77
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS EUDSON MAIA DE QUEIROZ JÚNIOR VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO RÁPIDO DUAL PATH PLATFORM PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANÍASE VISCERAL CANINA FORTALEZA-CEARÁ 2011

VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

  • Upload
    voduong

  • View
    218

  • Download
    3

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

EUDSON MAIA DE QUEIROZ JÚNIOR

VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO

RÁPIDO DUAL PATH PLATFORM PARA O DIAGNÓSTICO

DA LEISHMANÍASE VISCERAL CANINA

FORTALEZA-CEARÁ 2011

Page 2: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

2

EUDSON MAIA DE QUEIROZ JÚNIOR

VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO RÁPIDO DUAL PATH

PLATFORM PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANÍASE VISCERAL CANINA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal. Orientadora: Profa. Dra.: Claudia Maria Leal Bevilaqua

FORTALEZA-CEARÁ 2011

Page 3: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

3

Q3v Queiroz Júnior, Eudson Maia de

Validação do teste imunocromatográfico rápido Dual Path Platform para o diagnóstico da leishmaníase visceral canina / Eudson Maia de Queiroz Júnior. — Fortaleza, 2011.

77 p. ; il. Orientadora: Profª. Drª. Claudia Maria Leal Beviláqua. Co-orientadora: Profª. Drª. Diana Célia Souza Nunes

Pinheiro. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências

Veterinárias) – Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária. Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal.

1. Diagnóstico. 2. Cães. 3. Leishmaníase visceral. 4. Sorologia. I. Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária.

CDD: 616.9364

Page 4: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

4

EUDSON MAIA DE QUEIROZ JÚNIOR

VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO RÁPIDO DUAL PATH

PLATFORM PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANÍASE VISCERAL CANINA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Veterinárias.

Aprovada em: ____/_____/_____

Banca Examinadora

_________________________________ Claudia Maria Leal Bevilaqua

Orientadora – UECE

_________________________________ Fernanda Cristina Macedo Rondon

Examinadora – UECE

_________________________________ Sthenia Santos Albano Amóra

Examinadora-UFERSA

Page 5: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

5

Aos meus pais, Eudson e Lêda.

Page 6: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

6

AGRADECIMENTOS

Agradeço inicialmente a Deus, pela família maravilhosa que escolheu pra mim,

que sempre será um símbolo de união e cooperação;

Aos meus pais Eudson Maia de Queiroz e Lucileide (Lêda) Xavier de Lima

Queiroz, agradeço pelo amor incondicional, pela credibilidade, pelo exemplo de caráter

e principalmente por me mostrarem que todas as pessoas são iguais perante o Criador,

devendo ser tratadas como tal. Agradeço pelo esforço para garantir que seus filhos

tivessem uma boa educação e pelo exemplo de matrimônio;

Aos meus irmãos, Érika Régia de Lima Queiroz e Edson Maia de Queiroz Neto,

por estarem sempre presentes, seja nas alegrias ou na tristeza; agradeço-lhes pela

confiança e por acreditarem em meu potencial, sempre me incentivando a lutar pelos

meus sonhos;

À Neudete de Sousa Oliveira (Dedê), por todos esses anos de dedicação à

família, sempre disposta a fazer nossos caprichos; você é uma segunda mãe para mim e

para meus irmãos.

Ao meu primo Vanderilo Rodrigues de Oliveira Júnior (In Memorian), por ter

me recebido em sua casa, por toda ajuda nos primeiros passos dessa caminhada.

Obrigado pelos momentos alegres que você nos proporcionou, saudades!!;

À minha noiva, Thamires Soares Guerreiro, pelo carinho, compreensão e amor

dedicado; minha baixinha, você é muito importante para mim! Você é uma das razões

da minha luta;

À Maria Lúcia de Lima Xavier (tia e madrinha), pelo apoio e ajuda fundamental

nos primeiros anos da minha vinda para Fortaleza;

À Vera Lúcia de Lima Xavier (tia), pelo apoio, pela disposição e o interesse no

meu crescimento;

À amiga Anelise Maria Costa Vasconcelos Alves, pela amizade incondicional

que faz eu me sentir mais seguro e confiante; obrigado pela credibilidade e

principalmente pela sinceridade prestada;

Às amigas e colegas de laboratório Ana Caroline Moura Rodrigues, Juliana

Ribeiro e Rafaele Almeida e ao amigo João Batista e Silva Júnior (Jota), pela

participação e cooperação neste trabalho durante as coletas no CCZ e UHV-FAVET;

À toda a equipe da UHV-FAVET pelo apoio nas coletas, em especial aos

colegas médicos veterinários: Dra. Érika, Dr. Reginaldo e Dr. Marcio.

Page 7: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

7

À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha

co-orientadora e por toda atenção dispensada durante minhas dúvidas e na elaboração

do artigo científico;

À minha orientadora Professora Dra. Claudia Maria Leal Bevilaqua, pela

oportunidade dada há seis anos quando dei os primeiros passos na iniciação científica.

Pelos ensinamentos, orientação e principalmente pelo exemplo a qual almejo seguir;

Ao Dr. Alexander Amaral Medeiros, Dra. Evanisa Alves Ventura e toda a

equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Fortaleza, por todo apoio para que

esse trabalho de concretizasse;

À Dra. Fernanda Cristina Macedo Rondon, por toda a atenção dispensada e pela

disposição em ajudar. Mesmo naqueles dias mais tumultuados ela sempre arranja um

tempinho para as nossas dúvidas e sugestões. Sou muito grato a você, muito obrigado

pela confiança, paciência e por ser essa amiga que você é;

À Professora Dra. Sthenia Santos Albano Amóra pela confiança em propor que

eu realizasse esse trabalho e pela ajuda durante todo o decurso do mestrado, sempre

muito atenciosa e disposta a ajudar;

À Dra. Ana Lourdes por sempre compartilhar seu tempo com conselhos, gestos

de amizade e ensinamentos;

Às doutorandas Lorena Mayana Beserra de Oliveira, Iara Térsia Freitas Macedo,

pela solidariedade e ensinamentos compartilhados e por toda atenção dispensada no

decorrer desse período.

A CAPES que proveu apoio financeiro, sob a forma de bolsa de estudos, durante

a minha passagem pelo mestrado.

Page 8: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

8

RESUMO

A leishmaníase visceral (LV) é um grave problema de saúde pública no mundo e o cão é

o seu principal reservatório. Na atualidade, a LV tem se expandido para muitos centros

urbanos do Brasil, como conseqüência principalmente de falhas nas medidas de controle

direcionadas ao reservatório doméstico, que se traduzem nos tipos de diagnósticos

utilizados e na demora dos seus resultados. Um novo método de diagnóstico rápido,

Dual Path Platform (DPP®) baseado na imunocromatografia, está sendo testado. Assim,

o principal objetivo desse estudo foi contribuir para o controle da leishmaníase visceral

canina (LVC), através da validação do teste rápido DPP® para detecção de anticorpos

anti-Leishmania chagasi. O teste imunocromatográfico rápido (DPP – Bio-

Manguinhos®) e o ensaio imunoenzimático (EIE® – Bio-Manguinhos®) foram validados

usando o teste de imunofluorescência indireta (IFI® – Bio-Manguinhos®) como padrão-

ouro. Foram examinamos 103 cães divididos em três grupos com diferentes sinais

característicos de leishmaníase visceral: assintomáticos (n = 35), oligossintomáticos (n

= 31) e sintomáticos (n= 37). Amostras de sangue foram coletadas da veia cefálica dos

cães obtendo-se soro utilizado no IFI® e EIE®, enquanto que foi coletada uma gota de

sangue da ponta da orelha de cada cão para a realização do DPP®. A análise dos dados

foi realizada sobre o total das amostras e sobre os grupos dos diferentes sinais clínicos,

usando uma tabela de contingência 2 x 2 e analisados pelo GraphPad PRISMTM 5.0. O

DPP® sobre o total das amostras, independente de sinais, mostrou sensibilidade de

56,1% e especificidade de 100% quando comparado ao IFI®. Quando o DPP® foi usado

no diagnóstico de cães assintomáticos a sensibilidade foi de 12% e a especificidade de

100%. Examinando cães oligossintomáticos, a sensibilidade foi de 52,4% e

especificidade de 100%. Para cães sintomáticos, a sensibilidade e a especificidade do

DPP® foram de 88,9% e 100%, respectivamente. O teste de EIE® sobre o total das

amostras, independente dos sinais, mostrou sensibilidade de 50% e especificidade de

100%. Quando EIE® foi usado no diagnóstico de cães assintomáticos a sensibilidade foi

de 4% e a especificidade de 100%. Examinando cães oligossintomáticos, a sensibilidade

do EIE® foi de 38,1% e a especificidade de 100%. Para cães sintomáticos a

sensibilidade e a especificidade do EIE® foram de 88,9% e 100%, respectivamente. Em

conclusão, o DPP® apresentou elevada sensibilidade no diagnóstico de cães

sintomáticos, mas baixa sensibilidade em cães assintomáticos e oligossintomáticos;

porém o DPP® apresentou desempenho superior aos obtidos pelo EIE®, sugerindo que o

Page 9: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

9

DPP® pode ser usado como teste de triagem sorológica do programa de controle da

leishmaníase visceral canina.

Palavras Chave: Diagnóstico. Cães. Leishmaníase Visceral. Sorologia.

Page 10: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

10

ABSTRACT

Visceral leishmaniasis (VL) is a major public health problem in the world and the dog is

the main reservoir for this disease. Currently, the VL has spread to many urban centers

in Brazil, mainly as a result of failures in control measures aimed at the domestic

reservoir, which are reflected the type of diagnosis used and the delay of its results. A

new method for rapid diagnosis, Dual Path Platform (DPP®), based on

immunochromatography is being tested. Thus, the main objective of this study was to

contribute to the control of canine visceral leishmaniasis (CVL), by validating the DPP®

rapid test for detection of anti-Leishmania chagasi antibodies. The

immunochromatographic test (DPP–Bio-Manguinhos®) and Enzyme-linked

immunosorbent assay (EIE – Bio-Manguinhos®) have been validated using Indirect

Immunofluorescence (IFI – Bio-Manguinhos®) as the gold standard. We examined 103

dogs divided into three groups based on different clinical signs of visceral

leishmaniasis: asymptomatic (n = 35), oligosymptomatic (n = 31) and symptomatic (n =

37). Blood samples were collected from the cephalic vein to obtain serum for use with

the IFI® and EIE®. A drop of blood from the tip of the ear was also collected from each

dog to utilize with the DPP® test. Data analysis was performed on the total sample and

group of different clinical signs using a contingency table 2 x 2 and analyzed by

GraphPad PRISMTM 5.0. For the total sample, regardless of disease signs, DPP®

showed sensitivity of 56.10% and specificity of 100% when compared to IFI®. When

DPP® was used in the diagnosis of asymptomatic dogs, the sensitivity was 12% and the

specificity was 100%. Examining oligosymptomatic dogs, DPP® sensitivity was 52.4%

and the specificity was 100%. For symptomatic dogs DPP®, the sensitivity and

specificity were 88.9% and 100% respectively. EIE® on total sample, regardless of

signs, showed a sensitivity of 50% and specificity of 100%. When EIE® was used in the

diagnosis of asymptomatic dogs, the sensitivity was 4% and the specificity 100%.

Examining oligosymptomatic dogs, EIE® sensitivity was 38.10% and the specificity

was 100%. For symptomatic dogs EIE® sensitivity and specificity were 88.9% and

100% respectively. In conclusion, the DPP® showed high sensitivity in the diagnosis

of symptomatic dogs, but low sensitivity in asymptomatic and oligosymptomatic dogs,

however the DPP® showed superior performance to those obtained by EIE®, suggesting

that the DPP® can be used as serological screening test control program of canine

visceral leishmaniasis.

Page 11: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

11

Keywords: Diagnosis. Dogs. Visceral Leishmaniasis. Serology.

Page 12: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

12

LISTA DE FIGURAS

Pág

Figura 1. Formas amastigotas (esquerda) e promastigotas (direita) de

Leishmania spp......................................................................................................

19

Figura 2. Vetores do gênero Lutzomyia spp, a-Fêmea, b-Macho..........................

Figura 3. Ciclo clássico de transmissão de Leishmania spp.................................

Figura 4. Número de casos e incidência de leishmaníase visceral. Ceará, 2002 a

2009................................................................................................................

Figura 5. 5a. Cão com dermatite grave, alopecia, hipotricose e

hiperqueratose. 5b. Cão com uveíte grave...........................................................

Figura 6. Teste imunocromatográfico Dual Path Platform (DPP®)...................

20

21

22

24

34

Page 13: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Validação do DPP® usando IFI® como padrão-ouro de acordo com cães

assintomáticos, oligossintomáticos e sintomáticos e sobre o total das amostras, com grau

de concordância Kappa (к)........................................................................................44

Tabela 2. Validação do EIE® usando IFI® como padrão-ouro de acordo com cães

assintomáticos, oligossintomáticos e sintomáticos e sobre o total das amostras, com grau

de concordância Kappa (к).........................................................................................44

Tabela 3. Detecção de anticorpos anti-Leishmania pelos testes DPP®, IFI® e EIE® no

diagnóstico da leishmaníase visceral canina de acordo com as formas clínicas da

doença........................................................................................................................44

Page 14: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

14

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

WHO Organização Mundial de Saúde

LV Leishmaníase Visceral

UECE Universidade Estadual do Ceará

PH Potencial Hidrogênio Iônico

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

DNA Ácido desoxirribonucleico

PCR Reação de polimerase em cadeia

RIFI Reação de imunofluorescência indireta

ELISA

CCZ

Ensaio imunoenzimático indireto

Centro de Controle de Zoonoses

µL Microlitros

mL Mililitros

kg Quilograma

g Grama

cm Centímetro

°C Graus Celsius

% Porcentagem

Page 15: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

15

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 16

2. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 18

2.1 Generalidades sobre a Leishmaníase Visceral ..................................................... 18

2.1.1 Definição .................................................................................................. 18

2.1.2 Agente Etiológico e Taxonomia ............................................................... 18

2.1.3 Ciclo Biológico ......................................................................................... 19

2.1.4 Epidemiologia ........................................................................................... 21

2.1.5 Resposta imunológica às leishmaníases ................................................... 22

2.1.6 Apresentação Clínica ................................................................................ 24

2.1.7 Controle .................................................................................................... 25

2.2 DIAGNÓSTICO DA LEISHMANÍASE VICERAL CANINA .......................... 26

2.2.1 Diagnóstico clínico ................................................................................... 26

2.2.2 Métodos parasitológicos ........................................................................... 27

2.2.3 Métodos moleculares................................................................................28

2.2.4 Métodos sorológicos.................................................................................29

3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 35

4. HIPÓTESE CIENTÍFICA..............................................................................................................36

5. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 37

5.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 37

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 37

6. CAPÍTULO 1 ......................................................................................................................... 38

7. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 52

8. PERSPECTIVAS ................................................................................................................... 53

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 54

10. APÊNDICES............................................................................................................66

Page 16: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

16

INTRODUÇÃO

As leishmaníases são doenças causadas por protozoários flagelados pertencentes

ao gênero Leishmania, com uma grande diversidade de manifestações clínicas.

Apresentam uma incidência anual de 2 milhões de casos humanos, sendo 500.000 casos

de leishmaníase visceral (LV), caracterizada como doença crônica e fatal quando não

tratada (WHO, 2010). É causada por Leishmania donovani na Índia e no leste da África,

por L. infantum na Europa e norte da África (LUKES et al., 2007, REY, 2008) e nas

Américas é causada pelo protozoário Leishmania chagasi (sin. Leishmania infantum)

(MOREIRA et al., 2007) e transmitida principalmente por Lutzomyia longipalpis, sendo

o cão o principal reservatório doméstico do parasita (SOLANO-GALLEGO et al., 2001.

Índia, Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil são responsáveis por 90% dos casos

registrados no mundo (WHO, 2010).

No Brasil, a LV é uma doença endêmica com registro de surtos freqüentes e em

franca expansão, ocorrendo registro de casos da doença em áreas antes consideradas

livres, como na região Sul (KRAUSPENHAR, et al., 2007; THOMAZ-SOCCOL et al.,

2009). No Estado do Ceará, nordeste brasileiro, a doença encontra-se disseminada e a

cidade de Fortaleza concentra a maior incidência em humanos (CEARÁ, 2011). Em

relação à população canina de Fortaleza, levantamento epidemiológico demonstrou que

a doença está difundida tanto nos cães domiciliados quanto nos cães de movimento

irrestrito (RONDON et al., 2008).

O Ministério da Saúde do Brasil na busca do controle da LV preconiza a

eutanásia de cães soropositivos, o controle do vetor, diagnóstico precoce e tratamento de

casos humanos (BRASIL, 2006). No entanto o impacto dessas medidas não tem surtido

o efeito esperado na redução de casos humanos, determinando assim a necessidade de

reavaliação das ações propostas. (WHO, 2010). Por isso, um correto diagnóstico é um

importante passo para evitar a eutanásia desnecessária de cães e a transmissão da

doença, pois assim evita-se que o cão infectado permaneça no ambiente como fonte de

infecção (FERREIRA et al., 2008).

Em cães, o diagnóstico clínico isolado da doença não é suficiente para detectar

animais positivos, devido ao largo espectro de sinais clínicos, desde animais saudáveis a

casos em estágio avançado da doença (CAMARGO; LANGONI et al., 2006). O

diagnóstico definitivo da LV pode ser obtido através da demonstração de amastigotas

em tecido do animal infectado ou de promastigotas em cultura ou através da detecção do

Page 17: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

17

DNA utilizando a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Infelizmente, estes

métodos requerem procedimentos invasivos, um laboratório bem equipado e técnicos

treinados, o que é atualmente inviável em inquéritos epidemiológicos (BRASIL, 2006;

GOMES et al., 2008; LIMA et al., 2010). Os métodos sorológicos são os mais utilizados

em levantamentos epidemiológicos, sendo os mais empregados o teste de

Imunofluorescência Indireta (IFI), Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e teste

imunocromatográfico rápido (QUEIROZ et al., 2009; PALTRINIERI et al., 2010).

O teste imunocromatográfico DPP® (Bio-Manguinhos®) é um teste qualitativo

para detecção de anticorpos anti-Leishmania que utiliza a proteína recombinante K39

(rK39) como antígeno. Esta proteína é o produto de um gene clonado a partir de L.

chagasi e que contém uma repetição de 39 aminoácidos conservados entre as espécies

viscerotrópicas de Leishmania (Leishmania donovani, L. infantum e L. chagasi). A

presença de anticorpos anti-rK39 é indicativo de infecção, e ainda não foi relatado a

reatividade com outros tripanossomatídeos (BURNS-JR et al., 1993; BISUGO et al.,

2007).

Uma das falhas apontadas no controle da leishmaníase visceral canina (LVC) é o

longo intervalo de tempo, de 30 a 80 dias, entre o diagnóstico e a retirada dos cães

positivos do ambiente, favorecendo a transmissão da doença (LIRA et al., 2006). Desta

forma, novas alternativas de diagnóstico são necessárias para auxiliar no controle desta

enfermidade e o uso do DPP® pode ser um recurso para obtenção de resultados mais

eficientes, precisos e confiáveis do diagnóstico da LVC, impedindo que reservatórios

transmitam o parasita. Desta forma, o objetivo desse estudo foi contribuir para o

controle da leishmaníase visceral canina (LVC), através da validação do teste

imunocromatográfico rápido DPP® para detecção de anticorpos anti-Leishmania

chagasi, em cães com e sem sinais clínicos da doença e comparar seus resultados com o

teste de Ensaio Imunoenzimático (EIE®), de Bio-Manguinhos®.

Page 18: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

18

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Generalidades sobre a Leishmaníase Visceral.

2.1.1 Definição

A leishmaníase visceral (LV) é uma zoonose sistêmica potencialmente fatal

quando não tratada. É conhecida por: calazar, barriga d’água, entre outras

denominações. Caracteriza-se pela infecção de fagócitos mononucleares pelo

protozoário L. chagasi (sin. L. infantum). No Brasil é uma doença endêmica e até o

momento seu principal transmissor é o inseto Lutzomyia. longipalpis (BARATA et al,

2004; BRASIL, 2006). Esta enfermidade é um grande problema de saúde pública em

mais de 88 países, possuindo uma incidência anual de 500 mil casos humanos (WHO,

2010). Esta zoonose grave afeta milhões de cães na Europa, Ásia, Norte da África e

América do Sul (DUPREY et al., 2006).

2.1.2 Agente Etiológico e Taxonomia

L. chagasi faz parte do Complexo donovani que abrange todas as espécies de

leishmânias ditas viscerotrópicas. Durante seu ciclo vital as leishmânias apresentam

duas formas distintas, amastigota, encontrada dentro de células do sistema fagocítico

mononuclear do hospedeiro vertebrado e promastigota, no tubo digestivo do hospedeiro

invertebrado (Fig. 1) (REY, 2008).

Os agentes etiológicos da LV são protozoários classificados taxonomicamente

como pertencentes ao Reino Protista (HAEKEL 1886); Subreino Protozoa

(GOLDFUSS 1817); Filo Sarcomastigophora (HONIBERG ; BALAMUTH 1963);

Subfilo Mastigophora (DIESING 1866); Classe Zoomastigophora (CALKINS 1909);

Ordem Kinetoplastida (VICK KERMAN 1976); Subordem Trypanosomatina (KENT

1880); Família Trypanosomatidae (GROBBEN 1905); Gênero Leishmania (ROSS

1903); Subgênero Leishmania (SAF’JANOVA 1982) e Espécies Leishmania donovani

(LAVERAN ; MENSIL 1903), L. infantum (NICOLE 1908) e L. chagasi (CUNHA ;

CHAGAS 1937) (CABRERA, 1999).

Page 19: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

19

Figuras. 1a. Formas amastigotas (esquerda) e 1b. promastigotas (direita) de Leishmania

spp. A seta vermelha indica amastigotas parasitando macrófago. A seta preta indica o

cinetoplasto .

Fonte: http://picsicio.us e https://www.msu.edu/course/zol

2.1.3 Ciclo biológico

O ciclo biológico de L. chagasi é do tipo heteroxênico, envolvendo como

principal transmissor as fêmeas de L. longipalpis e os vertebrados que funcionam como

hospedeiros e reservatórios (GOMES et al., 1995; BRASIL, 2006). No velho mundo a

transmissão dos parasitas Leishmania spp ocorre através de flebotomíneos pertencentes

ao gênero Phlebotomus e no novo mundo através do gênero Lutzomyia (Fig. 2), que são

encontrados em regiões de climas quentes e temperados, apresentando atividade

crepuscular e pós-crepuscular (RATH et al., 2003).

A infecção do vetor ocorre pela ingestão, durante o repasto sanguíneo, de

amastigotas de Leishmania spp existentes no interior dos macrófagos, células do

Sistema Mononuclear Fagocitário, presentes na pele do hospedeiro infectado. Na porção

média do tubo digestivo do inseto, as amastigotas transformam-se em promastigotas, e

se multiplicam até originarem as promastigotas metacíclicas infectantes. O parasita leva

aproximadamente de 6 a 9 dias para completar seu desenvolvimento no vetor, mas esse

tempo pode variar dependendo da espécie de flebotomíneo. Ainda é escasso o

conhecimento acerca da longevidade e da fecundidade de flebotomíneos infectados por

Leishmania spp (KAMHAWI et al., 2006).

a b

Page 20: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

20

Durante o processo de digestão do sangue, ingerido pelo flebotomíneo, há

formação de uma matriz, formada principalmente por quitina, conhecida como matriz

peritrófica, cuja função é proteger o epitélio intestinal do inseto. Porém, essa matriz

peritrófica acaba por proteger as formas promastigostas do parasita da ação de enzimas

digestivas do flebotomíneo. A matriz peritrófica garante proteção por tempo suficiente

para que cerca de 50% das formas iniciais do parasita, ingeridas pelo inseto, se

diferenciem em formas mais resistentes (KAMHAWI et al., 2006; PIMENTA et al.,

1997). Após resistirem à ação das enzimas presentes na porção média do tubo digestivo

do vetor as leishmânias escapam da matriz peritrófica, através da excreção da enzima

quitinase, aderem ao epitélio intestinal onde completam o seu ciclo de vida dentro do

inseto vetor, se desenvolvendo e se diferenciando até darem origem às formas infectivas

(LEHANE et al., 1997).

Vale ressaltar que o crescimento parasitário no vetor só será abundante se, após

o repasto sanguíneo infectante, a fêmea vier a alimentar-se de sucos vegetais ou de

substâncias açucaradas. Se, em lugar disso, houver nova refeição de sangue, por volta

do quarto ou quinto dia, os flagelados degeneram ou a infecção torna-se leve. Assim,

será improvável que os parasitos possam ser inoculados em novos hospedeiros pela

picada dos insetos (REY, 2008).

No Brasil, a transmissão se dá pela picada dos vetores L. longipalpis e acredita-

se que L. cruzi em alguns municípios de Mato Grosso do sul (BRASIL, 2006), porém

admite-se a hipótese da transmissão entre a população canina pela ingestão de

carrapatos Rhipicephalus sanguineus infectados (COUTINHO, 2005; PAZ et al., 2010)

e transmissão venérea (SILVA et al., 2009). Porém, não existem evidências sobre a

importância epidemiológica destes mecanismos de transmissão para humanos ou na

Figura 2: Vetores do gênero Lutzomyia spp, a-Fêmea, b-Macho.

Fonte: http://www.parasitesandvectors.com

Page 21: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

21

Figura 3. Ciclo clássico de transmissão de Leishmania spp

Fonte: Organização Mundial da saúde (2008)

manutenção da enfermidade. Até o momento, só foi comprovada a transmissão direta no

cão, através do coito (PAZ et al., 2010).

2.1.4 Epidemiologia

A LV é encontrada nas Américas Central e do Sul, Ásia, África e região do

Mediterrâneo. Nas Américas a LV ocorre desde o México até a Argentina. A LV foi

descrita em 12 países, porém Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador, Peru e Brasil

apresentam prevalência mais elevada (AGUILLAR et al., 1998; DAVIES et al., 2000).

A LV inicialmente descrita como doença de ambiente silvestre ou rural, na

atualidade é apontada como doença reermegente, com incidência crescente e em franco

processo de urbanização em cidades de grande e médio porte (ALVES ;

BEVILACQUA, 2004; MONTEIRO et al., 2005; BRASIL, 2006).

O cão é considerado o principal reservatório doméstico de L. chagasi, tanto em

ambiente urbano quanto rural. Os reservatórios silvestres da doença são raposas

(Cerdocyon thous), marsupiais (Didelphis albiventris) e roedores (Nectomys squamipes)

(DANTAS-TORRES et al., 2006; REY, 2008). A importância do cão como reservatório

de L. chagasi deve-se ao fato de apresentar intenso parasitismo cutâneo e ser capaz de

transmitir o parasita ao vetor mesmo assintomático, constituindo-se em elo essencial

para disseminação e amplificação de focos e normalmente antecedendo o acometimento

de casos humanos (MADEIRA et al., 2004; NUNES et al., 2010).

No Brasil, historicamente, os casos de LV concentravam-se na região Nordeste.

Entretanto, nos últimos anos, as regiões sudeste e norte assumiram uma proporção

significativa desses casos. Recentemente, ocorreram relatos de LVC no Paraná

Page 22: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

22

(THOMAZ-SOCCOL et al., 2009) e no Rio Grande do Sul (KRAUSPENHAR, et al.,

2007) anteriormente consideradas áreas livres da doença.

No Ceará, observa-se uma incidência crescente da LV nos últimos anos (Fig. 4),

sendo que em 2008 foram notificados 814 casos humanos, sendo 576 confirmados em

97 municípios. Destes, foram confirmados 31 óbitos, sendo 15 em Fortaleza. Em 2009,

foram confirmados 666 casos, em 102 municípios, com 33 óbitos, sendo 10 óbitos em

Fortaleza, atingindo todas as faixas de idade, embora 36% tenham ocorrido em crianças

de 1 a 4 anos (243 casos). Quanto ao sexo, apesar de 64% terem sido do sexo

masculino, ocorreram casos no sexo feminino em todas as faixas de idade. A letalidade

é elevada (5,6% em 2008 e 5% em 2009). Os municípios com maior número de casos

confirmados em 2009 foram Fortaleza (390 casos), Sobral (92 casos) e Barbalha (25

casos) (CEARÁ, 2009; CEARÁ, 2011).

A ampla distribuição geográfica da LV deve-se a urbanização desordenada,

migração humana constante, desmatamento acentuado, adaptação do vetor a novos

ecótopos e a presença do cão, reservatório da LV no ambiente doméstico (ALVES ;

BEVILACQUA, 2004; LAINSON ; RANGEL, 2005).

2.1.5 Resposta Imunológica às leishmaníases

Estudos recentes indicaram que a patogenia das Leishmaníases se processa por

uma resposta não adequada por parte do sistema imunológico, sendo relatado que o

Figura 4: Número de casos e incidência de leishmaníase visceral. Ceará, 2002 a 2009.

Fonte: Secretária da Saúde do Estado do Ceará.

Page 23: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

23

surgimento da doença, bem como sua evolução seriam consequência de complexas

interações entre o parasita e a resposta imune desencadeada pelo hospedeiro (MANNA

et al., 2006; MIRANDA et al., 2007; BANETH et al., 2008).

Para que ocorra o estabelecimento da infecção por Leishmnia spp é necessário

que o parasita adentre as células fagocitárias (monócitos, macrófagos residentes e as

células dendríticas) e polimorfonucleares neutrófilos. As células fagocitárias da

imunidade inata utilizam mecanismos químicos e celulares de resposta rápida para

controlar o crescimento e/ou eliminação do agente invasor (ABBAS et al., 2008;

PALTRINIERI, 2010).

Após a fagocitose dos protozoários, estes ativam mecanismos intrínsecos

capacitando-os a resistirem à ação de enzimas hidrolíticas e espécies reativas ao

oxigênio, (PALTRINIERI, et al., 2010 ASSCHE et al., 2011). Os protozoários ao

conseguirem escapar dos mecanismos da resposta inata, podem desenvolver dois tipos

de respostas adquiridas: uma celular, com participação dos linfócitos T, e outra do tipo

humoral, com a produção de anticorpos e envolvimento de linfócitos B (ABBAS et al.,

2008).

A LV por ser provocada por um parasita estritamente intracelular, necessita da

participação dos linfócitos T helper 1 (Th1) e células de memória, presentes na resposta

celular, para que os macrófagos consigam controlar de modo eficaz a infecção (ABBAS

et al., 2008). Contrariamente, os animais que desenvolvem resposta predominantemente

do tipo humoral, com a participação de células T helper 2 (Th2) e elevada produção de

anticorpos, apresentam quadros clínicos severos com prognóstico reservado, devido à

deposição de complexos imunes (CIARAMELLA ; CORONA, 2003; MIRANDA et al.,

2007).

Quando a resposta celular por linfócitos Th1 é majoritária (Th1 > Th2), observa-

se um padrão de resistência à infecção por Leismania spp, mediada por interferon-γ

(IFN- γ), fator de necrose tumoral-α (TNF-α) e as interleucinas IL-2 e IL-12; todos com

características protetoras em relação à doença, por ativarem macrófagos responsáveis

pela eliminação dos parasitas (FERRER, 2002; CIARAMELLA ; CORONA, 2003;

BARBIÉRI, 2006 ). Ao contrário, quando a resposta celular por linfócitos Th2 é

predominante e mediada pelas interleucinas IL-4, IL-6 e IL-10 observa-se maior

susceptibilidade, a progressão clínica da doença (CIARAMELLA ; CORONA, 2003).

É relatado que em zonas endêmicas, casos de leshmaníase visceral podem surgir

secundariamente a fatores que provocam imunossupressão, como várias parasitoses,

Page 24: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

24

infecções, medicamentos e doenças crônicas. Todos esses fatores levam à ruptura do

equilíbrio entre o hospedeiro e o parasita, alterando o tipo de resposta imune que o

animal desenvolve (FERRER, 2002).

2.1.6 Apresentação clínica

A LV é caracterizada por apresentar evolução crônica com envolvimento

sistêmico através de sinais como hepatoesplenomegalia e caquexia podendo levar à

morte se não tratada. No entando, dependendo da fase da doença e do tipo de resposta

imune do hospedeiro, pode apresentar-se assintomático (SIMÕES-MATTOS et al.,

2002; MAIA-ELKHOURY et al., 2008).

Na doença canina, de acordo com as manifestações clínicas, o hospedeiro pode

ser classificado como assintomático, que não apresentam sinais clínicos característicos

de infecção; oligossintomático, onde se observa a presença de linfoadenopatia, leve

perda de peso e alterações dermatológicas; e sintomático, ou seja, diversos sinais da

doença são evidentes, como alterações dermatológicas, incluindo alopecia, dermatite

furfurácea e úlceras, bem como onicogrifose, linfadenopatia, emagrecimento acentuado,

ceratoconjuntivite e paresia dos membros posteriores (MANCIANTI, et al., 1988;

BRASIL, 2006).

Figuras. 5a. Cão com dermatite grave, alopecia, hipotricose e

hiperqueratose. 5b. Cão com uveíte grave.

Fonte: adaptado de Ciaramela ; Corona, 2003.

A LVC por ser uma doença de sintomatologia inespecífica, é difícil de ser

diagnosticada apenas pela história do animal e apresentação clínica (KONTOS;

Page 25: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

25

KOUTINAS, 1993). Os responsáveis pela grande variedade de sinais clínicos presentes

na LVC são os complexos imunes que se depositam em vários órgãos e tecidos dos

vertebrados, como pele, vasos sanguíneos, tecidos oculares e em várias articulações, o

que conduz ao aparecimento de diversos sintomas, como úlceras cutâneas e das pontas

das orelhas, epistáxis, uveíte, conjuntivite e episclerite imunomediada e claudicação por

poliartritre (KONTOS; KOUTINAS, 1993; CIARAMELLA; CORONA, 2003;

TROTZ-WILLIAMS; GRADONI, 2003).

2.1.7 Controle

A estratégia para o controle da LV no Brasil inclui a identificação precoce e o

tratamento de casos humanos, borrifação de inseticidas de poder residual vinculada aos

casos humanos. Recomenda-se também, o destino adequado do lixo, a remoção de

entulhos e da matéria orgânica do peridomicílio, além da identificação de cães

sorologicamente positivos, seguida pela suas eutanásias e atividades de educação em

saúde (BRASIL, 2006).

De acordo com Gontijo ; Melo (2004) as medidas de controle preconizadas pelo

Ministério da Saúde não tem sido totalmente efetivas, uma vez que doenças transmitidas

por vetores biológicos associados a reservatórios domésticos e a aspectos ambientais

são reconhecidamente de difícil controle, aliado ao recente processo de urbanização da

doença e a falta de conhecimento sobre esses focos.

Em 2003, o Ministério da Saúde promoveu mudanças no programa de controle

da LV visando melhorar as normas de vigilância e controle e as recomendações

passaram a ser específicas para cada situação epidemiológica e de acordo com cada

área a ser trabalhada. Dessa forma, os municípios foram classificados conforme a

média da incidência dos casos de LV humana dos últimos cinco anos, sendo assim

dispostos: área de transmissão esporádica (< 2,4 casos positivos); área de transmissão

moderada (2,4 a 4,4 casos); área de transmissão intensa (>4,4 casos) e áreas

silenciosas, estas foram incorporadas ao programa para evitar ou minimizar os

problemas referentes à leishmaníase visceral em novas áreas (BRASIL, 2006).

Nos últimos anos, surgiram novas alternativas para o controle e prevenção da

LV como o uso de coleiras impregnadas com deltametrina que conseguiram controlar a

incidência da doença canina (KILLICK-KENDRICK et al., 1997), assim como, o

surgimento da vacina para os cães (LEMESRE et al, 2007). As coleiras impregnadas

Page 26: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

26

com deltametrina (Scalibor®) demonstraram não só uma redução na taxa de alimentação

dos flebotomíneos (DAVID et al., 2001; REITHINGER et al., 2004), como também

diminuição do tempo de vida dos flebotomíneos, o que levou a diminuição da taxa de

propagação da doença (REITHINGER et al., 2004).

A primeira vacina desenvolvida para o controle da LVC, Leishmune® produzida

pela empresa Fort Dodge Saúde Animal, utiliza o antígeno purificado FML (complexo

glicoprotéico) de L. donovani que nos cães vacinados promoveu um aumento da

resposta imune celular do tipo Th1, ocorrendo regressão dos sinais clínicos e

aparentemente, esta alternativa parece bloquear a transmissão da doença (SARAIVA et

al., 2006; DANTAS-TORRES, 2006). Aparentemente o aumento dos títulos de IgG2

está associado com a expansão da produção de interferon-γ e interleucina-2 pelas Th1,

promovendo proteção e resistência (LEMESRE et al., 2007). Recentemente, através da

publicação do Ato n.10, em outubro de 2011 no diário oficial da união, o MAPA

renovou o registro da vacina Leishmune®, através do deferimento de solicitação de

correção de fórmula, o que autoriza a continuidade da comercialização dessa vacina no

Brasil (MAPA, 2011).

Em 2008, entrou no mercado brasileiro uma nova vacina, Leish-Tec® da

empresa Hertape Calier Saúde Animal, que utiliza como antígeno a proteína

recombinante A2, que é específica do estágio amastigota, sendo descrita em várias

espécies de Leishmania spp. Resultados preliminares mostraram que os animais

vacinados desenvolveram perfil imunológico protetor (Th1), ou seja, alta resposta

imune celular. Ademais não desenvolveram reação pós-vacinal e permaneceram

soronegativos frente aos exames sorológicos de rotina (COELHO et al., 2003, ZANIN

et al., 2007, FERNANDES et al., 2008). No entanto, ainda faltam os últimos resultados

relacionados à fase III de teste de eficácia de vacinas exigidos pelo MAPA.

2.2. DIAGNÓSTICO DA LEISHMANÍASE VISCERAL CANINA

O diagnóstico da leishmaníase visceral canina pode ser realizado através de

métodos clínicos, parasitológicos, sorológicos e moleculares.

2.2.1. Diagnóstico clínico

Page 27: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

27

Em áreas endêmicas o diagnóstico da LV é dificultado pelo fato dos sintomas

não serem patognomônicos da doença. Desta forma o diagnóstico clínico isoladamente,

não é suficiente para identificar um cão infectado (CAMARGO; LANGONI, 2006),

tornando a utilização de exames laboratoriais de suma importância para confirmação

diagnóstica (BRASIL, 2006).

2.2.2 Métodos parasitológicos

A observação direta do parasita fornece prova definitiva da infecção, pois uma

vez que o parasito é visualizado, a infecção é confirmada sem qualquer dúvida. A

pesquisa de parasitos pode ser feita em esfregaços de medula óssea, obtidos por punção

de costela, da crista ilíaca ou do fêmur, esfregaços de linfonodo e, muito raramente,

esfregaços de baço ou ainda através de biópsia cutânea (FAYET, 1999;

CIARAMELLA; CORONA, 2003; QUEIROZ et al., 2009).

As amastigotas do parasita são reconhecidas por seu formato, que varia de

esférico a ovóide, medindo cerca de 2 a 6 μm de diâmetro, contendo núcleo

arredondado e cinetoplasto ligeiramente arredondado (IKEDA-GARCIA; FEITOSA,

2006).

A parasitemia encontrada no exame parasitológico é muito variável, não tendo

correlação com a intensidade da sintomatologia (PALTRINIERI et al., 2010). Em

algumas situações é muito difícil observar parasitas, principalmente em animais em fase

inicial da doença, sendo comum a ocorrência de resultados negativos. Dessa forma, este

diagnóstico apresenta alta especificidade, mas a sua sensibilidade é baixa, de cerca de

50% no caso de esfregaços de medula óssea, decaindo para valores de 30% em

esfregaços de linfonodo (FAYET, 1999).

Quando os parasitas não são visíveis utiliza-se métodos parasitológicos

indiretos, como, cultura a partir de aspirados de medula óssea e de linfonodos, através

da utilização de meios específicos, como o Novy-MacNeal-Nicolle (NNN) ou o RPMI-

1640 (TROTZ-WILLIAMS; GRADONI, 2003). As culturas são incubadas a uma

temperatura de 24-26°C obtendo-se crescimento de promastigotas após cinco dias. A

inoculação em animais de laboratório, mais comumente hamsters, tem sido utilizada em

estudos experimentais, contudo seu uso não tem valor prático no diagnóstico da doença

devido à longa espera para se obter um resultado (BRASIL, 2006; IKEDA-GARCIA;

FEITOSA, 2006; GOMES et al., 2008).

Page 28: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

28

2.2.3 Métodos moleculares

Dentre as mais modernas técnicas utilizadas para o diagnóstico das

leishmaníases, destacam-se as técnicas moleculares. A reação em cadeia pela

polimerase (PCR) é a que mais vem sendo utilizada em trabalhos sobre diagnóstico da

LV canina (SOLANO-GALLEGO et al., 2001; GOMES et al., 2007). Esta técnica

baseia-se na amplificação in vitro de seqüências de nucleotídeos específicas presentes

no parasita, sendo um método bastante sensível e específico para detectar DNA de

Leishmania spp em ampla variedade de amostras clínicas do homem, cães, reservatórios

silvestres e vetores (GOMES et al., 2008).

As leishmânias, como os outros membros da ordem Kinetoplastida, apresentam

uma rede de moléculas de DNA circular denominado de DNA do cinetoplasto ou

kDNA, nas suas mitocôndrias. O kDNA é formado por arranjos de maxicírculos e

minicírculos, onde os minicírculos representam 95% do kDNA. Os minicírculos são

compostos por cerca de 800-1200 pares de bases (pb), apresentando uma região

conservada entre os cinetoplastídeos, que contem cerca de 120-200 pb que podem ser

utilizados como alvo da PCR e uma região não conservada ou variável, que pode

apresentar diferenças entre cepas de uma mesma espécie. (RAY, 1989; CAVALCANTI

et al., 2008; GOMES et al., 2008).

Em casos fortemente suspeitos, mas em que as técnicas sorológicas ou a

observação direta do parasita são inconclusivas, indica-se a PCR (MANNA et al.,

2007). Os estudos têm demonstrado resultados mais vantajosos com amostras de pele,

conjuntiva, medula óssea e aspirados de linfonodos, com menor sensibilidade e

especificidade quando o sangue periférico é utilizado como amostra, provavelmente

devido ao número de parasitas presentes nesse tecido (SOLANO-GALLEGO et al.,

2001; NUNES et al., 2007; FERREIRA et al., 2008). Em aspirado de medula óssea, a

especificidade da PCR pode chegar a 100% e a sensibilidade entre 80-93,3%,

sensibilidade bem superior quando comparados aos métodos diretos e cultura de

parasitas que apresentam sensibilidade entre 50-60% (TAVARES, et al., 2003;

MARTIN-SANCHEZ et al., 2004).

Faz-se o uso principalmente da PCR convencional e da PCR em tempo real

quantitativa (qPCR). A qPCR permite a monitorização das amplificações das seqüências

específicas de DNA durante o decorrer da reação e possibilitam a eliminação da etapa

laboriosa pós-amplificação (preparo do gel para eletroforese), convencionalmente

Page 29: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

29

necessária para visualização do produto amplificado na PCR convencional

(CAVALCANTI et al., 2008; MAIA; CAMPINO, 2008) . Como uma das características

da infecção por Leishmania spp é o animal apresentar parasitas em latência, as

abordagens quantitativas são necessárias para elucidar o status de positivos dos cães

pela PCR em cães de áreas endêmicas, facilitando a monitorização da carga parasitária e

sua resposta ao tratamento, bem como o acompanhamento do desenvolvimento de

novas vacinas (MARY et al., 2004 ; VITALE et al., 2004; FRANCINO et al., 2006). A

qPCR é consideravelmente mais sensível que a PCR convencional, como demonstrando

por Francino et al. (2006) que verificaram que a PCR convencional somente poderia ser

positiva em amostras com carga parasitária superior a 30 Leishmania spp/mL, enquanto

a qPCR detecta cargas parasitárias em concentrações maiores que 0,2 Leishmania

spp/mL de amostra. Os resultados da qPCR tornam-se extremamente importantes

quando se busca um diagnóstico sensível e rápido, particularmente em casos onde os

diagnósticos sorológicos são duvidosos. Assim, pode-se observar que as vantagens da

qPCR em relação à PCR convencional são inúmeras e incluem, rapidez na obtenção dos

resultados, reprodutibilidade e capacidade quantitativa (CAVALCANTI et al., 2008;

GOMES et al., 2008).

Infelizmente, o elevado custo dos métodos moleculares não permite que sejam

realizados de forma rotineira pelos laboratórios oficiais das leishmaníases, por requerer

laboratórios bem equipados e habilidade técnica (BRASIL, 2006).

2.2.4. Métodos sorológicos

Os métodos sorológicos, de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e o

Ensaio Imunoenzimático (ELISA), são os mais utilizados tanto na prática clínica quanto

em inquéritos epidemiológicos, sendo métodos preconizados pelo Ministério da Saúde

(BRASIL, 2006). Utiliza-se com menor frequência outros testes sorológicos, como a

imunodifusão, imunomigração rápida e o teste de aglutinação direta (FAYET, 1999).

Os métodos diagnósticos utilizados em inquéritos epidemiológicos devem

possuir alta sensibilidade e especificidade, pois através de uma alta sensibilidade

consegue-se detectar o maior número de doentes, evitando a permanência de animais

positivos na população e através de uma alta especificidade, evita-se que cães não

infectados com o parasita pesquisado sejam sacrificados (ALVES; BEVILACQUA,

2004).

Page 30: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

30

Reação de Imunofluoresçência Indireta – RIFI

A RIFI é indicada como referência pela Organização Mundial de Saúde Animal

(OIE) para o diagnóstico sorológico da LVC (GRADONI ; GRAMICCIA., 2000). É o

teste de eleição para inquéritos epidemiológicos, por apresentar sensibilidade e

especificidade adequadas, quando comparada a outras técnicas (ALVES;

BEVILACQUA, 2004). No entanto, relata-se a ocorrência de reações cruzadas com

outros tripanossomatídeos, como Leishmania braziliensis. (DA COSTA et al., 2003;

MADEIRA et al., 2006a; MADEIRA et al., 2006b).

O kit de Imunofluorescência Indireta (IFI-BioManguinhos®) é distribuído pelo

Ministério da Saúde para laboratórios públicos, apresentando sensibilidade de 68% e

especificidade de 87,5% (LIRA, 2006). Assim, a baixa especificidade observada no Kit

IFI® de Bio-Manguinhos® deve-se provavelmente ao antígeno bruto de L. major-like

que é empregado (LIRA et al., 2006). Este antígeno é inespecífico por se tratar de uma

espécie de leishmânia causadora de leishmaníase cutânea sugerindo assim ocorrência de

reações cruzadas com outros tripanossomatídeos. De acordo com Mancianti et al.

(1996), a RIFI apresenta sensibilidade de 98,4% e especificidade de 100%, fato este

observado quando utiliza-se o antígeno bruto de L. infantum, espécie causadora da

leishmaníase visceral.

Vale ressaltar, que no município do Rio de Janeiro, Brasil, cães soropositivos

pelos testes sorológicos IFI® e EIE® de Bio-Manguinhos®, demonstraram através de

análises isoenzimáticas a infecção por L. braziliensis, co-infecção por L. chagasi e L.

braziliensis e infecção por Trypanossoma caninum. Demonstrando que os kits IFI® e

EIE® não são capazes de discriminar a infecção por diferentes tripanossomatídeos

(SILVA et al., 2011).

O material recomendado para a realização do IFI® é o soro sangüíneo e o

resultado considerado sororreagente é aquele que possua título igual ou superior ao

ponto de corte que é a diluição de 1:40 (BRASIL, 2006). No entanto, a técnica de

imunofluorescência indireta é mais usada nos levantamentos epidemiológicos no Brasil

através do uso da coleta de sangue canino em papel de filtro, demonstrando resultados

conflitantes. Figueiredo et al. (2010) trabalhando com 146 cães negativos à

imunofluorescência indireta utilizando sangue em eluato de papel de filtro, detectaram

que 34,9% e 6,8% desses cães foram positivos à imunofluorescência indireta e ao

ELISA quando o soro foi utilizado, respectivamente. Demonstrando a possibilidade de

Page 31: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

31

falsos negativos com a utilização de eluato de sangue, favorecendo a permanência do

cão infectado no meio ambiente. Silva et al. (2011) utilizando 144 cães soropositivos ao

IFI® com o uso de eluato de sangue em papel de filtro, encontraram 28% e 22% de

positividade quando se testou o soro dos mesmos animais no IFI® e no EIE®,

respectivamente. O que demonstra uma elevada ocorrência de falsos positivos quando

se utiliza o eluato de papel de filtro, levando à eutanásia de animais não infectados pelo

programa de controle da leishmaníase visceral.

O RIFI é um dos testes mais sensíveis, no entanto, um resultado negativo não

exclui que o animal esteja afetado, uma vez que há animais que demoram algum tempo

a desenvolver a resposta humoral e a atingir títulos de anticorpos considerados

positivos. Assim, em animais clinicamente suspeitos ou com resultados duvidosos deve-

se repetir o teste passadas 4 a 6 semanas ou recorrer a outro tipo de teste (BRASIL

2006).

Ensaio Imunoenzimático (ELISA)

O ELISA é bastante útil para análises de laboratório, possibilitando a análise de

grande quantidade de amostras em pouco tempo (MAIA; CAMPINO, 2008), sendo, por

isso, um teste mais rápido e de fácil execução (CAMARGO; LANGONI, 2006) quando

comparado ao RIFI. A técnica de ELISA permite detectar baixos títulos de anticorpos e

é acurado na identificação de casos assintomáticos (CÂNDIDO et al., 2008).

Moreira et al. (2007) demonstraram que o ELISA utilizando antígeno bruto de L.

chagasi obteve sensibilidade 95,65% em animais assintomáticos seguido de 87,8% para

o grupo de sintomáticos, no entanto, obteve uma sensibilidade de apenas 68% para os

animais oligossintomáticos e especificidade de 100% para todos os grupos de animais.

Contudo, o kit ELISA (EIE - Bio-Manguinhos®), preconizado pelos órgãos da Saúde

Pública que utiliza o antígeno solúvel e lisado de Leishmania major-like, possui uma

sensibilidade 72% e especificidade 87,5% (LIRA et al., 2006). Esta diminuição na

especificidade observada no kit EIE® de Bio-Manguinhos® pode ser devido ao uso de

antígeno não específico para Leishmania viscerotropica. A sensibilidade e a

especificidade desse método diagnóstico dependem do tipo de antígeno empregado

(espécie ou forma evolutiva do parasita) e de outros fatores como tempo de incubação

ou tipo de microplacas utilizadas (REITHINGER et al., 2002).

Page 32: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

32

As técnicas que utilizam antígenos brutos são limitadas em termos de

especificidade, apresentando reações cruzadas não somente com outras espécies da

família Trypanosomatidae, mas também com outros organismos filogeneticamente

distantes (GONTIJO; MELO, 2004). Rotineiramente os métodos sorológicos utilizam

parasitas totais ou lisados, o que normalmente diminui a especificidade. Assim,

pesquisas tem sido realizadas para a identificação de antígenos dominantes, que se

caracterizam por induzir a formação de anticorpos específicos e detectáveis nos testes

sorológicos, contribuindo para maior confiabilidade do diagnóstico sorológico (ALVES;

BEVILACQUA, 2004)

Assim, a busca por testes ELISA mais específicos, possibilitaram o emprego de

novos antígenos, tais como, os antígenos recombinantes rK39, rK9 e rK26 ou

purificados como as glicoproteínas de membrana gp63, gp72 e gp70, específicas do

gênero Leishmania spp que aparentemente conferem grande sensibilidade ao teste

sorológico (SCALONE et al., 2002; ROSATI et al., 2003).

A proteína rK39 tem sido utilizada no diagnóstico da LV pela técnica de ELISA

apresentando valores de sensibilidade maiores que 93% e especificidade variando de 84

a 100% (QU et al., 1994; ZIJLSTRA et al., 1998; BRAZ et al., 2002; De ASSIS et al.,

2008; PEDRAS et al., 2008).

Testes Imunocromatográficos

Nos últimos anos vários testes imunocromatográficos rápidos comerciais foram

desenvolvidos, utilizando como antígenos proteínas recombinantes como rk39 e rK26,

como também a utilização de proteínas extraídas de bactérias, tais como as proteínas A

e G, que fazem parte dos reagentes marcadores dos testes para o diagnóstico da LV

humana (CARVALHO et al., 2003; CHAPPUIS et al., 2006; SUNDAR, et al., 2006; De

ASSIS et al., 2008; WELCH et al., 2008,) e canina (REITHINGER et al., 2002; da

COSTA et al., 2003; METTLER et al., 2005; BISUGO et al., 2007; LEMOS et al.,

2008; LIMA et al., 2010).

A maioria dos testes imunocromatográficos emprega anticorpos monoclonais

anti-IgG de cão e antígenos de Leishmania de diferentes fontes adsorvidos em

membranas de nitrocelulose (GRADONI, 2002). Os antígenos que formam a linha teste

são rK26 ou rK39, e o anticorpo anti-IgG canino, constituindo a linha-controle. A

presença de anticorpos anti-rK39 ou rk26 é indicativo de infecção, e ainda não foi

Page 33: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

33

relatada a reatividade com outros tripanossomatídeos (BURNS-JR et al., 1993;

BISUGO et al., 2007).

Mais recentemente surgiu a marcação com o complexo proteína A adicionado de

ouro coloidal. Essa técnica consiste na adsorção, pelas moléculas da proteína A, de

partículas de ouro, muito pequenas (5-20 nm) e elétrondensas. A proteína A é extraída

da bactéria Staphylococcus aureus e, além da afinidade pelo ouro coloidal, tem

afinidade por uma região comum às moléculas das imunoglobulinas (segmento Fc),

especialmente a IgG. Essa técnica tem sido utilizada em testes imunocromatográficos,

apresentando grande precisão para localizar moléculas protéicas e grande resolução,

pois as partículas de ouro coloidal são muito pequenas (MONGODIN et al., 2000;

IIJIMA et al., 2011).

Os graus de sensibilidade e especificidade de testes imunocromatográficos, que

utilizam o antígeno recombinante rK39 em humanos, mostram sensibilidade que variam

de 89-98% e especificidade que variam de 97-100% (CARVALHO et al., 2003;

CHAPPUIS et al., 2006; SUNDAR, et al., 2006; de ASSIS et al., 2008; WELCH et al,

2008,). Em cães, os resultados diferem mais, mostrando sensibilidade que varia de 72-

97,06% e especificidade de 61-100% (REITHINGER et al., 2002; da COSTA et al.,

2003; METTLER et al., 2005; BISUGO et al., 2007; LEMOS et al., 2008; LIMA et al.,

2010).

Dual Path Platform (DDP®) é uma inovadora tecnologia de imunoensaio

cromatográfico para testes de diagnóstico rápido, que foi desenvolvido pela empresa

norte americana Chembio® e a empresa nacional Bio-Manguinhos®, Rio de Janeiro,

Brasil. (http://www.chembio.com/newtechnologies.html).

O teste DDP® utiliza a proteína recombinante K39 (rK39) como antígeno, uma

sequência de 39 aminoácidos clonada da região quinase específica de L. chagasi que

tem sido amplamente avaliada no diagnóstico da LV canina (BURNS-JR et al., 1993).

O DPP® é caracterizado por ser rápido, pois o resultado é conhecido após 15

minutos da coleta da amostra biológica (soro, plasma e sangue total), é de fácil

manipulação, pois não precisa de pessoa especializada para a sua execução. O antígeno

rK39 de L. chagasi que pode promover maior sensibilidade e especificidade à técnica,

portanto sua validação se faz necessária.

Page 34: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

34

O teste DPP® é realizado pela adição de 5 µL de sangue total ao poço 1

intitulado “Amostra + Tampão”, a seguir são adicionadas 2 gotas do tampão. Após 5

minutos as duas linhas azuis, controle (C) e teste (T), desapareceram. A seguir coloca-se

4 gotas do tampão no poço 2 intitulado “Tampão”. A leitura dos resultados é realizada

10 a 15 minutos após esta etapa, quando se avalia o resultado: negativo, aparecimento

de uma linha vermelha ou positivo, duas linhas vermelhas.

Figura 6: Teste imunocromatográfico Dual Path Plataform (DPP®)

Page 35: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

35

3. JUSTIFICATIVA

A crescente expansão da Leishmaníase Visceral no Brasil tem demonstrado que

a aplicação das medidas de controle adotadas não tem sido eficazes. A principal ação de

controle da LV é o levantamento sorológico da população canina através de um teste de

triagem ELISA e caso seja positivo realiza-se o teste confirmatório RIFI. Os cães

positivos pelos 2 testes sorológicos devem ser eutanasiados. Estes testes apresentam

reações cruzada e um tempo muito longo de espera entre a coleta do material e entrega

dos resultados, portanto, este fato favorece a permanência de animais positivos nas áreas

urbanas e assim mantem o ciclo de transmissão ativo, característica determinante para a

expansão da doença humana e entre os animais. Sendo assim, há necessidade de um

diagnóstico de alta sensibilidade e especificidade, porém simultaneamente, prático,

rápido, de fácil manipulação e de alta credibilidade para os proprietários dos cães, e que

torne a retirada do cão realmente positivo do ambiente, evitando a propagação da

doença. O teste imunocromatográfico DPP® pode desempenhar esse papel tornando

viável o controle da leishmaníase visceral humana e canina.

Page 36: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

36

4. HIPÓTESE CIENTÍFICA

O teste imunocromatográfico DPP® para o diagnostico da Leishmaníase Visceral

Canina é mais sensível e específico do que a técnica imunoenzimática atualmente

empregada pelo Ministério da Saúde.

Page 37: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

37

5. OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

• Contribuir para o controle da LVC, determinando o melhor diagnóstico para a detecção

de cães com Leishmaníase Visceral Canina.

5.2 Objetivos Específicos

• Validar o teste DPP® para a detecção de anticorpos anti-Leishmania chagasi tendo como

padrão-ouro o teste IFI®, em cães com e sem sinais clínicos da doença.

• Comparar os resultados do DPP® e do Ensaio Imunoenzimático (EIE®) com os

resultados do teste IFI®, de Bio-Manguinhos®;

Page 38: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

38

6. CÁPITULO 1

Validação do teste imunocromatográfico rápido Dual Path Platform para o

sorodiagnóstico da Leishmaníase Visceral Canina em uma área endêmica do Brasil

Validation of a rapid immunochromatographic test Dual Path Platform for serodiagnosis

of Canine Visceral Leishmaniasis in an endemic area of Brazil

Veterinary Parasitology

Novembro, 2011

Page 39: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

39

Validation of the rapid immunochromatographic test Dual Path Platform (DPP®) for

serodiagnosis of Canine Visceral Leishmaniasis in an endemic area of Brazil

Eudson Maia de Queiroz-Júniora; Fernanda Cristina Macedo Rondona; Ana Caroline

Moura Rodriguesa; João Batista e Silva Júniora; Juliana de Carvalho Ribeiroa;

Alexander Amaral Medeirosb; Celeste da Silva Freitasc; Katia da Silva Calabresec;

Sthenia Santos Albano Amórad, Diana Célia Sousa Nunes-Pinheiroa; Claudia Maria

Leal Bevilaquaa*

aFaculdade de Veterinária/Programa de Pós-graduação em Ciências

Veterinárias/Universidade Estadual do Ceará; bCentro de Controle de Zoonoses –

Fortaleza; cLaboratório de Imunologia e Protozoologia, Fundação Oswaldo Cruz-Rio

de Janeiro; dLaboratório de Microbiologia Veterinária, Universidade Federal Rural do

Semi-árido

Corresponding author:

Universidade Estadual do Ceará/Laboratório de Doenças Parasitárias/PPGCV, Av.

Dedé Brasil, 1700, CEP 60740-903 Fortaleza, Ceará, Brasil.

Phone. 55. 85.31019853; fax 55.85.31019860

e-mail: [email protected] or [email protected]

Page 40: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

40

Abstract

Visceral leishmaniasis is a major public health problem in the world and the dog is the

main reservoir for this disease. A new method for rapid diagnosis - Dual Path Platform

(DPP®) - based on immunochromatography to detect infected dogs being tested. Thus,

the main objective of this study was to contribute to the control of canine visceral

leishmaniasis (CVL), by validating the DPP® rapid test for detection of anti-Leishmania

chagasi antibodies. The immunochromatographic test (DPP–Bio-Manguinhos®) and

Enzyme-linked immunosorbent assay (EIE – Bio-Manguinhos®) has been validated

using Indirect Immunofluorescence (IFI – Bio-Manguinhos®) as the gold standard. We

examined 103 dogs divided into three groups based on different clinical symptoms of

visceral leishmaniasis: asymptomatic (n = 35), oligosymptomatic (n = 31) and

symptomatic (n = 37). Blood samples were collected from the cephalic vein to obtain

serum for use with the IFI® and EIE®. A drop of blood from the tip of the ear was also

collected from each dog to utilize with the DPP® test. Data analysis was performed on

the total sample and group of different clinical signs using a contingency table 2 x 2 and

analyzed by GraphPad PRISMTM 5.0. For the total sample, regardless of disease

symptoms, DPP® showed sensitivity of 56.10% and specificity of 100% when compared

to IFI®. When DPP® was used in the diagnosis of asymptomatic dogs, the sensitivity

was 12% and the specificity was 100%. Examining oligosymptomatic dogs, DPP®

sensitivity was 52.4% and the specificity was 100%. For symptomatic dogs DPP®, the

sensitivity and specificity were 88.9% and 100% respectively. EIE® on total sample,

regardless of signs, showed a sensitivity of 50% and specificity of 100%. When EIE®

was used in the diagnosis of asymptomatic dogs, the sensitivity was 4% and the

specificity 100%. Examining oligosymptomatic dogs, EIE® sensitivity was 38.10% and

the specificity was 100%. For symptomatic dogs EIE® sensitivity and specificity were

88.9% and 100% respectively. In conclusion, the DPP® showed high sensitivity in the

diagnosis of symptomatic dogs, but low sensitivity in asymptomatic

and oligosymptomatic dogs, however the DPP® showed superior performance to those

obtained by EIE®, suggesting that the DPP® can be used as serological

screening test control program of canine visceral leishmaniasis.

Keywords: diagnosis, dogs, Leishmaniasis, serology.

Page 41: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

41

Introduction

Leishmaniasis are considered neglected diseases around the world, with an

annual incidence of 2 million human cases. 500.000 of these are cases of Visceral

Leishmaniasis (VL). India, Bangladesh, Nepal, Sudan and Brazil account for 90% of

cases of Leishmaniasis reported worldwide (WHO, 2010).

Visceral Leishmaniasis (VL) is caused by the protozoan Leishmania chagasi

(sin. Leishmania infantum) (Moreira et al., 2007), and is primarily transmitted by

Lutzomyia longipalpis in the new world. Dogs appear to be the main domestic reservoir

of the parasite (Solano-Gallego et al., 2001).

In Brazil, the incidence of VL cases is increasing, with new cases occurring in

areas previously considered disease free, as in southern Brazil (Krauspenhar, et al.,

2007; Thomaz-Soccol et al., 2009). In Ceará state, northeastern Brazil, the disease is

widespread and the city of Fortaleza has the largest number of new cases in humans

(Ceará, 2011). In relation to the canine population of Fortaleza, epidemiological survey

showed that the disease is widespread in both house dogs and stray dogs (Rondon et al.,

2008).

The Ministry of Health of Brazil, in search of LV control, advocated euthanasia

of seropositive dogs, vector control, early diagnosis and treatment of human cases

(Brasil, 2006). However, the impact of these measures has not yielded the expected

reduction in human cases (WHO, 2010). Therefore, correct diagnosis is an important

step to prevent the spread of this disease. As this helps decrease the number of infected

dogs remaining in the environment as a source of infection (Ferreira et al., 2008).

In respect to dogs, the clinical diagnosis of VL alone is not sufficient to detect

positive animals due to the broad spectrum of clinical signs, from healthy animals to

cases with advanced disease (Camargo and Langone et al, 2006).

The definitive diagnosis of VL can be confirmed by demonstration of

amastigotes in tissue or promastigotes in culture or by using the Polymerase Chain

Reaction (PCR). Unfortunately, these methods require invasive procedures, a well

equipped laboratory and trained technicians (Brasil, 2006; Gomes et al., 2008; Lima et

al., 2010). Due to the difficulty of using direct diagnostic methods, serologic methods

are most often used in epidemiological surveys, with the most widely used tests

including the indirect immunofluorescence test (IFI), enzyme-linked immunosorbent

assay (ELISA) and immunochromatographic test (Queiroz et al, 2009; Paltrinieri et al.,

Page 42: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

42

2010).

The DPP® immunochromatographic test is a qualitative test to detect anti-

Leishmania antibodies using the recombinant protein K39 (rK39) as an antigen. This

protein is the product of a cloned gene from Leishmania chagasi and contains a repeat

of 39 amino acids conserved between species viscerotropic Leishmania (L. donovani, L.

infantum and L. chagasi). Presence of anti-rK39 antibody indicative of infection is not a

reported reactivity with other trypanosomatids (Burns-Jr et al., 1993; Bisugo et al.,

2007).

One of the flaws pointed out in the control of Canine Visceral Leishmaniasis

(CVL) is the long time interval, 30 to 80 days between diagnosis and withdrawal of

positively-tested dogs in the environment, favoring disease transmission (Lira et al.,

2006). Thus, new diagnostic alternatives are needed to control this disease. The use of

DPP® can be a resource for achieving more efficient, accurate and reliable diagnosis of

CVL, preventing them from transmitting the parasite reservoir. Therefore, the objective

of this study was to contribute to the control of CVL, by validating the DPP® test for

detection of anti-Leishmania chagasi antibodies, in dogs with or without clinical signs

of the disease and compare results with the indirect immunofluorescence test (IFI®), of

Bio-Manguinhos®.

Materials and methods

This study was approved by the Ethics Committee for Animal Use State

University of Ceará (CEUA/UECE), registered under number 10724228-1/01.

A total of 103 dogs were examined clinically and classified into three groups.

Group 1: asymptomatic individuals presented no signs characteristics of LV; group 2:

oligosymptomatic animals showed one to three characteristics signs and group 3:

symptomatic animals showed more of three characteristics signs, according Mancianti

et al. (1988). These dogs were from the Zoonoses Control Center of Fortaleza (State of

Ceará, Northeast Brazil), Veterinary Hospital Unit of the Veterinary School at the State

University of Ceará and private clinics in the city of Fortaleza. Blood samples were

collected by cephalic venipuncture and placed in tubes without an anticoagulant. These

tubes were then centrifuged to obtain serum and stored at -20°C until the completion of

the ELISA (EIE®) and IFI (IFI®). To conduct the immunochromatographic test, a drop

of blood was collected from the tip of the ear from each dog.

Page 43: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

43

Serological tests

Kits were used for the IFI (IFI®-Canine Visceral Leishmaniasis - Bio-

Manguinhos®, Rio de Janeiro, Brazil) and ELISA (EIE®-Canine Visceral Leishmaniasis

- Bio-Manguinhos®, Rio de Janeiro, Brazil), according with the manufacturer's

instructions.

The DPP® test (Bio-Manguinhos®, Rio de Janeiro, Brazil) is a qualitative

immunochromatographic test for the detection of antibodies against L. chagasi using the

recombinant protein K39. The DPP® kits to perform this study were provided by Bio-

Manguinhos.

For the test DPP®, 5 µL of whole blood were added to well 1 entitled "Sample +

Buffer" and the following were added with 2 drops of buffer. After 5 minutes, the two

blue lines control (C) and test (T), disappeared. Four drops of buffer were added to well

2 entitled "Buffer". Result readings were performed 10 to 15 minutes after this step,

when we assessed the result: negative appearance of a red line; or positive if it

contained two red lines.

Statistical analysis

The sensitivity and specificity of DPP® test were calculated using the IFI® as the

gold standard on the total sample and on different groups of clinical signs using a

contingency table 2 x 2. Results were analyzed by the statistical program GraphPad

PrismTM 5.0. The sensitivity was calculated as follows: Sensitivity = True Positive/(True

Positive + False Negative) x 100 and Specificity = True Negative / (True Negative/False

Positive) x 100 and for these measurements we calculated the confidence interval of

95%. In addition, the degree of agreement between the evaluated tests was determined

by calculating the coefficient Kappa (к) (Pereira, 2000).

Results

The results of DPP® for the total samples, as well as for the different animal

groups with clinic symptoms (assymptomatics, oligosymptomatics and symptomatic)

are shown in table 1.

Page 44: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

44

Table 1. Validation of DPP® test in assymptomatic, oligosymptomatic and symptomatic

dogs for the total number of samples along with the degree of agreement Kappa (к),

using the IFI® as the gold standard, with a 95% confidence interval

Test ASY

к OLI

к SYM

к Total

к Sens. Spec. Sens. Spec. Sens. Spec. Sens. Spec.

DPP® 12% 100% 0.07 52.4% 100% 0.41 88.9% 100% 0.30 56.1% 100% 0.34 ASS (Asymptomatic), OLI (Oligosymptomatic) e SYM (Symptomatic); Sens = Sensitivity; Spec =

Specificity The EIE® results for the total number of samples and data about the different

animal groups with clinic signs (assymptomatics, oligosymptomatics and symptomatics)

are shown in table 2.

Table 2. Validation of the EIE® test in assymptomatic, oligosymptomatic and

symptomatic dogs for the total number of samples along with the degree of agreement

Kappa (к), using the IFI® as the gold standard, with a 95% confidence interval

Test ASY

к OLI

к SYM

к Total

к Sens Spec Sens Spec Sens Spec Sens Spec EIE®

4 %

100%

0.02

38.1%

100%

0.28

88.9%

100%

0.30

50%

100%

0.29

ASY (Asymptomatic), OLI (Oligosymptomatic) e SYM (Symptomatic); Sens = Sensitivity; Spec =

Specificity

The detection of anti-Leishmania antibodies in blood serum by EIE® and IFI®

tests and in the total blood by the DPP® test according to the disease clinic form and

total of samples are presented in table 3.

Table 3. Detection of anti-Leishmania antibodies for DPP®, IFI® and EIE® tests in the

diagnosis of canine visceral leishmaniasis according to its clinic forms and on the total

number of samples

Tests Dogs positive/dogs examined (%)

Asymptomatic Oligosymptomatic Symptomatic Total

DPP® 3/35 (8.5%) 11/31 (35.4%) 32/37 (86.4%) 46/103 (44.6%)

IFI® 25/35 (71.4%) 21/31 (67.7%) 36/37 (97.2%) 82/103 (79.6%)

EIE® 1/35 (2.8%) 8/31 (25.8%) 32/37 (86.4%) 41/103 (39.8%)

Page 45: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

45

Discussion

In recent years there have been many investments in the research and

development of assay diagnosing using immunochromatographic methods, which are

adapted to different types of samples. For example, these assays can be completed using

whole blood, serum, plasma, and urine (Carvalho et al, 2003; Da Costa et al, 2003;

Mettler et al, 2005; Bisugo et al, 2007; Lemos et al, 2008; Lima et al, 2010;

Chakravarty et al., 2011). The immunochromatography utilizes anti-IgG monoclonal

antibodies and antigens from different sources adsorbed in nitrocellulose membranes

(Gradoni, 2002). DPP® is a rapid diagnosis test for canine visceral leishmaniasis,

developed by Bio-Manguinhos® which uses the immunochromatography principle and

uses K39 protein as an antigen for whole blood, serum, or plasma samples.

The validation of DPP® was performed using whole blood and obtained 44.6%

positive results, while the diagnosis made by EIE® and IFI® using the serum from the

same animals received 39.8% and 79.6% positive results, respectively. DPP® presented

a lower capacity to detect positive animals. This result may be due to the fact that

DPP® utilizes whole blood for sample testing, while EIE® and IFI® uses serum. Bisugo

et al. (2007) validated an immunochromatographic anti-rk39 rapid test using the IFI®

and EIE® of Bio-Manguinhos® as gold standards, and detected 31.3% positive animals

from serum samples and only 17.4% from total blood samples, while IFI® and EIE®

detected anti-Leishmania antibodies in 25.1% and 27.2% of these same serum samples,

respectively. These results indicate that the use of whole blood may not be the optimal

choice for utilization in screening tests, despite the speed and convenience of the exam.

This fact can be explained due to the low concentration of antibodies in the whole blood

sample and also due to the presence of cells and other elements which can interfere with

the binding of anti-Leishmania antibodies to complex colloidal gold-associated to

protein A or migration of this complex to the test line, where the antigen is fixed

(Rocha, 2002).

The results of the DPP® test in symptomatic dogs were similar to that reported

by other studies which validated immunochromatographic tests using protein k39 as an

antigen. Lima et al. (2010) obtained sensibility of 91.5% in symptomatic dogs, while

Mettler et al. (2005) reported 96.7% of sensibility in symptomatic dogs, but differed in

relation to asymptomatic dogs, because the test had a sensitivity of 52.9%.

According to the clinical progression of this disease in dogs, from asymptomatic

to symptomatic, an increase in detectability was observed in the DPP® when compared

Page 46: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

46

to IFI®. This fact can be explained by the higher specific antibodies produced, which

tend to increase with the development of infection (Deplazes et al., 1995; Paltrinieri et

al., 2010) and the detection of antibodies is usually low in asymptomatic dogs.

(Leontides et al., 2002; Da Costa et al., 2003; Mettler et al., 2005).

The serologic diagnostic tests currently used, IFI and ELISA, to detect

Leshmania spp present intrinsic problems, such as a persistent detection of antibodies

after healing or cross reactions with antibodies from other pathogens such as

Leishmania braziliensis, Trypanosoma cruzi e Trypanosoma caninum (Ferreira et al.,

2007; Da Costa et al., 2003, Madeira et al., 2006a; Madeira et al., 2006b). IFI is the gold

standard of serologic tests, but its use for screening in dogs with CVL is limited by the

requirement of experienced technicians and the necessary serial dilutions make it a

laborious examination (Gradoni and Gramiccia, 2000). In comparison to IFI, the ELISA

test can be used in a large number of samples, requires less time, and is overall easier to

complete (Camargo and Langone, 2006; Maia and Campino, 2008). Due to these

reasons, public health officials in Brazil have recommended serological screening of

canine populations using ELISA and positive results are confirmed by the IFI test.

The IFI® and EIE® serological kits from Bio-Manguinhos® use soluble

promastigotes of Leishmania major-like as antigens, which is the cause of Cutaneous

Leishmaniasis (Lira et al., 2006). This also propitiates the occurrence of cross reactions.

Seropositive dogs by IFI® and EIE®, and results showed, infection by L. braziliensis,

mixed infection by L. braziliensis and L. chagasi and infection by Trypanossoma

caninum. Thus, the possibility exists that a higher proportion of positively-tested dogs

by IFI®, particularly in dogs with asymptomatic and oligosymptomatic characteristics in

this study, may be due to co-infections with other parasites. This demonstrates that the

IFI® and EIE® kits are not able to discriminate between different trypanosomatids

infection (Silva et al., 2011).

Currently in Brazil, epidemiological surveys utilize EIE® and IFI® tests for

diagnosis of CVL. However, the second test (IFI®) is only used if the first one (EIE®)

shows a positive result. This is due to the fact that the EIE® test is more sensitive and, if

the result is negative, there is no justifiable reason to utilize a second test. As a result, if

the decision to euthanize 41 positively-tested dogs based on the consecutive use of the

EIE® and IFI® tests, respectively, 46 animals would be euthanized based upon the DPP®

test, as the detection appears to be 4.8% higher with the immunochromatographic test.

Page 47: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

47

Further studies are needed to know which the best sample to be used in

the DPP® test, but also increase the sensitivity of the test on asymptomatic

andoligosymptomatic dogs. Thus, even the DPP® presents lower sensitivity than IFI®,

can be used as a screening test because it presented great margin of concordance with

the EIE® test already used as a screening test. DPP® may remove the infected reservoir

from the environment faster, stopping the transmission of parasites to susceptible dogs.

Just the same, results from this test may increase the confidence of the dog’s owner

when completed by Public Health Services in Brazil, as the exam can be completed in

the dog’s residence, under the observation of the owner.

Acknowledgements

This work received financial support from CAPES. Dr. Claudia M. L. Bevilaqua has a

grant from CNPq. The authors are grateful to Dr. Evanisa Alves Ventura, Director of

the Zoonoses Control Center of Fortaleza-Ceará.

References

Bisugo, M. C., Araújo, M. F. L., Taniguchi, H. H., Acunha, E., Santos, A. A., Pessoto

Junior, M., Kaneto, C. N., Vo Camargo, C., Polizel, M. A., Vigilato, M. A. N.,

Negreiros, C. M. S., Okagima, M., Gonçalves, N. M., Lundstedt, L. P., Andrade, A. M.,

Lima, V. M. F., Tolezano, J. E., 2007. Assessment of canine visceral leishmaniasis

diagnosis by means of a rapid test using recombinant antigen K39 in endemic regions of

São Paulo state, Brazil. Revista do Instituto Adolfo Lutz. 66, 185-193.

Brasil, Ministério da Saúde, 2006. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de

Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaníase visceral.

Editora do Ministério da Saúde, Brasília-DF.

Burns-Jr, J. M., Shreffler, W. G., Benson, D. R., Ghalib, H. W., Badaro, R., Reed, S. G.,

1993. Molecular characterization of a kinesin-related antigen of Leishmania chagasi that

detects specific antibody in African and American visceral leishmaniasis. Proc. Natl.

Acad. Sci. USA. 90, 775–779.

Camargo, L. B., Langoni, H., 2006. Impact of leishmaniasis on public health. Journal of

Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases. 12, 527-548.

Page 48: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

48

Carvalho, S. F. C., Lemos, E. M., Corey, R., Dietze, R., 2003. Performance of

Recombinant k39 Antigen in the Diagnosis of Brazilian Visceral Leishmaniasis. Trans.

R. Soc. Trop. Med. Hyg. 68, 321–324.

Ceará - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, 2011. Informe

Epidemiológico: Leishmaniose visceral. p. 1-9.

Chakravarty, J., Kumar, S., Kumar, R., Gautam, S., Rai, M., Sundar, S., 2011.

Evaluation of rk39 immunochromatographic test with urine for diagnosis of visceral

leishmaniasis. Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg., 105, 537– 539.

Da Costa, R. T., França, J. C., Mayrink, W., Nascimento, E., Genaro, O., CampoS-Neto,

A., 2003. Standardization of a rapid immununochromatographic test with the

recombinant antigens k39 and k26 for the diagnosis of canine visceral leishmaniasis.

Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg. 97, 678-682.

Deplazes, P., Smith, N. C., Arnold, P., Lutz, H., Eckert, J., 1995. Specific IgG1 and

IgG2 antibody responses of dogs to Leishmania infantum and other parasites. Paras.

Immunol. 17, 451–458.

Ferreira, E. D., Lana, M., Carneiro, M., Reis, A. B., Paes, D. V., Silva, E. S., Schallig,

H., Gontijo., C. M. F., 2007. Comparison of serological assays for the diagnosis of

canine visceral leishmaniasis in animals presenting different clinical manifestations.

Vet. Parasitol. 146, 235–241.

Ferreira, S. A., Ituassu, L. T., Melo, M. N., Andrade, A. S., 2008. Evaluation of the

conjunctival swab for canine visceral leishmaniasis diagnosis by PCR-hybridization in

Minas Gerais State, Brazil. Vet. Parasitol. 152, 257–263.

Gomes, Y. M., Cavalcanti, M. P., Lira, R. A., Abath, F. G. C., ALVES, L. C., 2008.

Diagnosis of canine visceral leishmaniasis: Biotechnological advances. Vet J. 175, 45-

52.

Gradoni L. and Gramiccia, M., 2000. Leishmaniasis. In: OIE manual of standards for

diagnostic tests and vaccine. 4th ed. Paris: OIE. 803–812.

Gradoni, L. 2002. The diagnosis of canine leishmaniasis. In Canine leishmaniasis:

moving towards a solution. Proceedings of the 2nd International Canine Leishmaniasis

Forum. Intervet International, Boxmeer, The Netherlands, 7-14.

Krauspenhar, C., Beck, C; Sperotto, V., DA Silva, A.A., Bastos, R., Rodrigues, L.,

2007. Visceral leishmaniasis in a dog in Cruz Alta, Rio Grande do Sul, south Brazil.

Ciência Rural. 37, 907-910.

Page 49: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

49

Lemos, E. M., Laurenti, M. D., Moreira, M. A. B., Reis, A. B., Giunchetti, R. C.,

Raychaudhurid, S., Dietzea, R., 2008. Canine visceral leishmaniasis: performance of a

rapid diagnostic test (Kalazar DetectTM) in dogs with and without signs of the disease.

Acta Trop. 107, 205–207.

Leontides, L. S., Saridomichelakis, M. N., Billinis, C., Kontos, V., Koutinas, A. F.,

Galatos, A. D., Mylonakis, M., 2002. A cross-sectional study of Leismania spp.

Infection in clinically healthy dogs with polymerase chain reaction and serology in

Greece. Vet. Parasitol. 109, 19–27.

Lima, V. M. F., Fattori, K.R., Michelin, A. F., Neto, L. S., Vasconcelos, R. O., 2010.

Comparison between ELISA using total antigen and immunochromatography with

antigen rK39 in the diagnosis of canine visceral leishmaniasis. Vet. Parasitol. 173, 330–

333.

Lira, R. A., Cavalcanti, M. P., Nakazawa, M., Ferreira, A. G. P., Silva, E. D., Abath, F.

G. C., Alves, L. C., Souza, W. V., Gomes, Y. M., 2006. Canine visceral leishmaniosis:

A comparative analysis of the EIE-leishmaniose-visceral-canina-Bio-Manguinhos and

the IFI-leishmaniose-visceral-canina-Bio-Manguinhos kits. Vet. Parasitol. 137, 11–16.

Madeira, M. F., Schubach, A. O., Schubach, T. M., Pacheco, R. S., Oliveira, F. S.,

Pereira, S. A., Figueiredo, F. B., Baptista, C., Marzochi, M.C., 2006a. Mixed infection

with Leishmania (Viannia) braziliensis and Leishmania (Leishmania) chagasi in a

naturally infected dog from Rio de Janeiro, Brazil. Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg. 100,

442-445.

Madeira, M. F., Schubach, A. O., Schubach, T. M., Pereira, S. A., Figueiredo, F. B.,

Baptista, C., Leal, C. A., Melo, C. X., Confort, E. M., Marzochi, M. C., 2006b. Post

mortem parasitological evaluation of dogs seroreactive for Leishmania from Rio de

Janeiro, Brazil. Vet. Parasitol. 138, 366-370.

Maia, C and Campino, L., 2008. Methods for diagnosis of canine leishmaniasis and

immune response to infection. Vet. Parasitol. 158, 274–287.

Mancianti, F., Gramiccia, M., Gradoni, L., Pieri, S., 1988. Studies on canine

leishmaniasis control. 1. Evolution of infection of different clinical forms of canine

leishmaniasis following antimonial treatment. Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg. 82, 566–

567.

Mettler, M., Grimm, F., Capelli, G., Camp, H., Deplazes, P., 2005. Evaluation of

enzyme-linked immunosorbent assays, an immunofluorescent-antibody test, and two

rapid tests (Immunochromatographic-Dipstick and Gel Tests) for serological diagnosis

Page 50: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

50

of symptomatic and asymptomatic Leishmania infections in dogs. J. Clinic. Microbiol.,

43, 5515–5519.

Moreira, M. A. B., Luvizotto, M. C. R., Garcia, J. F., Corbett, C. E. P., Laurenti, M. D.,

2007. Comparison of parasitological, immunological and molecular methods for the

diagnosis of leishmaniasis in dogs with different clinical signs. Vet. Parasitol. 145,

245–252.

Paltrinieri, S., Solano-Gallego, L., Fondati, A., Lubas, G., Gradoni, L., Castagnaro, M.,

Crotti, A., Maroli, M., Oliva, G., Roura, X., Zatelli, A., Zini, E., 2010. Guidelines for

diagnosis and clinical classification of leishmaniasis in dogs. J. Am. Vet. Med. Assoc.

236, 1184-1191.

Pereira, M. G. (Ed.), 2000. Epidemiologia: teoria e prática. Guanabara Koogan, Rio de

Janeiro, p. 358-376.

Queiroz, P. V. S., Monteiro, G. R. G., Macedo, V. P. S., Rocha, M. A. C., Batista, L. M.

M., Queiroz, J. W., Jerônimo, S. M. B., Ximenes, M. F. F. M., 2009. Canine visceral

leishmaniasis in urban and rural areas of Northeast Brazil. Res. Vet. Scien 86, 267–273.

Rocha, M. F., 2002. Validação do teste rápido para detecção de anticorpos anti-

Leishmania donovani no diagnóstico da leishmaniose visceral canina em Montes

Claros, Minas Gerais, Brasil. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade

Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.

Rondon, F. C. M., Bevilaqua, C. M. L., Ranke, C. R., Barros, R. S., Oliveira, F. R.,

Alcântara, A. C., Diniz, A. T., 2008. Cross-sectional serological study of canine

leishmania infection in Fortaleza, Ceará, Brasil. Vet. Parasitol. 155, 24-31.

Silva, D. A., Madeira, M. F., Teixeira, A. C., de Souza, C. M., Figueiredo, F. B., 2011.

Laboratory tests performed on Leishmania seroreactive dogs euthanized by the

leishmaniasis control program. Vet. Parasitol. 179, 257–261.

Solano-Gallego, L., Morell, P., Arboix, M., Alberola, J., Ferrer, L., 2001. Prevalence of

Leishmania infantum infection in dogs living in an area of canine leishmaniasis

endemicity using PCR on several tissues and serology. J. Clinic Microbiol. 39, 560-563.

Thomaz-Soccol, V., Castro, E. A., Navarro, I. T., De Farias, M. R., De Souza, L. M.,

Carvalho, Y., Bispo, S., Membrive, N. A., Minozzo, J. C., Truppel, J., Bueno, W., Luz,

E., 2009. Casos alóctones de leishmaniose visceral canina no Paraná, Brasil:

implicações epidemiológicas. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. 18, 46-51.

Page 51: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

51

World Health Organization (WHO)., 2010. Control of the leishmaniasis: report of a

meeting of the WHO Expert Committee on the Control of Leishmaniases, Geneva, 22-

26.

Page 52: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

52

7. CONCLUSÕES

1. O teste DPP® apresentou elevada sensibilidade no diagnóstico de cães

sintomáticos para LVC;

2. O teste DPP® apresentou baixa sensibilidade no diagnóstico de cães

assintomáticos e oligossintomaticos para LVC;

3. O teste DPP® apresentou desempenho superior aos obtidos pelo EIE®, sugerindo

que o DPP® pode ser usado como teste de triagem sorológica do programa de

controle da leishmaníase visceral canina.

Page 53: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

53

8. PERSPECTIVAS

1. Mais estudos são necessários com o objetivo de conhecer o melhor material a ser

utilizado no teste DPP®;

2. Novos estudos devem ser realizados com o objetivo de aumentar a sensibilidade

do teste DPP® sobre cães assintomáticos e sintomáticos;

3. O teste DPP® poderá ser usado como teste de triagem pelo programa nacional de

controle das leishmaníases, contribuindo para resultados mais rápidos,

favorecendo a retirada do reservatório do meio ambiente e aumentando a

credibilidade de testes sorológicos utilizados pelos órgãos da saúde pública.

Page 54: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

54

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBAS, A. B.; LITCHMAN A. H.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6 ed.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, p. 564.

AGUILLAR, C. M.; FERNÁNDEZ, E.; FERNÁNDEZ, R.; et al. Urban visceral

leishmaniasis in Venezuela. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, rio de janeiro, v. 93, n. 1, p. 15-

16, 1998.

ALVES, W. A. ; BEVILACQUA, P. D. Reflexões sobre a qualidade do diagnóstico da

leishmaniose visceral canina em inquéritos epidemiológicos; o caso da epidemia em

Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil 1993-1997. Caderno de saúde pública, v. 20, n.

1, p. 259-25, 2004.

ASSCHE, T. V.; DESCHACHT, M.; DA LUZ, R. A. I.; MAES, L.; COS, P.

Leishmania–macrophage interactions: Insights into the redox biology. Free Radical

Biology & Medicine, v. 51, n. 2, p. 337-351, 2011.

BANETH, G.; KOUTINAS, A. F.; SOLANO-GALLEGO, L.; BOURDEAU, P.;

FERRER, L. Canine leishmaniosis - new concepts and insights on an expanding

zoonosis: part one. Trends in Parasitology, v. 24, n. 7, p. 324-30, 2008.

BARATA, R.A.; FRANÇA-SILVA, J.C.; COSTA, R.T.; FORTES-DIAS, C.L.; SILVA,

J.C.; PAULA, E.V.; PRATA, A.; MONTEIRO, É. M.; DIAS, E. S. Phlebotomine sand

flies in Porteirinha, an area of American visceral leishmaniasis transmission in the state

of Minas Gerais, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 99, n. 5, p. 481-87,

2004.

BARBIÉRI, C. L. Immunology of Canine leishmaniosis. Parasite Immunology, v. 28,

n. 7, p. 329-337, 2006.

BISUGO, M. C.; ARAÚJO, M. F. L.; TANIGUCHI, H. H.; ACUNHA, E.; SANTOS,

A. A.; PESSOTO-JUNIOR, M.; KANETO, C. N.; VO CAMARGO, C.; POLIZEL, M.

A.; VIGILATO, M. A. N.; NEGREIROS, C. M. S.; OKAGIMA, M.; GONÇALVES, N.

M.; LUNDSTEDT, L. P.; ANDREDE, A. M.; LIMA, V. M. F.; TOLEZANO, J. E.

Assessment of canine visceral leishmaniasis diagnosis by means of a rapid test using

recombinant antigen K39 in endemic regions of São Paulo state, Brazil. Revista do

Instituto Adolfo Lutz, v. 66, n. 2, p. 185-193, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde: Secretaria de Vigilância em Saúde – Departamento de

Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília-DF: 6ª

edição, 2006.

Page 55: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

55

BRAZ, R. F. S.; NASCIMENTO, E. T.; MARTINS, D. R. A.; WILSON, M. E.;

PEARSON, R. D.; REED, S. G.; JERONIMO, S. M. B. The Sensitivity and specificity

of Leishmania chagasi recombinant K39 antigen in the diagnosis of american visceral

leishmaniasis and in differentiating active from subclinical infection. American

Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 67, n. 4, p. 344-348, 2002.

BURNS-JR, J. M.; SHREFFLER, W. G.; BENSON, D. R.; GHALIB, H. W.;

BADARO, R.; REED, S. G. Molecular characterization of a kinesin-related antigen of

Leishmania chagasi that detects specific antibody in African and American visceral

leishmaniasis. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, v. 90, n. 2, p. 775–779, 1993.

CABRERA, M.A.A. Ciclo enzoótico da transmissão da Leishmania (Leishmania)

chagasi CUNHA & CHAGAS, 1937 no ecótopo peridoméstico em Barra de Guaratiba,

Rio de Janeiro, RJ: Estudo de possíveis variáveis preditoras. Tese (Magister Scientiae),

Escola de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, p. 90, 1999.

CAMARGO, L. B. ; LANGONI, H. Impact of leishmaniasis on public health. Journal

of Venomous Animals and Toxins incudingl Tropical Diseases, v. 12, n. 4, p. 546.

2006.

CÂNDIDO, T.C.; PERRI, S.H.V.; GERZOSCHKWITZ, T.O.; LUVIZOTTO, M.C.R.;

LIMA, V.M.F. Comparative evaluation of enzyme-linked immunosorbent assay based

on crude and purified antigen in the diagnosis of canine visceral leishmaniasis in

symptomatic and oligosymptomatic dogs. Veterinary Parasitology, v. 157, n. 3-4, p.

175–181, 2008.

CARVALHO, S.F.C.; LEMOS, E.M.; COREY, R.; DIETZE, R. Performance of

Recombinant k39 Antigen in the Diagnosis of Brazilian Visceral Leishmaniasis. The

American Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 68, n. 3, p. 321–324, 2003.

CAVALCANTI, M. P. Desenvolvimento e avaliação de um sistema baseado em PCR

em tempo real para o diagnóstico da infecção por Leishmania (Leishmania) infantum

em cães. Tese de Doutorado. Fundação Oswaldo Cruz. Recife. Pernambuco. 2008

CEARÁ - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ,. Informe

Epidemiológico: Leishmaniose visceral, p. 1-9, 2009.

CEARÁ - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ. Situação de Saúde

do Ceará: Leishmaniose visceral, p. 58, 2011.

CHAPPUIS, F.; RIJAL, S.; JHA, U.K.; DESJEUX, P.; KARKI, B.M.S.; KOIRALA, S.;

LOUTAN, L.; BOELAERT, M. Field validity, reproducibility and feasibility of

Page 56: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

56

diagnostic tests for visceral leishmaniasis in rural Nepal. Tropical Medicine and

International Health, v. 11, n. 1, p. 31-40, 2006.

CIARAMELLA, P. ; CORONA, M. Canine leishmaniasis: clinical and diagnostic

aspects, Compendium, v. 25, p. 358-368, 2003.

COELHO, E.A.F.; TAVARES, C. A. P.; CARVALHO, F. A. A. et al. Immune

responses induced by Leishmania (Leishmania) donovani the A2 antigen, but not by the

LACK antigen, are protective against experimental Leishmania (Leishmania)

amazonesis infection. Infect. Immun., v. 71, n. 7, p. 3988–3994, 2003.

COUTINHO, M. T. Z.; BUENO, L. L.; STERZIK, A.; FUJIWARA, R. T.; BOTELHO,

J. R.; DE MARIA, M.; GENARO, O.; LINARDI, P. M. Participation of Rhipicephalus

sanguineus (Acari: Ixodidae) in the epidemiology of canine visceral leishmaniasis.

Veterinary Parasitology, v. 128, n. 1-2, p. 149-155, 2005.

DA COSTA, R. T.; FRANÇA, J. C.; MAYRINK, W.; NASCIMENTO, E.; GENARO,

O.; CAMPOS-NETO, A. Standardization of a rapid immununochromatographic test

with the recombinant antigens k39 and k26 for the diagnosis of canine visceral

leishmaniasis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and.

Hygiene, v. 97, n. 6, p. 678-682, 2003.

DANTAS-TORRES, F. ; BRANDÃO-FILHO, S. P. Visceral leishmaniasis in Brazil:

revisiting paradigms of epidemiology and control. Revista do Instituto de Medicina

Tropical de São Paulo, v. 48, n. 3, p. 151 – 156, 2006.

DAVID, J. R.; STAMM, L. M.; BEZERRA, H. S.; SOUZA, R. N.; KILLICK-

KENDRICK, R.; LIMA, J. W. O. Deltamethrin-impregnated dog collars have a potent

anti-feeding and insecticidal effect on Lutzomyia longipalpis and Lutzomyia migonei.

Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 96, n. 6, p. 839-847, 2001.

DAVIES, C.R.; REITHINGER, R.; CAMPBELL-LENDRUM, D. The epidemiology

and control of leishmaniasis in Andean countries. Caderno de. Saúde Pública, v. 16, n.

4, p. 925-950, 2000.

DE ASSIS, T. S. M.; BRAGA, A. S. C.; PEDRAS, M. J.; BARRAL, A. M. P.; DE

SIQUEIRA, I. C.; COSTA, C. H. N.; COSTA, D. L.; HOLANDA, T. A.; SOARES, V.

Y. R.; BIÁ, M.; CALDAS, A. J. M.; ROMERO, G. A. S.; RABELO, A. Validação do

teste imunocromatográfico rápido IT-LEISH® para o diagnóstico da leishmaniose

visceral humana. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 17, n. 2, p. 107-116, 2008.

Page 57: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

57

DUPREY, Z.; STEURER, F.; ROONEY, J.; KIRCHHOFF, L.; JACKSON, J.;

ROWTON, E.; DCHANTZ, P. Canine visceral leishmaniasis, United States and

Canada, 2000–2003. Emerging Infectous Diseases, v. 12, n. 3, p. 440–446, 2006.

FAYET, G. Canine leishmaniais in Europe; Part 2: Pathogenesis – Clinical signs –

Diagnosis, Merial Biological Technical Bulletin, 1999.

FERNANDES, A. P.; COSTA, M. M. S.; COELHO, E. A. F.; MICHALICK, M. S. M.;

FREITAS, E.; MELO, M. N.; TAFURI, W. L.; RESENDE, D. M.; HERMONT, V.;

ABRANTES, C. F.; GAZZINELLI, R. T. Protective immunity against challenge with

Leishmania (Leishmania) chagasi in beagle dogs vaccinated with recombinant A2

protein. Vaccine, v. 26, n. 46, p. 5888-5895, 2008.

FERREIRA, S. A.; ITUASSU, L. T.; MELO, M. N.; ANDRADE, A. S. Evaluation of

the conjunctival swab for canine visceral leishmaniasis diagnosis by PCR-hybridization

in Minas Gerais State, Brazil. Veterinary Parasitology, v. 152, n. 3-4, p. 257–263,

2008.

FERRER, L. Canine leishmaniasis: evaluation of the immunocompromised patient. In

Proceedings of the 27th annual world congress of the World Small Animal

Veterinary Association, Granada, Spain, 3-6 October of 2002.

FIGUEIREDO, F. B.; MADEIRA, M. F.; MENEZES, R. C.; PACHECO, R. S.; PIRES,

M. Q.; FURTADO, M. C.; PINTO, A. G.; SCHUBACH, T. M. P. Efficacy of an

indirect immunofluorescence test in the diagnosis of canine leishmaniosis. The

Veterinary Journal, v. 186, n. 1, p. 123–124, 2010.

FRANCINO, O.; ALTET, L.; SÁNCHEZ-ROBERT, E.; RODRIGUEZ, A. SOLANO-

GALLEGO, L.; ALBEROLA, J.; FERRER, L.; SÁNCHEZ, A.; ROURA, X.

Advantages of real-time PCR assay for diagnosis and monitoring of canine

leishmaniosis. Veterinary Parasitology, v. 137, n. 3-4, p. 214-221, 2006.

FREITAS, E.; MELO, M. N.; TAFURI, W. L.; RESENDE, D. M.; HERMONT, V.;

GOMES, A. C.; GALATI, E. A. B.; CASANOVA, C. Analysis of the geographical

distribution of Leishmaniasis Vectors in State of São Paulo. Bol. Direc. Mal. San.

Amb, v. 35, p. 143-146, 1995.

GOMES, Y. M.; CAVALCANTI, M. P.; LIRA, R. A.; ABATH, F. G. C.; ALVES, L.

C. Diagnosis of canine visceral leishmaniasis: Biotechnological advances. Veterinary

Journal, v. 175, n. 1, p. 45-52, 2008.

Page 58: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

58

GONTIJO, C. M. F.; MELO, M. N. Visceral leishmaniasis in Brazil: current status,

challenges and prospects. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 7, n. 3, p. 338-349,

2004.

GRADONI L, GRAMICCIA M. Leishmaniasis. In: OIE manual of standards for

diagnostic tests and vaccine. 4th ed. Paris: Office International des Epizooties, p.

803–812, 2000.

GRADONI, L. The diagnosis of canine leishmaniasis. In Canine leishmaniasis: moving

towards a solution. Proceedings of the 2nd International Canine Leishmaniasis

Forum. Intervet International, Boxmeer, The Netherlands, p. 7-14, 2002.

IIJIMA, M.; KADOYA, H.; HATAHIRA, S.; HIRAMATSU, S.; JUNG, G.; MARTIN,

A.; QUINN, J.; JUNG, J; JEONG, S.; CHOI, E. K.; ARAKAWA, T.; HINAKO, F.;

KUSUNOKI, M.; YOSHIMOTO, N.; NIIMI, T.; TANIZAWA, K.; KURODA, S.

Nanocapsules incorporating IgG Fc-binding domain derived from Staphylococcus

aureus protein A for displaying IgGs on immunosensor chips. Biomaterials, v. 32, n. 6,

p. 1455-1464, 2011.

IKEDA-GARCIA, F. A.; FEITOSA, M. M. Métodos de diagnóstico da leishmaniose

visceral canina. Clínica Veterinária, v. 11, n. 1, p. 32-38, 2006.

KAMHAWI, S. Phlebotomine sand flies and Leishmania parasites: friends or foes?

Trends in Parasitology, v. 22, n. 9, 2006.

KILLICK-KENDRICK, R.; KILLICK-KENDRICK, M.; FOCHEUX, C.; DEREURE,

J.; PUECH, M. P.; CADIERGUES, M. C. Protection of dogs from bites of

phlebotomine sandflies by deltametrin collars for control of canine leishmaniasis.

Medical and Veterinary Entomology, v. 11, n. 2, p. 105-111, 1997.

KONTOS, V. J. ; KOUTINAS, A. F. Old world canine leishmaniasis, Compendium.

v. 15, p. 949- 959, 1993.

KRAUSPENHAR, C.; BECK, C.; SPEROTTO, V.; DA SILVA, A. A.; BASTOS, R.;

RODRIGUES, L. Visceral leishmaniasis in a dog in Cruz Alta, Rio Grande do Sul,

south Brazil. Ciência Rural. v. 37, n. 3, p. 907-910, 2007.

LAINSON, R. ; RANGEL, E.F. Lutzomyia longioalpis and the eco-epidemiology of

American visceral leishmaniasis, with particular reference to Brazil – Review.

Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 100, n. 8, p. 811-827, 2005.

LEMESRE, J. L.; HOLZMULLER, P.; GONÇALVES, R. B.;

BOURDOISEAU, G.; HUGNET, C.; CAVALEYRA, M.; PAPIEROK, G. Long-lasting

pretection agast

Page 59: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

59

canine visceral leishmaniasis using the lies ApMDP vaccine in endemic areas of France:

double-blind randomized efficacy field trial. Vaccine, v. 25, n. 21, p. 4223-4234, 2007.

LEMOS, E. M.; LAURENTI, M. D.; MOREIRA, M. A. B.; REIS, A. B.;

GIUNCHETTI, R. C.; RAYCHAUDHURID, S.; DIETZEA, R. Canine visceral

leishmaniasis: performance of a rapid diagnostic test (Kalazar DetectTM) in dogs with

and without signs of the disease. Acta Tropic, v. 107, n. 1, p. 205–207, 2008.

LIMA, V. M. F.; FATTORI, K. R.; MICHELIN, A. F.; NETO, L. S.;

VASCONCELOS, R. O. Comparison between ELISA using total antigen and

immunochromatography with antigen rK39 in the diagnosis of canine visceral

leishmaniasis. Veterinary Parasitology, v. 173, n. 3-4, p. 330–333, 2010.

LIRA, R. A.; CAVALCANTI, M. P.; NAKAZAWA, M.; FERREIRA, A. G. P.;

SILVA, E. D.; ABATH, F. G. C.; ALVES, L. C.; SOUZA, W. V.; GOMES, Y. M.

Canine visceral leishmaniosis: A comparative analysis of the EIE-leishmaniose-

visceral-canina-Bio-Manguinhos and the IFI-leishmaniose-visceral-canina-Bio-

Manguinhos kits. Veterinary Parasitology, v. 137, n. 1-2, p. 11–16, 2006.

LUKES, J.; MAURICIO, I. L.; SCHÖNIAN, G.; DUJARDIN, J. C.; SOTERIADOU,

K.; DEDET, J. P.; KUHLS, K.; TINTAYA, K. W. Q.; JIRKU, M.; CHOCHOLOVÁ,

E.; HARALAMBOUS, C.; PRATLONG, F.; OBORNÍK, M.; HORÁK, A.; AYALA, F.

J.; MILES, M. A. Evolutionary and geographical history of the Leishmania donovani

complex with a revision of current taxonomy. Proceedings of the National Academy

of Sciences. v. 104, n. 22, p. 9375–9380, 2007.

MADEIRA, M. F.; SCHUBACH, A. O.; SCHUBACH, T. M.; LEAL, C. A.;

MARZOCHI, M. C. Identification of Leishmania (Leishmania) chagasi isolated from

healthy skin of symptomatic and asymptomatic dogs seropositive for leishmaniasis in

the municipality of Rio de Janeiro, Brazil. The Brazilian Journal of Infectious

Diseases, v. 8, n. 6 p.440–444, 2004.

MADEIRA, M. F.; SCHUBACH, A. O.; SCHUBACH, T. M.; PACHECO, R. S.;

OLIVEIRA, F. S.; PEREIRA, S. A.; FIGUEIREDO, F. B.; BAPTISTA, C.;

MARZOCHI, M. C. Mixed infection with Leishmania (Viannia) braziliensis and

Leishmania (Leishmania) chagasi in a naturally infected dog from Rio de Janeiro,

Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and. Hygiene, v.

100, n. 5, p. 442-445, 2006a.

MADEIRA, M. F.; SCHUBACH, A. O.; SCHUBACH, T. M.; PEREIRA, S. A.;

FIGUEIREDO, F. B.; BAPTISTA, C.; LEAL, C. A.; MELO, C. X.; CONFORT, E. M.;

Page 60: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

60

MARZOCHI, M. C. Post mortem parasitological evaluation of dogs seroreactive for

Leishmania from Rio de Janeiro, Brazil. Veterinary Parasitology, v.138, n. 3-4, p.

366-370, 2006b.

MAIA, C ; CAMPINO, L. Methods for diagnosis of canine leishmaniasis and immune

response to infection. Veterinary Parasitology, v. 158, n. 4, p. 274–287, 2008.

MAIA-ELKHOURY, A. N. S.; ALVES W. A.; SOUSA-GOMES M. L.; SENA J. M.;

LUNA E. A. Leishmaníase visceral no Brasil: evolução e desafios. Cadernos de Saúde

Pública, v. 24, n. 12, 2008.

MANCIANTI, F.; PEDONESE, F.; POLI, A. Evaluation of dot enzyme-linked

immunosorbent assay (dot-Elisa) for the serodiagnosis of canine leishmaniasis as

compared with indirect immunofluorescence assay. Veterinary Parasitology, v. 65, n.

1-2, p. 01-09, 1996.

MANCIANTI, F.; GRAMICCIA, M.; GRADONI, L.; PIERI, S. Studies on canine

leishmaniasis control. 1. Evolution of infection of different clinical forms of canine

leishmaniasis following antimonial treatment. Royal Society of Tropical Medicine

and Hygiene, v. 82, n. 4, p. 566–567, 1988.

MANNA, L.; REALE, S.; VIOLA, E.; VITALE, F.; MANZILLO, V.F.; MICHELE,

P.L.; CARACAPPA, S.; GRAVINO, A. E. Leishmania DNA load and cytokine

expression levels in asymptomatic naturally infected dogs. Veterinary Parasitology, v.

142, n. 3-4, p. 271-280, 2006.

MANNA, L.; REALE, S.; VITALE, F.; PAVONE, L.; GRAVINO, A. Real-time PCR

assay in Leishmania-infected dogs treated with meglumine antimonite and allopurinol.

Veterinary Journal, v. 177, n. 2, p. 279– 282, 2007.

MAPA. Ato n. 10, de 3 de outubro de 2011. Estabelece o deferimento de solicitação de

correção de fórmula da vacina Leishmune®. Diário Oficial da República Federativa

do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, Seção 1, p. 31, 6 de outubro de 2011.

MARTIN-SANCHEZ, J.; PINEDA, J. A.; MORILLAS-MARQUEZ, F.; GARCIA-

GARCIA, J. A.; ACEDO, C.; MACÍAS, J. Detection of Leishmania infantum

kinetoplast DNA in peripheral blood from asymptomatic individuals at risk for

parenterally transmitted infections: relationship between polymerase chain reaction

results and other Leishmania infection markers. The American Journal Tropical

Medicine and Hygiene, v. 70, n. 5, p. 545-548, 2004.

Page 61: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

61

MARY, C.; FARAUT, F.; LASCOMBE, L.; DUMON, H.; Quantification of

Leishmania infantum DNA by a Real-Time PCR assay withhigh sensitivity. Journal of

Clinical Microbiology, v. 42, n. 11, p. 5249–5255, 2004.

METTLER, M.; GRIMM, F.; CAPELLI, G.; CAMP, H.; DEPLAZES. Evaluation of

Enzyme-Linked Immunosorbent Assays, na Immunofluorescent-Antibody Test, and

Two Rapid Tests (Immunochromatographic-Dipstick and Gel Tests) for Serological

Diagnosis of Symptomatic and Asymptomatic Leishmania Infections in Dogs. Journal

of Clinical Microbiology, v. 43, n. 11, p.5515–5519, 2005.

MICHALSKY, E. M.; FRANÇA-SILVA, J. C.; BARATA, R. A.; SILVA, F. O. L.;

LOUREIRO, A. M.; FORTES-DIAS, C. L.; DIAS, E. S. Phlebotominae distribution in

Janaúba, an area of transmission for visceral leishmaniasis in Brazil. Memórias do

Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, n. 1, p. 56-61, 2009.

MIRANDA, S ; MARTORELL, S; COSTA, M; FERRER, L; RAMIS, A.

Characterization of circulating lymphocyte subpopulations in canine leishmaniasis

throughout treatment with antimonials and allopurinol. Veterinary Parasitology, v.

144, n. 3-4, p. 251–260, 2007.

MIRÓ, G.; CARDOSO, L.; PENNISI, M. G.; OLIVA, G.; BANETH, G. Canine

leishmaniosis – new concepts and insights on an expanding zoonosis: part two. Trends

in Parasitology, v. 24, n. 8, p. 371-377, 2008.

MONGODIN, E.; BAJOLET, O.; HINNRASKY, J.; PUCHELLE, E.; BENTZMANN,

S. Cell Wall-associated Protein A as a Tool for Immunolocalization of Staphylococcus

aureus in Infected Human Airway Epithelium. The Journal of Histochemistry &

Cytochemistry, v. 48, n. 4, p. 523–533, 2000.

MONTEIRO, E. M.; SILVA, J. C. F.; COSTA, R. T.; COSTA, D. C.; BARATA, R. A.;

PAULA, E. V.; COELHO, G. L. L. M.; ROCHA, M. F.; DIAS, C. F. L.; DIAS, E. D.

Leishmaniose visceral: estudo de flebotomíneos e infecção canina em Montes Claros,

Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 38, n. 2, p.

147-152, 2005.

MOREIRA, M.; LUVIZOTTO, M.; GARCIA, J.; CORBETT, C.; LAURENTI, M.

Comparison of parasitological, immunological and molecular methods for the diagnosis

of leishmaniasis in dogs with different clinical signs. Veterinary Parasitology, v. 145,

n. 3-4, p. 245–252, 2007.

Page 62: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

62

NIETO, J.; SAUGAR, J. M.; MIRET, J.; GONZÁLES, F. La Leishmaniosis canina. 1a

Parte. Terapéutica. Inf. Vet. Revista Oficial del Consejo General de Colegios

Veterinarios de España, p. 34-40, 2005.

NUNES, C. M.; PIRES, M. M. P.; DA SILVA, K. M.; ASSIS, F. D.; GONÇALVES-

FILHO, J.; PERRI, S. H. V. Relationship between dog culling and incidence of human

visceral leishmaniasis in an endemic area. Veterinary Parasitology, v. 170, n. 1-2, p.

131–133, 2010.

NUNES, C. M.; DIAS, A. K. K.; GOTTARDI, F. P.; DE PAULA, H. B.; AZEVEDO,

M. A. A.; LIMA, V. M. F.; GARCIA, J. F. Avaliação da reação em cadeia pela

polimerase para diagnóstico da leishmaniose visceral em sangue de cães. Revista

Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 16, n. 1, p. 5-9, 2007.

PALTRINIERI, S.; SOLANO-GALLEGO, L.; FONDATI, A.; LUBAS, G.;

GRADONI, L.; CASTAGNARO, M.; CROTTI, A.; MAROLI, M.; OLIVA, G.;

ROURA, X.; ZATELLI, A.; ZINI, E. Guidelines for diagnosis and clinical classification

of leishmaniasis in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association,

v. 236, n. 11, p. 1184-1191, 2010.

PAZ, G.F.; RIBEIRO, M. F. B.; MICHALSKY, E. M.; VIANNA, A. C.; LIMA, M. R.;

FRANÇA-SILVA, J. C.; BARATA, R. A.; FORTES-DIAS, C. L.; DIAS, E. S.

Evaluation of the vectorial capacity of Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) in

the transmission of canine visceral leishmaniasis. Parasitology Research, v. 106, n. 2,

p. 523–528, 2010.

PEDRAS, M. J.; VIANA, L. G.; OLIVEIRA, E. J. D. E, RABELLO, A. Comparative

evaluation of direct agglutination test, rk39 and soluble antigen-ELISA and RIFI for the

diagnosis of visceral leishmaniasis in Brazil. Transactions of the Royal Society of

Tropical Medicine and Hygiene, v. 102, n. 2, p. 172-178, 2008.

QU, JING-QI.; ZHONG, LI.; MASOOM-YASINZAI, M.; ABDUR-RAB, M.; AKSU,

H. S. Z.; REED, S.G. ; CHANG, K. P.; GILMAN-SACHS, A. Serodiagnosis of Asian

leishmaniasis with a recombinant antigen from the repetitive domain of a Leishmania

kinesin. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 88, n.

5, p. 543-545, 1994.

QUEIROZ, P. V. S.; MONTEIRO, G. R. G.; MACEDO, V. P. S.; ROCHA, M. A. C.;

BATISTA, L. M. M.; QUEIROZ, J. W.; JERÔNIMO, S. M. B.; XIMENES, M. F. F. M.

Canine visceral leishmaniasis in urban and rural areas of Northeast Brazil. Research in

Veterinary Science, v. 86, n. 2, p. 267–273, 2009.

Page 63: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

63

RATH, S.; TRIVELIN, L. A.; IMBRUNITO, T. R.; TOMAZELA, D. M.; JESÚS, M.

N.; MARZAL, P. C. Antimoniais Empregados no Tratamento da Leishmaniose: Estado

da arte. Química Nova, v.26, n.4, 2003.

RAY, D. S. Conserved Sequence Blocks in Kinetoplast Minicircles from Diverse

Species of Trypanosomes. Molecular and Cellular Biology, v. 9, n. 3, p. 1365-1367,

1989.

REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos

ocidentais. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

REITHINGER, R.; QUINNELL, R. J.; ALEXANDER, B.; Davies, C. R. Rapid

detection of Leishmania infantum infection in dogs: comparative study using an

immunochromatographic dipstick test, enzyme-linked immunosorbent assay, and PCR.

Journal of Clinical Microbiology, v. 40, n. 7, p. 2352–2356, 2002.

REITHINGER, R.; LAMBSON, B.E.; BARKER, D.C.; COUNIHAN, H.; ESPINOZA,

C.J.; GONZALEZ, J.S.; DAVIES, C.R. Leishmania (Viannia) spp. Dissemination and

tissue tropism in naturally infected dogs (Canis familiaris). Royal Society of Tropical

Medicine and Hygiene, v. 96, n. 1, p.76–78, 2002.

REITHINGER, R.; COLEMAN, P. G.; ALEXANDER, VIEIRA, E. P.; ASSIS, G.;

DAVIES, C. R. Are insecticide-impregnated dog collars a feasible alternative to dog

culling as a strategy for controlling canine visceral leishmaniasis in Brazil?

International Journal for Parasitology, v. 34, n. 1, p. 55-62, 2004.

RONDON, F. C. M.; BEVILAQUA, C. M. L.; FRANKE, C. R.; BARROS, R. S.;

OLIVEIRA, F. R.; ALCÂNTARA, A. C.; DINIZ, A. T. Cross-sectional serological

study of canine leishmania infection in Fortaleza, Ceará, Brasil. Veterinary

Parasitology, v. 155, n. 1-2, p. 24-31, 2008.

ROSATI, S.; ORTOFFI, M.; PROFITI, M.; MANNELLI, A.; MIGNONE, W.;

BOLLO, E.; GRADONI, L. Prokaryotic expression and antigenic characterization of

three recombinant Leishmania antigens for serological diagnosis of canine

leishmaniasis. Clinical and Diagnostic Laboratory Immunology, v. 10, n. 6, p. 1153–

1156, 2003.

SARAIVA, E. M.; BARBOSA, A. F.; SANTOS, F. N.; BORJA-CABRERA, G. P.;

NICO, D.; SOUZA, L. O.; MENDES-AGUIAR, C. O.; SOUZA E. P.; FAMPA, P.;

PARRA, L. E.; MENZ, I.; DIAS, J. G. J.; OLIVEIRA, S. M.; PALATNIK-DE-SOUSA,

C. B. The FMLvaccine (Leishmune®) against canine visceral leishmaniasis: A

transmission blocking vaccine. Vaccine, v. 24, n. 13, p. 2423-2431, 2006.

Page 64: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

64

SCALONE, A.; LUNA, R., OLIVA, G.; BALDI, L.; SATTA, G.; VESCO, G.;

MIGNONE, W.; TURILLI, C.; MONDESIRE, R.; SIMPSON, D.; DONOGHUE, A.;

FRANK, G.; GRADONI, L. Evaluation of the Leishmania recombinant K39 antigen as

a diagnostic marker for canine leishmaniasis and validation of a standardized enzyme-

linked immunosorbent assay. Veterinary Parasitology, v. 104, n. 4, p. 275–285, 2002.

SILVA, D. A.; MADEIRA, M. F.; TEIXEIRA, A. C.; de SOUZA, C. M.;

FIGUEIREDO, F. B. Laboratory tests performed on Leishmania seroreactive dogs

euthanized by the leishmaniasis control program. Veterinary Parasitology, v. 179, n.

1-3, p. 257–261, 2011.

SILVA, F. L.; OLIVEIRA, R. G.; TEANE, M. A.; SILVA, M. N.; XAVIER, E. F.;

NASCIMENTO, R. L. S. Venereal transmission of canine visceral leishmaniasis.

Veterinary Parasitology, v. 160, n. 1-2, p. 55–59, 2009.

SIMÕES-MATTOS, L.; TEIXEIRA, M. J.; COSTA, D. C.; PRATA-JR, J. R. C.;

BEVILAQUA, C. M. L.; SIDRIM, J. J. C.; ROCHA, M. F. G.; Evaluation of

terbinafine treatment in Leishmania chagasi-infected hamsters (Mesocricetus auratus).

Veterinary Parasitology, v. 103, n. 3, p. 207–216, 2002.

SOLANO-GALLEGO, L.; MORELL, P.; ARBOIX, M.; ALBEROLA, J.; FERRER, L.

Prevalence of Leishmania infantum infection in dogs living in an area of canine

leishmaniasis endemicity using PCR on several tissues and serology. Journal of

Clinical Microbiology, v. 39, n. 2, p. 560–563, 2001.

SUNDAR, S.; MAURYA, R.; SINGH, R.K.; BHARTI, K.; CHAKRAVARTY, J.;

PAREKH, A.; RAI, M.; KUMAR, K.; MURRAY, H.W. Rapid, Noninvasive Diagnosis

of Visceral Leishmaniasis in India: Comparison of Two Immunochromatographic Strip

Tests for Detection of Anti-K39 Antibody. JournaL of Clinical Microbiology, v. 44,

n. 1, p. 251-253, 2006.

TAVARES, C. A. P.; FERNANDES, A. P.; MELO, M. N. Molecular diagnosis of

leishmaniasis. Expert Review of Molecular Diagnostics, v. 3, n.5, p. 657-667, 2003.

THOMAZ-SOCCOL, V.; CASTRO, E. A.; NAVARRO, I. T.; DE FARIAS, M. R.; DE

SOUZA, L. M.; CARVALHO, Y.; BISPO, S.; MEMBRIVE, N. A.; MINOZZO, J. C.;

TRUPPEL, J.; BUENO, W.; LUZ, E. Casos alóctones de leishmaniose visceral canina

no Paraná, Brasil: implicações epidemiológicas. Revista. Brasileira Parasitologia

Veterinária, v. 18, n. 3, p. 46-51, 2009.

TROTZ-WILLIAMS, L. ; GRADONI, L. Disease risks for the travelling pet:

Leishmaniasis. In Practice, v. 25, n. 4, p. 190-197, 2003.

Page 65: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

65

VITALE, F. R. S.; VITALE, M.; PETROTTA, E.; TORINA, A.; CARACAPPA, S.

TaqMan-Based detection of Leishmania infantum DNA using canine samples.

Academy of Sciences, v. 1026, n. 1, p. 139-143, 2004.

WELCH, R. J.; ANDERSON, B. L.; LITWIN, C. M. Rapid Immunochromatographic

Strip Test for Detection of Anti-K39 Immunoglobulin G Antibodies for Diagnosis of

Visceral Leishmaniasis. Clinical and Vaccine Immunology,v. 15, n. 9, p. 1483-1484,

2008.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Control of the leishmaniasis: report

of a meeting of the WHO Expert Committee on the Control of Leishmaniases,

Geneva, p. 22-26, 2010.

ZANIN, F. H. C.; COELHO, E. A. F.; MARQUES-DA-SILVA, E. A.; SILVA COSTA,

M. M.; REZENDE, S. A.; GAZZINELLI, R. T.; FERNANDES, A. P. Evaluation of

immune responses and protection induced by A2 and nucleoside hydrolase (NH) DNA

vaccines against Leishmania chagasi and Leishmania amazonensis experimental

infections. Microbes and Infection, v. 9, n. 9, p. 1070-1077, 2007.

ZIJLSTRA, E. E.; DAIFALLA, N. S.; KAGER, P. A.; KHALIL, E. A. G.; EL-

HASSAN, A. M.; REED, S. G.; GHALIB, H. W. rk39 enzyme-linked immunosorbent

assay for diagnosis of Leishmania donovani infection. Clinical and Diagnostic

Laboratory Immunology, v. 5, n. 5, p. 717-720, 1998.

Page 66: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

66

APÊNDICES

Page 67: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

67

APÊNDICE A – Ficha clínica utilizada para caracterizar os cães do estudo.

FICHA CLÍNICA

CÃO N°. _______ Data: _________

1. Origem: ( ) CCZ ( ) Clínica – Qual? _________ 2. Porte: ( ) Pequeno ( ) Médio ( ) Grande 3.

Pelagem: ( ) Curta ( ) Longa; Tonalidade: ( ) Clara ( ) Escura 4. Idade: ( ) menor que 1 ano ( ) maior

que 1 ano. 5. Sinais Clínicos: ( ) Ausentes ( ) presentes ( ) Assintomático/A ( )

Oligossintomático/O-até 3 ( ) Sintomático/S-mais de 3

5.1. Gerais: ( ) Linfadenomegalia ( ) generalizada ( ) anteriores ( ) posteriores:Quais?__________

( ) Emaciação ( ) Anorexia ( ) Onicogrifose ( ) Mucosas Pálidas ( ) Esplenomegalia ( )

Hepatomegalia

5.2. Lesões oculares: ( ) Secreções ( ) mucopurulenta ( ) sanguinolenta ( ) Úlcera de córnea

( ) Opacidade ocular ( ) uveíte

5.3. Lesões dermatológicas

ALOPECIA ( ) Generalizada/Difusa ( )Localizada

Localização ( )Cabeça ( )Corpo ( )Membros ( )Cauda ( ) olhos ( ) Dorso ( ) Anterior direito ( )Base ( ) orelha ( )Ventre ( ) Anterior esquerdo ( )Extremidade ( ) focinho ( ) Lateral-Direita ( ) Posterior direito

( ) Pescoço ( ) Lateral - Esquerda ( ) Posterior esquerdo ( ) Dorso ( ) Região crista ilíaca ( ) Regiões de contato ( )Ventre

( ) Lateral-Direita

( ) Lateral-Direita

( ) Lateral - Esquerda ( ) Lateral - Esquerda

ÚLCERAS ( ) Generalizada/Difusa ( )Localizadas

Localização ( )Cabeça ( )Corpo ( )Membros ( )Cauda ( ) olhos ( ) Dorso ( ) Anterior direito ( )Base ( ) orelha ( )Ventre ( ) Anterior esquerdo ( )Extremidade ( ) focinho ( ) Lateral-Direita ( ) Posterior direito

( ) Pescoço ( ) Lateral - Esquerda ( ) Posterior esquerdo ( ) Dorso ( ) Região crista ilíaca ( ) Regiões de contato ( )Ventre

( ) Lateral-Direita

( ) Lateral-Direita

( ) Lateral - Esquerda ( ) Lateral - Esquerda

DERMATITE ( ) Generalizada/Difusa ( )Localizada ( ) Seca ( ) Seborréica ( )Furfurácea

Page 68: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

68

Localização ( )Cabeça ( )Corpo ( )Membros ( )Cauda ( ) olhos ( ) Dorso ( ) Anterior direito ( )Base ( ) orelha ( )Ventre ( ) Anterior esquerdo ( )Extremidade ( ) focinho ( ) Lateral-Direita ( ) Posterior direito

( ) Pescoço ( ) Lateral - Esquerda ( ) Posterior esquerdo ( ) Dorso ( ) Região crista ilíaca ( ) Regiões de contato ( )Ventre

( ) Lateral-Direita

( ) Lateral-Direita

( ) Lateral - Esquerda ( ) Lateral - Esquerda

APÊNDICE B – Cálculo dos dados. Validação do DPP®, em comparação ao padrão-

ouro IFI® em cães assintomáticos.

DPP® X IFI® (ASSINTOMÁTICOS)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

DPP® Categoria 1 - Positivo 3 (VP) 0 (FP) 3

Categoria 2 - Negativo 22 (FN) 10 (VN) 32

Total 25 10 35 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.072 0.072

P-valor do Kappa da categoria 0.252 0.252

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.196 inf: -0.051

sup: 0.196 inf: -0.051

Page 69: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

69

Kappa Geral

Kappa geral 0.072

P-valor geral 0.252

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.196 inf: -0.051

APÊNDICE C – Cálculo dos dados. Validação do DPP®, em comparação ao padrão-

ouro IFI® em cães oligossintomáticos.

DPP® X IFI® (OLIGOSSINTOMÁTICO)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

DPP® Categoria 1 - Positivo 11 (VP) 0 (FP) 11

Categoria 2 - Negativo 10 (FN) 10 (VN) 20

Total 21 10 31 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.415 0.415

P-valor do Kappa da categoria 0.0040 0.0040

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.701 inf: 0.13

sup: 0.701 inf: 0.13

Page 70: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

70

Kappa Geral

Kappa geral 0.415

P-valor geral 0.0040

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.701 inf: 0.13

APÊNDICE D – Cálculo dos dados. Validação do DPP®, em comparação ao padrão-

ouro IFI® em cães sintomáticos.

DPP® X IFI® (SINTOMÁTICO)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

DPP® Categoria 1 - Positivo 32 (VP) 0 (FP) 32

Categoria 2 - Negativo 4 (FN) 1 (VN) 5

Total 36 1 37 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.302 0.302

P-valor do Kappa da categoria 0.01 0.01

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.533 inf: 0.071

sup: 0.533 inf: 0.071

Page 71: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

71

Kappa Geral

Kappa geral 0.302

P-valor geral 0.01

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.533 inf: 0.071

APÊNDICE E – Cálculo dos dados. Validação do DPP® em comparação ao padrão-ouro

IFI® sobre o total dos 103 cães.

DPP® X IFI® (TOTAL – 103 CÃES)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

DPP® Categoria 1 - Positivo 46 (VP) 0 (FP) 46

Categoria 2 - Negativo 36 (FN) 21 (VN) 57

Total 82 21 103 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.343 0.343

P-valor do Kappa da categoria < 0.001 < 0.001

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.488 inf: 0.197

sup: 0.488 inf: 0.197

Page 72: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

72

Kappa Geral

Kappa geral 0.343

P-valor geral < 0.001

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.488 inf: 0.197

APÊNDICE F – Cálculo dos dados. Validação do EIE® em comparação ao padrão-ouro

IFI® em cães assintomáticos.

EIE® X IFI® (ASSINTOMÁTICO)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

EIE® Categoria 1 - Positivo 1 (VP) 0 (FP) 1

Categoria 2 - Negativo 24 (FN) 10 (VN) 34

Total 25 10 35 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela com Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.023 0.023

P-valor do Kappa da categoria 0.521 0.521

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.094 inf: -0.048

sup: 0.094 inf: -0.048

Page 73: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

73

Kappa Geral

Kappa geral 0.023

P-valor geral 0.521

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.094 inf: -0.048

APÊNDICE G – Cálculo dos dados. Validação do EIE® em comparação ao padrão-ouro

IFI® em cães oligossintomáticos.

EIE® X IFI® (OLIGOSSINTOMÁTICO)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

EIE® Categoria 1 - Positivo 8 (VP) 0 (FP) 8

Categoria 2 - Negativo 13 (FN) 10 (VN) 23

Total 21 10 31 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela com Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.284 0.284

P-valor do Kappa da categoria 0.023 0.023

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.53 inf: 0.038

sup: 0.53 inf: 0.038

Page 74: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

74

Kappa Geral

Kappa geral 0.284

P-valor geral 0.023

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.53 inf: 0.038

APÊNDICE H – Cálculo dos dados. Validação do EIE® em comparação ao padrão-ouro IFI® em cães sintomáticos.

EIE® X IFI® (SINTOMÁTICO)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

EIE® Categoria 1 - Positivo 32 (VP) 0 (FP) 32

Categoria 2 - Negativo 4 (FN) 1 (VN) 5

Total 36 1 37 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela com Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.302 0.302

P-valor do Kappa da categoria 0.01 0.01

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.533 inf: 0.071

sup: 0.533 inf: 0.071

Page 75: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

75

Kappa Geral

Kappa geral 0.302

P-valor geral 0.01

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.533 inf: 0.071

APÊNDICE I – Cálculo dos dados. Validação do EIE® em comparação ao padrão-ouro IFI® sobre o total dos 103 cães.

EIE® X IFI® (TOTAL – 103 CÃES)

IFI®

Categoria 1 Positivo Categoria 2 Negativo Total

EIE® Categoria 1 - Positivo 41 (VP) 0 (FP) 41

Categoria 2 - Negativo 41 (FN) 21 (VN) 62

Total 82 21 103 Tabela de contigência 2 x 2

Tabela com Kappa para as categorias

Cat. 1

P Cat. 2

N

Kappa da categoria 0.29 0.29

P-valor do Kappa da categoria < 0.001 < 0.001

Intervalo de 95% de confiança

do Kappa da categoria

sup: 0.426 inf: 0.154

sup: 0.426 inf: 0.154

Page 76: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

76

Kappa Geral

Kappa geral 0.29

P-valor geral < 0.001

Intervalo de 95% de confiança do Kappa

sup: 0.426 inf: 0.154

Page 77: VALIDAÇÃO DO TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO · PDF file7 À professora Dra. Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro por ter aceito ser minha ... O teste imunocromatográfico rápido (DPP Bio-

77

APÊNDICE J – Termo de Consentimento Livre Esclarecido destinado aos proprietários

dos cães utilizados do estudo.

Universidade Estadual do Ceará - UECE Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias – PPGCV

LABORATÓRIO DE DOENÇAS PARASITÁRIAS - LABODOPAR Av. Paranjana, 1700 – Campus do Itaperi – 60.740-000 – Fortaleza-CE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Eu____________________________________________________________________

_________RG nº______________________, declaro estar ciente dos objetivos do

projeto de pesquisa intitulado “Validação de um Teste Imunocromatográfico RÁPIDO

Dual Path Plataform (DPP®) Para o Diagnóstico da Leishmaníase Visceral Canina”, que

tem como pesquisador principal a Profa. Dra. Claudia Maria Leal Bevilaqua e declaro

permitir a coleta de 5mL de sangue de meu cão, bem como a coleta de uma gota de

sangue da ponta da orelha do mesmo cão, para a realização de testes diagnósticos para

Leishmaníase Visceral Canina.

Fui informado que meus dados não serão revelados, sob qualquer hipótese, somente

servirão para controle da pesquisa. Da mesma forma, estou ciente de que não terei

qualquer gasto ou ganho financeiro por participar da pesquisa.

Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem

nenhum prejuízo para mim e sem sofrer qualquer penalidade.

Declaro que uma cópia desse Termo de Consentimento Livre Esclarecido me foi

entregue por membro do projeto de pesquisa e que qualquer dúvida a respeito poderei

entrar em contato com os pesquisadores no Laboratório de Doenças Parasitárias no

endereço: Av. Paranjana, 1700 – Campus do Itaperi – 60.740-000 – Fortaleza-CE e no

telefone (85) 3101. 9853.

Fortaleza___ de _______________ 2011 _______________________________________________________ Membro do projeto de pesquisa Eu aceito participar do projeto citado acima, voluntariamente, após ter sido devidamente esclarecido. ________________________________________________________ Participante da pesquisa