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Com aumento nos casos de dengue no estado, a Uvesp está solicitando às Câmaras Municipais que orientem os munícipes a se unirem no combate ao mosquito. Mensagem no artigo. PÁGs 15 e 24 Melhorando o ranking dos municípios PÁG 3 • WWW.UVESP.COM.BR • UMA PUBLICAÇÃO UVESP PELO FORTALECIMENTO DO MUNICIPALISMO ANO XV • NÚMERO 127 FEVEREIRO DE 2016 • WWW.UVESP.COM.BR • “Podemos afirmar que a Lei Brasileira da Inclusão é transver- sal e modificou todas as leis”. Editorial PÁG 2 “Assustados com a crise e com a LRF, prefeitos desistem de se candidatarem” Reeleição PÁG 4 Profundo artigo de Ives Gandra analisa erros do regime presidencialista. Parlamentarismo PÁG 9 O Fundo de Investimento pensado pela Desenvolve SP visa acelerar os municípios. Infrapaulista PÁG 18 Parceria com os municípios Governador recebe APM Posse concorrida • “Enfrentaremos águas revoltas com tolerância. O pior naufrágio é não partir”. Disse Dimas Ramalho ao propor parceria com os agentes públicos para evitar erros. Cumprimentos • Governador cumprimenta os diretores que o convidaram para o encerramento do Congresso, em Campos do Jordão, no dia 1º de abril. O tema “Crise: Difi- culdades e Oportunidades” será discutido dia 29/03. PÁG 5 POSSE CONGRESSO ESTADUAL DE MUNICÍPIOSMuitos vereadores, incluídos os membros da Mesa não tiveram conhecimento das notificações do Ministério Público sobre a falta de um Portal da Transparência Admi- nistrativa, necessária em obediên- cia à Lei de Responsabilidade Fis- cal, que completa 16 anos, à Lei da Transparência com 7 anos e a Lei de acesso à informação com 5 anos de existência. Há, por parte dos pesquisados pelo Jornal do Interior, grande inte- resse na adequação da legislação pre- parando portal com dados que são exigidos pelos instrumentos legais e fiscalizados pelo Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. No início de março, os gestores (Executivo e Legislativo) irão tomar conhecimento dos pontos que estão em desconformidade com a legis- lação. Após o prazo será feita nova avaliação nacional, no período de 11 de abril a 9 de maio, findo o que no- vas notificações serão enviadas. Per- sistindo a irregularidade, ações civis públicas serão propostas no dia 1º de junho em todo o país. Confira às pá- ginas 3 e 9.

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Com aumento nos casos de dengue no estado, a Uvesp está solicitando àsCâmaras Municipais que orientem os munícipes a se unirem no combate aomosquito. Mensagem no artigo.

PÁGs 15 e 24

Melhorando o ranking dos municípios

PÁG 3

• W W W. U V E S P. C O M . B R • U M A P U B L I C A Ç Ã O U V E S P P E L O F O RTA L E C I M E N TO D O M U N I C I PA L I S M O

ANO XV • NÚMERO 127 FEVEREIRO DE 2016

• W W W. U V E S P. C O M . B R •

“Podemos afirmar que a Lei Brasileira da Inclusão é transver-sal e modificou todas as leis”.

Editorial

PÁG 2

“Assustados com a crise e com a LRF, prefeitos desistem de se candidatarem”

Reeleição

PÁG 4

Profundo artigo de Ives Gandra analisa erros do regime presidencialista.

Parlamentarismo

PÁG 9

O Fundo de Investimento pensado pela Desenvolve SP visa acelerar os municípios.

Infrapaulista

PÁG 18

Parceria com os municípios Governador recebe APM

Posse concorrida • “Enfrentaremos águas revoltas com tolerância. O pior naufrágio é não partir”. Disse Dimas Ramalho ao propor parceria com os agentes públicos para evitar erros.

Cumprimentos • Governador cumprimenta os diretores que o convidaram para o encerramento do Congresso, em Campos do Jordão, no dia 1º de abril. O tema “Crise: Difi-culdades e Oportunidades” será discutido dia 29/03.

PÁG 5

• POSSE • • CONGRESSO ESTADUAL DE MUNICÍPIOS•

Muitos vereadores, incluídos os membros da Mesa não tiveram conhecimento das notificações do Ministério Público sobre a falta de um Portal da Transparência Admi-nistrativa, necessária em obediên-cia à Lei de Responsabilidade Fis-cal, que completa 16 anos, à Lei da Transparência com 7 anos e a Lei de acesso à informação com 5 anos

de existência.Há, por parte dos pesquisados

pelo Jornal do Interior, grande inte-resse na adequação da legislação pre-parando portal com dados que são exigidos pelos instrumentos legais e fiscalizados pelo Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

No início de março, os gestores (Executivo e Legislativo) irão tomar

conhecimento dos pontos que estão em desconformidade com a legis-lação. Após o prazo será feita nova avaliação nacional, no período de 11 de abril a 9 de maio, findo o que no-vas notificações serão enviadas. Per-sistindo a irregularidade, ações civis públicas serão propostas no dia 1º de junho em todo o país. Confira às pá-ginas 3 e 9.

FEVEREIRO DE 2016

• W W W. U V E S P. C O M . B R •

• EDITORIAL •

Ajustar a realidade ao seu redor

Concluímos, em dezembro/15, a 6ª Caravana da Inclusão, Aces-

sibilidade e Cidadania. Foram 14 even-tos em diferentes regiões. Reunimos a sociedade civil, os especialistas em ci-ências humanas, vereadores, prefeitos e secretários municipais. Contamos com a liderança inconfundível da Dra. Li-namara Rizzo Batisttella, representada pelo Secretário Adjunto Cid Torquato e com o apoio das secretarias de Desen-volvimento Social e Emprego e Renda.

Todos compreenderam a dívida so-cial que temos com as pessoas com de-ficiência, excluídos pelas barreiras do

pré-conceito e arquitetônicas.Somos todos devedores daqueles

que são, ainda em pleno século XXI, ex-cluídos e em busca da igualdade, que a Caravana procura proporcionar, através da orientação sobre a necessidade de se ter – no município- fóruns de discussão e de reunião das propostas em favor des-sa população que atinge a quase 15% dos paulistas.

Com a regulamentação da Lei Brasi-leira da Inclusão, a nossa proposta conti-nua de pé para o debate nos municípios a respeito de sua aplicação. Precisamos encontrar a equação da corresponsabi-

lidade e transformar os problemas em soluções. Precisamos das lideranças municipais, dos agentes públicos e da sociedade responsável para alcançarmos nosso objetivo.

Em verdade o caminho que trilha-mos em direção às soluções afirmativas dos direitos das pessoas com deficiência tem se alargado gradativamente, mas ainda não chega a totalidade dos cená-rios urbanos, tarefa que a Dra. Linamara Rizzo Batisttella exige que se complete.

A regulamentação da LBI colocou em pauta a prioridade absoluta das dis-cussões artigo por artigo para garantir aos 46 milhões de brasileiros com de-ficiência e mobilidade reduzida seus direitos fundamentais na educação, saú-de, ao transporte, à livre circulação sem barreiras e, entre outras coisas mais, az viver em suas cidades com autonomia e independência.

Podemos afirmar que a Lei Brasilei-ra da Inclusão é transversal e modificou toda a legislação brasileira, alterando leis que não atendiam ao novo paradigma da pessoa com deficiência ou que simples-mente a ignoravam em seu escopo.

O horizonte a nossa frente exige

PÁG 2

que prefeitos e vereadores privilegiem a cidadania, revendo as legislações dos municípios para contemplar os novos parâmetros do respeito à pessoa com deficiência. Como diz a deputada Mara Gabrilli, “a LBI mostra que a deficiência está no meio, e não nas pessoas”.

Exatamente por isso, a secretária Linamara determinou que o tema fosse o “máster” da 7ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania, que começa em março.

A Uvesp, parceira mais uma vez dos eventos, espera muito dos vereadores, prefeitos e secretários para o debate franco e aberto do que cabe a cada um. O caminho é esse e o povo espera que todos nós o percorremos.

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SP

Administração e RedaçãoRua Pamplona, nº 1188 - conj. 73CEP: 01405-001 - São Paulo - SPTelefone: (11) 3884-6746Telefax: (11) 3884-6661

Diretor ResponsávelSebastião Misiara

EditoraSilvia Melo

Conselho EditorialLeonor Girardi Luis Mário Machado

Diagramação e ArtesAmauri do Amaral Campos

Projeto GráficoLiverpool Agencywww.liverpoolagency.com.br

Caderno CentralCEPD - Centro de Estudos de Direito Público

Produção Comercial e ConteúdoWLS Produções de Vídeo [email protected]

ColaboradoresJuliana Franco Rael Pimenta

Departamento JurídicoMarcos Paulo Jorge de SouzaLuiz Gustavo Cordeiro Gomes

Circulação645 municípios de São Paulo

Os artigos assinados representam a opinião dos autores. O ponto de vista do jornal é expresso no editorial.

PresidenteSebastião Misiara

1º Vice-presidente Nequinho Desanti

2º Vice-presidente: Gianpaulo Baptista

3º Vice-presidente: Marco Antonio Alves Jorge (Kim)

Secretário GeralPaulo Roberto Ambrósio

1º SecretárioLucas Pocay Alves da Silva

2º SecretárioLuiz Carlos Mota

3º SecretárioModesto Salviatto Filho

4º SecretárioEdson Antonio Fermiano

Conselho FiscalJoão Balduino dos Santos Neto, Gustavo Zanete, Elio Donizette de Lima Jardim, Rosalva Loretto Facchini, Sonia Palma Beolchi, Humberto José Puttini, Leonardo David Zaniboni, José Marcos da Silva, Nelson Luiz Benevenuto, Estanislau Steck.

Tesoureiros ExecutivosLuis Mário Machado

Diretora de Comunicação Silvia Melo

Diretor de EventosLuis Mário Machado

Sebastião [email protected]

Silvia MeloDiretora de Comunicaçã[email protected]

Luis Mario MachadoDiretor de [email protected]

Escola - Filiaçã[email protected]

Departamento [email protected]

[email protected]

Fale com a UVESP

Sitewww. uvesp.com.brwww.blogdainclusaosocial.com.br

(11) 3884-6746 3884-6661

A deficiência

está no meio,

e não nas pessoas’

FEVEREIRO DE 2016

• W W W. U V E S P. C O M . B R •

• TRANSPARÊNCIA •

Prefeituras querem melhorar ranking

A avaliação dos portais de muni-cípios e estados e seu ranquea-

mento é o primeiro passo adotado pelos promotores públicos federais e estadu-ais, dentro da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA). Já analisados municípios brasileiros (câmaras e pre-feituras) têm agora o prazo de 120 dias para adequação às Leis da Transparên-cia.

Para as prefeituras o prazo irá até o dia 10 de maio, enquanto que as Câma-ras Municipais devem dar respostas até o dia 9 de março, ou seja, 120 dias para o executivo e 90 dias para o legislativo, após a conclusão.

Trata-se de medida prevista em Lei (artigo 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93 que tem como objetivo solucio-nar extrajudicialmente irregularidades encontradas. As recomendações serão acompanhadas de um diagnóstico do município/estado para que os gestores possam saber quais pontos estão em desconformidade com a legislação.

Após esse prazo, será feita nova avaliação nacional, envolvendo todas as unidades do MPF, no período de 11/04/2016 a 09/05/2016. Já as Câma-ras Municipais terão suas páginas no-vamente acessadas a partir do dia 10 de maio.

Caso as irregularidades persistam, ações civis públicas serão ajuizadas conjuntamente de forma coordenada, no Brasil inteiro, a partir do dia 01 de junho de 2016.

No caso de municípios que não te-nham sequer portais na internet, ou não atualizados o portal, mesmo depois de expirado o prazo da recomendação, uma linha de atuação ainda mais drásti-ca será adotada, podendo envolver:

Ação de improbidade contra o pre-feito, com base no artigo 11, II e IV, da Lei 8.429/92. (Artigo 11. Consti-tui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-ministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de ho-nestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, e notadamente: II- retardar ou deixar de praticar, inde-vidamente, ato de oficio: IV – negar pu-blicidade aos atos oficiais.

Recomendação para que a União suspenda os repasses de transferências voluntárias, com base no artigo 73-C da LC 101/2000, e

Representação para a Procuradoria Regional da República contra os pre-feitos pela prática do crime previsto no artigo 1º, XIV, da DL 201/67 (Art. 1º - São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipais, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, inde-pendentemente do pronunciamento da Câmara de Vereadores: XIV – Negar execução da lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à auto-ridade competente.)

Já para os presidentes de Câmaras Municipais, que não atenderem as re-comendações do Ministério Público Estadual, serão tomadas as mesmas medidas, exceto o item 2, uma vez que o Poder Legislativo não recebe transfe-rência da União. Inclui-se, aí, a cassa-ção do mandato eletivo.

Iniciativa pioneira do Ministério Público do Estado de São Paulo posi-cionou as Câmaras Municipais em rela-ção à transparência de informações em seus respectivos portais. O trabalho, denominado Métrica da Transparência atendeu ao objetivo traçado pela Ação nº 4 da Estratégia Nacional de Comba-te à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), estabelecida para o ano de 2015.

Esse estudo foi para avaliar quais cidades que possuem ferramenta on-li-ne que possibilite o monitoramento e o funcionamento dela. Entre os tópicos avaliados pelo MP está a eficiência da ferramenta de pesquisa de conteúdo que permite o acesso à informação. Além de dados mensais sobre receitas, despesas, salários, licitações, contratos, o MP avalia ainda de há possibilidade de envio de pedidos de informação de forma eletrônica, divulgação da presen-ça dos parlamentares nas sessões, dos votos nominais de documentos, entre outros itens.

As cidades que não tiveram nota acima de 8,5 receberão uma recomen-

No Estado de São Paulo, ranking da transparência teve a participação conjunta do Ministério Público Federal para as Prefeituras e Ministério Público Estadual para as Câmaras.

PÁG 3

Na relação dos itens apurados, figu-ram receita e despesa nos últimos seis meses: integra dos editais de licitação e dos contratos firmados: relatório de gestão do ano anterior; e possibilidade de pedidos de informação por meio ele-trônico, assim como acompanhamento da solicitação.

Em São Paulo

dação do MP com as irregularidades constatadas e terão prazo de 90 dias (expira no dia 9/3) para se adequarem às normas legais de transparência. Se-rão advertidas as Câmaras que obtive-ram colocações abaixo do esperado e que ficaram longe das primeiras colo-cações.

Foram avaliados 640 municípios. Alguns ficaram de fora porque já havia inquéritos civis instaurados ou ações civis protocoladas na Justiça sobre o tema.

Para facilitar a ação dos poderes pú-blicos municipais, a Uvesp está forma-lizando parceria com o Consórcio de Transparência na Gestão Pública Mu-nicipal, autarquia pública dos municí-pios brasileiros consorciados, que pode oferecer suporte, à qualificação dos agentes públicos envolvidos no Portal.

Sebastião MisiaraJornalista

As vinte melhores prefeituras: Indaiatuba (9,3), São Paulo (9,3), Sorocaba (9,3), São José do Rio Preto

(9,0), Santos (8,7), Atibaia (8,5), Santa Rosa do Viterbo (8,4), Jundiaí (8,3),

Araras (8,3), Pedregulho (8,3), Ourinhos (8,3), Franca (8,3), São José do Rio

Pardo (8,2), Santa Isabel (8,2), Bofete (8,2), Lucélia (8,1), Paranapanema

(8,1), Corumbataí (8,0), Cerqueira César (7,9) e Jambeiro (7,9).

As vinte melhores Câmaras Municipais:Várzea Paulista (10,0), Catanduva (9,8), Elisiário (9,8), Ibirá (9,8), Tambaú

(9,5), Atibaia (8,9), Rancharia (8,9), Bauru (8,8), Jardinópolis (8,8), Vinhedo

(8,8), Timburi (8,6), Tupã (8,6), Gavião Peixoto (8,5), Garça (8,5), Manduri

(8,5), Adamantina (8,3), Avaré (8,1), São Luis do Paraitinga (8,1), Tupi Pau-

lista (8,1), José Bonifácio (8,0).

Segundo o subprocurador geral da República, Nicolao Dino a ação foi de-flagrada pela necessidade de incentivar uma maior publicidade da Adminis-tração Pública Municipal e o controle social das receitas e despesas, “preve-nindo-se a prática da corrupção”

“Municípios que publicam salá-rios de seus servidores na internet e a integra dos contratos celebrados têm pontuação mais elevada do que aque-les que optam por disponibilizar apenas sua estrutura organizacional”, segundo o gerente do projeto, procurador da Re-pública Eduardo El Hage, que finaliza. “A intenção, por trás desses critérios, é estimular todos os municípios a darem o máximo possível de transparência à suas ações. Em uma República Demo-crática, como pretende ser o Brasil, to-dos os recursos e gastos, devem ser pú-blicos e visíveis aos cidadãos para fins de controle de sua execução”, concluiu El Hage.

As melhores no Ranking• Analisados todos os itens, os responsáveis pelo ranking deram notas às Prefeituras e Câmas paulistas

FEVEREIRO DE 2016PÁG 4

• CIDADANIA •

Prefeitos desistem da reeleição

O jornal “Diário da Região”, de São José do Rio Preto, baseado

na decisão do presidente da Associa-ção dos Municípios da Araraquarense (AMA), Jurandir Barbosa de Morais, o Jura, aprofundou na reportagem sobre as eleições municipais e a decisão de prefeitos que “pretendem desistir da re-eleição”

Jura, prefeito de Nova Aliança tem o peso de administrar uma das maiores associações regionais do Estado, infor-mou ao jornal que não será candidato à reeleição. Disse que vários prefeitos da região pretendem ficar fora do processo eleitoral.

“Vai ser um ano muito difícil. A preocupação é maior do que em 2015”, afirmou o presidente da AMA sobre 2016. Na lista de prefeitos citados por Morais, que pensam em abrir mão de mais quatro anos de mandato, estão, por exemplo, o prefeito de Monte Aprazível, Mauro Vaner Pascoalão (PSB) e a pre-feita de Nova Granada, Celinha Salva-dor (PSD). “Não está definido ainda que não serei candidato. Temos um grupo para discutir isso. Esses quatro anos não foram fáceis”, disse Pascoalão.

De acordo com o prefeito de Mon-te Aprazível, além da crise econômica enfrentada pelo País, ele assumiu o mu-nicípio com pendências de gestões ante-riores que atrapalharam o seu governo. “Temos dívidas judiciais trabalhistas no valor de R$ 7 milhões. Tem a parte chata também dos precatórios e isso me deixou um pouco chateado”, afirmou Pascoalão ao dizer que já ouviu de cole-

Crise assusta muitos prefeitos que desistem de participar do processo eleitoral abrindo mão da reeleição.

• W W W. U V E S P. C O M . B R •

gas prefeitos que não há disposição para continuar seus respectivos mandatos.

O presidente da AMA afirmou que a lista de reclamações dos prefeitos é grande, além da cobrança da população que, além das críticas feitas nas ruas, usam as redes sociais para disparar co-branças. Ele citou que o repasse do Fun-do de Participação do Município (FPM), em muitas cidades, foi menor em com-paração a janeiro do ano passado.

“Todos estão muito preocupados com a atual situação”, afirmou Morais ao dizer que a situação no governo do Estado também não é boa. Morais dis-se que, em recente visita ao Palácio dos Bandeirantes, foi informado de que a arrecadação sofreu queda de R$ 300 mi-lhões nos primeiros 11 dias de 2016 em comparação ao ano passado.

O presidente da Associação Paulista de Municípios e prefeito de São Manoel, Marcos Monti, avança um pouco mais. Argumenta que “pessoas de bem” desa-nimaram da vida pública.

“A situação da economia brasileira associada à crise política tem preocupa-do muito a todos os prefeitos e prefeitas municipais principalmente porque 2016 é o último ano de mandato e as obriga-ções da Lei de Responsabilidade Fiscal são mais severas.

É com tristeza que vejo as declara-ções dos amigos prefeitos e prefeitas de abdicarem do direito democrático da reeleição por conta dessa situação ins-talada.

O que vemos hoje são pessoas de bem não tendo coragem de continuar prestando serviços a sua comunidade por não conseguirem cumprir com to-das as obrigações pela falta de dinheiro e também por não vislumbrarem uma perspectiva promissora para o futuro.

A história se repete e me remete a celebre frase de Rui Barbosa: “De tan-to ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o ho-mem chega a desanimar-se da virtude, a

rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

Recentemente em jantar de deputa-dos federais, ex-prefeitos, três deles que dirigiram cidades/metrópoles chegaram à conclusão que não pleitearão a volta ao Executivo, “pois a tranquilidade e o bom nome podem ser arranhados dian-te dos problemas e obrigações”, teriam dito.

Realmente é grande a preocupação de prefeitos diante da crise econômica que, embora sediada em Brasília, afeta governos estaduais e municípios e “as obrigações continuam e precisam ser cumpridas”, diz Du Barreto, prefeito de Brotas, que adquiriu o status de “Estân-cia Turística” em seu mandato, mas com pouca disposição para o processo eleito-ral que se avizinha.

Ao “JI” Barreto assim se manifestou:

O presidente da UVESP, Sebastião Misiara lembra que, além da crise que afeta o país, a centralização dos recursos nas mãos do Governo Federal e as obri-gações decorrentes da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, representam o gatilho dessa “crise de desânimo” que afeta grande parte dos agentes públicos.

Misiara argumenta que o processo de descentralização no Brasil, a luta pela plena autonomia dos Governos, no sen-tido da efetivação do sistema federativo, tem sido uma constante na evolução do Estado brasileiro, onde se verifica uma história de ciclos alternados entre siste-mas democráticos, autoritários ou dita-toriais.

Em razão desses fatores, segundo o representante da Uvesp, a luta pelo reco-nhecimento da autonomia dos municí-pios ainda patina, apesar das constantes lutas da Associação Paulista de Municí-pios e entidades municipalistas.

“Pensamos que na grande luta pela competência municipal para elaboração da sua Constituição, o problema esta-ria resolvido. O que temos hoje é uma autonomia municipal formal, que não se realiza na prática e que, a meu ver, é

uma questão fundamental que não pode mais ser adiada na rediscussão do pacto federativo”.

O cientista político, presidente da Associação brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, diz que “jamais se viu um mandato tão difícil como esse atual”. Manhanelli entende que o desânimo vem daí, “os prefeitos não conseguiram atender as demandas da população pela falta de recursos e não querem se arriscar”. Na opinião do con-sagrado cientista político, o prefeito com aprovação abaixo de 50% deve repensar a reeleição. “Todavia ainda há tempo para reverter a situação.

Já o cientista Carlos Alberto de Al-meida, autor de dois livros que tratam do tema advoga a tese de que a reeleição é proporcional à aprovação da gestão.

O mestre em comunicação, Rafael Marroquim, da Universidade Federal do Pernambuco avalia que os últimos quatro meses desse ano serão decisivos para os prefeitos que pretendem disputar a reeleição. “É uma espécie de último prazo para que os gestores-candidatos consigam consolidar sua marca, mas principalmente convencer a população que apesar da crise teve um bom desem-penho no mandato”.

Não tenho coragem. Nunca vi

uma situação como essa.

Eu tenho medo’

Jurandir Barbosa de Morais - “Jura” • Prefeito de Nova Aliança

Da Redaçã[email protected]

Grandes cidades

Entidade Estadual

Onde começou

FEVEREIRO DE 2016 PÁG 5

• W W W. U V E S P. C O M . B R •

Ano eleitoral • Em Marília Dimas Ramalho lembrou da aproximação de mais um en-cerramento de mandato, o 5º ciclo de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.

• TRIBUNAL DE CONTAS •

Prestigiada posse de Dimas Ramalho

“O Tribunal de Contas de São Paulo é um exemplo para

outros tribunais do país. Todos os mu-nicípios do Estado são visitados todos os anos”, afirmou o conselheiro Dimas Ramalho, do Tribunal de Contas do Estado.

Em um dos mais concorridos eventos dos últimos tempos, no audi-tório da Faculdade de Direito da USP, Dimas Ramalho foi festivamente em-possado na presidência do TCE. Auto-ridades de todos os níveis, legisladores e administradores, juízes, promotores e conselheiros, participaram da posse.

O governador Geraldo Alckmin

“Este momento, para mim, é uma celebração à Democracia e ao pluralismo”, afirma o presidente empossado.

demonstrou muita preocupação com a situação financeira das prefeituras e do governo do Estado. “A missão do Dimas é e será difícil. Vivemos a maior crise dos últimos 80 anos. A queda da arrecadação é muito maior que a do PIB, afirmou o governador.

Dimas Ramalho afirmou que tem consciência da crise. “Enfrentaremos as águas revoltas com tolerância. O pior naufrágio é não partir”, assegu-rou. Dimas afirmou que em seu man-dato, o TCE “não terá seu desempenho avaliado apenas pelas punições, temos que ajudar a não errar”. Informou que o tribunal terá o maior parque tecnoló-gico para cruzar as informações com a Receita Federal e com o Ministério Público e que tudo estará à disposição da população pela internet.

Dimas, que anunciou medidas para combater o mau uso dos recursos pú-blicos, disse que “treinar o gestor para que não erre. Os erros são sempre os mesmos. Vamos treinar prefeitos, gestores, secretários para que possam aplicar bem o dinheiro público, prin-cipalmente nessa época de crise que passamos”, disse.

Na comemoração dos 20 anos do Ciclo de Debates da Corte, é ele que vai pessoalmente, em apertada agenda,

acompanhado do Secretário-Diretor Geral, Sérgio Rossi e do Procurador Geral do Ministério Público de Con-tas, Rafael Demarchi Costa, entre ou-tros servidores, realizar o ciclo/2016.

Tudo começou em Andradina, no dia 11 de fevereiro. No mesmo dia, a equipe do TCE foi para Araçatuba. “Os eventos desse ano serão realiza-dos até o dia 28 de abril, antecedendo à data limite de 5 de maio, quando se iniciam as vedações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e Eleito-ral”, comenta o diretor-geral Sérgio Ciquera Rossi.

No dia 1º de fevereiro, o conselhei-

ro Dimas Ramalho assinou o livro de posse para o mandato de um ano, ao lado do vice-presidente Sidney Beral-do e do Corregedor Renato Martins Costa. O termo de posse foi lido pelo Secretário-Diretor Geral Sérgio Rossi, e foi assinado em ato simples e des-contraído.

Dimas Ramalho se disse “honra-do pela responsabilidade de presidir a Corte de Contas paulista. Segundo ele, o Tribunal poderá contar com seu em-penho e compromisso para promover, cada vez mais, constantes melhorias para a instituição, servidores e asso-ciados. No ato da posse homenageou a Conselheira Cristiana de Castro Mora-es, responsável pelo sistema de trans-parência e interação com a sociedade, já em pleno vigor. Aliás a prestação de contas da conselheira Cristiana, no exercício da presidência, foi comenta-da pela maioria dos presidentes.

Palco de um dos principais even-tos, até agora realizados, na UNIMAR, Dimas Ramalho lembrou que mais um encerramento de mandato de aproxi-ma, marcado por ser o quinto ciclo de gestão sob a vigência da Lei de Res-ponsabilidade Fiscal e pela evolução crescente de decisões desfavoráveis, principalmente nos anos de finais de mandato. “A marca – disse o presiden-

te – do TCE é cada vez mais a trans-parência e todos os agentes políticos precisam se enquadrar na lei”.

Tem destacado nos eventos do ci-clo que o tribunal é uma instituição responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do estado de São Paulo e de seus muni-cípios (à exceção da capital). “É o Tri-bunal de Contas que também controla mais de 3.000 entidades estatais, e é nosso papel também oferecer o aper-feiçoamento da administração pública, melhorando, desta forma, a qualidade de vida de toda a sociedade”.

O cenário de ano eleitoral e a que-da nas arrecadações de todas as esferas tornam as orientações dadas no Ciclo, ainda mais relevantes, já que os últi-mos anos de mandato costumam ser mais pesados aos cofres públicos, o que tem levado grande parte dos ad-ministradores ao desânimo (matéria nessa edição).

Em Bauru, o presidente da Câma-ra, Clauber Gomes, destacou que o encontro foi bastante produtivo e en-riquecedor. “Nós gestores públicos, te-mos responsabilidades com o dinheiro público e com o equilíbrio dos orça-mentos. Saber o que podemos fazer e o que não podemos, nos últimos oito meses de mandato é primordial para evitar erros”. Por isso destacou a im-portância da participação de prefeitos e vereadores.

Não é o que tem acontecido. Em Bauru dos 102 municípios convida-dos, estiveram presentes apenas 33 prefeitos e 28 presidentes de Câmaras.

Para os prefeitos, Rossi tem mos-trado que as principais falhas estão na aplicação de recursos na educação e no pagamento de precatórios. Para os vereadores, as rejeições estão ligadas – em sua maior parte – com a remune-ração dos agentes públicos e, também, com gastos abusivos.

O Tribunal de contas de São Paulo é

um exemplo para outros

tribunais do país. Todos os municípios do

Estado são visitados

todos os anos’

A Posse

Ciclo de Debates

Marília

Bauru

Da Redaçã[email protected]

Qualidade de vida da sociedade • O Tribunal realiza a fiscalização de todos os mu-nicípios do Estado, à exceção da Capital, e de mais de 3.000 entidades estatais.

FEVEREIRO DE 2016PÁG 6

• W W W. U V E S P. C O M . B R •

O ano de 2016 tem a particu-laridade de trazer consigo as

eleições municipais, por isso é impor-tante ter o máximo de atenção quanto à forma de atuação da Câmara, como instituição, e do Vereador, como par-lamentar.

O objetivo desta coluna não é in-gressar em questões eleitorais, mas alertar às câmaras e os vereadores so-bre algumas vedações de conduta que decorrem de do atendimento de duas premissas: a primeira, equilíbrio do pleito com a garantia de igualdade en-tre candidaturas; a segunda, imparcia-lidade dos órgãos públicos. Essas pre-missas servem de apoio para o olhar do Ministério Público Eleitoral e da Justiça Eleitoral, pois por elas os fatos são analisados, a fiscalização se efetiva e os julgamentos ocorrem.

A Câmara Municipal, pela condu-ção do vereador que a preside, começa a posicionar-se em uma zona de risco a partir do momento em que deixa de ser imparcial, diante do pleito, praticando ações que evidenciem esse resultado. Algumas dessas situações são expres-samente indicadas no art. 73 da Lei Federal nº 9.504, de 1997 (com suas atualizações). São alguns exemplos de condutas institucionais vedadas expressamente: ceder ou usar, em be-nefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis, ressalvada a realização de convenção partidária; usar materiais ou serviços, custeados pela Câmara, que excedam as prerrogativas consignadas nos re-gimentos e normas dos órgãos que in-tegram; fazer ou permitir uso promo-cional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público; realizar, no pri-meiro semestre do ano de eleição, des-pesas com publicidade que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito. Em outros casos, a conduta

institucional não está expressamente vedada, mas caso o resultado produzi-do pela Câmara se distancie das pre-missas já comentadas, o risco estará configurado.

O Vereador, no exercício do man-dato, começa a posicionar-se em uma zona de risco a partir do momento em que usa seu cargo para obter vanta-gem diante das demais candidaturas, quebrando a igualdade de disputa. São alguns exemplos de condutas vedadas ao Vereador: usar a tribuna da Câmara para manifestar-se sobre sua candida-tura ou para apoiar outra candidatura; utilizar o computador, os equipamen-

tos e o material de expediente da Câ-mara para a sua campanha; fazer uso do banco de dados da Câmara para enviar material de campanha, propor audiências públicas com o objetivo de agregar a sua campanha colaborado-res.

É prudente que o Presidente da Câ-mara faça uma reunião com os verea-dores, no início da sessão legislativa, e apresente as orientações da Câmara para 2016, quanto às condutas vedadas e o atendimento das premissas aqui re-feridas, por meio de ato da Mesa Di-retora.

A atuação da Câmara

e do vereador em

Ano Eleitoral’

André Barbilegislativo Advogado, Professor Especialista em Direito Político, Sócio-Diretor e

Fundador do IGAM (www.igam.com.br), professor da Escola Uvesp e autor do livro “A Lei, seu Processo de Elaboração e a Democracia”. Twitter: @andrebarbi; Facebook: andrebarbi; Instagram: andrebar-bidesouza; E-mail: [email protected]

soas vinculadas à Igreja nas comunida-des ajudem a compor esses comitês, de modo a ajudar no trabalho de vigilância do processo eleitoral. Em todos os muni-cípios existem comunidades cristãs e de outras religiões”, afirma o representante da CNBB, Dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães.

Para o codiretor do MCCE, Lucia-no Santos, os trabalhos dos comitês e das entidades da Rede MCCE abarcam, além da fiscalização pelo cumprimen-to da Lei “Contra a Compra de Votos” (Lei9840/99) e Lei da “Ficha Limpa” (LC 135/10), também o combate ao abuso do poder econômico pelo caixa dois. “Os comitês MCCE são de suma importância no levantamento de provas e no encaminhamento das possíveis re-provações das contas de campanhas que apresentarem irregularidades”, diz.

De acordo com a OAB, desde a proi-bição das doações de empresas a campa-nhas eleitorais, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro de 2015, aumentou o risco dos candidatos se valerem de recursos que não tenham como origem pessoas físicas ou parti-dos, únicas fontes permitidas, atualmen-te, para financiamento de campanhas.

Por isto, a ação quer mobilizar ad-vogados e contadores a prestarem gra-tuitamente seus serviços para auxiliar a Justiça Eleitoral na fiscalização de cam-panhas suspeitas, assim como conscien-tizar o eleitor a suspeitar de candidatos cujas campanhas tenham a aparência de incompatíveis com os recursos arre-cadados. “Vencedora como foi a luta contra o investimento empresarial em candidatos e partidos, agora é chegada a hora de a sociedade se unir contra o caixa dois nas eleições. Queremos co-mitês em todo o Brasil para denunciar e apresentar à sociedade, ao Ministério Público e à Justiça elementos exteriores, sinais exteriores de caixa dois”, explica o presidente da OAB, Marcus Vinicius Coelho.

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FEVEREIRO DE 2016

Trocas • A proibição das doações por parte das empresas, aprovada pelo Supremo, aumenta o risco dos candidatos se valerem de recursos que não tenham origem legal.

• CIDADANIA •

Eleições limpas com maior fiscalizaçãoEm parceria com a CNBB e MCCE, OAB lança campanha contra caixa dois de forma participativa.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Com-bate à Corrupção Eleitoral (MCEE) se uniram na tentativa de combater as irregularidades no financiamento de campanha nas eleições municipais, que ocorrem este ano. Para isto, no dia 12 de janeiro, eles lançaram a ação Comi-tês Contra o Caixa Dois de Campanhas Eleitorais.

Por meio da iniciativa, serão insta-lados comitês em todos os municípios do Brasil para fiscalizar, conscientizar e receber denúncias de cidadãos sobre ir-regularidades no financiamento de cam-panhas para prefeito e vereador.

“A importância de se fiscalizar a existência ou não de caixa dois nas cam-panhas eleitorais se demostra relevante como um primeiro filtro para a escolha de bons governantes”, afirma o presi-dente da OAB Piracicaba, Jefferson Goularte.

Ainda segundo ele, a iniciativa vai permitir “identificar eventuais crimes e criminosos, que se travestem de lideran-ças e que tem como único fito se apro-priarem de verbas públicas. Por isso que a campanha da OAB Federal é de suma importância para se buscar uma repúbli-ca democrática, cada vez mais pujante”.

A iniciativa deve utilizar mais de 1,3 mil seções regionais da OAB e pa-róquias espalhadas pelas cidades bra-sileiras – são mais de cinco mil – para mobilizar a população no combate ao recebimento de doações não-declaradas pelos candidatos. “Queremos que pes-

Juliana FrancoJornalista

Comitês municipais

vão fiscalizar as campanhas,

conscientizar e receber

denúncias’

Doações

O lançamento da campanha foi realizado na sede da OAB, em Brasília. Participaram 46 entidades, entre elas a Associação Nacional de Procuradores da República, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação dos Delegados de Polícia Federal.

Segundo o juiz Márlon Reis, da Associação de Magistrados do Brasil e um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, as mudanças introduzidas pela minirreforma política aprovada no ano passado pelo Congresso possibilita-ram o lançamento da campanha promovida pela OAB. “São três elementos que considero importantes: a conquista da proibição das doações ocultas, a prestação de contas que os candidatos devem fazer ainda durante a campanha, praticamente em tempo real, e a limitação dos gastos de campanha”, destaca.

Lançamento• União

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O Programa

• CIDADANIA •

Programa Santas Casas SUStentáveisAprovado na Assembleia o Projeto de Lei que torna permanente o Programa Santas Casas SUStentáveis.

A Assembleia Legislativa apro-vou nesta terça-feira, 15 de de-

zembro, o Projeto de Lei 1302/2015, de autoria do deputado Itamar Borges (PMDB), que torna permanente o au-xílio financeiro do Governo do Estado às instituições filantrópicas, chamado de Santas Casas SUStentáveis.

O programa Santas Casas SUSten-táveis classifica os hospitais em três tipos: de apoio, recebem 10% a mais do repasse da tabela SUS; estratégicos, repasse de 40% a mais; e os estrutu-rantes, repasse de 70% a mais.

Segundo o deputado Itamar Bor-ges, que é presidente da Frente Par-

lamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, o projeto tem como objetivo contribuir para o desen-volvimento de um parque hospitalar de referência no Estado de São Paulo, capaz de prestar serviços de saúde de qualidade para a população.

“Buscamos tornar o Santas Casas SUStentáveis permanente para aliviar a difícil situação financeira enfrentada pelas instituições. As santas casas e os hospitais filantrópicos desempenham um importante papel social em nosso Estado. Muitas vezes a santa casa é o único hospital da cidade”, afirmou o parlamentar.

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficen-tes do Estado de São Paulo (Fehosp), Edson Rogatti, comemorou a aprova-ção do Projeto na Assembleia Legis-lativa. “Esse recurso é importante para a diminuição do subfinanciamento da saúde e para que as santas casas e hospitais filantrópicos encontrem um equilíbrio financeiro. O programa sal-vou muitos hospitais do fechamento. Por isso a Fehosp sempre lutou para que o projeto de lei fosse aprovado”, afirmou.

“Felizmente conseguimos o apoio

de nossos colegas deputados, que vo-taram pela aprovação deste importante projeto. Agora continuaremos fazendo gestões para que o governador sancio-ne a Lei”, ressaltou Itamar Borges.

O Projeto de Lei 1302/2015 segue agora para a sanção do governador Ge-raldo Alckmin, que tem 15 dias úteis para analisar o tema.

Atualmente, mais de 100 entida-des filantrópicas do Estado recebem recursos do programa Santas Casas SUStentáveis, que foi implantado pela Secretaria da Saúde, por meio de ini-ciativa do secretário David Uip e do se-cretário-adjunto Wilson Pollara. Após a sanção do governador ao Projeto de Lei, esta ajuda será permanente.

O deputado Itamar defende tam-bém que o programa seja expandido e atenda outros hospitais do Estado. “O Santas Casas SUStentáveis é tão importante que precisa ser ampliado. Diversos hospitais importantes do nosso Estado precisam deste auxílio financeiro do Governo do Estado”, fi-nalizou.

Da Redaçã[email protected]

Marco na Saúde • Edson Rogatti, presidente da Federação das Santas Casas e Hos-pitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Fernando Capez, presidente da Alesp e o deputado Itamar Borges.

• CRECISP •

“A sociedade espera muito de nós”

A constatação do presidente do CRECISP, enfatiza ainda

mais a confiança, o respeito e a cre-dibilidade, principais valores desta-cados na 1ª Reunião Plenária do ano, que deu início à nova gestão do Con-selho Pleno para o triênio 2016/2018. O encontro diplomou os conselheiros eleitos no último pleito e teve como tônica a motivação de todo o grupo que estará à frente da entidade duran-te esse período.

Viana recebeu os colegas com

muita satisfação, dizendo-se honra-do com os resultados ao longo das últimas décadas. “Estou certo de que vamos manter a categoria no lugar de merecido destaque perante a socieda-de, trazendo ainda mais segurança e confiabilidade às transações imobili-árias.”

No decorrer da plenária, cada con-selheiro deixou sua mensagem, enfa-tizando a importância da atuação do CRECISP, no sentido de fiscalizar e moralizar o exercício profissional.

Constatata José Augusto Viana Neto, na diplomação dos conselheiros eleitos para triênio 2012/2018.

Diversos convidados prestigiaram o evento e comentaram o trabalho dig-no e ético realizado pela entidade. “Confio e respeito o CRECISP e te-nho o privilégio de usufruir da decên-cia dessa autarquia”, ressaltou a presi-dente do Centro de Estudos e Apoio aos Municípios e Empresas, Dalva Christofoletti Paes da Silva. Também acompanharam a solenidade os cor-retores Clayton Ferreira de Almeida, Rosana Pires e Jorge Luis dos Santos Silva, membros de comissões e gru-

Departamento de Comunicaçã[email protected]

pos de trabalho, e o ex-delegado sub--regional de Santo André, Alvarino Lemes.

A Diretoria do CRECISP será com-posta por Viana como presidente, Jai-me Tomaz Ramos (vice-presidente), Gilberto Yogui (2º vice-presidente), Arthur Boiajian (diretor-secretário), Ruberval Ramos Castello (diretor 2º tesoureiro), Francisco Pereira Afonso (diretor tesoureiro).

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FEVEREIRO DE 2016

Se comparado ao regime de

exceção então vigente.

Não adotou, todavia, o

melhor sistema, que,

a meu ver, é o parlamentar’

• DIREITO •

tadual, também no dia 9 de dezembro de 2015, enviou recomendação para to-dos os dirigentes camerais, concedendo o prazo de 90 dias, que se finda no dia 9 de março de 2016, para que todas as câmaras de vereadores coloquem no ar novo portal da transparência, adequado à legislação pertinente, sob pena de tam-bém abrir ação civil pública contra os presidentes das câmaras de vereadores.

Em recente pesquisa realizada pela União de Vereadores do Estado de São Paulo – UFESP, junto aos gestores mu-nicipais de todas as regiões do estado de São Paulo, todos os gestores camerais pesquisados, não sabiam sequer, que mi-nistério público tinha notificado sobre o problema da Câmara de Vereadores não ter portal da transparência adequado à legislação vigente, ou seja, transparên-cia administrativa não é prioridade dos gestores camerais contatados.

Por ser um especialista em publica-ção de atos oficiais e transparência, e oti-mista por vocação, e por já ter implan-tado vários projetos de transparência no Brasil e no exterior, resumo o que quero dizer na seguinte afirmação: transpa-rência administrativa municipal não é coisa simples, porque envolve princípios da administração públi-ca, e só se faz transparência com a

Compromissos com a transparênciaPrefeitos e Presidentes de Câmaras devem se comprometer mais com a transparência administrativa.

É inadmissível que decorridos 16 anos da vigência da lei de res-

ponsabilidade fiscal, 7 anos da lei de transparência e 5 anos da lei de acesso a informação, quase 100% das prefei-turas, câmaras de vereadores e órgãos municipais da administração indireta do Brasil, ainda não cumprem totalmente suas obrigações para com a transpa-rência administrativa e acesso a in-formação, impostas por estes e outros comandos legais, e sequer tem portal da transparência adequado à legislação pertinente.

Esta realidade foi mostrada pelo ranking da transparência, feito pelo mi-nistério público federal e ministério pú-blico estadual. Por esta razão os gestores municipais precisam correr para recupe-rar o tempo perdido e não se complicar com a justiça.

No dia 9 de dezembro de 2015 o ministério público federal instaurou in-quérito civil público de recomendação e concedeu um prazo de 120 dias a partir daquela data, que se finda no dia 9 de abril de 2016, para que os prefeitos im-plantem novo portal da transparência, adequado à legislação vigente, sob pena do inquérito civil virar ação civil pública a partir de 1º de junho de 2016.

Por sua vez, o ministério público es-

implementação de uma política pú-blica específica.

Vou aqui relacionar 6 ações que inte-gram uma política pública municipal de transparência administrativa séria, den-tre outras:

1 - organizar e conhecer a legislação federal, estadual e municipal de publica-ção de atos oficiais e transparência, aces-so a informação, participação popular e controle social;

2 - edital decreto municipal e decreto cameral criando a política municipal de transparência administrativa;

3 - designar um órgão e nomear uma pessoa responsável e montar a infraes-trutura e equipe de apoio;

4 - dispor de recursos orçamentários;5 - treinar e capacitar servidores mu-

nicipais e camerais;6 - implantar os instrumentos de pu-

blicação de atos oficiais, transparência, acesso a informação, participação popu-lar e controle social.

Paulo Sérgio GomesEspecialista em publicação de atos oficiais e transparê[email protected]

vés da política partidária, eu poderia fa-zer algo pelo meu País.

É que os países presidencialistas, exceção feita à experiência america-na, não geram partidos políticos, sendo muito mais governos de pessoas e não de ideias, de donos de legendas e não in-tegrantes de uma agremiação partidária com ideologia definida.

Quando se diz que o Brasil não pode adotar o parlamentarismo porque não tem partidos políticos, deve-se respon-der que o Brasil não possui partidos po-líticos porque não adotou o parlamenta-rismo.

É o parlamentarismo o sistema de governo –prefiro a expressão sistema a regime, por ser o regime uma ordenação inserida num sistema— em que eleito um irresponsável é derrubado pelo Par-lamento por um voto de desconfiança. No presidencialismo, sua derrubada, sem ruptura institucional, só se dá atra-vés do processo traumático do “impea-chment”. Não há “voto de desconfian-ça” capaz de afastá-lo, mesmo que tenha deixado de ter a confiança do povo que o elegeu.

Em outras palavras, como nenhum governo governa sem a confiança do povo, o parlamentarismo encontrou os meios para, sem traumas, afastar o mau governo e substituí-lo por governos que recebam o apoio popular atual. No presi-dencialismo, um governo que não conta

O sistema parlamentar de governoCom a adoção das eleições diretas, quando da redemocratização, o Brasil avançou...

Se comparado ao regime de exce-ção, então, vigente. Não adotou,

todavia, o melhor sistema, que, a meu ver, é o parlamentar.

Ocorre que a realidade do presiden-cialismo – salvo a experiência do país que o criou (EUA) — tem sido parti-cularmente negativa, principalmente no contexto latino-americano, pois tem ge-rado “sistema gangorral” entre ditaduras e semidemocracias, com constantes rup-turas institucionais em quase todos eles.

Fui, de 1962 a 1964, presidente do Partido Libertador de São Paulo, que de-fendia a “responsabilidade dos governos a prazo incerto” e não a “irresponsabili-dade a prazo certo”. Assim, o fechamen-to de um partido programático como o PL tirara-me toda a ilusão de que, atra-

com a confiança da sociedade e abalado por toda a espécie de vícios, inclusive por atos provados de corrupção, só pode ser afastado por maioria qualificada no Parlamento. No Brasil, 2/3 dos parla-mentares da Câmara e do Senado.

Gostaria de lembrar que, com voto distrital (puro ou misto), Banco Central autônomo, burocracia profissionalizada, além de cláusula de barreira para cria-ção de partidos e fidelidade partidária, com poucas exceções para mudança de legendas, todas elas com nítida confor-mação ideológica, o parlamentarismo funciona, como ocorre nos países desen-volvidos e emergentes, inclusive alguns com crises religiosas graves, como a Ín-dia, ou pequeno desenvolvimento, como a Tailândia.

O Brasil, com 35 legendas - não co-nheço nenhum filósofo capaz de formu-lar 35 ideologias políticas distintas - é prova inquestionável de que o sistema é propiciador de variadas negociações pouco saudáveis, na troca de cargos e favores.

Embora quem tenha que mudar a Constituição sejam aqueles que foram eleitos pelo sistema atual e que, portan-to, usufruem de suas benesses, entendo que chegou o momento de o povo co-meçar a considerar o sistema parlamen-tar de governo para votar nas próximas eleições naqueles que estiverem dispos-tos a defendê-lo.

Ives Gandra da Silva MartinsProfessor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNI-FMU, do CIEE/O ESTADO DE SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME, Superior de Guerra - ESG e da Magis-tratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e da PUC-Paraná, e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal); Pre-sidente do Conselho Superior de Direito da FECOMERCIO - SP; Fundador e Presidente Honorário do Centro de Extensão Universitária – CEU-Escola de Direito/Instituto Internacional de Ciências Sociais - IICS.

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• LEGISLAÇÃO •

Combatendo o emaranhado de cabosO Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, busca colocar alguma ordem na rede elétrica.

O Sindicato, presidido por Mu-rilo Celso de Campos Pinhei-

ro está divulgando junto às Câmaras Municipais a sua posição a respeito do emaranhado de cabos, instalados de forma desordenada, além de simples abandono de cabos baixos e soltos em postes.

Pelo inciso VIII do artigo 30 da Constituição Federal compete aos Municípios promover no que couber adequado ordenamento territorial me-diante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

É perfeitamente possível a apresen-tação de projeto de lei por membro do Legislativo que venha a balizar obriga-ção acessória relacionada à ocupação do espaço urbano. Pela jurisprudência do Supremo Tribunal, as concessioná-rias de energia elétrica submetem-se às regras de Direito urbanístico: (...) (RE n. 581.947, Relator o Ministro Eros Grau, Plenário, DJe 27.8.2010).

Pelo projeto de lei fica sujeita a ser penalizada a prestadora de serviços públicos que não se restringiu a utili-zar do espaço público que as normas

técnicas assim o permitem. Os cabos frouxos ou até tocando o solo invadem o espaço público destinado a outras utilizações, notadamente o de circula-ção de pedestres.

Um detalhe importante para efetivi-dade do projeto de lei e evitar o “jogo de empurra” é que o Município deve-rá sempre notificar a Distribuidora de energia elétrica mesmo que os cabos com irregularidade não sejam dela. A Distribuidora terá 10 (dez) dias para renotificar o ocupante de sua infraes-trutura.

O emaranhado de cabos instalados, tendo como suporte os postes, ocorre normalmente com cabos de telefonia e de TV a cabo. A situação acabou ficando fora de controle da Distribui-dora, que recebe aluguel dos Ocupan-tes, mas sem exercer fiscalização mais efetiva.

A Lei, que pode ser apresentada, na Câmara Municipal, terá também abrangência para correção de irregu-laridades em relação a postes que se encontram em estado precário ou mal posicionados, algumas vezes invadin-do e atrapalhando o trânsito de veícu-los, que deverão ser deslocados sem quaisquer ônus, ao contrário do que ocorre atualmente.

O presidente do Sindicato e da Fe-deração Nacional dos Engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro diz ao JI; “Estamos falando de um problema que é generalizado no país. Empresas não cumprem as normas técnicas relativas ao tema e, com isso, invadem o espaço público”, diz Muri-lo. Ele acrescenta que a partir da ini-ciativa, junto com a insatisfação popu-lar, surgiram algumas leis municipais focadas em retirar cabos inutilizados.

“Mas queremos mais, quere-mos priorizar e dar solução imediata aos casos emergen-ciais”.

O presidente entende que essa bandeira é fundamental para a FNE, juntando normas técnicas para padronizar uma solução e garantir segurança à população.

Alguns municípios paulis-tas, como Limeira, Botucatu, Santos e Olímpia, já ingressa-ram com legislação apropria-da para que as concessioná-rias podem providencias.

O departamento jurídico da Uvesp coloca à disposição das Câmaras, modelo de lei aplicada ao caso.

A propositura visa corri-gir uma grave distorção que vem tomando conta das ruas de inúmeros municípios: o abandono de cabos e fios baixos soltos em postes, após as empresas de ener-gia, telefonia, TV a cabo, internet, rea-lizarem reparos, trocas e substituições. “Como sabemos, a existência desses fios soltos é altamente prejudicial para a sociedade, na medida em que eles são ótimos condutores de energia elé-trica e podem, facilmente, eletrocutar transeuntes, levando-os à sérias conse-quências, e até à morte, segundo mani-festação de representantes do Sindica-to dos Engenheiros.

Em suma a Lei visa acabar com o excesso de fios mal posicionados, soltos, amarrados, em desuso, para garantir mais segurança à população e amenizar o impacto de poluição vi-

sual ruim que prejudica a paisagem e enfeiam as cidades. A medida, certa-mente, deve diminuir o risco de cho-ques para crianças que brincam nas ruas, bem como proteger as pessoas com deficiência e idosos, que encon-tram maior dificuldade de locomoção no momento em que encontram os fios soltos.

De acordo com o inciso VIII do ar-tigo 30 da Constituição Federal com-pete aos Municípios promover no que couber adequado ordenamento territo-rial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupa-ção do solo urbano.

Da Redaçã[email protected],.br

Justificativa

A existência desses fios

é altamente prejudicial à

população, principal-

mente aos de mobilidade

reduzida’

mal intencionadas que vendem planos prontos.

No mesmo sentido, há várias enti-dades públicas e privadas, bem como profissionais capacitados, que poderão fazer o diagnóstico e o plano estraté-gico do Município para o desenvolvi-mento sustentável do Turismo. Esse planejamento deve ser elaborado com base em extensa pesquisa de campo, partindo sempre de um pressuposto básico: cada Município é único, pos-suindo, por isso, características e ne-cessidades igualmente singulares.

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O Turismo Paulista E a Lei Complementar nº 1261/2015 - Como desenvolver o Plano Diretor de Turismo.

O Turismo é a atividade do se-tor terciário que mais cresce

no Brasil e no mundo, sendo respon-sável pela geração de milhões de pos-tos de trabalho. A atividade turística é fundamental na agenda política de numerosos países por sua importância socioeconômica, onde a criação de po-líticas públicas com foco na promoção do Turismo, no planejamento e na sua comercialização, têm sido metas per-seguidas por governos dos mais diver-sos polos.

No Brasil, desde o texto da Cons-tituição Federal de 1988, o Turismo é previsto como instituto fundamental da democracia e do desenvolvimento social e econômico, sendo assim pre-visto sua promoção e incentivo como responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municí-pios.

Neste sentido, o Estado de São Paulo tem trabalhado de maneira res-ponsável e coordenada para organizar, fomentar e promover o setor, com a atuação do Gabinete Itinerante da Se-cretaria do Turismo, do Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Es-tâncias – DADE, do Conselho Esta-dual de Turismo, do Conselho do Tu-rismo Regional Paulista, assim como da Companhia Paulista de Eventos e Turismo. Além de diversas ações es-pecificas, como a atuação da Secreta-ria de Segurança Pública, mediante as Delegacias de Apoio ao Turista – DE-ATUR.

A recém-sancionada Lei Comple-mentar nº 1.261/2015 abre janelas de oportunidades, ampliando o programa de Incentivo ao Turismo para atender até 210 Municípios Paulistas, sen-do 70 Estâncias e 140 Municípios de Interesse Turístico – MIT. A medida trata-se de um divisor de águas para o Turismo no Estado de São Paulo, pois amplia a abrangência de políticas públicas para o desenvolvimento do Turismo por meio de um fundo cons-titucional que, para este ano de 2015, está previsto para um investimento de

R$ 268 milhões para as 70 Estâncias.O caminho, a partir de agora, para

os Municípios Paulistas vocacionados para o Turismo, é pleitear a sua classi-ficação como Município de Interesse Turístico – MIT, pois 140 desses Mu-nicípios poderão receber recursos do fundo constitucional.

Ademais, a cada três anos, os Mu-nicípios de Interesse Turístico – MIT poderão se habilitar a ascender à ca-tegoria de Estância, se comprovados os requisitos para tal e observada a pontuação no ranqueamento previsto no artigo 6º, da Lei Complementar nº 1.261/2015.

Frise-se, caberá ao órgão técnico da Secretaria de Turismo manifestar-se sobre as condições do Município, quanto ao cumprimento dos requisitos legais, para que o mesmo possa ser submetido à votação pelo Plenário.

As 70 Estâncias já classificadas, por sua vez, deverão se adaptar às no-vas regras previstas na Lei Comple-mentar nº 1.261/2015 até 2018, quan-do deverá ser apresentado pelo Poder Executivo o primeiro Projeto de Lei Revisional dos Municípios Turísticos.

Cumpre evidenciar que o aprimo-ramento do Turismo Paulista possui como base o critério da meritocracia, viabilizando a alternância de hierar-quia entre as Estâncias e os Municípios de Interesse Turístico – MIT, o que in-centivará seus governantes a investir os recursos recebidos do fundo da me-lhor maneira possível. Conforme pre-vê o artigo 6º, da Lei Complementar nº 1.261/2015, até três dos Municípios de Interesse Turístico – MIT poderão passar à condição de Estância, e rece-ber recursos decorrentes de tal titulari-dade, se obtiverem pontuação superior a das Estâncias com pior desempenho no ranqueamento trianual, conside-rados os critérios de fluxo turístico, atrativos, equipamentos e serviços turísticos. Tais Estâncias passarão a condição de Município de Interesse Turístico – MIT, com a consequente redução dos recursos recebidos.

Desta forma, qualquer Estância que não se adaptar aos requisitos da Lei Complementar nº 1.261/2015 e não obtiver boa pontuação no ran-queamento poderá perder seu título e passar a ser considerada Município de Interesse Turístico – MIT.

Cabe ainda destacar que, além de outros requisitos, as Estâncias terão que dispor de infraestrutura básica ca-paz de atender às populações fixas e flutuantes no que diz respeito ao abas-tecimento de água potável, sistema de coleta de esgotos sanitários e gestão de resíduos sólidos, conforme previsto no inciso V, do artigo 2º, da Lei Comple-mentar nº 1.261/2015.

“Surge, agora, uma nova oportu-nidade para revisão de conceitos. O Plano Diretor de Turismo, exigência paulista para ingressar no excepcional modelo de Municípios de Interesse Turístico”, afirma Sebastião Misiara, Presidente da UVESP – União dos Vereadores do Estado de São Paulo.

A renomada instituição realizou seis seminários para debater o proje-to de lei e outras cinco “Caravanas de Turismo” para divulgar a nova legis-lação em todo o Estado de São Paulo, convivendo com especialistas de alto nível, capazes de elaborar os planos diretores, evitando-se, assim, a in-vasão de empresas mal preparadas e

Marcela Gonçalves FozAdvogada da FOZ Consultores e associada do CEDP - Centro de Estudos de Direito Público.

O embrião do Centro de Estudos de Direito Público – CEDP não é recente. Há alguns anos a diretoria vinha trabalhando não somente em sua formação, mas, sobretudo, na sua formatação e na sua estruturação. A construção do projeto do CEDP apenas passou a tomar corpo com a união das pessoas certas. Acadêmicos, sim, mas antes de tudo cidadãos.

Os membros fundadores do CEDP – dentre os quais, os eméritos Tito Costa e Wilson Foz –, são profissionais renomados em suas respecti-vas áreas de atuação e possuem significativa inquietação acadêmica, mas essencialmente são preocupados em contribuir de alguma forma para a ruptura do atual modelo de Administração Pública.

Assim, o CEDP, muito mais que um organizador de cursos de formação e de periódicos jurídicos, foi concebido para ter um propósito cí-vico apartidário. O CEDP passará a fiscalizar e pleitear retificação de decisões administrativas, mas também buscará assistir a Administração Pública, alertando-a, pautando-a e, fundamentalmente, auxiliando-a.

Fale conosco! www.cedp.org.br

Quem somos• Centro de Estudos de Direito Público

1ª Edição fevereiro de 2016

• W W W. C E D P. O R G . B R •

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• SEGURANÇA PÚBLICA •

Estatuto Geral das Guardas MunicipaisA Lei Federal nº 13.022/2014.

Pode-se, assim, sugerir uma defi-nição atual para essa instituição

a quem tem sido, sobretudo nos últimos anos, confiada missões de grande rele-vo, voltadas à prevenção de ilícitos e ao combate de condutas criminosas.

A Constituição Federal, no artigo 144, especificamente no parágrafo 8º, autoriza sua criação com o objetivo de proteger os bens, serviços e instalações públicas municipais. Essa proteção consiste em garantir segurança aos indicados objetos, isto é, realizar medidas voltadas a sua preservação. A segurança, por seu turno, é direito social assegurado no artigo 6º da Constituição Federal.

Nesse ambiente, em que devem ser protegidos os bens, serviços e instalações públicas, bem como todas as pessoas, porquanto se lhes garantiu constitucio-nalmente esse direito fundamental, os municípios, observando também o cum-primento dos artigos 23 e 30 da Cons-tituição Federal, foram dando corpo às Guardas Municipais.

As competências e atribuições da cor-poração, no entanto, observaram, como só poderia ser, legislações distintas, de cada município. Em alguns casos, a auto-nomia legislativa quanto ao tema acarre-tou o baixo aproveitamento do potencial da Guarda Municipal e o enfraquecimen-to da segurança pública local.

A carência de uma norma nacional certamente contribuiu para muitos equí-vocos cometidos no trato com as Guardas Municipais e incompreensões de alguns entes federados. A edição de uma norma que, dentre outras coisas, uniformizasse a função da Guarda Municipal foi am-plamente aguardada e, em 8 de agosto de 2014, finalmente editada, trata-se da Lei n. 13.022.

Após o advento da Lei n. 13.022/2014, algumas atribuições foram expressamen-te inseridas no texto legal, dando fim a dúvidas sobre o alcance das ações que até aquele momento eram realizadas pelas Guardas Municipais, mas consideradas, por uma minoria, ilegítimas. Nesse sen-tido, por exemplo, a proteção direta da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais e a organização e fiscalização do trânsito.

O Poder Judiciário também vem re-conhecendo as competências da Guarda Municipal e lhe assegurando direitos institucionais relevantes. A possibilidade de autuação de motoristas infratores no trânsito, por agentes da Guarda, quando questionada no Supremo Tribunal Fede-ral, foi considerada legítima, conforme acórdão proferido no Recurso Extraordi-nário n. 658.570, proveniente do Estado

de Minas Gerais, relatado pelo Ministro Marco Aurélio, cujo redator foi o Minis-tro Roberto Barroso, em 6 de agosto de 2015.

Essas conquistas das Guardas Muni-cipais tem feito com que alguns estados apresentem iniciativas para contribuir com seu fortalecimento. No Estado de São Paulo, a Assembleia Legislativa constituiu a Frente Parlamentar em De-fesa das Guardas Municipais do Estado de São Paulo, coordenada pelo Deputado Chico Sardelli que, recentemente, conse-guiu aprovar Projeto de Lei para autori-zar o Poder Executivo a liberar recursos para os municípios investirem em segu-rança, através da aquisição de veículos equipados, coletes a prova de bala e uni-formes (Lei Estadual n. 16.111, de 14 de janeiro de 2016).

A União também inclui a Guarda Mu-nicipal no rol das ferramentas em favor da Segurança Pública, tendo produzido inclusive uma Matriz Curricular Nacio-nal para a Formação de Guardas Muni-cipais, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública-SENASP, órgão do Ministério da Justiça. Nela é possível ve-rificar a centralização do papel do agente da Guarda Municipal na segurança pú-blica urbana.

Vê-se que a Guarda Municipal en-contra atualmente um lugar bem definido ao lado das demais instituições de segu-rança pública do país, o que tem gerado avanços na organização de sua estrutura. Afinal, embora seu aparelhamento seja dever do Município, a possibilidade de receber recursos dos Estados, e até da União, potencializa sobremaneira a efici-ência de sua atuação, num momento em que muitas ainda se encontram em fase de formação.

O Município, portanto, pode criar a Guarda Municipal com o objetivo de atuar na segurança pública. Existindo essa demanda social, os gestores públi-cos deverão buscar esclarecimentos a respeito do tema, para compreenderem as medidas necessárias para sua institui-ção e manutenção.

A Guarda Municipal pode, segura-mente, alavancar os resultados de pre-venção e combate a ilícitos. Sua efici-ência, porém, depende da estrutura que lhe é disponibilizada. Provavelmente por essa razão, a Lei n. 13.022/2014, denominada Estatuto Geral das Guardas Municipais, autorizou a criação de es-colas de formação, em harmonia com o disposto no parágrafo 2º do artigo 39 da Constituição Federal.

Com efeito, a preocupação com a qualidade dos agentes de segurança pú-blica municipal que compõem as Guar-das Municipais deve ser prioritária. O próprio Estatuto Geral da Guarda Muni-cipal prevê a possibilidade da criação de consórcios municipais com o objetivo de capacitar conjuntamente as guardas dos municípios integrantes.

O consórcio de segurança pública municipal, aliás, pode contribuir para o desenvolvimento de ações preventivas integradas, e até mesmo, com o compar-

Marcos Paulo Jorge de SouzaAdvogado da FOZ Consultores e associado do CEDP - Centro de Estudos de Direito Público.

tilhamento da guarda entre Municípios limítrofes.

Outro aspecto relevante para a valo-rização da corporação é a edição de pla-nos de cargos, carreira e vencimentos, que garantam a progressão funcional dos agentes. A norma federal também aten-tou para a importância dos Municípios organizarem as carreiras para que suas atribuições estejam bem definidas e os profissionais possam se motivar com as perspectivas oferecidas como contrapar-tida pelos serviços prestados à corpora-ção ao longo do tempo.

Os planos de cargos, carreira e ven-cimentos, precisão ser desenvolvidos pela Administração Pública Municipal em conjunto com agentes de segurança pública, profissionais do direito, de or-çamento e de atuária que tenham expe-riência no assunto. A análise da viabili-dade econômico-financeira dos planos de carreira também é fundamental para que a despesa com pessoal evolua em equilíbrio com a arrecadação dos cofres municipais.

Enfim, o planejamento da segurança pública municipal e dos agentes que atu-am nessa atividade é fundamental para a formação de uma Guarda Municipal ca-paz de apresentar resultados interessan-tes para os Municípios.

Existem alguns aspectos que não de-mandam grande reflexão e estudo para comprovar que a Guarda Municipal pode ser um fator de desenvolvimento eco-nômico para o Município. É o caso dos municípios de interesse turístico ou es-tâncias. Naturalmente o turista terá maior interesse de frequentar lugares onde se oferece segurança pública de qualidade. Entre os critérios de escolha de seu des-tino, o turista provavelmente incluirá o quesito segurança.

E assim, um município que explora o turismo e oferece segurança pode melho-rar seus resultados econômicos. Não se pode deixar de observar que a utilização de todas as competências da Guarda Mu-nicipal pode, ainda, proporcionar uma série de resultados indiretos, um exemplo está no possível aumento da circulação de veículos que demandará providências para sua organização e, eventualmente, a aplicação de penalidades financeiras que deverão ser recolhidas aos cofres públi-cos.

O Guarda Municipal, conforme se demonstrou, está completamente vincu-lado à atividade de segurança pública, seja preventiva ou ostensivamente. Seu trabalho há muito deixou de estar mera-mente atrelado a posturas e preservação de bens, o agente de segurança pública municipal atua equipado para garantir segurança às pessoas, expondo-se muitas vezes à violência, colocando em risco a própria vida.

É por esse motivo que se verifica nas

Segurança Municipal é

um tema em evolução, ex-tremamente importante’

carreiras de guardas, principalmente nas que atuam há mais tempo, um movimen-to no sentido de ter reconhecido o direito à aposentadoria especial, com funda-mento no inciso II do parágrafo 4º do artigo 40 da Constituição Federal. O tex-to constitucional possibilita a criação de benefícios previdenciários diferenciados para os servidores públicos que exerçam atividade de risco.

De acordo com o formato contem-porâneo da Guarda Municipal, parece absolutamente inquestionável que seus agentes estão sujeitos a risco durante o exercício de suas funções, sendo oportu-no registrar que em muitos casos o risco ainda permanece fora da atividade.

Esses dados de realidade são notórios, na mesma medida, também, o direito desses agentes. A maneira de instituir o direito à aposentadoria especial aos guar-das municipais, porém, merece atenção, estudo e debate.

Essa advertência encontra sua razão de existir na forma como o direito pre-videnciário foi tratado na Constituição Federal. O artigo 24 do Texto Maior au-torizou a União, os Estados e o Distrito Federal legislar sobre previdência social. E a Lei Federal n. 9.717 de 27 de no-vembro de 1998, que dispõe sobre regras gerais para os Regimes Próprios de Pre-vidência Social, no parágrafo único do artigo 5º veda a concessão de aposenta-doria especial a servidores públicos, até que lei complementar federal discipline a matéria.

É fato, no entanto, que a Guarda Mu-nicipal só pode ser criada no Município, único ente federado competente para tanto. Logo, parece no mínimo incoeren-te que o próprio município não detenha autonomia suficiente para o reconheci-mento dos direitos que lhes são disponi-bilizados.

Por essa razão, já existem guardas municipais inativos, pelas regras de aposentadorias especiais criadas por leis municipais ou, ainda, por força de deci-sões judiciais. A matéria é relativamente recente e merece, como se afirmou an-teriormente, atenção e estudo que ultra-passa, todavia, a proposta do presente trabalho.

A segurança pública municipal é um tema em evolução, extremamente impor-tante no combate à violência e estratégico para a economia de muitos municípios, por isso os gestores públicos municipais devem ser orientados a conhecê-la com maior profundidade e, assim, perceber os benefícios que pode oferecer para os seus municípios.

Luiz Gustavo Cordeiro GomesAdvogado da FOZ Consultores e associado do CEDP - Centro de Estudos de Direito Público.

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• ELEIÇÕES 2016 •

A Aplicabilidade da Minirreforma EleitoralAs novas regras estabelecidas pela Lei nº 13.165 de 20 de setembro de 2015.

Este ano teremos as primeiras eleições sob a égide da Lei

nº 9.504/97, Lei das Eleições, com as alterações introduzidas pela Lei nº 13.165/15.

Há tempos uma necessária refor-ma na legislação eleitoral inquietava a sociedade brasileira, porém, em que pesem os esforços empenhados no últi-mo ano a fim de torná-la uma realidade, esta não avançou de forma significativa, ainda que tenha abordado os temas de maior relevância nas eleições, quais se-jam, registro de candidatura, propagan-da eleitoral, financiamento de campanha e prestação de contas.

A grande mudança introduzida pela reforma eleitoral foi a redução do pe-ríodo eleitoral de 90 (noventa) para 45 (quarenta e cinco) dias. Dela decorrem outras tantas, em especial quanto aos prazos e datas previstos na Lei das Elei-ções.

Hoje aqueles que quiserem se candi-datar terão que se filiar aos partidos até 6 (seis) meses antes do pleito. Antes o prazo era de 1 (um) ano. O candidato deverá ter domicílio eleitoral na circuns-crição pelo menos 1 (um) ano antes do pleito eleitoral.

O prazo para realização das conven-ções, que antes era de 12 a 30 de junho, passou a ser de 20 de julho a 5 de agosto do ano das eleições. Em consequência, o prazo para registro das candidaturas passou a ser até 15 de agosto do ano das eleições.

A Justiça Eleitoral, com isso, terá que julgar os pedidos de registro de candida-tura até 20 (vinte) dias antes da data das eleições. Importante registrar que a Lei das Eleições já previa, para tal julga-mento, um prazo superior ao ora vigen-te, porém, no caso de impugnações com interposição de recursos às instâncias superiores, este raramente era observa-do, o que, certamente, ocorrerá diante desse prazo exíguo.

Houve alteração, também, no núme-ro de candidatos que os partidos, ou as coligações, poderão lançar. Os partidos, isoladamente, poderão lançar 150% do números de lugares a preencher, no caso de disputa para o cargo de Verea-dor, mesmo percentual a ser observado pelas coligações, exceto nos Municípios

com até 100 mil eleitores, neste caso as coligações poderão registrar até 200% do número de lugares a preencher. As vagas remanescentes poderão ser preen-chidas até 30 dias antes das eleições.

A idade mínima do candidato a Ve-reador, 18 (dezoito) anos completos, que antes era aferida na data da posse, agora antecipou para o dia 15 de agosto, data limite para o registro de candidatura.

Alteração substancial, e benéfica àqueles que querem se candidatar, ocor-reu no que tange ao período pré-eleito-ral, tendo o pré-candidato maior liberda-de de atuação, uma vez que houve uma ampliação no rol de condutas que não configuram propaganda eleitoral ante-cipada.

A proibição de não se pedir, de for-ma explícita, o voto, permanece, porém hoje é permitida a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguin-tes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet:

I – a participação de filiados a par-tidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou de-bates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de platafor-mas e projetos políticos, observado pe-las emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico;

II – a realização de encontros, se-minários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políti-cos, para tratar da organização dos pro-cessos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos ins-trumentos de comunicação intrapartidá-ria;

III – a realização de prévias par-tidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos;

IV – a divulgação de atos de parla-mentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos;

V – a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusi-ve nas redes sociais;

Fátima MirandaAdvogada especialista em Direito Eleitoral e associada do CEDP - Cen-tro de Estudos de Direito Público.

VI – a realização, a expensas de par-tido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias.

Iniciado o período eleitoral o can-didato poderá, a partir de 15 de agosto, fazer propaganda. As alterações intro-duzidas pela Lei nº 13.165/15 abrangem quase todas as mídias, sendo agora per-mitido:

a) em bens particulares, adesivos ou papel de até 0,5m² (não são mais permi-tidos placas, faixas e cartazes em muro de até 4m²);

b) uso de carros de som e mini trios, entre as 8hrs e as 22hrs, com limites de local de circulação (200 metros de dis-tância de das sedes dos Poderes Execu-tivo, Legislativo e Judiciário, quartéis, hospitais, casas de saúde, escolas, bi-bliotecas, igrejas e teatros, quando em funcionamento) e volume de som (80 decibéis de nível de pressão sonora, me-dido a 7 metros de distância do veículo);

c) material gráfico; d) adesivos perfurados nos vidros

traseiros de veículos (pode ser na tota-lidade) e, em outras posições, desde que observado o limite de 0,5m²; d) na in-ternet;

e) na TV e no rádio; f) na imprensa; g) comícios.São proibidos: 1. uso de trios-elétricos, exceto para

sonorização de comícios; 2. Outdoors; 3. Showmícios; 4. Distribuição de qualquer tipo de

brinde ou qualquer bem ou material que possa proporcionar vantagem ao eleitor;

5. Veiculação de propaganda, de qualquer natureza, em postes de ilumi-nação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados;

6. Veiculação de propaganda em bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pelo Código Ci-vil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, tem-plos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada;

7. Nas árvores e nos jardins locali-zados em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios, não é permitida a colocação de propaganda eleitoral de qualquer natureza, mesmo que não lhes cause dano.

Por fim, a reforma também atingiu, de forma intensa, as regras que discipli-nam a arrecadação de campanha e pres-tação de contas.

A arrecadação sofreu mudança subs-tancial, com a proibição de doação de pessoa jurídica para candidatos, restan-do somente as doações de pessoas físi-

cas (até 10% dos rendimentos auferidos no ano anterior ao pleito) e de recursos próprios (até o limite estabelecido na lei). Os partidos políticos poderão doar aos candidatos valores provenientes do Fundo Partidário e sem identificação dos doadores.

Os limites de gastos nas campanhas serão definidos pelo TSE conforme parâmetros estabelecidos na lei. Estes tomam por base gastos declarados nas campanhas eleitorais anteriores e terão uma redução drástica se comparados aos efetuados nas campanhas passadas.

Com relação às prestações de contas parciais, os candidatos, partidos políti-cos e coligações deverão divulgar na in-ternet os recursos em dinheiro recebidos, em até 72hrs após o recebimento das do-ações. No dia 15 de setembro deverá ser entregue um relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.

Os candidatos que apresentarem movimentação financeira de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) poderão apresentar prestação de contas simplifi-cada, que deverá conter, pelo menos:

I - identificação das doações recebi-das, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os respectivos valores rece-bidos;

II - identificação das despesas reali-zadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores de material e dos pres-tadores dos serviços realizados;

III - registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.

O prazo para a Justiça Eleitoral julgar as prestações de contas dos candidatos eleitos agora é de 3 (três) dias.

Como se vê, a chamada Minirre-forma Eleitoral produziu inúmeras al-terações que repercutirão, diretamente, no dia-a-dia da campanha. Cabe aos candidatos maior atenção e cuidado na condução dos trabalhos, a fim de que a campanha transcorra normalmente, sem os percalços.

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• SAÚDE PÚBLICA •

Desafios do Gestor Público na Saúde Após duas décadas da CF, ainda se discute sobre aplicabilidade do direito social fundamental que é a saúde.

Luciana DurandAdvogada especialista em Direito Público e colaboradora do CEDP - Centro de Estudos de Direito Público.

As dúvidas não cessam na inter-pretação da norma, mas se es-

tendem em limitações para sua efetiva-ção. Essas se dão, não só pelos ditames constitucionais que condicionaram a sua efetivação à atuação do Legislativo, me-diante edição de leis, e do Executivo, por intermédio de implantação de políticas públicas, como também por limitações fáticas, como a patente escassez de re-cursos.

O direito à saúde se configura em uma norma programática, ou seja, de-pendem de legislação ulterior e/ou políti-cas públicas para sua real concretização. Ainda, o artigo 196 da Carta Magna traz um conceito abrangente ao preconizar “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. E assim, nascem as discussões jurídicas sobre sua efetividade que se traduzem na difícil tarefa de administrar um equipamento público. Afinal é “tudo para todos”?

A fim de dar plena aplicabilidade a esses direitos sociais surgem várias construções doutrinárias e jurispru-denciais, algumas trazidas da doutrina alemã, a qual se frisa, tem inexorável diferença cultural, social, política e eco-nômica. Destaca-se o empenho dos es-tudiosos do direito em afirmar que há que se garantir o denominado “mínimo

existencial”, que seria um núcleo essen-cial deste direito a ser assegurado pelo Estado. Mas, o que é núcleo essencial ao direito à saúde para cada indivíduo? No mesmo sentido está à construção da “reserva do possível”, pela qual, não obstante a manifesta limitação orçamen-tária do Estado, esse deve priorizar, na aplicação de recursos e elaboração do orçamento, o mínimo existencial dos di-reitos fundamentais sociais. Não há que se olvidar que a limitação orçamentária reflete uma das maiores dificuldades do gestor público que deve fazer escolhas alocativas e em conformidade com os princípio do SUS a fim de garantir a saú-de básica às principais demandas sociais e regiões necessitadas.

Pelo exposto é que se evidencia o grande dilema: expectativa social X as-sistência SUS.

O Gráfico 01, abaixo, (IBGE – Pes-quisa Nacional de Saúde 2013) de-monstra a proporção de pessoas que

tem algum plano de saúde privada no Brasil. Nesta es-teira, pode-se concluir que, potencialmente, pelo menos 72,1% da população irão utilizar o SUS, sendo que se acredita que 90% da popula-ção, em algum momento é beneficiária do Sistema, como para fornecimento de medicamentos.

O segundo gráfico, acima, demons-tra a porcentagem por região das pesso-as ficaram internadas pelo SUS por mais de 24 horas no ano de 2013(IBGE).

E, por fim, o gráfico que demonstra o número de estabelecimentos de saúde por esfera governamental, público e pri-vado, considerado todos os tipos de equipamentos (clíni-cas e etc.)

Fonte – Datasus – Julho 2015

Resguarda as possíveis mudanças quanto à diferença

de anos (dados de 2013 a 2015) e, ainda a crise que se instalou nos últimos anos nos planos privados, conclui-se que a grande demanda so-cial, já demonstrada, recaíra sobre os poucos equipamen-tos públicos municipais.

Destarte, não é difícil entender as notí-cias frequentes sobre a “precariedade” do sistema de saúde no Brasil. Assim sendo, diante da limitação orçamentária e investimentos na área em contraponto com a crescente demanda social e, ain-da, desconhecimento acerca dos proto-colos do SUS, é que surgem as inúme-ras medidas judiciais para alcançar as “necessidades pontuais”. Cabe destacar, preliminarmente, que ao se falar em saú-de, já estão estipuladas políticas públicas voltadas à prevenção e redução do risco de doenças, diante de minuciosos estu-dos técnicos por profissionais da área e das possibilidades financeiras para tanto, as quais não podem ser desmerecidas. Muitos dos pleitos e concessão desses estão fundamentados no direito à vida e da dignidade da pessoa humana, os quais não poderiam ser desfavorecidos sobre o pretexto de grave lesão à ordem econômica.

Pelas excessivas ações pleiteando-se remédios e tratamentos específicos, com base no artigo 196 da Constituição Fe-deral, o Supremo Tribunal Federal con-vocou Audiência Pública em 2009 com técnicos e interessados na matéria a fim de melhor fundamentar suas decisões, sendo que seu entendimento acabou por restar registrado na interpretação da Suprema Corte armazenada nos vo-tos proferidos por razão da decisão em Agravo Regimental de Suspensão de Tutela Antecipada n.º 175. Entretanto, sem adentrar no mérito da decisão, em-bora patente avanço da corte em relação à matéria, ainda não há grandes reflexos no judiciário desta decisão.

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Parece demasiadamente perigoso que o Poder Judiciário conceda trata-mento ou fornecimento não abrangido pelo SUS, seja porque estará a interferir na escolha pública realizada pelo Execu-tivo, seja porque esta medida individual afetará toda a coletividade em outras po-líticas públicas, seja porque para atender a determinação, não terá tempo hábil para efetuar a devida licitação, o que

onerará os cofres públicos, seja porque abrirá um grande precedente a outras inúmeras demandas de igual teor e/ou fundamento. É de extrema magnitude humana que no caso concreto, a fim de propiciar a melhora da qualidade de vida de determina pessoa, fundamentado no valor da vida e da dignidade da pessoa humana, se conceda a medida pleiteada. Entretanto todos os demais cidadãos se-rão atingidos pela realocação de recur-sos, o que fatalmente comprometerá a prestação de serviços pelo Estado pre-viamente estipulada e estudada.

Destarte, verifica-se que os aplica-dores do Direito ainda lidam com as di-ferentes interpretações dadas à matéria que impacta sensivelmente na rotina e planejamento do gestor público. Sen-do assim, seria de extrema magnitude uma reflexão, embora regulamentada, sobre o financiamento e investimentos para esta área, assim como a conscien-tização/capacitação dos cidadãos acerca dos protocolos administrativos do SUS, assim como dos gestores públicos para lidar com esta realidade.

pios do Estado de São Paulo. Sabemos das dificuldades financeiras dos municí-pios, por isso, para ter um trabalho mais eficaz, o Governo vai pagar aos agentes de saúde municipais e também do Esta-do, R$ 120 por sábado que tiver o muti-rão”, explicou Alckmin.

Ao longo dos meses, a força-tarefa atuará em todas as regiões de SP, con-forme programação estabelecida pelos municípios. As ações incluem mutirões de limpeza e eliminação de possíveis criadouros em imóveis públicos e ter-renos baldios, passeatas, divulgação de orientações por meio de carros de sons, panfletos, banners e faixas, panfletagem, gincanas e teatros, nebulização e visi-tas domiciliares de agentes e oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica, entre outras. Entidades da sociedade civil, como igrejas, motoclubes e escoteiros colaboram com a mobilização.

“O combate ao Aedes aegypti deve ser ininterrupto. No Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Ae-des aegypti, o Estado de São Paulo, as prefeituras, a União e a sociedade civil somaram forças para combater o mos-quito. Como 80% dos criadouros estão no interior das residências, pedimos que a população siga colaborando conosco, por meio da eliminação de possíveis criadouros e da ampla conscientização”, destaca o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

Para ampliar as possibilidades de apoio da população, o Governo de SP também lançou um site onde qualquer cidadão pode denunciar focos de proli-feração do mosquito e obter orientações sobre o Aedes aegypti. A ferramenta funciona como um mapa interativo, onde é possível inserir endereço e ima-gens do local, destinados aos gestores das 645 cidades paulistas para que os municípios providenciem ações de eli-minação e bloqueio. A ferramenta está disponível no site da Secretaria (www.saude.sp.gov.br).

As fêmeas adultas do Aedes transmi-tem os vírus ao sugar o sangue de seres humanos. A empresa de origem britâni-ca Oxitec criou uma linhagem de mos-quitos machos (batizada OX513A) com um gene que faz todas as suas larvas

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FEVEREIRO DE 2016

• AEDES AEGYPTI •

SP - Dengue chega a 94% das cidades

Em 20 anos, o Estado de São Pau-lo sofreu um “boom” do vírus da

dengue. Entre 1995 e 2015, o porcentual de cidades paulistas onde há circulação do vírus passou de 16,5% para 94,8%, aponta dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, divulgados pelo jornal O Es-tado de São Paulo.

No ano passado, São Paulo viveu a pior epidemia de dengue da história. Foram 649 mil casos e 454 mortes. Dos 645 municípios, 612 tiveram a transmis-são do vírus. Destas cidades, 481 regis-traram índice epidêmico – mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Em 1995, dado mais antigo, somente 107 cidades tinham registro de casos.

E a preocupação vai além. Isto por-que o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, é o mesmo vetor do Zika vírus e também do chikungunya. Na tentativa de combater o mosquito transmissor, municípios têm aderido a novas tecnologias e também pede a co-laboração da população.

Na capital do Estado, por exemplo, um drone foi utilizado para identificar criadouros do Aedes, durante a ação do Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Mosquito Aedes aegypti, realizado em 13 de fevereiro. O equi-pamento analisou casas que estavam fechadas. Por meio da tecnologia, foi possível identificar espaços sem a ne-cessidade de chamar um chaveiro para abrir o imóvel. Atitude tomada apenas em casos que o foco foi identificado – a ação é permitida por lei.

Ainda no dia 13, o governador Ge-raldo Alckmin (PSDB) participou, em Campinas, das ações do Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti, que tem apoio da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, da Coor-denadoria Estadual de Defesa Civil e de mais 200 prefeituras paulistas.

Cerca de 10 mil agentes estaduais, municipais e das Forças Armadas, além de cidadãos, participaram da iniciati-va que promoveu diversas atividades de conscientização e enfrentamento do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“Tivemos mutirões em 204 municí-

Dos 162 municípios que tiveram casos no ano passado, 481 registraram índice epidêmico.

Juliana FrancoJornalista

–machos e fêmeas– morrerem antes de chegar à fase alada. Soltos em quantida-de suficiente numa região, transmosqui-tos competem com machos selvagens por fêmeas, que não aceitam nova inse-minação após a cópula.

O sistema, ainda sem licença do Go-verno Federal para emprego generaliza-do, não elimina por completo as fêmeas picadoras, mas reduz muito sua popu-lação. “Fomos atrás da ferramenta que nos parecia mais adequada para ajudar nessa dura batalha contra o transmissor da dengue, do zika e da chikungunya”, afirmou o prefeito Gabriel Ferrato.

A Prefeitura de Bebedouro desen-volve uma série de medidas contra a

Mosquito Transgênico• População reduzida

dengue e o resultado impressiona: o ín-dice de casos da doença teve queda de quase 100%. “Iniciamos nossas ações em julho. Intensificamos as visitas re-sidenciais e adotamos um larvicida composto por bactérias Bacillus thurin-giensis israelensis (BTI), um bacillus natural, homologado pela Anvisa, e que não agride o meio ambiente”, explica o administrador municipal, Fernando Gal-vão (DEM).

Na cidade de Bebedouro, larvicida biológico, mudas e sementes de crota-lária, vales-prêmios, mutirões, visitas casa a casa, tudo virou arma contra o mosquito.

A quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti na área experimental do bair-ro Cecap/Eldorado, em Piracicaba (localizada a 158 quilômetros de São Paulo), caiu 82%, em oito meses. O índice foi apresentado em janeiro, pela Secretaria Mu-nicipal de Saúde e pela empresa Oxitec. O resultado foi alcançado com uma versão transgênica do mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.

Segundo da pasta, na temporada de dengue 2014/15, o bairro Cecap/Eldorado tinha apresentado 133 casos de infecção, o maior índice da cidade. Na temporada seguinte, 2015/16, houve um único caso. Frente ao resultado positivo, a ação foi estendida por mais um ano, no local. “O índice do Cecap mostra como a metodo-logia aliada as ações realizadas pela administração municipal, como por exemplo, os arrastões para eliminar focos do mosquito e informar os moradores, funcionam”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Pedro Mello.

Durante a divulgação da ação, o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) e o diretor da Oxitec do Brasil, Glen Slade, assinaram um protocolo de intenções para a ex-tensão do projeto e também a instalação de uma unidade do empreendimento, em Piracicaba. “Até o momento, atuamos em uma área que abrange cerca de cinco mil moradores. Soltamos cerca de 800 mil mosquitos transgênicos durante a semana. A soltura é dividida em cinco dias. O objetivo é estender o trabalho para a área central, por onde circulam entre 35 mil e 60 mil habitantes”, explica Slade. “Como a área a ser atendida é muito maior, nosso objetivo é instalar uma unidade na cidade para a fabricação destes mosquitos transgênicos”, acrescenta.

Ainda não há previsão de investimentos, nem ao menos o local onde a empresa deve ser instalada e o prazo. “Tudo ainda está sendo analisado: estrutura, local, in-vestimento. Esperamos que a ação ocorra em breve”, afirma o diretor.

O monitoramento na área central teve início em fevereiro. “O grande fluxo de pessoas e a presença de propriedades residenciais e comerciais irá trazer aprendiza-do que vão servir para otimizar a implantação de futuros projetos”, explica o gerente do projeto Aedes aegypti do Bem, Guilherme Trivellato.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou apoio, no dia 16 de fevereiro, a testes com mosquitos geneticamente modificados e com uma bactéria que infecta insetos como possíveis armas importantes para combater o mosquito Aedes aegyp-ti, transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela. “Diante da magnitude da crise de zika, a OMS encoraja os países afetados e seus parceiros a aumentar o uso tanto de antigas como de novas formas de controle de mosquito como a mais imediata linha de defesa”, disse a OMS em comunicado.

A entidade também destacou o potencial da liberação no ambiente de mosquitos machos esterilizados por irradiação. Para proteger reservatórios de água, a OMS ainda mencionou o uso de peixes que se alimentam da larva do Aedes aegypti como uma boa alternativa.

Campinas

Bebedouro

Projeto

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FEVEREIRO DE 2016PÁG 16

• APRECESP •

Nova direção busca o turismo interno

O prefeito Mauro Orlandini, de Bertioga, foi eleito presidente

da APRECESP em cerimônia que de-monstra a importância dessa instituição no cenário do turismo nacional.

Ele comentou com o JI que focará sua gestão no fortalecimento do turismo no Estado e na revisão dos cálculos e simplificação na aprovação e liberação das verbas do DADE.

Orlandini, eleito por aclamação, substitui o prefeito André Bozola, de Socorro, cidade considerada exemplo em turismo acessível.

O vice-presidente eleito foi o pre-feito de Holambra, Fernando Fiory de Godoi. A chapa eleita ainda é composta pelos prefeitos de Morungaba, José Ro-berto Zem (1º secretário); de Ilhabela, Antônio Luiz Colucci (2º secretário), de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes (1º tesoureiro) e de Socorro, André Bozola (2º tesoureiro).

O secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena esteve na cerimônia, representando o governa-dor Geraldo Alckmin. Na oportunidade, Lucena ressaltou a competência e efici-ência do prefeito de Bertioga, que tem o reconhecimento do Município que governa e de todo o estado paulista. “É muito difícil suceder uma boa gestão”, disse o secretário, referindo-se a André Bozola, que deixou um legado positivo na presidência da Aprecesp.

“O desafio do prefeito de Bertioga não será menor, sobretudo porque as dificuldades para este ano continuam de forma acentuada, mas tenho certeza que com toda sua experiência política,

Orlandini vencerá todos os desafios e poderá contar com todo apoio do go-vernador Geraldo Alckmin nessa nova caminhada”, garante Lucena.

Esta é a primeira vez que Bertioga as-sume a presidência da Aprecesp. Além da continuidade dos projetos desenvol-vidos pela entidade junto à Secretaria Estadual de Turismo, Orlandini acredi-ta que com a experiência adquirida nos últimos anos, com três mandatos como prefeito de Bertioga, poderá contribuir muito com a Aprecesp.

Segundo ele, nenhuma cidade sobre-vive turisticamente se não tiver um con-ceito de desenvolvimento do turismo em todo o Estado.

Em seu pronunciamento, Orlandini destacou que sua gestão como presi-dente da Aprecesp será focada em três temas: o fortalecimento do turismo no Estado, por meio de ações para o fomen-to turístico das 70 estâncias paulistas; o apoio e integração com os 140 municí-pios de interesse turístico que pleiteiam se filiar à Aprecesp. São cidades que possuem potencial turístico, mas não podem se transformar em estância, uma vez que o governo do Estado limitou em 70 o número de cidades que obtiveram a categoria de estância.

O terceiro tema pelo qual Orlandini se empenhará é referente à revisão dos cálculos e simplificação na aprovação e liberação de verbas provenientes do Departamento de Apoio ao Desenvol-vimento de Estância (Dade) aos muni-cípios paulistas. “Precisamos ter um en-tendimento melhor dessas parcelas e de como é feita a distribuição de recursos

O prefeito Mauro Orlandini, de Bertioga, foi eleito presidente da Aprecesp, em cerimônia que demonstra a importância dessa instituição no cenário do turismo nacional.

às cidades”. Para Orlandini, o momento de redis-

cutir itens, como o de recursos do Dade é agora.

“Precisamos facilitar os caminhos e nos fazer presentes em todas as discus-sões pertinentes a esta questão. Para re-ceber essas verbas é preciso estarmos to-dos de mãos dadas. Assumo a Aprecesp com a lucidez de que muito posso fazer por nossas estâncias e para isso precisa-mos de união e integração para vencer-mos essa verdadeira parafernália de leis no país”, declara.

Como o momento é do turismo in-terno, Mauro Orlandini quer investir na divulgação das estâncias paulistas. Com a disparada do dólar, a alta temporada de

Assessoria de ImprensaBertioga

2016 está demonstrando que a intenção de visitar destinos domésticos nos próxi-mos seis meses foi à maior dos últimos 10 anos. O mesmo motivo tem atraído turistas latinos americanos para o Brasil.

“Esse é o momento do turismo pau-lista”, diz Fernando Zuppo, especialista no tema e integrante da Aprecesp.

O presidente da Associação Brasi-leira das Agências de Viagens de São Paulo diz que até o final desse mês, “es-tamos com uma demanda de 70% para destinos locais. Segundo Marcos Balsa-mão, entre os destinos procurados, des-ponta o litoral paulista. “Mas, precisa-mos mostrar a importância e a beleza de nossas estâncias turísticas de um modo geral”, afirma Mauro Orlandini.

Turismo Interno

Apoio • Orlandini com os deputados Itamar Borges e Herculano Passos e André Bozola.

Associação das Prefeituras das Cidades Estância do Estado de São Paulo • Mauro Orlandini e prefeitos que dirigem as cidades estância do Estado, presentes na cerimônia.

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PÁG 17FEVEREIRO DE 2016

• VALINHOS •

Última etapa da 6ª Caravana Prefeito anunciou proposta para criação da coordenadoria dos cuidados para pessoas com deficiência para aprovação.

O governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado

dos Direitos da Pessoa com Deficiência e organização da União de Vereadores do Estado de São Paulo, realizou no dia 11 de dezembro na Câmara Municipal de Valinhos, a última etapa do ano da 6ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania. O evento foi aberto oficial-mente com o Desfile de Moda Inclusiva, apresentando roupas com moldes facili-tados por cerca de 30 alunos da APAE e da ACESA Capuava, em comemoração especial ao Dia Nacional das APAEs no Brasil, finalizando com uma música to-cada em gaita por um dos alunos e ho-menagem ao Estilista Jakson, que pos-

sui deficiência intelectual e cria roupas em bonecas para serem produzidas para pessoas.

O presidente da Uvesp, Sebastião Misiara, salientou a presença do depu-tado João Caramez, que tem o trabalho de aproximar a Assembleia Legislativa junto aos órgãos governamentais, e tra-balhou para que a Lei de Municípios de Interesse Turístico fosse sanciona-da pelo governador Geraldo Alckmin. “Não há uma política governamental sadia, se não houver a cumplicidade de prefeitos e vereadores, e a lei 1261 de Municípios de Interesse Turístico dará a oportunidade para que municípios como Valinhos possam disputar esse espaço”.

Representando a Câmara Municipal de Valinhos, o vereador Rodrigo Fagna-ni (Popó), saudou a importante mesa de autoridades e o trabalho que a deputada Célia Leão faz em Valinhos. “Em uma manhã dessas, debatermos e melho-rarmos políticas públicas e direitos das pessoas com deficiência é trazer um le-gado e palavra de reflexão pelo carinho e preservação desses direitos, e a Cara-vana, através da secretaria de Estado dos direitos da pessoa com deficiência tem a missão de levar para a sociedade civil e os governantes esse legado. Cabe a cada um abraçar essa causa, pois estamos tra-tando de pessoas que têm muito valor perante a sociedade”.

A deputada estadual Célia Leão, afirmou que o assunto das pessoas com deficiência deve ser de todos. “Ninguém vive na união ou no Estado, as pessoas vivem em uma cidade, e aí quero falar do prefeito e de Valinhos, com a con-fiança que tenho, sei que o Clayton é cristão, e com sua simplicidade desde que era vereador fez a diferença na câ-mara. Todos os problemas que tivermos, devemos sentar conversar e encontrar um bom caminho, pois o prefeito deve ser humano e preocupado com a vida das pessoas”, finalizou.

O Secretário Adjunto de Estado dos Direitos das Pessoas com deficiência, Cid Torquato, informou que a cada ci-dade que a Caravana passa, são levados os tramites para que sejam criadas es-tâncias para cuidados das pessoas com

deficiência, onde já foram criadas cerca de 150 delas desde o início. “Não impor-ta que seja coordenadoria, secretaria – o que importa é que quando se cria, a cida-de tem evoluído de forma rápida, e passa para a sociedade uma mensagem muito importante, pois os responsáveis por es-tas estâncias devem falar com todos os setores da Gestão Municipal, para que os direitos destas pessoas sejam obser-vados e respeitados”. .

O Prefeito Clayton Machado fez dois importantes anúncios: a criação do Centro Educacional Especializado para 178 pessoas com deficiência e o envio de proposta à câmara na próxima sessão para a criação de uma coordenadoria para pessoas com deficiência. A repre-sentante da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Marinalva Cruz, falou sobre a importância das vagas de emprego para pessoas com deficiência, do Programa de Apoio à pessoa com deficiência, pro-grama que está implantando em todos os Postos de Atendimento a Trabalhadores (PATs) nas cidades do Estado.

O coordenador de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com deficiência, jornalista Luiz Carlos Lopes, falou so-bre o programa estadual de prevenção e combate à violência contra pessoas com deficiência e sobre a experiência da pri-meira delegacia especializada.

Da Redaçã[email protected],.br

6ª Caravana da Inclusão • Encerrada em 2015 na Câmara Municipal de Valinhos.

Integração • João Caramez, deputado e subsecretário de Assuntos Parlamentares da Casa Civil com o vereador Popó.

Momento Fashion • Desfile de moda inclusiva, ponto alto da Caravana.

Diálogos • Cid Torquato e a deputada Célia Leão, incentivadora da Caravana.

Clayton Machado • Prefeito,anunciou

coordenadoria para centralizar temas das

pessoas com deficiência.

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FEVEREIRO DE 2016PÁG 18

• LEGISLAÇÃO •

Fundo inédito para os municípiosO Fundo InfraPaulista, é uma iniciativa da Desenvolve SP e da gestora de recursos Brasil Plural.

O Governo do Estado, por meio da Desenvolve SP – Agência de

Desenvolvimento Paulista, e a gestora de fundos Brasil Plural, lançaram em novembro, em evento no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o fundo InfraPaulista, um fundo de investimento para realização de projetos de infraestru-tura em municípios paulistas. A iniciati-va, inédita no País, pretende atrair inves-tidores para aplicar recursos em projetos como portos, aeroportos, geração de energia limpa, iluminação pública e transporte sobre trilhos, entre outros. O InfraPaulista poderá ter patrimônio de até R$ 1 bilhão.

“Infraestrutura gera muitos empre-gos na construção civil, reduz o custo Brasil e melhora a competitividade e a eficiência. A Desenvolve SP e o Brasil Plural se associaram e vão buscar di-nheiro não para o consumo, mas para investimento em infraestrutura nos mu-nicípios, naquilo que nós precisamos”, disse o governador Geraldo Alckmin durante o evento.

Os projetos que serão apresentados ao InfraPaulista deverão ser elaborados e realizados pela iniciativa privada e precisarão demonstrar sustentabilidade financeira e elevado interesse público, resultando na melhoria da infraestrutura dos municípios paulistas. O retorno do investimento do fundo nos projetos se dará por meio dos modelos de parcerias público-privadas (PPP’s), concessões ou operações exclusivamente privadas.

Segundo Milton Luiz de Melo San-tos, presidente da Desenvolve SP, a es-truturação do fundo InfraPaulista pode significar um marco no desenvolvimen-to da infraestrutura paulista e servir de exemplo para outros estados. “O go-verno de São Paulo sai na frente ao uti-lizar fundos de investimento como ins-trumentos de desenvolvimento. É uma solução moderna para aumentar a com-petitividade, incentivar o crescimento e melhorar a qualidade de vida da popula-ção”, diz Santos.

O InfraPaulista será criado pela ges-tora de fundos da holding Brasil Plural. Nessa parceria, a Desenvolve SP será o advisor, atuando na apresentação dos projetos de infraestrutura ao fundo, que avaliará a viabilidade e decidirá pelo investimento. Poderão participar como quotistas investidores privados, fundos de pensão dos municípios (RPPS), fun-dos de previdência, organismos multila-terais, entre outros. A operação de cons-tituição do fundo e o seu funcionamento são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A escolha do Brasil Plural como ges-tor do novo fundo ocorreu por meio de edital público lançado pela Desenvolve SP em junho, 2015. O gestor é o respon-sável por analisar a viabilidade técnica e financeira dos projetos, cujo aporte será decidido pelo comitê de investimento do fundo.

Desde dezembro, técnicos da Desen-volve SP e do Brasil Plural percorrem di-versas regiões administrativas do Estado apresentando o InfraPaulista a prefeitos e empresários. No dia 3 de março, a região de Barretos receberá o evento que encer-ra a primeira fase de divulgação do fundo junto aos municípios paulistas. “É muito importante levar o fundo em cada região do estado, apresentando aos prefeitos as oportunidades que o InfraPaulista pode trazer para o investimento na infraestru-tura do município”, diz Milton Santos.

Da Redaçã[email protected],.br

Reuniões Regionais

O Fundo pretende

atrair investidores

para realização de

projetos nos municípios

paulistas’

Governador Geraldo Alckmin • Autoriza o InfraPaulista e reforça a prioridade em Inovação. Milton Santos, ao lado do CEO do Brasil Plural, Rodolfo Riechert, reafirma que o Governo de São Paulo sai na frente.

A Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista é a instituição do Governo do Estado de São Paulo que financia, por meio de linhas de cré-dito sustentáveis, o crescimento planejado das pequenas e médias empresas e municípios paulistas. A agência acaba de atingir a marca de R$ 2 bilhões em financiamentos para mais de 1.300 empresas e prefeituras em 246 cidades.

Sobre a Desenvolve SP• Financiamentos

O Brasil Plural é um grupo financeiro nacional criado em 2009 por execu-tivos com mais de duas décadas de experiência no mercado financeiro. Atua como banco múltiplo há três anos, em operações de financiamento, assessoria financeira, gestão de recursos e gestão de patrimônio. A estrutura do Brasil Plural conta com uma ampla plataforma para distribuição de produtos finan-ceiros, que em 2014 foi reforçada com a aquisição da Geração Futuro, seu braço financeiro no varejo. Com a operação conjunta, atualmente o grupo possui mais de R$ 27 bilhões sob sua gestão. O Brasil Plural conta ainda com sólida estrutura interna de equity research, que produz análises independentes sobre setores da economia e empresas. O banco possui estruturas próprias em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, além de corretora afiliada em Nova York.

Sobre o Brasil Plural• Múltiplo

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acordo, cabe ressaltar: a manutenção da elevação da temperatura abaixo de 2 graus centígrados, com esforços para limitar a 1,5, aspecto importantíssimo para os países insulares, mais suscetí-veis a efeitos; a necessidade de finan-ciamento e transferência de tecnologia dos países desenvolvidos aos em de-senvolvimento; entre outros.

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Ideias e atitudes que transformam o mundo.SUSTENTABILIDADE

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Piracicaba • Estado e Esalq discutemformalização de acordo decooperação técnica na área de agricultura irrigada.

Atividades da EsalqFormalizado acordo de cooperação técnica.

No dia 21 de janeiro, o se-cretário de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, participou de evento na Escola Superior de Agri-cultura “Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo. Ele se reuniu com o diretor da instituição de ensino, Luiz Gustavo Nussio, o

vice-diretor, Durval Dourado Neto, o secretário Nacional de Irrigação, José Rodrigues Pinheiro Dória e o coordenador-geral substituto, Caio Vinícius Leite para falar sobre a for-malização de Acordo de Cooperação Técnica relacionado à agricultura ir-rigada.

PIRACICABA

Em apreensão histórica, no dia 13 de janeiro, uma equipe da

Polícia Militar Ambiental, em parceria com a Fundação Florestal, surpreen-deu dois indivíduos de posse de 185 quilos de caranguejo-uçá (cerca de três mil animais), todos vivos, retirados no interior da Unidade de Conservação Resex do Tumba, em Cananeia.

O local abriga áreas de manguezais preservados no litoral sul de São Pau-lo. Os dois homens foram multados em R$ 8,8 mil cada e os caranguejos foram soltos de volta na Unidade de Conservação.

Pesca proibida de caranguejoCento e oitenta quilos apreendidos e libertados.

CANANEIA

Acordo de ParisMudanças climáticas exigem cooperação entre países.

PARIS

Foi aprovado, dia 12 de dezem-bro de 2015, o Acordo de Paris.

O texto final reconhece que as mudan-ças climáticas representam, urgente e potencialmente, um quadro irreversí-vel para a sociedade e para o planeta, razão pela qual deve haver cooperação entre os países para a redução de emis-sões.

Entre os principais aspectos do

serviços de clima e biodiversidade em áreas priori-tárias do corredor sudeste da Mata Atlântica brasilei-ra.

Além do Esta-do de São Paulo, o Ministério de Ci-ência, Tecnologia e Inovação e os estados de Minas

Gerais e Rio de Janeiro também serão beneficiados pelo projeto, que prevê o investimento de recursos no valor total de US$ 207 milhões.

Acordo internacionalVisando a recuperação e proteção ambiental.

O ano de 2016 começa com boas notícias para a biodiversidade

do sudeste brasileiro. Uma delas é a assinatura de um acordo de coopera-ção para a recuperação e proteção de

SÃO PAULO

Grupo de Trabalho Bar-ragens, que envolve as Secretarias do Meio Am-biente, de Energia e Mi-neração e de Saneamen-to e Recursos Hídricos, além da Defesa Civil.

O grupo realizou, no dia 21 de janeiro, na sede da Secretaria de Energia e Mineração, o quarto de uma série de encontros para discutir o papel do

Estado na fiscalização das barragens no território paulista. Em São Paulo, há dois tipos de barragens: as de rejei-tos de mineração e as de resíduos in-dustriais.

Situação das barragensGrupo é criado para discutir as barragens do Estado.

BARRAGENS

O desastre na barragem de Ma-riana, acendeu a luz verme-

lha do alerta em todos os estados da federação. Em São Paulo, não foi di-ferente. O governador Geraldo Alck-min (PSDB) determinou a criação do

sal, arquitetura que per-mite facilidades no uso da moradia por qualquer indivíduo com dificulda-de de locomoção, tempo-rária ou permanente. Uma unidade recebeu itens de acessibilidade e adapta-ções para cadeirante.

As famílias beneficia-das foram selecionadas por meio de sorteio pú-

blico e terão prazo de até 25 anos para quitar o financiamento. As prestações serão subsidiadas pelo Governo do Estado e calculadas de acordo com a renda familiar. Quem ganha até três sa-lários mínimos desembolsará 15% dos rendimentos. O valor da menor presta-ção é de R$ 118,20.

336 títulos de propriedade aos possuidores de terrenos nos bairros Santa Luzia e São Benedito, totalizando 311.321,53 metros quadra-dos com 32 quadras, 631 lotes, sistema viário, área verde e Área de Preserva-ção Permanente (APP).

A entrega dos primei-ros títulos representa um

ato histórico para Iaras, uma vez que desde a emancipação do município, há 26 anos, os moradores esperam os do-cumentos definitivos de propriedade de seus lotes, os quais têm origem em terras que pertenciam à União.

Pessoas conscientes são mais que célebres.Águas de São Pedro •

A Secretaria de Saúde promove campanha de vacinação antirrábica.

CIDADE&CIDAD OÃ

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INDIANA

Obras de modernização Na Rodovia Assis Chateaubriand em 7 municípios.

Foi autorizado, pelo Governo do Estado, o início das obras de

modernização e melhorias da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425). São 101,05 quilômetros de extensão que terão duplicação de trechos, recupera-ção da pista e pavimentação dos acos-tamentos. Também serão implantadas baias de ônibus e 23 dispositivos. O investimento total é de R$ 364,2 mi-lhões. Com o início das intervenções, serão gerados 1.753 empregos, dos quais 439 diretos e 1.314 indiretos.

Os serviços se dividem em três lo-tes, que abrangem os municípios de Martinópolis, Indiana, Regente Fei-jó, Presidente Prudente, Pirapozinho, Tarabai e Estrela do Norte. No total, cerca de 540 mil habitantes serão be-neficiados.

drados, a área está locali-zada na Rodovia SP-346 e abriga a Etec Dr. Carolino da Mota e Silva, que con-tinuará em funcionamento. O terreno será desmembra-do para implantação de um polo industrial.

“Esta área vai atrair empresas de tecnologia, industrial, de manufatura,

que vão gerar novos empregos e opor-tunidades de renda, beneficiando a ci-dade e a região”, afirma o governador Alckmin.

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

Polo industrialEstado doa área com 215 mil metros quadrados.

O governador Geraldo Alckmin assinou, no dia 21 de janeiro,

a doação de uma área do Governo do Estado ao município de Espírito Santo do Pinhal. Com 215 mil metros qua-

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Rural, em parceria com o Governo Federal. As casas serão erguidas em nove mu-nicípios: Andradina, Apiaí, Bom Sucesso de Itararé, Indiaporã, Itapeva, Mirante do Paranapanema, Rosana, São Simão e Teodoro Sam-paio. O investimento será

de R$ 2,5 milhões.Em todo o Estado, são 2.334 as

moradias rurais viabilizadas pela Casa Paulista, das quais 525 programadas, 907 em andamento e 902 entregues, com investimento total de R$ 23,3 mi-lhões.

HABITAÇÃO

Casa Paulista para o interiorRecursos para construção de moradias rurais.

O Governo do Estado autorizou, no dia 21 de janeiro, o aporte

financeiro para a construção de 249 moradias rurais no interior do Estado. A viabilização se dá por meio da Casa Paulista, braço operacional da Secreta-ria de Estado da Habitação, no âmbito do Programa Nacional de Habitação

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do para atender a po-pulação, prevista para 20 anos, de mais de 3,1 mil habitantes.

O novo sistema compreende na cons-trução da estação de tratamento de esgoto com capacidade para

5,4 litros por segundo, além da im-plantação de mais de 5,1 km de tubu-lações (redes coletoras e emissários) e 23 mil ligações domiciliares. Foram investidos R$ 2 milhões.

ALVINLÂNDIA

Sistema de esgotoBeneficiando dois mil e quinhentos moradores.

Foi inaugurado, no dia 8 de ja-neiro, o novo sistema de esgo-

tamento sanitário de Alvinlândia. A obra vai garantir o tratamento de 100% dos esgotos coletados e beneficia 2,5 mil moradores. O sistema foi projeta-

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IARAS

Títulação definitiva de imóveisOs moradores aguardavam desde a emancipação.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregou, no dia 8 de

janeiro, a primeira titulação de imó-veis urbanos de sua história ao muni-cípio de Iaras, em parceria com o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Es-tado de São Paulo). Foram entregues

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PARDINHO

CDHU entrega 160 moradiasProjetos com facilidades no uso com acessibilidade.

Na primeira quinzena de janei-ro, 160 moradias foram en-

tregues em Pardinho. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) investiu R$ 20,2 milhões na construção do empreendi-mento.

Os imóveis foram projetados con-forme conceitos do Desenho Univer-

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ultrapassam os R$ 400 mil.

Duas am-b u l â n c i a s tipo furgão Citroen fo-ram desti-nadas aos trabalhos de-senvolvidos pelo Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência (SAMU), en-

quanto que uma Ducato Van refrige-rada atende aos serviços da Vigilância Epidemiológica, com especial atenção ao transporte de vacinas.

Rincão • Parceria entre a EPTV e municípios vizinhos promove mutirão regional contra o mosquito Aedes Aegypti.

SA DEPriorizar necessidades básicas é o melhor caminho.

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OSASCO

Centro de radioterapiaPrimeiro centro de radioterapia fora da capital.

O Governo do Estado entregou, no dia 7 de janeiro, o primei-

ro centro de radioterapia vinculado ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) fora da capital paulista. O novo serviço, localizado na unidade ambulatorial do Icesp de Osasco, tem capacidade para realizar cerca de 600 sessões radioterápicas mensalmente.

Com a abertura do local, cerca de 10% dos pacientes dei-xam de se deslocar até a capital para fazer a radio-terapia. Apro-ximadamente dois terços dos pacientes on-cológicos se beneficiam da radioterapia

em alguma fase do tratamento. Com custeio anual de R$ 1,2 milhão pelo governo, o acelerador linear, instalado em um bunker subterrâneo no primei-ro subsolo, atende pacientes com cân-cer de mama, próstata, tumores do sis-tema nervoso central, ginecológicos, do trato gastrointestinal e sarcoma.

PARAIBUNA

Bloco da SaúdeCom a principal ação combater o Aedes Aegypti.

O Carnaval 2016 em Paraibuna contou com o trabalho impor-

tante do “Bloco da Saúde”, que teve como principais ações o combate ao Aedes Aegypti – vetor transmissor da dengue, zika vírus e da febre chikun-gunya. Sendo o Carnaval um espaço altamente popular, a Diretoria Mu-nicipal de Saúde realizou trabalho de prevenção e conscientização destas doenças.

RINCÃO

Mutirão regionalParceria com a EPTV e municípios da região.

No dia 30 de janeiro, a equipe de Controle de Vetores, os

agente comunitários de saúde, o De-partamento Municipal de Esportes e voluntários percorreram todas as ruas de Rincão, para recolher criadouros do mosquito da dengue.

O 1º Mutirão Regional de comba-te ao mosquito Aedes Aegypti é uma realização da administração municipal em parceria com a EPTV e municípios da região.

RIO CLARO

Mais viaturas para a saúde.SAMU e Vigilância Epidemiológica são contemplados.

No dia 26 de janeiro, a Funda-ção de Saúde de Rio Claro re-

cebeu três viaturas para sua frota. Os veículos foram conseguidos junto ao Governo Federal e os investimentos

BARRETOS

Unidade de Pronto AtendimentoContará com 3 clínicos, um pediatra e 120 funcionários.

O prédio da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), locali-

zado na Via Conselheiro Antônio Pra-do, zona Sul de Barretos, foi vistoriado na tarde do dia 21 de janeiro, pelo pre-feito Guilherme Ávila (PSDB), acom-panhado do secretário de Saúde, Ale-

xander Stafy Franco, secretário de Governo e Gestão Estratégi-ca, Pedro Serradela, secretário de Obras, José Raphael Ducati, e outras autoridades.

O prefeito salientou que a UPA custará cerca de R$ 1 mi-lhão por mês. A inauguração ocorreu no dia 29 de janeiro. “A UPA, inicialmente, atende com três clínicos gerais e um

pediatra, E aproximadamente 120 fun-cionários nas rotinas de escala de 12 por 36 horas, além de todos os outros prestadores de serviços envolvidos”, disse o secretário de Saúde, Alexander Stafy Franco.

TRANSPLANTES

Seminário sobre envelhecimentoReunião discute estratégias para o próximo ano.

O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade

da Secretaria de Estado da Saúde ge-renciada em parceria com a APDM (Associação Paulista para o Desen-volvimento da Medicina) promoveu,

no dia 18 de janeiro, um seminário sobre o enve-lhecimento e o cuidado ao idoso.

O seminário contou com a participação da coor-denadora da área técnica da Saúde do Idoso da Secreta-ria da Saúde de São Paulo, Claudia Fló, que discorreu sobre o tema “Visão do

Cuidado ao Idoso no Estado de São Paulo”. Além disso, foram abordados outros assuntos como cuidados de en-fermagem ao idoso, diretiva antecipa-da de vontade e rim do idoso.

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de uma comarca. A ceri-mônia ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa.

O PL que modifica a Lei Orgânica do Ministé-rio Público do Estado de São Paulo e altera a estru-tura orgânica da institui-ção, permitindo a criação das Promotorias de Justiça

Regionais, foi uma iniciativa da Procu-radoria-Geral de Justiça, aprovado por unanimidade pela Assembleia Legis-lativa em dezembro de 2015.

Investe SP e cujos proje-tos entraram em opera-ção em 2015. Ao todo, elas aplicaram R$ 3,702 bilhões e criaram 6.150 empregos. Na região de Campinas, foram 14 em-presas contempladas.

O evento reuniu par-ceiros e clientes para ce-lebrar, ainda, os sete anos de criação da Investe

SP e divulgar os resultados anuais da empresa, ligada à Secretaria de De-senvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.

19 de janeiro, no Palácio dos Bandeirantes, o credencia-mento definitivo de sete par-ques tecnológicos paulistas. São quatro empreendimen-tos localizados em Campinas (Unicamp, CTI, CPqD e Tec-nopark), além de outros três parques nas cidades de Santo André, Botucatu e São José do Rio Preto.

Agora, as entidades ges-toras dos empreendimentos

podem receber incentivos fiscais e realizar convênios com o Estado para repasse de recursos voltados a obras e aquisição de equipamentos.

Campinas • A 4ª edição do Prêmio Investe São Paulo homenageia 26 empresas.

ANDANÇASBoas ideias vale ouro.

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CAMPINAS

Prêmio Investe São PauloPremiadas 26 empresas que investiram no Estado.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) participou, no dia 16

de janeiro, da entrega do 4º Prêmio In-veste São Paulo. Foram homenageadas 26 empresas que investiram no Estado de São Paulo por meio da assessoria da

O desembargador e professor universitário José Renato Na-

lini foi anunciado, no dia 22 de janeiro, como o novo secretário de estado da Educação. Até o ano passado, ele foi presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Formado em Ciências Ju-rídicas e Sociais, é mestre e doutor em Direito Constitucional.

Nalini leciona desde 1969, quan-do começou no Instituto de Educação Experimental Jundiaí dando aula de Sociologia em aperfeiçoamento para professores. Desde então, nunca mais deixou de dar aulas, como na Escola de Educação Física de Jundiaí, Fa-culdade de Engenharia de Barretos,

SECRETÁRIO

José Renato Nalini na EducaçãoMestre e doutor em Direito Constitucional.

TECNOLOGIA

Parques Tecnológicos Sete parques tecnológicos credenciados no Estado.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o vice-governador

e secretário de Desenvolvimento Eco-nômico, Ciência, Tecnologia e Inova-ção, Márcio França, assinaram, no dia

do Detran-SP, Daniel Annenberg e do prefeito da cidade, Alexandre Augusto Ferreira (PSDB).

Os locais dispõem de infraestru-tura moderna, novos equipamentos e mobiliários, comunicação visual facilitadora, funcionários treinados nos serviços de trânsito, condições de acessibilidade, pagamento de taxas com cartão de débito, prova teórica no formato eletrônico, sistema para ava-liar o atendimento, entre outros benefí-cios. Para 2016, a expectativa é chegar a 180 novas unidades e 230 seções de trânsito operando em novo padrão em todo o Estado.

FRANCA

Nova unidade do DetranA estrutura é inspirada no modelo Poupatempo.

No dia 29 de dezembro de 2015, foi inaugurado a 100ª unidade

do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) no Estado, em Franca. O evento contou com a presença do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Marcos An-tonio Monteiro, do diretor-presidente

Faculdades de Direito da PUC-Cam-pinas, USP, Padre Anchieta, FAAP e Uninove.

crédito ou débito.O estabelecimento que

não cumprir a nova legis-lação pode ser multado e, em alguns casos, ter suspensão temporária da atividade e intervenções administrativas aplicadas pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor -

Procon, previstas no Código de Defesa do Consumidor. A denúncia deve ser feita ao próprio órgão, que será respon-sável por aplicar a multa que vai de R$ 570 a R$ 8,5 milhões

CARTÃO DE CRÉDITO

Projeto de lei proíbe valor mínimoProcon pode aplicar intervenções administrativas.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou, no dia 18

de janeiro, o Projeto de Lei (PL) nº 752/2011, que proíbe os estabeleci-mentos comerciais de exigirem valor mínimo para compras com cartão de

MINISTÉRIO PÚBLICO

Promotorias de Justiça RegionaisLei amplia a abrangência da atuação do MP.

Foi sancionado, no dia 11 de ja-neiro, o Projeto de Lei que cria

Promotorias de Justiça Regionais. A iniciativa possibilita maior abrangên-cia da atuação dos limites geográficos

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Museu da Língua Portuguêsa • Convênio é assinado para reconstrução, restauro e reinstalação.

TURISMOLocais que têm muito a oferecer.

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tico na cidade para fins de consulta, planejamento e promoção da atividade turística.

Para isso, a Diretoria de Atendimento ao Tu-rista percorre estabeleci-mentos de hospedagem, alimentação, atrativos turísticos e históricos, serviços, artesanato, en-tre outros, para coletar

informações sobre tudo que envolve o segmento em Olímpia. Além disso, o Inventário Turístico está previsto no Plano Diretor do Município e é uma exigência do Ministério do Turismo.

ENCONTRO

XI ESFE - Feiras e EventosEncontro de autoridades e dirigentes de turismo.

OAutoridades e dirigentes do trade turístico escolhem o XI

ESFE - Encontro do Setor de Feiras e Eventos como ponto de encontro do setor. O evento vai ser realizado no dia 23 de fevereiro, em São Paulo.

Durante o Fórum Econômico Mun-dial, realizado no primeiro semestre de 2015, foi divulgado o Estudo de Com-petitividade Mundial do Turismo. O

documento apresentou que o Brasil cresceu em 23 posições comparado à última edição, de 2013. Passou de 51º lugar para o 28º, em um ranking com-posto por 141 países.

Para melhorar a infra-estrutura turística do país, o Ministério do Turismo destinou R$ 354,7 mi-lhões para 633 propostas e pagou R$ 630 milhões para obras em todas as regiões do Brasil.

O montante atende desde pequenas intervenções como reformas de praças até grandes estruturas como pontes e centros de convenções.

Comoção • Na tarde do último dia 21 de dezembro um incêndio consumiu o Museu.

MUSEU

Museu da Língua PortuguesaReconstrução, restauro e reinstalação do Museu.

Trinta dias depois do incêndio, o governador Geraldo Alck-

min (PSDB) recebeu Nelson Savioli e Luiz Henrique Cordeiro, da Funda-ção Roberto Marinho e Luiz Bloch, da organização social ID Brasil, para assinatura de um convênio, por meio da Secretaria da Cultura. A iniciativa visa o restauro da Estação da Luz e re-construção do Museu da Língua Por-tuguesa.

A Fundação Roberto Marinho foi a responsável pela implantação original

do Museu da Língua, em 2006, tam-bém mediante convênio com o Estado de São Paulo.

O atual acordo estabelece que a Fundação Roberto Marinho será a res-ponsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu, inclusive com revisões mu-seográficas, com colaboração da Se-cretaria da Cultura do Estado e da ID Brasil, responsável pelo gerenciamen-to do Museu.

de expor momentos curiosos, que não são percebidos na correria do dia a dia. Para ver todas as fotos, acesse http://uvesp.com.br/portal/galerias-de-fotos/observando-a-paulista/. O autor elu-cidou “o quanto esta Avenida foi e é importante não só para os paulistanos, mas para todo o brasileiro que aprecia o conhecimento e deseja desvendar as mais importantes raízes da cultura na-cional”.

BARRETOS

Mostra “Observando a Paulista”O jornalista Lucas Mattar expõe no North Shopping.

O North Shopping apresentou durante os meses de dezem-

bro e janeiro, mostra fotográfica sobre a Avenida Paulista. Na oportunidade, o jornalista buscou apresentar o foto-jornalismo de uma forma inusitada, e ainda um acervo de objetos, livros e estudos sobre a principal avenida da cidade de São Paulo. A Mostra rece-beu milhares de participantes e teve re-conhecimento regional pela evidência

cional. São 47 novos inte-grantes, de 33 países, que foram avaliados em sete campos criativos (cinema, artesanato e arte popular, design, gastronomia, li-teratura, artes de mídia e música).

Lançada em 2004 e agora com 116 membros, a Rede de Cidades Criati-

vas da Unesco visa promover a coope-ração internacional entre locais que in-vestem na criatividade como motor de desenvolvimento urbano sustentável, inclusão social e vitalidade cultural.

SANTOS

Rede Cidades CriativasA criatividade como indutor de desenvolvimento.

Santos é a única cidade do Brasil e um dos oito municípios mais

criativos no mundo em cinema da rede da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O anúncio foi feito no dia 11 de janeiro, pela instituição interna-

OLÍMPIA

Infraestrutura TurísticaInventário identifica e registra atividades turísticas.

A Secretaria de Turismo de Olímpia deu início ao Inventá-

rio da Oferta Turística do município. O trabalho consiste no levantamento, identificação e registro de todas as ati-vidades que envolvem o serviço turís-

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