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VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA DEFORMABILIDADE DO ENCHIMENTO COM O TEMPO João Francisco Fernandes Carvalho Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Geológica e de Minas Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Matilde Mourão de Oliveira Carvalho Horta Costa e Silva Júri Presidente: Prof. Dr. António Jorge Gonçalves de Sousa Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Matilde Mourão de Oliveira Carvalho Horta Costa e Silva Vogal: Prof.ª Dr.ª Maria Amélia Alves Rangel Dionísio Vogal: Eng.º Rodolfo Ricardo Fernandes Pereira Machado Julho 2014

VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

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VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA DEFORMABILIDADE DO ENCHIMENTO COM O TEMPO

João Francisco Fernandes Carvalho

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Geológica e de Minas

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Matilde Mourão de Oliveira Carvalho Horta Costa e Silva

Júri

Presidente: Prof. Dr. António Jorge Gonçalves de Sousa

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Matilde Mourão de Oliveira Carvalho Horta Costa e Silva

Vogal: Prof.ª Dr.ª Maria Amélia Alves Rangel Dionísio

Vogal: Eng.º Rodolfo Ricardo Fernandes Pereira Machado

Julho 2014

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I. Agradecimentos No final de mais uma etapa, manifesto o meu agradecimento às pessoas e entidades que de algum modo

deram o seu contributo para que esta dissertação fosse realizada.

À minha orientadora, Professora Matilde Costa e Silva, pela total disponibilidade, empenho, incentivo,

transmissão de conhecimentos e sobretudo a amizade que demonstrou durante todo o trabalho. Um sincero

obrigado.

À Somincor, pela oportunidade em desenvolver este estudo e disponibilidade sempre demonstrada,

especialmente ao Eng.º Rodolfo Machado e ao Eng.º Hugo Brás, este último a quem deixo uma nota de

profundo agradecimento. Também quero agradecer ao Sr. Faustino Oliveira, do Laboratório de Mecânica

das Rochas, e ao Sr. José Costa, da Segurança, pelo apoio prestado nas visitas realizadas à empresa.

À Professora Maria Amélia Dionísio e ao Professor António Maurício, do Centro de Petrologia e Geoquímica

do Instituto Superior Técnico, pela disponibilidade, discussão de ideias e apoio demonstrado ao longo deste

trabalho.

Ao Doutor Gustavo Paneiro, pelo apoio, transmissão de conhecimento, debate de ideias, incentivo e

disponibilidade que contribuíram para a realização e enriquecimento deste trabalho.

À Rita Folha pela disponibilidade e apoio na realização de ensaios para este trabalho.

A todos os Professores da Secção de Minas e Georrecursos pelos ensinamentos e acompanhamento, e em

especial à Professora Paula Falcão Neves pela amizade.

Ao Sr. Paulo Fernandes pelo apoio prestado no Laboratório de Geomecânica do Instituto Superior Técnico.

Ao João Gabriel, pela amizade, apoio constante e colaboração durante esta etapa.

Aos meus colegas de curso, a quem agradeço o apoio e amizade demonstrada ao longo do curso.

À minha família, em especial aos meus pais pelo apoio e amor incondicional ao longo da minha vida e deste

trabalho.

À Ana Filipa, um agradecimento muito especial pelo apoio, confiança, compreensão e amor demonstrado

durante toda esta etapa da minha vida.

Aos que já não estão entre nós, mas estando sempre comigo, Lúcia e Mário, este trabalho é também um

pouco vosso.

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II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos

parâmetros de deformabilidade de um tipo de enchimento mineiro, Pasta, ao longo do tempo. Este estudo

pretende relacionar o tempo de envelhecimento à escala real com o tempo de envelhecimento acelerado,

sendo este último realizado simulando a atmosfera subterrânea da Mina de Neves Corvo (gases,

temperatura e humidade).

Utilizando rejeitados provenientes da Mina de Neves Corvo, a metodologia do trabalho laboratorial consistiu

na realização da mistura de Pasta, para uma proporção de três porcento de cimento de sólidos em peso, e

preencher um modelo de um desmonte à escala (1:150). Para determinados tempos referência (7, 14 e 28

dias) e para tempos de envelhecimento acelerado após o 28º dia (5, 10, 20 e 40 dias), foram realizados

ensaios de resistência à compressão uniaxial de provetes prismáticos de base quadrada, realizados a partir

da mistura que preencheu o modelo, determinação de parâmetros de deformabilidade, monitorização de

emissões acústicas e medição da cor dos provetes.

Os resultados obtidos permitiram relacionar o tempo de envelhecimento à escala de tempo real e o tempo

de envelhecimento à escala de tempo de laboratorial, acelerado, onde os provetes verticais realizados com

a Pasta apresentam um comportamento semelhante aos realizados pela empresa Somincor. Permitiram

também concluir que existe anisotropia nas três direções do modelo. A variação do teor de água, dos

parâmetros de deformabilidade e a monitorização das emissões acústicas permitiram corroborar o

decaimento do índice de plasticidade dos provetes durante o estágio de envelhecimento, tornando-se a

Pasta mais friável. A análise de cor permitiu identificar o mineral de ferro responsável pela alteração da cor

ao longo de 20 dias de envelhecimento acelerado e os elementos predominantes, não sendo conclusivo

relativamente aos 40 dias.

Palavras-chave Enchimento mineiro

Paste Fill

Decaimento da resistência

Envelhecimento Acelerado

Resistência à compressão uniaxial

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III. Abstract The present work aimed to study experimentally the variation of strength and deformability parameters of a

type of mining fill, Paste Backfill, over time. This study aims to relate the ageing time at full scale with the

time of accelerated ageing, the latter being carried out by simulating the underground atmosphere of the

Neves Corvo Mine (gases, temperature and humidity).

Using tailings from the Neves Corvo Mine, the methodology of laboratory work consisted in mixing Paste Fill,

for a ratio of three percent solids by weight of cement, and fill out a model of a takedown to scale (1:150).

For some time reference (7, 14 and 28 days) and for times of accelerated aging after 28 days (5, 10, 20 and

40 days), testing the uniaxial compressive strength of prismatic specimens with a square base were

performed, from the mixture that filled the model, monitoring of acoustic emissions and color measurement

of specimens.

The results allowed us to relate the ageing time to the real time scale and the ageing time to the time scale

of laboratory, accelerated, where the vertical specimens performed with Paste Fill features similar to those

made by the company Somincor behavior. Have also concluded that there is anisotropy in the three directions

of the model. The variation of the water content, the parameters of deformability and monitoring of acoustic

emissions allowed corroborate the decay of the plasticity index of the samples during the aging stage,

becoming more friable paste. The color analysis allowed to identify the mineral iron responsible for changes

in color over 20 days of accelerated aging and the dominant factors and is not conclusive with respect to 40

days.

Key-words Backfill

Paste Fill

Decay of resistance

Accelerated ageing

Uniaxial Compressive Strength

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IV. Índice Geral

1. Introdução ...........................................................................................................................................1

2. Enquadramento Geral ........................................................................................................................2

2.1. Breve Historial do Enchimento Mineiro ............................................................................................3

3. Enchimento Mineiro ...........................................................................................................................5

3.1. Função .............................................................................................................................................7

3.2. Tipos de Enchimento .................................................................................................................... 11

3.2.1. Seco .......................................................................................................................................... 11

3.2.2. Hidráulico .................................................................................................................................. 11

3.2.3. Pasta ......................................................................................................................................... 14

3.2.3.1. Reologia da Pasta ................................................................................................................. 16

3.2.3.2. Alteração Química da Pasta ................................................................................................. 17

3.3. Parâmetros do Enchimento Mineiro .............................................................................................. 18

3.3.1. Permeabilidade e Percolação ................................................................................................... 18

3.3.2. Resistência ................................................................................................................................ 19

3.3.3. Densidade Relativa ................................................................................................................... 20

3.3.4. Distribuição Granulométrica ...................................................................................................... 20

3.3.5. Vantagens da Utilização de Pasta ............................................................................................ 21

3.3.6. Efeitos dos constituintes do enchimento na resistência mecânica ........................................... 22

3.3.7. Comportamento mecânico da Pasta ......................................................................................... 24

3.4. Atmosfera Subterrânea ................................................................................................................. 26

3.5. Emissões Acústicas ...................................................................................................................... 27

3.5.1. Introdução ................................................................................................................................. 27

3.5.2. Monitorização de Emissões Acústicas ...................................................................................... 27

4. Caso de Estudo ............................................................................................................................... 30

4.1. Mina de Neves Corvo .................................................................................................................... 30

4.2. Trabalho Laboratorial .................................................................................................................... 31

4.2.1. Construção do Modelo .............................................................................................................. 31

4.2.2. Realização da Mistura de Pasta ............................................................................................... 33

4.2.2.1. Constituintes da Mistura ........................................................................................................ 33

4.2.2.1.1. Rejeitados ......................................................................................................................... 33

4.2.2.1.2. Cimento Portland .............................................................................................................. 34

4.2.2.1.3. Água .................................................................................................................................. 36

4.2.2.2. Preparação da Mistura .......................................................................................................... 37

4.2.2.3. Procedimento e Equipamento ............................................................................................... 37

4.2.3. Provetes .................................................................................................................................... 39

4.2.4. Envelhecimento acelerado de enchimento tipo Pasta .............................................................. 42

4.2.5. Medição Atmosfera Subterrânea .............................................................................................. 44

4.2.6. Tempo de Envelhecimento Acelerado ...................................................................................... 47

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4.2.7. Envelhecimento Acelerado de Pasta ........................................................................................ 47

4.2.8. Ensaios de Resistência à Compressão Uniaxial ...................................................................... 48

4.2.9. Sistema de medição e registo de extensões ............................................................................ 49

4.2.10. Sistema de Medição de Emissões acústicas ........................................................................ 51

4.2.11. Sistema de Medição de Cor .................................................................................................. 52

4.2.11.1. Análise Colorimétrica ............................................................................................................ 52

4.2.11.2. Espectroscopia de Raios de Infravermelhos ........................................................................ 54

4.2.11.3. Espectroscopia de Fluorescência de Raio-X ........................................................................ 55

5. Resultados e Discussão ................................................................................................................. 56

5.1. Resultados Ensaios RCU IST e Somincor .................................................................................... 56

5.2. Relação Tempo Real versus Tempo Laboratório ......................................................................... 64

5.3. Parâmetros de Deformabilidade ................................................................................................... 66

5.4. Emissões Acústicas ...................................................................................................................... 69

5.5. Caracterização Química e Mineralógica do Paste Fill .................................................................. 72

5.5.1. Análise Colorimétrica ................................................................................................................ 72

5.5.2. Espectroscopia de Raios Infravermelhos ................................................................................. 73

5.5.3. Espectroscopia de Fluorescência Raio-X ................................................................................. 75

6. Considerações Finais ..................................................................................................................... 77

6.1. Conclusões.................................................................................................................................... 77

6.2. Trabalhos Futuros ......................................................................................................................... 78

7. Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 79

Anexo 1 – Variação do Teor de Água dos Provetes Envelhecidos .......................................................... 87

Anexo 2 – Valores de Resistência à Compressão Uniaxial ..................................................................... 88

Anexo 3 – Tabelas dos Ensaios RCU ...................................................................................................... 89

Anexo 4 – Valores Médios da Análise Colorimétrica ............................................................................. 105

Anexo 5 – Resultados dos Ensaios de Espectroscopia de Fluorescência Raio-X ................................ 106

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V. Lista Figuras Figura 1 - Mina de Carvão de Appalachia, EUA (www.ecowatch.com) ..........................................................2

Figura 2 - Métodos de desmonte em explorações subterrâneas (adaptado de Brady & Brown, 1985) .........6

Figura 3 - Desmonte por câmara e pilares na mina Three Caves, Alabama, EUA (rocketcitywriter.com) .....6

Figura 4 - Alteração do estado de tensão na vizinhança de uma cavidade após a sua abertura (Costa e Silva,

1989) .................................................................................................................................................7

Figura 5 - Tensão horizontal exercida pelo enchimento criando um estado de tensão triaxial (Belem &

Benzaazoua, 2007)...........................................................................................................................8

Figura 6 - Enchimento constituindo um pilar artificial (Belem & Benzaazoua 2007) .......................................9

Figura 7 - Método de desmonte por Corte e Enchimento (Bench & Fill), com pormenor dos desmontes

primários e secundários (Falcão Neves, 2012) ................................................................................9

Figura 8 - Desenvolvimento ascendente em que o enchimento mineiro tem a função de piso de trabalho

(queensminedesign.miningexcellence.ca) .................................................................................... 10

Figura 9 - Desenvolvimento descendente em que o enchimento mineiro constitui teto do nível de exploração

(queensminedesign.miningexcellence.ca) .................................................................................... 10

Figura 10 - Constituição típica da matriz de um enchimento hidráulico ....................................................... 11

Figura 11 - Consistência típica de enchimento hidráulico (Masniyom, 2009) .............................................. 12

Figura 12 - Distribuição Granulométrica típica para Pasta (Paste Fill) e enchimento hidráulico (adaptado de

Sivakugan et al., 2006) .................................................................................................................. 12

Figura 13 - Esquema de um enchimento de uma cavidade com hydraulic fill (Sivakugan et al., 2004) ...... 13

Figura 14 - Construção de barricadas com tijolo poroso (esquerda) e porta de enchimento (direita)

(Sivakugan et al., 2004) ................................................................................................................. 13

Figura 15 - Composição e proporção dos componentes do Paste Fill (Belem & Benzaazoua, 2007) ........ 14

Figura 16 - Esquema do transporte do Paste Fill (adaptado de Thomas, 1979).......................................... 15

Figura 17 - Consistência Típica do Paste Fill (www.tailings.info) ................................................................. 15

Figura 18 - Esquema de um enchimento de uma cavidade através de um piso superior (adaptado de Belem

& Benzaazoua, 2007) .................................................................................................................... 16

Figura 19 - Modelo de Bingham (Adaptado de Rashaida, 2005) ................................................................. 16

Figura 20 - Diagrama esquemático do processo de hidratação da Pasta (adaptado de Belem & Benzaazoua,

2007) .............................................................................................................................................. 17

Figura 21- Ilustração do efeito de arco num desmonte preenchido com enchimento (adaptado de Belem e

Benzaaoua, 2007) ......................................................................................................................... 20

Figura 22- Composição química de rejeitados de três minas de sulfuretos canadianas: A, B e C (Belem &

Benzaazoua, 2000)........................................................................................................................ 22

Figura 23 - Influência do teor de enxofre na RCU para mistura com cimento Portland (Belem & Benzaazoua,

2000) .............................................................................................................................................. 22

Figura 24 - Influência do teor de enxofre na RCU para mistura com cimento Portland e escórias (Belem &

Benzaazoua, 2002)........................................................................................................................ 23

Figura 25 - Variação RCU, qu, para Pasta com ligantes diferentes: cimento Portland (a) e Cimento Portland

e escórias (b) (adaptado de Belem et al, 2000) ............................................................................ 24

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Figura 26 - Representação esquemática de solicitações do enchimento: suporte vertical (a),

desenvolvimento no próprio enchimento (b), plataforma de trabalho (c) e reforço de pilares

abandonados (d) (Belem & Benzaazoua, 2007) ......................................................................... 24

Figura 27 - Monitorização de Emissões acústicas efetuada através de um transdutor (T), do movimento das

partículas no ponto P causado por uma onda de tensão emitida na fonte H (Paneiro 2014) .... 28

Figura 28 - Representação esquemática do sistema de monitorização de emissões acústicas de canal único

incorporando um sistema básico de condicionamento de sinal (Paneiro, 2014) ....................... 28

Figura 29 - Representação esquemática de um sensor piezoelétrico (Paneiro, 2014) ............................... 28

Figura 30 - Utilização de filtro (Limiar) para contabilização de eventos acústicos (Aguiar, 2004) ............... 29

Figura 31 - Enquadramento da Mina de Neves-Corvo na Faixa Piritosa Ibérica (Gabriel, 2012) ................ 30

Figura 32 - Localização dos jazigos de sulfuretos maciços polimetálicos em Neves Corvo (somincor.com.pt)

.................................................................................................................................................... 30

Figura 33 - Esquema da caixa construída à escala de 1:150 para simular a galeria a preencher com Pasta

.................................................................................................................................................... 32

Figura 34 - Pormenor da malha numa das faces da caixa de acrílico ......................................................... 32

Figura 35 - Caixas de acrílico com a malha de furos realizada .................................................................... 33

Figura 36 - Distribuição granulométrica cumulativa dos rejeitados utilizados na realização do Paste Fill na

empresa Somincor ...................................................................................................................... 34

Figura 37 - Recipiente de recolha e medições do pH da água utilizada na mistura de Pasta ..................... 37

Figura 38- Realização e homogeneização da mistura de Pasta .................................................................. 38

Figura 39 - Pormenor da mistura após o preenchimento da caixa de acrílico, simulando o preenchimento do

desmonte com Pasta .................................................................................................................. 38

Figura 40 - Câmara húmida utilizada no trabalho laboratorial (direita) e pormenor do monitor de controlo de

temperatura (esquerda) .............................................................................................................. 39

Figura 41 - Serra de Disco Husqvarna 300 E (esquerda) e pormenor do disco de corte (direita). .............. 39

Figura 42 - Aspeto de um bloco de Pasta após 28 dias de cura na câmara húmida após abertura

de uma das faces da caixa ......................................................................................................... 40

Figura 43 - Representação da posição de corte dos provetes na caixa ...................................................... 41

Figura 44 - Aspeto dos provetes de Pasta.................................................................................................... 41

Figura 45 - Pesagem de um provete de Paste Fill ....................................................................................... 41

Figura 46 - Câmara climática FITOCLIMA 300 EDTU da Aralab do LAMPIST ............................................ 42

Figura 47 - Interior da câmara climática com o pormenor da câmara de ensaios ....................................... 43

Figura 48 - Controlador de injeção de gases (esquerda) e pormenor do painel de controlo do mesmo

equipamento (direita) .................................................................................................................. 43

Figura 49 - Representação esquemática do funcionamento da câmara climática utilizada no trabalho

laboratorial .................................................................................................................................. 44

Figura 50 - Medidores de gases Dräger X-am 7000 (esquerda) e Dräger Multiwarn (direita) ..................... 45

Figura 51 - Pormenor da garrafa de gás, composta pela mistura de gases presentes na atmosfera a simular

.................................................................................................................................................... 46

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Figura 52 - Distribuição dos provetes na câmara climática (esquerda) e pormenor da câmara de ensaios

(direita) ........................................................................................................................................ 47

Figura 53 - Prensa FORM-TEST 506/1000/200 D utilizada para os ensaios RCU ...................................... 48

Figura 54 - Leitor Digital DigiMess M10 onde foram realizadas as leituras das cargas aplicadas .............. 49

Figura 55 - Representação esquemática da constituição de um extensómetro de resistência elétrica

(adaptado de www.elkome.fi) ..................................................................................................... 49

Figura 56 - Pormenor do painel do P3 Strain Indicator and Recorder ......................................................... 50

Figura 57 - Pormenor dos extensómetros colados num provete .................................................................. 50

Figura 58 - Sensor utilizado no trabalho laboratorial com pormenor do transdutor piezoelétrico PZT ........ 52

Figura 59 - Contacto entre o provete e o sensor utilizando um elástico ...................................................... 52

Figura 60 - Espectrocolorímetro 508-i da MINOLTA (esquerda) e pormenor do orifício de medição (direita)

.................................................................................................................................................... 53

Figura 61 - Eixo das coordenadas colorimétricas L, a e b (CIELAB) ........................................................... 53

Figura 62 - Medição das coordenadas colorimétricas de uma das faces de um provete na primeira posição

.................................................................................................................................................... 54

Figura 63 - Identificação de elementos químicos presente nos provetes utilizando espectroscopia de

fluorescência raio-x, utilizando um espectrocolorímetro de fluorescência EDF P370 Pocket III

XRF da Skyray Instrument .......................................................................................................... 55

Figura 64 - Provete antes (esquerda) e após (centro e direita) o ensaio RCU ............................................ 56

Figura 65 - RCU para tempo de presa (esquerda) e para tempo de envelhecimento acelerado (direita) ... 57

Figura 66 - RCU para tempo de presa (esquerda) e para tempo de envelhecimento acelerado

(direita), agrupando os provetes H1 e H2 ................................................................................... 59

Figura 67 - Comportamento da resistência dos provetes de Paste Fill não envelhecidos para o tempo de

presa do cimento, 28 dias ........................................................................................................... 59

Figura 68 - Comportamento da resistência dos provetes envelhecidos aceleradamente nos ensaios

laboratoriais ................................................................................................................................. 60

Figura 69 - Árabe utilizado na realização dos provetes na empresa Somincor (Maya, 2012) ..................... 61

Figura 70 – Resistências médias para provetes IST e Somincor não sujeitos a envelhecimento acelerado,

para 7, 14 e 28 dias .................................................................................................................... 61

Figura 71 - Resistências de provetes de Paste Fill em ensaios de RCU realizados pela empresa Somincor

para 360 dias .............................................................................................................................. 62

Figura 72 - Resistências médias obtidas para provetes verticais sujeitos a envelhecimento acelerado para

5, 10, 20 e 40 dias. ...................................................................................................................... 62

Figura 73 - Comportamento da resistência média dos provetes verticais (V) durante o tempo de

cura e o tempo de envelhecimento ............................................................................................. 63

Figura 74 - Módulo de Young (esquerda) e coeficiente de Poisson (direita) para os provetes não

envelhecidos aceleradamente .................................................................................................... 66

Figura 75 - Módulo de Young (esquerda) e Coeficiente de Poisson (direita) para os provetes envelhecidos

aceleradamente .......................................................................................................................... 67

Figura 76 - Extensão volumétrica para os provetes de Paste Fill durante o tempo de cura ........................ 67

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Figura 77 - Valores médios das emissões acústicas, obtidos durante os ensaios de RCU até à ruptura, para

os diferentes tempos de envelhecimento acelerado .................................................................. 69

Figura 78 - Valores médios das emissões acústicas, obtidos durante os ensaios de RCU para os diferentes

tempos de envelhecimento acelerado ........................................................................................ 70

Figura 79 - Comportamento das emissões acústicas (EA's) durante o ensaio de RCU dos provetes verticais

envelhecidos aceleradamente .................................................................................................... 70

Figura 80 - Parâmetro a vs parâmetro b (esquerda) e Croma vs Variação Total de Cor (direita) ............... 72

Figura 81 - Cor apresentada pelos provetes referência (esquerda) e para o envelhecimento acelerado: 5,

10, 20 e 40 dias (2ª da esquerda para a direita, respetivamente) .............................................. 73

Figura 82- Espectros resultantes da espectroscopia infravermelha (FTIR) realizada para os

provetes de Paste Fill, depois dos ensaios RCU ........................................................................ 73

Figura 83- Espectro Infravermelho (FTIR) de um provete referência de Paste Fill, com indicação dos picos

observados .................................................................................................................................. 74

Figura 84 - Elementos químicos presentes na superfície dos provetes ensaiados com desvio padrão,

utilizando um espectrocolorímetro de fluorescência EDF P370 Pocket III XRF da Skyray

Instrument ................................................................................................................................... 75

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VI. Lista de Tabelas

Tabela 1 - Grau de ataque da água para determinadas parâmetros geoquímicos (Adaptado Belem e

Benzaazoua, 2008) ..................................................................................................................... 23

Tabela 2 - Gases presentes no ambiente subterrâneo (adaptado de Gama & Torres, 2005) ..................... 26

Tabela 3 - Combinação de gases e atmosfera resultante (Adaptado de Gama & Torres,2005) ................. 26

Tabela 4 - Dimensão da galeria a simular no trabalho laboratorial .............................................................. 31

Tabela 5 - Parâmetros da mistura de Paste Fill realizada no trabalho laboratorial ...................................... 34

Tabela 6 - Silicatos e Aluminatos que compõem o clínquer (adaptado de Sá, 2011) .................................. 35

Tabela 7 - Aditivos do cimento e suas características (adaptado de Sá, 2011)........................................... 35

Tabela 8 - Tipos principais de cimento (Adaptado EN 197-1) ...................................................................... 35

Tabela 9 - Classificação do cimento Portland quanto à resistência à compressão apresentada a 28 Dias

(Adaptada EN 196-1) .................................................................................................................. 36

Tabela 10 - Quantidade a adicionar de cada constituinte da mistura .......................................................... 37

Tabela 11 - Medidas dos provetes de Paste Fill ........................................................................................... 40

Tabela 12 - Composição média da atmosfera subterrânea em zonas preenchidas com Paste Fill na mina

de Neves Corvo, em ppm ........................................................................................................... 45

Tabela 13 - Composição da garrafa de gás para realizar os ensaios de envelhecimento acelerado na

câmara climática ......................................................................................................................... 45

Tabela 14 - Temperaturas médias medidas na Mina de Neves Corvo durante o ano de 2013 ................... 46

Tabela 15 - Valores resistências, obtidos a partir dos ensaios de RCU, para provetes sem envelhecimento

acelerado .................................................................................................................................... 56

Tabela 16 - Valores médios de resistência, obtidos a partir dos ensaios de RCU, para provetes sujeitos a

envelhecimento acelerado .......................................................................................................... 57

Tabela 17 - Extensões volumétricas médias para os provetes verticais envelhecidos aceleradamente ..... 68

Tabela 18 - Picos observados no ensaio FTIR para provete referência de Paste Fill, após ensaio RCU, e

para a Goethite e Calcite ............................................................................................................ 74

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xiv

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VII. Lista de Símbolos e Abreviaturas

RCU – Resistência à Compressão Uniaxial

σ – Tensão normal (KN/m2)

σh – Tensão horizontal (KN/m2)

σv – Tensão Vertical (KN/m2)

σc – Tensão de Ruptura (N/m2)

vcr – Velocidade crítica de transporte

Fl- Fator de velocidade de sedimentação de Durand

g – constante aceleração da gravidade

D – Diâmetro interno de uma conduta de transporte (m)

m – Peso específico da mistura

l – Peso específico da mistura

Vp – Taxa de percolação

q – Caudal unitário de água (m/s)

A – Área da secção transversal da amostra à direção do plano (m2)

S – Tensão de Corte (KN/m2)

Ângulo de atrito do enchimento

c – Coesão do enchimento

ecurrent – Índice de vazios da mistura

emin – Índice de vazios máximo

emax –Índice de vazios mínimo

Cu – Coeficiente de Uniformidade

D60 – Diâmetro infracrivo 60%

D10 – Diâmetro infracrivo 10%

FS – Fator de Segurança

%Sp – Percentagem de sólidos em peso

Pcaixa – Peso da caixa do modelo (kg)

Vcaixa – Volume da caixa do modelo (m3)

Pasta – Massa específico da Pasta (kg/m3)

F – Força aplicada ao longo da prova (KN)

ΔE – Variação Total da Cor

C - Croma

a - Parâmetro de cor a (Localização da cor no eixo vermelho-verde)

b - Parâmetro de cor b (Localização da cor no eixo azul-amarelo)

L - Parâmetro de cor L (Localização da cor no eixo claro-escuro)

FTIR – Espectroscopia de Raios Infravermelhos com Transformada de Fourier

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1. Introdução

Com a elaboração desta dissertação pretende-se contribuir para o estudo da variação da resistência e da

deformabilidade do enchimento, Pasta, com o tempo, a utilizar nos desmontes da Mina de Neves Corvo,

localizada em Castro Verde, Portugal.

O conhecimento das propriedades mecânicas do enchimento é de relevante importância para conhecer o

comportamento do enchimento durante e após a sua aplicação. A alteração do comportamento ao longo do

tempo é fundamental para garantir a segurança estrutural e operacional de uma exploração subterrânea:

evitar fenómenos de subsidência, garantir a estabilidade do maciço remanescente e a segurança dos

trabalhos.

A propriedade mecânica mais estudada nos estudos de resistência do enchimento mineiro é a resistência à

compressão uniaxial. É esta propriedade que define o sucesso da função do enchimento, para determinadas

aplicações, como a de se constituir como pilar artificial em métodos de desmonte do tipo de corte e

enchimento.

Neste contexto, este trabalho pretende contribuir para o conhecimento das características resistentes e de

deformabilidade do enchimento, Paste Fill, em desmontes antigos, da Mina de Neves Corvo. Com esse

intuito, desenvolveu-se uma metodologia de ensaio de envelhecimento do material, recorrendo a uma

câmara climática, onde foi simulada a atmosfera subterrânea da mina: gases constituintes da atmosfera,

temperatura e humidade. Foram realizados 64 provetes prismáticos, de secção quadrada, utilizando

rejeitados provenientes da Mina de Neves Corvo, 5% de cimento Portland (CEM II/B-L 32,5 N) e

determinaram-se a resistência à compressão uniaxial e os parâmetros de deformabilidade (coeficiente de

Poisson e o módulo de Young) para diferentes tempos de envelhecimento (5, 10, 20 e 40 dias).

Constituiu ainda objeto de estudo a monitorização de emissões acústicas e alteração de cor apresentada

pelos provetes para os diferentes tempos de envelhecimento, através de análise colorimétrica,

espectrografia de raios infravermelhos e de fluorescência.

O estudo encontra-se estruturado em 6 capítulos e dividido em duas partes fundamentais: a primeira parte,

tem como objetivo realizar uma revisão do estado da arte na área do enchimento mineiro, referenciando os

tipos e propriedades, as alterações químicas ao longo do tempo de cura e vantagens da sua utilização; a

segunda parte pretende descrever a metodologia da realização da mistura de Pasta, técnica e

equipamentos, e efetuada uma análise dos resultados obtidos nos ensaios laboratoriais.

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2. Enquadramento Geral

As explorações mineiras são geradoras de grandes quantidades de materiais sem valor económico, estéreis

ou rejeitados, dependendo se são diretamente resultantes da exploração ou do processamento,

respectivamente. Este material sem valor económico, usualmente numa relação superior ao material com

valor económico, deve ser depositado em condições favoráveis à não contaminação do ar, solo e água,

preservando ao máximo o ambiente envolvente.

Se no passado a indústria mineira evidenciou uma ausência de preocupação pelo meio ambiente, tendo por

vezes efeitos devastadores no ambiente e na saúde pública através da poluição atmosférica, visual, sonora,

contaminação de águas de superfície e subterrâneas, e também perturbações nos ecossistemas, hoje em

dia a consciencialização e a preocupação pela preservação do ambiente tem implicado a imposição de

apertadas medidas de controlo e monitorização das explorações por parte dos Estados. As próprias

empresas, numa lógica de responsabilidade social, têm contribuído para a conservação dos habitats

existentes na sua vizinhança (Figura 1).

Figura 1 - Mina de Carvão de Appalachia, EUA (www.ecowatch.com)

Destaca-se como principal causa de impactes ambientais de estéreis ou rejeitados à superfície com a

consequente degradação dos ecossistemas e dos sistemas aquíferos. A poluição dos aquíferos pode ser

provocada por aumento da concentração de sedimentos nas águas, contaminação por drenagem ácida e

deposição de metais pesados (Costa e Silva & Falcão Neves, 2012).

Com o propósito da aplicação dos quatro princípios fundamentais da exploração mineira (Segurança,

Economia, Bom Aproveitamento do Jazigo e Proteção do Ambiente), a utilização de rejeitados de mina para

preenchimento de galerias previamente exploradas permitiu garantir a segurança dos trabalhos com um

melhor aproveitamento do jazigo, garantindo a sustentabilidade dos trabalhos mineiros. A possibilidade da

utilização dos rejeitados da exploração mineira para preencher as cavidades de desmonte apresenta

algumas mais-valias: a minimização dos diversos impactes ambientais que a deposição à superfície suscita,

enviando os rejeitados para subterrâneo; economicamente, elimina os custos de reabilitação e manutenção

dos materiais depositados, assim como o aumento do tempo de vida das barragens de rejeitados; aumenta

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a segurança dos trabalhos ao promover o suporte dos desmontes e, associado ao preenchimento das

destes, o aumento da recuperação do jazigo.

Para que seja possível a utilização destes rejeitados no enchimento de uma galeria, é necessário conhecer

o seu comportamento mecânico. Esse comportamento vai depender da granulometria, grau de saturação,

percentagem de sólidos presentes na matriz e percentagem de agente ligante.

A abertura de uma cavidade potencia a instabilidade do maciço rochoso onde é aberta, uma vez que, conduz

à redistribuição e concentração de tensões em torno da sua periferia. A alteração do campo de tensões

pode levar à rotura do material rochoso ameaçando a segurança de homens e equipamentos. É necessário

entender as causas dessa instabilidade e conceber medidas que minimizem ou eliminem essas ameaças.

É também necessário reconhecer que existem duas escalas envolvidas na criação de potenciais problemas

de instabilidade: escala da mina, que envolve todo o jazigo, as infraestruturas da mina e o maciço rochoso

circundante; e a escala local, limitada à vizinhança das cavidades abertas. (Brady & Brown, 1985).

2.1. Breve Historial do Enchimento Mineiro

A extração de minério em explorações subterrâneas envolve a geração de diferentes tipos de cavidades,

com diferentes funções: chaminé principal, pisos de rolagem, galerias de transporte, chaminés de ventilação

(Brady & Brown, 1985).

A mineração subterrânea gera grandes espaços vazios, que devem ser preenchidos por forma a garantir a

sua estabilidade. As estratégias de aterro desses espaços vazios criados são muitas vezes estéreis ou

rejeitos, considerados subprodutos da operação da exploração e processamento (Sivakugan et al., 2004).

A utilização de enchimento mineiro em cavidades subterrâneas como estratégia de estabilização local e

regional, não foi comum até ao final do século XIX. No início desse século, a colocação de enchimento

mineiro seco ganhou popularidade na Austrália para minimizar fenómenos de subsidência para proteção de

infraestruturas (McLeod, 1992).

Apesar da minimização de fenómenos de subsidência, a dificuldade no transporte e a sua colocação no

estado seco constituíram grandes desafios à sua utilização.

As primeiras referências da utilização de enchimento em pasta, num estado húmido, datam do início dos

anos 40 do século XX, experiência realizada na mina de Broken Hill Down, na Austrália, onde se utilizaram

rejeitados da lavaria transportados hidraulicamente (McLeod, 1992). No final dessa década surge a

utilização de técnica semelhante nos Estados Unidos da América que, segundo Landriault (2001), foi

implementada em minas metálicas.

Solucionados os problemas sobre o transporte do enchimento, agora realizado hidraulicamente, surgiu a

hipótese da utilização de um agente ligante na mistura, normalmente cimento Portland. Esta nova fase

ocorreu entre os anos 50 e 60 do século XX e possibilitou a exploração de cavidades de maior dimensão e

a aplicação de diferentes estratégias e métodos de exploração (Potvin, 2005). Este tipo de enchimento é

conhecido como cimentado.

A necessidade de realizar explorações de jazigos cada vez mais profundos e a recuperação de pilares

sujeitos a elevados estados de tensão, impulsionou a investigação dos enchimentos mineiros. A utilização

de Paste Fill, enchimento em pasta, em que eram utilizados rejeitados da lavaria e cimento como agente

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ligante, foi iniciada na Alemanha, em 1979 (Rankine et al, 2005). Este projeto foi o motor para o

desenvolvimento e implementação deste tipo de enchimento pois a indústria mineira melhorou a imagem

ambiental, que lhe era bastante desfavorável.

Pouco tempo depois, foi construída a primeira central de pasta nos Estados Unidos da América na mina de

Lucky Friday, no estado de Idaho (Potvin, 2005).

Hoje em dia, observa-se a utilização de Paste Fill em larga escala nas minas polimetálicas.

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3. Enchimento Mineiro

Enchimento mineiro é considerado todo o material ou mistura de materiais que tem como destino o

preenchimento de cavidades previamente exploradas e que tem como principal função o suporte das

paredes e/ou pilares dessas cavidades, controlando ou minimizando a sua convergência, permitindo uma

exploração em contínuo, reduzir fenómenos de subsidência (Masniyom, 2009). Consiste numa matriz cujo

componente principal é escombro ou inerte, provenientes da própria exploração, rejeitados de lavaria ou

materiais de empréstimo, ao qual pode ser adicionado um ou mais agentes ligantes (Kesimal et al., 2003).

Historicamente, qualquer material era utilizado para realizar o preenchimento. Com a exploração em grande

escala e o aumento do uso de enchimento para preencher galerias exploradas, a partir de 1960 houve

necessidade de conhecer a natureza e as propriedades do material de enchimento, assim como dos

componentes utilizados, para assegurar o seu desempenho e otimizar custos, sobretudo quando é utilizado

um elemento ligante, como o cimento (Potvin, 2005).

Como método de controlo estrutural, o enchimento pode ser utilizado para melhorar a recuperação da

exploração e diminuir a diluição quando é realizado o desmonte, enquanto fornece melhoria da segurança

dos trabalhos (Sveinson, 1999).

A utilização de enchimento é um assunto complexo que abrange diversas disciplinas, tais como a mecânica

dos solos, mecânica das rochas e mecânica de fluidos (Kuganathan, 2005).

Referem-se alguns fatores determinantes para a utilização de enchimento mineiro (Wheeland e Payant,

1991): o capital e custo da operação são determinantes para a execução das operações relacionadas com

a realização do enchimento: obtenção da matéria-prima, realização da mistura e o transporte da mesma até

ao local de deposição; o método de deposição está relacionado com a configuração da mina e o método de

desmonte adotado, de modo a conhecer o tipo de transporte necessário utilizar, recorrendo apenas à

gravidade ou se é necessário a utilização de bombas para transportar o enchimento até ao local de

deposição, pois a distância ao local de deposição ou a configuração da mina assim o possa exigir; as

propriedades mecânicas do enchimento estão dependentes da constituição da matriz do enchimento e

devem ser tidas em conta para diferentes funções que o enchimento pode desempenhar, funções que se

referem adiante, neste trabalho; a reação do enchimento com o ambiente de deposição é relevante pois

uma vez sujeito aos gases presentes na atmosfera e água de percolação subterrânea, fica suscetível a

ataques químicos nas superfícies de contacto do enchimento com a rocha encaixante bem como na sua

superfície livre.

Apesar de ser referido o preenchimento de galerias exploradas, nem todas as galerias têm de ser

preenchidas por material para evitar a convergência ou colapso das paredes. Brady e Brown (1985) propõem

uma divisão dos métodos de desmonte em explorações subterrâneas consoante o tipo de suporte:

naturalmente suportados (Pillar supported), artificialmente suportados (Artifically supported) e sem suporte

(Unsupported) (Figura 2).

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Figura 2 - Métodos de desmonte em explorações subterrâneas (adaptado de Brady & Brown, 1985)

Os métodos de desmonte naturalmente suportados, só adequados a maciços competentes, são métodos

de desmonte cuja geometria pressupõe o abandono de pilares para suporte. Posteriormente, alguns destes

pilares, que servem de suporte, podem ser retirados quando não é posta em causa a segurança da estrutura.

Por exemplo, o método de desmonte por câmara e pilares (Room-and-Pillar) é um desses métodos em que

os pilares servem de suporte para a execução dos trabalhos (Figura 3).

Figura 3 - Desmonte por câmara e pilares na mina Three Caves, Alabama, EUA (rocketcitywriter.com)

Métodos de desmonte artificialmente suportados são métodos de desmonte que necessitam de um ou mais

tipos de suporte para garantir estabilidade da estrutura durante os trabalhos de exploração. São exemplos

desses suportes ancoragens, parafusos, enchimento, arcos metálicos, betão projetado, entre outros.

Os métodos não suportados são métodos em que não são utilizados suportes durante a exploração do

jazigo.

A escolha do enchimento como elemento de suporte em detrimento de outro tipo, baseia-se em critérios

mecânicos, económicos e ambientais. Este tipo de suporte ao ter como principal componente matricial

inertes, material sem valor económico e que é obtido de trabalhos preliminares, rejeitados de lavaria ou, no

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limite, explorado para o efeito, deve ser escolhido com base no custo que tem comparado com outros tipos

de suporte existentes e possíveis. O custo deverá ter em conta o preço de obtenção dos constituintes, a

execução do enchimento, o transporte e a colocação.

Uma das grandes vantagens da utilização de enchimento no preenchimento de cavidades é a maior

recuperação do jazigo pois é possível a recuperação dos pilares de suporte, quando existem (Yilmaz et al.,

2009).

3.1. Função

O suporte e o reforço do maciço são componentes essenciais de todas as escavações (subterrâneas e

superficiais) e são frequentemente combinados de maneira a formar um sistema global (Windsor &

Thompson in Hudson, 1993). A variação das propriedades geomecânicas num maciço pode ter de uma

grande incerteza, o que pode levar a que a execução de uma escavação se torne um grande desafio. Neste

sentido, a existência de um equilíbrio entre requisitos de segurança e produtividade é crucial, assumindo os

elementos de suporte e de reforço do maciço desempenham uma importante função (Goricki et al., 2006).

A distinção entre suporte e reforço, no âmbito da Mecânica de Rochas, está na ação que provocam no

maciço. O suporte é a aplicação de uma força reativa na superfície de uma escavação, enquanto o reforço

tem como objetivo a melhoria das tensões do maciço adjacente à escavação.

O enchimento tem como função o suporte das paredes (superfícies) de uma escavação, controlando a

convergência da cavidade, a redução da importância da queda de blocos do teto ou dos hasteais (ação

local) e a segurança estrutural de toda a exploração (ação regional). É considerado um tipo de suporte

passivo, pois apenas realiza ação resistente após a sua deformação que tem origem na convergência das

paredes do desmonte

Após a abertura de uma cavidade, não é realizado de imediato o seu preenchimento, havendo uma

descompressão do maciço no sentido do vazio criado, alterando o estado de tensão na vizinhança da

cavidade (Figura 4). A descompressão do maciço remanescente leva a uma alteração da geometria da

cavidade, podendo ser, ou não, visível a olho nú.

Figura 4 - Alteração do estado de tensão na vizinhança de uma cavidade após a sua abertura (Costa e Silva, 1989)

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Depois de a cavidade ser preenchida com o enchimento, o maciço remanescente continua a sua

descompressão, levando a uma compressão do enchimento colocado.

Além da função principal do enchimento, existem outras funções que o enchimento desempenha:

- Reforço de pilares abandonados;

- Constituição de pilares artificiais;

- Constituição de plataformas de trabalho;

- Criação de tetos falsos;

- Minimização dos impactes ambientais.

Os pilares constituem um local de transmissão de tensões entre o teto e o piso de uma cavidade. Nestes

casos, a solicitação do pilar é uniaxial. Ao reforçar estes pilares artificialmente com enchimento, na galeria

em que estes se encontram, passa a existir uma situação de solicitação triaxial, onde o enchimento exerce

uma determinada pressão lateral sobre o pilar (Figura 5). Este reforço dos pilares abandonados aumenta a

estabilidade do maciço remanescente.

Figura 5 - Tensão horizontal exercida pelo enchimento criando um estado de tensão triaxial (Belem &

Benzaazoua, 2007)

O enchimento pode também constituir pilares artificiais (Figura 6) quando existem grandes

desenvolvimentos, onde não é possível realizar sequências únicas de arranque de forma que exista

estabilidade dos contornos da cavidade. Este tipo de função acontece quando existem grandes

desenvolvimentos, onde não é possível realizar sequências únicas de arranque de forma que exista

estabilidade dos contornos da cavidade.

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Figura 6 - Enchimento constituindo um pilar artificial (Belem & Benzaazoua 2007)

Assim, é necessário dividir as zonas de desmonte, definindo zonas primárias e secundárias, onde as zonas

primárias são as primeiras zonas de desmonte e as secundárias as zonas desmontadas após o desmonte

e preenchimento das zonas primárias com enchimento. Este tipo de divisão de zonas aplica-se, por exemplo,

num método de corte e enchimento, onde são realizados desmontes primários, preenchidos esses

desmontes primários com enchimento, e depois desmontados os secundários, sendo posteriormente

preenchidos também. Na Figura 7, encontram-se definidos os desmontes primários, indicados com o

número 1, e os secundários, com o número 2.

Figura 7 - Método de desmonte por Corte e Enchimento (Bench & Fill), com pormenor dos desmontes primários e secundários (Falcão Neves,

2012)

O piso de trabalho de uma exploração subterrânea pode ser constituído por enchimento. Este caso acontece

quando o método de desmonte é ascendente, em que a o nível inferior depois de explorado é preenchido

por enchimento e quando os trabalhos passam para o nível superior a plataforma de trabalho é o enchimento

colocado no nível inferior (Figura 8).

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Figura 8 - Desenvolvimento ascendente em que o enchimento mineiro tem a função de piso de trabalho

(queensminedesign.miningexcellence.ca)

Nestes casos, é necessário garantir que o piso de trabalho esteja em boas condições para que os trabalhos

decorram em segurança e com eficiência.

Nos casos de desmonte descendente, o enchimento constitui o teto do próximo nível de exploração (Figura

9).

Figura 9 - Desenvolvimento descendente em que o enchimento mineiro constitui teto do nível de exploração

(queensminedesign.miningexcellence.ca)

A matriz do enchimento tem como principal componente o material sem valor económico, estéril ou rejeitado,

que, se não for utilizado para este efeito, tem de ser depositado em outro lugar da exploração. Mesmo que

nem todo este material seja utilizado para enchimento, a sua utilização para este fim permite minimizar os

seus impactes à superfície, como referido anteriormente no capítulo 2.

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3.2. Tipos de Enchimento

Os principais tipos de enchimento utilizados em explorações subterrâneas são: Seco (RockFill), Hidráulico

(Hydraulic Fill) e Pasta (Paste Fill).

Existem algumas variantes o que resulta da alteração das proporções dos constituintes já existentes da

matriz ou de adição de outros constituintes.

3.2.1. Seco

Enchimento seco, ou Rock Fill, é um tipo de enchimento constituído apenas por fragmentos de rocha tal-

qual após o desmonte ou incluindo algum elemento ligante, para preencher os vazios criados pela dimensão

grosseira dos fragmentos. Quando não é utilizado um agente ligante o enchimento denomina-se Seco.

Quando o enchimento Seco tem na sua matriz um agente ligante, normalmente cimento Portland, é

denominado enchimento Seco Cimentado ou Cemented Rock Fill (Atlas Copco, 2007).

O Cemented RockFill (CRF) inicialmente não tinha na sua matriz o cimento. A cavidade era preenchida com

fragmentos de rocha e depois era pulverizado com uma calda de cimento e areia. Hoje em dia, a calda de

cimento é adicionada aos fragmentos de rocha antes de ser colocado na cavidade a preencher (Atlas Copco,

2007).

3.2.2. Hidráulico

O enchimento hidráulico (Hydraulic Fill) é um tipo de enchimento constituído por uma matriz de rejeitados

da lavaria, proveniente de ciclonagem utilizada para remover a fracção argila, inferior a 2 micra (Brady &

Brown, 1985). Estes rejeitados são introduzidos numa matriz de areia e cimento, cujas proporções são

apresentadas na Figura 10.

Figura 10 - Constituição típica da matriz de um enchimento hidráulico

Page 29: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

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É um dos tipos de enchimento mais utilizado para preencher os espaços vazios subterrâneos (Figura 11), e

é normalmente colocado sobre a forma de “lama” com teores de água a rondar os 30% a 45%. Possui entre

65% a 75% de sólidos em peso e tem um tempo de consolidação de, aproximadamente, três dias (Sivakugan

et al., 2006).

Figura 11 - Consistência típica de enchimento hidráulico (Masniyom, 2009)

A permeabilidade é um dos parâmetros mais importantes do enchimento hidráulico. Uma crença comum na

indústria mineira é de que, assegurando a permeabilidade deste tipo de enchimento para pelo menos

2,8x10-3 cm/s, se observa uma boa drenagem reduzindo a ocorrência de liquefação (Herget e De Korompay,

1978).

A distribuição granulométrica dos rejeitados utilizados no enchimento hidráulico situa-se maioritariamente

entre os 40-150 micra (Figura 12). É necessário garantir que a fração inferior a 10 micra é inferior a 10%,

para evitar fenómenos de liquefação (Sivakugan et al., 2006).

Figura 12 - Distribuição Granulométrica típica para Pasta (Paste Fill) e enchimento hidráulico (adaptado de

Sivakugan et al., 2006)

Dimensão partículas (m)

Dis

trib

uiç

ão a

cum

ula

da (

%)

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A mistura dos diversos constituintes deste tipo enchimento é realizado à superfície, transportado para as

cavidades a preencher através de condutas, utilizando bombas. Quando o material chega ao seu destino é

descarregado e, através do seu peso próprio, distribui-se pela cavidade (Figura 13).

Figura 13 - Esquema de um enchimento de uma cavidade com hydraulic fill (Sivakugan et al., 2004)

Para realizar o enchimento dessas cavidades são utilizadas barricadas de tijolo poroso ou também portas

de enchimento (Figura 14), colocadas nas galerias de acesso para conter o aterro hidráulico, permitindo

uma drenagem livre da água em excessso e permitindo que o hydraulic fill consiga instalar-se com o seu

próprio peso (Sivakugan et al., 2006). Os tijolos porosos são projetados para realizarem drenagem livre e a

sua permeabilidade édeve ser superior à do hydraulic fill (Sivakugan et al., 2004).

Figura 14 - Construção de barricadas com tijolo poroso (esquerda) e porta de enchimento (direita) (Sivakugan

et al., 2004)

O transporte do hydraulic fill através das condutas tem um regime turbulento, sendo necessário garantir que

a velocidade do enchimento seja superior à velocidade crítica de sedimentação das partículas, para evitar

a sua deposição nas condutas produzindo o seu entupimento.

A velocidade crítica de enchimento é definida como a velocidade mínima em que as partículas são mantidas

num estado de suspensão no interior de um tubo e em que a resistência ao fluxo da suspensão é minimizada

(Zhang et al., 2008). É possível calcular essa velocidade crítica de acordo com a equação 1:

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𝑣𝑐𝑟 = 𝐹𝑙√2𝑔𝐷𝛾𝑚 − 𝛾𝑙

𝛾𝑙

[1]

Onde Fl é o fator de velocidade de sedimentação de Durand, g a constante da aceleração da gravidade, D

o diâmetro interno da conduta de transporte, m o peso específico da mistura e l o peso específico dos

meios de transporte composto pela água e as partículas sólidas finas, com tamanho inferior a 100 microns.

Tipicamente, o hydraulic fill apresenta um coeficiente de uniformidade (Cu) entre 5 e 10.

3.2.3. Pasta

A Pasta ou Paste Fill é uma lama densa, não drenante, composta por uma combinação de vários materiais

sólidos, com a consistência de “pasta dentífrica” (Yumlu, 2010). É constituído por rejeitados da lavaria

misturados com agentes ligantes, tais como cimento Portland, cinzas volantes pulverizadas e escórias

provenientes de metalurgias. O propósito da utilização de agentes ligantes é aumentar a coesão do

enchimento, para que este seja capaz de suportar as superfícies expostas depois da exploração (Belem &

Benzaazoua, 2004).

A matriz da Pasta tem como constituinte principal rejeitados provenientes de lavaria, numa proporção entre

93-97% dos constituintes sólidos, com uma distribuição granulométrica que exige um mínimo de 15% abaixo

dos 20 micras (Yumlu, 2010). Para completar a matriz deste tipo de enchimento, são utilizados agentes

ligante, que geralmente são cimento Portland e água, apresentando a polpa uma percentagem de sólidos

em peso entre 70-85% (Figura 15).

Figura 15 - Composição e proporção dos componentes do Paste Fill (Belem & Benzaazoua, 2007)

O material utilizado para a pasta deve ter um coeficiente de uniformidade, Cu, entre 15-20, sendo este

material melhor graduado que o material utilizado para o enchimento hidráulico.

Normalmente, nas explorações mineiras, a mistura é realizada numa infraestrutura destinada ao efeito,

central da pasta, onde depois é encaminhada para as cavidades que se pretendem preencher através de

condutas. O sistema de transporte é fortemente dependente da configuração da mina (Cooke, 2001). O

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15

transporte pode ser realizado apenas por gravidade, utilizando uma bomba para ajudar o deslocamento da

mistura ou um sistema misto (Belem e Benzaazoua, 2007), como se mostra na Figura 16.

Figura 16 - Esquema do transporte do Paste Fill (adaptado de Thomas, 1979)

O transporte da Pasta é realizado num escoamento laminar, não havendo qualquer interesse na

determinação da velocidade crítica pois a polpa não sedimenta (Figura 17). É um fluido não-Newtoniano,

pois é necessária uma determinada tensão para que haja escoamento. Assim, é possível realizar o

transporte apenas utilizando a energia potencial da coluna de material que é transportado nas condutas,

quando a tensão mínima para que exista escoamento seja atingida, estando relacionada com a geometria

das partículas constituintes da mistura (Grice, 2005).

Figura 17 - Consistência Típica do Paste Fill (www.tailings.info)

Para realizar o preenchimento da cavidade é necessário a construção de uma barreira que limite o volume

onde se pretende colocar o material de enchimento. É construída uma barreira com material grosseiro na

porta e deposita-se o material num piso superior (Figura 18). Se o enchimento for colocado apenas num

volume restrito a um piso, é construída uma porta, normalmente realizada com madeira, material barato e

de fácil trabalhabilidade. O contacto com o teto é de difícil preenchimento apenas com este tipo de material,

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16

pelo que é necessário recorrer ao enchimento projetado, para realizar o preenchimento total do desmonte,

realizando o Tight Fill.

Figura 18 - Esquema de um enchimento de uma cavidade através de um piso superior (adaptado de Belem &

Benzaazoua, 2007)

3.2.3.1. Reologia da Pasta

Reologia é a ciência que estuda a deformação e escoamento da matéria. A reologia geralmente representa

o comportamento dos fluidos não-Newtonianos, materiais que apresentam um comportamento plástico

(Exemplos: Paste Fill, pasta de dentes ou maionese). Este tipo de materiais podem ser sólidos ou fluidos,

não possuem uma viscosidade bem definida, e o seu estudo é de extrema importância para, no caso do

Paste Fill, conhecer o seu comportamento ao longo do transporte através das tubagens (Belem &

Benzaazoua, 2007).

Existem alguns modelos reológicos que descrevem o comportamento do escoamento deste tipo de

materiais: Bingham, Herschel-Bulkley e Ostvald-de Waele (Belem & Benzaazoua, 2007). O modelo de

Bingham é o mais utilizado para fluidos que requerem a aplicação de uma certa tensão para iniciar o

escoamento. Abaixo desse valor de tensão os fluidos comportam-se como um sólido, ou seja, com

viscosidade infinita (Figura 19) (Rashaida, 2005).

Figura 19 - Modelo de Bingham (Adaptado de Rashaida, 2005)

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17

A forma e a dimensão das partículas são de relevante importância para definir o transporte deste tipo de

enchimento: partículas de menor dimensão possuem maiores superfícies específicas, aumentando a

viscosidade da pasta e a força das ligações entre partículas; partículas mais achatadas têm velocidades de

sedimentação inferiores, afetando a consolidação, drenagem e resistência (Costa e Silva, 2013).

A viscosidade é também influenciada pela temperatura, pH e adição de reagentes/aditivos (Sveinson, 1999).

A tensão mínima necessária para que haja escoamento deste tipo de enchimento é denominada tensão de

cedência. A tensão de cedência é a resistência ao escoamento que um material apresenta e que quando

atingida conduz à deformação plástica. (Belem & Benzaazoua, 2007). Mais uma vez é possível realizar a

analogia com a pasta de dentes: para retirar a pasta do tubo onde se encontra é necessário exercer uma

certa força mínima.

É possível determinar a tensão de cedência laboratorialmente através de um reómetro ou através da análise

da trabalhabilidade obtida com o ensaio de abaixamento (Slump Test) (Belem & Benzaazoua, 2007).

3.2.3.2. Alteração Química da Pasta

Bernier et. al. (1999) descrevem que entre os 90 e os 120 dias de cura se inicia o decaimento dos valores

da resistência à compressão uniaxial para a Pasta com 5% de cimento Portland. Esta perda de resistência,

a partir de um certo momento, é explicada na literatura com o ataque por sulfatos.

O ataque por sulfatos é uma reação que ocorre no betão e argamassas resultante da interação entre o

cimento e os sulfatos existentes nos constituintes da mistura, originando a formação de novos minerais. Os

iões de sulfato, com origem na água e/ou no solo, presentes nos poros preenchidos por água reagem com

os aluminatos do cimento formando minerais expansivos, etringite, sulfoaluminato de cálcio hidratado (C-S-

H) e gesso (Figura 20). Qualquer um destes minerais formados cria tensões internas, podendo produzir

fissuração no betão, e deste modo conduzindo à deterioração do mesmo (Coutinho, 2001).

Figura 20 - Diagrama esquemático do processo de hidratação da Pasta (adaptado de Belem & Benzaazoua, 2007)

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18

De acordo com Bernier et al. (1999), a formação de etringite está relacionada com a perda de resistência

do Paste Fill ao longo do tempo. Este mineral é formado durante o estado inicial de presa do cimento, numa

reação que envolve tricálcio de alumínio (CaO.Al2O3), gesso (CaSO4.2H2O) e água:

3CaO.Al2.O3 + 3CaSO4.2H2O + 26H2O → Ca6.Al2.(SO4)3.(OH)12.26H2O

[2]

O tricálcio de alumínio reage rapidamente com a água, criando presa rápida. O gesso é consumido durante

a reação e forma a etringite primária (PEF – Primary Ettringite Formation), ocorrendo a sua máxima

concentração durante o primeiro dia de cura, começando a diminuir e transformando-se em monosulfato

(Ca6.Al2.SO4.(OH)12.8H2O). Acompanhando o ataque por sulfatos, forma-se a etringite secundária (SEF-

Secondary Ettringite Formation). Esta formação é interna, onde a reação entre os sulfatos solúveis,

portlandite e gesso forma etringite secundária (Figura 20), criando uma tensão interna devido à

expansibilidade deste mineral. Esta característica da etringite, e também do gesso, resulta em perda de

resistência, fracturação e até mesmo desintegração (Bernier et al., 1999).

3.3. Parâmetros do Enchimento Mineiro

As propriedades determinantes para a compreensão do comportamento mecânico do enchimento mineiro

são a permeabilidade, a percolação, a resistência mecânica, a densidade relativa, e a distribuição

granulométrica dos rejeitados.

3.3.1. Permeabilidade e Percolação

Na Geomecânica, a permeabilidade caracteriza a maior ou menor facilidade de escoamento de um fluido

através de um meio rochoso, depende do arranjo dos constituintes da parte sólida das rochas e não

simplesmente a sua composição, que fundamentalmente determina a permeabilidade da rocha (Bruno,

1994). A permeabilidade, no âmbito da Geologia, é a capacidade de um material para transmitir um fluido.

No que se refere ao enchimento mineiro, a permeabilidade é a capacidade de o enchimento transmitir a

água que presente na mistura. Esta transmissão de água no enchimento é importante para assegurar a

drenagem do excesso de água, evitando fenómenos de liquefação (Masniyom, 2009).

A percolação é definida pelo movimento de um líquido, normalmente água, num meio poroso. É dada pela

taxa de percolação que determina a velocidade de um líquido no meio em que se desloca. Thomas (1979)

definiu a taxa de percolação como:

𝑉𝑝 =𝑞

𝐴

[3]

Onde Vp é a taxa de percolação (m/s), q o caudal de água e A a área da secção transversal da amostra à

direção do fluxo (m2).

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19

A percolação da água no enchimento é importante para garantir a drenagem do excesso de água que não

é utilizada no processo de hidratação do cimento, evitando a concentração de água em zonas do enchimento

e reduzindo a suscetibilidade a fenómenos de liquefação (MEND, 2006).

3.3.2. Resistência

A resistência de um enchimento é aferida pela capacidade deste promover adequada estabilidade local e

regional (Sveinson, 1999). A estabilidade é promovida pela capacidade de resistir às tensões a que fica

sujeito após a sua colocação, relacionadas com a descompressão do maciço em torno do vazio criado após

o desmonte.

A adição de cimento na mistura de um enchimento tem como objetivo o aumento de resistência, sobretudo

da tensão de corte. O cimento fornece coesão, fortalecendo as ligações entre as partículas. A resistência

ao corte de um desmonte preenchido com enchimento pode ser determinada pela seguinte equação

(Terzaghi et al., 1996):

[4]

Onde S é a tensão de corte, a tensão normal, o ângulo de atrito do enchimento e c a coesão do

enchimento.

Masniyom (2009) e Sveinson (1999) referem que a resistência depende da função que o enchimento vai

desempenhar. Como foi referido em 3.1., o enchimento pode desempenhar varias funções e para cada uma

delas é possível determinar qual a resistência que o enchimento deve apresentar. Este tema será abordado

mais à frente neste trabalho.

Quando o enchimento tem cimento na sua constituição ocorre um fenómeno denominado efeito de arco.

Quando a dimensão vertical do enchimento é significativa, a pressão vertical na base do enchimento é

inferior à pressão vertical correspondente ao peso do material. Isto ocorre devido a uma transferência

horizontal de pressão, devido ao atrito e à interação coesiva entre o enchimento e o maciço (Belem e

Benzaazoua, 2007). Quando os pilares e as paredes começam a deformar-se no sentido da escavação, o

enchimento passa a oferecer uma reação lateral passiva. Desta forma, parte do peso do material é

transferida para as paredes, resultando numa diminuição das tensões verticais na base do enchimento

(Figura 21).

Page 37: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

20

Figura 21- Ilustração do efeito de arco num desmonte preenchido com enchimento (adaptado de Belem e Benzaaoua, 2007)

3.3.3. Densidade Relativa

A densidade relativa (Dr) é um parâmetro importante quando falamos sobre enchimento mineiro. É uma boa

medida da compactação dos grãos na mistura e pode indicar o potencial de liquefação de um enchimento

mineiro (Kuganathan, 2005). É calculada através do índice de vazios (Equação 5) ou do peso específico

(Equação 6).

𝐷𝑟 = 𝑒𝑚𝑎𝑥− 𝑒𝑐𝑢𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡

𝑒𝑚𝑎𝑥−𝑒𝑚𝑖𝑛∙ 100 𝐷𝑟 =

𝛾𝑑− 𝛾𝑑 𝑚𝑖𝑛

𝛾𝑑 𝑚𝑎𝑥−𝛾𝑑 𝑚𝑖𝑛∙

𝛾𝑑 𝑚𝑎𝑥

𝛾𝑑∙ 100

[5] [6]

Onde emax e emin representam o índice de vazio máximo e mínimo, respectivamente, considerando sempre

contacto entre os grãos, ecurrent o índice de vazios que a mistura apresenta, d o peso específico do

enchimento em condições in situ, min e max os pesos específicos máximos e mínimos do enchimento,

respectivamente (ASTM,1996).

A importância deste parâmetro está relacionada, como referido acima, com o potencial de liquefação depois

da sua colocação: para valores de densidade relativa de um enchimento inferiores a 30% existe propensão

a ocorrer liquefação.

3.3.4. Distribuição Granulométrica

A distribuição granulométrica fornece informação sobre a uniformidade ou graduação do rejeitado.

É possível obter uma distribuição granulométrica através de uma análise granulométrica de uma amostra

em estudo, utilizando uma sequência de crivos ou por Difractometria Laser, que permite relacionar a

distribuição da intensidade de um feixe de luz dispersa pela interferência de um conjunto de partículas na

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21

sua trajetória, com a distribuição dos seus respetivos calibres, em função da dimensão, forma, índice de

refração da partícula e do comprimento de onda do feixe incidente (Guimarães, 2012).

A granulometria tem influência ao nível da percentagem de vazios, ou seja, quanto mais bem graduada for

a granulometria da mistura, mais facilmente as partículas de menores dimensões podem arrumar-se nos

espaços vazios entre as de maiores dimensões, promovendo assim uma baixa percentagem de índice de

vazios.

O coeficiente de uniformidade (Cu) é uma medida da uniformidade ou graduação de uma amostra, com base

na sua análise granulométrica. Este coeficiente é calculado através da equação 7, calculado como a razão

entre D10 e D60, que correspondem ao diâmetro do infracrivo 10% e 60%, respectivamente.

𝐶𝑢 = 𝐷60

𝐷10

[7]

Quanto maior for o valor de Cu, melhor graduada a amostra e, consequentemente, menor a percentagem

de índice de vazios.

3.3.5. Vantagens da Utilização de Pasta

A utilização de Pasta teve início nos Estados Unidos da América e Canadá perante a necessidade de cumprir

rigorosos regulamentos ambientais (Aldea & Cornelius, 2010).

A eliminação e tratamento de resíduos das explorações mineiras subterrâneas e de metalurgias tornaram-

se um problema sério em vários países. Estes resíduos podem causar problemas ambientais significativos

e alguns irreversíveis, como a poluição dos recursos hídricos, do ar e do solo. A eliminação e tratamento

destes produtos da exploração mineira têm elevados custos e, por vezes, não existem instalações

adequadas, provocando efeitos drásticos no meio ambiente (Yilmaz et al, 2013). A gestão de rejeitados

contendo sulfatos representa um dos maiores desafios da indústria mineira (Godbout et al., 2007).

A exploração subterrânea de depósitos minerais envolve desafios económicos, ambientais e de segurança:

estruturas eficientes, operações de baixo custo e rigoroso controlo ambientais. A Pasta é uma solução de

enchimento que consegue ajudar as explorações a cumprir este desafio constante. A utilização de rejeitados

de lavaria como elemento dominante da matriz deste tipo de enchimento diminui a sua deposição à

superfície reduzindo o impacte ambiental e consequentemente baixando os custos operacionais (Belem et

al., 2000).

A utilização destes rejeitados neste tipo de enchimento consiste numa tecnologia de deposição em

subterrâneo, que tem várias vantagens: deposição do enchimento nas cavidades provocadas pela

exploração, que tem como objetivo a estabilidade local e regional da exploração; redução de cerca de 60%

de estéril depositado à superfície; maior recuperação do jazigo, pois o enchimento atua como suporte

secundário, favorecendo a estabilidade da mina; a ausência de drenagem de água por parte do Paste Fill

durante o tempo de cura, tendo tempos de ciclo mais curtos (Tariq & Yanful, 2013).

A natureza dos rejeitados utilizados para o enchimento mineiro é de extrema importância. No Paste Fill, o

comportamento mecânico e a reologia da mistura dependem de propriedades físicas, químicas e

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22

mineralógicas dos rejeitados, dos tipos de agentes ligantes e da sua proporção. Rejeitados que contenham

sulfuretos geram ácidos em presença de água e oxigénio, que podem desencadear alterações químicas,

entre outras (Benzaazoua et al, 2002).

Belem e Benzaazoua (2000) utilizaram diferentes tipos de rejeitados de três minas de sulfuretos canadianas

(Mina A, Mina B e Mina C) para otimização da resistência a longo termo de Paste Fill , cuja composição

química está descrita na Figura 22. Utilizando diferentes proporções de rejeitados e agentes ligantes, foram

realizados ensaios de resistência à compressão uniaxial (RCU) a 396 provetes, para períodos de cura de

14, 28, 56 e 91 dias.

Figura 22- Composição química de rejeitados de três minas de sulfuretos canadianas: A, B e C (Belem & Benzaazoua, 2000)

Analisando os resultados dos ensaios RCU para misturas com 3%, 4,5% e 6% de ligante, apresentados na

Figura 23, neste caso mistura de cimento Portland tipo I e IV numa proporção 50:50, o valor de RCU aumenta

com a adição de agente ligante e os rejeitados com teor mais elevado de enxofre apresentam um valor

superior de RCU, independentemente da proporção de ligante.

Figura 23 - Influência do teor de enxofre na RCU para mistura com cimento Portland (Belem & Benzaazoua, 2000)

3.3.6. Efeitos dos constituintes do enchimento na resistência mecânica

Como se refere anteriormente, o conhecimento das características químicas e físicas dos constituintes da

mistura de enchimento mineiro é de extrema importância para prever, qualitativamente, o seu

comportamento mecânico.

Neste contexto, Belem e Banzaazoua (2000) estudam para o caso apresentado em 3.3.5 (Minas A, B e C)

a substituição de uma parte de cimento por escórias: a relação entre o cimento Portland tipo I e as escórias

é de 20:80. Os valores de RCU eram superiores para o rejeitado com teor de enxofre intermédio, Mina B,

independentemente da proporção de ligante na mistura (Figura 24). A mistura com elevado teor de enxofre,

Page 40: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

23

A, que apresentou valores superiores de RCU quando o ligante era exclusivamente cimento Portland, neste

caso apresentou valores bastante inferiores de RCU para os diferentes tipos de rejeitados e ligante.

Figura 24 - Influência do teor de enxofre na RCU para mistura com cimento Portland e escórias (Belem & Benzaazoua, 2002).

Assim, é possível verificar que o teor de enxofre nos rejeitados influencia a RCU da mistura. É necessário

conhecer quimicamente os rejeitados para determinar a proporção e tipo de agente ligante mais adequado

e para tal é necessário um conhecimento profundo dos constituintes da mistura que garantam a maior

resistência da mistura ao longo do tempo experimental.

A água utilizada também pode ter consequências na resistência final do enchimento. Os principais

parâmetros geoquímicos da água da mistura são o teor em sulfatos (SO4-2), o pH e o Potencial Redução,

Eh. Quando o Eh é positivo, a solução contém compostos oxidantes e alto valor de condutividade elétrica

indicando a presença de muitos iões condutores dissolvidos. Os elementos mais importantes a serem

controlados são o Ca, primeiro a dissolver-se, e o Mg, por ser nocivo (Belem e Banzaazoua, 2008).

O pH e a concentração de sulfatos, que possa estar dissolvida na água utilizada na mistura, podem

influenciar a resistência da mistura devido ao ataque de sulfatos, largamente estudado em betões e

argamassas. Em geral, o ataque por sulfatos incide sobre um dos compostos do cimento hidratado, o

aluminato tricálcico (3CaO.Al2O3), causando expansões, fissuração irregular do betão e, em alguns casos,

desintegração (Belem e Benzaazoua, 2008)

Na Tabela 1 pode observar-se o grau de ataque da água, para certos parâmetros geoquímicos em betões.

De acordo com Belem e Benzaazoua (2008), a mesma metodologia de análise pode ser empregue para a

Pasta.

Tabela 1 - Grau de ataque da água para determinadas parâmetros geoquímicos (Adaptado Belem e Benzaazoua, 2008)

Grau de Ataque Intervalo de pH Intervalo da concentração de

Sulfatos (SO42-) (mg/L)

Intervalo da

concentração Mg2+

(mg/L)

Fraco 6.5 – 5.5 200 -600 300 – 1000

Forte 5.5 – 4.5 600 – 3000 1000 – 3000

Muito Forte < 5.5 > 3000 > 3000

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24

3.3.7. Comportamento mecânico da Pasta

As propriedades mecânicas da Pasta dependem de características físicas e químicas da mistura, tais como

a mineralogia, a distribuição granulométrica dos rejeitados, quantidade de água na mistura, tipo de ligante

(cimento Portland, cinzas volantes, escórias resultantes de metalurgias) e a sua proporção. Os agentes

ligantes têm como objetivo aumentar a resistência mecânica da mistura (Figura 22).

Figura 25 - Variação RCU, qu, para Pasta com ligantes diferentes: cimento Portland (a) e Cimento Portland e

escórias (b) (adaptado de Belem et al, 2000)

As propriedades mecânicas do enchimento variam com o passar do tempo de cura. Inicialmente, este tipo

de enchimento comporta-se como uma argila mole, após os 28 dias de tempo de cura é semelhante a uma

lama compactada e depois dos 91 dias do tempo de cura comporta-se como um solo compacto (Belem et

al, 2000).

O comportamento mecânico pode depender da composição química dos rejeitados e da sua reação com os

restantes constituintes da mistura do enchimento. Benzaazoua (2002) refere que em meio agressivo, na

presença de sulfatos e elementos ácidos, pode verificar-se uma redução da resistência, durante o tempo de

cura, em consequência da degradação química do enchimento.

A resistência mecânica da Pasta depende da função a desempenhar. Para Belem e Benzaazoua (2007),

existem algumas situações na exploração subterrânea para a qual a solicitação deste tipo de enchimento

pode ser prevista: suporte vertical, desenvolvimento no próprio enchimento, recuperação de pilares, várias

faces livre, plataforma de trabalho ou reforço de pilares. Assim, é possível prever a resistência mínima

necessária ao enchimento consoante o tipo de função que vai desempenhar (Figura 26).

Figura 26 - Representação esquemática de solicitações do enchimento: suporte vertical (a), desenvolvimento

no próprio enchimento (b), plataforma de trabalho (c) e reforço de pilares abandonados (d) (Belem & Benzaazoua, 2007)

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Em desenvolvimentos ascendentes, os pilares que resultam da exploração são suportados por enchimento

mineiro (Figura 26 a), podem também ser reforçados pelo enchimento quando abandonados (Figura 26 b).

O enchimento mineiro pode também definir uma plataforma de trabalho (Figura 26 c) ou reforço de pilares

abandonados, induzindo um estado triaxial (Figura 26).

Pesquisa e testes in situ mostraram que, o enchimento é incapaz, por si só, de suportar o peso da rocha

suprajacente, atuando este como sistema de suporte secundário (Cai, 1983). É possível estimar a RCU do

enchimento para uma determinada geometria e fator de segurança, através da relação:

𝑅𝐶𝑈𝑚𝑜𝑑𝑒𝑙𝑜 = 𝐹𝑆 (𝛾𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 𝐻

1 +𝐻𝐿

)

[8]

Onde, FS é o fator de segurança, solto é a peso específico do Paste Fill (N/m3), H a coluna de Paste Fill (m)

e L a espessura do minério (m).

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26

3.4. Atmosfera Subterrânea

A atmosfera exterior é constituída predominantemente por azoto (79,04%), oxigénio (20,93%) e dióxido de

carbono (0,03%). Os restantes gases presentes encontram-se numa percentagem inferior a 0.01% (Vutukuri

& Lama, 1986). A atmosfera subterrânea é constituída por esta matriz base ar natural, alterada por fatores

operacionais e hidrogeológicos. Os gases mais comuns no ambiente subterrâneo são apresentados na

Tabela 2.

Tabela 2 - Gases presentes no ambiente subterrâneo (adaptado de Gama & Torres, 2005)

Nome do Gás Símbolo

Oxigénio O2

Nitrogénio N2

Dióxido de Carbono CO2

Monóxido de Carbono CO

Dióxido de Azoto NO2

Óxido de azoto NO

Ácido sulfídrico H2S

Anidrido sulfuroso SO2

Metano CH4

A realização dos trabalhos de exploração em subterrâneo vai contribuir para a alteração da atmosfera. As

fontes de geração de gases resultam das emissões dos equipamentos diesel, emitindo hidrocarbonetos

(HC), monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx) e partículas. São também fonte de geração de

gases o desmonte de rochas com explosivos. Os fatores hidrogeológicos estão relacionados com a

decomposição de substâncias orgânicas, água subterrânea e minerais com enxofre (Gama & Torres, 2005).

A combinação de alguns destes gases resultantes dos trabalhos de exploração com o oxigénio (O2) presente

no ar da atmosfera subterrânea pode provocar condições de risco para o normal desenvolvimento dos

trabalhos, estando algumas dessas combinações e a atmosfera resultante dessas combinações descritas

na Tabela 3.

Tabela 3 - Combinação de gases e atmosfera resultante (Adaptado de Gama & Torres,2005)

Combinação Atmosfera Resultante

CO + CO2 + CH4 + O2 + N2 + H2 Inflamável, explosiva, asfixiante

CH4 + ar Explosiva

CO2 + N2 + ar Asfixiante

CO + ar Asfixiante

CO2 + CH4 Asfixiante, explosiva

H2S +ar Irritante, venenosa

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Assim, é de extrema importância garantir a qualidade do ar no ambiente subterrâneo. A ventilação numa

exploração subterrânea é uma operação importante para o normal desenvolvimento dos trabalhos. É

necessário garantir que existe um caudal de entrada, caudal de ar fresco (Q), suficiente para que os

constituintes da atmosfera estejam dentro de certos limites. Esses limites são valores limite admissíveis são

regulamentados por normas e padrões de qualidade do ar da atmosfera subterrânea.

3.5. Emissões Acústicas

3.5.1. Introdução

Como é do conhecimento geral, os maciços rochosos estão submetidos a tensões de origem gravítica,

tectónicas, térmicas e estáticas (Windor e Thompson in Hudson, 1993). Sabe-se que os materiais rochosos

apresentam variações no seu comportamento mecânico e, consequentemente, nas suas propriedades

resistentes e deformabilidade, em função do tempo decorrentes da variação do estado de tensão.

A origem das Emissões Acústicas está relacionada com o processo de deformação e ruptura que é

acompanhada com uma súbita libertação de energia (Hardy, 1981). Quando ocorre a deformação de um

sólido, verifica-se uma alteração no seu volume, devido às componentes de compressão e à alteração da

sua forma original pela ação das componentes de corte (Kolsky, 1964).

Assim, todos os materiais sujeitos à ação de solicitações, quer sejam elas estáticas ou dinâmicas,

apresentam respostas que são função da sua maior ou menor tendência para se deformarem

volumetricamente, exprimindo-se assim, o efeito de Poisson. A variação volumétrica depende do módulo de

elasticidade (E) e do coeficiente de Poisson (), enquanto a variação da forma é controlada pelo módulo de

rigidez (G) (Paneiro 2014).

A Emissão Acústica, também designada por “atividade microssísmica” ou “ruído rochoso” (“rock talk”) é o

termo amplamente aplicado para denominar o fenómeno para o qual um material sólido (ou estrutura) emite

ondas de choque elásticas causadas por ocorrência súbita de fraturas ou deslizamento por atrito ao longo

das superfícies de descontinuidades (Mogi, 2007).

Uma das finalidades da utilização da técnica das emissões acústicas corresponde à obtenção de

informações fiáveis para a prevenção de roturas nos maciços rochosos, correlacionando os sinais de

emissão acústica com os processos de propagação de fraturas (Paneiro, 2014).

3.5.2. Monitorização de Emissões Acústicas

A forma como as ondas de tensão, provenientes de fontes de emissão acústica se propagam no interior dos

meios sólidos, em particular dos materiais rochosos podem ser monitorizadas através da instalação de

transdutores adequados na superfície da rocha (Figura 27), respondendo estes ao movimento das partículas

produzidas pelas ondas de tensão, transformando o referido movimento em impulsos elétricos que podem

ser processados para posterior tratamento (Paneiro 2014).

Page 45: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

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Figura 27 - Monitorização de Emissões acústicas efetuada através de um transdutor (T), do movimento das

partículas no ponto P causado por uma onda de tensão emitida na fonte H (Paneiro 2014).

Para realizar a monitorização de emissões acústicas, são geralmente utilizados os seguintes equipamentos:

sensores, pré-amplificadores, amplificadores ou pós-amplificadores, filtros e gravador (Aguiar, 2004).

Figura 28 - Representação esquemática do sistema de monitorização de emissões acústicas de canal único incorporando um sistema básico de condicionamento de sinal (Paneiro, 2014)

Os sensores têm como função detetar os pequenos movimentos mecânicos da superfície do objeto em teste

e convertê-los em sinais elétricos. Os sensores mais comuns são constituídos por um elemento piezoelétrico

(titanato zirconato de chumbo PZT), e inserido numa caixa de proteção (Figura 29).

Figura 29 - Representação esquemática de um sensor piezoelétrico (Paneiro, 2014)

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Os pré-amplificadores e os amplificadores, ou pós–amplificadores, têm como função minimizar as

interferências indesejáveis, visto que os sinais de emissão acústica são de baixa intensidade, sendo,

portanto, suscetíveis a variadas interferências. Alguns sensores possuem pré-amplificadores incorporados.

Para que os pré-amplificadores funcionem, é necessária uma alimentação de corrente contínua, geralmente

fornecida no próprio cabo utilizado para receber os sinais de emissões acústicas (Aguiar, 2004).

Os filtros são utilizados para distinguir os ruídos externos ao ensaio a realizar. Para obter apenas eventos

que ocorram no ensaio, é necessário definir um limiar a partir do qual é feita a aquisição dos dados (Figura

30). Geralmente, o limiar é definido através de software do sistema de gravação utilizado.

Figura 30 - Utilização de filtro (Limiar) para contabilização de eventos acústicos (Aguiar, 2004)

Os sistemas de gravação mais comuns são computadores equipados com placas de aquisição de dados

com processador digital de sinais e com filtros instalados, controlados através de software.

Page 47: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

30

4. Caso de Estudo

4.1. Mina de Neves Corvo

A Mina de Neves-Corvo é a maior exploração subterrânea de sulfuretos maciços em Portugal. É considerado

o mais importante projeto da Indústria Mineira no nosso país, e um dos maiores da Europa, no que diz

respeito à obtenção de concentrado de cobre, metal primário, e zinco, metal secundário. A Mina, propriedade

da SOMINCOR S.A. – Sociedade Mineira de Neves Corvo – iniciou a sua atividade em 1980. A entrada em

produção iniciou-se em finais de 1988 e que hoje prossegue num esforço contínuo de aprofundar o modelo

de distribuição espacial e racional aproveitamento (Carvalho & Ferreira, 1997).

A exploração de Neves-Corvo está situada no Baixo Alentejo, na região sul de Portugal, na extremidade SE

da Faixa Piritosa Ibérica, também conhecida como província metalogénica (Figura 31). Esta zona é

caracterizada por importantes jazigos de sulfuretos maciços polimetálicos, originários de atividade vulcânica

submarina ocorrida na região. A principal paragénese mineral presente nestes depósitos é composta por

pirite, calcopirite, blenda, cassiterite, tetraedrite, galena, bornite e arsenopirite (Gaspar & Pinto, 1991).

Figura 31 - Enquadramento da Mina de Neves-Corvo na Faixa Piritosa Ibérica (Gabriel, 2012)

Em Neves Corvo, os jazigos de sulfuretos maciços polimetálicos ocorrem em cinco depósitos: Corvo, Graça,

Lombador, Neves e Zambujal (Figura 32).

Figura 32 - Localização dos jazigos de sulfuretos maciços polimetálicos em Neves Corvo (somincor.com.pt)

Quantitativamente, no ano de 2013 a Mina de Neves Corvo explorou acima dos 3,5 milhões de toneladas,

os desmontes foram realizados através do método por Corte e Enchimento (Cut & Fill), utilizando variantes

Page 48: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

31

deste: drift & fill, bench & fill e mini-bench & fill (Gabriel, 2012). Relativamente à produção dos principais

metais, foram concentradas 56.544 toneladas de Cobre e 53.382 toneladas de Zinco (Lundin Mining, 2014).

4.2. Trabalho Laboratorial

O trabalho laboratorial realizado neste estudo teve como principal objetivo o estudo da variação com o

tempo, da resistência à compressão uniaxial do enchimento mineiro, “Paste Fill”, atualmente colocado nos

desmontes da mina da Somincor. Com este intuito, procedeu-se à simulação de um desmonte, à escala,

preenchido com Paste Fill. Cortaram-se provetes prismáticos, de base quadrada com quatro centímetros de

aresta, que foram “envelhecidos” numa câmara climática, com temperatura e humidade controladas. A fim

de simular a atmosfera subterrânea da Mina de Neves Corvo, procedeu-se a uma mistura com concentração

de gases idêntica à atmosfera da mina, armazenada numa garrafa de gás acoplada à câmara de

envelhecimento. Após 5, 10, 20 e 40 dias de exposição dos provetes ao envelhecimento, foram realizados

ensaios de resistência à compressão uniaxial (RCU) e comparadas as resistências obtidas com as

resistências apresentadas pelos provetes realizados na empresa Somincor. Foi assim possível, por

comparação dos valores de RCU, determinar uma relação entre o tempo real e o tempo laboratorial de

envelhecimento.

Com o objetivo de obter maior conhecimento da Pasta ao longo do seu tempo de envelhecimento, foram

realizadas medições da evolução da cor dos provetes durante o seu envelhecimento acelerado através de

análise colorimétrica, espectroscopia de raios infravermelhos e de fluorescência raio-x. Durante os ensaios

de RCU realizaram-se medições de eventos acústicos a fim de averiguar a importância destes parâmetros

como medidas de controlo do comportamento deste tipo de enchimento mineiro ao longo do seu tempo de

vida.

4.2.1. Construção do Modelo

As dimensões e configuração da galeria a simular são apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4 - Dimensão da galeria a simular no trabalho laboratorial

Parâmetro Dimensão (metros)

Comprimento 60

Largura 25

Altura 20

Para a construção da galeria, foi necessário definir uma escala. Para essa escolha, teve-se em conta o peso

da caixa preenchida com enchimento, para a sua portabilidade, e as dimensões da câmara húmida, onde

as caixas iriam ficar durante a cura da Pasta. Assim, foi definida uma escala de 1:150, em que o

Page 49: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

32

comprimento, largura e altura das caixas à escala foram de 0.400m x 0.133 m e 0.167m, respectivamente

(Figura 33).

Figura 33 - Esquema da caixa construída à escala de 1:150 para simular a galeria a preencher com Pasta

O material escolhido para a construção das caixas foi o acrílico, um termoplástico rígido, transparente. Este

material é suficientemente rígido para não quebrar com o peso do material colocado no seu interior, não

absorvente e fácil de trabalhar.

As uniões das várias faces da caixa foram realizadas com calha plástica (10 milímetros), parafusos (12

milímetros) e porcas. Foram realizados furos, com a ajuda de um berbequim, nas extremidades das faces.

Para ser possível a drenagem da água após a colocação da mistura, foram realizados furos em todas as

faces da caixa, utilizando uma malha de 2cm x 2cm (Figura 34).

Figura 34 - Pormenor da malha numa das faces da caixa de acrílico

O resultado final das caixas é apresentado na Figura 35.

Page 50: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

33

Figura 35 - Caixas de acrílico com a malha de furos realizada

4.2.2. Realização da Mistura de Pasta

A realização da Pasta requer conhecimento do método e dos procedimentos para a realização do mesmo,

assim como das características dos materiais que compõem a mistura. A empresa Somincor disponibilizou-

se para dar a conhecer o procedimento utilizado na realização da mistura e a observação a sua realização

execução, para que posteriormente fosse possível reproduzi-la no Laboratório de Geomecânica do Instituto

Superior Técnico.

4.2.2.1. Constituintes da Mistura

A Pasta é composto por:

- Rejeitados;

- Cimento;

- Água, que representa 20% do peso da mistura, para obter-se uma percentagem de sólidos em

peso de 80%.

4.2.2.1.1. Rejeitados

Os rejeitados da Mina de Neves Corvo utilizados na realização da Pasta são rejeitados finais do processo

de tratamento de minério da Lavaria da mina, pertencentes à fração grosseira, underflow, de um processo

de ciclonagem. São utilizados numa proporção de 95% de sólidos na mistura e a dimensão das partículas

dos rejeitados está apresentada na Figura 36.

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34

Figura 36 - Distribuição granulométrica cumulativa dos rejeitados utilizados na realização do Paste Fill na

empresa Somincor

O peso específico dos rejeitados, teor de humidade e percentagem de sólidos em peso que a mistura deve

apresentar, são apresentados na Tabela 5, valores esses fornecidos pela empresa Somincor.

Tabela 5 - Parâmetros da mistura de Paste Fill realizada no trabalho laboratorial

ρRejeitados (Kg/m3) Teor Humidade Rejeitados (%) %Sp da Mistura ρMistura (Kg/m3)

3600 12,364 79,5 2300

Os rejeitados foram recolhidos na Central da Pasta da mina de Neves Corvo e transportados em bidons até

ao Laboratório de Geomecânica do Instituto Superior Técnico. O transporte pretendeu garantir a

manutenção das características dos rejeitados aquando da sua recolha. Para verificar se o processo tinha

efetivamente evitado a modificação do teor de humidade dos rejeitados, foi realizada a medição do teor de

humidade dos mesmos. O teor de humidade é calculado através da equação 9.

𝐓𝐞𝐨𝐫 𝐇𝐮𝐦𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐑𝐞𝐣𝐞𝐢𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 = 𝐑𝐞𝐣𝐞𝐢𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐇ú𝐦𝐢𝐝𝐨𝐬 − 𝐑𝐞𝐣𝐞𝐢𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐬

𝐑𝐞𝐣𝐞𝐢𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐬=

Á𝐠𝐮𝐚

𝐑𝐞𝐣𝐞𝐢𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐬

[9]

Para calcular o teor de humidade dos rejeitados retirou-se uma pequena porção de material que se pesou

e colocou numa estufa por 24 horas. Depois de 24 horas na estufa, pesaram-se os rejeitados e obtiveram-

se as respetivas massas. O teor de humidade obtido foi de 12.883%, utilizando-se este último para efeitos

de cálculo da mistura.

4.2.2.1.2. Cimento Portland

O cimento Portland tem como matéria-prima rochas calcárias, ricas em carbonato de cálcio. É constituído

maioritariamente pelo clínquer, produto do tratamento térmico da matéria-prima previamente moída,

Page 52: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

35

doseada e homogeneizada. Contém calcário e outros constituintes em pequena proporção, como quartzo,

fosfatos e cinzas de pirite (Sá, 2011).

O clínquer é composto por quatro fases de aluminatos e silicatos, conforme a Tabela 6:

Tabela 6 - Silicatos e Aluminatos que compõem o clínquer (adaptado de Sá, 2011)

Composto Fórmula Nome comum Fracção do Clínquer

Silicato tricálcico 3CaO.SiO2 Alite 50-70%

Silicato bicálcico 2CaO.SiO2 Belite 10-30%

Aluminato tricálcico 3CaO.Al2O3 Celite 2-12%

Aluminoferrato tetracálcico 3CaO.Al2O3.Fe2O3 Felite 5-15%

Apesar do cimento Portland ser o mais utilizado, a indústria cimenteira produz outros tipos de cimento,

através de aditivos que conferem propriedades distintas. Entre os aditivos mais utilizados, encontram-se os

apresentados na Tabela 7, bem como as características que estes conferem ao cimento.

Tabela 7 - Aditivos do cimento e suas características (adaptado de Sá, 2011)

Aditivo Características

Gesso Regulação do tempo de presa evitando rápido endurecimento do

clínquer

Escória Siderúrgica Ligantes hidráulicos resistentes que permitindo aumento da

durabilidade, sobretudo em ambientes com sulfato

Materiais Pozolânicos

Reação com a água origina compostos com propriedades aglomerantes. Modificam a microestrutura do cimento, diminuindo a sua permeabilidade e aumentando a durabilidade e estabilidade do

cimento

Calcário Ação lubrificante para tornar produto mais plástico sem prejudicar a

ação dos outros elementos

A adição destes componentes ao cimento vai emprestar-lhes características únicas. Este tipo de

características torna possível a distinção de cada um dos tipos de cimento. Existem normas internacionais,

EN 197-1, que regulam a produção dos vários tipos de cimento, com ou sem aditivos, e a sua classificação

segundo propriedades e composição (Sá, 2011).

A norma europeia EN 197-1 define 5 tipos principais de cimento (Tabela 8).

Tabela 8 - Tipos principais de cimento (Adaptado EN 197-1)

Designação Nome Contexto Aplicação

CEM I Cimento Portland Uso Geral (Sem aditivos)

CEM II Cimento Portland Composto Estruturas em água ou solo

CEM III Cimento de Alto-Forno Grande resistência inicial

CEM IV Cimento Pozolânico Necessidade de taxa de geração de calor baixa

CEM V Cimento Composto Água ou solo altamente alcalinos

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36

Os cimentos podem também ser classificados pela sua resistência (EN 196-1). A sua classificação é

determinada pela resistência à compressão uniaxial apresentada após 28 dias (Tabela 9).

Tabela 9 - Classificação do cimento Portland quanto à resistência à compressão apresentada a 28 Dias (Adaptada EN 196-1)

Classe Resistência Resistência Compressão Standard a 28 Dias (MPa)

32,5 ≥ 32,5 ≤ 42,5

42,5 ≥ 42,5 ≤ 52,5

52,5 ≥ 52,5 -

Ainda é possível classificar o cimento Portland quanto ao ganho de presa inicial: N, para resistência inicia

baixa e R para resistência inicial elevada.

A percentagem de clínquer no cimento Portland é também classificada: A, para uma proporção de clínquer

entre 80-94%, e B, para uma proporção de clínquer entre 65-79%.

O cimento Portland é um dos agentes ligantes mais utilizados para realizar a função de ligante nas misturas

de enchimento, podendo ser utilizados/adicionados outros tipo de ligantes, como anteriormente referido.

O cimento utilizado na mistura de Paste Fill realizada neste trabalho foi Portland de Calcário da CIMPOR

(CEM II / B-L 32,5 N) fornecido pela SOMINCOR. Este cimento é constituído por Clínquer (65-79%), Calcário

(21-35%) e Sulfato de Cálcio, que funciona como regulador de presa. Como principais características, este

tipo de cimento tem um desenvolvimento lento das resistências iniciais, uma progressão gradual das

resistências até 28 dias e elevada trabalhabilidade em argamassas e betões, mesmo com baixa relação

água/cimento (Cimpor, 2014).

4.2.2.1.3. Água

A água utilizada neste trabalho laboratorial foi fornecida pela Somincor. É água industrial, que é utilizada no

processos de tratamento do minério e em outros processos mineiros, reaproveitada na lavaria, na mina e

na barragem de rejeitados.

A água foi recolhida na Central de Enchimento de Pasta e foram realizadas duas medições de pH, no

Laboratório de Geomecânica do Instituto Superior Técnico, para verificar a existência de alteração do valor

ao longo do tempo de permanência no recipiente onde foi recolhida (Figura 37). Foi utilizado um medidor

eletrónico de pH, HI 98130 da HANNA instruments. Antes de realizar a medição, o equipamento foi calibrado

com uma solução padrão, de pH 7,01 (±0.01) para uma temperatura de 20ºC (±0.1ºC). Colocou-se a água

num gobelé de plástico de 250 ml e realizou-se a medição do valor de pH da água. Realizou-se o mesmo

procedimento para a segunda medição, com um intervalo de 30 dias, aproximadamente. Os valores de pH

medidos foram de 2,38 e 3,17, respectivamente primeira e segunda medição.

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37

Figura 37 - Recipiente de recolha e medições do pH da água utilizada na mistura de Pasta

O pH apresentado pela água é ácido e a alteração do pH não é significativa para a interpretação posterior

dos resultados.

4.2.2.2. Preparação da Mistura

Como se referiu já, os procedimentos para obtenção da mistura de Pasta foram fornecidos pela empresa

SOMINCOR. Foi realizada uma mistura para cada caixa. Assim, foi definido o volume de cada caixa como

0,01 metros cúbicos.

Para uma massa específica de Pasta é de 2300 kg/m3, para os parâmetros indicados na Tabela 10, calculou-

se o peso de cada uma das caixas (Equação 10).

𝑃𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 𝑉𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 × 𝜌𝑃𝑎𝑠𝑡𝑎 = 0.01 × 2300 = 23 𝑘𝑔

[10]

Sabendo a percentagem de sólidos em peso (%Sp) e a proporção de cada um dos constituintes sólidos bem

como o teor de humidade dos rejeitados, determinou-se o peso de cada um dos constituintes para realizar

a mistura de Pasta (Tabela 10).

Tabela 10 - Quantidade a adicionar de cada constituinte da mistura

Rejeitados Húmidos (g) Cimento Portland (g) Água a Adicionar (g)

19 517,63 914,25 2 568,12

4.2.2.3. Procedimento e Equipamento

A realização do Pasta exigiu o conhecimento do procedimento para realizar a mistura, cedido pela empresa

SOMINCOR e ajustado aos equipamentos existentes no Laboratório de Geomecânica do Instituto Superior

Técnico.

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38

Para realizar a mistura, foi utilizado um bidon plástico de 25 litros, um misturador com 8 centímetros de

diâmetro, um berbequim de 400 watts de potência, uma balança eletrónica KERN EW4200-2NM, um

recipiente com 2 litros de capacidade, 2 tigelas de aço inox com 500ml de capacidade, uma tira de ferro com

50 centímetros de comprimento e uma espátula de acrílico.

Foram determinadas as massas dos constituintes da mistura na balança eletrónica: água, cimento e

rejeitados. Os rejeitados foram pesados em pequenas quantidades, não superiores a 4 quilogramas, porque

a balança tinha um limite máximo de 4,2 quilograma, e por fim colocados no bidon. Adicionou-se

aproximadamente metade da quantidade de água necessária à mistura e, utilizando o berbequim e o

misturador, iniciou-se a mistura dos rejeitados com parte da água. De seguira, adicionou-se lentamente o

cimento e a água restante. Após adicionar todos os componentes, homogeneizou-se a mistura durante cerca

de 3 minutos, até adquirir a consistência que se pretendia (Figura 38).

Figura 38- Realização e homogeneização da mistura de Pasta

Após a realização e homogeneização da mistura, preencheram-se metade da caixa de acrílico com Pasta e

bateu-se a mistura com 25 pancadas, com o auxílio do ferro. Seguidamente preencheu-se o resto da caixa,

retirou-se alguma da mistura do bidon com o auxílio da espátula e bateu-se novamente a mistura com 25

pancadas. As pancadas são importantes no preenchimento da caixa para a mistura ocupar todo o volume

da caixa e retirar algum ar com que a mistura possa ficar ao ser descarregada. O resultado final da caixa

preenchida com a Pasta é apresentado na Figura 39.

Figura 39 - Pormenor da mistura após o preenchimento da caixa de acrílico, simulando o preenchimento do

desmonte com Pasta

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39

A mistura foi colocada numa câmara húmida (Humidity Cabinet 34-8565/01) com 320 litros de capacidade

e uma resistência de 2000 Watt (Figura 40), durante 28 dias, tempo de presa do cimento. Para controlar a

temperatura no seu interior, a câmara estava equipada com um controlador de temperatura E5CS-X da

OMRON, em que a temperatura desejada, 30ºC, foi definida num monitor (Figura x). Este controlador tem

uma flutuação da temperatura de ±0.2ºC.

Figura 40 - Câmara húmida utilizada no trabalho laboratorial (direita) e pormenor do monitor de controlo de

temperatura (esquerda)

Foi realizado o mesmo procedimento para as 6 caixas de Pasta, utilizadas neste estudo.

4.2.3. Provetes

Os provetes foram realizados a partir das caixas de Pasta. Para tal, foi necessário uma serra de disco

Husqvarna 300 E com disco de pedra de 350mm (Figura 41), uma serra manual e um esquadro metálico

Figura 41 - Serra de Disco Husqvarna 300 E (esquerda) e pormenor do disco de corte (direita).

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40

Retiraram-se os provetes da caixa por vários processos que não resultaram e finalmente optou-se por utilizar

a serra de disco.

Para cada tempo de referência (7, 14 e 28 dias) e aos 28 dias de presa para os provetes sujeitos ao

envelhecimento acelerado (5, 10, 20 e 40 dias), foram retiradas as caixas da câmara húmida e desmontadas

(Figura 42). Depois, e com a ajuda de uma serra manual, foram cortadas porções do bloco da mistura, pois

a área de trabalho limitou a utilização do bloco inteiro.

Figura 42 - Aspeto de um bloco de Pasta após 28 dias de cura na câmara húmida após abertura de uma das

faces da caixa

Depois de cortado o bloco em partes mais pequenas, foram levados à serra de disco e foram cortados

provetes com as medidas apresentadas na Tabela 11.

Tabela 11 - Medidas dos provetes de Paste Fill

Altura (cm) Largura (cm) Comprimento (cm)

10 4 4

Para analisar a presença de anisotropia dos parâmetros em estudo, foram retirados provetes nas 3 direções

da caixa e foram numerados e identificados segundo a sua posição na caixa: vertical, horizontal 1 e

horizontal 2. As direções e posições dos provetes são mostradas na Figura 43.

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41

Figura 43 - Representação da posição de corte dos provetes na caixa

Depois de cortados os provetes, foram identificados segundo a sua posição na caixa. Quando possível,

devido à recuperação do material da caixa, foi retirado um provete de referência, identificado como 5 (Figura

44).

Figura 44 - Aspeto dos provetes de Pasta

Após verificar as medidas dos provetes e com o auxílio da balança eletrónica, os provetes foram pesados

(Figura 45).

Figura 45 - Pesagem de um provete de Paste Fill

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42

4.2.4. Envelhecimento acelerado de enchimento tipo Pasta

Na Mina de Neves Corvo a obtenção dos parâmetros de resistência mecânica da Pasta utilizado no

enchimento das galerias, depois da sua exploração, é realizado no Laboratório de Mecânica das Rochas.

Para tal, são recolhidas amostras de rejeitados na Central da Pasta, com uma determinada periodicidade,

e essas amostras são levadas para laboratório, onde é realizada a Pasta. No final de um determinado tempo,

relevante para o conhecimento do comportamento da Pasta para a empresa, são realizados ensaios RCU.

A motivação para a realização deste trabalho é poder relacionar um determinado tempo real, para o qual as

amostras têm de estar em determinadas condições, com um tempo de laboratório. Esta relação entre tempo

real e tempo de laboratório será obtida através da comparação entre valores de RCU fornecidos pela

SOMINCOR, para os dias de referência da mesma, e os valores de RCU obtidos através do trabalho

laboratorial.

O envelhecimento acelerado foi realizado utilizando uma câmara de ensaios climáticos, FITOCLIMA

300EDTU da Aralab (Figura 46), em funcionamento no Laboratório de Mineralogia e Petrologia do Instituto

Superior Técnico (LAMPIST), em Lisboa. As amostras são sujeitas a uma determinada atmosfera gasosa,

que é controlada pelo utilizador, na medida em que é possível injetar na câmara um determinado gás, ou

mistura de gases, numa determinada concentração.

Figura 46 - Câmara climática FITOCLIMA 300 EDTU da Aralab do LAMPIST

A FITOCLIMA 300EDTU é composta por uma estrutura que alberga no seu interior a câmara de ensaios

(Figura 47). Na câmara de ensaios é possível regular o caudal de entrada e saída de um ou mais gases, ou

mistura de gases, a temperatura e humidade da atmosfera.

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43

Figura 47 - Interior da câmara climática com o pormenor da câmara de ensaios

Anexa à câmara de ensaios climáticos, está instalado um equipamento para injeção de gases, controlador

de fluxo de massa (Figura 48). Este equipamento é utilizado para introduzir uma atmosfera composta por

elementos que são previamente misturados, de acordo com a composição dos gases que o utilizador tem

necessidade do introduzir. Estes controladores são o Modelo FC-2900 series da Tylan General, e o seu

funcionamento consiste em receber o gás, contido numa garrafa a uma dada pressão e concentração, e

introduzir uma concentração pretendida do mesmo, na câmara de ensaios.

Figura 48 - Controlador de injeção de gases (esquerda) e pormenor do painel de controlo do mesmo

equipamento (direita)

É possível regular o caudal de gás de entrada. Para tal, utilizou-se a equação 11.

𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 × 𝐶𝑎𝑢𝑑𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎

𝐶𝑎𝑢𝑑𝑎𝑙 𝑠𝑎í𝑑𝑎

[11]

Apresenta-se, de seguida, um esquema de funcionamento do equipamento (Figura 49).

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44

Figura 49 - Representação esquemática do funcionamento da câmara climática utilizada no trabalho laboratorial

4.2.5. Medição Atmosfera Subterrânea

Como referido no capítulo 3.5 deste trabalho, a presença de certos elementos na atmosfera pode provocar

reações entre esses elementos químicos e os elementos sujeitos aos mesmos. No caso das atmosferas

subterrâneas, a sua composição é muito variável, como referido no capítulo 3.5. Para o caso de estudo,

foram recolhidas duas amostras da atmosfera subterrânea em dois locais: um local onde já tinha sido

realizado o enchimento e outro onde estava a ser realizado o enchimento da galeria, já com uma altura de,

aproximadamente, metro e meio.

Para obter a composição dos gases que faziam parte da atmosfera subterrânea, foram utilizados dois

medidores de gases portáteis: um medidor Dräger X-am 7000 e outro Dräger Multiwarn (Figura 50). O

primeiro mede a concentração em dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), dióxido de enxofre (SO2),

monóxido de carbono (CO) e ácido sulfídrico (H2S); o segundo mede a concentração em metano (CH4),

amoníaco (NH3), óxido de azoto (NO) e oxigénio (O2).

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45

Figura 50 - Medidores de gases Dräger X-am 7000 (esquerda) e Dräger Multiwarn (direita)

Apesar do reduzido número de leituras realizadas, as concentrações dos gases presentes em ambas as

atmosferas eram muito semelhantes. Assim, para o trabalho laboratorial tomou-se como referência a média

dos valores medidos, apresentados na Tabela 12.

Tabela 12 - Composição média da atmosfera subterrânea em zonas preenchidas com Paste Fill na mina de Neves Corvo, em ppm

CH4 O2 CO2 NH3 NO SO2 CO H2S

0 209.000 25 10 2 0 0 0

Para a realização da mistura, foi contactada a empresa AIR LIQUIDE, que forneceu uma garrafa (Figura

51) com as concentrações de gases e as características apresentadas na Tabela 13.

Tabela 13 - Composição da garrafa de gás para realizar os ensaios de envelhecimento acelerado na câmara climática

Componentes Concentração Certificado Tipo

Garrafa Pressão Quantidade Conexão

Tolerância

fabricação Incerteza

NH3 10000 ppm

Análise

ISO 6141 B20 140 bar 2,7943

Tipo C

InOX

5% 2%

CO2 25000 ppm 5% 3%

O2 20,90% 5% 2%

N2 Q.S. - -

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Figura 51 - Pormenor da garrafa de gás, composta pela mistura de gases presentes na atmosfera a simular

Depois de instalada a garrafa com a mistura de gases, foi definido o caudal de entrada e de saída para a

concentração de gases pretendida na câmara climática: 4cm3/min para o caudal de entrada e 4.000 cm3/min

para o caudal de saída, definido através dos valores da câmara para definir os valores dos caudais de

entrada e saída. Para garantir a estabilidade da atmosfera na câmara climática, foi ligado o controlador de

injeção de gases e a câmara climática 24 horas antes do início dos ensaios na câmara, para uma pressão

no interior da câmara de ensaios de 1 atmosfera.

Para definir os parâmetros de temperatura e humidade da atmosfera, a empresa Somincor forneceu a

temperatura média húmida e seca que foi registada no ano de 2013 (Tabela 14).

Tabela 14 - Temperaturas médias medidas na Mina de Neves Corvo durante o ano de 2013

Tipo de Temperatura Valor (ºC)

Húmida 23

Seca 26

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47

4.2.6. Tempo de Envelhecimento Acelerado

A definição do tempo de envelhecimento acelerado dos provetes de Pasta teve como base estudos

anteriores realizados em rochas ornamentais, visto o estudo realizado em enchimento mineiro ser pioneiro.

Aires-Barros (1991) realizou ensaios laboratoriais de envelhecimento acelerado de rochas utilizando líquidos

de percolação, usualmente água destilada. Este envelhecimento procurava simular um maciço rochoso ou

galeria sujeita a condições intermitentes de molhagem–secagem, regime sazonal na realidade. Realizando

mil ciclos de ensaio, analisando a água de percolação e realizando exames micropetrográfico determinou

qualitativamente alteração de duas rochas: sienito nefelínico de Monchique e Basalto Olivínico de Lisboa.

Também Aires-Barros (1991) comparou taxas de alteração natural (meteorização) e laboratorial (Ensaios

de Envelhecimento) através de ensaios térmicos de fadiga em vários tipos de rocha, em dois ciclos: um de

100 horas e outro de 400 horas. Conseguiu assim prever a alterabilidade de rochas.

Bessa-Torcato et al. (2008) realizou estudos de envelhecimento acelerado de rochas ornamentais, um

sienogranito biotítico provenientes da Serra de Merouca, situada a noroeste da região do Ceará, Brasil. O

objetivo do estudo foi determinar a variação de cor e granulometria das amostras durante 40 e 80 ciclos de

12 horas (num total de 20 e 40 dias, respectivamente), numa atmosfera saturada em SO2 utilizando uma

câmara de ensaios climáticos do tipo Fitoclima 300 EDTU, em funcionamento no Laboratório de Mineralogia

e Petrologia do Instituto Superior Técnico. Os resultados obtidos neste trabalho laboratorial mostraram uma

alteração dos parâmetros estudados imposta pela ação do ambiente imposto pelo envelhecimento acelerado

Com conhecimento da existência de trabalhos efetuados no sentido de realizar um envelhecimento

acelerado de rochas ornamentais, este estudo pretendeu realizar o envelhecimento acelerado dos provetes

de Pasta. Assim, foram definidos tempos de envelhecimento de 5, 10, 20 e 40 dias.

4.2.7. Envelhecimento Acelerado de Pasta

Para realizar o envelhecimento dos provetes, foram colocados os provetes na câmara climática durante os

tempos definidos de envelhecimento. A posição dos provetes na câmara seguiu a ordem crescente de

envelhecimento que os provetes iriam sofrer (Figura 52).

Figura 52 - Distribuição dos provetes na câmara climática (esquerda) e pormenor da câmara de ensaios (direita)

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48

Após o tempo de envelhecimento dos provetes, estes foram pesados e determinou-se a variação de

humidade dos provetes na câmara climática, apresentada na tabela 19 (Anexo I).

4.2.8. Ensaios de Resistência à Compressão Uniaxial

Os ensaios de resistência à compressão uniaxial (RCU) consistem na aplicação de uma força axial

compressiva a um provete de forma regular, até o levar à ruptura. A resistência à compressão é um fator

bastante importante na caracterização mecânica dos materiais, como os enchimentos, pois é variável ao

longo do tempo. A resistência de um determinado material é dada pelo valor de tensão de ruptura, através

da expressão:

𝜎𝐶 = 𝐹

𝐴

[12]

Onde σc é a tensão de ruptura (N/m2), F a força aplicada axialmente ao corpo de prova (N) e A a área da

secção, transversal à força aplicada (m2).

A resistência à compressão da Pasta foi determinada através de ensaios RCU, utilizando uma prensa

FORM-TEST, modelo 506/1000/200 D, com 1000 KN de capacidade de carga e equipada com um leitor

digital DigiMess M10.

A Prensa é constituída por 2 pratos: um no topo da prensa, encastrado numa rótula ajustável à amostra a

ensaiar, garantindo a axialidade da aplicação da carga, e outro móvel, na base do êmbolo que constitui a

prensa, como apresentado na Figura 53.

Figura 53 - Prensa FORM-TEST 506/1000/200 D utilizada para os ensaios RCU

O monitor instalado na prensa (Figura 54) permitiu o registo dos valores de carga durante o ensaio, com um

intervalo de tempo de 10 segundos. A velocidade do movimento do prato foi de 10 μm/segundo, definido em

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49

ensaios preliminares. Esta velocidade foi determinada através de um defletómetro digital da Mitutoyo, com

uma precisão de 1x10-6 milímetros. Cada ensaio teve a duração de 10 minutos de acordo com a Norma

ISRM de 1979 para determinação de RCU e deformabilidade de rochas.

.

Figura 54 - Leitor Digital DigiMess M10 onde foram realizadas as leituras das cargas aplicadas

4.2.9. Sistema de medição e registo de extensões

O conhecimento das extensões ou deformações unitárias dos provetes são resultantes da aplicação de

carga nos ensaios são de extrema importância pois, através destas, é possível determinar os parâmetros

de deformabilidade do enchimento em estudo: coeficiente de Poisson () e Módulo de Young ou elasticidade

(E).

Os extensómetros são dispositivos que permitem a medição das deformações unitárias das amostras

laboratoriais: neste estudo utilizaram-se extensómetros de resistência elétrica ou elétricos com um gage

factor de 2,12. São constituídos por um filamento condutor, em forma de grelha, impressa num material de

suporte isolante, papel ou plástico, de maneira a acompanhar as deformações deste último, e dois

conectores de forma a realizar a ligação ao equipamento de registo dos valores de deformação da amostra

(Figura 55).

Figura 55 - Representação esquemática da constituição de um extensómetro de resistência elétrica (adaptado de www.elkome.fi)

Page 67: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

50

A medição de deformações é assim possível devido à alteração de geometria do filamento que constitui o

extensómetro, a qual se reflete num aumento ou diminuição de resistência à passagem de corrente elétrica.

Por sua vez, essa variação de resistência traduz-se num determinado valor de deformação que é lido no

equipamento de registo dessas deformações (Guerreiro, 2014).

A leitura das extensões dos provetes, durante o ensaio de resistência à compressão, foi realizada utilizando

extensómetros elétricos PFL-10-11 da Strain Gauges, com 10 milímetros de comprimento e um, e registada

utilizando um MODEL P2 Strain Indicator and Recorder (Figura 56). Este último equipamento está disponível

no Laboratório de Geomecânica do IST e regista as extensões, medidas por extensómetros elétricos, num

computador equipado com o software do equipamento. Têm uma precisão de 1μ e as conexões dos

extensómetros são feitas através de pontes de Wheatstone: ponte completa, meia ponte ou um quarto de

ponte. Neste trabalho laboratorial foi utilizado o meia ponte.

Figura 56 - Pormenor do painel do P3 Strain Indicator and Recorder

Com o intuito de registar as deformações axiais e transversais dos provetes em estudo, foram colados

extensómetros nas quatro faces: 2 transversais e 2 axiais, em faces opostas (Figura 57). Foram centrados

nas faces e colados à superfície dos provetes utilizando um adesivo bicomponente à base de resina epóxi,

com alto poder de adesão.

Figura 57 - Pormenor dos extensómetros colados num provete

Page 68: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

51

De salientar que os extensómetros são termicamente sensíveis. De forma a eliminar esse efeito, durante os

ensaios de RCU e registo de deformações foi utilizado a conexão meia ponte de Wheatstone, utilizando dois

braços: um braço com ligação à amostra de ensaio e o outro com ligação a um compensador. O

compensador é um provete realizado com o mesmo material, número e tipo de extensómetros da amostra

a ensaiar. Este compensador vai fazer com que não haja uma flutuação dos valores medidos pelos

extensómetros, com origem na sua sensibilidade térmica.

4.2.10. Sistema de Medição de Emissões acústicas

Neste trabalho laboratorial foi objeto de estudo a contagem de eventos acústicos originados pela alteração

do estado de tensão do provete ao longo dos ensaios de RCU realizados. Para a contagem desses eventos,

foi utilizado um transdutor piezocerâmico como sensor (PZT), ligado a um pré-amplificador e amplificador

que comunicam com um sistema de aquisição de dado, processamento e visualização dos dados recebidos

(Gravador), neste caso um computador.

O software utilizado na aquisição de dados permite definir a sensibilidade, Trigger, a partir da qual se

pretende o registo dos eventos acústicos. No caso em questão, utilizou-se o valor de 64 dB. Este valor foi

definido de forma a que as vibrações resultantes do funcionamento da prensa não fossem registadas.

O sensor tem como função a receção das emissões acústicas do material em estudo. O sensor utilizado é

constituído por:

O elemento PZT é um transdutor piezocerâmico (Figura 58), constituído por titanato zirconato de chumbo

modificado, capaz de medir efeitos piezoelétricos (capacidade de gerar energia elétrica por resposta a uma

ação mecânica). O elemento piezoelétrico utilizado tem 10 milímetros de diâmetro, 2 milímetros de

espessura e uma densidade de 7.80. (PIC255, PI). O eletrodo utilizado foi uma placa de cobre com as

dimensões de 10 milímetros de largura e 20 milímetros de comprimento, à qual foi soldado o PZT.

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52

Figura 58 - Sensor utilizado no trabalho laboratorial com pormenor do transdutor piezoelétrico PZT

Para garantir um melhor acoplamento entre o sensor e o provete, foi utilizado mel um elástico, como se

mostra na Figura 59.

Figura 59 - Contacto entre o provete e o sensor utilizando um elástico

4.2.11. Sistema de Medição de Cor

Como possível parâmetro de controlo do envelhecimento da Pasta, foi estudada a variação da cor dos

provetes do enchimento para os dias de envelhecimento definidos. Foram realizados ensaios para a

determinação da cor, análise colorimétrica, e a determinação da composição química para caracterizar essa

alteração, através de espectrografia de infravermelho e de fluorescência.

4.2.11.1. Análise Colorimétrica

A cor pode ser descrita de forma qualitativa a partir da observação/apreciação visual, em geral subjetiva; de

forma semi-quantitativa, segundo cartas de cores (Munsell); e de forma quantitativa mediante parâmetros

obtidos com recurso a técnicas instrumentais (colorímetros e espectrofotómetros) (adaptado de Figueiredo

et al., 2004). Na escala quantitativa, a colorimetria quantitativa especifica uma dada cor com base na

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53

luminosidade, que varia entre o branco e o negro, e na proporção das três cores ou estímulos primários

(vermelho, verde e azul) que a compõem (Figueiredo et al., 2004).

As análises colorimétricas consistem na medição, através de técnicas instrumentais, da energia radiante e

o comprimento de onda radiante refletido por um dado objeto. É possível quantificar a alteração da cor de

um material através de uma análise colorimétrica, numa escala uniforme de cor (CIELAB).

Para este estudo foi utilizado um espectrocolorímetro portátil, Modelo 508-i da MINOLTA (Figura 60),

disponível no Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico (CEPGIST). Este

equipamento faz medições de coordenadas cromáticas (L, a e b) no sistema colorimétrico de referência,

CIE 1931, no espaço cromático uniforme, CIE 1976, para quantificação da cor, em que: L representa a

luminosidade/claridade, e a e b definem conjuntamente o diagrama de cromaticidade. Este equipamento

possui um sistema de iluminação difusa, um ângulo de observação de 8º definido relativamente à normal da

amostra e a área circular de medição é de aproximadamente 50 mm2.

Figura 60 - Espectrocolorímetro 508-i da MINOLTA (esquerda) e pormenor do orifício de medição (direita)

As coordenadas colorimétricas medidas pelo espectrocolorímetro foram:

L – Localização da cor no eixo claro-escuro: 0 representa preto e 100 branco puro;

a – Localização da cor no eixo vermelho-verde;

b – Localização da cor no eixo azul-amarelo.

Estas coordenadas podem ser visualizadas no eixo de apresentado na Figura 61.

Figura 61 - Eixo das coordenadas colorimétricas L, a e b (CIELAB)

Page 71: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

54

Para determinar as coordenadas colorimétricas, foram realizadas 2 medições da cor superficial dos provetes

em cada face, num total de 408 medições (Figura 62) e depois realizada a média das medições por provete

e por tempo de envelhecimento. Cada medição é a média de 3 leituras feitas pelo espectrocolorímetro.

Figura 62 - Medição das coordenadas colorimétricas de uma das faces de um provete na primeira posição

Para quantificar a alteração da cor dos provetes ao longo do tempo de envelhecimento, calculou-se a

variação de cor total, ΔE, e o croma, C, dados pelas equações 13 e 14, respectivamente.

∆𝐸 = √(∆𝑎)2 + (∆𝑏)2 + (∆𝐿)2

[13]

𝐶 = √𝑎2 + 𝑏2

[14]

4.2.11.2. Espectroscopia de Raios Infravermelhos

A espectrografia de infravermelho baseia-se no fato de as ligações químicas das substâncias possuírem

frequências de vibração específicas. Ao absorver radiação infravermelha, as moléculas são excitadas a

estados de energia maior, possíveis de quantificar, em que certas frequências (energias) são absorvidas e

essa absorção corresponde a variação de energia na ordem de 8 a 40 kJ/mol2. Os espectros de absorção

resultam da passagem de radiação infravermelha através de uma amostra, determinando a fração da

radiação incidente que é absorvida em cada frequência (energia) ou comprimento de onda (Haack, 2010).

Obtiveram-se alguns resultados que obrigaram a recorrer à espectroscopia infravermelha por transformada

de Fourier (FTIR), que realiza uma transformada de Fourier no sinal recebido, depois dos ensaios RCU.

Estes ensaios foram realizados recorrendo a um Perkin Elmer Spectrum 65 spectrometer..

A metodologia deste ensaio baseou-se em retirar uma pequena porção de uma das faces do provete em

estudo, homogeneizou-se com o auxílio de um almofariz, e, com o auxílio de uma prensa e um porta

amostras do equipamento, realizou-se uma pastilha bastante fina para que a radiação atravesse a amostra

facilmente.

Page 72: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

55

4.2.11.3. Espectroscopia de Fluorescência de Raio-X

A espectroscopia de fluorescência é uma técnica de análise elementar que analisa a fluorescência de uma

amostra (Ferrati, 2009), Tem como princípio induzir transições eletrónicas entre os orbitais mais internos

dos átomos utilizando radiações eletromagnéticas de energia adequada: raios X e raios gama, Neste

processo a energia da radiação de fluorescência identifica o elemento, enquanto a sua intensidade permite

que seja medida a concentração na amostra analisada (Ferrati, 2009),

Para o estudo em questão, a utilização de espectroscopia de fluorescência de raio-x foi utilizada para

identificar os elementos químicos presentes na superfície dos provetes, obtendo informação para perceber

a relação entre o envelhecimento e a evolução da cor no estágio de envelhecimento.

Foram realizadas medições nos provetes de referência, sem envelhecimento acelerado, e nos provetes

sujeitos ao envelhecimento acelerado, utilizando um espectrocolorímetro de fluorescência EDF P370 Pocket

III XRF da Skyray Instrument (Figura 63). O equipamento estava equipado com um terminal portátil (PDA –

Portatil Digital Assistant) que registava, por bluethoot, os valores obtidos pelo equipamento.

Figura 63 - Identificação de elementos químicos presente nos provetes utilizando espectroscopia de fluorescência raio-x, utilizando um espectrocolorímetro de fluorescência EDF P370 Pocket III XRF da Skyray

Instrument

A metodologia deste ensaio baseou-se na colocação do orifício de medição do equipamento no centro de

uma das faces do provete, efetuar um disparo e realizar a medição. Cada ensaio teve a duração de dois

minutos. As medições foram realizadas para os mesmos provetes do ensaio de espectrografia de raios

infravermelhos. Foram realizadas duas medições na superfície de cada um dos tipos de provetes, num total

de 10 medições. Os elementos químicos passíveis de identificação estão limitados ao tipo da biblioteca de

elementos do equipamento.

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5. Resultados e Discussão

Neste capítulo serão apresentados os resultados dos ensaios RCU, dos parâmetros de deformabilidade

estudados (Módulo de Young, coeficiente de Poisson e extensão volumétrica), a monitorização das

emissões acústicas ed a cor apresentada pelos provetes ao longo do tempo de envelhecimento.

5.1. Resultados Ensaios RCU IST e Somincor

Os ensaios RCU foram realizados para provetes sem envelhecimento (7,14 e 28 dias) e com envelhecimento

(5,10, 20 e 40 dias após o tempo de presa de 28 dias, considerando o dia 28 o dia zero do envelhecimento

acelerado), num total de 60 ensaios (Anexo 2).

Os provetes ensaiados apresentaram rupturas francas na maioria dos ensaios, como mostra a Figura 64.

Os valores de resistência à compressão obtidos nos provetes sem envelhecimento estão apresentados na

Tabela 15.

Tabela 15 - Valores resistências, obtidos a partir dos ensaios de RCU, para provetes sem envelhecimento acelerado

Dias Referência Valor RCU (kPa)

7

H1 281,25

H2 387,50

V 381,25

14

H1 493,75

H2 575,00

V 587,50

28

H1 587,50

H2 687,50

V 656,25

Figura 64 - Provete antes (esquerda) e após (centro e direita) o ensaio RCU

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Os valores de resistência à compressão apresentados pelos provetes envelhecidos estão apresentados no

Anexo 2, apresentando de seguida os valores médios para cada uma das direções (Tabela 16).

Tabela 16 - Valores médios de resistência, obtidos a partir dos ensaios de RCU, para provetes sujeitos a envelhecimento acelerado

Dias Referência Valor Médio RCU (kPa)

5

H1 514,58

H2 602,08

V 779,17

10

H1 595,83

H2 593,75

V 752,08

20

H1 568,75

H2 652,08

V 722,92

40

H1 504,17

H2 531,25

V 522,92

Os resultados das resistências à compressão apresentados pelos provetes sujeitos a envelhecimento

acelerado apresentam uma tendência global de decaimento ao longo do tempo do estágio de

envelhecimento. O comportamento da resistência à compressão dos provetes de Paste Fill durante o tempo

de presa e o tempo de envelhecimento acelerado está apresentado na Figura 65.

Figura 65 - RCU para tempo de presa (esquerda) e para tempo de envelhecimento acelerado (direita)

Os provetes para o tempo real, à esquerda na Figura 65, apresentam um ganho de resistência ao longo dos

28 dias. Este ganho de resistência está relacionado com a hidratação do cimento, que tem os 28 dias como

tempo de referência, aumentado a resistência, diminuindo o índice de vazios e perda de volume líquido

(Helsinki et al., 2011).

Segundo Costa e Appleton (2002), o endurecimento do betão começa poucas horas após o seu fabrico e

atinge aos 28 dias cerca de 60 a 90% da sua resistência final, dependendo do tipo de cimento e do tipo de

cura utilizado. Assim e realizando a analogia entre o betão e a Pasta, uma vez que se recorreu à utilização

de cimento como agente ligante, o ganho de resistência dos provetes verticais entre os 28 dias e os 5 dias

de envelhecimento acelerado, cerca de 16%, pode estar relacionada com este fenómeno que ocorre no

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betão, correspondendo o acréscimo de resistência apresentado pelos provetes verticais ao intervalo que

Costa e Appleton (2002) sugerem. Este acréscimo de resistência após os 28 dias ocorre também para os

provetes realizados na Somincor, em que a resistência máxima ocorre aos 56 dias (465,1 kPa).

Assim, os provetes sujeitos ao envelhecimento acelerado, cujo comportamento está apresentado à direita

na Figura 65, apresentam, globalmente, uma tendência de decréscimo da resistência. De notar que, para

os 40 dias de envelhecimento os provetes apresentam valores de resistência semelhantes

independentemente da direção, onde houve o decaimento mais acentuado.

Apesar da resistência dos provetes de Pasta para as diferentes direções estudadas acompanhar a tendência

global apresentada ao longo dos diferentes tempos em estudo, tempo de presa e o tempo de envelhecimento

acelerado, existem diferenças entre os valores apresentados. Esta diferença acentua-se para os provetes

no início do estágio do envelhecimento. Fica assim provado a existência de anisotropia dos provetes no que

se refere à posição da qual foram retirados da caixa. Esta diferença na resistência entre os provetes verticais

e os provetes horizontais pode ser explicada por três fatores:

- Estratificação da mistura no modelo;

- Diferente consolidação dos provetes devido ao estabelecimento de canais preferenciais de

escoamento;

- Relação entre a direção de carregamento no ensaio de RCU e a direção de deposição da mistura.

A mistura foi colocada deliberadamente no modelo em duas fases: uma primeira, preenchendo metade da

caixa do modelo e seguida de 25 pancadas, como procedimento realizado na empresa Somincor ao realizar

os provetes no laboratório, e uma segunda que preenche o resto da caixa, seguida de mais 25 pancadas.

Esta colocação da mistura pretende simular o preenchimento do desmonte, que é realizado em fases, não

sendo o desmonte preenchido em contínuo de uma só vez. Esta colocação faseada do material induziu

estratificação na mistura de Paste Fill.

A consolidação dos provetes de Paste Fill é um dos fatores que condiciona fortemente a resistência que

apresentam. Segundo Terzaghi (1996), o grau de consolidação de um solo saturado e função da drenagem

da água. Os provetes H1, na base do modelo, apresentam um peso inicial, após 28 dias de presa e tempo

para o qual foram cortados do modelo, superior aos restantes provetes (Anexo 1). Este fenómeno é

explicado pela drenagem da água existente no material suprajacente a estes, os provetes H2. Apesar de os

provetes H1 estarem próximos da maior superfície de drenagem induzida no modelo, a base do modelo com

a malha de furos, estes estão sujeitos à drenagem atrás referida. Ao apresentarem um teor de água superior

aos restantes, o excesso de água dos provetes pode retardar a consolidação do Paste Fill. Este fenómeno

da consolidação está patente nos provetes H1, apresentando um estado de consolidação mais atrasado

que os restantes nas outras direções, apresentando sempre resistências inferiores durante o tempo de

presa.

Os ensaios de RCU foram realizados com os provetes colocados com as bases do paralelipipedo paralelas

aos pratos da prensa, ou seja, a maior dimensão do provete paralela à direção de ensaio. Assim, os provetes

H1 e H2 foram ensaiados na direção paralela à deposição e estratificação do material e os provetes V na

direção prependicular. A relação entre a direção de ensaio e a direção de deposição vai influênciar a RCU

apresentada pelos provetes, assim os provetes verticais apresentam valores superiores.

Page 76: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

59

A anisotropia verificada para as diferentes direções de corte dos provetes foi também estudada agrupando

os provetes horizontais, H1 e H2, comparando os provetes segundo a direção vertical e horizontal. Assim,

obtiveram-se os valores médios de resistência para os provetes horizontais, H, e os provetes verticais, V,

apresentados na Figura 66, para os diferentes tempos estudados.

Figura 66 - RCU para tempo de presa (esquerda) e para tempo de envelhecimento acelerado (direita),

agrupando os provetes H1 e H2

Confirma-se que os provetes verticais apresentam, em média, resistências superiores que os provetes

horizontais, H1 e H2, e que o decaimento dos provetes verticais é superior durante o tempo de

envelhecimento acelerado.

Seguidamente, apresentam-se os valores de resistência à compressão simples e o comportamento dos

provetes segundo a direção e os dias de presa, sem envelhecimento, e de envelhecimento acelerado. As

direções estudadas foram: vertical (V), horizontal transversal (H1) e horizontal longitudinal (2), como

representado na Figura 43. Em primeiro lugar, na Figura 67, são apresentados os provetes sem

envelhecimento para os diferentes dias de presa segundo as direções estudadas.

Figura 67 - Comportamento da resistência dos provetes de Paste Fill não envelhecidos para o tempo de presa

do cimento, 28 dias

Apesar de apresentarem um comportamento muito semelhante, os provetes da direcção H2 apresentam

uma resistência aos 28 dias ligeiramente superior aos provetes verticais (V), podendo considerar-se muito

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60

semelhante. Os provetes da direção horizontal transversal (H1) são os que apresentam menor resistência

à compressão simples, devido ao teor de água superior, como atrás referido.

Os provetes envelhecidos aceleradamente foram também estudados segundo as direções atrás referidas.

Apresenta-se, na Figura 68, os valores de resistência dos provetes envelhecidos.

Figura 68 - Comportamento da resistência dos provetes envelhecidos aceleradamente nos ensaios

laboratoriais

Os valores de resistência aos 28 dias dos provetes verticais apresentam-se superiores aos dos provetes da

direcção H2 durante todo o estágio de envelhecimento acelerado, pois são aqueles que apresentam um

maior teor de água, excepto ao quadragésimo dia de envelhecimento, onde os valores da resistência dos

provetes das direções estudadas apresentam um valor semelhante.

Nas direções horizontais, mantêm-se a maior resistência para os provetes horizontais longitudinais (H2),

não confirmado apenas para o décimo dia de envelhecimento, onde pontualmente os provetes apresentam

uma resistência semelhante.

Para realizar a comparação entre o comportamento e valores médios das resistências à compressão entre

os provetes de Pasta realizados na Somincor e os realizados neste trabalho laboratorial, IST, foram

escolhidos os provetes verticais, V. Os provetes de Paste Fill na Somincor são realizados recorrendo a

“árabes”, constituídos por um cilindro oco metálico sem bases, em que numa delas é colocada serapilheira

para realizar a drenagem da água em excesso da mistura, e que é preenchido pela mistura, sendo retirado

do “árabe” após 24 horas e colocado numa câmara húmida até perfazer o tempo de envelhecimento real

pretendido (Figura 69). Comparando com o modelo realizado neste trabalho laboratorial, os provetes

verticais (V) são os provetes que mais se aproximam da forma de conceção dos provetes de Pasta IST.

Page 78: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

61

Figura 69 - Árabe utilizado na realização dos provetes na empresa Somincor (Maya, 2012)

Na Figura 70 são apresentados os resultados obtidos nos ensaios RCU dos provetes verticais para 7, 14 e

28 dias, sem envelhecimento realizados durante este trabalho laboratorial (IST), e os valores médios de

resistência apresentados pelos provetes de Paste Fill, realizados pela empresa Somincor.

Figura 70 – Resistências médias para provetes IST e Somincor não sujeitos a envelhecimento acelerado, para

7, 14 e 28 dias

O comportamento apresentado pelos provetes realizados neste trabalho laboratorial (IST) durante o tempo

de cura é semelhante ao comportamento dos provetes realizados pela empresa Somincor. Existe um ganho

de resistência nos primeiros 28 dias, durante o tempo de presa do cimento, superior nos primeiros 14 dias

nos provetes IST, cerca de 90%, relacionado com a hidratação dos constituintes do cimento.

O valor médio de resistência dos provetes verticais IST é superior ao valor médio das resistências dos

provetes Somincor pois o método de conceção dos provetes é ligeiramente diferente e as condições em que

realizaram o tempo de presa também. Os provetes verticais IST foram cortados do modelo, que simula um

desmonte preenchido por Pasta, apenas para o tempo em que foi estudado o seu envelhecimento real (7,

14 e 28 Dias), ou após 28 dias e depois colocados o tempo de envelhecimento acelerado estipulado (5, 10,

20 e 40 dias). As condições nos dois casos são também bastante diferentes: no caso da Somincor, os

provetes estão apenas sujeitos a condições de temperatura e humidade durante a presa, enquanto os

provetes IST estão sujeitos a algum confinamento lateral e condições de drenagem e percolação da água

dos provetes também diferentes.

Page 79: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

62

O ligeiro confinamento a que os provetes realizados neste trabalho laboratorial (IST) estiveram sujeitos no

modelo pode ter influenciado os valores de resistência apresentados pelos provetes ao longo do trabalho

laboratorial.

Apresentam-se os valores médios da resistência à compressão uniaxial, dos provetes de Pasta da empresa

Somincor (Figura 71), com ensaios realizados para 7, 28, 56, 180 e 360 dias realizados pela empresa.

Figura 71 - Resistências de provetes de Paste Fill em ensaios de RCU realizados pela empresa Somincor para 360 dias

Existe um ganho de resistência até aos 56 dias e depois um decaimento, mais acentuado entre os 56 e os

180 dias, estabilizando depois até aos 360 dias.

Para os provetes sujeitos ao envelhecimento acelerado obtiveram-se valores médios apresentados na

Figura 72.

Figura 72 - Resistências médias obtidas para provetes verticais sujeitos a envelhecimento acelerado para 5,

10, 20 e 40 dias.

O envelhecimento acelerado para os provetes verticais do Paste Fill apresenta um decaimento da

resistência à compressão ao longo do período de envelhecimento, conseguindo definir duas fases: a

primeira, até aos 20 dias, onde existe um primeira decaimento da resistência (aproximadamente 7,2%), e

uma segunda, entre os 20 e os 40 dias, onde o decaimento se acentua (cerca de 25,7%), perfazendo um

decaimento total da resistência de, aproximadamente, 33%.

Page 80: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

63

Com o intuito de comparar os comportamentos dos provetes verticais de Paste Fill realizados neste estudo

(V), com e sem envelhecimento, e o comportamento dos provetes da Somincor, apresenta-se, na Figura 73,

os diversos comportamentos para as escalas de tempo de envelhecimento: real e acelerada.

Figura 73 - Comportamento da resistência média dos provetes verticais (V) durante o tempo de cura e o tempo

de envelhecimento

É possível concluir da observação dos gráficos que o comportamento qualitativo da resistência média dos

provetes IST e Somincor é semelhante, havendo um ganho de resistência inicial e depois um decaimento

da resistência, existindo apenas uma diferença no comportamento no decaimento, sendo superior nos

provetes IST (19,82% para provetes Somincor e 32,89% para os provetes verticais IST).

Page 81: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

64

5.2. Relação Tempo Real versus Tempo Laboratório

Como objetivo maior deste estudo, pretende-se definir a relação entre o tempo real e o tempo de laboratório

ou de envelhecimento acelerado.

Para encontrar a relação entre o tempo real e o tempo de laboratório, o parâmetro escolhido e que determina

esta relação é a resistência à compressão simples obtida através dos ensaios RCU dos provetes verticais

(V) envelhecidos, correspondendo ao tempo de laboratório, realizados neste trabalho e os valores dos

ensaios RCU cedidos pela empresa Somincor, que correspondem ao tempo real.

A relação entre o tempo real e o tempo de laboratório foi estabelecido com base na degradação da

resistência com o tempo: determinou-se a perda de resistência dos provetes envelhecidos em tempo real e

depois identificou-se o tempo para qual essa perda se verificava nos provetes verticais envelhecidos.

Em primeiro lugar, foi determinado a perda de resistência dos provetes envelhecidos em tempo real, valores

cedidos pela Somincor, entre o dia 56, dia em que a resistência dos provetes é máxima (465,10 kPa), e os

dias 180 e 360.

Para os provetes que foram sujeitos envelhecimento à escala de tempo real, realizados pela empresa

Somincor, a degradação da resistência entre os 56 dias, para o qual a resistência é máxima (465,10 kPa),

e os 360 dias, tempo máximo para o qual é realizada a monitorização da resistência à compressão uniaxial,

é de 19,82%.

Sabendo a perda de resistência dos provetes envelhecidos em tempo real, determinou-se a perda de

resistência para o tempo de laboratório ou tempo de envelhecimento acelerado. O dia 5 do envelhecimento

acelerado corresponde ao tempo para qual a resistência dos provetes verticais de Pasta é máxima (725,00

kPa), sendo assim o valor de referência para a perda de resistência, como considerado para a degradação

da resistência para os provetes envelhecidos à escala de tempo real. Assim, foram calculados esses

decaimentos entre o dia 5 e os 10, 20 e 40 dias, sendo 3,48%, 7,22% e 32,89%, respetivamente.

Como acima referido, os provetes envelhecidos apresentam uma degradação da resistência superior a partir

do vigésimo dia. Sabendo qual a perda de resistência à escala de tempo real, 19,82%, através de uma

interpolação dos valores de perda de resistência dos provetes entre o vigésimo e o quadragésimo dia de

envelhecimento acelerado, interpolação do tipo linear pois o comportamento das resistências entre os

respetivos tempos é também linear, determinou-se a que tempo de envelhecimento acelerado corresponde

uma degradação da resistência de 19,82%. Assim, um envelhecimento à escala de tempo real de 360 dias

corresponde um tempo de envelhecimento acelerado de 29,82 dias, ou seja, aproximadamente 30 dias.

O comportamento da resistência do Paste Fill ao longo do tempo de envelhecimento, real e acelerado, pode

ser definido através de equações matemáticas, obtidas a partir das resistências à compressão uniaxiais.

Para o tempo de envelhecimento acelerado, a equação que traduz o comportamento da resistência dos

provetes de Paste Fill é dado pela equação 15, do tipo exponencial, com um coeficiente de determinação

(R2) de 0,98, sendo a equação que melhor representa os valores observados.

envelhecimento acelerado = 656,25.e-0,002t

[15]

Page 82: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

65

O comportamento da resistência do Paste Fill evelhecido à escala de tempo real é dada pela equação 16,

do tipo exponencial, com um coeficiente de determinação (R2) de 0,68. Foi considerado o decaimento a

partir do maior valor de resistência média apresentado pelos provetes, 56 dias (465,1 kPa).

envelhecimento real = 442,28.e-0.0005t

[16]

Para determinar o tempo de envelhecimento acelerado para o qual corresponde um tempo real, dividindo a

equação do tempo de envelhecimento real pela equação do tempo de envelhecimento acelerado,

determinou-se a seguinte relação, denominado o tempo de envelhecimento acelerado como tempo de

laboratório, tL, e o tempo de envelhecimento real como tempo do enchimento, tR:

𝑡𝑅

𝑡𝐿

= − 4 . 𝐾 . ln (𝜎𝑅

𝜎𝐿

)

[17]

Onde σR é a resistência do enchimento envelhecido à escala real (KN/m2), σL é a resistência do enchimento

envelhecido aceleradamente (KN/m2) e K a relação entre a resistência a 28 dias do tempo de laboratório,

acelerado, e o tempo do enchimento, real (σ28L / σ28R).

Para condições em que os provetes sejam concebidos através da mesma metodologia, o valor de K deve

ser igual, ou aproximadamente, igual a 1, ou seja, a resistência à compressão uniaxial aos 28 dias é igual

ou bastante semelhante. Neste trabalho, o valor de K é superior a 1 (1,49) pois o valor de σ28L (656,25 kPa)

é inferior ao valor de σ28R para os provetes verticais (442,1 kPa). Este fato deve-se à conceção dos provetes

ser diferente, como explicado anteriormente no capítulo 5.1.

Page 83: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

66

5.3. Parâmetros de Deformabilidade

Foram também objeto de estudo os parâmetros de deformabilidade dos provetes de Paste Fill realizados

neste trabalho laboratorial. Os parâmetros em estudo foram o coeficiente de Poisson (), o módulo de

elasticidade ou Young (E) e a extensão volumétrica (εv).

Em primeiro lugar, determinou-se o módulo de Young, relação entre a tensão e a deformação axial ou

longitudinal, e o coeficiente de Poisson secante, relação entre a extensão transversal e a extensão axial ou

longitudinal, durante o tempo de presa (7, 14 e 28 dias), apresentados na Figura 74, e para o tempo de

envelhecimento acelerado (5, 10, 20 e 40 dias), apresentados na Figura 75.

Figura 74 - Módulo de Young (esquerda) e coeficiente de Poisson (direita) para os provetes sem

envelhecimento acelerado

Verificou-se que o módulo de Young não apresentou grandes variações ao longo do tempo de presa do

enchimento, 28 dias, verificando-se um ligeiro aumento do parâmetro para os provetes da direcção

horizontal, H1, enquanto os provetes da direção vertical, V, e os da direcção horizontal (H2) registaram um

aumento dos 7 para os 14 dias e uma ligeira diminuição dos 14 para os 28 dias.

Era de esperar que o módulo de Young dos provetes diminuísse durante o tempo de presa do Paste Fill,

onde o material perde deformabilidade, ou seja, torna-se menos plástico, devido ao aumento de resistência

que estes apresentam. O preenchimentos dos espaços vazios existentes pelos minerais expansivos

formados pela hidratação do cimento durante o tempo de cura, geram tensões internas que vão aumentar

a resistência do provete (MEND, 2006), diminuindo a sua deformabilidade.

Para o coeficiente de Poisson não existe grande variação dos valores apresentados durante os 28 dias de

presa, mantendo-se praticamente constante.

Na Figura 75, apresentam-se os valores médios do módulo de Young e coeficiente de Poisson para os

provetes envelhecidos à escala de tempo de laboratório (5, 10, 20 e 40 dias).

Page 84: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

67

Figura 75 - Módulo de Young (esquerda) e Coeficiente de Poisson (direita) para os provetes envelhecidos

aceleradamente

O módulo de Young apresentado pelos provetes que foram sujeitos a um envelhecimento acelerado tem

uma variação da sua deformabilidade ao longo do tempo de envelhecimento.

Esta diminuição do módulo implica uma maior deformabilidade dos provetes, ou seja, os provetes

apresentam um comportamento mais friável. O estado friável de um solo coesivo corresponde a um teor de

água muito inferior ao do estado plástico.

Relativamente ao coeficiente de Poisson, existe um aumento do coeficiente de Poisson até aos 20 dias de

envelhecimento acelerado, e depois os valores diminuem ligeiramente, exceto para a média dos provetes

H2.

Foi também determinada a extensão volumétrica (εv) para os provetes verticais em estudo. Os resultados

deste parâmetro para os provetes durante o tempo de presa do cimento (7, 14 e 28 dias), não envelhecidos,

apresentam-se na Figura 76.

Figura 76 - Extensão volumétrica para os provetes de Paste Fill durante o tempo de cura

A extensão volumétrica máxima obtida nos provetes verticais não envelhecidos, durante o tempo de presa,

está na ordem inversa do tempo de envelhecimento real que possuem, estando diretamente relacionada

com a porosidade, o que indica que os provetes verticais de 7 dias têm uma porosidade superior, explicada

pela precipitação de minerais resultantes da hidratação do enchimento, como gesso ou etringite, que

ocupam os espaços vazios, diminuindo o volume de vazios e por sua vez diminuindo a porosidade.

Page 85: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

68

A relação entre as extensões volumétricas médias para os tempos de envelhecimento acelerado está

apresentada na Tabela 17, sendo o parâmetro apresentado como a médias dos provetes ensaiados.

Tabela 17 - Extensões volumétricas médias para os provetes verticais envelhecidos aceleradamente

Dias εv (10-6)

5 8.7

10 7.5

20 9.2

40 12.8

Para o estágio de envelhecimento acelerado verificou-se que os provetes apresentaram uma relação direta

com o tempo de envelhecimento, aumentando a extensão volumétrica, que representa um aumento da

porosidade, ou seja, um aumento do índice de vazios. A degradação do material não assume ruturas das

partículas que constituem a matriz sólida.

Page 86: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

69

5.4. Emissões Acústicas

A monitorização das emissões acústicas foi realizada durante os ensaios de RCU. Esta monitorização foi

realizada pela facilidade da instalação do sistema, sem prejuízo do ensaio principal, e tinha como objetivo

contabilizar o número de eventos acústicos dos provetes de Paste Fill ao longo da aplicação de carga. Foi

realizada uma análise pormenorizada do comportamento dos eventos acústicos durante a solicitação dos

provetes, para os tempos de envelhecimento acelerado realizados neste trabalho laboratorial.

Assim, foram registados os eventos acústicos que ocorreram durante o ensaio de RCU. Na Figura 77 são

apresentados os valores médios dos eventos acústicos obtidos para os provetes envelhecidos

aceleradamente, durante os ensaios de RCU, até à ruptura.

Figura 77 - Valores médios das emissões acústicas, obtidos durante os ensaios de RCU até à ruptura, para os

diferentes tempos de envelhecimento acelerado

O valor médio das emissões acústicas é superior para os provetes de 20 dias de envelhecimento acelerado,

exceto para os provetes H1 que vai aumentando durante o estágio de envelhecimento acelerado. Existe

uma tendência para que o valor médio das emissões acústicas obtido para os provetes nas várias direções

ao longo do estágio de envelhecimento acelerado aumente com o tempo, pois os provetes vão apresentando

um comportamento mais friável, corroborado pela diminuição do teor de água ao longo do estágio (Anexo

I). Este fato é explicado por Koerner et al. (1981), referindo que o índice de plasticidade de solos coesivos

de grão fino está relacionado com as emissões acústicas registadas: quanto menor o índice de plasticidade,

maior a emitividade acústica de um solo. Assim, quanto mais friável um solo, maior a sua emitividade,

corroborando os valores para 20 e 40 dias de envelhecimento obtidos, em que os valores médios das

emissões acústicas obtidos nas diferentes direções são semelhantes.

À luz da Mecânica dos Solos, a redução do teor em água num solo, a partir de certo valor desta grandeza,

leva-o a ter um comportamento friável, ou seja, separa-se em fragmentos quando se tenta moldá-lo. Este

comportamento friável ocorre quando o grau de saturação é elevado, segundo a definição dos limites de

consistência ou Atterbeg (Fernandes, 2006).

De seguida apresentam-se os valores médios das emissões acústicas registadas durante todo o ensaio de

RCU para os diferentes tempos de envelhecimento acelerado (Figura 78).

Page 87: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

70

Figura 78 - Valores médios das emissões acústicas, obtidos durante os ensaios de RCU para os diferentes tempos de envelhecimento acelerado

Os valores médios das emissões acústicas obtidos durante os ensaios de RCU não têm um padrão definido

ao longo do estágio de envelhecimento acelerado. Tal como nos valores médios obtidos para as emissões

acústicas até à ruptura dos provetes, existe a tendência para que os provetes apresentem valores

semelhantes de emissões acústicas para os 40 dias de envelhecimento acelerado.

Para determinar o comportamento das emissões acústicas no estágio de envelhecimento, relacionou-se a

percentagem de emissões acústicas com a percentagem da carga máxima a que o provete foi solicitado, ao

longo do ensaio de RCU. As médias dos valores estão apresentadas na Figura 79.

Figura 79 - Comportamento das emissões acústicas (EA's) durante o ensaio de RCU dos provetes verticais envelhecidos aceleradamente

O comportamento dos provetes verticais apresenta uma tendência crescente da taxa de emissões acústicas

ao longo do ensaio de RCU, exceto para os 5 dias de envelhecimento. Este fato deve-se ao estado de

Page 88: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

71

maturidade do Paste Fill, em que a sua resistência máxima é atingida apenas neste tempo de

envelhecimento, como referido no capítulo 5.1.

O aumento da taxa de emissões acústicas com o aumento do tempo de envelhecimento dos provetes

corrobora a teoria defendida por Koerner et al. (1981), em que quanto menor o índice de plasticidade de um

solo, maior a sua emitividade. Apesar de não ter sido medido o índice de plasticidade dos provetes, a

redução do teor de água (Anexo I) ao longo do estágio de envelhecimento permite afirmar que o índice de

plasticidade dos mesmos decresce com o aumento do tempo de envelhecimento.

Page 89: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

72

5.5. Caracterização Química e Mineralógica da Pasta

A alteração de cor dos provetes ao longo do tempo de envelhecimento foi um dos parâmetros em estudo

neste trabalho laboratorial. Para compreensão da variação deste parâmetro ao longo do estágio de

envelhecimento acelerado, realizaram-se ensaios de análise colorimétrica, de espectroscopia de raios

infravermelhos e de fluorescência para determinar a alteração mineralógica e química da Pasta.

5.5.1. Análise Colorimétrica

Foram realizadas medições para os provetes envelhecidos e para provetes referência, sendo que os últimos

estiveram na câmara de envelhecimento 28 dias do tempo de cura, pois só foram cortados do modelo ao

sétimo dia, não estando sujeitos aos gases da atmosfera artificial mas apenas às condições de humidade e

temperatura dos provetes envelhecidos utilizando a câmara climática.

Realizaram-se 408 medições da cor dos provetes utilizando um espectrocolorímetro e calcularam-se dois

parâmetros: croma (C) e variação total de cor (ΔE) (Anexo 4). Os resultados dos parâmetros calculados são

apresentados na Figura 80, sendo valores médios dos provetes ensaiados para cada tempo de

envelhecimento.

Figura 80 - Parâmetro a vs parâmetro b (esquerda) e Croma vs Luminosidade (direita)

Os parâmetros da análise estatística estão apresentados no Anexo 4.

Relativamente aos parâmetros a, localização da cor no eixo vermelho-verde, e b, localização da cor no eixo

azul-amarelo, os provetes de 5, 10 e 20 dias apresentam uma coloração mais avermelhada que os provetes

de referência, pois apresentam valor do parâmetro a superior (80). Os provetes de 40 dias de

envelhecimento apresentaram uma cor menos avermelhada que os provetes de referência. O parâmetro b

praticamente não variou para estes provetes.

Page 90: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

73

Figura 81 - Cor apresentada pelos provetes referência (esquerda) e para o envelhecimento acelerado: 5, 10, 20 e 40 dias (2ª da esquerda para a direita, respetivamente)

Era de esperar que todos os provetes apresentassem uma coloração mais avermelhada ao longo do tempo

de envelhecimento, devido à oxidação dos minerais de ferro, que, oxidando, apresentam uma tonalidade

avermelhada. Os provetes de 40 dias ao apresentarem uma coloração semelhante aos provetes de

referência, levantaram algumas questões sobre a composição química da superfície, levando a realizar

outros ensaios para determinação da composição e elementos químicos.

De realçar que aos 40 dias, os provetes apresentaram uma escamação da superfície, realçado na figura 81

para o provete de 40 dias, e como característica dos provetes para 180 e 360 dias da Somincor.

5.5.2. Espectroscopia de Raios Infravermelhos

Como se referiu anteriormente, dada a necessidade de resposta a questões sobre a composição da

superfície química, realizaram-se ensaios de espectroscopia de raios infravermelhos, cujos espectros se

apresentam na Figura 82.

Figura 82- Espectros resultantes da espectroscopia infravermelha (FTIR) realizada para os provetes de Paste Fill, depois dos ensaios RCU

O comportamento semelhante dos espectros de infravermelho das amostras, apesar dos diferentes valores

de transmitância, que podem estar relacionados com a diferente espessura da pastilha realizada com

Page 91: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

74

material da superfície dos provetes, indicia que a composição mineralógica dos diferentes provetes, em que

se realizou a análise, é semelhante. A análise do comportamento é realizada através dos picos (peak

position) que os espectros apresentam. Analisando os espectros obtidos a partir dos provetes referência e

dos provetes sujeitos aos vários tempos de envelhecimento acelerado, observou-se que os picos ocorriam

para valores de comprimento de onda muito semelhantes, e por vezes iguais. Apresenta-se de seguida o

espectro de um provete de referência (Figura 83).

Figura 83- Espectro Infravermelho (FTIR) de um provete referência de Paste Fill, com indicação dos picos

observados

O resultado do ensaio FTIR para o provete referência apresentou 14 picos. Apresentam-se de seguida os

picos obtidos, ordenados do maior para o menos comprimento de onda (Tabela 18).

Tabela 18 - Picos observados no ensaio FTIR para provete referência de Paste Fill, após ensaio RCU, e para a Goethite e Calcite

Pico Provete Paste Fill (Referência)

Comprimento de onda (cm-1)

Goethite

Comprimento de onda (cm-1)

Calcite

Comprimento de onda (cm-1)

1 3416,8 3410

2 2924,9 3121

3 2856,5

4 1621,7 1634

5 1432,8 1430

6 1165,6 1165

7 1084,2 1082

8 875,66 895 880

9 794,20 790

10 781,18 780

11 693,21 694

12 510,77 668

13 465,16 458

14 422,80

Page 92: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

75

Após a obtenção do comportamento e picos dos provetes de Paste Fill, através dos ensaios FTIR realizados,

foram comparados com espectros FTIR padrão conhecidos. O espectro mais semelhante com o espectro

obtido nos ensaios FTIR é o da goethite (Prasad et al., 2006), por comparação do comportamento e dos

picos apresentados, mascarado com alguns picos da calcite.

A presença da Calcite (CaCO3) na superfície dos provetes pode ser explicada por fenómenos de

carbonatação, tal como acontece nos betões. A carbonatação é o processo de neutralização da fase líquida

intersticial saturada de hidróxido de cálcio e de outros compostos alcalinos hidratados do betão. Este

fenómeno surge a partir da difusão do dióxido de carbono (CO2) atmosférico para o interior dos poros do

betão e da sua posterior reação química com os constituintes sólidos carbonatáveis (Simas, 2007). Assim,

este fenómeno de carbonatação pode ser admitido no Paste Fill, onde o Cálcio presente no cimento pode

reagir com o CO2 da atmosfera simulada, tal como no betão, e formar uma frente de carbonatação a partir

da superfície.

Assim, é possível concluir que a superfície dos provetes envelhecidos e referência é constituída por goethite,

mineral de ferro, e também calcite, resultante de fenómenos de carbonatação. A oxidação dos minerais de

ferro justifica a cor avermelhada apresentada pelos provetes até aos 20 dias de envelhecimento acelerado,

como acontece na goethite.

5.5.3. Espectroscopia de Fluorescência Raio-X

Na Figura 84 estão apresentados os resultados obtidos através das medições da superfície dos provetes

através de espectroscopia de fluorescência raio-X, para os elementos químicos em que foram obtidas

medições relevantes. Outros elementos foram identificados durante estas medições mas a percentagem

desses elementos não era significante, na ordem dezenas de partes por milhão (Anexo 5).

Figura 84 - Elementos químicos presentes na superfície dos provetes ensaiados com desvio padrão, utilizando um espectrocolorímetro de fluorescência EDF P370 Pocket III XRF da Skyray Instrument

Page 93: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

76

Os resultados obtidos através da espectroscopia de fluorescência indicam que os todos os provetes

apresentaram valores elevados de Ferro (Fe) e Cálcio (Ca) e alguns vestígios de Arsénio (As), Cobre (Cu),

Zinco (Zr), Cobalto (Co) e Cumbo (Pb), Nos provetes de 40 dias de envelhecimento acelerado foi também

identificado Zircónio (Zr).

A presença de Ferro na superfície dos provetes tem origem nos minerais de ferro presentes nos rejeitados

utlizados na mistura de Paste Fill realizada neste trabalho, como esperado. O Cálcio presente tem origem

nos constituintes do cimento, referidos no capítulo 4.2.2.1.2, e em reações entre o cimento, água e os

rejeitados, já referida no capítulo 3.2.3.3. Os restantes elementos obtidos presume-se terem origem nos

rejeitados pois não foi realizada uma análise química dos rejeitados: segundo Relvas et al. (2014), o Cobre

e o Zinco são constituintes o minério da Mina de Neves Corvo e das explorações existentes na Faixa Piritosa

Ibérica (Aljustrel, Águas Tenidas, Las Cruces e Rio Tinto) e o Arsénio é um dos elementos penalizantes. Os

valores de Arsénio e Chumbo são residuais, assim como o valor de Zircónio presente na amostra de 40

dias.

A diminuição de Cálcio pode estar mascarada por reações que possam ter ocorrido no estágio de

envelhecimento, não sendo conclusiva a sua alteração para o estágio de envelhecimento.

Page 94: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

77

6. Considerações Finais

6.1. Conclusões

O trabalho laboratorial realizado pretendeu contribuir para o conhecimento da variação da resistência e da

deformabilidade do enchimento com o tempo, permitindo determinar uma relação entre o tempo de

envelhecimento à escala de tempo real e o envelhecimento à escala de tempo acelerado ou de laboratório.

Os resultados obtidos permitem concluir que os provetes sujeitos ao envelhecimento acelerado,

apresentam, globalmente, uma tendência de decréscimo da resistência a partir do quinto dia de

envelhecimento acelerado, apresentando o seu maior decaimento entre o vigésimo e o quadragésimo dia

deste mesmo envelhecimento.

As amostras retiradas do fundo da caixa, que pretendem simular as zonas que são preenchidas em primeiro

lugar nos desmontes, apresentam um teor de água superior às restantes. Este excesso de água nos

provetes retarda a consolidação da Pasta. O mecanismo de consolidação está bem evidenciado nos

provetes H1 que apresentam sempre resistências inferiores aos ensaios nas outras direções, durante o

tempo de cura. Conclui-se assim que a execução dos provetes é relevante na determinação das

resistências.

Ao apresentarem um teor de água superior aos restantes, o excesso de água dos provetes retardar a

consolidação da Pasta. Este fenómeno da consolidação está patente nos provetes H1, apresentando um

estado de consolidação mais atrasado que os restantes nas outras direções, apresentando sempre

resistências inferiores durante o tempo de presa.

É possível também concluir que, a relação entre a direção de ensaio e a direção de deposição influencia a

RCU apresentada pelos provetes. Os provetes verticais apresentam, em média, resistências superiores que

os provetes horizontais, H1 e H2, e que o decaimento dos provetes verticais é superior durante o tempo de

envelhecimento acelerado, indicando a existência de anisotropia das direções em que foram realizados os

provetes.

O comportamento apresentado pelos provetes realizados neste trabalho laboratorial (IST) durante o tempo

de cura é semelhante ao comportamento dos provetes realizados pela empresa Somincor, havendo um

ganho de resistência inicial e um decaimento da resistência para o estágio de envelhecimento, existindo

apenas uma diferença do comportamento no decaimento.

Relativamente aos parâmetros de deformabilidade, o módulo de Young varia ao longo do tempo de

envelhecimento, apresentando uma maior deformabilidade dos provetes com o tempo, ou seja, os provetes

apresentam um comportamento mais friável, fato este explicado pela variação do teor de água ao longo do

estágio de envelhecimento. O coeficiente de Poisson manteve-se constante durante este período. A

extensão volumétrica máxima obtida nos provetes verticais não envelhecidos, durante o tempo de presa,

está na ordem inversa do tempo de envelhecimento real que possuem, estando diretamente relacionada

com a porosidade. Para o estágio de envelhecimento acelerado verificou-se que os provetes apresentaram

uma relação direta com o tempo de envelhecimento, aumentando a extensão volumétrica, que representa

um aumento da porosidade. Este parâmetro é um bom indicador para corroborar o estado mais friável em

que os provetes verticais envelhecidos aceleradamente apresentam.

Page 95: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

78

A Pasta ao longo do envelhecimento torna-se mais friável e por isso mais emitivo. Verifica-se uma tendência

crescente da taxa de emissões acústicas apresentada pelos provetes ao longo do tempo de envelhecimento

acelerado, fato este que permite inferir que o índice de plasticidade dos mesmos decresce com o aumento

do tempo de envelhecimento, influenciado pela variação do teor de água.

Depois de quantificada a resistência, como referido anteriormente, e determinado o decaimento, devido à

alteração dos sulfuretos e as reações de hidratação do cimento, achou-se pertinente realizar a

caracterização química e mineralógica da Pasta. Identificou o mineral de ferro, Goethite, responsável pela

crescente coloração avermelhada apresentada pelos provetes na sua superfície, até ao vigésimo dia do

estado de envelhecimento, e identificando o Ferro e o Cálcio como os elementos químicos predominantes

na superfície. Contudo, os ensaios realizados não são conclusivos relativamente à alteração de cor

apresentada pelos provetes aos quarenta dias de envelhecimento.

6.2. Trabalhos Futuros

Durante a realização deste trabalho laboratorial surgiram algumas propostas para trabalhos futuros, que

podem contribuir fortemente para o estudo do comportamento mecânico e químico deste tipo de enchimento.

É de relevante importância encontrar as constantes, que foram obtidas neste trabalho para a relação entre

o tempo de envelhecimento à escala real e o tempo de envelhecimento à escala de laboratório, para valores

de resistência in situ. A importância deste tema está relacionada com a necessidade de verificar no campo

se é possível enquadrar esta relação, visto este estudo ser baseado em resultados laboratoriais.

Neste trabalho não se deu ênfase ao número acumulado mas às taxas de emissão acústica determinando

o comportamento ao longo do envelhecimento dadas as dificuldades de monitorização das emissões

acústicas durante os ensaios de RCU, para determinar o número acumulado de emissões acústicas para o

tempo de cura e de envelhecimento acelerado.

A realização de uma análise química dos rejeitados utilizados na mistura. Não fazia parte do âmbito deste

trabalho a caracterização química dos rejeitados ou da mistura, nem a determinação da cor apresentada

pelos provetes ao longo do tempo. Mesmo assim, tentou-se quantificar e identificar os elementos químicos

e minerais responsáveis por essa alteração, mas que tornar-se-ia conclusiva se tivesse realizado uma

análise química das amostras.

Page 96: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

79

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Anexos

Page 104: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

87

Anexo 1 – Variação do Teor de Água dos Provetes Envelhecidos

Tabela 19 – Variação do teor de água para os provetes de Pasta envelhecidos

ID Peso Inicial (g) Peso Final (g) Variação (g) ΔW (%) ΔW_média (%)

5 DIAS

H1_1 412,07 409,21 2,86 0,70%

0,65% H1_2 409,73 406,48 3,25 0,79%

H1_3 412,97 410,89 2,08 0,50%

H1_4 408,87 406,46 2,41 0,59%

H2_1 397,15 394,01 3,14 0,79%

0,61% H2_2 392,99 390,68 2,31 0,59%

H2_3 386,31 384,30 2,01 0,52%

H2_4 387,92 385,92 2,00 0,52%

V1 395,72 394,17 1,55 0,39%

0,96% V2 394,77 391,30 3,47 0,88%

V3 397,38 392,12 5,26 1,32%

V4 400,29 395,21 5,08 1,27%

10DIAS

H1_1 412,13 406,66 5,47 1,33%

1,26% H1_2 414,78 410,02 4,76 1,15%

H1_3 409,43 402,48 6,95 1,70%

H1_4 378,03 374,65 3,38 0,89%

H2_1 394,06 392,16 1,90 0,48%

0,78% H2_2 388,33 385,86 2,47 0,64%

H2_3 391,54 388,51 3,03 0,77%

H2_4 379,86 377,33 2,53 0,67%

V1 392,24 390,33 1,91 0,49%

0,78% V2 394,33 390,85 3,48 0,88%

V3 395,43 391,98 3,45 0,87%

V4 400,01 396,50 3,51 0,88%

20DIAS

H1_1 383,61 378,40 5,21 1,36%

1,07% H1_2 411,07 407,95 3,12 0,76%

H1_3 409,74 405,44 4,30 1,05%

H1_4 419,09 414,52 4,57 1,09%

H2_1 393,18 388,79 4,39 1,12%

0,90% H2_2 385,93 383,42 2,51 0,65%

H2_3 398,40 395,76 2,64 0,66%

H2_4 395,63 391,03 4,60 1,16%

V1 393,82 387,97 5,85 1,49%

1,22% V2 392,14 387,30 4,84 1,23%

V3 394,17 390,13 4,04 1,02%

V4 394,83 390,28 4,55 1,15%

40 DIAS

H1_1 366,28 352,54 13,74 3,75%

4,54% H1_2 365,08 348,36 16,72 4,58%

H1_3 370,54 351,84 18,70 5,05%

H1_4 378,33 360,29 18,04 4,77%

H2_1 365,53 347,34 18,19 4,98%

4,60% H2_2 366,35 348,27 18,08 4,94%

H2_3 374,71 356,29 18,42 4,92%

H2_4 372,10 358,79 13,31 3,58%

V1 365,53 348,17 17,36 4,75%

4,84% V2 374,71 359,41 15,30 4,08%

V3 367,89 350,20 17,69 4,81%

V4 372,10 350,78 21,32 5,73%

Page 105: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

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Anexo 2 – Valores de Resistência à Compressão Uniaxial

Tabela 20 - Valores resistências, obtidos a partir dos ensaios de RCU, para provetes sujeitos a envelhecimento acelerado

Dias Envelhecimento Referência Valor RCU (kPa) Média

5

H1_1 581,25

514,58 H1_3 575,00

H1_4 387,50

H2_1 731,25

602,08 H2_2 543,75

H2_3 513,25

V1 818,75

779,17 V3 750,00

V4 768,75

10

H1_2 518,75

595,83 H1_3 681,25

H1_4 587,50

H2_1 637,50

593,75 H2_2 556,25

H2_3 587,50

V1 762,50

752,08 V2 775,00

V3 718.75

20

H1_1 637,50

568,75 H1_2 531,25

H1_3 537,50

H2_1 700,00

652,08 H2_2 725,00

H2_3 531,25

V1 818,75

722,92 V2 700,00

V3 650,00

40

H1_1 456,25

504,17 H1_2 512,50

H1_3 543,75

H2_1 487,50

531,25 H2_2 543,75

H2_3 562,50

V1 493,75

522,92 V2 587,50

V3 487,50

Page 106: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

89

Anexo 3 – Tabelas dos Ensaios RCU

Tabela 21 - Ensaio RCU Provete

H1 7 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU (kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 0 0 0,10 62,50

20 1 0 0,12 75,00

30 5 -2 0,15 93,75

40 13 -2 0,16 100,00

50 29 -5 0,20 125,00

60 47 -8 0,23 143,75

70 49 -7 0,25 156,25

80 154 -24 0,29 181,25

90 442 -65 0,31 193,75

100 905 -131 0,33 206,25

110 1349 -214 0,34 212,50

120 1616 -319 0,36 225,00

130 1866 -509 0,39 243,75

140 1781 -755 0,42 262,50

150 1594 -1067 0,43 268,75

160 1473 -1315 0,42 262,50

170 1316 -1450 0,43 268,75

180 1187 -1361 0,44 275,00

190 1070 -1179 0,45 281,25

200 936 -990 0,44 275,00

210 819 -1099 0,45 281,25

220 734 -1199 0,44 275,00

230 534 -1285 0,44 275,00

240 261 -1284 0,45 281,25

250 269 -1428 0,45 281,25

260 281 -1574 0,44 275,00

270 282 -1753 0,43 268,75

280 281 -1902 0,44 275,00

290 263 -1997 0,43 268,75

300 240 -2071 0,42 262,50

310 230 -2164 0,42 262,50

320 252 -2255 0,41 256,25

330 253 -2073 0,39 243,75

340 239 -1971 0,36 225,00

350 230 -1906 0,34 212,50

360 223 -1866 0,32 200,00

370 217 -1830 0,31 193,75

380 211 -1804 0,30 187,50

390 96 -563 0,28 175,00

Tabela 22 - Ensaio RCU Provete H2 7 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 1 -12 0,10 62,50

20 18 -10 0,12 75,00

30 34 -6 0,14 87,50

40 53 -2 0,18 112,50

50 74 -4 0,19 118,75

60 88 -7 0,24 150,00

70 88 -5 0,26 162,50

80 89 -5 0,28 175,00

90 86 -2 0,29 181,25

100 84 -2 0,31 193,75

110 86 0 0,34 212,50

120 90 -1 0,36 225,00

130 92 -2 0,37 231,25

140 92 -1 0,38 237,50

150 93 -1 0,40 250,00

160 93 -1 0,41 256,25

170 93 -2 0,42 262,50

180 101 0 0,46 287,50

190 104 -1 0,49 306,25

200 100 -4 0,51 318,75

210 98 -9 0,54 337,50

220 109 -8 0,56 350,00

230 136 -8 0,59 368,75

240 166 -27 0,60 375,00

250 197 -52 0,60 375,00

260 231 -78 0,61 381,25

270 268 -107 0,61 381,25

280 304 -140 0,61 381,25

290 346 -174 0,60 375,00

300 382 -210 0,61 381,25

310 413 -238 0,62 387,50

320 438 -266 0,60 375,00

330 459 -289 0,61 381,25

340 475 -310 0,60 375,00

350 482 -325 0,60 375,00

360 485 -334 0,60 375,00

370 486 -344 0,60 375,00

380 483 -348 0,61 381,25

390 476 -346 0,61 381,25

400 469 -333 0,60 375,00

410 460 -314 0,54 337,50

420 448 -259 0,51 318,75

430 439 -180 0,49 306,25

440 432 -153 0,47 293,75

450 428 -142 0,64 325,00

460 422 -137 0,59 368,75

470 417 -133 0,54 337,50

480 411 -130 0,51 318,75

490 402 -131 0,49 306,25

500 398 -137 0,47 293,75

510 398 -139 0,45 281,25

520 393 -141 0,44 275,00

530 387 -147 0,41 256,25

540 381 -146 0,41 256,25

550 380 -145 0,39 243,75

560 373 -125 0,37 231,25

570 367 -116 0,36 225,00

580 358 -116 0,35 218,75

590 353 -113 0,34 212,50

600 346 -111 0,30 187,50

Tabela 23 - Ensaio RCU Provete V 7 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 -1 1 0,00 0,00

10 0 0 0,12 75,00

20 1 0 0,14 87,50

30 2 -1 0,18 112,50

40 3 -1 0,19 118,75

50 10 -5 0,24 150,00

60 17 -6 0,26 162,50

70 16 -8 0,29 181,25

80 18 -10 0,31 193,75

90 21 -11 0,35 218,75

100 24 -11 0,36 225,00

110 29 -12 0,39 243,75

120 51 -16 0,40 250,00

130 100 -18 0,40 250,00

140 178 -26 0,42 262,50

150 274 -41 0,43 268,75

160 383 -57 0,45 281,25

170 493 -75 0,47 293,75

180 635 -96 0,49 306,25

190 811 -126 0,51 318,75

200 1002 -161 0,52 325,00

210 1205 -204 0,54 337,50

220 1406 -251 0,56 350,00

230 1639 -312 0,59 368,75

240 1864 -367 0,60 375,00

250 2090 -417 0,60 375,00

260 2202 -434 0,61 381,25

270 2270 -447 0,61 381,25

280 2341 -464 0,61 381,25

290 2393 -483 0,60 375,00

300 2403 -499 0,61 381,25

310 2337 -514 0,61 381,25

320 2203 -523 0,60 375,00

330 2064 -526 0,61 381,25

340 1886 -517 0,60 375,00

350 1744 -496 0,60 375,00

360 1648 -482 0,60 375,00

370 1577 -461 0,60 375,00

380 1511 -446 0,61 381,25

390 1435 -434 0,61 381,25

400 1364 -422 0,60 375,00

410 1290 -413 0,54 337,50

420 1205 -404 0,51 318,75

430 1110 -390 0,49 306,25

440 1002 -381 0,47 293,75

450 894 -384 0,64 400,00

460 811 -393 0,59 368,75

470 741 -406 0,54 337,50

480 687 -424 0,51 318,75

490 633 -443 0,49 306,25

500 581 -462 0,47 293,75

510 543 -483 0,45 281,25

520 513 -504 0,44 275,00

530 477 -526 0,41 256,25

540 443 -547 0,41 256,25

550 411 -568 0,39 243,75

560 383 -590 0,37 231,25

570 357 -612 0,36 225,00

580 334 -633 0,35 218,75

590 313 -653 0,34 212,50

600 292 -674 0,30 187,50

Page 107: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

90

Tabela 24 - Ensaio RCU Provete

H1 14 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 1 0 0,18 112,50

20 17 -3 0,20 125,00

30 34 -5 0,23 143,75

40 43 -6 0,25 156,25

50 64 -9 0,27 168,75

60 143 -23 0,31 193,75

70 277 -47 0,35 218,75

80 422 -77 0,36 225,00

90 544 -104 0,39 243,75

100 640 -127 0,40 250,00

110 699 -145 0,42 262,50

120 721 -163 0,45 281,25

130 738 -193 0,48 300,00

140 755 -230 0,51 318,75

150 793 -280 0,53 331,25

160 851 -341 0,56 350,00

170 909 -414 0,58 362,50

180 973 -494 0,59 368,75

190 1041 -593 0,61 381,25

200 1113 -749 0,64 400,00

210 1117 -1293 0,67 418,75

220 621 -1125 0,68 425,00

230 411 -1001 0,71 443,75

240 365 -904 0,72 450,00

250 326 -749 0,75 468,75

260 80 -489 0,76 475,00

270 71 -481 0,78 487,50

280 66 -479 0,79 493,75

Tabela 25 - Ensaio RCU Provete H2 14 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 9 0 0,00 0,00

10 12 0 0,12 75,00

20 18 -2 0,14 87,50

30 29 -5 0,18 112,50

40 43 -7 0,20 125,00

50 60 -10 0,23 143,75

60 80 -14 0,25 156,25

70 103 -18 0,27 168,75

80 133 -23 0,31 193,75

90 171 -30 0,35 218,75

100 213 -37 0,36 225,00

110 254 -42 0,39 243,75

120 287 -47 0,40 250,00

130 363 -59 0,42 262,50

140 440 -71 0,45 281,25

150 515 -84 0,48 300,00

160 583 -97 0,51 318,75

170 657 -111 0,53 331,25

180 728 -124 0,56 350,00

190 798 -138 0,58 362,50

200 868 -152 0,59 368,75

210 937 -166 0,61 381,25

220 1005 -180 0,64 400,00

230 1070 -194 0,67 418,75

240 1141 -208 0,68 425,00

250 1208 -223 0,71 443,75

260 1278 -239 0,72 450,00

270 1351 -255 0,75 468,75

280 1427 -273 0,76 475,00

290 1498 -291 0,78 487,50

300 1577 -311 0,79 493,75

310 1647 -331 0,82 512,50

320 1723 -352 0,84 525,00

330 1795 -374 0,87 543,75

340 1866 -397 0,89 556,25

350 1935 -421 0,90 562,50

360 2001 -445 0,91 568,75

370 2073 -474 0,92 575,00

380 2138 -502 0,91 568,75

390 2208 -532 0,93 581,25

400 2273 -564 0,91 568,75

410 2337 -597 0,92 575,00

420 2400 -631 0,93 581,25

430 2457 -664 0,93 581,25

440 2518 -702 0,94 581,25

450 2572 -737 0,93 581,25

460 2629 -773 0,92 575,00

470 2679 -809 0,93 581,25

480 2727 -843 0,92 575,00

490 2770 -875 0,93 581,25

500 2814 -907 0,93 581,25

510 2850 -935 0,94 581,25

520 2882 -965 0,93 575,00

530 2907 -990 0,93 568,75

540 2929 -1019 0,94 568,75

550 2941 -1047 0,93 562,50

560 2939 -1076 0,94 543,75

570 2915 -1103 0,94 525,00

580 2871 -1129 0,93 500,00

590 2793 -1157 0,94 475,00

600 2697 -1185 0,93 456,25

Tabela 26 - Ensaio RCU Provete V 14 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 9 0 0,00 0,00

10 12 0 0,12 75,00

20 18 -2 0,14 87,50

30 29 -5 0,18 112,50

40 43 -7 0,20 125,00

50 60 -10 0,23 143,75

60 80 -14 0,25 156,25

70 103 -18 0,27 168,75

80 133 -23 0,31 193,75

90 171 -30 0,35 218,75

100 213 -37 0,36 225,00

110 254 -42 0,39 243,75

120 287 -47 0,40 250,00

130 363 -59 0,42 262,50

140 440 -71 0,45 281,25

150 515 -84 0,48 300,00

160 583 -97 0,51 318,75

170 657 -111 0,53 331,25

180 728 -124 0,56 350,00

190 798 -138 0,58 362,50

200 868 -152 0,59 368,75

210 937 -166 0,61 381,25

220 1005 -180 0,64 400,00

230 1070 -194 0,67 418,75

240 1141 -208 0,68 425,00

250 1208 -223 0,71 443,75

260 1278 -239 0,72 450,00

270 1351 -255 0,75 468,75

280 1427 -273 0,76 475,00

290 1498 -291 0,78 487,50

300 1577 -311 0,79 493,75

310 1647 -331 0,82 512,50

320 1723 -352 0,84 525,00

330 1795 -374 0,87 543,75

340 1866 -397 0,89 556,25

350 1935 -421 0,90 562,50

360 2001 -445 0,91 568,75

370 2073 -474 0,92 575,00

380 2138 -502 0,91 568,75

390 2208 -532 0,93 581,25

400 2273 -564 0,91 568,75

410 2337 -597 0,92 575,00

420 2400 -631 0,93 581,25

430 2457 -664 0,93 581,25

440 2518 -702 0,94 587,50

450 2572 -737 0,93 581,25

460 2629 -773 0,92 575,00

470 2679 -809 0,93 575,00

480 2727 -843 0,92 575,00

490 2770 -875 0,93 568,75

500 2814 -907 0,93 562,50

510 2850 -935 0,94 537,50

520 2882 -965 0,93 525,00

530 2907 -990 0,93 506,25

540 2929 -1019 0,94 487,50

550 2941 -1047 0,93 462,50

560 2939 -1076 0,94 431,25

570 2915 -1103 0,94 400,00

580 2871 -1129 0,93 381,25

590 2793 -1157 0,94 362,50

600 2697 -1185 0,93 343,75

Page 108: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

91

Tabela 27 - Ensaio RCU Provete H1 28 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 1 0 0,00 0,00

10 2 -9 0,14 87,50

20 6 -12 0,23 143,75

30 18 -14 0,27 168,75

40 24 -16 0,31 193,75

50 39 -17 0,38 237,50

60 60 -16 0,46 287,50

70 78 -31 0,51 318,75

80 179 -41 0,56 350,00

90 281 -49 0,59 368,75

100 420 -60 0,64 400,00

110 596 -74 0,68 425,00

120 776 -156 0,72 450,00

130 962 -313 0,76 475,00

140 1146 -380 0,82 512,50

150 1315 -416 0,91 568,75

160 1497 -448 0,97 606,25

170 1651 -466 1,01 631,25

180 1810 -495 1,05 656,25

190 1938 -517 1,09 681,25

200 1989 -540 1,10 687,50

210 1943 -580 1,11 693,75

220 1922 -422 1,10 687,50

230 1895 -427 1,10 687,50

240 1902 -478 1,09 681,25

250 1914 -535 1,08 675,00

260 1922 -583 1,09 681,25

270 1929 -645 1,10 687,50

280 1923 -697 1,08 675,00

290 1878 -733 1,06 662,50

300 1720 -758 1,02 637,50

310 1578 -786 1,00 625,00

320 1482 -831 0,98 612,50

330 1407 -866 1,00 625,00

340 1337 -874 0,96 600,00

350 1277 -883 0,91 568,75

360 1214 -887 0,87 543,75

370 1091 -900 0,82 512,50

380 735 -874 0,80 500,00

390 650 -866 0,77 481,25

400 570 -861 0,74 462,50

410 538 -882 0,71 443,75

420 520 -907 0,66 412,50

430 499 -908 0,64 400,00

440 476 -900 0,61 381,25

450 453 -887 0,60 375,00

460 414 -901 0,58 362,50

470 385 -892 0,57 356,25

480 129 -883 0,54 337,50

490 119 -906 0,55 343,75

500 114 -917 0,51 318,75

510 111 -916 0,50 312,50

520 105 -990 0,48 300,00

Tabela 28 - Ensaio RCU Provete H2 28 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 1 0 0,10 62,50

20 3 0 0,18 112,50

30 5 -2 0,24 150,00

40 13 -2 0,34 212,50

50 29 -5 0,46 287,50

60 47 -8 0,54 337,50

70 49 -7 0,61 381,25

80 154 -24 0,67 418,75

90 442 -65 0,71 443,75

100 905 -131 0,76 475,00

110 1349 -214 0,82 512,50

120 1616 -319 0,97 606,25

130 1866 -509 1,05 656,25

140 1781 -755 1,04 650,00

150 1594 -1067 1,04 650,00

160 1473 -1315 1,03 643,75

170 1316 -1450 1,04 650,00

180 1187 -1361 1,02 637,50

190 1070 -1179 1,00 625,00

200 936 -990 0,98 612,50

210 819 -1099 0,97 606,25

220 734 -1199 0,95 593,75

230 534 -1285 0,91 568,75

240 261 -1284 0,86 537,50

250 269 -1428 0,87 543,75

260 281 -1574 0,82 512,50

270 282 -1753 0,78 487,50

280 281 -1902 0,74 462,50

290 263 -1997 0,71 443,75

300 240 -2071 0,68 425,00

310 230 -2164 0,65 406,25

320 252 -2255 0,63 393,75

330 253 -2073 0,60 375,00

340 239 -1971 0,59 368,75

350 230 -1906 0,40 250,00

360 223 -1866 0,44 273,13

370 217 -1830 0,38 237,50

380 211 -1804 0,35 218,75

390 96 -563 0,31 193,75

Tabela 29 - Ensaio RCU Provete V 28 dias

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 2 -4 0,12 75,00

20 3 -5 0,14 87,50

30 4 -4 0,18 112,50

40 7 -3 0,20 125,00

50 9 -3 0,23 143,75

60 10 -5 0,25 156,25

70 14 -4 0,27 168,75

80 23 -2 0,31 193,75

90 33 -4 0,35 218,75

100 53 -9 0,36 225,00

110 86 -12 0,39 243,75

120 119 -17 0,40 250,00

130 167 -25 0,42 262,50

140 217 -30 0,45 281,25

150 287 -40 0,48 300,00

160 374 -50 0,51 318,75

170 477 -65 0,53 331,25

180 598 -81 0,56 350,00

190 736 -98 0,58 362,50

200 881 -119 0,59 368,75

210 1031 -138 0,61 381,25

220 1187 -159 0,64 400,00

230 1338 -186 0,67 418,75

240 1462 -216 0,68 425,00

250 1554 -244 0,71 443,75

260 1634 -276 0,72 450,00

270 1665 -309 0,75 468,75

280 1642 -342 0,76 475,00

290 1653 -374 0,78 487,50

300 1683 -405 0,79 493,75

310 1727 -433 0,82 512,50

320 1782 -465 0,84 525,00

330 1837 -496 0,87 543,75

340 1908 -531 0,89 556,25

350 1972 -564 0,90 562,50

360 2035 -599 0,91 568,75

370 2107 -636 0,92 575,00

380 2174 -672 0,91 568,75

390 2233 -713 0,93 581,25

400 2293 -756 0,91 568,75

410 2354 -800 0,92 575,00

420 2419 -844 0,93 581,25

430 2482 -888 0,93 581,25

440 2539 -933 0,94 587,50

450 2590 -966 0,93 581,25

460 2622 -982 0,92 575,00

470 2636 -987 0,93 581,25

480 2586 -995 0,92 575,00

490 2477 -1013 0,93 581,25

500 2387 -1029 0,93 581,25

510 2294 -1047 0,94 587,50

520 2206 -1069 0,92 575,00

530 2093 -1092 0,91 568,75

540 1967 -1115 0,89 556,25

550 1854 -1143 0,88 550,00

560 1727 -1171 0,87 543,75

570 1612 -1208 0,85 531,25

580 1511 -1254 0,84 525,00

590 1442 -1313 0,82 512,50

600 1400 -1386 0,81 506,25

Page 109: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

92

Tabela 30 - Ensaio RCU Provete H1_1 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 57 -18 0,12 75,00

20 223 -48 0,29 181,25

30 479 -80 0,42 262,50

40 772 -104 0,58 362,50

50 1053 -122 0,62 387,50

60 1417 -164 0,68 425,00

70 1805 -244 0,74 462,50

80 2043 -322 0,77 481,25

90 1974 -377 0,81 506,25

100 1826 -408 0,82 512,50

110 1729 -464 0,85 531,25

120 1702 -524 0,85 531,25

130 1668 -567 0,87 543,75

140 1620 -603 0,87 543,75

150 1565 -628 0,89 556,25

160 1506 -650 0,89 556,25

170 1444 -650 0,91 568,75

180 1372 -630 0,92 575,00

190 1303 -579 0,93 581,25

200 1229 -534 0,92 575,00

210 1134 -506 0,89 556,25

220 1036 -547 0,90 562,50

230 942 -559 0,86 537,50

240 818 -590 0,82 512,50

250 698 -604 0,80 500,00

260 583 -662 0,78 487,50

270 499 -748 0,73 456,25

280 438 -778 0,72 450,00

290 413 -775 0,72 450,00

300 439 -773 0,71 443,75

310 419 -756 0,71 443,75

320 393 -720 0,72 450,00

330 378 -645 0,71 443,75

340 386 -582 0,71 443,75

350 398 -557 0,70 437,50

360 398 -570 0,70 437,50

370 395 -595 0,68 425,00

380 392 -592 0,67 418,75

390 386 -400 0,64 400,00

400 381 -401 0,59 368,75

410 374 -431 0,54 337,50

420 365 -460 0,51 318,75

430 353 -489 0,49 306,25

440 344 -507 0,47 293,75

450 338 -513 0,64 400,00

460 330 -552 0,59 368,75

470 325 -559 0,54 337,50

480 325 -571 0,51 318,75

490 324 -585 0,49 306,25

500 328 -588 0,47 293,75

510 330 -595 0,45 281,25

520 335 -581 0,44 275,00

530 340 -594 0,41 256,25

540 347 -622 0,41 256,25

550 351 -621 0,39 243,75

Tabela 31 - Ensaio RCU Provete H1_3 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 41 -3 0,00 0,00

20 27 -2 0,11 68,75

30 193 -1 0,23 143,75

40 723 -2 0,42 262,50

50 1195 -3 0,48 300,00

60 1461 -4 0,52 325,00

70 1691 -5 0,58 362,50

80 1877 -6 0,60 375,00

90 2003 -6 0,67 418,75

100 1821 -5 0,69 431,25

110 1720 -5 0,72 450,00

120 1728 -4 0,82 512,50

130 1677 -4 0,86 537,50

140 1516 -3 0,86 537,50

150 1344 -3 0,86 537,50

160 1227 -4 0,86 537,50

170 1124 -4 0,87 543,75

180 1026 -4 0,88 550,00

190 924 -5 0,88 550,00

200 832 -5 0,89 556,25

210 724 -6 0,90 562,50

220 639 -7 0,91 568,75

230 577 -8 0,89 556,25

240 528 -10 0,89 556,25

250 328 -13 0,89 556,25

260 301 -17 0,91 568,75

270 280 -21 0,92 575,00

280 277 -25 0,91 568,75

290 268 -30 0,90 562,50

300 242 -35 0,91 568,75

310 214 -41 0,91 568,75

320 209 -47 0,90 562,50

330 211 -54 0,89 556,25

340 209 -61 0,89 556,25

350 202 -68 0,87 543,75

360 153 -76 0,88 550,00

370 46 -83 0,87 543,75

380 3 -90 0,86 537,50

390 94 -97 0,85 531,25

400 131 -101 0,77 481,25

410 129 -107 0,72 450,00

420 242 -117 0,71 443,75

430 269 -123 0,67 418,75

440 271 -129 0,62 387,50

450 271 -135 0,51 318,75

460 255 -141 0,42 262,50

470 253 -146 0,31 193,75

480 265 -150 0,28 175,00

490 269 -154 0,26 162,50

500 265 -157 0,27 168,75

510 266 -160 0,26 162,50

520 266 -164 0,26 162,50

530 267 -167 0,26 162,50

540 284 -170 0,25 156,25

550 283 -173 0,27 168,75

560 278 -176 0,26 162,50

570 267 -178 0,28 175,00

580 262 -181 0,28 175,00

590 262 -184 0,29 181,25

600 259 184 0,27 168,75

Tabela 32 - Ensaio RCU provete H1_4 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 211 -24 0,14 87,50

20 518 -55 0,18 112,50

30 713 -81 0,27 168,75

40 893 -106 0,32 200,00

50 1055 -142 0,35 218,75

60 1144 -179 0,38 237,50

70 1001 -202 0,41 256,25

80 834 -213 0,45 281,25

90 765 -249 0,47 293,75

100 712 -327 0,48 300,00

110 686 -474 0,50 312,50

120 565 -464 0,52 325,00

130 465 -326 0,55 343,75

140 396 -243 0,57 356,25

150 313 -195 0,59 368,75

160 232 -173 0,60 375,00

170 167 -164 0,60 375,00

180 119 -155 0,61 381,25

190 84 -161 0,62 387,50

200 56 -177 0,62 387,50

210 49 -197 0,61 381,25

220 50 -226 0,62 387,50

230 43 -263 0,61 381,25

240 23 -307 0,60 375,00

250 250 -11 0,58 362,50

260 260 -37 0,57 356,25

270 270 -52 0,54 337,50

280 280 -52 0,51 318,75

290 290 -55 0,52 325,00

300 300 -68 0,53 331,25

310 310 -80 0,51 318,75

320 320 -100 0,49 306,25

330 330 -122 0,48 300,00

340 340 -142 0,45 281,25

350 350 -160 0,44 275,00

360 360 -164 0,43 268,75

370 370 -183 0,42 262,50

380 380 -192 0,40 250,00

390 390 -207 0,39 243,75

400 400 -227 0,33 206,25

410 410 -235 0,32 200,00

420 420 -245 0,30 187,50

430 430 -263 0,27 168,75

440 440 -246 0,26 162,50

450 450 -234 0,26 162,50

460 460 -139 0,24 150,00

470 470 -149 0,25 156,25

480 480 -149 0,23 143,75

490 490 -147 0,22 137,50

500 500 -147 0,21 131,25

510 510 -152 0,19 118,75

520 520 -34 0,17 106,25

530 530 -21 0,15 93,75

540 540 -11 0,10 62,50

550 550 -14 0,10 62,50

560 560 -40 0,10 62,50

570 570 -37 0,10 62,50

580 580 -30 0,10 62,50

590 590 -34 0,09 56,25

600 600 -19 0,09 56,25

Page 110: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

93

Tabela 33 - Ensaio RCU Provete H2_1 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 7 -10 0,00 0,00

20 9 -15 0,10 62,50

30 15 -26 0,11 68,75

40 28 -28 0,15 93,75

50 33 -16 0,16 100,00

60 37 -12 0,17 106,25

70 40 -12 0,19 118,75

80 43 -10 0,21 131,25

90 44 -10 0,25 156,25

100 50 -8 0,31 193,75

110 56 -4 0,41 256,25

120 126 -6 0,43 268,75

130 203 -13 0,52 325,00

140 289 -22 0,50 312,50

150 369 -35 0,57 356,25

160 437 -45 0,64 400,00

170 501 -48 0,66 412,50

180 566 -49 0,68 425,00

190 645 -47 0,72 450,00

200 799 -53 0,77 481,25

210 986 -62 0,82 512,50

220 1165 -83 0,88 550,00

230 1353 -106 0,93 581,25

240 1520 -32 0,99 618,75

250 1709 -58 1,01 631,25

260 1883 -96 1,03 643,75

270 2060 -218 1,07 668,75

280 2207 -245 1,09 681,25

290 2302 -260 1,10 687,50

300 2393 -281 1,11 693,75

310 2504 -335 1,13 706,25

320 2554 -376 1,12 700,00

330 2574 -434 1,07 668,75

340 2562 -506 1,09 681,25

350 2491 -545 1,10 687,50

360 2318 -603 1,11 693,75

370 2072 -637 1,13 706,25

380 1851 -648 1,12 700,00

390 1691 -620 1,15 718,75

400 1560 -579 1,17 731,25

410 1349 -515 1,16 725,00

420 1047 -463 1,14 712,50

430 690 -447 1,13 706,25

440 552 -447 1,12 700,00

450 389 -442 1,12 700,00

460 316 -440 1,10 687,50

470 256 -432 1,05 656,25

480 230 -421 1,00 625,00

490 214 -412 0,97 606,25

500 197 -414 0,95 593,75

510 175 -418 0,92 575,00

520 162 -424 0,90 562,50

530 160 -441 0,83 518,75

540 153 -461 0,82 512,50

550 153 -467 0,79 493,75

560 O/S- -472 0,78 487,50

570 O/S- -495 0,77 481,25

580 O/S- -513 0,75 468,75

590 122 -516 0,73 456,25

600 O/S- -505 0,70 437,50

610 373 -310 0,70 437,50

Tabela 34 - Ensaio RCU Provete H2_2 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 11 -3 0,11 68,75

20 45 -10 0,22 137,50

30 117 -13 0,26 162,50

40 424 -32 0,32 200,00

50 771 -50 0,36 225,00

60 1139 -73 0,41 256,25

70 1448 -108 0,43 268,75

80 1747 -137 0,44 275,00

90 1922 -154 0,46 287,50

100 1700 -116 0,48 300,00

110 1588 -89 0,52 325,00

120 1288 -69 0,54 337,50

130 1128 -108 0,57 356,25

140 1063 -165 0,59 368,75

150 1010 -215 0,62 387,50

160 950 -251 0,64 400,00

170 796 -300 0,67 418,75

180 668 -309 0,68 425,00

190 582 -239 0,72 450,00

200 513 -155 0,73 456,25

210 463 -113 0,74 462,50

220 428 -125 0,75 468,75

230 392 -143 0,78 487,50

240 364 -169 0,79 493,75

250 325 -178 0,80 500,00

260 298 -197 0,81 506,25

270 262 -241 0,82 512,50

280 226 -304 0,82 512,50

290 214 -325 0,84 525,00

300 142 -286 0,85 531,25

310 93 -234 0,85 531,25

320 27 -216 0,85 531,25

330 26 -200 0,86 537,50

340 8 -220 0,86 537,50

350 13 -214 0,86 537,50

360 14 -272 0,86 537,50

370 9 -237 0,87 543,75

380 3 -220 0,86 537,50

390 390 -193 0,87 543,75

400 400 -178 0,86 537,50

410 410 -144 0,85 531,25

420 420 -143 0,85 531,25

430 430 -146 0,85 531,25

440 440 -156 0,85 531,25

450 450 -144 0,84 525,00

460 460 -138 0,85 531,25

470 470 -149 0,84 525,00

480 480 -153 0,82 512,50

490 490 -123 0,85 531,25

500 500 -114 0,82 512,50

510 510 -120 0,81 506,25

520 520 -128 0,76 475,00

530 530 -119 0,75 468,75

540 373 -245 0,72 450,00

550 357 -216 0,67 418,75

560 317 -206 0,63 393,75

570 307 -200 0,61 381,25

580 308 -204 0,56 350,00

590 307 -210 0,54 337,50

600 302 -213 0,52 325,00

Tabela 35- Ensaio RCU Provete H2_3 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 6 -1 0,11 68,75

20 20 -3 0,15 93,75

30 30 -21 0,25 156,25

40 40 -94 0,34 212,50

50 50 -85 0,39 243,75

60 60 -93 0,48 300,00

70 70 -161 0,53 331,25

80 80 -187 0,55 343,75

90 90 -190 0,57 356,25

100 100 -199 0,60 375,00

110 110 -253 0,64 400,00

120 120 -304 0,66 412,50

130 130 -315 0,70 437,50

140 140 -317 0,72 450,00

150 150 -290 0,73 456,25

160 162 -226 0,76 475,00

170 179 -221 0,76 475,00

180 486 -244 0,77 481,25

190 776 -224 0,78 487,50

200 1074 -199 0,78 487,50

210 1323 -195 0,80 500,00

220 1548 -243 0,81 506,25

230 1766 -281 0,83 518,75

240 1963 -337 0,81 506,25

250 2136 -373 0,82 512,50

260 2218 -391 0,83 518,75

270 2221 -453 0,82 512,50

280 2076 -523 0,84 525,00

290 1846 -523 0,85 531,25

300 1550 -510 0,84 525,00

310 1263 -549 0,83 518,75

320 1055 -597 0,85 531,25

330 906 -563 0,85 531,25

340 778 -536 0,84 525,00

350 648 -568 0,85 531,25

360 527 -612 0,85 531,25

370 412 -598 0,84 525,00

380 316 -597 0,83 518,75

390 241 -644 0,82 512,50

400 181 -690 0,83 518,75

410 125 -672 0,82 512,50

420 79 -698 0,82 512,50

430 30 -738 0,81 506,25

440 20 -705 0,75 468,75

450 45 -709 0,71 443,75

460 54 -693 0,67 418,75

470 56 -652 0,64 400,00

480 53 -630 0,61 381,25

490 58 -625 0,59 368,75

500 62 -615 0,60 375,00

510 70 -606 0,58 362,50

520 73 -568 0,57 356,25

530 79 -532 0,56 350,00

540 80 -533 0,54 337,50

550 84 -537 0,55 343,75

560 86 -554 0,54 337,50

570 172 -669 0,53 331,25

580 159 -659 0,52 325,00

590 130 -637 0,50 312,50

600 107 -618 0,50 312,50

Page 111: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

94

Tabela 36 - Ensaio RCU Provete H2_1 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 7 -10 0,00 0,00

20 9 -15 0,10 62,50

30 15 -26 0,11 68,75

40 28 -28 0,15 93,75

50 33 -16 0,16 100,00

60 37 -12 0,17 106,25

70 40 -12 0,19 118,75

80 43 -10 0,21 131,25

90 44 -10 0,25 156,25

100 50 -8 0,31 193,75

110 56 -4 0,41 256,25

120 126 -6 0,43 268,75

130 203 -13 0,52 325,00

140 289 -22 0,50 312,50

150 369 -35 0,57 356,25

160 437 -45 0,64 400,00

170 501 -48 0,66 412,50

180 566 -49 0,68 425,00

190 645 -47 0,72 450,00

200 799 -53 0,77 481,25

210 986 -62 0,82 512,50

220 1165 -83 0,88 550,00

230 1353 -106 0,93 581,25

240 1520 -32 0,99 618,75

250 1709 -58 1,01 631,25

260 1883 -96 1,03 643,75

270 2060 -218 1,07 668,75

280 2207 -245 1,09 681,25

290 2302 -260 1,10 687,50

300 2393 -281 1,11 693,75

310 2504 -335 1,13 706,25

320 2554 -376 1,12 700,00

330 2574 -434 1,07 668,75

340 2562 -506 1,09 681,25

350 2491 -545 1,10 687,50

360 2318 -603 1,11 693,75

370 2072 -637 1,13 706,25

380 1851 -648 1,12 700,00

390 1691 -620 1,15 718,75

400 1560 -579 1,17 731,25

410 1349 -515 1,16 725,00

420 1047 -463 1,14 712,50

430 690 -447 1,13 706,25

440 552 -447 1,12 700,00

450 389 -442 1,12 700,00

460 316 -440 1,10 687,50

470 256 -432 1,05 656,25

480 230 -421 1,00 625,00

490 214 -412 0,97 606,25

500 197 -414 0,95 593,75

510 175 -418 0,92 575,00

520 162 -424 0,90 562,50

530 160 -441 0,83 518,75

540 153 -461 0,82 512,50

550 153 -467 0,79 493,75

560 O/S- -472 0,78 487,50

570 O/S- -495 0,77 481,25

580 O/S- -513 0,75 468,75

590 122 -516 0,73 456,25

600 O/S- -505 0,70 437,50

610 373 -310 0,70 437,50

Tabela 37 - Ensaio RCU Provete H2_2 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 11 -3 0,11 68,75

20 45 -10 0,22 137,50

30 117 -13 0,26 162,50

40 424 -32 0,32 200,00

50 771 -50 0,36 225,00

60 1139 -73 0,41 256,25

70 1448 -108 0,43 268,75

80 1747 -137 0,44 275,00

90 1922 -154 0,46 287,50

100 1700 -116 0,48 300,00

110 1588 -89 0,52 325,00

120 1288 -69 0,54 337,50

130 1128 -108 0,57 356,25

140 1063 -165 0,59 368,75

150 1010 -215 0,62 387,50

160 950 -251 0,64 400,00

170 796 -300 0,67 418,75

180 668 -309 0,68 425,00

190 582 -239 0,72 450,00

200 513 -155 0,73 456,25

210 463 -113 0,74 462,50

220 428 -125 0,75 468,75

230 392 -143 0,78 487,50

240 364 -169 0,79 493,75

250 325 -178 0,80 500,00

260 298 -197 0,81 506,25

270 262 -241 0,82 512,50

280 226 -304 0,82 512,50

290 214 -325 0,84 525,00

300 142 -286 0,85 531,25

310 93 -234 0,85 531,25

320 27 -216 0,85 531,25

330 26 -200 0,86 537,50

340 8 -220 0,86 537,50

350 13 -214 0,86 537,50

360 14 -272 0,86 537,50

370 9 -237 0,87 543,75

380 3 -220 0,86 537,50

390 390 -193 0,87 543,75

400 400 -178 0,86 537,50

410 410 -144 0,85 531,25

420 420 -143 0,85 531,25

430 430 -146 0,85 531,25

440 440 -156 0,85 531,25

450 450 -144 0,84 525,00

460 460 -138 0,85 531,25

470 470 -149 0,84 525,00

480 480 -153 0,82 512,50

490 490 -123 0,85 531,25

500 500 -114 0,82 512,50

510 510 -120 0,81 506,25

520 520 -128 0,76 475,00

530 530 -119 0,75 468,75

540 373 -245 0,72 450,00

550 357 -216 0,67 418,75

560 317 -206 0,63 393,75

570 307 -200 0,61 381,25

580 308 -204 0,56 350,00

590 307 -210 0,54 337,50

600 302 -213 0,52 325,00

Tabela 38 - Ensaio RCU Provete H2_3 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 6 -1 0,11 68,75

20 20 -3 0,15 93,75

30 30 -21 0,25 156,25

40 40 -94 0,34 212,50

50 50 -85 0,39 243,75

60 60 -93 0,48 300,00

70 70 -161 0,53 331,25

80 80 -187 0,55 343,75

90 90 -190 0,57 356,25

100 100 -199 0,60 375,00

110 110 -253 0,64 400,00

120 120 -304 0,66 412,50

130 130 -315 0,70 437,50

140 140 -317 0,72 450,00

150 150 -290 0,73 456,25

160 162 -226 0,76 475,00

170 179 -221 0,76 475,00

180 486 -244 0,77 481,25

190 776 -224 0,78 487,50

200 1074 -199 0,78 487,50

210 1323 -195 0,80 500,00

220 1548 -243 0,81 506,25

230 1766 -281 0,83 518,75

240 1963 -337 0,81 506,25

250 2136 -373 0,82 512,50

260 2218 -391 0,83 518,75

270 2221 -453 0,82 512,50

280 2076 -523 0,84 525,00

290 1846 -523 0,85 531,25

300 1550 -510 0,84 525,00

310 1263 -549 0,83 518,75

320 1055 -597 0,85 531,25

330 906 -563 0,85 531,25

340 778 -536 0,84 525,00

350 648 -568 0,85 531,25

360 527 -612 0,85 531,25

370 412 -598 0,84 525,00

380 316 -597 0,83 518,75

390 241 -644 0,82 512,50

400 181 -690 0,83 518,75

410 125 -672 0,82 512,50

420 79 -698 0,82 512,50

430 30 -738 0,81 506,25

440 20 -705 0,75 468,75

450 45 -709 0,71 443,75

460 54 -693 0,67 418,75

470 56 -652 0,64 400,00

480 53 -630 0,61 381,25

490 58 -625 0,59 368,75

500 62 -615 0,60 375,00

510 70 -606 0,58 362,50

520 73 -568 0,57 356,25

530 79 -532 0,56 350,00

540 80 -533 0,54 337,50

550 84 -537 0,55 343,75

560 86 -554 0,54 337,50

570 172 -669 0,53 331,25

580 159 -659 0,52 325,00

590 130 -637 0,50 312,50

600 107 -618 0,50 312,50

Page 112: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

95

Tabela 39 - Ensaio RCU Provete V1 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 1 39 0,13 81,25

20 1 40 0,21 131,25

30 31 40 0,39 243,75

40 70 38 0,45 281,25

50 83 32 0,54 337,50

60 105 2 0,56 350,00

70 153 -38 0,59 368,75

80 243 -75 0,64 400,00

90 366 -132 0,68 425,00

100 471 -182 0,71 443,75

110 594 -241 0,75 468,75

120 705 -295 0,82 512,50

130 827 -346 0,86 537,50

140 946 -396 0,89 556,25

150 1049 -439 0,90 562,50

160 1163 -483 0,93 581,25

170 1259 -519 0,95 593,75

180 1362 -555 0,98 612,50

190 1445 -582 1,03 643,75

200 1521 -606 1,12 700,00

210 1588 -627 1,17 731,25

220 1635 -632 1,21 756,25

230 1663 -636 1,24 775,00

240 1671 -644 1,25 781,25

250 1668 -649 1,25 781,25

260 1654 -646 1,29 806,25

270 1638 -660 1,30 812,50

280 1612 -670 1,31 818,75

290 1560 -695 1,26 787,50

300 1497 -725 1,26 787,50

310 1427 -760 1,25 781,25

320 1345 -794 1,26 787,50

330 1128 -839 1,25 781,25

340 997 -920 1,22 762,50

350 921 -988 1,18 737,50

360 861 -1040 1,16 725,00

370 794 -5691 1,14 712,50

380 731 -5516 1,12 700,00

390 686 -5393 1,13 706,25

400 659 -5221 1,13 706,25

410 638 -5036 1,12 700,00

420 628 -4910 1,10 687,50

430 624 -4682 1,09 681,25

440 624 -4222 1,05 656,25

450 625 -4069 0,99 618,75

460 625 -4562 0,79 493,75

470 624 -4607 0,65 406,25

480 627 -4662 0,62 387,50

490 628 -5124 0,62 387,50

500 626 -4365 0,59 368,75

510 622 -3861 0,58 362,50

520 619 -4310 0,57 356,25

530 614 -3739 0,56 350,00

540 609 -3374 0,54 337,50

550 604 -2225 0,54 337,50

560 596 -2043 0,55 343,75

570 588 -1612 0,53 331,25

580 581 -1374 0,55 343,75

590 576 -1267 0,54 337,50

600 571 -1398 0,54 337,50

Tabela 40 - Ensaio RCU Provete V3 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 1 -1 0,00 0,00

20 3 -1 0,00 0,00

30 2 -1 0,11 68,75

40 37 -4 0,13 81,25

50 58 -6 0,16 100,00

60 67 -6 0,20 125,00

70 62 -6 0,23 143,75

80 60 -5 0,26 162,50

90 65 -5 0,31 193,75

100 70 -5 0,34 212,50

110 72 -5 0,37 231,25

120 81 -6 0,38 237,50

130 95 -7 0,42 262,50

140 101 -8 0,48 300,00

150 112 -9 0,50 312,50

160 150 -13 0,57 356,25

170 204 -19 0,58 362,50

180 255 -25 0,60 375,00

190 314 -31 0,62 387,50

200 399 -38 0,66 412,50

210 485 -45 0,71 443,75

220 574 -52 0,75 468,75

230 664 -59 0,78 487,50

240 751 -67 0,80 500,00

250 842 -75 0,82 512,50

260 930 -83 0,84 525,00

270 1038 -91 0,86 537,50

280 1132 -101 0,88 550,00

290 1252 -113 0,89 556,25

300 1381 -126 0,90 562,50

310 1521 -140 0,94 587,50

320 1622 -152 0,97 606,25

330 1736 -167 1,01 631,25

340 1890 -184 1,04 650,00

350 2019 -200 1,06 662,50

360 2138 -216 1,09 681,25

370 2258 -233 1,10 687,50

380 2411 -253 1,13 706,25

390 2556 -273 1,14 712,50

400 2716 -294 1,15 718,75

410 2849 -315 1,16 725,00

420 2986 -337 1,14 712,50

430 3110 -359 1,16 725,00

440 3259 -384 1,17 731,25

450 3416 -409 1,19 743,75

460 3540 -433 1,19 743,75

470 3646 -459 1,19 743,75

480 3754 -486 1,18 737,50

490 3878 -513 1,20 750,00

500 3968 -539 1,19 743,75

510 4017 -565 1,19 743,75

520 4034 -589 1,20 750,00

530 4047 -616 1,19 743,75

540 4044 -642 1,19 743,75

550 3950 -665 1,16 725,00

560 3844 -685 1,14 712,50

570 3792 -705 1,15 718,75

580 3744 -725 1,14 712,50

590 3691 -742 1,13 706,25

600 3632 -758 1,14 712,50

Tabela 41 - Ensaio RCU Provete V4 5 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 14 0 0,00 0,00

20 13 0 0,16 100,00

30 21 -3 0,23 143,75

40 18 -5 0,28 175,00

50 22 -10 0,30 187,50

60 82 -20 0,45 281,25

70 146 -31 0,42 262,50

80 231 -44 0,47 293,75

90 320 -57 0,52 325,00

100 406 -71 0,53 331,25

110 483 -84 0,54 337,50

120 555 -97 0,58 362,50

130 637 -110 0,60 375,00

140 763 -128 0,60 375,00

150 906 -154 0,62 387,50

160 1058 -181 0,64 400,00

170 1197 -209 0,72 450,00

180 1328 -236 0,92 575,00

190 1450 -264 0,96 600,00

200 1559 -305 0,98 612,50

210 1649 -381 1,01 631,25

220 1691 -506 1,05 656,25

230 1595 -651 1,04 650,00

240 1400 -550 1,05 656,25

250 1250 -444 1,05 656,25

260 1180 -388 1,05 656,25

270 1069 -369 1,08 675,00

280 967 -332 1,11 693,75

290 904 -303 1,15 718,75

300 830 -269 1,16 725,00

310 752 -251 1,20 750,00

320 761 -257 1,21 756,25

330 792 -262 1,22 762,50

340 781 -237 1,22 762,50

350 786 -215 1,21 756,25

360 789 -189 1,22 762,50

370 763 -158 1,23 768,75

380 688 -150 1,21 756,25

390 637 -144 1,22 762,50

400 628 -146 1,21 756,25

410 575 -148 1,21 756,25

420 578 -156 1,23 768,75

430 565 -166 1,21 756,25

440 521 -166 1,23 768,75

450 542 -171 1,23 768,75

460 511 -176 1,21 756,25

470 494 -181 1,20 750,00

480 484 -186 1,17 731,25

490 474 -190 1,16 725,00

Page 113: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

96

Tabela 42 - Ensaio RCU Provete H1_1 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 3 -1 0,00 0,00

20 24 -5 0,00 0,00

30 24 -5 0,10 62,50

40 65 -14 0,21 131,25

50 168 -41 0,36 225,00

60 301 -77 0,45 281,25

70 468 -123 0,52 325,00

80 617 -164 0,57 356,25

90 784 -206 0,65 406,25

100 917 -255 0,70 437,50

110 1070 -314 0,73 456,25

120 1229 -393 0,76 475,00

130 1387 -526 0,76 475,00

140 1467 -664 0,77 481,25

150 1429 -770 0,77 481,25

160 1402 -798 0,77 481,25

170 1369 -737 0,79 493,75

180 1326 -701 0,79 493,75

190 1278 -663 0,80 500,00

200 1213 -628 0,81 506,25

210 1110 -633 0,81 506,25

220 983 -628 0,82 512,50

230 893 -555 0,83 518,75

240 823 -491 0,83 518,75

250 745 -447 0,81 506,25

260 687 -416 0,81 506,25

270 639 -399 0,83 518,75

280 592 -420 0,82 512,50

290 555 -437 0,82 512,50

300 522 -450 0,81 506,25

310 488 -457 0,81 506,25

320 450 -462 0,80 500,00

330 412 -453 0,80 500,00

340 374 -431 0,78 487,50

350 339 -414 0,77 481,25

360 306 -412 0,75 468,75

370 280 -387 0,75 468,75

380 255 -446 0,73 456,25

390 235 -502 0,70 437,50

400 220 -548 0,67 418,75

410 206 -604 0,64 400,00

420 186 -682 0,62 387,50

430 163 -749 0,61 381,25

440 144 -804 0,59 368,75

450 119 -852 0,55 343,75

460 89 -870 0,52 325,00

470 49 -866 0,49 306,25

480 146 -852 0,46 287,50

490 152 -869 0,45 281,25

500 139 -906 0,43 268,75

510 127 -939 0,40 250,00

520 117 -1000 0,38 237,50

530 112 -1052 0,35 218,75

540 108 -1106 0,33 206,25

550 103 -1141 0,32 200,00

560 101 -1170 0,32 200,00

570 105 -1199 0,29 181,25

580 111 -1106 0,30 187,50

590 112 -1063 0,30 187,50

600 116 -1071 0,30 187,50

Tabela 43 - Ensaio RCU Provete H1_3 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 7 0 0,00 0,00

20 11 0 0,10 62,50

30 28 -4 0,22 137,50

40 62 -7 0,34 212,50

50 57 -6 0,40 250,00

60 59 -7 0,43 268,75

70 71 -8 0,47 293,75

80 89 -10 0,51 318,75

90 156 -18 0,60 375,00

100 359 -34 0,76 475,00

110 534 -48 0,78 487,50

120 668 -59 0,82 512,50

130 832 -71 0,86 537,50

140 1005 -86 0,94 587,50

150 1176 -102 0,98 612,50

160 1333 -113 0,99 618,75

170 1494 -121 1,01 631,25

180 1569 -124 1,05 656,25

190 1636 -129 1,06 662,50

200 1682 -139 1,07 668,75

210 1719 -147 1,08 675,00

220 1752 -146 1,07 668,75

230 1774 -148 1,08 675,00

240 1717 -149 1,08 675,00

250 1455 -147 1,08 675,00

260 1406 -145 1,08 675,00

270 1359 -144 1,06 662,50

280 1343 -140 1,07 668,75

290 1335 -137 1,07 668,75

300 1308 -133 1,06 662,50

310 1304 -130 1,08 675,00

320 1190 -120 1,09 681,25

330 1095 -142 1,08 675,00

340 970 -171 1,07 668,75

350 936 -207 1,08 675,00

360 909 -295 1,09 681,25

370 838 -305 1,08 675,00

380 767 -195 1,06 662,50

390 707 11 1,06 662,50

400 665 164 1,04 650,00

410 613 223 1,02 637,50

420 601 213 1,01 631,25

430 591 232 0,99 618,75

440 561 162 0,99 618,75

450 522 -187 0,98 612,50

460 299 -421 0,97 606,25

470 215 -505 0,96 600,00

480 181 -571 0,94 587,50

490 143 -630 0,86 537,50

500 143 -639 0,81 506,25

510 156 -636 0,78 487,50

520 150 -633 0,75 468,75

530 141 -635 0,72 450,00

540 84 -662 0,68 425,00

550 48 -682 0,65 406,25

560 26 -697 0,64 400,00

570 6 -735 0,58 362,50

580 -17 -747 0,56 350,00

590 -38 -790 0,51 318,75

600 -39 -816 0,50 312,50

Tabela 44 - Ensaio RCU Provete H1_4 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 -1 0,00 0,00

10 2 -2 0,00 0,00

20 8 -18 0,00 0,00

30 22 -12 0,00 0,00

40 43 -15 0,10 62,50

50 66 -15 0,11 68,75

60 80 -14 0,12 75,00

70 74 -15 0,14 87,50

80 80 -15 0,16 100,00

90 82 -16 0,20 125,00

100 89 -24 0,27 168,75

110 141 -36 0,32 200,00

120 255 -54 0,36 225,00

130 432 -74 0,43 268,75

140 644 -93 0,48 300,00

150 875 -116 0,54 337,50

160 1183 -135 0,59 368,75

170 1449 -153 0,66 412,50

180 1653 -166 0,73 456,25

190 1750 -174 0,76 475,00

200 1667 -176 0,80 500,00

210 1572 -172 0,82 512,50

220 1503 -171 0,84 525,00

230 1391 -169 0,86 537,50

240 1278 -168 0,87 543,75

250 1169 -172 0,89 556,25

260 1065 -175 0,88 550,00

270 908 -173 0,90 562,50

280 797 -164 0,90 562,50

290 737 -140 0,93 581,25

300 697 -125 0,94 587,50

310 657 -149 0,93 581,25

320 619 -181 0,92 575,00

330 577 -206 0,93 581,25

340 543 -216 0,92 575,00

350 509 -218 0,93 581,25

360 479 -224 0,89 556,25

370 450 -233 0,89 556,25

380 408 -229 0,90 562,50

390 327 -242 0,88 550,00

400 227 -261 0,83 518,75

410 169 -262 0,78 487,50

420 139 -248 0,76 475,00

430 197 -246 0,71 443,75

440 238 -251 0,68 425,00

450 261 -251 0,64 400,00

460 244 -254 0,62 387,50

470 246 -263 0,60 375,00

480 245 -274 0,60 375,00

490 241 -289 0,59 368,75

500 238 -290 0,57 356,25

510 230 -292 0,55 343,75

520 223 -290 0,53 331,25

530 218 -296 0,53 331,25

540 215 -297 0,53 331,25

550 210 -304 0,52 325,00

560 201 -295 0,52 325,00

570 192 -294 0,52 325,00

580 192 -292 0,50 312,50

590 187 -294 0,49 306,25

600 185 -288 0,47 293,75

Page 114: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

97

Tabela 45 - Ensaio RCU Provete H2_1 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 -1 0 0,00 0,00

20 34 -4 0,10 62,50

30 41 -6 0,14 87,50

40 50 -7 0,21 131,25

50 52 -7 0,25 156,25

60 58 -8 0,27 168,75

70 151 -19 0,31 193,75

80 389 -44 0,39 243,75

90 739 -77 0,52 325,00

100 1006 -101 0,63 393,75

110 1213 -134 0,72 450,00

120 1397 -164 0,81 506,25

130 1593 -199 0,86 537,50

140 1754 -241 0,88 550,00

150 1880 -270 0,91 568,75

160 1930 -301 0,95 593,75

170 1844 -296 0,94 587,50

180 1642 -227 0,99 618,75

190 1316 -175 1,00 625,00

200 1073 -143 1,01 631,25

210 918 -122 1,00 625,00

220 844 -116 1,01 631,25

230 788 -120 1,01 631,25

240 737 -135 1,00 625,00

250 686 -154 1,00 625,00

260 654 -169 1,02 637,50

270 630 -180 1,02 637,50

280 602 -193 1,00 625,00

290 577 -203 1,01 631,25

300 548 -211 1,00 625,00

310 517 -214 1,02 637,50

320 479 -208 1,00 625,00

330 453 -283 1,01 631,25

340 432 -323 1,00 625,00

350 409 -348 1,01 631,25

360 387 -371 0,98 612,50

370 364 -403 0,98 612,50

380 337 -420 1,01 631,25

390 302 -447 0,99 618,75

400 275 -483 0,97 606,25

410 244 -533 0,95 593,75

420 212 -564 0,92 575,00

430 177 -584 0,87 543,75

440 147 -596 0,82 512,50

450 104 -596 0,77 481,25

460 76 -564 0,72 450,00

470 86 -536 0,67 418,75

480 94 -498 0,65 406,25

490 101 -475 0,62 387,50

500 100 -482 0,61 381,25

510 97 -473 0,59 368,75

520 97 -489 0,59 368,75

530 103 -493 0,57 356,25

540 101 -496 0,55 343,75

550 100 -499 0,56 350,00

560 103 -483 0,55 343,75

570 108 -464 0,57 356,25

580 114 -470 0,57 356,25

590 116 -473 0,55 343,75

600 120 -486 0,56 350,00

Tabela 46 - Ensaio RCU Provete H2_2 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 30 -3 0,00 0,00

20 66 -7 0,11 68,75

30 63 -6 0,12 75,00

40 71 -7 0,15 93,75

50 327 -32 0,19 118,75

60 817 -77 0,31 193,75

70 1145 -99 0,45 281,25

80 1272 -102 0,57 356,25

90 1338 -105 0,69 431,25

100 1298 -114 0,73 456,25

110 1201 -127 0,75 468,75

120 1120 -146 0,77 481,25

130 1022 -158 0,78 487,50

140 957 -117 0,82 512,50

150 905 -86 0,80 500,00

160 843 -82 0,80 500,00

170 795 -72 0,81 506,25

180 742 -73 0,82 512,50

190 684 -83 0,84 525,00

200 599 -99 0,86 537,50

210 491 -123 0,87 543,75

220 380 -138 0,86 537,50

230 279 -140 0,88 550,00

240 200 -148 0,87 543,75

250 137 -160 0,88 550,00

260 86 -167 0,88 550,00

270 41 -185 0,89 556,25

280 5 -196 0,88 550,00

290 -12 -240 0,87 543,75

300 -30 -290 0,89 556,25

310 -44 -334 0,87 543,75

320 -61 -367 0,87 543,75

330 -81 -383 0,88 550,00

340 -97 -397 0,88 550,00

350 -110 -410 0,87 543,75

360 -129 -414 0,88 550,00

370 -152 -415 0,86 537,50

380 -177 -421 0,85 531,25

390 -208 -401 0,83 518,75

400 -243 -337 0,81 506,25

410 -276 -351 0,77 481,25

420 -299 -415 0,75 468,75

430 -314 -425 0,72 450,00

440 -320 -435 0,67 418,75

450 -327 -432 0,69 431,25

460 -338 -426 0,60 375,00

470 -351 -439 0,56 350,00

480 -362 -458 0,53 331,25

490 -371 -484 0,51 318,75

500 -379 -487 0,47 293,75

510 -385 -481 0,43 268,75

520 -393 -493 0,41 256,25

530 -399 -504 0,39 243,75

540 -422 -506 0,37 231,25

550 -422 -512 0,35 218,75

560 -420 -492 0,37 231,25

570 -421 -497 0,36 225,00

580 -418 -514 0,36 225,00

Tabela 47 - Ensaio RCU Provete H2_3 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 3 -2 0,00 0,00

20 10 -3 0,14 87,50

30 24 -4 0,25 156,25

40 49 -9 0,34 212,50

50 119 -19 0,41 256,25

60 191 -29 0,48 300,00

70 356 -56 0,55 343,75

80 587 -94 0,61 381,25

90 775 -125 0,68 425,00

100 952 -155 0,71 443,75

110 1141 -183 0,76 475,00

120 1307 -210 0,75 468,75

130 1511 -247 0,75 468,75

140 1636 -257 0,77 481,25

150 1695 -271 0,76 475,00

160 1762 -301 0,78 487,50

170 1818 -318 0,81 506,25

180 1886 -337 0,84 525,00

190 1990 -362 0,83 518,75

200 2064 -405 0,86 537,50

210 2081 -330 0,85 537,50

220 2035 -325 0,87 543,75

230 1951 -327 0,86 537,50

240 1815 -317 0,88 550,00

250 1690 -293 0,88 550,00

260 1593 -274 0,90 562,50

270 1506 -301 0,91 568,75

280 1447 -313 0,90 562,50

290 1382 -327 0,90 562,50

300 1339 -345 0,92 575,00

310 1291 -361 0,91 568,75

320 1241 -373 0,91 568,75

330 1169 -365 0,91 568,75

340 1080 -345 0,91 568,75

350 949 -304 0,91 568,75

360 797 -277 0,90 562,50

370 686 -290 0,92 575,00

380 572 -300 0,94 587,50

390 473 -304 0,94 587,50

400 413 -297 0,93 581,25

410 396 -283 0,92 575,00

420 436 -279 0,89 556,25

430 616 -346 0,90 562,50

440 538 -380 0,86 537,50

450 308 -413 0,87 543,75

460 432 -472 0,84 525,00

470 385 -492 0,79 493,75

480 300 -491 0,67 418,75

490 260 -483 0,53 331,25

500 230 -476 0,51 318,75

510 240 -475 0,50 312,50

520 218 -485 0,44 275,00

530 215 -498 0,41 256,25

540 202 -510 0,41 256,25

550 156 -521 0,36 225,00

560 162 -535 0,33 206,25

570 139 -547 0,34 212,50

580 99 -573 0,33 206,25

590 82 -592 0,31 193,75

600 74 -612 0,30 187,50

Page 115: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

98

Tabela 48 - Ensaio RCU Provete V1 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 -1 39 0,00 0,00

20 -1 40 0,10 62,50

30 31 40 0,11 68,75

40 70 38 0,12 75,00

50 83 32 0,15 93,75

60 105 2 0,23 143,75

70 153 -38 0,30 187,50

80 243 -75 0,44 275,00

90 366 -132 0,49 306,25

100 471 -182 0,56 350,00

110 594 -241 0,65 406,25

120 705 -295 0,73 456,25

130 827 -346 0,76 475,00

140 946 -396 0,91 568,75

150 1049 -439 1,02 637,50

160 1163 -483 1,03 643,75

170 1259 -519 1,10 687,50

180 1362 -555 1,18 737,50

190 1445 -582 1,14 712,50

200 1521 -606 1,16 725,00

210 1588 -627 1,17 731,25

220 1635 -632 1,18 737,50

230 1663 -636 1,18 737,50

240 1671 -644 1,21 756,25

250 1668 -649 1,20 750,00

260 1654 -646 1,21 756,25

270 1638 -660 1,21 756,25

280 1612 -670 1,22 762,50

290 1560 -695 1,21 756,25

300 1497 -725 1,21 756,25

310 1427 -760 1,22 762,50

320 1345 -794 1,20 750,00

330 1128 -839 1,21 756,25

340 997 -920 1,21 756,25

350 921 -988 1,18 737,50

360 861 -1040 1,19 743,75

370 794 -5691 1,17 731,25

380 731 -5516 1,13 706,25

390 686 -5393 1,10 687,50

400 659 -5221 1,04 650,00

410 638 -5036 0,99 618,75

420 628 -4910 1,01 631,25

430 624 -4682 0,95 593,75

440 624 -4222 0,94 587,50

450 625 -4069 0,93 581,25

460 625 -4562 0,89 556,25

470 624 -4607 0,88 550,00

480 627 -4662 0,85 531,25

490 628 -5124 0,87 543,75

500 626 -4365 0,83 518,75

510 622 -3861 0,82 512,50

520 619 -4310 0,80 500,00

530 614 -3739 0,77 481,25

540 609 -3374 0,76 475,00

550 604 -2225 0,73 456,25

560 596 -2043 0,71 443,75

570 588 -1612 0,68 425,00

580 581 -1374 0,67 418,75

590 576 -1267 0,65 406,25

600 571 -1398 0,67 418,75

Tabela 49 - Ensaio RCU Provete V2 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 -2 -1 0,00 0,00

20 11 -1 0,00 0,00

30 29 -5 0,10 62,50

40 50 -9 0,11 68,75

50 61 -12 0,14 87,50

60 63 -13 0,15 93,75

70 67 -15 0,19 118,75

80 104 -26 0,26 162,50

90 198 -47 0,34 212,50

100 335 -76 0,43 268,75

110 535 -118 0,51 318,75

120 763 -168 0,60 375,00

130 1000 -225 0,64 400,00

140 1233 -292 0,67 418,75

150 1440 -353 0,73 456,25

160 1603 -416 0,75 468,75

170 1690 -473 0,81 506,25

180 1685 -524 0,86 537,50

190 1677 -574 0,92 575,00

200 1665 -624 0,96 600,00

210 1484 -670 0,99 618,75

220 1451 -718 1,01 631,25

230 1390 -768 1,03 643,75

240 1343 -817 1,05 656,25

250 1330 -866 1,09 681,25

260 1341 -906 1,13 706,25

270 1355 -945 1,14 712,50

280 1366 -980 1,16 725,00

290 1369 -1010 1,19 743,75

300 1352 -1037 1,21 756,25

310 1330 -1055 1,22 762,50

320 1302 -1069 1,24 775,00

330 1262 -1090 1,19 743,75

340 1174 -1120 1,18 737,50

350 1113 -1095 1,18 737,50

360 1071 -1040 1,19 743,75

370 1047 -962 1,18 737,50

380 1029 -878 1,11 693,75

390 1010 -777 1,03 643,75

400 1004 -703 0,89 556,25

410 1018 -703 0,83 518,75

420 1018 -399 0,74 462,50

430 1003 -272 0,68 425,00

440 987 -259 0,60 375,00

450 970 -231 0,57 356,25

460 958 -213 0,54 337,50

470 948 -202 0,55 343,75

480 941 -194 0,56 350,00

490 937 -189 0,55 343,75

500 932 -181 0,53 331,25

510 927 -165 0,54 337,50

520 919 -153 0,53 331,25

530 915 -143 0,52 325,00

540 915 -129 0,53 331,25

550 903 -116 0,52 325,00

560 903 -97 0,52 325,00

570 902 -79 0,52 325,00

580 899 -61 0,54 337,50

590 895 -42 0,54 337,50

600 891 -24 0,54 337,50

Tabela 50 - Ensaio RCU Provete V3 10 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 3 0 0,00 0,00

20 8 -1 0,11 68,75

30 60 -1 0,25 156,25

40 83 -3 0,29 181,25

50 114 -8 0,34 212,50

60 158 -15 0,49 306,25

70 213 -21 0,57 356,25

80 306 -35 0,65 406,25

90 429 -40 0,73 456,25

100 586 -59 0,77 481,25

110 765 -66 0,84 525,00

120 1001 -104 0,92 575,00

130 1242 -132 0,99 618,75

140 1529 -169 1,01 631,25

150 1798 -207 1,05 656,25

160 2111 -251 1,07 668,75

170 2393 -292 1,08 675,00

180 2666 -319 1,12 700,00

190 2906 -344 1,14 712,50

200 3058 -369 1,14 712,50

210 3195 -382 1,13 706,25

220 3273 -407 1,15 718,75

230 3320 -427 1,14 712,50

240 3338 -446 1,13 706,25

250 2882 -480 1,13 706,25

260 2289 -446 1,14 712,50

270 1626 -236 1,15 718,75

280 1363 -212 1,14 712,50

290 1251 -164 1,15 718,75

300 1180 -283 1,14 712,50

310 1100 -323 1,12 700,00

320 968 -375 1,11 693,75

330 870 -319 1,11 693,75

340 783 -243 1,08 675,00

350 729 -160 1,09 681,25

360 680 -150 1,04 650,00

370 632 -115 1,02 637,50

380 595 -101 0,98 612,50

390 593 -122 0,94 587,50

400 573 -190 0,87 543,75

410 621 -236 0,78 487,50

420 754 -254 0,68 425,00

430 751 -270 0,66 412,50

440 824 -272 0,63 393,75

450 820 -277 0,63 393,75

460 980 -312 0,62 387,50

Page 116: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

99

Tabela 51 - Ensaio RCU Provete H1_1 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 2 -86 0,00 0,00

20 101 -282 0,10 62,50

30 181 -576 0,12 75,00

40 433 -1002 0,13 81,25

50 701 -1555 0,16 100,00

60 2459 -2235 0,24 150,00

70 8906 -2956 0,35 218,75

80 6901 -3561 0,45 281,25

90 5454 -2825 0,56 350,00

100 6155 -2833 0,65 406,25

110 #VALUE! -2940 0,74 462,50

120 #VALUE! -3013 0,82 512,50

130 #VALUE! -2079 0,86 537,50

140 #VALUE! -1752 0,86 537,50

150 #VALUE! -1483 0,88 550,00

160 #VALUE! -1274 0,90 562,50

170 -2637 -1113 0,91 568,75

180 1551 -964 0,92 575,00

190 #VALUE! -857 0,93 581,25

200 #VALUE! -776 0,95 593,75

210 #VALUE! -703 0,96 600,00

220 #VALUE! -660 0,96 600,00

230 #VALUE! -617 0,95 593,75

240 #VALUE! -562 0,97 606,25

250 #VALUE! -489 0,97 606,25

260 #VALUE! -453 0,97 606,25

270 #VALUE! -426 0,99 618,75

280 #VALUE! -407 1,00 625,00

290 #VALUE! -393 1,00 625,00

300 #VALUE! -382 1,01 631,25

310 #VALUE! -375 1,02 637,50

320 #VALUE! -361 1,01 631,25

330 #VALUE! -360 1,02 637,50

340 #VALUE! -360 1,00 625,00

350 #VALUE! -351 1,01 631,25

360 #VALUE! -346 0,99 618,75

370 #VALUE! -339 0,98 612,50

380 #VALUE! -334 0,98 612,50

390 #VALUE! -323 0,95 593,75

400 #VALUE! -313 0,91 568,75

410 #VALUE! -305 0,84 525,00

420 #VALUE! -295 0,79 493,75

430 #VALUE! -276 0,74 462,50

440 #VALUE! -262 0,68 425,00

450 #VALUE! -241 0,59 368,75

460 #VALUE! -226 0,52 325,00

470 #VALUE! -225 0,47 293,75

480 #VALUE! -258 0,44 275,00

490 #VALUE! -169 0,42 262,50

500 #VALUE! -157 0,40 250,00

510 #VALUE! -145 0,39 243,75

520 #VALUE! -138 0,38 237,50

530 #VALUE! -137 0,37 231,25

540 #VALUE! -124 0,36 225,00

550 #VALUE! -133 0,35 218,75

560 #VALUE! -172 0,34 212,50

570 #VALUE! -173 0,34 212,50

Tabela 52 - Ensaio RCU Provete H1_2 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 2 -9 0,00 0,00

20 48 -7 0,12 75,00

30 71 -23 0,13 81,25

40 63 -28 0,16 100,00

50 66 -23 0,25 156,25

60 80 -32 0,34 212,50

70 123 -65 0,42 262,50

80 197 -126 0,53 331,25

90 328 -195 0,59 368,75

100 516 -299 0,65 406,25

110 734 -355 0,73 456,25

120 950 -316 0,80 500,00

130 1134 -246 0,83 518,75

140 1241 -218 0,84 525,00

150 1107 -207 0,89 556,25

160 929 -196 0,88 550,00

170 819 -176 0,90 562,50

180 695 -153 0,91 568,75

190 598 -122 0,92 575,00

200 539 -113 0,94 587,50

210 485 -100 0,95 593,75

220 454 -82 0,95 593,75

230 385 -86 0,96 600,00

240 328 -89 0,97 606,25

250 259 -77 0,97 606,25

260 199 -73 0,98 612,50

270 143 -71 1,01 631,25

280 97 -74 1,03 643,75

290 27 -72 1,05 656,25

300 12 -82 1,06 662,50

310 33 -79 1,06 662,50

320 81 -183 1,05 656,25

330 126 -262 1,04 650,00

340 163 -342 1,05 656,25

350 191 -433 1,05 656,25

360 229 -498 1,02 637,50

370 251 -563 1,00 625,00

380 262 -640 1,01 631,25

390 255 -720 1,00 625,00

400 260 -762 0,99 618,75

410 265 -801 0,98 612,50

420 249 -824 0,95 593,75

430 221 -852 0,91 568,75

440 231 -868 0,97 606,25

450 243 -895 0,92 575,00

460 246 -934 0,86 537,50

470 245 -1022 0,85 531,25

480 237 -1024 0,83 518,75

490 227 -1008 0,80 500,00

500 213 -1020 0,78 487,50

510 218 -1044 0,73 456,25

520 223 -1078 0,72 450,00

530 229 -1080 0,69 431,25

540 233 -1087 0,68 425,00

550 230 -1091 0,53 331,25

560 224 -1106 0,50 312,50

570 251 -1106 0,47 293,75

580 247 -1044 0,44 275,00

590 275 -1043 0,42 262,50

600 263 -1087 0,43 268,75

Tabela 53 - Ensaio RCU Provete H1_3 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 0 -2 0,10 62,50

20 0 -12 0,21 131,25

30 9 -20 0,45 281,25

40 264 -31 0,55 343,75

50 600 -41 0,59 368,75

60 869 -61 0,62 387,50

70 999 -77 0,64 400,00

80 1104 -74 0,66 412,50

90 1161 -64 0,69 431,25

100 1243 -96 0,70 437,50

110 1269 -257 0,71 443,75

120 1179 -266 0,72 450,00

130 1036 -238 0,72 450,00

140 861 -161 0,72 450,00

150 739 -133 0,72 450,00

160 549 -76 0,73 456,25

170 459 -9 0,72 450,00

180 392 0 0,76 475,00

190 345 0 0,78 487,50

200 307 0 0,80 500,00

210 265 0 0,82 512,50

220 232 0 0,83 518,75

230 198 0 0,85 531,25

240 174 0 0,86 537,50

250 162 0 0,85 531,25

260 158 0 0,86 537,50

270 139 0 0,86 537,50

280 133 0 0,86 537,50

290 124 0 0,84 525,00

300 118 0 0,85 531,25

310 110 0 0,83 518,75

320 109 0 0,81 506,25

330 99 0 0,81 506,25

340 86 0 0,82 512,50

350 78 0 0,82 512,50

360 76 0 0,80 500,00

370 33 0 0,79 493,75

380 0 0 0,77 481,25

390 0 0 0,71 443,75

400 0 0 0,64 400,00

410 0 0 0,58 362,50

420 0 0 0,57 356,25

430 0 0 0,53 331,25

440 0 0 0,49 306,25

450 0 0 0,45 281,25

460 0 0 0,46 287,50

470 0 0 0,44 275,00

480 0 0 0,44 275,00

490 0 0 0,42 262,50

500 0 0 0,42 262,50

510 0 0 0,39 243,75

520 0 0 0,40 250,00

530 0 0 0,38 237,50

540 0 0 0,38 237,50

550 0 0 0,38 237,50

560 0 0 0,36 225,00

Page 117: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

100

Tabela 54 - Ensaio RCU Provete H2_1 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 7 -10 0,00 0,00

20 9 -15 0,13 81,25

30 15 -26 0,18 112,50

40 28 -28 0,22 137,50

50 33 -16 0,26 162,50

60 37 -12 0,35 218,75

70 40 -12 0,37 231,25

80 43 -10 0,40 250,00

90 44 -10 0,43 268,75

100 50 -8 0,48 300,00

110 56 -4 0,51 318,75

120 126 -6 0,54 337,50

130 203 -13 0,58 362,50

140 289 -22 0,63 393,75

150 369 -35 0,67 418,75

160 437 -45 0,70 437,50

170 501 -48 0,76 475,00

180 566 -49 0,81 506,25

190 645 -47 0,84 525,00

200 799 -53 0,89 556,25

210 986 -62 0,89 556,25

220 1165 -83 0,93 581,25

230 1353 -106 0,94 587,50

240 1520 -32 0,95 593,75

250 1709 -58 0,98 612,50

260 1883 -96 0,99 618,75

270 2060 -218 1,01 631,25

280 2207 -245 1,03 643,75

290 2302 -260 1,04 650,00

300 2393 -281 1,05 656,25

310 2504 -335 1,07 668,75

320 2554 -376 1,08 675,00

330 2574 -434 1,10 687,50

340 2562 -506 1,08 675,00

350 2491 -545 1,10 687,50

360 2318 -603 1,11 693,75

370 2072 -637 1,12 700,00

380 1851 -648 1,11 693,75

390 1691 -620 1,12 700,00

400 1560 -579 1,11 693,75

410 1349 -515 1,12 700,00

420 1047 -463 1,12 700,00

430 690 -447 1,11 693,75

440 552 -447 1,12 700,00

450 389 -442 1,11 693,75

460 316 -440 1,10 687,50

470 256 -432 1,08 675,00

480 230 -421 1,07 668,75

490 214 -412 1,08 675,00

500 197 -414 1,05 656,25

510 175 -418 1,04 650,00

520 162 -424 1,02 637,50

530 160 -441 1,01 631,25

540 153 -461 1,00 625,00

550 153 -467 0,98 612,50

560 O/S- -472 0,94 587,50

570 O/S- -495 0,90 562,50

580 O/S- -513 0,84 525,00

590 122 -516 0,79 493,75

600 O/S- -505 0,74 462,50

Tabela 55 - Ensaio RCU Provete H2_2 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 71 -15 0,00 0,00

20 94 -19 0,13 81,25

30 121 -22 0,18 112,50

40 207 -36 0,22 137,50

50 273 -50 0,26 162,50

60 361 -67 0,35 218,75

70 469 -99 0,38 237,50

80 589 -156 0,42 262,50

90 709 -199 0,46 287,50

100 842 -221 0,52 325,00

110 961 -245 0,54 337,50

120 1110 -274 0,59 368,75

130 1260 -314 0,63 393,75

140 1400 -392 0,70 437,50

150 1537 -547 0,73 456,25

160 1658 -697 0,75 468,75

170 1754 -935 0,78 487,50

180 1855 -1164 0,81 506,25

190 1955 -1320 0,84 525,00

200 2029 -1679 0,89 556,25

210 2095 -2480 0,89 556,25

220 2131 -3320 0,93 581,25

230 2128 -5647 0,94 587,50

240 2068 -9503 0,95 593,75

250 1998 -10692 0,98 612,50

260 1944 -13020 0,99 618,75

270 1897 -18470 1,01 631,25

280 1858 -21639 1,03 643,75

290 1829 -21370 1,04 650,00

300 1779 -28942 1,05 656,25

310 1706 -22389 1,07 668,75

320 1611 -38325 1,08 675,00

330 1471 -19834 1,10 687,50

340 1279 -28365 1,08 675,00

350 1194 O/S- 1,10 687,50

360 1139 O/S- 1,11 693,75

370 1097 O/S- 1,13 706,25

380 1063 O/S- 1,12 700,00

390 1035 O/S- 1,12 700,00

400 1009 O/S- 1,15 718,75

410 980 O/S- 1,15 718,75

420 947 O/S- 1,16 725,00

430 917 O/S- 1,16 725,00

440 893 O/S- 1,16 725,00

450 868 O/S- 1,17 731,25

460 834 O/S- 1,17 731,25

470 787 O/S- 1,16 725,00

480 743 O/S- 1,17 731,25

490 710 O/S- 1,17 731,25

500 677 O/S- 1,16 725,00

510 639 O/S- 1,15 718,75

520 592 O/S- 1,14 712,50

530 544 O/S- 1,12 700,00

540 500 O/S- 1,09 681,25

550 481 -39279 1,05 656,25

560 471 -37922 0,97 606,25

570 464 -36913 0,90 562,50

580 453 -36288 0,84 525,00

590 423 -35066 0,79 493,75

600 374 -29412 0,74 462,50

Tabela 56 - Ensaio RCU Provete H2_3 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 66 -157 0,11 68,75

20 87 -161 0,15 93,75

30 112 -168 0,25 156,25

40 124 -181 0,34 212,50

50 157 -199 0,39 243,75

60 278 -219 0,48 300,00

70 482 -240 0,53 331,25

80 688 -256 0,55 343,75

90 704 -267 0,57 356,25

100 982 -277 0,60 375,00

110 1596 -287 0,64 400,00

120 2009 -305 0,66 412,50

130 2038 -332 0,70 437,50

140 2371 -349 0,72 450,00

150 2748 -362 0,73 456,25

160 3139 -389 0,76 475,00

170 3044 -493 0,76 475,00

180 3000 -520 0,77 481,25

190 2498 -543 0,78 487,50

200 1996 -571 0,78 487,50

210 1716 -588 0,80 500,00

220 1212 -604 0,81 506,25

230 1135 -555 0,83 518,75

240 594 -561 0,81 506,25

250 326 -581 0,82 512,50

260 183 -591 0,83 518,75

270 70 -622 0,82 512,50

280 24 -653 0,84 525,00

290 170 -678 0,85 531,25

300 281 -684 0,84 525,00

310 304 -684 0,83 518,75

320 167 -688 0,85 531,25

330 40 -697 0,85 531,25

340 136 -713 0,84 525,00

350 184 -714 0,85 531,25

360 38 -702 0,85 531,25

370 -20 -698 0,84 525,00

380 83 -690 0,83 518,75

390 1489 -677 0,82 512,50

400 2302 -681 0,83 518,75

410 2584 -694 0,82 512,50

420 2869 -711 0,82 512,50

430 #VALUE! -861 0,81 506,25

440 #VALUE! -865 0,75 468,75

450 #VALUE! -972 0,71 443,75

460 #VALUE! -1024 0,67 418,75

470 #VALUE! -1004 0,64 400,00

480 #VALUE! -1036 0,61 381,25

490 #VALUE! -1077 0,59 368,75

500 #VALUE! -1043 0,60 375,00

510 #VALUE! -1038 0,58 362,50

520 #VALUE! -1043 0,57 356,25

530 #VALUE! -1062 0,56 350,00

540 5132 -567 0,54 337,50

550 5140 -558 0,55 343,75

560 6538 -569 0,54 337,50

570 6953 -576 0,53 331,25

580 7175 -575 0,52 325,00

590 7283 -581 0,50 312,50

600 7280 -593 0,50 312,50

Page 118: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

101

Tabela 57 - Ensaio RCU Provete V1 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 2 -5 0,13 81,25

20 100 -11 0,21 131,25

30 282 -27 0,39 243,75

40 619 -63 0,45 281,25

50 1049 -688 0,54 337,50

60 1524 -1376 0,56 350,00

70 1916 -1682 0,59 368,75

80 1996 -1913 0,64 400,00

90 2008 -2088 0,68 425,00

100 2072 -2102 0,71 443,75

110 2124 -2067 0,75 468,75

120 2059 -2072 0,82 512,50

130 1980 -2267 0,86 537,50

140 1911 -3023 0,89 556,25

150 1692 -3630 0,90 562,50

160 1500 -4867 0,93 581,25

170 1349 -4757 0,95 593,75

180 1197 -4574 0,98 612,50

190 1021 -3691 1,03 643,75

200 902 -2887 1,12 700,00

210 817 -2462 1,17 731,25

220 739 -2282 1,21 756,25

230 685 -1864 1,24 775,00

240 648 -1740 1,25 781,25

250 617 -1876 1,25 781,25

260 579 -2350 1,29 806,25

270 534 -2410 1,30 812,50

280 469 -2551 1,31 818,75

290 413 -2374 1,26 787,50

300 395 -2274 1,26 787,50

310 360 -2097 1,25 781,25

320 333 -2046 1,26 787,50

330 317 -2047 1,25 781,25

340 306 -2064 1,22 762,50

350 297 -2093 1,18 737,50

360 290 -2110 1,16 725,00

370 287 -2119 1,14 712,50

380 283 -2105 1,12 700,00

390 285 -2086 1,13 706,25

400 290 -2065 1,13 706,25

410 290 -2051 1,12 700,00

420 293 -2037 1,10 687,50

430 292 -2045 1,09 681,25

440 298 -2040 1,05 656,25

450 303 -2026 0,99 618,75

460 307 -2029 0,79 493,75

470 301 -2059 0,65 406,25

480 303 -2069 0,62 387,50

490 304 -2085 0,62 387,50

500 299 -2133 0,59 368,75

510 295 -2171 0,58 362,50

520 291 -2245 0,57 356,25

530 282 -2342 0,56 350,00

540 271 -2432 0,54 337,50

550 266 -2450 0,54 337,50

560 252 -2529 0,55 343,75

570 232 -2753 0,53 331,25

580 214 -2793 0,55 343,75

Tabela 58 - Ensaio RCU Provete V2 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 22 -41 0,11 68,75

20 593 -69 0,17 106,25

30 1263 -123 0,32 200,00

40 1529 -231 0,35 218,75

50 1483 -298 0,37 231,25

60 1496 -284 0,39 243,75

70 1428 -285 0,42 262,50

80 1337 -317 0,42 262,50

90 1188 -342 0,40 250,00

100 941 -308 0,49 306,25

110 789 -357 0,55 343,75

120 688 -433 0,62 387,50

130 604 -391 0,69 431,25

140 536 -376 0,70 437,50

150 385 -344 0,71 443,75

160 129 -357 0,75 468,75

170 19 -377 0,76 475,00

180 92 -359 0,78 487,50

190 182 -351 0,82 512,50

200 268 -383 0,85 531,25

210 344 -402 0,96 600,00

220 387 -385 0,94 587,50

230 406 -373 0,99 618,75

240 387 -358 1,00 625,00

250 306 -233 1,00 625,00

260 289 -282 1,00 625,00

270 278 -302 1,01 631,25

280 303 -276 1,00 625,00

290 296 -261 1,04 650,00

300 343 -284 1,04 650,00

310 346 -312 1,10 687,50

320 361 -316 1,11 693,75

330 370 -309 1,10 687,50

340 381 -315 1,11 693,75

350 401 -281 1,12 700,00

360 416 -238 1,10 687,50

370 412 -202 1,10 687,50

380 431 -214 1,10 687,50

390 443 -225 1,11 693,75

400 464 -259 1,02 637,50

410 476 -213 0,98 612,50

420 476 -260 0,97 606,25

430 474 -252 0,96 600,00

440 483 -224 0,94 587,50

450 478 -280 0,92 575,00

460 480 -252 0,90 562,50

470 486 -311 0,86 537,50

480 490 -329 0,81 506,25

490 497 -319 0,76 475,00

500 513 -347 0,74 462,50

510 525 -388 0,74 462,50

520 526 -376 0,72 450,00

Tabela 59 - Ensaio RCU Provete V3 20 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 0 -10 0,12 75,00

20 12 -27 0,26 162,50

30 69 -68 0,32 200,00

40 205 -105 0,48 300,00

50 524 -167 0,65 406,25

60 1030 -202 0,82 512,50

70 1521 -196 0,90 562,50

80 1676 -181 0,96 562,50

90 1519 -177 0,99 618,75

100 1331 -151 1,01 631,25

110 1212 -93 1,03 643,75

120 1127 -41 1,03 643,75

130 1066 -31 1,04 650,00

140 1033 -30 1,03 643,75

150 1003 -7 1,03 643,75

160 960 10 1,02 637,50

170 910 -9 1,02 637,50

180 840 -80 1,01 631,25

190 763 -206 1,00 625,00

200 635 -234 0,99 618,75

210 488 -357 0,99 618,75

220 364 -390 0,98 612,50

230 257 -430 0,98 612,50

240 188 -474 0,97 606,25

250 142 -604 0,94 587,50

260 82 -617 0,93 581,25

270 3 -709 0,93 581,25

280 75 -763 0,89 556,25

290 85 -744 0,84 525,00

300 78 -756 0,81 506,25

310 90 -764 0,76 475,00

320 93 -816 0,72 450,00

330 77 -890 0,68 425,00

340 49 -965 0,65 403,13

350 37 -1011 0,62 387,50

360 28 -1067 0,58 362,50

370 19 -1128 0,57 356,25

380 33 -1147 0,56 350,00

390 25 -1177 0,55 343,75

400 24 -1213 0,55 343,75

410 15 -1236 0,53 331,25

420 9 -1246 0,52 325,00

430 6 -1309 0,51 318,75

440 1 -1340 0,50 312,50

450 -4 -1416 0,50 312,50

460 -12 -1498 0,49 306,25

470 -25 -1599 0,48 300,00

480 -33 -1653 0,48 300,00

490 -37 -1710 0,50 312,50

500 -53 -1781 0,49 306,25

510 -22 -1794 0,49 306,25

520 -21 -1840 0,49 306,25

530 -33 -1889 0,49 306,25

540 -49 -1840 0,48 300,00

550 -56 -1889 0,48 300,00

Page 119: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

102

Tabela 60 - Ensaio RCU Provete H1_1 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 31 -9 0,00 0,00

10 110 -23 0,61 68,75

20 160 -29 0,61 68,75

30 208 -32 0,65 93,75

40 276 -43 0,16 100,00

50 349 -58 0,20 125,00

60 374 -64 0,22 137,50

70 396 -72 0,25 156,25

80 457 -92 0,29 181,25

90 595 -123 0,33 206,25

100 746 -164 0,41 256,25

110 930 -233 0,46 287,50

120 1080 -318 0,52 325,00

130 991 -354 0,54 337,50

140 924 -386 0,55 343,75

150 858 -423 0,56 350,00

160 790 -442 0,58 362,50

170 708 -450 0,59 368,75

180 625 -475 0,60 375,00

190 565 -488 0,61 381,25

200 522 -491 0,61 381,25

210 482 -485 0,65 406,25

220 448 -468 0,66 412,50

230 414 -464 0,66 412,50

240 383 -462 0,66 412,50

250 346 -463 0,66 412,50

260 297 -471 0,67 418,75

270 234 -473 0,66 412,50

280 181 -474 0,72 450,00

290 115 -493 0,73 456,25

300 30 -492 0,72 450,00

310 -50 -473 0,73 456,25

320 -148 -479 0,72 450,00

330 -217 -503 0,70 437,50

340 -249 -528 0,68 425,00

350 -276 -562 0,65 406,25

360 -320 -626 0,65 406,25

370 -394 -659 0,62 387,50

380 -472 -649 0,59 368,75

390 -533 -663 0,55 343,75

400 -591 -652 0,53 331,25

410 -637 -645 0,50 312,50

420 -681 -630 0,49 306,25

430 -723 -600 0,47 293,75

440 -767 -587 0,44 275,00

450 -796 -579 0,42 262,50

460 -822 -573 0,42 262,50

470 -846 -572 0,41 256,25

480 -878 -570 0,40 250,00

490 -902 -562 0,41 256,25

500 -928 -568 0,41 256,25

510 -949 -562 0,38 237,50

520 -973 -552 0,37 231,25

530 -995 -540 0,35 218,75

540 -995 -547 0,36 225,00

550 -999 -555 0,34 212,50

560 -1026 -554 0,35 218,75

570 -1045 -584 0,32 200,00

580 -1061 -625 0,33 206,25

590 -1077 -670 0,31 193,75

600 0 373 0,30 187,50

Tabela 61 - Ensaio RCU Provete H1_2 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 5 0 0,14 87,50

20 0 -2 0,15 93,75

30 3 -10 0,19 118,75

40 17 -9 0,21 131,25

50 49 -27 0,24 150,00

60 95 -31 0,29 181,25

70 171 -66 0,31 193,75

80 179 -62 0,34 212,50

90 283 -77 0,37 231,25

100 457 -103 0,43 268,75

110 601 -129 0,46 287,50

120 678 -199 0,51 318,75

130 629 -229 0,56 350,00

140 634 -271 0,60 375,00

150 673 -322 0,62 387,50

160 720 -356 0,65 406,25

170 752 -410 0,67 418,75

180 727 -427 0,70 437,50

190 673 -441 0,72 450,00

200 592 -460 0,71 443,75

210 514 -443 0,73 456,25

220 422 -416 0,73 456,25

230 356 -414 0,76 475,00

240 273 -363 0,78 487,50

250 210 -193 0,78 487,50

260 165 -363 0,80 500,00

270 114 -395 0,81 506,25

280 56 -310 0,80 500,00

290 9 -324 0,81 506,25

300 22 -309 0,82 512,50

310 60 -285 0,80 500,00

320 92 -309 0,79 493,75

330 140 -318 0,77 481,25

340 176 -324 0,76 475,00

350 227 -343 0,74 462,50

360 253 -363 0,70 437,50

370 265 -406 0,67 418,75

380 269 -370 0,64 400,00

390 285 -307 0,59 368,75

400 286 -322 0,58 362,50

410 296 -293 0,55 343,75

420 310 -298 0,56 350,00

430 325 -243 0,55 343,75

440 332 -258 0,53 331,25

450 345 -266 0,52 325,00

460 362 -301 0,52 325,00

470 364 -360 0,51 318,75

480 385 -365 0,50 312,50

490 392 -386 0,49 306,25

500 405 -389 0,50 312,50

510 424 -396 0,48 300,00

520 427 -435 0,48 300,00

530 434 -454 0,47 293,75

540 443 -493 0,46 287,50

550 457 -514 0,46 287,50

560 466 -543 0,45 281,25

570 465 -570 0,45 281,25

580 465 -610 0,45 281,25

590 468 -634 0,45 281,25

600 469 -674 0,44 275,00

Tabela 62 - Ensaio RCU Provete H1_3 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 18 -4 0,00 0,00

20 155 -44 0,13 81,25

30 234 -74 0,24 150,00

40 240 -82 0,30 187,50

50 247 -89 0,33 206,25

60 311 -97 0,36 225,00

70 344 -110 0,37 231,25

80 347 -117 0,40 250,00

90 377 -131 0,44 275,00

100 468 -165 0,47 293,75

110 637 -192 0,40 250,00

120 852 -247 0,52 325,00

130 996 -299 0,54 337,50

140 1082 -357 0,57 356,25

150 1145 -409 0,59 368,75

160 1190 -442 0,62 387,50

170 1171 -468 0,64 400,00

180 1172 -502 0,67 418,75

190 1159 -537 0,68 425,00

200 1072 -565 0,72 450,00

210 956 -587 0,73 456,25

220 915 -605 0,74 462,50

230 889 -615 0,75 468,75

240 797 -626 0,78 487,50

250 725 -640 0,79 493,75

260 651 -653 0,80 500,00

270 549 -664 0,81 506,25

280 518 -679 0,82 512,50

290 484 -689 0,82 512,50

300 442 -700 0,84 525,00

310 381 -708 0,85 531,25

320 319 -715 0,85 531,25

330 305 -719 0,86 537,50

340 291 -718 0,86 537,50

350 265 -711 0,86 537,50

360 197 -691 0,87 543,75

370 139 -651 0,86 537,50

380 143 -581 0,85 531,25

390 121 -473 0,85 531,25

400 75 -377 0,85 531,25

410 33 -306 0,85 531,25

420 8 -238 0,84 525,00

430 -17 -156 0,85 531,25

440 -42 -74 0,84 525,00

450 -73 -4 0,82 512,50

460 -103 46 0,85 531,25

470 -141 74 0,82 512,50

480 -171 90 0,81 506,25

490 -204 102 0,76 475,00

500 -227 117 0,75 468,75

510 -238 130 0,72 450,00

520 -233 111 0,67 418,75

530 -216 77 0,63 393,75

540 -238 58 0,61 381,25

550 -260 47 0,56 350,00

560 -296 40 0,54 337,50

570 -295 33 0,52 325,00

580 -281 39 0,51 318,75

590 -316 43 0,51 318,75

600 0 0 0,00

Page 120: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

103

Tabela 63 - Ensaio RCU Provete H2_1 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 1 -5 0,12 75,00

20 25 -10 0,19 118,75

30 74 -21 0,22 137,50

40 130 -34 0,24 150,00

50 176 -42 0,25 156,25

60 219 -44 0,28 175,00

70 268 -54 0,35 218,75

80 323 -63 0,37 231,25

90 395 -79 0,38 237,50

100 451 -88 0,38 237,50

110 518 -99 0,41 256,25

120 553 -101 0,47 293,75

130 636 -111 0,47 293,75

140 757 -127 0,50 312,50

150 885 -147 0,52 325,00

160 1042 -172 0,54 337,50

170 1190 -193 0,57 356,25

180 1306 -220 0,60 375,00

190 1446 -243 0,62 387,50

200 1593 -270 0,64 400,00

210 1696 -295 0,65 406,25

220 1770 -328 0,67 418,75

230 1835 -354 0,68 425,00

240 1895 -382 0,72 450,00

250 1920 -403 0,71 443,75

260 1909 -430 0,72 450,00

270 2197 -456 0,73 456,25

280 2119 -465 0,74 462,50

290 2066 -497 0,74 462,50

300 2029 -518 0,77 481,25

310 2009 -548 0,76 475,00

320 1983 -567 0,77 481,25

330 1954 -570 0,78 487,50

340 1927 -587 0,78 487,50

350 1899 -610 0,76 475,00

360 1902 -641 0,78 487,50

370 1877 -697 0,76 475,00

380 1811 -669 0,75 468,75

390 1817 -609 0,75 468,75

400 1711 -508 0,75 468,75

410 1474 -421 0,74 462,50

420 1326 -373 0,74 462,50

430 1224 -378 0,75 468,75

440 1117 -395 0,75 468,75

450 952 -431 0,71 443,75

460 832 -499 0,67 418,75

470 672 -581 0,65 406,25

480 477 -539 0,60 375,00

490 349 -467 0,56 350,00

500 367 -379 0,52 325,00

510 378 -313 0,48 300,00

520 380 -277 0,41 256,25

530 427 -258 0,38 237,50

540 415 -257 0,35 218,75

550 475 -262 0,31 193,75

560 451 -275 0,30 187,50

570 477 -283 0,31 193,75

580 471 -295 0,29 181,25

590 448 -297 0,29 181,25

600 412 -304 0,29 181,25

Tabela 64 - Ensaio RCU Provete H2_2 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 57 -19 0,12 75,00

20 134 -23 0,24 150,00

30 176 -28 0,30 187,50

40 227 -40 0,33 206,25

50 278 -40 0,36 225,00

60 353 -47 0,37 231,25

70 426 -60 0,40 250,00

80 510 -60 0,44 275,00

90 601 -77 0,47 293,75

100 728 -88 0,49 306,25

110 869 -97 0,52 325,00

120 1020 -122 0,54 337,50

130 1180 -137 0,57 356,25

140 1347 -154 0,59 368,75

150 1539 -184 0,62 387,50

160 1728 -199 0,64 400,00

170 1912 -227 0,67 418,75

180 2109 -244 0,68 425,00

190 2296 -270 0,72 450,00

200 2466 -285 0,73 456,25

210 2624 -310 0,74 462,50

220 2750 -328 0,75 468,75

230 2835 -355 0,78 487,50

240 2859 -374 0,79 493,75

250 2861 -427 0,80 500,00

260 2776 -488 0,81 506,25

270 2592 -566 0,82 512,50

280 2527 -621 0,82 512,50

290 2489 -658 0,84 525,00

300 2457 -683 0,85 531,25

310 2434 -689 0,85 531,25

320 2410 -670 0,85 531,25

330 2389 -630 0,86 537,50

340 2358 -586 0,86 537,50

350 2314 -534 0,86 537,50

360 2235 -494 0,86 537,50

370 2117 -446 0,87 543,75

380 1885 -416 0,86 537,50

390 1716 -371 0,87 543,75

400 1533 -331 0,86 537,50

410 1269 -173 0,85 531,25

420 1159 -156 0,85 531,25

430 1074 -157 0,85 531,25

440 997 -152 0,85 531,25

450 922 -189 0,84 525,00

460 845 -235 0,85 531,25

470 784 -286 0,84 525,00

480 716 -305 0,82 512,50

490 658 -315 0,85 531,25

500 601 -316 0,82 512,50

510 541 -294 0,81 506,25

520 484 -300 0,76 475,00

530 430 -282 0,75 468,75

540 373 -245 0,72 450,00

550 357 -216 0,67 418,75

560 317 -206 0,63 393,75

570 307 -200 0,61 381,25

580 308 -204 0,56 350,00

590 307 -210 0,54 337,50

600 302 -213 0,52 325,00

Tabela 65 - Ensaio RCU Provete H2_3 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 7 -6 0,00 0,00

20 116 -24 0,10 62,50

30 213 -40 0,15 93,75

40 290 -52 0,21 131,25

50 340 -60 0,23 143,75

60 396 -64 0,26 162,50

70 469 -74 0,28 175,00

80 558 -87 0,32 200,00

90 663 -106 0,37 231,25

100 780 -124 0,41 256,25

110 904 -142 0,44 275,00

120 1056 -166 0,48 300,00

130 1214 -191 0,51 318,75

140 1379 -213 0,55 343,75

150 1546 -229 0,37 231,25

160 1716 -256 0,41 256,25

170 1889 -282 0,44 275,00

180 2059 -307 0,48 300,00

190 2215 -334 0,51 318,75

200 2379 -359 0,55 343,75

210 2519 -383 0,61 381,25

220 2632 -408 0,66 412,50

230 2713 -430 0,70 437,50

240 2720 -448 0,72 450,00

250 2611 -465 0,73 456,25

260 2314 -474 0,75 468,75

270 2174 -486 0,76 475,00

280 2129 -489 0,78 487,50

290 2151 -504 0,79 493,75

300 2167 -481 0,80 500,00

310 2161 -437 0,80 500,00

320 2155 -387 0,82 512,50

330 2033 -329 0,81 506,25

340 1875 -245 0,82 512,50

350 1733 -209 0,84 525,00

360 1626 -268 0,86 537,50

370 1456 -334 0,88 550,00

380 1297 -384 0,90 562,50

390 1132 -432 0,90 562,50

400 1021 -453 0,88 550,00

410 869 -363 0,87 543,75

420 818 -383 0,85 531,25

430 748 -446 0,84 525,00

440 689 -502 0,80 500,00

450 615 -585 0,75 468,75

460 585 -583 0,68 425,00

470 579 -595 0,63 393,75

480 566 -624 0,60 375,00

490 549 -652 0,56 350,00

500 521 -663 0,51 318,75

510 492 -679 0,48 300,00

520 461 -679 0,45 281,25

530 414 -675 0,43 268,75

540 355 -667 0,41 256,25

550 243 -668 0,40 250,00

560 195 -665 0,36 225,00

570 172 -669 0,34 212,50

580 159 -659 0,33 206,25

590 130 -637 0,33 206,25

600 107 -618 0,31 193,75

Page 121: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

104

Tabela 66 - Ensaio RCU Provete V1 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 8 0 0,00 0,00

20 19 0 0,00 0,00

30 39 0 0,00 0,00

40 32 0 0,00 0,00

50 13 0 0,10 62,50

60 0 0 0,12 75,00

70 4 -1 0,12 75,00

80 5 -1 0,13 81,25

90 3 -1 0,13 81,25

100 4 -4 0,16 100,00

110 33 -12 0,19 118,75

120 132 -28 0,24 150,00

130 190 -36 0,24 150,00

140 251 -44 0,24 150,00

150 304 -59 0,26 162,50

160 383 -240 0,32 200,00

170 495 -317 0,37 231,25

180 616 -456 0,41 256,25

190 728 -499 0,42 262,50

200 835 -458 0,47 293,75

210 912 -457 0,49 306,25

220 984 -457 0,52 325,00

230 1018 -462 0,53 331,25

240 1006 -466 0,55 343,75

250 969 -475 0,57 356,25

260 947 -474 0,56 350,00

270 916 -475 0,57 356,25

280 894 -482 0,63 393,75

290 848 -475 0,62 387,50

300 781 -465 0,64 400,00

310 743 -461 0,63 393,75

320 735 -462 0,64 400,00

330 721 -484 0,64 400,00

340 680 -591 0,65 406,25

350 651 -598 0,71 443,75

360 619 -581 0,68 425,00

370 574 -521 0,68 425,00

380 527 -421 0,69 431,25

390 501 -328 0,71 443,75

400 491 -340 0,70 437,50

410 483 -443 0,68 425,00

420 477 -649 0,72 450,00

430 468 -764 0,71 443,75

440 446 -894 0,72 450,00

450 383 -935 0,75 468,75

460 373 -980 0,74 462,50

470 186 -995 0,75 468,75

480 147 -1041 0,76 475,00

490 130 -1083 0,77 481,25

500 111 -1163 0,79 493,75

510 104 -1197 0,77 481,25

520 103 -1225 0,77 481,25

530 95 -1266 0,78 487,50

540 103 -1299 0,75 468,75

550 88 -1330 0,73 456,25

560 55 -1365 0,71 443,75

570 13 -1402 0,66 412,50

580 -13 -1455 0,64 400,00

590 -32 -1504 0,63 393,75

600 -38 -1569 0,61 381,25

Tabela 67 - Ensaio RCU Provete V2 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 3 0 0,00 0,00

20 10 -1 0,11 68,75

30 19 -2 0,15 93,75

40 44 -5 0,18 112,50

50 82 -11 0,21 131,25

60 134 -20 0,23 143,75

70 187 -31 0,29 181,25

80 186 -34 0,28 175,00

90 240 -44 0,33 206,25

100 363 -64 0,35 218,75

110 492 -85 0,38 237,50

120 643 -115 0,43 268,75

130 840 -149 0,47 293,75

140 1030 -192 0,51 318,75

150 1242 -234 0,55 343,75

160 1405 -286 0,59 368,75

170 1516 -343 0,62 387,50

180 1585 -399 0,63 393,75

190 1621 -448 0,65 406,25

200 1626 -482 0,66 406,25

210 1598 -485 0,66 412,50

220 1521 -475 0,72 450,00

230 1440 -465 0,71 443,75

240 1391 -458 0,70 437,50

250 1338 -455 0,78 487,50

260 1279 -453 0,77 481,25

270 1199 -452 0,79 493,75

280 1097 -447 0,81 506,25

290 1005 -441 0,88 550,00

300 920 -435 0,88 550,00

310 848 -429 0,90 562,50

320 759 -419 0,90 562,50

330 681 -404 0,93 581,25

340 615 -385 0,93 581,25

350 561 -365 0,92 575,00

360 518 -347 0,93 581,25

370 476 -313 0,94 587,50

380 438 -279 0,94 587,50

390 395 -254 0,93 581,25

400 356 -236 0,94 587,50

410 317 -223 0,93 581,25

420 237 -219 0,93 581,25

430 213 -291 0,92 575,00

440 192 -460 0,91 568,75

450 173 -583 0,92 575,00

460 154 -676 0,90 562,50

470 136 -753 0,89 556,25

480 113 -822 0,85 531,25

490 93 -879 0,84 525,00

500 76 -931 0,79 493,75

510 59 -979 0,73 456,25

520 43 -1024 0,71 443,75

530 30 -1035 0,67 418,75

540 15 -1037 0,64 400,00

550 0 -1054 0,63 393,75

560 -12 -1109 0,61 381,25

570 -23 -1137 0,57 356,25

580 -31 -1149 0,54 337,50

590 -40 -1165 0,54 337,50

600 -48 -1187 0,52 325,00

Tabela 68 - Ensaio RCU Provete V3 40 dias Envelhecimento

acelerado

Tempo (s) ε axial ε transversal Carga (KN) RCU(kPa)

0 0 0 0,00 0,00

10 9 -1 0,00 0,00

20 31 -4 0,00 0,00

30 68 -9 0,13 81,25

40 118 -17 0,12 75,00

50 190 -25 0,15 93,75

60 248 -35 0,18 112,50

70 299 -48 0,19 118,75

80 365 -66 0,21 131,25

90 484 -83 0,28 175,00

100 657 -111 0,32 200,00

110 863 -106 0,37 231,25

120 1065 -110 0,42 262,50

130 1188 -126 0,44 275,00

140 1238 -158 0,47 293,75

150 1241 -185 0,50 312,50

160 1144 -202 0,51 318,75

170 978 -214 0,53 331,25

180 865 -223 0,55 343,75

190 829 -235 0,56 350,00

200 820 -250 0,55 343,75

210 807 -330 0,57 356,25

220 751 -444 0,59 368,75

230 669 -431 0,59 368,75

240 615 -465 0,60 375,00

250 547 -503 0,63 393,75

260 472 -507 0,64 400,00

270 387 -501 0,66 412,50

280 332 -499 0,67 418,75

290 287 -478 0,67 418,75

300 232 -429 0,67 418,75

310 180 -386 0,68 425,00

320 154 -359 0,69 431,25

330 131 -376 0,72 450,00

340 114 -591 0,68 425,00

350 91 O/S+ 0,68 425,00

360 61 O/S+ 0,68 425,00

370 46 O/S+ 0,72 450,00

380 36 O/S+ 0,77 481,25

390 27 O/S+ 0,78 487,50

400 59 -1371 0,76 475,00

410 48 -1873 0,75 468,75

420 42 -1978 0,72 450,00

430 29 -2242 0,71 443,75

440 20 -2321 0,70 437,50

450 9 -2279 0,67 418,75

460 -3 -2237 0,65 406,25

470 -10 -2086 0,63 393,75

480 -7 -1907 0,60 375,00

490 -20 -1769 0,56 350,00

500 -21 -1583 0,51 318,75

510 -13 -1519 0,50 312,50

520 5 -1515 0,48 300,00

530 9 -1492 0,44 275,00

540 14 -1479 0,42 262,50

550 25 -1480 0,39 243,75

560 35 -1513 0,37 231,25

570 48 -1580 0,36 225,00

580 65 -1592 0,34 212,50

590 75 -1583 0,33 206,25

600 82 -1640 0,33 206,25

Page 122: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

105

Anexo 4 – Valores Médios da Análise Colorimétrica

Tabela 69 - Variação total de cor para os provetes envelhecidos

Variação Total de Cor Média

5 Dias

H1 0,89

1,57 H2 1,26

V 2,55

10 Dias

H1 2,60

2,49 H2 1,30

V 3,56

20 Dias

H1 2,95

3,33 H2 3,89

V 3,13

40 Dias

H1 5,45

2,52 H2 0,98

V 1,13

Tabela 70 - Croma dos provetes envelhecidos

Chroma Média

5 Dias

H1 37,102

19,359 H2 9,796

V 11,178

10 Dias

H1 9,897

10,073 H2 9,417

V 10,904

20 Dias

H1 10,466

10,486 H2 10,705

V 10,285

40 Dias

H1 12,096

9,338 H2 8,033

V 7,886

REF

H1 8,418

9,348 H2 10,751

V 8,877

Page 123: VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA … II. Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar, experimentalmente, a variação da resistência e dos parâmetros de deformabilidade

106

Anexo 5 – Resultados dos Ensaios de Espectroscopia de Fluorescência Raio-X

Tabela 71 - Resultados Espectroscopia de Fluorescência Raio-X para as amostras de 40 dias de

envelhecimento acelerado

ID Amostra Ca Fe Co Cu Zn Zr Pb As

40Dias- 1 10,1% 18,0% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,0% 1,3%

40Dias- 2 11,8% 17,9% 0,1% 0,4% 0,5% 0,0% 0,0% 1,4%

40Dias- 3 11,5% 17,6% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,1% 1,3%

40Dias- 4 11,4% 17,4% 0,2% 0,3% 0,5% 0,0% 0,0% 1,2%

40Dias- 5 11,8% 18,0% 0,3% 0,4% 0,5% 0,0% 0,0% 1,2%

40Dias- 6 9,2% 17,6% 0,3% 0,3% 0,5% 0,0% 0,0% 1,2%

40Dias- 7 10,1% 18,1% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,1% 1,0%

40Dias- 8 11,4% 18,4% 0,3% 0,4% 0,5% 0,0% 0,0% 1,1%

40Dias- 9 12,0% 18,7% 0,3% 0,4% 0,6% 0,0% 0,1% 1,3%

40Dias- 10 12,5% 17,8% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,0% 1,2%

Média 11% 17,95% 0% 0% 1% 0,0043% 0% 1%

Desvio Padrão 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Tabela 72 - Resultados Espectroscopia de Fluorescência Raio-X para as amostras de 20 dias de

envelhecimento acelerado

ID Amostra Ca Fe Co Cu Zn Zr Pb As

20Dias- 1 11,3% 16,9% 0,1% 0,3% 0,5% 0,0% 0,2% 1,3%

20Dias- 2 12,0% 17,2% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,1%

20Dias- 3 13,6% 17,2% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,3%

20Dias- 4 10,1% 17,9% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,2%

20Dias- 5 11,0% 17,2% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,2%

20Dias- 6 10,3% 17,7% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,2%

20Dias- 7 13,6% 17,6% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,5%

20Dias- 8 12,1% 17,0% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,1%

20Dias- 9 13,0% 17,4% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,3%

20Dias- 10 12,5% 17,6% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,4%

Média 12% 17,37% 0% 0% 1% 0,0046% 0% 1%

Desvio Padrão 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Tabela 73 - Resultados Espectroscopia de Fluorescência Raio-X para as amostras de 10 dias de

envelhecimento acelerado

ID Amostra Ca Fe Co Cu Zn Zr Pb As

10Dias- 1 12,5% 16,9% 0,1% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,3%

10Dias- 2 12,5% 16,9% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,3%

10Dias- 3 13,5% 17,1% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,4%

10Dias- 4 10,6% 18,0% 0,2% 0,4% 0,6% 0,0% 0,2% 1,2%

10Dias- 5 12,7% 17,4% 0,2% 0,4% 0,6% 0,0% 0,3% 1,3%

10Dias- 6 11,8% 17,6% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,3%

10Dias- 7 12,6% 17,4% 0,2% 0,4% 0,6% 0,0% 0,2% 1,3%

10Dias- 8 12,9% 17,0% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,1% 1,3%

10Dias- 9 11,1% 17,2% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,2% 1,3%

10Dias- 10 14,1% 16,9% 0,2% 0,4% 0,5% 0,0% 0,3% 1,4%

Média 12% 17,24% 0% 0% 1% 0,0040% 0% 1%

Desvio Padrão 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Tabela 74 - Resultados Espectroscopia de Fluorescência Raio-X para as amostras de referência

ID Amostra Ca Fe Co Cu Zn Zr Pb As

REF - 1 11,1% 13,3% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 0,8%

REF - 2 12,4% 14,6% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,0%

REF - 3 12,1% 14,0% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,0%

REF - 4 11,7% 13,6% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 0,9%

REF - 5 11,8% 14,4% 0,2% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 0,8%

REF - 6 11,8% 14,8% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,0%

REF - 7 11,3% 14,8% 0,2% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,0%

REF - 8 8,8% 14,5% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,0%

REF - 9 6,5% 15,2% 0,2% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,1%

REF - 10 12,3% 13,6% 0,1% 0,3% 0,3% 0,0% 0,1% 1,0%

Média 11% 14,29% 0% 0% 0% 0,0053% 0% 1%

Desvio Padrão 2% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0%