Utilizine #5

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  • lucas takejaime - hollowood por igor piaga

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    capa por gaby kuster - de ns pra ns

    thiago mantega 0 vapor por igor piaga

    blear por igor piaga

    thiago amarante (mantega)

  • pelo irmo do fred acho3

    por paulo moreira - blues drive monster

    we are piano, epifania e giallos - 74 club por mizu (alex bruce)

    epifania em mogi por igor piaga por raul teodoro

  • 4por raul teodoro

    festa da revista maaneta por igor piaga

    arnobio - pollux & castor por Igor Piaga

    O coletivo tambm esteve envolvido no evento de lanamento da Revista Maaneta, que contou com as zines Cbra Kster, Insurrectx e Utilizine, exposies dos artistas Rafael Limberger, Fernanda Barbosa e Marianne Magalhes, disco-tecagem por V-Drome e Baianada, performance musical de Srgio Abdalla e as bandas Hollowood e e We are Piano.

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  • 7dija - chabad/loyal gun/penhasco

    Vocs que j acompanham este zine j devem ter lido sobre um super split que est sendo organizado por 5 bandas batalhadoras do underground paulistano. Se vocs leram, obrigado por nos prestigiar com a sua leitura. Se vocs no leram ou no se lembram, no tem problema: vocs tm a oportunidade de saber um pouco mais a respeito aqui e agora. We Are Piano, Blues Drive Monster, Hollowood, Vapor e Chabad uniram foras para lanarem um lbum composto por 15 msicas, sendo 3 de cada uma das bandas envolvidas, com o intuito de compartilhar experincias, conhecimentos e palcos. O objetivo aqui no foi criar um clube restrito de bandas que s fazem coisas para si: durante a jornada, outros grupos, outros sons, outros olhares, outras vozes e outras vibraes faro parte de tudo isso de alguma maneira, participando de shows organ-izados pelas pessoas envolvidas no split ou criando outras formas de arte que inte-graro o projeto em um determinado sentido, seja esta arte plstica, audiovisual, cor-poral, enfim: arte. Juntar coisas diferentes e mostrar que elas tm muito mais em comum do que parece uma idia que est contida no projeto desde a sua concepo: a princpio, podemos pensar que as aventuras harmnicas e paisagens sonoras da We Are Piano poderiam no combinar com a verve musical e tresloucada da Hollowood que, por sua vez, soaria dissonante perante a catarse lrica e fsica da Blues Drive Monster que algum incauto acusaria de ser discrepante em relao solidez ldica e inebriante da Vapor, assim como poderia considerar as arriscadas estocadas auditivas do Chabad algoalgo completamente fora de contexto. Porm, estes laos se entrelaam de uma ma-neira to atroz que ns no conseguimos ver todos os ns. Tanto que uma palavra nova teve que ser criada para dar nome a esta audaciosa simbiose: mn. Assim mesmo, tudo junto e com dupla acentuao aguda. Pois no h nenhum conjunto de regras que possa impedir a vontade de realizar a sua arte da forma mais plena, nem mesmo as regras gramaticais. Este grande emaranhado de idias est prestes a alcan-los. Em breve, estare-mos todos envolvidos por esta teia. Vocs sabero quando. Por ora, importante que vocs saibam que ser feito um zine especialmente sobre este 5-way split, o nosso to amado mn, com muita informao sobre como ele vem sendo concebido. A idia que vocs ou seus amigos que tm banda tambm possam juntar um pessoal, gravar seu som e compartilhar desta loucura viciante e in-curvel que fazer canes autorais para, consequentemente, desbravar todos os lugares para os quais a sua msica pode te levar. E vocs devem ter uma certeza: ela o guia ideal para as melhores viagens que vocs podem fazer.

  • 8copyleft:

    estamos lanando o disco mn em copyleft, que so direitos abertos ao invs de reservados, como no copyright. desde o micro at o macro de sua produo: voc pode ouvir e baixar o disco na internet, usar nossos riffs nas suas msicas, remix-las, toc-las nas suas festas, em seus filmes e fazer/vender cpias do nosso disco na sua banquinha, sem a nossa encheo de saco ou cobrana de dinheiro. isso tambm se aplica as artes que preenchem o disco. porm, isso tudo tem uma nica restrio: que nenhum trabalho copyright seria originado de tais produes. ou seja, se voc quiser repreproduzi-las e experimentar em cima delas, faa que este resultado tambm seja passvel de outras experimentaes por outras pessoas, mencionando a procedncia copyleft da obra e a ausncia de umx Autorx Definitivx, apenas reprodutorxs. uma maneira de passar o copyleft pra frente resistindo ao copyright e propor uma nova viso tica sobre "propriedade".

    liberaremos tambm o cdigo-fonte, com base nos software livres e open source: alm do disco em arquivos mp3 etc, liberaremos tambm para download os arquivos editveis para voc usar no seu programa de edio de msica. pode remixar no s a partir do resultado final, mas tambm partes dele separadamente. as tracks de gui-tarra, as vozes, os baixos e as percusses, tirar os efeitos, colocar outros, alterar ordens de arranjo, misturar msicas - guitarra de uma, baixo de outra etc, a vai da criatividade. tentaremos manter suas obras irms na proximidade - quem fizer e quiserquiser nos mandar, postamos no nosso bandcamp, como nova interpretao de algu-mas de nossas ideias ou fragmentos delas, se concordarmos em relacionar nosso nome com a obra. o "resultado" de tudo isso seria uma celebrao de autoria de todxs participantes e ouvintes etc, cada umx na sua intensidade de interao. como o que so os shows pra gente.

  • 9analisando a proteo do cdigo fonte como um brao meritocrtico:

    imagina se tudo que voc falasse, todos seus "looks", tudo que voc escrevesse ou postasse na internet, seu tom e ritmo de voz, o formato do seu corpo, seus costumes etc fossem todos protegidos por direitos autorais. no limite, todos so resultados da sua interao individual com o mundo. desde aquilo que voc tem total autonomia para escolher, como o que no tem. escola, bairro, gnero, cor-de-pele, classe social, famlia, emprego, famlia, amigxs, quarto onde cresceu, cores dos ambientes, seus dolos, seus mitos e demais formas de variveis sociais constroem junto com voc, quemquem voc . isso se repete no ramo musical e artstico. tudo que "criado", baseado direta ou indiretamente no que j foi anteriormente criado, e s poderia s-lo. x artista fica com o papel de ritualizar tais experincias. experimentar estudar e propor ao mesmo tempo. toda produo uma reproduo.

    o copyright se apropria intelectualmente e tecnicamente gerando a monopolizao de conhecimentos que at ento eram do imaginrio coletivo, de certos povos e grupos sociais. o copyleft devolve tais conhecimentos ao imaginrio coletivo. as tcnicas artsticas que mais do abertura pra crtica a propriedade intelectual so as que no so de movimento-durao, as que ficam paradas e voc leva seu tempo para contem-pl-las. a arte acontece da interao entre x artista e x expectadorx, ali que ela vai "funcionar". sempre ter uma interpretao diferente entre xs expectadorxs e tambm dxdx (re)produtorx daquela obra. afinal, voc s interpreta as coisas da sua maneira, ainda que influenciada por maneiras externas. toda arte tem expectadorx, pois quem dela foi reprodutorx, durante o processo, tambm lhe coube o trabalho de constante expectadorx. quando se experencia um otimo quadro ou escultura, o contexto do objeto far parte de sua interpretao, e voc o experenciar por um tempo determi-nado somente por voc, o que te possibilita escolher entre ter uma viso entre rpida e detalhada. alterando a percepo da obra, se cria novos significados para ela. isso tudo da autoria dx artista? toda reproduo tambm uma nova produo.

    todo conceito no um novo mtodo-base? todo resultado no uma nova questo?

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    reaproveitamento e compartilhamento so pautas sustentveis e de resistncia social:

    ecad: orgao que em teoria arrecada dinheiro de direitos autorais no brasil poporm, no se ganha dinheiro em preservao de direitos autorais se voc nao umx artista slidx que tem suas musicas tocando por ai ou uma editora/gravadora. se voc no for, apenas trabalhar para o rgo se fortalecer - protegendo os grandes tirando dos pequenos. copyright serve a logica da especializao e de transformao de uma obra de arte livre em uma linguagem especifica para enquadra-la na logica do mercado. ao especificar produes artsticas tecnicamente, como separar entre msica, moda, artes visuais, plsticas etc, voc exclui todas as outras caractersticas que a obra tambm poderia conter, mas no conter enquanto estiver sendo interpretada pela sua definio tcnica. uma msica pode ter muito mais a ver subjetivamente com um livro, como exemplo de produo artstica diferenciada tecnicamente, do que com outoutra msica. a nica semelhana entre as msicas nesse caso poderia ser estar em formato mp3, para sua execuo/reproduo especializada. isso serve a especial-izao, uma estratgia utilizada pelo mercado e organizaes burocrticas para sepa-rar pessoas por suas qualidades tcnicas, essas que sero instrumentalizadas por tais instituies em nome do regimento da sua ordem. o copyright tambm tem o objetivo de monopolizar as maneiras de distribuio. se os seus direitos esto reservados para uma gravadora ou editora, ser determina-do somente por elas como os produtos sero comercializados e quem sero essxs ar-tistas - desde as empresas que retiram a matria prima utilizada para a prensagem at empresas que fazem varejo. tornando assim a pirataria um crime, com a desculpa de que x artista no estar recebendo pelo seu trabalho - mas a distribuio livre da sua produo, sem ser por meios determinados "oficiais", tambm no lhe proporciona bons frutos? a probio da pirataria diz quem vai poder ter acesso a sua obra e quem no. isso vem sendo discutido amplamente pela comunidade de usurios da internet desde que xs produtorxs de contedo comearam a pressionar o poder pbli-co para uma reavaliao da distribuio e compartilhamento online. desenvolveram maneiras de monetizar o compartilhamento de contedo, que at ento era livre e gratuito, sendo baixado por usurios de trackers e sites de upload. sites de compartil-hamento como myspace, itunes, soundcloud, bandcamp e agora facebook e youtube permitem a monetizao de trabalhos artsticos. x usurix e x produtorx de contedo podem ter regalias ao utilizarem contas premium ou investirem em suas publicaes, que podem gerar lucro para o site e para x artista caso sua pgina bombe e chame ateno de marcas para fazerem campanha publicitria/divulgao dos seus produtos na pgina. xs grandes artistas no precisam pagar, porque j chamaro ateno das

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    grandes marcas s por serem quem so e estarem disponibilizados apenas por ali, mas muitas vezes pagam para aumentar ainda mais a visibilidade. tal lgica de com-partilhamento impede que publicaes no impulsionadas monoterariamente expan-dam seus acessos orgnicamente, enquanto as publicaes que so pagas (impul-sionadas) dominam as timelines e pginas principais de tais sites. atualmente, com os sites de streaming - reproduo online - como spotify, deezer etc, gravadoras e grandes artistas optam por distribuir seu material somente por eles, j que so prticos, gratuitos e compatveis com praticamente qualquer sistema operacional, at os portteis. mas nesses voc tambm pode ter regalias, como por exemplo se for usurix: h a possibilidade de pagar para no ouvir propaganda entre as msicas de um album/playlist; e como exemplo se for artista: pagar para relacionar seu nome a de artistas que quiser, ganhar resenhas ou capa na pgina inicial. alis, arti-sta no disponibiliza seus trabalhos nesses sites se no pagando uma taxa mnima anual, que serve somente para que as pessoas possam achar seu trabalho na busca e ouvir quando tiverem a sorte de conhec-lo. de resto, em relao aos direitos au-torais, seguem a linha dos outras redes de compartilhamento online "oficiais", como por exemplo a maneira de monetizar com publicidade as pginas mais acessadas. as barreiras impostas pelas empresas e pela nova lei decidem que artista vai bombar, que artista vai servir como mero pagador de impostos, pagando pra sobreviver no site e que artista vai morrer. perpetuando a lgica dos direitos autorais que /era utilizada por emissoras de rdio e tv e outros meios de comunicao: quem j grande - artista ou gravadora -, vai crescer mais. isso tudo s acontece em detri-mento do fechamento de diversos sites como piratebay, megaupload entre outros, com o regimento das leis novas sobre distribuio e compartilhamento online, que tambm impedem que novos sites como esses se estabeleam. sites que ainda com certas restries, disseminavam contedo livremente, sem pegar seus dados e vender pra empresas, sem colocar publicidade paga por essas empresas no meio das obras que quer ouvir, sem te cobrar pra expor seu trabalho ou para distribu-lo "de maneira diferenciada". ao defender tais leis, as gravadoras, editoras e artistas esto defendendo a si mesmas e a possibilidade de utilizar de obras artsticas de tais modos. gerando mil-hes em negociaes com rdios, televiso, estdios, artistas, patrocnios e burocra-tas gestores do poder. quem mais ganha so os dinossauros do ramo: como seria um show do roberto carlos na globo se os direitos autorais nao fossem reservados? se todo mundo pudesse reproduzir suas msicas a vontade? tais dinossauros se uti-lizam de j terem registrado sucessos em seu nome e fazem sua vida com at somente 1 hit nas paradas, que tocar pra sempre por a gerando lucros pra ele ou sua famlia. a s mexer uns pauzinhos entre os poderosos e tudo acontece. esses grandes da msica, apesar de lucrarem e lutarem pela preservaao de direitos au-torais, tambm violam tais direitos, como "copiar" riffs e arranjos instrumentais e vocais de outras msicas que foram populares ou tem essa potencialidade, modifi-cando apenas uma palavra, ou a velocidade, ou colocando um tom abaixo etc. mas na verdade no so violaes, so estratgias que usam para fugir de tais leis, que acabam funcionando em seus objetivos e fazendo mais sentido para que sejam mantidas. j que tais "riffs" e arranjos "novos" j estaro sob cautela da produo, enquanto sucessos comerciais, e ento protegidos pelos direitos autorais, impedindo

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    assim que esses grandes da msica saiam no prejuzo. um belo exemplo disso so os sucessos mais pops do brasil (como baladas sertanejas, sertanejo universitrio, funk de boy etc), e dos estados unidos (cantorxs teen, cantorxs pops mais adultos etc). at o led zeppelin utilizava riffs de blues ja existentes em suas msicas, a lei funcionou pra eles?

    influencias que lembrei:

    "O di"O direito autoral se justifica pela promoo da criatividade, mas, no Brasil, os direitos so resguardados a at 70 anos aps a morte do autor, mais do que os 50 anos previs-tos no TRIPs. Mas como preservar a criatividade de algum que j morreu? - Pedro Paranagu, advogado e pesquisador da FGV

    "Nas contas de Pedro Paranagu, com base em informaes fornecidas pelo Banco Central, s em 2010, o Brasil remeteu aos Estados Unidos cerca de US$ 2,5 bilhes rel-ativos a direitos autorais."

    um artista japons que publicava suas obras num livretinho sem cores e com apenas algumas indicaes, para que quem o comprasse s pudesse ver suas obras termina-das quando as reproduzisse com suas indicaes.

    audiovisual:everything is a remix: https://www.youtube.com/watch?v=SAfCvMNgLjgremix manifesto: http://vimeo.com/12784153

    Direitos Autorais - Copyright, Copyleft and Creative Commonshttps://www.youtube.com/watch?v=5IEyqrb8KRY

    InProprietrio - O Mundo do Software Livre (Completo)https://www.youtube.com/watch?v=7Yy0tFOKfQg

    21. direitos autorais e patentes sao patticoshttps://www.youtube.com/watch?v=fMg4ySxp2wI

    e

    29. open source, pra salvar o planetahhttps://www.youtube.com/watch?v=4JNaVzdB4nE

    Conhecimentos Livres - Cultura Digitalhttps://www.youtube.com/watch?v=sFb1n-8LJPA

    do canal leandro zayd

    ps.: essa reflexo no uma propaganda institucional e nem poderia ser.

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    vitor almeida lopes por guilherme abreu

    CURTE AE

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    smhir garcia

    coletivos e selos

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    guilherme abreu

    diogo dias - vapor

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    AUTONOMIA

    Existem pessoas por a, em pExistem pessoas por a, em praticamente todos os lugares mudando suas vidas e de seus ambientes com prticas simples e inspiradoras e claro, empoderadoras. Ter o poder de decidir sua prpria vida e gerir seus projetos de mudana de forma sus-tentvel algo muito bom. Ter autonomia algo que considero importante. Me movo sonhando em ver cada pessoa construindo momentos e espaos livres de hierarquia (sim, muito possvel e existe), se desenvolvendo e aprendendo atravs de experin-cias diretas, livres e construtivas. H um bom tempo tenho sonhado e seguido esse caminho, no caio nessa histria de bem-estar social e corpos saudveis atravs de es-teretipos, compras de produtos, marcas e formas de agir que me levem a um padro de vida bom. Existem outras formas de se viver realmente saudveis e que voc no precisa pagar por elas. Voc s precisa construir voc mesma junta com as pessoas que ama e as que sente afinidade, por exemplo. Autonomia pode ser assustador pra caralho de inicio, voc toma em suas mos o poder e a responsabilidade por aquilo que faz, voc t gerindo sua vida sem precisar de empresas nem de instituies e usando pouqussimo dinheiro, e o prazer no processo e no final so bem satisfatrios, digo por experincia prpria e falo tambm por amigas que fazem isso h anos ou que comearam agora. Importante no s mudar a forma como vemos o mundo e nossas vidas, mas tambm mudar como e onde vivemos. Por exemplo, sabia que esses produ-tos industrializados do mercado fazem mal, pois contem qumicas nocivas ao corpo e ao meio-ambiente? Podemos no ver os resultados imediatamente, mas h longo prazo eles podem aparecer e na maioria dos casos eles j do seus sintomas, s no entendemos ou confundimos com outras doenas. Todos esses produtos de higiene industri-alizados (e at mesmo alguns desses ditos naturais, como Natura) contem qumicos como, por exemplo, o parabeno que causa cncer. Alm disso, o processo de fabri-cao deles so explorativos, tanto nas fbricas com as empregadas e seus salrios baixos e riscos na produo que so altos, machucando animais (que tambm so seres senscientes como ns), usando-os em testes para seguranas de produtos (total-mente desnecessrio, pois h outras formas de se testar sem machucar ningum) e ainda prejudicando o meio-ambiente com seus produtos, como o plstico, que em todo seu processo altamente destrutivo pra natureza. Tem muita coisa ruim por a, mas podemos parar de fazer parte delas (afinal se as compramos, pagamos para que con-tinuem produzindo), uma das formas (no as nicas) fazer voc mesma o que voc precisar, acredito que seja um timo comeo e essencial. Voc pode comear desistin-do que o que est nas prateleiras e em nossa cultura consumista so nicas e mel-hores opes, e acreditar que voc pode fazer algo bom, por voc, por suas amigas, familiares e comunidades, compartilhando conhecimento e receitas como essas:

    POR UMA VIDA SADAVEL E AUTNOMA

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    COMO FAZER SHAMPOO CASEIRO...Bem, ele no considerado apenas shampoo, mas tambm um medicamento natural contra a calvcie, seborreia, queda de cabelos e outros problemas do couro cabeludo. Apesar de ele ser considerado um shampoo, ao aplicar no couro cabeludo, ele no faz espuma, fica muito mais parecido com uma loo capilar.

    Ingredientes: 500 ml (2 xca500 ml (2 xcaras de gua) 45 ml (3 colheres de sopa) de alecrim, camomila ou jaborandi, 15 ml (1 colher de sopa) de cravo em p, 15 ml (1 colher de sopa) de canela em p. Modo de preparo: FFaa um ch com a gua e a erva escolhida (jaborandi para crescimento, camomila para clareamento e alecrim para fortalecimentos dos fios). No ch j frio, acrescente o restante dos ingredientes. Para cabelos oleosos, aumente a quantidade de canela e diminua a de cravo; para cabelos ressecados, aumente a quantidade de cravo e diminua a de canela. O cravo e a canela: so adstringentes e antibacterianos, podem ser misturados ao outros itens j citados para potencializar a limpeza, ajudar na conservao e perfumar. Lave de 1 ou 2 vezes por dia, massageando o couro cabeludo e deixe agir por 15 a 25 minutos. Se voc tivoc tiver tempo disponvel para aplicar de 2 vezes ao dia, ou deixar o shampoo agindo por mais tempo no couro cabeludo, mais rpida ser sua eficcia. indispensvel a dedicao e a disciplina no tratamento, para que obtenha o resultado esperado.

    Ateno: cuidado com a canela, ela pode manchar as roupas e toalhas depois de usar o shampoo. Caso manche, no se preocupe, lave normalmente, caso caia na roupa adicione gua gelada o mais rpido possvel e lave normalmente.

    COMO FAZER UMA ESPCIE DE CREME DENTAL, S QUE EM P, PARA ESCOVAR OS DENTES... possvel fazer isso com Ju. A raspa de ju produzida a partir da entrecasca da rvore Juazeiro, que transformada em p. O ju rico em saponina, que possui ao detergente natural, higienizante e antissptica. Combate s cries, placa bacteriana, mau hlito, cla-reia e limpa naturalmente.

    Modo de Preparo: Manter o Ju em um recipiente fechado em seu banheiro e aplicar uma pequena quanti-dade sobre a escova de dentes umedecida com gua no momento da escovao. Escove normalmente Se voc achar o sabor muito amargo, voc pode adicionar algumas folhas modas de stvia, hortel ou qualquer outra erva natural que preferir para ajudar no sabor.

    O Ju pode ser encontrado na Zona Cerealista no centro de So Paulo, na Rua da Figueira, na loja Mesquita Flora, ambos ficam prximos da estao do metr Pedro II. O valor de no mnimo 2 reais. Caso no ecnontrar l, um giro ali pela regio voc encontra.

    Essas receitas so parte de experincias pessoais e que vivencio cotidianamente, tenho amigas que tambm usam e gostam muito dos resultados. confivel. Qualquer dvida, quiser saber mais e conversar, entre em contato comigo: [email protected]

    projeto catarse! uma iniciativa anticivilizaoleandro agassi - insurrectx zines

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    CURTE AE

    luden

    capa por Camila Svenson

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    mauricio martins

    boqa ou eduardo - penhasco

    felipe maddu

    Nada Pop Um espao, acima de tudo, sobre o independente

    Estou aqui, sentando neste instante em frente ao computador maldito do trabalho, esperando carre-gar uma simples pgina de internet e, ao mesmo tempo, explicar com poucas palavras o que significa

    o blog Nada Pop, sua origem, objetivos e o motivo, afinal, pelo qual fazemos tudo isso.O Nada Pop um encontro simples de pessoas que sempre cultivaram o interesse e vontade de es-crever sobre bandas, falar sobres shows, mostrar realmente o trabalho que cada uma delas teve em se juntar para tocar, fazer um lbum, dar a cara pra bater. Alm disso, sempre foi do intuito compar-tilhar essas informaes de um jeito honesto e organizado, algo do qual todas as bandas pudessem

    ser levadas a srio, do jeito digno que todas elas merecem.Assim nasceu o Nada Pop, um blog sobre punk, hardcore e alternativo. Entenda o alternativo por todo tipo de cultura, no s a msica, que est margem de grandes mdias. bvio que existem outros sites e blogs por a que fazem um trabalho muito antes e parecido com o que fazemos, que contribuem com a msica e arte. Blogs que admiramos e que tambm se tornaram inspirao para o

    Nada Pop. Mas acMas acredito que a principal diferena que estamos tentando criar uma rede de comunicao, for-mada tambm por pessoas que participam da cena independente de forma ativa, no s de So Paulo, mas de todo o pas. Queremos ampliar o espao para as bandas, alm de dialogar sobre as

    coisas positivas e negativas que envolvem o cenrio. Agradecemos por este espao. At!

    Lugares Ruins Para Bandas Horrveis comeou de uma idia simples de compartilhar locais com outras bandas independentes. Afinal, a banda mais importante a que acabou de comear. E no uma banda que tem estrada suficiente para esquecer todo o senso de "cenrio". Ento, o tempo foi bem eficaz para termos hoje uma galera que se agiliza para tocar em diversos lugares, convida

    outras bandas do grupo, rola um apoio mtuo num nvel indito. Agora estamos na pilha de realizar shows na ruas, teremos a segunda experincia ms que vem e acredito que ser bem sucedida - agora que sabemos como fazer. Se o Lugares tivesse um lema seria algo meio Fugazi com Joe

    CocCocker mandando Beatles:" Do It Yourself (With A Little Help of Other Bands).

    LUGARES RUINS PARA BANDAS HORRIVEIS (Grupo no Feice)

    Guitar Talks

    O Guitar Talks um portal que aborda o mundo musical em duas ideias principais: divulgar os artis-tas que se escondem no submundo do underground e noticiar o que acontece diariamente no mainstream. Fundado em 2012 por Marcos Ferri e Crys Gonalves, o Guitar Talks se tornou um trio com a chegada de Felipe Madureira em 2014, que havia sido colega de faculdade de Ferri.

    A unio dos trs resultou em novas abordagens, na construo de algo novo ainda estamos no processo! - , na tentativa de sair da mesmice, do senso comum. Aliar mundos paralelos, mas que

    por vezes se cruzam, um desafio, mas o GT no foge da luta.

    Para este ano, a ideia que mais leitores agreguem e possam usufruir de matrias, especiais, entre-vistas, coberturas de shows e resenhas de qualidade que o portal Guitar Taks buscar fornecer

    incessantemente para essas pessoas. Que venha 2015!

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    Desde a Desde a ltima vez que escrevi pro Utilizine, muita coisa mudou na Bichano Records e ainda mais pessoas chegaram nessa grande famlia de amigos espalhados pelo Brasil que esse selo. Acho que a ltima entrevista que dei foi em abril do ano passado, antes da turn da Epfania por aqui. Desde ento, fizemos a tour da Devir (de Santa Cruz do Sul/RS) aqui no Rio em setembro, e completamos nosso primeiro aninho agora em janeiro de 2015 (com uma mega festa de aniversrio no Escritrio da Transfuso Noise Records, com a incrvel Medrar, de Sorocaba, a SLVDR, Death Trip, The Alchemists e Regular Boat Driver). O segundo semestre de 2014 foi um tanto quanto detanto quanto devagar na Bichano, tive que me dedicar faculdade e ao movimento estudantil, entre outras coisas. Isso entra bem no conceito de "no-selo", que eu acho que j cheguei a abordar em alguma entrevista. Tal como algumas bandas (ou "no-bandas"), a Bichano mais um hobby do que um compromisso ou uma obrigao, algo que uso pra me destrair das ansie-dades e cobranas do dia a dia. Tem dia que eu simplesmente no tenho vontade alguma de fazer qualquer coisa relacionada a selo. como meu amigo Cristiano Onofre fala: "o punk assim. Tem dia que d e tem dia que no d".

    Ainda assim, esse perodo foi muitssimo importante pro selo, j que tive a oportunidade de fazer duas viagens pro nordeste do Brasil (a.k.a. maior regio do mundo), e dentre um monte de outras pessoas massas, conheci pessoalmente a gurizada da Transtorninho Records. Alm de serem algumas das melhores pessoas do mundo, maravilhoso saber que tm pessoas passan-do pelas mesmas experincias e desafios em todos os cantos do planeta, tentando construir algo positivo atravs da msica e da cultura independente, sejam eles l em Recife, eu aqui no Rio de Janeiro, o pessoal do Utilizine/Coletivo I-hmi/A Casa oceania/Casa do Enforcado em SP ou a Umbaduba ou a Umbaduba Records l no sul, s pra citar alguns.

    De qualquer forma, estamos cheios de planos e projetos sendo desenvolvidos nesse comeo de ano. Em maro finalmente vai sair o zine Empodera #1 (que j est pronto), e uma coletnea com ilustraes de mulheres de vrias cidades brasileiras fazendo suas verses da logo da Bich-ano. Vai rolar tambm um zine em colaborao entre a Bichano e o Raro Zine, em que um en-trevista o outro e t bem legal. Vamos continuar fazendo a coletnea dirios emocionais com certa frequncia e continuamos abertos a quem quiser mandar seu material para divulgar-mos/distribuirmos. E claro, volta e meia rola de fazermos uns shows por aqui. Esse ano vamos tentar organizar shows em outras cidades tambm, So Paulo e Curitiba esto nos planos.

    isso. Paz e um feliz 2015 para vocs.

    fred zgurvisite: http://bichanorecords.bandcamp.com/

    BICHANO RECORDS

  • mocna ou monica oliveira

    A revista maaneta surge das demandas de seus membros, de inquietaes de mesa de bar e discusses intensas de sof. A idia principal a de levar para fora dos espaos acadmicos s discusses referentes ao gnero que so pro-duzidas neles, de ir alm do share e do texto do facebook. falar sobre algo que te afeta no seu dia-dia, sobre algo que voc gosta muito e que voc pensou sobre isso. Ns queremos ter a palavra nal sobre nada, no temos pretenso alguma de encontrar as solues para todas as questes: Queremos que voc nos diga o que te afeta, o que voc faz no seu coletivo, qual seu lme favorito e como voc foi/vai construindo voc. O que propomos um veculo, um espao e queremos que seja preenchido por uma polifonia de vozes. Sendo assim, se voc, de alguma forma, sente que tem algo a dizer, seja uma Sendo assim, se voc, de alguma forma, sente que tem algo a dizer, seja uma reexo sobre uma conversa que ouviu no nibus ou resenha sobre um evento que achou legal: manda pra gente! Aceitamos fotos, desenhos, vdeos, na lin-guagem que voc sentir melhor se expressar.

    Vamos abrir as portas?

    acesse: http://www.revistamacaneta.com.br/

  • O Coletivo Bergamotas brotou como uma semente daquela srie "tamo com uns projeto a", lanado em um grupo de artes no facebook que um camaleo com relao ao nome, por isso no ser divulgado aqui (caso

    voc tente encontr-lo, mas s pedir que a gente passa, tem restrio, no).No viemos com uma pNo viemos com uma proposta de inovar, fazer algo diferente, revolucionar (pois acredito muito que uma zine forte j por si s um material em prol da revoluo), muito pelo contrrio: Queremos fazer zine como elas so conhecidas. No chegamos ao nvel true de ser (as vezes) xerocada ou feita em mimegrafo, mas esta-mos nos esforando. Ainda assim, estamos indo para a terceira edio com uma inteno de inovao, ino-vao essa que tem de ser feita em ns mesmos. At ento, para quem nos conhece, a Bergamotas era como um portiflio em conjunto, onde cada um aparesentava seu trabalho em uma ou duas pginas. Essa mudana

    ser drstica no futuro, contendo menos "visualizao" e mais "viso".Uma viso de mundo que queremos apresentar a cada pessoa que em ns tocar. Mas sem impor opinies ou

    regras.Coletivo Bergamotas : Ana Lima, Brbara Fernandes, Carolina Matsubara, Cho Iang, Cristina Tierno, Daniel Aguiar, Felipe Fernandes, Fernanda Barbosa, Henrique Artem, Henrique Inhauser, Imyra Isipon, Matheus Carmanhani, Rafael Limberger, Raiza Limberger, Renan Carvalho, Ssifo Gatti e Stella Bloise Tamberlini.

    por felipe fernandes

    BERGAMOTAS guilherme abreu

    rafael limberger

    >>>acasaoceania.bandcamp.com

  • 23

    confira as webisodes que ns da We are Piano fizemos e lanamos no nosso canal do youtube - srie que retrata as fases que passamos como banda. nos primeiros episdios, capturamos mo-mentos das gravaes das msicas Mantra, Ludoterapia e Octopus nos estdios Kalundu e Subway para integrar o 5-way split mn, com as bandas Vapor, Chabad, BLUES DRIVE MONSTER e Hol-lowood. rolou at um encontro-coro para gravar Mantra com amigxs que vieram por uma divul-gao aberta na internet. mais adiante, no episdio 5, rola um mini-documentrio da nossa tour SP-RJ com a banda chilena Epifania, que foram nossos mestres dividindo suas experincias conosco, passando pela grande SP pelo RJ em shows organizados pela Bichano Records, inclusive

    ficamos na casa dele. esses momentos so bem massa, Le Mat (mex), Acantilados (arg) e Novona-da (uk) (essa veio duas vezes) tambm j ficaram conosco, mas por pouco tempo. mais pra frente sai mais vdeo dessas exp. foi facil fazer esses vdeos, os meninos me ajudavam a escolher as ima-gens que nosso amigo Igor Piaga sempre t fazendo, Lopes me emprestou sua casa, seu PC e alguns de seus conhecimentos e o resto DIY em programa de ediao, bundinha quadrada e tudo mais. resumindo: so vdeos da poca do caso (casa na barra funda que em 2014 moravam lopes, raul e mizuha) que foi tima pra ns, aprendemos muito juntxs sobre organizao autno-ma entre amigxs e vivemos momentos inesqueciveis. se inscreva no canal, pois mais pra frente

    postaremos mais vdeos sobre a nossa trajetria :)

    youtube.com/wearepiano

    webisodes we are piano

    epifania.bandcamp.com

    guilherme abreu

  • por barnab

    vitor ciosaki

    vitor almeida lopes

    sendo bem sincero, a casa do enforcado surge primeiramente como uma tentativa de tornar a vida um pouco mais suportvel. a gente tava sempre meio fodido cada um num canto, ento resolvemos juntar, que ai fica mais fcil lidar com os perrengues. no comeo foi at difcil aceitar que a casa tinha realmente dado certo, que poderamos finalmente concretizar todos os projetos que idealizvamos numa boa. a gente tudo meio desconfia-do, quando chega notcia boa vem logo de brinde a espera pelo tropeo iminente tambm. s que, porra, j que de qualquer jeito vai dar merda, bora tentar aproveitar um pouco.

    pelo menos tem quintal.pelo menos tem quintal.

    enfim, nunca sentamos pra discutir direito os rumos do coletivo, talvez em algum momento isso at role, mas por enquanto no sentimos necessidade. mesmo a formao do "coleti-vo" foi bem espontnea. cada um j produzia alguma parada, ento j que tamo morando junto bora divulgar essas paradas e produzir coisas novas tambm, no tamo fazendo nada mesmo. e bem doido isso, nossos trampos dialogam com uma dinmica bem parecida da

    nossa vivncia cotidiana.

    a ideia agora envolver mais gente nesse processo. convidar uma galera que se identifique com essa pegada e agregar de alguma forma. seja participando de jam, gravando, tocando nos eventos, ajudando a organizar os eventos, expondo, tatuando, sendo tatuado, enfim,

    foi mal no sei mais o que falar

    casa do enforcado

    se eu nao falar agora eu vou ter que falar depois` ` um projeto musical de jazz experimental que dialoga entre o sentimento sui generis do lo-fi e as experimentaes fludas de improvisaes em cima da ideia de matematicidade musical e da troca de informaes intangveis. o projeto nasceu como ideia em 2014 e a primeira sesso aconteceu em janeiro de

    2015.

    lopes e csk24

  • 25

    LANAMENTOS

    alguns lanamentos feras que rolaram desde a ultima zine at hoje (ouvir de graa, baixar n sei)

  • 26

  • 27

    Vitor Almeida Lopes (experimental, free, noise, folk)https://vitoralmeidalopes.bandcamp.com/

    17.04.2014 25.04.2014 30.05.2014 14.10.2014 05.08.2014 29.11.2014 27.01.2015

    for the first time,look at the flowerspassado pietro, o leo 7 hack domingo goodbye

  • copie, cole, empreste, doe, roube, escaneie, imprima, venda, revenda,

    e faa o que quiser com o contedo, mas permita que xs outrxs tambm o faam, pois o conhecimento deve

    ser livre.

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