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VADE MECUM SULMATOGROSSENSE 2014 Legislação previdenciária – MSPREV Lei 3.150/2005 Lei 4.213/2012 Legislação Ambiental Lei Complementar 57/1991 Lei 2.257/2001 Lei 2.259/2001 Lei 4.219/2012 Legislação Institucional e Organizacional Lei Complementar 95/01 (Lei Orgânica da PGE/MS) Lei 1.102/90 (Estatuto do Servidor Público Civil do Estado) Legislação Tributária Lei 1810/97 (Código Tributário Estadual)

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VADE MECUM

SULMATOGROSSENSE 2014 Legislação previdenciária – MSPREV

Lei 3.150/2005

Lei 4.213/2012

Legislação Ambiental

Lei Complementar 57/1991

Lei 2.257/2001

Lei 2.259/2001

Lei 4.219/2012

Legislação Institucional e Organizacional

Lei Complementar 95/01 (Lei Orgânica da PGE/MS)

Lei 1.102/90 (Estatuto do Servidor Público Civil do Estado)

Legislação Tributária

Lei 1810/97 (Código Tributário Estadual)

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REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DO MATO GROSSO

DO SUL – MSPREV

LEI ESTADUAL N° 3.150/05

TÍTULO I DA CONSOLIDAÇÃO DO MSPREV

Art. 1° Fica consolidado e atualizado na forma desta Lei, o Regime Próprio de Previdência Social de Mato Grosso do Sul, instituído pela Lei n° 2.207, de 29 de dezembro de 2000, com alterações introduzidas pela Lei n° 2.590, de 26 de dezembro de 2002, e Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004. Parágrafo único. A consolidação e atualização promovidas por esta Lei decorrem de preceitos expressos nas Emendas Constitucionais n° 41, de 19 de dezembro de 2003, e n° 47, de 5 de julho de 2005, bem como na Lei Federal n° 10.887, de 18 de junho de 2004.

TÍTULO II

DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2° O Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul - MSPREV, visa assegurar, mediante contribuição, aos seus beneficiários cobertura aos riscos a que estão sujeitos e compreende um conjunto de benefícios que atendem às seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistência nos eventos de invalidez, doença, acidente em serviço, idade avançada, reclusão e morte; II - proteger a maternidade e a família. Art. 3° O MSPREV tem caráter contributivo e solidário e será mantido por meio de contribuições dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública e dos seus membros, servidores, militares, inativos e pensionistas. Parágrafo único. Os órgãos e entidades contribuirão, subsidiariamente, para a manutenção do MSPREV, visando a preservar seu equilíbrio financeiro e atuarial, nos termos dos artigos 40 e 249 da Constituição Federal. Art. 4º O MSPREV rege-se pelos seguintes princípios: I - caráter contributivo e solidário, atendidos critérios que lhe preservem o equilíbrio financeiro e atuarial; II - universalidade de participação nos planos previdenciários; III - irredutibilidade do valor dos benefícios, salvo por erro de fixação; IV - vedação à criação, majoração ou extensão de qualquer benefício sem a correspondente fonte de custeio total; V - manutenção dos benefícios de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão em valor mensal não inferior ao salário mínimo nacional; VI - promoção da gestão do sistema com a participação de órgãos e entidades contribuintes e dos beneficiários, de forma colegiada; VII - subordinação das aplicações de reservas, fundos e provisões a critérios atuariais em função da natureza dos benefícios.

CAPÍTULO II

DOS BENEFICIÁRIOS

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Seção I Disposições Preliminares

Art. 5º São filiados ao MSPREV, na qualidade de beneficiários, os segurados e seus dependentes, identificados nos artigos 13 e 14. Art. 6º Permanece filiado ao MSPREV, na qualidade de segurado, o servidor titular de cargo efetivo que estiver: I - cedido a órgão ou entidade da administração direta e indireta de outro ente federativo, com ou sem ônus para o Estado; II - afastado ou licenciado, observado o disposto no § 3° do art. 28; III - afastado do cargo efetivo para o exercício de mandato eletivo; IV - afastado por cessão ou licenciamento com remuneração. Art. 7º O servidor requisitado da União, de outro Estado, do Distrito Federal ou de Município permanece filiado ao regime previdenciário de origem.

Seção II Dos Segurados

Subseção I

Da Identificação Art. 8° São segurados do MSPREV: I - os servidores efetivos e os militares do Poder Executivo; II - os servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública; III - os membros do Poder Legislativo, da Magistratura, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, do Ministério Público Especial e da Defensoria Pública; III - os membros da Magistratura, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, do Ministério Público Especial e da Defensoria Pública; (redação dada pela Lei nº 3.789, de 25 de novembro de 2009) IV - os servidores estáveis, na forma do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal; V - os admitidos até 5 de outubro de 1988 que não atendiam, nessa data, aos requisitos para a estabilidade excepcional no serviço público; VI - os aposentados, os militares reformados e da reserva remunerada e os servidores em disponibilidade. § 1º Não se inclui na condição de segurado do MSPREV o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão, bem como de outro cargo temporário ou emprego público, ainda que aposentado pela previdência estadual. § 1º Não se inclui na condição de segurado do MSPREV o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de cargo eletivo, bem como de outro cargo temporário ou emprego público. (redação dada pela Lei nº 3.789, de 25 de novembro de 2009) § 2º Na hipótese de acumulação remunerada, o servidor mencionado neste artigo será segurado obrigatório em relação a cada um dos cargos ocupados. Art. 9º A perda da condição de segurado do MSPREV ocorrerá nas hipóteses de: I - morte, exoneração ou demissão; II - afastamento ou licenciamento sem subsídio, soldo ou remuneração do Estado, atendidos os prazos previstos em lei.

Subseção II Da Inscrição

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Art. 10. A inscrição do segurado no MSPREV decorre automaticamente do seu ingresso no serviço público estadual. Art. 11. Suspende-se a qualidade de segurado até a: I - quitação, a inscrição e o direito ao benefício do segurado que deixar de contribuir para o MSPREV por mais de três meses consecutivos ou seis meses intercalados; II - regularização, o pagamento do benefício do aposentado ou pensionista que não atualizar o seu cadastro ou que não se submeter ao recenseamento previdenciário. Parágrafo único. Ocorrendo o óbito do segurado cujos direitos estiverem suspensos, por período de até doze meses, os benefícios devidos aos seus dependentes serão deferidos, desde que requeridos na forma e nos prazos estabelecidos em regulamento, após o recolhimento das quantias em atraso, atualizadas monetariamente e acrescidas de juros de mora. Art. 12. É cancelada a inscrição do segurado que perder a condição de servidor público, de militar ou de membro do Poder Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público.

Seção III Dos Dependentes

Subseção I

Da Identificação Art. 13. São beneficiários do MSPREV, na condição de dependente do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de dezoito ou inválido; I - o cônjuge, a companheira, o companheiro, a pessoa do mesmo sexo que mantém união homo-afetiva pública e duradoura com o segurado, e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de dezoito anos ou inválido; (redação dada pela Lei nº 3.591, de 9 de dezembro de 2008) II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de dezoito anos ou inválido. § 1º A existência de dependente indicado em qualquer dos incisos deste artigo exclui do direito ao benefício os indicados nos incisos subseqüentes. § 2º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada na conformidade da Lei Civil. § 3º Considera-se união estável aquela verificada entre o homem e a mulher como entidade familiar, quando forem solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos, ou tenham prole em comum, enquanto não se separarem. Art. 14. Equiparam-se aos filhos, nas condições do inciso I do art. 13, mediante declaração escrita do segurado e desde que comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação. § 1º Os segurados que têm dependentes definidos nos incisos II e III do art. 13, estão obrigados a declarar a dependência econômica. § 2° Comprovam a relação de dependência: I - a certidão de casamento; II - a existência de união estável; III - certidão de nascimento;

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IV - o decreto judicial de tutela, ainda que provisória. § 3° A dependência econômica: I - do cônjuge, companheira ou companheiro e filho não emancipado de qualquer condição, menor de dezoito anos ou inválido, é presumida; II - do menor sob tutela do segurado é comprovada pela decisão judicial; III - dos pais, na forma do regulamento do regime geral de previdência. Art. 15. A perda da qualidade de dependente ocorre: I - para o cônjuge, pela separação judicial ou pelo divórcio, desde que não lhe tenha sido assegurada à percepção de alimentos, ou pela anulação do casamento; II - para o(a) companheiro(a), pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos; III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem dezoito anos de idade, salvo se inválido ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior; IV - para os beneficiários economicamente dependentes, quando cessar essa situação; V - para o inválido, pela cessação da invalidez; VI - para o dependente em geral, pelo falecimento ou pela perda da qualidade de segurado por aquele de quem dependa; VII - pela exoneração ou demissão do servidor.

Subseção II Da Inscrição

Art. 16. Incumbe ao segurado a inscrição de dependente no MSPREV. § 1º A inscrição como beneficiário do regime de previdência social é pré-requisito para a percepção de qualquer benefício. § 2° No ato de inscrição, o servidor declarará, obrigatoriamente, qual o tempo de serviço anterior, sob qualquer regime, que irá averbar para efeito de aposentadoria na qualidade de segurado da previdência estadual, apresentando a documentação correspondente. § 3° O servidor terá o prazo de doze meses, a contar da data da inscrição, para formalizar a averbação objeto do parágrafo anterior. § 4º As modificações na situação cadastral do segurado ou seus dependentes e dos pensionistas deverão ser imediatamente comunicadas ao regime de previdência social de Mato Grosso do Sul.

CAPÍTULO III

DO PLANO DE CUSTEIO

Seção I Disposições Preliminares

Art. 17. O MSPREV será mantido com recursos do Fundo de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul.

Art. 17. O MSPREV será mantido com recursos das fontes de custeio previstas no art. 18, que serão geridos pela Agência de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul (AGEPREV). (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 18. São fontes do plano de custeio do MSPREV as seguintes receitas:

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I - contribuição previdenciária do Estado, das autarquias e fundações; II - contribuição previdenciária dos segurados ativos; III - contribuição previdenciária dos segurados inativos e dos pensionistas; IV - contribuição suplementar do Estado; V - doações, subvenções e legados; VI - receitas decorrentes de aplicações financeiras e receitas patrimoniais; VII - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do § 9º do art. 201 da Constituição Federal; VIII - demais dotações previstas no orçamento estadual.

§ 1° Constituem também fonte do plano de custeio do MSPREV as contribuições previdenciárias previstas nos incisos I, II e III incidentes sobre a gratificação natalina, salário-maternidade, auxílio-doença, auxílio-reclusão e valores de natureza salarial pagos ao segurado pelo seu vínculo funcional com o Estado, em razão de decisão judicial ou administrativa. § 2° O plano de custeio do MSPREV será revisto anualmente, observadas as normas gerais de atuária, objetivando a manutenção de seu equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 3° O Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial - DRAA será encaminhado ao Ministério da Previdência Social até 31 de julho de cada exercício.

Seção II

Da Base de Cálculo das Contribuições Art. 19. A remuneração-de-contribuição para MSPREV corresponde ao subsídio, vencimento ou soldo, acrescidos das vantagens pecuniárias pessoais, inerentes ao cargo e as percebidas em caráter permanente, em especial: I - adicional de produtividade fiscal; II - gratificação de representação; III - gratificação de risco de vida; IV - adicional de incentivo pelo exercício de função de magistério; V - adicional de encargos de magistério superior; VI - adicional de função; VII - gratificação natalina; VIII - adicional por tempo de serviço; IX - gratificação de escolaridade. § 1° As vantagens pagas aos segurados em valores variáveis, sobre as quais houver contribuição para a previdência social, integrarão a base de cálculo do provento ou da pensão pela média, nos termos da lei. § 2° A redução do valor do subsídio, do vencimento, do soldo ou da remuneração, por motivo de falta, licença, aplicação de pena administrativo disciplinar, consignações voluntárias, não implica diminuição da base de cálculo. § 3° Considera-se base de cálculo das contribuições, na hipótese de acumulação lícita de cargos, o valor da remuneração permanente percebido em cada cargo. Art. 20. São consideradas remuneração-de-contribuição para fins de contribuição para o MSPREV: I - o auxílio-doença e o salário-maternidade; II - a gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança, para o servidor ocupante de cargo efetivo optante pela contribuição sobre essa parcela;

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III - o valor dos proventos de aposentadoria, reforma ou reserva remunerada que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, do segurado inativo; IV - o valor da pensão que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, do pensionista; V - o valor dos proventos de aposentadoria, reforma ou reserva remunerada ou da pensão que supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, quando o beneficiário for portador de doença grave, contagiosa, incurável ou incapacitante, conforme definido nesta Lei, do segurado inativo ou pensionista. § 1º As parcelas remuneratórias percebidas em caráter contínuo sobre as quais não houver contribuição previdenciária não integrarão a base de cálculo de benefício pago pelo regime de previdência social. § 2º A remuneração-de-contribuição utilizada no cálculo de benefício continuado será corrigida, mês a mês, de acordo com índice utilizado pelo regime geral de previdência. § 3º A contribuições incidentes sobre o benefício de pensão terão como base de cálculo o valor total desse benefício, antes de sua divisão em cotas, respeitada a faixa de incidência de que tratam os incisos IV e V. Art. 21. Não se incluem na remuneração-de-contribuição: I - as gratificações pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança, salvo opção pela contribuição; II - o adicional ou abono de férias; III - as diárias, a ajuda de custo e parcelas de caráter indenizatório; IV - o salário-família; V - os auxílios financeiros diversos; VI - as gratificações temporárias ou por trabalhos extraordinários; VII - as gratificações por adicional noturno e as vinculadas às condições e locais de trabalho, exceto se paga de forma continuada; VIII - o abono de permanência.

Seção III

Das Contribuições Art. 22. Os segurados ativos, inativos e pensionistas contribuirão para o MSPREV no percentual de onze por cento sobre a respectiva remuneração-de-contribuição mensal. Parágrafo único. Constitui fato gerador da contribuição do segurado ou do beneficiário do MSPREV o recebimento efetivo ou a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de remuneração, soldo, subsídio, provento ou pensão. Art. 23. Os Poderes, o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Defensoria Pública, as autarquias e as fundações contribuirão para o custeio do MSPREV em vinte por cento sobre a soma dos subsídios e das remunerações mensais dos segurados ativos do MSPREV e do total dos proventos e das pensões pagas por recursos do regime próprio de previdência social. Art. 23. Os Poderes, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, a Defensoria Pública-Geral, as autarquias e as fundações contribuirão para o custeio do MSPREV com vinte e dois por cento sobre a soma dos subsídios e das remunerações mensais dos segurados ativos do MSPREV e do total dos proventos e das pensões pagas por recursos do regime próprio de previdência social. (redação dada pela Lei nº 3.634, de 16 de janeiro de 2009)

Seção IV

Da Arrecadação e do Recolhimento das Contribuições Art. 24. A arrecadação e o recolhimento mensal das contribuições ou de outras importâncias devidas ao MSPREV, pelo ente público ou pelo órgão que promover a sua retenção, devem efetuar-se ao Fundo de

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Previdência do Estado de Mato Grosso do Sul até o décimo dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do respectivo fato gerador. § 1° Os Poderes, Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, as autarquias e fundações farão o recolhimento das contribuições ao Fundo de Previdência Social por meio de guia específica, entregue mensalmente ao órgão gestor, acompanhada de relações contendo o nome dos segurados, os valores de remunerações-de-contribuição, bem como os nomes dos beneficiários e os valores de benefícios cujos pagamentos tenham feito diretamente, quando for o caso. § 2° O valor a ser recolhido ao Fundo corresponderá ao somatório dos valores retidos dos segurados e daqueles de competência do órgão ou entidade deduzidos os valores de benefícios que tenham sido pagos diretamente, excluídos do somatório das contribuições ou do saldo recolhido ao Fundo os valores do imposto de renda retido na fonte que, por força do disposto no inciso I do art. 157 da Constituição Federal, serão recolhidos ao Tesouro do Estado. § 3° Considerando o disposto no § 1°, se o saldo a recolher ao Fundo for negativo, o déficit será inscrito como adiantamento do poder, órgão ou entidade autárquica ou fundacional, que deverá ser ressarcido pelo MSPREV quando o Fundo apresentar superávit, conforme previsto no art. 103. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) Art. 24. A arrecadação e o recolhimento mensal das contribuições ou de outras importâncias devidas ao MSPREV, pelo ente público ou pelo órgão que promover a sua retenção, devem ser efetuados à AGEPREV até o décimo dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do respectivo fato gerador. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 1º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Defensoria Pública, as autarquias e as fundações farão o recolhimento das contribuições à AGEPREV por meio de guia específica, entregue mensalmente ao órgão gestor, acompanhada de relações contendo o nome dos segurados, os valores de remunerações-de-contribuição, bem como os nomes dos beneficiários e os valores de benefícios cujos pagamentos tenham feito diretamente, quando for o caso. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 2º Os valores devidos à AGEPREV serão repassados em moeda corrente, de forma integral para cada competência, independentemente de sua disponibilidade financeira, podendo ser deduzidos os valores de benefícios pagos diretamente pelos Poderes, órgãos e entidades referidos no § 1º . (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 25. Sem prejuízo da responsabilização e das demais penalidades previstas nesta Lei e na legislação aplicável, as contribuições pagas em atraso ficam sujeitas, cumulativamente, à:

I - multa de dois por cento; II - cobrança de juros de mora de um por cento por mês de atraso ou fração; III - atualização pelo índice de correção dos tributos estaduais. Art. 26. A omissão na retenção e no recolhimento das contribuições dos segurados sujeita pessoalmente o responsável ao reembolso, na conformidade do art. 135, incisos II e III, do Código Tributário Nacional.

Parágrafo único. O disposto neste artigo é aplicável sem prejuízo da responsabilidade:

I - administrativa, civil e penal do agente pelo ilícito praticado; II - civil do poder, órgão independente, autarquia ou fundação pública estadual a que for vinculado o agente. Art. 27. A retenção e o recolhimento da contribuição do servidor cedido são do órgão ou entidade: I - cessionária, para o qual o segurado foi cedido ou colocado à disposição com ônus;

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II - cedente, quando o segurado for cedido ou colocado à disposição com ônus para a origem; III - na qual o segurado esteja investido em mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que, nos termos do art. 38 da Constituição Federal, o afastamento se tenha dado com prejuízo da remuneração, ou subsídio.

§ 1° Para os fins do disposto neste artigo, a base de cálculo das contribuições corresponde à remuneração ou ao subsídio do cargo efetivo do qual o segurado seja ocupante.

§ 2º No termo ou ato de cessão do servidor com ônus para o órgão cessionário, será prevista a responsabilidade deste pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuições previdenciárias ao MSPREV, conforme valores informados mensalmente pelo órgão ou entidade de lotação.

Art. 28. As contribuições obrigatórias dos segurados afastados ou licenciados sem vencimentos serão feitas ao Fundo de Previdência Social, com base na remuneração-de-contribuição do cargo ocupado, e corresponderá ao somatório da cota do segurado mais a cota patronal.

§ 1° Caberá ao órgão ou entidade que receber o segurado cedido sem ônus para a origem, recolher diretamente ao Fundo de Previdência Social, nos termos do § 2° do art. 13 da Lei Federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com redação dada pela Lei Federal n° 9.876, de 26 de novembro de 1999, a contribuição do segurado e a cota patronal.

Art. 28. As contribuições obrigatórias dos segurados afastados ou licenciados sem vencimentos serão feitas à AGEPREV, com base na remuneração-de-contribuição do cargo ocupado, e corresponderá ao somatório da cota do segurado mais a cota patronal. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 1º Caberá ao órgão ou entidade que receber o segurado cedido sem ônus para a origem, recolher diretamente à AGEPREV, nos termos do § 2º do art. 13 da Lei Federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com redação dada pela Lei Federal nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, a contribuição do segurado e a cota patronal. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 2° O recolhimento opera-se até o décimo dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do respectivo fato gerador, sujeitando-se no caso de atraso às regras de multa, juros e correção fixadas nesta Lei.

§ 3° Ao segurado afastado em licença sem remuneração cabe promover o recolhimento das contribuições previdenciárias na forma deste artigo.

Art. 29. Salvo na hipótese de recolhimento indevido, não haverá restituição de contribuições pagas para ao MSPREV.

Seção V Dos Registros Financeiro e Contábil

Art. 30. O Fundo de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul observará nos seus registros as normas de contabilidade próprias das pessoas jurídicas de direito público, nos termos da legislação federal específica. Art. 30. A AGEPREV observará nos seus registros as normas de contabilidade próprias das pessoas jurídicas de direito público, nos termos da legislação federal específica. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) § 1° Será mantido registro individualizado para cada segurado na conformidade do regulamento. § 2° Aos segurados serão disponibilizadas as informações constantes de seu assentamento, na forma do regulamento.

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TÍTULO III DO PLANO DE BENEFÍCIOS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 31. O MSPREV assegurará aos segurados e seus dependentes os seguintes benefícios: I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria voluntária por tempo de contribuição; c) aposentadoria voluntária por idade; d) aposentadoria compulsória por idade; e) reserva remunerada ou reforma; f) gratificação natalina; g) auxílio-doença; h) auxílio-maternidade; i) salário-família; II - quanto ao dependente: a) pensão por morte do segurado; b) pensão por desaparecimento ou ausência do segurado; c) auxílio-reclusão; d) gratificação natalina. § 1º Os benefícios discriminados neste artigo serão concedidos aos segurados ou seus dependentes pela autoridade competente do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas ou da Defensoria Pública, onde o segurado tem lotação, observada a competência constitucional ou legal respectiva. § 2° Os benefícios referidos neste artigo serão pagos diretamente pelo poder, órgão independente, autarquia ou fundação de lotação dos segurados e compensados pela contribuição retida dos segurados, inativos e pensionistas e pela respectiva contribuição patronal. § 3º Os valores de benefícios que o poder ou órgão independente pagar aos segurados ou dependentes que lhes são vinculados além do somatório das contribuições mensais retidas e as devidas ao regime de previdência social, será apropriado pelo respectivo poder ou órgão pagador a seu crédito, para compensações por contribuições futuras ou repasses pelo Fundo de Previdência Social. § 3º Os valores de benefícios que o poder ou órgão independente pagar aos segurados ou dependentes que lhes são vinculados além do somatório das contribuições mensais retidas e as devidas ao regime de previdência social, serão apropriados pelo respectivo Poder ou órgão pagador a seu crédito, para compensações por contribuições futuras ou repasses pela AGEPREV. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) § 4° O pagamento ou recebimento de benefício com vício, resultante de erro, dolo, simulação ou fraude, implica a restituição do total auferido, sem prejuízo das sanções administrativas e penais aplicáveis e anulação do benefício. Art. 32. Não serão consideradas, para efeito de revisão de benefícios de inatividade ou pensão, as promoções funcionais ou a atribuição de vantagens pagas em desacordo com a legislação específica ou sobre as quais não tenha havido contribuição previdenciária, ressalvada as garantias de paridade. Art. 33. Não poderá ser pago pelo MSPREV benefício de prestação continuada em valor superior à última remuneração-de-contribuição do segurado ou de valor inferior ou a um salário mínimo nacional.

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Art. 34. Os processos de concessão de aposentadoria e pensão à conta do MSPREV serão submetidos ao registro do Tribunal de Contas do Estado, para os fins do disposto no inciso III do art. 77 da Constituição Estadual, assim como a revisão de valor quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

CAPÍTULO II

DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Art. 35. A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, inclusive por moléstia profissional ou acidente em serviço, for considerado incapaz de readaptação para o exercício de função do seu cargo ou de outro cargo, e ser-lhe-á paga a partir da data da publicação. § 1º Os proventos de aposentadoria por invalidez serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, hipóteses em que os proventos serão integrais, observado, quanto ao seu cálculo, o disposto no art. 76. § 2º Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou indiretamente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. § 3º Equiparam-se ao acidente em serviço, para os efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de serviço; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao serviço; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de serviço; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do segurado no exercício do cargo; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de serviço: a) na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo; b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao Estado para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço, inclusive para estudo quando financiada pelo Estado dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. § 4º Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o servidor é considerado no exercício do cargo. § 5º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o parágrafo segundo, as seguintes: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids; esclerose múltipla, contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e hepatopatia.

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Art. 36. A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante laudo médico elaborado por equipe da perícia médica oficial do MSPREV. Art. 36. A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante laudo médico elaborado por equipe da perícia médica oficial da AGEPREV. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) § 1° A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao regime de previdência social instituído nesta Lei não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão, após ter entrado no exercício do cargo ou função. § 2° Caberá à perícia oficial solicitar, quando necessário para conclusão sobre a incapacidade do servidor, parecer de outros especialistas na doença que fundamentar a concessão da aposentadoria por invalidez. § 3° O período entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria é considerado prorrogação da licença, custeado pelo órgão ou Poder de lotação do segurado. § 4° O aposentado por invalidez não poderá exercer qualquer outra atividade laboral sob subordinação trabalhista, e se voltar à atividade terá a aposentadoria por invalidez permanente cessada, a partir da data do retorno. Art. 37. O pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez decorrente de doença mental somente será feito ao curador do segurado, condicionado à apresentação do termo de curatela, ainda que provisório. Art. 38. Suspende-se o pagamento do benefício do aposentado por invalidez que, a cada dois anos, não se submeter à avaliação médica feita pela perícia médica do MSPREV. Art. 38. Suspende-se o pagamento do benefício do aposentado por invalidez que, a cada dois anos, não se submeter à avaliação médica feita pela perícia médica da AGEPREV. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) § 1° A avaliação de que trata este artigo perdura até o aposentado atingir a idade limite para permanência no serviço público. § 2° Comprovada, mediante avaliação da perícia médica do MSPREV a recuperação da capacidade laborativa, o benefício é revogado. § 3° Contra a revogação da aposentadoria por invalidez, cabe recurso ao gestor do Fundo de Previdência de Mato Grosso do Sul, no prazo de quinze dias, contados da correspondente notificação. § 2º Comprovada, mediante avaliação da perícia médica da AGEPREV a recuperação da capacidade laborativa, o benefício é revogado. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 3º Contra a revogação da aposentadoria por invalidez, cabe recurso à AGEPREV, no prazo de quinze dias, contado da correspondente notificação. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 39. Ao segurado aposentado por invalidez que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será paga uma parcela complementar de vinte e cinco por cento, após pronunciamento da perícia médica do MSPREV, em laudo médico confirmando que o inativo:

I - está impossibilitado de realizar qualquer atividade; II - necessita de assistência e cuidados permanentes de enfermagem; III - necessita de internação em instituição para tratamento da sua saúde.

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§ 1° Quando não for possível a internação hospitalar e houver prescrição médica, o segurado poderá receber o tratamento na própria residência, fazendo jus ao auxílio-invalidez.

§ 2° O auxílio será calculado sobre o valor do benefício, e devido independentemente do provento ter atingido o limite máximo legal, cessando seu pagamento com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.

CAPÍTULO III

DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA Art. 40. O segurado será aposentado aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma estabelecida no art.76, não podendo ser inferiores ao valor do salário mínimo. § 1° A aposentadoria será declarada por ato da autoridade competente, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço. § 2° Ao órgão ou entidade de lotação incumbe afastar o segurado do serviço ativo quando completar setenta anos de idade e pagar o subsídio ou a remuneração até a publicação do ato de declaração da aposentadoria.

CAPÍTULO IV

DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Art. 41. O segurado fará jus à aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição com proventos calculados na forma prevista no art. 76, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público federal, estadual, distrital e municipal; II - tempo mínimo de cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria; III - sessenta anos de idade e trinta e cinco anos de tempo de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta anos de tempo de contribuição, se mulher. § 1º Os requisitos de idade e tempo de contribuição previstos neste artigo serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício da função de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, observado quanto aos policiais civis a lei complementar federal que dispõe sobre a aposentadoria especial. § 2° Para fim do disposto no parágrafo anterior, considera-se função de magistério a ação de ministrar aula, não abrangendo atividade-meio relacionada com a pedagogia, mesmo que se trate de função de direção ou de coordenação escolar, ainda que privativas de professor e dos policiais civis, conforme lei complementar federal específica. § 3º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em lei complementar federal, os casos de segurados: I - portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Art. 42. As regras e condições para a passagem dos militares para a inatividade são as definidas em lei específica da carreira, observando-se as formas de contribuição para o regime previdenciário de que trata esta Lei.

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CAPÍTULO V

DA APOSENTADORIA POR IMPLEMENTO DE IDADE Art. 43. O segurado fará jus à aposentadoria por idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma prevista no art. 76, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - dez anos de efetivo exercício no serviço público; II - cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria; III - sessenta e cinco anos de idade, se homem; IV - sessenta anos de idade, se mulher.

CAPÍTULO VI DA PENSÃO POR MORTE

Art. 44. A pensão por morte consistirá numa importância mensal conferida ao conjunto dos dependentes do segurado, definidos nos artigos 13 e 14, quando do seu falecimento, correspondente à: I - totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do óbito, até o valor fixado como teto pelo RGPS, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite; II - totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo na data anterior à do óbito, até o valor fixado como teto pelo RGPS, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, se o falecimento ocorrer quando o servidor ainda estiver em atividade. § 1º Será concedida pensão provisória por morte presumida do segurado, nos seguintes casos: I - sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária competente; II - desaparecimento em acidente, desastre ou catástrofe. § 2º A pensão provisória será transformada em definitiva com o óbito do segurado ausente ou deve ser cancelada com reaparecimento do mesmo, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. Art. 45. A pensão por morte será devida aos dependentes a contar: I - do dia do óbito; II - da data da decisão judicial, no caso de declaração de ausência; III - da data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou catástrofe, mediante prova idônea. Art. 46. A pensão será rateada entre todos os dependentes em partes iguais e não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente. § 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício mediante prova de dependência econômica. § 2º A habilitação posterior que importe inclusão ou exclusão de dependente só produzirá efeitos a contar da data da inscrição ou habilitação. Art. 47. O pensionista de que trata o § 1º do art. 44 deverá anualmente declarar que o segurado permanece desaparecido, ficando obrigado a comunicar imediatamente ao gestor do MSPREV o reaparecimento deste, sob pena de ser responsabilizado civil e penalmente pelo ilícito. Art. 48. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo em cinco anos o direito às prestações não reclamadas.

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Art. 49. Será admitido o recebimento, pelo dependente, de até duas pensões no âmbito do MSPREV, exceto a pensão deixada por cônjuge, companheiro ou companheira que só será permitida a percepção de uma, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. Art. 50. A condição legal de dependente, para fins desta Lei, é aquela verificada na data do óbito do segurado, observados os critérios de comprovação de dependência econômica. Parágrafo único. A invalidez ou a alteração de condições quanto ao dependente, supervenientes à morte do segurado, não darão origem a qualquer direito à pensão. Art. 51. Extingue-se o direito ao recebimento da pensão do dependente: I - que completar maioridade, exceto se inválido; II - inválido, ao cessar a invalidez; III - que vier a falecer. Parágrafo único. A invalidez do dependente será apurada por junta médica oficial do MSPREV. Art. 52. A pensão ficará extinta ao findar o direito do último pensionista remanescente.

CAPÍTULO VII

DO AUXÍLIO-DOENÇA Art. 53. O auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos e consistirá no valor de seu último subsídio ou sua última remuneração no cargo efetivo. § 1° O pagamento do auxílio-doença depende de verificação da incapacidade laborativa do segurado, por meio de exame realizado pela perícia médica oficial, por solicitação do órgão ou entidade de lotação do segurado. § 2° Durante o período em que estiver percebendo o auxílio-doença o segurado abster-se-á de qualquer atividade remunerada, sob pena de perda total do benefício e de responder pela falta disciplinar. § 3º Durante a percepção do auxílio-doença, caso o beneficiário esteja em condições de reassumir o exercício das respectivas funções, o órgão ou entidade de lotação ou o próprio segurado poderá requerer inspeção médica para avaliação dessas condições. § 4º Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença, dentro dos sessenta dias seguintes à cessação do benefício anterior, este será prorrogado, ficando o órgão ou entidade de lotação desobrigado do pagamento relativo aos primeiros quinze dias. Art. 54. Nos casos de acidente de trabalho, que importe no pagamento de auxílio-doença, deverá ser emitida a comunicação sobre o ocorrido, até quarenta e oito horas do evento, e encaminhado à perícia médica oficial para que seja estabelecida a característica do acidente e sua conseqüência na capacidade laborativa do segurado. § 1º Quando o acidente de trabalho implicar aposentadoria por invalidez ou pensão por morte, deverão ser apuradas a ocorrência, as condições e as características do acidente concorrentemente ao pronunciamento da perícia médica oficial, mediante processo administrativo, para identificação da sua relação com a invalidez ou morte do segurado. § 2° Nas licenças por motivo de doença profissional ou acidente em serviço, o órgão ou entidade de lotação complementará o valor do auxílio-doença, caso seja inferior à remuneração-de-contribuição do segurado.

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Art. 55. O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de readaptação para exercício do seu cargo ou função deverá ser aposentado por invalidez. Parágrafo único. Findo o prazo de vinte e quatro meses no gozo do auxílio-doença, não estando o segurado em programa de reabilitação, será aposentado por invalidez, conforme disposições desta Lei.

CAPÍTULO VIII

DO AUXÍLIO-MATERNIDADE Art. 56. O auxílo-maternidade é devido, independentemente de carência, à segurada durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto. § 1º Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico fornecido pela perícia médica oficial. § 2º Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos cento e vinte dias previstos neste artigo. § 3º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde ou por membro de perícia médica oficial, a segurada terá direito a auxílio-maternidade por período conforme determinação médica. § 4º Será devido, juntamente com a última parcela paga em cada exercício, o abono anual do salário maternidade, proporcional aos meses de pagamento do benefício no exercício. Art. 57. O auxílio-maternidade consiste numa renda mensal, não continuada, igual à remuneração integral da segurada. Art. 58. O início do afastamento do trabalho da segurada será determinado com base em boletim de inspeção médica fornecido pela perícia médica oficial. Parágrafo único. Quando o órgão dispuser de serviço médico próprio, em convênio com o gestor do MSPREV, o boletim de inspeção médica poderá ser fornecido pelo respectivo serviço médico. Art. 59. À segurada que adotar, ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, é devido salário-maternidade pelos seguintes períodos: I - cento e vinte dias, se a criança tiver até um ano de idade; II - sessenta dias, se a criança tiver entre um e quatro anos de idade; III - trinta dias, se a criança tiver de quatro a oito anos de idade.

CAPÍTULO IX

DO AUXÍLIO-RECLUSÃO Art. 60. O auxílio-reclusão consistirá numa importância mensal, concedida aos dependentes do segurado recolhido à prisão que tenha remuneração, soldo ou subsídio igual ou inferior a valor fixado pelo RGPS, que não perceber remuneração dos cofres públicos e corresponderá à última remuneração-de-contribuição. § 1º O auxílio-reclusão será rateado em cotas-parte iguais entre os dependentes do segurado. § 2º O auxílio-reclusão será devido a contar da data em que o segurado preso deixar de perceber dos cofres públicos. § 3º Na hipótese de fuga do segurado, o benefício será restabelecido a partir da data da recaptura ou da

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reapresentação à prisão, nada sendo devido aos seus dependentes enquanto estiver o segurado evadido e pelo período da fuga. § 4º Para a instrução do processo de concessão deste benefício, além da documentação que comprovar a condição de segurado e de dependentes, serão exigidos: I - documento que certifique o não pagamento do subsídio ou da remuneração ao segurado pelos cofres públicos, em razão da prisão; II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do segurado à prisão e o respectivo regime de cumprimento da pena, sendo tal documento renovado trimestralmente. Art. 61. Caso o segurado venha a ser ressarcido com o pagamento da remuneração correspondente ao período em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxílio-reclusão, o valor correspondente ao período de gozo do benefício deverá ser restituído ao MSPREV pelo segurado ou por seus dependentes, aplicando-se os juros e índices de correção incidentes no ressarcimento da remuneração. Art. 62. Aplicar-se-ão ao auxílio-reclusão, no que couberem, as disposições atinentes à pensão por morte. Parágrafo único. Se o segurado preso vier a falecer na prisão, o benefício será transformado em pensão por morte.

CAPÍTULO X

DO SALÁRIO-FAMÍLIA Art. 63. Será devido o salário-família, mensalmente, ao segurado ativo que receba remuneração ou subsídio igual ou inferior a valor fixado pelo RGPS, na proporção do número de filhos ou equiparados, nos termos dos art. 13 e 14, de até quatorze anos ou inválidos. Parágrafo único. O valor limite referido no caput será corrigido pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS. Art. 64. Os inativos terão direito ao salário-família, pago juntamente com os proventos. Art. 65. O pagamento do salário-família está condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho ou equiparado. Art. 66. A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser atestada pela perícia medica oficial do MSPREV. Art. 66. A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser atestada pela perícia medica oficial da AGEPREV. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) Art. 67. Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele que ficar com o encargo de sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido. Art. 68. O direito ao salário-família cessa automaticamente: I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade. § 1° Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de

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responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar ao órgão ou entidade de lotação e ao MSPREV qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não-cumprimento, às sanções penais e administrativa. § 2° A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a prática, pelo segurado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza o órgão ou a entidade de lotação a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio salário do segurado ou da renda mensal do seu benefício. Art. 69. As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.

CAPÍTULO XI

GRATIFICAÇÃO NATALINA Art. 70. A gratificação natalina será devida àquele que, durante o ano, tiver recebido proventos de aposentadoria, pensão por morte, auxílio–reclusão, auxílio-maternidade ou auxílio-doença pagos pelo MSPREV. Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput será proporcional em cada ano ao número de meses de benefício pago pelo MSPREV, em que cada mês corresponderá a um doze avos, e terá por base o valor do benefício do mês de dezembro, exceto quando o benefício encerrar-se antes deste mês, quando o valor será o do mês da cessação.

TÍTULO IV

DAS REGRAS COMPLEMENTARES

CAPÍTULO I DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO

Art. 71. Ao segurado do MSPREV que tiver ingressado em órgão ou entidade autárquica ou fundacional do Estado, até 16 de dezembro de 1998, será facultada sua aposentadoria com proventos calculados de acordo com o art. 76, quando cumulativamente: I - tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; II - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria; III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data de publicação da EC 20/98, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea “a”. § 1º O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigências para aposentadoria na forma do caput terá os seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relação aos limites de idade estabelecidos pelo art. 41 e seu § 1º, na seguinte proporção: I - três inteiros e cinco décimos por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput até 31 de dezembro de 2005; II - cinco por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput a partir de 1º de janeiro de 2006. § 2° O segurado professor que, até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, tenha ingressado, regularmente, em cargo de magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de serviço exercido até a publicação EC 20/98 contado com o acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício nas funções de magistério.

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§ 3º As aposentadorias concedidas conforme este artigo serão reajustadas de acordo com o disposto no art. 76. Art. 72. Ressalvado o direito de opção pela aposentadoria regida pelas normas estabelecidas no art. 41, ou pelas regras estabelecidas pelo art. 71, o segurado do MSPREV que tiver ingressado por concurso público, até 31 de dezembro de 2003, poderá aposentar-se com proventos integrais, que corresponderão à totalidade da sua remuneração no cargo efetivo em que se der a aposentadoria quando, observadas as reduções de idade e tempo de contribuição contidas no § 1º do art. 41, vier a preencher, cumulativamente, as seguintes condições: I - sessenta anos de idade, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade, se mulher; II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público federal, estadual, distrital e municipal; IV - dez anos de carreira e cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria. Parágrafo único. Aplica-se aos proventos de aposentadorias dos servidores públicos que se aposentarem na forma deste artigo o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003. Art. 73. Ressalvado o direito de opção pela aposentadoria regida pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras estabelecidas pelos artigos 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o servidor que tenha ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1998 poderá aposentar-se com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições: I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria; III - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I deste artigo. Parágrafo único. Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo. Art. 74. É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos segurados e seus dependentes que, até 31 de dezembro de 2003, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente, observado o disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal. Parágrafo único. Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos segurados referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de contribuição já exercido até 31 de dezembro de 2003, bem como as pensões de seus dependentes, serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidas as prescrições nela estabelecidas para a concessão desses benefícios ou nas condições da legislação vigente.

CAPÍTULO II

DO ABONO DE PERMANÊNCIA Art. 75. O segurado ativo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecida nos art. 41 e 71, que opte por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória. § 1º O abono previsto no caput será concedido, nas mesmas condições, ao servidor que, até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, tenha cumprido todos os requisitos para obtenção da aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou proporcionais, com

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base nos critérios da legislação então vigente, como previsto no art. 74, desde que conte com, no mínimo, vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos, se homem. § 2º O valor do abono de permanência será equivalente ao valor da contribuição efetivamente descontada do servidor, ou recolhida por este, relativamente a cada competência. § 3º O pagamento do abono de permanência é de responsabilidade do Estado e será devido a partir do cumprimento dos requisitos para obtenção do benefício conforme disposto no caput e § 1º, mediante opção expressa pela permanência em atividade.

CAPÍTULO III

DA FIXAÇÃO DOS PROVENTOS Art. 76. No cálculo necessário para a fixação dos proventos das aposentadorias referidas nos artigos 35, 40, 41, 43 e 71 dos segurados do MSPREV será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, desde a competência julho de 1994, ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. § 1º As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos têm seus valores atualizados, mês a mês, de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários-contribuição considerados no cálculo dos benefícios do RGPS. § 2º Nas competências a partir de julho de 1994 em que não tenha havido contribuição para o regime próprio, a base de cálculo dos proventos será a remuneração do servidor no cargo efetivo, inclusive nos períodos em que houve isenção de contribuição ou afastamento do cargo, desde que o respectivo afastamento seja considerado como de efetivo exercício. § 3º Na ausência de contribuição do servidor não titular de cargo efetivo vinculado a regime próprio até dezembro de 1998, será considerada a sua remuneração no cargo ocupado no período correspondente. § 4º Os valores das remunerações a serem utilizadas no cálculo de que trata este artigo serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e entidades gestoras dos regimes de previdência, aos quais o servidor esteve vinculado ou por outro documento público. § 5º Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas no cálculo da aposentadoria, atualizadas na forma do § 1º, não poderão ser: I - inferiores ao valor do salário-mínimo nacional; II - superiores ao limite máximo do salário-de-contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao RGPS; III - superiores ao valor limite fixado para o respectivo poder, órgão independente ou a respectiva categoria funcional. § 6º As maiores remunerações de que trata o caput serão definidas depois da aplicação dos fatores de atualização e da observância, mês a mês, dos limites estabelecidos no § 5º. § 7º Se a partir de julho de 1994 houver lacunas no período contributivo do segurado por ausência de vinculação a regime previdenciário, esse período será desprezado do cálculo de que trata este artigo. § 8º Os proventos, calculados de acordo com o caput, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria. § 9º Considera-se remuneração do cargo efetivo o valor constituído pelos vencimentos e vantagens pecuniárias permanentes desse cargo estabelecidas em lei, acrescido dos adicionais de caráter individual e das vantagens pessoais permanentes.

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§ 10. Para o cálculo dos proventos proporcionais ao tempo de contribuição, será utilizada fração cujo numerador será o total desse tempo e o denominador, o tempo necessário à respectiva aposentadoria voluntária com proventos integrais, conforme inciso III do art.41, não se aplicando a redução de que trata o § 1º do mesmo artigo. § 11. A fração de que trata o caput será aplicada sobre o valor dos proventos calculados conforme este artigo, observando-se previamente a aplicação do limite de que trata o § 8º. § 12. Os períodos de tempo utilizados no cálculo previsto neste artigo serão considerados em número de dias.

CAPÍTULO IV

DO REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS Art. 77. Os proventos e pensão, de que tratam os artigos 35, 40, 41, 43, 44 e 71 serão reajustados, por decreto do Governador, para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, na mesma data em que se der o reajuste dos benefícios do RGPS, em índice não inferior ao fixado para os benefícios pagos pelo INSS. Art. 78. Os proventos e as pensões, em fruição em 31 de dezembro de 2003 e os concedidos conforme artigos 73 e 74 serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

CAPÍTULO V

DA CONTAGEM DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Art. 79. É garantida ao segurado, para efeito de aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de contribuição vinculado a outro regime previdenciário. § 1° O tempo de contribuição previsto neste artigo é considerado para efeito de aposentadoria, desde que não concomitante ao tempo de serviço público computado para o mesmo fim. § 2° As aposentadorias concedidas com base na contagem de tempo de contribuição, prevista neste artigo, devem evidenciar o tempo de contribuição vinculada ao RGPS ou o de contribuição na condição de servidor público, conforme o caso, para fim de compensação previdenciária. Art. 80. Para fim de contagem de tempo de contribuição ao MSPREV, somente são aceitas certidões emitidas pela unidade gestora do regime próprio de origem ou pelo RGPS. Parágrafo único. O tempo de serviço após 15 de dezembro de 1998 somente será averbado se a certidão indicar o regime de previdência social para o qual foram feitas as contribuições, inclusive com os respectivos valores do salário de contribuição Art. 81. A compensação previdenciária é feita junto ao regime ao qual o segurado esteve vinculado sem que dele receba aposentadoria ou tenha gerado pensão para seus dependentes, conforme dispuser a lei própria. Art. 82. Serão contados para fins de aposentadoria pelo MSPREV os seguintes tempos de serviço, desde que tenha havido contribuição para regime próprio de previdência social. I - o tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, inclusive o prestado a autarquia e fundação instituídas pelo Poder Público, regularmente certificado na entidade para a qual o serviço foi prestado;

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II - o período de exercício de atividade remunerada abrangida pela previdência social urbana e rural, certificado pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença; IV - o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou auxiliares; V - o período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade; VI - os períodos de licenças ou afastamento com remuneração em que tenha havido contribuição; VII - o período em que o segurado permaneceu em disponibilidade ou reserva remunerada; VIII - o tempo de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha sido feita a contribuição em época própria; IX - o período de licença sem vencimentos, desde que a contribuição tenha sido recolhida somando a parte do segurado e a parte patronal. Art. 83. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as seguintes regras: I - o tempo de serviço público considerado para efeito de aposentadoria, reserva remunerada e reforma, até 15 de dezembro de 1998, será computado como tempo de contribuição; II - não será considerado como tempo de contribuição o tempo de serviço fictício, exceto o ocorrido até 15 de dezembro de 1998; III - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais, mesmo quando as certidões correspondentes ao tempo de serviço público expressem essa contagem, até que lei complementar federal discipline a matéria; IV - é vedada a contagem de tempo de serviço público e ou da atividade privada, quando concomitantes; V - não será contado o tempo de serviço utilizado para concessão de aposentadoria por outro regime de previdência; VI - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à competência novembro de 1991, será computado mediante certidão passada pelo Instituto Nacional do Seguro Social. Art. 84. Na acumulação legal de cargos, o tempo de contribuição referente a cada cargo é computado isoladamente, não sendo permitida a contagem do tempo de um cargo para o outro. Parágrafo único. No caso de averbação de tempo de serviço como professor, é vedada a divisão da carga horária de um cargo para dois cargos de carga horária inferior. Art. 85. A prova de tempo de contribuição será feita por meio de documento que certifique a contribuição e o exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos mencionar as datas de início e término e, quando se tratar de serviço público, o tipo de vínculo, o cargo ou função exercido e a carga horária, quando for o caso. § 1º A justificação administrativa de tempo de serviço público prestado ao Estado de Mato Grosso, antes da divisão em 1º de janeiro de 1979, e ao Estado de Mato Grosso do Sul, suas autarquias ou fundações deverá processar-se perante o Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores do Estado - CRASE, ressalvada a competência dos órgãos ou instituições estaduais que detêm autonomia assegurada na Constituição ou em lei complementar. § 2º A averbação de tempo de contribuição, comprovada mediante justificação judicial, somente produzirá efeitos perante o MSPREV, quando for cientificado, naquele procedimento, o ente ao qual o serviço foi prestado ou com o pronunciamento da Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul, quando referente ao Estado, suas autarquias ou fundações.

CAPÍTULO VI

DO PAGAMENTO DOS BENEFÍCIOS Art. 86. Os benefícios continuados serão pagos em prestações mensais e consecutivas até o décimo dia do mês seguinte ao de competência.

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Art. 87. Os benefícios devidos serão pagos diretamente aos beneficiários, ressalvados os casos de: I - ausência, na forma da Lei Civil; II - alienação mental; III - moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção. § 1° Nas hipóteses deste artigo, os benefícios são pagos ao: I - curador, judicialmente nomeado; II - procurador constituído por instrumento público, com prazo de validade não superior a seis meses, admitida a renovação. § 2° O valor não recebido em vida pelo beneficiário somente será pago a seus dependentes habilitados ou na falta deles, a seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento. Art. 88. Serão descontados dos benefícios pagos aos segurados e aos dependentes: I - a contribuição prevista no inciso III do art. 18; II - o valor devido pelo beneficiário ao Estado; III - o valor da restituição do que tiver sido pago indevidamente; IV - o imposto de renda retido na fonte; V - a pensão de alimentos prevista em decisão judicial; VI - as contribuições associativas ou sindicais autorizadas pelos beneficiários.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS SOBRE OS BENEFÍCIOS Art. 89. A aposentadoria vigora a partir da data da publicação do respectivo ato no Diário Oficial do Estado. Art. 90. A contar de 16 de dezembro de 1998 não excederá o valor máximo previsto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal: I - a soma total dos proventos de inatividade, ainda que decorrentes de: a) acumulação de cargos ou empregos públicos; b) outras atividades sujeitas à contribuição para o RGPS; II - o valor resultante da adição de proventos de inatividade com a remuneração de cargo: a) acumulável na forma da Constituição Federal; b) em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração; c) eletivo. Art. 91. É vedada aos beneficiários do MSPREV: I - a percepção simultânea de provento de aposentadoria decorrente desta Lei com remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal, os cargos eletivos e os cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração; II - a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de que trata esta Lei, ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal; III - a percepção cumulativa de mais de duas pensões, ressalvado o direito de opção; IV - a contagem de tempo de serviço ou de contribuição em dobro ou qualquer outra forma de contagem de tempo fictício de serviço ou contribuição; V - a fixação de proventos de aposentadoria, qualquer que seja sua modalidade, ou de valor de pensão inferior ao salário mínimo, de que trata o inciso IV do art. 7° da Constituição Federal, ou superior a última remuneração ou subsídio no cargo efetivo, salvo a divisão por quotas.

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Parágrafo único. A vedação mencionada no inciso I não se aplica aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares que, até 15 de dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no serviço público, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos e pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime próprio de previdência do Estado de Mato Grosso do Sul, observado o limite de que trata o artigo anterior. Art. 92. Decai em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação do beneficiário para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pelo MSPREV, salvo os direitos dos menores, incapazes ou ausentes, na forma da Lei Civil. § 1º É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. § 2º Não é considerado pedido de revisão de decisão indeferitória definitiva, mas de novo pedido de benefício, o que vier acompanhado de outros documentos além dos já existentes no processo. Art. 93. É vedada a celebração de convênio, consórcio ou outra forma de associação para a concessão dos benefícios previdenciários de que trata esta Lei com a União, outros Estados, Distrito Federal ou Municípios. Art. 94. O regime de previdência social de Mato Grosso do Sul observará, quando for omisso nesta Lei, as regras do Regime Geral de Previdência Social - RGPS. Art. 95. Ao segurado que tiver sua inscrição cancelada será fornecida certidão de tempo de contribuição, na forma da legislação vigente. Art. 96. A análise dos processos de concessão de aposentadoria e pensão para fins de percepção de benefícios previdenciários será da responsabilidade de unidades administrativas integrantes das estruturas de cada Poder, do Ministério Público e do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública. Art. 97. A Secretaria de Estado de Gestão Pública é responsável, por meio de unidade administrativa específica, pela instrução dos processos de benefícios concedidos a servidores e respectivos dependentes do Poder Executivo, com o apoio dos órgãos da administração direta, autarquias e fundações. Art. 98. Os notários e os oficiais de registro do Estado de Mato Grosso do Sul, ativos ou aposentados, não incluídos como beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, serão contribuintes do regime instituído por esta Lei, na forma do art. 14, desde que inscritos do sistema de previdência criado pela Lei n° 204, de 29 de dezembro de 1980. Art. 99. A transferência para a inatividade de militares do Estado decorrente de mandato eletivo, decisão disciplinar ou da justiça militar, é concedida na conformidade da legislação estadual específica. Art. 100. O MSPREV não se responsabiliza pelo pagamento de benefícios previdenciários concedidos em desacordo com disposições desta Lei.

CAPÍTULO VIII

DO FUNDO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE MATO GROSSO DO SUL Art. 101. O Fundo de Previdência Social de Mato Grosso do Sul será constituído pelas contribuições do MSPREV e de outras receitas que lhe sejam destinadas por lei ou decisão administrativa. Art. 102. Na gestão do MSPREV e do Fundo de Previdência Social de Mato Grosso do Sul serão observados os seguintes preceitos: I - utilização das contribuições para pagamento de benefícios previdenciários; II - pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime;

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III - participação de representantes dos servidores ativos e inativos no colegiado de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação; IV - identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas as despesas com pagamento de benefícios, bem como de encargos incidentes sobre os proventos e pensões; V - submissão às auditorias e inspeções de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos de controle interno e externo; VI - manutenção da conta do Fundo distinta da conta do Tesouro Estadual; VII - aplicação dos recursos do Fundo no mercado financeiro, conforme normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; VIII - não utilização dos recursos do Fundo para pagamento de assistência à saúde, empréstimos de qualquer natureza, inclusive ao Estado e entidade da sua administração indireta e aos respectivos beneficiários.

CAPÍTULO VIII

DA AGÊNCIA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE MATO GROSSO DO SUL (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 101. A Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (AGEPREV) será constituída pelas contribuições do MSPREV e de outras receitas que lhe sejam destinadas por lei ou decisão administrativa. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 102. Na gestão do MSPREV, a AGEPREV observará, entre outros, os seguintes preceitos: (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

I - utilização das contribuições para pagamento de benefícios previdenciários; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) II - pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) III - participação de representantes dos servidores ativos e inativos no colegiado de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) IV - identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas as despesas com pagamento de benefícios, bem como de encargos incidentes sobre os proventos e pensões; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) V - submissão às auditorias e inspeções de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos de controle interno e externo; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VI - manutenção das contas bancárias da AGEPREV distintas das do Tesouro Estadual; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VII - aplicação dos recursos da AGEPREV no mercado financeiro, conforme normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VIII - não-utilização dos recursos da AGEPREV para pagamento de assistência à saúde, empréstimos de qualquer natureza, inclusive ao Estado e a entidade de sua administração indireta e aos respectivos beneficiários. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 103. O Fundo de Previdência Social, em havendo superávit, ressarcirá aos poderes, órgãos e entidades pelos adiantamentos em razão do déficit gerado com o pagamento de benefícios devidos pelo MSPREV a segurados ativos, aposentados e pensionistas que lhe são vinculados. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 1° O ressarcimento ao poder, órgão ou entidade autárquica ou fundacional deverá ser processado no valor igual ou inferior ao total dos valores adiantados ao MSPREV, na forma do § 3° do art. 25, e com os recursos os valores disponíveis no Fundo. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

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§ 2° Fica limitado a noventa e cinco por cento do saldo mensal do Fundo dos recursos que podem ser utilizados no ressarcimento dos órgãos e entidades credoras, quando o Fundo não tiver disponibilidade suficiente para ressarcir todos os órgãos e entidades pagadores, devendo nesse caso, ser feita a distribuição proporcional dos valores disponíveis, para abatimento reembolso desses créditos. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 3° Na utilização dos recursos para os fins referidos nos §§ 1° e 2° deverá ser mantido no Fundo, no mínimo, valor equivalente a cinco por cento do total das contribuições arrecadadas no mês imediatamente anterior. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 4° Os créditos de que trata este artigo poderão ser repassados pelos Poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública, ao Tesouro do Estado para centralização dos registros e da cobrança dos valores a serem ressarcidos. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 104. Serão destinados ao MSPREV, além das contribuições obrigatórias e das receitas referidas nos artigos 17 e 18:

I - as contribuições devidas ao extinto Instituto de Previdência Social de Mato Grosso do Sul - PREVISUL, em 30 de dezembro de 2000; II - resultados da alienação dos bens imóveis do extinto Instituto de Previdência Social de Mato Grosso do Sul - PREVISUL; III - receitas auferidas com a liquidação dos imóveis financiados pela carteira imobiliária mantida pelo extinto PREVISUL; IV - os pagamentos resultantes da compensação financeira entre regime geral de previdência social e o MSPREV.

Art. 105. Os recursos financeiros do Fundo de Previdência Social serão confiados à instituição bancária oficial.

Art. 105. Os recursos financeiros da AGEPREV serão depositados em instituição bancária oficial. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 106. Poderão ser aplicados nas atividades de gestão do MSPREV, através do Fundo, recursos equivalentes a até dois pontos percentuais do valor total da folha mensal dos segurados no exercício anterior. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 107. Os valores desembolsados pelos poderes, órgãos, autarquias e fundações para cobertura do déficit do MSPREV para pagamento de benefícios, serão contabilizados como antecipação de contribuição ao regime de previdência estadual.

Parágrafo único. Na aplicação dos recursos do Fundo de Previdência Social terá precedência os pagamentos de benefícios, relativamente à compensação aos poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 108. Compete à Secretaria de Estado de Gestão Pública a gestão orçamentária, financeira e contábil do Fundo de Previdência Social. (revogado pelo art. 11 da Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

CAPÍTULO IX DO CONSELHO ESTADUAL DE PREVIDÊNCIA

Art. 109. O Fundo de Previdência Social será acompanhado, supervisionado e fiscalizado pelo Conselho Estadual de Previdência, integrado por nove membros, escolhidos dentre segurados do MSPREV, e representantes:

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I - um do Poder Executivo; II - um do Poder Legislativo; III - um do Poder Judiciário; IV - um do Ministério Público; V - um dos Militares Estaduais; VI - dois dos servidores públicos ativos; VII - dois dos servidores inativos. Art. 109. A AGEPREV será acompanhada, supervisionada e fiscalizada pelo Conselho Estadual de Previdência, integrado por dez membros, escolhidos dentre segurados do MSPREV, e representantes: (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) I - um do Poder Executivo; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) II - um do Poder Legislativo; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) III - um do Poder Judiciário; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) IV - um do Ministério Público; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) V- um da Defensoria Pública; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VI - um dos militares estaduais; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VII - dois dos servidores públicos ativos; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VIII - dois dos servidores inativos. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

Art. 110. Os membros do Conselho Estadual de Previdência serão nomeados pelo Governador para mandato de dois anos, podendo haver uma recondução.

§ 1º Os membros representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas serão indicados pelos titulares dos respectivos poderes ou órgãos.

§ 1º Os membros representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública serão indicados pelos respectivos titulares. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008)

§ 2° O representante dos militares no Conselho será escolhido a cada mandato de dois anos, alternadamente, pela Policia Militar e pelo Corpo de Bombeiro Militar.

§ 3º Os membros representantes dos servidores ativos e inativos serão indicados por entidades sindicais ou federativas estaduais que associem segurados do regime de previdência social instituído nesta Lei, escolhidos na forma que dispuser o regulamento.

Art. 111. Os membros do Conselho Estadual de Previdência serão substituídos por membros suplentes, indicados pelos órgãos ou entidades representados que indicarem os efetivos.

Art. 112. Os membros do Conselho Estadual de Previdência não receberão remuneração pela participação no colegiado, exceto a percepção de diárias nos deslocamentos no interesse dos serviços do MSPREV, que serão pagas à conta de recursos da taxa de administração.

Art. 113. O presidente e o vice-presidente do Conselho serão escolhidos dentre seus membros, mediante eleição procedida pelos seus pares, e nomeados por ato do Governador.

Art. 114. Compete ao Conselho Estadual de Previdência deliberar sobre:

I - aprovação do plano de custeio e de aplicação de recursos financeiros e patrimoniais; II - regulamentação de procedimentos para concessão de benefícios previdenciários, para aprovação do Governador;

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III - aprovação dos balancetes e balanços e relatório anual das aplicações dos recursos do Fundo, para encaminhamento aos órgãos de controle interno e externo; IV - aceitação de doações e legados e aprovação de aquisições de bens imóveis à conta de recursos do Fundo; V - avaliação da gestão operacional e financeira do MSPREV; VI - representação contra atos irregulares na utilização e aplicação das contribuições e dos recursos recolhidos ao MSPREV; III - aprovação dos balancetes e balanços e relatório anual das aplicações dos recursos da AGEPREV, para encaminhamento aos órgãos de controle interno e externo; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) IV - aceitação de doações e legados e aprovação de aquisições de bens imóveis à conta de recursos da AGEPREV; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) V - avaliação da gestão operacional e financeira da AGEPREV; (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VI - representação contra atos irregulares na utilização e aplicação das contribuições e dos recursos recolhidos à AGEPREV. (redação dada pela Lei nº 3.545, de 17 de julho de 2008) VII - autorização para a realização anual de estudos atuariais e, quando julgar necessário, auditorias contábeis independentes. Parágrafo único. Os órgãos e entidades governamentais deverão prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do Conselho Estadual de Previdência, fornecendo, sempre que necessário, os estudos técnicos e documentos. Art. 115. As deliberações do Conselho Estadual de Previdência serão assinadas pelo seu Presidente e deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado. Art. 116. O Conselho Estadual de Previdência reunir-se-á, ordinariamente, em sessões mensais e, extraordinariamente, quando convocado por, pelo menos, três de seus membros, com antecedência mínima de cinco dias. § 1º Das reuniões do Conselho serão lavradas atas em livro próprio, cujos extratos serão publicados no Diário Oficial do Estado. § 2º As decisões do Conselho Estadual de Previdência serão tomadas por maioria, exigido o quorum mínimo de quatro membros.

TITULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 117. O Estado de Mato Grosso do Sul, por meio dos poderes e órgãos de Estado, é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do MSPREV, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários. Art. 118. No caso de extinção do Regime Próprio de Previdência Social de que trata esta Lei, o Estado assumirá integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários à sua concessão foram implementados anteriormente à extinção do Regime. Art. 119. A análise dos processos de aposentadorias e pensão para fins de concessão de benefícios previdenciários será da responsabilidade de unidades administrativas integrantes das estruturas de cada Poder, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública. Art. 120. O gestor do regime próprio de previdência social do Estado e os membros do Conselho Estadual de Previdência respondem diretamente por infração ao disposto na Lei Federal n° 9.717, de 27 de

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novembro de 1998, sujeitando-se, no que couber, ao regime da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, e alterações subseqüentes. § 1º A responsabilidade pela infração é imputável a quem lhe der causa ou para ela concorrer. § 2º Responde solidariamente com o infrator todo aquele que, de qualquer modo, concorrer para a prática da infração. § 3º A aplicação de penalidades previstas neste artigo são de competência do órgão federal responsável pela orientação, supervisão e acompanhamento dos regimes próprios de previdência social. § 4º As infrações serão apuradas mediante processo administrativo que tenha por base o auto, a representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, em que se assegure ao acusado o contraditório e a ampla defesa, na forma estabelecida em portaria. Art. 121. Compete ao Governador do Estado estabelecer a regulamentação de dispositivos desta Lei e fixar interpretações para sua aplicação.

CAPÍTULO II

DISPOSIÇOES TRANSITÓRIAS

Art. 122. As aposentadorias, reformas e reservas remuneradas dos militares e as pensões, existentes na

data da publicação desta Lei, vigentes em 29 de dezembro de 2000 e pagas pelos poderes e órgãos

referidos no art. 3°, passarão a correr à conta de recursos provenientes do Tesouro do Estado e por meio

de contribuições dos poderes e órgãos, conforme disposto no § 1º deste artigo, bem como das

contribuições dos servidores inativos e militares inativos, dos pensionistas, e dos membros inativos dos

poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, conforme previsto no inciso

III do art. 18.

§ 1° Os poderes e órgãos referidos no art. 3°, mediante utilização dos respectivos duodécimos e recursos,

além das contribuições de que trata o art. 18 e a referida no art. 3°, contribuirão mensalmente para o

regime de previdência social do Estado em valor correspondente a vinte por cento do total de benefícios

pagos no mês imediatamente anterior.

§ 2° O valor dos recolhimentos referidos no § 1° será devido, até setenta e cinco anos da vigência desta

Lei, para fins de compensar o regime de previdência pelo pagamento dos benefícios concedidos antes da

data de publicação desta Lei e pelas aposentadorias e pensões iminentes.

Art. 123. Caberá à contabilidade geral do Estado apurar o déficit do MSPREV e os recursos gastos pelo

Tesouro do Estado para cobertura de benefícios que deveriam ser pagos com recursos do Fundo, desde

de sua instituição, baixando normas para esse fim.

Art. 124. Esta Lei substitui o texto da Lei n° 2.207, de 29 de dezembro de 2000, ressalvadas as suas

disposições transitórias as alterações que foram introduzidas pelas Leis n° 2.590, de 26 de dezembro de

2002, e 2.964, de 23 de dezembro de 2004.

Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a contar de 1° de janeiro de 2006.

Campo Grande, 22 de dezembro de 2005.

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LEI ESTADUAL N° 4.213/12

Dispõe sobre a segregação da massa de segurados do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul (MSPREV).

Publicada no Diário Oficial nº 8.221, de 29 de junho de 2012, páginas 1 e 2.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica implementada a segregação da massa de segurados do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Mato Grosso do Sul (MSPREV), para o equacionamento do déficit atuarial do Regime Próprio de Previdência (RPPS) do Estado de Mato Grosso do Sul, observadas as diretrizes fixadas pela Portaria MPS nº 403, de 10 de dezembro de 2008. Art. 2º Para os efeitos desta Lei considera-se: I - Equilíbrio Financeiro: garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada exercício financeiro; II - Equilíbrio Atuarial: garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas, apuradas atuarialmente, a longo prazo; III - Plano de Benefícios: o conjunto de benefícios de natureza previdenciária oferecidos aos segurados do respectivo RPPS, segundo as regras constitucionais e legais previstas, limitados aos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social; IV - Plano de Custeio: definição das fontes de recursos necessárias para o financiamento dos benefícios oferecidos pelo Plano de Benefícios e taxa de administração, representadas pelas alíquotas de contribuições previdenciárias a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas ao respectivo RPPS e aportes necessários ao atingimento do equilíbrio financeiro e atuarial, com detalhamento do custo normal e suplementar; V - Atuário: profissional técnico com formação acadêmica em ciências atuariais e legalmente habilitado para o exercício da profissão; VI - Avaliação Atuarial: estudo técnico desenvolvido pelo atuário, baseado nas características biométricas, demográficas e econômicas da população analisada, com o objetivo principal de estabelecer, de forma suficiente e adequada, os recursos necessários para a garantia dos pagamentos dos benefícios previstos pelo plano; VII - Parecer Atuarial: documento que apresenta, de forma conclusiva, da situação financeira e atuarial do plano, certifica a adequação da base de dados e das hipóteses utilizadas na avaliação e aponta medidas para a busca e manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial; VIII - Regime Financeiro de Capitalização: regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas, acrescidas ao patrimônio existente, às receitas por ele geradas e a outras espécies de aportes, sejam suficientes para a formação dos recursos garantidores à cobertura dos compromissos futuros do plano de benefícios e da taxa de administração; IX - Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura: regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas, em um determinado exercício, sejam suficientes para a constituição das reservas matemáticas dos benefícios iniciados por eventos que ocorram nesse mesmo exercício, admitindo-se a constituição de fundo previdencial para oscilação de risco; X - Regime Financeiro de Repartição Simples: regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas, em um determinado exercício, sejam suficientes para o pagamento dos benefícios nesse exercício, sem o

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propósito de acumulação de recursos, admitindo-se a constituição de fundo previdencial para oscilação de risco; XI - Ativo do Plano: somatório de todos os bens e direitos vinculados ao plano; XII - Segregação da Massa: a separação dos segurados vinculados ao RPPS em grupos distintos que integrarão o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário. Art. 3º Em atendimento ao disposto nos arts. 40 e 249 da Constituição da República Federativa do Brasil ficam constituídos um Plano Previdenciário e um Plano Financeiro para assegurar o custeio do plano de benefícios do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos Efetivos Civis e Militares do Estado de Mato Grosso do Sul, observados os critérios estabelecidos na Lei nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005. Art. 4º O Plano Financeiro constitui-se do sistema estruturado pelas contribuições a serem pagas pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pelo Tribunal de Contas, pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública do Estado, pelas autarquias e pelas fundações públicas, pelos servidores efetivos civis e militares ativos e inativos e pelos pensionistas vinculados ao RPPS, fixadas sem objetivo de acumulação de recursos, sendo o seu plano de custeio calculado atuarialmente. § 1º O regime financeiro do Plano Financeiro será o de repartição simples. § 2º O Estado de Mato Grosso do Sul deverá realizar aportes para a cobertura de eventual déficit atuarial. Art. 5º O Plano Financeiro destinar-se-á ao pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados vinculados ao RPPS e aos seus dependentes, que tenham ingressado no serviço público do Estado de Mato Grosso do Sul, em data anterior à publicação desta Lei. Art. 6º São fontes de custeio do Plano Financeiro: I - contribuição dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, das autarquias e das fundações públicas, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública do Estado; II - contribuição previdenciária dos segurados ativos e inativos civis e militares e dos pensionistas; III - contribuição suplementar do Estado; IV - doações, subvenções e legados; V - receitas decorrentes de aplicações financeiras e receitas patrimoniais; VI - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do disposto no § 9º do art. 201 da Constituição Federal; VII - débitos de contribuições passadas, parceladas ou não, devidas ao extinto Instituto de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (PREVISUL), em 30 de dezembro de 2000; VIII - resultados da alienação dos bens imóveis do extinto PREVISUL; IX - receitas auferidas com a liquidação dos imóveis financiados pela carteira imobiliária mantida pelo extinto PREVISUL; X - demais dotações previstas no orçamento estadual. Parágrafo único. Constituem, também, fontes do Plano Financeiro as contribuições previdenciárias previstas nos incisos I, II e III, incidentes sobre a gratificação natalina, o salário-maternidade, o auxílio-doença, o auxílio-reclusão e sobre os valores de natureza salarial pagos ao segurado pelo seu vínculo funcional com o Estado, em razão de decisão judicial ou administrativa, e as contribuições previstas no art. 122, §§ 1º e 2º, da Lei Estadual nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005, calculadas sobre o total de benefícios do Regime Próprio de Previdências Social do Estado, pagos no mês imediatamente anterior ao corrente. Art. 7º O Plano Previdenciário constitui-se do sistema estruturado das contribuições a serem pagas pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pelo Tribunal de Contas, pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública do Estado, pelas autarquias e pelas fundações públicas, pelos servidores efetivos civis e militares ativos e inativos e pelos pensionistas vinculados, fixadas com a finalidade de acumulação de recursos para pagamento dos compromissos definidos no plano de benefícios do Regime Próprio de Previdência Social, sendo o seu plano de custeio calculado atuarialmente.

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Parágrafo único. A avaliação atuarial do Plano Previdenciário adotará o regime financeiro adequado à estrutura de cada benefício, observados os parâmetros mínimos estabelecidos em norma expedida pelo Ministério da Previdência Social. Art. 8º O Plano Previdenciário destinar-se-á ao pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados e aos seus dependentes, que tenham ingressado no serviço público do Estado de Mato Grosso do Sul, em data igual ou posterior à publicação desta Lei. Art. 9º São fontes de custeio do Plano Previdenciário: I - contribuição dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, das autarquias e das fundações públicas, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública do Estado; II - contribuição previdenciária dos segurados ativos e inativos civis e militares e dos pensionistas; III - contribuição suplementar do Estado; IV - doações, subvenções e legados; V - receitas decorrentes de aplicações financeiras e de receitas patrimoniais; VI - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do disposto no § 9º do art. 201 da Constituição Federal; VII - demais dotações previstas no orçamento estadual. Parágrafo único. Constituem, também, fontes do Plano Previdenciário as contribuições previdenciárias previstas nos incisos I, II e III, incidentes sobre a gratificação natalina, o salário-maternidade, o auxílio-doença, o auxílio-reclusão e sobre os valores de natureza salarial pagos ao segurado pelo seu vínculo funcional com o Estado, em razão de decisão judicial ou administrativa. Art. 10. Fica vedada qualquer espécie de transferência de segurados, de recursos ou de obrigações entre o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário, não se admitindo a previsão da destinação de contribuições de um Plano para o financiamento dos benefícios do outro Plano. Art. 11. A avaliação atuarial, que indicar a segregação da massa, deverá apontar separadamente: I - descrição da massa, resultados da avaliação atuarial e encargo do ente público, para o Plano Financeiro; II - descrição da massa, resultados da avaliação atuarial e encargo do ente público, para o Plano Previdenciário; III - projeção dos encargos médios mensais dos entes públicos nos exercícios futuros. Parágrafo único. Anualmente, deverá ser realizada a avaliação atuarial dos Planos Financeiro e Previdenciário, nos termos estabelecidos nos incisos I e II deste artigo. Art. 12. O plano de custeio poderá ser revisto na hipótese em que o Plano Previdenciário apresentar resultado superavitário com índice de cobertura superior a 1,25 (um inteiro e vinte cinco centésimos) em, no mínimo, cinco exercícios consecutivos. Art. 13. Independentemente da forma de estruturação do Regime Próprio de Previdência Social, as eventuais insuficiências financeiras para o pagamento dos benefícios previstos no Plano de Benefícios são de responsabilidade do Tesouro do Estado, conforme dispõe o art. 117 da Lei nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005. Art. 14. Os planos de custeio do Plano Financeiro e do Plano Previdenciário, de que trata esta Lei, poderão ser revistos mediante ato do chefe do Poder Executivo, com base em estudo técnico atuarial. Art. 15. A segregação da massa será acompanhada pela separação orçamentária, financeira e contábil dos recursos e das obrigações correspondentes a cada Plano, conforme parecer atuarial. Art. 16. O Plano Financeiro e o Plano Previdenciário serão geridos pela Agência de Previdência do Estado

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de Mato Grosso do Sul (AGEPREV), nos termos das Leis nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005, e nº 3.545, de 17 de julho de 2008. Art. 17. As contas do Plano Financeiro e do Plano Previdenciário, inclusive as bancárias, serão distintas da conta do Tesouro Estadual. Art. 18. Os ativos financeiros do Plano Financeiro e do Plano Previdenciário serão utilizados, exclusivamente, para o pagamento dos benefícios previdenciários aos servidores efetivos civis e militares e aos seus dependentes, de que tratam os arts. 5º e 8º, respectivamente, desta Lei. Art. 19. As reservas financeiras dos Planos Previdenciário e Financeiro serão aplicadas, diretamente ou por intermédio de instituições especializadas, credenciadas mediante critérios técnicos, observadas as diretrizes dadas pelo Conselho Estadual de Previdência e as normas emanadas do Conselho Monetário Nacional, e, destinadas ao pagamento dos benefícios previdenciários aos seus segurados e aos seus dependentes. Art. 20. As despesas correntes e de capital dos Planos Financeiro e Previdenciário ficam a cargo da AGEPREV. Art. 21. A execução orçamentária e a prestação de contas anuais dos Planos Financeiro e Previdenciário obedecerão às normas legais de controle e de administração financeira adotadas pelo Estado. Art. 22. Comporá a prestação de contas anual dos Planos Financeiro e Previdenciário a avaliação atuarial do plano de benefícios, elaborada por entidades ou por profissionais legalmente habilitados. Parágrafo único. Os órgãos e as entidades dos Poderes e as instituições do Estado deverão auxiliar a realização dos estudos de natureza atuarial, disponibilizando à AGEPREV os dados relativos aos seus servidores. Art. 23. O Plano Financeiro e o Plano Previdenciário terão contabilidade própria, em cujo plano de contas serão discriminadas as receitas realizadas, as despesas incorridas e as reservas, de forma a possibilitar o acompanhamento da sua situação financeira e atuarial. Art. 24. O saldo positivo do Plano Financeiro e do Plano Previdenciário, apurado em balanço ao final de cada exercício financeiro, será transferido para o exercício seguinte, a crédito dos respectivos Planos, constituindo-se nas suas reservas financeiras. Art. 25. Os órgãos e as entidades dos Poderes do Estado deverão manter registro individualizado das contribuições previdenciárias dos servidores ativos, contendo as seguintes informações: I - nome e demais dados pessoais, inclusive dos dependentes; II - matrícula e outros dados funcionais; III - remuneração de contribuição, mês a mês; IV - valores mensais e acumulados da contribuição do segurado; V - valores mensais e acumulados da contribuição do Estado; VI - averbação do tempo de contribuição. Parágrafo único. Aos segurados serão disponibilizadas as informações das contribuições previdenciárias mensais, constantes de seu registro individualizado, mediante extrato anual, relativas ao exercício anterior. Art. 26. O servidor, que ingressar no serviço público após a publicação desta Lei, deverá averbar, no órgão ou na entidade a qual estiver vinculado, todo o tempo de contribuição prestado a outros regimes de previdência, como condição para a fruição de benefício custeado pelo RPPS. Art. 27. Os segurados e os beneficiários do RPPS estão obrigados a atualizar suas informações cadastrais, na forma estabelecida em regulamento.

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Art. 28. As regras definidas para a gestão do Regime Próprio de Previdência Social do Estado, de que trata a Lei nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005, aplicam-se, no que couber, aos Planos Financeiro e Previdenciário. Parágrafo único. Nos casos omissos aplicam-se, subsidiariamente, as regras da Lei Estadual nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005. Art. 29. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito adicional especial para o atendimento das despesas decorrentes da implementação das disposições desta Lei. Art. 30. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DO ESTADO

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2001.

Dispõe sobre a organização da Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul e o estatuto da carreira de seus membros, e dá outras providências.

Publicada no Diário Oficial nº 5.660, de 27 de dezembro de 2001 Texto consolidado publicado no Diário Oficial nº 6.727, de 15 de maio de 2006.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES, ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre a organização da Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul e o regime jurídico dos integrantes da carreira de Procurador do Estado.

CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 2º A Procuradoria-Geral do Estado é instituição essencial à Administração Pública Estadual, cabendo aos Procuradores do Estado, em caráter exclusivo, a representação do Estado e a defesa dos seus direitos e interesses nas áreas judicial, extrajudicial e administrativa e, em especial: I - promover a cobrança da dívida ativa estadual e das decisões do Tribunal de Contas em favor da Fazenda Pública Estadual; II - propor ações discriminatórias e ação civil pública; III - propor ao Governador o oferecimento de ação de inconstitucionalidade de quaisquer normas, na forma na Constituição Federal, elaborando o correspondente instrumento; IV - exercer as funções de consultoria e de assessoramento jurídico, de coordenação e supervisão técnico-jurídica do Poder Executivo e da administração indireta, bem como emitir pareceres normativos ou não, para fixar a interpretação administrativa na execução de leis ou de atos do Poder Executivo e fazer a exegese da Constituição Estadual e Federal; V - representar, concorrentemente, judicial e extrajudicialmente, entidades autárquicas, fundacionais ou empresas públicas, nos termos definidos em ato do Governador do Estado. Parágrafo único. O ato do Chefe do Poder Executivo a que se refere o inciso V conterá os limites da representação, especificando a entidade, a providência e as partes envolvidas. Art. 3º São atribuições institucionais da Procuradoria-Geral do Estado, por meio de seus órgãos: I - realizar a inscrição e o controle da dívida ativa estadual; II - promover a representação nos crimes contra a administração pública estadual e a ordem tributária;

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III - prestar consultoria na elaboração legislativa, inclusive na redação de vetos e projetos de lei; IV - prestar assessoramento e assistência jurídica aos Municípios; V - exercer a defesa em juízo, ou fora dele, ativa ou passivamente, dos atos do Governador ou de autoridades, elaborando minutas de informações a serem prestadas ao Judiciário em mandados de segurança, mandados de injunção, hábeas data, ações diretas de inconstitucionalidade, bem como em ações afins; VI - exercer o controle interno da legalidade dos atos do Poder Executivo e administração indireta, propondo ao Governador a declaração de nulidade ou a anulação de quaisquer atos, bem como representando sobre providências de ordem jurídica reclamadas pelo interesse público e pela aplicação das leis vigentes; VII - propor medidas necessárias à uniformização da jurisprudência administrativa e zelar pela sua fiel observância; VIII - orientar a administração, no cumprimento de decisões judiciais e nos pedidos de extensão de julgados de seu interesse; IX - defender os direitos e interesses do Estado nos contenciosos administrativos; X - apreciar, analisar e ou elaborar minutas dos termos dos contratos ou termos similares a serem firmados em nome do Estado; XI - apoiar os trabalhos de demarcação das terras indígenas situadas no território do Estado de Mato Grosso do Sul. § 1º A Procuradoria-Geral do Estado opinará sobre: I - operações de crédito que assentarem em caução real das rendas públicas ou dos bens do domínio do Estado; II - contratos de alienação, aquisição, permissão de uso, cessão de uso e concessão de uso de bens imóveis do domínio estadual, mesmo quando celebrado em virtude de autorização legislativa; III - estabelecimento das garantias fidejussórias a serem oferecidas pelas empresas que gozam de incentivos e de benefícios financeiros concedidos pelo Estado. § 2º É privativo do Governador do Estado e dos presidentes dos demais Poderes; dos Secretários de Estado; dos diretores-presidentes de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista; do presidente do Tribunal de Contas e do Procurador-Geral de Justiça, formular consultas à Procuradoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) § 3º É vedado a qualquer órgão adotar conclusões de pareceres divergentes do proferido por Procurador do Estado, devidamente aprovado pelo Governador do Estado, podendo solicitar o reexame da matéria com indicação das causas da divergência. § 4º Os pedidos de informação e de diligências formulados por Procurador do Estado terão prioridade e deverão ser atendidos no prazo estabelecido no requerimento, sob pena de responsabilidade. § 5º Os serviços de assessoramento e de consultoria serão prestados sempre que a matéria tiver especial relevância, estiver sub judice, refletir-se no âmbito de mais de uma Secretaria de Estado ou se relacionar com questão judicial pendente, por meio de órgãos específicos da Procuradoria-Geral do Estado.

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Art. 4º A Procuradoria-Geral do Estado será dirigida pelo Procurador-Geral do Estado, nomeado e empossado pelo Governador do Estado dentre integrantes da carreira de Procurador do Estado em atividade, com, no mínimo, trinta anos de idade e dez anos de efetivo exercício do cargo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 1º O Procurador-Geral do Estado terá prerrogativas, impedimentos, direitos e obrigações de Secretário de Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 2º O Procurador-Geral do Estado será substituído, em seus impedimentos e ausências, pelo Procurador-Geral Adjunto e, na falta deste, pelo Corregedor. § 3º O ocupante da função de Procurador-Geral Adjunto do Estado será nomeado por ato do Governador do Estado, escolhido dentre os Procuradores do Estado em atividade, com um mínimo de dez anos de prática profissional, dos quais pelo menos cinco anos na carreira. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002)

CAPÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO

Art. 5º A Procuradoria-Geral do Estado goza de autonomia funcional e financeira, dispondo de dotação orçamentária própria e iniciativa da elaboração do seu orçamento. Art. 6º São órgãos da Procuradoria-Geral do Estado: I - Órgãos Superiores: a) o Procurador-Geral do Estado; b) o Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado; c) o Procurador-Geral Adjunto; d) a Corregedoria-Geral da Procuradoria-Geral do Estado; II - Órgãos de Atuação Institucional: a) os Procuradores do Estado; b) as Procuradorias Especializadas; c) as Subchefias de Procuradorias Especializadas; d) as Procuradorias Regionais; e) as Coordenadorias Jurídicas de órgãos da Administração Pública. (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) III - Serviços Auxiliares: a) Escola Superior da Advocacia Pública; (Redação dada pela Lei Complementar nº 106, de 7 de julho de 2004) b) Coordenadoria. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 1º Os Procuradores do Estado são órgãos de atuação da Procuradoria-Geral do Estado e exercem suas atribuições em conformidade com os princípios institucionais da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002)

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§ 2º A Escola Superior da Advocacia Pública tem por finalidade o aprimoramento cultural dos Procuradores do Estado e dos demais servidores integrantes ou vinculados à Procuradoria-Geral do Estado, e será dirigida por um Procurador do Estado, designado por ato do Procurador-Geral do Estado, com as mesmas prerrogativas e vantagens de Chefe de Procuradoria Especializada. (Redação dada pela Lei Complementar nº 106, de 7 de julho de 2004) § 3° A Coordenadoria da Procuradoria-Geral do Estado é órgão auxiliar do Procurador-Geral do Estado nas funções administrativa, financeira e orçamentária, terá competências e atribuições estabelecidas no regimento interno da Procuradoria-Geral do Estado e será dirigida por Procurador do Estado, designado por ato do Procurador-Geral, com as mesmas prerrogativas e vantagens de Chefe de Procuradoria Especializada. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) Art. 7º (Revogado pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002)

CAPÍTULO IV DOS ÓRGÃOS SUPERIORES

Seção I

Do Procurador-Geral do Estado Art. 8º A Procuradoria-Geral do Estado será dirigida pelo Procurador-Geral do Estado, observadas as disposições desta Lei Complementar, competindo-lhe, sem prejuízo de outras atribuições: (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) I - a direção, o comando e a coordenação das atividades da Procuradoria-Geral do Estado e a orientação, coordenação, supervisão do Sistema Jurídico do Estado; II - a aprovação do Regimento Interno da Procuradoria-Geral do Estado e suas alterações; III - a assinatura de contratos de interesse dos serviços da instituição e de convênios com vistas ao intercâmbio jurídico e ao cumprimento de cartas precatórias; IV - a abertura de concurso público para provimento de cargo de Procurador do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) V - o encaminhamento dos expedientes de nomeação, promoção, exoneração ou aposentadoria dos Procuradores do Estado; VI - a posse dos Procuradores do Estado e os ocupantes de cargos em comissão da Procuradoria-Geral do Estado; VII - a instalação e a fixação das áreas de atuação de Procuradorias Especializadas e Procuradorias Regionais, observadas as disponibilidades financeiras; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) VIII - a expedição, em relação aos Procuradores do Estado, de atos de lotação, de designação para função de confiança e de remoção, observado, no último caso, o disposto no inciso XIII, do artigo 12; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) IX - a aprovação do regulamento do estágio probatório, ouvido o Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado; X - o deferimento de direitos, benefícios e vantagens aos Procuradores do Estado e servidores da Procuradoria-Geral do Estado; XI - a abertura de sindicância e de processo administrativo, a proposição de demissão ou cassação de aposentadoria ou aproveitamento de disponibilidade de Procuradores do Estado e a aplicação de penas

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disciplinares, na forma desta Lei Complementar; XII - a convocação de eleições para o Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado, bem como a convocação e presidência de suas reuniões; XIII - a determinação de exames de sanidade para verificação de incapacidade física ou mental de Procurador do Estado, ouvido o Corregedor-Geral e o Conselho Superior da Procuradoria-Geral; XIV - a solução de conflitos e dúvidas de atribuições entre os órgãos da Procuradoria-Geral do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) XV - a requisição aos órgãos e entidades da administração pública estadual, de documentos, exames, diligências e esclarecimentos necessários à atuação dos Procuradores do Estado; XVI - a aprovação dos pareceres emitidos pelos Procuradores do Estado e seu encaminhamento, quando for o caso, para qualificação de normativo pelo Governador do Estado; XVII - a recepção das citações iniciais ou comunicações referentes a quaisquer ações ou processos ajuizados contra o Estado e aos em que a Procuradoria-Geral do Estado intervem; XVIII - o encaminhamento ao Governador, para apreciação, dos expedientes de cumprimento ou de extensão de decisão judicial ou administrativa; XIX - a determinação de propositura de ações que entender necessárias à defesa e ao resguardo dos interesses do Estado; XX - a autorização de suspensão dos processos judiciais, de parcelamento de crédito tributário, de não-tributário e dos decorrentes de decisão ou objeto de ação judicial, em curso ou a ser proposta, nos termos e limites fixados por lei; XXI - a autorização: a) de não-propositura ou desistência de medida judicial, especialmente quando o valor do benefício pretendido não justifica a ação ou quando, no exame da prova, se evidencia improbabilidade de resultado favorável; b) de dispensa da interposição de recursos judiciais cabíveis ou a desistência dos interpostos, especialmente quando contra-indicados à medida em face da jurisprudência; c) de não-execução de julgados quando a iniciativa for infrutífera, notadamente pela inexistência de bens do executado; d) de atuação na defesa dos interesses do Estado de Mato Grosso do Sul e suas autoridades, no que couber, nos pólos passivo ou ativo, nas ações civil pública, popular, de improbidade, de mandado de injunção, de mandado de segurança e outras, nos termos do Regimento Interno. (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) XXII - a delegação, por resolução, de atribuições a seus subordinados, quando for o caso; XXIII - a edição de resoluções e expedição de instruções; XXIV - a indicação e ou designação de Procurador do Estado para integrar órgãos que devem contar com representantes da Procuradoria-Geral do Estado; XXV - a avocação de encargos de qualquer Procurador do Estado, podendo atribuí-lo a outro; XXVI - a representação ao Conselho de pedido de destituição do Corregedor-Geral;

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XXVII - a ordenação de despesas e empenhos; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) XXVIII - a transigência, observadas as prescrições legais. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002)

Seção II Do Procurador-Geral Adjunto

Art. 9° Ao Procurador-Geral Adjunto compete: I - a substituição do Procurador-Geral do Estado em seus impedimentos e ausências temporárias; II - a direção da Procuradoria-Geral Adjunta; III - o assessoramento e a assistência direta ao Procurador-Geral do Estado.

Seção III Do Conselho Superior

Art. 10. O Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado é constituído pelo Procurador-Geral do Estado, que o presidirá, pelo Corregedor-Geral e por cinco Procuradores do Estado, representantes de cada uma das categorias da carreira. § 1º Os Procuradores do Estado e seus respectivos suplentes serão escolhidos em eleição, por seus pares, para mandato de dois anos, permitida a recondução por mais um período. § 2º São inelegíveis para o Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado os afastados com fundamento nos artigos 80, 84, 86, 87, 88, 93 ou 96 desta Lei Complementar, os que tenham sofrido punição, e antes de serem reabilitados, e os que estejam em estágio probatório. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 3º Todos os membros do Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado terão direito a voto, cabendo ao Procurador-Geral do Estado, quando for o caso, o de desempate. § 4º O Corregedor-Geral não terá direito a voto nos processos que envolvam matéria disciplinar, sendo, para este fim, substituído pelo suplente da categoria especial. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) § 5° (Revogado pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Art. 11. O Conselho reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, em dia previamente fixado por seu Presidente, e, extraordinariamente, quando convocado pelo Procurador-Geral ou por dois terços de seus membros. Art. 12. Compete ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado: (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) I - colaborar com o Procurador-Geral do Estado no desempenho de suas atribuições; II - sugerir e ou representar ao Procurador-Geral do Estado sobre qualquer matéria de interesse da Procuradoria-Geral do Estado; III - sugerir as alterações na estrutura da Procuradoria-Geral do Estado e nas respectivas atribuições, e a instalação de Procuradorias Especializadas e Regionais; IV - deliberar, previamente, sobre a composição da comissão organizadora e da banca examinadora de concurso público de ingresso na carreira de Procurador do Estado;

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V - deliberar acerca do relatório circunstanciado de avaliação de desempenho do estágio confirmatório, elaborado pela Corregedoria-Geral; VI - deliberar sobre a indicação de Procurador do Estado em lista de promoção por merecimento e por antiguidade; VII - deliberar sobre medidas propostas pela Corregedoria-Geral, no âmbito de competência desta; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) VIII - deliberar, previamente, sobre a abertura de sindicância e de processos administrativos disciplinares contra integrantes da carreira de Procurador do Estado, assim como sobre os respectivos recursos; IX - processar e julgar reclamações e recursos de Procurador do Estado em matéria de sua competência ou da Corregedoria-Geral; X - aprovar o regimento interno da Corregedoria-Geral, por deliberação da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) XI - conduzir o procedimento de eleição do Corregedor-Geral; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) XII - deliberar sobre a instauração do processo disciplinar de destituição do Corregedor-Geral da Procuradoria-Geral do Estado, por voto da maioria absoluta de seus membros; XIII - deliberar sobre remoção de Procurador do Estado para outra localidade, nos casos previstos no § 1º do art. 55; (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) XIV - pronunciar-se sobre qualquer matéria ou questão que lhe seja encaminhada pelo Procurador-Geral; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) XV - elaborar e aprovar seu regimento interno. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002).

Seção IV Da Corregedoria-Geral

Art. 13. A Corregedoria-Geral será coordenada por um Procurador do Estado, designado pelo Procurador-Geral do Estado, eleito pelo Conselho Superior, dentre os Procuradores do Estado integrantes da categoria especial, para mandato de dois anos, permitida a recondução por mais um período. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 1º São impedidos de serem votados para a função de Corregedor-Geral, o integrante titular do Conselho Superior, os afastados com fundamento nos artigos 80, 84, 86, 87, 88, 93 ou 96 desta Lei Complementar, e os que tenham sofrido punição, antes de serem reabilitados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 2º O Corregedor-Geral será substituído, em seus impedimentos e afastamentos, pelo Corregedor-Suplente, eleito pelo Conselho Superior, dentre os Procuradores do Estado integrantes da categoria especial, para mandato coincidente com o do Corregedor-Geral. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 3º Nos casos de afastamento concomitante do Corregedor-Geral e do Corregedor-Suplente, competirá ao Conselho Superior a adoção de medidas reputadas necessárias para resguardar direitos e obrigações. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 4º Quando ocorrer o impedimento ou o afastamento superior a trinta dias do Corregedor-Geral e do

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Corregedor-Suplente, o Conselho Superior escolherá, dentre os Procuradores do Estado elegíveis, nos termos do caput, um Procurador do Estado, que será designado pelo Procurador-Geral do Estado para exercer as funções de Corregedor para o caso específico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 5º O Corregedor-Geral ou o Corregedor Suplente ficará afastado de suas funções quando nomeado para o exercício das funções de Procurador-Geral do Estado ou de Procurador-Geral Adjunto do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 6º O Corregedor-Geral, antes do término do mandato, poderá ser destituído da função por motivo de falta grave, conforme as disposições desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 7º O Procurador do Estado, no exercício da função de Corregedor-Geral, ficará afastado das atribuições do cargo sem prejuízo de sua remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) Art. 13. A Corregedoria-Geral da Procuradoria-Geral do Estado será dirigida pelo Corregedor-Geral, auxiliado pelo Corregedor-Geral Adjunto, eleitos pelo Conselho Superior em eleições distintas, dentre os Procuradores do Estado, integrantes da categoria especial, para mandato de dois anos, permitida a recondução por mais um período. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 1º São impedidos de serem votados para a função de Corregedor-Geral e de Corregedor-Geral Adjunto, o integrante titular do Conselho Superior, os afastados com fundamento nos arts. 80, 84, 86, 87, 88, 93 ou 96 desta Lei Complementar, e os que tenham sofrido punição, antes de serem reabilitados. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 2º O Corregedor-Geral Adjunto será o substituto do Corregedor-Geral em seus impedimentos e afastamentos. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 3º Quando ocorrer o impedimento ou afastamento do Corregedor-Geral e do Corregedor-Geral Adjunto, o Conselho Superior elegerá, nos termos do caput e do § 1º, deste artigo, um Procurador do Estado, que será designado pelo Procurador-Geral do Estado para exercer as funções de Corregedor para o caso específico. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 4º Poderão ser designados pelo Procurador-Geral do Estado, por indicação do Corregedor-Geral, após prévia oitiva do Conselho Superior, Procuradores do Estado para exercerem funções auxiliares na Corregedoria-Geral, sendo que a dispensa das atribuições normais de seus cargos somente será efetuada mediante ato fundamentado. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 5º O Corregedor-Geral ou o Corregedor-Geral Adjunto ficarão afastados de suas funções quando nomeados para o exercício das funções de Procurador-Geral do Estado ou de Procurador-Geral Adjunto do Estado. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 6º O Corregedor-Geral e o Corregedor-Geral Adjunto, antes do término do mandato, poderão ser destituídos da função por motivo de falta grave, conforme as disposições desta Lei Complementar. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 7º Os Procuradores do Estado designados pelo Procurador-Geral para as funções de Corregedor-Geral e Corregedor-Geral Adjunto ficarão afastados das atribuições do cargo de Procurador do Estado, sem prejuízo de sua remuneração. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) Art. 14. Compete à Corregedoria-Geral:

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I - fiscalizar as atividades dos órgãos da Procuradoria-Geral do Estado; I - fiscalizar as atividades dos órgãos da Procuradoria-Geral do Estado mediante correição permanente; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) II - apreciar as representações que lhe forem encaminhadas relativamente à atuação da Procuradoria-Geral do Estado; III - realizar correição ordinária e extraordinária nos diversos órgãos da Procuradoria-Geral do Estado, sugerindo as medidas necessárias à racionalização e à eficiência dos serviços; IV - propor e conduzir sindicâncias e processos administrativos disciplinares contra integrantes da carreira de Procurador do Estado; V - sugerir ao Procurador-Geral do Estado o afastamento do Procurador do Estado que esteja sendo submetido a correição, a sindicância ou a processo administrativo disciplinar, quando cabível; VI - acompanhar o estágio probatório dos membros da Procuradoria-Geral do Estado e efetuar avaliação especial de desempenho; VII - propor a exoneração de membros da Procuradoria-Geral do Estado que não cumprirem as condições do estágio probatório ou por ineficiência de desempenho; VIII - manter prontuários dos membros da Procuradoria-Geral do Estado, permanentemente atualizados, para efeito de promoção por merecimento. IX - elaborar o seu regimento interno. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) IV - promover a abertura de averiguação preliminar, com o objetivo de coletar elementos para verificar o cabimento da instauração de sindicância ou de processo administrativo disciplinar; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) V - propor e conduzir sindicâncias e processos administrativos disciplinares contra integrantes da carreira de Procurador do Estado; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) VI - sugerir ao Procurador-Geral do Estado o afastamento do Procurador do Estado que esteja sendo submetido à correição, à sindicância ou a processo administrativo disciplinar, quando cabível; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) VII - acompanhar o estágio probatório dos membros da Procuradoria-Geral do Estado e efetuar avaliação especial de desempenho; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) VIII - propor a exoneração de membros da Procuradoria-Geral do Estado que não cumprirem as condições do estágio probatório ou por ineficiência de desempenho; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) IX - manter prontuários dos membros da Procuradoria-Geral do Estado, permanentemente atualizados, para efeito de promoção por merecimento; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) X - presidir as comissões processantes de processos disciplinares de Procuradores do Estado; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) XI - solicitar ao Procurador-Geral do Estado, por ato motivado, a designação do Corregedor-Geral

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Adjunto para presidir comissão processante de processo disciplinar de Procurador do Estado; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) XII - elaborar o seu regimento interno. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 1º A averiguação preliminar assegurará o devido processo legal, devendo ser arquivada quando não se fizer necessária à instauração de sindicância ou de processo administrativo disciplinar. (acrescentado pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 2º As correições ordinárias serão efetuadas pelo Corregedor-Geral ou pelo Corregedor-Geral Adjunto, por designação daquele, anualmente, nos órgãos de atuação institucional para verificar a atuação dos Procuradores do Estado, no cumprimento das obrigações legais. (acrescentado pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 3º O relatório da correição ordinária, quando efetuada pelo Corregedor-Geral Adjunto, depende de aprovação do Corregedor-Geral, que poderá determinar diligências complementares para sua conclusão. (acrescentado pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 4º A correição extraordinária será efetuada, exclusivamente, pelo Corregedor-Geral, de ofício ou por solicitação do Procurador-Geral do Estado. (acrescentado pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) Art. 15. As correições ordinárias serão efetuadas pelo Corregedor-Geral, anualmente, nos órgãos de atuação institucional para verificar a regularidade do serviço, a eficiência e a pontualidade dos Procuradores do Estado no exercício de suas funções, bem como no cumprimento das obrigações legais. Parágrafo único. A correição extraordinária será efetuada pelo Corregedor-Geral, de ofício ou por solicitação do Procurador-Geral do Estado.

CAPÍTULO V DOS ÓRGÃOS DE ATUAÇÃO INSTITUCIONAL

Seção I

Dos Procuradores do Estado Art. 16. Aos Procuradores do Estado incumbe o exercício das atribuições que lhes são próprias e por delegação do Procurador-Geral do Estado. Parágrafo único. Os poderes referidos no art. 2º desta Lei Complementar são inerentes ao Procurador de Estado investido no cargo, não carecendo, por sua natureza constitucional, de instrumento de mandato, qualquer que seja a instância, foro ou tribunal.

Seção II Das Procuradorias Especializadas e Regionais

Art. 17. As Procuradorias Especializadas, as Procuradorias Regionais, a Escola Superior da Advocacia Pública e a Coordenadoria serão dirigidas, exclusivamente, por integrantes da carreira de Procurador do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) Art. 18. A instalação de Procuradorias Especializadas e Procuradorias Regionais será feita pelo Procurador-Geral do Estado, após sua instituição por ato do Governador do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Parágrafo único. O disposto na parte final do caput incidirá somente nas hipóteses de criação de novas Procuradorias Especializadas e Regionais. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Art. 19. As competências específicas das Procuradorias Especializadas e a área de atuação das

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Procuradorias Regionais serão estabelecidas no regimento interno da Procuradoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Parágrafo único. As Procuradorias Especializadas atuarão na esfera recursal nos processos oriundos das Procuradorias Regionais do interior do Estado, em matéria de sua competência, exceto nos recursos de primeiro grau de jurisdição. (acrescentado pela Lei Complementar nº 136, de 15 de maio de 2009) Art. 20. Aos Chefes de Procuradorias Especializadas incumbe: I - dirigir, coordenar, supervisionar, orientar e distribuir os serviços da respectiva Procuradoria Especializada; II - representar ao Procurador-Geral do Estado sobre o que julgar cabível quanto aos serviços e às atribuições da Procuradoria Especializada; III - articular-se com os demais Procuradores-Chefes para a coordenação de assuntos de competência das respectivas Especializadas; IV - comunicar ao Procurador-Geral a solução dos processos e de ações de relevante interesse do Estado e propor, quando necessário e conveniente, desistência, transação, confissão ou arquivamento de processo em que se verifica a impossibilidade ou a inconveniência de prosseguimento administrativo ou judicial; V - distribuir o pessoal da respectiva Procuradoria Especializada; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) VI - orientar diretamente as Procuradorias Regionais em matéria de competência de sua Procuradoria Especializada; VII - manifestar-se obrigatoriamente sobre pareceres e pronunciamentos emitidos pelos Procuradores que servem sob sua direção, inclusive sobre os relativos ao não-cabimento de recursos; VIII - fornecer à Corregedoria elementos indicativos para aferição de merecimento dos Procuradores do Estado que lhes são subordinados; IX - propor à Escola Superior da Advocacia Pública a aquisição de livros, a assinatura de revistas especializadas, periódicos e outras publicações de interesse da Procuradoria Especializada; (Redação dada pela Lei Complementar nº 106, de 7 de julho de 2004) X - atender, com a maior brevidade possível, a informações e a relatórios solicitados pelos órgãos superiores da Procuradoria-Geral; XI - requisitar, diretamente de qualquer repartição pública estadual, informações e documentos que se fizerem necessários à defesa do Estado; XII - solicitar, com a devida antecedência, ao Procurador-Geral, diárias e passagens necessárias ao deslocamento dos Procuradores do Estado no atendimento de serviços fora de sua sede. Art. 21. Ao Procurador do Estado que assumir a Procuradoria Regional compete, na respectiva área de atuação: I - dirigir, coordenar, supervisionar, orientar e distribuir os serviços de sua unidade; II - apresentar ao Procurador-Geral sobre o que julgar cabível e necessário, com vistas ao bom funcionamento ou à melhoria dos serviços de sua unidade; III - distribuir o pessoal de sua unidade, fazendo, inclusive, designação para serviços especiais;

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IV - manifestar-se sobre os pronunciamentos dos Procuradores do Estado sob sua chefia; V - solicitar, com a devida antecedência, ao Procurador-Geral, diárias e passagens necessárias ao deslocamento dos Procuradores no atendimento de serviços fora de sua sede; VI - requisitar, diretamente de qualquer repartição pública estadual, informações e documentos que se fizerem necessários à defesa do Estado.

TÍTULO II DA CARREIRA DE PROCURADOR DO ESTADO

CAPÍTULO I

DOS CARGOS Art. 22. Os cargos de Procurador do Estado são organizados em carreira, escalonados em cinco categorias: especial, primeira, segunda, terceira e inicial, sendo ingresso na carreira por meio de concurso público e o provimento na categoria inicial.

CAPÍTULO II DO INGRESSO NA CARREIRA

Art. 23. O concurso público de ingresso na carreira de Procurador do Estado será de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, por meio de comissão integrada por Procuradores do Estado. Art. 24. São requisitos para ingresso na carreira de Procurador do Estado: I - ser brasileiro e advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil; II - estar quite com o serviço militar; III - estar no gozo dos direitos políticos; IV - gozar de saúde física e mental; V - ter boa conduta social e não registrar antecedentes criminais; VI - ter, na data do pedido de inscrição, pelo menos, dois anos de prática profissional. § 1º A boa conduta social será comprovada mediante atestado de dois membros da Procuradoria-Geral do Estado, do Poder Judiciário, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, sem prejuízo das investigações sigilosas a cargo da comissão. § 2º A inexistência de antecedentes criminais será comprovada por certidão negativa das Justiças estadual e federal do local onde o candidato tiver residido nos últimos cinco anos. § 3º Será considerado, como forma de prática profissional o exercício da advocacia e das funções de juiz, de membro do Ministério Público, de membro da Defensoria Pública ou de qualquer cargo, emprego ou função na administração pública que exija como requisito para o seu exercício o diploma de bacharel em Direito, bem como estágio profissional de Direito, oficial ou reconhecido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) Art. 25. O Procurador-Geral do Estado fixará, mediante edital, as normas para a realização do concurso público. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) I - (Revogado pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) II - (Revogado pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003)

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III - (Revogado pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) V - (Revogado pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) Art. 26. O pedido de inscrição será feito mediante requerimento dirigido ao Presidente da Comissão de Concurso, instruído com: (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) I - prova da nacionalidade brasileira; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) II - comprovante da condição de bacharel em Direito; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) III - declaração de que preenche os requisitos do art. 24 desta Lei Complementar; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) IV - prova de recolhimento da taxa de inscrição especificada no edital; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) IV - prova de recolhimento de taxa de inscrição especificada no edital, salvo disposição legal em contrário; (redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 15 de maio de 2009) V - duas fotos 3x4 recentes. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) § 1º Encerrado o prazo de inscrição, os pedidos serão encaminhados para exame da Comissão de Concurso, que proferirá decisão. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) § 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão que indeferir o pedido de inscrição no prazo de cinco dias da data da publicação da relação dos inscritos na imprensa oficial. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) Art. 27. Encerrado o julgamento dos pedidos de reconsideração de indeferimento de inscrição, a comissão designará data para a realização das provas e fará publicar a lista definitiva dos candidatos inscritos. Art. 28. O concurso compreenderá as seguintes fases eliminatórias: provas preambular, escrita e oral, exames de aptidão física e mental e investigação social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) § 1º A prova preambular conterá, no mínimo, cem questões objetivas, versando sobre as matérias exigidas nas provas escritas e oral. Nessa prova serão classificados os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a cinqüenta pontos, em número correspondente a dez vezes o número de vagas oferecidas pelo edital, ultrapassando-se tal limite, apenas para aproveitamento de candidatos empatados em último lugar da classificação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) § 2º Das provas escritas, constará, a critério da Comissão de Concurso, a elaboração de peças processuais e respostas de caráter discursivo às questões apresentadas, e versará sobre as matérias indicadas no respectivo edital. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) § 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005)

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§ 4º A prova oral versará sobre todas as matérias previstas para a prova escrita, considerado aprovado o candidato que obtiver média igual ou superior a cinco. § 5º A comprovação da aptidão física e mental será realizada em organização especializada e reconhecida pelo Poder Público, e a investigação social, pela comissão, com início na inscrição do concurso, perdurando até a sua homologação, e consistirá na coleta de informações sobre a vida pregressa e atual e sobre a conduta individual e social do candidato. Art. 29. A prova de títulos não terá caráter eliminatório, destinando-se apenas à apuração da média final de classificação, e os títulos deverão ser apresentados, até três dias após a publicação da lista dos aprovados. Art. 30. O resultado geral das provas do concurso será divulgado no órgão oficial. Art. 31. O Procurador-Geral do Estado baixará, por meio de regulamento próprio, as normas complementares para a realização de concurso público. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) Art. 32. (Revogado pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Art. 33. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável por igual período, mediante ato do Procurador-Geral do Estado.

CAPÍTULO III DA NOMEAÇÃO

Art. 34. Os cargos iniciais da carreira de Procurador do Estado serão providos, em caráter efetivo, por nomeação do Governador, obedecida a ordem de classificação no concurso público.

CAPÍTULO IV DA POSSE E DA LOTAÇÃO

Art. 35. O Procurador do Estado deverá tomar posse no prazo de trinta dias, contado da publicação do decreto de nomeação no Diário Oficial, prorrogável por igual período, a critério do Procurador-Geral. Parágrafo único. Será tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse não se verificar no prazo estabelecido. Art. 36. A posse será dada pelo Procurador-Geral, mediante assinatura de termo em que o empossado promete cumprir fielmente os deveres do cargo. Art. 37. São requisitos para a posse a apresentação da declaração de bens e de não-acumulação de cargo ou emprego público. Art. 38. O Procurador-Geral do Estado, no prazo de cinco dias contado a partir da posse, convocará os Procuradores do Estado empossados, para a escolha de lotação, observada a ordem de classificação no concurso. Parágrafo único. O Procurador do Estado que não atender à convocação perderá o direito à escolha de lotação. Art. 39. (Revogado pela Lei Complementar nº 108, 23 de dezembro de 2004) Parágrafo único. (Revogado pela Lei Complementar nº 108, 23 de dezembro de 2004)

CAPÍTULO V DO EXERCÍCIO

Art. 40. Os integrantes da carreira de Procurador do Estado deverão entrar em exercício dentro de trinta dias, contado da data da posse, sob pena de exoneração.

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Art. 41. Em caso de remoção para unidade diversa, o Procurador do Estado deverá assumir suas novas funções no prazo de dez dias. § 1º O prazo de que trata este artigo poderá ser prorrogado, havendo motivo justo, a critério do Procurador-Geral. § 2º Quando o Procurador do Estado removido estiver em gozo de licença ou em qualquer afastamento legal, o prazo previsto neste artigo será contado a partir da data do término do respectivo afastamento.

CAPÍTULO VI DA CARGA HORÁRIA

Art. 42. A carga horária a ser cumprida pelos integrantes da carreira de Procurador do Estado é de até quarenta horas semanais, distribuídas em horas diárias, em período a ser determinado por regulamento do Procurador-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005)

CAPÍTULO VII DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 43. A contar do dia em que o Procurador do Estado de categoria inicial houver entrado em exercício, e durante o período de trinta e seis meses, apurar-se-á o preenchimento dos requisitos necessários à sua confirmação na carreira. § 1º Antes de completar o prazo previsto no caput, o Procurador do Estado só poderá ser exonerado, mediante procedimento de avaliação especial de desempenho, comprovado em procedimento administrativo, de competência da Corregedoria-Geral, ouvido o Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado, no qual se lhe assegure o direito de ampla defesa. § 2º Verificado o não-cumprimento dos requisitos, a Corregedoria-Geral remeterá ao Conselho Superior, até quatro meses antes do término do estágio, relatório circunstanciado sobre conduta profissional do Procurador do Estado, concluindo, fundamentadamente, sobre sua confirmação ou não no cargo. § 3º Não está dispensado do estágio probatório Procurador do Estado de categoria inicial que já tenha se submetido a estágio, ainda que da mesma natureza, em outro cargo. Art. 44. Os requisitos para avaliação do estágio probatório são os seguintes: I - idoneidade moral; II - zelo funcional; III - eficiência; IV - disciplina. Art. 45. Para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação de desempenho realizada perante a Corregedoria-Geral, mediante relatório circunstanciado. Parágrafo único. O Conselho Superior abrirá prazo de dez dias para defesa do interessado e, após, decidirá pelo voto da maioria de seus membros. Art. 46. O Procurador-Geral do Estado, no prazo de dez dias, após o recebimento da conclusão do Conselho Superior, encaminhará expediente ao Governador do Estado, para efeito de exoneração do Procurador do Estado em estágio probatório, quando o Conselho Superior manifestar-se contrariamente à confirmação. Art. 47. O Procurador-Geral do Estado, no prazo de dez dias após o recebimento da conclusão do

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Conselho Superior favorável à confirmação do Procurador do Estado na carreira, publicará a respectiva resolução.

CAPÍTULO VIII

DA PROMOÇÃO Art. 48. A promoção consiste na elevação do Procurador do Estado, dentro da carreira, de uma categoria para outra imediatamente superior. Parágrafo único. Existindo vaga na categoria superior, a promoção realizar-se-á no prazo de sessenta dias, contado a partir da efetiva vacância do cargo. Art. 49. A promoção será ato do Governador, processada pelo Conselho Superior, e far-se-á pelos critérios de antiguidade e de merecimento, alternativamente. Art. 50. A antiguidade será apurada pelo tempo de efetivo exercício na categoria. § 1º Em janeiro e em julho de cada ano, o Procurador-Geral fará publicar, no órgão oficial, a lista de antiguidade dos Procuradores do Estado em cada categoria, a qual conterá o tempo de serviço na categoria, na carreira, no serviço público estadual e no serviço público em geral, bem como o computado para efeito de aposentadoria. § 2º O empate na classificação por antiguidade resolver-se-á favoravelmente ao candidato que, pela ordem: I - for o mais antigo na carreira; II - tiver maior tempo de serviço público estadual; III - tiver maior tempo de serviço público em geral; IV - for o mais idoso. § 3º Na categoria inicial, o empate resolver-se-á pela ordem de classificação no concurso. § 4º As reclamações contra a lista de antiguidade deverão ser apresentadas ao Conselho Superior no prazo de dez dias contado a partir da publicação. Art. 51. O mérito, para efeito de promoção, será aferido pelo Conselho Superior, com base nas informações fornecidas pelo Corregedor-Geral, observando-se: I - qualidade de trabalho; II - produtividade; III - iniciativa; IV - assiduidade; V - disciplina; VI - conduta pessoal, social e funcional; VII - pontualidade, dedicação, eficiência, presteza, contribuição à organização e à melhoria dos serviços; VIII - aprimoramento da cultura e desempenho jurídico;

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IX - atuação em trabalho que apresente particular dificuldade. Art. 52. A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, a qual será organizada pelo Conselho Superior, em sessão secreta, com ocupantes dos dois primeiros terços da lista de antiguidade que tenham, pelo menos, o interstício de dois anos de efetivo exercício na categoria, salvo se não houver quem preencha tal requisito. § 1º Serão incluídos na lista tríplice os nomes dos que obtiverem os votos da maioria absoluta dos votantes, em primeiro escrutínio, ou maioria simples, em caso de segundo escrutínio. § 2º A lista de promoção por merecimento poderá conter menos de três nomes, se os remanescentes da categoria que preenchem os requisitos para promoção forem em número inferior a três ou quando houver mais de uma vaga a prover pelo critério de merecimento, a lista conterá tantos nomes quantos sejam as vagas, mais dois. § 3º Para a elaboração da lista, podem ser consideradas as vagas que ocorrerão nas categorias, em virtude de promoções para as que já existirem. § 4º Não concorre à promoção por merecimento o Procurador do Estado afastado por prazo superior a cento e oitenta dias, com fundamento nos artigos 80, 84, 86, 87, 88, 93 ou 96 desta Lei Complementar. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) Art. 53. O Procurador-Geral do Estado, ao encaminhar ao Governador a lista de promoção por merecimento, comunicar-lhe-á a ordem dos escrutínios, o número dos votos obtidos e quantas vezes os indicados figuraram em listas anteriores. Parágrafo único. Terá direito à promoção o Procurador do Estado que tiver sido indicado pela terceira vez e, em caso de empate, aplicar-se-á o disposto no § 2º do art. 50 desta Lei Complementar. Art. 54. Ainda que ocorram várias vagas simultaneamente, organizar-se-ão, sucessivamente, tantas listas tríplices quantas forem às vagas. Parágrafo único. Cada uma das listas somente será elaborada após a escolha do Governador, com referência à lista anterior.

CAPÍTULO IX DA REMOÇÃO

Art. 55. A remoção do Procurador do Estado dar-se-á por ato do Procurador-Geral do Estado, por concurso, por permuta ou ex officio por necessidade de serviço. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 1º A remoção ex officio por necessidade de serviço de Procurador do Estado com menos de dois anos de efetivo exercício na Procuradoria Regional ou na sede da Procuradoria-Geral do Estado será precedida de deliberação do Conselho Superior. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 2º Após o transcurso de dois anos de lotação na Procuradoria Regional, a remoção ex officio de Procurador do Estado será considerada necessidade de serviço. Nesta hipótese, o Procurador do Estado não poderá retornar à Regional em que atuou antes de passados dois anos. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) § 3º A remoção por concurso de Procurador do Estado da Procuradoria Regional para a sede da Procuradoria-Geral ou para outra Regional far-se-á mediante inscrição do interessado, observado o critério de antiguidade de Procurador Regional em sua última lotação ou de antiguidade na carreira para os Procuradores do Estado lotados na sede da Procuradoria-Geral do Estado. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004)

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§ 4º A remoção importará na percepção de ajuda de custo para custeio das despesas de transporte e de mudança da sede. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) Art. 56. (Revogado pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) Art. 57. Os Procuradores do Estado não pertencentes à categoria inicial e à terceira categoria lotados na sede da Procuradoria-Geral do Estado, somente poderão ser removidos para as Procuradorias Regionais por concurso ou mediante permuta, observado, nas duas hipóteses, o interesse do serviço. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004)

CAPÍTULO X DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 58. A apuração do tempo de serviço do Procurador do Estado será feita em dias, vedada a contagem, para qualquer efeito, do exercício de função gratuita. Parágrafo único. O número de dias será convertido em anos e em meses, considerado o ano como trezentos e sessenta e cinco dias, e o mês como trinta dias. Art. 59. Será considerado como efetivo exercício o afastamento por motivo de: I - férias; II - afastamento para estudo, desde que reconhecido o interesse da Administração, ou para missão oficial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) III - afastamento para servir em outro órgão ou entidade; IV - licença para tratamento de saúde; V - licença por motivo de doença em pessoa da família; VI - licença à gestante; VII - licença paternidade; VIII - licença para casamento; IX - licença por luto; X - licença para atividade política e para desempenho de mandato eletivo; XI - licença para exercício de mandato em órgão representativo da classe ou em entidade fiscalizadora da profissão; XII - prestação de prova ou exame em curso regular ou em concurso público; XIII - recolhimento à prisão, se absolvido no final; XIV - suspensão preventiva, se absolvido no final; XV - convocação para serviço militar ou para encargo de segurança nacional, júri e outros serviços obrigatórios; XVI - trânsito para exercício em nova sede; XVII - falta por motivo de doença comprovada, inclusive em pessoa da família, até o máximo de três durante o mês.

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Art. 60. Serão computados integralmente para os efeitos de disponibilidade: I - o tempo de serviço público federal, estadual e municipal; II - a licença para tratamento de saúde em pessoa da família, superior a um ano; III - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual e municipal, anterior ao ingresso no serviço público do Estado; IV - o tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposentado. Art. 61. O tempo de serviço prestado à iniciativa privada, comprovado mediante certidão do Instituto Nacional de Seguro Social INSS, será computado para aposentadoria, nos termos da legislação específica.

CAPÍTULO XI DA APOSENTADORIA E DA DISPONIBILIDADE

Art. 62. O Procurador do Estado será colocado em disponibilidade nas formas previstas no § 3° do art. 41 da Constituição Federal ou conforme prescrito nesta Lei Complementar. Art. 63. O Procurador do Estado será aposentado nos termos e nas condições estabelecidos no regime de previdência social dos servidores do Estado de Mato Grosso do Sul.

CAPÍTULO XII DA REVERSÃO

Art. 64. A reversão é o retorno à atividade do Procurador do Estado aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria, e dar-se-á no mesmo cargo. Parágrafo único. Estando provido o cargo, o Procurador do Estado exercerá suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga.

CAPÍTULO XIII DA REINTEGRAÇÃO

Art. 65. A reintegração é a reinvestidura do Procurador do Estado estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão, por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. § 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o Procurador do Estado ficará em disponibilidade. § 2º Estando provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

CAPÍTULO XIV DA RECONDUÇÃO

Art. 66. A recondução é o retorno do Procurador do Estado estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório em outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único. Estando provido o cargo, o Procurador do Estado exercerá suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga.

TÍTULO III DOS DIREITOS, DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS

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CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 67. Os Procuradores do Estado, os Magistrados, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e os advogados se devem consideração e respeito mútuos, não existindo entre eles, na administração da justiça, para a qual concorrem, qualquer relação de hierarquia ou de subordinação. Art. 68. O Procurador do Estado fará jus, observadas as disposições desta Lei Complementar, aos direitos e vantagens previstas no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Mato Grosso do Sul ou na legislação específica. Art. 69. O Procurador do Estado fará jus à previdência e à assistência social, nas condições que estabelecer a legislação específica.

CAPÍTULO II DOS DIREITOS

Seção I

Dos Subsídios Art. 70. O Procurador do Estado será remunerado mensalmente por subsídio, conforme art. 39, § 4º, da Constituição Federal, respeitada a diferença de dez por cento entre cada categoria, cuja fixação e alteração ocorrerá por meio de lei específica, assegurada a sua revisão geral anual sempre na mesma data, sem distinção de índices. Art. 70. O Procurador do Estado será remunerado, mensalmente, por subsídio, conforme os arts. 37, inciso XI e 39, § 4º, ambos da Constituição Federal, respeitada a diferença de cinco por cento entre cada categoria, escalonadas a partir da categoria especial, assegurada a sua revisão geral anual sempre na mesma data, sem distinção de índices. (redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 15 de maio de 2009) Art. 71. Ao Procurador do Estado poderão ser atribuídas, além do subsídio, as seguintes indenizações: I - pelas despesas de mudança e transporte, a título de ajuda de custo, nos casos de remoção compulsória da sede de exercício, no valor de até um subsídio do cargo, arbitrado pelo Procurador-Geral; II - pelas despesas de hospedagem, alimentação e deslocamento no local de destino, a título de diária, em viagem a serviço, em valores e condições definidos para os servidores públicos estaduais; III - auxílio-moradia, para o Procurador do Estado lotado na Capital Federal, em valor não superior a dez por cento do respectivo subsídio; IV - auxílio-transporte, nas condições de atribuição aos demais servidores do Poder Executivo; V - pelo exercício de função de coordenação e gerência privativa da carreira calculada sobre o subsídio do respectivo cargo, nas seguintes proporções: V - pelo exercício de função de coordenação e gerência privativa da carreira calculada sobre o subsídio do nível inicial da respectiva categoria, nas seguintes proporções: (redação dada pela Lei Complementar nº 142, de 31 de março de 2010) a) cinqüenta por cento para Procurador-Geral do Estado; b) quarenta por cento para Procurador-Geral Adjunto; c) trinta por cento para Corregedor-Geral;

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d) vinte por cento para Chefe de Procuradoria Especializada; d) vinte por cento para Procuradores Chefes de Procuradoria Especializada e para Procuradores do Estado designados para Coordenação Jurídica de órgãos ou entidades da Administração Pública; (redação dada pela Lei Complementar nº 142, de 31 de março de 2010) d) vinte por cento para Corregedor-Geral Adjunto, Procuradores Chefes de Procuradoria Especializada e para Procuradores do Estado designados para Coordenação Jurídica de órgãos ou de entidades da Administração Pública; (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) e) dez por cento para Procurador Regional; f) dez por cento para Subchefe de Procuradoria Especializada e para Procurador do Estado designado para Coordenação Jurídica de órgãos ou entidades da Administração Pública. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) f) dez por cento para Subchefe de Procuradoria Especializada. (redação dada pela Lei Complementar nº 142, de 31 de março de 2010) VI - pela substituição no exercício de chefia de Procuradoria Especializada, de Regional e de Coordenação, mediante designação do Procurador-Geral do Estado, calculada consoante o previsto no inciso anterior e paga proporcionalmente aos dias de efetivo exercício da função. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) VII - auxílio-alimentação mensal em valor correspondente a 5% (cinco por cento) do subsídio do nível inicial da carreira. (acrescentado pela Lei Complementar nº 175, de 23 de maio de 2013) § 1º O Procurador do Estado designado para responder, cumulativamente, por duas ou mais chefias de Procuradorias Especializadas, de Regionais e de Coordenações, em substituição ao titular, fará jus ao recebimento da indenização prevista no inciso VI, acrescida do correspondente a cinco por cento, calculada sobre o valor do seu subsídio e será paga proporcionalmente aos dias de trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 2º É vedado o pagamento, além do subsídio, das indenizações e demais verbas previstas nesta Lei Complementar, de qualquer complementação ou parcela remuneratória a Procurador do Estado, exceto a gratificação natalina, o abono de férias e a parcela incorporada pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança, conforme disposições do Estatuto dos Servidores do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 3° O disposto no § 2° aplica-se aos proventos dos membros da Procuradoria do Estado aposentados e que recebem o respectivo benefício pelo fundo de previdência dos servidores públicos estaduais. Art. 71-A. Fica assegurado ao Procurador do Estado, ativo ou inativo, ao cônjuge ou ao companheiro, aos dependentes legais e aos pensionistas plano de assistência médico-social, em forma de parcela pecuniária mensal indenizatória equivalente a 5% do subsídio percebido pelo Procurador do Estado ou do provento percebido por seu pensionista. (acrescentado pela Lei Complementar nº 175, de 23 de maio de 2013) Art. 72. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do Procurador do Estado que, no interesse do serviço, for removido para nova sede, sempre que ocorrer a mudança de domicílio. Art. 73. A ajuda de custo corresponderá ao valor de até um subsídio do Procurador do Estado, para fins de custeio das despesas de transporte e de mudança de sede e, no caso de lotação ou remoção para a Procuradoria do Estado em Brasília, corresponderá a até dois subsídios. Art. 74. As diárias são devidas ao Procurador do Estado que, a serviço, afastar-se da sede, em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território estadual, nacional ou para o exterior, e destinadas

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a indenizar, exclusivamente, despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana na localidade de destino, excluindo-se o valor das passagens ou auxílio transporte.

Seção II Das férias

Art. 75. Os Procuradores do Estado terão direito a férias anuais de trinta dias, remuneradas pelo abono de férias, que poderão ser fracionadas, no interesse da Administração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) Art. 76. Os Procuradores do Estado gozarão das férias anuais individualmente e do recesso, coincidente com o período fixado pelo Poder Judiciário, de forma coletiva, salvo os que permanecerem de plantão. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) Parágrafo único. A escala de plantão do recesso contará com, no máximo, vinte por cento dos Procuradores do Estado, podendo, no interesse do serviço, ser excedido o limite por decisão do Procurador-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) Art. 77. Os Procuradores do Estado deverão requerer o afastamento de suas funções para o gozo de férias, indicando o período aquisitivo a ele referente, bem como o seu início e término. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 1° O Procurador do Estado, ao entrar em gozo de férias, comunicará ao Procurador-Geral o endereço onde poderá ser encontrado e os meios de contato. § 2° A promoção, a permuta ou a remoção, inclusive o período de trânsito, não interrompem o gozo das férias. Art. 78. Por necessidade de serviço, o Procurador-Geral do Estado poderá indeferir pedido de férias individuais ou determinar que qualquer Procurador do Estado em férias reassuma o exercício do cargo. Parágrafo único. As férias indeferidas ou interrompidas, bem como o período correspondente ao recesso forense, poderão ser usufruídas em outra oportunidade, no prazo máximo de dois anos contados a partir da época em que deveriam ser gozadas.

Seção III Dos afastamentos

Art. 79. Os afastamentos de qualquer natureza somente serão concedidos após o período do estágio probatório, mediante prévia aprovação do Conselho Superior da Procuradoria-Geraldo Estado, exceto as licenças referidas nos incisos I, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XII e XVI do art. 59 desta Lei Complementar. Art. 79. Os pedidos de afastamento para estudo, para servir em outro órgão ou entidade e para trato de interesse pessoal somente serão concedidos após o período de estágio probatório. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013)

Subseção I Do Afastamento Para Estudos ou Missão Oficial

Art. 80. O Procurador do Estado poderá obter afastamento para estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, nas seguintes condições: I - com direito à percepção dos subsídios, desde que reconhecido pelo Governador o interesse para a Administração; II - sem direito à percepção dos subsídios quando não reconhecido o interesse para a administração. Parágrafo único. Cabe ao Procurador-Geral do Estado, ouvido o Conselho Superior, opinar, conclusivamente, sobre o interesse da administração pública e solicitar ao Governador do Estado a autorização.

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Art. 81. O Procurador do Estado, afastado nos termos do art. 80, ficará obrigado a restituir o que percebeu durante a licença se, nos dois anos subseqüentes ao término dos estudos, ocorrer a sua exoneração, demissão ou licença para trato de interesses particulares. § 1º A importância a ser restituída será atualizada, com base nos índices oficiais vigentes na data do pagamento e aplicáveis ao período de afastamento. § 2º A exoneração, a pedido, ou a licença para trato de interesse particular somente será concedida após a quitação da importância devida ao Estado. § 3º Em caso de demissão, a quantia devida será inscrita na dívida ativa, se não for paga no prazo de trinta dias contado a partir da data de publicação do ato. Art. 82. O Procurador do Estado ficará obrigado, dentro de sessenta dias do término do afastamento, a apresentar relatório circunstanciado das atividades desenvolvidas ou dos estudos realizados devidamente documentados. Parágrafo único. Ao Procurador do Estado no desempenho de missão oficial no exterior poderá ser concedida, além dos subsídios normais, ajuda de custo em importância a ser arbitrada pelo Governador do Estado, na forma da legislação aplicável. Art. 83. O Procurador do Estado que esteja cursando, às suas expensas ou sob o patrocínio de entidade alheia ao Estado, curso de pós-graduação, sem prejuízo de suas funções, fará jus ao afastamento de dez a trinta dias, a ser concedido mediante requerimento devidamente justificado, endereçado ao Procurador-Geral do Estado, que decidirá após pronunciamento do Conselho Superior. Art. 83. O Procurador do Estado que esteja cursando pós-graduação, sem prejuízo de suas funções, fará jus ao afastamento de dez a trinta dias, a ser concedido mediante requerimento devidamente justificado, endereçado ao Procurador-Geral do Estado, que decidirá após pronunciamento do Conselho Superior. (redação dada pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) § 1º O Procurador do Estado beneficiado com o afastamento a que se refere o caput fica obrigado, ao término do curso, a apresentar seu trabalho de conclusão, inclusive ministrar curso aos demais integrantes da carreira, se assim entender o Conselho. § 2º O Procurador do Estado que não atender à exigência prevista no § 1º terá os dias do afastamento descontados de seu subsídio em até três parcelas, se o afastamento for concedido pelo período máximo de trinta dias. § 3º A exoneração, a pedido, ou a licença para trato de interesse particular somente será concedida mediante o atendimento do que dispõe o § 1º ou mediante desconto a que se refere o § 2º. § 4º Em caso de demissão, o desconto será efetuado sem qualquer parcelamento, ou a quantia será inscrita em dívida ativa. § 5º O afastamento, se concedido no prazo máximo, só poderá ser repetido após o prazo de três anos, no prazo mínimo após um ano ou pelo prazo de vinte dias após dois anos.

Subseção II Do afastamento para servir em outro órgão ou entidade

Art. 84. O Procurador do Estado poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes do Estado, da União, de outros Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para exercício de cargo em comissão;

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II - em casos previstos em lei específica. Parágrafo único. O afastamento de que trata este artigo será concedido por prazo determinado até o final de cada exercício e, se for o caso, prorrogado anualmente, após a análise da conveniência e oportunidade, mediante prévia solicitação do órgão ou entidade interessado. (acrescentado pela Lei Complementar nº 180, de 18 de dezembro de 2013) Art. 85. A cedência ocorrerá sem remuneração ou mediante ressarcimento da remuneração e de encargos que forem pagos durante seu afastamento.

Subseção III Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 86. A licença para tratamento de saúde será concedida ao Procurador do Estado, mediante inspeção médica realizada pelo órgão próprio do Estado ou por aqueles aos quais for transferida ou delegada essa atribuição. Parágrafo único. A licença a que se refere este artigo, por tempo igual ou inferior a trinta dias, será concedida à vista de atestado médico ou odontológico.

Subseção IV Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 87. O Procurador do Estado poderá obter licença por motivo de doença do ascendente, do cônjuge ou do filho que lhe tenham dependência econômica, mediante comprovação da necessidade do seu acompanhamento por perícia médica oficial e da impossibilidade de outro membro da família cumprir esse papel, na forma do art. 86 desta Lei Complementar.

Subseção V Da Licença para Trato de Interesse Particular

Art. 88. Ao Procurador do Estado que requerer poderá ser concedida licença para trato de interesse particular, nos mesmos prazos e condições fixadas no estatuto dos servidores civis do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) Parágrafo único. Ao Procurador do Estado em gozo de licença a que se refere este artigo aplicam-se as restrições previstas em lei.

Subseção VI Da Licença para Repouso à Gestante

Art. 89. A gestante terá direito à licença conforme indicação em laudo médico expedido na forma do art. 85 desta Lei Complementar e pelo prazo de 120 dias.

Subseção VII Da Licença Paternidade

Art. 90. Ao Procurador do Estado será concedida licença paternidade de oito dias, contado a partir da data do nascimento do filho.

Subseção VIII Da Licença para Casamento

Art. 91. Ao Procurador do Estado será concedida licença para casamento de oito dias, contado a partir do dia em que se realizar o matrimônio.

Subseção IX Da Licença por Luto

Art. 92. Ao Procurador do Estado será concedida licença por luto em razão do falecimento do cônjuge ou companheiro, do ascendente, do descendente e irmãos, pelo período de oito dias.

Subseção X Da Licença para Atividade Política e Desempenho de Mandato Eletivo

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Art. 93. O Procurador do Estado terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral. § 1º O Procurador do Estado candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerce cargo de direção, de chefia, de assessoramento, de arrecadação ou de fiscalização, dele será afastado a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. § 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o Procurador do Estado fará jus à licença, assegurado o subsídio, somente pelo período de três meses. Art. 94. O Procurador do Estado, eleito para mandato eletivo, fará jus à licença, observadas as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato federal ou estadual, ficará afastado do cargo; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo; b) não havendo compatibilidade de horário, ser-lhe-á concedida a licença, e poderá optar pela sua remuneração. § 1º O Procurador do Estado licenciado contribuirá para a previdência social como se em exercício estivesse. § 2º O Procurador do Estado investido em mandato eletivo não poderá ser removido ou lotado em localidade diversa daquela onde exerce o mandato. Art. 95. O período das licenças de que trata esta subseção será computado como tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

Subseção XI Da Licença para o Exercício de Mandato Classista

Art. 96. Ao Procurador do Estado que estiver exercendo o mandato de presidente em órgão representativo da classe ou mandato em entidade fiscalizadora da profissão será concedida, se o requerer, licença por período igual ao do mandato. § 1º Fica limitado a um Procurador do Estado o afastamento para entidade fiscalizadora da profissão ou para entidade representativa da classe e para defesa de interesses dos membros da carreira. § 2º O afastamento dar-se-á com direito aos subsídios, a contar do início do mandato e após comunicação escrita ao Procurador-Geral do Estado. § 3º O Procurador do Estado investido em mandato de presidente do órgão representativo da classe ou em mandato de entidade fiscalizadora da profissão não poderá ser removido ou lotado em localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

CAPÍTULO III DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS

Art. 97. São asseguradas aos Procuradores do Estado as seguintes garantias:

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I - estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação especial de desempenho realizada pela Corregedoria-Geral; II - irredutibilidade de subsídios, observadas as disposições das Constituições Federal e Estadual; III - promoção por antiguidade e merecimento, alternadamente; IV - aposentadoria e disponibilidade, assegurados os proventos calculados sobre os subsídios e as vantagens pessoais incorporadas; V - reajuste automático dos proventos da inatividade, nas mesmas oportunidades e nas mesmas proporções dos subsídios concedidos, a qualquer título, aos Procuradores do Estado em atividade. Art. 98. Os Procuradores do Estado, após três anos de exercício, não poderão ser demitidos senão por sentença judicial transitada em julgado ou em conseqüência de processo administrativo disciplinar em que lhes sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. Art. 99. Os Procuradores do Estado serão originariamente processados e julgados pelo Tribunal de Justiça, nos crimes comuns e nos de responsabilidade. Art. 100. Em caso de infração penal imputada a Procurador do Estado, a autoridade policial, tomando dela conhecimento, comunicará o fato ao Procurador-Geral do Estado ou ao seu substituto legal. Parágrafo único. A prisão ou a detenção de Procurador do Estado, em qualquer circunstância, será imediatamente comunicada ao Procurador-Geral do Estado, sob pena de responsabilidade de quem não o fizer, e só será efetuada em sala especial, à disposição da autoridade competente. Art. 101. São prerrogativas do Procurador do Estado: I - usar distintivos de acordo com os modelos oficiais; II - possuir carteira de identidade funcional conforme modelo aprovado pelo Procurador-Geral do Estado, assegurado-lhe o porte de arma, o trânsito livre, a isenção de revista e a requisição de auxílio e colaboração das autoridades públicas para o desempenho de suas funções; III - requisitar das autoridades competentes certidões, informações e diligências necessárias ao desempenho de suas funções; IV - tomar ciência pessoal de atos e de termos dos processos em que funcionarem; V - agir, no desempenho de suas funções, em juízo ou fora dele, com dispensa de emolumentos e de custas, que não são devidos mesmo que as serventias não sejam oficializadas; VI - ter vista de processos fora dos cartórios e das secretarias, ressalvadas as vedações legais; VII - ser ouvido como indiciado ou como testemunha em qualquer inquérito ou processo, em dia e hora previamente ajustados com a autoridade competente; VIII - utilizar-se dos meios de locomoção e de comunicação estaduais, quando o interesse do serviço o exigir; IX - exercitar os direitos conferidos pelo artigo 7º da Lei Federal nº 8.906, de 4 de julho de 1994, ou por legislação posterior.

TÍTULO IV DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DOS IMPEDIMENTOS

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CAPÍTULO I DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES

Art. 102. Os Procuradores do Estado devem ter irrepreensível conduta pública, pugnando pelo prestígio da justiça e velando pela dignidade de suas funções. § 1º São deveres do Procurador do Estado: I - desincumbir-se diariamente de seus encargos funcionais, no foro ou repartição e só poderá residir fora da sede em que tiver exercício, com autorização do Procurador-Geral do Estado; II - desempenhar, com zelo e presteza, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei, lhe forem atribuídos pelo Procurador-Geral; III - cumprir ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais; IV - respeitar as partes e tratá-las com urbanidade; V - zelar pela regularidade dos feitos em que funcionar e, de modo especial, pela observância dos prazos legais; VI - observar sigilo funcional quanto à matéria dos procedimentos em que atuar; VII - velar pela boa aplicação dos bens confiados à sua guarda; VIII - representar ao Procurador-Geral do Estado sobre irregularidades que afetem o bom desempenho de suas atribuições funcionais; IX - apresentar ao superior hierárquico relatório de suas atividades, com dados estatísticos ou qualitativos, quando solicitado, e sugerir providências tendentes à melhoria dos serviços da Procuradoria-Geral do Estado; X - prestar informações solicitadas pelos superiores hierárquicos; XI - apresentar relatórios e documentos solicitados pela Corregedoria. § 2º Os Procuradores do Estado não estão sujeitos a ponto. Art. 103. Ao Procurador do Estado é vedado, especialmente: I - empregar, em seu expediente, expressões ou termos de desrespeito à Justiça e às autoridades constituídas e, em trabalho devidamente assinado, poderá criticá-las sob o aspecto jurídico e doutrinário; II - manifestar-se, por qualquer meio de comunicação, sobre assunto pertinente ao seu oficio, salvo quando autorizado pelo Procurador-Geral do Estado; III - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada; IV - valer-se da qualidade de Procurador do Estado para obter vantagem indevida; V - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza político partidária; VI - participar de diretoria, de gerência, de administração, de conselho técnico ou administrativo de empresas industriais e comerciais ou de sociedade civil prestadora de serviço; VII - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou

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comandatário; VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, a repartições públicas; IX - cometer à pessoa estranha à repartição ou a seus subordinados o desempenho de encargos que lhe competir; X - residir fora do local onde exerce o cargo ou a função, exceto quando autorizado; XI - ter domicílio eleitoral fora do Estado de Mato Grosso do Sul, exceto no caso de lotação em outra unidade da Federação; (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) XII - exercer a advocacia fora da função.

CAPÍTULO II DOS IMPEDIMENTOS

Art. 104. É defeso ao Procurador do Estado exercer as suas funções em processo ou em procedimento: I - em que é parte ou de qualquer forma interessado; II - em que atuou como advogado de qualquer das partes; III - em que seja interessado cônjuge, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau; IV - nos casos previstos na legislação processual. Art. 105. O Procurador do Estado não poderá participar de comissão ou banca de concurso, intervir no seu julgamento e votar sobre organização de lista para promoção, quando concorrer parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, bem como seu cônjuge ou companheiro. Art. 106. Não poderão servir, sob a chefia imediata do Procurador do Estado, o seu cônjuge ou companheiro, parentes consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau. Art. 107. O Procurador do Estado dar-se-á por suspeito quando: I - houver proferido parecer favorável à pretensão deduzida em juízo pela parte adversa; II - houver motivo de foro íntimo que o iniba de funcionar; III - ocorrer qualquer dos casos previstos na legislação processual. Art. 108. Nas hipóteses previstas nos incisos I e II do artigo anterior, o Procurador do Estado comunicará ao Procurador-Geral do Estado, em expediente reservado, os motivos da suspeição, para que este os acolha ou os rejeite. Art. 109. Aplicam-se ao Procurador-Geral do Estado as disposições sobre impedimentos, incompatibilidades e suspeições previstos neste capítulo. Parágrafo único. Em qualquer desses casos, o Procurador-Geral dará ciência do fato a seu substituto legal, para os devidos fins.

TÍTULO V DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 110. O Procurador do Estado responde penal, civil e administrativamente pelo exercício irregular de suas funções. Art. 111. A atividade funcional do Procurador do Estado estará sujeita à correição permanente, realizada na forma desta Lei Complementar, dos regimentos internos da Procuradoria-Geral do Estado, do Conselho Superior e da Corregedoria-Geral. Art. 112. A responsabilidade administrativa do Procurador do Estado dar-se-á por procedimentos determinados pela presente Lei Complementar.

CAPÍTULO II DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 113. São aplicáveis aos Procuradores do Estado as seguintes sanções disciplinares: I - advertência; II - censura; III - multa; IV - suspensão; V - demissão; VI - cassação de disponibilidade ou de aposentadoria. § 1º A aplicação das sanções disciplinares não se sujeita à seqüência estabelecida neste artigo. § 2º As sanções dar-se-ão conforme cada caso e considerados a natureza, a gravidade da infração, os danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes do faltoso. § 3º Nenhuma sanção será aplicada ao Procurador do Estado sem que lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. Art. 114. A pena de advertência aplicar-se-á verbalmente ou por escrito, de forma reservada, nos casos de negligência no exercício das funções e de falta de cumprimento do dever legal. Art. 115. A censura aplicar-se-á por escrito, reservadamente, nos seguintes casos: I - na reincidência de falta passível de advertência; II - desrespeito para com os órgãos da administração superior da instituição; III - acumulação proibida de cargo ou função pública; IV - descumprimento das obrigações legais específicas atribuídas ao Procurador do Estado; V - desobediência às determinações dos órgãos da administração superior. Art. 116. A multa será aplicada nos casos de retardamento injustificado de ato funcional ou de descumprimento dos prazos legais, em até cinqüenta por cento dos subsídios. § 1º Quando o descumprimento dos prazos legais não resultar em prejuízo para o Estado, a multa poderá ser substituída pela sanção de advertência ou, no caso de reincidência, pela censura. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002)

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§ 2º A multa a que se refere o caput deste artigo será recolhida ao Fundo Especial da Procuradoria-Geral do Estado e destinada, exclusivamente, para o aperfeiçoamento funcional e a aquisição de livros para a Procuradoria-Geral do Estado. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Art. 117. A suspensão será aplicada nos casos de violação do dever funcional, de prática de ato incompatível com a dignidade ou com o decoro do cargo e de reincidência em falta punida com as penas de censura ou de multa. § 1º A suspensão não excederá a noventa dias, acarretará a perda dos direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo e não poderá coincidir com o período de férias ou de licença. § 2º Quando houver conveniência para o serviço, o Procurador-Geral do Estado poderá converter a pena de suspensão em pena de multa, no percentual estipulado no art. 116, permanecendo o Procurador do Estado no exercício de suas funções. Art. 118. Aplicar-se-á a pena de demissão nos casos de: I -abandono de cargo pela interrupção injustificada do exercício das funções por mais de trinta dias consecutivos, ou sessenta dias intercalados, durante o período de doze meses; II - conduta incompatível com a natureza do cargo, assim considerada a prática de jogos proibidos, a embriaguez habitual, o uso de drogas e a incontinência pública escandalosa; III - condenação por crime contra a administração ou contra a fé pública; IV - condenação à pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou com violação de dever inerente à função pública, igual ou superior a dois anos; V - condenação por crime comum, com pena igual ou superior a quatro anos; VI - reincidência de falta funcional punida com suspensão, cujo somatório das penas aplicadas seja igual ou superior cento e oitenta dias. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 1º Conforme a gravidade da falta, a demissão será aplicada com a nota “a bem do serviço público.” § 2º Se a falta não justificar a perda do cargo e o interesse público o recomendar, o Procurador do Estado será posto em disponibilidade com vencimentos proporcionais. Art. 119. A cassação da disponibilidade ou da aposentadoria terá lugar se ficar comprovada a prática, quando ainda no exercício do cargo, de falta suscetível de demissão. Art. 120. São competentes para aplicar as sanções disciplinares previstas no art. 113 desta Lei Complementar: I - o Governador do Estado, nos casos previstos nos incisos V e VI; II - o Procurador-Geral do Estado, nos demais casos. Art. 121. Ocorrerá a prescrição: I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, com cassação de aposentadoria e com disponibilidade; II - em dois anos, quanto à suspensão e à multa;

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III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência. § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data da ocorrência do fato. § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas como crime. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe o curso prescricional. § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. § 5º Prescreve em igual prazo a aplicação da pena.

CAPÍTULO III DA SINDICÂNCIA

Art. 122. A sindicância será instaurada pelo Procurador-Geral, observado o disposto no inciso VIII do art. 12, para apuração da materialidade e da autoria, sempre que essas não forem evidentes ou não estiverem suficientemente caracterizadas para a instauração do processo administrativo disciplinar. Art. 123. A sindicância será processada na Corregedoria-Geral, por comissão constituída por três membros designados pelo Procurador-Geral do Estado, dois escolhidos dentre os integrantes da carreira de categoria igual ou superior a do sindicado, e presidida pelo Corregedor-Geral ou por seus auxiliares. Parágrafo único. A sindicância terá caráter reservado e deverá estar concluída dentro de trinta dias, a contar da instauração do procedimento, prorrogáveis por igual prazo mediante proposta fundamentada do presidente da comissão sindicante e ato do Procurador-Geral do Estado. Art. 124. A sindicância proceder-se-á da seguinte forma: I - início dos trabalhos no prazo de três dias, a contar do recebimento do processo; II - notificação do denunciante, se houver, das testemunhas e do sindicado para serem ouvidos em dia, hora e local previamente marcados; III - coleta de provas e averiguações; IV - apresentação pela comissão de relatório conclusivo. § 1º Ao sindicado será permitido, no prazo de cinco dias após sua oitiva, juntada de documentos e indicação de provas a serem produzidas. § 2º As provas serão colhidas por meios pertinentes, aplicando-se-lhes, no que couber, as disposições relativas ao processo disciplinar. Art. 125. Encerrada a sindicância, os autos serão encaminhados ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado, que opinará pela instauração ou não do processo administrativo disciplinar. Parágrafo único. Se na apuração o Conselho reconhecer a prática de falta de natureza leve, punível por advertência ou censura, abrir-se-á, pelo prazo de dez dias, vista dos autos ao sindicado, para apresentação de defesa.

CAPÍTULO IV DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 126. O processo administrativo disciplinar será instaurado pelo Procurador-Geral do Estado, observado o disposto no inciso VIII do art. 12, para apuração de falta funcional de Procurador do Estado, observado o sigilo do procedimento.

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Parágrafo único. O ato de instauração indicará o nome, o cargo e a matrícula do acusado, bem como declinará as faltas e as irregularidades que lhe foram imputadas. Art. 127. Ao determinar a instauração do processo administrativo disciplinar ou no curso deste, o Procurador-Geral do Estado ou o Corregedor-Geral poderão, justificada a necessidade, afastar provisoriamente o indiciado de suas funções. Parágrafo único. O afastamento será pelo prazo de até trinta dias, prorrogáveis, no máximo, por sessenta dias, sem prejuízo dos direitos e das vantagens do indiciado, como medida acautelatória sem caráter de sanção. Art. 128. O processo administrativo disciplinar será processado na Corregedoria-Geral, por comissão constituída por três membros designados pelo Procurador-Geral do Estado, dois escolhidos dentre os integrantes da carreira de categoria igual ou superior a do indiciado, e presidida pelo Corregedor-Geral ou por seus auxiliares. § 1º Nos casos em que o processo administrativo disciplinar for precedido de sindicância, poderá ser mantida a mesma comissão. § 2º O Procurador-Geral do Estado, a pedido do Corregedor-Geral, poderá autorizar o afastamento dos membros da comissão de suas atribuições normais, durante a condução do processo disciplinar. Art. 129. Não poderá ser designado para integrar comissão, mesmo como secretário, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, do denunciante ou denunciado. Art. 130. A comissão instalará os trabalhos dentro de cinco dias, contados da data da publicação do ato de sua constituição, e concluirá no prazo de noventa dias, prorrogável pelo Procurador-Geral, em face de pedido circunstanciado do Corregedor-Geral. Art. 131. A citação dar-se-á pessoalmente ou por carta, com aviso de recebimento por mão própria, cientificando o acusado do dia, da hora e do local do interrogatório e deve ser acompanhada de cópia dos documentos que ensejaram a instauração do processo administrativo disciplinar. § 1º Não sendo encontrado o acusado ou sendo ignorado o seu paradeiro, a citação será realizada por edital publicado no Diário Oficial do Estado, com prazo de quinze dias. § 2º O acusado, por si ou por defensor que nomear, poderá oferecer defesa prévia no prazo de quinze dias, contado a partir do interrogatório e ser-lhe-á assegurada vista dos autos no local em que funcionar a comissão. § 3º Se o acusado não apresentar defesa, a comissão nomeará defensor, dentre os integrantes da carreira, de categoria igual ou superior à sua, e reabrir-se-lhe-á o prazo fixado no parágrafo anterior. § 4º Em defesa prévia, poderá o acusado requerer a produção de provas orais, documentais ou periciais e pedir a repetição daquelas já produzidas em anterior sindicância. § 5º A comissão poderá indeferir, fundamentadamente, as provas desnecessárias ou requeridas com intuito manifestamente protelatório e caberá, contra o indeferimento recurso ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado, com efeito suspensivo, no prazo de cinco dias. Art. 132. Durante a instrução, o presidente poderá determinar qualquer diligência que se afigure conveniente ao esclarecimento dos fatos. § 1º O acusado será sempre intimado para assistir aos atos instrutórios, fazendo-se acompanhar de advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular reperguntas, reinquirir testemunhas, apresentar assistente técnico e formular

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quesitos nas perícias. § 2º O não-comparecimento do advogado, ainda que motivado, não determinará o adiamento da instrução. Deverá o presidente da comissão nomear defensor ad hoc, observado o disposto no parágrafo anterior. § 3º O presidente da comissão, na produção das provas técnicas, poderá requisitar o auxílio de técnicos e peritos, preferencialmente oficiais militares. § 4º As testemunhas serão obrigadas a comparecer à audiência quando regularmente intimadas e, se não o fizerem, poderão ser conduzidas à comissão processante pela autoridade policial, mediante requisição. § 5º Ao servidor público que se recusar, sem justa causa, a depor como testemunha, será aplicada, pela autoridade competente, a sanção cabível e ser-lhe-á garantido o direito de recebimento de transporte e de diárias, caso tenha de depor fora da sede de seu domicílio. § 6º As testemunhas poderão ser inquiridas por todos os membros da comissão e reinquiridas pelo presidente após as reperguntas do acusado, se for o caso. Art. 133. Encerrada a produção de provas, a comissão abrirá vista dos autos ao acusado para oferecer as razões finais no prazo de quinze dias. Parágrafo único. Havendo mais de um acusado, os prazos para defesa serão comuns e em dobro, na hipótese de não estarem representados pelo mesmo advogado. Art. 134. Finda a instrução, a comissão remeterá o processo ao Procurador-Geral do Estado, no prazo de quinze dias, contendo relatório expositivo e circunstanciado, declinando as irregularidades imputadas ao acusado, concluindo pela inocência ou responsabilidade, indicando, neste último caso, os dispositivos legais transgredidos e a pena aplicável. (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002). Art. 135. O Procurador-Geral do Estado proferirá decisão no prazo de vinte dias contado a partir do recebimento do processo ou, se a penalidade a ser aplicada não for de sua competência, em despacho fundamentado, remeterá os autos, no prazo de cinco dias, ao Governador do Estado, que proferirá decisão em vinte dias. Parágrafo único. Havendo mais de um processado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para imposição da pena mais grave. Art. 136. A decisão deverá conter indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundamentar, não ficará vinculada às sugestões ou às conclusões do relatório. § 1º Quando o relatório contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, fundamentadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o processado de responsabilidade. § 2º Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial e constituirá outra comissão para apurar os fatos articulados no processo. § 3º Quando a autoridade julgadora entender que os fatos não foram devidamente apurados converterá o julgamento em diligência, dando à comissão processante, para os fins que indicar, prazo não superior a dez dias. § 4º O julgamento do processo fora do prazo legal não implica a sua nulidade. § 5º Tendo concluído a comissão processante pela existência de irregularidade e decidindo o

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Procurador-Geral do Estado pela total absolvição do acusado, os autos serão remetidos, de ofício, ao Conselho Superior para confirmação da decisão. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Art. 137. O Procurador do Estado que responder a processo disciplinar só poderá ser demitido ou aposentado voluntariamente após a sua conclusão e o cumprimento da penalidade, se aplicada. Art. 138. O acusado será intimado pessoalmente da decisão, salvo se revel ou furtar-se à intimação, casos em que será intimado do inteiro teor da decisão, mediante publicação no órgão oficial. Art. 139. Das decisões condenatórias proferidas pelo Governador do Estado e pelo Procurador-Geral do Estado caberá pedido de reconsideração, no prazo de cinco dias contado a partir do seu conhecimento. Art. 140. Aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar, no que couber, as normas do Código de Processo Penal.

CAPÍTULO V DA REVISÃO E DA REABILITAÇÃO

Art. 141. A qualquer tempo pode ser requerida a revisão do processo disciplinar, desde que se apontem vícios insanáveis no procedimento ou fatos e provas ainda não apreciados que possam justificar nova decisão. Art. 142. A revisão poderá ser pleiteada pelo próprio infrator ou por seu procurador e, no caso de morte, pelo cônjuge ou companheiro, por ascendente, por descendente ou por irmão. Art. 143. O pedido de revisão será dirigido à autoridade que houver aplicado a sanção, e ela, se o admitir, determinará o seu processamento em apenso aos autos originais e providenciará a designação da comissão revisora, composta de três Procuradores do Estado de igual ou superior categoria do recorrente, que não tenham participado da comissão processante anterior, após deliberação do Conselho Superior. § 1º A petição será instruída com as provas de que o recorrente dispuser e indicará as que pretende produzir. § 2º O processo de revisão obedecerá ao rito e aos prazos do processo disciplinar. Art. 144. Julgada improcedente a revisão, caberá recurso, no prazo de cinco dias contados a partir da data do conhecimento da decisão, ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado, que o julgará no prazo de dez dias. § 1º Julgada procedente a revisão, o Procurador-Geral do Estado providenciará: I - a renovação do procedimento disciplinar, se não tiver ocorrido a prescrição, nos casos de anulação; II - o cancelamento ou a substituição da penalidade, se dele for o ato de punição; III - a remessa dos autos ao Governador do Estado, nos casos de sua competência. § 2º A revisão não poderá agravar a pena já imposta. Art. 145. Quando se tratar de revisão que importe na reintegração do Procurador do Estado que tenha sofrido pena de demissão ou de cassação de disponibilidade, o processo será submetido ao Conselho Superior, para deliberar, na forma da legislação vigente. § 1º No exame do pedido revisional, o Conselho Superior poderá realizar diligências, juntar documentos, requisitar perícias e proceder à produção da prova oral, observado o critério legal fixado para o procedimento administrativo disciplinar.

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§ 2º Após a deliberação do Conselho Superior, será apresentado relatório circunstanciado, concluindo pela manutenção ou não da pena e encaminhando os autos ao Governador, para homologação ou veto. Art. 146. Três anos após o trânsito em julgado da decisão que aplicar a pena disciplinar de advertência, censura, multa e suspensão poderá o Procurador do Estado apenado, desde que não reincidente, requerer sua reabilitação ao Conselho Superior. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) Parágrafo único. A reabilitação terá por fim cancelar a penalidade imposta, sem qualquer efeito sobre a reincidência e a promoção.

TÍTULO VI DO FUNDO ESPECIAL DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO

Art. 147. O Fundo Especial da Procuradoria-Geral do Estado, constituído das importâncias arrecadadas, a título de honorários advocatícios, nas causas em que é parte o Estado, destina-se a prover recursos para o aprimoramento profissional dos Procuradores do Estado, aquisição de bens, suprimentos e contratação de serviços necessários ao funcionamento dos órgãos de atuação da Procuradoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 12 de maio de 2006) § 1º Constituem, também, recursos do Fundo as receitas oriundas: I - dos rendimentos provenientes de depósitos bancários e da aplicação financeira das receitas disponíveis; II - o equivalente a 1% (um por cento) do incremento verificado na receita arrecadada com a cobrança da dívida ativa, por ação da Procuradoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) II - o equivalente a 1% (um por cento) do incremento verificado na receita arrecadada com a cobrança da dívida ativa, por ação da Procuradoria-Geral do Estado, acrescido de valor para o cumprimento do art. 149, § 2º da Lei Complementar nº 95, de 2001; (redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 15 de maio de 2009) III - o equivalente a 10% (dez por cento) do valor da venda de bens adquiridos em função de recepção em pagamento decorrente de ações de cobranças movidas pela Procuradoria-Geral do Estado; IV - o equivalente a 1% (um por cento) do incremento da arrecadação do Imposto sobre a Transmissão por Causa Mortis e Doações; (Redação dada pela Lei Complementar nº 108, de 23 de dezembro de 2004) V - o equivalente a 5% (cinco por cento) do valor de precatórios judiciais anulados em decorrência de ação da Procuradoria-Geral do Estado, cujos processos não mais são passíveis de recursos em instância superior; e não tenha havido qualquer ação da Procuradoria-Geral do Estado antes da sua concessão; VI - o equivalente a 12,5% (dose e meio por cento) do incremento verificado na arrecadação de taxas de serviços decorrentes de atuação da Procuradoria Geral do Estado. § 2° O incremento das receitas referidas nos incisos II, IV e VI do § 1° resultará da diferença entre a arrecadação de cada mês, a partir do mês de janeiro de 2002, em relação ao mesmo mês do exercício anterior, corrigida pela variação do Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio Vargas IGPM/FGV ou outro que o substitua. § 3º Observado o disposto no parágrafo precedente, compreende-se por receita arrecadada para os fins do inciso II do caput, o recebimento em dinheiro e adjudicações. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002) Art. 148. O Procurador-Geral Adjunto do Estado será gestor do Fundo, cabendo-lhe, exclusivamente: (Redação dada pela Lei Complementar nº 100, de 23 de dezembro de 2002)

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I - autorizar o pagamento de despesas com o aperfeiçoamento dos Procuradores do Estado; II - manter os recursos do Fundo em depósito em conta especial em banco oficial; III - autorizar o pagamento de despesas até o montante de sua receita; IV - elaborar prestação de contas anual, com demonstrações contábeis, que serão incorporadas à da Procuradoria-Geral do Estado; V - estabelecer planos e programas para aplicação dos recursos do Fundo; VI - controlar os bens e os valores oriundos de recursos do Fundo; VII - aprovar os balancetes e os relatórios anuais; VIII - elaborar instruções específicas, destinadas à aplicação dos recursos do Fundo, bem como ao seu rigoroso controle; IX - encaminhar ao Secretário de Estado de Gestão de Pessoal e Gastos relatório de distribuição das cotas aos Procuradores do Estado, na forma prevista nesta Lei Complementar. Art. 149. Os recursos do Fundo Especial da Procuradoria-Geral do Estado serão destinados: I - noventa por cento aos Procuradores do Estado em atividade; II - cinco por cento para a Escola Superior da Advocacia Pública; (Redação dada pela Lei Complementar nº 106, de 7 de julho de 2004) III - cinco por cento para aquisição de livros e materiais para a Procuradoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 106, de 7 de julho de 2004) IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 106, de 7 de julho de 2004) § 1º O pagamento aos Procuradores do Estado será feito por rateio em partes iguais a serem atribuídas pela folha de pagamentos de cada mês. § 2º O valor da cota-parte individual fica limitada à metade daquele correspondente ao subsídio inicial da carreira de Procurador do Estado, sendo que a parte excedente retornará ao fundo comum de rateio. (Redação dada pela Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005) § 2º O valor da cota-parte individual fica limitada a dez por cento daquele correspondente ao subsídio inicial da carreira de Procurador do Estado, sendo que a parte excedente retornará ao fundo comum de rateio. (redação dada pela Lei Complementar nº 142, de 31 de março de 2010) § 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 104, de 3 de novembro de 2003) Art. 150. Os recursos do Fundo Especial da Procuradoria-Geral do Estado serão depositados em conta específica, vinculada ao Tesouro do Estado. Parágrafo único. Os recursos provenientes dos honorários de sucumbência e taxas de serviços da Procuradoria-Geral do Estado serão recolhidos ao Fundo em guia específica.

TÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 151. O mandato dos atuais Conselheiros do Conselho Superior findar-se-á em abril de 2003.

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Art. 152. O Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado, dentro de 30 (trinta) dias da publicação da presente Lei Complementar, determinará a abertura de eleição para o cargo de Corregedor-Geral, cujo primeiro mandato perdurará até março de 2003. Art. 153. Os novos subsídios dos Procuradores do Estado serão fixados em lei, com vigência a contar de março de 2002. Art. 154. Ficam criados vinte cargos efetivos de Procurador do Estado, que ficarão posicionados na categoria inicial da carreira. 1 1Este artigo sofre influência do art. 2º da Lei Complementar nº 116, de 21 de dezembro de 2005, cuja redação é a seguinte: “Art. 2º Ficam criados trinta cargos de Procurador do Estado, que passam a integrar o quadro da carreira. Parágrafo único. Os cargos que compõem a carreira de Procurador do Estado ficam distribuídos nas categorias, conforme a seguinte proporção: I - dez por cento na Categoria Especial; II - quinze por cento na Primeira Categoria; III - vinte por cento na Segunda Categoria; IV - vinte e cinco por cento na Terceira Categoria; V - trinta por cento na Categoria Inicial”. § 1º Os cargos que compõem a carreira de Procurador do Estado ficam distribuídos nas seguintes categorias: I - nove na categoria especial; II - dez na primeira categoria; III - treze na segunda categoria; IV - dezoito na terceira categoria; V - 20 na categoria inicial. § 2º O provimento dos cargos de categoria inicial, criados por esta Lei Complementar, dar-se-á mediante concurso público de provas e títulos, a partir de janeiro de 2003. § 3º Os Procuradores do Estado da primeira categoria a que se refere a Lei Complementar n° 52, de 1990, e suas alterações serão promovidos para a categoria especial, criada por esta Lei Complementar, pelos critérios de antiguidade e de merecimento, assim como os das demais categorias, para atender à redistribuição dos cargos preexistentes previstos no caput. Art. 155. O Procurador-Geral do Estado poderá contratar advogado, de notório saber jurídico, para a prestação de serviços de natureza jurídica, na defesa dos interesses do Estado, sempre em casos excepcionais, de especial relevância e complexidade em ações judiciais específicas e mediante prévio ajuste de honorários, ouvido o Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado e aprovado pelo Governador do Estado. Art. 156. As atividades de assessoria jurídica, em nível de segunda e de terceira linhas hierárquicas, da administração pública estadual, serão exercidas por advogados efetivos ou estáveis do Quadro Permanente, sob a supervisão técnica e jurídica da Procuradoria-Geral do Estado e administrativa do órgão em que estiverem lotados, mediante regulamentação expedida pelo Procurador-Geral do Estado. Art. 157. O dia 23 de setembro será considerado como o dia do Procurador do Estado, com ponto facultativo assegurado para a instituição. Art. 158. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei Complementar correrão à conta das dotações orçamentárias próprias, que serão suplementadas, se necessário. Art. 159. Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação.

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LEI Nº 1.102, DE 10 DE OUTUBRO DE 1990.

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.

Publicada no Diário Oficial nº 2.910, de 15 de outubro de 1990.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei institui o regime jurídico dos funcionários civis do Estado de Mato Grosso do Sul, de suas autarquias e fundações públicas. Art. 1º Esta Lei institui o regime jurídico estatutário para servidores civis do Estado de Mato Grosso do Sul. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 2º Regime Jurídico para efeito desta Lei é o conjunto de direitos, deveres, proibições e responsabilidades estabelecidas com base nos princípios constitucionais pertinentes e nos preceitos legais e regulamentares que regem as relações entre o Estado e seus funcionários. Art. 3º Na aplicação desta Lei, serão observados, além de outros, os seguintes conceitos: I - funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público da administração direta, autarquia ou fundação; I - servidor ou funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público ou emprego público da administração direta, ou de autarquia ou fundação pública; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) II - cargo público, como unidade básica de estrutura organizacional, é o conjunto de atribuições e responsabilidades, cometidas ao funcionário, criado por lei, com denominação própria, número certo e pago pelos cofres públicos; III - classe é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos da mesma denominação, segundo o nível de atribuição e complexidade; IV - quadro é o conjunto de cargos e funções pertencentes a estrutura organizacional da Administração Direta, Autárquica e das Fundações do Estado. § 1º As carreiras serão organizadas em classes de cargos dispostos de acordo com a natureza profissional e complexidade de suas atribuições, guardando correlação com a finalidade do órgão ou entidade. § 2º As carreiras poderão compreender classes de cargos do mesmo grupo profissional, reunidas em segmentos distintos, de acordo com a escolaridade exigida para ingresso nos níveis básicos, médio e superior. Art. 4º Os cargos Públicos são de provimento efetivo ou em comissão.

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§ 1º Os cargos de provimento efetivo serão organizados e providos em carreira. § 2º Os cargos em comissão são os que envolvem atividades de Direção e Assessoramento Superior ou intermédiário, bem como de Assistência Direta e, ressalvados os de investidura por acesso, são de livre provimento, satisfeitos os requisitos de qualificação fixados em lei ou regulamento , quando cabíveis. § 2º Os cargos em comissão são os que envolvem atribuições de comando, direção, gerência e assessoramento técnico ou especializado, de livre provimento, satisfeitos os requisitos de qualificação definidos em lei ou regulamento. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 5º Função de Confiança é a que envolve atividade de chefia intermediária, de livre designação e dispensa, satisfeitos os requisitos legais e regulamentares. § 1º As Funções de Confiança são criadas por Lei, observados os recursos orçamentários para esse fim. § 2º O exercício de Função de Confiança é privativo de titular de cargo efetivo, do mesmo órgão a que pertencer o funcionário. § 3º Na escolha para exercício de Função de Confiança, será observada a correlação de atribuições do cargo efetivo do funcionário e da função a ser exercida. Art. 6º A classificação de cargos e funções obedece a plano correspondente, estabelecido em Lei. Art. 7º É vedado atribuir ao funcionário atividades diversas das especificadas para a categoria funcional. Art. 7º É vedado designar o servidor para exercer função que não integre o respectivo cargo ou categoria funcional. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 8º É proibida a prestação de serviço gratuito, salvo os casos previstos em Lei.

TÍTULO II DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO

SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 9º São requisitos básicos para ingresso no serviço público: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício de cargo; V - idade mínima de dezoito anos e, VI - boa saúde física e mental. § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em Lei. § 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargos cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são

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portadores, para as quais serão reservadas até vinte por cento das vagas oferecidas no concurso. Art. 10. O provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da autoridade competente, do dirigente superior de Autarquia ou de Fundação Pública. Art. 11. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 12. São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - ascensão; III - acesso; IV - transferência; V - readaptação; VI - reversão; VII - aposentadoria; VIII - reintegração. e IX - recondução. Art. 12. São formas de provimento de cargo público: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - nomeação; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) II - promoção; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) III - readaptação; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) IV - reversão; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) V- aproveitamento; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) VI - reintegração; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) VII - recondução. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 13. O ato de provimento deverá indicar a existência da vaga, bem como os elementos capazes de identificá-la. Art. 14. Os cargos de menor graduação ou isolados, de qualquer categoria funcional, serão providos através de concurso público de provas ou de provas e títulos.

SEÇÃO II DA NOMEAÇÃO

Art. 15. A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo quando se tratar de cargo de classe inicial de carreira, ou II - em comissão, para cargo de confiança, de livre exoneração.

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Parágrafo único. O provimento por accesso, de cargo ou função de direção, chefia, assessoramento e assistência, recairá preferencialmente em funcionário de carreira, satisfeitos os requisitos de que trata o artigo16, parágrafo único, desta Lei. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000. Art. 16. A nomeação para cargo de classe inicial de carreira dependerá de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do funcionário na carreira, mediante ascensão, progressão e acesso, serão estabelecidos por esta Lei. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000.

SEÇÃO III

DO CONCURSO Art. 17. O concurso será de provas, ou de provas e títulos, realizado em duas etapas, conforme se dispuser em lei e regulamento. Art. 18. O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. Parágrafo único. O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização, que serão fixados em edital, será publicado no Diário Oficial do Estado.

SEÇÃO IV DA POSSE

Art. 19. Posse é o ato expresso de aceitação das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo, com o compromisso de desempenhá-lo com probidade e obediência às normas legais e regulamentares, formalizado com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado. § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais trinta, a requerimento do interessado, e a juízo da administração. § 2º Em se tratando de funcionário em licença, ou em qualquer outro afastamento legal, o prazo será contado do término do impedimento. § 3º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação, acesso e ascensão. § 3º Somente haverá posse nos casos de provimento por nomeação, ou promoção. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 4º No ato da posse o funcionário apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração sobre exercício de outro cargo, emprego ou função. Art. 20. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. § 1º Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente, para o exercício do cargo. § 2º A posse de funcionário efetivo que for nomeado para outro cargo,independerá de inspeção médica desde que se encontre em exercício. Art. 21. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condições estabelecidas em Lei para a investidura no cargo.

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Art. 22. Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se a posse não se verificar no prazo estabelecido em Lei. Art. 23. São competentes para dar posse: I - o Governador, aos Secretários de Estado e demais autoridades que lhe sejam diretamente subordinadas; II - os Secretários de Estado, aos ocupantes dos cargos em comissão no âmbito das respectivas Secretarias, inclusive aos dirigentes de autarquias a estas vinculadas; III - os dirigentes de órgãos diretamente subordinados ao Governador, aos ocupantes dos cargos em comissão no âmbito do respectivo órgão; IV - o Secretário de Estado de Administração, aos ocupantes de cargos efetivos e empregos permanentes; V - os dirigentes de Autarquias e Fundações, aos ocupantes de cargos em comissão ou empregos permanentes da respectiva entidade.

SEÇÃO V

DO EXERCÍCIO Art. 24. O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. § 1º O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do funcionário. § 2º O início do exercício e as alterações que ocorrerem serão comunicadas ao órgão competente, pelo chefe da repartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário. Art. 25. Entende-se por lotação, o número de funcionários de carreira e de cargos isolados que devam ter exercício em cada repartição, órgão ou serviço. Art. 26. O chefe da repartição ou do serviço em que for lotado o funcionário, é a autoridade competente para dar-lhe exercício. Parágrafo único. É competente para dar exercício ao funcionário, com sede no interior do Estado, a autoridade a que o mesmo estiver diretamente subordinado. Art. 27. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de trinta dias, contados: I - da data da posse; e II - da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção, reintegração, aproveitamento, reversão, redistribuição, acesso e transferência. § 1º Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorrogados por trinta dias, a requerimento do interessado e a juízo da autoridade competente. § 2º O exercício em função de confiança, dar-se-á no prazo de trintas dias, a partir da publicação do ato de designação. § 3º no caso de remoção, o prazo para exercício de funcionário em férias ou licença, será contado da data em que retornar ao serviço.

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§ 4º O exercício em cargo efetivo nos casos de reintegração, aproveitamento e reversão, dependerá da prévia satisfação dos requisitos atinentes e capacidade física e sanidade mental, comprovadas em inspeção médica oficial. § 5º No interesse do serviço público, os prazos previstos neste artigo poderão ser reduzidos para determinados cargos. § 6º O funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo fixado, será exonerado. Art. 28. A transferência ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, que é contado do novo posicionamento na carreira, a partir da data da publicação do ato que transferir ou ascender o funcionário. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 29. O funcionário transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que passar a ter exercício em outra localidade, quando em virtude de férias, casamento e luto, terá trinta dias, a partir do término do impedimento, para entrar em exercício, incluído neste tempo o necessário ao deslocamento para nova sede. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 30. O funcionário deverá apresentar ao órgão competente logo após ter tomado posse e assumido o exercício, os elementos necessários à abertura do assentamento individual. Art. 31. Salvo os casos previstos nesta Lei, o funcionário que interromper o exercício por mais de trinta dias consecutivos ou sessenta dias interpoladamente, durante um ano, ficará sujeito à pena de demissão por abandono do cargo. Art. 32. O funcionário deverá ter exercício na repartição em cuja lotação houver vaga. Art. 33. Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquela em que estiver lotado, salvo nos casos previstos nesta Lei, ou mediante autorização do Governador. Art. 34. Na hipótese de autorização do Governador, o afastamento só será permitido, com ou sem prejuízo de vencimentos, para fim determinado e prazo certo. Art. 35. O ocupante de cargo de provimento efetivo, integrante do sistema de carreira, está sujeito a quarenta horas semanais de trabalho, salvo quando lei estabelecer duração diversa. § 1º Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administração. § 2º Poderá o Executivo adotar normas de turno de expediente de 30 (trinta) horas semanais quando existir a conveniência do serviço público.

SEÇÃO VI DA FREQUÊNCIA E DO HORÁRIO

Art. 36. A frequência será apurada por meio de ponto. § 1º Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, as entradas e saídas do funcionário. § 2º Nos registros de ponto, deverão ser lançados todos os elementos necessários a apuração da frequência. Art. 37. É vedado dispensar o funcionário do registro de ponto, salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento. § 1º A falta abonada é considerada, para todos os efeitos, presença ao serviço.

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§ 2º Excepcionalmente e apenas para elidir efeitos disciplinares, poderá ser justificada falta ao serviço. § 3º O funcionário deverá permanecer no serviço durante as horas de trabalho, inclusive as extraordinárias, quando convocado. § 4º Nos dias úteis, somente por determinação do Governador, poderão deixar de funcionar os serviços públicos ou ser suspensos os seus trabalhos, no todo ou em parte.

SEÇÃO VII DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 38. Ficará em estágio probatório de três anos, a contar da entrada em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de aprovação em concurso público. (Redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000. ) § 1º Durante o estágio probatório o servidor terá seu desempenho avaliado por comissão instituída para essa finalidade e com base nos seguintes requisitos: I - Idoneidade moral; II - assiduidade e pontualidade; III - disciplina; IV - aptidão e eficiência. § 2º Findo o prazo de trinta meses e no prazo máximo de cento e oitenta dias, a comissão de avaliação ficará obrigada a pronunciar-se sobre o atendimento pelo servidor dos requisitos fixados para o estágio. § 3º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. § 4º O servidor estável no serviço público estadual e ocupante de cargo efetivo do Quadro Permanente do Poder Executivo será avaliado pelos requisitos referidos nos incisos III a IV do § 1º deste artigo durante os seis meses iniciais do exercício do novo cargo. Art. 38. O servidor aprovado em concurso público nomeado para cargo de provimento efetivo ficará em estágio probatório de três anos, a contar da sua entrada em exercício, para passar à condição de estável no serviço público. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) § 1º Durante o estágio probatório o servidor terá seu desempenho avaliado, a cada seis meses, por comissão com essa atribuição e por meio dos seguintes fatores: (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) I - assiduidade e pontualidade; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) II - disciplina e zelo funcional; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) III - iniciativa e presteza; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) IV - qualidade do trabalho; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) V - produtividade no trabalho. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) § 2º Findo o prazo de trinta meses, nos cento e oitenta dias seguintes, considerando os resultados das avaliações de desempenho semestrais, a comissão deverá pronunciar-se quanto à aprovação do servidor no estágio probatório. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006)

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§ 3º Não poderá passar à condição de estável o servidor que a comissão reprovar no estágio probatório e todo aquele que receber conceito insatisfatório em dois semestres seguidos ou três alternados, que será desligado imediatamente após essa constatação. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) § 4º Será assegurado ao servidor em estágio probatório ciência do resultado da sua avaliação semestral, para o exercício do contraditório e da ampla defesa. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) § 5º O servidor avaliado quando não for aprovado no estágio probatório será exonerado e, se estável no serviço público e ocupante de cargo efetivo em órgão ou entidade do Poder Executivo, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. (incluído pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006)

SEÇÃO VIII DA ESTABILIDADE

Art. 39. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo efetivo será declarado estável no serviço público ao completar três anos de exercício. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 40. O servidor estável só perderá o cargo: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo e que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa; IV - para corte de despesas com pessoal, na forma prevista no § 4º, na forma que dispuser lei federal específica.

SEÇÃO IX DA TRANSFERÊNCIA

Art. 41.Traferência é a movimentação do funcionário estávvel, de um cargo efetivo de carreira, para outro de igual denominação ou denominação diversa, para o mesmo ou para quadro de pessoal diverso. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 1º A transferência para o cargo de denominação diversa dependerá de habilitação do funciionário em concurso público e dca satisfação da exigência do grau de escolaridade para o exercício do novo cargo. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, a transferência poderá ocorrer com alteração do valor do vencimento. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 3º Na transferência para cargo de igual denominação, de quadro de pessoal diverso não haverá alteração de classe nem de vencimento. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 4º Será permitida a transferência de ocupante de cargo pertencente a quadro em extinção, para quadro de outra entidade, observado o disposto nos parágrafos anteriores. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 5º A transferência poderá ocorrer de ofício ou a pedido do funcionário, observado o interesse do serviço, e dependerá, em qualquer hipótese, da existência de vaga. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000

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SEÇÃO X DA READAPTAÇÃO

Art. 42. A readaptação é a investidura em cargo compatível com a capacidade física ou mental do funcionário, verificada em inspeção médica oficial. Parágrafo único. A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. Art. 43. A readaptação será feita a pedido ou ex officio e será processada: I - quando provisória, mediante ato do Secretário de Estado de Administração, considerando a redução ou atribuição de novos encargos ao funcionário, na mesa ou em outra unidade administrativa, respeitada a hierarquia e as funções do seu cargo; II - quando definitiva, por ato do Governador, em cargo de carreira de atribuições afins, mediante transferência, observados os requisitos de habilitação exigidos; III - quando nas autarquias e fundações, os atos de readaptação serão da competência dos respectivos diretores. Parágrafo único. Nos casos de ocupante de mais de um cargo, deverão ser cumpridos os requisitos atinentes à acumulação. Art. 43. A readaptação será processada por solicitação da perícia médica oficial: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - quando provisória, mediante ato do titular ou dirigente do órgão ou entidade de lotação do servidor, de conformidade com o pronunciamento da perícia médica oficial e por período não superior a seis meses, podendo haver prorrogação no caso de o servidor estar participando de programa de reabilitação profissional; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) II - quando definitiva, por ato do Governador do Estado, ou autoridade delegada, em cargo ou função integrante da mesma categoria funcional ou outra, desde que atendidos os requisitos de habilitação profissional exigidos em lei ou regulamento; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) III - quando a readaptação se referir a servidor em regime de acumulação, deverão ser observados os requisitos de exercício e habilitação para a a readaptação. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Parágrafo único. Quando o servidor não puder ser readaptado em cargo ou função que tenha correspondência salarial com o cargo ocupado, será aposentado por invalidez, na forma em que dispuser o sistema de previdência social. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 44. Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a readaptação não acarretará aumento ou redução de vencimento ou remuneração do funcionário.

SEÇÃO XI DA REVERSÃO

Art. 45. Reversão é o retorno à atividade de funcionário aposentado por invalidez quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria. Parágrafo único. A Reversão far-se-á ex-officio ou a pedido, de preferência no mesmo cargo ou, em outro de natureza e vencimento compatível com o anteriormente ocupado, atendendo a habilitação profissional do funcionário.

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Art. 46. Não poderá reverter o aposentado que contar setenta anos de idade. SEÇÃO XII DA REINTEGRAÇÃO Art. 47. Reintegração é a reinvestidura do funcionário estável no cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todos os direitos e vantagens. Parágrafo único. Observadas as disposições constantes desta seção, Lei regulará o processo de reintegração. Art. 48. A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado e, se este houver sido transformado, no cargo resultante da transformação. § 1º Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava outro cargo, a este será reconduzido sem direito a indenização. § 2º Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, respeitada a habilitação profissional ou não sendo possível, ficará o reintegrado em disponibilidade remunerada. SEÇÃO XIII DA RECONDUÇÃO Art. 49. Recondução é o retorno do funcionário estável ao cargo anteriormente ocupado. § 1º A recondução decorrerá de: I- inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; e II - reintegração do anterior ocupante. § 2º Encontrando-se provido o cargo de origem o funcionário será aproveitado em outro, observado o disposto no artigo 52 desta Lei.

SEÇÃO XIV DA DISPONIBILIDADE

Art. 50. O funcionário será posto em disponibilidade quando extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade. § 1º A disponibilidade ocorrerá com vencimentos integrais. § 2º O funcionário em disponibilidade poderá ser aproveitado ou aposentado, nos termos desta Lei. Art. 50. O servidor será posto em disponibilidade quando extinto o seu cargo ou declarada a sua desnecessidade, observados na aplicação dessa medida os seguintes critérios: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - a remuneração será proporcional ao tempo de serviço para aposentadoria, considerando-se um trinta e cinco avos da respectiva remuneração mensal, por ano de serviço, se homem, e um trinta avos, se mulher, aplicada a redução do tempo de serviço nas aposentadorias especiais; II - a remuneração mensal para o cálculo da proporcionalidade, corresponderá ao vencimento básico, acrescido das vantagens permanentes pessoais e as relativas ao exercício do cargo efetivo. III - serão observados, considerando a situação pessoal dos ocupantes do cargo, os seguintes critérios, sucessivamente, para escolha dos servidores que serão colocados em disponibilidade:

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a) menor tempo de serviço; b) maior remuneração; c) menor idade; d) menor número de dependentes. a) menor pontuação na avaliação de desempenho, no ano anterior; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) b) maior número de dias de ausência ao serviço, contando, inclusive as faltas abonadas, nos seis meses anteriores; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) c) menor idade; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) d) maior remuneração. (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) § 1º O servidor em disponibilidade contribuirá para o regime próprio de previdência estadual e o tempo de contribuição, correspondente ao período em que permanecer em disponibilidade, será contado para efeito de aposentadoria. § 2º Os cargos públicos serão declarados desnecessários ou extintos nos casos de extinção ou de reorganização de órgãos ou de entidades, respeitado o interesse público e a conveniência da administração.

SEÇÃO XV DO APROVEITAMENTO

Art. 51. Aproveitamento é o reingresso no serviço do funcionário em disponibilidade. Art. 52. O aproveitamento do funcionário em disponibilidade ocorrerá em vagas existentes ou que se verificarem nos quadros do funcionalismo. § 1º O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto possível, em cargo de natureza e padrão de vencimentos correspondentes ao que ocupava, não podendo ser feito em cargo ou padrão superior. § 2º Se o aproveitamento se der em cargo de padrão inferior ao provento da disponibilidade, terá o funcionário direito a diferença. § 3º Em nenhum caso poderá efetuar-se o aproveitamento sem que, mediante inspeção médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo. § 4º Se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção médica de saúde, para o mesmo fim, decorridos, no mínimo, noventa dias. § 5º Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do funcionário que, aproveitado, não tomar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal. § 6º Será aposentado no cargo anteriormente ocupado, o funcionário em disponibilidade que for julgado incapaz para o serviço público, em inspeção médica oficial.

SEÇÃO XVI DO ACESSO

Art. 53. Acesso é a investidura de funcionário em cargo em comissão e na função de direção, chefia, assessoramento e assistência, que não sejam de livre nomeação e exoneração, obedecidos os critérios previstos em lei. Revogado pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000

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SEÇÃO XVII DA ASCENSÃO FUNCIONAL

Art. 54. Ascensão funcional consiste na elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence, dentro da respectiva categoria, obedecido os critérios de avaliação de desempenho e qualificação profissional, conforme se dispuser em regulamento. Revogado pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Parágrafo único. A ascensão dentro da mesma categoria funcional, obedecerá ao critério da antiguidade, na forma estabelecida em regulamento. Revogado pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 55. Será de dois anos, na última referência da classe anterior, o interstício para concorrer à ascensão funcional. Revogado pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Parágrafo único. Por ato do Governado do Estado, quando julgar conveniente pela Administração, poderá ser reduzido o prazo mencionado neste artigo. Revogado pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000

CAPÍTULO II DA VACÅNCIA

Art. 56. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração a pedido ou de ofício; II - demissão; III - acesso; IV - ascensão; V - transferência; VI - readaptação; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulável; e IX - falecimento. Parágrafo único. A exoneração de ofício será aplicada: a) quando não satisfeita as condições do estágio probatório; b) quando, em decorrência de prazo, ficar extinta a punibilidade para demissão por abandono de cargo; e c) quando não entrar em exercício no prazo estabelecido. Art. 56. A vacância do cargo público decorrerá de: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - exoneração a pedido ou de ofício; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) II - demissão; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000)

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III - readaptação; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) IV - aposentadoria; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) V - falecimento; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) VI - posse em outro cargo inacumulável. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Parágrafo único. A exoneração de ofício será aplicada: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) II - quando, em decorrência do prazo, ficar extinta a punibilidade para demissão por abandono de cargo; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) III - quando não entrar em exercício no prazo estabelecido. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 57. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á: I - a juízo da autoridade competente; e II - a pedido do próprio funcionário. Parágrafo único. O afastamento do funcionário de direção, chefia, assessoramento e assistência, dar-se-á: I - a pedido; e II - mediante dispensa, nos casos de: a) promoção; b) cumprimento de prazo exigido para rotatividade na função; e c) por falta de exação no exercício de suas atribuições, segundo o resultado do processo de avaliação, conforme estabelecido em lei ou regulamento. Art. 58. A vaga ocorrerá na data: I - da vigência do ato de ascensão funcional, transferência, aposentadoria, exoneração ou demissão do ocupante do cargo; I - da vigência do ato de aposentadoria, exoneração, demissão ou readaptação; (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 ) II - do falecimento do ocupante do cargo; III - da vigência do ato que criar o cargo ou permitir seu provimento. Art. 59. Quando se tratar de função de confiança dar-se-á a vacância por dispensa ou por falecimento do ocupante.

CAPÍTULO III DA REMOÇÃO

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Art. 60. Remoção é o deslocamento do funcionário a pedido ou de ofício, com preenchimento de claro de lotação, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Art. 61. Dar-se-á a remoção de: I - uma Secretaria para outra; II - uma Secretaria para órgão diretamente subordinado ao Governador e vice-versa; III - um órgão diretamente subordinado ao Governador para outro da mesma natureza; IV - uma localidade para outra, dentro do território do Estado, no âmbito de cada Secretaria ou de cada órgão diretamente subordinado ao Governador. § 1º A remoção destina-se a preencher claro de lotação existente na unidade ou localidade, vedado seu processamento quando não houver vaga a ser preenchida, exceto no caso de permuta. § 2º A remoção por permuta será processada a requerimento de ambos os interessados, com anuência dos respectivos Secretários ou dirigentes de órgãos, conforme prescrito neste capítulo. § 3º A remoção para outra localidade, por motivo de saúde do funcionário, seu cônjuge, companheiro ou dependente, será condicionada a comprovação por junta médica oficial e a existência de claro de lotação.

CAPÍTULO IV DA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 62. Redistribuição é a movimentação do funcionário com o respectivo cargo, para quadro de pessoal de outro órgão ou entidade, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos, observado o interesse da administração. § 1º A redistribuição dar-se-á, exclusivamente, para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgãos ou entidades. § 2º Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os funcionários que não puderem ser redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma do disposto no artigo 52 desta Lei.

CAPÍTULO V DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 63. Haverá substituição, nos impedimentos ocasionais ou temporários, do ocupante do cargo em comissão, de direção superior ou de função de confiança. Art. 64. A substituição independe de posse e será automática ou dependerá de ato da administração, devendo recair sempre em funcionário do Estado. § 1º A substituição automática é a estabelecida em lei, regulamento ou regimento e processar-se-á independentemente de ato. § 2º Quando depender de ato da administração, se a substituição for indispensável, o substituto será designado por ato do Governador, do titular ou dirigente da Secretaria, órgão subordinado diretamente ao Governador do Estado, conforme o caso. § 3º Pelo tempo de substituição, o substituto perceberá de ato da autoridade o vencimento e vantagens atribuídos ao cargo em comissão ou função gratificada, ressalvado o caso de opção e vedada a percepção cumulativa de vencimentos e vantagens.

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§ 4º A substituição remunerada dependerá de ato da autoridade competente para nomear ou designar, exceto nos casos de substituições previstas em lei ou regulamento. § 5º Quando se tratar de detentor de cargo em comissão ou função de confiança, o substituto fará jus somente à diferença de remuneração.

TÍTULO III

CAPÍTULO ÚNICO DA PROGRESSÃO FUNCIONAL

Art. 65. A progressão funcional consiste na movimentação do funcionário da referência em que se encontra, para outra imediatamente superior, dentro da respectiva classe, obedecido o critério de antigüidade. Art. 66. A antigüidade será determinada pela permanência efetiva do funcionário na referência, apurada em dias. Parágrafo único. Havendo fusão de classes, a antigüidade abrangerá o período de permanência na referência anterior. Art. 67. As progressões serão realizadas anualmente conforme for estabelecido em regulamento. Art. 68. Para todos os efeitos, será considerada a progressão que cabia ao servidor que vier a falecer ou for aposentado sem que tenha sido contemplado com essa vantagem, no prazo legal. Art. 69. Será de dois anos de permanência efetiva na referência o interstício para progressão. Art. 70. Quando ocorrer empate, terá preferência, sucessivamente, o servidor de maior tempo: I - na classe; II - na categoria funcional; III - no Estado, na Autarquia ou na Fundação; IV - o mais idoso. Parágrafo único. No caso de progressão na classe inicial, o primeiro desempate será determinado pela classificação obtida em concurso. Art. 71. Em benefício daquele a quem por direito cabia a progressão, será declarado sem efeito o ato que a houver concedido indevidamente. § 1º O beneficiário da progressão indevida a que se refere este artigo, não ficará obrigado a restituir o que a mais houver recebido. § 2º O funcionário, no qual cabia a progressão, será indenizado da diferença de vencimentos que tiver direito.

TÍTULO IV DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I

DO VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO Art. 72. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo efetivo exercício de cargo publico, confrome símbolos, padrões e referências fixadas em lei.

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Art. 72. Vencimento ou subsídio é a retribuição pecuniária pelo efetivo exercício de cargo público, conforme símbolos, padrões e referências fixadas em lei. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 73. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens permanentes e temporárias, estabelecidas em lei. § 1º O funcionário investido em cargo em comissão será pago na forma prevista no artigo 106 desta Lei. § 2º O funcionário investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no artigo 171 desta Lei. § 3º O vencimento ou subsídio dos ocupantes de cargos públicos é irredutível. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 74. Nenhum funcionário poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título, para Secretário de Estado, e nem inferior ao salário mínimo. Art. 74. Nenhum servidor ativo ou inativo poderá perceber, mensalmente, cumulativamente ou não, a título de remuneração, importância superior ao subsídio mensal, em espécie dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, e nem inferior ao salário mínimo. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Parágrafo único. Excluem-se do teto da remuneração fixado neste artigo, o salário família, a ajuda de custo, a gratificação natalina, os adicionais previstos no artigo 105, II, desta Lei, as parcelas de caráter indenizatório e as vantagens relativas ao desempenho, por funcionário efetivo, de cargo ou função cujo exercício e de caráter transitório. (redação dada pela Lei nº 1.130, de 7 de janeiro de 1991) Parágrafo único. Incluem-se na remuneração, para fins do disposto neste artigo, as vantagens pessoais, as inerentes ao cargo ou função e outras de qualquer natureza, bem como o provento de aposentadoria pago pelos cofres públicos ou pela previdência social pública, excluindo-se o salário-família, a ajuda de custo por transferência, as diárias, o abono de férias, a gratificação natalina, as parcelas de caráter transitório. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 75. O Teto da remuneração fixada no artigo anterior não poderá exceder a vinte vezes a menor remuneração atribuída aos cargos de carreira. Revogado pela Lei nº 1.130, de 15 de abril de 1991, art, 2º. (obs: o art. 2º da Lei nº 1.130, de 1991, foi Vetado pelo Executivo mas o veto foi derrubado pelo Legislativo. Promulgada pela Assembleia Legislativa em 26 de março de 1991) Art. 76. Perderá, temporariamente, a remuneração do seu cargo efetivo o funcionário: I - nomeado para o cargo em comissão da administração direta ou autárquica, ressalvado o direito de opção; II - a disposição de órgão ou entidade da União, de outro Estado, do Distrito Federal, de Território ou Município, bem como de outro Poder do Estado ou do Tribunal de Contas; III - quando afastado para prestar serviço em empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público; IV - durante o desempenho de mandato eletivo. § 1º no caso do inciso I, o funcionário fará jus às vantagens de caráter permanente inerentes ao cargo efetivo, cuja percepção cumulativa com a remuneração do cargo em comissão, seja prevista em Lei. § 2º É facultado ao funcionário, na hipótese do inciso I, optar, no órgão ou entidade de origem, no

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âmbito do Estado, pela retribuição do cargo em comissão, a ser paga pelo órgão ou entidade do exercício. § 3º Na hipótese do inciso IV, aplicam-se as disposições do artigo 38 da Constituição Federal. Art. 77. O funcionário ocupante de cargo efetivo, que durante cinco anos consecutivos ou dez alternados, tiver exercido cargo ou função de direção, chefia, assessoramento superior ou intermediário ou assistência direta e imediata, incorporará, definitivamente, à remuneração do cargo, para todos os efeitos legais, as vantagens pecuniárias do cargo em comsisão ou da função de confiança observado o seguinte: Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. I - a incorporação far-se-á com base nas vantagens do cargo mais alto desempenhado pelos menos durante três anos; Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. II - na hiótese de nenhum dos cargos ou funções ter sido desempenhado por três anos, a incorporação será calculada com base na média ponterada do tempo de serviço e da vantagem de cada cargo, atribuiindo-se o peso um para cada mês de exercício; Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. III - o servidor deverá ter completado, pelo menos, um terço do tempo de serviço para a sua aposentadoria voluntária. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. § 1º O Funcionário que, após a incorporação, vier a fazer novamente jus a vencimento da mesma espécie, perceberá apenas a diferença entre a incorporação e esta, se maior. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. § 2º Para fins deste artigo, não será considerado o exercício de cargo de confiança em outras unidades da Federação, exceto no Estado de Mato Grosso do Sul, anterioremente a 31 de dezembro de 1978. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. § 3º Aplica-se ao funcionário inativo o disposto neste artigo, desde que, na atividade, haja preenchido os requisitos necessários á ncorporação, Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. § 4º As vantagens incorporadas de acordo com o caput deste artigo, que passam a ser de caráter permanente, serão revistas na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modifique a remuneração do cargou ou função, inclusive quando decorrente da transformação do cargo em que se deu a incorporação. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997, art. 6º. Art. 78. O funcionário perderá: I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço; II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos; ou III - metade da remuneração nos casos de apenamento suspensivo convertido parcialmente em multa, na forma da lei. Art. 79. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. Parágrafo único. Mediante autorização do funcionário, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da Administração e com reposição dos custos, na forma do regulamento. Art. 80. As reposilções e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas não-excedentes à décima parte da remuneração ou provento.

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Art. 80. As reposições e indenizações ao Erário serão previamente comunicadas ao servidor e descontadas em parcelas mensais, em valores atualizados, utilizando-se, para esse fim, os mesmos índices e periodicidade aplicáveis aos tributos estaduais. (redação dada pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997) § 1º A reposição será feita em parcelas, cujo valor não exceda 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração ou provento. (acrescentado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997) § 2º A indenização será feita em parcelas, cujo valor não exceda 10% (dez por cento) da remuneração ou provento. (acrescentado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997) Art. 81. O funcionário em débito com o Erário, que for demitido, exonerado ou tiver sua disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitá-lo. Parágrafo único. O não pagamento do débito no prazo previsto implicará em sua inscrição como dívida ativa. Art. 82. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de penhora, arresto, seqüestro, exceto no caso de prestação de alimentos, resultantes de homologação ou decisão judicial. CAPÍTULO II DAS VANTAGENS SEÇÃO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 83. Além do vencimento poderão ser pagas ao funcionário as seguintes vantagens: I - indenizações; II - auxílios, pecuniários; III - gratificações; e IV - adicionais. § 1º As vantagens previstas nos incisos I e II, não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. § 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados nesta Lei. SEÇÃO II DAS INDENIZAÇÕES Art. 84. Constituem indenizações devidas ao funcionário: I - ajuda de custo; II - diárias; e III - transporte. Art. 84. Constituem indenizações que podem ser atribuídas ao servidor: (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004)

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I - para ressarcimento de despesas com deslocamentos: (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) a) ajuda de custo; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) b) diárias; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) c) indenização de transporte; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) II - para compensar desgastes físicos em decorrência da execução de trabalhos: (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) a) em condições insalubres ou penosas; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) c) além da carga horária do cargo; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) d) em horário noturno; (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) e) em locais de difícil acesso. (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) II - para compensar desgastes físicos em decorrência da execução de trabalhos: (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) a) em condições insalubres; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) b) além da carga horária do cargo; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) c) em horário noturno; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) d) em locais de difícil acesso ou provimento. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) Parágrafo único. As bases e condições para concessão das indenizações referidas no inciso II serão similares às fixadas para pagamento de vantagens de mesmo fundamento referidas no art. 105 desta Lei. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) Art. 85. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas do funcionário, que no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente. § 1º Correm por conta da Administração, as despesas com transporte do funcionário e sua família, assim como de um empregado doméstico, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. § 2º À família do funcionário que falecer na nova sede, são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de um ano contado do óbito. Art. 86. Não será concedida ajuda de custo ao funcionário que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 87. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do funcionário, não podendo exceder a importância correspondente a seu triplo. Art. 88. Nos casos de afastamento para prestar serviços em outro órgão ou entidade, a ajuda de custo será paga pelo cessionário. Art. 89. Não será devida a ajuda de custo, quando se tratar de mudança de sede ou domicílio, a pedido do funcionário. Art. 90. O funcionário ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se

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apresentar na nova sede no prazo legal, ou ainda, pedir exoneração antes de completar 90 (noventa) dias de exercício na nova sede. Parágrafo único. Não haverá obrigação de restituir, no caso de exoneração de ofício, ou quando o retorno for determinado pela Administração. Art. 91. O funcionário que a serviço se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território do Estado ou do País, fará jus a passagem e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana. § 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede. § 2º Quando o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o funcionário não fará jus a diárias. § 3º Na hipótese de o funcionário retornar a sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo. Art. 92. Poderá ser concedida indenização de transporte ao funcionário que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção, para executar serviços externos, por força das atribuições do cargo, conforme dispuser o regulamento. SEÇÃO III DOS AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS Art. 93. Serão concedidos ao funcionário ou a sua família os seguintes auxílios Pecuniários: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - auxílio-moradia; II - auxílio-alimentação; III - auxílio-transporte. Art. 94. O funcionário quando removido ou transferido de ofício, no interesse da Administração, fará jus ao auxílio-moradia, na forma prevista em regulamento. § 1º O auxílio-moradia é devido a partir da data do exercício na nova sede, em valor nunca inferior a vinte por cento do vencimento do cargo efetivo e, será concedido pelo prazo máximo de 5 (cinco) anos. § 2º O auxílio-moradia, não será concedido ou terá o seu pagamento suspenso, quando o funcionário ocupar ou vier a ocupar (prédio) próprio do Estado ou do Município. Art. 95. O auxílio-funeral será pago à família do funcionário que falecer ainda que aposentado ou em disponibiliade, e terá valor igual à remuneração ou provento correspondente ao mês em que ocorrer o óbito. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 1º Em caso de acumulação legal de dois cargos no Estado, o auxílio terá por base a remuneração ou provento correspondente ao cargo de maior valor. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 2º O auxílio-funeral terá processamento sumaríssimo e seu valor não será inferior, em nenhuma hipótese, ao dobro do vencimento da referência de menor valor do Plano de Retribuição do Funcionalismo Civil do Estado. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 3º Exigr-se-á do membro da família do funcionário falecido, ou de terceiros, apenas a comprovação

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das despesas realizadas e do atestado de óbito. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 96. O auxílio-alimentação, será devido ao funcionário ativo em determinadas situações de exercício, na forma e condições a serem fixadas em regulamento. Art. 97. O auxílio-transporte será devido ao funcionário em atividade, nos deslocamentos da residência para o trabalho e do trabalho para a residência, na forma do regulamento. Art. 98. O salário-família é devido por dependente do funcionário ativo ou inativo, que viva em sua companhia ou às suas expensas. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 1º São dependentes do funcionário, para efeito deste artigo: Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 I - o cônjuge, se inválido; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 II - os filhos de qualquer condição, inclusive os adotivos e os enteados, menroes de vinte e um anos ou de qualquer idade, se inválidos; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 III- os ascendentes, se inválidos; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 IV - o curatelado por incapacidade civil defintiiva. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 2º Para efeito deste artigo, equiparm-se: Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 a) ao pai e à mãe, o padastro, a madastra e os representantes legais dos incapazes; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 b) ao cônjuge, a companheira e o companheiro inválido, com, pelo menos, cinco anos de vida em comum com o funcionário; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 c) ao filho menor de vinte e um anos que, mediante autorização judicial, viva sob guarda e o sustento do funcionário. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 3º Pelo filho inválido, o salário-família será pago em dobro. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 99. Quando o pai e a mãe forem funcionários, o salário-família será concedido: Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 I - ao pai, se viverem em comum; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 II - ao que tiver os dependentes sob sua guarda, se separados; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 III - a ambos, de acordo com a distribuição dos dependentes. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 100. Em caso de falecimento do funcionário, o salário-família será pago diretamente ao dependente, salvo de menor de dezoito ano, inválido, ou curatelado, hipótese em que o benefício será percebido pelo responsável ou representante legal. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Parágrafo único. No caso de o funcionário falecido não se haver habilitado ao recebimento do salário-

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família, este poderá ser concedido e pago aos dependentes, observado o disposto neste artigo. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 101. Não será devido o salário-família, quando o dependente for contribuinte da previdência social, exercer atividade remunerada ou perceber pensão, inclusive alimentícia, ou outro qualquer rendimento em importância igual ou superior ao salário mínimo vigente. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 102. O salário-família não será sujeito a qualquer imposto, desconto, ou contribuição, inclusive para previdência social. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 103. O valor do salário-família é fixado em cinco por cento da menor refefência da tabela de retribuição salarial, por dependente. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 104. À família do funcionário ativo é devido o auxílio-reclusão, nos valore que seguem: Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 a) dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão preventiva, pronúncia por crime comum, denúncia por crime funcional, ou condenação por cirme inafiançável, em processo no qual não haja pronúncia; Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 b) metade da remuneração, durante o afastamento em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine perda do cargo. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 1º Nos casos da alínea "a" deste artigo, o funcionário terá direito à integralização salarial desde que absolvido. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 § 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do fia imediato àquele em que o funcionário for posto em liberdade, ainda que condicional. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 SEÇÃO IV DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS Art. 105. além do vencimento, poderão ser atribuídas ao servidor regido por este estatuto: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - vantagens vinculadas à pessoa; a) gratificação natalina; b) adicional por tempo de serviço; c) adicional de férias; d) gratificação de escolaridade; II - vantagens de serviço: (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) a) gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) b) adicional de insalubridade; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) c) adicional de penosidade; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006)

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d) adicional de periculosidade; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) e) adicional por trabalho noturno; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) f) adicional por serviço extraordinário; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) g) adicional de plantão de serviço; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) h) adicional de incentivo à produtividade; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) i) gratificação de dedicação exclusiva; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) j) adicional pelo exercício em determinados locais; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) III - vantagens inerentes ao cargo ou à função: a) adicional de produtividade fiscal; b) gratificação de representação; c) gratificação de risco de vida; d) gratificação de operações especiais; e) gratificação pelo exercício de atividades de saúde; III - vantagens inerentes ao cargo ou à função: (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) a) adicional de produtividade fiscal; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) b) adicional pelo exercício de função de magistério; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) c) adicional de encargos de magistério superior; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) d) adicional de função penitenciária; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) e) gratificação pelo exercício de atividade de saúde; (revogado pelo art. 13 da Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) e) adicional de função; (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) f) gratificação pelo exercício de função de advogado; (revogado pelo art. 13 da Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) g) gratificação de horas de vôo; h) gratificação de encargos de transporte; (revogado pelo art. 13 da Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) i) adicional de função de segurança penitenciária; (revogado pelo art. 13 da Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) j) adicional de incentivo pelo exercício de função de magistério;

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k) adicional de encargos de magistério superior; l) adicional de função. § 1º As vantagens discriminadas neste artigo, observadas as destinações definidas em lei, em especial na Lei nº 2.065, de 27 de janeiro de 1.999, e na Lei nº 2.129, de 4 de agosto de 2000, terão seus fundamentos e impedimentos de acumulação definidos em regulamentos aprovados pelo Governador do Estado. § 2º A vantagem referida na alínea d do inciso I deste artigo será atribuída quando, em avaliação de desempenho realizada durante cento e oitenta dias continuados, ficar comprovado que o servidor requerente aplica conhecimentos técnicos ou profissionais, adquiridos com a nova escolaridade, no exercício de suas tarefas.

SUBSEÇÃO I DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO,

CHEFIA, ASSESSORAMENTO E ASSISTÊNCIA Art. 106. O servidor público nomeado para cargo em comissão que optar pela remuneração do cargo efetivo, perceberá a gratificação de representação pelo exercício do cargo, referida na alínea a do inciso II do art. 105, conforme percentuais fixados em lei. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º Não será paga ao servidor, durante o período em que estiver ocupando cargo em comissão, qualquer vantagem que não seja inerente ao exercício desse cargo, exceto o adicional por tempo de serviço e a inerente ao cargo efetivo, se estiver definido em lei ou regulamento que o cargo em comissão ocupado seja privativo da carreira do servidor nomeado. § 2º Nenhum servidor no exercício de cargo em comissão poderá perceber remuneração superior à fixada para o Governador do Estado, excluídas na apuração desse valor, para os ativos, a parcela referente ao adicional por tempo de serviço e, para os aposentados, as parcelas do provento relativas ao vencimento ou ao salário, o adicional de função inerente ao cargo efetivo e o adicional por tempo de serviço.

SUBSEÇÃO II DA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 107. A gratificação natalina que equivale ao décimo terceiro salário previsto na Constituição Federal, corresponde a um doze avos da remuneração, do provento ou de pensão por morte de servidor, a que o funcionário ou pensionista fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício durante o ano. Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias, será considerada como mês integral, para efeito desta Lei. Art. 108. A gratificação natalina será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro, em uma ou mais parcelas, dentro do mesmo exercício. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º A parcela única da gratificação natalina poderá ser paga juntamente com a remuneração devida no mês de aniversário do servidor. § 2º Poderá ser autorizado ao servidor financiar, no mês de dezembro, a gratificação natalina na instituição bancária oficial, mediante ressarcimento das parcelas em consignação mensal a favor da instituição e ao servidor dos custos do financiamento incidentes sobre o valor da vantagem devida. § 3º Nos demais meses do exercício financeiro, o servidor poderá ser autorizado a financiar seus vencimentos em instituição bancária indicada pelo Estado, observadas as regras de ressarcimento previstas no parágrafo anterior. (acrescentado pela Lei 2.260 de 16 de julho de 2001)

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Art. 109. O funcionário exonerado receberá sua gratificação natalina, proporcionalmente, aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração. Art. 110. A gratificação natalina não será considerada para efeito de qualquer vantagem pecuniária.

SUBSEÇÃO III DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

OBS: Ver Decreto nº 10.423, de 16.07.2001 que dispõe sobre o pagamento do adicional por tempo de serviço aos servidores do Poder Executivo regido pelo Estatuto dos Servidores Civis, e dá outras providências. Art. 111. O adicional por tempo de serviço é devido por quinqüênio de efetivo exercício prestado ao Estado, incidente sobre o vencimento base do cargo. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º O adicional correspondente ao primeiro quinqüênio é de 10% (dez por cento) e 5% (cinco por cento) cada um, até o limite de 40% (quarenta por cento). § 2º O funcionário contará, para esse efeito, o tempo de serviço prestado ao Estado, inclusive na condição de contratado. § 3º O adicional por tempo de serviço é devido a partir do dia imediato àquele em que o funcionário completar o quinqüênio. § 4º O servidor investido em cargo em comissão continuará a perceber o adicional por tempo de serviço na forma do caput deste artigo. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 5º Quando ocorrer aproveitamento ou reversão, serão considerados os quinqüênios anteriormente atingidos, bem como a fração do quinqüênio interrompido, retomando-se a contagem, a partir do novo exercício. § 6º O adicional previsto neste artigo, é devido, nas mesmas bases e condições, aos aposentados e disponíveis, que tenham completado na atividade, o tempo de serviço necessário à sua percepção. § 7º (VETADO) veto derrubado. § 7º Por ocasião da passagem à inatividade, o adicional por tempo de serviço será computado sobre o tempo de serviço decorrente de férias e licença especial não-gozadas, contado em dobro. (promulgado pela Assembléia legislativa no Diário Oficial de 7 de dezembro de 1990). Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000

SUBSEÇÃO IV DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE

Art. 112. O servidor que trabalha com habitualidade em condições ambientais insalubres, em situações de risco de vida ou em atividades penosas que lhe imponha cansaço físico e mental ao final do expediente de trabalho, faz jus a um adicional calculado sobre o valor do menor vencimento vigente no Poder Executivo, no percentual que pode variar de dez a quarenta por cento, conforme dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 112. O servidor que trabalha com habitualidade em condições ambientais que lhe imponha riscos à saúde ou de vida ou em atividades penosas que importem em cansaço físico e mental ao final do expediente de trabalho será concedido o adicional específico para indenizar as conseqüências dessas incidências, conforme dispuser regulamento aprovado pelo Governador. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) Parágrafo único. O adicional de periculosidade corresponderá a trinta por cento do vencimento do cargo e os adicionais de insalubridade ou de periculosidade de dez a quarenta por cento incidente sobre o

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menor vencimento de Tabela do Plano de Cargos e Carreiras do Poder Executivo. (redação dada pela Lei nº 3.190, de 28 de março de 2006) Art. 113. O funcionário que fizer jus aos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade, optará por um deles, não sendo acumuláveis essas vantagens. Parágrafo único. O direito ao adicional previsto nesta Subseção cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão. Art. 114. É proibido o trabalho de funcionária gestante ou lactante, em atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. Art. 115. Na concessão dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade, serão observadas as situações especificadas na legislação trabalhista e sua regulamentação. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 116. Os locais de trabalho e os funcionários que operam com Raios-X ou substâncias radioativas, devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria. Parágrafo único. Os funcionários a que se refere este artigo, devem ser submetidos a exames médicos periódicos.

SUBSEÇÃO V DO ADICIONAL PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS

Art. 117. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação ao valor da hora de trabalho normal. Parágrafo único. Em caso de trabalho noturno, o adicional será acrescido de 20% (vinte por cento) sobre o seu valor. Art. 118. O serviço extraordinário tem caráter eventual e só será admitido em situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por dia num período de trinta dias, que, somente poderá ser repetido pelo mesmo funcionário, decorrido o dobro desse prazo, conforme dispuser o regulamento. Art. 119. Ao ocupante de cargo em comissão ou função de confiança, e ao servidor que perceber adicional de função que tenha por fundamento a compensação de prestação do trabalho fora ou além do expediente normal não será devido o adicional pela prestação de serviços extraordinários. Parágrafo único. O adicional somente será pago quando o trabalho do servidor, no exercício do cargo o função, implicar carga horária superior a oito horas diárias, quarenta horas semanais ou cento e oitenta horas mensais.

SUBSEÇÃO VI DO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 120. Independente de pedido, será pago ao funcionário, ao entrar em férias, um adicional de cinquenta por cento sobre a respectiva remuneração. Art. 120. Independentemente de pedido, será pago ao funcionário, ao entrar em férias, um adicional de um terço a mais sobre a respectiva remuneração. (revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de junho de 1997) (restabelecido o art. 120, com nova redação pela Lei nº 1.811, de 22 de dezembro de 1997) § 1º O adicional incidirá, sempre, sobre a remuneração de um mês, ainda que o funcionário, por força de lei, possa gozar de férias em período superior. § 2º No caso do funcionário exercer função de direção, chefia, assessoramento ou assistência, ou ocupar

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cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de férias. § 3º Os funcionários a que se refere o artigo 112 desta Lei, terão o adicional pago em sua totalidade, por ocasião da entrada em férias no primeiro período. § 4º O funcionário em regime de acumulação legal, perceberá o adicional de Férias, calculado sobre o vencimento dos dois cargos.

SUBSEÇÃO VII DO ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE

Art. 121. O adicional de produtividade será pago ao funcionário que, no exercício das atribuições do seu cargo efetivo, participar de programa especial de incentivo à produtividade, em área de atividade que, a critério da administração e no interesse do serviço, possa obter melhores resultados de produção, sem aumento do número de funcionários, na forma estabelecida em regulamento. Art. 121. O adicional de produtividade será pago ao servidor que, no exercício das atribuições de seu cargo, atuar diretamente no programa especial de incentivo à produtividade, em área de atividade que, a critério da administração e no interesse do serviço, possa obter melhores resultados de produção, sem aumento do número de servidores, na forma estabelecida em regulamento. (redação dada pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) Art. 121. Os órgãos ou entidades poderão ser autorizados pelo Governador a aplicar o excedente orçamentário, com a economia no cumprimento de metas de mudança de processos de trabalho e procedimentos de melhoria da qualidade dos serviços, em programas de qualificação profissional e pagamento do adicional de incentivo à produtividade. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º Os recursos serão aplicados no pagamento do adicional de incentivo à produtividade quando o cumprimento das metas, definidas em plano específico, importar em diminuição de despesas de custeio pela redução de recursos materiais, contratações de serviços ou redistribuição de pessoal. § 1º Sobre o adicional de produtividade fiscal não incidirá qualquer outra vantagem, ressalvados apenas a ajuda de custo, a gratificação natalina e os adicionais de férias e por tempo de serviço. (redação dada pela Lei nº 1.126, de 18 de dezembro de 1990) § 2º A atribuição do adicional de incentivo à produtividade será resultante da avaliação coletiva e individual dos servidores do órgão ou entidade, conforme estabelecer a regulamentação aprovada por ato do Governador do Estado. § 3º O Governador poderá deferir, excepcionalmente e em caráter temporário, por decreto, mediante justificativa circunstanciada do Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, a gratificação de que trata este artigo, atendidos os seguintes requisitos: (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) (revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996) a) que a atividade do servidor seja diretamente vinculada ao sistema de fiscalização ou o apóie; (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) (revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996) b) que a atividade do servidor seja indispensável à eficiência do processo de fiscalização da arrecadação; (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) (revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996) c) que a atividade do servidor contribua diretamente para o aumento efetivo da arrecadação; (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) (revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996) d) que o valor da gratificação seja calculado proporcionalmente à qualidade e quantidade do serviço

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realizado. (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) (revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996)

SUBSEÇÃO VIII DO ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE FISCAL

Art. 122. O adicional de produtividade fiscal, devido aos ocupantes de cargos de carreira cuja atribuição principal seja fiscalização da arrecadação de tributos estaduais, destina-se a estimular os funcionários no exercício dessa atividade, na forma estabelecida em regulamento. § 1º Sobre o adicional de produtividade fiscal, não incidirá qualquer outra vantagem, ressalvadas apenas a ajuda de custo e a gratificação natalina e adicional por tempo de serviço. § 2º Não fará jus a gratificação prevista neste artigo o funcionário cedido ou a disposição de outro órgão ou entidade, exceto os cargos de nomeação exclusiva do Governador ou no exercício de função de confiança no âmbito da própria Secretaria. § 3º O Governador poderá deferir, excepcionalmente e em caráter temporário, por decreto, mediante justificativa circunstanciada do Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, a gratificação de que trata este artigo, atendidos os seguintes requisitos: (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) Revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996. a) que a atividade do servidor seja diretamente vinculada ao sistema de fiscalização ou o apóie; (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) Revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996. b) que a atividade do servidor seja indispensável à eficiência do processo de fiscalização da arrecadação; (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) Revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996. c) que a atividade do servidor contribua diretamente para o aumento efetivo da arrecadação; (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) Revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996. d) que o valor da gratificação seja calculado proporcionalmente à qualidade e quantidade do serviço realizado. (acrescentado pela Lei nº 1.658, de 13 de maio de 1996) Revogado pela Lei nº 1.672, de 12 de junho de 1996. CAPÍTULO III DAS FÉRIAS Art. 123. Após cada período de doze meses de exercício, o servidor terá direito a férias na seguinte proporção: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 123. Após cada período de doze meses de exercício, o servidor terá direito a férias, que podem ser cumuladas, somente, até dois períodos, por comprovada necessidade de serviço, na seguinte proporção: (redação dada pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) I - trinta dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes no período aquisitivo; II - vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de seis a quatorze faltas no período aquisitivo; III - dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a vinte e três faltas no período aquisitivo; IV - doze dias corridos, quando houver tido de vinte e quatro a trinta e duas faltas no período aquisitivo; § 1º Cada repartição organizará uma escala de férias para os respectivos funcionários, encaminhando cópia ao órgão de pessoal competente para as anotações necessárias.

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§ 2º Não serão consideradas faltas ao serviço os casos referidos no art. 171 desta Lei e quando não houver desconto pela ausência. § 3º Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo: I - permanecer em gozo de licença, com percepção de vencimentos por mais de trinta dias; II - tiver se afastado para licença para tratamento da própria saúde por mais de seis meses, embora descontínuos. § 4º disposto no § 2º não se aplica quando o servidor estiver afastado por motivo de doença grave, incurável ou profissional ou por motivo de acidente em serviço, licença à gestante, suspensão para apuração de falta administrativa, se absolvido ao final, e nos dias em que o serviço tenha sido suspenso por lei ou determinação do Governador. § 5º Iniciar-se-á a contagem do novo período aquisitivo quando o servidor, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. Art. 124. O membro do Grupo Magistério, quando em atividade docente, gozará 45 (quarenta em cinco) dias de férias por ano, assim distribuídos: I- 30 (trinta) dias no término do período letivo; II - 15 (quinze) dias entre duas etapas letivas. § 1º A convocação de membros do magistério, para trabalho de exame e outros que se hajam de realizar nos períodos de férias previstos nos incisos I e II deste artigo, será feita com a concordância do funcionário e remunerado na forma prevista neste Estatuto. § 2º Além das férias legais, o membro do Grupo Magistério lotado em unidade escolar, poderá permanecer em recesso, a ser fixado entre os períodos letivos regulares, desde que não fique prejudicado o cumprimento da legislação do ensino. Art. 125. Gozarão férias de 30 (trinta) dias os membros do Grupo Magistério que: I - se aposentados, ocuparem cargo em comissão; II - forem readaptados por laudos médicos em funções extra-classe. Art. 126. O funcionário que opera direta e permanentemente com Raios-X e substâncias radioativas gozará, obrigatória e alternadamente, trinta e vinte dias consecutivos de férias por semestre. Art. 127. É proibido o fracionamento de férias. Art. 128. Por motivo de investidura em outro cargo, o funcionário em gozo de férias, não está obrigado a interrompê-las, mesmo que o novo cargo deva ser exercido em outro órgão ou entidade. Art. 129. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, serviço militar ou eleitoral, ou ainda, por motivo de superior interesse público. CAPÍTULO IV DAS LICENÇAS SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 130. Conceder-se-á licença: I - para tratamento de saúde; II - por motivo de doença em pessoa da família; III - pela maternidade ou pela adoção de criança; (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) IV - paternidade; V - para prestação de serviço militar; VI - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; VII - para atividade política; VIII - revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997 IX - para o trato de interesse particular; X - para o exercício de mandato classista; e XI - para estudo ou missão oficial. § 1º O funcionário não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e quatro meses, salvo os casos dos incisos V, VI e VII. § 2º A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie, será concedida como prorrogação. § 3º Não poderá ser concedida licença ou afastamento a servidor estadual, quando essa concessão implicar admissão de substituto remunerado para exercer as atribuições do servidor afastado, exceto para gozo de férias anuais, licença para tratamento de saúde e à gestante ou para exercício de cargo de direção privativo da carreira. (acrescentado pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 131. Terminada a licença, o funcionário reassumirá o exercício, salvo nos casos de prorrogação. Parágrafo único. O pedido de prorrogação será apresentado antes de findo o prazo de licença; se indeferido, contar-se-á como de licença, sem vencimento, o período compreendido entre a data de seu término e a do conhecimento oficial do despacho denegatório, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do artigo 132. Art. 132. A licença médica é concedida pelo prazo indicado no laudo ou atestado. § 1º Dois dias antes de terminado o prazo, haverá nova inspeção e o laudo médico concluíra pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença, pela aposentadoria ou pela readaptação. § 2º Se o funcionário se apresentar à nova inspeção após a época prevista no parágrafo anterior, caso não se justifique a prorrogação, serão considerados como falta os dias a descoberto. Art. 133. O tempo necessário a inspeção médica, será sempre considerado como licença, desde que não fique caracterizada a simulação. Art. 134. O servidor afastado por motivo de saúde, cuja capacidade física não permitir seu retorno ao exercício do cargo ou função, poderá ser readaptado, nos termos da Lei, ou aposentado, conforme

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resultado do exame médico pericial realizado pelo sistema de previdência social do Estado. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º Na hipótese deste artigo, o funcionário submeter-se-á, obrigatoriamente, a inspeção médica, no término do prazo fixado para a readaptação. § 2º Readquirida a capacidade física, o funcionário retornará às atividades próprias do seu cargo. § 3º Por ato do Governador do Estado, o funcionário poderá ser readaptado definitivamente, desde que recomendada essa providência através de inspeção médica especializada. Art. 135. O funcionário em gozo de licença comunicará ao seu chefe imediato o local onde poderá ser encontrado. SEÇÃO II DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE Art. 136. A licença para tratamento de saúde será concedida ao servidor mediante inspeção médica processada segundo normas do sistema de perícia médica do Estado. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º O servidor comparecerá à perícia médica, mediante boletim emitido pela sua chefia imediata, por determinação desta ou por sua solicitação. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 2º Caso o funcionário esteja ausente do Estado de Mato Grosso do Sul e absolutamente impossibilitado de locomover-se por motivo de saúde, poderá ser admitido laudo médico particular circunstanciado, desde que o prazo de licença proposta não ultrapasse noventa dias. § 3º Caso a licença proposta ultrapasse o prazo estipulado no parágrafo anterior, somente serão aceitos laudos firmados por órgão médico oficial do local onde se encontra o funcionário. § 4º Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, o laudo somente poderá ser aceito depois de homologado pelo órgão próprio de inspeção médica do Estado. § 5º Quando não couber a concessão da licença, o período de ausência ao serviço será considerado de licença sem vencimento, ou caso seja comprovada simulação do servidor para obter a licença, o período que eventualmente tenha faltado ao serviço será considerado como falta injustificada e, se necessário, apurados os motivos do seu comportamento por sindicância ou processo administrativo, nos termos desta Lei. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 137. A concessão das licenças para tratamento de saúde observará regras das atividades de perícia médica e pagamento de benefícios definidas pelo sistema da previdência social. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Parágrafo único. Expirado o prazo deste artigo, o funcionário será submetido a nova inspeção médica e aposentado, se julgado definitivamente inválido para o serviço público em geral e não puder ser readaptado. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 138. O servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por prazo superior a vinte e quatro meses, exceto nos casos considerados recuperáveis pela perícia médica. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º Findo o prazo de vinte e quatro meses e não estando o servidor em programa de recuperação, este será aposentado por invalidez, na forma definida pela previdência social do Estado. § 2º Nos casos de doenças graves em que a medicina não possa assegurar as possibilidades de recuperação da capacidade laborativa do servidor poderá a aposentadoria por invalidez ser concedida

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com base na perícia médica oficial, independentemente de decorrido o prazo de vinte e quatro meses. Art. 139. Nos processamentos das licenças para tratamento de saúde, será observado o devido sigilo sobre os laudos e atestados médicos. Art. 140. No curso da licença para tratamento de saúde, o funcionário abster-se-á de atividade remunerada, sob pena de interrupção da licença, com perda total do vencimento, desde o início dessas atividades e até que reassuma o cargo. Parágrafo único. O período compreendido entre a interrupção da licença e a reassunção será considerado como licença sem vencimento. Art. 141. O funcionário não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de suspensão do pagamento do vencimento, até que se realize a inspeção. Art. 142. Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá o exercício, sob pena de serem computados como faltas os dias de ausência. Art. 143. No curso da licença, poderá o funcionário requerer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir o exercício. Art. 144. A remuneração do servidor em licença para tratamento de saúde, nos primeiros trinta dias, será correspondente ao seu vencimento acrescido das vantagens pessoais e das inerentes ao exercício do cargo ou função. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º A partir do trigésimo primeiro dia a remuneração será paga de acordo com o valor do benefício estabelecido pelo sistema de previdência social na qual se encontrar vinculado o servidor. § 2º Nas licenças por motivo de doença profissional ou acidente em serviço ao servidor terá assegurada a complementação do benefício, caso o valor desse seja inferior a sua remuneração, conforme estabelecido no caput deste artigo. Art. 145. Em caso de acidente de trabalho ou de doença profissional, será mantido integralmente, durante a licença, o vencimento do funcionário, correndo ainda por conta do Estado as despesas com o tratamento médico e hospitalar do funcionário, que será realizado sempre que possível, em estabelecimento estadual de assistência médica. § 1º Considera-se acidente do trabalho todo aquele que se verifique pelo exercício das atribuições do cargo, provocando, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que ocasione a morte, perda parcial ou total, permanente ou temporária da capacidade física ou mental para o trabalho. § 2º Equipara-se ao acidente no trabalho a agressão, quando não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em razão dele e o ocorrido no deslocamento para o serviço ou deste para a sua residência. § 3º Por doença profissional, entende-se a que se deve atribuir, como relação de efeito e causa, as condições inerentes ao serviço ou fatos nele ocorridos. § 4º Nos casos previstos nos parágrafos anteriores, o laudo resultante da inspeção realizada por junta médica oficial, deverá estabelecer, rigorosamente, a caracterização do acidente do trabalho ou da doença profissional. SEÇÃO III DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA Art. 146. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do ascendente, do cônjuge ou do filho que lhe tenham dependência econômica, mediante comprovação da necessidade do seu

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acompanhamento por perícia médica oficial e da impossibilidade de outro membro da família cumprir esse papel. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do funcionário for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício de cargo, o que deverá ser comprovado através de acompanhamento social. § 2º A licença será concedida com o vencimento do cargo efetivo ou da função permanente por até cento e oitenta dias e, após esse prazo, por mais seis meses, com dois terços desse vencimento e sem vencimento, a partir de doze meses de afastamento. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 3º Em cada período de 5 (cinco) anos o funcionário só poderá beneficiar-se de, no máximo, 2 (dois) anos de licença, seguidos ou intercalados. SEÇÃO IV DA LICENÇA A GESTANTE Art. 147. Será concedida licença com remuneração, na forma definitiva pelo sistema de previdência social a que estiver vinculada, à servidora gestante ou que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança, mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) SEÇÃO V DA LICENÇA PATERNIDADE Art. 148. Ao cônjuge varão será concedida licença paternidade de cinco dias, contados da data do nascimento de filho. SEÇÃO VI DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR Art. 149. Ao funcionário convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional, será concedida licença com vencimento integral. § 1º A licença será concedida à vista do documento oficial que prove a incorporação. § 2º Do vencimento descontar-se-á a importância que o funcionário perceber na qualidade de incorporado, salvo se optar pela vantagens do serviço militar, que implicará na perda do vencimento. § 3º Ao funcionário desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a trinta dias, para reassumir o exercício do cargo, sem perda do vencimento. Art. 150. Ao funcionário, oficial da reserva das Forças Armadas, será concedida licença com vencimento integral, durante os estágios de serviço militar obrigatório não remunerado, previstos pelos regulamentos militares. Parágrafo único. No caso de estágio remunerado, fica-lhe assegurado o direito de opção. SEÇÃO VII DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE Art. 151. Poderá ser concedida licença sem vencimento para acompanhar cônjuge ou companheiro que, quando militar ou funcionário da administração direta, autárquica ou fundacional, for deslocado de ofício para outro ponto do território do Estado ou do País ou para o exercício de mandato eletivo, municipal, estadual ou federal.

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§ 1º Caso exista no novo local de residência do cônjuge ou companheiro, órgão da administração estadual, direta, autárquica ou fundacional, o funcionário nele terá exercício, se houver claro na lotação e em caráter temporário; caso contrário, será licenciado sem remuneração. § 2º A licença prevista nesta Seção será por prazo indeterminado, dependendo de pedido devidamente instruído, que deverá ser renovado de dois em dois anos. Art. 152. Finda a causa da licença, o funcionário deverá reassumir o exercício dentro de trinta dias, a partir dos quais a sua ausência será computada como falta ao serviço. Art. 153. O funcionário poderá reassumir o exercício do seu cargo a qualquer tempo, embora não esteja finda a causa da licença, não podendo, neste caso, renovar o pedido, exceto decorrido o prazo previsto no § 2º do artigo 151. SEÇÃO VIII DA LICENÇA PARA O TRATO DE INTERESSE PARTICULAR Art. 154. A critério da Administração, ao funcionário estável poderá ser concedida licença para tratar de assuntos de interesse particular pelo prazo de três anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável segundo o interesse público. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, por iniciativa do servidor. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o servidor deverá comunicar à administração, com antecedência mínima de quinze dias, a interrupção da licença. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 3º O servidor em licença para o trato de interesse particular deverá contribuir para o sistema da previdência social do Estado, com base na última remuneração-de-contribuição, em valor correspondente à sua parcela acrescida da parte referente à contribuição do seu órgão de lotação, sob pena de desconto dos períodos de omissão na apuração dos requisitos para sua aposentadoria ou concessão de pensão aos seus dependentes. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 4º Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 155. Ao funcionário ocupante de cargo em comissão ou função de confiança, não se concederá, nessa qualidade, licença para tratar de interesse particular. SEÇÃO IX DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA Art. 156. É assegurado o direito a licença para o desempenho de mandato em confederação, federação, órgão de fiscalização de categoria profissional a sindicato nas seguintes condições: (redação dada pela Lei nº 1.167, de 27 de julho de 1991) I - para confederação e órgão de fiscalização profissional, instituído na forma da lei, cujo âmbito de atuação tenha vínculo direto com interesses de categorias de servidores estaduais, um servidor; (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) II - para federação organizada e reconhecida na forma da legislação trabalhista, um servidor para cada mil e quinhentos servidores sindicalizados nas entidades a ela filiada; (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) III - para sindicatos, organizados e reconhecidos na forma da legislação trabalhista, na seguinte proporção: (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002)

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a) um servidor, até duzentos e cinqüenta filiados;(redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) b) dois servidores, para acima de duzentos e cinqüenta filiados; (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) c) três servidores, para acima de setecentos e cinqüenta filiados; (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) d) mais um servidor para cada mil e quinhentos filiados. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 1º Os sindicatos de base estadual poderão requisitar servidor para atender à sua representação regional, na proporção fixada no inciso III deste artigo. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 2º O afastamento se dará com direito aos vencimentos e as vantagens pessoais ou inerentes ao exercício do cargo efetivo, a contar da data de início do mandato e após comunicação escrita ao órgão ou entidade de lotação. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 3º A licença será deferida aos servidores eleitos, observados os critérios fixados neste artigo, pelo período do mandato em cargo de direção ou representação regional da entidade. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) § 4º Será computado, para todos os efeitos, nos termos do capítulo VII, deste Estatuto, o tempo de afastamento do servidor para o exercício de mandato classista. (redação dada pela Lei nº 1.167, de 27 de julho de 1991) § 5º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir mecanismo de tratamento e negociação de demandas e conflitos funcionais e do trabalho, capazes de motivar o envolvimento e promover a participação efetiva dos servidores e de suas entidades de classe e sindicais, nos termos da lei, na política de valorização dos servidores públicos, de aprimoramento da eficiência e da qualidade dos serviços, de democratização do processo interno de tomada de decisões administrativas e das relações de trabalho, podendo ser constituído por meio de colegiado, convênios ou outras formas admitidas em lei. (acrescentado pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) SEÇÃO X DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE ATIVIDADE POLÍTICA Art. 157. O funcionário candidato a cargo eletivo terá direito a licença remunerada, como se em efetivo exercício estivesse, durante o período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, e o décimo dia seguinte ao das eleições. Parágrafo único. Será necessariamente afastado, na forma e no prazo previsto neste artigo, o funcionário ocupante de cargo de direção, chefia, assessoramento, assistência, arrecadação ou fiscalização. Art. 158. O funcionário eleito ficará afastado do cargo ou função, em decorrência do exercício do mandato, na forma do disposto no artigo 38 da Constituição Federal. SEÇÃO XI DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE Art. 159. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997 Art. 160. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997

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Art. 161. Revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997 SEÇÃO XII DA LICENÇA PARA ESTUDO OU MISSÃO OFICIAL Art. 162. O funcionário poderá obter licença para estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, nas seguintes condições: I - com direito À percepção do vencimento e das vantagens do cargo, desde que reconhecido pelo Governador o interesse para a Administração e o afastamento não ultrapassar a vinte e quatro meses; II - sem direito à percepção de vencimentos e das vantagens do cargo, quando não reconhecido o interesse para a Administração. § 1º É vedada a licença, em bolsa de estudo, de ocupante do cargo em comissão que não detenha, também, a condição de servidor efetivo do Estado. § 2º Em nenhuma hipótese, o período da licença poderá exceder a quatro anos consecutivos, incluídos os períodos de prorrogação. Art. 163. O servidor licenciado na forma do art. 162 será obrigado a restituir os custos da remuneração recebida e as despesas que o Estado arcar com o seu estudo, se nos dois anos subseqüentes ao término desse afastamento ocorrer sua exoneração, demissão ou licença para trato de interesse particular. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º As importâncias a serem devolvidas pelo servidor serão corrigidas monetariamente na forma prevista no art. 80 desta Lei. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 2º A exoneração a pedido, ou a licença, somente serão concedidas após a quitação com o Estado. § 3º Em caso de demissão, a quantia devida será inscrita como dívida ativa, a ser cobrada executivamente, se não for paga no prazo de trinta dias, contados da data de publicação do ato. Art. 164. A licença, uma vez concedida, só voltará a ser autorizada decorrido prazo igual ao da licença anterior. Parágrafo único. Se a licença anterior for inferior a doze meses a nova licença só poderá ser concedida após decorrido esse prazo. Art. 165. A licença de funcionário para, no exterior ou em qualquer parte do território nacional, proferir conferência, ministrar curso especializado, participar de congresso, seminário, jornada ou qualquer forma de reunião de profissionais, técnicos, especialistas, religiosos ou desportistas, dependerá sempre de consulta oficial da entidade patrocinadora à Administração Estadual. § 1º A concessão da licença a que se refere este artigo, que se dará sem prejuízo dos vencimentos e vantagens, está subordinada à conveniência e interesse do serviço e será deferida, no âmbito da Administração direta, pelo Secretário de Administração e, no âmbito das autarquias e fundações, pelos seus respectivos dirigentes. § 2º Sempre que atender ao interesse da Administração pública, a autoridade a que se refere o parágrafo anterior poderá substituir a concessão da licença pela simples dispensa do registro de ponto dos funcionários interessados. Art. 166. O funcionário ficará obrigado a apresentar, dentro de quinze dias do término do evento referido no artigo anterior, relatório circunstanciado das atividades desenvolvidas ou estudos realizados,

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devidamente documentado. Parágrafo único. A não satisfação da disposição constante deste artigo ensejará à Administração o direito de cortar o ponto referente aos dias em que o funcionário esteve ausente. Art. 167. O cônjuge do funcionário, licenciado nos termos desta Seção, que seja servidor estadual e queira acompanhá-lo, também será autorizado a licenciar-se, sem ônus para o Estado, nos termos da licença prevista no artigo 151. Art. 168. O desempenho de missão oficial por quem estiver no exercício de cargo em comissão ou de função gratificada garantirá ao mesmo a continuidade da percepção dos vencimentos e vantagens respectivos. Art. 169. Ao funcionário no desempenho de missão oficial no exterior, poderá ser concedida, além da sua remuneração, ajuda de custo em importância a ser arbitrada pelo Governador do Estado, na forma da legislação aplicável. CAPÍTULO V DO AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGAO OU ENTIDADE Art. 170. O servidor poderá ser cedido para exercer cargo em comissão em órgão ou entidade de outro Poder, Ministério Público ou Tribunal de Contas, do Estado, de outro Estado, da União ou de Municípios, sem remuneração ou mediante ressarcimento da remuneração e encargos que forem pagos durante seu afastamento. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º O governador do Estado poderá autorizar a cessão, mediante permuta, por tempo determinado, de servidores do Poder Executivo entre órgãos e entidades, desde que as despesas com a remuneração e encargos com o servidor cedido tenha equivalência ou seja inferior às do servidor recebido. (proposta de alteração vetada pelo Executivo - Lei nº 1.130, de 7 de janeiro de 1991) § 1º (VETADO). veto derrubado. § 1º Na hipótese da alínea a deste artigo, o ônus da remuneração será, obrigatoriamente, do órgão ou entidade cedente. (promulgado pela Assembleia Legislativa em 26 de março de 1991) § 2º O servidor poderá ter exercício, mantida a sua remuneração, por prazo não superior a doze meses, em órgão ou entidade da Administração Estadual distinto da sua lotação, para desempenhar tarefas determinadas e consideradas de interesse público. CAPÍTULO VI DAS CONCESSÕES Art. 171. O funcionário poderá se ausentar do serviço, sem qualquer prejuízo, nos seguintes casos: I - por um dia, para doação de sangue; II - até dois dias, para se alistar como eleitor; e III - até oito dias, por motivo de: a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados e irmãos; IV - durante o período em que estiver servindo ao Tribunal do Júri; V - prestação de prova ou exame em curso regular ou em concurso público.

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Art. 172. Poderá ser concedido horário especial ao funcionário estudante, quando comprovada a incompatibilidade, entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Parágrafo único. Para efeito deste artigo será exigida a compensação de horários na repartição, respeitada a duração semanal de trabalho. Art. 173. Ao funcionário estudante, que mudar de sede no interesse da Administração, e assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição estadual de ensino, em qualquer época, independentemente de vaga, na forma e condições estabelecidas na legislação específica. Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos ou enteados do funcionário que vivam na sua companhia, bem como, aos menores sob sua guarda com autorização judicial. Art. 174. Ao licenciado para tratamento de saúde que deve ser deslocado do Estado, para outro ponto do território nacional por exigência do laudo médico, poderá ser concedido transporte, à conta dos cofres estaduais, e inclusive para uma pessoa de sua família. CAPÍTULO VII DO TEMPO DE SERVIÇO Art. 175. A apuração do tempo de serviço será em feita em dias, convertidos em anos, à razão de trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Parágrafo único. Revogado pelo art. 14 da Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000 Art. 176. Os dias de efetivo exercício serão apurados à vista de documentação que comprove a freqüência. Art. 177. Admitir-se-á como documentação própria comprobatória do tempo de serviço: I - certidão circunstanciada, firmada por autoridade competente, contendo todos os eventos registrados nos assentamentos funcionais do interessado, período por período; II - certidão de freqüência; III - justificação judicial, nos casos de impossibilidade de outros meios de provas. Parágrafo único. A justificação judicial prevista no inciso III deste artigo, somente autorizará a averbação do tempo de serviço, se precedida de audiência da Procuradoria-Geral do Estado. Art. 178. Será considerado como de efetivo exercício o afastamento por motivo de: I - férias; II - casamento e luto, até oito dias; III - exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de provimento em comissão ou em substituição, no serviço público do Estado, inclusive nas respectivas autarquias e fundações públicas; IV - revogado pela Lei nº 1.756, de 15 de julho de 1997 V - licença gestante; VI - licença paternidade;

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VII - licença para tratamento de saúde; VIII - licença por motivo de doença em pessoa da família, observado o que dispõe o artigo 146 desta Lei; IX - acidente em serviço ou doença profissional; X - doença de notificação compulsória; XI - missão oficial; XII - estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, desde que no interesse da Administração e não ultrapasse vinte e quatro meses; XIII - prestação de prova ou exame em curso regular ou em concurso público; XIV - recolhimento a prisão, se absolvido no final; XV - suspensão preventiva, se absolvido no final; XVI - convocação para serviço militar ou encargo de segurança nacional, júri e outros serviços obrigatórios por lei; XVII - trânsito para ter exercício em nova sede; XVIII - faltas por motivo de doença comprovada, inclusive em pessoa da família, até o máximo de três durante o mês; XIX - candidatura a cargo eletivo, durante o lapso de tempo previsto no artigo 157 Lei; XX - mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual; XXI - mandato de Prefeito e Vice-Prefeito; XXII - mandato de Vereador, quando não existir compatibilidade entre seu exercício e o do cargo público; XXIII - desempenho de mandato classista. Art. 179. As contagens de tempo de serviço para fins de aposentadoria serão definidas na legislação que dispuser sobre o regime de previdência oficial do servidor do Estado. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) CAPÍTULO VIII DO DIREITO DE PETIÇÃO Art. 180. É assegurado ao funcionário o direito de petição, em toda sua plenitude, assim como o de representar. § 1º O pedido será encaminhado à autoridade competente para decidí-lo e terá solução dentro de trinta dias, salvo os casos que obriguem a realização de diligências ou estudo especial. § 2º Da decisão prolatada, caberá, sempre, pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado. § 3º A autoridade que receber o pedido de reconsideração, poderá processá-lo como recurso, encaminhando-o à autoridade competente.

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Art. 181. Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; e II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. Art. 182. Salvo disposição expressa em lei, o recurso não terá efeito suspensivo, retroagindo à data do ato impugnado a decisão que der provimento ao pedido. Art. 183. A representação será apreciada, obrigatoriamente, pela autoridade superior àquela contra a qual for interposta. Art. 184. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá: I - em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; e II - em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for estabelecido em lei. Parágrafo único. O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação do ato impugnado ou da ciência do interessado, quando não houver publicação. Art. 185. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem o curso prescricional. Parágrafo único. Suspensa a prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante, no dia em que cessar a suspensão. Art. 186. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração. Art. 187. Para o exercício do direito de petição é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao funcionário ou a procurador por ele constituído. Art. 188. A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. Art. 189. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo o motivo de força maior. TÍTULO V DO PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 190. O Estado manterá regime próprio de previdência social, para os servidores, organizado nos termos da Constituição Federal, para concessão, pagamento e manutenção de benefício aos servidores estaduais e seus dependentes. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 191. O regime de previdência social estadual, mediante contribuição assegurará os seguintes benefícios: (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de serviço;

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d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) reabilitação profissional. III - quanto ao segurado e dependente: a) serviço social; b) reabilitação profissional. Art. 192. Quando o servidor filiar-se a Plano de Saúde organizado para a categoria, mediante contribuição, o órgão ou entidade de lotação participará com uma contribuição paritária, limitada a três por cento da remuneração que servir de base de cálculo da contribuição para a previdência social. (redação dada pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) Art. 192. Quando o servidor filiar-se ao Plano de Saúde organizado para a categoria, mediante contribuição, o órgão ou a entidade de lotação participará com uma contribuição paritária, limitada a três e meio por cento da remuneração que servir de base de cálculo da contribuição para a previdência social. (redação dada pela Lei nº 4.048, de 30 de junho de 2011) Paragrafo único. A contribuição de que trata o caput observará as datas e os limites percentuais estabelecidos a seguir: (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) I - a partir de dezembro de 2014, 3,75%; (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) II - a partir de dezembro de 2015, 4%; (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) III - a partir de dezembro de 2016, 4,25%; (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) IV - a partir de dezembro de 2017, 4,5%; (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) V - a partir de dezembro de 2018, 4,75%; (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) VI - a partir de dezembro de 2019, 5%; (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) VII - a partir de dezembro de 2020, 5,25%. (acrescentado pela Lei nº 4.463, de 19 de dezembro de 2013) CAPÍTULO II DA APOSENTADORIA Art. 193. O servidor será aposentado, atendidos todos os requisitos e condições estabelecidos no art. 40 da Constituição Federal e nas disposições especiais da Emenda Constitucional nº 20/98. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 194. A aposentadoria compulsória é automática e será declarada por ato com vigência na data em que o funcionário atingir a idade limite.

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Art. 195. Será aposentado o funcionário que for considerado inválido para o serviço e não puder ser readaptado. Art. 196. O provento de aposentadoria será calculado com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e corresponderá à totalidade da remuneração. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Parágrafo único - Integra a remuneração do servidor para os fins deste artigo, o vencimento, o adicional por tempo de serviço e as vantagens pessoais permanentes e as inerentes ao exercício cargo ou função em que se der a aposentadoria. Art. 197. Os proventos de aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modifique a remuneração dos funcionários em atividade, sendo também estendido aos inativos, quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive, quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. Art. 198. O servidor aposentado por invalidez com provento proporcional, se acometido de qualquer doença grave, contagiosa ou incurável, terá seu provento integralizado, após pronunciamento da perícia médica oficial. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 199. O provento proporcional ao tempo de serviço não poderá ser inferior a cinqüenta por cento da remuneração de contribuição para a previdência social nem ao valor do menor vencimento de tabela do Poder Executivo. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 200. Ao funcionário aposentado será paga a gratificação natalina na forma prevista nesta Lei. CAPÍTULO III DA PENSÃO ESPECIAL Art. 201. Aos beneficiários do servidor falecido em conseqüência do cumprimento de moléstia profissional ou acidente em serviço será assegurada a complementação da pensão paga pela previdência social, quando esta for inferior à remuneração que serviria de base para o cálculo do benefício do servidor na aposentadoria com proventos integrais. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Art. 202. A prova das circunstâncias em que se teria ocorrido o falecimento será feita por junta médica oficial, que se valerá, se necessário, de laudo pericial. Art. 203. Contraído novo matrimônio , a pensão paga ao cônjuge será transferida, automaticamente, aos filhos menores e até atingirem vinte e um anos. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) § 1º A pensão será devidamente atualizada, na mesma forma e data, sempre que se modifique a remuneração do pessoal em atividade. § 2º Contraído novo matrimônio, a pensão será transferida, automaticamente, do cônjuge para os filhos menores até a maioridade. Art. 204. Em nenhuma hipótese, a soma das pensões será inferior ao salário-mínimo vigente no País. Art. 205. O disposto neste Capítulo aplica-se, também, aos beneficiários do inativo quando o evento morte for consequência direta de acidente em serviço ou doença profissional. Art. 206. Ao beneficiário de servidor com vínculo temporário com o Estado, na situação prevista no art. 201, a pensão corresponderá à diferença entre a última remuneração mensal percebida e o valor da

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pensão paga pelo sistema de previdência social a que estivera vinculado o servidor falecido. (redação dada pela Lei nº 2.157, de 26 de outubro de 2000) Parágrafo único. O retorno do pensionista a qualquer atividade remunerada, seja na área pública ou privada, importará na suspensão automática do pagamento do benefício. Art. 207. São beneficiários da pensão: I - o cônjuge; II - a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia; III - a companheira que tenha sido designada pelo funcionário e comprove que vivia em comum há cinco anos ou que tenha filho com o funcionário; IV - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do funcionário. V - à pessoa designada, maior de sessenta anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do funcionário. Art. 208. A pensão prevista neste Capítulo poderá ser vitalícia ou temporária. § 1º A pensão vitalícia somente se extingue ou reverte com a morte de seus beneficiários. § 2º A pensão temporária se extingue ou reverte por motivo de morte, cassação da invalidez ou maioridade dos beneficiários. Art. 209. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão por morte, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados. Art. 210. Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia, que implique exclusão de beneficiário ou redução da pensão, só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida. Art. 211. Não faz jus a pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que resultou a morte do funcionário. Art. 212. Será concedida pensão provisória por morte presumida do funcionário, nos seguintes casos: I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança. Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos cinco anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do funcionário, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado. Art. 213. Acarretará perda da qualidade de beneficiário: I - o seu falecimento; II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão do cônjuge; III - cessação da invalidez em se tratando de beneficiário inválido;

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IV - a maioridade de filho, irmão, órfão ou pessoa designada, aos vinte e um anos de idade; V - acumulação de pensão na forma do disposto no artigo 208 desta Lei; VI - renúncia expressa. Art. 214. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a pensão reverterá: I - da pensão vitalícia, para os remanescentes desta ou para os titulares da pensão temporária; II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia. Art. 215. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo prescrevendo somente as prestações exigíveis há mais de cinco anos. Art. 216. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos funcionários. Art. 217. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão salvo a hipótese de duas pensões originárias de cargos ou empregos públicos legitimamente acumuláveis. TÍTULO VI DO REGIME DISCIPLINAR CAPÍTULO I DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPONSABILIDADES SEÇÃO I DOS DEVERES Art. 218. São deveres do funcionário: I - ser assíduo e pontual; II - cumprir às ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais; III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido; IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, decisões ou providências; V - representar aos superiores hierárquicos sobre as irregularidades de que tiver conhecimento em razão do exercício do cargo ou função; VI - tratar com urbanidade os companheiros de serviço e as partes; VII - providenciar para que esteja sempre atualizada no assentamento individual, a sua declaração de família; VIII - zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guarda ou utilização; IX - apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando for o caso; X - atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, as requisições de papéis,

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documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou administrativas, para a defesa do Estado, em juízo; XI - cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho; XII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito às suas funções; XIII - proceder na vida pública e privada na forma que dignifique o cargo ou a função que exerce. SEÇÃO II DAS PROIBIÇÕES Art. 219. Ao funcionário é proibido: I - referir-se de modo depreciativo em informação, parecer ou despacho às autoridades constituídas e aos atos da administração, podendo, em trabalho devidamente assinado, criticá-los sob o aspecto jurídico e doutrinário; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existente na repartição; III - entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço; IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada; V - tratar de interesses particulares na repartição; VI - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se solidário com ela; VII - exercer o comércio entre os companheiros de serviço; VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiro em detrimento da função pública; IX - coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza político-partidária; X - participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo, de empresas industriais, comerciais ou ainda, de sociedade civil prestadora de serviços; XI - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, quotista ou comandatário; XII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto à repartições públicas, salvo quando se tratar de interesse de parente até o segundo grau civil; XIII - praticar a usura, em qualquer de suas formas, no âmbito do serviço público ou de fora dele; XIV - receber propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XV - deixar de prestar declarações em processo administrativo disciplinar, quando regularmente intimado; XVI - cometer à pessoa estranha a repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que lhe competir ou a seus subordinados;

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XVII - acumular cargos ou funções, salvo as exceções previstas em lei; XVIII - residir fora do local onde exerce o cargo ou função, exceto nos casos disciplinados em regulamento; XIX - ter domicílio eleitoral fora do Estado de Mato Grosso do Sul. XX - ao titular de órgão subordinado diretamente ao Governador do Estado ou diretor-presidente de órgão de regime especial, autarquia ou fundação estadual é vedado manter no exercício de cargo em comissão, no âmbito do Poder Executivo, o cônjuge, o companheiro e ou parente consangüíneo ou afim, até o terceiro grau civil, que não seja ocupante de cargo ou emprego permanente, provido mediante concurso público, de órgão ou entidade da administração pública; (incluído pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) XXI - manter sob suas ordens imediatas o cônjuge, o companheiro e ou parente consangüíneo ou afim, até o terceiro grau civil, mesmo quando detentor de cargo ou emprego permanente de órgão ou entidade da administração pública. (incluído pela Lei nº 2.599, de 26 de dezembro de 2002) Parágrafo único. A proibição de que tratam os incisos X e XI deste artigo não compreende a prestação de serviços como autônomo, de firma individual ou através de sociedade civil. (acrescentado pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) SEÇÃO III DA ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS OU FUNÇÕES Art. 220. Ressalvados os casos previstos na Constituição vigente, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. § 1º A proibição de acumular se estende a cargos, empregos e funções em autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações mantidas pelo poder público do Estado, da União, de outros Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. § 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada a comprovação da compatibilidade de horários. § 3º A compatibilidade de horários somente será admitida quando houver possibilidade de cumprimento integral da jornada ou do regime de trabalho, em turnos completos, fixados em razão do horário de funcionamento do órgão ou entidade a que o servidor pertencer. Art. 221. O funcionário vinculado ao regime desta Lei que acumular licitamente dois cargos de carreira, quando investido em cargo em comissão, ficará afastado dos cargos efetivos, optando, quanto a remuneração, na forma prevista nesta Lei. Art. 222. Não se compreende na proibição de acumular, a percepção conjunta de: I - proventos de aposentadoria resultante de cargos legalmente acumuláveis; II - vencimento, remuneração ou proventos com pensão de qualquer natureza. III - remuneração pela prestação de serviços como autônomo ou por meio de sociedades civis, desde que haja compatibilidade horária. (acrescentado pela Lei nº 2.964, de 23 de dezembro de 2004) Art. 223. A proibição de acumular proventos não se aplica aos aposentados, quanto ao exercício de mandato eletivo, cargo em comissão ou ao contrato para prestação de serviços técnicos especializados, de caráter temporário. Art. 224. Sem prejuízo dos proventos, poderá o aposentado perceber gratificação pela participação em

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órgãos de deliberação coletiva. Art. 225. O funcionário não poderá exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança nem participar remuneradamente, de mais de um órgão de deliberação coletiva. Art. 226. Verificado mediante processo administrativo que o funcionário esta acumulando de má fé, fora das condições previstas neste Estatuto, será ele demitido de todos os cargos e funções e obrigado a restituir o que houver recebido ilicitamente. Parágrafo único. Provada a boa fé, o funcionário será mantido no cargo ou função por que optar. Art. 227. As acumulações serão objeto de estudo e julgamento pelo Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores do Estado - CRASE/MS, ainda que um dos cargos integre quadro de outra esfera de Governo ou Poder. Art 228. As situações examinadas pelo CRASE/MS atinentes a acumulação de cargos ou proventos, não poderão, sob qualquer pretexto, sofrer alterações de ordem administrativa. SEÇÃO IV DAS RESPONSABILIDADES Art. 229. O funcionário responde civil, penal e administrativamente pelo exercício rregular de sua atribuições. § 1º A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Estadual ou de terceiros; a penal abrange os ilícitos imputados ao funcionário, nessa qualidade; a administrativa resulta de atos omissivos ou comissivos, praticados no desempenho do cargo ou função. § 2º Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada de numerário nos prazos legais. § 3º Ressalvados os casos do parágrafo anterior, a importância da indenização poderá ser descontada do vencimento ou remuneração do funcionário, mensalmente, não excedendo o desconto a décima parte do valor desta. § 4º Tratando-se de dano causado a terceiro, por dolo ou culpa, e indenizado pelo Estado, caberá ação regressiva contra o funcionário responsável pelo dano. Art. 230. As cominações civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, assim como as respectivas instâncias. Parágrafo único. A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa, se negar a existência do fato ou afastar o funcionário acusado da respectiva autoria. CAPÍTULO I DAS PENALIDADES E DE SUA APLICAÇÃO Art. 231. São penas disciplinares: I - repreensão; II - suspensão; III - multa;

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IV - demissão; V - cassação de disponibilidade; e VI - destituição de cargo em comissão. Art. 232. Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da infração, os danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes funcionais do funcionário infrator. Art. 233. A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres funcionais. Art. 234. A pena de suspensão, que não excederá noventa dias, será aplicada em casos de: I - falta grave; II - reincidência em falta já punida com repreensão; e III - desrespeito a proibição, que pela sua natureza não ensejar a pena de demissão. § 1º O funcionário suspenso, perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo. § 2º A autoridade que aplicar pena de suspensão, poderá convertê-la em multa, na base de cinqüenta por cento do vencimento efetivo, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço. § 3º A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento. Art. 235. Será aplicada a pena de demissão, nos casos de: I - crime contra a administração pública; II - condenação pela justiça comum, a pena privativa de liberdade superior a quatro anos; III - incontinência pública ou escandalosa; IV - prática contumaz de jogos proibidos e comércio ilegal de bebidas e substâncias que resulte dependência física e psíquica; V - ofensa física em serviço, contra funcionário ou particulares, salvo se em legítima defesa; VI - aplicação irregular de dinheiro público; VII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; VIII - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça dolosamente e em prejuízo do Estado; IX - receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, ainda que fora de suas funções, mas em razão delas; X - exercer advocacia administrativa; XI - acumulação ilícita de cargo ou função, comprovada a má fé; XII - desídia no cumprimento do dever;

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XIII - abandono de cargo; XIV - ausência ao serviço, sem causa justificada, por mais de sessenta dias, interpoladamente, durante um ano; XV - residência fora do território do Estado de Mato Grosso do Sul, salvo quando em exercício em outro ponto do País, na forma da Lei. Art. 236. Atendida a gravidade da falta, a pena de demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço público", a qual constará, obrigatoriamente, do ato demissório. Art. 237. A pena de demissão prevista no inciso I, do artigo 235, será aplicada em decorrência de decisão judicial com trânsito em julgado. Art. 238. Será cassada a disponibilidade do funcionário que não assumir, no prazo legal, o exercício do cargo ou função em que for aproveitado. Art. 239. São competentes para aplicar penas disciplinares: I - o Governador do Estado ou dirigente superior de autarquia ou fundação, em qualquer caso, e, privativamente, nos casos de demissão e cassação de disponibilidade; II - os Secretários de Estado, os Procuradores-Gerais e os dirigentes dos demais órgãos diretamente subordinados ao Governador, nos casos de suspensão até noventa dias; III - os chefes de unidades administrativas em geral, nos casos de repreensão, suspensão até trinta dias e multa correspondente. Art. 240. Prescreverá a punibilidade: I - em cinco anos, as infrações puníveis com demissão, cassação de disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em dois anos, quanto a suspensão ou multa; e III - em cento e oitenta dias, quanto a repreensão. § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o ilícito foi praticado. § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal, aplicam-se as infrações disciplinares capituladas como crime. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo administrativo disciplinar interrompe o curso prescricional. § 4º Suspensa a prescrição, esta recomeçará a ocorrer pelo prazo restante, a partir do dia em que cessar a suspensão. TÍTULO VII DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E DA SUA REVISÃO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 241. O processo administrativo disciplinar é um instrumento destinado à apurar responsabilidade de funcionário, por infração praticada no exercício de suas atribuições.

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Parágrafo único. As disposições deste Título aplicam-se a qualquer cargo compreendido no Quadro Permanente, Suplementar e Provisório do Estado, de suas Autarquias e Fundações e, subsidiariamente, a detentores de cargos, empregos ou funções de outros Quadros ou Tabelas. Art. 242. A autoridade que tiver conhecimento de irregularidades no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, através de sindicância ou de processo disciplinar, assegurado ao acusado ampla defesa. Art. 243. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto. Art. 244. Sempre que o ilícito praticado pelo funcionário ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de trinta dias, de demissão, cassação de disponibilidade ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar. Art. 245. Se, de imediato ou no caso de processo disciplinar, ficar evidenciado que a irregularidade envolve crime, a autoridade instauradora comunicará o fato ao Ministério Público. Art. 246. Os órgãos e repartições estaduais, sob pena de responsabilidade de seus titulares, atenderão com presteza as solicitações da Comissão Processante, inclusive quanto a requisição de técnicos e peritos, devendo comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento, em caso de força maior. Art. 247. A comissão assegurará ao processo disciplinar, o sigilo necessário a elucidação dos fatos ou o exigido pelo interesse da Administração. Art. 248. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame pericial, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. A autoridade julgadora, não ficará adstrita ao laudo pericial, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. CAPÍTULO II DA SUSPENSÃO PREVENTIVA Art. 249. Caberá aos Secretários de Estado, aos Procuradores-Gerais e demais dirigentes de órgãos diretamente subordinados ao Governador, ordenar, fundamentadamente e por escrito, a suspensão preventiva do funcionário infrator. Art. 250. A suspensão preventiva de até trinta dias será ordenada pelas autoridades mencionadas no artigo anterior, desde que o afastamento do funcionário seja necessário a apuração dos fatos. § 1º A suspensão prevista neste artigo poderá ser determinada pelas autoridades mencionadas no artigo 256 desta Lei, no ato da instauração do processo disciplinar ou em qualquer fase de sua tramitação e, estendida até noventa dias, findos os quais cessarão os seus efeitos, ainda que o processo disciplinar não esteja concluído. § 2º O afastamento preventivo do funcionário, será computado na penalidade de suspensão eventualmente aplicada. Art. 251. É assegurada a contagem de tempo de serviço para todos os efeitos, do período de afastamento por suspensão preventiva, bem como da percepção da diferença de vencimentos e vantagens, devidamente corrigidas, quando reconhecida a inocência do funcionário ou a penalidade imposta se limitar repreensão ou multa.

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§ 1º Será computado, na duração da pena de suspensão, se imposta, o período de afastamento decorrente de medida acautelatória. § 2º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, o funcionário restituíra, na proporção do que houver recebido, o vencimento e vantagens na forma do disposto no inciso I do artigo 78 desta Lei. CAPÍTULO III DA APURAÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULARIDADE Art. 252. A sindicância, como meio sumário de verificação, será realizada por funcionário ou comissão constituída por membros de condição hierárquica nunca inferior a do sindicado. Parágrafo único. A sindicância será instaurada por determinação de dirigente de órgão ou chefia a que pertencer o funcionário, mediante ato próprio. Art. 253. Promove-se a sindicância: I - como preliminar do processo administrativo disciplinar; II - quando não obrigatória a instauração desde logo, de processo disciplinar. Art. 254. O funcionário ou comissão incumbido da sindicância, de imediato procederá as seguintes diligências: I - inquirição das testemunhas para esclarecimento dos fatos referidos no ato de instauração e o sindicado, se houver, permitindo a este a juntada de documentos e indicação de provas; II - concluída a fase probatória, o sindicado será intimado para, no prazo de cinco dias, oferecer defesa escrita, querendo. Art. 255. Comprovada a existência ou inexistência de irregularidades, o funcionário ou comissão apresentará relatório de caráter expositivo, contendo, exclusivamente, os elementos fáticos colhidos, abstendo-se de quaisquer observações ou conclusões de cunho jurídico e encaminhando com o processo à autoridade competente. CAPÍTULO IV DO PROCESSO DISCIPLINAR SEÇÃO I DA INSTAURAÇÃO Art. 256. É da competência dos Secretários de Estado, dos Procuradores-Gerais, dos dirigentes superiores das autarquias e fundações, a instauração do processo disciplinar e a designação da comissão processante. § 1º A comissão será composta de três membros, tendo como seu presidente, de preferência, bacharel em direito, cabendo-lhe conduzir o processo disciplinar e designar o respectivo secretário. § 2º Poderão ser constituídas em cada Secretaria, Autarquia e Fundação, tantas comissões quantas forem julgadas necessárias. § 3º Os membros da comissão ficarão afastados de suas atribuições normais, sempre que necessário, durante o andamento do processo disciplinar. Art. 257. Não poderá ser designado para integrar comissão de processo disciplinar, mesmo como secretário desta, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, do

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denunciante ou denunciado, bem como do subordinado deste. Parágrafo único. O funcionário designado declinará, desde logo, à autoridade competente o impedimento que houver. SEÇÃO II DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS Art. 258. A comissão instalará os respectivos trabalhos dentro de cinco dias contados da data da publicação do ato de sua constituição e o concluíra no prazo de noventa dias. § 1º O prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado por mais trinta dias, em face de pedido circunstanciado do presidente da comissão. § 2º O ato de instauração indicará o nome, cargo, emprego ou função e a matrícula do funcionário acusado, bem como declinará as faltas ou irregularidades que lhe foram imputadas. Art. 259. A citação do acusado dar-se-á pessoalmente, por escrito, contra recibo e será acompanhada de cópia de documentos que lhe permita conhecer os motivos do processo disciplinar. § 1º No caso de se achar o acusado ausente do lugar onde deveria ser encontrado, será citado por via postal, em carta registrada com aviso de recebimento, juntando-se ao processo o comprovante do registro e do recebimento. § 2º Não sendo encontrado o acusado ou ignorado o seu paradeiro, a citação far-se-á por edital, publicado três vezes na imprensa oficial, com prazo de dez dias, a contar da última publicação. § 3º Quando for desconhecido o paradeiro de alguma testemunha, o presidente solicitará às repartições competentes, informações necessárias à sua notificação. § 4º Aos chefes diretos de funcionários citados a comparecerem perante a comissão, será dado imediato conhecimento dos termos da citação. § 5º Tratando-se de militar, o seu comparecimento será requisitado ao respectivo comando. Art. 260. Feita a citação sem que compareça o acusado, prosseguir-se-á o processo à sua revelia. Art. 261. No dia aprazado, será ouvido o denunciante, se houver, e na audiência, interrogado o acusado que, dentro do prazo de cinco dias, apresentará defesa prévia e o rol de testemunhas até o limite de cinco, as quais serão notificadas. § 1º Respeitado o limite mencionado neste artigo, poderá o acusado, durante a instrução substituir as testemunhas ou indicar outras no lugar das que não comparecerem. § 2º No mesmo dia da audiência inicial, se possível, e nos dias subseqüentes, tomar-se-á o depoimento das testemunhas apresentadas pelo denunciante ou arroladas pela comissão e a seguir, o das testemunhas nomeadas pelo acusado. § 3º Durante a instrução, o acusado será sempre intimado para assistir pessoalmente aos atos processuais, fazendo-se acompanhar de defensor e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular perguntas e reinquirir testemunhas. § 4º Nas perícias poderá o acusado apresentar assistente técnico e formular quesitos. Art. 262. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, salvo caso de proibição legal, nos termos do artigo 207 do Código de Processo Penal, ou em se tratando de pessoas mencionadas no artigo 206 do referido Código.

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§ 1º Ao servidor público que se recusar a depor sem justa causa, será, pela autoridade competente, aplicada a sanção cabível. § 2º Quando a pessoa estranha ao serviço público se recuse a depor perante a comissão, o presidente solicitará à autoridade policial a providência cabível, a fim de ser ouvida na polícia. § 3º Na hipótese do parágrafo anterior, o presidente encaminhará à autoridade policial, deduzida por itens, a matéria de fato sobre a qual deverá ser ouvida a testemunha. § 4º O servidor que tiver que depor como testemunha em processo disciplinar, fora da sede do seu exercício, terá direito a transporte e diárias, na forma da legislação pertinente. Art. 263. Como ato preliminar ou no decorrer do processo, poderá o presidente representar junto à autoridade competente, solicitando a suspensão preventiva do acusado. Art. 264. Durante o transcorrer do processo, o presidente poderá ordenar toda e qualquer diligência que se afigure conveniente ao esclarecimento dos fatos. Parágrafo único. Caso seja necessário o concurso de técnicos e peritos oficiais, os requisitará a autoridade competente, observado quanto a estes, os impedimentos contidos nesta Lei. Art. 265. No curso do processo disciplinar, serão lavrados os atos que identificarão o momento processual, dando-lhe caracterização própria, na forma prevista em regulamento. SEÇÃO III DA DEFESA Art. 266. Durante o transcorrer da instrução, que obedecerá o princípio do contraditório, é assegurada a intervenção do acusado ou de seu defensor, constituído ou nomeado pela comissão. § 1º O defensor constituído, somente será admitido no exercício da defesa, se for advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. § 2º Em caso de revelia, ou de solicitação do acusado, a comissão designará um funcionário estadual, de preferência bacharel em direito, para promover a defesa. § 3º O defensor do acusado, quando designado pelo presidente da comissão não poderá abandonar o processo se não por motivo imperioso, sob pena de responsabilidade. § 4º A falta de comparecimento do defensor, ainda que motivada, não determinará o adiamento da instrução, devendo o presidente da comissão, nomear defensor "ad hoc" para a audiência previamente designada. Art. 267. As diligências externas poderão ser acompanhadas pelo servidor acusado e seu defensor. Art. 268. Encerrada a instrução, será dentro de cinco dias, dada vista do processo ao acusado ou seu defensor, para as razões de defesa, pelo prazo de dez dias. Art. 269. Positivada a alienação mental do servidor acusado, será o processo quanto a este, imediatamente encerrado, providenciadas as medidas médicas e administrativas cabíveis lavrando-se termo circunstanciado, prosseguindo o processo em relação aos demais acusados, se houver. Art. 270. Se, nas razões de defesa for arguida a alienação mental e como prova for requerido o exame médico do acusado, a comissão autorizará a perícia e, após a juntada do laudo, se positivo, procederá na forma do disposto no artigo anterior.

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Art. 271. A comissão completará o seu trabalho com relatório expositivo e circunstanciado, declinando as irregularidades imputadas a cada acusado, concluindo pela inocência ou responsabilidade, indicando, neste último caso, os dispositivos legais transgredidos e a pena aplicável. Parágrafo único. Deverá, também, a comissão em relatório, sugerir quaisquer providencias que lhe parecer de interesse público. SEÇÃO IV DO JULGAMENTO Art. 272. no prazo de vinte dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá sua decisão. § 1º A decisão poderá conter a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar. § 2º Se a penalidade a ser aplicada exceder a competência da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado a autoridade competente, que decidirá em igual prazo. § 3º Havendo mais de um acusado e diversidade de sanções o julgamento caberá a autoridade competente para a imposição da pena mais grave. § 4º Se a penalidade prevista for a de demissão ou cassação de disponibilidade, o julgamento caberá ao Governador do Estado ou ao dirigente superior da autarquia ou fundação. § 5º A autoridade julgadora decidirá a vista dos fatos apurados pela comissão, não ficando vinculada As conclusões do relatório. § 6º Quando o relatório contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o funcionário de responsabilidade. Art. 273. Verificada a existência de vicio insanável, a autoridade julgadora, declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão para apurar os fatos articulados. § 1º Quando a autoridade julgadora entender que os fatos não foram devidamente apurados, determinará o reexame do processo na forma prevista neste artigo. § 2º O julgamento do processo fora do prazo legal não implica em sua nulidade. § 3º A autoridade julgadora que der causa a prescrição será responsabilizada na forma prevista nesta Lei. Art. 274. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentos individuais do funcionário acusado. Art. 275. O funcionário que responde a processo disciplinar, só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo disciplinar e o cumprimento da penalidade, quando aplicada. Art. 276. Aplicar-se-ão aos processos administrativos disciplinares, subsidiariamente, as normas de direito processual comum. CAPÍTULO V DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO Art. 277. No caso de abandono de cargo ou função, instaurado o processo e feita a citação na forma prevista no Capítulo IV, deste Título, comparecendo o acusado e tomadas as suas declarações, terá ele o prazo de dez dias para oferecer defesa ou requerer a produção da prova que tiver, que só poderá versar

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sobre força maior ou coação ilegal. Parágrafo único. Não comparecendo o acusado ou encontrando-se em lugar incerto e não sabido, a comissão fará publicar no órgão oficial, por três vezes, o edital de chamamento com prazo de quinze dias, nomeando-lhe defensor na forma do disposto no artigo 267 e §§, desta Lei. Art. 278. Simultaneamente com a publicação dos editais, a comissão deverá: I - requisitar o histórico funcional, frequência e endereço do acusado; II - diligenciar a fim de localizar o acusado; III - ouvir o chefe da divisão administrativa ou órgão equivalente a que pertencer o funcionário; IV - solicitar aos órgãos competentes, os antecedentes médicos, informando, especialmente, do estado mental do acusado faltoso; V - requisitar cartões de ponto e folha de pagamento. Art. 279. Não atendidos os editais de citação, será o servidor declarado revel e ser-lhe-á nomeado defensor. Art. 280. Comparecendo o acusado e manifestado o desejo de pleitear exoneração no curso do processo e antes do julgamento, deverá ser exigida a apresentação: I - de requerimento de exoneração, firmado pelo próprio funcionário ou através de procurador com poderes especiais; II - atestado liberatório de empréstimos que tenha obtido, em razão do cargo ou função em instituição financeira oficial. CAPÍTULO VI DA REVISÃO Art. 281. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício quando: I - a decisão recorrida for contrária a texto expresso em lei ou à evidência dos autos; II - após a decisão, surgirem novas provas de inocência do punido ou de circunstâncias que autorizem o abrandamento da pena aplicada; III - quando a decisão proferida se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos ou eivados de vícios insanáveis. Parágrafo único. Os pedidos que não se fundarem nos casos contidos no elenco deste artigo, serão indeferidos desde logo, pela autoridade competente. Art. 282. A revisão será processada por comissão constituída na forma do Capítulo IV, Seção I, Título VII, exceto a prevista no § 1º do artigo 282 desta Lei. § 1º Quando se tratar de pedido de revisão que importe na reintegração do funcionário que tenha sofrido pena de demissão ou cassação de disponibilidade, o processo será submetido ao Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores do Estado - CRASE/MS, para deliberar, na forma da legislação vigente. § 2º No exame do pedido revisional, o CRASE/MS poderá realizar diligências, juntar documentos,

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requisitar perícias e proceder a produção da prova oral, observado o critério legal fixado para o procedimento administrativo disciplinar. § 3º Após a deliberação do Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores do Estado, o processo será encaminhado com relatório circunstanciado e parecer opinativo ao Governador, para homologação ou veto. Art. 283. A revisão que não poderá agravar a pena já imposta, processar-se-á em apenso ao processo originário. Art. 284. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas. Art. 285. Não constitui fundamento para revisão, a simples alegação de injustiça da penalidade. Art. 286. A revisão será processada por comissão constituída na forma do Capítulo IV, Título VII, Seção I, desta Lei exceto a prevista no § 1º do artigo 282 desta Lei. Parágrafo único. Será impedido de funcionar na revisão quem houver composto a comissão de processo disciplinar. Art. 287. Concluída a instrução do processo revisional será aberta vista ao requerente ou seu defensor, pelo prazo de dez dias, para apresentação de alegações, querendo. Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto neste artigo, ainda que sem alegações, será o processo encaminhado com o relatório circunstanciado, firmado pela comissão, dentro do prazo de quinze dias, a autoridade competente para o julgamento. Art. 288. Será de trinta dias o prazo para o julgamento, sem prejuízo das diligências que a autoridade entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo. Art. 289. Julgada procedente a revisão, a Administração determinará a reintegração do funcionário, a redução, suspensão ou o cancelamento da pena imposta. TÍTULO VII CAPÍTULO ÚNICO DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA E EMERGENCIAL DE INTERESSE PÚBLICO Art. 290. Para atender necessidade temporária e emergencial de interesse público, poderão ser efetuadas contratações de pessoal, para determinada obra ou serviço. (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) Art. 291. Consideram-se como de necessidade temporária e emergencial as contratações para: (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) I - combater surto epidêmico; (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) II - atender situações de calamidade pública; (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) III - substituir professores a título de convocação; (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) IV - permitir a execução de serviço, por profissional de notória especialização, inclusive estrangeiro, nas áreas de pesquisa científica e tecnológica; e (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) V - atender outras situações de emergência que vierem a ser definidas em lei. (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) § 1º As contratações prevista neste artigo terão dotação específica e não poderão ultrapassar o prazo de

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doze meses, exceto quando forem para atender projetos especiais com recursos externos, caso em que as referidas contratações atenderão ao prazo previsto no projeto.(revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) § 2º O recrutamento será feito mediante processo seletivo simplificado, sujeito a ampla divulgação e observará critérios definidos em regulamento, exceto na hipótese prevista no inciso II deste artigo. (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) Art. 292. É vedado o desvio de função de pessoas contratadas na forma deste Título, bem como sua recontratação, sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil, da autoridade contratante. (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) Art. 293. Nas contratações por tempo determinado serão observados os níveis salariais dos planos de carreira do órgão ou entidade interessada. (revogado pela Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996) NOTA: A Lei nº 1.689, de 17 de julho de 1996, que revogou os arts. 290 a 293, foi declarada inconstitucional pela Arguição de Inconstitucionalidade de nº 51368-6-Capital, publicada no DJMS 4643, DE 30 de outubro de 1997, pág. 8, veja arquivo anexado abaixo.

TÍTULO IX CAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 294. Os ocupantes do cargo de Agente Fazendário, criado pelo Decreto-Lei nº 105, de 6 de junho de 1979, ficam enquadrados no cargo de Agente Tributário Estadual, passando a ter as mesmas vantagens financeiras e funcionais atribuídas a esse cargo. (Vetado pelo Poder Executivo e promulgado pelo Poder Legislativo em 7 de dezembro de 1990. Declarado Inconstitucional pelo TJMS-DJMS, de 7 de junho de 1993, p. 5.) Art. 295. Os funcionários que não gozaram férias referentes a exercícios anteriores a 1989, inclusive, poderão computá-las em dobro para efeito de aposentadoria e disponibilidade. (Vetado pelo Poder Executivo e promulgado pelo Poder Legislativo em 7 de dezembro de 1990) Art. 296. Os prazos previstos nesta Lei serão contados por dias corridos. § 1º Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. § 2º Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a citação, intimação ou notificação. Art. 297. Para efeito desta Lei, considera-se sede do funcionário, a cidade ou localidade em que se situa a repartição onde tenha exercício, em caráter permanente. Art. 298. É assegurado ao funcionário público civil o direito a livre associação sindical. Art. 299. O direito de greve será exercido na forma prevista em lei federal. Art. 300. O dia 28 de outubro será consagrado ao funcionário público estadual. Art. 301. Ficam assegurados todos os direitos adquiridos anteriormente a esta Lei. Art. 302. O Quadro Provisório do Estado, criado pela Lei nº 661, de 10 de julho de 1986, passa a denominar-se Quadro Suplementar. Parágrafo único. Aos servidores do Quadro Suplementar, bem como as remanescentes do Quadro Especial, criado pelo artigo 5º da Lei nº 1.012, de 8 de dezembro de 1989, aplica-se o regime jurídico estabelecido por este Estatuto.

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Art. 303. Poder Executivo expedirá os atos regulamentares necessários a execução desta Lei. Art. 304. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL PROTEÇÃO AMBIENTAL

LEI COMPLEMENTAR Nº 57, DE 4 DE JANEIRO DE 1991.

Dispõe sobre a regulamentação do artigo 153, parágrafo único, II, da Constituição do Estado.

Publicada no Diário Oficial nº 2.964, de 7 de janeiro de 1991.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1º A parcela de receita pertencente aos Municípios, previstas no artigo 153, II, da Constituição do Estado, será distribuída de acordo com o seguinte critério: I - para o exercício de 1991: a) 94% de acordo com os índices apurados com base no valor adicionado de cada município; (retificada no Diário Oficial de 8 de janeiro de 1991) (declarada inconstitucional pelo mandado de segurança nº 26.366-3, B-I, capital, publicado no Diário da Justiça/MS, de 20 de maio de 1991) b) 6% conforme índice resultante do rateio desse percentual, igualmente, entre todos os municípios; (declarada inconstitucional pelo mandado de segurança nº 26.366-3, B-I, capital, publicado no Diário da Justiça/MS, de 20 de maio de 1991) II - para o exercício de 1992: a) 88% de acordo com os índices apurados com base no valor, adicionado de cada município; b) 12% conforme índice resultante do rateio desse percentual, igualmente, entre todos os municípios; III - para os exercícios posteriores a 1992: a) 75% de acordo com os índices apurados com base no valor adicionado de cada município; b) 7% conforme.índice resultante do rateio desse percentual, igualmente, entre todos os municípios; (alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 77, de 7 de dezembro de 1994) c) 5% de acordo com índice apurado com base na área de cada município, segundo dados fornecidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; d) 5% conforme índice apurado com base no número de eleitores de cada município no dia 30 de junho de cada exercício, de acordo com certidão fornecida pelo Tribunal Regional Eleitoral; e) 3% de acordo com índice resultante de percentual da receita própria de cada município, a ser fornecido pelo Tribunal de Contas do Estado com base no balanço do ano imediatamente anterior; f) cinco por cento, na forma da Lei, para rateio entre os municípios que tenham parte de seu território integrando unidade de preservação ambiental, assim entendidas as estações ecológicas, parques, reservas florestais, florestas, hortos florestais, áreas de relevante interesse de leis ou decretos federais,

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estaduais ou municipais, de propriedade pública ou que sejam diretamente influenciados por elas; aqueles com mananciais de abastecimento público e aqueles que tiveram seus recursos naturais e sua potencialidade turística degradados. (alterada pela Lei Complementar nº 110, de 19 de maio de 2005) f) cinco por cento, na forma da Lei, para rateio entre os municípios que tenham parte de seu território integrando terras indígenas homologadas, unidade de conservação da natureza devidamente inscrita no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e, ainda, aos que possuam plano de gestão, sistema de coleta seletiva e disposição final de resíduos sólidos, devendo esta última, ser devidamente licenciada. (redação dada pela Lei Complementar nº 159, de 26 de dezembro de 2011) § 1º O valor adicionado, de que trata o inciso I deste artigo, será apurado pela Secretaria da Fazenda de acordo com o disposto no § 1º e seguintes do artigo 3º da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990. § 2º Para, a apuração do valor adicionado, a Secretaria de Fazenda elaborará modelo de declaração de movimento econômico que será apresentada pelas pessoas físicas ou jurídicas que praticarem atos de circulação de mercadorias ou de prestação de serviços de transportes interestadual a intermunicipal e de comunicação, mesmo que abrigadas por imunidade, não incidência, isenção ou outro benefício fiscal. §3º As declarações serão apresentadas na forma e no prazo estipulados pela Secretaria de Fazenda, sendo obrigatória na data do encerramento das atividades do estabelecimento. §4º As autoridades municipais poderão confrontar as declarações com os documentos existentes no estabelecimento declarante e requerer a sua retificação, mediante declaração complementar, ou a sua apresentação caso comprove a omissão do estabelecimento. Art. 2º Esta Lei Complementar entrara em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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LEI Nº 2.257, DE 9 DE JULHO DE 2001.

Dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental estadual, estabelece os prazos para a emissão de Licenças e Autorizações Ambientais, e dá outras providências.

Publicada no Diário Oficial nº 5.546, de 10 de julho de 2001.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O licenciamento ambiental e os prazos para emissão de Licença e Autorização Ambientais pela Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal obedecerão às diretrizes estabelecidas nesta Lei. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, definem-se: I - Licenciamento Ambiental: o procedimento administrativo pelo qual o órgão estadual competente, verificando a satisfação das condições legais e técnicas, licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e ou modificações ambientais; II - Licença Ambiental: o ato administrativo pelo qual são estabelecidas as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e ou modificação ambiental; III - Autorização Ambiental: o ato administrativo pelo qual são estabelecidas as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para a prática de atividades de exploração dos recursos naturais. IV - Comunicado de Atividade: instrumento de licenciamento ambiental simplificado que, protocolado no órgão ambiental, autoriza seu detentor, a instalar e operar atividades e empreendimentos com pequeno potencial de impacto ambiental, de acordo com regulamento próprio. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Art. 3º A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal, expedirá as seguintes Licenças Ambientais: I - Licença Prévia (LP), concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação; II - Licença de Instalação (LI), autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - Licença de Operação (LO), autoriza a operação do empreendimento ou atividade, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinantes para a operação. IV - Autorização Ambiental, autoriza a operação de atividades de exploração de recurso natural, de acordo com as especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e projetos aprovados,

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incluindo as medidas de controle e demais condicionantes estabelecidos nas normas e diretrizes técnico-legais, dispensada a exigência das Licenças: Prévia, de Instalação e de Operação. § 1º Para a ampliação dos empreendimentos ou atividades sujeitos a LP, LI e LO, deverá o empreendedor solicitar a Licença de Instalação (LI) referente à parte do empreendimento a ser ampliada. (renumerado de parágrafo único para § 1º pela Lei nº 3.839, de 28 de dezembro de 2009, art. 19) § 2° Para dinamizar e agilizar a análise de concessão da Licença Prévia (LP) é, ainda, exigida a observância das diretrizes e das recomendações constantes do ZEE/MS. (acrescentado pela Lei nº 3.839, de 28 de dezembro de 2009, art. 19) § 1º Para a ampliação dos empreendimentos ou atividades sujeitos a LP, LI e LO, deverá o empreendedor solicitar ao órgão ambiental competente o Termo de Referência para Licença de Instalação (LI) referente à parte do empreendimento a ser ampliada. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 2° O Termo de Referência deverá levar em conta os efeitos cumulativos e/ou sinérgicos totais do empreendimento ou atividade, bem como, a área total a ser ocupada após a ampliação. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 3º Os efeitos cumulativos e ou sinérgicos ou a somatória total de área ocupada pelo empreendimento ou atividade determinará o tipo de estudo ambiental exigível ao licenciamento. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 4° Mediante justificativa técnica apresentada pelo empreendedor e aprovada pelo órgão ambiental competente, o estudo ambiental de que trata o § 3º deste artigo, poderá ser substituído por de menor relevância. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Art. 4º O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: I - requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos devidamente preenchidos por todos os requisitos materiais e legais, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; II - análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; III - solicitação de esclarecimentos e complementações uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados; III - solicitação de esclarecimentos e complementações, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, podendo, quando couber, haver a reiteração da mesma, caso os esclarecimentos e complementações não sejam considerados satisfatórios; (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) IV - audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente; V - solicitação de esclarecimentos e complementações decorrentes de audiências públicas, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; VI - emissão do parecer técnico conclusivo; VII - deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. § 1º No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA, se

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verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, conforme o disposto no inciso V, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá ser formulado novo pedido de complementação. § 2º É vedado o acolhimento de requerimento de licença ambiental com pendências documentais previstas neste artigo. Art. 5º Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor. Parágrafo único. O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previstos no caput deste artigo serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. Art. 6º A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal definirá os procedimentos específicos para as licenças e autorizações ambientais, observadas a natureza, características e peculiaridades do empreendimento e atividade e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação, quando deverão ser estabelecidos: I - procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser aprovados pelo Conselho Estadual de Controle Ambiental; I - procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental; (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) II - critérios para agilizar e simplificar os procedimentos de licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades que implementem planos e programas voluntários de gestão ambiental. Parágrafo único. Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental para os pequenos empreendimentos que não demandem estudos ambientais e ou sistema de controle de efluentes ou ainda, para aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão governamental competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou atividades. Art. 7º A emissão do parecer técnico conclusivo das licenças e autorizações ambientais deverá observar os seguintes prazos: I - para a Licença Prévia: a) 30 (trinta) dias para os empreendimentos ou atividades com procedimentos de licenciamento simplificado e os que compreendem planos e programas voluntários de gestão ambiental desde que não demandem estudos ambientais e ou sistema de controle de efluentes; b) 65 (sessenta e cinco) dias para os empreendimentos e atividades que demandem estudos ambientais e ou sistema de controle de efluentes; c) 90 (noventa) dias para os empreendimentos e atividades que demandem o projeto de avaliação de impacto ambiental na forma de que dispõe a Lei nº 328, de 25 de fevereiro de 1982 e Decreto nº 1.581, de 25 de março de 1982; d) 135 (cento e trinta e cinco) dias para os empreendimentos e atividades que demandem estudo de impacto ambiental; II - para a Licença de Instalação: a) 30 (trinta) dias, relativos aos empreendimentos ou atividades de que trata o inciso I, alínea a deste artigo;

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b) 45 (quarenta e cinco) dias, relativos aos empreendimentos ou atividades de que trata o inciso I, alíneas b e c deste artigo; c) 60 (sessenta) dias, relativos aos empreendimentos ou atividades de que trata o inciso I, alínea d deste artigo; III - para a Licença de Operação: a) 30 (trinta) dias, relativos aos empreendimentos ou atividades de que trata o inciso I, alínea a deste artigo; b) 45 (quarenta e cinco) dias, nos demais casos; IV - para a Autorização Ambiental: a) 40 (quarenta) dias para os empreendimentos ou atividades que não demandem estudos ambientais; b) 65 (sessenta e cinco) dias para os empreendimentos ou atividades que exijam estudos ambientais. § 1º A contagem dos prazos previstos neste artigo será suspensa para satisfação de pendências documentais, elaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor. § 2º Os prazos estipulados poderão ser alterados, desde que justificados e com a concordância expressa do empreendedor e da Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal. § 3º Os prazos a que se refere o caput deste artigo serão contados a partir do acolhimento do requerimento das licenças ambientais. Art. 8º O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações, formuladas pela Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal, dentro do prazo máximo de 2 (dois) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação. § 1º O prazo estipulado no caput deste artigo poderá ser prorrogado mediante requerimento fundamentado do empreendedor, aprovado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal. § 2º O não-cumprimento da notificação no prazo em que estabelece este artigo resultará em arquivamento do pedido de licença ou autorização, podendo o empreendedor apresentar novo pedido que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos no art. 3º desta Lei, mediante novo pagamento de custo de análise. Art. 9º O custo de análise para a obtenção da licença ou autorização ambiental deverá ser estabelecido por regulamento, visando ao ressarcimento, pelo empreendedor, das despesas a serem realizadas pela Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal. Parágrafo único. Facultar-se-á ao empreendedor acesso a planilha de custos de análise da licença ou autorização. Art. 10. A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença ou autorização, especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos: I - o prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido no cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos;

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II - o prazo de validade da Licença de Instalação (LI), deverá ser, no mínimo, o estabelecido no cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos; III - o prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos; IV - o prazo de validade da Autorização Ambiental deverá ser, no mínimo, o estabelecido no cronograma de execução da atividade, não podendo ser superior a 2 (dois) anos. IV - o prazo de validade da Autorização Ambiental deverá ser, no mínimo, o estabelecido no cronograma de execução da atividade, não podendo ser superior a 4 (quatro) anos. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 1º As Licenças Prévia e de Instalação e a Autorização Ambiental poderão ser renovadas, por uma só vez, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I, II e IV. § 2º A renovação de que trata o parágrafo anterior deverá ser requerida, pelo empreendedor, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias do vencimento. § 3º A Licença de Operação poderá ser renovada mediante requerimento do empreendedor com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias do vencimento, ficando automaticamente prorrogada até manifestação definitiva da Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal. § 4º A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal na renovação da Licença de Operação e da Autorização Ambiental poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o prazo de validade anteriormente concedido, após avaliação do desempenho ambiental do empreendimento ou atividade, respeitados os limites estabelecidos nos incisos III e IV. § 1º As Licenças Prévia e de Instalação e a Autorização Ambiental poderão ser renovadas, uma única vez, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I, II e IV do caput, devendo a renovação ser requerida, pelo empreendedor, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias do vencimento, ficando automaticamente prorrogada até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 2º A Licença de Operação poderá ser renovada mediante requerimento do empreendedor com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias do vencimento, ficando automaticamente prorrogada até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 3º O órgão ambiental competente, na renovação da Licença de Operação e da Autorização Ambiental, mediante decisão motivada, poderá aumentar ou diminuir o prazo de validade anteriormente concedido, após a avaliação do desempenho ambiental do empreendimento ou da atividade, respeitados os limites estabelecidos nos incisos III e IV do caput. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 4º O requerimento de renovação de licença ou de autorização ambiental protocolado em prazo inferior ao determinado nos §§ 1º e 2º deste artigo será regularmente processado podendo, entretanto, ensejar a paralisação da atividade, sob pena de multa e de embargo, caso a renovação não ocorra antes do efetivo vencimento da licença ou da autorização a ser renovada. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Art. 10-A. As atividades que possam se prolongar no tempo, a exemplo da Pesca Comercial, Planos de Manejo Florestal Sustentável e dos Projetos de Pesquisa de recursos naturais serão ambientalmente licenciados mediante Autorização Ambiental com validade igual ao estabelecido no cronograma de execução da atividade ou em regulamentos específicos. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 1º Nos casos indicados no caput, serão admitidas tantas renovações quantas forem necessárias à

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conclusão do projeto, tratando-se de exceção ao que disciplina o inciso IV do art. 10 desta Lei. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 2º A renovação se dará mediante a apresentação e a aprovação pelo órgão ambiental, de justificativa técnica, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias do vencimento da autorização a ser renovada, ficando a mesma, automaticamente prorrogada, até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.(acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Art. 10-B. As Licenças de Operação e as Autorizações Ambientais poderão ter sua validade suspensa, pelo prazo de até doze (12) meses, por iniciativa de seu titular e mediante justificativa técnica aprovada por meio de Portaria do órgão licenciador, publicada no Diário Oficial do Estado. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Parágrafo único. As rotinas do pedido, da concessão e da retomada da atividade objeto do licenciamento serão estabelecidas em Resolução da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Art. 11. A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal, mediante decisão motivada, poderá modificar as condicionantes e as medidas de controle, suspender ou cancelar licença ou autorização expedida, quando ocorrer: Art. 11. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar as condicionantes e as medidas de controle, suspender ou cancelar licença ou autorização expedida, quando ocorrer: (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da Licenças ou Autorização; III - superveniência de graves riscos ambientais e à saúde. Art. 12. Ao interessado no empreendimento ou atividade, cuja solicitação de licença ambiental tenha sido indeferida, dar-se-á, nos termos do regulamento, prazo para interposição de recurso, a ser julgado pelo Conselho Estadual de Controle Ambiental. Art. 13. Para a concessão da licença ou autorização de que trata esta Lei, deverá o empreendedor estar isento de débitos decorrentes de multas ambientais à Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal. Art. 13. Débito decorrente de multa ambiental transitada em julgado na esfera administrativa e não paga no prazo devido constitui óbice para a expedição de licenças e de autorizações ambientais.(redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 1º O requerente interessado poderá solicitar parcelamento do débito constituído, para tanto deve estar em situação de adimplência com outros parcelamentos. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 2º No parcelamento, a parcela mensal não poderá ser inferior a 25 UFERMS e nem ultrapassar o limite de 24 (vinte e quatro) meses. (acrescentado pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) § 3º Excetua-se da aplicação do disposto no caput deste artigo, por possuir caráter de utilidade pública ou de interesse social, o empreendimento ou a atividade desenvolvido por requerente de personalidade jurídica de direito público da administração direta e indireta. (acrescentado pela Lei nº 4.272, de 26 de novembro de 2012) Art. 14. Cabe aos Municípios o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades consideradas como de impacto local, bem como aquelas que lhes forem delegadas pela Fundação

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Estadual de Meio Ambiente-Pantanal por instrumento legal ou convênio. Parágrafo único. A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal proporá, em razão da natureza, características e complexidade, a lista de tipologias dos empreendimentos ou atividades consideradas como de impacto local, os quais deverão ser aprovados pelo Conselho Estadual de Controle Ambiental. Art. 14. Cabe aos Municípios, mediante convênio com o órgão ambiental estadual, o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades considerados como de impacto local, bem como aqueles que lhes forem delegadas pelo órgão ambiental estadual por instrumento legal ou convênio. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Parágrafo único: O órgão ambiental estadual definirá, em razão da natureza, características e complexidade, a lista de tipologias dos empreendimentos ou atividades consideradas como de impacto local. (redação dada pela Lei nº 3.992, de 16 de dezembro de 2010) Art. 15. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias contados de sua publicação. Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 17. Fica revogada a Lei nº 2.167, de 14 de novembro de 2000, e demais disposições em contrário.

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LEI Nº 2.259, DE 9 DE JULHO DE 2001.

Dispõe sobre o rateio do índice de 5% (cinco por cento) previsto no art. 1º, III, “f”, da Lei Complementar nº 57, de 4 de janeiro de 1991, com redação dada pela Lei Complementar nº 77, de 7 de dezembro de 1994, e dá outras providências.

Publicada no Diário Oficial nº 5.546, de 10 de julho de 2001.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O percentual de 5% (cinco por cento) da parcela de receita de ICMS pertencente aos Municípios, previsto no art. 1º, inciso III, alínea “f”, da Lei Complementar nº 57, de 4 de janeiro de 1991, com redação dada pela Lei Complementar nº 77, de 7 de dezembro de 1994, observadas as disposições da Lei Estadual nº 2.193, de 19 de dezembro de 2000, será rateado de forma sucessiva e progressiva, de acordo com os seguintes índices: I - 2% (dois por cento) para o exercício financeiro de 2002; II - 3,5% (três e meio por cento) para o exercício de 2003; III - 5% (cinco por cento) para o exercício financeiro de 2004. Art. 2º Os índices referidos no artigo anterior poderão sofrer alteração, desde que ocorram modificações na qualidade das áreas protegidas registradas no Cadastro Estadual do Sistema de Unidades de Conservação durante o exercício civil, mediante procedimento administrativo adequado. Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta dias contados da data de sua publicação. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. Campo Grande, 9 de julho de 2001.

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LEI Nº 4.219, DE 11 DE JULHO DE 2012.

Dispõe sobre o ICMS Ecológico na forma do art. 1º, inciso III, alínea “f”, da Lei Complementar nº 57, de 4 de janeiro de 1991, na redação dada pela Lei Complementar nº 159, de 26 de dezembro de 2011, e dá outras providências.

Publicada no Diário Oficial nº 8.230, de 12 de julho de 2012, páginas 1 e 2.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o rateio do percentual de 5% (cinco por cento) da parcela de receita pertencente aos Municípios, prevista no art. 153, parágrafo único, inciso II, da Constituição do Estado, referente ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), na forma do art. 1º, inciso III, alínea “f”, da Lei Complementar nº 57, de 4 de janeiro de 1991, na redação dada pela Lei Complementar nº 159, de 26 de dezembro de 2011. Art. 2º São beneficiados pela presente Lei os Municípios que: I - abriguem em seu território terras indígenas homologadas; II - possuam unidade de conservação da natureza, devidamente, inscrita no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação; III - possuam plano de gestão de resíduos sólidos, sistema de coleta seletiva e de disposição final de resíduos sólidos, devendo esta última estar devidamente licenciada. Art. 3º Para efeitos desta Lei, considera-se: I - terra indígena homologada: aquela alcançada por Decreto Presidencial de reconhecimento, segundo disciplina contida na Lei Federal nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973, regulamentada pelo Decreto Federal nº 1.775, de 8 de janeiro de 1996; II - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivo de conservação, sob regime especial de administração e com limites definidos; III - plano de gestão de resíduos sólidos: documento destinado a definir decisões e procedimentos adotados em nível estratégico que orientam as ações de manejo de resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes ao acondicionamento, à coleta, ao transporte, ao tratamento e à destinação final, ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, planejados isoladamente por microrregião ou de forma consorciada; IV - coleta seletiva: serviço especializado em coletar resíduos sólidos, prévia e devidamente separados, conforme sua constituição, pela fonte geradora, com o objetivo de melhorar a higiene e o acondicionamento do material coletado, com vistas ao reaproveitamento de seus componentes; V - disposição final: distribuição ordenada de rejeitos em aterros ou de outras soluções ambientalmente adequadas, devidamente regulamentadas, observadas as normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, bem como minimizar os impactos ambientais adversos.

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§ 1º O Poder Executivo manterá um Cadastro Estadual de Unidades de Conservação, a ser regulamentado, que conterá, no mínimo, suas características relevantes, com informações sobre: I - as formalidades jurídicas do ato de sua criação; II - os seus aspectos socioculturais, os seus recursos hídricos, a sua fauna e a sua flora, bem como as relativas à sua situação fundiária. § 2º O licenciamento ambiental referente à disposição final dos resíduos sólidos é de competência exclusiva do órgão licenciador competente. Art. 4º Do percentual de 5% do rateio, de que trata o art. 1º, inciso III, alínea “f”, da Lei Complementar nº 57, de 4 de janeiro de 1991, na redação dada pela Lei Complementar nº 159, de 26 de dezembro de 2011: I - 7/10 (sete décimos) serão destinados ao rateio entre os municípios que tenham em parte de seu território unidades de conservação da natureza, devidamente inscritas no cadastro estadual de unidades de conservação, e terras indígenas homologadas; II - 3/10 (três décimos) serão destinados ao rateio entre os municípios que possuam plano de gestão, sistema de coleta seletiva e disposição final de resíduos sólidos, devendo esta última estar devidamente licenciada. Art. 5º Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data de sua publicação. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Ficam revogadas as Leis nº 2.193, de 18 de dezembro de 2000, e nº 3.019, de 24 de junho de 2005. Campo Grande, 11 de julho de 2012.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL TRIBUTÁRIA

LEI Nº 1.810, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1997.

Dispõe sobre os tributos de competência do Estado e dá outras providências.

Publicada no Suplemento do Diário Oficial nº 4.681, de 23 de dezembro de 1997.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta Lei dispõe, com fundamento no art. 155 da Constituição Federal, na Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e no art. 150 da Constituição Estadual, sobre os tributos de competência do Estado de Mato Grosso do Sul.

LIVRO PRIMEIRO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO DO ESTADO

TÍTULO I

DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DO ESTADO

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º A competência tributária do Estado de Mato Grosso do Sul, disciplinada por esta Lei, compreende: I - impostos sobre: a) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; b) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; c) propriedade de veículos automotores; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, incluído o pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas; IV - contribuição, cobrada dos servidores estaduais, para o custeio, em benefício destes, do sistema de previdência e assistência social. § 1º É vedado à Administração Tributária:

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I - exigir tributo não previsto nesta Lei; II - aumentar tributo sem que a lei o estabeleça; III - cobrar tributos: a) relativos a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência desta Lei ou de outra lei que os instituir ou aumentar; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; IV - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. § 2º Para conferir efetividade aos objetivos de pessoalidade dos impostos e da sua graduação segundo a capacidade econômica do contribuinte, fica facultado à Administração Tributária, sempre que possível e respeitados os direitos individuais e as prescrições desta Lei, identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do sujeito passivo da obrigação.

CAPÍTULO II

DAS IMUNIDADES GENÉRICAS DOS IMPOSTOS Art. 3º São imunes dos impostos estaduais: I - o patrimônio, a renda ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - os templos de qualquer culto; III - o patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos deste e do Código Tributário Nacional; IV - os livros, jornais e periódicos e o papel destinado a sua impressão, observado o disposto no art. 6º, § 3º; V - VETADO; VI - os fonogramas e os videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e ou obras em geral, interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (acrescentado pela Lei nº 4.552, de 13 de dezembro de 2013) § 1º A imunidade prevista no inciso I é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 2º As imunidades referidas no inciso I e no parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. § 3º As imunidades expressas nos incisos II e III compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades neles mencionadas. § 4º O reconhecimento da imunidade de que trata o inciso III é subordinado à efetiva observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:

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I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado; I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; IV - fim público, sem qualquer discriminação quanto aos beneficiados; V - ausência de remuneração para seus dirigentes e conselheiros. § 5º O disposto neste artigo não exclui a atribuição, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caibam reter na fonte e não as dispensam da prática de atos, previstos nesta Lei ou na legislação tributária, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.

CAPÍTULO III

DAS IMUNIDADES GENÉRICAS DAS TAXAS Art. 4º São imunes das taxas estaduais: I - as petições aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso de poder; II - o fornecimento de certidões por qualquer repartição, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente; III - as ações relativas ao habeas-corpus e ao habeas-data.

TÍTULO II DO IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES

DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO - ICMS

CAPÍTULO I DA INCIDÊNCIA DO ICMS

Art. 5º O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incide sobre: I - as operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; II - as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; III - as prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; IV - o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; V - o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços de qualquer natureza, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável

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expressamente o sujeitar à sua incidência; VI - a aquisição, em outro Estado, por contribuinte, de mercadoria ou bem destinados a uso, consumo ou ativo fixo; VII - a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente alcançada pela incidência do imposto. § 1º O ICMS incide também sobre: I - a importação de mercadoria do exterior, realizada por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo, uso ou ativo fixo do estabelecimento; I - a importação de bens ou mercadorias do exterior, realizada por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do ICMS, qualquer que seja a sua finalidade. (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) II - a aquisição em licitação pública de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; III - o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; IV - a aquisição, em outro Estado, por pessoa física ou jurídica domiciliadas nesta unidade da Federação, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados a comercialização ou industrialização. § 2º Considera-se realizada a operação relativa à circulação de mercadoria quando ocorrer: I - encerramento da atividade do estabelecimento, quanto às mercadorias constantes no estoque final; II - abate de animais em matadouros públicos ou particulares não pertencentes ao abatedor, relativamente à carne e aos produtos e subprodutos resultantes do abate; III - trânsito ou entrada em estabelecimento de contribuinte ou de terceiros, de mercadoria ou bem importado desacompanhados de documentos fiscais ou acompanhados de documentação inidônea; IV - consumo ou integração no ativo fixo de mercadoria adquirida para industrialização ou comercialização. § 3º A incidência do ICMS independe: I - da natureza jurídica da respectiva operação, ainda que esta se inicie no exterior; II - do título jurídico pelo qual a mercadoria efetivamente saída do estabelecimento estava na posse do respectivo titular. § 4º A presunção de ocorrência de operações ou prestações sujeitas à incidência do ICMS, ressalvado prova em contrário, pode ser estabelecida em face da comprovação dos seguintes fatos: (§ 4º e incisos de I a VI acrescentados pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) I - ocorrência de saldo credor na conta caixa do contribuinte; II - aquisição de mercadoria sem registro fiscal relativo à sua entrada, física ou simbólica, no estabelecimento; III - existência de conta do passivo exigível onerada indevidamente por valor inexistente;

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IV - existência de registros contábeis ou saldos em contas contábeis, fundadas ou resultantes de fatos que caracterizam a auferição de receita, sem prova de sua origem; V - declaração de nascimento ou de morte de animais em quantidade inferior ou superior, repectivamente, à resultante da aplicação dos índices admitidos na legislação; V-A - informação prestada ao Fisco por administradoras de cartão de crédito ou de débito ou estabelecimentos similares, de valor de operações de crédito ou débito superior ao valor das operações e ou prestações declarado ao Fisco pelo respectivo estabelecimento, incidindo a presunção sobre o valor excedente, sem prejuízo de presunção fundamentada em outros fatos; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VI - ocorrência de fatos não enquadrados nos incisos anteriores, caracterizadores de auferição de receita sem prova de sua origem. § 5º Presume-se que a comercialização da mercadoria ocorreu no território deste Estado, no caso em que a sua passagem pelo Posto Fiscal de entrada no Estado ocorra com documentação fiscal que indique destinatário localizado em outra unidade da Federação ou no exterior e não seja comprovada, na forma do Regulamento, a sua saída do território deste Estado. (acrescentado pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002)

CAPÍTULO II DAS LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

SEÇÃO I

DAS IMUNIDADES DO ICMS Art. 6º Está imune do ICMS a operação: I - que destine ao exterior do País produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados; I - que destine mercadorias ao exterior bem como os serviços prestados a destinatários no exterior; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - que destine a outra unidade da Federação petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica, para industrialização ou comercialização; III - com ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, nos termos da legislação federal pertinente; IV - com livros, jornais e periódicos, inclusive o papel destinado à sua impressão; V - VETADO. V - as saídas internas do estabelecimento concessionário, de automóveis de passageiros com motor até 127 HP de potência bruta (SAE), quando destinados a motoristas profissionais, desde que, comprovadamente, utilizem o veículo na atividade de condutor autônomo de passageiros, na categoria de aluguel. (Veto rejeitado. Promulgada no Diário Oficial nº 4.914, de 9 de dezembro de 1998) § 1º Equipara-se à operação de que trata o inciso I a saída de produtos industrializados realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: § 1º Equipara-se à operação de que trata o inciso I a saída de mercadorias realizadas com o fim específico de exportação, destinada a: (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - empresa comercial exportadora, inclusive trading ou outro estabelecimento da mesma empresa; II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

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§ 2º No caso do disposto no parágrafo anterior, o Regulamento pode instituir regime especial visando ao controle das saídas dos produtos e da sua efetiva exportação. § 2º Nos casos das operações a que se referem o inciso I do caput e o § 1º, o Regulamento pode instituir regime especial visando ao controle das saídas dos produtos e da sua efetiva exportação. (redação dada pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 1º) § 3º O disposto no inciso IV não se aplica à operação relativa à circulação de: I - livros em branco ou simplesmente pautados, bem como daqueles destinados a escritos ou escrituração de quaisquer naturezas; II - agendas e similares; III - discos, disquetes, conjuntos para jogos, fitas de áudio ou vídeo, e outros produtos similares, ainda que: a) substituam em suas funções os livros, jornais e periódicos impressos; b) tenham caráter educativo ou cultural.

SEÇÃO II

DA NÃO-INCIDÊNCIA DO ICMS Art. 7º O ICMS não incide sobre: I - a remessa de mercadoria destinada a Armazém Geral localizado neste Estado, para depósito em nome do remetente; II - a remessa de mercadoria destinada a Depósito Fechado do próprio contribuinte, situado neste Estado; III - o retorno da mercadoria dos estabelecimentos referidos nos incisos anteriores ao estabelecimento remetente; IV - a remessa de máquina, equipamento, ferramenta e objeto de uso do contribuinte, bem como de suas partes e peças, destinados a outro estabelecimento, para lubrificação, limpeza, revisão, conserto, restauração ou recondicionamento, ou ainda, para empréstimo ou locação, desde que retornem ao estabelecimento de origem, no prazo do Regulamento; V - a movimentação de gado oriunda de contrato de parceria pecuária, mesmo que traga a denominação de arrendamento, na forma do Regulamento; VI - a operação com mercadoria objeto de alienação fiduciária em garantia, compreendendo a: a) transmissão do domínio feita pelo devedor fiduciante em favor do credor fiduciário; b) transferência da posse, em favor do credor fiduciário, decorrente da inadimplência do devedor fiduciante; c) transmissão do domínio do credor para o devedor, em virtude da extinção, pelo pagamento, da garantia; VII - a remessa de mercadoria efetuada pelo estabelecimento prestador de serviços, para utilização na prestação de serviços constantes na Lista definida por Lei Complementar nacional, ressalvados os casos de incidência do imposto expressamente referidos naquela Lista;

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VIII - a entrada e a saída de estabelecimento de empresa de transporte, ou de depósito, por conta e ordem desta, de: a) mercadoria de terceiro; b) mercadoria ou bem de terceiro, importados do exterior; IX - transporte de carga própria, em veículo próprio; X - a operação de qualquer natureza decorrente de transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie; XI - a operação de qualquer natureza decorrente de transferência de bem móvel salvado de sinistro para companhia seguradora; XII - a operação de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário.

SEÇÃO III DA NÃO-INCIDÊNCIA DO ICMS POR LEI COMPLEMENTAR

Art. 8º O ICMS não incide sobre operação e prestação que destinem ao exterior produtos primário e industrializado semi-elaborado, ou serviços. (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 1º Equipara-se à operação de que trata este artigo a saída de produtos realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - empresa comercial exportadora, inclusive trading ou outro estabelecimento da mesma empresa; (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 2º A não-incidência prevista neste artigo fica extinta em relação ao respectivo produto se Lei Complementar nacional excluí-lo do benefício. (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 3º No caso do disposto neste artigo, o Regulamento pode instituir regime especial visando o controle das saídas dos produtos e da sua efetiva exportação. (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

CAPÍTULO III DA ISENÇÃO DO ICMS

Art. 9º A isenção do ICMS é concedida ou revogada consoante o que deliberem os Estados reunidos para esse fim, na forma do disposto na Lei Complementar a que se refere o art. 155, XII, g, da Constituição Federal. § 1º Cabe ao Poder Executivo, observado o disposto no art. 152 da Constituição Estadual, regulamentar o benefício referido neste artigo, após a ratificação do Convênio então firmado. § 2º O disposto neste artigo aplica-se, também: I - à redução de base de cálculo; II - à concessão de crédito presumido; III - à prorrogação e à extensão de isenção vigente.

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CAPÍTULO IV DA DISPOSIÇÃO COMUM À EXONERAÇÃO DO ICMS

Art. 10. O disposto nos arts. 6º a 9º não exclui os beneficiários da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caibam reter na fonte e não os dispensa da prática de atos, previstos nesta Lei ou na legislação tributária, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.

CAPÍTULO V DA SUSPENSÃO DA COBRANÇA DO ICMS

Art. 11. Sem prejuízo das demais situações previstas na legislação aplicável, a cobrança do ICMS pode ser suspensa nos casos de: I - remessa de mercadoria ou bem: a) com a finalidade de demonstração; b) destinados a leilão ou a exposição ao público em geral; c) para depósito em outra unidade da Federação; II - remessa para formação de lote em porto de embarque localizado em outro Estado, quando o objetivo for a exportação para o exterior do País, observado o disposto no art. 8º, § 3º. II - remessa para formação de lote em porto de embarque localizado em outro Estado, quando o objetivo for a exportação, observadas as regras de controle das saídas e da efetiva exportação das respectivas mercadorias, dispostas na legislação. (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 1º Além do cumprimento das obrigações acessórias pelo contribuinte, o benefício da suspensão está condicionado, ainda, a que a mercadoria ou bem: I - nos casos do inciso I do caput, retornem ao estabelecimento remetente, no prazo do Regulamento; II - na hipótese do inciso II do caput, sejam exportados no prazo do Regulamento. § 2º O benefício da suspensão encerra-se, sempre, que: I - nos casos do inciso I do caput, a mercadoria ou bem sejam alienados; II - na hipótese do inciso II do caput: a) o embarque para o exterior não ocorra no prazo do Regulamento; b) a mercadoria seja vendida no mercado interno. § 3º O desatendimento das normas regulamentares enseja a cobrança imediata do ICMS, atualizado monetariamente e acrescido da multa e do juro incidente, desde a data da remessa da mercadoria ou bem, inclusive no caso de venda no mercado interno da mercadoria destinada à exportação. § 4º Tratando-se de depósito interestadual de mercadoria, o benefício depende de Protocolo firmado com a unidade da Federação onde se localiza o estabelecimento depositário.

CAPÍTULO VI

DO DIFERIMENTO DO ICMS Art. 12. O lançamento do ICMS pode ser diferido nas operações ou prestações com os produtos e serviços a que se refere o art. 47, I, na forma do Regulamento.

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§ 1º Encerra-se o diferimento: I - na saída para outro Estado, ou com destino a consumidor final ou contribuinte não-inscrito, de qualquer produto ou serviço, em qualquer hipótese; II - no momento fixado no Regulamento, nos demais casos. § 2º Encerrado o diferimento, o ICMS deve ser recolhido no prazo e forma do Regulamento, mesmo que a saída ou a prestação, subseqüentes, ocorram com isenção, imunidade ou não-incidência. § 3º O diferimento pode ser restrito a determinados contribuintes, destinatários de produtos agropecuários e extrativos minerais, pesqueiros e vegetais, inclusive e se necessário, com a exigência de Regime Especial para a sua aplicação. § 4º No caso em que não couber o diferimento, o ICMS deve ser recolhido pelo contribuinte remetente da mercadoria ou pelo prestador do serviço.

CAPÍTULO VII

DO MOMENTO DA INCIDÊNCIA DO ICMS Art. 13. O ICMS incide no momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em Armazém Geral ou em Depósito Fechado, neste Estado; IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior; VII - da prestação onerosa de serviço de comunicação, feita por qualquer meio, incluindo a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com a indicação expressa da sua incidência, como definido na lei complementar aplicável; IX - do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior; X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; XI - da aquisição em licitação pública de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; XII - da entrada no território do Estado de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e

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gasosos dele derivados, e de energia elétrica, oriundos de outro Estado, quando não destinados a comercialização ou industrialização; XIII - da entrada no território do Estado de mercadoria ou bem, oriundos de outro Estado e destinados a estabelecimento de contribuinte, para uso, consumo ou ativo fixo; XIV - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes; XV - do encerramento da atividade do estabelecimento, quanto às mercadorias constantes no estoque final; XVI - do abate de animais, quanto a carne e demais produtos e subprodutos resultantes da matança de gado ocorrida em matadouros públicos ou particulares não pertencentes ao abatedor; XVII - do trânsito ou da entrada em estabelecimento de contribuinte ou de terceiros, de mercadoria ou bem importado, desacompanhados de documentos fiscais ou acompanhados de documentação inidônea; XVIII - do consumo ou da integração no ativo fixo de mercadoria adquirida para industrialização ou comercialização. § 1º Na hipótese do inciso VII, sendo o serviço prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhado, o ICMS incide no momento do fornecimento desses instrumentos ao usuário. § 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deve ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente pode ser feita mediante a exibição do comprovante do pagamento do ICMS incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. § 3º No caso de levantamento fiscal ou apuração de débito por período, não sendo possível a determinação do momento da incidência do ICMS nos termos dos incisos I a XVIII do caput deste artigo, considera-se como tal o último dia do período alcançado pelo levantamento fiscal ou apuração do débito. (acrescentado pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002)

CAPÍTULO VIII

DO LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO Art. 14. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do ICMS e definição do estabelecimento responsável, é: I - tratando-se de mercadoria ou bem: a) o do estabelecimento onde se encontrem, no momento da ocorrência do fato gerador; b) onde se encontrem, quando em situação irregular, pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhados de documentação inidônea, observado o disposto nos arts. 5º, § 2º, III; 29 e 30; c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado; d) o do estabelecimento onde ocorra a entrada física ou o do domicílio do adquirente quando não estabelecido, no caso de importação do exterior; e) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados;

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f) o da entrada neste Estado, nas aquisições interestaduais de energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não destinados a industrialização ou a comercialização; g) o do desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos; h) o da extração, em relação às operações com ouro, quando não considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial, ou o do estabelecimento onde se encontre, no momento da incidência do imposto, na operação em que tenha havido a perda da condição de ativo financeiro ou instrumento cambial; i) o do estabelecimento do contribuinte, no caso de aquisição em outra unidade da Federação de mercadoria ou bem, destinados a uso, consumo ou ativo fixo; II - tratando-se de prestação de serviço de transporte: a) o do estabelecimento destinatário, no caso de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes; b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea; c) onde tenha início a prestação, nos demais casos; III - tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação: a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o da geração, da emissão, da transmissão, da retransmissão, da repetição, da ampliação e da recepção; b) o do estabelecimento concessionário ou permissionário que forneça ficha, cartão ou assemelhados, com que o serviço é pago; c) o do estabelecimento destinatário, no caso de serviço cuja prestação se tenha iniciada em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes; c-1) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite; (acrescentado pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos; IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do domicílio do destinatário. § 1º O disposto no inciso I, c, não se aplica a mercadoria recebida, em regime de depósito, de contribuinte de outro Estado. § 2º Para efeito do disposto no inciso I, h, o ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve ter sua origem devidamente identificada. § 3º Para efeito desta Lei, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoa, física ou jurídica, exerça suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde sejam armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte: I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o local onde tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou constatada a prestação; II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;

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III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no comércio ambulante ou na captura de pescado. § 4º No caso em que a mercadoria seja remetida para Armazém Geral ou para Depósito Fechado do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considera-se ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente. § 5º Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, tratando-se de serviços não medidos, que envolvam localidades situadas em diferentes unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos definidos, o imposto devido deve ser recolhido em partes iguais para as unidades da Federação onde estiverem localizados o prestador e o tomador. (acrescentado pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) Art. 15. As obrigações tributárias que a legislação atribui ao estabelecimento são de responsabilidade do respectivo titular. Parágrafo único. Todos os estabelecimentos do mesmo titular respondem pelo crédito tributário. Art. 16. Estando o imóvel rural situado no território de mais de um Município, considera-se domicílio fiscal do contribuinte a sede daquele. Art. 17. Os órgãos fazendários competentes, consultados os interesses do Estado e do contribuinte, podem, para efeito de recolhimento do ICMS, fixar o domicílio fiscal de contribuintes das atividades pecuária e agrícola, bem como estabelecer procedimentos para a distribuição do valor da arrecadação, segundo o Município de origem e observada a legislação pertinente.

CAPÍTULO IX DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS

SEÇÃO I

DOS ELEMENTOS QUE INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO ICMS Art. 18. Integra a base de cálculo do ICMS: I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle; I - o montante do próprio imposto, inclusive no caso de importação do exterior, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle. (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) II - o valor correspondente a: a) seguro, juro e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como bonificações e descontos concedidos sob condição, assim entendidos os condicionados a evento futuro e incerto; b) frete relativo a transporte intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, caso seja efetuado pelo próprio remetente da mercadoria, ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado; III - o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, na hipótese em que a operação configure fato gerador de ambos os impostos, e a mercadoria ou bem destinem-se ao consumo ou ativo fixo do adquirente, contribuinte ou não do imposto.

SEÇÃO II

DOS ELEMENTOS QUE NÃO INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO ICMS Art. 19. Não integra a base de cálculo do ICMS:

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I - o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação configure fato gerador de ambos os impostos e é realizada entre contribuintes com produto destinado a industrialização ou comercialização; II - o valor correspondente a juro, multa e atualização monetária, recebido pelo contribuinte, a título de mora, por inadimplência do seu cliente.

SEÇÃO III DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS NOS CASOS ESPECÍFICOS

Art. 20. A base de cálculo do ICMS é: I - o valor da operação: a) na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular (art. 13, I); b) na transmissão a terceiro de mercadoria depositada em Armazém Geral ou em Depósito Fechado, neste Estado (art. 13, III); c) na transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente (art. 13, IV); d) compreendendo mercadoria e serviço, no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento (art. 13, II); e) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço não compreendidos na competência tributária dos Municípios (art. 13, VIII, a); f) acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente, na aquisição em licitação pública de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados (art. 13, XI) ; g) correspondente à aquisição, no caso de entrada no território do Estado de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica, oriundos de outro Estado, quando não destinados a comercialização ou industrialização (art. 13, XII); h) sobre o qual foi cobrado o imposto no Estado de origem, na hipótese de entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria ou bem, oriundos de outro Estado, destinados a uso, consumo ou ativo fixo (art. 13, XIII); II - o preço do serviço: a) na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, inclusive quando iniciada no exterior (art. 13, V, VI e VII); b) na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes (art. 13, XIV); c) acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização, no caso de serviço prestado no exterior (art. 13, X); III - o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios e com a indicação expressa da incidência do imposto, como definido na lei complementar aplicável (art. 13, VIII, b); IV - o valor correspondente à soma das seguintes parcelas, na importação de mercadoria do exterior (art. 13, IX):

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IV - o valor correspondente à soma das seguintes parcelas, observado o disposto no inciso I do art. 18, na importação de mercadoria ou bens do exterior (art. 13, IX): (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) a) valor da mercadoria ou bem constante nos documentos de importação, observado o disposto no art. 39; b) Imposto de Importação; c) Imposto sobre Produtos Industrializados; d) Imposto sobre Operações de Câmbio; e) valor das despesas aduaneiras, observado o disposto no § 1º; e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, observado o disposto no § 1º; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) V - o preço corrente da mercadoria ou do bem no mercado varejista do local do fato, no caso de: a) mercadoria constante no estoque final, no momento do encerramento das atividades do estabelecimento (art. 13, XV); b) carne e demais produtos e subprodutos resultantes da matança, no caso de abate de gado em matadouros públicos ou particulares não pertencentes ao abatedor (art. 13, XVI); c) mercadoria ou bem importado, em trânsito ou entrados em estabelecimento de contribuinte ou de terceiro, desacompanhados de documentos fiscais ou acompanhados de documentação fiscal inidônea (art. 13, XVII); VI - o valor da operação de que decorreu a entrada mais recente, no consumo ou na integração no ativo fixo de mercadoria que tenha sido adquirida para comercialização ou industrialização (art. 13, XVIII), observado o disposto no § 2º. § 1º Para efeito do disposto no inciso IV, e, entendem-se como despesas aduaneiras as efetivamente pagas à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria ou bem, inclusive multas. § 2º No caso do inciso VI, o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados, caso tenha sido cobrado na operação de que decorreu a entrada, integra a base de cálculo do ICMS. Art. 21. A base de cálculo do ICMS é o preço mínimo fixado pela autoridade competente, vigente na data da ocorrência do fato, nos casos de: I - venda de mercadoria aos encarregados da execução da política de preços mínimos; II - saída promovida pelos encarregados a que se refere o inciso anterior, ou na hipótese de encerramento do diferimento, relativamente à mercadoria por eles adquirida, observado o disposto no parágrafo único. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II: I - o preço mínimo deve ser aquele vigente na data da ocorrência do evento (saída ou encerramento do diferimento), observada a classificação da mercadoria no momento de sua aquisição pelos referidos encarregados;

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II - a base de cálculo é o valor da operação, quando este for superior ao preço mínimo. Art. 22. Na saída de máquina, aparelho, equipamento e conjunto industrial de qualquer natureza, caso o estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular assuma contratualmente a obrigação de entregá-los montados para uso, a base de cálculo é o valor cobrado, nele compreendendo o da montagem. Art. 23. Na saída de mercadoria remetida sem destinatário certo, inclusive por meio de veículo, para realização de operação fora do estabelecimento, no território do Estado ou em outro Estado, com emissão de Nota Fiscal no ato da entrega, o ICMS deve ser calculado sobre o valor total da mercadoria constante na Nota Fiscal emitida por ocasião da remessa. Parágrafo único. Na hipótese de entrega da mercadoria por preço superior ao que serviu de base para cálculo do tributo, sobre a diferença deve ser também pago o ICMS. Art. 24. Na hipótese do disposto no art. 8º, § 2º, a base de cálculo do ICMS, na saída de mercadoria para o exterior, é o valor da operação, nele incluído o valor dos tributos, das contribuições e das demais importâncias cobradas ou debitadas ao adquirente e realizadas até o embarque, inclusive. (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

SEÇÃO IV

DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS NA TRANSFERÊNCIA INTERESTADUAL Art. 25. Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do ICMS é: I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria, excluídos os produtos primários; II - o custo da mercadoria produzida, assim entendido a soma dos custos de matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento; III - tratando-se de produtos não industrializados, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente.

SEÇÃO V

DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS EM OPERAÇÃO SEM VALOR OU PRESTAÇÃO SEM PREÇO Art. 26. Na falta do valor a que se refere o art. 20, I, a, b, c e g, ressalvado o disposto no art. 25 (transferência interestadual), a base de cálculo do ICMS é: I - o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia; II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja industrial; III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. § 1º Para aplicação do disposto nos incisos II e III do caput, deve ser adotado, sucessivamente: I - o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente; II - caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional.

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§ 2º Na hipótese do inciso III do caput, caso o estabelecimento remetente não efetue vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, não havendo mercadoria similar, a base de cálculo deve ser equivalente a 75% do preço de venda no varejo. Art. 27. Nas prestações sem preço determinado, a base de cálculo do ICMS é o valor corrente do serviço, no local da prestação.

SEÇÃO VI DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS ESTIMADA PARA DETERMINADO PERÍODO

Art. 28. Observado o disposto no Capítulo XV, a base de cálculo do ICMS pode ser estimada para determinado período.

SEÇÃO VII

DO ARBITRAMENTO DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS Art. 29. No caso em que, para o cálculo do ICMS, seja tomado por base, ou se considere, o valor ou o preço de mercadoria, bem, serviço ou direito, a autoridade lançadora, mediante processo regular, deve arbitrar aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé a declaração ou o esclarecimento prestado, ou o documento expedido pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Art. 30. Na operação com mercadoria desacompanhada de documentação fiscal ou com documento inidôneo, a base de cálculo deve ser arbitrada tendo-se por base o preço médio praticado pelo comércio varejista da praça da ocorrência do fato, podendo ser utilizados, a critério do Fisco, outros elementos que permitam a apuração do valor da base de cálculo, inclusive valores constantes na Pauta de Referência Fiscal ou correntes no mercado, na forma do Regulamento. Art. 31. No caso de arbitramento fiscal, a base de cálculo do ICMS é o valor da entrada da mercadoria, compreendido o valor da operação própria realizada pelo remetente, acrescido das parcelas a que se refere o art. 32, § 2º, III, b e c. § 1º Na falta da margem de valor agregado a que se refere o art. 32, § 2º, III, c, para a respectiva mercadoria, o percentual é de sessenta por cento. § 2º O percentual correspondente à margem praticada no comércio varejista da praça da ocorrência do fato e comprovado na forma do Regulamento substitui o percentual a que se refere o parágrafo anterior.

SEÇÃO VIII

DA BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Art. 32. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, é a disciplinada neste artigo. § 1º Relativamente às operações e prestações antecedentes ou concomitantes, a base de cálculo é o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído. § 2º Em relação às operações ou prestações subseqüentes, a base de cálculo é, sucessivamente: I - o preço final, máximo ou único, fixado por órgão público competente; II - o preço sugerido pelo fabricante ou importador e adotado, rotineiramente, pelos revendedores varejistas do respectivo produto, ou o preço marcado ou fixado pelo fabricante ou importador; III - o valor obtido pelo somatório das seguintes parcelas: a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;

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b) o montante dos valores de seguro, frete e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes de mercadoria ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subseqüentes. Art. 33. A margem de valor agregado (art. 32, § 2º, III, c) deve ser fixada com base nos preços usualmente praticados no mercado deste Estado, obtidos, alternativamente, por meio de: I - informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores; II - levantamento, nos termos do disposto nos §§ 1º e 2º. § 1º No caso do inciso II do caput, a fixação da margem deve ser feita mediante a adoção do seguinte critério: (Ver Convênio ICMS nº 70, de 25 de julho de 1997) I - realiza-se o levantamento (§ 2º): a) do preço de venda a varejo, praticado na data do levantamento, e da quantidade da respectiva mercadoria, adquirida nos sessenta dias anteriores, relativamente a cada estabelecimento varejista, e obtém-se a média ponderada; b) do preço da aquisição mais recente, acrescido dos valores relativos a seguro, frete e outros encargos cobrados pelo fornecedor, e da quantidade da respectiva mercadoria, adquirida nos sessenta dias anteriores à data do levantamento, relativamente a cada estabelecimento atacadista ou distribuidor, e obtém-se a média ponderada; II - divide-se a média ponderada encontrada na forma do inciso I, a, pela média ponderada resultante da aplicação do disposto no inciso I, b, e subtrai-se 1 (um) do quociente; III - multiplica-se o resultado obtido na forma do inciso anterior por 100 (cem); IV - considera-se como percentual de margem de valor agregado o resultado da multiplicação a que se refere o inciso anterior. § 2º O levantamento (§ 1º, I) deve ser feito: I - nas sedes dos Municípios de Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Três Lagoas; II - nos dez maiores estabelecimentos de cada localidade, ou, se em quantidade inferior, naqueles existentes, que incluam na sua atividade a venda da mercadoria, e, também, quando houver, nos dez maiores estabelecimentos especializados, assim entendido aqueles em cuja atividade se inclua, preponderantemente, a mercadoria. A determinação dos maiores estabelecimentos deve ser feita com base no total das vendas tributadas, efetuadas no exercício anterior ao da data da realização do levantamento; III - sem considerar os estabelecimentos que: a) por ocasião da sua realização, estejam praticando preços promocionais, relativamente à respectiva mercadoria; b) durante os sessenta dias anteriores à data do levantamento não tenham efetuado aquisição da mercadoria. § 3º Não havendo estabelecimentos atacadistas ou distribuidores, o levantamento a que se refere o § 1º, I, b, deve ser realizado nos estabelecimentos varejistas.

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§ 4º No caso de mercadoria comercializada especialmente por revendedores ambulantes ou sem estabelecimento fixo, o levantamento deve ser feito com base nas aquisições e vendas por eles realizadas, observados, no que couber, os critérios dispostos neste artigo. § 5º Para efeito do levantamento, a Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento pode alterar as localidades referidas no § 2º, I. § 6º No caso do inciso I do caput, a fixação da margem deve ser feita, observando-se, no que couber, as disposições dos parágrafos anteriores. § 7º O critério estabelecido neste artigo para fixação da margem de valor agregado pode ser substituído pelo que for estabelecido mediante convênio com outras unidades da Federação. Art. 34. Em substituição ao critério disposto no artigo anterior, o Regulamento pode estabelecer que a margem de valor agregado seja aquela fixada em: I - Convênio ou Protocolo firmados com outras unidades da Federação; II - acordo firmado com entidades representativas de setores atacadistas ou varejistas que comercializam a mercadoria neste Estado (art. 33, I). Art. 35. O preço e o valor referidos no art. 32, § 2º, II e III, podem ser substituídos pelo valor fixado em ato normativo da autoridade administrativa fazendária, na forma do Regulamento. Art. 36. A base de cálculo do ICMS devido pelas empresas distribuidoras de energia elétrica é o valor da operação da qual decorra a entrega do produto ao consumidor.

SEÇÃO IX

DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A BASE DE CÁLCULO DO ICMS Art. 37. No caso de o valor declarado pelo contribuinte ser inferior ao de mercado, a base de cálculo do ICMS pode ser o valor fixado em ato normativo da autoridade administrativa, na forma do Regulamento. Parágrafo único. Havendo discordância em relação ao valor fixado, cabe ao contribuinte comprovar a exatidão do valor por ele declarado, que prevalece como base de cálculo. Art. 38. Na hipótese em que o valor do frete, cobrado por estabelecimento pertencente ao mesmo titular da mercadoria ou por outro estabelecimento de empresa que com aquele mantenha relação de interdependência, exceda os níveis normais de preços em vigor, no mercado local, para serviço semelhante, constantes em tabelas elaboradas pelos órgãos competentes, o valor excedente deve ser havido como parte do preço da mercadoria. Parágrafo único. Consideram-se interdependentes duas empresas nas hipóteses em que: I - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges ou filhos menores, seja titular de mais de cinqüenta por cento do capital da outra; II - uma mesma pessoa faça parte de ambas, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; III - uma delas loque ou transfira à outra, a qualquer título, veículo destinado ao transporte de mercadorias. Art. 39. O preço da mercadoria ou do bem importados expresso em moeda estrangeira deve ser convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do imposto de importação.

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§ 1º A variação na taxa de câmbio até o pagamento efetivo do preço não altera a base de cálculo. § 2º O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável, substitui o preço declarado. Art. 40. Nas operações e prestações interestaduais entre estabelecimentos de contribuintes diferentes, caso haja reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a diferença fica sujeita ao ICMS no estabelecimento do remetente ou do prestador.

CAPÍTULO X DA ALÍQUOTA DO ICMS

Art. 41. As alíquotas do ICMS ficam fixadas em: I - doze por cento, nas operações e prestações interestaduais que destinem mercadorias e serviços de transporte e de comunicação a pessoas contribuintes do imposto; I - doze por cento, nas operações e prestações interestaduais que destinem bens, mercadorias e serviços de transporte e de comunicação a pessoas contribuintes do imposto, ressalvadas as operações com bens e mercadorias importados do exterior de que trata o inciso VII do caput deste artigo; (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) II - treze por cento, nas exportações para o exterior de mercadorias e serviços de comunicação, acaso tributáveis, na hipótese do art. 8º, § 2º; (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) III - dezessete por cento, nas seguintes hipóteses: a) operações internas e nas de importação, ressalvado o disposto no inciso V; a) operações internas e nas de importações, ressalvadas aquelas para as quais estejam previstas alíquotas específicas; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) b) prestações internas de serviços de transporte ou nas iniciadas ou prestadas no exterior; c) operações internas com energia elétrica destinada: 1. a comerciantes, industriais e produtores; 2. a consumidores residenciais cujo consumo mensal seja de um a duzentos quilowatts.hora (kWh); 3. à iluminação pública e aos poderes e aos serviços públicos; d) aquisições em outra unidade da Federação de energia elétrica não destinada a comercialização ou industrialização, quando realizadas por: 1. comerciantes, industriais e produtores; 2. consumidores residenciais cujo consumo mensal seja de um a duzentos quilowatts.hora (kWh); 3. órgãos ou empresas encarregados da iluminação pública ou da execução dos serviços públicos; 4. poderes públicos; e) aquisições em outra unidade da Federação de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando não destinados a comercialização ou industrialização, exceto a gasolina automotiva;

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IV - vinte por cento, nas seguintes hipóteses: a) operações internas com energia elétrica destinada a consumidores residenciais cujo consumo mensal seja de 201 a quinhentos quilowatts.hora (kWh); b) aquisições em outra unidade da Federação de energia elétrica não destinada a comercialização ou industrialização, quando realizadas por consumidores residenciais cujo consumo mensal seja de 201 a quinhentos quilowatts.hora (kWh); V - 25%, nas seguintes hipóteses: a) operações internas e de importação com: 1. armas, suas partes, peças e acessórios e munições, bebidas alcoólicas, cigarros, fumo e seus demais derivados; 2. artigos de pirotecnia classificados na subposição 3604.10 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); 3. artigos para jogos de salão, classificados na posição 9504 da NBM/SH, exceto os do código 9504.90.0400; 4. asas-delta, balões e dirigíveis classificados nos códigos 8801.10.0200 e 8801.90.0100 da NBM/SH; 5. embarcações de esporte e de recreio classificadas na posição 8903 da NBM/SH; b) operações internas com energia elétrica destinada a consumidores residenciais cujo consumo mensal seja acima de quinhentos quilowatts.hora (kWh); c) operações internas e de importação com álcool carburante, gasolina automotiva; d) aquisições em outra unidade da Federação de gasolina automotiva não destinada a comercialização ou industrialização; e) aquisições em outra unidade da Federação de energia elétrica não destinada a comercialização ou industrialização, quando realizadas por consumidores residenciais cujo consumo mensal seja acima de quinhentos quilowatts.hora (kWh); f) prestações internas de serviços de comunicação ou nas iniciadas ou prestadas no exterior. (revogada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) VI - vinte e sete por cento nas prestações internas de serviços de comunicação ou nas iniciadas ou prestadas no exterior. (acrescentado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) VII - quatro por cento, nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro: (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) VII - quatro por cento, nas operações interestaduais destinadas a contribuintes do imposto, com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro: (redação dada pela Lei nº 4.348, de 23 de maio de 2013) Obs: ver redação do art. 2º da Lei nº 4.348, de 2013. a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização; (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) b) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com conteúdo de importação superior a 40% (quarenta por cento). (acrescentado pela Lei nº 4.286,

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de 14 de dezembro de 2012) § 1º Nas aquisições, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados, são aplicadas as alíquotas: I - interna correspondente, nos casos em que o adquirente seja estabelecido neste Estado ou, se domiciliado em outra unidade da Federação, não seja contribuinte do ICMS; II - interestadual, no caso em que o adquirente seja contribuinte do ICMS estabelecido em outro Estado. I - interna correspondente, nos casos em que o adquirente seja localizado neste Estado; (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) II - interestadual, no caso de adquirente localizado em outro Estado, observado o disposto no inciso VII do caput. (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) I - interna correspondente, nos casos em que o adquirente seja estabelecido neste Estado ou, se domiciliado em outra unidade da Federação, não seja contribuinte do ICMS; (redação dada pela Lei nº 4.348, de 23 de maio de 2013) II - interestadual, nos casos em que o adquirente seja contribuinte do ICMS estabelecido em outro Estado, observado o disposto no inciso VII do caput. (redação dada pela Lei nº 4.348, de 23 de maio de 2013) § 2º É aplicada a alíquota de dezessete por cento, nas importações ou nas aquisições no mercado local efetivadas pelas polícias civis e militares e por quaisquer órgãos da Administração Direta e Indireta da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios de armas, suas partes, peças e acessórios e munições. § 3º Na devolução de mercadoria, ou bem importado, aplica-se a mesma alíquota utilizada na operação originária, ressalvado o caso em que a remessa se deu para simples armazenamento. § 4º Nas operações e prestações interestaduais que destinem mercadoria ou serviço a consumidores ou usuários finais não contribuintes do ICMS, são aplicáveis as alíquotas incidentes nas operações e prestações internas. § 4º Nas operações e nas prestações interestaduais que destinem mercadoria ou serviço a consumidores ou a usuários finais não contribuintes do imposto, são aplicáveis as alíquotas incidentes nas operações e nas prestações internas, ressalvadas as operações com bens e mercadorias importados do exterior sujeitas à alíquota prevista no inciso VII do caput. (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) § 5º A fim de atender ao processo de desenvolvimento do Estado, o Poder Executivo pode reduzir a alíquota de energia elétrica até o limite das operações interestaduais, mediante avaliação dos conselhos específicos, por prazo não superior a dez anos, aplicada a estabelecimentos produtores e industriais. § 6º O disposto no inciso VII do caput não se aplica: (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) I - às operações com gás natural importado do exterior; (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) II - aos bens e às mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex); (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) III - aos bens e às mercadorias comprovadamente produzidos em conformidade com os processos

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produtivos básicos de que tratam: (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) a) o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, referente à Zona Franca de Manaus, com as alterações de que tratam as Leis Federais nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001; (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) b) a Lei Federal nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, que dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de informática e automação, com as alterações de que trata a Lei Federal nº 10.176, de 2001; (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) c) a Lei Federal nº 11.484, de 31 de maio de 2007, que dispõe sobre incentivos às indústrias de equipamentos para TV Digital e de componentes eletrônicos semicondutores e sobre a proteção à propriedade intelectual das topografias de circuitos integrados. (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) § 7º Na hipótese do inciso VII do caput, aplicam-se as normas, os critérios, os procedimentos e as obrigações acessórias, inclusive de certificação do conteúdo de importação e de controle, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), que devem ser reproduzidos, implementados e, se necessário, complementados no regulamento. (acrescentado pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) Art. 41-A. No período de 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2010, as alíquotas previstas nos incisos III a VI do art. 41 desta Lei ficam adicionadas do percentual de 2% (dois por cento): (acrescentado pela Lei nº 3.337, de 22 de dezembro de 2006) Art. 41-A. As alíquotas previstas nos incisos III a VI do art. 41 desta Lei, ficam adicionados do percentual de 2% (dois por cento): (redação dada pela Lei nº 3.968, de 28 de outubro de 2010) I - nas operações com: a) armas, suas partes, peças e acessórios e munições; b) artigos de pirotecnia classificados na subposição 3604.10 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); c) bebidas alcoólicas; d) cigarros, fumo e seus demais derivados; e) jóias, classificadas nas posições 7113 e 7116 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); f) peleterias, classificadas no capítulo 43 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); g) perfumes conforme classificação na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); h) obras de arte; II - nas prestações internas de serviços de comunicação ou nas iniciadas ou prestadas no exterior. § 1º O produto da arrecadação decorrente da aplicação do percentual previsto neste artigo deve ser integralmente do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza. § 1º O produto da arrecadação, decorrente da aplicação do percentual previsto neste artigo, deve ser destinado, integralmente, ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza. (redação dada pela

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Lei nº 3.968, de 28 de outubro de 2010) § 2º Para efeito do disposto no § 1º, a Secretaria de Estado de Fazenda deve estabelecer os procedimentos relativos à determinação e ao recolhimento dos valores a serem destinados ao FECOMP. Art. 42. Nas hipóteses do art. 5º, VI e VII, a alíquota do ICMS é o percentual resultante da diferença entre a alíquota interna deste Estado, aplicável a operação ou prestação, e aquela aplicada a operação ou prestação interestadual, no Estado de origem da mercadoria ou do serviço. Art. 43. O Regulamento pode dispor, mediante disciplinamento da redução da base de cálculo do ICMS ou da atribuição de crédito presumido, sobre a redução da carga tributária, até o limite da menor alíquota interestadual praticada em outros Estados, visando: I - o atendimento ao disposto no art. 155, § 2º, III, da Constituição da República; II - a relevante interesse do Estado, em face da conjuntura econômica ou social; III - a equilibrar o mercado, relativamente a certos produtos industrializados ou comercializados no Estado. Parágrafo único. O limite previsto neste artigo pode ser adaptado ao praticado em outros Estados em operações ou prestações equivalentes.

CAPÍTULO XI DA SUJEIÇÃO PASSIVA DA OBRIGAÇÃO

SEÇÃO I

DO CONTRIBUINTE DO ICMS Art. 44. Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações relativas à circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: I - importe mercadoria do exterior, ainda que a destine ao consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento; § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do ICMS, que: (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) I - importe bens ou mercadoria do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III - adquira em licitação mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; IV - adquira petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica, oriundos de outro Estado, quando não destinados a comercialização ou industrialização. § 2º Incluem-se entre os contribuintes do ICMS: I - o comerciante, o industrial e o produtor ; II - o fornecedor de alimentação, bebidas e outras mercadorias em qualquer estabelecimento; III - o prestador de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;

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IV - a cooperativa; V - quando realizam operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação: a) a instituição financeira; b) a sociedade civil de fim econômico; c) os órgãos da Administração Pública, as entidades da Administração Indireta e as Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; VI - a empresa de arrendamento mercantil (leasing), quanto à venda do bem antes arrendado (art. 7º, XII); VII - a seguradora quanto a operação realizada com o bem móvel recebido, salvado de sinistro; VIII - a sociedade civil de fim não econômico que explore estabelecimento de extração de substância mineral ou fóssil, de produção agropecuária, industrial ou que comercialize mercadorias que para esse fim adquira ou produza; IX - a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte, de comunicação, de energia elétrica e de água canalizada; X - o prestador de serviço não compreendido na competência tributária dos Municípios e que envolva fornecimento de mercadoria; XI - o prestador de serviço compreendido na competência tributária dos Municípios e que envolva fornecimento de mercadoria ressalvada em lei complementar; XII - o proprietário ou possuidor das mercadorias, na hipótese da presunção de que trata o § 5o do art. 5º; (acrescentado pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) XIII - qualquer pessoa indicada nos incisos anteriores que, na condição de contribuinte do imposto, adquira bem, mercadoria ou serviços em operações ou prestações interestaduais para consumo ou ativo fixo do próprio estabelecimento. (renumerado de XI para XIII pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) § 3º Salvo disposição em contrário, para os efeitos da legislação tributária são incluídos como produtores o extrator, o pescador e o armador de pesca. § 4º É também contribuinte, nas hipóteses dos incisos VI e VII do art. 5º, a empresa de construção civil que adquira mercadorias em outras unidades da Federação, mediante Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS fornecido pelo Fisco na forma do regulamento, indicando esta condição. (acrescentado pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003)

SEÇÃO II

DO RESPONSÁVEL PESSOAL Art. 45. São responsáveis, pessoalmente, pelo pagamento do ICMS devido: I - o Armazém Geral e o depositário a qualquer título, nas saídas ou nas transmissões de propriedade de mercadoria ou bem importados depositados por contribuinte de outra unidade da Federação; II - o contribuinte, ou ainda qualquer possuidor, em relação à mercadoria ou ao bem cuja posse tiveram ou mantenham para os fins de venda ou industrialização, desacobertados de documentos

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comprobatórios da sua procedência ou acobertados por documentação fiscal inidônea; III - a pessoa que tendo recebido mercadoria, bem ou serviço beneficiados com imunidade, isenção ou não incidência, sob determinados requisitos, desvirtue-lhes a finalidade ou não lhes dê a correta destinação; IV - a pessoa jurídica que resulte de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra, pelo débito fiscal até a data do ato, pela pessoa jurídica fusionada, transformada ou incorporada; V - o sócio remanescente ou o seu espólio, pelo débito fiscal da pessoa jurídica extinta, caso continue a respectiva atividade sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual; VI - o espólio, pelo débito fiscal do de cujus até a data da abertura da sucessão; VII - integralmente, até a data do ato, a pessoa natural ou jurídica que adquira de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continue a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, pelo débito do fundo ou do estabelecimento adquirido, na hipótese em que o alienante cesse a exploração do comércio, indústria ou atividade; VIII - subsidiariamente com o alienante, até a data do ato, a pessoa natural ou jurídica que adquira de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continue a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, em relação ao fundo ou estabelecimento adquirido e no caso em que o alienante prossiga na exploração ou inicie, dentro de seis meses contados da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. § 1º O disposto nos incisos VII e VIII deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - em processo de falência; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) III - identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

SEÇÃO III DO RESPONSÁVEL SOLIDÁRIO

Art. 46. São responsáveis pelo pagamento do ICMS, solidariamente com o contribuinte ou com a pessoa que o substitua: I - o transportador, em relação ao bem importado ou mercadoria que: a) transporte, sem destinatário certo;

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b) transporte sem documentação fiscal comprobatória da procedência ou com documentação fiscal indicando destinatário não inscrito ou com endereço ou nome fictícios; c) entregue a destinatário ou em endereço diversos daqueles indicados na documentação fiscal; d) durante o transporte, sejam negociados no território deste Estado; d) durante o transporte, sejam negociadas no território deste Estado, inclusive no caso da presunção de que trata o § 5o do art. 5º; (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) e) receba para despacho, guarda ou transporte, sem documentação fiscal ou acompanhados de documentos que, notoriamente, apresentem características de inidoneidade; f) transporte sem o acompanhamento de todas as vias do documento fiscal exigidas pela legislação; II - o Armazém Geral e o depositário a qualquer título, que recebam para depósito ou guarda ou dêem saída à mercadoria ou ao bem importado sem documentação fiscal ou acompanhados de documentos fiscais inidôneos; III - o estabelecimento abatedor - frigorífico, açougue, matadouro e similares - que promova a entrada de animais apenas para o abate desacompanhados de documentação fiscal apropriada; IV - o estabelecimento industrializador, na saída de mercadorias recebida para industrialização e remetida a pessoa ou estabelecimento diversos daqueles de origem; V - qualquer contribuinte em relação aos produtos agropecuário ou extrativo adquiridos de produtor não inscrito; VI - o contribuinte que promova a saída de mercadoria sem documentação fiscal, relativamente às operações subseqüentes; VII - a pessoa de direito público ou privado não-contribuinte ou não obrigada à inscrição estadual, que adquira mercadoria ou bem diretamente de produtor rural, na falta do pagamento do imposto por este, nos termos do parágrafo único do art. 57; VIII - o entreposto e o despachante aduaneiros, ou ainda qualquer outra pessoa, que promovam: a) a saída de mercadoria para o exterior sem a documentação fiscal correspondente, na hipótese do art. 8º, § 2º; (revogada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) b) a saída de mercadoria estrangeira ou bem importado, com destino ao mercado interno sem os documentos fiscais correspondentes, ou os destine a estabelecimento diverso do importador, arrematante ou adquirente em licitação promovida pelo Poder Público; c) a reintrodução no mercado interno de mercadoria depositada para o fim específico de exportação; d) a entrega ou qualquer circulação de mercadoria ou bem importados, ou destinados à exportação, sem documentos fiscais; IX - qualquer pessoa que não efetue a exportação de mercadoria ou serviço recebidos para esse fim, ainda que por motivo de perda, perecimento, deterioração ou reintrodução da mercadoria no mercado interno, relativamente a operação ou prestação de que decorra o recebimento; X - a pessoa que realize a intermediação de serviços: a) com destino ao exterior, sem os documentos fiscais exigidos;

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b) iniciado ou prestado no exterior, sem a documentação fiscal ou destinando-os a pessoa diversa daquela que os tenha contratado; XI - o representante, o mandatário, o comissário e o gestor de negócios, em relação a operação ou prestação realizadas por seu intermédio; XII - o leiloeiro, o síndico, o comissário, o inventariante ou liquidante em relação às saídas de mercadorias decorrentes de alienação ou aquisição ocorridas em leilões, falências, concordatas, inventários ou dissolução de sociedades; XI - o representante, o mandatário, o administrador judicial e o gestor de negócios, em relação a operação ou a prestação realizadas por seu intermédio; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) XII - o leiloeiro, o administrador judicial, o inventariante ou liquidante em relação às saídas de mercadorias decorrentes de alienação ou aquisição ocorridas em leilões, falências, recuperação judicial, inventários ou dissolução de sociedade; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) XIII - até a data do ato, a pessoa jurídica que tenha absorvido patrimônio de outra por decorrência de cisão, total ou parcial; XIV - o sócio, no caso de liquidação de sociedade de pessoas; XV - o sócio, no caso de baixa da inscrição estadual de qualquer estabelecimento da sociedade da qual faça parte; XVI - o tutor ou o curador, em relação ao débito do seu tutelado ou curatelado; XVII - o fabricante ou o credenciado que prestem assistência técnica em máquinas, aparelhos e equipamentos destinados a emissão, escrituração e controle de documentos fiscais, quando a irregularidade por eles cometida concorrer para a omissão total ou parcial de valores fiscais e, conseqüentemente, para a falta ou diminuição do valor do imposto devido; XVII - o fabricante do equipamento ou o credenciado que prestem assistência técnica em máquinas, aparelhos e equipamentos destinados a emissão, escrituração e controle de documentos fiscais, bem como o fabricante do software, quando a irregularidade por eles cometida concorrer para a omissão total ou parcial de valores fiscais e, conseqüentemente, para a falta ou diminuição do valor do imposto devido; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) XVIII - os condomínios e os incorporadores, relativamente ao bem ou mercadoria neles encontrados sem documentos fiscais ou acompanhados de documentação inidônea; XIX - o encarregado de órgão ou entidade da Administração Pública direta, indireta ou fundacional, que autorize a saída ou a alienação de mercadoria ou bem sem o cumprimento das obrigações tributárias; XX - o estabelecimento gráfico que imprima documentos sem a devida autorização de impressão ou em desacordo com a legislação tributária, relativamente ao dano causado ao erário público pela utilização de tais documentos; XXI - a pessoa que tenha interesse comum na situação que origine a obrigação principal. § 1º A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem, salvo se o contribuinte ou a pessoa que o substitua apresentar garantias ou oferecer em penhora bens suficientes para a liquidação integral do crédito tributário. § 2º Para os efeitos do disposto no inciso XXI, presume-se ter interesse comum o adquirente de

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mercadoria ou de bem e o contratante ou recebedor de serviço em operação ou prestação realizadas sem documentos fiscais ou com documentação fiscal inidônea.

SEÇÃO IV DO RESPONSÁVEL POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 47. São sujeitos passivos por substituição, relativamente às operações ou às prestações antecedentes: I - o estabelecimento destinatário, exceto o de produtor, nas aquisições não oneradas em decorrência de diferimento da cobrança do ICMS, nos termos da permissão contida no art. 12, e observada a restrição a que se refere o seu § 3º, dos seguintes produtos: a) algodão em caroço, alho, amendoim, arroz em casca, aveia, café em coco, cana-de-açúcar, canola, casulo do bicho-da-seda, cevada, ervilha, erva-mate, fumo em folha, girassol, hortelã ou menta, mamona, mandioca, milheto, milho, quebracho, rami, soja, sorgo, trigo, triguilho, triticale, tungue e urucum; b) hortifrutigranjeiros; c) gado bovino, bubalino, caprino, eqüino, ovino e suíno; ave viva e peixe; d) leite e ovo; e) madeira em tora e argila; f) casco, couro, crina, chifre, lã, pele, pêlo, pena, sangue e sebo; g) produtos típicos do artesanato regional; h) bagaço de cana-de-açúcar prensado; i) retalho e resíduo resultantes da serragem da madeira; j) ferro velho; papel usado; aparas de papel; sucatas de metais; retalhos, fragmentos e resíduos de plásticos, de borrachas ou de têxteis; ossos e seus fragmentos e cacos de vidro; l) outros produtos cuja responsabilidade pelo pagamento do ICMS tenha sido, nos termos do Regulamento, atribuída ao referido estabelecimento; II - as empresas distribuidoras de combustíveis, em relação ao álcool carburante adquirido de Destilarias, nas situações previstas no Regulamento; III - a Cooperativa de Produtores destinatária, situada neste Estado, nas aquisições dos produtos mencionados no inciso I, de seus associados, quando detentora de Regime Especial, concedido sob condição, na forma do Regulamento; IV - o depositário, a qualquer título, em relação aos produtos mencionados no inciso I, depositados por contribuinte deste Estado, quando assim determinado pelo Regulamento; V - o destinatário de serviço de transporte intermunicipal cuja prestação não tenha sido onerada em decorrência de diferimento da cobrança do ICMS, nos termos da permissão contida no art. 12, observada a restrição a que se refere o seu § 3º. § 1º O disposto no inciso III, observada a mesma condição nele referida, é aplicável às operações com mercadorias remetidas pelo estabelecimento de Cooperativa de Produtores para estabelecimento, neste Estado, da própria Cooperativa, de Cooperativa Central ou de Federação de Cooperativa de que a remetente faça parte.

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§ 2º O ICMS devido nas operações mencionadas no inciso III e no parágrafo anterior deve ser recolhido pela destinatária quando ocorrer a saída subseqüente, esteja esta sujeita ou não ao pagamento do imposto. Art. 48. São sujeitos passivos por substituição, quando estabelecidos em outros Estados e desde que inscritos no Cadastro de Contribuintes deste Estado, em relação ao ICMS devido pelo destinatário localizado em Mato Grosso do Sul: I - o remetente, nas remessas de petróleo, combustíveis líquidos e gasosos e lubrificantes, dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados a comercialização ou industrialização; II - o industrial, nas remessas para consumo ou integração ao ativo fixo do destinatário, das mercadorias mencionadas no art. 49, § 1º; III - o atacadista ou o distribuidor, signatários de acordos específicos com este Estado, nas remessas para consumo ou integração ao ativo fixo do próprio destinatário: a) das mercadorias mencionadas no art. 49, § 1º; b) de adesivo e material de divulgação ou propaganda, aparelho, equipamento, ferramenta, máquina, motor e veículo especial; balde, filtro, funil, galão, mangueira, regador, tambor e outros utensílios assemelhados; boné, bota, camiseta, capacete, jaleco, luva, macacão, óculos, viseira e outros artigos de vestuário e para a proteção física de pessoas, e material de conservação e limpeza, de quaisquer espécies. Art. 49. Em relação ao remetente, industrial, atacadista ou distribuidor, localizado em outra unidade da Federação, a sujeição passiva por substituição tributária, quanto às operações ou prestações subseqüentes realizadas por contribuintes deste Estado, deve observar o disposto neste artigo. § 1º São sujeitos passivos por substituição tributária, desde que inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado, o industrial, inclusive o engarrafador de água, o importador e, observado o disposto no inciso III do artigo anterior, o atacadista ou o distribuidor, em relação às seguintes mercadorias: I - açúcar de cana; II - água mineral, gasosa ou não, ou potável, natural, e gelo; III - aparelho de barbear descartável; IV - bateria e pilha elétricas; V - bebidas alcoólicas; VI - café torrado ou torrado e moído; VII - caixa d'água, cumeeira e telhas de cimento amianto ou fibrocimento, bem como telha e tijolo cerâmicos; VIII - câmara de ar, exceto para pneu de bicicleta; IX - cerveja e chope; X - cigarro, charuto, cigarrilha, fumo, papel e palha para cigarro e artigos correlatos; XI - cimento de qualquer espécie;

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XII - disco fonográfico, videodisco e fita virgem ou gravada; XIII - farinha de trigo de qualquer espécie e em qualquer embalagem; XIV - filme fotográfico e cinematográfico e slide; XV - isqueiro; XVI - lâmina de barbear; XVII - lâmpada elétrica, reator e starter; XVIII - leite; XIX - lubrificante, aditivo, agente de limpeza, anticorrosivo, desengraxante, desinfetante, fluido, graxa, óleos de têmpera, protetivos e para transformadores, e removedores, todos, ainda que não derivados de petróleo, para uso em aparelhos, equipamentos, máquinas, motores e veículos, exceto o produto classificado no código 3814.00.0000 da NBM/SH; (revogado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) XX - medicamento; agulha para seringa; algodão; atadura; absorvente higiênico, de uso interno ou externo; bico para mamadeira e chupeta; contraceptivo; escova dental; esparadrapo; fio dental e fita dental; fralda descartável ou não; gaze e outros; haste, flexível ou não, com uma ou ambas as extremidades de algodão; mamadeira; pasta dentifrícia; preparações químicas contraceptivas à base de hormônios ou de espermicidas; provitamina e vitamina, e preparação para higiene bucal e dentária; preservativo; seringa; soro, e vacina; XXI - óleo comestível de qualquer espécie; XXII - pneumático, exceto para bicicleta, e protetor de borracha; XXIII - refrigerante e produtos gasosos da posição 2202.90 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); XXIV - sorvete de qualquer espécie, os seus acessórios ou componentes, tais como casquinhas, coberturas, copos ou copinhos, palitos, pazinhas, taças, recipientes, xaropes e outros produtos destinados a integrá-lo ou a acondicioná-lo; XXV - tinta; aguarrás; cera eucástica, preparação e outros; corante; impermeabilizante; massa para acabamento, pintura ou vedação; massa de polir; preparação catalística (catalisador); piche (pez); secante preparado; vernizes e preparação concebida para solver, diluir ou remover tinta e verniz; xadrez e pó assemelhado; XXVI - veículos automotores terrestres novos classificados nos códigos: 8702.90.0000, 8703.21.9900, 8703.22.0101, 8703.22.0199, 8703.22.0201, 8703.22.0299, 8703.22.0400, 8703.22.0501, 8703.22.0599, 8703.22.9900, 8703.23.0101, 8703.23.0199, 8703.23.0201, 8703.23.0299, 8703.23.0301, 8703.23.0399, 8703.23.0401, 8703.23.0499, 8703.23.0500, 8703.23.0700, 8703.23.1001, 8703.23.1002, 8703.23.1099, 8703.23.9900, 8703.24.0101, 8703.24.0199, 8703.24.0201, 8703.24.0299, 8703.24.0300, 8703.24.0500, 8703.24.0801, 8703.24.0899, 8703.24.9900, 8703.32.0400, 8703.32.0600, 8703.33.0200, 8703.33.0400, 8703.33.0600, 8703.33.9900, 8704.21.0200 e 8704.31.0200 da NBM/SH; XXVII - veículos de duas rodas motorizados novos, classificados na posição 8711 da NBM/SH; XXVIII - xampu, creme de barbear, cosméticos em geral, desodorante, esmalte de unha, perfume, produtos de toucador, compreendidos nos códigos 3303, 3304, 3305, 3306, 3307.10, 3307.20, 3307.30, 6704, 9603.20 e 9605 da NBM/SH, removedor de cutícula e talco.

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XXIX - outros produtos cuja responsabilidade pelo pagamento do ICMS tenha sido, nos termos do Regulamento, atribuída ao remetente a que se refere o caput deste artigo. § 2º Na hipótese deste artigo e do art. 48: I - a eficácia da responsabilidade depende de Acordo, Ajuste, Convênio ou Protocolo firmado entre Mato Grosso do Sul e o Estado onde tenha domicílio o remetente, ou de acordo mútuo entre a Secretaria de Finanças, Orçamento e Planejamento e o próprio contribuinte remetente, na falta de qualquer desses instrumentos; II - o sujeito passivo por substituição tributária fica obrigado ao cumprimento da legislação deste Estado; III - a Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento pode: a) indeferir a inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado de qualquer das pessoas neles referidas; b) em decorrência de inadimplência de obrigação tributária para com este Estado, suspender ou cancelar a inscrição do sujeito passivo; c) exigir a prestação de garantia real ou fidejussória visando assegurar o recolhimento do ICMS; IV - o regime da substituição tributária: a) abrange os acessórios colocados nos veículos (§ 1º, XXVI e XXVII) pelo sujeito passivo por substituição; b) não se aplica aos acessórios colocados pelo revendedor dos veículos (§ 1º, XXVI e XXVII), devendo o ICMS incidente sobre os referidos acessórios ser pago pelo revendedor; c) relativamente às mercadorias descritas no § 1º, XXII, XXVI e XXVII, não se aplica às remessas em que elas devam retornar ao estabelecimento remetente. Art. 50. São sujeitos passivos por substituição, quando localizados neste Estado, relativamente às operações ou prestações subseqüentes: I - o industrial, em relação: I - o industrial e o importador, exceto a destilaria quanto ao álcool combustível, em relação: (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) a) aos produtos nominados no § 1º do artigo anterior; b) a outros produtos cuja responsabilidade pelo pagamento do ICMS tenha sido, nos termos do Regulamento, a ele atribuída; a) aos produtos nominados no § 1º do artigo anterior, exceto telha e tijolo cerâmicos, ressalvado o disposto na alínea seguinte; (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) a) aos produtos nominados no § 1º do artigo anterior e no § 1º do artigo seguinte, exceto telha e tijolo cerâmicos, ressalvado o disposto na alínea seguinte; (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) b) a outros produtos, inclusive telha e tijolo cerâmicos, cuja responsabilidade pelo pagamento do ICMS tenha sido, nos termos do Regulamento, a ele atribuída. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) II - o distribuidor, em relação aos seguintes produtos:

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a) álcool anidro e hidratado, carburantes; b) gás liquefeito de petróleo (GLP); II - o distribuidor ou o revendedor local, em relação: (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) a) ao álcool combustível adquirido de destilaria localizada neste Estado; (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) b) às mercadorias nominadas no artigo seguinte, exceto nos casos em que a responsabilidade tenha sido atribuída a estabelecimento localizado em outra unidade da Federação; (redação dada pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) III - o revendedor local, em relação: a) às mercadorias nominadas no § 1º do artigo anterior, adquiridas em outro Estado, nos casos em que o remetente não seja substituto tributário deste Estado; b) a outros produtos cuja responsabilidade pelo pagamento do ICMS tenha sido, nos termos do Regulamento, a ele atribuída; b) a outros produtos, inclusive telha e tijolo cerâmicos produzidos no Estado, cuja responsabilidade pelo pagamento do ICMS tenha sido, nos termos do Regulamento, a ele atribuída; (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) IV - o adquirente, em licitação pública, quanto aos produtos nominados no § 1º do artigo anterior, importados do exterior e apreendidos ou abandonados; V - o prestador de serviço de transporte e o de comunicação que promovam a cobrança integral do preço, no caso de serviços prestados por mais de uma empresa; VI - o distribuidor de combustíveis líquidos e gasosos e lubrificantes, quanto ao ICMS devido nas prestações de serviço de transporte de qualquer mercadoria por ele remetida. Art. 50-A. Em relação ao remetente das mercadorias mencionadas no § 1º deste artigo, localizado em outra unidade da Federação, a sujeição passiva por substituição tributária, quanto às operações subseqüentes realizadas por contribuintes deste Estado ou às aquisições feitas por pessoas físicas ou jurídicas deve observar o disposto neste artigo. (acrescentado pela Lei nº 2.534, de 21 de novembro de 2002) § 1º São sujeitos passivos por substituição tributária, desde que inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado, a refinaria de petróleo ou suas bases, o importador, o formulador, a distribuidora ou transportador revendedor retalhista, localizados em outra unidade da Federação, nos termos estabelecidos em Acordo, Convênio ou Protocolo em que sejam signatários este Estado e a unidade da Federação onde tenha domicílio o remetente, ou em Regulamento, ou, ainda, em acordo mútuo entre a Secretaria de Estado de Receita e Controle e o próprio remetente, em relação às operações subseqüentes realizadas por contribuintes deste Estado com as seguintes mercadorias: I - combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, inclusive gás natural e álcool combustível; II - aditivos, anticorrosivos, desengraxantes, fluidos, graxas e óleos de têmpera, protetivos e para transformadores, ainda que não derivados de petróleo, todos para uso em aparelhos, equipamentos, máquinas, motores e veículos; III - aguarrás mineral, classificada no código 2710.00.92 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH).

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§ 2º Os estabelecimentos a que se refere o parágrafo anterior, nos mesmos termos a que ele condiciona, são sujeitos passivos por substituição tributária também em relação às seguintes operações: I - aquisição, em outra unidade da Federação, por pessoa física ou jurídica domiciliada neste Estado, de combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo, quando não destinados à industrialização ou à comercialização; II - aquisição, em outra unidade da Federação, por contribuinte, para consumo, de mercadorias mencionadas no inciso I do parágrafo anterior que estejam sujeitos à tributação na modalidade de diferencial de alíquotas. § 3º À sujeição passiva de que trata este artigo aplicam-se, no que couber, as disposições dos incisos I, II e III do § 2º do art. 49. § 4º Resultante da responsabilidade por substituição tributária, o ICMS deve ser apurado e pago pelos estabelecimentos referidos no § 1º, relativamente às operações subseqüentes ou às aquisições a que se refere este artigo. § 5º No caso do parágrafo anterior, não tendo ocorrido a retenção pelo remetente situado em outra unidade da Federação, em virtude da sua não-inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado, o ICMS deve ser pago pelo estabelecimento que promova a entrada da mercadoria no território deste Estado. Art. 51. A empresa distribuidora de energia elétrica é responsável pelo pagamento do ICMS sobre operações com o referido produto, desde a produção ou a importação até a última operação. Art. 52. São sujeitos passivos por substituição, desde que signatários de acordos específicos com este Estado e inscritos no Cadastro de Contribuintes, o adquirente de gado de qualquer espécie e o de carvão vegetal, estabelecidos em outro Estado, relativamente ao ICMS incidente sobre o valor decorrente da diferença a maior de peso ou preço, verificada por ocasião da entrada desses produtos nos seus estabelecimentos. § 1º Em situações excepcionais, o disposto neste artigo pode ser aplicado ao ICMS incidente sobre a operação de saída do estabelecimento produtor dos produtos nele referidos. § 2º Às regras deste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 49, § 2º. Art. 53. São sujeitos passivos por substituição tributária a destilaria de álcool carburante, o estabelecimento comercial de carnes, carvão vegetal, leite, produtos agrícolas e minerais e o estabelecimento industrial que utilize produtos vegetais, animais ou minerais na fabricação de seus produtos, quando detentores de Regime Especial de pagamento do ICMS incidente sobre operações interestaduais de circulação de mercadorias, em relação ao imposto devido nas prestações de serviço de transporte de qualquer mercadoria por eles remetida. Parágrafo único. São também sujeitos passivos por substituição tributária os estabelecimentos industriais não enquadrados na disposição do caput deste artigo, relativamente ao ICMS incidente sobre a prestação de serviço de transporte correspondente a mercadorias objeto de operação ou remessa interestaduais por eles realizadas. (acrescentado pela Lei nº 3.820, de 21 de dezembro de 2009) Art. 54. A responsabilidade do sujeito passivo por substituição prevalece, inclusive quanto ao ICMS incidente sobre prestações de serviço de transporte com o pagamento antes diferido: I - nas operações com mercadorias: a) destinadas a consumidor ou usuário final ou a pessoa de direito público ou privado não contribuinte; b) amparadas por imunidade, isenção ou não incidência;

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c) destinadas a outra unidade da Federação ou ao exterior; II - nos casos de: a) consumo, uso ou integração no ativo fixo do próprio estabelecimento; b) deterioração, perecimento, sinistro, furto, roubo ou quaisquer eventos que impossibilitem operações ou prestações subseqüentes com as mercadorias ou os serviços. Art. 55. O contribuinte substituto sub-roga-se em todos os direitos e obrigações do contribuinte originário. Art. 56. Resultante da responsabilidade por substituição tributária, o ICMS deve ser apurado e pago pelos estabelecimentos: I - a que se refere o art. 47, em relação às operações ou prestações antecedentes; II - referidos no art. 48, relativamente às aquisições realizadas pelos destinatários; III - a que se referem os arts. 49, § 1º, e 50, relativamente às operações e prestações subseqüentes; IV - a que refere o art. 51, em relação a todas as operações; V - referidos no art. 52, quanto ao valor decorrente das diferenças a maior de peso ou preço, relativamente aos produtos gado de qualquer espécie ou carvão vegetal adquiridos neste Estado; VI - a que se refere o art. 53, em relação às prestações de serviço de transporte de mercadorias das quais sejam os remetentes. Parágrafo único. Nos casos dos incisos II e III, não tendo ocorrido a retenção pelo remetente situado em outro Estado, em virtude da sua não-inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado, o ICMS deve ser pago pelo estabelecimento que promova a entrada da mercadoria no território deste Estado. Art. 57. O regime de substituição tributária não se aplica nos casos em que o estabelecimento de produtor (art. 44, §§ 2º, I, e 3º): I - realize operações com mercadorias ou prestações de serviço, destinadas a: a) outra unidade da Federação ou ao exterior do País, ressalvado o disposto no art. 52; b) outro produtor; c) consumidor final ou a contribuinte não inscrito; d) qualquer estabelecimento, quando a este não tenha sido atribuída a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS devido; e) pessoa de direito público ou privado não-contribuinte ou não obrigada à inscrição estadual; II - transmita a propriedade de mercadoria depositada em seu nome: a) neste Estado, caso a mesma não transite pelo estabelecimento depositante ou deste tenha saído sem o pagamento do ICMS, salvo na hipótese em que caiba o diferimento; b) em outro Estado, caso a mesma não transite pelo estabelecimento depositante e deste tenha saído sem o pagamento do ICMS.

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Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o ICMS deve ser recolhido pelo remetente da mercadoria.

SEÇÃO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A SUJEIÇÃO PASSIVA

Art. 58. São irrelevantes para excluir a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária ou a decorrente da sua inobservância: I - a causa que, de acordo com o direito privado, exclua a capacidade civil da pessoa natural; II - o fato de se achar a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III - a irregularidade formal na constituição da pessoa jurídica de direito privado ou de firma individual, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional; IV - a inexistência de estabelecimento fixo e a sua clandestinidade ou a precariedade das suas instalações. Art. 59. As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento do ICMS não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

CAPÍTULO XII DO CADASTRO FISCAL E DA INSCRIÇÃO DO SUJEITO PASSIVO

Art. 60. Estão sujeitos à inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado: I - antes de iniciar as suas atividades: a) as pessoas arroladas no art. 44; b) o Armazém Geral, o armazém frigorífico, o silo e outros estabelecimentos de depósito, secagem ou beneficiamento; c) o representante comercial e o mandatário mercantil; d) aquele que em propriedade alheia produza e promova operação de circulação de mercadoria em seu próprio nome; e) aquele que preste, mediante utilização de bem pertencente a terceiros, serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; f) as demais pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado que pratiquem habitualmente, em nome próprio ou de terceiro, operações relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. II - antes de iniciar a retenção do ICMS: a) as pessoas arroladas nos arts. 48, II e III, e 49, § 1º; b) o remetente a que se refere o art. 48, I; c) os adquirentes referidos no art. 52. § 1º Cabe ao Regulamento disciplinar o momento, a forma, a concessão, a suspensão, o cancelamento e a baixa da inscrição cadastral.

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§ 2º A Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento pode: I - autorizar inscrição não obrigatória; II - dispensar a inscrição de determinados sujeitos passivos ou estabelecimentos; III - determinar a inscrição de estabelecimento ou pessoa que, embora não se revestindo da condição de contribuinte ou responsável, intervenha no mecanismo de circulação de mercadoria ou bem e no de prestação de serviços.

CAPÍTULO XIII DO LANÇAMENTO DO ICMS

Art. 61. O sujeito passivo deve realizar a atividade tendente ao lançamento do ICMS, compreendendo a emissão de documentos fiscais e o registro nos livros fiscais apropriados, permitido o uso de meio magnético, bem como outros procedimentos previstos na legislação, relativamente às operações realizadas ou aos serviços prestados. § 1º Cabe ao Regulamento dispor sobre a atividade de que trata este artigo. § 2º Opera-se o ato de lançamento do ICMS quando a autoridade fiscal, tomando conhecimento da atividade exercida pelo sujeito passivo, expressamente a homologa. § 3º O prazo para a homologação é de cinco anos contado da ocorrência do fato gerador. § 4º Expirado o prazo de que trata o parágrafo anterior sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologada a atividade realizada pelo sujeito passivo, operado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. § 5º A apuração do ICMS realizada mediante a execução da atividade a que se refere este artigo tem o efeito de confissão de dívida, relativamente ao saldo devedor. Art. 62. O sujeito passivo deve pagar o ICMS no prazo e na forma do Regulamento, independentemente de prévio exame, pela autoridade fiscal, da atividade a que se refere o artigo anterior. Parágrafo único. O pagamento do ICMS na forma deste artigo extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da ulterior homologação pela autoridade fiscal. Art. 63. O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício pela autoridade fiscal quando o sujeito passivo deixar de recolher o ICMS no prazo a que se refere o artigo anterior. Art. 64. O lançamento pode ser efetuado ainda com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, na forma do Regulamento.

CAPÍTULO XIV DA COMPENSAÇÃO DO ICMS

Art. 65. O ICMS é não cumulativo, compensando-se o devido em cada operação relativa à circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores por este ou por outro Estado. Art. 66. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do ICMS anteriormente cobrado em operações ou prestações de que tenham resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo fixo, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

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§ 1º O direito ao crédito, para efeito de compensação com o débito do ICMS, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, sendo o caso, à escrituração, nos prazos e condições do Regulamento. § 2º O lançamento de qualquer crédito do ICMS relativo a mercadorias entradas ou adquiridas ou a serviço recebido: I - deve ser feito no período em que se verificar a entrada da mercadoria ou o recebimento do serviço; II - quando não realizado no período a que se refere o inciso anterior, somente deve ser admitido nas condições dispostas no Regulamento. § 3º Sendo o ICMS destacado a maior no documento fiscal, o valor do crédito não compreende o correspondente ao excesso. § 4º O crédito é admitido somente após sanadas as irregularidades caracterizadas pela utilização de documento fiscal que: I - não seja o exigido para a respectiva operação ou prestação; II - não contenha as indicações necessárias à perfeita identificação da operação ou da prestação; III - apresente emendas ou rasuras que lhe prejudiquem a clareza. Art. 67. Além do lançamento em conjunto com os demais créditos, para efeito da compensação prevista nos arts. 65 e 66, o crédito resultante de operação de que decorra entrada de mercadoria destinada ao ativo fixo deve ser objeto de outro lançamento, em livro próprio, para a aplicação do disposto no art. 73. Parágrafo único. Pode o Regulamento, em substituição ao livro próprio, estabelecer outra forma de lançamento. Art. 67. A compensação a que se referem os arts. 65 e 66 deve ser realizada observando-se as restrições previstas no art. 73, relativamente ao crédito decorrente: (redação dada pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) I - da entrada de energia elétrica; II - do recebimento de serviço de comunicação; III - da entrada de mercadoria destinada ao ativo fixo. Parágrafo único. Para efeito de aplicação do disposto no inciso III do art. 73, o crédito a que se refere o inciso III deste artigo deve ser objeto de registro em livro próprio, além do registro em conjunto com os demais créditos, podendo o regulamento, em substituição ao livro próprio, estabelecer outra forma de registro. Art. 68. O direito à utilização do crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data da emissão do documento fiscal no qual o respectivo imposto foi destacado. Art. 69. Mediante Convênio, ou por autorização do Regulamento, pode ser facultada ao contribuinte a opção pelo abatimento de percentagem fixa, a título de montante do ICMS cobrado nas operações ou prestações anteriores. Art. 70. A entrada de mercadoria ou a utilização de serviço resultantes de operação ou prestação isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadoria ou serviço alheios à atividade do estabelecimento, não dão direito ao crédito do ICMS.

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Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento: I - veículos de transporte pessoal; II - artigos de decoração e enfeite, obras e objetos de arte; III - brindes; IV - coisas úteis e voluptuárias, nos termos da definição dada pela lei civil; V - qualquer outro bem que não se caracterize como essencial ao exercício da atividade. Art. 71. É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação de serviços a ele feita: I - para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, no caso em que a saída do produto resultante não seja tributada ou esteja isenta do ICMS, exceto se se tratar de saída para o exterior; II - para comercialização ou prestação de serviços, no caso em que a saída ou a prestação subseqüentes: a) não sejam tributadas ou estejam isentas do ICMS, exceto as destinadas ao exterior; b) estejam beneficiadas pela redução da base de cálculo do ICMS, hipótese em que a vedação é proporcional à redução. § 1º O não-creditamento a que se refere este artigo não impede a utilização do crédito vedado em operações posteriores, sujeitas ao ICMS, com a mesma mercadoria. § 2º O contribuinte que pratique operações tributadas com produtos agropecuários, posteriores às saídas de que tratam os incisos I e II do caput, pode, observado o disposto no Regulamento, utilizar o crédito correspondente ao imposto cobrado nas operações anteriores àquela de que decorreu a entrada dos referidos produtos no seu estabelecimento. § 3º Mediante ato da autoridade competente da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, pode ser vedado o lançamento do crédito, ainda que destacado em documento fiscal, no caso em que seja concedido por outra unidade da Federação qualquer benefício de que resulte exoneração ou devolução do tributo, total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou incondicionada, em desacordo com disposição de lei complementar nacional. Art. 72. O ICMS creditado deve ser estornado sempre que a mercadoria ou o bem entrados no estabelecimento ou o serviço por ele tomado: I - sejam objeto de saída ou prestação de serviço não tributadas ou isentas, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço; II - sejam objeto de saída ou prestação de serviço, com redução da base de cálculo, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço, hipótese em que o estorno deve ser proporcional à redução; III - sejam objeto de saída com base de cálculo inferior à das respectivas entradas, hipótese em que o estorno deve ser equivalente à diferença; IV - sejam integrados ou consumidos em processo de industrialização, no caso em que a saída do produto resultante não seja tributada ou esteja isenta do imposto;

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V - venham a ser utilizados visando fim alheio à atividade do estabelecimento; VI - venham a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. § 1º Havendo mais de uma aquisição e sendo impossível determinar a qual delas corresponde a mercadoria, o valor do crédito a ser estornado deve ser calculado mediante aplicação da alíquota vigente na data do estorno sobre o preço da aquisição mais recente. § 2º O estorno a que se refere este artigo não impede a utilização do crédito estornado em operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma mercadoria. § 3º Os créditos referentes a mercadoria ou serviço relativos a operação ou prestação destinadas ao exterior não são estornados. § 3º Os créditos referentes a mercadoria ou serviço relativos a operação ou prestação destinadas ao exterior e a operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos não são estornados. (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 4º Para os efeitos do disposto no parágrafo anterior, equipara-se às operações nele referidas a saída de mercadoria, realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: I - empresa comercial exportadora, inclusive trading ou outro estabelecimento da mesma empresa; II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. Art. 73. No caso de bem entrado no estabelecimento, destinado ao ativo fixo, o estorno do crédito deve ser feito na forma deste artigo. § 1º Deve ser estornado o crédito referente a bem alienado antes de decorrido o prazo de cinco anos contado da data da sua aquisição, hipótese em que o estorno é de vinte por cento por ano ou fração que faltar para completar o qüinqüênio. § 2º O crédito escriturado na forma disposta no art. 67 deve ser estornado, em qualquer período de apuração do imposto, no caso em que o bem seja utilizado na produção de mercadoria cuja saída resulte de operação isenta ou não tributada ou na prestação de serviços isentos ou não tributados. § 3º Em cada período, o montante do estorno previsto no parágrafo anterior é o obtido pela multiplicação, em relação a cada bem, do respectivo crédito pelo fator correspondente a um sessenta avos da relação entre a soma dos valores das operações e das prestações isentas e não tributadas e o total das operações e prestações no mesmo período. Para esse efeito, as operações e prestações com destino ao exterior equiparam-se às tributadas. § 4º O quociente de um sessenta avos é aumentado ou diminuído, proporcionalmente ao período, caso este seja superior ou inferior a um mês. § 5º O montante que resultar da aplicação do disposto nos §§ 2º, 3º e 4º deve ser lançado, como estorno de crédito, no livro próprio ou na forma do Regulamento. § 6º No fim do quinto ano contado da data do lançamento a que se refere o art. 67, o saldo remanescente do crédito deve ser cancelado de modo a não mais ocasionar estornos. Art. 73. Para efeito do disposto nos arts. 65 e 66, deve ser observado o seguinte, sem prejuízo, quanto aos incisos I e II do disposto no art. 72: (redação dada pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) I - somente dá direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento:

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a) quando a própria energia elétrica for objeto de operação de saída;

b) quando consumida no processo de industrialização;

c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais;

d) a partir de 1o de janeiro de 2007, desde que não sobrevenha norma dispondo ao contrário, nas demais hipóteses;

II - somente dá direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento:

a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;

b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais;

c) a partir de 1º de janeiro de 2007, desde que não sobrevenha norma dispondo ao contrário, nas demais hipóteses;

III - relativamente aos créditos decorrentes da entrada de mercadorias destinadas ao ativo fixo:

a) a apropriação deve ser feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;

b) em cada período de apuração do imposto, não é admitido o creditamento de que trata a alínea anterior, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;

c) para aplicação do disposto nas alíneas a e b, o montante do crédito a ser apropriado deve ser o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior;

c) para aplicação do disposto nas alíneas a e b, o montante do crédito a ser apropriado deve ser o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as operações de saídas e prestações com destino ao exterior e as operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

d) o quociente de um quarenta e oito avos deve ser proporcionalmente aumentado ou diminuído, caso o período de apuração seja superior ou inferior a um mês;

e) na hipótese de alienação dos bens do ativo fixo, antes de decorrido o prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não é admitido, a partir da data da alienação, o creditamento de que trata este inciso em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio;

f) ao final do quadragésimo oitavo mês contado da data de entrada do bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito deve ser cancelado. Art. 74. O Poder Executivo pode conceder ou vedar direito a crédito do imposto, bem como dispensar

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ou exigir o seu estorno, segundo o estabelecido em convênios celebrados com outros Estados. Art. 75. É vedada a restituição: I - ou a compensação do valor do ICMS que tenha sido utilizado como crédito pelo estabelecimento destinatário; II - do saldo de crédito existente na data do encerramento das atividades de qualquer estabelecimento.

CAPÍTULO XV DA APURAÇÃO DO ICMS

Art. 76. As obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o período de apuração e são liquidadas por compensação ou mediante pagamento em dinheiro como disposto neste artigo: I - as obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante dos créditos escriturados no mesmo período mais o saldo credor de período ou períodos anteriores, sendo o caso; II - se o montante dos débitos do período superar o dos créditos, a diferença deve ser liquidada no prazo do Regulamento; III - se o montante dos créditos superar o dos débitos, a diferença pode ser transportada para o período seguinte. § 1º Cabe ao Regulamento dispor sobre o período de apuração e a utilização de saldos credores em hipóteses diferentes das previstas no § 3º. § 1º Cabe ao regulamento dispor sobre o período de apuração e a utilização de saldos credores em hipóteses diferentes das previstas nos §§ 2º e 3º. (redação dada pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) § 2º Para o efeito da aplicação do disposto neste artigo, os débitos e créditos devem ser apurados em cada estabelecimento do sujeito passivo. § 2º Para efeito da aplicação do disposto neste artigo, os débitos e os créditos devem ser apurados em cada estabelecimento do sujeito passivo, podendo, os saldos credores e devedores, nos termos do regulamento, serem compensados entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no Estado. (redação dada pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) § 3º Saldos credores acumulados, por estabelecimentos que realizem as operações e as prestações de que tratam o art. 6º, I e § 1º, e o art. 8º, podem ser, na proporção que estas saídas representem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento: § 3º Saldos credores acumulados, por estabelecimentos que realizem as operações e as prestações de que trata o art. 6º, I e § 1º, podem ser, na proporção que estas saídas representem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento: (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado; II - após a imputação e havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros contribuintes deste Estado, mediante a emissão, pela autoridade fiscal que o Regulamento designar, de documento pelo qual seja reconhecido o crédito. Art. 77. O Regulamento pode estabelecer que o ICMS seja apurado: I - por mercadoria ou serviço, dentro de determinado período;

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II - por mercadoria ou serviço, à vista de cada operação ou prestação; III - pelo regime de estimativa, para um determinado período, devendo o imposto ser pago em parcelas periódicas, assegurado ao sujeito passivo o direito de impugnar o seu enquadramento no referido regime, instaurando processo contraditório, na forma do Regulamento, sem a necessidade da aplicação das regras do contencioso administrativo. Art. 78. O enquadramento no regime de estimativa pode ser feito em face do porte do estabelecimento ou da categoria ou setor de atividade a que ele pertença. § 1º Os feirantes, bem como as pessoas que só praticam operações em períodos determinados, tais como finados, festas carnavalescas, juninas ou natalinas e outros acontecimentos ou comemorações, em estabelecimentos provisórios, fixos ou volantes, devem pagar o ICMS por estimativa. § 2º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, o Fisco pode, a qualquer tempo, promover o enquadramento no regime de estimativa ou suspender a sua aplicação, relativamente a qualquer estabelecimento. § 3º O Fisco pode rever os valores estimados para determinado período e, sendo o caso, reajustar as prestações subseqüentes à revisão. § 4º No caso do parágrafo anterior, havendo reajuste, para mais, do valor das parcelas, a diferença, relativamente às parcelas anteriores, fica absorvida pela apuração a que se refere o artigo seguinte. § 5º Feito o enquadramento no regime de estimativa, o contribuinte deve ser notificado do montante do ICMS estimado para o período e do valor de cada parcela. § 6º As reclamações e recursos relacionados com o enquadramento no regime de estimativa não têm efeito suspensivo. § 7º O enquadramento a que se refere este artigo não dispensa o sujeito passivo do cumprimento de obrigações acessórias. Art. 79. O estabelecimento enquadrado no regime de estimativa deve apurar, no período fixado no Regulamento, os valores efetivos das operações relativas a entradas e saídas de mercadorias e das prestações de serviços ocorridas durante o respectivo período e o saldo do ICMS correspondente a essas operações ou prestações. § 1º O valor correspondente à diferença verificada entre o montante recolhido e o saldo apurado: I - se favorável ao Estado, deve ser recolhido independentemente de qualquer iniciativa fiscal; II - se favorável ao contribuinte, pode ser compensado em períodos subseqüentes. § 2º Suspensa a aplicação do regime de estimativa ou ocorrido o encerramento da atividade do estabelecimento, antecipa-se o cumprimento da obrigação prevista no caput deste artigo, hipótese em que o valor relativo à diferença verificada entre o montante recolhido e o apurado: I - se favorável ao Estado, deve ser recolhido independentemente de qualquer iniciativa fiscal; II - se favorável ao contribuinte, pode ser: a) compensado em períodos futuros, no caso de desenquadramento; b) objeto de pedido de restituição, observado o disposto no art. 274, no caso de cessação da atividade. § 3º Qualquer compensação ou restituição de que trata este artigo não impede o levantamento fiscal

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nem a sua revisão, caso se constate falsidade, erro, omissão ou inexatidão nos dados declarados. Art. 80. No caso do regime de substituição tributária, relativamente às operações subseqüentes, o ICMS devido por substituição tributária corresponde à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas deste Estado sobre a respectiva base de cálculo e o valor devido pela operação ou prestação própria do substituto.

CAPÍTULO XVI DAS INFORMAÇÕES FISCAIS

Art. 81. As pessoas que realizem operações de circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ou nelas intervenham, independentemente de incidência, imunidade, não-incidência, isenção ou remissão do ICMS, ou da forma e do prazo de seu lançamento, escrituração e recolhimento, devem declarar, segundo o Regulamento: I - periodicamente, o valor de suas operações ou prestações, demonstrando a apuração do imposto; II - anualmente, o valor das entradas e saídas de mercadorias ou bens importados e o da prestação e o do recebimento de serviços. Art. 81-A. As administradoras de cartão de crédito ou de débito e os estabelecimentos similares são obrigados a prestar, no prazo e na forma estabelecidos em regulamento, as informações relativas às operações de crédito e de débito que realizarem, vinculadas às operações ou prestações realizadas por contribuintes deste Estado. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Parágrafo único. Das informações previstas no caput, não poderão constar quaisquer dados relativos às pessoas físicas clientes dos estabelecimentos contribuintes de ICMS do Estado de Mato Grosso do Sul, vedada a divulgação dessas informações para qualquer finalidade e por qualquer meio, observadas as normas contidas nos incisos X e XII do art. 5º da Constituição Federal e no art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), com redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 10 de janeiro de 2001. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 81-B Nos casos de prestações de informações ao Fisco, por administradoras de cartões de créditos ou de débitos e por estabelecimentos similares, assim como por administradoras de shoppings centers, as informações: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - devem ser prestadas de forma ou modo englobalizado; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - podem ser prestadas por período; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) III - não podem identificar os adquirentes das mercadorias ou os tomadores dos serviços. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 82. O contribuinte sob regime de estimativa, o produtor rural, os não obrigados à apuração ou recolhimento periódicos do ICMS e os não sujeitos à escrita fiscal, em relação às aquisições de mercadorias oriundas de outros Estados e destinadas a consumo ou a ativo fixo, e à utilização de serviço cuja prestação tenha se iniciado em outro Estado e não esteja vinculado a operação ou prestação subseqüente, independentemente de outras operações ou prestações, devem, na forma e prazo do Regulamento: I - declarar, à Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, as referidas aquisições de mercadorias e utilização de serviço; II - recolher o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna deste Estado, aplicável a operação ou prestação, e aquela aplicada a operação ou prestação interestadual, no Estado de origem da mercadoria ou do serviço.

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Parágrafo único. O não-cumprimento das regras deste artigo enseja a aplicação do disposto nos arts. 86 e 87.

CAPÍTULO XVII

DO PAGAMENTO DO ICMS Art. 83. O ICMS deve ser pago na forma e no prazo do Regulamento. § 1º É admitida a distinção de prazos em face de categorias, grupos ou setores de atividades econômicas. § 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, quanto ao ICMS cuja apuração decorra da atividade a que se referem os arts. 61 e 62, realizada pelo sujeito passivo. Art. 84. O pagamento do ICMS pode ser exigido: I - antecipadamente, com a fixação, sendo o caso, do valor da operação ou da prestação subseqüentes; II - antes da entrega ou remessa da mercadoria ou do início da prestação, nas operações e prestações realizadas por contribuintes submetidos a regime especial de fiscalização; III - no momento da entrada da mercadoria no território deste Estado, na repartição fiscal mais próxima do local da entrada ou, no caso de transporte aéreo, do desembarque, na hipótese a que se refere o parágrafo único do art. 56. § 1º Incluem-se no disposto no inciso I os casos em que o contribuinte: I - só efetue operações ou prestações durante períodos determinados, em caráter eventual ou transitório; II - não esteja regularmente inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado. § 2º A cobrança antecipada do ICMS, relativamente a mercadorias destinadas a comercialização ou industrialização neste Estado: I - pode limitar-se ao valor que resultar da aplicação da diferença entre a alíquota interna vigente neste Estado e a alíquota interestadual vigente no Estado de origem da mercadoria, sobre o valor que serviu de base de cálculo para sua cobrança naquele Estado; II - deve ser feita, na hipótese do inciso anterior: a) sem prejuízo do cumprimento das regras estabelecidas nos arts. 61 e 62 e, após a ocorrência da operação subseqüente, do recolhimento do valor complementar; b) na forma como dispuser o Regulamento. Art. 85. O pagamento do ICMS deve ser feito por meio de documento: I - instituído ou aprovado pela Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento; II - fornecido ou preenchido pela Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, hipótese em que deve ser cobrada indenização pelo fornecimento ou preenchimento. Parágrafo único. O pagamento do ICMS deve ser efetuado nas repartições fazendárias, em instituições financeiras ou órgãos, devidamente credenciados pela Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento.

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CAPÍTULO XVIII DA TRANSCRIÇÃO DO ICMS NÃO PAGO NO PRAZO

Art. 86. Quando não pago no prazo do Regulamento, o ICMS apurado pelo próprio sujeito passivo deve ser transcrito pelo Fisco. § 1º No termo de transcrição deve constar o valor das operações ou prestações e o demonstrativo da apuração do ICMS. § 2º O sujeito passivo deve ser cientificado do ato de transcrição. Art. 87. O ICMS transcrito na forma do artigo anterior: I - é exigível independentemente da lavratura de Auto de Infração ou de intimação ou notificação fiscais (art. 61, § 5º); II - quando não pago até o vigésimo dia contado da data da ciência do sujeito passivo (art. 86, § 2º), deve ser inscrito na Dívida Ativa, sem prejuízo da aplicação da penalidade e dos acréscimos cabíveis, ressalvado o disposto nos §§ 1º e 2º. § 1º Somente se admite revisão do ICMS transcrito no caso de erro de cálculo ou de apuração e desde que comprovado no prazo a que se refere o inciso II. § 2º Na hipótese do parágrafo anterior: I - feita a revisão, o sujeito passivo deve ser cientificado do seu resultado; II - quando não pago até o quinto dia contado da data da ciência a que se refere o inciso anterior, o ICMS transcrito e revisto deve ser inscrito na Dívida Ativa, sem prejuízo da aplicação da penalidade e dos acréscimos cabíveis.

CAPÍTULO XIX

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 88. Para os efeitos tributários, são considerados: I - mercadoria - todo e qualquer bem móvel, novo ou usado, animal vivo, produto in natura, acabado ou semi-acabado, matéria-prima, produto intermediário, material de embalagem ou de acondicionamento e de uso ou consumo e energia elétrica, bem como tudo aquilo destinado a utilização, em caráter duradouro ou permanente, na instalação, equipamento ou exploração de estabelecimento; II - máquina, aparelho e equipamento e suas peças e partes - os produtos da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); III - industrialização - qualquer operação modificativa da natureza, do funcionamento, do acabamento, da apresentação ou da finalidade do produto ou do seu aperfeiçoamento para o consumo, tal como aquela que: a) exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, resulte na obtenção de espécie nova (transformação); b) importe modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); c) consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma (montagem);

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d) importe alterar a apresentação do produto, pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destinar apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); e) exercida sobre o produto usado ou partes remanescentes de produto deteriorado ou inutilizado, renove-o ou restaure-o para utilização (renovação ou recondicionamento); IV - semi-elaborado - o produto assim definido na legislação específica. Art. 89. Para os efeitos da legislação estadual: I - são extensivas ao Distrito Federal, as referências genéricas feitas aos Estados ou a outro Estado; II - quando cabível, entendem-se também como relativas às prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação as referências feitas às operações relativas à circulação de mercadorias.

CAPÍTULO XX DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

SEÇÃO ÚNICA

DOS LIVROS E DOCUMENTOS FISCAIS Art. 90. Os contribuintes devem, relativamente a cada um de seus estabelecimentos: I - emitir documentos fiscais, conforme as operações que realizem, ainda que não tributadas ou isentas do ICMS; II - manter escrita fiscal destinada ao registro das operações efetuadas, ainda que não tributadas ou isentas do ICMS. § 1º O Regulamento deve estabelecer os modelos de documentos e livros fiscais, a forma e os prazos de emissão de documentos fiscais e de escrituração de livros fiscais, podendo, ainda, dispor sobre a dispensa ou a obrigatoriedade de manutenção de determinados equipamentos, documentos ou livros fiscais, tendo em vista a atividade econômica do estabelecimento ou a natureza das respectivas operações. § 2º Nos documentos fiscais referentes a operações não tributadas ou isentas do ICMS, deve ser indicado o dispositivo legal que prevê a exoneração tributária. § 3º Os documentos e livros das escritas fiscal e comercial são de exibição obrigatória ao Fisco e devem ser conservados: I - pelo prazo de cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador; II - pelo mesmo prazo do inciso anterior, contado da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, observado o disposto no inciso seguinte; III - até a data da solução definitiva do litígio, sempre que os documentos e/ou livros tenham servido de base para a exigência fiscal impugnada. § 4º Para efeito do parágrafo anterior, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes da obrigação de exibir, ou limitativas do direito do Fisco de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos contribuintes. Art. 91. Em casos especiais e com o objetivo de facilitar ou de compelir a observância da legislação

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tributária, as autoridades que o Regulamento designar podem determinar, a requerimento do interessado ou "ex offício", a adoção de regime especial para o cumprimento das obrigações fiscais pelo contribuinte. Art. 92. Os contribuintes do ICMS devem cumprir as obrigações acessórias que tenham por objeto prestações positivas ou negativas, previstas na legislação. § 1º O disposto neste artigo, salvo disposição em contrário, aplica-se às demais pessoas obrigadas a inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. § 2º Todo aquele que se dedicar à produção, criação, recriação e invernagem, deve registrar a marca que identifique o gado de sua propriedade. § 3º O registro da marca de propriedade do gado a que se refere o parágrafo anterior, deve ser feito na repartição fiscal do Município onde estiver inscrito o contribuinte. § 4º O contribuinte que adquirir brindes para distribuição direta a consumidor ou usuário final, deve observar as normas disciplinadas no Regulamento, considerando-se como brinde a mercadoria que, não constituindo objeto normal da atividade explorada, tenha sido adquirida para distribuição gratuita. Art. 93. Considera-se documentação fiscal inidônea, para os efeitos desta Lei, a que: I - tenha sido confeccionada sem a respectiva Autorização de Impressão de Documentos Fiscais; II - embora revestida das formalidades legais, tenha sido utilizada para fraude comprovada; III - consigne transmitente fictício; IV - indique como destinatário estabelecimento diverso daquele que registrou, ainda que pertençam ambos ao mesmo titular; V - emitida após o cancelamento da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, nos casos previstos; VI - emitida em flagrante inobservância das demais normas de controle das obrigações acessórias previstas na legislação tributária no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos; VII - esteja sendo utilizada no trânsito da respectiva mercadoria ou bem, fora do seu prazo de validade. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Parágrafo único. O disposto no inciso VII deste artigo não se aplica nas hipóteses em que se comprove ter havido circunstância que impossibilitou a revalidação, na forma prevista na legislação, do respectivo documento fiscal. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

CAPÍTULO XXI DA APREENSÃO DE BENS E DOCUMENTOS

Art. 94. Ficam sujeitos à apreensão os bens móveis existentes em estabelecimento comercial, industrial ou produtor, ou em trânsito, que constituam material de infração à legislação tributária. § 1º A apreensão pode ser feita, ainda, nos seguintes casos: I - quando transportadas ou encontradas mercadorias sem as vias dos documentos fiscais que devam acompanhá-las ou, ainda, quando encontradas em local diverso do indicado na documentação fiscal; II - quando houver evidência de fraude, relativamente aos documentos fiscais que acompanhem as mercadorias no seu transporte;

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III - quando estiverem as mercadorias em poder de contribuintes que não provem, quando exigida, a regularidade de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. § 2º Havendo prova ou suspeita fundada de que os bens do infrator se encontrem em residência particular ou estabelecimento de terceiro, devem ser promovidas buscas e apreensões judiciais, sem prejuízo das medidas necessárias para evitar sua remoção clandestina. Art. 95. Podem, também, ser apreendidos os livros, documentos e papéis, que constituam provas de infração à legislação tributária. Art. 95. Podem, também, ser apreendidos livros e equipamentos que possibilitem o registro ou o processamento de dados, inclusive Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), documentos e papéis, programas ou arquivos eletrônicos, que constituam provas de infração à legislação tributária. (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) Art. 96. Da apreensão administrativa deve ser lavrado termo, assinado pelo detentor do bem apreendido ou, na sua ausência ou recusa, por duas testemunhas e, ainda, sendo o caso, pelo depositário designado pela autoridade que fizer a apreensão. § 1º Uma das vias do termo deve ser entregue ao detentor dos bens apreendidos e outra, ao seu depositário. § 2º Quando se tratar de mercadoria de fácil deterioração, essa circunstância deve ser expressamente mencionada no termo. Art. 97. Os bens apreendidos devem ser depositados em repartição pública ou, a juízo da autoridade que fizer a apreensão, em mãos do próprio detentor, se for idôneo, ou de terceiros.

CAPÍTULO XXII DA DEVOLUÇÃO

Art. 98. A devolução dos bens apreendidos pode ser feita quando, a critério do Fisco, não houver inconveniente para comprovação da infração. § 1º Quando se tratar de documentos e livros, deles deve ser extraída, a juízo da autoridade fiscal, cópia autêntica, total ou parcial. § 2º A devolução de mercadorias somente deve ser autorizada se o interessado, dentro de cinco dias contados da apreensão, exibir elementos que facultem a verificação do pagamento do ICMS porventura devido ou, se for o caso, elementos que provem a regularidade da situação do contribuinte ou da mercadoria perante o Fisco, e após o pagamento, em qualquer caso, das despesas de apreensão. § 3º Se as mercadorias forem de rápida deterioração, o prazo deve ser de 48 horas, salvo se outro, menor, for fixado no Termo de Apreensão, à vista do estado ou natureza das mercadorias. § 4º O risco do perecimento natural ou da perda de valor da coisa apreendida é do proprietário ou detentor da mercadoria no momento da apreensão. Art. 99. Findo o prazo previsto para a devolução das mercadorias, deve ser iniciado o processo destinado a levá-las à venda em leilão público para pagamento do ICMS devido, da multa e da despesa de apreensão. Parágrafo único. Se as mercadorias forem de rápida deterioração, findo o prazo do art. 98, § 3º, devem ser avaliadas pela repartição fiscal e distribuídas a casas ou instituições de beneficência, caridade ou de assistência social, mediante recibo.

CAPÍTULO XXIII DA LIBERAÇÃO

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Art. 100. A liberação das mercadorias apreendidas pode ser promovida até o momento da realização do leilão ou da distribuição referida no art. 99, parágrafo único, desde que o interessado deposite importância equivalente ao valor do ICMS devido, da multa aplicável e da despesa de apreensão ou recolha o débito fiscal exigido no Auto da Infração e Apreensão. § 1º Se o interessado na liberação for industrial ou comerciante, com estabelecimento fixo localizado neste Estado, o depósito pode ser substituído por garantia idônea, real ou fidejussória, correspondente ao mesmo valor. § 2º As mercadorias devolvidas ou liberadas somente devem ser entregues mediante recibo passado pela pessoa cujo nome figurar no Termo de Apreensão como seu proprietário ou detentor no momento da apreensão, ressalvados os casos de mandatos escritos e de prova inequívoca da propriedade, feita por outrem.

CAPÍTULO XXIV DO LEILÃO DE MERCADORIAS

Art. 101. As mercadorias que não forem retiradas ou liberadas dentro de sessenta dias, a contar da data da apreensão ou do julgamento definitivo do processo fiscal, devem ser consideradas abandonadas e vendidas em leilão, na forma prevista nesta Lei e em Resolução do Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento. Art. 102. A realização do leilão deve ser autorizada pelo Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, no processo da apreensão. Art. 103. O leilão deve ser realizado, preferencialmente, por leiloeiro oficial, designado ou credenciado pela Junta Comercial do Estado, a pedido da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento. Art. 104. Compete ao leiloeiro, além de outras atribuições: I - promover a formação de lotes dos bens ou mercadorias a leiloar e a respectiva avaliação; II - providenciar a publicação dos editais e anúncios públicos; III - receber os valores objetos das arrematações, repassando-os ao Erário Estadual no prazo máximo de 48 horas após o término do leilão; IV - entregar os produtos arrematados somente ao licitante que maior lance oferecer; V - devolver à Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento os bens ou mercadorias porventura não arrematados. Parágrafo único. Na avaliação dos bens ou mercadorias a leiloar, deve ser tomado por base o seu preço corrente no mercado atacadista da praça, na data da realização daquele ato. Art. 105. Deve ser publicado no Diário Oficial do Estado, e afixado na repartição fiscal, edital marcando o local, o dia e a hora para a realização do leilão em primeira e segunda praças, discriminando as mercadorias que serão oferecidas à licitação. Parágrafo único. O edital deve ser publicado e afixado com antecedência mínima de oito dias da data de realização do leilão. Art. 106. O leiloeiro deve agir em nome do Poder Público Estadual, impedindo as arrematações nos casos em que: I - os lances não tenham atingido o valor da avaliação;

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II - ocorra denúncia ou mesmo suspeita de conluio entre licitantes para a obtenção dos bens ou mercadorias a preços baixos, hipótese na qual deve ser suspenso o leilão e comunicado o fato à Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento. Art. 107. O leilão deve ser realizado observando-se as normas legais apropriadas, cabendo ao leiloeiro a comissão legal ou regulamentar. Parágrafo único. Quando determinado pela Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, o leiloeiro pode cobrar do arrematante o valor da armazenagem, recolhendo-o em favor do Tesouro Estadual. Art. 108. Os bens ou mercadorias não arrematados em primeira e segunda praças devem ser devolvidos à Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento que, mediante as cautelas devidas, pode: (ver Lei nº 3.346, de 27 de dezembro de 2006) I - incorporá-los ao seu patrimônio ou transferi-los para os demais órgãos públicos estaduais, se deles houver necessidade; II - promover a sua doação a entidades beneficentes, quando não for possível transferi-los a órgãos estaduais; III - realizar a sua venda, mediante oferta por carta-convite a pelo menos três interessados, quando não for possível proceder-se de conformidade com as disposições dos incisos anteriores. Art. 109. No ato da arrematação, o arrematante deve pagar vinte por cento do valor da venda e assinar documento responsabilizando-se pelo recolhimento do saldo, dentro de 48 horas. Parágrafo único. Caso não efetue o pagamento no prazo estipulado, o arrematante perde a quantia correspondente ao sinal, que deve ser convertida em receita. Art. 110. A entrega das mercadorias ao arrematante somente deve ser feita após o pagamento do valor total da arrematação. Art. 111. A importância depositada para liberação das mercadorias apreendidas ou o produto da sua venda em leilão ficam em poder do Fisco até o término do processo administrativo; findo este, da referida importância devem ser deduzidos a multa aplicada, o ICMS acaso devido e a despesa da apreensão, devolvendo-se o saldo, se houver, ao interessado; se o saldo for desfavorável a este, o pagamento da diferença deve ser feito no prazo de dez dias contados da notificação.

CAPÍTULO XXV DO LEVANTAMENTO FISCAL

Art. 112. O movimento real tributável realizado pelo estabelecimento em determinado período poder ser apurado através do levantamento fiscal, em que devem ser considerados o valor das mercadorias entradas, o das mercadorias saídas, o dos estoques, inicial e final, as despesas, outros encargos e o lucro do estabelecimento, como ainda outros elementos informativos. Art. 112. O movimento real tributável realizado pelo estabelecimento em determinado período pode ser apurado mediante levantamento fiscal em que devem ser considerados, conjunta ou isoladamente, conforme a necessidade, o valor das mercadorias entradas, o das mercadorias saídas, o dos estoques, inicial e final, as despesas, outros encargos e o lucro do estabelecimento, podendo ser considerados ainda outros elementos informativos. (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de julho de 2000) § 1º No levantamento fiscal podem ser usados quaisquer meios indiciários, bem como aplicados coeficientes médios de lucro bruto ou de valor acrescido e de preços unitários, consideradas a atividade econômica, a localização e a categoria do estabelecimento.

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§ 2º O levantamento fiscal pode ser renovado sempre que forem apurados dados não considerados quando de sua elaboração. § 3º O ICMS devido sobre a diferença apurada em levantamento fiscal deve ser calculado mediante a aplicação da alíquota vigente na data da ocorrência do fato gerador e exigido mediante Auto de Infração, nos termos do contencioso administrativo fiscal. § 4º No caso de levantamento fiscal por espécie, comprovada a ocorrência da saída da mercadoria e não existindo documentação fiscal relativa a sua origem, presume-se que a sua entrada no estabelecimento ocorreu desacompanhada dessa documentação fiscal. (acrescentado pela Lei nº 2.534, de 21 de dezembro de 2002)

CAPÍTULO XXVI

DA PAUTA DE VALORES MÍNIMOS Art. 113. O valor mínimo das operações tributáveis pode ser fixado em pauta de referência fiscal expedida pela Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento. § 1º A pauta pode ser modificada a qualquer tempo, para a inclusão ou exclusão das mercadorias. § 2º A pauta pode ser aplicada em uma ou mais regiões do Estado, variar de acordo com a região em que deva ser aplicada e ter seu valor atualizado sempre que necessário.

CAPÍTULO XXVII DO ARBITRAMENTO FISCAL

Art. 114. Independentemente de outras hipóteses, o valor das operações pode ser arbitrado pela autoridade fiscal, sem prejuízo de aplicação das penalidades cabíveis, nos seguintes casos: I - não exibição, ao fisco, dos elementos necessários à comprovação do valor da operação, inclusive nos casos de perda ou extravio dos livros ou documentos fiscais ou de embaraço à fiscalização; II - fundada suspeita de que os documentos fiscais não refletem o valor real da operação; III - declaração, nos documentos fiscais, de valores notoriamente inferiores ao preço corrente das mercadorias; IV - entrega, remessa, recebimento, estocagem, depósito, transporte, posse ou propriedade de mercadorias desacompanhadas de documentos fiscais. V - utilização irregular de Máquina Registradora, Terminal Ponto de Venda ou Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou de qualquer outro equipamento cujo uso esteja previsto na legislação, para controle de operações de saída ou de prestações de serviço; (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) V - falta de utilização ou utilização irregular de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou de qualquer outro equipamento cujo uso esteja previsto na legislação, para controle de operações de saída ou de prestações de serviço; (redação dada pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) VI - manutenção, no recinto de atendimento ao público, sem autorização do Fisco, de equipamentos que não se enquadrem na hipótese do inciso anterior, para controle de operações mercantis ou prestações de serviço ou que emitam cupom ou documento que possam confundir-se com cupom fiscal. (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) Parágrafo único. O arbitramento de que trata este artigo, incluindo os casos de sonegação, deve ser realizado com observância dos requisitos dispostos no art. 112, § 1º. Parágrafo único. O arbitramento de que trata este artigo, incluindo os casos de sonegação, deve ser

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realizado com observância dos requisitos dispostos no art. 112, § 1º, podendo, nas hipóteses dos incisos V e VI deste artigo, ser realizado com base nos registros efetuados nos próprios equipamentos em uso, mesmo que irregular, pelo contribuinte. (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000)

CAPÍTULO XXVIII

DO SISTEMA ESPECIAL DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO Art. 115. O contribuinte pode ser submetido a sistema especial de controle e fiscalização, quando: I - forem julgados insatisfatórios os elementos constantes nos seus documentos ou livros fiscais ou comerciais; II - enquadrado nas hipóteses previstas no art. 114; III - notificado para exibir livros e documentos, não o fizer nos prazos concedidos para isto; IV - utilizar, em desacordo com as finalidades previstas na legislação, livro ou documento, bem como alterar lançamento neles efetuado ou declarar valor notadamente inferior ao preço corrente da mercadoria ou de sua similar; V - deixar de entregar, por período superior a sessenta dias, documento ou declaração exigida pela legislação; VI - deixar de recolher ICMS devido, nos prazos estabelecidos na legislação; VII - for constatado indício de infração à legislação, mesmo no caso de decisão final em processo que conclua pela não exigência do crédito tributário respectivo, por falta ou insuficiência de elementos probatórios. § 1º O disposto no inciso IV deste artigo aplica-se aos casos de emissão de documentos fiscais por meio de Máquina Registradora, bem como aos de uso indevido desta. § 1º O disposto no inciso IV deste artigo aplica-se também aos casos de: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) I - emissão de documentos fiscais por Máquina Registradora, Terminal Ponto de Venda, Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou por qualquer outro equipamento cujo uso esteja previsto na legislação, para controle de operações de saída ou de prestações de serviço; II - emissão de documentos fiscais ou escrituração de livros fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados; III - uso indevido dos equipamentos ou do sistema a que se referem os incisos anteriores. § 2º O sistema especial de controle e fiscalização consiste em: I - plantão permanente no estabelecimento; II - prestação periódica, pelo contribuinte, de informações relativas às operações realizadas em seu estabelecimento, para fins de comprovação do recolhimento do ICMS devido; III - proibição de o contribuinte emitir documentos fiscais relativos às saídas de mercadorias que promover, obrigando-se a usar os livros ou documentos que o Fisco determinar; IV - sujeição a regime especial de recolhimento do ICMS. § 3º As medidas previstas no parágrafo anterior podem ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, em

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relação a um contribuinte ou a vários da mesma atividade econômica, por tempo suficiente à normalização do cumprimento das obrigações tributárias ou fiscais. § 4º A imposição do sistema previsto neste artigo não prejudica a aplicação de quaisquer penalidades previstas na legislação tributária. Art. 116. Compete ao Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento baixar os atos que se fizerem necessários à aplicação do disposto neste Capítulo.

CAPÍTULO XXIX DAS PENALIDADES

Art. 117. O descumprimento de obrigações principal e acessórias, instituídas pela legislação do ICMS, sujeita o infrator às seguintes multas punitivas: I - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O PAGAMENTO DO IMPOSTO: a) falta de pagamento do imposto, quando tenham sido emitidos regularmente os documentos fiscais, porém, sem a devida escrituração ou apuração nos livros ou documentos fiscais apropriados - MULTA equivalente a cem por cento do valor do imposto devido; b) falta de pagamento do imposto por erro de aplicação de alíquota ou determinação da base de cálculo ou, ainda, erro na apuração ou no recolhimento do imposto - MULTA equivalente a cem por cento do valor do imposto devido; c) falta de pagamento do imposto pelas saídas de mercadorias, pelas entradas ou recebimentos de mercadorias e bens importados e pelas prestações de serviços, todos tributados mas havidos pelo contribuinte ou escriturados como imunes, isentos ou não tributados - MULTA equivalente a 125% do valor do imposto devido; d) falta de pagamento do imposto nos casos em que, indicada a Zona Franca como local de destino da mercadoria, ou outra localidade que, como destino das mercadorias, importe, nos termos da legislação vigente, no mesmo tratamento tributário, por qualquer causa esta não tenha lá chegado, tenha sido reintroduzida no mercado interno do País ou, ainda, quando não tenha havido comprovação do seu ingresso na referida Zona ou localidade - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; e) falta de pagamento do imposto cujas operações, inclusive aquisições, ou prestações estejam submetidas ao regime de substituição tributária - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; f) falta de pagamento do imposto em virtude de declaração em guia de informação ou em documento que a substitua, com o imposto a recolher em valor inferior àquele escriturado ou apurado nos livros ou documentos fiscais apropriados - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto não declarado e não recolhido; g) falta de pagamento do imposto correspondente à diferença entre as alíquotas interna e interestadual, em decorrência de aquisição de mercadorias para integrar o ativo fixo ou para uso ou consumo do próprio estabelecimento ou de utilização de serviço de transporte dessas mercadorias - MULTA equivalente a 100% do valor do imposto devido; h) falta de pagamento do imposto nas hipóteses em que não tenham sido emitidos os documentos fiscais - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; h-1) falta de pagamento do imposto nas hipóteses em que não tenham sido emitidos os documentos fiscais e essa infração seja detectada durante o trânsito das mercadorias ou dos bens objeto da respectiva operação - MULTA equivalente a cinqüenta por cento do valor da operação, aplicável ao contribuinte, sem prejuízo da aplicação da multa de vinte por cento do valor da operação, prevista na alínea a do inciso III deste artigo, aplicável ao transportador; (acrescentada pela Lei nº 2.596, de 26 de

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dezembro de 2002) (revogada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) i) falta de pagamento do imposto em decorrência da adulteração ou da falsificação de documento ou livro fiscal ou, ainda, da utilização de documento fiscal falso - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; j) falta de pagamento do imposto em razão da utilização de documento fiscal com numeração ou seriação em duplicidade ou que consigne valores diferentes nas respectivas vias - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; l) falta de pagamento do imposto em razão da emissão ou do recebimento de documento fiscal que consigne importância inferior ao valor efetivo da operação ou da prestação - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; m) falta de pagamento do imposto em decorrência da utilização de documento fiscal em mais de uma operação ou prestação - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; n) falta de pagamento do imposto em decorrência da internação, no território de Mato Grosso do Sul, de mercadoria ou bem importado do exterior indicados documentalmente como em trânsito para outra unidade da Federação - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; o) falta de pagamento do imposto quando, indicada no documento fiscal outra unidade da Federação como destinatária da mercadoria, esta não tenha saído do território de Mato Grosso do Sul - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; o) falta de pagamento do imposto quando, indicada no documento fiscal outra unidade da Federação como destinatária da mercadoria, esta não tenha saído do território de Mato Grosso do Sul, inclusive na hipótese de que trata o § 5º do art. 5º - MULTA equivalente a duzentos por cento do valor do imposto devido; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) p) falta de pagamento do imposto cuja operação tenha sido indicada como sendo de exportação para o exterior, sem que a exportação tenha sido efetivamente realizada ou comprovada a sua realização - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; p) falta de pagamento do imposto cuja operação tenha sido indicada como sendo de exportação para o exterior, sem que a exportação tenha sido efetivamente realizada ou comprovada a sua realização, inclusive na hipótese de que trata o § 5o do art. 5o - MULTA equivalente a duzentos por cento do valor do imposto devido; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) p) falta de pagamento do imposto cuja operação tenha sido indicada como sendo de exportação para o exterior, ou de remessa destinada à formação de lote em porto de embarque localizado neste ou em outro Estado, para o fim específico de exportação para o exterior, ou de saída com o fim específico de exportação para o exterior destinada à empresa comercial exportadora, a outro estabelecimento do próprio contribuinte remetente, pelo qual se promova a exportação ou a armazém alfandegado ou a entreposto aduaneiro, sem que a exportação tenha sido efetivamente realizada ou comprovada a sua realização, inclusive na hipótese de que trata o § 5º do art. 5º - MULTA equivalente a duzentos por cento do valor do imposto devido; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) q) falta de pagamento, total ou parcial, do imposto correspondente ao saldo devedor de parcelamento deferido com redução de penalidade - MULTA equivalente a quarenta por cento do saldo devedor, sem prejuízo da reincorporação ao referido saldo do valor da penalidade antes reduzido; (revogada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) r) falta de pagamento, total ou parcial, do imposto correspondente ao saldo devedor de parcelamento e cuja penalidade originária aplicada à infração tenha sido aquela do art. 119 - MULTA equivalente a vinte por cento do saldo devedor, sem prejuízo da reincorporação ao referido saldo da redução antes concedida; (revogada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

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s) falta de pagamento do imposto decorrente da utilização, em equipamento de processamento de dados, de programa para a emissão de documento fiscal ou escrituração de livro fiscal com vício, fraude ou simulação - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido, aplicável, também, ao fornecedor do programa; s) falta de pagamento do imposto decorrente da utilização, em equipamento de controle fiscal ou sistema eletrônico de processamento de dados, de dispositivo ou programa que permitam a emissão de documento fiscal ou escrituração de livro fiscal com vício, fraude ou simulação - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido, aplicável, também, ao fabricante, ao fornecedor do programa ou ao estabelecimento ou técnico credenciados a realizar intervenções técnicas; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de julho de 2000) s-1) falta de pagamento do imposto por aplicação indevida da alíquota de quatro por cento prevista para as operações interestaduais com bens ou mercadorias importados do exterior, ou por erro na determinação da base de cálculo ou, ainda, por erro na apuração ou no recolhimento do imposto nas mesmas operações - MULTA equivalente a duzentos por cento do valor do imposto devido; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) t) falta de pagamento do imposto decorrente de hipótese não prevista neste inciso - MULTA equivalente a 150% do valor do imposto devido; II - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O CRÉDITO DO IMPOSTO: a) utilização de crédito do imposto em desacordo com o disposto nesta Lei ou na legislação tributária - MULTA equivalente a 150% do valor do crédito do imposto efetivamente utilizado, sem prejuízo da anulação do respectivo registro e do concomitante pagamento do imposto que deixou de ser recolhido; b) utilização de crédito do imposto que, nos termos desta Lei ou da legislação tributária, deveria ter sido estornado - MULTA equivalente a 150% do valor do crédito do imposto efetivamente utilizado, sem prejuízo do estorno do crédito e do concomitante pagamento do imposto que deixou de ser recolhido; c) utilização de crédito em momento anterior ao da efetiva entrada da mercadoria no estabelecimento ou ao do recebimento de serviço - MULTA equivalente a cinqüenta por cento do valor do crédito do imposto efetivamente utilizado, sem prejuízo do pagamento do valor da correção monetária e dos demais acréscimos legais, em relação à parcela do imposto que teve retardado o seu recolhimento; d) transferência de crédito do imposto a outro estabelecimento em hipótese não permitida ou em montante superior ao limite autorizado pela legislação - MULTA equivalente a oitenta por cento do valor do crédito transferido irregularmente, aplicada ao estabelecimento que o transferiu, sem prejuízo da anulação da transferência; e) recebimento, em transferência, de crédito de imposto em hipótese não permitida ou em montante superior ao limite autorizado pela legislação - MULTA equivalente a oitenta por cento do valor do crédito recebido irregularmente e MULTA equivalente a 150% do valor do crédito recebido irregularmente e efetivamente utilizado, aplicada ao estabelecimento que o recebeu em transferência, sem prejuízo da anulação do respectivo registro e do concomitante pagamento do imposto que deixou de ser recolhido; f) registro de crédito do imposto em desacordo com o disposto nesta Lei, sem implicar, no entanto, a falta de pagamento do imposto - MULTA equivalente a dez por cento do valor do crédito indevidamente registrado; g) falta de estorno de crédito do imposto que, nos termos desta Lei ou da legislação tributária, deveria ter sido estornado, sem implicar, no entanto, a falta de recolhimento do imposto - MULTA equivalente a dez por cento do valor do crédito que deveria ter sido estornado, sem prejuízo do seu estorno;

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III - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM OS DOCUMENTOS FISCAIS NOS CASOS DE ENTREGA, REMESSA, TRANSPORTE, RECEBIMENTO, ESTOCAGEM, DEPÓSITO, POSSE OU PROPRIEDADE DE MERCADORIAS OU BENS IMPORTADOS OU, AINDA, QUANDO CABÍVEL, NOS CASOS DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS: a) entrega, remessa, transporte, recebimento, estocagem, depósito, posse ou propriedade de mercadoria ou bem desacompanhados de documentação fiscal, bem como a entrega de mercadoria ou bem importado a destinatário diverso do indicado no documento fiscal - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação aplicável ao contribuinte que promoveu a entrega, remessa, recebimento, estocagem ou depósito da mercadoria ou do bem ou que destes detenha a posse ou propriedade e MULTA de dez por cento do valor da operação ou prestação aplicável ao transportador. Quando o transportador da mercadoria ou bem for o próprio remetente ou destinatário, a multa é equivalente a vinte por cento do valor da operação; a) entrega, remessa, transporte, recebimento, estocagem, depósito, posse ou propriedade de mercadoria ou bem desacompanhados de documentação fiscal, bem como a entrega de mercadoria ou bem importado a destinatário diverso do indicado no documento fiscal - MULTA equivalente a trinta por cento do valor da operação aplicável ao contribuinte que promoveu a entrega, remessa, recebimento, estocagem ou depósito da mercadoria ou do bem ou que destes detenha a posse ou propriedade e MULTA de vinte por cento do valor da operação ou prestação aplicável ao transportador. Quando o transportador da mercadoria ou bem for o próprio remetente ou destinatário, a multa é equivalente a cinqüenta por cento do valor da operação; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) b) entrega ou remessa de mercadoria ou bem depositados por terceiro a pessoa ou estabelecimento diverso do depositante, quando este não tenha emitido o documento fiscal correspondente - MULTA equivalente a dez por cento do valor da mercadoria ou bem entregues ou remetidos, aplicável ao depositário; c) prestação ou recebimento de serviço desacompanhado de documentação fiscal - MULTA equivalente a dez por cento do valor da prestação, aplicável ao contribuinte que tenha prestado o serviço ou que o tenha recebido; d) prestação de serviço a pessoa diversa da indicada no documento fiscal - MULTA equivalente a dez por cento do valor da prestação, aplicável tanto ao prestador do serviço como ao contribuinte que o tenha recebido; e) transporte de mercadorias cuja documentação indique remetente e destinatário localizados em outras unidades da Federação ou remetente localizado em outra unidade da Federação e destinatário no exterior, desacompanhadas de documento específico de controle de trânsito, emitido, nos termos da legislação, pela repartição fiscal mais próxima do local da entrada no território do Estado - MULTA equivalente a vinte por cento do valor das mercadorias, aplicável ao transportador. (acrescentado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) IV - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM A DOCUMENTAÇÃO FISCAL E COM OS IMPRESSOS FISCAIS: a) falta de emissão de documento fiscal - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação; b) emissão de documento fiscal que consigne declaração falsa quanto ao estabelecimento de origem ou de destino da mercadoria, bem ou do serviço, emissão de documento fiscal que não corresponda a uma saída de mercadoria ou bem, a uma transmissão de propriedade de mercadoria ou bem, a uma entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento ou, ainda, a uma prestação ou a um recebimento de serviço - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação indicadas no documento fiscal; c) adulteração, vício ou falsificação de documento fiscal, utilização de documento falso para propiciar, ainda que a terceiros, qualquer vantagem indevida - MULTA equivalente a dez por cento do valor indicado no documento fiscal;

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d) utilização de documento fiscal com numeração ou seriação em duplicidade ou que consigne valores diferentes nas respectivas vias - MULTA equivalente a dez por cento do montante da diferença entre o valor real da operação ou prestação e o declarado ao Fisco; e) emissão de documento fiscal, ou qualquer outro documento, com inobservância de requisitos regulamentares ou a falta de visto em documento fiscal - MULTA equivalente a um por cento do valor da operação ou prestação constante no documento, no máximo até o valor correspondente a trinta UFERMS; f) emissão ou recebimento de documento fiscal que consigne importância inferior ao valor da operação ou da prestação - MULTA equivalente a dez por cento do montante da diferença entre o valor real da operação ou prestação e o declarado ao Fisco; g) utilização de documento fiscal em mais de uma operação ou prestação - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou da prestação ou, à falta deste, do valor indicado no documento exibido; h) destaque de valor do imposto em documento referente à operação ou à prestação não sujeitas ao pagamento do imposto, possibilitando ao destinatário o creditamento indevido - MULTA equivalente ao valor do crédito indicado no documento fiscal. Quando o valor do imposto destacado irregularmente tenha sido lançado para pagamento no livro fiscal próprio - MULTA equivalente a dez UFERMS; i) confecção, para si ou para terceiro, ou encomenda para confecção, de falso impresso de documento fiscal, ou de impresso de documento fiscal em duplicidade - MULTA equivalente ao valor de oitenta UFERMS por bloco, talão ou assemelhado de impresso de documento fiscal; j) confecção para si ou para terceiros, bem como encomenda de documentos fiscais (talões, blocos ou assemelhados) sem autorização fiscal - MULTA de cem UFERMS, aplicável tanto ao impressor como ao encomendante, sem prejuízo da aplicação de outras sanções regulamentares ao impressor; l) fornecimento, posse ou detenção de impresso de documento fiscal falso, de documento fiscal em que o respectivo impresso tenha sido confeccionado sem autorização fiscal ou, ainda, de documento fiscal indicando estabelecimento gráfico diverso daquele que o tenha confeccionado - MULTA equivalente ao valor de quarenta UFERMS por bloco, talão ou assemelhado de impresso de documento fiscal; m) extravio, perda, inutilização, permanência fora do estabelecimento em local não autorizado de impresso de documento fiscal ou a sua não exibição à autoridade fiscalizadora - MULTA equivalente ao valor de trinta UFERMS por bloco, talão ou assemelhado de impresso de documento fiscal. No caso de documentos fiscais referentes a entradas de mercadorias ou recebimento de serviços, bem como de fatos acontecidos com quaisquer documentos utilizados em folhas soltas, a MULTA é equivalente a três UFERMS por documento; n) utilização, no trânsito de mercadoria ou bem, de documento fiscal com prazo de validade vencido e não revalidado - MULTA equivalente a vinte UFERMS por documento; (revogada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) o) utilização de impresso de documento fiscal com prazo de validade vencido e não revalidado - MULTA equivalente a vinte UFERMS por impresso; p) utilização de documento auxiliar de documento fiscal eletrônico: (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 1. com teor divergente do documento fiscal eletrônico autorizado correspondente - MULTA equivalente a cem UFERMS por documento auxiliar; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 2. com inobservância do leiaute ou com conteúdo dos campos diverso daquele disciplinado na legislação regulamentar - MULTA equivalente a trinta UFERMS por documento auxiliar; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011)

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3. relacionado a documento fiscal eletrônico não autorizado - MULTA equivalente a cem UFERMS por documento auxiliar; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 4. relacionado a documento fiscal eletrônico autorizado com informação impressa de forma ilegível - MULTA equivalente a dez UFERMS por documento auxiliar; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) q) cancelamento de documento fiscal eletrônico referente a operação ou a prestação efetivamente realizadas - MULTA equivalente a trezentas UFERMS por documento fiscal eletrônico cancelado; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) r) falta de inutilização, no prazo regulamentar, de número de documento fiscal eletrônico não utilizado - MULTA equivalente a dez UFERMS por número de documento fiscal eletrônico não utilizado; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) s) falta de utilização de formulário de segurança exigido pela legislação para emissão, em contingência, de documento fiscal eletrônico - MULTA equivalente a cinquenta por cento do valor da operação ou da prestação indicados no documento fiscal eletrônico; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) t) adulteração, vício, falsificação ou uso indevido de formulário de segurança utilizado para impressão de documento auxiliar de documento fiscal eletrônico emitido em contingência - MULTA equivalente a quinhentas UFERMS por formulário de segurança; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) u) falta ou atraso de transmissão ao órgão fazendário autorizador de documento fiscal eletrônico emitido em contingência, exceto quando utilizado o Sistema de Contingência do Ambiente Nacional (SCAN) ou o órgão fazendário virtual de contingência, após a cessação dos problemas técnicos que impediram a transmissão ou a recepção do retorno da autorização do documento fiscal eletrônico - MULTA equivalente a cinquenta UFERMS por documento fiscal eletrônico; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) u-1) deixar, o destinatário de documento fiscal eletrônico, quando obrigado, de manifestar-se em relação à confirmação, não confirmação ou desconhecimento de operação ou prestação descrita no documento - Multa equivalente a dez por cento do valor da operação ou da prestação constante no documento, não inferior a dez e nem superior a mil UFERMS; no caso de operação ou prestação não tributada ou com o imposto retido ou recolhido pelo regime de substituição tributária - Multa equivalente a um por cento do valor da operação ou prestação, não inferior a dez e nem superior a mil UFERMS; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) v) transmissão ao órgão fazendário autorizador de Declaração Prévia de Emissão em Contingência (DPEC) com informação divergente do respectivo documento fiscal eletrônico constante na Receita Federal do Brasil - MULTA equivalente a quinhentas UFERMS por documento; (acrescentada pela pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) w) emissão de documento fiscal sem o preenchimento, ou com o preenchimento incorreto, do código EAN/GTIN, do código NCM e/ou de código equivalente a quaisquer deles, quando obrigatório - MULTA equivalente a um por cento do valor da operação ou prestação constante no documento, não inferior a dez e nem superior a mil UFERMS; em caso de reincidência - Multa equivalente a cinco por cento do valor da operação ou prestação, não inferior a dez e nem superior a mil UFERMS; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) V - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM OS LIVROS FISCAIS E OS REGISTROS MAGNÉTICOS: a) falta de registro de documento relativo à entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento ou aquisição de sua propriedade, ou, ainda, ao recebimento de serviço, quando já escrituradas as

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operações ou prestações do período a que se refiram - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação constantes no documento; V - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM OS LIVROS E OS REGISTROS GERADOS POR PROCESSO ELETRÔNICO: (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) V - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM OS LIVROS E OS REGISTROS GERADOS POR PROCESSO ELETRÔNICO, INCLUSIVE OS ARQUIVOS RELATIVOS À ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD): (redação dada pela Lei nº 3.820, de 21 de dezembro de 2009) a) falta de registro de documento relativo à entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento ou aquisição de sua propriedade, ou, ainda, ao recebimento de serviço, quando já escrituradas as operações ou prestações do período a que se refira - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação constante no documento e, tratando-se de operações ou prestações não tributadas ou com o imposto retido ou recolhido pelo regime de substituição tributária, MULTA equivalente a um por cento do valor da operação ou prestação, observando-se, em qualquer hipótese, o disposto no § 6º quanto ao limite mínimo; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) b) falta de registro de documento relativo à saída de mercadoria ou prestação de serviço cujas operação ou prestação não sejam tributadas ou estejam isentas do imposto - MULTA equivalente a cinco por cento do valor da operação ou prestação constante no documento, ou de vinte por cento se sujeitas ao pagamento do imposto em operação ou prestação posteriores; c) adulteração ou falsificação de livros fiscais - MULTA equivalente a vinte por cento do valor da operação ou prestação ou mercadorias a que se referir a irregularidade; d) atraso de escrituração do livro fiscal destinado ao registro de entradas de mercadorias ou bens ou de recebimento de serviços ou, ainda, do livro fiscal destinado à escrituração das operações de saídas de mercadorias e prestações de serviços - MULTA equivalente a um por cento das operações ou prestações não registradas; e) atraso de escrituração dos livros fiscais não mencionados na alínea anterior, exceto Registro de Inventário - MULTA equivalente a seis UFERMS por livro, por mês ou fração; f) atraso ou não escrituração das mercadorias e outros produtos que devam ser arrolados no livro Registro de Inventário - MULTA equivalente a um por cento do valor do estoque não escriturado, não inferior a setenta UFERMS; g) falta de livros fiscais ou a sua utilização sem prévia autenticação da repartição competente -MULTA equivalente a dez UFERMS por livro, por mês ou fração contado da data a partir da qual tenha sido obrigatória a manutenção do livro ou da data da sua utilização irregular; h) extravio, perda ou inutilização de livros ou registros magnéticos, bem como a falta de zelo na sua guarda ou conservação de modo a propiciar aqueles eventos MULTA equivalente a cem UFERMS por livro ou registro magnético extraviado, perdido ou inutilizado. A MULTA poderá, todavia, ser aplicada por exercício ou fração desde que o fato não tenha ocasionado prejuízo à análise dos dados fiscais registrados; h) extravio, perda ou inutilização de livros ou registros magnéticos, bem como a falta de zelo na sua guarda ou conservação de modo a propiciar aqueles eventos - MULTA equivalente a 500 UFERMS por livro ou registro magnético extraviado, perdido ou inutilizado. A MULTA poderá, todavia, ser aplicada por exercício ou fração desde que o fato não tenha ocasionado prejuízo à análise dos dados fiscais registrados; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) i) permanência fora do estabelecimento em local não autorizado ou a não exibição de livros fiscais à autoridade fiscalizadora - MULTA equivalente a dez UFERMS por livro;

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j) irregularidade na escrituração, excetuadas as hipóteses expressamente previstas nas alíneas anteriores - MULTA equivalente a dez por cento do valor das operações ou prestações ou mercadorias a que se referir a irregularidade, no máximo de cinqüenta UFERMS; l) falta de registro em meio magnético de documento fiscal, quando já registradas as operações ou prestações do período MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação constantes no documento; l) falta de registro em meio magnético de documento fiscal, quando já registradas as operações ou prestações do período, ou registro em meio magnético de informações divergentes daquelas constantes no respectivo documento fiscal - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação constantes do documento, não inferior a cem UFERMS; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) l) falta de registro de documento fiscal ou registro com informações divergentes daquelas constantes no documento fiscal, em arquivo de entrega obrigatória ao Fisco - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação constante no documento e, tratando-se de operações ou prestações não tributadas ou com o imposto retido ou recolhido pelo regime de substituição tributária, MULTA equivalente a um por cento do valor da operação ou prestação constante no documento fiscal, observando-se, em qualquer hipótese, o disposto no § 6º quanto ao limite mínimo; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) m) falta de elaboração de documento auxiliar de escrituração fiscal ou sua não exibição ao Fisco - MULTA equivalente a um por cento do valor das operações ou prestações que dele devam constar; n) atraso de registro em meio magnético - MULTA equivalente a um por cento do valor das operações ou prestações não registradas; o) encerramento de livro fiscal escriturado por processamento de dados, sem autenticação da repartição competente - MULTA equivalente ao valor de cinco UFERMS por livro, por mês ou fração contado da data a partir da qual tenha sido obrigatória a sua autenticação; p) reconstituição de escrita sem prévia autorização fiscal - MULTA equivalente a um por cento do valor das operações, das prestações ou das mercadorias a que se refira a reconstituição; q) utilização, em equipamento de processamento de dados, de programa para a emissão de documento fiscal ou escrituração de livro fiscal com vício, fraude ou simulação - MULTA equivalente a dez por cento do valor da operação ou prestação a que se refira a irregularidade, não inferior ao valor de cinqüenta UFERMS; VI - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS QUANTO À INSCRIÇÃO ESTADUAL E ÀS ALTERAÇÕES CADASTRAIS: a) falta de inscrição na repartição fiscal - MULTA de cinqüenta UFERMS, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades previstas; b) falta de renovação, anual ou periódica, de inscrição de produtor agropecuário ou executante de atividades extrativas mineral, pesqueira ou vegetal, com a conseqüente não apresentação da Declaração Anual de Produtor Rural (DAP) ou de documento que regulamentarmente a substitua - MULTA equivalente a cem UFERMS por exercício ou fração a que se referir a omissão; (revogada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) c) falta de comunicação de encerramento de atividade de estabelecimento - MULTA equivalente a cinco por cento do valor das mercadorias existentes em estoque na data da ocorrência do fato não comunicado, nunca inferior a trinta UFERMS. Inexistindo estoque de mercadorias, a multa é equivalente a trinta UFERMS;

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d) falta de comunicação de mudança de estabelecimento para outro endereço - MULTA equivalente a um por cento do valor das mercadorias remetidas do antigo para o novo endereço, nunca inferior a trinta UFERMS. Inexistindo remessa de mercadoria, a multa é equivalente a trinta UFERMS; e) falta de comunicação de suspensão de atividade do estabelecimento - MULTA equivalente a vinte UFERMS; f) falta de comunicação de qualquer modificação ocorrida, relativamente aos dados constantes no formulário de inscrição - MULTA de vinte UFERMS; VII - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS QUANTO À APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ECONôMICO-FISCAIS E AO DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO: a) falta de entrega de guia de informação e apuração, de declaração de apuração ou de qualquer outro documento que regulamentarmente as substituam, com a finalidade de informar os valores das operações ou prestações realizadas em determinados períodos ou os valores dos saldos credor ou devedor do imposto - MULTA equivalente a um por cento do valor das operações de saídas ou das prestações de serviços realizadas no período de referência. A MULTA não deve ser inferior a cinqüenta e nem superior a cem UFERMS. Inexistindo operações de saídas ou prestações de serviços, a MULTA é equivalente a cinqüenta UFERMS. Em qualquer caso, a MULTA deve ser aplicada por documento não entregue; b) omissão ou indicação incorreta de dados ou informações econômico-fiscais referidos na alínea anterior ou no documento de arrecadação (DAEMS, Guia ou equivalente), quando tiverem causado dificuldades para o processamento, registro ou análise dos dados ou informes prestados, bem como propiciado embaraço ao controle administrativo-fiscal ou à fiscalização do imposto - MULTA equivalente a cinqüenta UFERMS; c) apresentação indevida dos documentos referidos na alínea a, nos casos de estabelecimentos enquadrados no regime de estimativa - MULTA equivalente a cinco por cento do valor das entradas ou das saídas de mercadorias ou recebimentos ou prestações de serviços, indicados no documento. A MULTA não deve ser inferior a vinte e nem superior a cem UFERMS. Inexistindo movimento no período, a MULTA é equivalente ao valor de vinte UFERMS. Em qualquer caso, a MULTA deve ser aplicada por documento entregue; d) falta de entrega de documento que tenha a finalidade de informar dados econômico-fiscais destinados à apuração do índice de participação dos Municípios na arrecadação do imposto, inclusive quando se tratar de produtor agropecuário ou executante das atividades extrativas mineral, pesqueira ou vegetal - MULTA equivalente a um por cento do valor adicionado das operações ou prestações do período. A MULTA não deve ser inferior a cinqüenta e nem superior a duzentas UFERMS. Inexistindo valor adicionado, a multa é equivalente a quarenta UFERMS; e) falta de entrega de informação fiscal, comunicação, relação ou listagem exigidas na forma, períodos e prazos regulamentares - MULTA equivalente a um por cento do valor das saídas de mercadorias ou das prestações de serviços realizadas no período de abrangência de cada documento não entregue. A MULTA não deve ser inferior a vinte nem superior a cem UFERMS para cada documento não entregue. Inexistindo movimento de saída de mercadorias ou de prestação de serviços, a MULTA é equivalente a vinte UFERMS; f) entrega ao Fisco de meio magnético em condições que impossibilitem a leitura e o tratamento das informações nele registradas ou com dados incompletos ou não relacionados com as operações ou prestações do período a que se refere - MULTA equivalente a dois por cento do valor das operações ou prestações do respectivo período, não inferior a cem UFERMS; (acrescentada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) VII - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS QUANTO À APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES E DOCUMENTOS DE CONTROLE FISCAL OU DE ARRECADAÇÃO: (redação pela Lei nº

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3.477, de 20 de dezembro de 2007) a) falta de entrega, na forma e no prazo regulamentares, de quaisquer informações previstas na legislação tributária, tais como arquivo eletrônico, declaração, relação e listagem; a entrega desses documentos em condições que impossibilitem a leitura ou o tratamento das informações neles registradas, ou ainda com dados incompletos, incorretos ou não relacionados com as operações ou prestações do período a que se referem - MULTA equivalente a um por cento do valor das operações ou prestações do respectivo período, não inferior a cinqüenta UFERMS e nem superior a mil UFERMS. Existindo operações de saída e de entrada, um por cento do valor das operações que apresentarem maior valor. Inexistindo operações ou prestações, a MULTA é equivalente a cinqüenta UFERMS. Em qualquer caso, a multa deve ser aplicada por falta de cumprimento da obrigação no prazo regulamentar; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) a-1) falta de entrega, na forma e prazo regulamentares, dos arquivos relativos à Escrituração Fiscal Digital (EFD); a entrega desses documentos em condições que impossibilitem a leitura ou o tratamento das informações neles registradas, ou ainda com dados incompletos, incorretos ou não relacionados com as operações ou prestações do período a que se referem - MULTA equivalente a cem UFERMS, por arquivo; (acrescentada pela Lei nº 3.820, de 21 de dezembro de 2009) b) omissão ou indicação incorreta de informações em documento de controle ou no documento de arrecadação, tais como Documento de Arrecadação Estadual de Mato Grosso do Sul e Guias, quando tiverem causado dificuldades para o processamento, registro ou análise dos dados ou informações prestados, bem como propiciado embaraço ao controle administrativo-fiscal ou à fiscalização do imposto - MULTA equivalente a cinqüenta UFERMS, por documento; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) c) falta de prestação de informações, por parte das administradoras de cartão de crédito ou débito ou estabelecimentos similares, relativas às operações de crédito e de débito que realizarem, vinculadas a operações ou prestações realizadas por contribuintes deste Estado - MULTA equivalente a um por cento do valor das operações de crédito e de débito do respectivo período, não inferior a cinqüenta UFERMS e nem superior a mil UFERMS por estabelecimento de contribuinte a que se vinculam as operações ou prestações; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) d) falta de prestação de informações econômico-fiscais destinadas ao controle de operações relativas à exportação, ou à falta de submissão dessas operações a controle fiscal específico, na forma, meio e prazo estabelecidos na legislação - MULTA equivalente a um por cento do valor da operação, não podendo ser inferior a cinqüenta UFERMS; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) e) omissão ou indicação incorreta de dados exigidos e necessários ao controle de operações relativas à exportação, na prestação de informações econômico-fiscais prevista na legislação para essa finalidade - MULTA equivalente a dez UFERMS por documento. (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VIII - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O USO DE MÁQUINA REGISTRADORA, TERMINAL PONTO DE VENDA OU EQUIPAMENTO DE PROCESSAMENTO, ELETRôNICO OU NÃO, DE DADOS: a) MULTA equivalente ao valor de trezentas UFERMS pelo uso ou alteração de uso de equipamento de processamento eletrônico de dados, destinado à emissão de documentos fiscais ou escrituração de livros fiscais, bem como de terminal ponto de venda (PDV), sem a prévia autorização do Fisco; b) MULTA equivalente ao valor de cem UFERMS pelo uso ou alteração de uso de máquina registradora, mesmo que para uso não fiscal, ou de equipamento, exceto aquele referido na alínea anterior, destinado à emissão de documentos ou escrituração de livros fiscais, sem a prévia autorização do Fisco. A MULTA deve ser aplicada por equipamento; c) MULTA equivalente ao valor de cem UFERMS pelo uso, para fins fiscais, de máquina registradora ou terminal ponto de venda deslacrados ou com os respectivos lacres violados. A MULTA deve ser aplicada

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por equipamento; d) MULTA equivalente ao valor de cem UFERMS pelo uso para fins fiscais de máquina registradora ou terminal ponto de venda desprovidos de qualquer outro requisito regulamentar. A MULTA deve ser aplicada por equipamento; e) MULTA de duzentas UFERMS, por máquina registradora, equipamento ou terminal ponto de venda utilizados com: 1 - jumper ou qualquer outro artifício, eletrônico ou eletromecânico, destinados a fraudar a apuração do imposto; 2 - tecla, dispositivo ou função cujo acionamento interfiram nos valores acumulados nos totalizadores ou contadores, irreversíveis, ou interfiram em mecanismo destinado a contar ou totalizar valores fiscais; 3 - tecla, dispositivo ou função que impeçam a emissão de cupom ou nota fiscal e a impressão na fita detalhe ou em outro local destinado à impressão; 4 - tecla, dispositivo ou função que impossibilitem a acumulação de valores registrados, relativos a operações de saídas de mercadorias ou prestações de serviços, no totalizador geral e irreversível e, se for o caso, nos totalizadores parciais ou em qualquer outro local destinado à acumulação de valores registrados; 5 - tecla, dispositivo ou função que possibilite a emissão de cupom ou documento para outros controles que se confundam com o cupom ou a nota fiscais; f) MULTA de duzentas UFERMS por equipamento, quando utilizada máquina de calcular em substituição à máquina registradora ou terminal ponto de venda; g) MULTA de 150 UFERMS na falta de comunicação ao Fisco, por escrito e até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, da perda de totais acumulados na memória de máquina registradora, terminal ponto de venda ou equipamento de processamento de dados; h) MULTA de cem UFERMS, por equipamento, pela: 1 - utilização de máquina registradora ou terminal ponto de venda para fins não fiscais em recinto destinado ao funcionamento ou máquinas registradoras ou terminal ponto de venda autorizados como meios de controles fisco-tributário; 2 - emissão de cupom ou nota fiscais: omitindo indicação; que não sejam os legalmente exigidos para acobertarem a operação ou prestação; que não guardem as exigências ou requisitos regulamentares ou, ainda, que contenham declaração inexata, estejam impressos de forma ilegível ou apresentem emenda ou rasura prejudiciais à sua clareza; i) MULTA de cem UFERMS, aplicável ao técnico ou à empresa que: 1 - sem credenciamento do Fisco, intervenha em máquina registradora ou terminal ponto de venda, com qualquer finalidade; 2 - não obedeça a qualquer uma de suas obrigações perante o Fisco; 3 - retire do estabelecimento máquina registradora ou equipamento de terminal ponto de venda sem o cumprimento das formalidades regulamentares; j) MULTA de cinqüenta UFERMS, por máquina ou equipamento de terminal ponto de venda, pela: 1 - não entrega ao comprador, no ato da saída de mercadoria ou da prestação de serviço, de cupom ou

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nota fiscais, quaisquer que sejam os seus valores; 2 - falta de zelo pela conservação do lacre utilizado no equipamento, ocasionando prejuízo ao controle fiscal; l) MULTA de vinte UFERMS, por período de apuração, pela falta de arquivamento, em ordem cronológica de dia, mês e ano, dos cupons de leitura, Z ou X ou outro, conforme o caso; m) MULTA de cem UFERMS, nos casos de: 1 - redução de totalizador de máquina registradora ou de terminal ponto de venda em casos não previstos na legislação, por equipamento, aplicável tanto ao usuário como ao credenciado; 2 - permanência fora do estabelecimento em local não autorizado, extravio, perda ou inutilização de lacre ainda não utilizado de máquina registradora ou de terminal ponto de venda ou, ainda, não exibição de tal lacre à autoridade fiscalizadora, por lacre, aplicável ao credenciado; 3 - fornecimento de lacre de máquina registradora ou de terminal ponto de venda sem habilitação ou em desacordo com o requisito regulamentar, bem como o seu recebimento, aplicável tanto ao fabricante como ao recebedor; n) MULTA equivalente a um por cento do valor das operações ou prestações do respectivo período, não inferior ao valor equivalente a vinte UFERMS, pelo não fornecimento de informação em meio magnético ou fornecimento em padrão diferente do estabelecido pela legislação; VIII - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O USO DE EQUIPAMENTO DE CONTROLE FISCAL OU SISTEMA ELETRÔNICO DE PROCESSAMENTO DE DADOS, DE RESPONSABILIDADE DO USUÁRIO: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) a) não-utilização de equipamento de controle fiscal, cujo uso seja de caráter obrigatório - multa equivalente a trezentas UFERMS, por mês ou fração de mês, ou dez por cento do valor das operações de saída ou das prestações de serviço realizadas no período da infração, o que for maior; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) a) não-utilização de equipamento de controle fiscal ou ausência de equipamento de controle fiscal no recinto de atendimento ao público, cujo uso seja de caráter obrigatório - multa equivalente a trezentas UFERMS, por mês ou fração de mês, ou dez por cento do valor das operações de saída ou das prestações de serviço realizadas no período da infração, o que for maior; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) b) manutenção, no recinto de atendimento ao público, sem estar devidamente autorizado pelo Fisco, de equipamento diverso de equipamento de controle fiscal, para controle de operações mercantis ou de prestações de serviço, ou que emita cupom ou documento que possa confundir-se com cupom fiscal - multa equivalente a quinhentas UFERMS por mês ou fração de mês, por equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) b) utilização ou manutenção, no recinto de atendimento ao público, sem estar devidamente autorizado pelo Fisco, de equipamento diverso do equipamento de controle fiscal, para controle de operações mercantis ou de prestações de serviço, ou que emita cupom ou documento que possa confundir-se com cupom fiscal, inclusive terminais tipo POS (point of sale) - multa equivalente a quinhentas UFERMS por mês ou fração de mês, por equipamento; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) c) utilização de equipamento de controle fiscal ou sistema eletrônico de processamento de dados destinado à emissão de documentos ou escrituração de livros fiscais, sem autorização do Fisco - multa equivalente a quatrocentas UFERMS, por equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) c) utilização de equipamento de controle fiscal ou sistema eletrônico de processamento de dados

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destinado à emissão de documentos ou escrituração de livros fiscais, sem autorização do Fisco - multa equivalente a dois por cento do valor das operações ou prestações do período em que utilizou sem autorização, não inferior a mil UFERMS, por equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) d) falta de emissão de cupons fiscais - multa equivalente a dez por cento do valor das operações de saída ou prestação de serviço realizadas; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) e) multa equivalente a duzentas UFERMS: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. por equipamento, no caso de falta de comunicação de cessação de uso de equipamento de controle fiscal ou de sistema eletrônico de processamento de dados; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. por equipamento, no caso de falta de protocolização de pedido de cessação de uso de equipamento de controle fiscal, nos termos da legislação; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 1. por equipamento, no caso de falta de pedido de cessação de uso de equipamento de controle fiscal, nos termos da legislação; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 2. por arquivo magnético ou listagem, no caso de falta de entrega ao Fisco, se usuário de sistema eletrônico de processamento de dados, de arquivo magnético ou listagem no prazo previsto na legislação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) 3. por espécie de documento ou de livro e por exercício de apuração, no caso de falta de enfeixamento das vias dos documentos ou dos livros fiscais nos prazos e nas condições previstos na legislação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 4. por livro, no caso de falta de enfeixamento, juntamente com o respectivo livro, da lista de código de emitentes e da tabela de código de mercadorias; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 5. por equipamento e por versão instalada, no caso de manutenção ou de uso de software aplicativo em versão diferente da que foi autorizada pelo Fisco ou permitida pela legislação; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) e-1) falta de entrega ao Fisco, se usuário do sistema eletrônico de processamento de dados ou de equipamento de controle fiscal, de arquivo magnético no prazo previsto na legislação - MULTA equivalente a dez por cento do valor das operações ou prestações; (acrescentado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) f) multa equivalente a quinhentas UFERMS por equipamento nos casos de: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. extravio ou destruição, bem como de retirada do estabelecimento ou de transferência para outro estabelecimento, ainda que do mesmo titular, sem autorização do Fisco, de equipamento de controle fiscal; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. retirada do estabelecimento ou transferência para outro estabelecimento, ainda que do mesmo titular, sem autorização do Fisco, de equipamento de controle fiscal; (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) 2. utilização ou manutenção, no estabelecimento, de equipamento deslacrado, ou com lacre violado ou reutilizado, ou cuja forma de lacração não atenda às exigências da legislação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000)

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3. utilização de lacre não oficial ou que não seja o legalmente indicado para o equipamento, ou cuja numeração não conste da carga que foi fornecida ao respectivo técnico ou estabelecimento credenciados a realizar as intervenções técnicas; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 4. ligação de equipamentos de controle fiscal, entre si ou com sistema eletrônico de processamento de dados, sem a autorização do Fisco ou em desacordo com o parecer técnico de homologação do equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 5. utilização de equipamento de controle fiscal com clichê não pertencente ao respectivo estabelecimento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 5. impressão de documento por equipamento de controle fiscal com clichê (cabeçalho) não pertencente ao estabelecimento; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) g) permissão para intervenção em equipamento de controle fiscal a pessoa ou estabelecimento não credenciados - multa equivalente a duzentas UFERMS por intervenção, ou, não havendo possibilidade de se determinar o número de intervenções realizadas, a quatrocentas UFERMS por equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) h) multa equivalente a mil UFERMS por equipamento nos casos de: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. alteração de hardware ou software de equipamento de controle fiscal em desacordo com a legislação ou com o parecer de homologação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. alteração de hardware ou software básico de equipamento de controle fiscal em desacordo com a legislação ou com o parecer homologatório, o termo descritivo funcional, o parecer técnico de aprovação, o ato de registro ou com qualquer outro documento emitido por órgão ou autoridade competente; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 1. manutenção ou uso, no recinto de atendimento ao público, de equipamento de controle fiscal com hardware ou software básico em desacordo com a legislação, com o parecer homologatório, com o termo descritivo funcional, com o parecer técnico de aprovação, com o ato de registro, ou com qualquer outro documento emitido por órgão ou autoridade competente; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 2. utilização de equipamento de controle fiscal que contenha dispositivo ou software capazes de anular ou reduzir valores já registrados ou totalizados; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 3. utilização de equipamento de controle fiscal que contenha dispositivo ou software que inibam o registro de operações ou que modifiquem o comportamento do software básico; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 4. redução a zero, alteração ou inibição do totalizador geral-GT ou dos totalizadores parciais de equipamento de controle fiscal, em desacordo com a legislação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 5. emissão de cupom fiscal relativo a operação ou prestação sujeitas ao imposto, com a indicação “sem valor fiscal”, “operação não sujeita ao ICMS” ou equivalente; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 6. remoção, de equipamento de controle fiscal, da EPROM (Erasable Programmable Read Only Memory) que contém o software básico ou a memória fiscal, em desacordo com a legislação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 6. remoção, de equipamento de controle fiscal, da EPROM (Erasable Programmable Read Only Memory),

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que contém o software básico ou a memória fiscal ou de dispositivo de memória de fita-detalhe, em desacordo com a legislação; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 7. utilização de dispositivo ou programa que permitam registrar, com incorreções, o valor total correspondente às quantidades e aos preços das respectivas mercadorias; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 8. utilização de programa gerado para o fim específico de registro de informações econômico-fiscais, com vício ou possibilidade de fraude ou simulação na importação de dados, com a capacidade de gerar arquivos magnéticos inidôneos - MULTA de seis mil UFERMS, por cópia utilizada; (acrescentado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 9. utilização de equipamento de controle fiscal que contenha jumper, desconectado ou não, ou qualquer outro dispositivo, eletrônico ou eletromecânico, destinados a fraudar os registros relativos à apuração do ICMS; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 10. utilização de equipamento de controle fiscal que imprima documento fiscal sem clichê (cabeçalho) ou com clichê (cabeçalho) que imprima informações ilegíveis ou com clichê (cabeçalho) distinto das informações cadastrais do efetivo usuário; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 11. falta de comunicação ao Fisco de irregularidade ou mau funcionamento de equipamento de controle fiscal; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 12. manutenção ou uso, no recinto de atendimento ao público, de software aplicativo em versão diferente da autorizada, sem comunicar previamente ao Fisco a alteração realizada; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) (revogada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) 13. manutenção, no Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF) - POSTO REVENDEDOR COMBUSTÍVEL, de informação incorreta das quantidades dos estoques de combustíveis, que deverão estar compatíveis com os respectivos estoques físicos, com os informados no Livro de Movimentação de Combustíveis (LMC) e com a Declaração de Estoque de Combustíveis (DEC), de controle da Agência Nacional do Petróleo (ANP); (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 14. extravio ou destruição de equipamento de controle fiscal; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) h-1) MULTA equivalente a mil UFERMS: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 1. por equipamento e por versão instalada, no caso de utilização nos equipamentos de software aplicativo que não atenda aos requisitos regulamentares, inclusive o da homologação pelo Fisco ou cuja autoria não seja comprovada; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 2. por arquivo magnético entregue incompleto, quando solicitado pelo Fisco; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 3. por documento, no caso de apresentação de declaração conjunta inidônea do contribuinte e do responsável pelos programas aplicativos, aplicável também ao responsável técnico pelos programas; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) h-2) utilização ou manutenção de programa aplicativo para o fim específico de registro de informações fiscais, com vício ou possibilidade de fraude ou simulação na importação de dados, com a capacidade de gerar arquivos magnéticos inidôneos - MULTA de seis mil UFERMS, por cópia instalada; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) i) multa equivalente a cinqüenta UFERMS: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000)

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1. por leitura não emitida, no caso de falta de emissão, no início de cada dia, ou antes da leitura “Z” do dia, do cupom de leitura “X” dos equipamentos; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) 1-A. por redução Z não escriturada ou escriturada de forma errônea no Mapa-resumo de Caixa, no Mapa-resumo de PDV ou Mapa-resumo de ECF; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 2. por documento não apresentado, no caso de falta de apresentação ao Fisco de bobinas, fitas-detalhe ou listagem atualizada das mercadorias objeto de comercialização pelo estabelecimento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 3. por equipamento, no caso de ausência, na carcaça de equipamento de controle fiscal, em local visível ao consumidor, ou de falta de revalidação, nos termos da legislação, da etiqueta identificadora da autorização para uso de equipamento de controle fiscal; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 4. por equipamento, no caso de utilização de equipamento de controle fiscal sem clichê ou com clichê que imprima informações ilegíveis; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 4. por documento, arquivo magnético ou dispositivo, no caso de não emissão da leitura de redução Z do dia, dos cupons de leitura X dos equipamentos autorizados em nome do contribuinte, bem como no caso de não geração de arquivo magnético ou dispositivo exigidos pelo Fisco; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 4. por documento, arquivo magnético ou dispositivo, no caso de não emissão da redução “Z” do dia, bem como no caso de não geração de arquivo magnético ou dispositivo exigidos pelo Fisco; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 5. por nota fiscal, no caso de ausência de registro, no Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF) - POSTO REVENDEDOR COMBUSTÍVEL, das notas fiscais de recebimento de combustíveis fornecidos pela distribuidora, bem como das eventuais notas fiscais de devoluções; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) j) emissão de cupom fiscal por meio de Máquina Registradora que deixe de identificar, por departamento ou totalizador parcial, a situação tributária das operações ou das prestações - multa equivalente a cinqüenta UFERMS por documento até o limite mensal do maior débito de ICMS lançado nos seis meses imediatamente anteriores à infração; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) j) emissão de cupom fiscal por meio de equipamento emissor de cupom fiscal (ECF) que deixe de identificar, por meio de totalizadores parciais, a situação tributária das operações ou das prestações de serviço - MULTA equivalente a cinqüenta UFERMS por documento até o limite mensal do maior débito de ICMS lançado nos seis meses imediatamente anteriores à infração; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) l) falta de emissão de leitura da memória fiscal ao final de cada período de apuração - multa equivalente a cem UFERMS por leitura não emitida; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) m) falta de emissão, antes e após cada intervenção técnica, da leitura “X” do equipamento - multa equivalente a cento e cinqüenta UFERMS por leitura não emitida; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) n) falta de emissão, na forma exigida na legislação, da Redução Z, inclusive em relação aos equipamentos ociosos - multa equivalente a trezentas UFERMS por redução não emitida; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) o) falta de arquivamento, na forma exigida na legislação, das Reduções Z, inclusive em relação aos

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equipamentos ociosos - multa equivalente a trezentas UFERMS por equipamento e por período ou fração de período de apuração; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) o) falta de arquivamento dos documentos exigidos na legislação, inclusive em relação aos equipamentos ociosos - multa equivalente a trezentas UFERMS por equipamento e por período ou fração de período de apuração; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) p) multa equivalente a cem UFERMS: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. por seccionamento, no caso de rompimento de fita-detalhe, antes do seu término em desacordo com a legislação; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 2. por intervenção, no caso em que deixar de apresentar ao Fisco Atestado de Intervenção Técnica em equipamento de controle fiscal; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 3. por documento não emitido, no caso de falta de emissão do Mapa-Resumo de Caixa, do Mapa-Resumo de PDV ou do Mapa-Resumo de ECF; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 4. por equipamento, no caso de não-manutenção no estabelecimento, pelo usuário de ECF, de programa aplicativo que possibilite a obtenção de leitura da memória fiscal para o meio magnético, quando não existente esse recurso no software básico do equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 4. por equipamento, no caso de não-manutenção no estabelecimento, pelo usuário de ECF, de programa aplicativo que possibilite a obtenção de leitura da memória fiscal para o meio magnético; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 5. por equipamento e por versão instalada, no caso de utilização nos equipamentos de software aplicativo que não atenda aos requisitos regulamentares, inclusive o da homologação pelo Fisco, ou cuja autoria não seja comprovada; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 6. pela falta apresentação ao Fisco, quando exigido, de cópias do programa executável, em versões idênticas às que foram autorizadas ou que estiverem sendo utilizadas pelo usuário, bem como do manual do software aplicativo indicando as rotinas existentes com seus respectivos algoritmos em pseudocódigos ou em programa fonte, descrição dos arquivos e registros, passagem de parâmetros de entrada e saída, linguagem de programação, compiladores e outras ferramentas utilizadas para a sua elaboração; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 6. pela falta de apresentação ao Fisco, quando exigido, de cópias do programa executável, em versões idênticas às que foram autorizadas ou que estiverem sendo utilizadas pelo usuário, bem como do manual do software aplicativo indicando as rotinas existentes com seus respectivos algoritmos em pseudocódigos ou em programa fonte, descrição dos arquivos e registros, passagem de parâmetros de entrada e saída, linguagem de programação, compiladores e outras ferramentas utilizadas para a sua elaboração; (redação pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) (revogado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 7. por documento, no caso de apresentação de declaração conjunta inidônea do contribuinte e do responsável pelos programas aplicativos, aplicável também ao responsável técnico pelos programas; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 8. pela não atualização de versão de software básico de ECF nos prazos definidos pela legislação; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011)

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9. por equipamento, pela utilização de bobina de papel em desacordo com as exigências previstas na legislação; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) q) emissão de cupom fiscal com inobservância dos requisitos regulamentares - multa equivalente a um por cento do valor da operação ou da prestação constante no documento, limitada a cinqüenta UFERMS; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) r) multa equivalente a trezentas UFERMS: (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 1. por equipamento, no caso de alteração, danificação ou retirada do número de fabricação do equipamento; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 2. por máquina, no caso de utilização de máquina de calcular em substituição a equipamento de controle fiscal; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) 3. por equipamento, no caso de utilização de equipamento de controle fiscal que contenha jumper, desconectado ou não, ou qualquer outro dispositivo, eletrônico ou eletromecânico, destinados a fraudar os registros relativos à apuração do ICMS; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) (revogado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) s) escrituração de livro fiscal, por processamento eletrônico de dados, em desacordo com a legislação - multa equivalente a trezentas UFERMS por livro; (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) t) infrações relacionadas com a utilização de equipamento de controle fiscal ou de sistema eletrônico de processamento de dados e que não se enquadrem nas alíneas anteriores - multa de cem a quinhentas UFERMS por equipamento, observado o disposto no art. 232. (redação dada pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) VIII-A - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O USO DE EQUIPAMENTO DE CONTROLE FISCAL, DE RESPONSABILIDADE DO ESTABELECIMENTO OU DO TÉCNICO RESPONSÁVEIS PELAS INTERVENÇÕES TÉCNICAS: (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) VIII-A - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O USO DE EQUIPAMENTO DE CONTROLE FISCAL, DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA CREDENCIADA RESPONSÁVEL PELAS INTERVENÇÕES TÉCNICAS: (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) a) intervenção técnica em equipamento de controle fiscal sem emissão, imediatamente antes e depois da intervenção, de cupons de leitura dos totalizadores que devem ser anexados aos respectivos atestados - multa equivalente a cinqüenta UFERMS por leitura não emitida; a) intervenção técnica em equipamento de controle fiscal sem emissão, imediatamente antes e depois da intervenção, de cupons de leitura “X” que devem ser anexados aos respectivos atestados - MULTA equivalente a cinquenta UFERMS por leitura “X” não emitida; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) b) Multa equivalente a cem UFERMS: 1. por intervenção, no caso de intervenção técnica em equipamento de controle fiscal, sem estar credenciado pelo Fisco; 1. por intervenção técnica em equipamento de controle fiscal, sem que o técnico responsável pela intervenção esteja credenciado pelo Fisco para atuar no equipamento objeto da intervenção; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 2. por equipamento, no caso de lacração de equipamento de controle fiscal em desacordo com as exigências previstas na legislação;

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3. por intervenção, no caso de intervenção técnica em equipamento de controle fiscal sem a emissão do respectivo atestado; 4. por equipamento, no caso de falta de comunicação ao Fisco de irregularidade ou mau funcionamento de equipamento de controle fiscal; (revogado dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 5. por equipamento, no caso de falta de entrega ao Fisco, no prazo regulamentar, do Atestado de Intervenção, acompanhado dos cupons das leituras exigidas, relativos à troca de versão do software básico; 5. por equipamento, no caso de falta de entrega ao Fisco, no prazo regulamentar, do Atestado de Intervenção, acompanhado dos cupons das leituras exigidas; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) 6. por comunicação não apresentada, no caso de falta de comunicação ao Fisco de qualquer mudança nos dados cadastrais do estabelecimento credenciado ou nos dados relativos ao seu credenciamento, relativamente ao corpo técnico e aos equipamentos autorizados; 7. por equipamento, no caso de lacração de equipamento com software aplicativo ainda não autorizado pelo Fisco; 7. por equipamento, no caso de lacração de equipamento com software básico ainda não autorizado pelo Fisco; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) c) fornecimento de atestado de funcionamento de equipamento de controle fiscal em desacordo com as exigências previstas na legislação - MULTA de cinco a quinhentas UFERMS por atestado, observado o disposto no art. 232; d) não-devolução ou não-entrega ao Fisco do estoque de lacres ou de formulários de Atestado de Intervenção não utilizados, nas hipóteses de baixa da inscrição estadual, cessação de atividade ou descredenciamento - MULTA equivalente a vinte UFERMS por lacre não devolvido ou documento não entregue; e) redução a zero do grande total dos equipamentos de controle fiscal, nas hipóteses não autorizadas pelo Fisco ou não previstas na legislação - multa equivalente a trezentas UFERMS por ocorrência; c) fornecimento de atestado de intervenção de equipamento de controle fiscal em desacordo com as exigências previstas na legislação - MULTA de cinco a quinhentas UFERMS por atestado, observado o disposto no art. 232; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) d) não-devolução do estoque de lacres, dos atestados de intervenção não utilizados e dos utilizados e ainda não devolvidos no prazo e nas hipóteses estabelecidos na legislação estadual - MULTA equivalente a vinte UFERMS por lacre não devolvido ou atestado não entregue; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) d) não devolução do estoque de lacres nas hipóteses estabelecidas na legislação estadual - MULTA equivalente a vinte UFERMS por lacre não devolvido; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) e) redução, alteração ou inibição do grande total dos equipamentos de controle fiscal, nas hipóteses não autorizadas pelo Fisco ou não previstas na legislação - multa equivalente a trezentas UFERMS por ocorrência; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) f) multa equivalente a mil UFERMS por equipamento, nos casos de: 1. remoção, de equipamento de controle fiscal, da EPROM que contém o software básico ou a memória

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fiscal, em desacordo com o previsto na legislação; 2. alteração do hardware ou do software de equipamento de controle fiscal, em desacordo com a legislação ou com o parecer de homologação; 3. inicialização com a lacração, de equipamento de controle fiscal ainda não autorizado; 1. rompimento, em desacordo com a legislação, do lacre interno aplicado sobre a EPROM que contém o software básico ou sobre o dispositivo da memória de fita-detalhe, na condição de componentes de equipamento de controle fiscal; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 2. alteração do hardware ou do software básico de equipamento de controle fiscal, em desacordo com a legislação ou com o parecer de homologação, ou termo descritivo funcional, ou parecer técnico de aprovação; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 3. inicialização com a lacração, de equipamento de controle fiscal, em primeiro uso, ainda não homologado; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 4. inicialização com lacração de equipamento de controle fiscal usado sem a comprovação de cessação homologada pelo Fisco de origem e autorização de uso pelo Fisco; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 5. fornecimento de equipamento de controle fiscal em desacordo com as exigências previstas na legislação estadual; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) g) utilização de formulário destinado à emissão de Atestado de Intervenção em equipamento de controle fiscal, em desacordo com os modelos previstos na legislação - multa equivalente a dez UFERMS por documento; (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) h) infrações relacionadas com intervenção em equipamento de controle fiscal e que não se enquadrem nas alíneas anteriores - multa de cem a quinhentas UFERMS observado o disposto no art. 232; (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) i) configuração de clichê (cabeçalho) não pertencente ao respectivo estabelecimento - MULTA de quinhentas UFERMS; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) j) falta de comunicação ao Fisco de irregularidade ou mau funcionamento de equipamento de controle fiscal - MULTA de cem UFERMS, por equipamento; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) j) falta de comunicação ao Fisco de irregularidade ou mau funcionamento de equipamento de controle fiscal - MULTA de quinhentas UFERMS, por equipamento; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) k) infrações relacionadas com intervenção em equipamento de controle fiscal e que não se enquadrem nas alíneas anteriores - MULTA de cem a mil UFERMS observado o disposto no art. 232; (revogada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) VIII-B - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM O USO DE EQUIPAMENTO DE CONTROLE FISCAL, DE RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE, DO IMPORTADOR OU DO REVENDEDOR: (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) a) falta de comunicação ao Fisco das entregas aos respectivos destinatários, correspondentes às saídas de equipamentos de controle fiscal - MULTA de duzentas UFERMS, por comunicação não efetuada; b) realização de saída de equipamento de controle fiscal, com destino a usuário final, sem a inicialização da Memória Fiscal, na forma da legislação - MULTA de duzentas UFERMS por equipamento;

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(acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) c) falta de entrega, ou entrega fora do prazo regulamentar, do Laudo Técnico de ECF danificado - MULTA de duzentas UFERMS, por ocorrência; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) d) infrações relacionadas com o descumprimento de atribuições de sua responsabilidade que não se enquadrem nas alíneas “a”, “b” e “c” deste inciso - MULTA de cem a mil UFERMS, por equipamento; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) VIII-C - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM A PRODUÇÃO DE SOFTWARE APLICATIVO PARA EQUIPAMENTO DE CONTROLE FISCAL DE RESPONSABILIDADE DO PRODUTOR: (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) VIII-C - infrações relacionadas com a produção de software, aplicativo para equipamento de controle fiscal de responsabilidade do produtor e do distribuidor: (redação do caput dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) a) produção, fornecimento, introdução ou instalação de cópia de software em equipamento de controle fiscal, com a capacidade de interferir, alterar ou interagir com o software básico, sem autorização do Fisco - multa equivalente a mil UFERMS por cópia de software; (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) b) falta de apresentação ao Fisco, nos termos da legislação, dos documentos referentes a aplicativo ou sistema, ou dos programas fontes, ou, ainda, das atualizações das versões destes - multa equivalente a cem UFERMS por cópia instalada; (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) a) produção, fornecimento, introdução ou instalação de cópia de software para equipamento de controle fiscal, com a capacidade de interferir, alterar ou interagir com o software básico, em desacordo com a legislação - multa equivalente a mil UFERMS por cópia de software; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) b) falta de apresentação ao Fisco, nos termos da legislação, dos documentos referentes a aplicativo ou sistema, ou dos programas executáveis ou dos programas-fonte, ou, ainda, das atualizações das versões destes - multa equivalente a cem UFERMS por cópia instalada; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) c) fornecimento de software aplicativo em versão diferente da que foi autorizada, sem comunicar previamente ao Fisco a alteração realizada - MULTA equivalente a cem UFERMS por cópia instalada; (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) c) fornecimento de software aplicativo em versão diferente da que foi autorizada pelo Fisco ou permitida pela legislação, sem comunicar previamente ao Fisco a alteração realizada - MULTA equivalente a duzentas UFERMS por cópia instalada; (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) c-1) geração, distribuição ou fornecimento de programa gerado para o fim específico de registro de informações econômico-fiscais, com vício ou possibilidade de fraude ou simulação na importação de dados, com a capacidade de gerar arquivos magnéticos inidôneos - MULTA de seis mil UFERMS, por cópia gerada, distribuída ou fornecida; (acrescentado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) d) infrações relacionadas com o fornecimento, a introdução ou a instalação de software para equipamento de controle fiscal e que não se enquadrem nas alíneas anteriores - multa de cem a quinhentas UFERMS por cópia instalada, observado o disposto no art. 232; (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) VIII-D - INFRAÇÕES RELACIONADAS COM A ENTREGA DE INFORMAÇÕES PELAS EMPRESAS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO OU DE DÉBITO: (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012)

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a) por arquivo eletrônico mensal que contém as informações relativas às operações de crédito ou de débito efetuadas por contribuintes de ICMS deste Estado, não entregue ou entregue com omissão de informação - MULTA equivalente a mil UFERMS; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) b) por relatório impresso, em papel timbrado, das informações, totais ou parciais contidas no arquivo eletrônico mensal que contém as informações relativas às operações de crédito ou de débito efetuadas por contribuintes de ICMS deste Estado, não apresentado ou apresentado com omissão de informação - MULTA equivalente a mil UFERMS; (acrescentada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) IX - OUTRAS INFRAÇÕES: a) desacato à autoridade fiscal, impedimento da ação fiscalizadora ou embaraço ou dificultação, por quaisquer meios, da realização do trabalho fiscal, bem como a não prestação de informações regularmente solicitadas por agente do Fisco ou autoridade da Secretaria de Estado de Fazenda --- MULTA de 25 a quinhentas UFERMS, dependendo da gravidade da falta e sem prejuízo da aplicação de qualquer outra penalidade cabível por infração a esta Lei ou da apresentação do informe solicitado; a) desacato ao agente do Fisco ou desobediência, embaraço ou resistência ao exercício regular das suas atividades - MULTA de vinte e cinco a quinhentas UFERMS, dependendo da gravidade da infração, sem prejuízo da obrigação de fornecer as informações ou exibir os bens, coisas, documentos ou livros objeto da intimação ou de permitir o acesso aos locais ou objetos sujeitos à fiscalização, bem como da aplicação de qualquer outra penalidade cabível por infração a esta Lei; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) a-1) deixar de atender à notificação, no prazo determinado pelo Fisco, para apresentação de informação em meio magnético que não tenha sido apresentada no prazo previsto na legislação, ou para reapresentação de informação em meio magnético que tenha sido apresentada em desacordo com a legislação - MULTA equivalente ao valor de vinte UFERMS por dia de atraso, até o limite de mil UFERMS, sem prejuízo da penalidade prevista na alínea e-1 do inciso VIII; (acrescentada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) b) alteração de uso ou adulteração de equipamento eletrônico, mecânico ou eletromecânico de contagem ou de registro de passagem de mercadorias, especialmente de animais, ocasionando ou possibilitando a fraude no montante das operações ou prestações e, conseqüentemente, na apuração do imposto - MULTA equivalente a quinhentas UFERMS por equipamento, sem prejuízo do pagamento do preço do reparo; c) falta de zelo na guarda ou conservação do equipamento referido na alínea anterior, de modo a permitir o seu mau funcionamento, a quebra ou a inutilização - MULTA equivalente a trezentas UFERMS por equipamento, sem prejuízo do pagamento do preço do reparo. d) aquisição, por empresa de construção civil, de mercadoria ou serviço, em operação interestadual, acobertada por documento fiscal, com destaque do ICMS à alíquota interestadual, sem o Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS - MULTA equivalente a cinqüenta por cento do valor da operação. (acrescentado pela Lei nº 2.647, de 11 de junho de 2003) d) deixar de exigir do remetente, a empresa de construção civil que não tenha Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS, nas aquisições interestaduais de mercadorias ou de serviços, o destaque do ICMS à alíquota interna vigente na unidade federada do remetente - MULTA equivalente a cinquenta por cento do valor da operação. (redação dada pela Lei nº 4.286, de 14 de dezembro de 2012) § 1º Apurando-se em uma mesma ação fiscal o descumprimento de mais de uma obrigação tributária de natureza acessória, conexas com a operação ou prestação ou fato que lhes deu origem, deve ser aplicada apenas a multa mais grave.

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§ 2º O descumprimento de obrigação tributária de natureza principal e de natureza acessória, conexas com a operação, a prestação ou o fato que lhes deu origem, enseja a aplicação, tão-somente, das multas previstas nos incisos I ou II, conforme o caso. § 3º Ressalvadas as hipóteses de conexão previstas nos parágrafos anteriores, as multas são cumulativas, nos casos em que se verifiquem mais de uma infração. § 4º A aplicação das penalidades referidas nos incisos I e II deve ser feita sem prejuízo da exigência do ICMS atualizado, do juro e dos demais acréscimos legais, bem como das providências necessárias à instauração da ação penal cabível. § 5º As infrações à legislação do ICMS que não se enquadrem nas disposições deste artigo sujeitam o infrator à multa de dez a cem UFERMS, observado o disposto no art. 232. § 6º Em nenhuma hipótese a multa aplicada pode ser inferior ao valor equivalente a dez UFERMS. § 7º Para a cobrança de multas baseadas em UFERMS, considera-se o valor dessa unidade vigente na data do seu pagamento ou da inscrição na Dívida Ativa. § 8º O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos resultantes da infração, nem o libera do cumprimento de qualquer outra exigência legal ou regulamentar. § 9º As penalidades previstas nos incisos VIII, VIII-A, VIII-B e VIII-C são aplicáveis sem prejuízo das seguintes medidas, quando cabíveis: (§ 9º e incisos de I a VII acrescentados pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) I - arbitramento do valor das operações ou das prestações, para fins de cobrança do imposto, observado o disposto no § 2º; II - apreensão do equipamento; III - interdição do uso do equipamento de controle fiscal; IV - suspensão ou cancelamento da autorização para uso do equipamento; V - suspensão ou cancelamento da autorização para uso de software para fins fiscais; VI - suspensão ou cancelamento do credenciamento do estabelecimento ou do técnico autorizados; VII - suspensão ou cancelamento da inscrição do produtor de software no cadastro estadual de produtores de sistemas informatizados. § 10. As penalidades previstas nos incisos VIII-A, VIII-B e VIII-C não eximem o infrator da responsabilidade solidária prevista no inciso XVII do art. 46. (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) § 11. Para efeito deste artigo, consideram-se equipamentos de controle fiscal a Máquina Registradora, o Terminal Ponto de Venda, o Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou qualquer outro equipamento cujo uso esteja previsto na legislação para controle de operações de saída ou de prestações de serviço. (acrescentado pela Lei nº 2.113, de 2 de junho de 2000) § 12. As multas previstas nas alíneas a e f do inciso II do caput deste artigo aplicam-se também aos casos de utilização como crédito e de registro para esse efeito, respectivamente, sem autorização legal ou ato administrativo ou judicial autorizativo, de valores não caracterizados como crédito do imposto. (acrescentado pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) Art. 117-A. No caso da infração a que se refere o inciso I do caput do art. 117, caracterizada pela falta de pagamento do imposto, o Poder Executivo pode estabelecer que, antes da imposição das multas nele

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estabelecidas, o sujeito passivo seja cientificado de que o Fisco constatou a ocorrência do fato sobre o qual incide o referido imposto e a falta do seu pagamento ou delas tomou conhecimento. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 1º Na hipótese do caput deste artigo, havendo a cientificação, o sujeito passivo pode, no prazo estabelecido pelo Poder Executivo, pagar integralmente ou parcelar, na forma da legislação, o imposto devido, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora e da multa de mora prevista no art. 119, I a VI, hipótese em que não se aplicam as multas previstas no inciso I do caput do art. 117. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 2º O disposto neste artigo aplica-se também no caso das infrações a que se referem as alíneas “a”,“b” e “c” do inciso II do caput do art. 117, hipótese em que, havendo, no prazo estabelecido, o pagamento ou o parcelamento do imposto que deixou de ser recolhido, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora e da multa de mora prevista no art. 119, I a VI, não se aplicam as multas previstas nas referidas alíneas. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) Art. 117-A. No caso da infração a que se refere o inciso I do caput do art. 117, caracterizada pela falta de pagamento do imposto, o sujeito passivo deve ser cientificado de que o Fisco constatou a ocorrência do fato sobre o qual incide o referido imposto e a falta do seu pagamento ou que dela tomou conhecimento. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 1º Na hipótese do caput deste artigo, o sujeito passivo pode, no prazo estabelecido pelo Poder Executivo, pagar integralmente ou parcelar, na forma da legislação, o imposto devido, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora e da multa de mora prevista no art. 119, I a VI, hipótese em que não se exigem as multas previstas no inciso I do caput do art. 117. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 2º O disposto neste artigo aplica-se também no caso das infrações a que se referem as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II do caput do art. 117, hipótese em que, havendo, no prazo estabelecido, o pagamento ou o parcelamento do imposto que deixou de ser recolhido, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora e da multa de mora prevista no art. 119, I a VI, não se exigem as multas previstas nas referidas alíneas. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 3º Nas hipóteses dos §§ 1º e 2º, o percentual previsto no inciso VI do caput do art. 119 aplica-se nos casos em que o pagamento ou o parcelamento ocorram após o vigésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 4º A falta de pagamento ou de parcelamento do crédito tributário no prazo de que tratam os §§ 1º e 2º sujeita o infrator às multas previstas nos incisos I ou II do caput do art. 117, aplicáveis aos respectivos casos. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 4º A falta de pagamento ou de parcelamento do crédito tributário no prazo de que tratam os §§ 1º e 2º torna exigíveis as multas previstas nos incisos I ou II do caput do art. 117, aplicáveis aos respectivos casos. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 5º No caso do parcelamento de que tratam os § 1º e 2º, o atraso no pagamento de mais de duas parcelas implica: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - a extinção do acordo de parcelamento em relação ao saldo do crédito tributário remanescente; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - a perda do direito à substituição da multa prevista no inciso I ou II do caput do art. 117 pela multa de mora prevista no art. 119, I a VI, relativamente ao valor remanescente do imposto. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - a exigência das multas previstas nos incisos I ou II do caput do art. 117, perdendo o infrator o direito a sua substituição pela multa de mora prevista no art. 119, I a VI. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23

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de dezembro de 2011) § 6º Na hipótese do § 4º, a exigência do imposto devido e a imposição da multa cabível devem ser realizadas mediante a lavratura do Auto de Lançamento e de Imposição de Multa. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 7º Na hipótese do § 5º, II, a imposição da multa prevista no inciso I ou II do caput do art. 117 deve ser realizada mediante a lavratura do Auto de Lançamento e de Imposição de Multa. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 6º A cientificação de que trata o caput deste artigo deve ser feita simultaneamente com o lançamento do imposto devido e a imposição da multa cabível. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 7º A cientificação, o lançamento e a imposição de multa de que trata o § 6º devem ser realizados mediante a lavratura de documento único que contenha, na forma da legislação, separadamente e em cada caso, o demonstrativo do crédito tributário e as respectivas cientificação, notificação e intimação do sujeito passivo. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 8º O disposto neste artigo: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - aplica-se em relação aos estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado, podendo o Poder Executivo estender a sua aplicação a outras situações; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - não se aplica no caso de infração por falta de pagamento do imposto relativo à operação cujas mercadorias ou bens estejam em trânsito, constatada em posto de fiscalização, fixo ou volante. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 9º A aplicação do disposto neste artigo é condicionada a que: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - não ocorra a recusa do sujeito passivo ou do seu representante, em comprovar, pela sua assinatura, a ciência a ele dada de forma pessoal e direta, no caso de utilização desse meio de cientificação; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - ocorra o recebimento, no destino, da respectiva correspondência, no caso de utilização da via postal como meio de cientificação. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 10. Em decorrência do disposto no § 9º, o Auto de Lançamento e de Imposição de Multa deve ser lavrado imediatamente, nos casos de: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - recusa do sujeito passivo ou do seu representante, em comprovar, pela sua assinatura, a ciência que se pretendeu dar-lhe de forma pessoal e direta; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - devolução, por qualquer motivo, da correspondência postada para o endereço do sujeito passivo. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 10. Em decorrência do disposto no § 9º, prevalecem exclusivamente o lançamento e a imposição de multa, nos casos de: (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) I - recusa do sujeito passivo ou do representante, em comprovar, pela sua assinatura, a ciência que se pretendeu dar-lhe de forma pessoal e direta; (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011)

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II - devolução, por qualquer motivo, da correspondência postada para o endereço do sujeito passivo. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 10-A. Na hipótese do § 10, devem ser realizados, aperfeiçoados ou concluídos, nos termos da legislação aplicável, os atos de notificação e intimação correspondentes aos atos de lançamento e de imposição de multa. (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 11. Nos casos em que tenha havido a emissão do Termo de Verificação Fiscal ou Termo de Apreensão ou documento equivalente, é dispensável a cientificação de que trata este artigo. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) Art. 118. Desde que liquidadas juntamente com as demais partes componentes do crédito tributário exigido, as multas previstas no artigo anterior ficam reduzidas para: Art. 118. Desde que liquidadas juntamente com as demais partes componentes do crédito tributário exigido, as multas previstas no art. 117 ficam reduzidas para: (redação dada pela Lei nº 3.820, de 21 de dezembro de 2009) I - trinta por cento do seu valor, quando o devedor, até o vigésimo dia da sua intimação liquidar o débito exigido em Auto de Infração ou peça fiscal que regulamentarmente o substitua; II - cinqüenta por cento do seu valor, quando no prazo de vinte dias da sua intimação, ou mesmo quando excedido esse prazo, mas antes do julgamento administrativo final, o devedor quitar o débito exigido na decisão de primeira instância; III - sessenta por cento do seu valor, quando proferida a decisão de segunda instância administrativa o devedor, até o vigésimo dia da sua intimação, liquidar o débito confirmado na decisão condenatória; IV - setenta por cento do seu valor, quando antes de inscrição em dívida ativa, ou se já efetivada esta, antes do seu ajuizamento para a cobrança em processo de execução, o devedor quitar o débito exigido; V - oitenta por cento do seu valor, quando após o ajuizamento para a cobrança em processo de execução, o devedor quitar o débito exigido em parcela única; (acrescentado pela Lei nº 3.720, de 14 de agosto de 2009)

VI - noventa por cento do seu valor, quando após o ajuizamento para cobrança em processo de execução, o devedor quitar o débito exigido em até dez parcelas mensais e sucessivas. (acrescentado pela Lei nº 3.720, de 14 de agosto de 2009)

§ 1º No caso de parcelamento do débito, as reduções de multa previstas nos incisos I a IV do caput são, respectivamente, de: I - quarenta por cento, sessenta por cento, setenta por cento e oitenta por cento, quando o fracionamento for até quatro parcelas, mensais e sucessivas; II - cinqüenta por cento, setenta por cento, oitenta por cento e noventa por cento, nos casos em que o fracionamento compreender cinco a dez parcelas, mensais e sucessivas. § 2º Rompido o acordo de parcelamento de débito, o valor deduzido da multa na forma do § 1º, devidamente atualizado ou acrescido de juro de mercado, fica reincorporado ao saldo devedor do sujeito passivo. § 3º Excepcionalmente, podem ser aplicadas as reduções fixadas no § 1º, II, aos casos de parcelamentos com maior número de meses, nos termos do Regulamento. § 4º Os créditos tributários inscritos em dívida ativa há mais de dez anos podem ser parcelados, em até quarenta e oito parcelas mensais e sucessivas, com redução de cinquenta por cento da multa

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correspondente, observado o seguinte: (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) I - a redução fica condicionada ao cumprimento integral do respectivo acordo de parcelamento; (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) II - havendo rompimento do acordo de parcelamento, o valor deduzido da multa, devidamente atualizado e acrescido de juros de mora, fica reincorporado ao saldo devedor; (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) III - o parcelamento, com a respectiva redução, pode ser concedido, uma única vez, a cada inscrição do respectivo crédito em dívida ativa. (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) Art. 119. O recolhimento do ICMS apurado ou apurado e declarado pelo contribuinte ou da parcela de estimativa, fora do prazo regulamentar e após ou mediante ação do Fisco visando à sua exigência, sujeita o devedor à multa moratória de: I - dois por cento do valor do imposto, se recolhida no dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; II - quatro por cento do valor do imposto, quando recolhida até o quinto dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; III - seis por cento do valor do imposto, se recolhida até o décimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; IV - oito por cento do valor do imposto, quando recolhida até o 15º dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; V - dez por cento do valor do imposto, se recolhida até o vigésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; VI - quatorze por cento do valor do imposto, quando recolhida antes da sua inscrição na Dívida Ativa; VII - dezessete por cento do valor do imposto, se recolhida após a inscrição na Dívida Ativa mas antes do seu ajuizamento para cobrança em processo de execução; VIII - vinte por cento do valor do imposto, quando recolhida após o ajuizamento do débito para a cobrança em processo de execução. § 1º Os percentuais de incidência de multas previstos neste artigo ficam condicionados à liqüidação concomitante dos demais componentes do crédito tributário exigido. § 2º Na hipótese do disposto no parágrafo anterior, o não recolhimento concomitante do valor do ICMS, monetariamente atualizado e acrescido de juro, enseja a aplicação da multa de vinte por cento, qualquer que seja a data do pagamento do débito. § 3º Às multas referidas neste artigo não se aplicam as reduções de que trata o art. 118. § 4º Para efeito de verificação do atraso, é irrelevante a data da ação fiscal. § 5º As regras deste artigo aplicam-se, também, aos casos de: I - débitos oriundos da obrigação do recolhimento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, relativamente aos contribuintes referidos no art. 82; II - recolhimento do débito fora do prazo fixado em termo de verificação fiscal ou documento equivalente, lavrado por ocasião da apresentação das respectivas mercadorias à fiscalização de

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mercadorias em trânsito, ainda que efetuado em decorrência de ação fiscal. Art. 120. O recolhimento fora do prazo regulamentar, do ICMS apurado ou apurado e declarado pelo contribuinte ou por ele denunciado, bem como da parcela de estimativa, realizado independentemente de ação fiscal visando à sua exigência, sujeita o devedor à multa moratória de: I - 0,5% do valor do imposto, quando recolhida no dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; II - um por cento do valor do imposto, se recolhida até o quinto dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; III - dois por cento do valor do imposto, quando recolhida até o décimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; IV - três por cento do valor do imposto, se recolhida até o 15º dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; V - quatro por cento do valor do imposto, quando recolhida até o vigésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; VI - cinco por cento do valor do imposto, se recolhida até o 25º dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; VII - seis por cento do valor do imposto, quando recolhida até trigésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; VIII - oito por cento do valor do imposto, se recolhida até o sexagésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito; IX - onze por cento do valor do imposto, quando recolhida a partir do sexagésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito. § 1º Às multas referidas neste artigo não se aplicam as reduções de que trata o art. 118. § 2º Os percentuais de incidência de multas previstos no caput estão condicionados ao recolhimento concomitante dos demais componentes do crédito tributário exigido. § 3º Na hipótese do disposto no parágrafo anterior, o não recolhimento concomitante do valor do ICMS, monetariamente atualizado e acrescido de juro, enseja a aplicação da multa de onze por cento, qualquer que seja a data do pagamento do débito.

TÍTULO III DO IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE QUAISQUER BENS OU DIREITOS -

ITCD CAPÍTULO I

DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA DO ITCD Art. 121. O Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" e Doação de quaisquer bens ou direitos - ITCD incide sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. § 1º Considera-se doação qualquer ato ou fato em que o doador, por liberalidade, transmite bens, vantagens ou direitos de seu patrimônio, ao donatário que os aceita, expressa, tácita ou presumidamente, incluindo-se as doações efetuadas com encargos ou ônus. § 2º Entende-se como quaisquer bens ou direitos, os bens imóveis e os direitos a ele relativos, os móveis, tais como, os semoventes, mercadorias e qualquer parcela do patrimônio que for passível de

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mercancia ou de transmissão, mesmo que representados por títulos, ações, quotas, certificados, registros ou qualquer outro bem ou documento. § 3º O ITCD relativo a bens imóveis e respectivos direitos é devido ao Estado de sua situação, sendo que o relativo a bens móveis, títulos e créditos, é devido ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador. § 2º Entende-se como quaisquer bens ou direitos, os bens imóveis e os direitos a ele relativos, os móveis, tais como, os semoventes, mercadorias e qualquer parcela do patrimônio que for passível de mercancia ou de transmissão, mesmo que representados por títulos, ações,quotas. Certificados, registros ou qualquer outro bem ou documento, assim como dinheiro, haver monetário em moeda nacional ou estrangeira e título que o represente, depósito bancário e crédito em conta corrente, deposito em caderneta de poupança e a prazo fixo, quota ou participação em fundo mútuo de ações, de renda fixa, de curto prazo, e qualquer outra aplicação financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de garantia. (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 3º A transmissão de propriedade ou domínio útil de bem imóvel e direito a ele relativo, situado no Estado, sujeita-se ao imposto, ainda que o respectivo processo de transmissão ocorra fora do território do Estado de Mato Grosso do Sul, e, no caso de doação, ainda que o doador, donatário ou ambos tenham domicílio ou residência em outro Estado da Federação ou no exterior. (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 4º As legítimas dos herdeiros, ainda que gravadas, sujeitam-se ao ITCD como se não o fossem. § 5º O ITCD é exigível também no caso de sucessão provisória. Art. 122. A incidência do ITCD alcança as seguintes mutações patrimoniais: I - sucessão legítima e testamentária, inclusive na instituição e substituição do objeto do fideicomisso; II - na cessão, renúncia ou desistência, em favor de pessoa determinada ou quando já praticado algum ato de aceitação de herança; III - doação, ainda que a título de adiantamento da legítima; IV - instituição de usufruto por ato não oneroso e sua extinção por falecimento do usufrutuário; V - na desigualdade de valores da partilha, como a decorrente de inventário, arrolamento, separação ou divórcio. Art. 123. Considera-se ocorrido o fato gerador: I - nas transmissões causa mortis e na instituição do fideicomisso, no último dia do mês posterior ao do óbito; II - nas doações, na substituição do fideicomisso e nas demais hipóteses do artigo anterior, na data do recebimento do bem ou direito. Parágrafo único. Havendo impossibilidade de se estabelecer a data exata para a fixação da ocorrência do fato gerador, deve-se tomar como válida aquela que: I - nas transmissões causa mortis, corresponder à abertura sucessória; II - nas doações, corresponder ao primeiro dia do ano civil em que o donatário recebeu a posse ou o direito sobre a coisa doada.

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Art. 124. Ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou donatários, mesmo que o bem ou direito, objeto da tributação, seja indivisível.

CAPÍTULO II DA IMUNIDADE E DA ISENÇÃO

Art. 125. São imunes ao ITCD: I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - os templos de qualquer culto; III - os partidos políticos, inclusive suas fundações; IV - as entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos; V - os livros, os jornais, os periódicos e o papel destinado à sua impressão. § 1º A imunidade prevista no inciso I é extensiva às Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, vinculadas às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 2º A imunidade se refere aos bens vinculados às finalidades essenciais das entidades não alcançando bens destinados à utilização como fonte de renda ou à exploração econômica. Art. 126. São isentos do ITCD: I - as doações de bens e direitos cujos valores não ultrapassem o valor equivalente a 780 UFERMS; II - as transmissões causa mortis, bem imóvel: a) sendo rural, sua área não ultrapasse o módulo da região e seja destinado aos herdeiros; b) sendo urbano, apresente construção residencial de padrão popular ou inferior e seja utilizada como habitação dos herdeiros. Parágrafo único. A isenção prevista no inciso II só se aplica na herança que tenha um único bem imóvel a ser partilhado.

CAPÍTULO III DA BASE DE CÁLCULO

Art. 127. A base de cálculo do ITCD é o valor venal dos bens ou direitos objeto de transmissão legítima ou testamentária ou de doação, apurada e calculada nas formas a seguir especificadas: I - na transmissão por sucessão legítima e testamentária, processada: a) mediante inventário, o valor dos bens ou direitos fixados por avaliação judicial; b) sob o rito do arrolamento, o valor dos bens ou direitos, fixados por avaliação administrativa; b) sob o rito do arrolamento ou realizada por escritura pública, o valor dos bens ou direitos, fixados por avaliação administrativa; (redação dada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) II - na transmissão testamentária pura e simples, o valor dos bens ou direitos, estabelecidos em avaliação administrativa; III - na doação, o valor venal dos bens ou direitos apurados por avaliação administrativa e/ou estimativa fiscal;

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IV - na cessão, renúncia ou desistência de herança ou legado, o valor venal do quinhão ou legado, apurado por avaliação judicial, na hipótese de inventário e por avaliação administrativa ou estimativa fiscal, na hipótese de arrolamento; V - na diferença de valores partilhados, o valor venal apurado em avaliação administrativa ou estimativa fiscal; VI - na instituição do usufruto, por ato não oneroso, bem como no seu retorno ao nu-proprietário, 1/3 (um terço) do valor do imóvel, apurado por avaliação administrativa; VII - na doação da nua-propriedade, 2/3 (dois terços) do valor venal do imóvel, apurado por avaliação administrativa; VIII - na instituição e na substituição de fideicomisso, o valor venal do bem apurado, por avaliação administrativa. Art. 128. O contribuinte que não concordar com a avaliação de bens, para efeito de ITCD, poderá, no prazo de dez dias, apresentar reclamação ao órgão competente, na forma do regulamento.

CAPÍTULO IV DA ALÍQUOTA

Art. 129. As alíquotas do ITCD ficam fixadas em: I - quatro por cento, nos casos de transmissão causa mortis; II - dois por cento, nas hipóteses de doação de quaisquer bens ou direitos. Art. 130. Sobrevindo alíquotas inferiores àquelas fixadas neste artigo, por decorrência de Resolução editada pelo Senado Federal, o Regulamento pode reduzi-las até o limite então estabelecido.

CAPÍTULO V DOS CONTRIBUINTES E DOS RESPONSÁVEIS

Art. 131. São contribuintes do ITCD as pessoas físicas ou jurídicas que se revistam da qualidade de: I - herdeiros, legatários ou donatários; II - beneficiados pela desistência de quinhão ou de direitos, por herdeiros ou legatários. Art. 132. Respondem solidariamente pelo recolhimento do ITCD, por qualquer irregularidade cometida: I - os cartórios de registros de títulos e documentos; II - os cartórios de registro de imóveis; III - os tabeliães e demais serventuários da justiça; IV - os titulares, administradores e servidores das demais entidades de direito público ou privado onde se processem os registros, anotações ou averbações de doações; V - o doador, pelo ITCD devido pelo donatário inadimplente; VI - a empresa, ou a instituição financeira ou bancária, a quem caiba a responsabilidade pela prática de ato que implique na incidência do ITCD; VII - o detentor da posse de bem transmitido na forma prevista nesta Lei.

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CAPÍTULO VI DO LOCAL, FORMA E PRAZO PARA RECOLHIMENTO

Art. 133. O local, forma e prazo para o recolhimento do ITCD serão estabelecidos em regulamento.

CAPÍTULO VII DOS ACRÉSCIMOS E PENALIDADES

Art. 134. A falta de recolhimento do ITCD, no todo ou em parte, ou o atraso no seu recolhimento, acarreta: I - a atualização monetária do valor devido; II - a exigência de juro até o recolhimento; III - a aplicação das penalidades previstas no artigo seguinte. Art. 135. Sujeitam-se às multas de: I - cem por cento do ITCD devido, os que deixarem de mencionar os frutos pendentes e outros bens transmitidos juntamente com a propriedade e os que sonegarem bens em inventários ou arrolamentos, bem como aqueles que não recolherem o imposto nos prazos legais; II - cinqüenta por cento do ITCD devido, aqueles que não recolherem nos prazos regulamentares. § 1º O ITCD deve ser acrescido de multa de vinte por cento, quando o inventário for requerido depois de trinta dias da abertura da sucessão. § 1º O ITCD deve ser acrescido de multa de vinte por cento, quando o inventário for requerido depois de sessenta dias da abertura da sucessão. (redação dada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) § 2º As multas previstas neste artigo ficam reduzidas para: I - trinta por cento do seu valor, quando o contribuinte, até o trigésimo dia da sua intimação, liquidar o débito exigido em auto de infração ou em comunicação escrita do fisco estadual ou da autoridade competente; II - cinqüenta por cento do seu valor, quando o contribuinte recolher o débito exigido na decisão de primeira instância, antes do julgamento administrativo final; III - sessenta por cento do seu valor, quando, proferida a decisão de segunda instância administrativa, o contribuinte, até o trigésimo dia da intimação, liquidar o débito confirmado na decisão condenatória; IV - setenta por cento do seu valor, quando, antes da inscrição em dívida ativa, ou se já efetivada esta, antes do seu ajuizamento, o contribuinte liquidar o débito. Art. 136. A falta ou inexatidão de declaração relativa a elementos que possam influir no cálculo do ITCD, com evidente intuito de sonegação, sujeitam o contribuinte à multa de três vezes o valor do imposto. Art. 137. A penalidade do artigo anterior também se aplica a qualquer pessoa, inclusive serventuário ou funcionário, que intervenha no negócio jurídico ou na declaração e seja conivente ou auxiliar na inexatidão ou omissão praticada. Art. 138. As penalidades constantes deste capítulo devem ser aplicadas sem prejuízo do processo criminal ou administrativo.

CAPÍTULO VIII DA FISCALIZAÇÃO

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Art. 139. Compete à Procuradoria-Geral do Estado, a fiscalização, judicial e extrajudicial, de todos os atos relativos ao ITCD, sem prejuízo das atribuições próprias da Secretaria de Estado de Fazenda, Orçamento e Planejamento. Art. 139. Compete à Procuradoria-Geral do Estado, a fiscalização, judicial e extrajudicial, de todos os atos relativos ao ITCD, sem prejuízo das atribuições próprias da Secretaria de Estado de Fazenda. (redação dada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) Parágrafo único. No caso de fatos sujeitos ao ITCD ou de infração à legislação tributária, relativos ao referido imposto, constatados no exercício da competência de que trata este artigo, a Procuradoria-Geral do Estado deve representar à Secretaria de Estado de Fazenda sobre os fatos ou as irregularidades apuradas, encaminhando-lhe as provas que coletar, para fins de lançamento do imposto e da imposição de multa cabível, por agente do Fisco competente. (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) Art. 140. Compete exclusivamente ao Procurador do Estado a fiscalização dos atos praticados no inventário, arrolamento, separação, divórcio e casos que envolvam a desigualdade dos valores da partilha. Parágrafo único. Aplica-se na hipótese deste artigo o disposto no parágrafo único do art. 139 desta Lei. (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) Art. 141. A Procuradoria-Geral do Estado proporá ação de sonegados ou a abertura de inventário se não requerida no prazo legal, por qualquer interessado. Art. 142. Antes da partilha, se o espólio for devedor de qualquer tributo estadual ou se verificado o irregular andamento do processo, a Procuradoria-Geral do Estado requererá ao juiz que sejam separados bens suficientes para pagamento dos tributos. Art. 143. Antes da expedição dos formais de partilha, cartas de adjudicação, bem como dos alvarás, à Procuradoria-Geral do Estado incumbe a verificação do regular pagamento de todos os tributos.

TÍTULO IV DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA

CAPÍTULO ÚNICO Seção I

DISPOSIÇÃO INICIAL Art. 144. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA fica disciplinado pelas regras seguintes.

SEÇÃO II DA MATERIALIDADE DA INCIDÊNCIA DO IPVA

Art. 145. O IPVA incide sobre a propriedade, plena ou não, de veículo automotor, aéreo, aquático ou terrestre. § 1º Incidindo sobre a propriedade, o IPVA é devido mesmo que o veículo não esteja: I - obrigado a matrícula, a inscrição ou a registro, bem como a averbação, a assentamento, a licença, a inspeção ou a vistoria, em qualquer órgão incumbido da prática desses atos, especialmente e sendo o caso, dentro das respectivas áreas de competência: a) no Departamento de Aviação Civil-DAC, ou em qualquer órgão incumbido do Registro Aeronáutico Brasileiro; b) na Capitania dos Portos;

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c) no Departamento Estadual de Trânsito; d) naquele a que estiver sujeito o veículo ferroviário; II - matriculado, inscrito, registrado, averbado, assentado, licenciado, inspecionado ou vistoriado. § 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, no que couber, ao proprietário do veículo.

SEÇÃO III DO TEMPO DA INCIDÊNCIA DO IPVA

Art. 146. Ocorre a incidência do IPVA: I - na data da aquisição por consumidor ou usuário final, ou na da incorporação ao ativo permanente por empresa revendedora ou fabricante, quando se tratar de veículo novo; II - na primeira tributação de veículo de procedência estrangeira, novo ou usado, na data: a) do desembaraço aduaneiro, quando importado diretamente por consumidor ou usuário final; b) da aquisição por consumidor ou usuário final, quando importado por empresa revendedora; c) da incorporação ao ativo permanente da empresa importadora ou revendedora; III - na data da aquisição, quando não comprovado o pagamento do IPVA em outra unidade da Federação, no caso de veículo usado ainda não matriculado, não inscrito ou não registrado, ou sendo o caso, não averbado, não assentado, não licenciado, não inspecionado ou não vistoriado, no território de Mato Grosso do Sul; IV - na data em que, por qualquer causa: a) cesse a imunidade ou a isenção ao proprietário ou ao possuidor do veículo; b) ocorra a transmissão da propriedade ou da posse de veículo de pessoa imune ou isenta para pessoa que não goze de imunidade ou de isenção; V - em 1º de janeiro de cada exercício nos demais casos. § 1º Para efeito do disposto neste artigo, não se considera consumidora ou usuária final a empresa operadora de leasing, quanto ao veículo adquirido no mercado nacional, ou importado do exterior, que ela destine a arrendamento mercantil. § 2º Além dos documentos exigidos pelo Código Nacional de Trânsito, o Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN pode exigir, para fins de registro de transferência de propriedade, a apresentação do documento comprobatório da aquisição do veículo.

SEÇÃO IV

DO TEMPO DO PAGAMENTO DO IPVA Art. 147. O IPVA deve ser pago: I - até trinta dias contados da data do evento, nos casos a que se referem os incisos I a IV do artigo anterior; II - no prazo estabelecido no Regulamento, nos demais casos.

SEÇÃO V

DA PERIODICIDADE E DA VINCULAÇÃO DO IPVA

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Art. 148. O IPVA é devido anualmente e vinculado ao veículo. § 1º No caso de alienação ou de transferência da propriedade ou da posse do veículo, mesmo que efetuadas em outra unidade da Federação, não deve ser exigido novo pagamento em relação ao exercício cujo IPVA tenha sido regularmente quitado. § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o pagamento do IPVA aproveita ao novo proprietário ou ao possuidor, devendo o aproveitamento ser formalizado no órgão competente, no prazo de trinta dias contados da transferência ou da alienação.

SEÇÃO VI

DO LUGAR ONDE O IPVA É DEVIDO Art. 149. O IPVA é devido ao Estado de Mato Grosso do Sul, no Município: I - do aeródromo da matrícula da aeronave; II - da inscrição da embarcação aquática; III - do registro do veículo terrestre. § 1º Não estando o veículo sujeito a matrícula, a inscrição ou a registro, o IPVA é devido no Município do domicílio do proprietário ou do possuidor. § 2º As regras deste artigo aplicam-se, também e no que couber, aos casos de averbação, assentamento, licença, inspeção e vistoria de veículo. Art. 150. É devido a este Estado, no Município da apuração do evento, o IPVA vinculado a veículo encontrado no seu território: I - no ano civil seguinte ao do vencimento do IPVA, sem que este tenha sido pago à unidade da Federação onde era devido; II - sem a prova do pagamento do IPVA, quando solicitada nos termos do art. 170, após decorrido o prazo de comprovação de regularidade fiscal estabelecido no Regulamento; III - abandonado ou apreendido, sem a identificação da origem.

SEÇÃO VII DAS IMUNIDADES DO IPVA

Art. 151. São imunes do IPVA, relativamente aos veículos aéreos, aquáticos e terrestres integrantes dos seus respectivos patrimônios: I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - os partidos políticos, inclusive suas fundações, as entidades sindicais dos trabalhadores, as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos do art. 14 do Código Tributário Nacional, e do art. 3º, § 4º, desta Lei; III - as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que tais veículos estejam vinculados às suas finalidades essenciais, ou às delas decorrentes. Parágrafo único. A imunidade disposta neste artigo não se estende: I - aos concessionários ou aos permissionários de serviços públicos;

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II - aos proprietários de veículos relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.

SEÇÃO VIII DA ISENÇÃO E DA REDUÇÃO DO VALOR DO IPVA

Art. 152. Ficam isentos do pagamento do IPVA os proprietários ou os possuidores dos veículos adiante nominados, exclusivamente em relação a tais veículos: I - a máquina agrícola e a de terraplenagem e o trator, bem como a aeronave de uso exclusivamente agrícola; II - a locomotiva e o vagão ou o vagonete automovidos, de uso ferroviário; III - a embarcação de pescador profissional, pessoa física, por ele utilizada individualmente na atividade pesqueira; IV - o ônibus de transporte coletivo urbano, que tenha rampa ou outro equipamento especial de ascenso e de descenso para deficiente físico; V - o triciclo e o quadriciclo, para deficiente físico, de uso individual; VI - veículos destinados exclusivamente ao socorro de feridos e doentes. Parágrafo único. A isenção disposta neste artigo se estende: I - ao proprietário de veículo: a) destinado ao combate de incêndios, quando não pertencente a pessoa imune; b) rodoviário utilizado efetivamente como táxi, com capacidade para até cinco pessoas, limitada a isenção a um veículo por beneficiário; c) com mais de quinze anos de fabricação; II - ao turista estrangeiro, durante seu período de permanência no País, nunca superior a um ano, em relação a veículo de sua propriedade ou posse, não matriculado, não inscrito ou não registrado, ou não averbado, não assentado, não licenciado, não inspecionado ou não vistoriado, em Município de Mato Grosso do Sul; III - à Embaixada, à Representação Consular, ao embaixador e ao representante consular, bem como à pessoa que faça jus a tratamento diplomático, quanto ao veículo de sua propriedade ou posse, condicionado o benefício ao país de origem que adote reciprocidade de tratamento. Art. 153. Para atendimento a programa de controle da poluição, ou de desenvolvimento tecnológico, o Poder Executivo pode reduzir em até setenta por cento o IPVA devido pelo proprietário ou pelo possuidor de veículo com motor acionado a eletricidade ou a gás. No caso de veículo com motor a álcool, a redução pode ser de até quarenta por cento. Art. 154. O IPVA devido por proprietário ou possuidor, paraplégicos ou portadores de deficiência física, impossibilitados de utilizar o modelo comum, fica reduzido de sessenta por cento, relativamente ao veículo automotor que se destine exclusivamente ao seu uso. Art. 154. O IPVA devido por proprietário ou possuidor, paraplégico ou portador de deficiência física, fica reduzido de sessenta por cento, relativamente ao veículo automotor que se destine exclusivamente ao seu uso. (redação dada pela Lei nº 2.021, de 9 de novembro de 1999)

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§ 1º A redução tratada no caput deste artigo limitar-se-á apenas a um veículo por beneficiário, ainda que este não seja habilitado a dirigir veículo automotor. (parágrafo único remunerado para § 1º pela Lei nº 2.389, de 26 de dezembro de 2001) § 2º Para a obtenção do benefício fiscal previsto neste artigo, o interessado sujeitar-se-á a uma única comprovação de sua deficiência física no processo de redução do IPVA, desde que a mesma seja permanente, dispensada a renovação anual. (acrescentado pela Lei nº 2.389, de 26 de dezembro de 2001)

SEÇÃO IX DA BASE DE CÁLCULO DO IPVA

Art. 155. A base de cálculo do IPVA é o valor venal ou estimado do veículo, observando-se que, sendo ele: I - novo, é o valor da sua aquisição, não podendo ser inferior ao preço de mercado ou ao valor divulgado em publicações especializadas; II - usado, é o valor estabelecido em tabela específica para esse fim, nela considerados, isolada, parcial ou conjuntamente, os elementos relativos: a) aos preços médios usualmente praticados no mercado próprio; b) aos preços médios aferidos por publicações especializadas; c) à potência dos motores; d) ao comprimento ou ao casco; e) à capacidade máxima dos pesos de decolagem ou de carga, ou do número de passageiros; f) ao ano ou ao modelo de fabricação, ou à procedência; g) às cilindradas, quando se tratar de motor que utilize pistão; h) ao número de eixos de veículo rodoviário; i) ao tipo de combustível utilizado; j) às características do compartimento destinado aos passageiros de aeronave, de embarcação ou de veículo terrestre. § 1º No caso de veículo novo ou usado, procedente do exterior, cuja importação tenha sido feita diretamente pelo consumidor ou usuário final, a base cálculo, no primeiro lançamento, é: I - o valor constante no documento relativo ao desembaraço aduaneiro, acrescido dos tributos e demais gravames devidos pela importação, ainda que não recolhidos pelo importador; II - não havendo o documento referido no inciso anterior, ou inexistindo ônus sobre a importação, o valor: a) de veículo similar constante na tabela ou existente no mercado; b) arbitrado pela autoridade administrativa, na inviabilidade da aplicação da regra precedente. § 2º A disposição do inciso II do parágrafo anterior aplica-se, também, aos casos referidos no art. 150. § 3º Havendo acordo, convênio ou protocolo firmados regional ou nacionalmente entre as unidades da

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Federação, a tabela (caput, II) pode consignar como bases de cálculo os valores estabelecidos nesses instrumentos. § 4º O valor venal ou estimado do veículo pode ser convertido em Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS) ou em Unidade Fiscal de Referência (UFIR) adotada pela União. § 4º O valor venal ou estimado do veículo pode ser convertido em Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS) ou em Unidade de Atualização Monetária de Mato Grosso do Sul (UAM-MS). (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 156. A tabela estabelecendo o valor da base de cálculo do IPVA (art. 155, II): I - deve ser publicada até o dia vinte do mês de dezembro do exercício anterior; II - pode ser: a) atualizada trimestralmente; b) alterada a qualquer tempo, objetivando a inclusão e a exclusão de veículos aéreos, aquáticos e terrestres.

SEÇÃO X DAS ALÍQUOTAS DO IPVA

Art. 157. As alíquotas do IPVA são: I - 1,5% para: a) caminhão com qualquer capacidade de carga; b) ônibus e microônibus para o transporte coletivo de passageiros; II - dois por cento para ciclomotor, motocicleta, triciclo e quadriciclo, bem como para os veículos não especificados neste artigo; III - 2,5% para aeronave, automóvel (carro de passeio), camioneta, camioneta de uso misto, embarcação e utilitário; IV - três por cento para: a) automóvel (carro de passeio) e para qualquer outro veículo de passeio com capacidade até oito pessoas, excluído o condutor, que utilizem motores acionados a óleo diesel; b) aeronave esportiva e lancha esportiva ou para recreação, inclusive ultraleve e "jet-ski"; c) casa motorizada ("motor-home"); d) "kart"; V - sete por cento para veículo de corrida, de qualquer espécie, exceto "kart". Art. 157. As alíquotas do IPVA são: (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) I - até 31 de dezembro de 2004: (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) I - até 31 de dezembro de 2005: (redação dada pela Lei nº 2.963, de 23 de dezembro de 2004) I - até 31 de dezembro de 2007: (redação dada pela Lei nº 3.147, de 22 de dezembro de 2005)

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I - a partir de 1º de janeiro de 2008, inclusive: (redação dada pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) a) três por cento para: (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) 1. caminhão com qualquer capacidade de carga; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) 2. ônibus e microônibus para o transporte coletivo de passageiros; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) b) cinco por cento para automóvel (carro de passeio), camioneta, camioneta de uso misto e utilitário; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) c) seis por cento para automóvel (carro de passeio) e para qualquer outro veículo de passeio com capacidade de até oito pessoas, excluído o condutor, que utilizem motores acionados a óleo diesel; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) II - a partir de 1o de janeiro de 2005, inclusive: II - a partir de 1º de janeiro de 2006, inclusive: (redação dada pela Lei nº 2.963, de 23 de dezembro de 2004) II - a partir de 1º de janeiro de 2008, inclusive: (redação dada pela Lei nº 3.147, de 22 de dezembro de 2005) (revogado pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) a) um e meio por cento para: (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogad pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) 1. caminhão com qualquer capacidade de carga; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogado pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) 2. ônibus e microônibus para o transporte coletivo de passageiros; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogado pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) b) dois e meio por cento para automóvel (carro de passeio), camioneta, camioneta de uso misto e utilitário; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogado pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) c) três por cento para automóvel (carro de passeio) e para qualquer outro veículo de passeio com capacidade até oito pessoas, excluído o condutor, que utilizem motores acionados a óleo diesel; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) (revogado pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007) III - dois por cento para ciclomotor, motocicleta, triciclo e quadriciclo, bem como para os veículos não especificados neste artigo; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) IV - dois e meio por cento para aeronave e embarcação; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) V - três por cento para: (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) a) aeronave esportiva e lancha esportiva ou para recreação, inclusive ultraleve e "jet-ski"; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) b) casa motorizada ("motor-home"); (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002)

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c) "kart"; (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) VI - sete por cento para veículo de corrida, de qualquer espécie, exceto "kart". (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) § 1º O Poder Executivo pode dispor sobre isenção ou redução do IPVA, relativamente a veículos novos, e sobre redução de até cinqüenta por cento, relativamente a veículos usados, desde que o benefício seja destinado a estabelecimento de condições de competitividade para as empresas comercializadoras de veículos locais. (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) § 2º VETADO. (redação dada pela Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002) § 2º O Poder Executivo deverá, na época da arrecadação do tributo a que se refere este artigo, oportunizar ao contribuinte o parcelamento de seu valor total em 3 (três) vezes. (Veto rejeitado. Promulgado no Diário Oficial nº 6.001, de 21 de maio de 2003 e republicado no Diário Oficial nº 6.011, de 4 de junho de 2003) (Lei nº 2.596, de 26 de dezembro de 2002)

SEÇÃO XI

DA SUJEIÇÃO PASSIVA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Art. 158. Contribuinte do IPVA é o proprietário do veículo, observado o disposto no artigo seguinte. Art. 159. São sujeitos passivos por substituição tributária: Art. 159. São sujeitos passivos por substituição tributária, observado o disposto nas alíneas “c” e “d” do inciso II do art. 160 desta Lei: (redação dada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) I - o devedor fiduciário, no caso de alienação fiduciária em garantia; II - o arrendatário do veículo, no caso de arrendamento mercantil. Art. 160. São responsáveis pelo pagamento do IPVA e dos acréscimos devidos: I - pessoalmente, o adquirente ou o remitente do veículo, em relação aos débitos do anterior ou dos anteriores proprietários ou possuidores; II - solidariamente: a) a autoridade que autorize ou realize, ou o servidor que realize, a matrícula, a inscrição ou o registro, bem como a averbação, o assentamento, a licença, a inspeção, a vistoria, a baixa ou a transferência, de veículo automotor de qualquer espécie, sem a prova do pagamento ou do reconhecimento de imunidade ou de isenção do IPVA; b) a pessoa que aliene, ou transfira, a propriedade ou a posse de veículo automotor de qualquer espécie e não comunique o ato à autoridade competente incumbida das providências referidas na alínea anterior, no prazo de trinta dias do evento; c) o credor fiduciário, no caso de alienação fiduciária em garantia; (acrescentada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) d) o arrendante do veículo, no caso de arrendamento mercantil. (acrescentada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013) Parágrafo único. A solidariedade estabelecida neste artigo não comporta benefício de ordem.

SEÇÃO XII DO LANÇAMENTO E DA COBRANÇA DO IPVA

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Art. 161. O IPVA é lançado e cobrado anualmente. Art. 162. O valor do IPVA, para a primeira tributação, compreende tantos doze avos do seu valor anual quantos forem os meses faltantes para o término do ano civil, incluindo-se o mês da incidência do imposto (art. 147). Art. 163. No caso de inutilização, perda, perecimento, furto ou roubo de veículo, o IPVA a ele vinculado: I - é cobrado, no exercício, pelo valor correspondente a tantos doze avos do seu valor anual quantos tenham sido os meses decorridos no ano civil, incluindo-se o mês da ocorrência do fato; II - não deve ser cobrado a partir do exercício seguinte ao do evento, observada a regra disposta no inciso III; III - deve ser cobrado a partir do momento que seja restabelecido, sendo o caso, o direito de propriedade ou de posse. Parágrafo único. A regra disposta no inciso I não enseja a devolução de importâncias já pagas. Art. 164. O IPVA deve ser pago na data da realização do ato, mesmo quando não se tenha esgotado o prazo regulamentar para o seu pagamento, no caso de alienação ou de transferência da propriedade ou da posse de veículo para pessoa domiciliada em outra unidade da Federação. Parágrafo único. A regra deste artigo aplica-se, também, para o caso da mudança do domicílio do proprietário ou do possuidor do veículo para outra unidade da Federação. Art. 164-A. Nos casos do disposto no art. 146, I a IV, o IPVA deve ser pago na forma e do modo estabelecidos em regulamento,, independentemente de procedimento ou exame prévio do Fisco. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 1º Nas hipóteses deste artigo, o IPVA pode ser pago, também, na forma e do modo estabelecidos em convênio celebrado com base no art. 179, II, (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 2º Verificado que o sujeito passivo da obrigação tributária não realizou o pagamento parcial ou total do valor do IPVA no prazo estabelecido, o débito relativo ao referido imposto deve ser constituído de ofício, sem prejuízo de sua atualização e da aplicação das penalidades cabíveis. § 3º No caso do disposto no § 2º, o sujeito passivo da obrigação tributária deve ser notificado ou intimado por via postal ou meio eletrônico, com a publicação adicional de edital confirmatório, na forma da lei, para, no prazo de vinte dias contados da data da ciência, efetuar o pagamento do débito, sob pena de sua inscrição em Dívida Ativa, resguardado o direito de impugnação à exigência tributária. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 4º O edital a que se refere a disposição do § 3º deve conter os seguintes dados ou informações do sujeito passivo da obrigação tributária, vedada a indicação do nome e do endereço do estabelecimento ou domicílio da pessoa em referência: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - a identificação do veículo automotor cuja propriedade seja objeto da tributação: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) a) pela placa alfa-numérica inscrita ou indicada no Certificado de Registro de Veículo (CRV)), pelo Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) e pelo número de inscrição ou registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM), no caso de veículo rodoviário; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

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b) pela forma ou pelo modo inscrito ou indicado no: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) 1. Certificado de Aeronavegabilidade, no caso de veículo aéreo; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - o modelo, a marca e o ano de fabricação do veículo automotor; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) III - o ano-calendário ou o período de referência da incidência do imposto; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) IV - a base de cálculo, a alíquota e o valor líquido do imposto, já deduzido do valor do desconto ou dos valores dos descontos acaso concedidos; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) V - a data ou as datas estabelecidas para pagamento do valor do imposto devido; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VI - o prazo para impugnação do ato de constituição do crédito tributário; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VII - a indicação da unidade ou repartição da Administração Tributária para a qual deve ser dirigida a impugnação, sendo o caso; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VIII - outros que o regulamento indicar; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) IX - a indicação da unidade administrativa para a qual se deve dirigir a impugnação, se for o caso. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 164-B. Nos casos do disposto no art. 146,V, o IPVA deve ser: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - constituído de ofício tendo por base os valores monetários constantes na tabela a que se referem as disposições dos arts.155, II e 156; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - pago no prazo ou nos prazos estabelecidos consoante o disposto no art. 180, II, d. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 1º Na hipótese deste artigo, o sujeito passivo da obrigação tributária deve ser notificado ou intimado para, no prazo a que se refere a disposição do inciso II do caput, realizar o pagamento do débito, sob pena de sua inscrição em Dívida Ativa, resguardado o direito de impugnação à exigência tributária, que deve ser exercido no prazo de vinte dias contados da data da ciência da notificação ou intimação. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 2º No caso de notificação ou intimação realizada por meio de edital, inclusive no caso de edital confirmatório do lançamento, nele devem ser indicados os dados ou as informações previstos nas disposições do § 4º do art. 164-A. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007)

SEÇÃO XIII

DAS RECLAMAÇÕES CONTRA O LANÇAMENTO DO IPVA Art. 165. Exceto quando exigido mediante Auto de Infração, caso em que os prazos obedecem as regras do contencioso administrativo, o valor do IPVA lançado pode ser objeto de reclamação até o décimo dia do mês do seu vencimento.

SEÇÃO XIV DO CADASTRO DOS SUJEITOS PASSIVOS DA OBRIGAÇÃO

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Art. 166. A convocação, pelo titular da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento-SEFOP, obriga a pessoa convocada a inscrever-se no cadastro fazendário. § 1º A convocação ao cadastramento obrigatório, sendo o caso, deve ser feita por edital publicado no Diário Oficial do Estado, com a divulgação pelos meios disponíveis. § 2º Cabe ao Regulamento disciplinar o momento, a forma, a concessão, a suspensão, o cancelamento e a baixa da inscrição cadastral, bem como dispor sobre as pessoas alcançadas (§ 1º). § 3º A SEFOP, sempre que entender mais prático, conveniente ou necessário, pode: I - autorizar inscrição não obrigatória; II - dispensar a inscrição de determinados sujeitos passivos; III - determinar a inscrição de pessoa que, embora não se revista da condição de contribuinte ou responsável, intervenha no mecanismo de compra, de venda ou de locação, ou de controle ou de fiscalização, de veículo automotor aéreo, aquático e terrestre; IV - utilizar os cadastros de órgãos da Aeronáutica ou da Marinha, mediante convênio, ou do Departamento Estadual de Trânsito-DETRAN, adaptando-os às necessidades fazendárias; V - fornecer dados cadastrais a outras autoridades do Estado e às autoridades dos Municípios e da União. § 4º O sujeito passivo deve comunicar ao órgão fazendário estadual ou a outro órgão, por este especificamente indicado, qualquer alteração ocorrida em seu domicílio tributário, ou em seu endereço eletrônico na internet, no prazo de vinte dias, contado do evento. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 5º A comunicação a que se refere o § 4º produz efeitos quanto a endereço inverídico ou no caso de recusa administrativa do domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo, aplicando-se no que couber, as regras estabelecidas no art. 127 do Código Tributário Nacional. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 167. Nenhum veículo pode ser matriculado, inscrito ou registrado, ou averbado, assentado, licenciado, inspecionado, vistoriado, transferido ou baixado, sem a comprovação do pagamento do IPVA devido, ou da prova de isenção ou de imunidade. Parágrafo único. A regra deste artigo aplica-se, também, a qualquer outro ato que implique alteração de dado relativo à propriedade ou à posse, ou ao próprio veículo.

SEÇÃO XV

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES RELATIVAS AO IPVA Art. 168. As infrações decorrentes da violação das regras estabelecidas nesta Lei ou na legislação, e as respectivas penalidades pecuniárias, são as seguintes: I - deixar de pagar o IPVA no prazo regulamentar - MULTA de 0,33%, por dia de atraso, sobre o valor devido, até o máximo de dez por cento; II - utilizar documento adulterado, falso ou que sabe indevido, para comprovar regularidade tributária, para preencher requisito legal ou regulamentar, inclusive para beneficiar-se de imunidade ou de isenção, ou, ainda, para reduzir ou excluir da cobrança o valor do IPVA devido - MULTA equivalente ao valor do imposto não recolhido. Na mesma pena incorre quem adultera, emite, falsifica ou fornece o documento para os fins previstos neste inciso, ainda que não seja o proprietário ou o possuidor do

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veículo; III - prestar informação cadastral falsa sobre a propriedade ou a posse, sobre as características físicas ou sobre o valor venal do veículo - MULTA no valor de cinco UFERMS para cada exercício em que a informação produza efeito; IV - deixar de exibir, por qualquer causa, o comprovante do pagamento do IPVA, à autoridade controladora ou fiscalizadora competente - MULTA no valor de três UFERMS, aplicável ao proprietário, ou ao possuidor, ainda que não seja ele o condutor do veículo no momento do ato omissivo, sendo o caso; V - deixar de encaminhar veículo automotor para a matrícula, a inscrição ou o registro, ou para o cadastramento fazendário, no prazo e ao órgão competente - MULTA no valor de dez UFERMS. Na mesma pena incorre quem deixa de: a) comunicar ao órgão competente a alienação ou a transferência de veículo, sem que o adquirente o tenha feito no prazo regulamentar; (revogada pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013, art. 3º) b) requerer a baixa ou a alteração cadastral; c) encaminhar documento para o assentamento ou a averbação relativos ao IPVA; d) submeter veículo a inspeção ou a vistoria, para a apuração do seu valor venal ou para qualquer fim relativo ao pagamento do IPVA; VI - realizar a matrícula, a inscrição ou o registro, bem como a averbação, o assentamento, a licença, a inspeção, a vistoria, a baixa ou a transferência de veículo, sem a prova do pagamento ou do reconhecimento de imunidade ou de isenção do IPVA - MULTA no valor de cinco UFERMS, aplicável ao servidor que realiza o ato. Na mesma pena incorre a autoridade que, ocupando posição de chefia, autorize ou permita a realização dos atos referidos neste inciso. § 1º A aplicação das penalidades referidas neste artigo é feita sem prejuízo da exigência do IPVA, atualizado monetariamente e acrescido de juro e demais acréscimos legais, bem como das providências necessárias à instauração da ação penal cabível. § 2º No caso da prática de mais de uma infração, ainda que conexas, dentre aquelas enumeradas nos incisos I a V, as multas são aplicadas cumulativamente. § 3º A aplicação das penalidades deste artigo não exclui a responsabilidade pessoal ou solidária pelo pagamento do IPVA e dos acréscimos devidos, nos termos do disposto no art. 160. § 4º Para a cobrança de multas baseadas em UFERMS, considera-se o valor dessa unidade vigente na data do seu pagamento ou da inscrição do débito na Dívida Ativa. § 5º O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos resultantes da infração, nem o libera do cumprimento de qualquer outra exigência legal ou regulamentar.

SEÇÃO XVI DA FISCALIZAÇÃO DO IPVA

Art. 169. A fiscalização da cobrança e do pagamento do IPVA compete: I - ao agente do Fisco, integrante do Grupo Ocupacional Tributação, Arrecadação e Fiscalização; II - a qualquer funcionário estável, expressamente autorizado por ato do titular da SEFOP; III - às autoridades referidas no inciso I do artigo seguinte, às quais o titular da SEFOP delegue a competência, observado o disposto no art. 179, II, a.

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Art. 170. Sempre que solicitado, o comprovante do pagamento do IPVA é de exibição obrigatória: I - à autoridade controladora ou fiscalizadora: a) do tráfego ou do trânsito terrestres, inclusive ferroviário; b) da navegação ou do tráfego aéreos ou aquáticos; c) da matrícula, da inscrição ou do registro, bem como da averbação, do assentamento, da licença, da inspeção ou da vistoria, de veículo automotor; II - ao agente do Fisco estadual, qualquer que seja o veículo automotor e em qualquer local onde ele se encontre, circule, navegue ou trafegue, ou esteja matriculado, inscrito ou registrado ou, ainda, averbado, assentado, licenciado, inspecionado ou vistoriado. Art. 171. Para os efeitos da legislação aplicável ao IPVA, não tem aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar arquivos, inclusive magnéticos, documentos, livros, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, dos industriais e dos prestadores de serviços, bem como dos proprietários ou dos possuidores de veículos automotores, ou da obrigação destes de exibi-los. Art. 172. Mediante intimação escrita da autoridade competente do Fisco, são obrigados a prestar todas as informações de que disponham com relação aos veículos automotores aéreos, aquáticos e terrestres de terceiros: I - os tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício; II - os bancos e as demais instituições financeiras; III - as empresas de administração, de arrendamento e de locação de bens; IV - os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais; V - os inventariantes, os síndicos, os comissários e os liqüidatários; V - os inventariantes, os administradores judiciais e os liquidatários; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VI - os possuidores a qualquer título e os usuários; VII - qualquer autoridade incumbida da matrícula, da inscrição ou do registro, bem como da averbação, do assentamento, da licença, da inspeção ou da vistoria; VIII - as autoridades estaduais, qualquer que seja sua área de atuação, inclusive as integrantes da Administração Indireta; IX - qualquer pessoa que, em razão do seu cargo, ofício, função, ministério ou atividade, tenha conhecimento da propriedade ou da posse de veículos automotores. Art. 173. As regras de sujeição aos atos de cobrança, de controle e de fiscalização do IPVA aplicam-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

SEÇÃO XVII

DA REPARTIÇÃO DA RECEITA DO IPVA

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Art. 174. Pertence ao Município a que se refere o art. 150 cinqüenta por cento do valor do IPVA e dos seus acréscimos recebidos. § 1º O valor do IPVA, recebido pelo Estado e pertencente ao Município, deve ser depositado em conta corrente bancária da qual este seja titular. § 2º Ocorrendo restituição do indébito, o valor antes creditado ao Município deve ser transferido da conta deste para a do Tesouro Estadual.

SEÇÃO XVIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 175. As disposições sobre o IPVA contidas nesta Lei: I - não dispensam o proprietário ou o possuidor de veículo do cumprimento das obrigações estipuladas na legislação apropriada do tráfego ou do trânsito terrestres, ou da navegação ou do tráfego aéreo ou aquático; II - não excluem a aplicação de outras penalidades ou sanções pelas autoridades controladoras ou fiscalizadoras, nos termos da legislação específica. Art. 176. O pagamento do IPVA e seus acréscimos, inclusive multa, deve ser realizado, exclusivamente: I - em instituição financeira ou órgão expressamente autorizados a receber tributos estaduais; II - na Agência Fazendária do Município onde o IPVA é devido, na falta, no local, das entidades referidas no inciso anterior; III - por meio de documento de uso oficial, autorizado ou instituído pela SEFOP. Parágrafo único. No caso de fiscalização ostensiva do tráfego, da navegação ou do trânsito de veículos aéreos, aquáticos e terrestres, ou em caso excepcional, desde que expressamente autorizados pelo Superintendente de Administração Tributária, o pagamento do IPVA pode ser feito diretamente a funcionário autorizado a receber valores e a dar quitação de débitos. Parágrafo único. No caso de fiscalização ostensiva do tráfego, da navegação ou do trânsito de veículos aéreos, aquáticos e terrestres ou em caso excepcional, desde que expressamente autorizados pelo Superintendente de Administração Tributária, o pagamento do IPVA pode ser feito diretamente a funcionário autorizado a receber valores e a dar quitação de débitos. (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 177. Aplicam-se ao IPVA as disposições relativas: I - ao Contencioso Administrativo Fiscal do Estado; II - aos processos de consulta e de restituição do indébito; III - aos demais tributos de competência do Estado, no que couber. Art. 178. O valor do IPVA: I - pode ser convertido em UFERMS ou UFIR; II - pode constar, isoladamente, na tabela referida nos arts. 155, II, e 156; III - não pago no prazo regulamentar está sujeito à atualização monetária e ao juro de um por cento ao mês ou fração, bem como às regras aplicáveis aos demais impostos de competência do Estado.

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SEÇÃO XIX DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 179. Fica a SEFOP autorizada a: I - instituir o cadastro do IPVA; II - firmar convênios com os órgãos específicos de controle ou de fiscalização do tráfego ou do trânsito terrestres, ou da navegação ou do tráfego aéreos ou aquáticos, com vistas: a) a lançar e a cobrar o IPVA, bem como a controlar e a fiscalizar o seu pagamento; b) a integrar o cadastro desses órgãos ou permitir a integração destes no cadastro fazendário, parcial ou totalmente; c) a dar fiel cumprimento às disposições estatuídas na legislação. Art. 180. Cabe ao Regulamento dispor, além das previsões já expressas: I - quanto: a) à forma de pagamento do IPVA; b) à repartição pública, instituição financeira ou órgão nos quais o IPVA deva ser pago; II - sobre: a) a tabela referida no art. 155, II; b) o requerimento de imunidade, isenção ou redução do valor do IPVA, bem como sobre o reconhecimento da sua aplicação em cada caso; c) o percentual de desconto que pode ser concedido pelo pagamento antecipado do IPVA; d) o calendário para o pagamento do IPVA, que pode ser escalonado pelo número da matrícula, da inscrição, do registro ou da placa identificadora do veículo, coincidindo ou não com o licenciamento periódico, se exigido este; e) a Junta de Avaliação do IPVA, que, dentre outras atribuições, aprecie as reclamações contra o valor do imposto lançado (art. 165); f) a modalidade do lançamento e sobre as regras a ele relativas; g) as demais regras cabíveis à administração geral do IPVA, tendo em vista o fiel cumprimento do contido nesta Lei. Art. 181. O IPVA devido pelos proprietários ou pelos possuidores de veículos aéreos, matriculados ou registrados e, efetivamente, utilizados como táxi, fica reduzido em: I - cinqüenta por cento do seu valor, no exercício de 1997; II - trinta por cento do seu valor, no exercício de 1998. Art. 181-A Fica autorizado o Poder Executivo a conceder desconto do IPVA a pessoas jurídicas proprietárias de frotas de veículos automotores. (acrescentado pela Lei nº 3.478, de 20 de dezembro de 2007)

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TÍTULO V

DAS TAXAS

CAPÍTULO I DO FATO GERADOR

Art. 182. As taxas previstas nesta Lei têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Art. 183. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública estadual que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade, aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Art. 184. Os serviços públicos estaduais, a que se refere o artigo anterior, consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade ou de necessidade pública; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada usuário.

CAPÍTULO II DA TAXA DE SERVIÇOS ESTADUAIS

SEÇÃO I

DA INCIDÊNCIA Art. 185. A Taxa de Serviços Estaduais incide sobre: I - atividades típicas e especiais de órgãos do Estado, no sentido de licenciamento e controle de atos e documentos que interessem à coletividade (Serviços Públicos); II - atividades praticadas por pessoas físicas ou jurídicas, controladas por órgãos ou autoridades estaduais, visando à preservação da segurança pública, saúde, higiene, ordem, costumes, tranqüilidade pública e da garantia oferecida ao direito de propriedade (Poder de Polícia).

SEÇÃO II DAS ISENÇÕES

Art. 186. São isentos da Taxa de Serviços Estaduais os atos e documentos relativos: I - às finalidades escolares, militares e eleitorais; II - à vida funcional dos servidores do Estado;

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III - aos interesses de entidades de assistência social, de beneficência, de educação ou de cultura, devidamente reconhecidas, observados os requisitos previstos em regulamento; IV - aos antecedentes políticos para fins de emprego ou profissão; V - à situação e residência de viúvas e pensionistas da previdência social, que perante esta devam produzir tal prova; VI - à inscrição de candidatos, em concursos públicos de seleção de pessoal para provimento de cargos públicos federais, estaduais ou municipais, quando o candidato provar, mediante atestado policial, insuficiência de recursos; VII - aos interesses da União, Estados, Municípios e demais pessoas jurídicas de direito público interno; VIII - aos interessados de partidos políticos e templos de qualquer culto; IX - a pedidos de alvarás para levantamento de salários e proventos de aposentadorias, ou de valores não excedentes de vinte UFERMS.

SEÇÃO III DA ALÍQUOTA E DA BASE DE CÁLCULO

Art. 187. A Taxa de Serviços Estaduais tem por base de cálculo o valor da Unidade Fiscal Estadual de Referência do Estado de Mato Grosso do Sul - UFERMS - prevista na legislação própria e deve ser cobrada de acordo com os coeficientes multiplicadores constantes na Tabela anexa a esta Lei. Parágrafo único. Nos casos em que a sua cobrança seja por período anual, a taxa deve ser calculada proporcionalmente aos meses restantes, incluído o mês em que começou a ser exercida a atividade tributável, quando o seu início não coincidir com o do ano civil.

SEÇÃO IV DOS CONTRIBUINTES

Art. 188. Contribuinte da Taxa de Serviços Estaduais é a pessoa física ou jurídica que venha a se beneficiar de quaisquer das atividades ou serviços previstos e enumerados na Tabela anexa a esta Lei ou que venha a exercer uma ou mais atividades que, pela sua natureza, se enquadrem nos itens naquela elencados.

SEÇÃO V DA FORMA DE PAGAMENTO

Art. 189. A Taxa de Serviços Estaduais deve ser recolhida em estabelecimento bancário autorizado ou repartição arrecadadora, mediante documento de arrecadação específico.

SEÇÃO VI DOS PRAZOS DE PAGAMENTO

Art. 190. A Taxa de Serviços Estaduais deve ser paga: I - antes da prática do ato ou da assinatura do documento a ela sujeitos, ressalvado o disposto no inciso seguinte; II - até 31 de março do respectivo exercício ou antes do início da respectiva atividade, quando a sua cobrança for por período anual.

SEÇÃO VII DA FISCALIZAÇÃO

Art. 191. A exigência e a fiscalização da Taxa de Serviços Estaduais, na forma do Regulamento e sob pena de responsabilidade solidária, competem: I - aos funcionários da Fazenda Estadual, genericamente;

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II - às demais autoridades policiais e administrativas.

SEÇÃO VIII DAS PENALIDADES

Art. 192. A falta de pagamento da Taxa de Serviços Estaduais, ou o seu pagamento insuficiente ou intempestivo, acarretam a aplicação das seguintes penalidades, calculadas sobre o valor da taxa devida: I - havendo espontaneidade no recolhimento do principal e acessórios: a) três por cento, se efetuado dentro de quinze dias; b) sete por cento, se efetuado depois de quinze e até trinta dias; c) quinze por cento, se efetuado depois de trinta e até sessenta dias; d) 25%, se efetuado depois de sessenta e até noventa dias; e) mais três por cento ao mês, quando o atraso for superior a noventa dias. II - havendo ação fiscal, cem por cento sobre o valor da taxa, observadas as seguintes reduções: a) à metade de seu valor, quando o recolhimento ocorrer dentro de trinta dias, a contar da data de recebimento da notificação; b) setenta por cento de seu valor, quando decorridos mais de trinta dias do recebimento da notificação, e o recolhimento se fizer dentro do prazo de recursos ao Conselho de Recursos Fiscais, se não revel o notificado. b) para setenta por cento de seu valor, quando decorridos mais de trinta dias do recebimento da notificação, e o recolhimento se fizer dentro do prazo de recursos ao Tribunal Administrativo Tributário (TAT), se não revel o notificado. (redação dada pela Lei nº 3.820, de 21 de dezembro de 2009) Parágrafo único. Os prazos a que se refere o inciso I contam-se a partir da data para o recolhimento tempestivo.

CAPÍTULO III

DA TAXA JUDICIÁRIA

SEÇÃO I DA INCIDÊNCIA

Art. 193. A Taxa Judiciária incide sobre a propositura da ação ou a instauração de processo judicial, contencioso ou administrativo, ordinário, especial ou acessório, ajuizado perante qualquer juízo ou tribunal do Estado.

SEÇÃO II DA NÃO-INCIDÊNCIA

Art. 194. A Taxa Judiciária não incide: I - nas execuções de sentença; II - nas reclamações trabalhistas propostas perante os juízes estaduais.

SEÇÃO III

DAS ISENÇÕES

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Art. 195. São isentas da Taxa Judiciária: I - as ações de alimentos; II - as ações populares; III - os conflitos de jurisdição; IV - as desapropriações; V - os feitos criminais de ação pública e os incidentes a eles relativos; VI - as habilitações para casamento; VII - os pedidos de habeas-corpus; VIII - as prestações de contas testamentárias, de tutela ou curatela; IX - os processos em que forem vencidos os beneficiários da justiça gratuita ou a União, os Estados e os Municípios e demais entidades de direito público interno; X - os processos incidentes, promovidos e julgados nos mesmos autos de ação principal, salvo os casos previstos neste Capítulo; XI - as habilitações de herdeiros ou legatários, para haverem herança ou legado; XII - as liquidações de sentenças; XIII - as notificações e justificações para habilitação em montepios e instituições congêneres, para fins militares e eleitorais; XIV - os atos que se praticarem em cartório e tabelionatos para fins militares, eleitorais, educacionais e de obtenção do salário ou abono-família; XV - o acesso ao Juizado Especial.

SEÇÃO IV DA ALÍQUOTA E DA BASE DE CÁLCULO

Art. 196. Observado o limite mínimo de uma e o máximo de cinqüenta UFERMS, a Taxa Judiciária deve ser calculada à base de um por cento do valor da causa constante na petição inicial da ação, da reconvenção ou oposição, ou do que for fixado pelo juiz, no incidente de impugnação do valor da causa. § 1º Nas causas ou procedimentos jurisdicionais inestimáveis, a Taxa Judiciária corresponde ao valor de cinco UFERMS. § 2º Nas cartas precatórias procedentes de outros Estados, a Taxa Judiciária deve ter como base de cálculo o valor constante naquelas. Na falta do valor deve ser recolhido o equivalente a cinco UFERMS. § 3º Nos inventários, arrolamentos, separações judiciais consensuais e divórcios consensuais, a Taxa Judiciária corresponde ao montante fixo de cinco UFERMS. Art. 197. Nos casos de Embargos de Terceiros e de Embargos de Devedor, a Taxa Judiciária recai sobre o valor dado na respectiva petição inicial, ou, na sua falta, sobre o valor da ação principal ou da sua execução.

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Art. 198. Nos mandados de segurança, a Taxa Judiciária deve ser recebida do impetrante como depósito e recolhida em outra instituição financeira oficial, juntamente com as custas, onde deve permanecer à disposição do juiz, somente devendo ser convertida em renda ordinária, se o mandado for, a final, denegado.

SEÇÃO V

DOS CONTRIBUINTES Art. 199. Contribuinte da Taxa Judiciária é a pessoa física ou jurídica que propuser, em qualquer juízo ou tribunal, ação ou processo judicial, contencioso ou administrativo, ordinário, especial ou acessório.

SEÇÃO VI DA FORMA DE PAGAMENTO

Art. 200. A Taxa Judiciária deve ser recolhida em estabelecimento bancário autorizado ou repartição arrecadadora, segundo dispuser o Regulamento.

SEÇÃO VII

DOS PRAZOS DE PAGAMENTO Art. 201. A Taxa Judiciária deve ser paga: I - antes da distribuição do feito, do despacho do pedido inicial ou da reconvenção, ressalvado o disposto nos incisos seguintes; II - no final, juntamente com a conta de custas, no caso de inventários, arrolamentos e separações judiciais; III - no final, pelo réu, se vencido, mesmo em parte, no caso de ações propostas por beneficiário da justiça gratuita ou pela União, Estados, Municípios e demais entidades de direito público interno.

SEÇÃO VIII DA FISCALIZAÇÃO

Art. 202. A fiscalização da Taxa Judiciária em autos e papéis, que tramitem na esfera judiciária, compete de ordinário aos Procuradores do Estado e representantes da Fazenda, nas respectivas comarcas. Art. 203. Nenhum juiz ou tribunal pode despachar petições iniciais ou reconvenções, dar andamento ou proferir sentença em autos sujeitos à Taxa Judiciária, sem que neles conste o comprovante do respectivo pagamento, ressalvado o disposto no art. 201, II e III. Art. 204. Nenhum serventuário da justiça pode distribuir papéis, tirar mandados iniciais, dar andamento a reconvenções ou fazer conclusões de autos para sentença definitiva ou interlocutória em autos sujeitos à Taxa Judiciária, sem que a mesma esteja paga, ressalvado o disposto no art. 201, II e III. Art. 205. O relator do feito, em segunda instância, quando lhe for presente algum processo em que a taxa devida não tenha sido paga, providenciará, antes de qualquer outra diligência e da revisão para julgamento, no sentido de fazer efetivo o pagamento.

SEÇÃO IX DAS PENALIDADES

Art. 206. Apurando-se falta de recolhimento ou pagamento insuficiente da Taxa Judiciária, a importância devida deve ser cobrada com acréscimo da multa de cem por cento, juntamente com a conta de custas.

CAPÍTULO IV DO PEDÁGIO

Art. 207. A cobrança do pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público deve ser regulada mediante lei específica.

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TÍTULO VI DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

CAPÍTULO I

DA INCIDÊNCIA Art. 208. A Contribuição de Melhoria tem como fato gerador o benefício ocasionado direta ou indiretamente aos imóveis como decorrência da realização de obras públicas. Art. 209. A Contribuição de Melhoria é devida no caso de benefícios ocasionados em imóveis de propriedade privada, em decorrência de qualquer das seguintes obras públicas: I - a abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos; III - construção ou ampliação de sistemas do trânsito rápido, inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema; IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública; V - proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento e drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos de água e irrigação; VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem; VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos; VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 210. Consideram-se realizadas pelo Estado as obras públicas executadas diretamente ou pelos seus órgãos autárquicos. Parágrafo único. O Estado, por si próprio ou pelos seus órgãos autárquicos, pode celebrar convênio com os Municípios nos territórios dos quais forem executadas obras sobre as quais haja a incidência da Contribuição de Melhoria, objetivando: I - o recebimento, pela municipalidade, do valor dessa contribuição e; II - a reversão, a favor do Erário Municipal, do total arrecadado como resultado desse convênio. Art. 211. Respondem pelo pagamento da Contribuição de Melhoria ao tempo do respectivo lançamento, os proprietários dos imóveis abrangidos pela zona beneficiada. § 1º A responsabilidade pelo pagamento da Contribuição de Melhoria transfere-se para os adquirentes ou sucessores a qualquer título. § 2º Em caso de enfiteuse, responde pela Contribuição de Melhoria o enfiteuta. Art. 212. A iniciativa de obras públicas, que justifique a cobrança da Contribuição de Melhoria, pode ser:

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a) da própria administração estadual; b) dos proprietários que venham a ser beneficiados pela obra, desde que, no mínimo, dois terços deles o requeiram ao Governador do Estado. Art. 213. Para a cobrança da Contribuição de Melhoria, a administração competente deve publicar edital, contendo, entre outros, os seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela Contribuição de Melhoria; d) delimitação da zona beneficiada. § 1º Na elaboração do orçamento, de custo da obra, os órgãos técnicos estaduais devem indicar as fontes de recursos a serem utilizados pelo Estado para o financiamento da parcela que lhe couber, em face das respectivas disponibilidades financeiras e da natureza e importância dos benefícios econômico-sociais que da obra decorrem para a região onde se situar e para toda a economia estadual. § 2º Devem ser computadas no custo da obra as despesas de administração, fiscalização, riscos, desapropriações e financeiras, inclusive comissões. § 3º Em nenhum caso a Contribuição de Melhoria pode exceder o montante das despesas realizadas na execução da obra. § 4º Na determinação da parcela do custo da obra a ser financiado pela Contribuição de Melhoria, a administração estadual deve levar em conta as possibilidades econômico-financeiras dos contribuintes, a fim de estabelecer um plano de pagamento que, baseado na capacidade médio-contributiva dos proprietários dos imóveis a serem beneficiados, atenda às conveniências destes e do Estado. § 5º A contribuição relativa a cada imóvel deve ser determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea "c" do caput deste artigo, pelos imóveis situados na zona beneficiada. § 6º Quando a obra beneficiar outros imóveis além dos que lhe forem adjacentes, a administração estadual deve estabelecer duas ou mais zonas de benefícios decrescentes, aplicando abatimentos percentuais na razão inversa do benefício verificado. Art. 214. No prazo de trinta dias a contar da data da publicação do respectivo edital, aquele que comprovar real interesse pode apresentar impugnação ao Governador do Estado. § 1º A impugnação deve ser instruída com documentos que comprovem as respectivas alegações. § 2º A impugnação, depois de devidamente autuada e processada, deve ser submetida pelo Governador do Estado aos órgãos técnicos a que disserem respeito o elemento ou elementos impugnados, para estudo e exame. § 3º Os órgãos técnicos a que se refere o parágrafo anterior têm, a contar da data do recebimento do processo de impugnação, o prazo de vinte dias para emitirem o seu parecer. § 4º Dentro do prazo de quinze dias a iniciar-se da data do recebimento do processo instruído com o pronunciamento dos órgãos técnicos, o Governador do Estado deve julgá-lo, mediante despacho conclusivo. § 5º Depois de exarado o despacho de que trata o parágrafo anterior, o processo de impugnação deve

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ficar durante trinta dias na repartição em que for autuado, para ciência do interessado. § 6º A impugnação que não obedecer às exigências expressas neste artigo e no seu § 1º deve ser indeferida in limine pelo Governador do Estado. § 7º Se a impugnação for julgada procedente, a autoridade competente deve ordenar aos órgãos técnicos a retificação dos elementos impugnados. § 8º O elemento ou elementos retificados devem ser publicados no decurso dos primeiros quinze dias subseqüentes à data do despacho conclusivo, não se contando, todavia, em virtude dessa republicação, novo prazo para o oferecimento de impugnações por parte de qualquer interessado. § 9º No caso de a impugnação for julgada improcedente, e ainda que o interessado recorra a qualquer tempo à via judicial, a Administração Estadual não pode interromper as providências e os atos destinados à execução da obra e à cobrança da Contribuição de Melhoria a ela pertinente. Art. 215. Executada a obra na sua totalidade ou em parte suficiente para justificar a exigência da Contribuição de Melhoria sobre determinados imóveis, deve-se proceder o seu lançamento. Parágrafo único. Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deve ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Art. 216. É lícito ao contribuinte pagar o débito previsto neste Título com apólices, bônus ou obrigações da dívida pública pelo valor nominal emitidos especialmente para o financiamento da obra, em virtude da qual for lançado. Art. 217. A dívida fiscal, oriunda da Contribuição de Melhoria, tem preferência sobre outras dívidas fiscais, quanto ao imóvel beneficiado ou seu preço, e prescreve em cinco anos, contados, da notificação ou publicação do lançamento definitivo. Art. 218. A publicação dos elementos mencionados no art. 213 e de outros relativos à Contribuição de Melhoria deve ser feita mediante editais ou regulamentos de execução, os quais podem cominar multas de até o limite de cem por cento do tributo devido, no caso de fraude ou de declaração falsa. Parágrafo único. Quando solicitado, o Conselho de Recursos Fiscais pode funcionar no julgamento de assuntos relativos à Contribuição de Melhoria.

LIVRO SEGUNDO PARTE GERAL

TÍTULO I

DAS NORMAS GERAIS

CAPÍTULO I DA FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUTOS

Art. 219. A fiscalização tributária compete à Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, por meio dos órgãos próprios e, supletivamente, a seus funcionários, para isto credenciados, bem como às demais autoridades judiciárias, policiais e administrativas expressamente nomeadas em lei. § 1º A fiscalização do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação compete: a) genérica e privativamente aos Fiscais de Rendas, auxiliados quando necessário, por quaisquer funcionários da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento;

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b) subsidiariamente, aos Agentes Tributários Estaduais e Agentes Fazendários, quando se tratar de mercadorias em trânsito. Art. 219. A fiscalização tributária compete à Secretaria de Estado de Fazenda, por meio dos órgãos próprios e, supletivamente, aos funcionários integrantes do Grupo Tributação, Arrecadação e Fiscalização, bem como às demais autoridades judiciárias, policiais e administrativas expressamente nomeadas em lei. (redação dada pela Lei nº 2.144, de 13 de setembro de 2000 - Lei nº 2.144: suspensa por medida liminar deferida pelo TJ-MS em Ação Direta de Inconstitucionalidade - Lei nº 2.144: julgada constitucional pelo TJ-MS em 11 de janeiro de 2006. Acórdão publicado no Diário da Justiça nº 1.232, de 16 de março de 2006.) § 1º A fiscalização do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação compete: (redação dada pela Lei nº 2.144, de 13 de setembro de 2000 - Lei nº 2.144: suspensa por medida liminar deferida pelo TJ-MS em Ação Direta de Inconstitucionalidade - Lei nº 2.144: julgada constitucional pelo TJ-MS em 11 de janeiro de 2006. Acórdão publicado no Diário da Justiça nº 1.232, de 16 de março de 2006.) I - privativamente aos Fiscais de Rendas, em se tratando da execução de auditorias fiscais e demais procedimentos de fiscalização em estabelecimentos, e concorrentemente, quando se tratar de mercadorias em trânsito; (redação dada pela Lei nº 2.144, de 13 de setembro de 2000 - Lei nº 2.144: suspensa por medida liminar deferida pelo TJ-MS em Ação Direta de Inconstitucionalidade - Lei nº 2.144: julgada constitucional pelo TJ-MS em 11 de janeiro de 2006. Acórdão publicado no Diário da Justiça nº 1.232, de 16 de março de 2006.) II - aos Agentes Tributários Estaduais e Agentes Fazendários, em se tratando de mercadorias em trânsito. (redação dada pela Lei nº 2.144, de 13 de setembro de 2000 - Lei nº 2.144: suspensa por medida liminar deferida pelo TJ-MS em Ação Direta de Inconstitucionalidade - Lei nº 2.144: julgada constitucional pelo TJ-MS em 11 de janeiro de 2006. Acórdão publicado no Diário da Justiça nº 1.232, de 16 de março de 2006.) § 2º Aos funcionários fiscais é assegurado: a) o direito de requisitar o concurso da força pública federal ou estadual, quando vítimas de desacato, no exercício da função fiscalizadora, ou quando necessário à efetivação de medidas previstas na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção; b) o porte de arma de defesa pessoal. § 3º A autoridade administrativa que proceder ou presidir qualquer diligência de fiscalização deve lavrar termo próprio para que se documente o início e o fim do procedimento, na forma e prazo regulamentares. O termo deve ser lavrado em livro próprio ou, na sua falta, em qualquer outro livro fiscal ou comercial. (revogado pela Lei nº 2.315, de 25 de outubro de 2001) § 4º Os contribuintes ou responsáveis, bem como todas as pessoas que de qualquer forma interferirem na circulação de mercadorias, inclusive os transportadores, devem prestar aos funcionários fiscais a colaboração e assistência necessárias para a contagem e conferência em geral de mercadorias e documentos fiscais e/ou comerciais, sujeitando-se, nos termos do art. 231, às penas do art. 117, IX, a. Art. 220. Mediante intimação escrita, são obrigados a exibir livros e documentos e prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros e a não embaraçar a ação fiscal: I - os contribuintes e todos os que tomarem parte em operações tributáveis pelo Fisco Estadual, especialmente as relacionadas com a circulação de mercadorias; II - os tabeliães, escrivães e demais serventuários da justiça;

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III - os servidores públicos do Estado; IV - as empresas de transporte e os proprietários de veículos em geral, empregados no transporte de mercadorias, por conta própria ou de terceiros, desde que façam do transporte profissão lucrativa; V - os bancos, as instituições financeiras e os estabelecimentos de crédito em geral, observadas rigorosamente as normas legais pertinentes à matéria; VI - os síndicos, comissários e inventariantes; VI - os administradores judiciais e inventariantes; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) VII - os leiloeiros, corretores e despachantes oficiais; VIII - as companhias de armazéns gerais; IX - as empresas de administração de bens; IX-A - as administradoras de centros comerciais e “shopping centers”; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) IX-B - as empresas administradoras de cartão de crédito ou de débito e estabelecimentos similares; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) IX-C - as empresas de informática que desenvolvam equipamentos ou programas aplicativos ou prestem suporte ou assistência técnica, para usuário de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) X - todos os que, embora não contribuintes do ICMS, prestem serviços de industrialização para comerciantes, industriais e produtores; XI - quaisquer outras entidades ou pessoas em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. § 1º No caso do inciso V deste artigo, a intimação deve ser sempre antecedida de instauração de processo com a autuação dos documentos indicativos de sonegação fiscal, a fim de serem apuradas as responsabilidades tributárias previstas na Lei (federal) nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964. § 1º No caso do inciso V deste artigo, devem ser observadas as disposições da Lei Complementar Federal nº 105, de 10 de janeiro de 2001. (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 2º A pessoa natural portando mercadoria, com indícios de tê-la adquirido em estabelecimento de contribuinte em momento anterior, pode ser instada por agente do Fisco a apresentar o documento fiscal de sua compra ou enunciar o nome do estabelecimento vendedor. § 3º Incluem-se nas disposições deste artigo os programas e arquivos magnéticos, nos casos em que as pessoas nele mencionadas estejam obrigadas a disponibilizá-los ao Fisco. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 221. Os órgãos e servidores incumbidos do lançamento, cobrança e fiscalização dos tributos, sem prejuízo do rigor e vigilância indispensáveis ao bom desempenho de suas atividades, devem dar assistência técnica aos contribuintes e responsáveis, prestando-lhes esclarecimentos sobre a interpretação e fiel observância da legislação tributária. Art. 222. Os livros comerciais e fiscais são de exibição obrigatória aos agentes do Fisco, não tendo

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aplicação quaisquer disposições legais excludentes da obrigação de exibir, ou limitativas do direito do Fisco de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, dos industriais, dos produtores ou das pessoas a eles equiparadas. Art. 223. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação para fins extrafiscais, por parte da Fazenda Estadual ou de seus funcionários, de qualquer informação obtida, em razão de ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sobre a natureza e o estado dos seus negócios ou atividades. § 1º Excetuam-se do disposto neste artigo os seguintes casos: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - solicitações de autoridade administrativa no interesse da administração pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 2º O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da administração pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) I - representações fiscais para fins penais; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) III - parcelamento ou moratória. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 224. Os contribuintes do imposto devem cumprir as obrigações acessórias que tenham por objeto prestações positivas ou negativas, previstas na legislação. Parágrafo único. O disposto neste artigo, salvo disposição em contrário, aplica-se às demais pessoas obrigadas à inscrição no Cadastro de Contribuinte do ICMS. Art. 225. Os bancos, instituições financeiras e outros estabelecimentos de crédito são obrigados a franquear à fiscalização o exame de duplicatas e triplicatas, promissórias rurais ou outros documentos retidos em carteira e que se relacionem com operações sujeitas ao pagamento do imposto. Art. 226. Para efeito de fiscalização, os estabelecimentos gráficos, mediante prévia autorização da repartição fiscal competente, quando confeccionarem impressos, devem constar neles a sua firma ou denominação, endereço e número de inscrição, bem como a data e a quantidade de cada impressão. § 1º O disposto neste artigo aplica-se também aos contribuintes que confeccionem seus próprios impressos, para fins fiscais. § 2º Os estabelecimentos de que trata este artigo ficam obrigados a manter devidamente escriturados em livro próprio todos os controles dos documentos fiscais confeccionados, bem como arquivar a autorização concedida pela repartição competente, para exibição ao Fisco. Art. 227. A isenção e a imunidade não desobrigam do cumprimento das obrigações acessórias instituídas

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em lei e regulamento, no interesse da Fazenda Estadual. Art. 228. Quando quaisquer benefícios fiscais, imunidade ou mesmo situações fiscais de não incidência estiverem condicionados à comprovação de requisito indispensável a sua fruição, a ser preenchido de imediato ou posteriormente à realização de operação, de prestação de serviço ou de quaisquer outros atos, em não sendo aquele preenchido, o imposto será considerado devido desde o momento da ocorrência do fato. § 1º Estão abrangidos pelo disposto neste artigo: I - os casos a que se referem os arts. 3º, 6º, 7º e 8º, no que couber; II - as isenções e os benefícios fiscais de quaisquer espécies, concedidos por Lei ou Regulamento; III - a aplicação de alíquotas diferenciadas e reduções da base de cálculo, concessão de crédito presumido, diferimento ou suspensão da cobrança do imposto, manutenção de crédito ou não obrigatoriedade do seu estorno, bem como a dispensa do pagamento de imposto antes diferido; IV - os Regimes Especiais de pagamento do imposto ou de cumprimento de obrigações acessórias. § 2º O inadimplemento da condição ensejará a cobrança imediata do imposto, atualizado monetariamente e acrescido do juro e da multa incidentes, que serão devidos desde a data em que o imposto deveria ter sido pago se a operação ou prestação ou fato não tivessem sido realizados com o benefício ou imunidade condicionados à comprovação de requisito indispensável à sua fruição. § 3º Na hipótese deste artigo, tratando-se de redução de base de cálculo, de crédito presumido ou de qualquer outro benefício de redução da carga tributária, o Poder Executivo pode estabelecer que, antes da constituição, de ofício, do crédito tributário, o sujeito passivo seja cientificado de que o Fisco constatou o descumprimento do requisito indispensável à sua fruição ou dele tomou conhecimento. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 4º Na hipótese do § 3º, o sujeito passivo pode, no prazo estabelecido pelo Poder Executivo, utilizar o respectivo benefício, mesmo que não tenha atendido ao requisito a que estava condicionado, desde que, no referido prazo, pague integralmente ou parcele, na forma da legislação, o valor devido do imposto, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora e da multa de mora prevista no art. 119, I a VI, não se aplicando, nessa hipótese, as multas previstas no inciso I do caput do art. 117. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 3º Na hipótese deste artigo, tratando-se de redução de base de cálculo, de crédito presumido ou de qualquer outro benefício de redução da carga tributária, o sujeito passivo deve ser cientificado de que o Fisco constatou o descumprimento do requisito indispensável à sua fruição ou que dele tomou conhecimento. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 4º Na hipótese do § 3º, o sujeito passivo pode utilizar o respectivo benefício, mesmo que não tenha atendido ao requisito a que estava condicionado, desde que, no prazo estabelecido pelo Poder Executivo, pague integralmente ou parcele, na forma da legislação, o valor devido do imposto, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora e da multa de mora prevista no art. 119, I a VI, não se aplicando, nessa hipótese, as multas previstas no inciso I do caput do art. 117, observado o disposto no § 4º-A. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 4º-A Nos casos em que a contribuição de que trata a Lei nº 1.963, de 11 de junho de 1999, seja condição para a fruição do respectivo benefício fiscal, estando ela pendente de pagamento, a permissão de que trata o § 4º fica condicionada ao pagamento ou parcelamento dessa contribuição, no mesmo prazo estabelecido para o pagamento ou o parcelamento do crédito tributário, observado o seguinte: (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) I - a contribuição deve ser atualizada monetariamente e acrescida de juros de mora e de multa

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moratória no percentual previsto no art. 119, VI, desde a data do vencimento regulamentar do imposto incidente sobre os respectivos fatos geradores; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) II - o débito relativo à contribuição deve ser identificado, separadamente, no documento pelo qual se realizar a comunicação de que trata o § 3º; (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) III - a falta de pagamento ou parcelamento da contribuição no mesmo prazo estabelecido para o pagamento ou o parcelamento do crédito tributário, bem como o atraso no pagamento de mais de duas parcelas, no caso de parcelamento, implica as consequências previstas no § 6º; (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) IV - o atraso no pagamento de mais de duas parcelas da contribuição, no caso de parcelamento, implica as consequências previstas no § 7º, a perda do benefício e a exigência do imposto a ele correspondente, com multa e acréscimos cabíveis, deduzido o valor das parcelas pagas. (acrescentada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 5º Na hipótese do § 4º, o percentual previsto no inciso VI do caput do art. 119 aplica-se nos casos em que o pagamento ou o parcelamento ocorra após o vigésimo dia subseqüente ao do vencimento regulamentar do débito. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 6º A falta de pagamento ou de parcelamento do crédito tributário no prazo de que trata o § 4º sujeita o infrator: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - ao pagamento do imposto sem a aplicação de qualquer benefício; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - à multa prevista no inciso I do caput do art. 117, aplicável ao respectivo caso. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 7º No caso do parcelamento de que trata o § 4º, o atraso no pagamento de mais de duas parcelas implica: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - a extinção do acordo de parcelamento em relação ao saldo do crédito tributário remanescente; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - a perda do direito à substituição da multa prevista no inciso I do caput do art. 117 pela multa de mora prevista no art. 119, I a IV, relativamente ao valor remanescente do imposto. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - a exigência da multa prevista no inciso I do caput do art. 117, perdendo o infrator o direito de substituí-la pela multa de mora prevista no art. 119, I a VI. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 8º Na hipótese do § 6º, a exigência do imposto devido e a imposição da multa cabível devem ser realizadas mediante a lavratura do Auto de Lançamento e de Imposição de Multa. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 9º Na hipótese do § 7º, II, a imposição da multa prevista no inciso I do caput do art. 117 deve ser realizada mediante a lavratura do Auto de Lançamento e de Imposição de Multa. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 8º A cientificação de que trata o § 3º deve ser feita simultaneamente com o lançamento do imposto devido e a imposição da multa cabível. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 9º A cientificação e o lançamento e a imposição de multa de que trata o § 8º devem ser realizados

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mediante a lavratura de documento único que contenha, na forma da legislação, separadamente e em cada caso, o demonstrativo do crédito tributário e as respectivas cientificação, notificação e intimação do sujeito passivo. (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) § 10. O disposto nos §§ 3º a 9º aplica-se inclusive em relação às operações e prestações que, estando sujeitas à cobrança do imposto, por falta de comprovação de requisito indispensável à aplicação da imunidade ou não-incidência, estejam compreendidas nas hipóteses de concessão dos benefícios referidos no § 3º. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 11. A aplicação do disposto nos §§ 3º a 10 é condicionada a que: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) I - não ocorra a recusa do sujeito passivo ou do seu representante, em comprovar, pela sua assinatura, a ciência a ele dada de forma pessoal e direta, no caso de utilização desse meio de cientificação; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - ocorra o recebimento, no destino, da respectiva correspondência, no caso de utilização da via postal como meio de cientificação. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 12. Em decorrência do disposto no § 11, o Auto de Lançamento e de Imposição de Multa deve ser lavrado imediatamente, nos casos de: (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 12. Em decorrência do disposto no § 11, prevalecem exclusivamente o lançamento e a imposição de multa, nos casos de: (redação dada pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) I - recusa do sujeito passivo ou do seu representante, em comprovar, pela sua assinatura, a ciência que se pretendeu dar-lhe de forma pessoal e direta; (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) II - devolução, por qualquer motivo, da correspondência postada para o endereço do sujeito passivo. (acrescentado pela Lei nº 3.562, de 5 de setembro de 2008, art. 2º) § 13. Na hipótese do § 12, devem ser realizados, aperfeiçoados ou concluídos, nos termos da legislação aplicável, os atos de notificação e intimação correspondentes aos atos de lançamento e de imposição de multa. (acrescentado pela Lei nº 4.156, de 23 de dezembro de 2011) Art. 229. O Fiscal de Rendas que, em função do cargo, tenha conhecimento de infração da legislação tributária, deixar de lavrar e encaminhar o auto competente, ou o funcionário que, da mesma forma, deixar de lavrar a representação, fica responsável pecuniariamente pelo prejuízo causado à Fazenda Estadual. § 1º Igualmente, fica responsável a autoridade ou funcionário que deixar de dar andamento aos processos administrativos tributários, quer sejam contenciosos ou versem sobre consulta, inclusive quando o fizer fora dos prazos estabelecidos ou mandar arquivá-los antes de findos e sem causa justificada e não fundamentado o despacho de conformidade com a legislação vigente à época do arquivamento. § 2º A responsabilidade, no caso deste artigo é pessoal e independe do cargo ou função exercida, sem prejuízo de outras sanções administrativas e penais cabíveis à espécie. Art. 230. Nos casos do artigo anterior e seus parágrafos, ao responsável, e, se mais de um houver, independentemente uns dos outros, deve ser cominada a pena de multa de valor igual à metade do aplicável ao agente responsável pela infração, sem prejuízo da obrigatoriedade do recolhimento do tributo se este não tiver sido recolhido pelo contribuinte, ressalvados os casos previstos nos Capítulos que tratam da prescrição e decadência. Parágrafo único. A pena prevista neste artigo deve ser imposta pelo Secretário de Estado de Finanças,

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Orçamento e Planejamento, por despacho no processo administrativo que apurar a responsabilidade do funcionário a quem deve ser assegurada ampla defesa.

CAPÍTULO II DAS INFRAÇÕES

Art. 231. Constitui infração toda ação ou omissão voluntária ou involuntária, que importe em inobservância, por parte de pessoa física ou jurídica, de norma estabelecida por lei ou por regulamento, ou pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-los. § 1º Respondem pela infração: I - conjunta ou isoladamente, todos os que, de qualquer forma, concorram para a sua prática ou dela se beneficiem, ressalvado o disposto no item seguinte; II - conjunta ou isoladamente, o proprietário de veículo ou seu responsável, quando esta decorra do exercício de atividade própria do mesmo; III - pessoalmente, o servidor fazendário que emitir, com inobservância de requisitos regulamentares, nota fiscal cuja emissão seja de responsabilidade da Secretaria de Estado de Receita e Controle. (acrescentado pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) § 2º Salvo disposição em contrário, a responsabilidade por infração independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza ou extensão dos efeitos do ato. Art. 232. No caso de multa estabelecida em grau mínimo e máximo, a sua gradação deve ser feita levando-se em conta: I - a menor ou maior gravidade da infração; II - as suas circunstâncias atenuantes e agravantes; III - os antecedentes do infrator com relação às disposições desta lei e de seus regulamentos. Art. 233. As infrações ou penalidades decorrentes da não observância de dispositivos da legislação tributária devem ser interpretados de maneira mais favorável ao infrator, em caso de dúvida quanto a: I - capitulação legal do fato; II - natureza ou circunstâncias materiais do fato, ou natureza ou extensão de seus efeitos; III - autoria, imputabilidade ou punibilidade; IV - natureza da penalidade aplicável ou sua graduação. Art. 234. Os infratores devem ser punidos com as seguintes penas: I - multas; II - sujeição a sistemas especiais de controle e fiscalização; III - cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício do contribuinte. Art. 235. Não se deve proceder contra servidor e contribuinte que tenham agido ou pago tributo de acordo com a interpretação fiscal constante em decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que posteriormente venha a ser modificada essa interpretação. Art. 236. O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos resultantes de

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infração, nem o exime do cumprimento das exigências regulamentares que a tiverem determinado. Art. 237. O contribuinte que repetidamente incidir em infração a esta Lei pode ser submetido, nos termos do Regulamento, a sistema especial de fiscalização.

CAPÍTULO III DO CRIME DE SONEGAÇÃO FISCAL

Arts. 238 a 247 revogados pela Lei nº 2.315, de 25 de outubro de 2001) Art. 238. As autoridades fazendárias que tiverem conhecimento de fatos caracterizados como crimes contra a ordem tributária, nos termos da Lei (federal) nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, devem remeter ao Ministério Público representação por escrito com informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. § 1º A representação deve ser acompanhada das principais peças do feito e independe do processo instaurado na esfera administrativa. § 2º São, também, competentes para encaminhar a representação, os funcionários nominados no Regulamento do imposto ou autorizados pelo Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento.

CAPÍTULO IV DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Art. 239. Exclui a espontaneidade da iniciativa do infrator: I - a lavratura do Auto de Infração, de notificação, intimação, termo de início de fiscalização ou de qualquer ato tendente a verificar a regularidade da operação ou prestação; II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros, ou a notificação para a sua apresentação; III - a apresentação de mercadorias, bens, documentos ou informações somente após a adoção, pelo Fisco, de medidas coercitivas tendentes a frustrar a evasão fiscal. § 1º Não se deve cominar penalidade aos contribuintes que, antes de qualquer procedimento do Fisco e na forma do artigo seguinte, procurarem as autoridades fiscais para sanar irregularidades decorrentes de obrigações acessórias, desde que sanadas no prazo que lhes for estipulado. § 2º A obrigação acessória é a que tem por objeto as prestações positivas ou negativas, previstas na legislação tributária no interesse da arrecadação e da fiscalização do imposto. § 3º O início do procedimento alcança todos aqueles que estejam envolvidos nas infrações apuradas pela ação fiscal. Art. 240. A denúncia espontânea deve ser protocolada na repartição fiscal do domicílio do contribuinte, na forma e condições previstas em lei e regulamento, sob pena de sua ineficácia.

CAPÍTULO V

DO DEPÓSITO ADMINISTRATIVO Art. 241. É facultado ao contribuinte, durante a tramitação do processo, garantir a execução do crédito tributário mediante depósito administrativo do valor impugnado, operando-se interrupção da incidência da correção monetária e acréscimos, a partir do mês seguinte àquele em que for efetuado o depósito. § 1º Nos casos de impugnação parcial de crédito tributário, o depósito deve corresponder ao valor impugnado, sendo que a impugnação somente produz os efeitos regulares se o contribuinte ou responsável promover o recolhimento da importância que entender devida até o término do respectivo prazo.

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§ 2º Para os efeitos deste artigo, o valor impugnado deve compreender o tributo, monetariamente corrigido, com acréscimo e penalidades cabíveis, no momento da efetivação do depósito. Art. 242. O depósito deve ser efetuado em instituição financeira oficial, integrada no sistema de crédito do Estado, em conta especial vinculada, incidindo sobre o valor atualização monetária e juro, isolada ou englobadamente, nos termos da legislação federal pertinente. Art. 243. Após decisão definitiva na órbita administrativa, caso se verifique ser indevido ou excessivo o valor depositado, deve ser este, ou a diferença, devolvido ao sujeito passivo, mediante autorização do titular do órgão competente, a ser fornecida no prazo de noventa dias, contados da entrada do requerimento na repartição fiscal indicada em regulamento. Art. 244. Na hipótese de decisão definitiva favorável à Fazenda Pública, o valor depositado ou o produto da venda dos títulos deve ser convertido em renda ordinária, sem prejuízo da imediata execução do saldo devedor porventura existente. Art. 245. A legislação tributária pode estabelecer hipótese de obrigatoriedade de depósito prévio: I - como garantia a ser oferecida pelo sujeito passivo, nos casos de compensação; II - como concessão por parte do sujeito passivo, nos casos de transação; III - em quaisquer outras circunstâncias nas quais se fizer necessário resguardar os interesses do Fisco. Art. 246. O depósito pode ser efetuado nas seguintes modalidades: I - em moeda corrente no país; II - por cheque; III - por vale postal; IV - por valores mobiliários, na forma da legislação financeira. § 1º O depósito efetuado por cheque somente suspende a exigibilidade do crédito tributário com o resgate deste pelo sacado. § 2º A legislação tributária deve exigir, nas condições que estabelecer, que os cheques entregues para depósito, tendo em vista a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, sejam previamente visados pelos estabelecimentos bancários sacados. Art. 247. Cabe ao sujeito passivo, por ocasião da efetivação do depósito, especificar qual o crédito tributário ou a parcela do crédito tributário, quando este for exigido em prestações, abrangido pelo depósito. Parágrafo único. A efetivação do depósito não importa em suspensão da exigibilidade do crédito tributário: I - quando parcial, das prestações vincendas em que tenha sido decomposto; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos ou penalidades pecuniárias. (Arts. 238 a 247 revogados pela Lei nº 2.315, de 25 de outubro de 2001)

CAPÍTULO VI DA PRESCRIÇÃO

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Art. 248. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data de sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I - pela citação pessoal feita ao devedor; I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Art. 249. Ocorrendo a prescrição e não tendo sido ela interrompida na forma do art. 248, parágrafo único, deve-se abrir inquérito administrativo para apurar as responsabilidades, na forma da lei. § 1º Constitui falta de exação no cumprimento do dever deixar o servidor estadual prescrever créditos tributários sob sua responsabilidade. § 2º Em se tratando de servidor admitido pelo regime das Leis Trabalhistas, a ocorrência prevista no parágrafo anterior constitui desídia declarada no desempenho da função, caracterizando justa causa para sua dispensa. § 3º O servidor estadual, qualquer que seja o seu cargo ou função e independentemente do vínculo empregatício ou funcional com o Governo, responde civil, criminal e administrativamente pela prescrição de créditos tributários sob sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o Estado no valor dos créditos prescritos.

CAPÍTULO VII DA DECADÊNCIA

Art. 250. O direito de a Fazenda Estadual constituir o crédito tributário, extingue-se em cinco anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - na data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. § 1º O direito a que se refere este artigo, extingue-se, definitivamente, com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. § 2º Ocorrendo a decadência, aplicam-se as normas do art. 249 e seus parágrafos, no tocante à apuração das responsabilidades e à caracterização da falta.

CAPÍTULO VIII DA CONSULTA

(Arts. 251 a 273 - revogados pela Lei nº 2.315, de 25 de outubro de 2001) Art. 251. Todo aquele que tiver legítimo interesse pode formular consulta sobre interpretação e aplicação da legislação tributária estadual.

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Art. 252. As entidades representativas de atividades econômicas ou profissionais podem formular consulta em seu nome, sobre matéria de interesse geral da categoria que legalmente representem. Parágrafo único. Nas consultas de interesse individual de seus associados, as entidades intervêm na qualidade de representantes. Art. 253. O Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento deve designar o órgão competente para apreciar as consultas. Art. 254. Na consulta devem constar: I - a qualificação do consulente; II - a matéria de fato e de direito objeto da dúvida; III - a interpretação que o consulente dá aos dispositivos da legislação tributária aplicáveis à matéria consultada; IV - a declaração de que inexiste início de procedimento fiscal contra o consulente. § 1º Na hipótese do inciso II, o consulente deve mencionar a data do fato gerador da obrigação tributária principal ou acessória, se já ocorrido, informando, se for o caso, sobre a certeza ou possibilidade de ocorrência de novos fatos geradores idênticos. § 2º Cada consulta deve referir-se a uma só matéria, admitindo-se a cumulação, numa mesma petição, apenas quando se tratar de questões conexas. § 3º A consulta pode ser formulada pelo interessado, seu representante legal ou procurador habilitado. Art. 255. A consulta deve ser apresentada, no domicílio tributário do consulente, ao órgão local da entidade incumbida de administrar o tributo sobre que versa. Parágrafo único. As consultas recebidas devem ser encaminhadas ao órgão competente no primeiro dia útil seguinte ao do recebimento. Art. 256. O órgão competente deve responder à consulta dentro de trinta dias contados da data em que a tiver recebido. Parágrafo único. As diligências e os pedidos de informações solicitados pelo órgão competente suspendem, até o respectivo atendimento, o prazo de que trata este artigo. Art. 257. A apresentação da consulta produz os seguintes efeitos: I - suspende o curso do prazo para pagamento do tributo, em relação ao fato sobre que se pede a interpretação da lei aplicável; II - impede, até o término do prazo fixado na resposta, o início de qualquer procedimento fiscal destinado à apuração de faltas relacionadas com a matéria consultada. § 1º A suspensão do prazo a que se refere o inciso I não produz efeitos relativamente ao tributo devido sobre as demais operações realizadas, deixando de ser considerado no período, quando se tratar do ICMS, apenas o crédito ou o débito controvertido. § 2º A consulta sobre a matéria relativa à obrigação tributária principal, formulada fora do prazo previsto para o recolhimento do tributo a que se referir, não elide, se considerado este devido, a incidência dos acréscimos legais até a data da sua apresentação.

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§ 3º O disposto neste artigo não se aplica à consulta de que trata o art. 252, caput. Art. 258. O consulente deve adotar o entendimento contido na resposta dentro do prazo que esta fixar, não inferior a quinze dias. Parágrafo único. Referindo-se a consulta ao ICMS, este, se considerado devido, deve ser recolhido juntamente com o apurado no período em que vencer o prazo fixado para o cumprimento da resposta. Art. 259. O decurso do prazo a que se refere o artigo anterior sem que o consulente tenha procedido de conformidade com os termos da resposta implica a lavratura de Auto de Infração e a aplicação das penalidades cabíveis. § 1º O recolhimento do tributo, antes de qualquer procedimento fiscal, implica a incidência, sobre o respectivo valor, de atualização monetária e juro previsto nesta Lei. § 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, a contagem de prazo rege-se pelas regras seguintes: I - se a consulta tiver sido formulada dentro do prazo previsto para o pagamento de tributo, o prazo deve ser contado a partir do termo final fixado na resposta, respeitada a norma do art. 258, parágrafo único; II - tratando-se de consulta formulada nos termos do art. 257, § 2º, o prazo deve continuar a fluir após o vencimento do prazo fixado na resposta, sem prejuízo do disposto no art. 258, parágrafo único. Art. 260. A observância, pelo consulente, da resposta dada à consulta, enquanto prevalecer o entendimento nela consubstanciado, exime-o de qualquer penalidade e exonera-o do pagamento do tributo considerado não devido. Art. 261. A orientação dada pelo órgão competente pode ser modificada: I - por outro ato dele emanado; II - por ato normativo do Superintendente de Administração Tributária da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento ou do Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento. Parágrafo único. Alterada a orientação, esta só produz efeitos a partir do 15º dia seguinte ao da ciência do consulente ou a partir do início da vigência do ato normativo. Art. 262. Sempre que uma resposta tiver interesse geral, o órgão competente pode propor ao Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento a expedição de ato normativo. Art. 263. A resposta à consulta de que trata o art. 252, caput fica condicionada à aprovação prévia do Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento. Art. 264. Não produz qualquer efeito a consulta formulada: I - por estabelecimento contra o qual tiver sido lavrado Auto de Infração ou Termo de Apreensão de mercadorias, para apuração de fatos que se relacionem com a matéria consultada; II - por estabelecimento em relação ao qual tenha sido lavrado termo de início de verificação fiscal; III - sobre matéria objeto de ato normativo; IV - sobre matéria que tiver sido objeto de decisão proferida em processo administrativo já findo, de interesse do consulente;

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V - sobre matéria objeto de consulta anteriormente feita pelo consulente e respondida pelo órgão competente. VI - sobre matéria em relação à qual já existam reiteradas decisões judiciais ou administrativas, no mesmo sentido. (acrescentado pela Lei nº 2.078, de 12 de janeiro de 2000) Art. 265. Das respostas do órgão competente, aprovadas pelo Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, não cabem recursos, inclusive pedido de reconsideração. Art. 266. A resposta deve ser entregue: I - pessoalmente, mediante recibo do consulente, seu representante ou preposto; II - pelo correio, mediante aviso de recebimento (A.R.) datado e assinado pelo consulente, seu representante, preposto ou por quem, em seu nome, receba a cópia da resposta. § 1º Omitida a data no aviso de recebimento (A.R.) a que se refere o inciso II, dá-se por entregue a resposta quinze dias após a data da sua postalização. § 2º Se o consulente não for encontrado, deve ser intimado, por edital, a comparecer no órgão competente, no prazo de cinco dias, para receber a resposta, sob pena de ser a consulta considerada sem efeito.

CAPÍTULO IX DA RESTITUIÇÃO DO TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE

Art. 267. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Art. 268. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro, somente deve ser feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. Art. 269. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Art. 270. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos, contados: I - nas hipóteses do art. 267, I e II , da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do art. 267, III, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. Art. 271. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda

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Pública interessada. Art. 272. Os pedidos de restituição do ITCD, além do documento que prove o pagamento do tributo, devem ser acompanhados: I - de certidão de que o ato ou contrato não se realizou, passada pelo serventuário que tiver expedido a guia e por aquele a quem tenha havido posterior distribuição da escritura e certidão negativa de transcrição passada pelo oficial de registro de imóvel da situação dos bens; II - de certidão da decisão, transitada em julgado, quando anulada a escritura, arrematação ou adjudicação e de certidão de sentença dos atos correspondentes; III - de traslado de escrituras e outros documentos comprobatórios da alegação, quando exigidos pela autoridade fiscal. Art. 273. A restituição deve ser feita mediante ordem do Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, a quem compete conhecer dos respectivos pedidos. Parágrafo único. No caso do ICMS, a restituição deve ser feita, preferencialmente, em forma de crédito, para ser compensado com o débito do mesmo imposto, nas condições estabelecidas no Regulamento. (Arts. 251 a 273 - revogados pela Lei nº 2.315, de 25 de outubro de 2001)

CAPÍTULO X DAS FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO

Art. 274. O Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento pode, mediante despacho fundamentado, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Estadual. (Nota: dívida ativa - Lei nº 2.606, de 13 de janeiro de 2003) Parágrafo único. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de discussão judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (acrescentado pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 275. O Poder Executivo pode autorizar a realização de transação, concessão de anistia, remissão, moratória, parcelamentos de débitos fiscais e ampliação de prazo de recolhimento de tributo, observadas, quanto ao ICMS, as condições gerais definidas em convênio. Art. 276. Os créditos do Estado, inscritos em dívida ativa, podem ser pagos mediante dação de bens imóveis ao tesouro do Estado, na forma em que dispuser o Regulamento. Art. 276. Os créditos do Estado, inscritos ou não em dívida ativa, podem ser pagos mediante dação de bens ao Tesouro do Estado, na forma em que dispuser o regulamento. (redação dada pela Lei nº 2.647, de 11 de julho de 2003) Art. 277. A dação em pagamento judicial ou administrativo importa em confissão irretratável da dívida e da responsabilidade, com renúncia a qualquer revisão ou recurso.

CAPÍTULO XI

DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E DOS ACRÉSCIMOS FINANCEIROS

SEÇÃO I DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Art. 278. Os débitos de qualquer origem ou natureza para com a Fazenda Pública Estadual, quando não pagos até a data do seu vencimento, devem ser atualizados monetariamente. § 1º A atualização monetária deve ser efetuada mediante a multiplicação do valor do débito em real, na

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data do seu vencimento, pelo coeficiente obtido pela divisão do valor da Unidade Fiscal de Referência - UFIR vigente no dia do efetivo pagamento pelo valor dessa unidade vigente no dia em que o débito deveria ter sido pago. § 2º Para os efeitos deste artigo, a definição e o alcance da UFIR são aqueles estabelecidos pela legislação federal específica. § 3º Na legislação do Estado de Mato Grosso do Sul, a UFIR fica substituída pela nomenclatura similar, na mesma data, sempre que a União modificar esse indicador para a atualização dos seus créditos. Art. 278. Os débitos de qualquer origem ou natureza para com a Fazenda Pública, quando não pagos até a data do seu vencimento, devem ser atualizados monetariamente em função da variação do poder aquisitivo da moeda. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 1o Para efeito deste artigo, fica instituída a Unidade de Atualização Monetária de Mato Grosso do Sul (UAM-MS), no valor de R$ 1,0641. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 2º A UAM-MS deve ser atualizada com base na variação do Índice Geral de Preços, conceito Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas, podendo o Regulamento, na falta desse índice, estabelecer que a atualização da referida unidade seja feita com base em outro índice representativo da variação de preços no mercado regional ou nacional, cuja taxa de variação seja calculada por órgão ou entidade competente. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 3º A atualização monetária deve ser efetuada mediante a multiplicação do valor do débito em real, na data do seu vencimento, pelo coeficiente obtido pela divisão do valor da UAM-MS vigente no mês do efetivo pagamento pelo valor dessa unidade vigente no mês em que o débito deveria ter sido pago. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) Art. 279. Entende-se por dia e mês em que o débito deveria ter sido pago ou o termo inicial de atualização monetária, aqueles: Art. 279. Entende-se por mês em que o débito deveria ter sido pago aquele: (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) I - do vencimento regulamentar ou autorizado para o pagamento, tratando-se de imposto: a) apurado mediante registros nos livros fiscais apropriados; b) devido por estimativa fixa ou variável; c) espontaneamente denunciado pelo contribuinte; II - de ocorrência de fato gerador de tributo ou de fato motivador de qualquer irregularidade fiscal sujeita à sanção, nas hipóteses não previstas no inciso anterior; III - administrativa, contratual ou judiciariamente estipulados ou intimados. Parágrafo único. Quando não puder ser aplicada a regra deste artigo, considera-se como termo inicial da atualização monetária o último dia ou mês do período alcançado pelo levantamento fiscal ou pela apuração do débito. II - da ocorrência do fato gerador do tributo ou do fato motivador da irregularidade fiscal sujeita à sanção, nas hipóteses não previstas no inciso anterior; (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) III - do vencimento administrativa, contratual ou judicialmente estipulado ou intimado. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002)

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Parágrafo único. Quando não puder ser aplicada a regra deste artigo, considera-se como mês em que o débito deveria ter sido pago o último mês do período alcançado pelo levantamento fiscal ou pela apuração do débito. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) Art. 280. A atualização monetária aplica-se também: I - aos débitos em cobrança suspensa por medida administrativa ou judicial, observado o disposto no art. 282; II - às penalidades legais. § 1º As multas devem ser calculadas sobre o valor original e atualizadas monetariamente até a data do seu pagamento, ressalvado o disposto no art. 117, § 7º. § 2º A atualização monetária não se aplica a partir da data em que o devedor tenha efetuado o depósito da importância questionada, segundo o disposto no Regulamento. § 3º No caso do parágrafo anterior, a importância depositada deve corresponder ao valor já atualizado até a data do depósito, compreendendo, também, os acréscimos moratórios e as penalidades exigidas. § 1º As multas devem ser calculadas sobre o valor original e atualizadas monetariamente até o mês do seu pagamento, ressalvado o disposto no art. 117, § 7º. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 2º A atualização monetária não se aplica a partir do mês em que o devedor tenha efetuado o depósito da importância questionada, segundo o disposto no Regulamento. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 3º No caso do parágrafo anterior, a importância depositada deve corresponder ao valor já atualizado até o mês do depósito, compreendendo, também, os acréscimos moratórios e as penalidades exigidas. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 4º O depósito parcial de qualquer importância somente suspende a atualização monetária em relação à parcela efetivamente depositada. § 5º Julgada improcedente a exigência, por decisão definitiva, o valor do depósito deve ser restituído ao depositante no prazo de trinta dias contados de seu requerimento, com a devida atualização monetária. Art. 281. Observadas as exceções legais, os débitos para com a Fazenda Pública Estadual devem ser sempre considerados monetariamente atualizados, não constituindo a referida atualização parcela autônoma ou acessória. Art. 282. A atualização monetária dos débitos do falido deve ser feita nos termos gerais desta Lei, podendo ser suspensa por período determinado, segundo as particularidades da lei civil. § 1º Se o débito do falido não for liquidado até o último dia do mês do término do prazo de suspensão da atualização monetária, a incidência desta alcança o período em que esteve suspensa. § 2º O pedido de concordata não interfere na fluência dos prazos referidos neste artigo. § 2° O deferimento do processamento da recuperação judicial não interfere na fluência dos prazos referidos neste artigo. (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) Art. 283. O débito de qualquer origem ou as parcelas vincendas de parcelamentos podem ser convertidos em Unidade Fiscal de Referência - UFIR ou outra unidade, obrigação ou indexador que a União adote para a atualização do poder aquisitivo da moeda nacional, o que deve ser definido no

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Regulamento. Art. 283. O Regulamento pode estabelecer que o débito de qualquer origem ou as parcelas vincendas de parcelamentos sejam convertidos em Unidades de Atualização Monetária de Mato Grosso do Sul ou em indexador que a União adote para atualização de seus créditos. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) Art. 284. As disposições desta Seção aplicam-se, também, aos débitos sujeitos à inscrição em Dívida Ativa e a sua conseqüente cobrança administrativa ou judicial.

SEÇÃO II

DOS ACRÉSCIMOS FINANCEIROS Art. 285. Os débitos de qualquer origem ou natureza não recolhidos no prazo regulamentar ou autorizado devem ser acrescidos de juro de um por cento ao mês, a partir do dia imediato ao do seu vencimento. Art. 285. Os débitos de qualquer origem ou natureza não recolhidos no prazo regulamentar ou autorizados devem ser acrescidos de juro de um por cento por mês ou por fração de mês superior a quinze dias, a partir do seu vencimento. (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) § 1º Não interrompe a fluência do juro o eventual prazo concedido para a liquidação do débito. § 2º O juro deve ser calculado sobre o valor monetariamente atualizado nos termos desta Lei. Art. 286. Nos casos de débitos tributários parcelados e em substituição ao acréscimo a que se refere o artigo anterior, as prestações mensais ou periódicas vincendas podem ser cobradas com acréscimo financeiro equivalente ao praticado no mercado. § 1º Na hipótese do disposto no caput, o acréscimo financeiro deve corresponder à média dos encargos pagos pelo Tesouro Estadual, no mês imediatamente anterior. § 2º Inexistindo pagamento de encargos ou captação de recursos pelo Tesouro Estadual, o acréscimo financeiro deve tomar por base a média dos encargos cobrados pelas instituições oficiais de crédito, na praça de Campo Grande. § 3º Em substituição ao acréscimo financeiro de que trata este artigo pode ser adotada a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para títulos federais, acumulada mensalmente. § 4º O acréscimo de que trata este artigo não poder ser inferior a um por cento ao mês. Art. 287. As disposições desta Seção aplicam-se, também, aos débitos sujeitos à inscrição em Dívida Ativa e a sua conseqüente cobrança administrativa ou judicial.

CAPÍTULO XII DO PARCELAMENTO

Art. 288. Os débitos de qualquer origem ou natureza para com a Fazenda Pública Estadual podem ser parcelados, nas condições e prazos estabelecidos em regulamentação específica. § 1º Para os efeitos deste artigo e em se tratando de débito de origem tributária, considera-se débito fiscal a soma do tributo com a multa e os demais acréscimos moratórios. § 2º O débito objeto de parcelamento deve ser consolidado na forma regulamentar, podendo ser expresso em quantidade de Unidade Fiscal de Referência - UFIR ou indexador que a substituir. § 3º O pedido de parcelamento implica a confissão irretratável do débito e a expressa renúncia a

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qualquer impugnação ou recurso administrativo ou judicial, bem como a desistência dos já interpostos. § 4º O pedido de parcelamento obriga o devedor ao cumprimento das condições propostas, até que a Secretaria de Finanças, Orçamento e Planejamento ou a Procuradoria-Geral do Estado se manifeste sobre o requerido. Se deferido o benefício, devem ser abatidas do saldo devedor as importâncias recolhidas no período. § 5º O descumprimento, pelo devedor, das condições estipuladas no parcelamento, implicará a perda dos benefícios concedidos e a sujeição às penalidades e acréscimos legais cabíveis. § 5º O descumprimento, pelo devedor, das condições estipuladas no parcelamento implicará a perda dos benefícios concedidos, inclusive da redução de penalidades, reincorporando-se os respectivos valores ao saldo devedor e a sujeição aos acréscimos legais cabíveis. (redação dada pela Lei nº 3.477, de 20 de dezembro de 2007) § 6º No caso de devedor em recuperação judicial, o parcelamento do crédito tributário pode ser deferido em até sessenta parcelas mensais e sucessivas. (acrescentado pela Lei nº 4.425, de 7 de novembro de 2013)

CAPÍTULO XIII DA DÍVIDA ATIVA

Art. 289. Constitui dívida ativa tributária o crédito da Fazenda Pública Estadual dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, regularmente inscrito na Procuradoria Geral do Estado, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela legislação tributária ou por decisão final proferida em processo regular. Parágrafo único. Sem prejuízo da incidência da atualização monetária e do juro, bem como da exigência da prova de quitação para com a Fazenda Pública Estadual, o Procurador Geral do Estado pode determinar a não inscrição como Dívida Ativa ou a sustação da cobrança judicial de débitos de diminuto valor e comprovada inexeqüibilidade. Art. 290. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. § 1º A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. § 2º A fluência do juro e a aplicação de índices de atualização monetária não excluem a liquidez do crédito. § 3º A prova de liquidação total ou parcial de débitos inscritos, ajuizados ou não, deve ser feita sempre em documento instituído pela Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, que deve ser quitado no local e na forma que aquela Secretaria definir. Art. 291. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pelo Procurador do Estado, deve indicar obrigatoriamente: I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou a residência de um ou de outros; II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular o juro e demais encargos previstos em lei; III - a origem, a natureza e o fundamento legal da dívida; IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à correção monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o seu cálculo;

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V - a data e número da inscrição, no registro de dívida ativa; VI - o número do processo administrativo ou do Auto de Infração, se nele estiver apurado o valor da dívida. § 1º A certidão de dívida ativa deve conter, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha de inscrição, observado o disposto no § 4º deste artigo. § 2º As dívidas relativas ao mesmo devedor, desde que conexas ou conseqüentes, podem ser englobadas na mesma certidão. § 3º Na hipótese do parágrafo anterior, a ocorrência de qualquer forma de suspensão, extinção ou exclusão de crédito tributário não invalida a certidão nem prejudica os demais débitos objetos da cobrança. § 4º O termo de inscrição da dívida e a expedição da respectiva certidão podem ser feitos, a critério da Fazenda Estadual, mediante sistemas mecânicos com a utilização de fichas e róis em folhas soltas, ou processamento eletrônico de dados, desde que atendidos os requisitos deste artigo. § 5º A cobrança judicial da dívida ativa deve ser efetuada pela Procuradoria-Geral do Estado com observância das normas fixadas pela legislação pertinente. Art. 292. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade pode ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado, o prazo para defesa, que somente pode versar sobre a parte modificada. Art. 293. Verificado o recolhimento de qualquer débito fiscal com inobservância ou observância irregular de índices, percentuais ou valores para a redução de multas, ou de incidência de juro, acréscimos ou atualização monetária, o devedor deve ser intimado a recolher a diferença apurada, no prazo regulamentar, inscrevendo-se o débito na Dívida Ativa no caso de inadimplemento. § 1º A inscrição do débito de que trata este artigo na Dívida Ativa independe da lavratura de Auto de Infração, bastando para tanto a existência de documento demonstrativo do débito e a comunicação deste ao devedor. § 2º A regra deste artigo não se aplica às diferenças apuradas em ação fiscal, hipótese em que deve ser proposta a multa correspondente no Auto de Infração, obedecido, ainda, o disposto no Contencioso Administrativo Fiscal.

CAPÍTULO XIV DA CERTIDÃO NEGATIVA

Art. 294. A prova de quitação do tributo deve ser feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações exigidas pelo Fisco, na forma do Regulamento. Art. 295. A certidão deve ser fornecida dentro de dez dias a contar da data de entrada do requerimento na repartição, sob pena de responsabilidade funcional. Parágrafo único. Havendo débito em aberto, a certidão deve ser indeferida e o pedido arquivado, dentro do prazo fixado neste artigo. Art. 296. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Estadual, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir pelo pagamento de crédito tributário, acrescido de juro.

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Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade civil, criminal e administrativa que couber, e é extensiva a quantos colaborem, por ação ou omissão, no erro contra a Fazenda Estadual. Art. 297. A venda, cessão ou transferência de qualquer estabelecimento comercial, industrial ou produtor, não podem efetuar-se sem que conste no título a apresentação da certidão negativa de tributos estaduais a que estiverem sujeitos esses estabelecimentos, sem prejuízo da responsabilidade solidária do adquirente, cessionário ou quem quer que os tenha recebido em transferência. Art. 298. Sem prova, por certidão negativa ou por declaração de isenção ou de reconhecimento de imunidade com relação aos tributos ou a quaisquer outros ônus relativos ao imóvel, até o ano da operação, inclusive, os escrivães, tabeliães e oficiais de registro não podem lavrar, inscrever, transcrever ou averbar quaisquer atos ou contratos relativos a imóveis. Art. 299. A certidão negativa deve ser exigida, sem prejuízo das demais situações previstas nesta Lei, nos seguintes casos: I - pedido de restituição de tributo e/ou multas pagas indevidamente; II - pedido de reconhecimento de isenção; III - pedido de incentivos fiscais; IV - transação de qualquer natureza com órgãos públicos ou autárquicos estaduais; V - recebimento de crédito decorrente das transações referidas no inciso anterior; VI - inscrição como contribuinte, salvo no caso de produtor rural; VII - baixa de inscrição como contribuinte; VIII - baixa de registro na Junta Comercial; IX - obtenção de favores fiscais de qualquer natureza, X - transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. Art. 300. Tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Art. 301. O prazo de validade das certidões de que trata este Capítulo será estabelecido no Regulamento.

LIVRO TERCEIRO DA PARTE FINAL

TÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 302. A Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS) é a representação, em moeda nacional, dos valores a serem considerados para o cálculo dos direitos e obrigações expressamente previstos na legislação tributária e, em especial, nesta Lei. § 1º O valor da Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS) pode ser alterado mensalmente.

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§ 2º A alteração do valor de cada UFERMS pode ser feita tomando-se por base, alternativamente: I - a variação acumulada do índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; I - a variação do Índice Geral de Preços, conceito Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas; (redação dada pela Lei nº 2.403, de 11 de janeiro de 2002) II - qualquer outro critério, desde que o aumento do valor da UFERMS, mensal ou acumulado, não seja superior ao que resultar da aplicação do disposto no inciso anterior. § 3º No caso do disposto no § 2º, I, ocorrendo a substituição do índice ou do órgão ali referidos, a legislação estadual deve incorporar, de imediato, o critério então estabelecido para apurar a variação de preços no mercado regional ou nacional. Art. 303. Podem ser desprezadas: I - as frações de dezenas de real, no cálculo e atualização da UFERMS, para finalidades tributárias; II - as frações de real no momento do recolhimento de quaisquer tributos ou acréscimos decorrentes, inclusive de multas. Parágrafo único. O Regulamento pode dispor de forma que os contribuintes do ICMS, mantendo escrita fiscal própria e julgada satisfatória pelo Fisco, levem a débito no mês seguinte o imposto devido, quando inferior ao valor equivalente a duas UFERMS. Art. 304. A Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento pode celebrar convênios com estabelecimentos bancários e financeiros visando facilitar o pagamento de tributos através de agências situadas no território do Estado ou fora dele. Art. 305. Para manutenção dos serviços de arrecadação, fiscalização, registro, controle e distribuição de parcela do ICMS pertencente aos Municípios, o Estado pode celebrar convênios com estes, se assim interessar às duas partes. Art. 306. Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com a União, com os Estados, Distrito Federal e Municípios, com o objetivo de assegurar: I - a coordenação dos respectivos programas de investimentos e serviços públicos, especialmente no campo da política tributária; II - a eficiência da fiscalização tributária, podendo, inclusive, estabelecer a arrecadação dos tributos de uma entidade pela outra. Art. 307. Na aplicabilidade dos dispositivos desta Lei, devem ser observadas, no que couber, as normas do Contencioso Administrativo Fiscal do Estado. Art. 308. Na administração e cobrança dos tributos de competência do Estado, aplicam-se as normas gerais de direito tributário, instituídas pelo Código Tributário Nacional. Art. 309. Sempre que outra unidade da Federação conceder benefícios fiscais com inobservância de disposições da legislação federal pertinente e sem que haja aplicação das sanções nelas previstas, a Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento deve adotar as medidas necessárias à proteção da economia do Estado. Art. 310. Ficam incorporadas de imediato à legislação tributária estadual todas e quaisquer normas gerais de direito tributário editadas, ou que venham a ser, pela União, nos limites de sua competência,

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inclusive convênios, protocolos e ajustes celebrados entre os Estados para a concessão de isenções, reduções ou outros favores fiscais referentes ao ICMS. Art. 311. Os prazos marcados nesta Lei e no seu Regulamento contam-se em dias corridos, excluindo-se o dia de início e incluindo-se o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam e vencem em dia de expediente normal da repartição. Art. 312. O crédito tributário pago em cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo Banco sacado (CTN, art. 162, § 2º). § 1º No caso deste artigo, o valor do crédito não extinto pode ser exigido independentemente da lavratura de Auto de Infração ou de intimação ou notificação fiscais, inscrevendo-se em Dívida Ativa o saldo devedor não liquidado até o décimo dia seguinte ao da devolução do cheque. § 2º A inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa e a sua cobrança administrativa ou judicial devem ser feitas sem prejuízo da aplicação das penalidades e acréscimos legais, da abertura do inquérito policial e da instauração da ação penal cabível. Art. 313. A atualização monetária e o cálculo do juro, do início de sua incidência até a data da vigência desta Lei, relativamente aos débitos cujos fatos geradores tenham ocorrido anteriormente à referida vigência, devem ser efetuados mediante a observância das regras então vigentes. Art. 314. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar esta Lei, podendo o Regulamento dispor que, mediante Resolução baixada pelo Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, sejam expedidas normas complementares aos seus dispositivos. § 1º O Secretário de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, além da competência atribuída neste artigo, pode, a seu critério, e tendo em vista as conveniências da administração fiscal, constituir comissão especial ou grupo de trabalho para prestar às autoridades fazendárias incumbidas do lançamento, arrecadação e fiscalização dos tributos estaduais e ao público de contribuintes, em geral, os esclarecimentos necessários e indispensáveis ao correto cumprimento da legislação tributária do Estado. § 2º Fica a Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento autorizada a promover campanhas de incentivos à arrecadação estadual, por meio de formas julgadas técnica e economicamente viáveis, inclusive com a premiação de consumidores estimulados à exigência de notas fiscais. Art. 315. A Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento, sempre que julgar necessário, pode imprimir e distribuir ou providenciar para que sejam impressos e distribuídos modelos de declarações e documentos, para efeito de fiscalização, lançamento, cobrança, informações e recolhimento de tributos estaduais. Art. 316. O crédito relativo às mercadorias destinadas a uso ou consumo, referido no art. 66, somente poderá ser apropriado em relação às entradas ocorridas a partir de 1º de janeiro de 1998, desde que não sobrevenha norma dispondo em contrário. Prorrogado o prazo para 01.01.2000 pela Lei Complementar nº 92, de 23.12.1997. Prorrogado o prazo para 01.01.2002 pela Lei Complementar nº 99, de 20.12.1999. Prorrogado o prazo para 01.01.2007 pela Lei Complementar nº 114, de 16.12.2002. Prorrogado o prazo para 01.01.2011 pela Lei Complementar nº 122, de 12.12.2006. Art. 317. As transferências de créditos referidas no art. 76, § 3º, podem ser realizadas somente quanto aos créditos acumulados desde 16 de setembro de 1996. Art. 318. Para efeito do disposto no art. 49, § 2º, I, ficam recepcionados os acordos, ajustes, convênios ou protocolos que tratam da matéria, celebrados anteriormente à data da vigência desta Lei.

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Art. 319. Enquanto não fixada a margem de valor agregado a que se refere o art. 32, § 2º, III, c, deve ser utilizada como tal, conforme o caso, aquela constante no instrumento normativo relativo à respectiva mercadoria, recepcionado pelo disposto no artigo anterior. Art. 320. Nos termos do disposto no art. 157, I, da Constituição Federal, o produto da arrecadação do Imposto da União sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza, incidente, na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, deve ser recolhido diretamente ao Tesouro do Estado: I - por todos os órgãos públicos de qualquer Poder estadual; II - pelas autarquias estaduais; III - pelas fundações instituídas pelo Estado de Mato Grosso do Sul. Art. 321. Desde que se refiram a infrações relativas a fatos ocorridos até 31 de dezembro de 1997 e sejam objeto de autuação fiscal realizada até 31 de janeiro de 1998 e, ainda, liquidadas juntamente com as demais partes componentes do crédito tributário exigido, as multas punitivas, relativamente ao ICMS, ficam reduzidas para: I - dez por cento do seu valor, quando o devedor, até o vigésimo dia da sua intimação, liquidar o débito exigido em Auto de Infração ou peça fiscal que regulamentarmente o substitua; II - vinte por cento do seu valor, quando no prazo de vinte dias da sua intimação, ou mesmo quando excedido esse prazo, mas antes do julgamento administrativo final, o devedor quitar o débito exigido na decisão de primeira instância; III - trinta por cento do seu valor, quando proferida a decisão de segunda instância administrativa o devedor, até o vigésimo dia da sua intimação, liquidar o débito confirmado na decisão condenatória; IV - quarenta por cento do seu valor, quando antes de inscrição em dívida ativa, ou se já efetivada esta, antes do seu ajuizamento para a cobrança em processo de execução, o devedor quitar o débito exigido. V - cinqüenta por cento do seu valor, quando, ocorrido o seu ajuizamento para cobrança em processo de execução o devedor quitar o débito exigido. § 1º No caso de parcelamento do débito, as reduções de multa previstas nos incisos I a IV do caput são, respectivamente, de: I - vinte, trinta, quarenta e cinqüenta por cento, quando o fracionamento for até quatro parcelas, mensais e sucessivas; II - trinta, quarenta, cinqüenta e sessenta por cento, nos casos em que o fracionamento compreender cinco a dez parcelas, mensais e sucessivas. § 2º Rompido o acordo de parcelamento de débito, o valor deduzido da multa na forma do § 1º, devidamente atualizado e acrescido de juros de mercado, fica reincorporado ao saldo devedor do sujeito passivo. § 3º Excepcionalmente, podem ser aplicadas as reduções, fixadas no § 1º, II, aos casos de parcelamentos com maior número de parcelas, nos termos do Regulamento. Art. 322. Desde que se refira a fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 1997: I - o recolhimento do ICMS apurado pelo contribuinte ou da parcela de estimativa, fora do prazo regulamentar e após ou mediante ação do Fisco visando à sua exigência, desde que realizada até 31 de janeiro de 1998, sujeita o devedor à multa moratória de 0,0333% ao dia de atraso, até o limite máximo

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de vinte por cento; II - o recolhimento fora do prazo regulamentar, do ICMS apurado ou apurado e declarado pelo contribuinte ou por ele denunciado, bem como da parcela de estimativa, realizado independentemente de ação fiscal visando à sua exigência até 31 de janeiro de 1998, sujeita o devedor à multa moratória de 0,0166% ao dia de atraso, até o limite de dez por cento. § 1º Na hipótese do inciso II, é irrelevante a data da ação fiscal, para efeito de verificação do atraso. § 2º O disposto no inciso II aplica-se, também, aos casos de débitos oriundos da obrigação do recolhimento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, relativamente aos contribuintes referidos no art. 82. Art. 323. VETADO Parágrafo único. VETADO Art. 323. O Poder Executivo fica autorizado a majorar a alíquota do ICMS, para o pescado comercializado em operações interestaduais. (Veto rejeitado. Publicada no Diário Oficial nº 4.914, de 9 de dezembro de 1998) Parágrafo único. Ao pescado oriundo de cativeiro não se aplicam as disposições contidas no caput deste artigo. (Veto rejeitado. Publicada no Diário Oficial nº 4.914, de 9 de dezembro de 1998) Art. 324. O Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias da publicação desta Lei, enviará à Assembléia Legislativa projeto objetivando instituir tratamento fiscal simplificado a microempresas (Simples-MS), nos termos do art. 169, da Constituição Estadual. Art. 325. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Art. 326. Ficam revogados expressamente o Decreto-Lei nº 66, de 27 de abril de 1979, que aprovou o Código Tributário Estadual, e as seguintes Leis ou dispositivos de Leis, que introduziram modificações em seu texto: I - a Lei nº 425, de 14 de dezembro de 1983; II - a Lei nº 435, de 27 de dezembro de 1983; III - a Lei nº 525, de 27 de dezembro de 1984; IV - a Lei nº 625, de 6 de janeiro de 1986; V - a Lei nº 765, de 8 de outubro de 1987; VI - a Lei nº 901, de 27 de dezembro de 1988; VII - a Lei nº 1.028, de 19 de dezembro de 1989; VIII - a Lei nº 1.636, de 27 de dezembro de 1995; IX - a Lei nº 1.727, de 20 de dezembro de 1996; X - os arts. 1º, 2º, 5º e 6º da Lei nº 692, de 30 de dezembro de 1986; XI - os arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 6º, 8º, 9º, 10, 11, 14, 15 e 16 da Lei nº 1.225, de 28 de novembro de 1991; XII - os arts. 3º e 4º da Lei nº 1.292, de 16 de setembro de 1992;

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XIII - o art. 2º da Lei nº 1.431, de 26 de outubro de 1993, na parte que dispõe sobre a exclusividade quanto ao desenvolvimento, à operação e à manutenção de sistemas para a área de arrecadação e fiscalização fazendária; XIV - os arts. 1º e 2º da Lei nº 1.773, de 29 de setembro de 1997.