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Universidade Estadual de Londrina
Departamento de História
Disciplina: Tópicos de Ensino de
História Moderna
Professor: Jairo Queiroz Pacheco
Alunos: Danilo Pontes Rodrigues,
Rafael Ribeiro, Thiago Tomoaky dos
Santos Sato.
Trabalho apresentado no formato de
cartilha – texto paradidático, para
obtenção de nota parcial do
semestre.
AApprreesseennttaaççããoo
A expansão marítima iniciada pelos portugueses e os
espanhóis no final do século XV é um dos marcos que consolidou um novo período
da História Ocidental: A modernidade.
Com este pequeno trabalho, pretende-se apresentar a
expedição comandada por Vasco da Gama, que resultara no descobrimento de uma
nova rota comercial para as Índias. Procuramos analisar a construção deste
personagem como um herói na História de Portugal, entender o que esta
expedição representa e como ela é representada.
Nosso objetivo é que este trabalho complemente
informações muitas vezes omitidas pelos Livros didáticos, bem como apresentar
este evento de forma contextualizada. Assim, procuramos atender o professor, o
estudante e todo aquele que busque este conhecimento em História, de forma
objetiva e fundamentada.
Bons descobrimentos!
Algumas reflexões sobre o herói
histórico or muito tempo a História possuiu o olhar voltado para os grandes feitos da humanidade,
construindo assim os grandes heróis. Estes são normalmente homens de classes abastadas,
que de maneira geral comandavam ações de grande importância política de seu país. O nome
destes heróis é passado pelas gerações através de livros, poemas, pinturas, homenagens oficiais, filmes, teatros,
etc. Sua vida se torna tema obrigatório nas escolas.
Este processo do heroicizar ocorreu
com Vasco da Gama, principalmente em Portugal,
onde é um grande herói nacional, símbolo da
coragem, do cumprimento do dever, da fé e da
aplicação da justiça. Exulta-se, assim, suas
qualidades e restringe-se a ele os créditos da
empreitada histórica.
Podemos verificar este processo
através das estatuas do herói existente em
Portugal. Já em 1597, um século após a
descoberta do caminho marítimo para as
Índias, houve a primeira estatua em
homenagem ao personagem. Entre outras,
encontramos as mais conhecidas, uma
inaugurada em 1951, localizada em
Moçambique; e outra em Sines, cidade natal
do herói, construída em homenagem ao
quinto centenário de seu nascimento, em
1970. Existem também estatuas fora de
Portugal, como, por exemplo, em
Hamburgo, Alemanha.
Vemos que Vasco da Gama deixa de
ser um comandante de uma operação para
personificar um momento de glória de Portugal. Aos
tripulantes das quatro embarcações que partiram
de Rastelo em direção às Índias restaram os
créditos de companheiros, subordinados de
Vasco da Gama. Somente nas últimas décadas
a historiografia voltou seu olhar para estes
personagens. Encontrar evidências sobre
eles é de grande complexidade, uma vez
que já eram omitidos nos documentos da
época.
Não queremos dizer que o
estudo daqueles elencados como heróis
deve ser extinto, mas que devemos ter
em mente que o conceito de herói é
uma construção política.
P
Estatua de Vasco da Gama existente em Moçambique
Império Português e as Grandes
Navegações estruturação de Portugal como sendo o primeiro estado nacional moderno, tem papel
fundamental no contexto das Grandes navegações. Embora já existisse o estado de Portugal em
um contexto anterior, é com a revolução de Avis, de forma mais emblemática representada pela
batalha de Aljubarrota em 1385, quando os portugueses derrotaram o exército Castelhano, é que Portugal impõe
sua hegemonia.
Além da hegemonia, é neste contexto que a
burguesia comercial vai aliar-se à monarquia, já
que um estado unificado, estável e investindo em
expedições marítimas lhes eram favoráveis. Em
contrapartida a coroa amparava o povo, evitando as
grandes crises e reprimindo as revoltas.
Características estas que
representam bem o estado moderno, uma vez que a
burguesia comercial não era forte o suficiente e
precisava da monarquia que tomava medidas
protecionistas, mantinha a ordem social,
representava a burguesia nas decisões políticas,
além de conquistar novos territórios para serem
explorados e colonizados. Para a burguesia uma
frota naval era um investimento muito alto com
grandes riscos de naufrágio, neste sentido,
somente o estado tinha a capacidade para arcar
com estes gastos.
O status de Império é atribuído no dia
22 de Agosto de 1415 com a conquista da Ceuta, que
era uma cidade islâmica no Norte da África,
tomada sob o comando de João I de Portugal. O
expansionismo Português foi movido inicialmente
pelo espírito militar e evangelizador, de continuação
da reconquista no Norte de África e, depois, pelo
interesse comercial, no lucrativo comércio
de especiarias. Requeria-se a busca de um caminho
marítimo para a Ásia, alternativo ao Mediterrâneo
que se encontrava dominado pelas repúblicas
marítimas italianas, pelos otomanos, pelos mouros
e por piratas.
A
Pintura anônima ilustrando a batalha de
Aljubarrota.
Painel de azulejos de Jorge Colaço (1864 - 1942)
na Estação de São Bento, no Porto: o Infante D.
Henrique na conquista de Ceuta.
Todas estas conquistas geraram
toda uma cultura voltada para as navegações, tanto
que em Portugal é criada a escola de Sagres, que
seria um lugar onde o conhecimento náutico era
passado para os novos navegadores. Entretanto
hoje há muitas evidências e historiadores que
afirmam que a escola de Sagres em sua concepção
física não passa de um mito da história portuguesa.
Além de serem enaltecidos pelas
conquistas e descobertas, ganhos para a coroa, os
descobridores eram considerados heróis já que o
imaginário da época retratava o oceano como um
lugar totalmente sombrio habitado por monstros
além de não se ter a noção de que a terra é
redonda. Então somente os realmente bravos
teriam a coragem necessária para sair ao mar
aberto enfrentando todos estes desafios em nome
da coroa. Porém, este status de herói somente era
atribuído aos capitães e os grandes
expedicionários. As condições das viagens eram
muito desconfortáveis, a tripulação frequentemente
era obrigada a conviver com ratos nos porões dos
navios e lidar com a falta de comida e de água doce,
muitos dos marujos serem prisioneiros. Vale
lembrar também que os Nobres que partiam em
tais viagens buscavam os lucros que lhes seriam
compensados, tanto se agregasse um novo
território para a coroa colonizar, tanto quanto se
conseguissem de fato alcançar as Índias orientais.
Apesar desta mentalidade, em que se
pode fazer o juízo de ser atrasada e ingênua, com a
utilização de instrumentos bastante precisos eles
conseguiam navegar seguindo a orientação dos
astros sem problemas. Entre os instrumentos,
temos, por exemplo, o astrolábio e o quadrante
(aparelhos de origem árabe). Desenvolveram a
Balestilha, que servia para obter, no mar, a altura
do sol e de outros astros.
Além do conhecimento náutico, capital
disponível para investimento, geografia favorável,
outro fator, já citado, indispensável para o
pioneirismo de Portugal nas grandes navegações foi
o estado unificado, já que além de ter recursos
abundantes para investimentos não se era
necessário voltar-se para pequenas revoltas como
era o caso da guerra civil catalã, que foi um
empecilho para a Espanha. A Inglaterra estava
passando por diversos conflitos internos como o
caso da guerra das duas rosas. Panorama que
podemos observar em vários outros estados
europeus.
Entretanto no ano de 1478, com a união
de Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, foi
unificando os reinos de Castela e Aragão,
encerrando assim os conflitos de sucessão da
coroa de Castela, contudo, cada reino manteve sua
própria administração sob a mesma monarquia.
Já com as questões políticas
estabilizadas, o estado Espanhol, (reinos de Castela
e Aragão na época) volta suas atenções para
expedições marítimas. Após convencer os reis
espanhóis a investir em sua expedição, Cristóvão
Colombo parte da Espanha com o intuito de chegar
às Índias pelo ocidente, contornando assim o globo
Representação da Balestilha.
terrestre. Vale lembrar que muitos na época se
mostravam céticos em relação à suas teorias, uma
vez que se pensava que a terra era um plano e que
ao chegar às bordas os navios cairiam em um
grande abismo.
Partindo no dia 04 de agosto de 1492,
de Palos de La Frontera com três navios:
uma nau maior, Santa María, apelidada Gallega, e
duas caravelas menores, Pinta e Santa Clara,
apelidada de Niña, aportando dia 12 de outubro de
1492 nas ilhas Caraíbas, até então desconhecidas
entre os espanhóis.
Deparando-se com a concorrência
Espanhola, a coroa portuguesa decide fazer uma
expedição para encontrar de fato um caminho
alternativo para chegar às Índias orientais, que foi
consolidada com a expedição de Vasco da Gama em
1497.
Como se vê as grandes navegações se
deram em um contexto de grandes mudanças
sociais e políticas, quando o comércio marítimo era
um investimento muito visado e que ocasionou em
uma grande “corrida” para conseguir um novo
caminho para o oriente.
Retrato póstumo de Cristóvão Colombo feito
por Sebastiano del Piombo - 1532
Retrato póstumo de Cristóvão Colombo feito
por Sebastiano del Piombo – 1532.
Mapa contendo as quatro viagens de Cristóvão
Colombo ao Novo Mundo.
O Cabo da Boa Esperança m fins de Agosto de 1487, saiu de Portugal duas naus que atingiram pela primeira vez na história
européia o extremo sul da África. No comanda desta expedição estava Bartolomeu Dias.
Por muito tempo os portugueses eram
temerosos em atingir territórios em direção ao
Sul da África, como por exemplo, o Cabo do
Bojador. Entre os motivos, estava a possibilidade
da existência de monstros no oceano,
Bartolomeu Dias e sua tripulação navegaram
nesta direção por vários dias, quando foram
atingidos por um temporal de 13 dias. Quando
terminou, as embarcações rumaram à Leste em
busca de terra, mas nada encontraram.
Mudaram o curso então para o Norte, onde
atingiram, para a surpresa e euforia da
tripulação, atingiram terra. Estavam no extremo
Sul da África. Entretanto, como estavam sem
suplementos, resolveram voltar para Portugal e
anunciar a conquista.
Devido aos perigosos tormentos que viveram
neste ponto, o nomearam de Tormentoso (Cabo
das Tormentas), mas o Rei Dom João mudou a
nomenclatura para Cabo da Boa Esperança,
tendo em vista que esta era uma conquista que
prometia o descobrimento da Índia, que era
muito desejada por Portugal.
E
Vasco da
Gama E o Império Português
Vasco da Gama nasceu provavelmente
em 1468 ou 1469 em Sines, na costa sudoeste de
Portugal. Terceiro de seis irmãos, sendo filho de
Estêvão da Gama, alcaide-mor de Sines, e Isabel
Sodré, bem como neto de um homônimo Vasco da
Gama, juiz em Elvas.
Como seu pai e tios, em 1480 foi
admitido na Ordem de Santiago, e o ingresso
nesta ordem constituía um importante meio de
progressão social, como se pode perceber, quando
é mencionado na Crônica de D. João II, como
fidalgo do Rei, tanto por si só, através da posição
que ocupava através da Ordem, como também por serviços prestados pelos seus
antepassados mais diretos e os seus próprios: foi mandado ao sul de Lisboa e
também ao Algarves para capturar navios franceses em retaliação por
depredações feitas em tempos de paz contra a navegação portuguesa, e que
executou de forma rápida e eficaz.
Vasco da Gama por Gregório
Lopes
Juntamente com a sua situação privilegiada perante o Rei, podemos
acrescentar também o perfil de Vasco da Gama como os principais fatores para
a sua escolha como o comandante da primeira armada destinada à Índia.
Solteiro e de idade adequada para sofrer com o desgaste da viagem, possuía
capacidade de liderança, o que é compatível ao desempenho de uma missão com
contornos políticos, militares, diplomáticos e comerciais. São alguns destes
fatores que poderiam explicar a sua nomeação indo de encontro à lógica
senhorial, que daria a capitania da expedição ao primogênito da família, no caso
seu irmão mais velho Paulo da Gama, já que diversas fontes citam que Vasco da
Gama não possuía dotes na área de navegação, e sua nomeação se daria como já
dito pela sua proximidade com o Rei e suas qualidades pessoais.
A partir da viagem que abre uma rota direta entre a Europa e o
Oriente proporciona a Vasco da Gama a concessão de inúmeros benefícios como,
por exemplo, a promessa de doação de Sines, é lhe conferido o direito de usar o
título de Dom e também aos seus sucessores, é instituído na sua pessoa o cargo
de Almirante do mar da Índia, com as mesmas honras, rendas e privilégios
inerentes ao de Almirante de Portugal.
Em 1502 faz sua segunda viagem ao Oriente, logo após o regresso de
Pedro Álvares Cabral, e nesta viagem destaca-se por ter submetido à cidade de
Quíloa, fazendo-a tributária do Rei de Portugal. Parte ela terceira vez para o
Oriente a frente de uma poderosa armada com três mil homens, com o objetivo
de solidificar a presença portuguesa na Índia.
Em 27 de fevereiro de 1524 é nomeado sexto governador do Estado
Português da Índia, e busca a moralização de uma administração cada vez mais
corrupta durante o governo de seu predecessor. Seu governo durou apenas três
meses, pois não chegou a tomar medidas de alcance mais significativo. Vem a
falecer na véspera de natal de 1524 em Cochim, onde foi enterrado. Sua ossada
permaneceu neste local até 1880, data em que foi transferida para o Mosteiro
dos Jerónimos, ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões. Em frente à
sua estátua, existe a antiga Escola Primária Vasco da Gama, onde se encontra
o Museu Municipal de Vidigueira.
Túmulo de Vasco da Gama no Mosteiro dos Jerónimos
Ilustração da edição de 1880 de Os Lusíadas de Camões.
Ilustra Vasco chegando à India.
Especiarias do Oriente
As especiarias eram, por longa
data, consideradas o ouro das Índias. A
canela, o gengibre e a pimenta eram produtos
difíceis de obter, pelos quais sempre se
esperavam caravanas e mercadores vindos
do Oriente.
Através dos mercadores as
especiarias chegavam até os mercados de
Veneza e Genova, e só então eram espalhadas
por toda a Europa, com um aumento
considerável no seu custo. Em 1453 com o
Império Otomano tomando a cidade de
Constantinopla, as importante s rotas
comerciais de especiarias são bloqueadas o
que leva os portugueses a se beneficiar em
estabelecer uma rota marítima, praticamente
isenta dos perigos existentes nas antigas
rotas, podendo ligar diretamente as regiões
produtoras das especiarias aos seus
mercados na Europa, e isso para a coroa
portuguesa mostrava-se muito
recompensador e esboçava um futuro grande
rendimento à Coroa.
D. João II preparou com muito
cuidado e em segredo dois homens de
confiança, Afonso de Paiva e Pêro de Covilhã,
que deveriam ir para Etiópia e para a Índia
respectivamente para reunir informações
para a viagem. Nenhum dos homens voltou,
mas as informações que o Rei necessitava
chegaram ao reino e serviram como base de
sustentação para a viagem.
O plano de viagem foi traçado e
previa a segurança da rota, ou seja, seria
necessária a instalação de feitorias ao longo
do caminho, e a armada designada seria
munida de muitos homens e equipamentos
para desbravar os mares e ao capitão seria
atestado diplomacia e perseverança para
criar elos com os monarcas que
eventualmente encontrassem pelo caminho. A
viagem não se deu no reinado de D. João II,
mas sim no de D. Manoel I que ia de encontro
à opinião geral que era contra a viagem, e via
nas rotas marítimas uma boa forma de
dominar o comércio com o Oriente.
Cronologia da Viagem
Viagem de Ida
Escala Partida Chegada Dias
Viagem Ancorados
1497 1497
Lisboa / Ilha de Santiago - Partiram do Restelo, escoltados por Bartolomeu Dias que seguia numa caravela com destino à Mina. Reuniram-se e organizaram-se na ilha de Santiago.
8 Jul 27 Jul 19 -
Ilha de Santiago / Baía de Santa
Helena - A 200 milhas de Santiago a São Gabriel sofre um pequeno acidente mas recupera. Viajam para sul ao largo, 90 dias sem vista de terra, realizando a volta do mar até encontrar ventos favoráveis à altura de Santa Helena.
3 Ago 7 Nov 96 -
Baía de Santa Helena - Escala para descanso e repor água, madeira e os mantimentos que encontraram.
9
Baía de Santa Helena / Cabo da Boa
Esperança - Passam o Cabo a 22.
16 Nov 22 Nov 6 -
Cabo da Boa Esperança / Angra de
São Brás
22 Nov 25 Nov 3 -
Angra ou Aguada de São Brás - Escala onde distribuem a carga da S. Miguel pelos navios, desmantelando-a por falta de condições. Colocam um padrão que foi destruído pelos indígenas, à sua vista, pouco depois de zarparem.
13
Angra de São Brás / Natal - Rumam para norte, ao longo da costa oriental africana com ventos desfavoráveis. A 25 de Dezembro avistam o cabo que nomeiam "Natal".
8 Dez 28 Dez 20 -
Natal / Rio do Cobre 28 Dez 11 Jan 14 -
Rio do Cobre - Com poucas reservas, aportam para repor água na terra que chamam "Terra das Boas Gentes" e "Rio do Cobre" no sul de Moçambique.
5
1498 1498
Rio do Cobre / Rio dos Bons Sinais 16 Jan 25 Jan 9 -
Rio dos Bons Sinais - Avançam sem tocar em Sofala. Próximo de Quelimane colocam outro padrão. Fazem uma escala prolongada para recuperar a tripulação, exausta e doente com escorbuto. Vasco da Gama chamou-lhe rio dos “Bons Sinais” por ter sido aí onde teve as primeiras informações de que estaria no bom caminho e que mais à frente irá encontrar pilotos capazes de o guiar.
30
Rio dos Bons Sinais / Ilha de
Moçambique
24 Fev 2 Mar 6 -
Ilha de Moçambique - Inicialmente são bem recebidos pelo sultão de Moçambique, que os confunde com muçulmanos e disponibiliza dois pilotos. Encontram os primeiros mercadores muçulmanos da rede de comércio do Índico. Temendo que a população fosse hostil aos cristãos, tentam manter o equívoco, mas após uma série de mal entendidos zarparam do porto disparando os seus canhões[2]. Ventos contrários demoram-nos.
27
Ilha de Moçambique / Baixios de São
Rafael
29 Mar 5 Abr 7 -
Baixios de São Rafael - Ao largo de Zanzibar, onde a São Rafael ficou encalhada durante a noite.
2
Baixios de São Rafael / Mombaça 7 Abr 7 Abr horas -
Mombaça
6
Mombaça / Melinde - São bem recebidos em Melinde, um reino muçulmano. O governante mostra-se amigável e firme aliado dos portugueses. Encontram o piloto que procuram, um guzarate chamado Malemo Caná. Aproveitam a monção favorável da primavera para rumar à Índia.
13 Abr 14 Abr 1 -
Melinde / Calecute - Avistam terra a 18 de Maio e ancoram a 20 de Maio no porto de Kappakadavu, próximo de Calecute.
24 Abr 20 Mai 2-6 10
Total: 309 dias
Partida de Vasco da
Gama para a Índia
(Roque Gameiro)
Chegada de Vasco da
Gama a Calecute
(Roque Gameiro)
Vasco da Gama
perante o Samorim
(Veloso Salgado)
Viagem de volta
Escala Partida Chegada Dias
Viagem Ancorados
1498 1498
Calecute / Ilhéus de Santa Maria - Após uma acidentada escala de três meses em Calecute, a 10 de Setembro enviam a última mensagem ao samorim e partem sem aguardar a monção favorável.
29 Ago 15 Set 17 -
Ilhéus de Santa Maria - A 15 colocam um padrão nos ilhéus de Santa Maria.
horas
Ilhéus de Santa Maria/Ilha de
Angediva
15 Set 20 Set 5 -
Ilha de Angediva - Foram abordados por um homem que se dizia um cristão fingindo-se muçulmano ao serviço de Hidalcão, o sultão de Bijapur. Suspeitando, açoitam-no até confessar ser um espião. Era um judeu polaco aventureiro no oriente. Vasco a Gama apadrinha-o nomeando-o Gaspar da Gama.
15
Ilha de Angediva / Melinde - Partem para uma penosa travessia de 90 dias, com ventos contrários e calmarias. Os mantimentos escasseiam e a tripulação adoece com escorbuto. Morrem trinta homens e os sobreviventes, enfraquecidos, mal conseguem manobrar. Tentam que Vasco a Gama regresse à Índia, mas ventos favoráveis levam-nos a prosseguir. A 2 de Janeiro avistam África.
5 Out 7 Jan 94 -
Melinde - Exaustos, são acolhidos pelo sultão de Melinde com presentes de água, gado, ovos, laranjas. Vasco da Gama reúne as melhores ofertas que consegue para agradecer. Com a tripulação insuficiente abatem a São Rafael, prosseguindo na Bérrio e São Gabriel.
4
1499 1499
Melinde / Baixios de São Rafael - Avançam passando Zanzibar e Sofala sem aportar.
11 Jan
13 Jan
2 -
Baixios de São Rafael, ao largo de Zanzibar 14
Baixios de São Rafael / Ilha de São Jorge 27 Jan
2 Fev
5 -
Ilha de São Jorge (Moçambique) - Colocam o último padrão.
1
Ilha de São Jorge / Baía de São Brás 1 Fev
3 Mar
29 -
Baía de São Brás - Caçam leões marinhos e pinguins para aprovisionar os navios e seguem, descansados e repostos.
9
Baía de São Brás / Cabo da Boa Esperança- Com a passagem do Cabo da Boa Esperança termina o registo no diário de Álvaro Velho.
12 Mar
20 Mar
8 -
Cabo da Boa Esperança / Recifes do Rio Grande - As naus navegam juntas, mas numa noite a Bérrio separa-se. Não são conhecidos dados da viagem até Cabo Verde.
20 Mar
25 Abr
36 -
Recifes do Rio Grande / Lisboa - Na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, Vasco da Gama freta uma caravela para levar o seu irmão doente para os Açores, na esperança de o salvar. As naus chegam ao Tejo em Julho e Agosto de 1499: a Bérrio, mais leve e rápida, foi a primeira a chegar, a 10 de Julho de 1499, sob o comando de Nicolau Coelho e tendo como piloto Pêro Escobar[3]. Paulo da Gama morre na ilha Terceira e Vasco da Gama regressa a Lisboa, onde chegou depois das naus, no fim de Agosto.
25 Abr
10 Jul
76 -
Total: 315 dia
Mapas
Caminho de ida e regresso da armada de Vasco da Gama
Em preto: rota de Vasco da Gama. Em laranja, a rota de Pêro da Covilhã separado de Afonso de Paiva (a
azul), que se aproxima da utilizada pelos venezianos para comercio de especiarias.
Rota de Bartolomeu Dias, na conquista do Cabo da Boa Esperança
Referências
BOXER, Charles R. O império marítimo português. Tradução Anna Olga de Barros Beneto, São
Paulo: Cia das Letras, 2002.
FONSECA, Luís Adão da. Vasco da Gama : o homem, a viagem, a época, Lisboa : Comissão de
Coordenação da Região Alentejo : Expo 98, 1997
MACHADO, José Pedro. CAMPOS, Viriato. Vasco da Gama e a sua viagem de descobrimento.
Lisboa: edição da Câmara Municipal de Lisboa, 1969.
Marques, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História Moderna através de textos. 2ª
Edição. São Paulo: Contexto, 1990.
MICELI, Paulo. ponto onde estamos: viagens e viajantes na história da expansão e da conquista:
Portugal, séculos XV e XVI . São Paulo: Editora Página Aberta Ltda. 1994
Sites Consultados
http://cvc.instituto-camoes.pt/navegaport/g54.html
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u661.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_da_Gama
http://torredahistoriaiberica.blogspot.com/2010/05/um-grande-feito-dos-portugueses.html
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Imagens
Domínio Público pela Wikimedia Commons
http://commons.wikimedia.org/wiki/Vasco_da_gama
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Four_Voyages_of_Columbus_1492-1503_-
_Project_Gutenberg_etext_18571.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Christopher_Columbus_.PNG
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Balestilha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_avis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vasco_da_Gama_Jer%C3%B3nimos_2008-1.jpg
Túmulo de Vasco da gama
http://torredahistoriaiberica.blogspot.com/2010/05/um-grande-feito-dos-portugueses.html