Variáveis Aleatórias (17_64)

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  • Universidade Federal do Rio Grande

    Engenharia Agroindustrial

    Variveis Aleatrias

  • 17

    1. Sumrio

    1. Sumrio ..................................................................................................... 17

    1. Variveis aleatrias.................................................................................. 18

    1.1 Tipos de variveis aleatrias ....................................................................................................... 18

    1.1.1 Variveis aleatrias discretas ............................................................................................. 18

    1.1.2 Variveis aleatrias contnuas ............................................................................................ 19

    2. Funo de distribuio acumulada ........................................................ 20

    3. Parmetros de Posio ............................................................................ 24

    3.1 Mdia ou valor esperado ............................................................................................................. 24

    4. Parmetros de disperso ......................................................................... 26

    4.1 Varincia ..................................................................................................................................... 26

    4.2 Desvio-padro ............................................................................................................................. 26

    5. Distribuies de probabilidade especiais ............................................... 30

    5.1 Distribuies Discretas de Probabilidade .................................................................................... 30

    5.1.1 Distribuio de Bernoulli ..................................................................................................... 30

    5.1.2 Distribuio Binomial .......................................................................................................... 31

    5.1.3 Distribuio Geomtrica ...................................................................................................... 34

    5.1.4 Distribuio Binomial Negativa ........................................................................................... 35

    5.1.5 Distribuio Hipergeomtrica .............................................................................................. 37

    5.1.6 Distribuio de Poisson ........................................................................................................ 38

    5.1.7 Distribuio de Poisson como uma forma limite da binomial ............................................. 41

    5.2 Distribuies Contnuas de Probabilidade .................................................................................. 42

    5.2.1 Distribuio Uniforme ou Retangular .................................................................................. 42

    5.2.2 Distribuio Exponencial ..................................................................................................... 45

    5.2.4 Aproximao Normal da Distribuio Binomial ................................................................. 55

    5.2.6 Distribuio de Erlang e Gama ........................................................................................... 58

    5.2.7 Distribuio de Weibull ...................................................................................................... 61

  • 18

    1. Variveis aleatrias

    Definio: Funo que associa valores reais aos eventos de um espao amostral. Ou seja, uma

    varivel aleatria (V.A) uma representao dos eventos de uma partio de S atravs de nmeros

    reais.

    Exemplos:

    Verificar o n de aes que tiveram queda em um determinado dia, em uma carteira composta

    com 5 aes diferentes.

    A funo ser dada por:

    X = Nmero de aes que tiveram queda em um determinado dia.

    Define um v.a discreta que pode assumir os valores: 0, 1, 2, 3,4 e 5.

    Y = Tempo gasto por um vendedor para convencer um cliente a adquirir determinado

    produto.

    Define uma v.a contnua que pode assumir infinitos valores.

    X = Nmero de caras obtidas no lanamento de 3 moedas.

    Define uma v.a discreta que pode assumir os valores: 0, 1, 2 e 3.

    Se uma varivel aleatria X pode assumir os valores 1 2, ,..., nx x x com probabilidades,

    respectivamente, iguais a 1 2, ,..., np p p e

    1

    1n

    i

    i

    p

    tem-se definida uma distribuio de probabilidade.

    1.1 Tipos de variveis aleatrias

    Discreta S finito

    Variveis Aleatrias (V.A)

    Contnua S infinito

    1.1.1 Variveis aleatrias discretas

    A distribuio de probabilidade representada pela funo massa de probabilidade (f.m.p) ( )Xp x ,

    tal que:

    ( ) ( )Xp x P X x

    (a) ( ) 0X ip x , ix

  • 19

    (b) ( ) 1X ii

    p x

    (c) ( ) ( )i

    b

    X i

    x a

    p x P a X b

    Ex. Para o exemplo do n de aes da carteira.

    X 0 1 2 3 4 5

    ( )iP X x 110

    110

    210

    310

    210

    110

    1

    Ex. Seja X o n de caras obtido no lanamento de trs moedas:

    , , , , , , ,S ccc kcc kkc kkk ckc kck cck ckk .

    X 0 1 2 3

    ( )iP X x 18

    38

    38

    18

    1.1.2 Variveis aleatrias contnuas

    S infinito e a probabilidade de cada resultado individual zero (mas no teoricamente

    impossvel). A distribuio de probabilidade representada pela funo densidade de probabilidade

    (f.d.p) ( )Xf x .

    (a) ( ) 0Xf x

    (b) ( ) 1Xf x

    (c) ( ) ( )

    b

    X

    a

    f x P a X b , b a

  • 20

    Ex. Dada a funo , se 0 x 4

    ( )0, caso contrrio

    kxf x

    Pede-se:

    a) O valor de k para que ( )f x seja uma f.d.p.

    b) (2 3)P X

    Soluo:

    a)

    4 4

    0 0

    ( ) 1 1 1f x dx kxdx k xdx

    4

    2

    0

    11 8 1

    2 8

    xk k k

    1, se 0 x 4

    ( ) 8

    0, caso contrrio

    xf x

    b) (2 3)P X

    33 2

    2 2

    1 10,3125

    8 8 2

    xxdx

    ou 31,25%

    2. Funo de distribuio acumulada

    Representada por ( )XF x , corresponde probabilidade de a varivel aleatria ser menor ou

    igual a um determinado valor de x .

    ( ) ( )XF x P X x < x

  • 21

    Propriedades: 1- 0 ( ) 1XF x

    2-1 2( ) ( )X XF x F x se 1x < 2x

    3- lim ( ) ( ) 1X Xx

    F x F

    4- lim ( ) ( ) 0X Xx

    F x F

    5- lim ( ) ( ) ( )X X Xx a

    F x F a F a

    ,

    0 0lima a

    Determinando probabilidades a partir da f.d.a

    ( ) ( ) ( )X XP a X b F b F a

    ( ) 1 ( )XP X a F a

    ( ) ( )XP X b F b

    Ex.1 Experimento: 2 lanamentos independentes de uma moeda,

    , , ,S kk kc ck cc

    Seja X o nmero de caras nos dois lanamentos:

    X 0 1 2

    ( )X ip x 14

    12

    14

    F.d.a

    0, 0

    1 , 0 14

    ( )3 , 1 2

    4

    1, 2

    X

    x

    xF x

    x

    x

  • 22

    Ex.2 Seja a funo de probabilidade de uma certa varivel aleatria X, dada por

    21 , 0 3( ) 9

    0, c.c

    x xf x

    . Ento a funo de distribuio dada por 0

    ( ) ( )x

    XF x f u du .

    Ento:

    Se 0 ( ) 0Xx F x .

    Se 3

    2

    0 0

    10 3 ( ) ( )

    9 27

    x x

    X

    xx F x f u du u du .

    Se 3

    0 33 ( ) ( ) ( )

    x

    Xx F x f u du f u du 3

    32

    0 3

    31 0 0 19 27

    x

    u du du

    3

    0, 0

    ( ) ,0 327

    1, 3

    X

    x

    xF x x

    x

    Ex.3 Uma empresa tem 4 caminhes de aluguel. Sabendo-se que o aluguel feito por dia e

    que a distribuio diria do nmero de caminhes alugados a seguinte,

    N DE

    CAMINHES

    ALUGADOS/ DIA

    0

    1

    2

    3

    4

    PROBABILIDADE

    DE ALUGAR

    ( )X Kp x

    0,1

    0,2

    0,3

    0,3

    0,1

    Determine:

    a) Qual a probabilidade de alugar num dia mais de dois caminhes? ( 2)P X

    b) Qual a probabilidade de alugar no mnimo 1 caminho? ( 1)P X

    c) Qual a probabilidade de alugar no mximo 2 caminhes? ( 2)P X ou ( 3)P X

    d) Determine a f.d.a.

    e) Qual o valor de (3)XF ? O que significa este resultado.

  • 23

    Soluo:

    a) 0,3 0,1 0,4

    b) 0,2 0,3 0,3 0,1 0,9

    c) 0,1 0,2 0,3 0,6

    d)

    X 0 1 2 3 4

    ( )X iF x 0,1 0,3 0,6 0,9 1

    ( ) ( ) ( )K

    X X K

    x x

    F x P X x p x

    e) (3) 0,9XF . Probabilidade de alugar no mximo trs caminhes.

    Ex.4 A proporo de lcool em um certo composto pode ser considerada uma varivel

    aleatria com a seguinte funo de densidade (f.d.p),

    320 (1 ),0 1( )

    0, .X

    x x xf x

    c c

    Calcule a probabilidade de lcool neste composto entre 0,20 e 0,25.

    Soluo:

    0,25 0,253

    0,2 0,2( ) 20 (1 )Xf x dx x x dx

    0,254 5

    0,253 4

    0,2

    0,2

    20 ( ) 204 5

    x xx x dx

    4 5 4 5(0,25) (0,25) (0,2) (0,2)20 0,0089

    4 5 4 5

  • 24

    3. Parmetros de Posio

    3.1 Mdia ou valor esperado

    Mdia ou valor esperado de uma varivel aleatria X denotada por X ou ( )E X definida

    por:

    ( )X E X ( )K X KK

    x p x para X discreta

    ( )X E X ( )Xxf x dx

    para X contnua

    Propriedades a) ( )E K K , se K constante.

    b) ( ) ( )E KX KE X

    c) ( ) ( ) ( )E X Y E X E Y

    d) ( ) ( )E X K E X K

    e)Se X e Y so independentes ( . ) ( ). ( )E X Y E X E Y

    Momento:

    ( ) ( )n nK X KK

    E X x p x para X discreta

    ( ) ( )n n XE X x f x dx

    para X contnua

    3.2 Mediana

    Deve satisfazer 1( )2

    P X Md e 1( )2

    P X Md . o ponto tal que

    1( ) ( )2

    P X Md P X Md .

    Qualquer varivel aleatria contnua tem apenas uma mediana, mas uma discreta poder ter mais do

    que uma.

  • 25

    3.3 Moda

    Moda o ponto de mxima probabilidade ou densidade de probabilidade.

    Ex: Um jogador A paga $50,00 a B e joga 3 dados. Se sair 6 em apenas um dos dados, A

    ganha $50,00; se sair 6 em dois dados, A ganha $100,00 e se sair nos trs dados, A ganha $200,00.

    Calcular o lucro lquido de A em uma jogada.

    RECEBE PAGA LUCRO LQUIDO

    A: APENAS UMA

    FACE 6

    50 50 0

    B: APENAS DUAS

    FACES 6

    100 50 50

    C: TODAS AS FACES

    6

    200 50 150

    D: NENHUMA FACE

    6

    0 50 -50

    Observamos que:

    1 5 5 75( ) 3. . .

    6 6 6 216

    1 1 5 15( ) 3. . .

    6 6 6 216

    1 1 1 1( ) . .

    6 6 6 216

    5 5 5 125( ) . .

    6 6 6 216

    P A

    P B

    P C

    P D

    X -50 0 50 150

    ( )X ip x 125216

    75216

    15216

    1216

    1

    ( )i X ix p x 6250216

    0 750216

    150216

    5350216

    E(X)= - $24,77

  • 26

    4. Parmetros de disperso

    Indicam a variabilidade da distribuio de probabilidade.

    4.1 Varincia

    A varincia de uma varivel aleatria X, denotada por 2X ou ( )Var X , definida por:

    22( ) ( )X K X X K

    K

    Var X x p x , para X discreta

    2

    2( ) ( )X X XVar X x f x dx

    , para X contnua

    22 2( ) ( ) ( ) ( )Var X E X E X E X E X

    Propriedades: a) 2 ( ) 0X K , sendo K = cte.

    b) 2 2 2( . ) . ( )X XK X K X .

    c) Se X e Y so independentes: 2 2 2( ) ( ) ( )X Y X Y .

    d) 2 2( ) ( )X K X .

    4.2 Desvio-padro

    Denotado por ( )X , a raiz positiva de ( )Var X ,

    2

    X X

    Coeficiente de variao (CV):

    X

    X

    CV

    Ex: Dada a distribuio de probabilidade abaixo, pede-se:

    X 25 30 35 40 45 50 55 60

    ( )X ip x 3p 5p 9p 11p 10p 7p 3p 2p

    a) O valor de p.

    b) As probabilidades: I) (26 45)P X

  • 27

    II) (31 59)P X

    III) ( 55)P X

    IV) ( 40)P X

    c) A mdia e a moda.

    d) A varincia, o desvio padro e o coeficiente de variao.

    Soluo: a) ( ) 1X ip x

    3 5 9 11 10 7 3 2 1p p p p p p p p

    150 1 0,02

    50p p

    Assim,

    X 25 30 35 40 45 50 55 60

    ( )X ip x 0,05 0,10 0,18 0,22 0,20 0,14 0,06 0,04

    b) I) (26 45)P X ( 30) ( 35) ( 40) 0,10 0,18 0,22 0,5P X P X P X ou 50%

    II) (31 59)P X 7

    3

    ( ) ( 35) ( 40) ( 45) ( 50) ( 55)X ii

    p x P X P X P X P X P X

    00 20 ( ) 0,05 ( )

    x

    X Xx f x F x ou 80%

    III) ( 55)P X 1 ( 60) 1 0,04 0,96P X ou 96%

    IV) ( 40)P X ( 45) ( 50) ( 55) ( 60) 0,2 0,14 0,06 0,04 0,44P X P X P X P X ou

    44%

  • 28

    c) e d)

    ix ( )iP x ( )i ix P x 2 ( )i ix P x

    25 0,06 1,5 37,5

    30 0,10 3,0 90

    35 0,18 6,30 220,5

    40 0,22 8,80 352

    45 0,20 9,0 405

    50 0,14 7,0 350

    55 0,06 3,3 181,5

    60 0,04 2,4 144

    1 41,30 1780,50

    c) 41,30X , 40Mo .

    d) 22 2 2( ) ( ) 1780,5 (41,3) 74,81X i X iVar X x p x X

    2 74,81 8,65X X

    8,650,1952

    41,3

    X

    X

    CV

    Ex: Seja X a varivel aleatria (v.a) que denota a corrente medida num fio de cobre fino, em

    miliamperes. Assuma que o domnio de X 0,20mA e assuma que a f.d.p. de X ( ) 0,05Xf x para

    0 20x . Pede-se:

    a)A probabilidade de que a corrente medida seja menor que 10 mA.

    b)A f.d.a.

    c)A mdia (ou valor esperado, ou esperana).

    d)A varincia.

    Soluo:

    a) 10 10

    0 0( 10) ( ) 0,05 0,5XP X f x dx dx

  • 29

    b)Se 0x , ( ) 0 ( ) 0X Xf x F x para 0x .

    Para 0 20x , ( ) 0,05Xf x

    0( ) ( ) 0,05

    x

    X XF x f u du x para 0 20x

    Se 20x , 20

    0 20( ) ( ) 0 1

    x

    X XF x f u du dx

    Assim,

    0, 0

    ( ) 0,05 ,0 20

    1, 20

    X

    x

    F x x x

    x

    c)

    202

    20 20

    0 00

    0,05( ) ( ) .0,05 10

    2X X

    xE X xf x dx x dx mA

    d)

    203

    20 202 2 2

    0 00

    0,05.( 10)( ) ( 10) ( ) ( 10) .0,05 33,33( )

    3X

    xVar X x f x dx x dx mA

    33,33 5,773X mA

    5,7730,5773

    10CV

    10P X

  • 30

    5. Distribuies de probabilidade especiais

    Como estudamos anteriormente, uma V.A fica completamente caracterizada pela sua funo

    de distribuio. No caso discreto podemos usar a funo de probabilidade e no caso contnuo a funo

    densidade com o mesmo objetivo.

    5.1 Distribuies Discretas de Probabilidade

    5.1.1 Distribuio de Bernoulli

    Sucesso: probabilidade 1p X

    Experimento aleatrio que s possa ter

    dois resultados

    Fracasso: probabilidade 1 0q p X

    Com X = nmero de sucessos (0 ou 1).

    X 0 1

    ( )Xp x 1 p p

    Nestas condies a v.a X tem distribuio de Bernoulli.

    1( ) ( ) (1 )x xX iP X x p x p p 0,1x

    Mdia = X p

    Varincia = . (1 )p q p p

    X ( )X ip x ( )i X ix p x 2 ( )i X ix p x

    0 q 0 0

    1 p p p

  • 31

    1 p p

    Ex: Uma caixa contm 60 laranjas verdes e 40 maduras. Retira-se uma laranja dessa caixa ao

    acaso. Seja X = n de laranjas maduras. Calcular ( )Xp x , X e X .

    Soluo:

    60 30

    100 5

    40 21

    100 5

    q

    X

    p

    12 3

    ( ) .5 5

    x x

    Xp x

    2( )

    5XE X

    2 2 3 6 6( ) .5 5 25 5

    X XVar X

    Ex: A experincia tem mostrado que, durante as vendas de Natal, um cliente que entra em

    determinada loja tem 60% de chance de comprar um produto qualquer.

    Soluo: X = cliente compra um produto

    400

    100

    601

    100

    q

    X

    p

    13 2

    ( ) .5 5

    x x

    Xp x

    5.1.2 Distribuio Binomial

    Deve atender s seguintes condies:

    So realizadas n repeties (tentativas) independentes, de um experimento aleatrio.

    Cada tentativa admite apenas 2 resultados possveis: sucesso com probabilidade p e fracasso

    com probabilidade 1-p.

    A probabilidade p de sucesso se mantm constante a cada tentativa.

    X = n de sucessos obtidos nas n tentativas ter uma distribuio binomial.

  • 32

    Notao: ~ ( , )X B n p

    Funo de probabilidade: !

    ( ) (1 )!( )!

    x n x x n x

    X

    n np x p p p q

    x x n x

    f.d.a: 0

    ( ) (1 )n

    x n x

    X

    x

    nF x p p

    x

    Mdia = ( ) .X E X n p

    Varincia = 2( ) . .XVar X n p q

    Desvio padro: . .X n p q

    Ex: Considere as pessoas que entram em uma loja no perodo prximo ao dia das Mes. Sabe-

    se que a probabilidade de uma pessoa do sexo masculino comprar um presente de 1/3. Se entrarem

    quatro pessoas do sexo masculino nesta loja, qual a probabilidade de que 2 venham a comprar

    presentes.

    Soluo: Se 4 pessoas entram na loja e duas compram, possibilidades: C compra, e NC no

    compra.

    , , ,

    , , ,

    , , ,

    , , ,

    , , ,

    , , ,

    C C NC NC

    C NC NC C

    C NC C NCS

    NC NC C C

    NC C NC C

    NC C C NC

    1 1 2 2 246. . . . 29,63%

    3 3 3 3 81p

    Ou

    2 4 2 24! 1 2 4! 1 2 1 4

    (2) 62!(4 2)! 3 3 2!2! 9 3 9 9

    Xp

    Ex: Cada amostra de gua tem chance de conter um particular poluente orgnico. Assume-se

    que as amostras so independentes com respeito presena do poluente. Encontre a probabilidade de

    que nas prximas 18 amostras, exatamente duas contenham o poluente.

  • 33

    Soluo: Define X = n de amostras que contm o poluente nas prximas 18 amostras analisadas.

    Ento X uma v.a binomial com p = 0,1 e n = 18.

    2 16 2 16 2 1618 18!

    (2) (0,1) (0,9) (0,1) (0,9) 153(0,1) (0,9) 0,2842 2!16!

    Xp

    Determine a probabilidade de que pelo menos quatro amostras contenham o poluente.

    181

    4

    18!( 4) (0,1) (0,9)

    !(18 )!

    x x

    x

    P Xx x

    Ou ( 4) 1 ( 4)P X P X

    Assim, 13

    18

    0

    18!( 4) (0,1) (0,9)

    !(18 )!

    x x

    x

    P Xx x

    0 18 17 2 16 3 1518! 18! 18! 18!(0,1) (0,9) (0,1)(0,9) (0,1) (0,9) (0,1) (0,9)0!(18)! 1!17! 2!16! 3!15!

    0,15 0,3 0,284 0,168 0,902

    ( 4) 1 0,902 0,098P X

    Determine a probabilidade que 3 7X .

    618

    3

    18!(3 7) (0,1) (0,9) 0,168 0,070 0,022 0,005 0,265

    !(18 )!

    x x

    x

    P Xx x

    Ex: A probabilidade de se obter exatamente 2 caras em seis lanamentos de uma moeda

    equilibrada.

    Soluo: X = n de caras obtidas nos 6 lanamentos.

    1

    2p ,

    11 1

    2q , 6n e 2x

    2 6 26! 1 1 1 15

    ( 2) 15.2!(6 2)! 2 2 64 64

    P X

    Ex: Uma prova objetiva composta de 40 questes independentes com uma alternativa cada

    uma. Se um aluno chutar as respostas, qual a probabilidade de obter mdia (tirar nota 7)?

    Soluo: 40n , 1

    5p ,

    1 41

    5 5q

  • 34

    Para que o aluno obtenha mdia necessrio que acerte 70% das questes, isto , 28 questes,

    portanto,

    28 12 28 12

    1140 1 4 40! 1 4

    ( 28) . . 1,03.1028 5 5 28!12! 5 5

    P X

    5.1.3 Distribuio Geomtrica

    Numa srie de ensaios de Bernoulli (tentativas independentes com probabilidade de sucesso

    constante igual a p). Seja X a v.a denotando o n de tentativas necessrias ao aparecimento do primeiro

    sucesso. Ento X uma v.a geomtrica com parmetro 0 < p < 1

    1( ) (1 )xXp x p p 1,2,....x

    1X sucesso (S) na primeira tentativa ( 1)P X p

    2X fracasso (F) na primeira e sucesso (S) na segunda ( 2) .P X q p

    3X fracasso (F) nos 2 primeiros e sucesso na terceira 2( 3) .P X q p

    X n 1( ) .nP X n q p

    Mdia: 1

    ( )X E Xp

    Varincia: 22

    (1 )( )X

    pVar X

    p

    Ex: A probabilidade de acertar um n em uma loteria de 100 nmeros com um nico de 0,01.

    Qual a probabilidade de que seja necessrio jogar 20 vezes para acertar um n pela primeira vez?

    Soluo: 0,01p , 20n , 0,99q

    19( 20) (0,99) (0,01) 0,0083 0,83%P X

    Ex: A probabilidade que um bit transmitido atravs de um canal de transmisso digital seja

    recebido com erro 0,1. Assuma que as transmisses so independentes. Seja X a v.a denotando o n

    de bits transmitidos at o primeiro erro. Qual a probabilidade de que os primeiros 4 bits sejam

    transmitidos corretamente e o quinto bit com erro?

  • 35

    Soluo: X uma v.a geomtrica, 0,1p , 0,9q

    4( 5) (5) (0,9) 0,1 0,0666XP X p

    Qual a mdia de transmisso de bits at o primeiro erro?

    Soluo: 1

    100,1

    X

    Qual o desvio padro de transmisso antes do primeiro erro?

    Soluo: 2

    (1 0,1)9,49

    (0,1)

    Suponha que 50 bits tenham sido transmitidos. Qual o n mdio de bits at o prximo erro?

    Soluo: 1

    100,1

    X

    No depende de n perda de memria.

    5.1.4 Distribuio Binomial Negativa

    Numa srie de ensaios de Bernoulli (tentativas independentes com probabilidade de sucesso

    constante p) seja a v.a X denotando o n de tentativas at se obter r sucessos. Ento X uma v.a

    binomial negativa, com parmetros 0 1p e 1,2,3,....r ,

    1( ) ( ) (1 )

    1

    x r r

    X

    xP X x p x p p

    r

    , 1, 2,...x r r r

    ou ( 1)!

    ( ) ( ) (1 )( 1)!( )!

    x r r

    X

    xP X x p x p p

    r x r

    , 1, 2,...x r r r

    Ex: No exemplo anterior, seja X denotando o n de bits transmitidos at o quarto erro.

    Soluo: X tem uma distribuio binomial negativa com 4r

    Mdia: ( )Xr

    E Xp

    Varincia: 22

    (1 )( )X

    r pVar X

    p

  • 36

    Ex: Um site da web possui trs servidores idnticos. Um utilizado para operar o site e os

    outros dois so reservas que devem ser ativados no caso do sistema falhar. A probabilidade de falha do

    computador principal (ou reserva) na requisio de um servio 0,0005.

    Supondo que cada requisio representa uma amostragem independente, qual o n mdio de

    requisies at que acontea uma falha dos trs servidores?

    Soluo: X = n de requisies at que os trs servidores falhem, 0,0005p , 3r .

    1 2 3X X X X

    3

    ( ) 60000,0005

    rE X

    p

    Qual a probabilidade de que os trs servidores falhem em cinco requisies?

    Soluo: 1

    ( ) ( ) (1 )1

    r x r

    X

    xP X x p x p p

    r

    ( 5) ( 3) ( 4) ( 5)P X P X P X P X

    5

    3 3 8

    3

    1( 5) (0,0005) (1 0,0005) 0,1249062.10

    3 1

    x

    x

    xP X

    Ex: A probabilidade de se encontrar um elevador vazio, em determinado prdio, 0,28. Qual

    a probabilidade de que seja necessrio chegar ao hall do edifcio 12 vezes, para encontrar o elevador

    vazio pela quinta vez?

    Soluo: 12n , 5r , 0,28p .

    5 7

    11(12) (0,28) (0,72) 0,057 5,7%

    4Xp

    Ex: A probabilidade de se encontrar o sinal de trnsito aberto em uma esquina 0,20. Qual a

    probabilidade de que seja necessrio chegar ao local 15 vezes, para encontrar o sinal aberto, pela 6

    vez?

    Soluo: 15n , 6r , 0,2 0,8p q .

    6 9

    14( 15) (0,2) (0,8) 0,0172 1,72%

    5P X

  • 37

    Ex: Considere um carro esperando numa rampa de acesso a uma auto estrada. Suponha que

    ele o 5 da fila esperando para entrar na auto estrada e que os espaos entre os carros na estrada so

    tais que existe a probabilidade de 0,4 de que esses espaos sejam grande o suficiente para permitir a

    entrada de um carro na estrada. Qual o tempo mdio de espera?

    Soluo: X = tempo de espera antes de entrar na estrada medida em termos do n de espaos. X uma

    varivel binomial negativa com 5r e 0,4p .

    5

    12,5 espaos0,4

    X E X

    5.1.5 Distribuio Hipergeomtrica

    Uma srie de N objetos contm:

    K objetos classificados como sucesso

    N K objetos classificados como falhas

    Uma amostra com n objetos selecionada aleatoriamente (sem repeties) a partir de N

    objetos, em que K N e n N .

    Seja a v.a X o nmero de sucessos na amostra. Ento X uma varivel aleatria

    hipergeomtrica e

    .

    ( )X

    K N K

    x n xp x

    N

    n

    , onde max 0, ( ) min ,n N K x n K

    A mdia e a varincia de uma distribuio hipergeomtrica so,

    .

    .Xn K

    E X n pN

    , onde K

    pN

    22

    . ( )( ) . . (1 )

    1 1X

    n K N K N n N nVar X n p p

    N N N

    Ex: Uma caixa contm 16 peas boas e 4 defeituosas. Retirando-se, sem reposio, 4 peas

    desta caixa qual a probabilidade de que sejam 2 de cada tipo?

    Soluo: Seja X = n de peas defeituosas, 20N , 4n , 2x , 4K .

  • 38

    4 16.

    2 2( 2) (2) 0,1486

    20

    4

    XP X p

    Ex: Um lote contm 100 partes de um fornecedor brasileiro e 200 partes de um fornecedor

    chins. Se 4 partes so selecionadas aleatoriamente, sem substituio, qual a probabilidade de que

    sejam todas elas de um fornecedor brasileiro?

    Soluo: X = n de partes de um fornecedor brasileiro,

    100 200.

    4 4 4( 4) 0,0119

    300

    4

    P X

    Qual a probabilidade de que 2 ou mais partes na amostra sejam de um fornecedor brasileiro?

    Soluo:

    4

    2

    100 200.

    4( 2) ( 2) ( 3) ( 4) 0,408

    300

    4

    x

    x xP X P X P X P X

    Qual a probabilidade de que pelo menos uma parte seja de um fornecedor brasileiro?

    Soluo:

    100 200.

    0 4 0( 1) 1 ( 0) 1 0,804

    300

    4

    P X P X

    5.1.6 Distribuio de Poisson

    adequada para descrever situaes onde existe uma probabilidade de ocorrncia em um

    campo ou intervalo contnuo, geralmente tempo ou rea (regio). Por exemplo, o nmero de acidentes

    por ms, o nmero de consultas a uma biblioteca durante uma semana, o nmero de erros tipogrficos

    numa pgina de um livro, etc.

    Note que no h como determinar a probabilidade de ocorrncia de um sucesso, mas sim a

    frequncia de sua ocorrncia, como por exemplo, 100 acidentes por ms, que denominaremos de .

  • 39

    A funo de probabilidade da distribuio de Poisson ,

    ( )!

    x

    Xp x ex

    Notao: ~ ( )X P ou ( ; )P X

    Mdia: ( )X X E X

    Varincia: 2 ( )X Var X

    Ex: Num livro de 200 pginas h 400 erros de impresso. Qual a probabilidade de que a

    pgina contenha?

    a)Trs erros?

    b)Pelo menos 3 erros?

    c)Qual a probabilidade de que 5 pginas contenham 8erros de impresso?

    Soluo: 400

    2 2200

    erros por pgina

    a)2 3.2

    ( 3) 0,1804 18,04%3!

    eP X

    b) ( 3) 1 ( 3) 1 ( 0) ( 1) ( 2)P X P X P X P X P X

    2 0 2 1 2 22.2 .2 .21 1 5 0,3233 32,33%

    0! 1! 2!

    e e ee

    c) 10 erros por 5 pginas,

    10 8.10

    ( 8) 0,1126 11,26%8!

    eP X

    Ex: Considere que o corpo de bombeiros de determinada cidade recebe em mdia, trs

    chamadas por dia. Queremos saber, ento, qual a probabilidade de o corpo de bombeiros receber:

    a)Quatro chamadas em um dia.

    b)Nenhuma chamada em um dia.

    c)Vinte chamadas em uma semana.

  • 40

    Soluo:

    a) 3

    3 4.3( 4) (4) 0,1680 16,8%

    4!X

    eP X p

    b)3 0.3

    ( 0) (0) 0,0498 4,98%0!

    X

    eP X p

    c) 21 chamadas por semana,

    21 20.21

    ( 20) (20) 0,0867 8,67%20!

    X

    eP X p

    Ex: Chegam a um depsito caminhes com uma frequncia de 2,8 caminhes/hora, seguindo

    uma distribuio de Poisson. Determine a probabilidade de chegarem dois ou mais caminhes:

    a)Num perodo de 30 minutos.

    b)Num perodo de 1 hora.

    c)Num perodo de 2 horas.

    Soluo:

    a) 1,4

    ( 2) 1 ( 2) 1 ( 0) ( 1)P X P X P X P X

    1,4 0 1,4 11,4.(1,4) (1,4)1 1 2,4 0,4081

    0! 1!

    e ee

    b) 2,8

    ( 2) 1 ( 2) 1 ( 0) ( 1) 0,7689P X P X P X P X

    c) 5,6

    ( 2) 1 ( 2) 1 ( 0) ( 1) 0,97559P X P X P X P X

    Hipteses do modelo de Poisson:

  • 41

    H1 A probabilidade de um sucesso em um intervalo t constante e proporcional ao tamanho do

    intervalo.

    H2 A probabilidade de mais de uma ocorrncia (sucesso) em um intervalo igual a zero.

    H3 O nmero de ocorrncias (sucesso) constitui variveis aleatrias independentes.

    5.1.7 Distribuio de Poisson como uma forma limite da binomial

    Com base nos trs princpios do processo de Poisson, deve ter ficado evidente que a

    distribuio de Poisson est relacionada com a distribuio binomial. Embora a Poisson encontre

    aplicaes em problemas de tempo e espao, ela pode ser vista como uma forma limite da distribuio

    binomial. No caso da binomial, se n for muito grande e p for pequeno, as condies comeam a

    simular as implicaes de regio do espao ou do tempo contnuos do processo de Poisson. A

    independncia entre as tentativas de Bernoulli no caso binomial consistente com a hiptese 1 do

    processo de Poisson. Permite que o parmetro p esteja prximo de zero est relacionada com a

    hiptese 2 do processo de Poisson. De fato, se n grande e p prximo de 0, a distribuio de Poisson

    pode ser utilizada, com .n p para aproximar as probabilidades binomiais.

    Teorema: Seja X uma v.a binomial com distribuio de probabilidade ~ ( , )B n p . Quando n ,

    0p , e np permanece constante,

    ( , ) ( )B n p P

    *Na prtica 50n e 5np .

    Ex: A probabilidade de as peas produzidas por uma mquina apresentarem padres fora das

    especificaes 0,5%. Para uma produo diria de 1000 peas, qual a probabilidade de apresentarem-

    se fora da especificao:

    a)3 peas.

    b)No mximo 2 peas.

    c)Entre 3 e 6 peas, inclusive.

    Soluo:

    a) 0,5

    0,5% 0,005100

    p

  • 42

    . 1000.0,005 5n p

    Usando a binomial: 3 997

    1000( 3) .0,005 (1 0,005) 0,140302

    3P X

    Usando a Poisson: 5 3.5

    ( 3) 0,1403743!

    eP X

    b) ( 2) ( 0) ( 1) ( 2)P X P X P X P X

    0 1000 1 999 2 9981000 1000 1000

    .0,005 .(1 0,005) .0,005 .(1 0,005) .0,005 .(1 0,005)0 1 2

    Ou 5 0 5 1 5 2.5 .5 .5

    ( 2) 0,1247 12,47%0! 1! 2!

    e e eP X

    c) (3 6) ( 3) ( 4) ( 5) ( 6)P X P X P X P X P X

    3 4 5 6

    5 5 5 5 5 0,6375 63,75%3! 4! 5! 6!

    e

    5.2 Distribuies Contnuas de Probabilidade

    - Distribuio uniforme ou retangular.

    - Distribuio exponencial.

    - Distribuio normal.

    5.2.1 Distribuio Uniforme ou Retangular

    Uma v.a contnua X tem distribuio uniforme de probabilidades no intervalo [a, b] se sua

    funo densidade de probabilidade for da forma:

    , ( )

    0, .X

    k a X bf x

    c c

  • 43

    Valor de k: ( ) 1 1 1bb

    Xa a

    f x dx kdx kx

    1k

    b a

    Portanto,

    1,

    ( )

    0, .X

    a X bf x b a

    c c

    Funo de distribuio acumulada:

    a x b

    1( )

    ( )

    x

    Xa

    x a x aF x du

    b a b a b a b a

    0x a

    1x b

    Assim,

    0, 0

    ( ) ,

    1,

    X

    x

    x aF x a x b

    b a

    b x

  • 44

    Mdia: 20,5 ( )

    [ ]2

    bb

    Xa

    a

    x x a bE X dx

    b a b a

    [ ]2

    X

    a bE X

    Varincia:

    2

    2

    ( )

    2( )

    b

    Xa

    a bx

    Var X dxb a

    2

    ( )

    ( )2

    3( ) 12

    b

    a

    a bx

    b a

    b a

    22 ( )( )

    12X

    b aVar X

    Ex: O volume de vendas dirio de uma loja de departamentos , em mdia, de $50.000,00 com

    um mnimo de $28.000,00. Supondo adequada a distribuio uniforme, pede-se:

    a)Qual o volume dirio mximo de vendas?

    b)Qual a porcentagem do nmero de dias em que as vendas excedem $35.000,00?

    c)Qual a porcentagem do nmero de dias em que as vendas no ultrapassem a $68.000,00?

    Soluo:

    a) 28000

    50000 [ ] $72000,002 2

    X

    a b bE X b

    1,28000 72000

    ( ) 72000 28000

    0, .X

    xf x

    c c

    b)

    7200072000

    3500035000

    1 37( 35000) 0,8409 84,09%

    44000 44000 44

    xP X dx

    c)

    6800068000

    2800028000

    1 10( 68000) 0,9091 90,91%

    44000 44000 11

    xP X dx

  • 45

    Ex: Seja a v.a contnua X denotando a corrente medida em um fio de cobre fino em miliamperes.

    Assume que o domnio de X [0, 20 mA] e assume que a funo densidade de probabilidade :

    0,05;0 20( )

    0, .X

    xf x

    c c

    Qual a probabilidade de que a corrente medida esteja entre 5 e 10 mA?

    Soluo:

    10

    5(5 10) ( ) 5.(0,05) 0,25P X f x dx

    A mdia medida :

    0 20[ ] 10

    2X E X

    2 2

    2 2( ) 20( ) 33,33 33,33 5,7712 12

    b aVar X mA mA mA

    5.2.2 Distribuio Exponencial

    Se uma distribuio de Poisson tem mdia de ocorrncias durante um intervalo de tempo, o

    espao entre as ocorrncias naquele intervalo de 1

    . Uma v.a contnua ter distribuio

    exponencial com 0 , se sua f.d.p. for da forma:

    0, 0( )

    . , 0X t

    tf t

    e t

  • 46

    Mdia: 1

    ( )X E X

    Varincia: 2

    2

    1( )X Var X

    Ex: Sabe-se que o tempo mdio entre o pedido e o atendimento em uma loja de peas uma

    v.a com distribuio exponencial com mdia de 15 minutos. Pede-se a probabilidade de um cliente ter

    de esperar:

    a)por mais de 15 minutos.

    b)por menos de 15 minutos.

    Soluo: 1

    151 1 1

    ( ) 15 ( )15 15

    t

    E X f t e

    para t>0

    a)1 1 1

    .15115 15 15

    1515

    1( 15) 0 ( ) 0,3679 36,79%

    15

    t t

    P X e e e e

    b) 1( 15) 1 ( 15) 1 0,6321P X P X e

    Ex: Os defeitos em um tecido seguem a distribuio de Poisson, com mdia de um defeito a

    cada 60 metros. Qual a probabilidade de que o intervalo entre 2 defeitos consecutivos seja:

    a)no mnimo 150 metros?

    b)entre 90 e 110 metros?

    c)no mximo 50 metros?

    Soluo: 1 1

    ( ) 6060

    X E X

    1

    60

    0, 0

    ( ) 1, 0

    60

    xX

    x

    f xe x

    a)1 1

    2,560 60

    150150

    1( 150) 0,0821

    60

    x x

    P X e dx e e

  • 47

    b)1

    110 3 1160 62

    90

    1(90 110) 0,0632

    60

    x

    P X e dx e e

    c)

    501 1

    5060 60

    00

    1( 50) 0,5654

    60

    x

    P X e dx e

    OBS: Seja um componente com distribuio de tempo de vida exponencial. Se o componente

    durou at o instante t, ento a probabilidade de ele durar mais x unidades de tempo, alm das que j

    durou, a mesma que um componente novo durar x unidades de tempo.

    Distribuio exponencial no tem memria

    ( )[( ) ( )] ( )( / 1)

    ( ) ( )

    t xx

    t

    P X t x X t P X t x eP X t x X e

    P X t P X t e

    Portanto: ( / ) ( )P X t x X t P X x

    Ex: Seja X uma v.a exponencial, tal que E(X)=5. Calcule:

    a) (5 8)P X

    b) ( 5)P X

    c) ( 10 / 5)P X X

    Soluo: 1 1

    55

    X

    15

    0, 0

    ( ) 1, 0

    5

    xX

    x

    f xe x

    a)1

    85

    5

    1(5 8) 0,1660

    5

    x

    P X e dx

    b)1

    5

    5

    1( 5) 0,3679

    5

    x

    P X e dx

    c)

    1

    52

    10

    1 1

    5

    5

    1

    [( 10) ( 5)] ( 10) 5( 10 / 5) 0,3679( 5) ( 5) 1

    5

    x

    x

    e dxP X X P X e

    P X XP X P X e

    e dx

    5.2.3 Distribuio Normal (Gauss, Laplace ou Laplace Gauss)

  • 48

    Se X uma v.a contnua e sua f.d.p for da forma:

    21

    21( )2

    x

    Xf x e

    ( )x

    Notao: 2( , )X N X uma varivel com distribuio normal de mdia X e varincia

    2

    X .

    Caractersticas:

    1. Cada distribuio fica completamente especificada por sua mdia e seu desvio padro, ou seja,

    existe uma nica distribuio para cada combinao de mdia e desvio padro.

    2. A curva simtrica em relao a mdia. (mdia=mediana=moda)

    3. O afastamento entre a mdia e o ponto de inflexo o desvio padro da distribuio.

    4. A rea abaixo da curva entre dois pontos a e b (a

  • 49

    5. A rea total sob a curva 1.

    Varivel Normal Padronizada

    Devido ao que foi comentado anteriormente, recorre-se a uma mudana de varivel,

    transformando a v.a X para Z atravs da relao:

    a b

    ( )P a X b

    2 1

    1

    2 1 1

    1 2 1

    1 2

  • 50

    XZ

    A f.d.p da nova varivel ser: 21

    21

    ( ) .2

    Z

    Z Z e

    ( )Z

    ( ) 0Z E Z

    ( ) 1Var Z

    f.d.a: ( )Z P Z z

    Assim, para 0X Z

    1X Z

    2 2X Z

    3 3X Z

    Portanto,

    Uso da tabela da f.d.a Normal Padronizada

    De posse do valor de Z entra-se na primeira coluna esquerda da tabela com a parte inteira e o

    primeiro decimal de Z e, em seguida na 1 linha com o segundo decimal de Z. O cruzamento da linha

    com a coluna fornece ( )Z P Z z .

    Ex: Calcule ( 1,5)P Z .

  • 51

    Z 0,00 0,01 0,02 0,03 .....

    0 0,5 0,50399 0,50398 0,51197 ....

    0,1 .... ..... ..... ..... ....

    .... .... .... .... .... ....

    .... .... .... .... .... ....

    1,5 0,93317 0,93448 0,93574 0,93699 ....

    .... .... .... .... .... ....

    Pela tabela, ( 1,5) 0,93317 0,9332P Z

    As probabilidades que no esto na forma ( )P Z z so encontradas atravs do uso das regras

    bsicas de probabilidades e da simetria da distribuio normal.

    Ex: Calcule:

    1) ( 1,26)P Z 2) ( 0,86)P Z

    3) ( 1,37)P Z 4) ( 1,25 0,37)P Z

    5) ( 4,6)P Z 6)Encontre z tal que ( ) 0,05P Z z

    7)Encontre z tal que ( ) 0,99P z Z z

    Soluo:

    1) ( 1,26) 1 ( 1,26) 1 0,89616 0,10384P Z P Z

    ( 1,5) (1,5)ZP Z

    = rea hachurada

  • 52

    2) ( 0,86) 0,19490P Z

    3) ( 1,37) ( 1,37) 0,914657P Z P Z

    4) ( 1,25 0,37) ( 0,37) ( 1,25) 0,644309 0,105650 0,53866P Z P Z P Z

  • 53

    5) ( 4,6)P Z no tem na tabela, porm, da tabela sabemos que ( 3,99) 0,000033P Z . Como

    ( 4,6) ( 3,99)P Z P Z , ento ( 4,6) 0P Z .

    6) ( ) 0,05P Z z equivalente a ( ) 1 0,05 0,95P Z z

    ( ) 0,95 1,6z P Z z z

  • 54

    7) ( ) 1 0,005 0,995 2,58P Z z z

    Ex: Suponha que a corrente medida em um fio fino segue uma distribuio normal, com

    mdia de 10mA e varincia de 4mA2 . Qual a probabilidade de que a medida no exceda 13mA?

    Soluo: X denota a corrente em mA. ( 13) ?P X

    Seja ( 10)

    2

    XZ

    (13 10) 313 1,5

    2 2X Z

    13 1,5X Z

    ( 13) ( 1,5) 1 ( 1,5) ( 13) 1 0,93319 0,06681P X P Z P Z P X

    Ou 10 13 10

    ( 13) ( 1,5) 0,066812 2

    XP X P P Z

    0,05

    0,005

  • 55

    Suponha que X uma v.a normal com mdia e varincia 2 . Ento,

    ( ) ( )X x

    P X x P P Z z

    Onde Z a v.a normal padronizada e ( )x

    z

    o valor obtido padronizando X.

    Ex: Continuando o exemplo anterior, calcule a probabilidade de que a corrente medida esteja

    entre 9 e 11 Ma.

    Soluo: 9 10 10 11 10

    (9 11) ( 0,5 0,5)2 2 2

    XP X P P Z

    ( 0,5) ( 0,5) 0,69146 0,30854 0,38292P Z P Z

    Determine o valor para qual a probabilidade que a corrente medida esteja abaixo desse valor

    0,98.

    Soluo: 10 10 10

    ( ) 0,982 2 2

    X x xP X x P P Z

    ( ) 0,98 2,05P Z z z pois ( 2,05) 0,97982P Z

    ( 10)

    2,05 2.(2,05) 10 14,12

    xx mA

    5.2.4 Aproximao Normal da Distribuio Binomial

    Ex: Em um canal de comunicao digital, assume-se que o n de bits recebido com erro pode

    ser modelado por uma varivel aleatria binomial. A probabilidade que um bit seja transmitido com

    erro 51.10 . Se 16 milhes de bits so transmitidos, qual a probabilidade de que mais de 150 erros

    ocorram?

    Soluo: X = n de erros, 16000000n , 51.10p , ( ) . 160E X n p

    1505 5 16000000

    0

    16000000( 150) 1 ( 150) 1 (10 ) (1 10 )x x

    x

    P X P xx

    Se X uma v.a binomial,

  • 56

    (1 )

    X npZ

    np p

    aproximadamente a v.a normal padronizada. A aproximao boa para

    5np e (1 ) 5n p

    De modo a aproximar uma probabilidade binomial por uma distribuio normal, uma correo

    de continuidade aplicada como segue:

    0,5( ) ( 0,5)

    (1 )

    x npP X x P X x P Z

    np p

    0,5

    e ( ) ( 0,5 )(1 )

    x npP x X P x X P Z

    np p

    Ex: Em um canal digital de comunicao, suponha que o nmero de bits recebidos com erro

    possa ser modelado por uma varivel aleatria binomial. Suponha que a probabilidade de um bit ser

    recebido com erro seja de 51.10 . Se 16 milhes de bits forem transmitidos, qual ser a probabilidade

    de se ter 150 ou menos erros?

    Soluo:

    1505 5 16000000

    0

    16000000( 150) (10 ) (1 10 )x x

    x

    P Xx

    Claramente a probabilidade difcil de calcular. Felizmente, a distribuio normal pode ser usada para

    prover uma excelente aproximao:

    5 5

    160 150,5 160( 150) ( 150,5) ( 0,75) 0,227

    160(1 10 ) 160(1 10 )

    XP X P X P P Z

    Porque 6 5(16.10 ).(1.10 ) 160np e (1 )n p muito maior, espera-se que a aproximao funcione

    bem nesse caso.

    Suponha agora que somente 50 bits devem ser transmitidos ( 50)n e que a probabilidade de

    um erro seja 0,1p . A probabilidade exata de que 2 ou menos erros ocorram ,

  • 57

    50 49 2 4850 50 50

    ( 2) 0,9 0,1(0,9) 0,1 (0,9) 0,1120 1 2

    P X

    Baseado na aproximao normal,

    5 2,5 5( 2) ( 1,8) 0,119

    50(0,1)(0,9) 50(0,1)(0,9)

    XP X P P Z

    Mesmo para uma amostra to bem pequena quanto 50 bits, a aproximao normal razovel.

    5.2.5 Aproximao Normal da Distribuio de Poisson

    Se X uma v.a de Poisson com [ ]E X e ( )Var X ,

    XZ

    aproximadamente a v.a normal padronizada. A aproximao boa para 5 .

    Ex: Suponha que o n de partculas de amianto em um metro quadrado de poeira sobre uma

    superfcie segue a distribuio de Poisson com mdia 1000. Se um metro quadrado de poeira

    analisado, qual a probabilidade que menos de 950 partculas sejam encontradas?

    Soluo: 1000950

    0

    .1000( 950)

    !

    x

    x

    eP X

    x

    Aproximando pela normal

    950 1000

    ( ) ( 1,58) 0,0571000

    P X x P Z P Z

    Exerccio 1: gua de Fnix fornecida para aproximadamente 1,4 milho de pessoas, que so

    servidas atravs de mais de 362.000 contas. Todas as contas so medidas e cobradas mensalmente. A

    probabilidade de uma conta conter um erro em um ms 0,001 e contas podem ser consideradas

    independentes.

    (a) Quais so a mdia e o desvio padro do nmero de contas com erro em cada ms?

    (b) Aproxime a probabilidade de menos de 350 erros em um ms.

    (c) Aproxime um valor de modo que a probabilidade de o nmero de erros exceder esse valor

    seja 0,05.

  • 58

    (d) Aproxime a probabilidade de mais de 400 erros por ms nos prximos 2 meses. Considere

    que os resultados entre os meses sejam independentes.

    Exerccio 2: Uma impressora de alta capacidade imprime pginas com pequenos erros de

    qualidade de impresso, em um teste de 1000 pginas de texto, de acordo com uma distribuio de

    Poisson, com mdia de 0,4 por pgina.

    (a) Porque o nmero de erros em cada pgina uma varivel independente?

    (b) Qual o nmero mdio de pginas com erros (um ou mais)?

    (c) Aproxime a probabilidade de mais de 350 pginas conterem erros (um ou mais).

    5.2.6 Distribuio de Erlang e Gama

    Uma varivel exponencial descreve o comprimento at que a primeira contagem seja obtida em um

    processo de Poisson. Uma generalizao da distribuio exponencial o comprimento at que r

    contagens ocorram em um processo de Poisson. Considere o seguinte exemplo:

    Exemplo (Falha em um processador):

    As falhas das unidades de um processador central de grandes sistemas computacionais so

    frequentemente modeladas como um processo de Poisson. Tipicamente, falhas no so causadas por

    componentes desgastados, mas por falhas mais aleatrias do grande nmero de circuitos de

    semicondutores nas unidades. Suponha que as unidades que falhem sejam reparadas imediatamente e

    considere que o nmero mdio de falhas por hora seja 0,0001. Seja X o tempo at que quatro falhas

    ocorram em um sistema. Determine a probabilidade de X exceder 40.000 horas.

    Seja a varivel aleatria N o nmero de falhas em 40.000 horas de operao. O tempo at que

    quatro falhas ocorram exceder 40.000 horas se, e somente se, o nmero de falhas em 40.000 horas for

    trs ou menos. Assim,

    40.000 3P X P N

    A suposio de que falhas seguem um processo de Poisson implica que N tenha uma distribuio de

    Poisson com

    40.000 0,0001 4 falhas por 40.000 horas.E N

    Logo

    43

    0

    440.000 3 0,433.

    !

    k

    k

    eP X P N

    k

    O exemplo anterior pode ser generalizado para mostrar q1ue se X o tempo at o -simor evento

    em um processo de Poisson, ento

  • 59

    1

    0 !

    kxr

    k

    e xP X x

    k

    Uma vez que 1 ,P X x F x a funo densidade de probabilidade de X iguala a derivada

    negativa do lado direito da equao prvia. Depois de uma simplificao algbrica intensa, a funo

    densidade de probabilidade de X igual

    1

    1 !

    r r xx ef x

    r

    para 0x e 1,2,...r . Essa funo densidade de probabilidade define uma distribuio de Erlang.

    Claramente uma varivel aleatria de Erlang com 1r uma varivel aleatria exponencial.

    conveniente generalizar a distribuio de Erlang para permitir r ser qualquer valor no-

    negativo. Ento, a distribuio der Erlang e algumas outras comuns se tornam casos especiais dessa

    distribuio generalizada. de modo a completar essa etapa, a funo fatorial 1 !r tem de ser

    generalizada para ser aplicada a qualquer valor no negativo ou a r ; porm, a funo generalizada

    deveria ainda ser igual a 1 !r quando r for um inteiro positivo.

    Funo Gama

    A funo gama

    10

    , para 0.r xr x e dx r

    Pode ser mostrado que a integral na definio de r finita. Alm disso, integrando por partes,

    pode ser mostrado que

    1 1r r r

    Assim, se r for um inteiro positivo (como na distribuio de Erlang)

    1 !r r

    Tambm, 1 0! 1 e pode ser mostrado que 1

    21 2 . A funo gama pode ser interpretada

    como uma generalizao para valores no inteiros de r do termo 1 !r que usado na funo

    densidade de probabilidade de Erlang. Agora, a distribuio de Erlang pode ser generalizada.

    A varivel aleatria X com funo de densidade de probabilidade

    1

    , para 0r r xx e

    f x xr

  • 60

    uma varivel aleatria gama, com parmetros 0 e 0r . Se r for um inteiro, ento X ter

    uma distribuio de Erlang.

    Os parmetros e r so frequentemente chamados de parmetros de escala e forma,

    respectivamente. No entanto devem-se verificar as definies usadas nos programas computacionais

    comerciais. Por exemplo, o Minitab define o parmetro de escala como 1 . Esboos da distribuio

    gama para vrios valores de e r so mostrados na figura abaixo.

    Lembre-se que uma distribuio exponencial, com parmetro , a mdia e a varincia so

    1 e 21 , respectivamente. Uma varivel aleatria de Erlang o tempo at o -simor evento em um

    processo de Poisson e o tempo entre eventos sejam independentes. Por conseguinte, plausvel que a

    mdia e a varincia de uma varivel aleatria gama sejam multiplicadas pelo resultado da exponencial,

    ou seja, por r . Logo, se X for uma varivel aleatria gama com parmetros e r ,

    2 2 e r r

    E X Var X

    .

    Exemplo: O tempo para preparar uma transparncia sobre microarranjo para um estudo de

    genes em alta produo um processo de Poisson, com mdia de duas horas por transparncia. (a)

    Qual a probabilidade de 10 transparncias necessitarem de mais de 25 horas para serem preparadas?

    (b) Quais so a mdia e o desvio padro do tempo para preparar 10 transparncias? (c) Em que tempo

    as transparncias sero completadas com uma probabilidade de 0.95?

    Soluo:

    (a) Seja X o tempo para preparar 10 transparncias. Por causa da suposio de um processo de

    Poisson, X tem uma distribuio gama, com 1 2 e 10r e a probabilidade requerida

    25P X . A probabilidade pode ser obtida atravs de um programa computacional que fornea as

    probabilidades cumulativas de Poisson ou as probabilidades de gama. Para probabilidades cumulativas

    de Poisson, tem-se

    1086420

    1,0

    0,8

    0,6

    0,4

    0,2

    0,0

    X

    f(x)

    1 1

    8,3 0,5

    7,5 0,2666

    Forma 1/escala

    Distribuio Gama

  • 61

    12,59

    0

    12,525

    !

    k

    k

    eP X

    k

    No Minitab, estabelecemos a mdia=12,5 e a entrada =9 para obter 25 0,2014P X .

    Como uma verificao, usamos a funo de probabilidade cumulativa gama no Minitab. Estabelea o

    parmetro de forma igual a 10 e o parmetro de escala igual a 2, visto que o Minitab usa o inverso de

    nossa definio e a entrada igual a 25. A probabilidade calculada 25 0,7986P X e, quando

    ela for subtrada de um, encontraremos o resultado prvio, 25 0,2014P X .

    (b) O tempo mdio

    10

    200,5

    rE x

    A varincia do tempo

    2 2

    1040

    0,5

    rVar X

    de modo que o desvio padro 40 6,32 horas.

    (c) A pergunta quer saber o valor de x , de tal modo que

    0,95P X x

    em que X gama com 1 2 e 10r . No Minitab usamos a funo de probabilidade acumulada

    inversa gama e estabelecemos parmetro de forma igual a 10, o parmetro de escala igual a 2 e a

    probabilidade igual a 0,95. A soluo calculada

    31,41 0,95P X

    5.2.7 Distribuio de Weibull

    A tecnologia moderna nos permite criar muitos sistemas complexos cuja operao, e talvez a

    segurana, depende da confiabilidade de vrios componentes que os formam. Um fusvel pode

    queimar, uma coluna de ao pode entortar ou um componente de deteco de calor pode falhar.

    Componentes idnticos submetidos a condies ambientais idnticas falharo em momentos diferentes

    e imprevisveis. Uma distribuio que tem sido usada para lidar com tais problemas a distribuio de

    Weibull, introduzida pelo fsico sueco Waloddi Weibull, em 1939. Os parmetros dessa distribuio

    fornecem uma grande flexibilidade para modelar sistemas em que o nmero de falhas aumenta com o

    tempo (desgaste de rolamento), diminui com o tempo (alguns semicondutores) ou permanecem

    constantes com o tempo (falhas causadas pelos choques externos ao sistema). Uma varivel aleatria

    contnua X tem uma distribuio de Weibull, com parmetros e , se sua funo de densidade for

    dada por

  • 62

    1 , 0

    ; ,0, caso contrrio,

    xx e xf x

    onde 0 e 0 .

    Os grficos da distribuio de Weibull para 1 e para vrios valores do parmetro so

    ilustrados na figura abaixo

    Vemos que as curva mudam consideravelmente de forma para diferentes valores do parmetro . Se

    considerarmos 1 , a distribuio Weibull se reduz a uma distribuio exponencial. Para valores de

    1 , as curvas tomam a forma de sino, e lembram as curva normais, apesar de mostrarem certa

    assimetria. A mdia e a varincia da distribuio de Weibull so:

    Mdia: 11

    1 .

    Varincia:

    2

    2 2 2 11 1 .

    Como a distribuio exponencial, a distribuio de Weibull tambm aplicada em problemas de

    confiabilidade e testes de vida til, tais como tempo at a falha ou tempo de vida de um componente,

    medida de um tempo especfico at a falha. Vamos representar esse tempo at a falha pela varivel

    aleatria contnua T , com funo de densidade de probabilidade f t , onde f t uma distribuio

    de Weibull. Essa distribuio tem a flexibilidade inerente de no requerer a propriedade da falta de

    memria da distribuio exponencial. A funo de distribuio acumulada (fda) para a Weibull pode

    ser escrita da forma fechada e certamente til para clculos de probabilidades e dada por:

    1 , para 0, 0 e 0.xF x e x

    3,02,52,01,51,00,50,0

    1,4

    1,2

    1,0

    0,8

    0,6

    0,4

    0,2

    0,0

    X

    f(x)

    3,5

    2

    1

    .

    Distribuio de Weibull

  • 63

    Exemplo: O tempo de vida X , em horas, de um item de uma oficina de usinagem tem

    distribuio de Weibull com 0,01 e 2 . Qual a probabilidade de que esse item falhe antes de

    8 horas de uso?

    Soluo: 20,01 8

    8 8 1 1 0,527 0,473.P X F e

    Taxa de falha para a distribuio de Weibull

    Quando a distribuio de Weibull se aplica, ela til para determinarmos a taxa de falha (algumas

    vezes chamada de taxa de risco) e percebermos o desgaste ou deteriorao do componente. Primeiro,

    vamos definir a confiabilidade de um componente ou produto como a probabilidade de que ele

    funcionar apropriadamente por, pelo menos, um tempo determinado, sob condies experimentais

    especficas. Ento, se R t definido como sendo a confiabilidade de certo componente em um

    tempo t , podemos escrever

    1 ,t

    R t P T t f t dt F t

    onde F t a funo de distribuio acumulada de T . A probabilidade condicional de que o

    componente falhe em um intervalo de tempo de T t a T t t , dado que ele sobreviveu at o

    tempo t ,

    .

    F t t t

    R t

    Dividindo essa razo por t e tomando o limite 0t , temos a taxa de falha, denotada por Z t .

    Assim,

    0

    1lim

    ,1

    t

    F t t F tZ t

    t R t

    F t f t f t

    R t R t F t

    que expressa a taxa de falha em funo da distribuio do tempo at a falha. J que

    1Z t f t F t , ento a taxa de falha dada como segue:

    1, 0.Z t t t

    Interpretao da taxa de falha

    A quantidade Z t apropriadamente chamada de taxa de falha, j que quantifica a taxa de mudana,

    ao longo do tempo, da probabilidade condicional de que o componente dure um tempo t adicional,

    dado que o componente durou at o tempo t . A taxa de reduo (ou aumento) com o tempo

    importante. Os pontos a seguir so cruciais:

    (a) Se 1, a taxa de falha igual a , ou seja, constante. Isso, como indicado antes, o caso

    especial da distribuio exponencial na qual a falta de memria prevalece.

  • 64

    (b) Se 1, Z t uma funo crescente de t , que indica que o componente se desgasta com o

    tempo.

    (c) Se 1, Z t uma funo decrescente do tempo e, ento, o componente se fortalece ou se

    solidifica com o tempo.

    Por exemplo, o item na oficina de usinagem do exemplo anterior tem 2 e, portanto, se desgasta

    com o tempo. De fato, a funo de taxa de falha dada por 0,02 .Z t t Por outro lado, suponha que

    os parmetros sejam 3 4 e 2 . Neste caso, 41,5Z t t , e, ento, o componente se fortalece

    com o tempo.

    Exemplo: Suponha que o tempo de vida de uma certa espcie de bateria de backup de emergncia (em

    horas) uma varivel aleatria X tendo uma distribuio de Weibull com 0,1 e 0,5.

    Encontre:

    (a) o tempo de vida mdio dessas baterias

    (b) a probabilidade de que tais baterias durem mais do que 300 horas.

    Soluo:

    (a) Substituindo na frmula da mdia temos

    2

    0,1 3 200 horas

    (b) 0,50,5 0,1 3000,5 0,1

    300

    300 0,05 0,177xP X x e dx e