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UTILIZAÇÃO DO FERTILIZANTE FOLIAR I9 NO CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DO
CAFEEIRO
Santinato & Santinato Cafés Ltda Eng. Agro. Msc. Felipe Santinato
Premissa: A aplicação de fertilizantes foliares pode suprir parte da
demanda nutricional dos cafeeiro suplementando as adubações via solo.
Pós colheita: período de ausência de chuva = Não há absorção radicular.
Florescimento: Demanda de nutrientes, notadamente Ca e B.
Se fornecermos nutrientes antecipadamente, via foliar, pode ser que o crescimento dos ramos seja maior elevando a produtividade da safra seguinte.
Importância das pulverizações de pós colheita, pré pós florada:
Cicatrizar ferimentos decorrentes da colheita
Estimular o crescimento dos ramos Proteger os botões florais
Nutrir os botões florais
Importância das pulverizações de enchimento de grão:
Reduzir coração negro, banda vazia, aumentar a massa
dos frutos
PÓS COLHEITA - AGO
Viabilidade técnica:
Pré e pós: 1 a 3: “Dente de cachorro” e pós abertura das flores.
Acompanha pulverização de Phoma/Ascochyta
Enchimento: 3 a 4: “frutos verde cana”
Acompanha pulverização de Ferrugem, Cercosporiose, Broca, Bicho Mineiro
Cada aplicação custa aprox. R$ 40,00 e demanda aprox. 2 h/há = R$ 80,00
Cerrado Mineiro: Altas produtividades = Maior demanda nutricional
Portanto objetivou-se neste trabalho avaliar o crescimento e produtividade do cafeeiro em função da aplicação de doses e tipos de fertilizantes foliares.
Materiais e métodos
Local: Carmo do Paranaíba. Solo LVA. 1080 m. Catuaí Vermelho IAC 144. Esp. 4,0 x 0,5 m. 5ª safra
6 tratamentos x 4 repetições (blocos ao acaso).
Tratamentos
Período
Florada Granação
Pré Pós 1ª 2ª 3ª
T1 0 0 0 0 0
T2 Padrão A Padrão A Padrão A Padrão A Padrão A
T3 Padrão B Padrão B Padrão B Padrão B Padrão B
T4 1,5 L
PhósKCaB
1,5 L
PhósKCaB 3,0 L I9 3,0 L I9 3,0 L I9
T5 1,5 L
PhósKCaB
1,5 L
PhósKCaB 4,0 L I9 4,0 L I9 4,0 L I9
T6 1,5 L
PhósKCaB
1,5 L
PhósKCaB 5,0 L I9 5,0 L I9 5,0 L I9
Avaliações:
Biometria em maio: Número de nós, Comprimento do internódio, Número
de frutos por roseta, Enfolhamento (%).
Teores foliares de macro e micro aos 0, 60, 120, 180 e 240 dias após a aplicação.
Produtividade (sacas de café ben./ha).
25
30
35
40
45
50
0 60 120 180 240
Teo
r d
e N
fo
liar
(g/k
g)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2
0 60 120 180 240
Teo
r d
e P
fo
lia
r (g
/kg
)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
20
25
30
35
40
45
50
0 60 120 180 240
Teo
r d
e K
fo
lia
r (g
/kg
)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
0 60 120 180 240
Teo
r d
e C
a f
oli
ar
(g/k
g)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3Provavelmente devido ao K elevado – desequilíbrio.
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
0 60 120 180 240
Teo
r d
e M
g f
oli
ar
(g/k
g)
Dias após a aplicação
Série2
Série3
Série4
Série5
Série1
Série6
Provavelmente devido ao K elevado – desequilíbrio.
50
55
60
65
70
75
80
85
90
0 60 120 180 240
Teo
r d
e B
fo
lia
r (m
g/k
g)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 60 120 180 240
Teo
r d
e C
u f
oli
ar
(mg
/kg
)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
0 60 120 180 240
Teo
r d
e F
e f
oli
ar
(mg
/kg
)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
Calagem
30
40
50
60
70
80
90
0 60 120 180 240
Teo
r d
eM
n f
oli
ar
(mg
/kg
)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
10
20
30
40
50
60
0 60 120 180 240
Teo
r d
e Z
n f
oli
ar
(mg
/kg
)
Dias após a aplicação
Testemunha
Padrão A
Padrão B
I9 dose 1
I9 dose 2
I9 dose 3
Tratamento
Biometria
Número de
nós
Comprimento do
internódio (cm)
Número de frutos
por roseta
Enfolhamen
to
Testemunha 8,12 a 1,94 b 4,21 ab 70,24 a
Padrão 1 8,06 a 2,15 ab 4,01 ab 67,78 a
Padrão 2 9,00 a 2,14 ab 3,73 b 71,27 a
I9 dose 1 8,00 a 2,02 ab 3,54 b 67,71 a
I9 dose 2 7,75 a 2,07 ab 4,72 a 71,51 a
I9 dose 3 7,75 a 2,23 a 4,92 a 71,95 a
CV (%) 27,20 21,89 46,06 26,13
Tabela 2. Biometria do cafeeiro no momento anterior à colheita, Rio Paranaíba, MG,
2014.
*Tratamentos seguidos das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste t à 5% de probabilidade.
Tratamento Produtividade (sacas de café ben. ha-1)
Testemunha 17,71 a
Padrão 1 18,93 a
Padrão 2 17,70 a
I9 dose 1 20,19 a
I9 dose 2 19,48 a
I9 dose 3 22,10 a
CV (%) 49,04
Tabela 3. Produtividade do cafeeiro na safra de 2014, Rio Paranaíba, MG, 2014.
*Tratamentos seguidos das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste t à 5% de probabilidade.
Conclusões: 1 – O I9 é um fertilizante foliar com alto potencial de utilização, fornecendo nutrientes de forma igual ou superior aos dois padrões comparados. 2 – Quanto à biometria e os teores de P, K e Zn, a maior dose de I9 mostrou-se a mais eficiente dentre todos os tratamentos estudados. 3 – Particularmente, quanto ao Boro, a maior dose foi inferior à menor dose de I9. 4 – O grande acréscimo nos teores de K e o aumento no comprimento do internódio, pode acarretar em maior produtividade na safra seguinte.
