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Projeto Imunologia nas Escolas Instituto de Investigação em Imunologia - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Escola Estadual Romeu de Moraes VACINAS (atividade #6) São Paulo, 2011

Vacinas - Material didático 2011

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Material didático 2011 / Projeto Imunologia nas Escolas. Atividade 6 - Sistema Imune e Vacinas

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Projeto Imunologia nas Escolas Instituto de Investigação em Imunologia - Instituto Nacional de Ciência e

Tecnologia

Escola Estadual Romeu de Moraes

VACINAS (atividade #6)

São Paulo, 2011

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Projeto Imunologia nas EscolasAtividade #6 – VACINAS

Roteiro do professorNOVEMBRO 2011

Estrutura da atividade:

1) Apresentação do vídeo A revolta da Vacina (10 min)

2) Representação da Resposta Imune (10 min)

Utilizando o kit de células impressas: Mostrar o macrófago reconhecendo os antígenos (círculos vermelhos) O macrófago processa e apresenta o antígeno para o linfócito T Mostrar que por outro lado os linfócitos B podem reconhecer antígenos

também diretamente, se diferenciam a plasmócitos e produzem anticorpos Mostrar a lise de uma célula infectada através da figura

3) Discussão das fichas com texto (50 min)

Ficha #1 - Descoberta a vacina: retomar o que já foi discutido na 1ª aula Ficha #2 - Perguntas e respostas vacinas: O que é uma vacina? Qual a

diferença entre vacina e soro? Como são produzidas as vacinas? Como funcionam as vacinas? Quais os tipos de vacinas existentes atualmente? Quais os principais efeitos colaterais das vacinas?

Ficha #3 - Calendário de vacinas crianças. Observe o calendário de vacinação para crianças: Por que algumas vacinas são dadas desde o nascimento? Por que algumas vacinas precisam de várias doses? Por que algumas vacinas são dadas apenas em determinadas situações?

Ficha #4 - Histórico das vacina 1 e 2: Observe alguns acontecimentos importantes na história das vacinas. Comente algum evento que você achou interessante. Por que? Que mudanças você considera importantes nesses dois séculos de história da vacina no mundo?

Principais conceitos estruturantes da atividade: i) Teoria dos germes (a concepção de que as doenças são causadas por microorganismos)ii) Anticorposiii) Antígenos

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iv) Vacinav) Resposta primária e secundáriavi) Memória imunológicavii) Revolta da vacina

3) Aula Prática (30 minutos)

i) Teste de gravidezii) Teste de aglutinação do látex-PCR

4) Avaliação da atividade (5-10min.)

No final, formar um grupo pequeno com aproximadamente 10 pessoas interessadas para discutir como foi a experiência do grupo com as atividades propostas durante este dia e também durante o ano. Pedir sugestões para tornar mais interessante as atividades.

Roteiro de questões:

i) Gostaria que vocês descrevem o aula.

ii) Quais informações vocês consideram mais relevantes?

iii) O que mais chamou a atenção de vocês no vídeo? O que vocês entendem por revolta da vacina? Vocês já tinham informações sobre essa revolta?

iv) Dê exemplos de informações que vc aprendeu nessa aula e que achou interessante.

v) Como vocês explicariam o que é uma vacina para uma pessoa que não participou dessa aula?

vi) Como vocês definem anticorpos e antígenos?

vii) Como vocês avaliam os textos utilizados nessa aula?

viii) O que a atividade prática acrescentou à aula?

ix) Quais sugestões vocês dariam para melhorar essa aula em relação:a. - ao vídeob. - aos textosc. - a atividade prática

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Como foi descoberta a vacina

Durante quase 20 anos, entre as décadas de 1780 e 1790, Jenner colecionou uma série de dados mostrando que indivíduos previamente contaminados por uma doença bovina, similar à varíola humana, ficavam refratários à varíola.

Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto de 8 anos de nome Jame Phipps. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou

incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização Ele realizou novas inoculações em outras crianças, inclusive em seu próprio filho. Em 1798, seu trabalho foi reconhecido e publicado. O nome vacina vem do latim vacca, que significa vaca, e foi criado por Jenner. Vale destacar, porém, que Jenner não foi o primeiro a desenvolver um modo de imunização contra a varíola. Por volta do ano 1000, a medicina tradicional chinesa já utilizava um método que constava em extrair o pus das vesículas em estágio avançado de um doente e inoculá-lo em jovens fortes e sadios. Observava-se que esses indivíduos adquiriam formas brandas da doença e a seguir tornavam-se imunes a ela. Fonte: adaptado de: http://www.vacinas.org.br/ http://www.fiocruz.br/~ccs/arquivosite/glossario/variola.htm

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O que é uma vacina? Qual a diferença entre Soro e Vacina? As vacinas ativam as defesas do organismo.O sistema imune é um conjunto de células, tecidos e órgãos especializados na defesa do organismo de ameaças internas.

Parte desse sistema vem pronto desde o nascimento e recebe o nome de imunidade inata e constitui a primeira linha de defesa do organismo. Mas essa parte não é suficiente para enfrentar os problemas do ambiente em permanente mudança em que os seres vivos habitam. Existe, portanto, um outro tipo de imunidade com capacidade de aprendizagem para reconhecer e gerar defesas contra os novos inimigos do organismo. Essa parte do sistema imunológico que complementa a imunidade inata é chamada imunidade adquirida porque pode ser adquirida ao longo da vida.

As vacinas são sustâncias capazes de ativar uma resposta imune adquirida que defenda ao organismo ante um ataque determinado. Por exemplo, a vacina contra a poliomielite é uma substância que gera uma reação de defesa no organismo, permitindo-lhe neutralizar o vírus causador da poliomielite quando for preciso. É por isso que campanhas no Brasil levaram à erradicação da doença em nosso país. Soros e vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contém agentes infecciosos incapazes de provocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença. Os soros, ao invés de induzir a formação de anticorpos no organismo, já contêm anticorpos previamente produzidos. O soro é curativo, enquanto que a vacina é, essencialmente, preventiva. Fontes: http://www.vacinashiv.unifesp.br e http://www.guiabutanta.com/butantan/vacinas.htm

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Como são produzidas as vacinas As vacinas foram inicialmente produzidas a partir de microorganismos inteiros atenuados, que perderam sua capacidade de produzir doença, ou inativados, que são processados para destruí-los. Assim temos vacina da pólio oral, que é um vírus vivo mas atenuado, e vacina de pólio injetável, produzida a partir de vírus da pólio inativados. Novas estratégias para produzir vacinas apareceram no século XX para otimizar a resposta imunológica. O objetivo delas é gerar uma resposta mais eficiente, evitando efeitos adversos. Por exemplo: ® identificação de uma parte específica do microorganismo (uma proteína ou parte dela) capaz de evitar a infecção ® apenas esta parte específica é utilizada na vacina A vacina contra hepatite B é um exemplo deste método. A resposta de defesa contra uma proteína do vírus da hepatite B, chamada Antígeno de Superfície, impede a infecção. Portanto a vacina contra a hepatite B é um concentrado do Antígeno de Superfície. As vacinas na era do DNA O mais novo sistema para produção de vacinas é semelhante ao anterior porque é concentrado em fragmentos específicos do microorganismo, mas esses fragmentos não são produzidos fora do corpo, mas sim pelas células da própria pessoa que recebe a vacina. As instruções para construir todos os fragmentos de qualquer ser vivo estão armazenadas no genoma. O genoma é composto de sustâncias chamadas ácidos nucléicos, sendo o DNA o principal deles. Se a parte do DNA que tem o código para fazer uma parte do microorganismo é introduzida numa célula, a célula pode gerar essa parte do microorganismo.

Fontes: http://www.vacinashiv.unifesp.br

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Como funcionam as vacinas As vacinas são, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de toxinas, previamente enfraquecidos. Ao inserir no organismo esse tipo de substâncias, fazemos com que o corpo combata o agente, estimulando a síntese de anticorpos, que protegem o nosso organismo, além de desenvolver a chamada memória imunológica, tornando mais fácil o reconhecimento do agente patogênico em futuras infecções e aumentando a eficiência do sistema imune em combatê-lo. Quando o corpo é atacado por algum agente patogênico não chega a desenvolver a doença porque o organismo encontra-se protegido. Etapas do processo conhecido como "resposta imune".

1. A vacina é administrada. Ela contém formas fracas ou mortas do vírus ou da bactéria que causa a doença. 2. O sistema imunológico identifica proteínas estranhas dos vírus e bactérias também conhecidas como antígenos. 3. Uma vez que os antígenos forem identificados, o sistema imunológico desenvolve proteínas contra os antígenos que

circulam no sangue. Essas proteínas são chamadas de anticorpos. Eles lutam contra a infecção matando os vírus e as bactérias que causam as doenças. Os anticorpos são produzidos pelas células brancas chamadas de linfócitos, também conhecidas como células B. A principal função do linfócito B é criar anticorpos para combaterem a infecção.

4. O corpo armazena essas células produtoras de anticorpos (células de memória) de maneira que elas fiquem disponíveis para combater a doença se ele for exposto à mesma doença no futuro. Infelizmente, os anticorpos são específicos para cada doença, então, se anticorpos da varíola forem adquiridos anteriormente, eles serão inúteis contra outras enfermidades.

É muito importante observar que quando a doença real infecta uma pessoa, os vírus e as bactérias se multiplicam centenas e centenas de vezes até que a infecção aconteça. A vacina fornece antígenos suficientes para o corpo, mais adiante, reconhecê-los como parte dos vírus e bactérias que causam a doença e completar o processo da resposta imunológica, protegendo assim o corpo da doença no futuro.

Fontes: http://www.vacinashiv.unifesp.br

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Tipos de vacinas

As vacinas são geralmente administradas através de uma injeção hipodérmica, mas algumas são administradas através da boca ou nariz. Existem dois tipos principais de vacinas: vacinas de vírus vivos atenuados e vacinas de vírus inativados.

Vacinas de micrroganismos atenuados: vacinas com bactérias ou vírus vivos atenuados significa que a vacina é feita com microorganismos vivos, mas que causam uma forma muito fraca da doença. Essas vacinas são produzidas com vírus que se reproduzem cerca de 20 vezes dentro do corpo. Para se ter uma idéia, os vírus que não passam pelo processo de atenuação se reproduzem milhares de vezes. Quando a vacina é fabricada, o vírus ou a bactéria são atenuados em laboratório até o ponto em que continuam vivos e capazes de se reproduzirem, mas que não possam causar doenças graves. Sua presença é suficiente para fazer com que o sistema imunológico produza anticorpos que ajudarão na proteção contra a doença quando o indivíduo entrar em contato com aquele vírus no futuro.

Para enfraquecer o vírus, os cientistas devem isolá-lo de uma pessoa infectada. Eles então cultivam o vírus em um tubo de ensaio. Eles "passam" o vírus para um segundo tubo de ensaio e depois para um terceiro, para um quarto tubo e assim por diante. Os cientistas realizam essa "passagem" várias vezes. Essa descoberta foi considerada um passo importante para o desenvolvimento das vacinas. As vacinas produzidas com vírus ou bactérias atenuados não devem ser administradas em gestantes ou imunossuprimidos como pacientes portadores de SIDA (AIDS), em quimioterapia, transplantados etc... Vacinas com germes vivos atenuados: - BCG – Vacina contra a tuberculose - MMR ou SRC (tríplice viral) - Sarampo, rubéola e caxumba - Varicela – Catapora - Vacina contra febre amarela

Vacinas de micrroganismos ou toxinas inativadas: quando as vacinas inativadas são criadas, o vírus ou as bactérias são completamente mortos utilizando-se um elemento químico, geralmente, o formaldeído. Pedaços mortos de microorganismos que causam a doença (geralmente bactérias) são colocados na vacina. Várias doses de vacinas inativadas são geralmente necessárias para fornecer a melhor proteção. O benefício das vacinas inativadas é que existe uma chance zero de desenvolver qualquer sintoma relacionado à doença. Reações alérgicas são possíveis, mas extremamente raras. Vacinas inativadas: hepatite A , hepatite B, poliomelite, haemophilus tipo B, influenza, meningocóccica, pneumocóccica e a vacina da influenza.

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Efeitos colaterais das vacinas As vacinas estão entre os produtos de maior segurança de uso. Entretanto, é possível que haja reações, até mesmo graves, com a sua utilização. Manifestações locais Podem ocorrer após a aplicação de qualquer vacina. Os casos de abscesso geralmente encontram-se associados com infecção secundária e erros na técnica de aplicação. Febre Pode ocorrer logo após a aplicação da vacina (como na vacina tríplice DPT, vacina meningocócica B/C) ou alguns dias depois (como na vacina contra o sarampo). É possível que se deva a alguma infecção intercorrente ou desidratação, a criança deve ser examinada quando a febre for alta ou fugir do padrão esperado para o tipo de vacina aplicada. Convulsão febril As convulsões febris são observadas geralmente entre os 6 meses e os 6 anos de idade, com maior freqüência entre os 12 e 18 meses, incidindo em cerca de 3 % da população infantil. São geralmente de curta duração. Podem, entretanto, ocorrer crises múltiplas e prolongadas, circunstâncias em que a pesquisa de doença neurológica, especialmente meningite, é obrigatória. Reações de hipersensibilidade moderadas (urticária, prurido cutâneo, exantema, petéquias) São reações que envolvem apenas um sítio / sistema, ocorrendo mais de duas horas após a vacinação. Reações de hipersensibilidade graves: choque anafilático (anafilaxia, reação anafilática) São reações que ocorrem menos de 2 horas após a aplicação da vacina, sendo extremamente raras embora possam ocorrer. A reação anafilática induzida pela aplicação de vacina pode estar associada com: _ reações ao ovo de galinha, como a vacina de febre amarela; _ reação à gelatina, usada como estabilizador em algumas vacinas, como a tríplice viral; _ reação a alguns antibióticos (por exemplo, kanamicina) contidos em algumas vacinas; _ reação a alguns dos componentes do próprio imunógeno.

Doença vacinal: Doença induzida pela vacina, com microorganismos atenuados, geralmente de forma mais leve do que a doença natural. Mais comum em indivíduos imunodeprimidos. (ex. pólio, sarampo).

Fonte: http://www.vacinas.org.br/

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Calendário Básico Vacinação – Crianças

IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS

Ao nascer BCG - ID dose única Formas graves de tuberculose Vacina contra hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B

1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B

2 meses

Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil) VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (3)

1ª dose Diarréia por Rotavírus

Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

4 meses VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil) VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (4)

2ª dose Diarréia por Rotavírus

6 meses Vacina tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

VOP (vacina oral contra pólio) 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil) Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B

9 meses Vacina contra febre amarela (5) dose inicial Febre amarela

12 meses SRC (tríplice viral) dose única Sarampo, rubéola e caxumba 15 meses VOP (vacina oral contra pólio) reforço Poliomielite (paralisia infantil)

DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche

4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche

SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba

10 anos Vacina contra febre amarela reforço Febre amarela (1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. (2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos. (3) É possível administar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida). (4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. (5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/svs/v; Ministério da Saúde. Esplanada dos Ministérios - Bloco G - Brasilia / DF

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Histórico das Vacinas

Em 1796, descoberta da vacina por Jenner. A partir de 1800, a Marinha britânica começou a adotar a vacinação. Napoleão Bonaparte introduziu-a em seus exércitos e fez imunizar seu filho.

O imunizante chegou a Portugal, em 1799, dentro de um pequeno frasco. D. Pedro, futuro imperador do Brasil, e seu irmão foram inoculados. Em 1804, o marquês de Barbacena trouxe a vacina para o Brasil, transportando-a pelo Atlântico, por seus escravos, que iam passando a infecção vacinal, um para o outro, braço a braço, durante a viagem.

Em 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur um menino de 9 anos, que havia sido mordido por um cão raivoso. Pasteur, que vinha desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou na criança material proveniente de medula de um coelho infectado. A criança não chegou a contrair a doença. As vacinas de Pasteur foram as primeiras obtidas seguindo uma metodologia científica. Fundador da moderna microbiologia e da medicina experimental, Pasteur revolucionou a ciência ao desenvolver um imunizante produzido à vontade por um método que podia ser generalizado. Em 1888, descobriram que o bacilo da difteria produzia uma toxina poderosa, responsável pelos sintomas da doença. Em 1891, Emil Behring injetava doses subletais desta toxina, capazes de proteger contra a infecção e de ser transferidas para outros animais, imunizando-os. Ao aplicar este produto num caso agudo de difteria, deu início à soroterapia que logo empregou também no tétano. Por esta descoberta, Behring recebeu o primeiro Prêmio Nobel de Medicina. Em 1904: toxinas podiam ser inativadas por substâncias químicas, no caso formol, mantendo seu potencial imunizante, mas sem causar infecção. Essa descoberta levou ao desenvolvimento dos primeiros toxóides: diftérico e tetânico.

Em 1942, Kendrick descobriu que sua vacina funcionava melhor na presença dos toxóides diftérico e tetânico, já que os três componentes agiam como adjuvantes entre si. Combinou-os então para formar a vacina DPT ou tríplice bacteriana – a primeira a imunizar contra mais de um microorganismo. Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde http://189.28.128.179:8080/svs_informa/edicao-especial-imunizacoes/linha-do-tempo

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Histórico das Vacinas Em 1909: desenvolvimento de um bacilo de virulência atenuada, proveniente de sucessivas culturas em bile de boi, com capacidade imunizante contra a tuberculose. Era o BCG, que, após uma série de testes, passou a ser regularmente utilizado como vacina. Primeiro imunizante bacteriano atenuado, o BCG foi introduzido no Brasil em 1925 e é atualmente aplicado em crianças recém-nascidas.

Em 1936: produção do vírus atenuado da febre amarela por passagens em cérebro de ratos e em embrião de pinto. No ano seguinte, a vacina foi testada pela primeira vez no Brasil. Desde o final da década de 30, a vacina contra a febre amarela vem sendo fabricada em Manguinhos. Hoje, a Fiocruz é a maior produtora mundial deste imunizante.

Em 1949, Jonas Salk desenvolveu uma vacina a partir de vírus inativados (mortos), que foi testada em 45 mil crianças nos Estados Unidos, em 1954. Foi o primeiro imunizante no mundo a ser produzido em cultura de tecidos (células de rim de macaco) e reunir mais de uma subespécie de vírus (poliovírus I, II e III). No mesmo ano, Albert Sabin desenvolveu a vacina atenuada contra a pólio, a primeira a ser aplicada por via oral. Por mimetizar o mecanismo de infecção do vírus selvagem, com a excreção do microorganismo atenuado no ambiente, a vacina Sabin facilita a obtenção de altos níveis de imunidade coletiva.

HEPATITE B O desenvolvimento da tecnologia do DNA recombinante abriu caminho para uma nova geração de imunizantes. O primeiro a ser comercializado foi a vacina contra hepatite B. O primeiro passo é a seleção de um pedaço do genoma do vírus, capaz de estimular o sistema de defesa do organismo, mas não de infectar e causar a doença. Utilizando ferramentas da engenharia genética, esta seqüência é inserida num microorganismo não patogênico para o homem (no caso, o fungo Saccharomyces cerrevisae ou a bactéria Escherichia coli). Assim, o micróbio vetor passa a expressar (produzir) uma proteína do vírus da hepatite B, provocando a formação de anticorpos. Fonte: Núcleo de Comunicação da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde http://189.28.128.179:8080/svs_informa/edicao-especial-imunizacoes/linha-do-tempo

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Resposta Imune na Vacina

Antígenos vacinais

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Teste de aglutinação do látex em lâmina

PCR SLIDEX

Pesquisa da proteína C reativa pelo teste de aglutinação do látex em lâmina

Princípio: reação de aglutinação em lâmina em que partículas de látex, sensibilizadas com anticorpo anti-PCR e estabilizadas, são aglutinadas quando em presença da proteína C reativa no soro.

A proteína C reativa é uma proteína de fase aguda que aumenta em processos inflamatórios.

Procedimento:

Deixar os reativos e os soros alcançarem a temperatura ambiente, antes da realização do teste.

1. Depositar 25 µl dos soros positivo e negativo em 2 subdivisões da lâmina 2. Ao lado de cada depósito, adicionar 1 gota (25 µl) do reativo látex anti-PCR bem

homogeneizado, utilizando o conta-gotas mantido verticalmente 3. Misturar com uma espátula (distinta para cada subdivisão) 4. Rotacionar a lâmina suavemente, proceder a leitura após 5 minutos.

Leitura:

Reação positiva: aparecimento de aglutinação em 5 min

Reação negativa: a suspensão permanece homogênea

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Site Folha.com 26/05/2011 - 11h04

Anvisa aprova vacina de HPV para homens CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação da vacina contra HPV (papilomavírus humano) em meninos e homens entre 9 e 26 anos.

A imunização previne as verrugas genitais causadas, principalmente, pelos tipos 6 e 11 do vírus. A vacina, conhecida como Gardasil (Merck Sharp & Dohme), está liberada para os homens nos EUA desde 2009. No Brasil, ela foi aprovada para mulheres em 2008, mas só está disponível na rede privada, ao custo de R$ 900.

Para

liberar a imunização masculina, a Anvisa se baseou em um estudo publicado no "New England Journal of Medicine", que comprova a redução de 90% das lesões genitais externas.

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O estudo clínico, que acompanhou 4.065 homens em 18 países, inclusive o Brasil, comprovou a eficácia da vacina contra lesões ligadas aos tipos 6,11, 16 e 18 do HPV.

O tipo 16 é o que tem levado ao aumento dos tumores de boca e da região da garganta (orofaringe) no Brasil, conforme revelou a Folha ontem. Em hospitais brasileiros, até 80% desses cânceres estão associados ao HPV.

PROTEÇÃO

Segundo a pesquisadora Luisa Villa Lina, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e uma das maiores especialistas em HPV no país, além das verrugas genitais, espera-se que a vacina proteja os homens contra tumores de pênis, ânus e orofaringe.

A infecção pelo papilomavírus está ligada a cerca de 40% dos casos de câncer de pênis e de 30% a 40% dos de câncer anal em homens.

Segundo Lina, o ideal é que, assim como as meninas, os garotos sejam vacinados antes do início da vida sexual. No Brasil, pesquisas indicam que isso acontece aos 13 anos, no caso dos homens, e aos 15, para as mulheres.

Mas a pesquisadora acredita que, mesmo que já tenham sido expostos ao HPV, homens e mulheres podem ser beneficiados, porque a vacina evita novas infecções e reduz o risco de câncer.

O pesquisador da USP Adhemar Longatto Filho afirma que a aprovação da vacina para homens vai trazer "um benefício tremendo". "O homem é o principal vetor de muitas das lesões causadas pelo HPV. É crucial que ele seja vacinado."

CONTÁGIO

É comum o HPV permanecer no organismo sem qualquer sintoma por meses ou anos. Os cânceres, por exemplo, podem demorar de dez a 20 anos para se desenvolver.

O risco de contágio é alto (de até 80%), e o vírus pode ser passado mesmo latente (sem manifestação visível).

A maioria dos tipos de HPV não causa sintoma e desaparece espontaneamente sem tratamento, o que significa que muitas pessoas não sabem que são portadoras.

Um estudo recente mostrou, por exemplo, que 50% dos homens saudáveis já foram infectados pelo HPV. A vacina contra o papilomavírus é administrada em três doses, com aplicação intramuscular.

*Reportagem publicada em:

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/921182-anvisa-aprova-vacina-de-hpv-para-homens.shtml

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Vídeos Interessantes

História de Oswaldo Cruz - Parte 1

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Bota a Baixo Revolta da Vacina

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Produção de soro - Vendo e Aprendendo

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