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Vantagens e Desvantagens da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED no Brasil Dezembro/2016 1 ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016 Vantagens e Desvantagens da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED no Brasil Luana Nathalye Matoso – [email protected] Master em Arquitetura e Iluminação Instituto de Pós Graduação – IPOG Curitiba, 06 de março de 2016. Resumo O presente estudo aborda os momentos históricos nos setores de energia elétrica e iluminação dos últimos anos no Brasil até a aprovação da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED em 2015. Tendo como objetivo principal discorrer sobre as vantagens e desvantagens pós-certificação, para fabricantes e consumidores. Inicialmente é apresentada a história, definição e propriedades do LED (Light Emitting Diode), tecnologia em constante evolução ao longo dos anos. Em meio à crise energética no país, com grande aumento no preço da energia elétrica a população se viu obrigada a buscar maneiras de economizar, o que deu grande visibilidade ao LED, por se tratar de uma fonte de luz extremamente eficiente. A partir de entrevistas com fabricantes de lâmpadas foi possível entender suas expectativas quanto à norma, houve também contribuições de outros especialistas da área de iluminação, certificação brasileira e lojas especializadas. Foi possível concluir que os fabricantes veem a certificação com uma excelente ferramenta para melhorar a concorrência, retirando lâmpadas de baixa qualidade e preço baixo do mercado, porém o custo dos produtos tende a aumentar por conta dos ensaios necessários. Palavras-chave: Lâmpadas LED. Certificação Compulsória. Inmetro. 1. Introdução Este estudo se insere na área de iluminação artificial, abordando a Certificação Compulsória de Lâmpadas LED com Dispositivo Integrado a Base. A escolha do assunto se deu por acreditar na importância do incentivo ao uso de tecnologias mais eficientes e duráveis ainda mais na situação atual do Brasil, ressaltando a Crise Energética. Analisando os momentos históricos no setor de energia, é possível concluir que o assunto “Crise Energética” não é novidade no Brasil. Entre 1990 e 2000 o consumo já era maior do que a capacidade instalada (TOLMASQUIM, 2000). Pouco tempo depois, no ano de 2001 o Brasil passou por uma crise no abastecimento de energia elétrica, levando a interrupções e falta de energia frequentes, sendo conhecido como o ano do “apagão”. Neste ano o país foi apresentado às lâmpadas fluorescentes compactas, mais eficientes que as lâmpadas incandescentes, tecnologia usada na época. Por se tratar de uma lâmpada importada, o Governo chegou a tomar algumas medidas que incentivaram o uso da nova tecnologia, como

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Vantagens e Desvantagens da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED no Brasil

Luana Nathalye Matoso – [email protected] Master em Arquitetura e Iluminação Instituto de Pós Graduação – IPOG

Curitiba, 06 de março de 2016.

Resumo O presente estudo aborda os momentos históricos nos setores de energia elétrica e iluminação dos últimos anos no Brasil até a aprovação da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED em 2015. Tendo como objetivo principal discorrer sobre as vantagens e desvantagens pós-certificação, para fabricantes e consumidores. Inicialmente é apresentada a história, definição e propriedades do LED (Light Emitting Diode), tecnologia em constante evolução ao longo dos anos. Em meio à crise energética no país, com grande aumento no preço da energia elétrica a população se viu obrigada a buscar maneiras de economizar, o que deu grande visibilidade ao LED, por se tratar de uma fonte de luz extremamente eficiente. A partir de entrevistas com fabricantes de lâmpadas foi possível entender suas expectativas quanto à norma, houve também contribuições de outros especialistas da área de iluminação, certificação brasileira e lojas especializadas. Foi possível concluir que os fabricantes veem a certificação com uma excelente ferramenta para melhorar a concorrência, retirando lâmpadas de baixa qualidade e preço baixo do mercado, porém o custo dos produtos tende a aumentar por conta dos ensaios necessários. Palavras-chave: Lâmpadas LED. Certificação Compulsória. Inmetro. 1. Introdução Este estudo se insere na área de iluminação artificial, abordando a Certificação Compulsória de Lâmpadas LED com Dispositivo Integrado a Base. A escolha do assunto se deu por acreditar na importância do incentivo ao uso de tecnologias mais eficientes e duráveis ainda mais na situação atual do Brasil, ressaltando a Crise Energética. Analisando os momentos históricos no setor de energia, é possível concluir que o assunto “Crise Energética” não é novidade no Brasil. Entre 1990 e 2000 o consumo já era maior do que a capacidade instalada (TOLMASQUIM, 2000). Pouco tempo depois, no ano de 2001 o Brasil passou por uma crise no abastecimento de energia elétrica, levando a interrupções e falta de energia frequentes, sendo conhecido como o ano do “apagão”. Neste ano o país foi apresentado às lâmpadas fluorescentes compactas, mais eficientes que as lâmpadas incandescentes, tecnologia usada na época. Por se tratar de uma lâmpada importada, o Governo chegou a tomar algumas medidas que incentivaram o uso da nova tecnologia, como

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por exemplo, a alteração do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS (MATOS, 2006). Aos poucos o mercado acabou sendo invadido por lâmpadas de baixa qualidade e de pouco durabilidade, levando a criação da Certificação Compulsória de Lâmpadas Fluorescentes Compactas com Reator Integrado à Base em 2006. Atualmente pode-se dizer que estamos passando por outra transição, a troca de lâmpadas fluorescentes por LED. Em 2015 o país ainda apresentava o antigo problema de déficit entre geração e consumo de energia elétrica. Por conta da falta de investimentos e períodos de seca o aumento no preço da energia elétrica foi de 51% em média, de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. O ano terminou com consumo em declínio de 2,1% sobre 2014, segundo a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, dados que mostram a mudança de hábitos do consumidor. Além disso, a população teve que arcar com diversos aumentos durante o ano o que gerou grande visibilidade à tecnologia LED, por se tratar de um sistema com baixo consumo de energia e vida útil longa. Assim como aconteceu com as lâmpadas fluorescentes a indústria do LED também foi invadida por produtos de má qualidade, além de serem constatados no mercado lâmpadas com bases em desacordo às normas de segurança (LEME, 2016). Levando a tecnologia a ser citada na Portaria n° 335 do Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia – INMETRO, que visava estabelecer requisitos mínimos de segurança em instalações de baixa tensão, com foco na prevenção de incêndios e acidentes elétricos (INMETRO, 2011), mostrando a necessidade de uma certificação. Ocorreram também publicações de alguns documentos da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT com intuito de fornecer índices mínimos de qualidade para alguns tipos de LED. Além disso, os debates em torno da regulamentação das lâmpadas se iniciaram em 2013, através de consulta pública feita neste ano e em 2014 pelo INMETRO, estas apresentavam Regulamento Técnico da Qualidade e Requisitos de Avaliação da Conformidade. Em paralelo a esses debates a Eletrobras incluiu as lâmpadas LED tipo bulbo e tubular ao programa do Selo Procel, que era feito de forma voluntária pelos fabricantes. Mesmo com diversos documentos que visavam à qualidade da tecnologia, os bons fabricantes vieram a sofrer durante anos a concorrência com produtos que apresentavam preço baixo e pouca qualidade. A aprovação da norma que certifica lâmpadas LED com dispositivo integrado à base veio a acontecer em março de 2015, através da Portaria n°144 que tem como objetivo “estabelecer critérios mínimos com foco no desempenho, segurança elétrica e compatibilidade eletromagnética.” (INMETRO, 2015), diferente do Selo Procel, esta será de forma compulsória, ou seja, ao final de todos os prazos apresentados no documento, só será possível comercializar lâmpadas devidamente certificadas no Brasil. Neste estudo será abordada a história, definição e propriedades do LED, e tem como objetivo principal discorrer sobre os momentos históricos nos setores de energia elétrica e iluminação até a aprovação da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED, além das expectativas pós-certificação, demonstrando vantagens e desvantagens para fabricantes, consumidores e profissionais da área. Este artigo trata-se de uma Pesquisa Bibliográfica e de Campo, buscando informações em

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sites, artigos científicos, livros, revistas e entrevistas com fábricas brasileiras de lâmpadas e profissionais da área de iluminação. 2. LED - Light Emitting Diode 2.1 Histórico Embora o Diodo Emissor de Luz, popularmente conhecido como LED, pareça novidade para muitas pessoas, os primeiros passos para o seu desenvolvimento se deram a mais de 100 anos, quando Henry Joseph Round veio a descobrir que materiais inorgânicos acendem quando uma correndo elétrica é aplicada (OSRAM, 2016). Na época Round trabalhava em um novo sistema de orientação ligado ao transporte maritimo fazendo com que sua descoberta fosse esquecida. Anos mais tarde o assunto foi estudado e aprimorado pelos fisicos Oleg Lossew e Georges Destriau. Lossew observou o efeito circular a partir de 1921 e descreveu o fenômeno em mais detalhes de 1927 a 1942. Em 1935 Destriau descobriu a emissão da luz através do sulfeto de zinco, chamando descoberta de “Luz de Lossew” em homenagem a Oleg Lossew. Tudo isso possibilitou a explicação da emissão de luz. Mas foi em 1962 o surgimento do primeiro LED que foi desenvolvido por Nick Holonyack e tinha sua luz na cor vermelha sendo à base de Fósforo, Arsênio e Gálio (GaAsP). Pouco mais de uma década depois já era possível encontrar LED nas cores verde, laranja e amarela. Até então esse sistema era utilizado somente como luz de sinalização em objetos eletrônicos, por conta de seu baixo fluxo luminoso, indicando “ligado/desligado”, por exemplo. Nos anos 80 essa tecnologia já se encontrava nos semáforos e uma década depois a indústria automobilística começou a utilizar o LED em alguns pontos dos veículos (SILVA, 2012). Em 1993 o primeiro LED de alto brilho na cor azul a base Índio, Gálio e Nitrito (InGaN) foi inventado pelos cientistas Shuji Nakamura, Isamu Akasaki e Hiroshi Amano. A invenção levou o Prêmio de Tecnologia do Milênio em 2006 e o Prêmio Nobel de Física em 2014. Essa descoberta permitiu o desenvolvimento do LED branco, em combinação com LEDs verde e vermelho, isso viabilizou a utilização da tecnologia para a iluminação como conhecemos hoje (GOBI, 2014). As luminárias voltadas para a arquitetura foram produzidas quatros anos depois, em 1997 e 1998, e seriam usadas como balizadores de piso e luzes de emergência. Em 2000 surge o LED com 25 lúmens em um único emissor, característica nova para a época, feito pela Lumileds-Philips. Durante os anos seguintes o LED passou por constante evolução, as grandes empresas do ramo investiram bastante para que a tecnologia pudesse competir com lâmpadas tradicionais. Atualmente o uso do LED vai além da iluminação residencial, comercial e pública, sendo também usado para displays, setor automotivo, medicina e horticultura, em entrevista a Lume Arquitetura Shuji Nakamura contou ser uma surpresa a expansão da tecnologia. 2.2 Definição O LED é um componente que emite luz quando submetido a uma corrente elétrica, fenômeno conhecido como eletroluminescência. Seu funcionamento se baseia em uma junção P-N, dois

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materiais diferentes, sendo eles P com falta de elétrons e N com excesso de elétrons, quando polarizados tem o fluxo da correndo em uma só direção. Essa polarização direta resulta na emissão de luz. A figura 1 mostra o processo de emissão de luz

. Figura 1 – Esquema de emissão de luz de um LED

Fonte: GOIS (2008)

A luz é gerada dentro de um chip de cristal em estado sólido, cujo tamanho não é maior do que 0,25 mm². Nas figuras 3 e 4 é possível ver a estrutura interna do LED convencional, o chip e o LED de potência, respectivamente

Figura 2 – LED Convencional e seus componentes

Fonte: Conexled (2016)

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Figura 3 – LED de potência

Fonte: Conexled (2016) A emissão do LED é monocromática e sua cor está diretamente ligada ao comprimento de onda e varia de acordo com o material do semicondutor. A combinação de alguns elementos químicos como fósforo, arsênio, gálio, índio, nitrogênio, alumínio resulta em uma variedade de cores. Para obter a cor vermelha e amarela são utilizados materiais semicondutores a base de AlInGaP (Alumínio Índio Gálio Fósforo) e para o verde InGaN (Índio Gálio Nitrogênio). Para produzir o LED branco existem duas maneiras convencionais: por meio de uma camada de revestimento de fósforo em cima do LED azul ou por combinação de dispositivos RGB (SOARES, 2014).

Figura 4 - Espectro de radiação e as cores correspondentes em relação ao comprimento de onda. Fonte: Projeto e Implementação de Lâmpadas para Iluminação de Interiores Empregando Diodos Emissores de

Luz (LEDS)

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Assim como outras fontes de luz, o LED necessita de alguns equipamentos auxiliares, sendo eles: driver, dissipador, ótica, controle e software (SILVA, 2012). O driver garante que a corrente contínua do LED permaneça estável e constante, atualmente já existem lâmpadas LED bivolt, que funcionam com a tensão fornecida pela rede elétrica, mas alguns modelos específicos ainda precisam desse equipamento. O dissipador serve para eliminar ou reduzir o calor gerado pelo chip do LED, através dele a temperatura de junção admitida não ultrapassa o garantido por cada fabricante (MARTELETO, 2011). A ótica é usada para melhorar o direcionamento da luz, ajudando a reduzir o ofuscamento, e o controle e software servem para dimerização, aumentando e diminuindo a intensidade da luz ou misturando cores pelo sistema RGB (SILVA, 2012). 2.3 Propriedades 2.3.1 Eficiência Luminosa Eficiência luminosa é a relação entre o fluxo luminoso emitido e a energia elétrica consumida por unidade de tempo (potência) por uma fonte de luz. (PROCEL, 2011). Quanto maior a eficiência luminosa, menor será a energia consumida. As lâmpadas de LED possuem cerca 80 lm/W, podendo chegar a valores maiores em alguns modelos. Atualmente a iluminação por diodos emissores de luz é a mais eficiência e possui economia de 65% a 85% comparado a outras lâmpadas. (ABILUX, 2015) 2.3.2 Vida útil A vida útil de uma lâmpada é o tempo em que a quantidade de luz inicial se mantem até que comece a diminuir por conta da depreciação do fluxo luminoso, processo comum em todos os tipos de fontes de luz. As lâmpadas a LED possuem uma vida útil que varia de 25.000 a 30.000 horas (ROIZENBLATT, 2015), além de durar mais do que as outras tecnologias existentes seu uso resulta menos gastos com manutenção. Outra característica importante é que no processo de ligar e desligar a lâmpada, o LED não tem sua vida útil diminuída, como acontece com outras lâmpadas. 2.3.3 Radiação de UV e IR Diferente de outras fontes de luz os LEDs não emitem radiação Ultravioleta (UV) e Infravermelha (IR), sendo assim não emitem calor e desperdiçam energia, não apresentando danos a pele e desbotamento e aquecimento de roupas, móveis, obras de arte e objetos em geral. Seu uso pode também diminuir os gastos com ar-condicionado. 2.3.4 Sustentabilidade LEDs são livres de gases e metais pesados como sódio, tungstênio e mercúrio, substâncias altamente poluentes e tóxicas, encontradas em outros tipos de lâmpadas. Essa característica torna o descarte e reciclagem dos diodos mais fácil e o manuseio também não apresenta riscos. Segundo Sergio Aiex 90% dos componentes do LED são recicláveis, o restante são os componentes eletrônicos que necessitam da separação de materiais para então serem

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reciclados. 2.3.5 Dimerização Existem LEDs dimerizáveis e não dimerizáveis, por isso é necessário buscar essa informação na embalagem. Através da dimerização é possível ajustar a intensidade luminosa das lâmpadas de 0 a 100%, com isso se cria cenários diferentes com a mesma fonte, além de prolongar a vida útil da lâmpada e não alterar a temperatura de cor durante o processo como acontece em outras lâmpadas. É possível também misturar cores pelo sistema RGB. 2.3.6 Índice de Reprodução de Cores (IRC) O IRC mostra o quanto a fonte de luz artificial percebe as cores de forma fiel a realidade, comparando-a a iluminação natural do sol em uma escala de 0 à 100. O LED possui IRC 80, que é considerado um bom índice. A tabela abaixo mostra os níveis de reprodução de cores classificando-os de insuficiente à excelente e suas aplicações

Figura 5 – Classificação IRC Fonte: SILVA (2016)

2.3.7 Resistência LEDs resistem a vibrações, variações de temperatura e choques. Por não possuírem filamentos e vidro dificilmente se quebram. Um exemplo de iluminação que necessita de características mais resistentes são as pistas de aeroportos que sofrem vibrações quando a aeronave decola e aterra. 2.3.8 Segurança Por se tratar de uma tecnologia que opera em baixa voltagem não há risco de acidentes e choques elétricos, tornando a instalação e operação mais seguras. 2.3.9 Tamanho

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Os diodos emissores de luz possuem pequenas dimensões, permitindo diversidade e flexibilidade de aplicações no design de luminárias (RIOS, 2014) e até mesmo em pequenos espaços em mobiliários. 2.3.10 Temperatura de Cor A temperatura de cor mostra a cor da luz emitida, e é dada em Kelvin (K). Quanto maior o valor a luz será mais branca (fria) e quando menor será mais amarela (quente). O LED possui grande variedade de temperatura de cores como é possível ver na imagem abaixo

Figura 6 – Escala de Temperatura de Cor Fonte: Golden Blog (2014)

2.3.11 Preço Até pouco tempo atrás o preço do LED era citado como fator negativo, porém hoje essa tecnologia já está mais acessível, o preço vem caindo quase 50% ao ano (BLUM, BOMILCAR, ROSADO, 2015) e a tendência é que continue nesse caminho. Apesar do valor, trata-se de um investimento extremamente vantajoso, já existem muito estudos comparativos que mostram a relação custo/benefício de LEDs sobre outras fontes de luz. 3. Linha do tempo Quando falamos em crise energética é difícil não lembrar o racionamento ocorrido em 2001, conhecido como o “ano do apagão”, porém de acordo com Bardelin (2004) o racionamento não foi o primeiro no país tão pouco na América Latina. É possível achar registros mais antigos que mostram o déficit na energia elétrica, por exemplo, entre 1990 e 2000 o consumo apresentava aumento de 49% enquanto a capacidade instalada tinha expansão de apenas 35% (TOLMASQUIM, 2000). Pode-se dizer que este é um problema mal resolvido no país há muito tempo, a falta de investimentos no setor uma hora ou outra levaria ao racionamento, como ocorreu em 2001, situação que foi um marco na história da iluminação, levando à troca da lâmpada incandescente para lâmpada fluorescente compacta. Por ser tratar de uma lâmpada importada o Governo Federal alterou o IPI e ICMS desses produtos (MATOS, 2006), incentivando o consumidor a utilizar a nova tecnologia, além de doações que foram feitas principalmente à classe de baixa renda, por empresas concessionárias e permissionárias de

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distribuição (BASTOS, 2011). Segundo Maciel (2014) “não houve um controle quanto à qualidade dessas lâmpadas, ocorrendo também em uma grande quantidade de lâmpadas de baixa qualidade e de pouca durabilidade no mercado”, havendo a necessidade de uma norma que estabelecesse os requisitos mínimos. Então em 2006 foi aprovada a Certificação Compulsória de Lâmpadas Fluorescentes Compactas com Reator Integrado à Base através da Portaria n° 289 do Inmetro. Essa norma passou por revisão em 2009 e nessa época, de acordo com Alexandre Paes Leme, Engenheiro do Inmetro, já se comentava sobre a evolução das tecnologias na área da iluminação, umas delas, a tecnologia LED, e desde então Inmetro e fornecedores constataram no mercado, lâmpadas de baixa qualidade nos quesitos de desempenho e segurança. Além das lâmpadas de baixa qualidade foram constatadas lâmpadas LED com bases em desacordo às normas de segurança (LEME, 2016), então em agosto de 2011 as lâmpadas LED foram incluídas na Portaria n° 335, que tinha como objetivo “estabelecer requisitos mínimos de segurança dos dispositivos elétricos utilizados em Instalações Elétricas de Baixa Tensão até 1 kV com corrente nominal até 63A, com foco na prevenção de incêndios e acidentes elétricos” (INMETRO, 2011). Em 2013 foram publicados alguns documentos pela ABNT, a fim de fornecer índices mínimos de qualidade para alguns tipos de LED. As normas são: ABNT NBR IEC TS 65204, que aborda termos e definições para LEDs e módulos LED para iluminação geral, ABNT NBR 62560 abordando especificações de segurança para lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços de iluminação geral para tensão > 50V e ABNT NBR 16205 sendo Parte 1 sobre requisitos de segurança e Parte 2 sobre requisitos de desempenho para Lâmpadas LED sem dispositivo de controle incorporado de base única. Ainda que acontecessem certas evoluções no seguimento, de acordo com Leme (2016) as associações da classe (Abilumi – Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação e Abilux – Associação Brasileira da Industria de Iluminação) questionavam sobre a necessidade de avaliação de conformidade das lâmpadas LED nos requisitos de desempenho e segurança. No segundo semestre de 2013 e 2014 começaram os debates em torno da regulamentação de lâmpadas LED, por meio de consultas públicas abertas a sociedade, o Inmetro recebeu sugestões, criticas e experiências com produtos comercializados no Brasil. Durante a fase de consulta pública foram apresentados Regulamento Técnico da Qualidade em 2013 e Requisitos de Avaliação da Conformidade em 2014, pelas portarias nº477 e n°448, respectivamente. O intuito era de incentivar o desenvolvimento de LEDs mais eficientes e confiáveis no mercado nacional, o que díminuiria os gastos com energia elétrica. Além da economia de energia outro fator importante seria a sustentabilidade, pois o impacto ao meio ambiente é muito menor nessa fonte de luz. Em paralelo aos debates sobre a certificação a Eletrobras incorporou as lâmpadas LED tipo bulbo e tubular ao portifólio do Selo Procel, em novembro de 2014. Para receberem o Selo Procel de economia de energia as lâmpadas deveriam atender a critérios especificos de segurança, qualidade e desempenho, como uma vida mínima de 25.000 horas, alto fator de potência, eficiência mínima de 80lm/W e IRC 80 (ELETROBRAS, 2014). O Selo Procel de Economia de Energia é uma etiquetagem voluntária, ou seja, os fabricantes podem escolher se

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querem ou não que seus produtos passem por ensaios em laboratórios para então receberam o selo, diferente da certificação compulsória, que é obrigatória. No ano de 2015 o Brasil passou por uma de suas maiores crises energéticas e ficou marcado por diversas situações como o aumento do preço da energia elétrica chegando a 51% em média (IPCA, 2016), isso se deu a partir das bandeiras tárifarias que começaram a ser cobradas em janeiro em função da seca que afetou os reservatórios motivando o uso de usinas termelétricas, além da falta de investimento no setor. O ano acabou com queda de 2,1% no consumo de energia elétrica (EPE, 2016), comparado à 2014, mostrando a mudança de hábitos da população. Atualmente já foram anunciadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, mudanças nas bandeiras tarifárias para os meses de março e abril de 2016 que diminuíram as contas de energia elétrica, porém nada impede que outra crise abale o sistema energético do país. O aumento nos preços ocorreram durante todo o ano de 2015, em diversos setores, fazendo com que pessoas buscassem maneiras de economizar, dando maior vizibilidade ao mercado de iluminação, em especial ao LED, que já tem seu número de vendas crescendo a cada ano. Os processos quanto a certificação continuaram e em 13 de março de 2015 foi aprovada a Certificação Compulsória de Lâmpadas LED com Dispositivo Integrado à Base, pela Portaria n°144 do Inmetro. Esta Portaria considera a Portaria n° 389, de 25 de agosto de 2014, que se originou a partir da consulta pública que apresentava o Regulamento Técnico da Qualidade - RTQ feita em 2013. Se aplicam aos requisitos da norma as lâmpadas com as seguintes características lâmpadas LED com dispositivo integrado à base ou corpo constituindo uma peça única, não destacável, sendo destinadas para operação em rede de distribuição de corrente alternada de 60 Hz, para tensões nominais de 127V e/ou 220V ou faixas de tensão que englobem as mesmas ou em corrente continua (DC ou CC) (INMETRO, 2015) E algumas lâmpadas LED com dispositivo integrado a base excluem-se destes requisitos lâmpadas com LED coloridos, com lentes coloridas, que emitem luz colorida; lâmpadas LED RGB que possuem invólucro colorido e decorativas, e emitem luz colorida; lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado que produzam intencionalmente luz colorida e lâmpadas OLED (Organic Light Emitting Diode) (INMETRO, 2015) Para serem certificadas, as lâmpadas precisam passar por um série de ensaios, como testes de segurança e medições para verificar algumas propriedades, como “potência, fator de potência, IRC, abertura de facho luminoso, temperatura de cor etc” (MATTOS, 2015). A certificação compulsória deverá ser realizada por um Organismo de Certificação de Produto – OCP acreditado pelo Inmetro. A norma apresenta alguns prazos especificos, sendo 9 meses para fabricação e importação de lâmpadas em conformidade ao RTQ, que veio a ser prorrogado para 11 meses através da Portaria n° 76/2016 por conta da demora na disponibilização de infraestrutura, em especial de OCP para prestação de serviços relacionados a certificação (INMETRO, 2016), 15 meses para serem comercializadas no mercado nacional por fabricantes e importadores e 24 meses para comercialização por atacadistas e varejistas no mercado nacional de acordo com o requisitos e devidamente registradas no Inmetro (INMETRO, 2015). E por fim atacadistas e varejistas

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cadastrados como Micro e Pequena Empresas contam com prazo de até 30 meses para comercializar os produtos somente com certificação. Até o momento já é possível encontrar alguns modelos de lâmpadas certificados, mas apenas em 2017 será possivel encontrar de forma obrigatória lâmpadas devidamente certificadas nos pontos de venda. As lâmpadas deveram apresentar também a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE, que contém informações técnicas e de eficiência energética. Com a aprovação da norma o programa do Selo Procel para lâmpadas LED passou por revisão na qual estabelecia a partir de 17 de dezembro de 2015 que apenas lâmpadas certificadas pelo Inmetro e em conformidade com a nova revisão fariam parte do programa. Em 17 de junho de 2016 além dos critérios citados anteriormente os modelos que seguiam o primeiro documento de 2014 perderiam o direito de utilizarem o Selo caso não tenham o certificado do Inmetro. Ao fim do prazo final, as entidades de direito público ficam responsáveis pela fiscalização do cumprimento da norma. 4. Vantagens e Desvantagens da Certificação Em virtude aos fatos mencionados na Linha do Tempo, surgem as expectativas positivas e negativas a cerca do tema. Muitas publicações citavam a Certificação, mas não era possivel entender especificamente a visão dos fabricantes sobre a norma. Através de uma pequena entrevista na qual participaram quatro fabricantes (Empalux, Lâmpadas Golden, Intral e O2LED) todos responderam acreditar que a Certificação é uma ótima ferramenta para nivelar o mercado, ou seja, acredita-se que a partir dela restarão apenas bons produtos no mercado, garantindo uma concorrência mais nivelada. A maioria citou grande expectativa à saída das lâmpadas de baixa qualidade e preço baixo do mercado, por serem o principal empecilho para uma concorrência justa. Mas ainda assim é necessária a divulgação da importância da norma para que os consumidores não acabem comprando lâmpadas em outros lugares, como por exemplo no Paraguai. O uso das lâmpadas de baixa qualidade além de serem ruins para o mercado brasileiro, acabam deixando uma péssima impressão sobre a tecnologia, nos consumidores. A pesquisa mostrou que as fabricantes Lâmpadas Golden e Intral acreditam que a partir da norma seus produtos não apresentarão grandes mudanças, por já seguirem normas internacionais e atenderam aos requisitos da norma antes de sua aprovação, resultando em produtos de alta qualidade. Enquanto Empalux e O2LED consideram a produção de um novo produto a partir da norma. Outro questionamento feito em 2015 seria a possibilidade do aumento no preço das lâmpadas por conta dos ensaios exigidos para certificação. De acordo com Roizenblatt (2015) a tecnologia LED é mais complexa do que as outras fontes de luz, tornando os ensaios mais caros e demorados. Prova desta demora foi a prorrogação do primeiro prazo estipulado pelo Inmetro, abordado no item anterior. Quanto ao acrécimo dos preços, todas as fabricantes afirmaram o aumento em seus produtos. O Engenheiro Rodrigo Alves da Lâmpadas Golden estima um custo três vezes maior no processo de certificação, comparado a lâmpadas fluorescentes compactas, porém acredita que no atual cenário econômico existem diversos fatores que influenciam no preço do produto, como por exemplo, variação cambial, impostos, aumento da tecnologia, sendo impossivel não repassar o custo. O engenheiro Tiago Maggi, da

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Intral complementa que apesar do aumento nos custos, acredita que em pouco tempo o preço voltará aos patamares atuais ou menores, por conta da constante evolução da tecnologia. Outra entrevista teve participação de Alexandre Almeida, Diretor de uma loja de iluminação, localizada em Curitiba – PR. Dados internos mostram o aumento expressivo nas vendas de LED ao longo dos anos, mas ele acredita que após a certificação e elevação nos custos das lâmpadas, o ritmo de vendas pode ser afetado. Para Mattos (2015) a certificação compulsória de lâmpadas LED veio em momento oportuno, visto que a tendência é que cada vez mais a população passe a utilizar produtos mais eficientes. Os consumidores poderão comprar lâmpadas LED com a certeza de estarem adquirindo produtos de qualidade. Aos designers, arquitetos e projetistas de iluminação haverá maior variedade de produtos eficientes a serem oferecidos aos clientes, de acordo com o que pode ser investido. 5. Conclusão A composição deste estudo objetivou mostrar um melhor entendimento a cerca da tecnologia LED, e sua evolução no mercado de iluminação, que levou a criação da Certificação Compulsória de Lâmpadas LED com Dispositivo Integrado à Base. Atualmente a utilização da iluminação à LED tornou-se uma realidade, e seu uso vem crescendo cada vez mais. Além disso, é necessário destacar a importância do incentivo ao uso de tecnologias mais eficientes por tudo que o Brasil vem passando nos últimos anos. Por se tratar de um assunto recente houve dificuldades para encontrar a ordem dos fatos ocorridos até aprovação da norma, grande contribuição para o desenvolvimento da linha do tempo foi dada através de entrevista concedida pelo Inmetro. Foi possível concluir que a certificação de lâmpadas LED traz muitas vantagens tanto para fabricantes quanto consumidores, tendo como desvantagem apenas o preço que tende a aumentar. Produtos com certificação melhoram a concorrência entre os fabricantes, e apresentam mais confiança para consumidores, além de aumentar a variedade de opções que podem ser oferecidas por profissionais em projetos luminotécnicos. Porém será importante verificar as mudanças no mercado ao final de todos os prazos dados pela norma. Referências ABILUX. Custo da energia elétrica pode favorecer segmento de LED. Disponível em: 0<http://www.abilux.com.br/portal/noticia/26/custo-da-energia-eletrica-pode-favorecer-segmento-de-led> Acessado em 02 de março de 2016. AGUIAR, João C. R. et al. Manual de Iluminação. Eletrobras Procel. Rio de Janeiro, 2011, 54 p. AIEX, Sergio. O alto risco à natureza e à saúde que as lâmpadas fluorescentes causam. Disponível em: <http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-alto-risco-a-natureza-e-a-saude-que-as-lampadas-fluorescentes-causam/> Acessado em 20 de fevereiro de 2016.

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