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VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (Sociedade Aberta) Largo Barão de Quintela, 3 – 1º 1200-046 Lisboa Contribuinte 500 978 654 Capital Social 29.007.998 Euros C. R. Comercial Lisboa 466 Capital próprio segundo o último balanço aprovado (Junho 2006) de 3.809.627 Euros RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO EXERCÍCIO 2006 (IFRS) Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com)

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VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (Sociedade Aberta)

Largo Barão de Quintela, 3 – 1º 1200-046 Lisboa Contribuinte 500 978 654 Capital Social 29.007.998 Euros C. R. Comercial Lisboa 466 Capital próprio segundo o último balanço aprovado (Junho 2006) de 3.809.627 Euros

RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO

EXERCÍCIO 2006

(IFRS)

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Relatório de Gestão e

Demonstrações Financeias Consolidadas 31 de Dezembro de 2006 e 2005

(IFRS)

ÍNDICE

RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….3DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS:

BALANÇO CONSOLIDADO……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….14DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….15DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..16DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..17

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASNOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS:

1 Informação Geral……………………………………………………………………………………………………………………………………………………182 Resumo das Principais Políticas Contabilísticas…………………………………………………………………………………………………………………193 Estimativas Contabilísticas Importantes e Julgamentos……………………………………………………………………………………………..264 Informação por Segmentos……………………………………………………………………………………………………………………………………………………..27

NOTAS AO BALANÇO CONSOLIDADO:5 Activos Fixos Tangíveis……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………316 Activos Intangíveis…………………………………………………………………………………………………………………………………………….327 Investimentos Financeiros………………………………………………………………………………………………………………………………………….348 Impostos Diferidos………………………………………………………………………………………………………………………………….349 Existências…………………………………………………………………………………………………………………………………………….36

10 Clientes e Acréscimos de Peroveitos, Devedores e Despesas Antecipadas………………………………………………….3711 Caixa e seus Equivalentes…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………3712 Capital, Acções Próprias e Prémios de Emissão de Acções…………………………………………………………………………………………………………………………………………..3813 Reservas e Resultados Transitados…………………………………………………………………………………………………………………………………3814 Empréstimos e Descobertos Bancários…………………………………………………………………………………………………………….3915 Credores e Acréscimos de Custos, Fornecedores…………………………………………………………………………………………3916 Provisões ……….……………………………………………………………………………………………40

16.1 Provisões para Outros Riscos e Encargos……………………………………………………………………………………………40 16.2 Provisões para Pensões de Reforma……………………………………………………………………………………………41

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS17 Custos com o Pessoal………………………………………………………………………………………………………………………………..4218 Outros Custos e Perdas Operacionais, Outros Proveitos e Ganhos Operacionais… 4319 Resultados Financeiros……………………………………………………………………………………………………………4320 Imposto Sobre o Rendimento……………………………………………………………………………………………………………………………..4321 Resultado por Acção…………………………………………………………………………………………………………….44

OUTRAS NOTAS:22 Contingências…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………4423 Compromissos…………………………………………………………………………………………………………………………………………4524 Gestão do Risco Financeiro………………………………………………………………………………………………………………….4625 Transacções com Partes Relacionadas………………………………………………………………………………………………………………..4626 Eventos Subsequentes………………………………………………………………………………………………………………………….4727 Empresas Incluídas na Consolidação……………………………………………………………………………………………………………………………………………48

LISTA DOS TITULARES DAS PARTICIPAÇÕES QUALIFICADA…………………………………………………………………………………………………………………….49

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Relatório Consolidado de Gestão

Senhores Accionistas, Nos termos da legislação em vigor, o Conselho de Administração da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, vem apresentar e submeter à apreciação dos Senhores Accionistas o Relatório e Contas Consolidadas do Grupo relativos ao exercício de 2006. Conforme determinado legalmente, as contas apresentadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS). 1. Universo da Consolidação

Tal como já referimos no nosso último relatório de gestão, o Grupo Vista Alegre Atlantis mantém a mesma estrutura desde o início de 2005, ou seja:

Vista Alegre Atlantis, SA: produção de porcelana, cristal, vidro manual, louça de forno e

faiança e cadeias comerciais nacionais;

VA-Vista Alegre España, SA: distribuição e comércio a retalho em Espanha;

Vista Alegre, GmbH: distribuição na Alemanha e paises limítrofes;

V.A.GRUPO-Vista Alegre Participações, SA: detentora de diversos imóveis;

Faianças da Capoa-Indústria de Cerâmica, SA: detentora do imóvel de Aradas/Aveiro (fábrica de faiança);

Cerexport-Cerâmica de Exportação, SA: detentora do imóvel de Esgueira/Aveiro (fábrica de louça de forno).

100% 100% 100% 99,3% 100% 100%

VAA VAE VAD VAG CP CXP

ESTRUTURA DO GRUPO VAA

VAA, SGPS

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2. Envolvente Macro Económica

Da análise à evolução dos principais indicadores macroeconómicos portugueses, ressalta a queda brutal do crescimento do consumo interno (público + privado) de 2005 para 2006, bem como a divergência do nosso crescimento económico quando comparado com o comportamento de outras economias.

Economia portuguesa (percentagem de crescimento real anual)

Agregados 2004 2005 2006 2007(1) Média

PIB…………………………………………………………………………………………1,2 0,4 1,3 1,8 1,17Consumo privado………………………………………………………1,6 1,3 0,7 0,8 1,10Consumo público………………………………………………………………………………0,5 0,4 0,0 -0,3 0,151,0

Em 2006, o investimento público português correspondeu a cerca de 2,3% do PIB, ou seja a percentagem mais baixa dos últimos trinta anos. Para 2007, prevê-se uma percentagem idêntica à do ano anterior.

Economia internacional (percentagem de crescimento real anual)

2006 2007 2008 Média

Portugal(1)………………………………………………………………………………1,3 1,8 2,3 1,8Zona Euro…………………………………………………………………..2,4 2,0 2,0 2,1OCDE……………………………………………………….3,0 2,3 2,7 2,7USA………………………………………………………….3,2 2,8 3,0 3,0Países Emergentes………………………………………………6,4 7,0 6,1 6,5 (1) 2007 e 2008 são os valores do Programa de Estabilidade e Crescimento.

A subida das exportações portuguesas em 2006, proporcionadas pelo crescimento económico dos nossos mercados de destino, nomeadamente Espanha, não foi suficiente para esbater a queda da procura interna o que, aliado à contenção de custos em todos os sectores, colocou o desemprego em cerca de 8% da população activa, isto é, uma das taxas mais altas desde há vários anos, tendo este aumento do desemprego contribuído igualmente para a redução da procura interna. Desde finais de 2005 até ao final de Março de 2007, ou seja em 15 meses, o Banco Central Europeu subiu a sua taxa directora sete vezes, tendo a mesma, nesse período, passado de 2%/ano para 3,75%/ano, o que corresponde a um aumento de 87,5%. Uma vez que, na União Europeia, a massa monetária está a crescer ao ritmo mais elevado dos últimos dezassete anos, para evitar tensões inflacionistas, é provável que esta tendência de subida da taxa directora do Banco Central Europeu se mantenha, pelo menos ao longo do ano de 2007. Em Portugal, tomando como referência a evolução da Euribor, os custos financeiros das empresas e dos particulares, no total de 2006 face ao ano anterior, registaram um agravamento

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de 47,6% (média mensal de 3,445% em 2006 contra 2,334% em 2005), estimando-se para 2007 que a sua subida média, em relação a 2006, não seja inferior a 25%. Não obstante a fiscalidade portuguesa, isto é, a percentagem do PIB que o Estado exige que as empresas e os particulares lhe entreguem, ainda ser inferior à média verificada na União Europeia e à média que tem lugar na OCDE, esta percentagem passou de 28,8% em 1991 para 34,5% em 2004 e 36% em 2006, o que contribuiu decisivamente para que o deficit orçamental português tenha, de 2005 para 2006, descido de 6 % para 3,9% do PIB (não obstante as despesas públicas de 2006 se terem situado em perto de mil milhões de euros acima da previsão de Outono de 2006 feita pelo Executivo) e se estime em cerca de 3% para 2007. Por outro lado, se se descontar a inflação, enquanto o salário mínimo português se encontra num valor idêntico ao que era pago em 2001, em Espanha (nosso parceiro de referência) o mesmo indicador, no mesmo período, crescia a uma média real de 6,6%/ano. Assim, tendo em conta a subida das taxas de juro, do preço dos combustíveis e da electricidade e a manutenção da carga fiscal ao nível actual, não se espera, para 2007, uma retoma significativa da economia portuguesa, já que o consumo interno não será estimulado e o comportamento das exportações, pela falta de competitividade das empresas nacionais, não será suficiente para que os agentes económicos readquiram a confiança necessária que os leve a tomar as decisões imprescindíveis ao arranque e sustentabilidade dessa retoma da economia portuguesa, até por que, nos últimos cinco anos, a produtividade portuguesa registou o crescimento mais baixo dentro dos trinta países da OCDE, enquanto que os países do leste europeu, que recentemente aderiram à União Europeia e passaram a ser nossos concorrentes directos, foram os que conseguiram maiores taxas reais de crescimento da produtividade, com valores médios anuais da ordem dos 5%.

3. Evolução da Actividade

Os dois subsectores principais do Grupo, a porcelana e o cristal, têm sofrido uma evolução recente divergente: a porcelana registou um comportamento francamente favorável, aliás, na sequência do que vinha a acontecer nos últimos anos; por seu lado, o cristal continua a registar uma evolução claramente negativa, exigindo uma reestruturação profunda. Assim sendo, embora com melhor desempenho, não foi possível ainda ao Grupo inverter a tendência negativa dos resultados durante o exercício de 2006. Tal facto ficou a dever-se, fundamentalmente, ao comportamento do cristal, à crescente concorrência de produtos asiáticos, às dificuldades sentidas na procura interna e ao atraso ocorrido na implementação da reestruturação financeira operada, a qual, não obstante acordada em Fevereiro, apenas ficou concluída em meados do ano.

3.1. Vendas

As vendas nominais consolidadas baixaram 4,5% em relação a 2005, exercício em que tinham, também em valores nominais, descido 15,5% em relação a 2004.

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(M€)

MI ME Total MI ME Total MI ME Total

Porcelana…………………………………………..22,9 13,1 36,0 24,0 11,4 35,3 -4,5% 15,4% 1,9% Complementares………………………7,2 0,1 7,3 6,9 2,4 9,3 4,7% -95,8% -21,4% Forno…………………………………..0,4 7,0 7,4 0,4 6,7 7,1 0,0% 4,8% 4,5% Sub-total……………………………………………………………30,5 20,2 50,7 31,3 20,4 51,7 -2,4% -1,2% -1,9% Faiança………………………………………………………………………….2,1 2,7 4,8 1,8 4,3 6,1 16,5% -37,2% -21,3% Cristal…………………………………………………10,8 6,3 17,1 12,7 6,6 19,3 -15,2% -3,9% -11,4% Vidro Manual………………………………………1,7 1,7 3,4 1,0 1,4 2,5 63,6% 19,5% 38,2% Totais……………………………………………45,1 30,9 76,0 46,9 32,7 79,6 -3,7% -5,6% -4,5%

Vendas Consolidadas Anuais por Segmentos e Mercados

2006 2005 Variação (%)Segmentos

As baixas mais acentuadas tiveram lugar, por um lado, nos produtos de cristal devido à contracção do mercado e à forte concorrência do cristal automático, por outro, na faiança por força da forte concorrência internacional e de outros produtos mais nobres, como é o caso da porcelana, por terem passado, nas suas gamas baixas, a dispor de preços competitivos com a faiança. Nos produtos complementares, a redução ficou a dever-se à suspensão da actividade do principal fornecedor externo da VA GmbH. Destaca-se a Porcelana, como segmento principal e com um crescimento de 15,4% no mercado externo no qual, já no ano anterior, tinha crescido 15,8%.

3.2. Resultados

Não obstante a redução do valor nominal das vendas consolidadas em cerca de 4,5% e o reforço significativo dos ajustamentos e das provisões em cerca de 5,3 milhões de euros acima do ano anterior, as acções já tomadas permitiram melhorar os resultados consolidados.

Valor % Valor %

Produção (Vendas+Variação Produção)…………………………………………………………………………………………………………………………………..75,5 100,0% 79,0 100,0% -4,5% Margem Bruta……………………………………………………………………………………………………………..54,9 72,7% 56,8 71,9% -3,4%Fornec. e serviços externos…………………………………………………………………………………………….-18,6 -24,7% -20,2 -25,6% -7,9%Custos com o pessoal…………………………………………………………………….-33,4 -44,3% -37,4 -47,4% -10,8%Outros resultados operacionais………………………………………………………….0,6 0,8% -1,0 -1,3% -159,0% Sub-total……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….3,4 4,6% -1,9 -2,4% -280,3%Amortizações do exercício………………………………………………….-9,1 -12,0% -10,2 -12,9% -11,3%Ajustamentos do exercício……………………………………………….-3,1 -4,0% -0,8 -1,0% 281,3%Provisões do exercício………………………………………………………………………..-3,2 -4,3% -0,3 -0,4% 970,0%Resultados operacionais………………………………………………………………………….-11,9 -15,8% -13,2 -16,8% -10,2%Resultados financeiros…………………………………………………………………..-4,6 -6,1% -7,7 -9,7% -40,1%Resultados antes de impostos………………………………………..-16,5 -21,8% -20,9 -26,5% -21,2%Imposto sobre o rendimento……………………………………………………………………………………………………-2,8 -3,7% -2,6 -3,3% 9,3%Resultado depois de impostos……………………………………………………………………….-13,7 -18,1% -18,3 -23,2% -25,5%Interesses minoritários…………………………………………………….0,0 0,0% 0,0 0,0%Resultado consolidado do exercício……………………………………..-13,7 -18,1% -18,3 -23,2% -25,5%

Resultados Consolidados

2006 2005 %Rubricas

(103 €)

A melhoria da margem bruta de 69,7% para 71,9% de 2004 para 2005 e de 71,9% para 72,7% de 2005 para 2006 encerra em si dois efeitos contraditórios: por um lado, um efeito degradativo que resulta do empobrecimento do mix de produtos, ditado pelo mercado, e do consequente não crescimento dos preços médios de venda; por outro lado, um efeito

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favorável, que mais que compensa o efeito negativo, e que resulta da melhoria continua da eficiência industrial. Ao nível dos resultados operacionais, devemos destacar, ainda, o comportamento favorável dos fornecimentos e serviços externos e dos custos com o pessoal, o que se deve a uma política rigorosa de contenção de custos, à maior eficiência das fábricas e à redução da estrutura. Finalmente, é de referir a evolução muito positiva registada pelos resultados financeiros, consequência da redução de custos dessa natureza, devida à reestruturação financeira.

3.3. Investimentos

Como já referimos no nosso relatório de gestão referente às contas consolidadas do exercício de 2005, no período que decorreu de 2001 a 2004, na reestruturação operacional, harmonização dos sistemas de informação, internacionalização e actividade corrente, os investimentos realizados no Grupo Vista Alegre Atlantis totalizaram cerca de 60 milhões de euros, o que corresponde e uma média anual da ordem dos 15 milhões de euros. A partir do início do ano de 2005, a política adoptada foi de forte contenção também nos investimentos, sendo autorizados apenas os considerados mandatórios. Deste modo, no exercício de 2005 os investimentos realizados cifraram-se em cerca de 2,2 milhões euros e, em 2006, o seu valor foi de 2,8 milhões de euros.

3.4. Impostos Diferidos

Tal como vem acontecendo desde 2001, o Grupo reconheceu nas contas de 31/12/2006 os efeitos decorrentes da aplicação da Directriz Contabilística nº 28, relativa ao tratamento dos impostos diferidos. Nas contas agora apresentadas, os activos por impostos diferidos atingem 12,4 milhões e euros, contra os 20,9 milhões de euros em 31/12/2005, mantendo-se os passivos por impostos diferidos em valores idênticos nos dois momentos de referência, isto é, nos 8,9 milhões de euros. Na verdade, considerando que os efeitos da reestruturação económica do grupo, por falta de meios financeiros externos, deverão sofrer um atraso não inferior a 12 meses, em relação ao previsto há um ano, procedeu-se, no encerramento do exercício de 2006, à anulação dos activos por impostos diferidos devidos a reporte fiscal originado na VAA, SA nos exercícios de 2003 e 2004, o que provocou um efeito negativo na situação líquida consolidada de 9.351 milhares de euros. Note-se que em 31/12/2005 tinham sido anulados 9.193 milhares de activos por impostos diferidos devidos, também, a reporte fiscal. Após os ajustamentos anteriormente referidos e tendo já em conta o novo método de cálculo e a nova taxa de Derrama, mantém-se nas contas agora apresentadas os activos e os passivos por impostos diferidos que constam da quadro seguinte.

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Activos e passivos por impostos diferidos

(103 €)

Dez/06 Dez/05 Dez/06 Dez/05 Dez/06 Dez/05 1. ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS:

1.1. Por Reporte Fiscal:Por reporte fiscal originado em 2003……………………………………………..4.259 557 661 557 4.920Por reporte fiscal originado em 2004……………………………………………..527 5.672 326 326 853 5.997Por reporte fiscal originado em 2005……………………………………………..3.211 3.474 486 486 3.698 3.961Por reporte fiscal originado em 2006……………………………………………..1.885 1.885

5.623 13.405 1.369 1.473 6.992 14.8781.2. Por Provisões e Ajustamentos Não Fiscais…………………………………………………………….4.729 4.851 4.729 4.8511.3. Por Conversões para IFRS:

Por diferenças de justo valor……………………………………………………………….58 113 58 113Por reclassificação de imobilizados……………………………………………………………………574 1.026 574 1.026Por acerto de impostos diferidos……………………………………………………1 7 1 7

633 1.146 633 1.146ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS…………………………………………………………..10.985 19.401 1.369 1.473 12.354 20.874

2. PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS:2.1. Por Amortizações Não Aceites…………………………………………………………….3.173 3.526 3.173 3.5262.2. Por Mais-valias Fiscais a Suportar………………………………………………………566 900 566 9002.3. Por Conversões para IFRS:

Por diferenças de justo valor……………………………………………………………….3.617 2.985 3.617 2.985Por reclassificação de imobilizados……………………………………………………………………174 214 174 214Por acerto de impostos diferidos……………………………………………………1.318 1.283 1.318 1.283Por acertos em dívidas a mádio e longo prazo……………………………….64 77 64 77

5.173 4.559 5.173 4.559PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS…………………………………………………………..8.911 8.985 8.911 8.985

TotalRubricas

Sociedades portuguesas

VA Espanha

Não obstante a dimensão dos prejuízos acumulados, a Administração considera que, no âmbito da consolidação fiscal e tendo em conta a reestruturação em curso e as mais-valias fiscais potenciais em activos a alienar, existem expectativas de que o valor de prejuízos fiscais que deram origem a activos por impostos diferidos possam vir a ser deduzidos em lucros tributáveis dos próximos exercícios, até 2012. É nosso dever, no entanto, informar os Senhores Accionistas e o público em geral que, antes das correcções anteriormente referidas, isto é, com reporte às contas semestrais de 2006, o nosso Fiscal Único apresentou a seguinte reserva: “A Empresa procedeu ao reconhecimento de activos por impostos diferidos (nota 6) associados a prejuízos fiscais acumulados que a Administração espera recuperar através de lucros tributáveis em exercícios futuros. A análise das perspectivas futuras do Grupo, tendo em conta a informação disponível, não nos permitiu concluir quanto à recuperação dos referidos activos dentro dos prazos legais”.

De acordo com a legislação em vigor, considerámos a taxa de IRC de 25% e, nas situações não ligadas a reporte fiscal, uma derrama de 1,5% sobre o valor dos entes que originaram activos ou passivos por impostos diferidos.

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3.5. Perspectivas Reafirmamos que o desempenho do Grupo Vista Alegre Atlantis depende, em muito, do comportamento dos nossos mercados tradicionais, especialmente da península ibérica e da europa central e nórdica. Tal como ficou bem patente na análise macro-económica do meio envolvente, não é de prever qualquer retoma do consumo interno a curto prazo. Assim, o Grupo VAA continuará a centrar os seus esforços no desenvolvimento dos mercados de exportação que actualmente evidenciam maior potencial de crescimento. Globalmente, o Grupo VAA necessita que, a curto prazo, se adoptem as medidas estruturais indispensáveis à redução dos prejuízos registados nas suas áreas de negócio deficitárias e, simultaneamente, se potencie o desenvolvimento das suas áreas rentáveis e com possibilidade de crescimento.

4. Factos Ocorridos À semelhança de anos anteriores, entendemos por conveniente divulgar os seguintes

assuntos que consideramos de interesse para os senhores accionistas:

Devido à renúncia aos respectivos cargos de Vogais do Conselho de Administração apresentadas pelo Sr. Eng. João Borges de Oliveira, ainda em 2005, pelo Sr. Eng. Luís Aníbal de Sá de Azevedo Coutinho e pelo Sr. Dr. António Cândido Seruca de Carvalho Salgado, conforme divulgado em 14/7/2006, o Conselho de Administração da VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, na sua reunião desse mesmo dia, procedeu à cooptação, para preenchimento das vagas existentes, da Inter Risco-Sociedade de Capital de Risco, SA a qual indicou a Srª Drª Maria do Carmo Guedes Antunes de Oliveira para exercer o cargo em nome próprio, da Srª Drª Eugénia Margarida Dias Antunes da Cunha e do Sr. Dr. João Maria Teixeira.

Por carta de 20/12/2006, o vogal do Conselho de Administração Sr. Dr. Rui Manuel Rego

Lopes Ferreira, que havia sido indicado pelo Banco BPI, SA para exercer o cargo em nome próprio, renunciou ao respectivo cargo.

Em 3/2/2006, conforme foi divulgado no sistema de informação da CMVM, a Empresa e as

suas participadas assinaram, com os Bancos credores do Grupo Vista Alegre Atlantis, um conjunto de contratos com vista à reestruturação financeira do Grupo que, tal como foi divulgado, obedece às seguintes principais linhas gerais:

a) a dívida a reestruturar abrange todo o passivo bancário e equiparado do Grupo VAA; b) os Bancos credores obrigam-se a desistir das acções executivas propostas contra

sociedades do Grupo VAA e a promover o consequente cancelamento dos registos das penhoras decretadas no âmbito das mesmas;

c) reescalonamento da dívida a 10 anos; d) prazo de carência de reembolso de capital de 30 meses; e) redução da taxa de juro aplicável; f) reforço das garantias dos Bancos através da constituição de penhor sobre marcas,

equipamentos industriais e trespasses de estabelecimentos comerciais e hipotecas de imóveis;

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g) aprovação pela Assembleia Geral da VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA das seguintes deliberações: g.1) redução do capital social da Empresa e utilização de reservas para cobertura de prejuízos transitados à data o último balanço anual aprovado;

g.2) conversão de créditos no montante global de cinquenta milhões de euros em capital próprio, através da emissão de novas acções ordinárias e da constituição de prestações acessórias sujeitas ao regime das prestações suplementares a subscrever pelos Banco Comercial Português, SA, Banco BPI, SA e Caixa Geral de Depósitos, SA;

h) a eficácia de parte substancial dos contratos ficou sujeita à verificação de determinadas condições suspensivas, principalmente à aprovação pela Assembleia Geral de accionistas da Empresa dos actos referidos na alínea anterior.

A Assembleia Geral de accionistas intercalar prevista no ponto g) anterior, teve lugar em

10/3/2006 e tomou as deliberações seguintes que, atendendo à presença de notário na própria Assembleia, foram apresentadas a registo na competente Conservatória do Registo Comercial de Lisboa no próprio dia 10/3/2006:

a) cobertura de prejuízos no valor de 24.095.092,00 euros, através da utilização directa de

reservas, no valor de 24.095.092,00 euros (prémios de emissão de acções de 19.258.254,00 euros; reserva de reavaliação de 845.293,00 euros; reservas legais de 3.112.000,00 euros e outras reservas de 879.545,00 euros), reservas essas que se encontram devidamente identificadas no Balanço, reportado a 31 de Dezembro de 2004, aprovado pelos Senhores Accionistas na Assembleia Geral realizada em 30 de Junho de 2005;

b) redução do capital social da Sociedade de 53.954.745,00 euros para 17.189.651,00 euros, redução esta no montante de 36.765.094,00 euros, destinada exclusivamente à cobertura de perdas, a efectuar mediante a extinção de 36.765.094,00 acções, cada uma no valor nominal de um euro;

c) alteração do Artigo Quinto do Pacto Social da Sociedade, tendo o mesmo passado a ter a seguinte redacção: “O capital da sociedade, integralmente subscrito e realizado, é de 17.189.651 Euros, encontrando-se representado por 17.189.651 acções com o valor nominal de um euro cada uma”;

d) alteração do valor nominal de cada acção representativa do capital social, passando este a ser representado por acções com o valor nominal unitário de 20 cêntimos cada uma e subsequente renominalização das acções, passando o capital social a estar dividido em 85.948.255 acções com o valor nominal unitário de 20 cêntimos cada uma;

e) por cada acção detida pelos Senhores Accionistas antes das deliberações desta Assembleia Geral passou, agora, a deter 1,592969349;

f) alteração do Artigo Quinto do Pacto Social da Sociedade, o qual passou a ter a seguinte redacção: “O capital da sociedade, integralmente subscrito e realizado, é de 17.189.651 Euros, encontrando-se representado por 85.948.255 acções com o valor nominal de 20 cêntimos cada uma”;

Na sequência do Contrato de Reestruturação Financeira e da Assembleia Geral intercalar

anteriormente referidos, na Assembleia Geral anual realizada em 31/5/2006, além de outras, foram tomadas as seguintes deliberações:

a) Aprovação de um aumento de capital de € 17.189.651 para € 29.007.998, a subscrever

integralmente pelos bancos Caixa Geral de Depósitos, SA., Banco BPI, SA. e Banco Comercial Português, SA, sendo o aumento de € 11.818.347 realizado mediante a conversão de créditos em capital;

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b) Consequentemente, o Artigo Quinto do Pacto Social passou a ter a seguinte redacção: “O capital da sociedade, integralmente subscrito e realizado é de 29.007.998 euros, encontrando-se representado por 145.039.990 acções, com o valor nominal de vinte cêntimos cada uma”.

c) Reconhecimento da realização de prestações acessórias sujeitas ao regime das prestações suplementares de capital, por parte dos bancos Caixa Geral de Depósitos, SA., Banco BPI, SA. e Banco Comercial Português, SA, mediante a conversão de créditos detidos pelos referidos bancos sobre a sociedade, no montante global de € 38.181.653.

As circunstâncias de não terem sido recebidas quantias que se esperava receber e não se

terem obtido fundos para a reestruturação económica contribuíram para a necessidade de negociar as seguintes alterações ao Contrato de Reestruturação Financeira em fase de contratualização:

a) A prestação de capital de 5.896 milhares de euros prevista para 31/12/2007 foi

prorrogada para 31/12/2015; b) As prestações de capital a pagar ao Grupo BES, no âmbito específico da tranche G2,

em 31/12/2006 (250 m€), 30/6/2007 (500 m€) e 31/12/2007 (500) foram prorrogadas, em um terço de cada, para 30/6/2008, 31/12/2008 e 30/6/2009. Foram negociadas prorrogações idênticas no que respeita aos contratos complementares assinados com o Banco Santander Totta e com e Banco Itaú;

c) Os juros capitalizados de Outubro de 2005 a Junho de 2006, foram prorrogados 50% de 31/12/2006 para 31/12/2008 e 50% de 31/12/2007 para 31/12/2008;

d) Os juros referentes ao segundo semestre de 2006, com vencimento em 31/12/2006, foram prorrogados para 31/12/2015;

e) Os juros de 2007, com vencimento em 31/12/2007, foram prorrogados para 31/12/2008.

Em 10/1/2005, a VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, tornou publico, através de comunicação de facto relevante publicada no Sistema de Difusão de Informação da CMVM, que tinha procedido à alienação à Libbey Europe B.V de 95% do capital social da sua associada Crisal-Cristalaria Automática, SA, pelo preço mínimo de 27,5 milhões de euros, ao qual seria deduzida a dívida financeira da Crisal. A este preço acresceriam 7,5 milhões de euros correspondentes aos restantes 5% do capital e a um “earn out” determinado em função dos resultados futuros da Crisal que, num período temporal inicial, ia até ao final de 2007 e, numa segunda hipótese, poderia ir até ao fim do ano de 2012. Face à perspectiva de recebimento, a prazo, dessa verba o seu valor foi, na ocasião, actualizado para 2005, isto é, para cerca de 7,1 milhões de euros e contabilizado a débito do comprador;

Conforme a nossa informação de 13/10/2006, supervenientemente à data da compra e

venda anteriormente referida, as partes vieram a apurar o valor efectivo da dívida financeira real da sociedade Crisal e a avaliar um conjunto de reclamações apresentadas pela Libbey junto da VAA, reclamações estas decorrentes do contrato de compra e venda da Crisal. Decorridos quase dois anos sobre a data da venda da Crisal e tendo em consideração, além do mais, as reclamações subscritas pela Libbey e os resultados acumulados pela Crisal até à data, a VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA e a Libbey Europe, BV acordaram em pôr termo às divergências que tinham sobre a matéria, celebrando em 13/10/2006 um acordo, cujas linhas essenciais consistem no seguinte:

a) A Libbey renunciou às reclamações apresentadas, bem como, com excepção de

questões ambientais ocorridas até 10/1/2005, a apresentar quaisquer outras reclamações junto da VAA, incluindo as respeitantes a terceiras entidades;

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b) A VAA (i) vendeu à Libbey, pelo preço de um euro, as acções correspondentes aos restantes 5% do capital social da Crisal e (ii) renunciou ao direito a receber a parte remanescente do preço a que poderia vir a ter direito se a Crisal alcançasse determinados objectivos de resultados futuros;

c) Nestes termos, a VAA, com data valor de 30/9/2006, procedeu, por contrapartida de resultados transitados, à anulação do crédito de cerca de 7,1 milhões de euros que, contabilisticamente, havia debitado na conta da Libbey em 2005.

Em 9/1/2001, a Assembleia Geral de Accionistas, por maioria, aprovou um projecto de

cisão-fusão, mediante o qual se previa: o destaque das participações sociais detidas pela V.A. GRUPO e pela Empresa Electro Cerâmica, SA para a VISTA ALEGRE-Sociedade de Controlo, SGPS, S.A.; o destaque das participações sociais detidas pela Cerexport-Cerâmica de Exportação, S.A para a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, hoje VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A; a transformação da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A em sociedade gestora de participações sociais e a alteração da sua designação social para VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A; o aumento do capital social da Porcelanas da Quinta Nova, S.A, subscrito pela VAA e realizado com a entrega dos bens activos e passivos desta afectos à sua actividade industrial e comercial, e a alteração da sua designação social para Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A; a fusão da VAA, da Cristais Atlantis, SGPS, S.A e da Vista Alegre-Sociedade de Controlo, SGPS, S.A, absorvendo a VAA as duas segundas. Em consequência de um procedimento cautelar requerido no 1º Juízo do Tribunal do Comércio de Lisboa, processo nº 15/2001, por um accionista titular, na época, de 1,6% do capital social da então Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A, a execução das deliberações sociais referidas no parágrafo anterior esteve suspensa. A requerida foi citada em 25/1/2001, tendo apresentado a contestação no prazo e nas condições fixadas e sendo o referido procedimento cautelar julgado totalmente improcedente em 5/3/2001, o que voltou a acontecer mais tarde já na instância superior. A acção principal referente a este procedimento cautelar corresponde ao processo nº 26/2001, que corre seus termos no mesmo Tribunal, tendo a ré sido citada em 12/2/2001 e contestado no prazo legal. As deliberações da Assembleia Geral foram executadas por escrituras de 27/4/2001 e 11/5/2001 com efeitos, respectivamente, em 1/5/2001 e 1/6/2001.

Já após o encerramento do exercício de 2006, tal como divulgado na nossa informação de

11/01/2007, teve lugar no final de Janeiro do corrente ano um grande passo na reestruturação da rede de retalho próprio, focalizando-se as lojas do grupo nas marcas Vista Alegre e Atlantis e encerrando-se a rede Casa Alegre.

Lisboa, 12 de Abril de 2007 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO __________________________________________________

Bernardo Luís de Azevedo de Vasconcellos e Souza

_________________________________________________

Mário Cristina de Sousa

representante de Caixa Desenvolvimento SGPS, SA

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_________________________________________________

Segismundo Pedro de Saldanha Ferreira Pinto Basto

_________________________________________________

José Fernandes Baeta

_________________________________________________

Lázaro Ferreira de Sousa

__________________________________________________

Maria do Carmo Guedes Antunes de Oliveira

representante da INTER-RISCO – Sociedade de Capital de Risco, SA

_________________________________________________

Eugénia Margarida Dias Antunes da Cunha

__________________________________________________

João Maria Teixeira

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Demonstrações Financeiras Consolidadas

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2006

(103 €)

31-12-2006 31-12-2005IFRS IFRS

Activo:Não Corrente:

Activos fixos tangíveis 5 56.401 60.279Activos fixos intangíveis 6 9.325 9.511Investimentos financeiros 7 449 494Impostos diferidos activos 8 12.354 20.874

Total dos Activos não Correntes 78.528 91.158Corrente:

Existências 9 42.735 48.056Clientes e acréscimos de proveitos 10 14.281 14.393Devedores e despesas antecipadas 10 1.752 9.260Caixa e seus equivalentes 11 426 325

Total das Activos Correntes 59.193 72.034TOTAL DOS ACTIVOS 137.722 163.192

Capital Próprio:Capital 12 29.008 53.955Prestações suplementares e outros instrumentos de capital 38.182Acções próprias 12 -2 -2Prémios de emissão de acções 12 19.258Reservas e resultados transitados 13 -48.661 -70.051Resultado líquido consolidado -13.659 -18.325Interesses minoritários 107 107

Total do Capital Próprio 4.975 -15.058 Passivo:

Não Corrente:Empréstimos e descobertos bancários 14 49.953 11.128Credores e acréscimos de custos 15 1.533 690Provisões para outros riscos e encargos 16 3.912 48Provisões para pensões de reforma 16 2.573 2.747Impostos diferidos passivos 8 8.911 8.985

Total dos Passivos não Correntes 66.883 23.598Corrente:

Instituições de crédito 14 32.492 117.638Fornecedores 15 13.226 14.423Credores e acréscimos de custos 15 19.619 21.415Proveitos diferidos 528 1.176

Total dos Passivos Correntes 65.864 154.652TOTAL DOS PASSIVOS 132.747 178.250PASSIVOS + CAPITAL PRÓPRIO 137.722 163.192

NotasRubricas

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Demonstração Consolidada dos Resultados

(103 €)

2006 2005IFRS IFRS

Vendas e prestações de serviços 4 75.961 79.591 Custo das mercadorias e matérias consumidas -20.580 -22.173 Variação da produção -503 -602

Margem Bruta 54.879 56.816 Fornecimentos e serviços externos -18.640 -20.240 Custos com o pessoal 17 -33.410 -37.443 Amortizações do exercício e Ajustamentos -12.121 -10.229 Provisões do exercício -3.210 -1.104 Outros custos e perdas operacionais 18 -3.305 -4.573 Trabalhos para a própria empresa 90 Outros proveitos e ganhos operacionais 18 3.830 3.530

Resultados operacionais -11.888 -13.243Resultados financeiros 19 -4.584 -7.659Resultados antes de impostos -16.471 -20.902

Imposto sobre o rendimento 20 2.812 2.572Resultados depois de impostos -13.659 -18.330

Interesses minoritários 5Resultados consolidados do exercício -13.659 -18.325

Rubricas Notas

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Demonstração Consolidada de Alterações no Capital Próprio

(103 €)

Rubricas Capital Acções próprias

Prestações Suplementares

Prémios emissão acções

Interesses minoritários

Reservas e resultados transitados

Resultado líquido

consolidadoTotal

Saldo Dezembro 2004 53.955 -2 0 19.258 118 -50.565 -13.829 8.935

Aplicação resultado líquido 2004 -13.829 13.829 0

Ajust. Diferenç. justo valor dos activos 3.465 3.465

Anulaç. Imp. Dif. activos de prej. fiscais -10.226 -10.226

Ajust. interesses minoritários -11 -11

Outras variações 1.104 1.104

Resultado líquido consolidado -18.325 -18.325

Saldo Dezembro 2005 53.955 -2 0 19.258 107 -70.051 -18.325 -15.058

Aplicação resultado líquido 2005 -18.325 18.325 0

Ajust. Diferenç. justo valor dos activos 2.300 2.300

Anulaç. Imp. Dif. activos de prej. fiscais -11.080 -11.080

Utilização das Reservas e prémios para Cobertura de Prejuízos -19.258 19.258 0

Redução de Capital mediante a extinção de 36.765.094 acções -36.765 36.765 0

Aumento de Capital e Prestações Suplementares (por entradas em espécie, através da conversão de créditos bancários) 11.818 38.182 50.000

Anulação de dívida da Libbey ( Venda Crisal) -7.143 -7.143Provisão para o capital próprio da VA Alemanha -897 -897

Resultado líquido consolidado -13.659 -13.659

Saldo final Dezembro 2006 29.008 -2 38.182 0 107 -48.661 -13.659 4.975

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Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

(103 €)

1. ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientes 84.848 92.716Pagamentos a fornecedores -43.499 -53.174Pagamentos ao pessoal -33.778 -37.919

Fluxos gerados pelas operações 7.571 1.623Pagamentos/recebimentos de IRC -98 -84Outros pagamentos/recebimentos operacionais -5.615 -1.082

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 1.858 457Recebimentos de rubricas extraordinárias 19 178Pagamentos de rubricas extraordinárias -844 -825 -244 -66

Fluxos gerados pelas actividades operacionais 1.033 391 2. ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 18.277Imobilizações corpóreas 1.039 2.851Juros e proveitos similaresSubsídios ao investimento 522 1.561 4 21.132

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeiros -1.510Imobilizações corpóreas -2.337 -3.130Imobilizações incorpóreas -3.846 -198 -3.328

Fluxos gerados pelas actividades de investimento -2.286 17.804 3. ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:Empréstimos obtidos 8.485 71.651Aumentos de capital, prest.supl. 50.000

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos -54.844 -84.938Amortização de contratos de locação financeira -618Juros e similares -2.288 -57.131 -5.303 -90.859

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento 1.354 -19.208 4. VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 101 -1.013 5. EFEITO DAS DIFERENÇAS CAMBIAIS 6. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES INICIAIS 325 1.338 7. ALTERAÇÃO DO UNIVERSO DA CONSOLIDAÇÃO 8. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES FINAIS 426 325

Ano 2006Rubricas Ano 2005

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Os valores encontram-se expressos em milhares de euros, excepto nos casos indicados

1. Informação Geral

O Grupo Vista Alegre Atlantis (Grupo) é constituído pela VAA – Vista Alegre Atlantis, S.G.P.S., S.A. (VAA - SGPS, SA) e empresas subsidiárias. A VAA - SGPS, SA, foi constituída em 1980, sob a forma de sociedade por quotas, com a firma Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, Lda. A Sociedade tinha por objecto o exercício da indústria de porcelanas e outros produtos cerâmicos. Esta actividade era já exercida desde 1824 por outra empresa do Grupo, a qual, naquela data e por razões de reestruturação, decidiu autonomizar determinadas áreas de negócio. A partir de finais de 1987, a Empresa passou a estar cotada nas Bolsas de Valores de Lisboa e Porto. Em 2001, em conformidade com as deliberações tomadas em Assembleia Geral de accionistas de 9 de Janeiro de 2001, foram concretizadas as operações de cisão-fusão que haviam sido projectadas: o destaque das participações sociais detidas pela VA GRUPO – Participações, SA e pela

Empresa Electro Cerâmica, SA, para a VISTA ALEGRE - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A.; o destaque das participações sociais detidas pela Cerexport - Cerâmica de Exportação, SA,

para a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, hoje VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A; a transformação da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, em sociedade gestora de

participações sociais e a alteração da sua designação social para VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA;

o aumento do capital social da Porcelanas da Quinta Nova, S.A, subscrito pela VAA - Vista

Alegre Atlantis, SGPS, SA e realizado com a entrega dos bens activos e passivos desta afectos à sua actividade industrial e comercial, e a alteração da sua designação social para Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A;

a fusão da VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, da Cristais Atlantis, SGPS, S.A e da Vista

Alegre - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A, absorvendo a VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, as duas segundas.

A VAA - SGPS, SA, tem como objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas, as quais consistem na produção, distribuição venda de artigos de porcelana, faiança, louça de forno, cristal e vidro manual, através de uma rede própria de retalho, de retalhistas e distribuidores independentes. O Grupo possui unidades produtivas em Portugal e vende maioritariamente em países da zona Euro, em especial em Portugal, Espanha e França. A VAA - SGPS, SA, tem a sua sede no Largo Barão de Quintela, 3 – 1º, 1200-046, Lisboa.

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Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 12 de Abril de 2006 e serão apresentadas à Assembleia Geral de accionistas convocada para o dia 29 de Maio de 2006. A Empresa tem as suas acções cotadas na Bolsa de Valores do mercado oficial da Euronext Lisbon. 2. Resumo das principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo. 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras consolidadas da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia. A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de algumas estimativas contabilísticas importantes. Também requer que a Administração exerça o seu julgamento no processo de aplicação das políticas contabilísticas da Empresa. As áreas envolvendo um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas onde as premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão descritas na Nota 4. 2.2 Consolidação (a) Subsidiárias Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem o poder de decisão acerca das políticas financeiras e operacionais. Não existem direitos de voto potenciais que sejam exercíveis ou convertíveis. As subsidiárias são consolidadas a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo. É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição das subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição, mais os custos directamente atribuíveis à aquisição. Os activos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial, são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses minoritários. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos activos líquidos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida directamente na Demonstração dos Resultados. As transacções internas, saldos e ganhos não realizados em transacções entre empresas do grupo, são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção

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revelar evidência de imparidade de um activo transferido. As políticas contabilísticas de subsidiárias são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. 2.3 Relato por segmentos Um segmento de negócio é um grupo de activos e operações envolvidos na criação e no fornecimento de produtos ou serviços sujeitos a riscos e benefícios que são diferentes de outros segmentos de negócio. Um segmento geográfico está envolvido em fornecer produtos ou serviços num ambiente económico particular que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles dos segmentos que operam em outros ambientes económicos. 2.4 Conversão cambial (a) Moeda Funcional e de Apresentação Os elementos incluídos nas Demonstrações Financeiras de cada uma das entidades do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (“A moeda funcional”). As Demonstrações Financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de apresentação do Grupo. (b) Transacções e Saldos As transacções em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transacções. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transacções e da conversão pela taxa à data do balanço dos activos e dos passivos monetários denominados em moeda diferente do euro, são reconhecidos na Demonstração dos Resultados, excepto quando diferidos em Capital Próprio, se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa ou como cobertura de investimento líquido. As diferenças de conversão em elementos não monetários, tais como investimentos detidos ao justo valor através de resultados, são reportadas como parte dos ganhos ou perdas do justo valor. As diferenças de conversão em elementos não monetários, tais como investimentos classificados como activos financeiros disponíveis para venda, são incluídas na reserva de justo valor nos capitais próprios. 2.5 Activos Fixos Tangíveis Os terrenos e edifícios compreendem essencialmente fábricas, lojas de retalho e escritórios. São apresentados ao justo valor, com base em avaliações periódicas anuais, efectuadas por avaliadores externos independentes, menos depreciação subsequente, para os edifícios. A depreciação acumulada à data da reavaliação é eliminada do valor bruto do activo e o valor líquido passa a reflectir o valor reavaliado. Os demais activos fixos tangíveis são apresentados ao custo histórico, menos depreciação, ou ao custo histórico com as reavaliações legais, menos depreciação. O custo histórico inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à aquisição dos bens. Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos

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fluirão para a empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos. Os aumentos na quantia escriturada de um activo em resultado da reavaliação de terrenos e edifícios são creditados em Outras Reservas no capital próprio. As diminuições que compensem aumentos anteriores do mesmo activo são levadas à mesma rubrica em que foram registados os aumentos; as restantes diminuições são reconhecidas como gasto do período. Anualmente, a diferença entre a depreciação baseada na quantia escriturada reavaliada do activo levada a gastos do período e a depreciação baseada no custo original do activo, é transferida da reserva de justo valor para resultados retidos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação dos outros activos é calculada pelo método das quotas constantes por duodécimos sobre o valor de custo ou de reavaliação, de forma a alocar o seu custo ou valor reavaliado ao seu valor residual, em função da sua vida útil estimada, como segue:

Rubrica Anos Edifícios e Outras Construções 20 – 25 Equipamento Básico 5 – 10 Equipamento de Transporte 4 – 8 Ferramentas e Utensílios 3 – 6 Equipamento Administrativo 4 – 8

O processo de depreciação inicia-se no mês em que o bem entrou em funcionamento. Os valores residuais dos activos, as vidas úteis e os métodos de amortização são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do activo, procede-se imediatamente ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos como rendimentos ou gastos na demonstração dos resultados. Quando são vendidos bens reavaliados, o montante incluído em outras reservas é transferido para lucros retidos. 2.6 Activos Intangíveis a) Goodwill O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos identificáveis da subsidiária/associada na data de aquisição. O goodwill de aquisições de subsidiárias é incluído nos activos intangíveis. O goodwill é sujeito a testes de imparidade, numa base anual, sendo apresentado ao custo, deduzido de perdas de imparidade acumuladas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do goodwill referente à mesma.

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O goodwill é alocado às unidades geradoras de fluxos de caixa para realização dos testes de imparidade. Cada uma dessas unidades geradoras de fluxos de caixa representa um segmento de negócio (Nota 6). b) Marcas e licenças As marcas e licenças são apresentadas ao custo histórico. As marcas e licenças têm uma vida útil indefinida e são apresentadas ao custo histórico sem amortizações. O valor da marca Cristal Sévres foi alocado à unidade geradora de fluxos de caixa do segmento de negócio do cristal para realização dos testes de imparidade. c) Direitos de Ingresso

Os direitos de ingresso das lojas em centros comerciais são apresentados ao seu custo histórico e são amortizados pelo período de duração dos respectivos contratos. d) Trespasses de Lojas Os trespasses de lojas, com vida útil indefinida, não são amortizados, sendo que, o valor dos trespasses foi alocado à unidade geradora de fluxos de caixa do segmento de negócio da porcelana para realização dos testes de imparidade. 2.7 Existências As existências encontram-se valorizadas de acordo com os seguintes critérios: a) Mercadorias e matérias-primas As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio. b) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o valor realizável líquido e o custo de standard, o qual se aproxima do valor que resultaria da valorização ao custo de produção. c) Imóveis Os imóveis para venda incluídos em existências estão apresentados pelos valores de mercado. 2.8 Contas a receber de clientes e outros devedores As contas a receber de clientes e outros devedores são registadas ao custo histórico e ajustadas pelos valores considerados necessários. O valor de, eventuais, ajustamentos das dívidas a receber é reconhecido na demonstração dos resultados.

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2.9 Caixa e equivalentes de caixa O caixa e seus equivalentes incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica “Instituições de crédito”. 2.10 Capital social Todo o capital social é representado por acções ordinárias que são classificadas no capital próprio. 2.11 Empréstimos obtidos Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transacção incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado (dívidas de médio e longo prazo); qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transacção) e o valor amortizado é reconhecida na demonstração de resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efectiva. Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, excepto nos casos em que o Grupo possui um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.12 Impostos diferidos Os impostos diferidos são reconhecidos na globalidade, usando o método do passivo sobre diferenças temporárias provenientes da diferença entre a base fiscal de activos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, se o imposto diferido surge pelo reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração empresarial, que à data da transacção não afecta nem o resultado contabilístico nem o resultado fiscal, o mesmo não é contabilizado. Os impostos diferidos são determinados pelas taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data do balanço e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do imposto diferido activo ou de liquidação do imposto diferido passivo. De acordo com a legislação em vigor, considerámos a taxa de IRC de 25% e, nas situações não ligadas a reporte fiscal, uma derrama de 1,5% sobre o valor dos entes que originaram activos ou passivos por impostos diferidos. Os impostos diferidos activos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para utilização da diferença temporária. São reconhecidos impostos diferidos em diferenças temporárias originadas por investimentos em subsidiárias e associadas, excepto quando o Grupo seja capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária e seja provável que a diferença temporária não reverta no futuro previsível.

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2.13 Provisões para pensões de reforma Algumas empresas do Grupo possuem esquemas de pensões atribuídos a antigos funcionários, na forma de um plano de benefício definido, sendo este um plano de pensões que define o montante de benefício de pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais factores, como a idade, anos de serviço e remuneração. O passivo reconhecido no balanço relativamente a plano de benefícios definidos é o valor presente da obrigação do benefício definido à data de balanço, deduzido do justo valor dos activos do plano, juntamente com ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais não reconhecidos e custo de serviços passados. A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por actuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projectada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto das saídas de caixa futuras, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida. Ganhos e perdas actuariais resultantes de ajustamentos em função da experiência e alterações nas premissas actuariais são reconhecidos na demonstração de resultados durante o período médio remanescente dos anos de serviço dos empregados no activo. Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos em resultados, excepto se as alterações no plano de pensões são condicionadas pela permanência dos empregados em serviço por um determinado período de tempo (o período que qualifica para o benefício). Neste caso, os custos de serviços passados são amortizados numa base de linha recta ao longo do período em causa. Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários actuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor actual. 2.14 Provisões para outros riscos e encargos As “provisões para outros riscos e encargos” existentes referem-se, basicamente, a custos com encerramento de lojas em Janeiro de 2007 (2,1 milhões de euros) e à situação líquida negativa da Vista Alegre GmbH (1,8 milhões de euros). Este tipo de custos é reconhecido quando o Grupo tem uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados. O grupo considera que é provável que um exfluxo de recursos seja necessário para liquidar a obrigação, e consequentemente procedeu a uma estimativa do montante a pagar. Quando há um número de obrigações similares, a probabilidade de gerar um exfluxo é determinada em conjunto. A provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de exfluxo relativamente a um elemento incluído na mesma classe de obrigações possa ser reduzida.

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2.15 Reconhecimento do rédito O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos e após eliminação das vendas internas. O rédito é reconhecido como segue: a) Venda de bens – grosso A venda de bens é reconhecida quando os produtos são entregues ao cliente, este os aceita e a cobrança das respectivas contas a receber esteja razoavelmente assegurada. A empresa tem acordado com alguns clientes uma percentagem de rappel que depende do volume de compras anual e do prazo de pagamento das mesmas. Com base nas taxas acordadas, a empresa estima no momento da venda, o valor a processar trimestral com acerto anual. b) Venda de bens – retalho

A venda de bens é reconhecida quando o produto é vendido ao cliente. As vendas a retalho são normalmente efectuadas a dinheiro ou com cartão de crédito. O rédito a reconhecer é o valor bruto da venda e as despesas de utilização de cartões de crédito a pagar pela transacção.

c) Juros Os juros são reconhecidos em função da proporção do tempo decorrido e do rendimento efectivo do activo. 2.16 Locações As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos riscos e benefícios inerentes à posse for retida pelo locador. Os pagamentos efectuados em locações operacionais são reflectidos na demonstração dos resultados pelo método linear, pelo período da locação. Locações de activos tangíveis onde o Grupo tem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade são classificadas como locações financeiras. As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do activo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Cada pagamento efectuado é segregado entre o passivo em dívida e o encargo financeiro, de forma a se obter uma taxa constante sobre a dívida em aberto. As obrigações da locação, líquidas de encargos financeiros são incluídas em Outros passivos não correntes, excepto a componente de curto prazo. A parcela dos juros é levada a gastos financeiros no período da locação de forma a produzir uma taxa constante periódica de juros sobre a dívida remanescente em cada período. 2.17 Subsídios do Governo Os subsídios do Governo são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe uma segurança razoável que o subsídio será recebido e o Grupo cumprirá as obrigações inerentes. Os subsídios do Governo relativos a gastos são diferidos e reconhecidos na Demonstração dos Resultados pelo período necessário para os balancear com os gastos que eles se destinam a compensar.

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Os subsídios do Governo relativos à compra de activos tangíveis são incluídos nos passivos não-correntes como subsídios do Governo diferidos e são creditados na Demonstração dos Resultados numa base linear pelo período esperado de vida dos activos correspondentes. 3. Estimativas contabilísticas importantes e julgamentos As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros factores, incluindo expectativas sobre eventos futuros que se acredita serem razoáveis nas circunstâncias em causa.

3.1 Estimativas contabilísticas e premissas importantes O grupo efectua estimativa e premissa sobre o futuro. A contabilização resultante das estimativas raramente irá, por definição, corresponder aos resultados reais relatados. As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos activos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo: a) Estimativa de imparidade do goodwill O Grupo testa anualmente se existe ou não imparidade do goodwill, de acordo com a política contabilística indicada na Nota 2.6. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas (Nota 6). b) Impostos sobre o Rendimento O Grupo está sujeito a Impostos sobre o Rendimento em diversas jurisdições. É necessário julgamento significativo para determinar a estimativa de imposto sobre rendimento numa base global. Há inúmeras transacções e cálculos, para as quais, a determinação final dos impostos é incerta durante o curso normal dos negócios. O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam ser provenientes de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final dessas inspecções fiscais é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas. c) Benefícios de pensões O valor presente da obrigação de pensões depende de vários factores, determinados numa base actuarial, usando várias premissas. As premissas usadas na determinação do custo líquido de pensões inclui a taxa de retorno esperada de longo prazo sobre os activos relevantes do plano e a taxa de desconto. As alterações nestas premissas terão impacto no valor contabilístico das obrigações de pensões.

A taxa esperada de retorno sobre os activos do plano foi determinada numa base uniforme, levando em consideração os retornos históricos de longo prazo, alocação de activos e estimativas futuras de retornos de investimentos a longo prazo.

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O Grupo determina a taxa de desconto apropriada no fim de cada exercício, a qual corresponde à taxa de juro que deveria ser usada para determinar o valor presente dos pagamentos estimados para liquidar as obrigações de pensões. Na determinação da taxa apropriada de desconto, o Grupo considera as taxas de juro das obrigações de elevada qualidade denominadas na moeda na qual os benefícios serão pagos e com prazos de vencimento que se aproximem dos prazos da correspondente obrigação de pensões.

Outras premissas chave para as obrigações de pensões são baseadas parcialmente em condições correntes de mercado. Na nota 16 apresenta-se informação adicional. d) Encargos com Férias a Pagar Com base nos quadros de pessoal à data de encerramento das contas, nos respectivos salários, na revisão salarial prevista e nos encargos sociais aplicáveis, o Grupo estima a verba a pagar referente a direitos a férias adquiridos até à data de encerramento das contas. 4. Informação por segmentos Segmento de negócio Segmento de negócio é um componente distinguível do Grupo, comprometido em fornecer um produto ou serviço individual, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio. O segmento de negócios é o segmento principal. Segmento geográfico Segmento geográfico é uma área individualizada do Grupo comprometida em fornecer produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeita a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos. O segmento geográfico é o segmento secundário. Reporte por segmentos A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos geográficos e de negócio do Grupo. Os resultados, activos e passivos de cada segmento correspondem àqueles que lhes são directamente atribuíveis assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos. A 31 de Dezembro de 2006, o Grupo está organizado numa base mundial em cinco segmentos de negócio principais:

(1) Porcelana (2) Faiança (3) Louça de Forno (4) Cristal / vidro manual (5) Imobiliário

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4.1 Volume de negócios 4.1.1 Informação por segmento de negócio A repartição do volume de negócios por segmento de negócio e zonas geográficas a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é a seguinte: Por segmento de negócio:

31 de Dezembro de 2005Porcelana Faiança Louça de

FornoCristal/vidro

manual Imobiliário Total

Vendas brutas por segmento 44.473 6.100 7.115 21.902 79.591

Vendas entre segmentos 0Vendas 44.473 6.100 7.115 21.902 0 79.591

31 de Dezembro de 2006Porcelana Faiança Louça de

FornoCristal/vidro

manual Imobiliário Total

Vendas brutas por segmento 43.350 4.772 7.380 20.459 75.961

Vendas entre segmentos 0Vendas 43.350 4.772 7.380 20.459 0 75.961

4.1.2 Informação por zona geográfica Os cinco segmentos de negócio do Grupo operam em três grandes áreas geográficas, apesar de serem geridos à escala mundial. As vendas são distribuídas com base no país em que se localiza o cliente:

Volume de negócios por zona geográfica31.12.2006 31.12.2005

Portugal 45.110 46.874Resto Europa 26.518 26.713Outros 4.333 6.004

75.961 79.591

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4.2 Outra Informação por segmento de negócio Os resultados por segmento de negócio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2006 são:

Porcelana Faiança Louça de Forno

Cristal/vidro manual Imobiliário Outros não

imputados Total

Lucro operacional -3.811 -1.117 -1.513 -4.656 -2.146 -13.243Gastos financeiros líquidos (Nota 25) -3.727 -424 -602 -1.960 -946 -7.659Quota-parte do lucro de associadas (Nota 8)Lucro antes de imposto sobre o rendimento -7.538 -1.541 -2.115 -6.616 -3.092 0 -20.902Imposto sobre o rendimento 2.572 2.572Interesses minoritários 5 5Resultado líquido do exercício -7.538 -1.541 -2.115 -6.616 -3.092 5 -18.325

Porcelana Faiança Louça de Forno

Cristal/vidro manual Imobiliário Outros não

imputados Total

Lucro operacional -1.666 -1.987 -1.022 -5.455 -1.759 -11.888Gastos financeiros líquidos (Nota 25) -2.212 -247 -280 -1.205 -639 -4.584Quota-parte do lucro de associadas (Nota 8)Lucro antes de imposto sobre o rendimento -3.877 -2.234 -1.301 -6.661 -2.398 0 -16.471Imposto sobre o rendimento 2.812 2.812Interesses minoritários 0Resultado líquido do exercício -3.877 -2.234 -1.301 -6.661 -2.398 0 -13.659

31 de Dezembro de 2005

31 de Dezembro de 2006

Outros elementos por segmento de negócio incluídos na demonstração dos resultados são os seguintes:

Porce lana Faiança Louça de Forno

Cr is tal/vidro m anual

Im obiliário Total

Depreciações 6.370 571 896 2.146 42 10.025Amortizações 121 5 10 68 204

Porce lana Faiança Louça de Forno

Cr is tal/vidro m anual

Im obiliário Total

Depreciações 5.985 337 815 1.782 29 8.948Amortizações 93 5 6 19 123

31 de Dezem bro de 2005

31 de Dezem bro de 2006

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As transferências ou transacções entre segmentos são realizadas nos termos comerciais normais e nas condições aplicáveis a terceiros independentes. Os activos, passivos e investimentos dos segmentos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2006 são:

Porcelana Faiança Louça de Forno

Cristal/vidro manual Imobiliário Outros não

imputados Total

Activos 68.175 10.779 13.572 29.673 19.624 141.824

Invest.Financeiros 494 494

Imp. Dif.Activos 20.874 20.874

Total activos 68.175 10.779 13.572 29.673 19.624 21.368 163.192Passivos Operacionais 21.595 3.066 3.704 11.133 1.001 40.499

Outros Passivos 137.751 137.751

Total passivos 21.595 3.066 3.704 11.133 1.001 137.751 178.250Investimentos 1.365 122 201 535 11 2.234

Porcelana Faiança Louça de Forno

Cristal/vidro manual Imobiliário Outros não

imputados Total

Activos 57.594 9.998 12.288 26.623 18.416 124.919

Invest.Financeiros 449 449

Imp. Dif.Activos 12.354 12.354

Total activos 57.594 9.998 12.288 26.623 18.416 12.803 137.722Passivos Operacionais 21.139 3.106 3.837 12.630 679 41.390

Outros Passivos 91.357 91.357

Total passivos 21.139 3.106 3.837 12.630 679 91.357 132.747Investimentos 1.512 24 38 1.168 50 2.792

31 de Dezembro de 2005

31 de Dezembro de 2006

Os activos dos segmentos incluem, principalmente, activos fixos tangíveis, activos intangíveis, existências, contas a receber e disponibilidades. São excluídos impostos diferidos e investimentos financeiros. Os passivos dos segmentos correspondem a passivos operacionais. Excluem elementos como impostos e empréstimos. Os investimentos compreendem adições aos activos fixos tangíveis (Nota 5), incluindo adições resultantes de aquisições através de concentrações empresariais.

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Total dos activos por zona geográfica

31.12.2006 31.12.2005Portugal 130.734 155.674Resto Europa 6.988 7.517Outros

137.722 163.192

Total dos investimentos por zona geográfica31.12.2006 31.12.2005

Portugal 2.507 1.998Resto Europa 285 236Outros 0

2.792 2.234

Notas ao Balanço Consolidado

5. Activos fixos tangíveis

Terrenos e edifícios

Equip transp e Equip. Básico

Ferra.Utens.

Eq. AdministOutras

imobiliz. Imob.curso Adiantam. Total

31 de Dezembro de 2005Valor líquido inicial 39.470 18.836 2.546 1.348 3.266 0 65.466Reavaliações ( ajuste justo valor ) 4.779 -410 4.369Adições 233 1.477 247 134 143 2.234Alienações e abates valor líquido -1.714 -596 -89 -10 -2.409Transferências( curso 2004) 135 648 10 -10 -138 644Depreciação exercício -2.946 -6.052 -779 -247 -10.025Valor líquido final 39.957 14.312 1.934 1.215 2.861 0 60.279

Terrenos e edifícios

Equip transp e Equip. Básico

Ferra.Utens.

Eq. AdministOutras

imobiliz.Imob.curso Adiantam. Total

31 de Dezembro de 2006Valor líquido inicial 39.957 14.312 1.934 1.215 2.861 0 60.279Reavaliações ( ajuste justo valor ) 3.207 3.207Adições 129 1.241 253 1.169 2.792Alienações e abates valor líquido -285 -12 -49 -584 -929Transferências( curso 2005) 4 134 3 -141 0Depreciação exercício -2.968 -5.166 -659 -154 -8.948Valor líquido final 40.044 10.509 1.482 477 3.889 0 56.401

Os terrenos e edifícios do Grupo foram reavaliados em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2006, com base em avaliações efectuadas por avaliadores independentes. As avaliações foram efectuadas numa base do valor de mercado. O excedente de reavaliação, líquido dos impostos diferidos aplicáveis, foi creditado em “Outras Reservas”, no capital próprio.

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Se os terrenos e edifícios fossem apresentados ao custo histórico, os valores de balanço seriam:

31-12-2006 31-12-2005Custo Histórico 34.131 35.153Depreciação Acumulada -17.017 -15.902Valor Líquido 17.114 19.251

As rubricas de equipamento básico, transporte e administrativo, incluem os seguintes valores de locações financeiras:

Rubrica Valor de contrato

Amortizações acumuladas

Valor de contrato

Amortizações acumuladas

Equip.básico 1.852 1.192 1.852 921Equip.transporte 28 28 28 26Equip.administrativo 132 132 132 113Total 2.012 1.352 2.012 1.060

31-12-2006 31-12-2005

O valor global com responsabilidades de juros vincendos referentes aos contratos de locação financeira totaliza 24.452,54 euros. 6. Activos fixos intangíveis

GoodwillProprid.

Industrial TrespasseDesp.

Instalação Desp. I&DImob.curso Total

31 de Dezembro de 2005Valor líquido inicial 7.647 1.036 947 4 0 0 9.633Adições 234 234Transferências -149 -4 -153Amortização do exercício (Nota 21) -204 -204Valor líquido final 7.647 918 947 0 0 0 9.511

GoodwillProprid.

Industrial TrespasseDesp.

Instalação Desp. I&DImob.curso Total

31 de Dezembro de 2006Valor líquido inicial 7.647 918 947 0 0 9.511Adições 0Alienações e abates valor líquido -64Transferências 0Amortização do exercício (Nota 21) -123 -123Valor líquido final 7.647 732 947 0 0 0 9.325

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Testes de imparidade do goodwill O Grupo testa anualmente a imparidade no Goodwill, de acordo com o referido na Nota 2.6. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. O goodwill distribuído pelas unidades geradoras de caixa (UGCs) do Grupo identificadas de acordo com o segmento de negócio, não registou alterações relativamente ao ano anterior. A decomposição do goodwill é a seguinte:

GoodwillVAA Espanha 252VAA (ex. Roma) (a) 158VAA (ex. Atlantis) (a) 238VAA (ex. Cerexport) (b) 2.693VAA (ex. FPVA/QN) (a) 1.766VAA (ex Capoa) (b) 2.214VA GMBH 326

7.647 (a) À data de 1 de Janeiro de 2004, o Goodwill pertencente às sociedades Atlantis Roma, Lda, Atlantis-Cristais de Alcobaça, S.A. e Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A. foi incorporado na sociedade Vista Alegre Atlantis, S.A., por fusão das respectivas sociedades. (b) Antes de 1 de Janeiro de 2004, o Goodwill pertencente às sociedades Cerexport-Cerâmica de Exportação, S.A. e Faianças da Capôa – Indústria de Cerâmica, S.A. foi adquirido pela sociedade, actualmente denominada, Vista Alegre Atlantis, S.A. por aquisição dos respectivos negócios. A decomposição do Goodwill por segmento, à data de 31 de Dezembro de 2006, é a seguinte:

Porcelana Faiança Louça do Forno

Cristal/Vidro manual Total

Portugal 1.766 2.214 2.693 396 7.069Resto da Europa 578 578

2.344 2.214 2.693 396 7.647

O valor recuperável de uma UGC é determinado com base nos cálculos do valor de uso. Esses cálculos utilizam projecções de fluxos de caixa baseadas em orçamentos financeiros aprovados pela Administração, cobrindo um período de 5 anos. As previsões têm vindo a ser utilizadas para a análise de cada UGC (segmento de negócio). A Administração determina a margem bruta orçada com base na performance passada e nas suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. A taxa de crescimento média ponderada utilizada é consistente com as previsões incluídas nos relatórios da indústria. As taxas de desconto utilizadas são antes de impostos e reflectem riscos específicos relacionados com os segmentos relevantes.

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7. Investimentos financeiros A rubrica Investimentos Financeiros é constituída por pequenos investimentos em empresas que não são consideradas empresas associadas, tendo sido classificadas como activos financeiros disponíveis para venda. A composição da rubrica de investimentos financeiros é a seguinte:

Investimentos financeios 31-12-2006 31-12-2005Cincominas 175 175Duofil Lda 249 249Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro 6 6Lusitánia Gás SA 7 7ROL 2 2COTEC 45Outras participações 10 10

449 494

8. Impostos diferidos Os impostos diferidos activos e passivos decompõem-se como segue:

31-12-2006 31-12-2005Impostos diferidos activos:

- Imposto diferido activo recuperável a mais de 12 meses 12.354 20.87412.354 20.874

Impostos diferidos passivos:- Imposto diferido passivo revertível a mais de 12 meses 8.911 8.985

8.911 8.985

Os movimentos brutos nos impostos diferidos activos durante o ano foram os seguintes: Activos por impostos diferidos 31-12-2006 31-12-2005Início do ano 20.874 29.179Impacto da variação das provisões e ajustamentos não aceites como custo fiscal -680 -1.462Impacto da variação das amortizações não aceites como custo fiscal -58 -1.055Impacto da variação do reporte de prejuízos fiscais -7.782 -5.788Final do ano 12.354 20.874

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Os movimentos brutos nos impostos diferidos passivos durante o ano foram os seguintes: Passivos por impostos diferidos 31-12-2006 31-12-2005Início do ano 8.985 9.331Variação do imposto registado em capital próprio(Reavaliação de imóveis) -636 -411Impacto da eliminação de amortizações fiscais 562 65Final do ano 8.911 8.985

Os movimentos nos impostos diferidos activos e passivos durante o ano, tendo em conta as suas respectivas naturezas, são os seguintes:

Impostos diferidos activos:

Provisões e Ajust. não

aceites como custo fiscal

Amortizações não aceites como

custo fiscal

Reporte de Prejuízos Total

Em 1 de Janeiro de 2005 7.647 1.324 20.208 29.179Creditado (debitado) na demonstração de resultados 68 -654 2.512 1.926Movimentação rubrica de capital próprio -1.530 -401 -8.300 -10.231Em 31 de Dezembro de 2005 6.185 269 14.420 20.874

Creditado (debitado) na demonstração de resultados 1384 -58 1.952 3.278Movimentação rubrica de capital próprio -2.064 -9.734 -11.798Em 31 de Dezembro de 2006 5.505 211 6.638 12.354

Impostos diferidos passivos Reavaliação de imobilizado

Eliminação de amortizações

fiscaisTotal

Em 1 de Janeiro de 2005 9.102 229 9.331Creditado (debitado) na demonstração de resultados -759 65 -694Movimentação rubrica de capital próprio 348 0 348Em 31 de Dezembro de 2005 8.691 294 8.985

Creditado (debitado) na demonstração de resultados -649 -649Movimentação rubrica de capital próprio 13 562 575Em 31 de Dezembro de 2006 8.055 856 8.911

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2009 2010 2011 2012 Total2003 2.229 2.229 2.2292004 3.411 3.411 3.4112005 14.790 14.790 14.7902006 7.538 7.538 7.538

27.968 2.229 3.411 14.790 7.538 27.968

Ano limite de utilização

Reporte fiscal que originou Activos por Impostos Diferidos(IRC=25%)

Ano de origem

Prejuízo fiscal

Não obstante a dimensão dos prejuízos acumulados, a Administração considera que, no âmbito da consolidação fiscal e tendo em conta a reestruturação em curso, existem fundadas expectativas de que o valor de prejuízos fiscais que deram origem a activos por impostos diferidos possam vir a ser deduzidos aos lucros tributáveis dos próximos exercícios, isto é, até 2012 .

9. Existências

Activo Bruto Ajustamentos Activo Liquido Activo Bruto Ajustamentos Activo

LiquidoMercadorias 2.730 -750 1.980 3.587 -425 3.162Mercadorias – Imóveis 18.416 18.416 19.624 0 19.624Matérias-Primas 3.795 -995 2.801 3.745 -491 3.254Produtos em curso de fabrico 640 640 696 0 696Produtos acabados 24.275 -5.377 18.899 24.960 -3.641 21.319

49.857 -7.121 42.735 52.613 -4.557 48.056

31-12-200531-12-2006

O custo das existências vendidas e matérias consumidas reconhecido na demonstração dos resultados, em 2006 e 2005, totalizou 20.580 e 22.173 milhares de euros, respectivamente. A rubrica de Mercadorias inclui, à data de 31 de Dezembro de 2006, 18.416 milhares de euros relativos a imóveis não afectos à produção e destinados a venda (em 31 de Dezembro de 2005: 19.624 milhares de euros).

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10. Clientes e Acréscimos de proveitos Devedores e Despesas antecipadas

31-12-2006 31-12-2005Clientes e acréscimos de proveitos 14.281 14.393Devedores e depesas antecipadas 1.752 9.260

16.033 23.653

31-12-2006 31-12-2005Contas a receber de clientes e outros devedores 22.292 31.100

Menos: ajustamentos de contas a receber -6.759 -7.837Contas a receber de clientes e outros devedores-líquido 15.533 23.263Pagamentos antecipados 492 382Contas a receber de partes relacionadas 8 7

16.033 23.653

Clientes e Acréscimo de Proveitos Valor Bruto Provisões Valor Líquido Valor Bruto Provisões Valor LíquidoClientes, c/c 14.343 892 13.451 15.190 1.518 13.672Clientes, c/ letras 212 212 322 322Clientes cobrança duvidosa 1.595 1.595 0 814 814 0Acrésc. proveitos - Fundo Pensões 527 527 268 268Juros a receber IAPMEI 74 74 32 32Comparticipação Coelima 100 100Outros Acréscimos de proveitos 18 18

16.769 2.487 14.281 16.725 2.332 14.393

31-12-2006 31-12-2005

Devedores e despesas antecipadas 31-12-2006 31-12-2005Libbey Europe (Comprador da Crisal) 7.143Euroinsulators (Comprador da Cerisol) 250Adiantamentos de fornecedores 313 112Cauções diversas 29 11Adiantamentos s/Remunerações 5 48Estado e outros entes públicos 524 557Associadas 8 7Custos diferidos 492 382Outros devedores 380 750

1.752 9.260

11. Caixa e seus equivalentes

31-12-2006 31-12-2005Depósitos à ordem e Caixa 417 321Aplicações de tesouraria 9 4

426 325

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12. Capital Acções próprias Prémios de emissão de acções O número total autorizado de acções ordinárias é de 145.039.990 acções escriturais com valor nominal de € 0,20 por acção. Todas as acções emitidas se encontram realizadas.

Acções Acções Acções Acções Nº de acções ordinárias ordinárias próprias próprias Total

(milhares) VN Prémio VN PrémioEm 01 de Janeiro de 2005 53.955 53.955 19.258 -1 -1 73.211Em 31 de Dezembro de 2005 53.955 53.955 19.258 -1 -1 73.211Em 31 de Dezembro de 2006 145.040 29.008 0 -1 -1 29.006

No exercício de 2006, a Sociedade não adquiriu nem vendeu acções próprias detendo em carteira, em 31/12/2006, 1.100 acções próprias, valorizadas ao preço de € 1,68 cada. Assim, o prémio pago foi de € 1,48 por acção. O montante total pago para aquisição das acções, foi de € 1.854,00 e foi deduzido ao capital próprio. 13. Reservas e resultados transitados O movimento ocorrido nas rubricas de reservas e resultados foi o seguinte:

Resultados

Anos Anteriores

Reavaliação de terrenos e edifícios

Reserva Legal

Outras Resevas

Ajustamentos Parte Capital Total

Saldo em 01 de Janeiro de 2005 -80.151 31.277 3.112 880 -5.683 -50.565Resultado ano anterior -13.829 -13.829Anulação de impostos diferidos activos -10.226 -10.226Reavaliação de terrenos e edificios 3.465 3.465

Outras -4.579 5.683 1.104Saldo em 31 de Dezembro de 2005 -108.785 34.742 3.112 880 0 -70.051Resultado ano anterior -18.325 -18.325

Util.Reservas p/ e prémios p/cobertura de prejuízos 23.250 -3.112 -880 19.258

Redução de capital mediante a extinção de acções 36.765 36.765Anulação de impostos diferidos activos -11.080 -11.080Anulação da dívida da Libbey -7.143 -7.143Reavaliação de terrenos e edificios 2.300 2.300Provisão para o capital próprio da VA - Alemanha -897 -897Outras 512 512Saldo em 31 de Dezembro de 2006 -85.703 37.042 0 0 0 -48.661

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14. Empréstimos e descobertos bancários Em 31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, os empréstimos e os descobertos bancários, tinham a seguinte expressão:

Os subsídios reembolsáveis, incluídos em outros empréstimos, resultam de contratos de projectos de investimento financiados por fundos comunitários e nacionais, tendo vários prazos de reembolso previstos. Em Fevereiro de 2006, foi anunciado o contrato celebrado com os Bancos referente aos princípios orientadores da reestruturação da dívida do grupo. Assim, as datas de vencimento de todos os empréstimos, e as taxas de juro foram renegociadas, tal como referido no relatório de gestão. As taxas de juro efectivas, à data de balanço, são a Euribor a 6 meses mais 0,25€. A decomposição, por moedas, dos saldos dos empréstimos e descobertos bancários é a seguinte:

31-12-2006 31-12-2005Euros 82.173 128.434USD 272 332

82.445 128.766 As linhas de crédito estão a ser utilizadas no seu limite máximo. 15. Credores e Acréscimos de custos Fornecedores

31-12-2006 31-12-2005Passivo não corrente

Credores e Acréscimos de custos 1.533 690

Passivo correnteFornecedores 13.226 14.423Credores e Acréscimos de custos 19.619 21.415

32.845 35.838

31-12-2006 31-12-2005Pass ivo não corrente

Em prés tim os bancários 43.813 9.081Outros em prés tim os 6.140 2.047

49.953 11.128Pass ivo corrente

Descobertos bancários 29.728 70.852Em prés tim os bancários 2.258 42.666Outros em prés tim os 506 4.120

32.492 117.63882.445 128.766

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A decomposição da rubrica de “Fornecedores” é como segue:

31-12-2006 31-12-2005Fornecedores conta corrente 12.099 12.865Fornecedores facturas em recepção e conferência 166 104Fornecedores títulos a pagar 961 1.454

13.226 14.423

As rubricas de “Outros credores – correntes” decompõem-se como se segue:

31-12-2006 31-12-2005Acréscimos de Custos 10.672 8.941Segurança Social e Outros Impostos 3.517 3.863Outros credores 920 3.136Factoring 2.772 2.878Fornecedores de Imobilizado 1.223 1.716Adiantamento de clientes 511 878Dívidas a partes relacionadas 3 3

19.619 21.415

A rubrica de outros credores inclui os seguintes saldos relativos a dívidas de locações financeiras:

31-12-2006 31-12-2005Dívidas de locações financeiras – pagamentos mínimos:

Até 1 ano 808Mais de 1 ano e até 5 anos 1.533 690

1.533 1.498

16. Provisões

16.1 Provisões para Outros riscos e encargos Provisões para Outros riscos e encargos 31-12-2006 31-12-2005

3.912 48

No exercício de 2006, foram constituídas provisões no valor de 3.864m€, essencialmente para fazer face ao encerramento de lojas previsto para 2007 (nota 26), valor de 2.080m€, e à situação líquida negativa da Vista Alegre Alemanha 1.726m€.

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16.2 Provisões para pensões de reforma

31-12-2006 31-12-2005Obrigações no Balanço para:

Benefícios de pensões sem fundo constituído -2.573 -2.747Benefícios de pensões com fundo constituído 527 268

-2.047 -2.479

Benefícios de pensões Os valores reconhecidos no Balanço são determinados como segue:

31-12-2006 31.12.2005Valor presente das obrigações com fundo constituído -3.858 -4.214Justo valor dos activos do plano 4.385 4.482Perdas actuariais não reconhecidasActivo reconhecido no balanço 527 268

Valor presente das obrigações sem fundo constituído -2.573 -2.747Perdas actuariais não reconhecidasGanhos actuariais não reconhecidosPassivo reconhecido no balanço -2.573 -2.747

Movimentos Ocorridos nas Provisões para Pensões de Reforma 31-12-2006 31.12.2005Saldo inicial -2.747 -2.821Reforço -125 -225Utilização 298 299Saldo Final -2.573 -2.747

Cenário actual relativo a Benefícios de Reforma O estudo actuarial realizado pelo BPI Pensões, referente a 31 de Dezembro de 2006, assenta nos seguintes pressupostos e bases teóricas: - Taxa de desconto do fundo de 4,75%; - Taxa esperada de crescimento salarial de 3%; - Taxa de crescimento das pensões de 2%; - Tábua de mortalidade - Francesa TV 73/77; - Tábua de Invalidez - Suiça EKV 80; - Taxa de rotação de pessoal de 0%; - Idade normal de reforma de 65 anos (mulheres e homens)

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31 de Dezembro de 2005

Fundo de Pensões ex - Vista Alegre

Fundo de Pensões ex - Atlantis

Responsabilidade com pensões sem fundo Vista

AlegreResponsabilidades passadas (1) 3.321 894 2.747Valor do Fundo (2) 3.750 732Taxa de Finaciamento (2) / (1) 113% 82%

Rsponsabilidades líquidas (2) - (1) 429 -162 -2.747

31 de Dezembro de 2006

Fundo de Pensões ex - Vista Alegre

Fundo de Pensões ex - Atlantis

Responsabilidade com pensões sem fundo Vista

AlegreResponsabilidades passadas (1) 3.030 828 2.573Valor do Fundo (2) 3.662 723Taxa de Finaciamento (2) / (1) 121% 87%

Rsponsabilidades líquidas (2) - (1) 632 -105 -2.573

Notas à Demonstração Consolidada dos Resultados

17. Custos com o pessoal

31-12-2006 31-12-2005

Remunerações 26.423 28.255Pensões 13 9Encargos com remunerações 6.974 9.179

33.410 37.443

Nº Médio de empregados por empresa 31-12-2006 31-12-2005VAA Vista Alegre Atlantis SGPS 1 1Vista Alegre Atlantis, SA 2.070 2.164VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 1 2VA - Vista Alegre España, SA 37 38Vista Alegre,GmbH 17 18VA - França (Sucursal) 27 29

2.153 2.252

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18. Outros custos e perdas operacionais

Custos Proveitos Custos ProveitosCustos e proveitos relativos a anos anteriores 759 610 368 239Despesas com propriedade industrial 8 15Multas e Penalidades 112 86Perdas e Ganhos c/ Imobiliz- abates/alienação 690 137 1.795 360Regularização de saldos terceiros 305 326Variações no justo valor 410Garantias Bancárias 82 192Comissões s/as cobranças nas lojas ( cartões) 380 503Quotizações 36 27Donativos 8 28Ofertas/ Amostras Existências 207 355Impostos 258 188Diferenças de cambio 111 84Descontos pronto pagamento 43Outros custos operacionais 307 280Direitos de Exclusividade/Merchandising 695 909Direitos de Propriedade Industrial 580Subsidios ao investimento 306 418Venda de aparas/resíduos e refugos 102 248Rend.e aplicações financeiras 131 105Juros e similares 371 595Rendas 62 62Cedência de espaço para máquinas 12Reversões de amort. e ajustam. 204 306Outros proveitos operacionais 547 276

3.305 3.830 4.573 3.530

31-12-2006 31-12-2005

19. Resultados financeiros Os prejuízos financeiros ocorridos tiveram a seguinte origem e expressão:

31-12-2006 31-12-2005Juros com empréstimos e descobertos bancários 3.891 5.776Juros de obrigações 60Outros encargos financeiros 693 1.823

4.584 7.659

20. Imposto sobre o rendimento

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31-12-2006 31-12-2005Imposto corrente -39 -43Imposto diferido 2.851 2.620Interesses minoritários -5

2.812 2.572

21. Resultado por acção Básico e Diluído O resultado diluído por acção é calculado ajustando o número médio ponderado de acções ordinárias em circulação para incorporar os efeitos da conversão de todas as acções ordinárias diluidoras potenciais. A empresa não possui acções ordinárias potencialmente diluidoras, pelo que o resultado por acção diluído é igual ao resultado por acção básico. O resultado básico por acção é calculado dividindo o lucro atribuível aos accionistas pelo número médio ponderado de acções ordinárias da empresa durante o ano, excluindo as acções ordinárias adquiridas pela empresa e detidas como acções próprias.

31-12-2006 31-12-2005Prejuízo atribuído aos detentores do capital (milhares de euros) -13.659 -18.325

Número de acções ordinárias emitidas deduzido das acções próprias 145.038.890 53.954.054

Resultado básico por acção (euros por acção) -0,12 -0,34Resultado diluídoo por acção (euros por acção) -0,12 -0,34

Outras Notas

22. Contingências O Grupo possui passivos contingentes respeitantes a garantias bancárias e de outra natureza e outras contingências relacionadas com o seu negócio. Não se espera que existam passivos significativos decorrentes dos passivos contingentes. O montante das garantias e cauções prestadas é de 1.446 e 1906 milhares de euros, em 2006 e 2005, respectivamente. Os seguintes imóveis encontram-se hipotecados a instituições bancárias:

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4.150 4.150 2.900Urbanização 1.554 1.554 2.008Urbanização IIPinhais do Casal da AreiaR. Neves Ferreira 841 841 355L.Barão Quintela 3.000 3.000 2.310PalácioCerexport IEx- Quinta Nova 11.920 7.297 5.770Fábrica de Porcelana da V.Alegre Ilhavo 16.186 16.135Fábrica da Atlantis em Alcobaça 9.048 9.100Fábrica Faianças da Capoa em Aveiro 3.820 3.880

13.377 6.697 7.770

29.295

Nova Ivima

3.000 3.930 3.327

Imóvel Empréstimo (valor inicial)

Grantia Máxima ( hipoteca)

Valor Liquido Contabilistico

Foi também dado em penhor: -Equipamentos industriais, cujo valor líquido contabilístico a 30.12.2006 ascende a 3.289 milhares de euros -Os seguintes estabelecimentos comerciais: -Loja VA Chiado – Largo do Chiado, 20/23 Lisboa -Loja VA Cascais – Av.25 de Abril, 475, Cascais - Loja VA Porto – Rua Cândido dos Reis, 6, Porto - Loja Atlantis Braga – Praceta, Stª Bárbara, nº1-A, Braga - Loja Atlantis Porto – Rua Eugénio de Castro, 301 Porto - Loja Atlantis Cascais – AV. Valbom, 28-B, Cascais - E as marcas abaixo descritas: - Marca Vista Alegre; - Marca Atlantis; - Marca Cristal de Sévres 23. Compromissos Compromissos para investimentos Os investimentos contratados na data do Balanço mas ainda não incorridos são:

31-12-2006 31-12-2005Activos fixos tangíveis 23 558

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Compromissos de locações operacionais – onde o Grupo é o locatário O grupo arrenda diversas viaturas, através de contratos de locação não revogáveis. Os contratos possuem diversos prazos, cláusulas de reajustamento e direitos de renovação. À data de 31 de Dezembro de 2006, o grupo mantinha contratos de Aluguer de Longa Duração (“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas vincendas ascendia a 285 milhares de euros. 24. Gestão do Risco Financeiro

24.1 Factores do risco financeiro

As actividades do Grupo estão expostas a uma variedade de factores de riscos financeiros: risco de mercado (inclui risco cambial, risco do justo valor associado à taxa de juro e risco de preço), risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. a) Risco cambial O Grupo opera internacionalmente e consequentemente está exposto ao risco cambial. O risco cambial surge em transacções comerciais futuras, reconhecimento de activos e passivos e investimentos líquidos em operações externas. b) Risco de crédito O Grupo não tem concentrações de risco de crédito significativas. Tem políticas que asseguram que as vendas por grosso são efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado. As vendas a retalho são efectuadas em dinheiro ou cartão de crédito. O acesso pelo Grupo a crédito é realizado com instituições financeiras credíveis. O Grupo tem políticas que limitam o montante de crédito a que têm acesso. c) Risco de liquidez A empresa contratou com os bancos credores os princípios gerais referentes à reestruturação do seu passivo bancário, contrato esse que foi disponibilizado em 3 de Fevereiro de 2006 no sistema de informação da CMVM e na própria página institucional da empresa.

d) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

Como o Grupo não tem activos remunerados com juros significativos, o lucro e os fluxos de caixa são substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado.

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25. Transacções com partes relacionadas As entidades que, em 31 de Dezembro de 2005, detinham uma participação qualificada no grupo eram:

Accionista Nº acções detidas em

% directa de Direitos de

Grupo BPI 28.824.073 19,87%Grupo CGD 29.003.611 19,99%Grupo BCP 29.340.407 20,23%

Foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas:

Remuneração da Administração

31-12-2006 31-12-2005Salários e outros benefícios de curto prazo 781 753Pensões de reforma pagas a antigos administradores 220 287

1.001 1.040

Os saldos activos e passivos de partes relacionadas, são os seguintes:

31-12-2006 31-12-2005Saldos activos

Grupo BPI - Depósitos à ordem 6 5Grupo CGD - Depósitos à ordem 1 187Grupo BCP - Depósitos à ordem 320

327 192

Saldos passivosGrupo BPI

Descobertos bancários 8.953 28.777Empréstimos bancários 14.484 11.911Fornecedores 278 6

23.716 40.694

Grupo CGD - Depósitos à ordemDescobertos bancários 9.456 14.149Empréstimos bancários 10.392 21.712Fornecedores 240

20.089 35.861

Grupo BCP - Depósitos à ordemDescobertos bancários 8.983Empréstimos bancários 10.408Fornecedores 1.090

20.48164.285 76.555

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26. Eventos subsequentes No início do ano de 2007, a VAA deu um passo no sentido de racionalizar a sua rede de retalho focalizando as lojas do grupo nas duas marcas principais, Vista Alegre e Atlantis, encerrando a Casa Alegre. No entanto, é de realçar que todos os produtos Vista Alegre, by Atlantis e Nespresso que estavam presentes nas lojas Casa Alegre passam a estar disponíveis nas lojas Vista Alegre e Atlantis. Por outro lado e face ao sucesso verificado em torno do conceito de retalho unificado Vista Alegre Atlantis testado em Oeiras, o grupo está a estudar a réplica noutros locais comerciais. O Grupo Vista Alegre Atlantis tem presentemente um universo de cerca de 2.000 colaboradores. O encerramento da insígnia Casa Alegre terá implicações em cerca de 1% dos colaboradores. Finalmente assinala-se a abertura no passado dia 29 de Novembro de 2006 da primeira loja Vista Alegre em Luanda, Angola e que podemos desde já classificar como um grande sucesso, também a replicar num futuro próximo. Nestas condições a rede de retalho do grupo será constituída por 41 lojas em Espanha e 43 e Portugal. 27. Empresas incluídas na consolidação À data de 31 de Dezembro de 2006, as Empresas que constituem o Grupo VAA – Vista Alegre Atlantis e integraram o respectivo consolidado pelo método integral são as seguintes:

Percentagem de

participaçãoVista Alegre Atlantis, SA 100,00%VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 99,30%VA - Vista Alegre España, SA 100,00%Vista Alegre,GmbH 100,00%Cerexport-Sa. 100,00%Faianças da Capôa - Indústria Cerâmica, SA 100,00%

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LISTA DOS TITULARES DAS PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

elaborada nos termos do disposto no Artigo 9, n.1, e), do Regulamento n. 4/2004 da CMVM, com indicação do número de acções detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes,

calculada nos termos do artigo 20. º do Código dos Valores Mobiliários.

Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 16º e 20º do Código dos Valores Mobiliários informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas na sede da sociedade até à presente data, e com referencia a 31 de Dezembro de 2006, são as seguintes:

Accionista

Nº de acções detidas em 30.06.2006

% Capital social

% directa de direitos de

voto Banco BPI SA a) directamente (carteira própria) 20.628.657 14,22% 14,22% b) indirectamente (através de entidades detidas)

(i) Fundos geridos pela BPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A

2.153.721 1,48% 1,48%

(ii) Fundos de Pensões geridos pela BPI Pensões–Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A

29.199 0,02% 0,02%

(iii) Inter-Risco–Sociedade de Capital de Risco, S.A., directamente e através do FRIE FIQ, fundo de capital de risco por si gerido

6.012.496 4,15% 4,15%

Grupo BPI –soma aritmética 28.824.073 19,87%

19,87%

Accionista

Nº de acções detidas em 30.06.2006

% Capital social

% directa de direitos de

voto Caixa Geral de Depósitos SA a) directamente (carteira própria) 20.401.354 14,066 % 14,066 % b) indirectamente (através de entidades detidas)

(i) Caixa-Banco de Investimento SA 106.760 0,074 % 0,074 % (ii) Caixa Desenvolvimento SGPS SA 8.495.497 5,857% 5,857%

Grupo CGD – soma aritmética 29.003.611 19,997% 19,997% Accionista

Nº de acções detidas em 30.06.2006

% Capital social

% directa de direitos de voto

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VAA – Vista Alegre Atlantis, S.G.P.S., S.A. Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2006

50

Banco Comercial Português SA a) directamente (carteira própria) 28.996.995 19,99 % 19,99 % b) indirectamente (através de entidades detidas)

(i) Fundo de Pensões Grupo BCP 343.412 0,24% 0,24% Grupo BCP – soma aritmética 29.340.407 20,23% 20,23% A VAA - Vista Alegre Atlantis SGPS SA esclarece, relativamente à Listagem de Participações Qualificadas divulgada nas Contas referentes ao exercício de 2005, o seguinte: Conforme informações divulgadas ao Mercado através do sistema de divulgação da CMVM nos dias 6, 7, 8 e 10 de Fevereiro de 2006 o Acordo celebrado entre Accionista em 18.09.2000, e que se encontrava em vigor, foi denunciado. Nos termos da Cláusula XVII do referido Acordo, transcrita naqueles comunicados, “O acordo vigorará pelo período de cinco anos, automaticamente renovável por períodos iguais e sucessivos de cinco anos, salvo denúncia de qualquer um dos Contraentes comunicada aos demais com, pelo menos, seis meses de antecedência reactivamente ao termo do período então em curso”. O acordo foi denunciado atempadamente por vários signatários do mesmo, pelo que, por força do disposto na cláusula supra transcrita deixou de vigorar no dia 14 de Maio de 2006. Tendo o Acordo deixado de vigorar no dia 14 de Maio de 2006, o Grupo Familiar, tal como referido no n.3 da Clausula VIII, também transcrita nos Comunicados divulgados, deixou de existir, não tendo a VAA até à data recebido nenhuma informação em contrário. Sendo um dos accionistas integrantes do então denominado Grupo Familiar titular individualmente, directa e indirectamente, à data da realização da última Assembleia Geral, que teve lugar em 31 de Maio de 2006, de 2.667.788 acções, correspondentes a 3,1% dos direitos de voto da VAA, importa esclarecer ainda o seguinte:

Por efeito da realização do aumento de capital da VAA de 17.189.651 euros para 29.007.998 euros, tendo o capital ficado representado e dividido por 145.039.990 acções, ocorrido no dia 31 de Maio de 2006, subscrito exclusivamente pelo Banco BPI, pelo BCP e pela CGD, o accionista então detentor de 3,1% dos direitos de voto passou, por efeito directo do aumento do capital social a ser titular de uma participação inferior a 2% dos direitos de voto da Sociedade. Não tendo a Sociedade recebido nenhuma comunicação adicional, considera-se que o Grupo Familiar, por inerência da caducidade do Acordo de Accionistas deixou de existir no dia 14 de Maio de 2006 e o único accionista dele subscritor e titular de 3,1% dos direitos de voto deixou de ser titular de uma participação igual ou superior a 2% dos direitos de voto, por efeito do aumento de capital subscrito exclusivamente pelo Banco BPI, CGD e BCP.

VAA – Vista Alegre Atlantis SGPS SA

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