract

    This work was made for the master thesis of 5 year of the Mestrado Integrado em

    Engenharia Metalrgica e Materiais of Faculdade de Engenharia da Universidade do

    Porto in partnership with DURITCAST.

    This thesis describes the development work of implementing new simulation software

    of filling and solidification in Portugal, produced by the ESI Group, the QuikCAST in the

    company DURITCAST, to predict and prevent defects and problems of feeding and gating in

    the filling and solidification with the purpose to reduce the scrape rate of certain parts

    which have porosity problems. Relatively the simulations, it had been used some

    exothermic sleeves and gating alternatives to get a casting free of porosity. The

    implementation and calibration of the simulation program in the company was made by

    me, as well the study of the different gating hypothesis.

    In the end it was made an experimental validation of the alternative way that better

    agreed to DURITCAST, having been reached the considered objectives.

  • iv

    ndice

    Agradecimentos i

    Resumo ii

    Abstract iii

    ndice iv

    ndice de figuras v

    1. Introduo 1

    1.1. Apresentao da DURITCAST 1

    1.2. Consideraes Gerais 2

    2. Fundamentos tericos 4

    2.1. Fundamentos de Alimentao e Gitagem 4 2.1.1. Sistema de alimentao 4 2.1.2. Sistema de gitagem 5

    2.2. Caractersticas das ligas e da areia verde usadas na produo 9

    2.3. Software de simulao de Enchimento e Solidificao 11 2.3.1. Mtodo das Diferenas Finitas 11 2.3.2. Software QuikCAST 11

    3. Mtodo Experimental 13

    3.1. Definio dos parmetros de pr-processamento da simulao 17

    4. Resultados e Discusso das Simulaes 18

    4.1. Hiptese 1 20

    4.2. Hiptese 2 29

    4.3. Hiptese 3 36

    5. Validao da pea 43

    6. Concluso 46

    Referncias 48

    Anexos 49

  • v

    ndice de figuras Figura 1 e 2. Imagem em Solidworks da pea A173 esquerda e da B174 direita ----------- 2

    Figura 3. Imagem dos pontos quentes da pea A173 em QuikCAST ------------------------------ 3

    Figura 4. Imagem dos pontos quentes da pea B174 em QuikCAST ------------------------------ 3

    Figura 5. Esquematizao de um sistema de alimentao ----------------------------------------- 6

    Figura 6. Perfil do fluxo metlico: a) em queda livre; b) dentro de um gito de paredes

    paralelas; c) dentro de um gito cnico --------------------------------------------------------------- 8

    Figura 7. Turbulncia em metais lquidos ------------------------------------------------------------ 9

    Figura 8. Interface grfica do QuikCAST ----------------------------------------------------------- 12

    Figura 9. Menu de criao do modelo de estudo -------------------------------------------------- 13

    Figura 10. Menu de importao dos ficheiros ------------------------------------------------------ 13

    Figura 11. Menu Model e os seus submenus ---------------------------------------------------- 13

    Figura 12. Submenu de reparao automtica da malha ("automatic mesh fixing") --------- 14

    Figura 13. Submenu Domains Manager do menu Model, onde se cria os volumes e

    escolhe o material ------------------------------------------------------------------------------------- 15

    Figura 14. Submenu 3D Grid/Mesh Generation do menu Model -------------------------- 15

    Figura 15. Menu geral do QuikCAST, em especial o menu Process--------------------------- 16

    Figura 16 e 17.Submenu input data check ( esquerda) e solidification material

    parameteres ( direita) do menu Process------------------------------------------------------ 16

    Figura 18. Imagem da verso inicial da pea A173, com alimentadores laterais, e duas

    camisas exotrmicas centrais ------------------------------------------------------------------------ 18

    Figura 19.Imagem verso inicial da pea B174, apenas uma pea por placa de moldao - 18

    Figura 20.Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em

    corte no VisualCAST (temperatura de vazamento 1340C CFSP = 0.6, para CFSP =0.8 o

    resultado foi muito semelhante a este) ------------------------------------------------------------ 20

    Figura 21 e 22.Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em

    corte no VisualCAST (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) --- 21

    Figura 23. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (T=1340C) --------- 21

    Figura 24. Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em

    corte no VisualCAST (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6) ------------------------- 22

    Figura 25 e 26.Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em

    corte no VisualCAST (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) --- 22

    Figura 27. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C, CFSP=0.6) ----------------------------------------------------------------------- 23

  • vi

    Figura 28. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6) -------------------------------------------------- 23

    Figura 29 e 30. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) ---------------------------- 23

    Figura 31. Resultado do tempo de solidificao da simulao no VisualCAST (temperatura

    de vazamento 1340C) -------------------------------------------------------------------------------- 24

    Figura 32. Resultado da Shrinkgage Porosity (macroporosidade) da simulao no

    VisualCAST (temperatura de vazamento 1340C, CFSP= 0.6) ----------------------------------- 24

    Figura 33. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C) --------------------------------------------------------------- 25

    Figura 34 e 35. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) ---------------------------- 25

    Figura 36. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6) -------------------------------------------------- 26

    Figura 37. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.8) -------------------------------------------------- 26

    Figura 38 e 39. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) ---------------------------- 27

    Figura 40. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6) -------------------------------------------------- 27

    Figura 41 e 42. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) ---------------------------- 28

    Figura 43. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6) ----------------------------------------------- 29

    Figura 44. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.8) ----------------------------------------------- 29

    Figura 45 e 46. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6) -------------- 30

    Figura 47. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C) --------------------------------------------------------------- 30

    Figura 48. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6) -------------------------------------------------------------------- 31

    Figura 49. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6) ----------------------------------------------- 31

    Figura 50 e 51. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6) -------------- 31

  • vii

    Figura 52. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C) --------------------------------------------------------------- 32

    Figura 53. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6) -------------------------------------------------------------------- 32

    Figura 54. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6) ----------------------------------------------- 33

    Figura 55 e 56. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6) -------------- 33

    Figura 57. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6) -------------------------------------------------------------------- 34

    Figura 58. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6) ----------------------------------------------- 34

    Figura 59 e 60. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6) -------------- 35

    Figura 61. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C) --------------------------------------------------------------- 36

    Figura 62. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6) ----------------------------------------------- 36

    Figura 63 e 64. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFSP = 0.6) ----------- 37

    Figura 65. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6) -------------------------------------------------------------------- 37

    Figura 66. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6) ----------------------------------------------- 38

    Figura 67 e 68. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFSP = 0.6) ----------- 38

    Figura 69. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C) --------------------------------------------------------------- 39

    Figura 70. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFS = 0.6) ------------------------------------------------- 39

    Figura 71 e 72. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFS = 0.6) ------------- 40

    Figura 73. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFS = 0.6) ---------------------------------------------------------------------- 40

    Figura 74. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFS = 0.6) ------------------------------------------------- 40

  • viii

    Figura 75. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFS = 0.8) ------------------------------------------------- 41

    Figura 76 e 77. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFS = 0.6) ------------- 41

    Figura 78. Pea A173 em da hiptese 1 (que foi produzida) esquerda e corte da pea com

    destaque para o n2 o local onde aparecia rechupe direita ----------------------------------- 43

    Figura 79. Imagem do corte da pea na zona n 2, onde agora no aparece rechupe ------- 43

    Figura 80. Imagem em corte da pea B174,sem aparecimento de rechupe ------------------- 44

    Figura 81 e 82.Imagem em corte do alimentador de topo (da camisa exotrmica) da pea.44

    Figura 83. Submenu input data check do menu Process------------------------------------ 50

    Figura 84. Imagem explicativa do que o volume inlet no QuikCAST ---------------------- 50

    Figura 85. Explicao visual do parmetro de pr-procesamento Surface Roughness ---- 51

    Figura 86. Menus dos parmetros de pr-processamento, Permeability, Ceramic Foam

    Filter e Surface Roughness, respectivamente ------------------------------------------------- 51

    Figura 87. Menus dos parmetros de pr-processamento, Temperature e External

    Exchance respectivamente ------------------------------------------------------------------------- 52

    Figura 88. Menus dos parmetros de pr-processamento, Exothermic Material e Contact

    Resistance respectivamente ------------------------------------------------------------------------ 52

    Figura 89. Submenu solidification material parameteres do menu Process ------------- 53

    Figura 90. Explicao do CFSP e CFSPipping ------------------------------------------------------- 53

    Figura 91. Submenu de escolha de clculo da simulao ---------------------------------------- 54

    Figura 92. Imagem com o clculo da seco de ataque para 2 ataques ----------------------- 54

    Figura 93. Imagem com o clculo da seco de ataque para 3 ataques ----------------------- 55

    Figura 94. Imagem com o clculo da seco de ataque para 5 ataques ----------------------- 55

    Figura 95. Simulao do enchimento em 2% ------------------------------------------------------- 56

    Figura 96 e 97. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita) --------------- 56

    Figura 98 e 99. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 99% (direita) --------------- 57

    Figura 100. Simulao do enchimento em 5%------------------------------------------------------ 57

    Figura 101 e 102. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita) ------------- 58

    Figura 103 e 104. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita) ----------- 58

    Figura 105. Simulao do enchimento em 5%------------------------------------------------------ 58

    Figura 106 e 107. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita) ------------- 59

    Figura 108 e 109. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita) ----------- 59

    Figura 110. Simulao do enchimento em 5%------------------------------------------------------ 60

    Figura 111 e 112. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita) ------------- 60

    Figura 113 e 114. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita) ----------- 61

  • ix

    Figura 115. Simulao do enchimento em 5%------------------------------------------------------ 61

    Figura 116 e 117. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita) ------------- 62

    Figura 118 e 119. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita) ----------- 62

    Figura 120. Simulao do enchimento em 5%------------------------------------------------------ 62

    Figura 121 e 122. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita) ------------- 63

    Figura 123 e 124. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita) ----------- 63

    Figura125. Simulao do enchimento em 20% pea A173 ---------------------------------------- 64

    Figura 126 e 127.Simulao do enchimento em 50% pea A173 (esquerda) e B174 (direita) 64

    Figura 128 e 129. Simulao do enchimento em 20% (esquerda) e 60% (direita) pea A173, a

    escala a mesma da hiptese 1 --------------------------------------------------------------------- 65

    Figura 130. Simulao do enchimento em 65% da pea B174 ----------------------------------- 65

    Figura 131. Simulao do enchimento em 25% pea B174 --------------------------------------- 66

    Figura 132 e 133.Simulao do enchimento em 60% pea B174 (direita) e A173 (esquerda) 66

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    1

    FEUP 2009

    1. Introduo

    Actualmente a engenharia recorre cada vez mais a softwares CAE (Computer

    Assisted Engineering) com o intuito de resolver problemas, usando a simulao. Para que

    as empresas de fundio garantam a qualidade das peas produzidas e competitividade,

    necessitam de adquirir um bom software de simulao do enchimento e solidificao de

    ligas metlicas. No mercado esto disponveis diversos softwares, como o MAGMASOFT,

    SOLIDCast/FLOWCast, Flow-3D, QuikCAST entre outros, havendo diferenas entres eles, a

    nvel de preos e mtodo de clculo da simulao.

    Os sistemas de alimentao e gitagem podem ser bastante complexos, sendo

    necessria a validao experimental, tornando-se assim os softwares de simulao numa

    preciosa ajuda, pois permitem de forma rpida prever os problemas, diminuindo os custos

    associados a refugo e ensaios realizados s peas. Se a pea apresentar problemas (como

    porosidades, etc.) efectua-se uma anlise, e se a anomalia for resultado do sistema de

    alimentao e gitagem, projecta-se um novo sistema que posteriormente simulado.

    1.1. Apresentao da DURITCAST

    A DURITCAST uma empresa pertencente ao Grupo DURIT (criado em 1981), que

    resulta da aquisio da FUSAG em 2008 e da posterior agregao da Metafalb em 2009.

    uma empresa que direcciona a maior parte da sua produo para a exportao,

    nomeadamente para os mercados da Alemanha, Frana e Espanha.

    Para melhorar a sua produo e melhorar a sua rentabilidade a DURITCAST investiu

    recentemente num software de simulao de enchimento e solidificao, para prever os

    defeitos das peas. O software adquirido foi o QuikCAST, comercializado pela ESI Group. A

    empresa adquiriu o software com vrios objectivos, entre os quais: aumentar a eficincia

    do metal vazado, diminuir a taxa de refugo, tornar mais rpido e eficaz o desenvolvimento

    dos sistemas de alimentao e gitagem, diminuir os custos com camisas exotrmicas, etc.

    A empresa utiliza um forno de induo com 2 cadinhos de cerca de 4 toneladas

    cada, e utiliza um programa de anlise trmica, o Phaselab.

    A DURITCAST tem um sistema de gesto da qualidade certificado pela Bureau

    Veritas Certification segundo a norma NP EN ISO 9001:2008.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    2

    FEUP 2009

    1.2. Consideraes Gerais

    Para validar a utilizao desta ferramenta de simulao na empresa, foi solicitado

    uma actualizao da produo de um fundido, ou seja, melhoria na pea A173 e produo

    da B174 em que as alteraes seriam no tipo de liga e na geometria da pea. A escolha

    destas peas foi efectuada em virtude de serem as peas mais problemticas da empresa

    (devido a sua massividade, ao vazamento de peas muito pesadas em moldao de areia

    verde e importncia do cliente), e as primeiras que a DURITCAST pretendia resolver usando

    j o novo software QuikCAST.

    A produo da pea A173 apresentava alguns rechupes, sendo necessrio melhorar o

    controlo desta. A B174 a ser futuramente produzida em duas peas por moldao

    (actualmente em produo apenas uma pea por moldao).

    Foi ento proposto desenvolver uma gitagem para as duas peas (gitagem com 2

    ataques por pea, recalculando a gitagem e os ataques e verificando que melhor camisa

    exotrmica a utilizar) para se produzir imediatamente, ficando em estudo novas opes de

    gitagem para testes e opes futuras (em especial na pea B174), com objectivo de

    diminuir o refugo e melhorar a eficincia do material vazado.

    O fundido consiste num travo industrial (utilizado nas turbinas elicas), com um

    peso aproximado de 95kg e volume 12900 cm3 (A173), 90kg e volume 12000 cm3 (B174)

    sendo produzidos em moldaes de areia verde com dimenses 1100x950x500 mm

    contendo 2 peas.

    Figura 1 e 2. Imagem em Solidworks da pea A173 esquerda e da B174 direita.

    A principal diferena, (para alm da geometria da pea), est na liga usada, EN-

    GJS-500-7 (DIN GGG50), na A173 e a EN-GJS-400-18-LT (DIN GGG40.3) na B174.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    3

    FEUP 2009

    As figuras 3 e 4 mostram os pontos quentes (locais crticos para aparecimento de

    rechupe na pea) das duas peas em estudo, simulados no programa QuikCAST. Como se

    pode verificar a zona crtica encontra-se no centro da pea, sendo nessa zona que existe

    uma maior probabilidade de aparecer rechupe.

    Figura 3. Imagem dos pontos quentes da pea A173 em QuikCAST.

    Figura 4. Imagem dos pontos quentes da pea B174 em QuikCAST.

    Na tabela I apresenta-se resultados de refugo de diversos anos relativos a pea

    A173, relativamente pea B174, como relativamente nova e foi pouco produzida

    (apenas com uma pea por moldao) no existem dados do refugo dos anos anteriores.

    Tabela I. Refugo da pea A173 nos anos de 2006 a 2008.

    Refugo 2006 2007 2008

    18,7% 14% 10%

    Peas produzidas

    anualmente

    (aproximadamente)

    12000 8000 10000

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    2. Fundamentos tericos

    2.1. Fundamentos de Alimentao e Gitagem

    2.1.1. Sistema de alimentao

    Os alimentadores tornam-se necessrios para suprir as necessidades de metal

    resultante da contraco do banho no estado lquido. Assim, pode-se evitar o

    aparecimento de rechupes resultantes da solidificao e contraco da liga.

    Para que o sistema de alimentao cumpra o seu objectivo, as dimenses, a

    geometria e o nmero de alimentadores tem que seguir alguns critrios (o do mdulo, o do

    volume e da distncia de alimentao) [1].

    Critrio do mdulo e do volume

    O critrio do mdulo consiste em criar condies para uma solidificao

    direccionada. A anlise de solidificao do conjunto (alimentador e fundido) deve

    confirmar a existncia de um caminho de solidificao, ou seja, um aumento progressivo

    do valor do mdulo de arrefecimento desde a seco mais distante a alimentar at ao

    interior do alimentador [1].

    O mdulo do alimentador deve ser superior ao da parte da pea ao qual est ligado,

    ou seja:

    Ma = x Mpp (1)

    Em que o valor de um coeficiente que depende do tipo e posicionamento do

    alimentador e do tipo da liga:

    = Factor de posio Factor do tipo da liga (2)

    Na maioria dos casos, suficientemente seguro atribuir ao alimentador um mdulo

    20% (para aos) a 30% (para ligas no ferrosas e ferro fundido nodular) superior ao mdulo

    do ponto quente [1].

    A utilizao de uma camisa exotrmica aumenta artificialmente o mdulo de

    arrefecimento do alimentador, podendo o seu dimetro ser reduzido relativamente ao de

    um alimentador sem camisa. Uma camisa tem os seus custos mas permite economias em

    termos de metal.

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    O critrio do volume pode ser expresso pela equao:

    (3)

    Onde:

    Contraco especfica da liga;

    - Rendimento do alimentador;

    Vpea Volume da pea a alimentar.

    Ao estabelecer a comparao entre os dois critrios, dever seleccionar-se, por

    precauo, aquele que conduz a um alimentador de maior dimetro de solidificao.

    Critrio da distncia de alimentao

    O alimentador tem um raio de aco limitado; por este motivo deve ser colocado o

    mais prximo possvel do ponto quente. Quando tal no possvel, til ter um critrio

    que defina a distncia mxima, ou seja a distncia de alimentao aquela que ao fim do

    qual, o alimentador deixa de ter qualquer efeito.

    O modo mais simples de aplicar o critrio da distncia desenhar um circulo

    centrado no alimentador com um raio igual a distncia de alimentao mais o raio do

    alimentador. Assim, a seco do fundido dentro do crculo alimentada.

    2.1.2. Sistema de gitagem

    O sistema de gitagem constitudo por um conjunto de canais, de geometria e

    dimenses apropriadas, que permitem transportar o metal em condies adequadas, (de

    temperatura, agitao, velocidade e direco) de modo a permitir encher toda a cavidade

    de moldao. O sistema de gitagem tem grande importncia na medida em que dever

    promover um enchimento suave e no turbulento de modo a reter a escria na bacia de

    vazamento, evitando assim que o metal reaja em demasia com moldao. Tambm deve

    garantir uma distribuio do metal a todas as partes da cavidade de moldao e garantir

    que haja uma distribuio de temperaturas adequada no arrefecimento e solidificao do

    metal [2,3].

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    Figura 5. Esquematizao de um sistema de alimentao [3].

    A figura 5 esquematiza um sistema de alimentao tpico, constitudo por bacia de

    vazamento, gito de descida, poo, canal de distribuio e ataques. As dimenses e

    geometria dos canais so muito importantes para garantir o controlo do fluxo de metal [3].

    Existem alguns pontos que devero ser considerados na elaborao de um sistema

    de gitagem como:

    o Tempo e velocidade de enchimento da moldao;

    o Seco de canais e ataques;

    o Maximizao do rendimento metlico;

    o Separao da pea dos canais de gitagem;

    A elaborao de um sistema de gitagem dever ter em conta certos fundamentos

    relativos dinmica de fluidos, como os teoremas de Bernoulli e Torricelli e a lei da

    continuidade.

    O teorema de Bernoulli pode ser explicado na medida em que a velocidade alta

    onde a presso baixa e vice-versa.

    Este teorema define que em qualquer ponto de um sistema fechado (um sistema de

    gitagem um sistema fechado quando a quantidade de metal que entra no sistema, pela

    bacia de vazamento, igual quantidade de metal que sai pelos ataques), a soma da

    energia potencial, cintica, presso e frico de um fluido igual a uma constante [3]:

    (4)

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    Onde existem trs componentes da energia a considerar:

    v2/2g = Energia cintica, sendo v a velocidade expressa em m/s e g a acelerao da

    gravidade em m/s2;

    h, em m, definido pela altura do, acima do plano de referncia arbitrrio, mas que para

    efeitos de clculo mantido constante durante a anlise do sistema. O plano de referncia

    , na prtica, o plano de apartao.

    / = Energia associada presso =, sendo a presso especfica (por unidade de rea)

    expressa em kg/m2 e a densidade do metal expresso em kg/m3.

    O teorema de Torricelli enuncia que num sistema fechado, a velocidade de

    escoamento do fluxo na base da bacia de vazamento, sem considerar perdas por atrito ser

    [3]:

    (5)

    Onde:

    v Velocidade do fluido na base do canal;

    g Acelerao da gravidade;

    h Altura do canal.

    A lei da continuidade estipula que para um sistema fechado de um lquido

    incompressvel e que possua paredes impermeveis, o caudal de um banho metlico ser o

    mesmo em todos os pontos que o constitui [3]:

    (6)

    Onde:

    Q Caudal (m3/s);

    A rea de seco recta ocupada pelo fluido (m2);

    v Velocidade do fluido (m/s)

    Na prtica esta lei pode ser verificada interpretando a figura 6, onde a velocidade

    do fluido aumenta na queda, o que significa que a rea da seco recta diminui. Este o

    motivo pelo qual o gito de descida , por norma, cnico [3].

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    Figura 6. Perfil do fluxo metlico: a) em queda livre; b) dentro de um gito de paredes paralelas;

    c) dentro de um gito cnico [3].

    No caso do gito de paredes paralelas criada uma zona de baixa presso. J no

    caso do gito cnico este acompanhar o fluxo que se mantm sempre em contacto com as

    paredes do gito, minimizando desta maneira a aspirao de ar da moldao e a turbulncia

    da superfcie [3].

    Velocidade crtica de vazamento

    Esta velocidade tem como objectivo principal de permitir que a frente do metal

    avance somente distncia cuja tenso possa preservar a integridade da superfcie. Para

    metais e ligas densas, a bibliografia recomenda que essa velocidade seja inferior 40cm/s

    [4].

    A gota de metal lquido encontra-se em equilbrio desde que se mova a uma

    velocidade mxima prxima da velocidade crtica [4].

    Se a altura de uma perturbao presente na superfcie do banho resultante do

    facto da velocidade de enchimento ultrapassar a velocidade crtica, o lquido deixa de ser

    suportado pela tenso superficial.

    Devido aco da gravidade, essa perturbao da superfcie ir colapsar e penetra

    no interior do metal lquido. A formao dessa perturbao est representada na figura 7

    [4].

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    Figura 7. Turbulncia em metais lquidos [4].

    2.2. Caractersticas das ligas e da areia verde usadas na produo

    A liga EN-GJS-400-18-LT (DIN GGG40.3) apresenta como grande diferena na

    composio relativa liga EN-GJS-500-7 (DIN GGG50) a adio de Nquel (0,20-0,35%) e a

    no adio de Cobre.

    A microestrutura da liga EN-GJS-400-18-LT ferrtica e contm um mximo de 7%

    de perlite. A liga EN-GJS-500-7 possui uma microestrutura ferrtica (60% aproximadamente)

    e perltica (40% aproximadamente) [5].

    As peas feitas na liga DIN GGG40.3 tm a particularidade de aguentar

    temperaturas de trabalho mais baixas (at 30C negativos) [5].

    As tabelas II, III e IV apresentam a composio qumica (sendo passvel de pequenas

    afinaes derivadas da prtica industrial, sendo que esta tabela e da empresa),

    propriedades mecnicas e temperaturas de Liquidus e Solidus referentes as duas ligas

    metlicas usadas nas produes das peas.

    Tabela II. Composio das ligas tabeladas na DURITCAST DIN GGG40.3 e DIN GGG50.

    Liga Composio (% mdia)

    C Si Mn S Mg P Ni Cu

    EN-GJS-400-18-LT 3,65 2,10 0,35 0,025 0,045 0,06 0,27 -

    EN-GJS-500-7 3,65 2,40 0,35 0,025 0,045 0,06 0,15 0,25

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    Tabela III. Propriedades mecnicas das ligas DIN GGG 40.3 e DIN GGG 50 [5].

    Material

    Resistncia traco

    Min. (MPa)

    Limite elstico 0.2%

    (MPa)

    Alongamento (%)

    HB

    Min Max

    EN-GJS-400-18-LT 400 240 18 130 180

    EN-GJS-500-7 500 320 7 170 190

    Tabela IV. Caractersticas das ligas DIN GGG 40.3 e DIN GGG 50 [5].

    Material Temperatura de Liquidus

    (C)

    Temperatura de Solidus

    (C)

    Densidade

    (kg/m3)

    EN-GJS-400-18-LT 1160 1089 7050

    EN-GJS-500-7 1148 1080 7000

    A tabela V refere-se as caractersticas da areia verde da moldao que utilizada

    na DURITCAST e portanto na produo das peas A173 e B174.

    Tabela V. Caractersticas da areia verde usada na DURITCAST.

    Areia Verde

    H2O

    (%)

    Bentonite

    Activa

    Compactabilidade

    (%)

    RCompresso

    (g\cm2) Permeabilidade

    Min Max 3,3 3,8 7 9,5 30 40 1500-2400 130-170

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    2.3. Software de simulao de Enchimento e Solidificao

    2.3.1. Mtodo das Diferenas Finitas

    A simulao pelo mtodo das diferenas finitas (FDM) tem como base uma malha

    composta por cubos unitrios, todos eles com as mesmas dimenses [6].

    A simulao consiste na interaco sucessiva da transferncia de propriedades entre

    cubos vizinhos. Um exemplo de software que usa este modelo o QuikCAST. As diferenas

    finitas tm as seguintes vantagens:

    o Gerao automtica da malha

    o Obteno rpida de resultados

    o Software de fcil utilizao

    E as seguintes desvantagens:

    o No possvel optimizar a malha

    o Menor preciso de clculo

    o No possvel simular fenmenos direccionais

    2.3.2. Software QuikCAST

    Na compra do QuikCAST e/ou do ProCAST comercializado pela ESI GROUP, so

    includos dois programas adicionais:

    o GEOMESH: Importador de ficheiros CAD (stl, igs, step), uma ferramenta pr-

    processadora para o MeshCAST, programa adicional fornecido pela ESI Group.

    o VisualCAST: O ps-processador de visualizao dos resultados [7].

    O QuikCAST um software de diferenas finitas (utiliza a combinao das equaes

    Navier-Stokes com a entalpia), mais bsico e mais econmico do que o ProCAST. O custo de

    uma licena ronda 40 mil euros. As simulaes neste programa so rpidas, demorando em

    mdia 10 horas a simulao de enchimento e solidificao e 2 a 3 horas apenas a simulao

    da solidificao (dependendo do numero de ns escolhidos para a malha e do step de

    clculo, estes tempos so para casos com n de ns a rondar os 5 milhes, o n de ns a

    utilizar dever ser entre os 3-6 milhes para melhores resultados). A verso utilizada foi a

    2009.

    Este software fcil de utilizar, tendo como vantagens o malhamento e reparao

    da malha que so criadas de modo automtico, sendo as simulaes rpidas e realistas

    (sendo os parmetros de ps-processamento mais requisitados a porosidade, tempo de

    solidificao, pontos quentes, velocidades do fluido na cavidade, este programa permite

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    tambm simular fundio injectada) possuindo uma base de dados muito vasta (podendo

    ser adicionados novos dados aos existentes). A figura 8 mostra a interface grfica do

    QuikCAST [7].

    Figura 8. Interface grfica do QuikCAST [7].

    O software ProCAST um software mais completo, utilizando o mtodo de

    elementos finitos, exigindo maiores requisitos computacionais. Uma mais-valia deste

    programa a simulao das microestruturas (dendrites, dureza HB, etc) e termo-

    mecnicas. O custo de uma licena ronda 120 mil euros, o que em comparao com o

    QuikCAST se torna muito dispendioso [7].

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    3. Mtodo Experimental

    Neste captulo vo ser abordados os dados de pr-processamento usados no

    QuikCAST, uma explicao de utilizao mais detalhada do programa encontra-se em

    anexo (alguns temos so em ingls, nomeadamente os menus do programa para melhor

    compreenso de quem for utilizar o QuikCAST).

    Inicialmente cria-se um novo modelo de estudo (escolhendo o nome e a

    localizao), como mostra a figura 9, e importa-se os ficheiros em formato stl, (que o

    mais recomendado, podendo ser importados outros formatos, tais como pmf, sm), dos

    diferentes componentes (gitagem, fundido, alimentadores, camisas, etc), como na figura

    10) [8].

    Figura 9. Menu de criao do modelo de estudo

    [8].

    Figura 10. Menu de importao dos ficheiros

    [8].

    Passando ao menu Model ter vrias opes, como sero explicadas algumas

    delas de seguida.

    Figura 11. Menu Model e os seus submenus [8].

    1 Passo

    2 Passo

    3 Passo

    4 Passo

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    No submenu "automatic mesh fixing" do menu Model (1 Passo) procede-se ao

    arranjo da malha (dos ficheiros importados).

    Figura 12. Submenu de reparao automtica da malha ("automatic mesh fixing") [8].

    No QuikCAST possvel criar volumes especficos como a moldao e o inlet (local

    de entrada do material fundido) no submenu "mesh basic shapes" (2 Passo). O passo

    seguinte ser gerar os volumes especficos (gitagem, fundido, camisas, etc) e escolher o

    tipo de material, liga e moldao (camisas exotrmicas, areias,) em Domains Manager

    (3 Passo).

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    Figura 13. Submenu Domains Manager do menu Model, onde se cria os volumes e escolhe o

    material [8].

    Posteriormente cria-se a grelha e a malha dos volumes no submenu 3D Grid/Mesh

    Generation (4 Passo), onde se escolhe o nmero de clulas (ou ns) em funo do

    tamanho da malha (no devendo exceder 6 milhes, devido a ao uso de memoria para o

    processo, dando erro de malha) [7].

    Figura 14. Submenu 3D Grid/Mesh Generation do menu Model.

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    No menu Process, refere-se a gravidade, os dados hidrulicos e trmicos para a

    simulao e os parmetros de solidificao do material [8].

    Figura 15. Menu geral do QuikCAST, em especial o menu Process [8].

    Figura 16 e 17. Submenu input data check ( esquerda) e solidification material

    parameteres ( direita) do menu Process [8].

    Estes dois submenus so importantes na simulao, com destaque para o submenu

    Solidification material parameteres, que nos permite escolher os parmetros para a

    deteco da porosidade (ver figura 17). [8]

    O parmetros de ps-processamento so visualizados no VisualCAST, sendo de

    salientar: pontos quentes, enchimento da cavidade (em funo da temperatura e

    velocidade), porosidade (Shrinkage Porosity), tempo de solidificao, fraco slida

    (simulado no enchimento) e lquida (simulada na solidificao).

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    3.1. Definio dos parmetros de pr-processamento da simulao

    Menu Input data check

    Os dados introduzidos neste menu so os necessrios para a simulao, podendo ser

    divididos em dois submenus: condies hidrulicas e trmicas (figura 16).

    Tabela V. Dados introduzidos no menu Input data check.

    Condies Hidrulicas Condies Trmicas

    Fluido inicial inlet Temperatura (1340C)

    Velocidade em funo do tempo de vazamento de 30s

    Trocas Externas Valor de 0,9 de emissividade para moldao/exterior

    Valor de 0,3 fundido/moldao

    Permeabilidade - 130 (areia verde) Material Exotrmico (tabela de camisas)

    Filtro cermico (ppi = 10 e espessura = 22mm)

    Resistncia de contacto

    Menu Solidification material parameters

    Neste parmetro existem duas opes (figura 17), o shrinkage calculation (com o

    Critical fraction solid piping (define o limite da fraco slida para a formao do

    pipping) e Critical fraction solid porosity (nos resultados usaremos a designao CFSP,

    que define o limite da fraco slida para formao da macro/micro porosidade, ou seja

    abaixo do valor introduzido s calcular microporosidade)) e o shrinkage parameters

    (com global contraction factor e based on density variation, sendo este ltimo o

    usado nas simulaes, onde utiliza a variao da curva de densidade da liga escolhida para

    obter resultados de contraco que influenciam a porosidade) [7].

    Finalmente procede-se ao incio da simulao (em start calculation com opes

    de simulao de apenas enchimento, apenas solidificao ou enchimento e solidificao.

    Em anexo explica-se alguns termos em mais pormenor, como por exemplo estes dois

    menus anteriores.

    Tabela VI. Caractersticas do computador utilizado nas simulaes na DURITCAST.

    Computador DURITCAST QuikCAST 2009

    Processador Quadcore X5450 3GHz

    Memria 8GB

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    4. Resultados e Discusso das Simulaes

    Uma vez que o principal defeito encontrado nesta pea era macro e microrechupe,

    sendo o parmetro de ps-processamento recomendado para analisar este tipo de defeito o

    shrinkage porosity no VisualCAST (referentes as simulaes em QuikCAST). O resultado

    tempo de solidificao foi apenas includo para verificao das zonas que demoram mais

    tempo a solidificar, outras simulaes extra como o enchimento encontra-se em anexo.

    Como j foi referido no ponto 1.2, a pea A173 j era produzida com duas peas

    por moldao (com duas camisa exotrmicas localizadas no topo/centro de cada pea e

    alimentadores laterais, ver figura 18), neste caso procedeu-se a alteraes na gitagem,

    primeiro recalculando a de 2 ataques por pea e posteriormente passando calculando uma

    gitagem com 3 ataques e 5 ataques por pea, e apenas usando uma camisa exotrmica na

    zona central/topo da pea.

    Figura 18. Imagem da verso inicial da pea A173, com alimentadores laterais, e duas camisas

    exotrmicas centrais.

    Na pea B174, apenas estava a ser produzido uma pea por moldao (com uma

    camisa exotrmica (igual a n1) localizada no topo/centro de cada pea), sendo necessrio

    calcular as gitagens para alimentao de duas peas por moldao, de igual modo que na

    anterior comeando por 2 ataques, depois 3 e finalmente 5 ataques por pea.

    Figura 19. Imagem da verso inicial da pea B174, apenas uma pea por placa de moldao.

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    Os parmetros gerais usados nas simulaes encontram-se detalhados na tabela VII.

    Tabela VII. Parmetros gerais usados nas simulaes.

    Parmetro A173 B174

    Temperatura vazamento 1340C

    Tempo de enchimento 30s

    Liga de vazamento GGG 50 GGG 40.3

    Material da Moldao Areia verde

    Filtro Cermico 10PPI

    Na tabela VIII encontram-se descritas as diversas hipteses de alteraes para as

    duas peas, tendo estas sido projectadas para aumentar o nmero de ataques a encher

    cada cavidade (os clculos das gitagens encontram-se em anexo), com o intuito de a pea

    encher de um modo mais uniforme e menos turbulento, visando tambm a diminuio de

    porosidade.

    Tabela VIII. Hipteses estudadas de alteraes feitas nas peas.

    Hiptese n Para as peas A173 e B174

    1

    Gitagem com 2 ataques por pea

    Opo A - Camisa exotrmica 1

    Opo B - Camisa exotrmica 2

    Opo C - Camisa exotrmica 3

    2

    Gitagem com 3 ataques por pea

    Opo A - Camisa exotrmica 1

    Opo C - Camisa exotrmica 3

    3

    Gitagem com 5 ataques por pea

    Opo B - Camisa exotrmica 2

    Opo C - Camisa exotrmica 3

    Em cada hiptese iremos alterar certos parmetros de pr-processamento na

    simulao, para uma maior comparao:

    Variao da gama de temperatura de vazamento (30C):

    1310C 1340C 1370C

    Variao do Critical Fraction Solid Porosity no shrinkage calculation

    CFSP = 0.6 e CFSP = 0.8 (apenas para a temperatura de 1340C):

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    Na tabela IX esto apresentadas as propriedades das camisas exotrmicas utilizadas

    nas simulaes. As camisas exotrmicas 2 e 3 so camisas com a mesma geometria e

    marca, sendo mais caras que a camisa exotrmica 1.

    Tabela IX. Propriedades das camisas exotrmicas 1, 2 e 3 utilizadas na simulao.

    Propriedade Camisa 1 Camisa 2 Camisa 3

    Volume 1900cm3 1350cm3 1500cm3

    Modulo 3,2 3,2 4,2

    Tempo de Queima 2minutos 3minutos 3minutos

    Dimenses 125/210mm 120/150mm 140/150mm

    4.1. Hiptese 1

    Nesta hiptese recalculou-se a gitagem da pea A173 e usou-se o mesmo tipo de

    gitagem para a pea B174. Nesta foram testadas 3 opes de camisas exotrmicas. O peso

    da gitagem de 28kg.

    Simulao da pea A173

    o Opo A Camisa exotrmica 1

    Figura 20. Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em corte no

    VisualCAST (temperatura de vazamento 1340C CFSP = 0.6, para CFSP =0.8 o resultado foi

    muito semelhante a este).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    21

    FEUP 2009

    Figura 21 e 22. Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em

    corte no VisualCAST (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita).

    Relativamente aos resultados obtidos na simulao para esta opo de camisa

    exotrmica, prev-se o aparecimento de porosidade na zona central da pea, como se

    pode verificar nas figuras 20, 21 e 22 (mesmo a uma temperatura de 1370C aparece

    porosidade na pea).

    o Opo B Camisa exotrmica 2

    Figura 23. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (T=1340C).

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    22

    FEUP 2009

    Figura 24. Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em corte no

    VisualCAST (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6).

    Figura 25 e 26. Resultado da macroporosidade (Shrinkage Porosity) da simulao vista em

    corte no VisualCAST (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita).

    Na pea A173 as simulaes prevem porosidade apenas na opo B (sendo uma

    porosidade mais reduzida do que a da opo A), nas figuras 23 a 25, no prevendo

    porosidade nas peas com uma temperatura de vazamento de 1370C (figura 26).

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    23

    FEUP 2009

    o Opo C - Camisa exotrmica 3

    Figura 27. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C, CFSP=0.6).

    Figura 28. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6).

    Figura 29 e 30. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita).

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    24

    FEUP 2009

    Nesta pea as simulaes da opo C no prevem aparecimento de porosidade nas

    peas em nenhuma das condies simuladas, como se observa atentamente pelas figuras

    27 a 30.

    Simulao da pea B174

    o Opo A Camisa exotrmica 1

    Figura 31. Resultado do tempo de solidificao da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C).

    Figura 32. Resultado da Shrinkgage Porosity (macroporosidade) da simulao no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP= 0.6).

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    25

    FEUP 2009

    Figura 33. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C).

    Figura 34 e 35. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita).

    Os resultados das simulaes para esta opo prevem o aparecimento de

    porosidade nas peas da simulao de temperaturas de 1340C e 1310C, como vemos nas

    figuras 32, 33 e 34 sendo que a 1370C j seria possvel obter peas sem porosidade, (ver

    figura 35). Podemos tambm ver que o tempo de solidificao da pea mais longo na

    zona central (figura 31, zona vermelha da pea), aonde tender a aparecer porosidade.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    26

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    o Opo B Camisa exotrmica 2

    Figura 36. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6).

    Figura 37. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.8).

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    27

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    Figura 38 e 39. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita).

    Nesta opo de camisa exotrmica para a pea B173, as simulaes prevem

    porosidade em todas as tentativas simuladas, ou seja nas diversas temperaturas (1310C,

    1340C e 1370C), como indicam as figuras 36 a 39, sendo que temperatura de 1370C

    indica uma possibilidade de macroporosidade reduzida.

    o Opo C Camisa exotrmica 3

    Figura 40. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C, CFSP=0.6).

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    28

    FEUP 2009

    Figura 41 e 42. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita).

    Nesta pea as simulaes da opo C no prevem aparecimento de porosidade

    (macro ou micro) nas peas em nenhuma das condies simuladas, como se observa

    atentamente pelas figuras 40 a 43.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    29

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    4.2. Hiptese 2

    Nesta hiptese usou-se uma gitagem com 3 ataques por pea. Foram utilizadas

    seguintes camisas exotrmicas utilizadas no estudo (1 e 3). O peso da gitagem de 29kg.

    Simulao da pea A173

    o Opo A Camisa exotrmica 1

    Figura 43. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

    Figura 44. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.8).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    30

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    Figura 45 e 46. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6).

    Observando as figuras 43 e 44, verificamos que para esta opo prev-se a

    possibilidade de porosidade a temperatura usual de vazamento destas peas (1340C),

    mesmo com um valor de CFSP maior (0.8). Nas simulaes a temperaturas diferentes, de

    salientar o aparecimento de uma enorme porosidade (macroporosidade) na temperatura de

    1310C (ver figura 45), e bastante menor na de 1370C (ver figura 46).

    o Opo C Camisa exotrmica 3

    Figura 47. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    31

    FEUP 2009

    Figura 48. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

    Figura 49. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

    Figura 50 e 51. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    32

    FEUP 2009

    Para esta hiptese, relativa a esta opo C, as simulaes efectuadas prevem

    aparecimento de porosidade (menor do que na opo A) nas peas para as temperaturas de

    1310C e 1340C (ver figuras 48 a 50), apenas a simulao a temperatura superior (1370C),

    sairia sem nenhum problema (figura 51).

    Simulao da pea B174

    o Opo A Camisa exotrmica 1

    Figura 52. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C).

    Figura 53. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

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    33

    FEUP 2009

    Figura 54. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

    Figura 55 e 56. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6).

    Observando as figuras 53 a 56, verificamos que para esta opo prev-se a

    possibilidade de porosidade em todas as opes de temperatura de vazamento. Na figura

    54, o resultado obtido a mesma temperatura mas para um CFSP de 0.8, foi muito

    semelhante.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    34

    FEUP 2009

    o Opo C Camisa exotrmica 3

    Figura 57. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

    Figura 58. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    35

    FEUP 2009

    Figura 59 e 60. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) 1370C (direita) e CFSP = 0.6).

    Em todas as simulaes feitas com esta opo prevem a iseno de porosidade nas

    peas, sendo a opo mais valida nesta hiptese.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    36

    FEUP 2009

    4.3. Hiptese 3

    Nesta hiptese procedemos a mais modificaes na gitagem, aumentando o nmero

    de ataques a encher a cavidade da pea, sendo agora 5 ataques para cada pea. Neste

    caso s foi feita a simulao para dois tipos de camisas exotrmicas (2 e 3), visto que a

    camisa exotrmica 1, no seria a melhor soluo, atravs dos resultados nas simulaes da

    hiptese 1 e 2. O peso desta gitagem de 31kg aproximadamente.

    Simulao da pea A173

    o Opo B Camisa exotrmica 2

    Figura 61. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C).

    Figura 62. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    37

    FEUP 2009

    Figura 63 e 64. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFSP = 0.6).

    Relativamente a esta opo reparamos que para esta pea a simulao prev

    rechupes para temperaturas de vazamento de 1310C e 1340C (figuras 62 e 63), enquanto

    a 1370C j no prev (figura 64).

    o Opo C - Camisa exotrmica 3

    Figura 65. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    38

    FEUP 2009

    Figura 66. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFSP = 0.6).

    Figura 67 e 68. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFSP = 0.6).

    Apenas a uma temperatura de vazamento de 1310C (figura 67), na simulao desta

    pea A173, se previa o aparecimento de rechupe. De resto nenhuma das outras

    temperaturas (1340C e 1370C) apresentava rechupe (figura 66 e 68).

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    39

    FEUP 2009

    Simulao da pea B174

    o Opo B Camisa exotrmica 2

    Figura 69. Resultado do tempo de solidificao da simulao visto em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C).

    Figura 70. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFS = 0.6).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    40

    FEUP 2009

    Figura 71 e 72. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFS = 0.6).

    o Opo C - Camisa exotrmica 3

    Figura 73. Resultado da macroporosidade da simulao no VisualCAST (temperatura de

    vazamento 1340C e CFS = 0.6).

    Figura 74. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFS = 0.6).

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    41

    FEUP 2009

    Figura 75. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1340C e CFS = 0.8).

    Figura 76 e 77. Resultado da macroporosidade da simulao vista em corte no VisualCAST

    (temperatura de vazamento 1310C (esquerda) e 1370C (direita) e CFS = 0.6).

    Nesta hiptese, em nenhuma das opes estudadas (com camisa 2 e 3) e simulaes

    efectuadas se prev aparecimento de rechupes na pea, como mostram as figuras 70 a 77,

    mostrando que qualquer uma das camisas exotrmicas nesta pea B174 uma boa opo.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    42

    FEUP 2009

    A tabela X representa os valores da velocidade na zona dos ataques durante o

    enchimento das cavidades para as diferentes hipteses, que em muitos casos pode ser

    crtico para o aparecimento de problemas como as incluses de areia devido a turbulncia

    durante o enchimento (ver em anexo imagens das simulaes).

    Tabela X. Velocidade nos ataques durante o enchimento das cavidades das hipteses estudadas

    Pea Velocidade nos ataques durante o enchimento (m/s)

    Hiptese n 1 Hiptese n 2 Hiptese n 3

    A173 0,2-0,5 0,3-0,5 0,35-0,5

    B174 0,2-0,4 0,3-0,6 0,15-0,3

    Fazendo um resumo dos resultados obtidos:

    Podemos dizer que opo B e C (camisas exotrmicas de geometria igual e ambas

    do mesmo fornecedor e com as mesmas propriedades, diferenciando no tamanho e

    modulo), obteve melhores resultados nas duas peas do que a as obtidas com a opo A (o

    tempo de queima da camisa menor que as duas anteriores o que influncia o seu

    desempenho), sendo que a camisa 1 no ser usada em nenhum dos trabalhos futuros desta

    pea.

    Relativamente as hipteses apresentadas, as que so de maior utilidade e para

    produo so a 1 e a 3 (a hiptese 2 foi descartada para uma eventual produo, ficando a

    hiptese 3 para produo futura devido aos resultados mais satisfatrios) sendo que em

    cada hiptese a melhor camisa exotrmica a utilizar ser a nmero 3. Para validao

    iremos mostrar a hiptese 1, com a opo C.

    Relativamente a tabela X, observa-se que na hiptese 1 e 3 a velocidade nos

    ataques menor, havendo menor turbulncia durante o enchimento das cavidades.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    43

    FEUP 2009

    5. Validao da pea

    As peas relativas hiptese 1 foram validadas experimentalmente, tendo sido

    escolhida a opo C com camisa exotrmica 3 (140/150mm), com as seguintes condies

    de temperatura de vazamento (no intervalo de 1340 e 1345C), com um tempo de

    vazamento de 30 segundos. Em seguida esto apresentados os resultados dessa validao

    experimental.

    Figura 78. Pea A173 em da hiptese 1 (que foi produzida) esquerda e corte da pea com

    destaque para o n2 o local onde aparecia rechupe direita.

    Figura 79. Imagem do corte da pea na zona n 2, onde agora no aparece rechupe.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    44

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    Figura 80. Imagem em corte da pea B174,sem aparecimento de rechupe.

    Para alm das imagens apresentadas, tambm se procedeu aos ensaios de raio-X, no

    apresentando as duas peas porosidade.

    As hipteses 3 (de 5 ataque) iro ser produzidas pela DURITCAST posteriormente,

    que substituir a opo de hiptese agora produzida. A hiptese 2 foi descartada devido

    aos resultados de simulao obtidos.

    Figura 81 e 82. Imagem em corte do alimentador de topo (da camisa exotrmica) da pea.

    A173,com rechupe ( esquerda) e parte do alimentador em contacto com a pea com um ligeiro

    rechupe na zona assinalada ( direita), como previam as simulaes efectuadas.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    45

    FEUP 2009

    Tabela XI. Percentagem de refugo associado a produo em estudo.

    A173 B174

    Refugo 8% 11%

    Peas produzidas 400 100

    A percentagem de refugo apresentada ocorreu em grande parte a mau enchimento

    das cavidades e incluses de areias na pea, no havendo casos de porosidade.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    46

    FEUP 2009

    6. Concluso

    Como concluso desta dissertao, podemos referir alguns pontos:

    1. A potencialidade do programa de simulao QuikCAST na ajuda na indstria de

    fundio, atravs da previso de defeitos, diminuindo assim as taxas de refugo

    nomeadamente na DURITCAST.

    2. O aumento da eficincia do metal vazado nas peas produzidas, nomeadamente

    na A173 e B174.

    Relativamente ao ponto 1, convm salientar que a curva de aprendizagem do

    programa acentuada, sendo o software de fcil aprendizagem (o malhamento

    automtico, facilitando os procedimentos seguintes). Os pontos mais importantes deste

    programa so a definio da grelha e malha (devendo rondar 3-6 milhes de clulas, para

    uma simulao com resultados mais fiveis). O tempo de simulao bastante rpido

    (dependendo da malha escolhida e espessura da pea) em comparao com outros

    softwares, fornecendo assim resultados em pouco tempo, permitindo vrias hipteses e

    modificaes nas gitagens antes de entrar na linha de produo.

    Os resultados obtidos nomeadamente na hiptese 1, enquadram-se com o que

    acontece na realidade, como vimos nos resultados da validao.

    A calibrao do software foi feita com ajuda de outras peas j em produo e

    devidamente validadas (bem com a ajuda da empresa ESI Group na indicao dos

    parmetros de pr-processamento iniciais).

    Relativamente ao ponto 2, a validao da produo da hiptese 1, indica que as

    peas no tinham rechupe, estando em conformidade com as especificaes pretendidas

    pelo cliente. Podemos tambm notar uma diminuio na quantidade de refugo em

    comparao com os anos anteriores, sendo as que so refugo, foi devido a outros

    problemas sem ser a porosidade (incluses de areia, mau enchimento, grafite degenerada),

    conseguindo assim eliminar um dos problemas crticos destas peas. A hiptese 2 foi posta

    de lado sendo optada a hiptese 3 para a nova produo destas peas para se obter um

    enchimento mais suave e menos turbulento com vista a diminuir a incluso de areia nas

    peas.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    47

    FEUP 2009

    Consideraes futuras para trabalhos na empresa DURITCAST usando o

    QuikCAST

    Relativamente a este aspecto, como j foi sugerido, a hiptese 3 (com opo C de

    camisa) ir ser produzida substituindo a hiptese 1, com vista a uma melhoria das peas no

    que diz respeito s incluses de areias que esto associadas turbulncia no enchimento

    das peas. Com esta hiptese tem-se em vista a diminuio da velocidade crtica nos

    ataques, bem como um enchimento mais homogneo da pea (por cinco locais diferentes

    em vez de apenas dois).

    de considerar a mais-valia deste programa nesta empresa, devendo ser

    continuamente melhorados os parmetros de pr-processamento para se obter resultados

    ainda mais fiveis (a nvel de outras peas), rentabilizando o tempo e preo da produo.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

    48

    FEUP 2009

    Referncias

    [1] Flemings, Solidification Processing, Materials Science and Engineering Series,Cap. 7

    Fluid Flow, McGraw-Hill, 1974

    [2] - D. Koshal, Manufacturing Engineers Reference Book, Cap. 3 - Metal Casting and

    Moulding Processes, Elsevier, 1993

    [3] ASM Metals Handbook, Volume 15 - Casting, Cap. Design Considerations, Gating

    Design, 1992

    [4] John Campbell, Castings Practice The 10 rules of castings, Cap. 2 Avoid turbulent

    entrainment, 2004

    [5] Norma Espanhola UNE 1563 de 1998

    [6] - Apontamentos da disciplina de Engenharia Assistida por Computador do Professor

    Vtor Martins Augusto

    [7] - http://www.esi-group.com/products/casting (ultimo acesso em 20 de Julho 2009)

    [8] - ESIGROUP, QuikCAST User Manual, Verso 2009.0

    http://www.esi-group.com/products/casting

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    Anexos

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    50

    FEUP 2009

    1. Explicao mais detalhada do programa QuikCAST

    O programa de simulao QuikCAST apresenta algumas consideraes que

    necessitam maior aprofundamento, passando de seguida a explicar algumas que no foram

    devidamente explcitas no mtodo experimental, em especial o Input Data Check e

    Solidification Material Parameters.

    Figura 83. Submenu input data check do menu Process.

    Dentro destes parmetros de pr-processamento devemos escolher os seguintes:

    Hydraulic Conditions:

    Initial Fluid fluido inicial de entrada na cavidade (conhecido por Inlet)

    Figura 84. Imagem explicativa do que o volume inlet no QuikCAST.

    Velocity velocidade de enchimento, indicando em funo desta o tempo de

    enchimento da cavidade de moldao.

    Permeability permeabilidade da moldao (areira verde ou autosecativa)

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    Ceramic Foam Filter uso de filtro cermico, com escolha da espessura e

    ppi do filtro.

    Surface Roughness rugosidade das paredes da moldao (os valores

    variam entre -1 e 1, ver imagem seguinte).

    Figura 85. Explicao visual do parmetro de pr-procesamento Surface Roughness.

    Figura 86. Menus dos parmetros de pr-processamento, Permeability, Ceramic Foam

    Filter e Surface Roughness, respectivamente.

    Thermal Conditions:

    Temperature temperatura inicial de vazamento

    External Exchance troca com o exterior

    Exothermic Material propriedades das camisas exotrmicas, podendo

    escolher o poder da camisa ou 3 parmetros (energia, temperatura de ignio

    e tempo de queima)

    Extended surfaces para o clculo da funo dos arrefecedores na

    simulao (neste caso no foi usado).

    Contact Resistance resistncia do metal durante enchimento

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    Figura 87. Menus dos parmetros de pr-processamento, Temperature e External Exchance

    respectivamente.

    Figura 88. Menus dos parmetros de pr-processamento, Exothermic Material e Contact

    Resistance respectivamente.

    Relativamente ao menu Solidification Material Parameters, a prioridade vai para o

    Shrinkage calculation e Shrinkage Parameters. No 1 temos a opo de escolher o valor

    para:

    Critical fraction solid for piping formation

    Critical fraction solid for porosity formation

    Na 2 opo podemos escolher entre:

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    Global contraction factor pode-se escolher o coeficiente de expanso da

    grafite.

    Based on density variation o mais comum usado nas simulaes, que faz o

    clculo baseado na curva da densidade da liga escolhida.

    Figura 89. Submenu solidification material parameteres do menu Process.

    Figura 90. Explicao do CFSP e CFSPipping.

    Na figura 91 mostra as opes de clculo de simulao do QuikCAST, enchimento,

    solidificao ou ambos.

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    Figura 91. Submenu de escolha de clculo da simulao [7].

    2. Clculo da Gitagem das diversas hipteses

    Os clculos apresentados em seguida foram desenvolvidos em parceria com o Eng.

    Lus Sierra.

    Figura 92. Imagem com o clculo da seco de ataque para 2 ataques.

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    Figura 93. Imagem com o clculo da seco de ataque para 3 ataques.

    Figura 94. Imagem com o clculo da seco de ataque para 5 ataques.

    3. Resultados extra das simulaes visualizados no VisualCAST

    O VisualCAST apresenta outras funcionalidades importantes como a visualizao

    simulao do enchimento (quer em funo da temperatura, presso ou velocidade) e

    solidificao, fraco de slidos e lquidos, pontos quentes, tempo de solidificao, critrio

    de Niyama, DAS (Dendritic Arm Spacing). Nestes anexos mostraremos a simulao de

    enchimento (em funo da temperatura e da velocidade) das hipteses estudadas. A escala

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    de temperatura (ou da velocidade) indicada ao lado da primeira figura de cada hiptese de

    enchimento serve de referncia para as imagens seguintes.

    o Enchimento da hiptese 1 da pea A173

    Figura 95. Simulao do enchimento em 2%.

    Figura 96 e 97. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita).

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    Figura 98 e 99. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 99% (direita).

    o Enchimento da hiptese 2 da pea A173

    Figura 100. Simulao do enchimento em 5%.

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    Figura 101 e 102. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita).

    Figura 103 e 104. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita).

    o Enchimento da hiptese 3 da pea A173

    Figura 105. Simulao do enchimento em 5%.

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    Figura 106 e 107. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita).

    Figura 108 e 109. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita).

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    o Enchimento da hiptese 1 da pea B174

    Figura 110. Simulao do enchimento em 5%.

    Figura 111 e 112. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita).

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    Figura 113 e 114. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita).

    o Enchimento da hiptese 2 da pea B174

    Figura 115. Simulao do enchimento em 5%.

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    FEUP 2009

    Figura 116 e 117. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita).

    Figura 118 e 119. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita).

    o Enchimento da hiptese 3 da pea B174

    Figura 120. Simulao do enchimento em 5%.

  • Utilizao da Simulao do enchimento e da solidificao no aumento da eficincia do metal vazado na DURITCAST

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    FEUP 2009

    Figura 121 e 122. Simulao do enchimento em 25% (esquerda) e 50% (direita).

    Figura 123 e 124. Simulao do enchimento em 75% (esquerda) e 100% (direita).

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    o Enchimento em funo da velocidade da Hiptese 1

    Figura125. Simulao do enchimento em 20% pea A173.

    Figura 126 e 127. Simulao do enchimento em 50% pea A173 (esquerda) e B174 (direita)

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    o Enchimento em funo da velocidade da Hiptese 2

    Figura 128 e 129. Simulao do enchimento em 20% (esquerda) e 60% (direita) pea A173, a

    escala a mesma da hiptese 1.

    Figura 130. Simulao do enchimento em 65% da pea B174.

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    o Enchimento em funo da velocidade da Hiptese 3

    Figura 131. Simulao do enchimento em 25% pea B174.

    Figura 132 e 133. Simulao do enchimento em 60% pea B174 (direita) e A173 (esquerda)