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V ANESSA BOCHENEK ANÁLISE ISOCINÉTICA DA MUSCULATURA DO QUADRIL EM MULHERESDE20A26ANOS Monografia apresentada como requisito parcial da obtenção da Graduação, pelo curso de Fisioterapia da Faculdade de Biológicas e da Saúde Departamento de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientadora: Msc. Maria de Fátima F. V. Sípoli Orientador de Metodologia: Prof. Luiz A. N. Dias I r \ CURITIBA 2002

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V ANESSA BOCHENEK

ANÁLISE ISOCINÉTICA DA MUSCULATURA DO QUADRIL EM

MULHERESDE20A26ANOS

Monografia apresentada como requisito parcial da obtenção da Graduação, pelo curso de Fisioterapia da Faculdade de Biológicas e da Saúde Departamento de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná.

Orientadora: Msc. Maria de Fátima F. V. Sípoli

Orientador de Metodologia: Prof. Luiz A. N. Dias

I r \ CURITIBA

2002

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TERMO DE APROVAÇÃO

V ANESSA BOCHENEK

ANÁLISE ISOCINÉTICA DA MUSCULATURA DO QUADRIL EM

MULHEESDE20A26ANOS

Monografia aprovada como requisito parcial para conclusão do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná, pela Banca Examinadora formada pelos professores:

Orientador: Prof>.

Prof> . Prof> .

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o QUE IMPORTA NA VIDA:

Há alguns anos atrás, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove

participantes, todos com deficiência mental ou fisica, aliaram-se para a largada da

corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade

de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e

começou a chorar.

Os outros ouviram o choro.

Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram.

Todos eles.

Uma menina com Síndrome de Dow, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto

e disse - "Pronto, agora vai sarar". E todos os noves competidores deram os braços

e andaram juntos ate a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.

E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa

historia até hoje.

Por que? Por que lá no fundo, nos sabemos que o importante nessa vida é

mais do que ganhar sozinho.

O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso

signifique diminuir o passo e mudar de curso.

Autor desconhecido

IV

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Agradeço

À Deus pela força e sabedoria que tem me dado a cada dia,

Aos meus Pais que sempre estiveram ao meu lado me ajudando e dando todo o

apoio, À minha orientadora Ma de Fátima F. V. Sípoli

E a todos que colaboraram de alguma forma para que esta pesquisa fosse realizada.

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sUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................................VII

RESUMO... ..............................................................................................................ix ABSTRACT.............................................................................................................x 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................01 2. REVISÂO DA LITERATURA............................................................................02 2.1 ANATOMIA E BIOMECANICA BASICA DA MUSCULATURA DO QUADRIL..........................................................................................................02 2.2 FORÇA MUSCULAR .......................................................................................05 2.2.1 Tipos de força ..................................................................................................06 2.3 TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES...................................................09 2.4 TESTE ISOCINÉTICO......................................................................................11 2.5 ISOCINÉTICA DOS MUSCULOS DO QUADRIL .........................................15 3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................17 4. ANALISE DOS RESULTADOS.........................................................................19 5. DISCUSSÃO........................................................................................................24 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................25 REFERÊNCIA BffiLIOGRAFICA..........................................................................26 ANEXOS..................................................................................................................27

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- - -- - - - - - - -- - - ------------ ----

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 - 30o/s FLEXAO E EXTENSÃO....................................................19 TABELA 02 - 300/s ADUçÃO E ABDUÇÃO........................................................... 19 TABELA 03 - 60°/5 FLEXÃO E EXTENSÃO .................................................................. 20 TABELA 04 - 600/s ADUçÃO E ABDUÇÃO.......................................................... 20 TABELA 05 - 1200/s FLEXÃO E EXTENSÃO .................................................................. 21 TABELA 06 - 1200/s ADUçÃO E ABDUÇÃO.................................................................... 21 TABELA 07 - 1800/s FLEXÃO E EXTENSÃO ................................................................... 21 TABELA 08 - 1800/s ADUçÃO E ABDUÇÃO.................................................................... 22 TABELA 09 - 2400/s FLEXÃO E EXTENSÃO ................................................................... 22 TABELA 10 - 2400/s ADUçÃO E ABDUÇÃO ................................................................... 23

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RESUMO

A musculatura do quadril além de distribuir as forças entre o tronco e o solo, tem

importante papel na locomoção, participando da elevação e decida do corpo ,

podendo gerar um desequilíbrio em caso de déficit muscular. O conceito de exercício

isocinético foi desenvolvido com o propósito de examinar objetivamente o

desempenho muscular de maneira segura e confiável, permitindo também o registro e

o estudo de outras variáveis do desempenho muscular como: trabalho, potência,

velocidade, resistência e fadiga. É um trabalho experimental que tem como objetivo

aa analise isocinética da musculatura do quadril em mulheres de 20 a 26 anos, bem

como incentivar a nova pesquisas para quantificação da interferência da musculatura

do quadril na marcha. As descobertas baseadas mesmo em pequenas amostras podem

vir a servir de diretrizes para futuros trabalhos.

Palavra chave: força muscular; quadril; isocinética.

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ABSTRACT

The musculature of the hip hauls of distributing the forces between the trunk and the

soil, he/she has important paper in the locomotion, participating in the elevation and

decide of the body, could generate an unbalance in case of muscular deficit. The

concept of exerci se isocinético was developed with the purpose of examining the

muscular acting in a safe and reliable way objectively, also allowing the registration

and the study of other variables of the muscular acting as: I work, potency, speed,

resistance and fatigue. It is an experimental work that he/she has as I aim at aa

analyzes isocinética of the musculature of the hip in women from 20 to 26 years, as

well as to motivate the new researches for quantification of the interference of the

musculature of the hip in the marcho The discoveries done base on small samples can

come to serve as guidelines for futures works.

Key word: strenght; hip; isokintism.

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1. INTRODUÇÃO:

Segundo DVIR no campo da pesquisa isocinética, o quadril é provavehnente o

mais desprezado entre os principais sistemas de articulação, sendo de fundamental

importância na locomoção e postura, (DVIR 2002).

A articulação do quadril é uma articulação sinovial esferóide. É formada pelo

encaixamento da cabeça do fêmur no acetábulO do quadril. O acetábulo é formado pela

união de três ossos pélvicos, o ilíaco, ísquios e púbis. A cápsula da articulação do

quadril é extremamente forte e densa.

Treinamento isocinético (cinético significa "movimento", isocinético

implica movimento a uma velocidade fixa). É medida com um aparelho eletrônico ou

hidráulico. Ele permite mostrar a produção da força através da amplitude do movimento,

(SHARKEY, 1998).

Segundo FLEK & KRAEMER o isocinético refere-se a ação muscular

realizada com a velocidade e angular do membro constante. A resistência oferecida pelo

equipamento isocinético não pode ser acelerada; qualquer força aplica contra o

equipamento, resulta em uma força de reação igual. A força de reação reflete a força

aplica no equipamento por toda a extensão do movimento de um exercício, tornando

teoricamente possível que os músculos exerçam uma força máxima continua durante a

amplitude de movimento, (FLEK & KRAEMER 1999).

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2. EMBASAMENTO TEÓRICO:

2.1. ANATOMIA E BIOMECÂNICA BÁSICA DA MUSCULATURA DO

QUADRIL:

O quadril (articulação acetábulo femoral) é a articulação mais estável

~strutura1mente, embora móvel, do corpo. Além de transmitir grandes forças entre o

tronco e o solo, a região do quadril é um componente muito importante do sistema

locomotor, ela participa da elevação é descida do corpo, como ao subir uma escada ou

levantar-se de uma cadeira: e é importante ao trazer os pés em direção ao corpo ou

mãos, como ao se calçar um sapato. A cada passo, os músculos abdutores do quadril (da

perna de apoio ) devem criar uma força para equilibrar aproximadamente 85% do peso

corporal cabeça, braços, tronco e perna oposta), (LEHMKUHL & SMITH, 1989).

As ações de não sustentação de peso, ou em cadeia aberta, são importantes na

compreensão dos movimentos que podem ser produzidos pelos músculos sua

extremidade livre, limitações do movimento produzidas por rigidez ou insuficiência

passiva dos músculos e posições usadas para produzir contrações isoladas dos músculos.

As funções de suporte do peso, ou em cadeia cinética fechada, são talvez mais

importantes como: no apoio sobre uma perna, subir escadas, levantar-se de uma cadeira.

Uma fraqueza leve a moderada dos músculos será refletida por uma capacidade

diminuída de realizar funções de cadeia fechada, enquanto que os movimentos em

cadeia aberta não resistidos podem ainda parecer inalterados,

(LEHMKUHL & SMITH, 1989).

O quadril é a mais proximal das articulações da extremidade inferior. A

cabeça do fêmur, de forma arredondada ou convexa, encaixa-se e se articula com o

côncavo acetábulo. O quadril é uma articulação bastante estável e, por este motivo,

alguns de seus movimentos não têm amplitude muito grande, (LIPPERT, 1996).

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Como uma articulação triaxial, o quadril tem movimentos em todos os três

planos. Flexão, hiperextensão e extensão acontecem no plano sagital com,

aproximadamente, 120 graus de flexão e 15 graus de hiperextensão. Extensão é o

retomo da flexão à posição anatômica. Abdução e adução ocorrem no plano frontal com

cerca de 45 graus de abdução. Adução é o retomo à postura anatômica, embora haja,

aproximadamente, um aumento de 25 graus, possível além da postura anatômica. No

plano transverso, rotação interna e externa, são algumas vezes denominadas de medial e

lateral. Há aproximadamente 45° de movimento, possível em cada direção, a partir da

posição anatômica, (LIPPER T, 1996).

Os dois ossos do quadril se articulam anteriormente entre si posteriormente

com o sacro. O sacro também faz conexão com o cóccix. Estes quatro ossos (ossos do

quadril, sacro e cóccix) são conhecidos como pélvis ou articulação pélvica. O fêmur

estar incluído na pélvis, (RASCH, 1991).

O osso do quadril, também chamado de osso coxal, tem forma irregular e é

formado por três ossos. Eles se fundem em um só, quando se atinge a idade adulta. São

eles ílio, ísquio e púbis, (LIPPERT, 1996).

Como toda articulação sinovial, o quadril tem uma cápsula articular fibrosa.

Ela é forte e espessa e envolve está articulação com uma forma cilíndrica. Fixa-se,

aproximadamente, em tomo da borda do acetábulo e, distalmente, próximo ao pescoço

do fêmur. Ela forma uma capa cilíndrica que reveste a articulação e a maior parte do

pescoço femoral, (WIRHED, 1986).

A cápsula é reforçada por três ligamentos: o íliofemoral, o isquiofemoral e o

pubofemoral. O mais importante é o iliofemoral que reforça a cápsula anteriormente,

fixando-se proximamente à espinha ântero-inferior e cruzando a articulação na parte

anterior, distalmente, (LIPPERT, 1996).

O ligamento pubofemoral ocupa a articulação do quadril média e

inferiormente, fixando-se na parte medial da borda acetabular e no ramo superior do

púbis, dirigindo-se para baixo e para trás para fixar-se no pescoço do fêmur. Como o

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ligamento iliofemoral, ele também elimina a hiperextensão e concomitantemente, limita

também a abdução, (LIPPERT, 1996).

O ligamento isquiofemoral recobre a cápsula posteriormente e se fixa sobre a

porção isquiática do acetábulo, cruza a articulação numa direção látero-superior e se lixa

no pescoço femoral. Suas fibras limitam a hiperextensão e também a rotação

interna, (LIPPERT, 1996).

Estes três ligamentos se fixam ao longo da borda do acetábulo e cruzam a articulação do quadril, em forma de espiral, para fixar-se no pescoço femoral. O efeito desta fixação em espiral limitar o movimento numa direção (hiperextensão), enquanto auxilia o movimento total em outra (flexão). Por este motivo, esses ligamentos estão frouxos na flexão e tornamse tensos quando o quadril se move em hiperextensão. Forçando os quadris para frente de forma que eles estejam à frente dos ombros e joeJhos, é possível ficar na postura ereta sem usar qualquer músculo, mantendo-se a posição somente pelo ligamento iliofemoral. Isto é a base para a postura ereta de um paraplégico, (RASCH, 1991).

Como alguns músculos do quadril possuem grandes superficies de origem e de

inserção, as várias partes de um mesmo músculo podem possibilitar movimentos

diferentes. Considera-se que alguns músculos estendem-se não só sobre a articulação do

quadril mas também sobre articulações vertebrais (músculo psoas maior) ou articulação

do joelho (músculo grácil, tensor da fáscia lata, sartório, reto da coxa, semimembranoso,

semitendineo e bíceps da coxa cabeça longa), (KAHLE, 2000).

Assim sendo nos movimentos da articulação do quadril não agem apenas as os

músculos do quadril, mas também os músculos da coxa.

Dentre os músculos do quadril, distinguimos os rotadores laterais e os rotadores mediais, (rotação lateral e medial) movimento que se fazem em tomo do eixo longitudinal da perna. No quadril estendido, a rotação medial é maior que a rotação lateral. No quadril flexionado os ligamentos de travamento estão relaxados. E a rotação lateral amplitude maior do que a rotação medial. A extensão (flexão dorsal, retroversão) e a flexão (anteversão) são movimentos executados sobre um eixo transverso. Ao redor de um, eixo sagital é feita abdução e a adução, (KAHLE, 2000).

Como extensor na articulação do quadril agem os músculos: glúteo máximo,

glúteo médio e mínimo com suas libras dorsais, adutor magno e piriforme. Além destes,

agem na extensão do quadril também os seguintes músculo da coxa:

'--

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semimembranoso, semitendinoso, a cabeça longa do bíceps da coxa, (DANGELO &

FATTINI,2000).

Na flexão agem em conjunto: iliopsoas, tensor da fáscia lata, pectíneo, adutor

longo, adutor curto e grácil.

Os seguintes músculos são flexores na articulação do quadril: reto da coxa,

sartório. Pela abdução são responsáveis: glúteo médio, tenso da fáscia lata, gúleo

máximo por sua inserção na fáscia lata, glúteo mínimo, piriforme e obturador interno, (DANGELO & FATTINI, 2000).

Como adutores agem: adutor magno com adutor mínimo, adutor longo, adutor

curto, glúteo máximo por sua inserção na tuberosidade glútea, pectíneo, quadrado da

lombar e obturador externo. Dos músculos da coxa participam apenas o semitendineo,

(DANGELO & F A TTINI, 2000).

2.2. FORÇA MUSCULAR

Para alguns autores, o termo força muscular pode-se definido como a

qualidade responsável pela função motora do homem.

Para TUBINO, força é a qualidade fisica que permite o músculo ou um grupo

de músculos produzir uma tensão, e vencer uma resistência na ação de empurrar,

tracionar ou elevar, (TUBINO, 1990).

Segundo FLECK & KRAEMER, a força muscular é a quantidade máxima de

força que o músculo pode gerar em um padrão especifico de movimento em uma

determinada velocidade de movimento, (FLECK & KRAEMER, 1999).

Para SHARKEY, a força é definida como a força máxima que pode ser

exercida em uma única contração voluntária, (SHARKEY, 1998).

Segundo LEHMKUHL & SMITH, o estado de ser forte, a capacidade de um

músculo de produzir força e a capacidade de um músculo de gerar tensão ativa são

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algwnas defInições para esse tenno que não tem uma defInição precisa, (LEHMKUHL

& SMITH, 1989).

2.2.1. Tipos de força

A força, nas suas formas de manifestação, pode ser dividida em diferentes tipos, de acordo com a forma de observação: sob o aspecto da parcela de musculatura envolvida, diferenciamos entre força geral e loca.l~ sob o aspecto da especificidade da modalidade esportiva, força geral e especial~ sob o aspecto do tipo de trabalho do músculo, força dinâmica e estática~ sob o aspecto das principais formas de exigência motora envolvidas, força máxima, força rápida e resistência de força~ e sob o aspecto da relacão do peso corporal, força absoluta e relativa, (WEINECK, 2000).

Sob força geral entende-se o nível de força desenvolvido dos principais grupos

musculares (musculatura do tronco e das extremidades). A força local refere-se à

utilização de músculos isolados, ou grupos musculares, (WEINECK, 2000).

Antes de se fazer uma classifIcação dos tipos de força, deve-se considerar que

a força e suas diversas manifestações podem ser sempre consideradas sob os aspectos de

força geral e força específIca, (WEINECK, 1999).

Sob o tenno força geral entende-se a força de todos os grupos musculares

independente de um esporte. Sob o tenno força específica entende-se a força empregada

em uma determinada modalidade esportiva, isto é, a força a desenvolvida por um

determinado grupo de músculos para desenvolver um determinado movimento em uma

modalidade esportiva, (WEINECK, 1999).

Denomina-se força a capacidade de vencer a resistência interna ou contrária

à mesma, (GOMES, 1999).

Força muscular é à base do movimento e fundamentos biológicos de todas as capacidades locomotoras do individuo. Em muitos casos, a força substitui a rapidez de e influencia na atividade locomotora, resistência condicional, agilidade e domínio. A força muscular pode manifestar-se sem mudanças do comprimento da fibra muscular, em regime estático, ou seja, isométrico~ com diminuição do comprimento da fibra muscular, em regime dinâmico (isotônico)~ com aumento do comprimento da fibra muscular em regime de descontração. (GOMES, 1999).

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Força qualidade que permite a um músculo ou grupo muscular opor-se a uma

resistência. Possui três tipos distintos.

. Força estática: Para DANTAS, ocorre quando a força muscular se iguala à

resistência não havendo, portanto, movimento, (DANTAS, 1998). Já

GOMES, é a capacidade de desenvolver esforço máximo em regime

isométrico. Ela serve como base para a manifestação de outras

categorias, (GOMES, 1999). Segundo HOLLMANN & HETTINGER

apud WEINECK, é aquela tensão, que um músculo ou um grupo muscular

pode exercer arbitrariamente, numa determinada posição contra uma

resistência fixada. A força estática pode ser dividida em força máxima

estática e resistência de força estática, (WEINECK, 2000).

. Força dinâmica: Segundo DANTAS, é o tipo de qualidade na qual a força

muscular se diferencia da resistência produzindo movimento, (DANTAS,

1998). Já GOMES, é a capacidade de desenvolver um

determinado esforço repetidas vezes consecutivas, num determinado

tempo, em condições de movimentos rápidos e regime dinâmico de

atividade muscular, (GOMES, 1999). Para WEINECK, ao contrario da

força estática, a dinâmica apresenta uma forma de manifestação de força,

que é utilizada no decorrer da seqüência de um movimento. Sendo

subdividida em força máxima, força rápida e resistência de força. Uma

melhora de desempenho no desenvolvimento da força dinâmica só é

alcançada com um treinamento combinado de força e técnica,

(WEINECK,2000).

. Força explosiva (ou potência): Para DANTAS, é a conjugação da força com

a velocidade; pode-se apresentar com predominância de força ou

com preponderância de velocidade, (DANTAS, 1998). Já para

GOMES, é a capacidade de desenvolver esforço máximo no mínimo

intervalo de tempo possível, (GOMES, 1999).

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No quadro abaixo observam-se três tipos de força: força máxima, força rápida

e resistência de força, segundo LETZEL TER & LETZEL TER, apud WEINECK.

QUADRO 01: A FORÇA, SUAS DIFERENTES CAPACIDADES E SUAS

MANIFESTAÇÕES Força

Força máxima

/" Dinâmica Estática

J ~

F0fÇ8 de impacto Força de tração Força de empurl'ao

Força de manutenção Força de tração Força de pressão

Força rápida

1 "'"

""

Força de sprtnt ", Resistência de iorça de sprint Força de saltos "" Resistõncia de força de satlos Força de chutes '-Resistência de força de chutes Força de arremessos Resistência de iorça de arremesso Força de tração ResiStência de brça de tração Força de golpes Resistência de força de golpeS Força de impacto Resistência de força de impacto

Resistência da força

1

FONTE: WEINECK, J. Treinamento Ideal. 9. ed. São Paulo: Manole, 1999.

. Força máxima representa a maior força disponível, que o sistema

neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima voluntária, (WEINECK, 1999).

. Força rápida compreende a capacidade do sistema neuromuscular de

movimentar o corpo ou parte do corpo ou ainda objetos com uma

velocidade máxima, (WEINECK, 1999).

. Resistência de força é segundo HARRE apud WEINECK, a capacidade de

resistência à fadiga em condições de desempenho prolongado de força. Os

critérios para a resistência de força são a intensidade do estimulo (dada em

percentual da força de contração máxima), e o volume de estimulo (soma

das repetições). O tipo de mobilização energética resulta da intensidade de

força, do volume do estimulo e da duração do mesmo, (WEINECK, 1999).

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Para o desenvolvimento de resistência de força, não se utilizam os mesmos métodos em pregados na formação das forças máxima e rápida. Isso deve-se à constituição especial das musculaturas abdominal e dorsal (músculos responsáveis pelo posicionamento corporal e que são formados por fibras de contração lenta, as também chamadas do tipo I). Assim, em função destas características, os métodos para o desenvolvimento da resistência de força distinguem-se pela lenta realização do movimento e pelo alto numero de repetições, (WEINECK,2000).

2.3 TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES

Confonne LIPPER T há três tipos de contração muscular: contração

isométrica, isotônica e isocinética, (LIPPERT, 1996).

A contração isométrica OCOITe quando se desenvolve uma tensão, porém,

sem qualquer modificação no comprimento externo do músculo (FOSS & KETEYIAN, 2000).

LEHMKUHL & SMITH nos diz que na contração isométrica o comprimento

muscular é constante, não existindo movimento articular; é uma contração estática,

nonnalmente usada na manutenção de posturas, (LEHMKUHL & SMITH, 1997).

A contração isotônica é um dos tipos mais familiares de contração e, às vezes,

também é denominada de contração dinâmica. Na verdade, o tenno contração dinâmica

é mais preciso, pois isotônica significa literalmente tensão igual ou constante. Em outras

palavras, uma contração isotônica é aquela que produz o mesmo grau de tensão durante

o encurtamento, ao superar uma resistência constante. Porém, isso não se aplica aos

músculos intactos, porque a tensão exercida por um músculo ao encurtar-se é

influenciada por fatores importantes como comprimento inicial das fibras musculares,

ângulo de tração do músculo sobre o esqueleto ósseo e a velocidade de encurtamento.

Na contração isotônica o músculo se contrai e seu comprimento muda,

havendo também mudança no ângulo articular, (LIPPERT, 1996; LEHMKUHL &

SMITH 1997).

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10

Este tipo de contração pode ser dividido em concêntrica e excêntrica, pois em

ambos os casos ocorrem o movimento. A contração concêntrica, também conhecida

como contração de encurtamento ou positiva, ocorre quando o músculo se encurta e há

movimento articular quando a tensão aumenta. As contrações concêntricas produzem

aceleração de segmentos dos corpos (movimento),

(McARDLE. KATCH & KATCH, 1998; LEHMKUHL & SMITH, 1997).

Os músculos se encurtam, enquanto desenvolvem tensão. A ação muscular

ocorre com aproximação dos pontos de origem e inserção, com redução do seu

comprimento. É característica nas atividades de aceleração ou impulsão e seu trabalho

mecânico externo é sempre positivo, (LEITE, 1990; MONTEIRO, 1998).

N a contração excêntrica, também conhecida como contração negativa ou de

afastamento, a resistência externa ultrapassa a força muscular e o músculo toma-se mais

longo quando aumenta a tensão, diminuindo nas outras dimensões, e sofre um

alongamento ou estiramento. As contrações excêntricas são geralmente utilizadas para

resistir à gravidade, (FO~ BOWERS e FOSS, 1995).

Segundo LEHMKUHL & SMITH as contrações excêntricas desaceleram

("mecanismo de freio") segmentos do corpo e fornecem absorção de choque, (LEHMKUHL & SMITH, 1997).

A atividade muscular excêntrica caracteriza-se quando o torque de uma

articulação excede àquela produzida pela tensão no músculo, gerando alongamento. É

característica das atividades de desaceleração ou frenagem e seu trabalho mecânico

externo é sempre negativo (LEITE, 1990; LIPPERT, 1996; FLECK & KRAEMER,

1999; FOSS & KETEYIAN, 2000).

Na contração isocinética FOX; BOWERS e FOSS afinnam que a tensão

desenvolvida pelo músculo ao encurtar-se com velocidade (cinética) constante (iso) é

máxima em todos os ângulos articulares durante toda a amplitude de movimento,

(FOX, BOWERS e FOSS, 1995).

LEHMKUHL & SMITH explica que:

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A contração isocinética (do grego isos, igual; knetos, movendo-se) ocorre quando a velocidade de movimento é constante. A contração isocinética trabalha contra uma resistência que permite o movimento a uma velocidade fixa pré-estabelecida, possibilitando aos músculos mobilizar a sua capacidade máxima de gerar tensão durante todo o movimento, enquanto está contraindo. É um tipo de contração menos comum, pois só pode ser utilizada com equipamento especial, (LEHMKUHL & SMITH, 1997).

2.4. TESTE ISOCINÉTICO:

o conceito de exercido isocinético foi desenvolvido por JAMES PENINE e

introduzido na literatura científica em 1967 por HISLOP & PENINE, (SHINZATO &

BA TTISTELA, 1996).

Foram então desenvolvidos os equipamentos que permitem a determinação dos momentos articulares. Tendo como característica principal à manutenção de uma velocidade angular constante na articulação avaliada para qualquer nível de força envolvido. Estes sistemas foram progressivamente melhorados do ponto de vista da confiabilidade dos dados e da facilidade operacional, permitindo também o registro e o estudo de outras variáveis do desempenho muscular como: trabalho, potência, velocidade, resistência e fadiga. (SHINZA TO & BA TTISTELA, 1996).

A pesar de se poder manter a velocidade angular constante, deve-se ressaltar

que a velocidade de encurtamento muscular não é constante. O exercido isocinético

então, promove um tipo de ação muscular que acompanha um movimento angular

constante em uma articulação, (SHINZATO & BATTISTELA, 1996).

Assim que o membro atinge a velocidade angular predeterminada, a

resistência no mecanismo iguala se automaticamente a força exercida para manter essa

velocidade o que permite a sobrecarga de um músculo em 100% de sua capacidade

máxima em toda a amplitude de movimento, (SHINZATO & BATTISTELA, 1996).

Os mecanismos de isocinético podem ser classificados em passivos e ativos.

Os sistemas passivos utilizam frenagem hidráulica, mecânica, elétrica ou magnética e

permitem a realização do exercício isocinético concêntrico.

Os sistemas ativos possuem um servo motor hidráulico ou eletromecânico que acrescenta a possibilidade de realização de exercícios excêntricos e da movimentação passiva continua (útil nos pós-operatórío). A gama de velocidades do exercício isocinético permite

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avaliações mais funcionais, porém ainda não se aproxima das velocidade de atividade cornqueiras como correr e atividades esportivas especificas. Alguns sistemas permitem a atividade em cadeia cinética fechada simulando um leg press e permitindo a atuação de vários grupos musculares ao mesmo tempo, (SHINZATO & BATTISTELA, 1996).

Torque é a maneira de quantificar a fadiga muscular, e é por meio do registro

da redução da tensão máxima de um grupo muscular durante um determinado número

de repetições de contrações muito rápidas realizadas por meio de uma amplitude de

movimento. O declínio da tensão máxima do músculo é considerado como uma

medida de fadiga.

O torque é avaliado pela fónnula: (Torque = Força x Distância) distância

perpendicular do ponto de aplicação da força ao centro de rotação. E uma medição

instantânea realizada em cada meio grau de toda amplitude de movimento. Como o

dinamômetro isocinético mede o torque diretamente no seu centro de rotação, os

componentes torça e distância não são avaliados, sendo que seu valor diminui com o

aumento das velocidades angulares. O torque gerado pela gravidade é determinado antes

do teste determinando o torque gerado pelo membro e pela alavanca. O valor

denominado é multiplicado pelo coseno do ângulo em cada ponto do arco de

movimento, sendo o valor resultante subtraído ou adicionado ao torque registrado, para

eliminar a contribuição da gravidade.

o pico de torque (pT, Nm) é medido de acordo com as mudanças devido ás forças de alavanca biomecânica e da relação comprimento-tensão muscular que ocorre em toda amplitude de movimento, sendo então um indicativo da máxima capacidade de tensão muscular. E o torque mais alto produzido pela contração muscular quando o membro move-se através da amplitude do movimento. O pico de torque também pode ser avaliado em relação ao peso corporal, sendo adequado para comparações clinicas entre indivíduos de um grupo e a relação entre função muscular de sustentar uma carga, sendo expressada em quilograma ( PTW). O tempo do pico de torque também pode ser avaliado descrevendo a habilidade de produzir com rapidez o torque em segundos. Isto é importante quando se avalia atletas que requerem força de explosão, (SHINZATO & BATTISTELLA, 1996).

O trabalho total, que resulta do produto do torque pelo deslocamento angular e

reflete a energia desenvolvida durante a atividade muscular. Este parâmetro indica

trabalho realizado pelo paciente na melhor repetição de trabalho, ou seja, na

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curva que apresentar a maior área calculada pelo próprio computados, (LEHMKUHL

& SMITH, 1997).

o trabalho total é a área encontrada dentro da linha de torque, descrevendo

como o paciente produz torque através de toda amplitude de movimento, isto é, depende

da capacidade energética muscular do paciente na velocidade do teste e a tolerância do

pH no trabalho muscular, (LEHMKUHL& SMITH, 1997).

A potência máxima obtida dividindo-se o trabalho desenvolvido pelo tempo,

sendo expressa em Watts (W). A potência muscular aumenta de forma diretamente

proporcional com o incremento das velocidades (mais energia desenvolvida por unidade

de tempo). O cálculo é uma expressão de trabalho por unidade de tempo e é um

indicador preciso da atual situação de trabalho do individuo quando medido em altas

velocidades, (SHINZATO & BATTISTELLA, 1996).

O sistema divide a quantidade de trabalho realizado na melhor repetição pelo

tempo total gasto nesta contração, sendo computado separadamente para cada direção de

movimento. Podemos então, encontrar a intensidade individual máxima de velocidade

para cada grupo muscular testado. A potência máxima atingida é aproximadamente 30%

da força máxima, que corresponde a aproximadamente 400% da velocidade máxima de

contração, (SHINZA TO & BA TTISTELLA, 1996)

Para testar o índice de resistência, o computador registra o trabalho total

desenvolvido na metade inicial e no final do teste, calculando o índice de resistência

com 6 a 60 repetições do movimento, o computador registra o trabalho total

desenvolvido na metade inicial e na metade final do teste, calculando o índice de

resistência. Um índice elevado indica que houve uma pequena queda de trabalho

muscular ao longo do trabalho prolongado, sendo um teste que envolvem o metabolismo

predominante anaeróbico, (SHINZATO & BATTISTELLA, 1996).

O teste isocinétíco é um teste de desempenho máximo e como tal apresenta

contra indicações: pacientes portadores de cardiopatia ou hipertensão não controlada,

coagulopatia sem medicamentos ou terapia anticoagulante e gestantes. Os problemas

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músculo-esqueléticos contra indicados são dor intensa, artrite em fase aguda. Derrame

articular, instabilidade articular grave, lesão muscular recente e pós-operatório de

reconstrução ligamentar em fase recente, osteoporose severa, fraturas e espasmos

musculares.

Existem alguns problemas que podem ocorrer na realização do teste e

interferir nos resultados obtidos. Os mais comuns são: a execução errada do movimento

isocinético. Já que não é um movimento natural e requer alguma prática por isso a

importância de deixar claro as instruções e ter certeza que o paciente entendeu, às vezes

o paciente pensa que fez o esforço máximo quando na verdade não o fez, alguns

pacientes podem não se sentir bem após o teste, algumas articulações podem não ser

estabilizadas adequadamente e a dificuldade de alinhamento de algumas articulações.

Antes de iniciar o teste propriamente dito é necessário explicar ao paciente o

que irá fazer. Descrever e demonstrar a máquina, como ele sentirá fazendo o teste e que

a resistência e velocidade irão variar de acordo com a força aplicada, O paciente usará a

máquina primeiramente usando força sub-máxima e máxima.

A familiarização do movimento consome tempo, mas é essencial para obter

resultados seguros. Depois disso o individuo passa por um aquecimento de quinze a

vinte minutos incluindo exercícios sub-máximos como corrida e bicicleta estacionária

seguida de alongamento estático dos músculos da articulação a ser testada.

É essencial localizar o melhor posicionamento do corpo e alinhamento da

articulação, permitindo a máxima função da amplitude. Isto pode ser feito apalpando

pontos de referência anatômicos da articulação a ser avaliada. E essencial que os

músculos a serem testados estejam em posição semi- relaxada para uma máxima

contração muscular. O próximo passo á a estabilização correta para assegurar que o

grupo muscular a ser testado esteja bem isolado e que a contribuição de músculos

acessórios seja mínima. Pesquisas compararam o aprimoramento de força e de potência

conseguido através do treinamento isocinético para baixas e altas

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velocidades. Vários estudos apoiam a suposição de que os aumentos na força após um

treinamento isocinético de baixa velocidade são altamente especifico para a velocidade

angular do movimento utilizado no treinamento. For outro lado, os exercícios com altas

velocidades facilitam um aprimoramento mais generalizado: os aumentos no rendimento

de potência eram observados para velocidades tanto altas quanto baixas, porém o maior

aprimoramento era observado com a alta velocidade angular.

A base fundamental para o treinamento isocinético é interessante, pois os músculos podem ser solicitados através de toda amplitude de movimento e para uma ampla variedade de velocidades de encurtamento muscular. Entretanto, esse conceito é limitado em sua aplicação prática, pois a velocidade de movimento mais alto ao utilizar um dinamômetro é de aproximadamente 4001s. Até mesmo o movimento com esta velocidade não se aproxima das velocidades de movimento observadas durante muitas atividades desportivas, tais como o arremesso de beisebol, para. as quais a velocidade da extensão do membro superior é maior do que 2000ls nos arremessadores profissionais, (SIDNZA TO & BA TTISTELLA, 1996).

2.5. ISOCINÉTICA DOS MUSCULOS DO QUADRIL:

N O campo da pesquisa isocinética, o quadril é provavelmente o maIS

desprezado entre os principais sistemas de articulação, após o cotovelo. Considerando o

importante papel deles na locomoção e postura, (DVIR, 2002).

A articulação do quadril permite o movimento do membro inferior sobre três eixos independentes, resultando nos movimentos sagital, frontal e axial. A medida isocinética da performance dos músculos envolvidos na execução desses movimentos deve levar em conta: a amplitude de movimento testada (ADM); o posicionamento e estabilização; o alinhamento dos eixos biológicos e mecânicos; o posicionamento da plataforma de força; as velocidades angulares de teste, (DVIR, 2002).

A amplitude de movimento sagital é normalmente descrito em termos de

flexão e extensão. O teste deve ser realizado na posição ortostática por duas razões: a

maioria das atividades funcionais são realizadas enquanto o corpo esta na posição

vertical; e pelo fator gravitacional. A estabilização é feita em vários níveis: incluindo a

tíbia contralateral e a coxa bem como a pelve, (DVIR, 2002).

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o alinhamento dos eixos biológico e mecânico é atingido posicionando o eixo

do atuante contra o trocante maior que serve como uma marca anatõmica para o eixo da

articulação do quadril, sendo a plataforma de resistência posicionada levemente acima

do pólo superior da patela. É recomentedo o uso de 60o/s como velocidade única de

teste, ou 30 e 90o/s como indicadores mais abrangentes de performace, para velocidades

angulares, (D~ 2002).

o movimento no plano ITontal é descrito em tennos de abdução e adução. A ADM aceita para abdução é de 45°, enquanto que para a adução, há uma grande variação entre fontes diferentes, contudo 25° é considerado representativo. No teste em decúbito lateral, ha um bloqueio mecânico que previne um angulo de abdução de mais de 5°, na direção contra lateral. Em decúbito lateral o posicionamento e estabilização são proporcionados pela base, sendo necessário ainda amarrar a cintura, a pelve e o membro contra lateral. O eixo atuante é colocado oposto a articulação do quadril em um plano coronal de cerca de 1 cm medial a espinha ilíaca ântero-superior. A platafonna de resistência deve ser posicionada no lado lateral da coxa no mesmo plano do eixo sagital, (DVIR, 2002).

As tabelas seguintes esboçam valores de forca, desvio padrão dos movimentos

de flexão, extensão, abdução e adução da articulação do quadril.

TABELA 01 - MOMENTO CONCÊNTRICO MÁXIMO DO FLEXOR E EXTENSOR DO QUADRIL Movimento e velocidade angular Flexão 300/s 900/s Extensão 300/s 110(37) 101(27) 177(42) 157(22) 900/s 9741 7026 163(49) 13232 FONTE: DVIR, Z. Avaliações musculares, interpretações e aplicações clinicas. São Paulo: Manole, 2002

Mulheres 20 - 40 anos 40 - 81 anos

Homens 20 - 40 anos 40 - 80 anos

91 (24) 70(26)

67(21 ) 46(17)

152(50) 126(50)

113(21 ) 84(21 )

TABELA 01 - MOMENTO CONCÊNTRICO MÁXIMO DO ADUTOR E ABDUTOR DO QUADRIL Movimento e Mulheres Homens velocidade 20 - 40 anos 21 -32 anos 40 - 81 anos 20 - 41 anos 21 - 32 anos 40 - 81 anos angular Adução 300/s 82(26) 63(17) 121(26) 99(18) 600/s 146(28) 207(63) 900/s 62(32) 44(19) 103(32) 83(28)

Abdução 30°/5 66(19) 48(14) 103(26) 75(18) 600/s 58(9) 86(20) 900/s 54 20 38 13 7920 63 19 FONTE: DVIR, Z. Avaliações musculares, interpretações e aplicações clinicas. São Paulo: Manole, 2002

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o estudo foi realizado na Clinica Escola de Fisioterapia da Universidade Tuiuti

do Paraná, no período de agosto a setembro de 2002. Sendo este estudo de caráter

experimental. Foi analisado a força muscular isocinética da musculatura do

quadril nos movimentos de flexão, extensão, abdução e adução de ambos os membros inferiores, uttllzanao WIl Ulllê1l11Ull1\"UV .~V"'>.A& _________ -0/ - - ... u c mulheres entre 20 e 26 anos, que não apresentavam paLUlugia;) lnúooulo o0'luQIGt1c!:u:

associadas.

Para realização da avaliação isocinética foi utilizada à sala reservada ao

aparelho dinamõmetro marca Cybex Norm, uma bicicleta estacionaria marca Biocycle 2000B.

Antes de iniciar a avaliação isocinética, descreve e demonstra-se a candidata,

como ela se sentira fazendo o teste e que a resistência e velocidade irão variar com a

força aplica. Cada candidata realizou 15 minutos de aquecimento na bicicleta

estacionaria sem carga. Próximo passo é posicionar e estabilizar a candidata,

corretamente para assegurar que o grupo muscular a ser testado esteja bem isolado e que

a contribuição de músculos acessórios seja mínima.

Para ajustar a amplitude de movimento acessa-se a seleção de protocolo, que é

a de flexão -extensão e adução-abdução do quadril cadastrada no programa do Cybex

Norm. O membro que esta sendo examinado é registrado como d.1retto ou esquerdo,

assim como envolvido e não envolvido.

Tão logo seja identificado o zero anatõmico e a amplitude de movimento ulldc; a candidata é inGtruíd~ p~r~ realizar os movimentos de t1exão-extensão e adução

abdução do quadril é marcado a amplitude de movimento. Tal registro é marcado por

letras localizadas no dinamõmetro e freios de segurança são colocados nas respectivas

demarcações.

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As candidatas foram submetidas aos movimentos de flexão- extensão,

adução - abdução do quadril utilizando um membro de cada vez. O protocolo de

avaliação utilizado foi na velocidade angular de 300/s, 600/s, 1200/s, 1800/s e 2400/s.

Foi realizado 3 repetições à 300/s, 600/s, 120°/, e 5 repetições para 1800/s e 30 para

2400/s cada velocidade o número de repetições. Entre a adaptação da candidata com o

teste propriamente dito foi dado um tempo 30 segundos de repouso.

O trabalho foi comprometido devido ao defeito no dinamômetro isocinético,

por período indeterminado.

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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS:

A apresentação dos resultados se fará através de tabelas resultantes dos dados

coletados com as cinco mulheres.

Na tabela 01 mostra flexão e extensão da musculatura do quadril em 300/s,

do membro direito e esquerdo, onde a média de força no membro esquerdo sendo de

127 e 202,2 respectivamente teve maior significância.

TABELA 01 - 300/S FLEXAO EXTENSÃO Flexão Membro esquerdo 106 141 87 124 177 50 127

Mulher Membro direito 01 99 02 128 03 82 04 128 05 153 DP 38

Méd~ 118 FONTE: PEAQUISA DE CAMPO DP: DESVIO PADRÃO

Extensão Membro direito Membro esquerdo

160 160 196 190 158 167 193 190 266 304 75 102 194,6 202,2

A tabela 02 verifica-se a adução e abdução da musculatura do quadril em

300/s, do membro direito e esquerdo, sendo que a média de força no membro esquerdo

é de 86,6 e a do direito de 77,4 na adução, para abdução 98,8 e 92,4 respectivamente,

onde o valor mostrou-se significante a do membro esquerdo para ambos os movimentos.

TABELA 02 - 300/s ADUÇÃO E ABDUÇÃO

Adução Membro esquerdo

69 66 74 93

131 30

86,6

Mulher Membro direito 01 78 02 55 03 62 04 87 05 105 DP 21

Média 77,7 FONTE: PEAQUISA DE CAMPO DP: DESVIO PADRÃO

Abdução Membro direito Membro esquerdo

56 79 88 75 85 77 102 113 131 150 29 36

92,4 98,8

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20

Nas tabelas 03, 04 e 05 o valor da força média apresentou maIor

significância em relação ao membro esquerdo.

Na tabela 03 observa-se a flexão e extensão do da musculatura do quadril

em 600/s, do membro direito e esquerdo.

TABELA 03 - 600/S FLEXÃO E EXTENSÃO

Flexão Membro esquerdo 112 151 89 127 175 35 130,8

Mulher Membro direito 01 104 02 139 03 92 04 127 05 148 DP 23

Média 122 FONTE: PEAQUISA DE CAMPO DP: DESVIO PADRÃO

Extensão Membro direito Membro esquerdo

150 153 198 197 142 180 187 179 245 268 44 49

184,4 195,4

A tabela 04 mostra adução e abdução da musculatura do quadril em 600/s, do

membro direito e esquerdo.

TABELA 04 - 600/s ADUÇÃO E ABDUÇÃO

Adução Membro esquerdo

69 74 72 90

131 29

87,2

Mulher Membro direito 01 26 02 64 03 61 04 77 05 127 DP 39

Média 71 FONTE: PEAQUISA DE CAMPO DP: DESVIO PADRÃO

Abdução Membro direito Membro esquerdo 71 91 103 88 90 87 90 107 146 170 31 40 100 108,6

A tabela 05 refere-se a flexão e extensão do da musculatura do quadril em

1200/s, do membro direito e esquerdo.

-- - - --

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membro esquerdo que apresenta 74,6 e 99,2 respectivamente.

TABELA 09 - 2400/5 FLEXÃO E EXTENSÃO

Flexão Membro esquerdo

53 76 58 90 96 19

74,6

Mulher Membro direito 01 55 02 83 03 61 04 85 05 81 DP 12

Média 73 FONTE: PEAQUISA DE CAMPO DP: DESVIO PADRÃO

Extensão Membro direito Membro esquerdo 44 25 133 105 88 92 127 110 72 164 34 51 92,8 99,2

Na tabela 10 observamos os valores da força média, para os movimentos de

adução e abdução da musculatura do quadril em 300/s, onde há significância do

membro esquerdo sendo seu valor correspondente a 12,6 e 46,4 respectivamente.

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TABELA 10 - 2400/S ADUÇÃO E ABDUÇÃO Adução Membro esquerdo O 44 5 14 O 17 12,6

Mulher Membro direito 01 O 02 4 03 4 04 41 05 O DP 16

Media 9,8 FONTE: PEAQUISA DE CAMPO DP: DESVIO PADRÃO

23

Abdução Membro direito Membro esquerdo

30 35 50 47 36 33 36 52 45 65 7,5 14 30,4 46,4

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5. DISCUSSÃO:

Nos resultados encontrados na pesquisa realizada por CAHALAN no

movimento sagital para mulheres de 20 a 40 anos a velocidade do teste utilizada foi

300/s e 900/s com valores de desvio padrão 24 e 26 respectivamente para flexão, e 37 e

41 para extensão.

No movimento frontal as velocidades foram baseadas nos estudos de

CAHALAN e DONATELLI: 300/s e 900/s com valores de 26 e 32 para adução e 19 e

20 para abdução.

No trabalho foram avaliadas as velocidades de 300/s, 600/s ,1200/s, 1800/s e

2400/s para os planos sagital e frontal no movimento de flexão do teste em 300/s os

seguintes resultados foram encontrados 39 no membro inferior direito e 50 no membro

inferior esquerdo. Para extensão do membro inferior direito 75 e membro inferior

esquerdo 102.

Nas velocidades de 300/s no movimento frontal os seguintes resultados foram

encontrados: 20 membro inferior direito e 30 membro inferior esquerdo. Para adução do

membro inferior direito 29 e membro inferior esquerdo 36.E na velocidade de 600/s e

adução do membro inferior direito 40 e membro inferior esquerdo 40.

Os resultados encontrados foram diferentes ao estudo de CAHALAN podendo

ser ocasionada pela diferença na quantidade da amostra.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Diante da pequena amostragem, comprometida pelo defeito no isocinético os

resultados encontrados foram diferentes ao estudo realizado por CAHALAN.

No entanto se faz necessário um estudo da análise dos músculos do quadril

com amostragem maior, para justificar a importância desse grupo na interferência no

deseqwIíbrio pélvico.

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ANEXO 01: APARELHO ISOCINÉTICO CYBEX MODELO NORM

FOTO 01: APARELHO ISOCINÉTICO CYBEX MODELO NORM

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. FONTE: CENTRO DE AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO ISOCINÉTICA LOCALIZADO NA UTP

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FOTO 04: MOVIMENTO DE ABDUÇÃO ~ ---

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FOTO 05: MOVIMENTO DE ADUÇÃO

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