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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL 2017 Relatório e Contas Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas

VC RELATORIO E CONTAS 2017 VF...Os nossos depósitos a prazo na Caixa Central (onde obrigatoriamente são aplicados os nossos excedentes de liquidez) atingiram um valor máximo histórico

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Vale de Cambra, CRL

2017 Relatório e Contas

Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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ÍNDICE

1. CONVOCATÓRIA ….………………………………………………………………………………………….2

2. RELATÓRIO DE GESTÃO .................................................................................................................. 5 3. INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 5 4. ACTIVIDADE DA CAIXA ................................................................................................................... 33 5. CRÉDITO ....................................................................................................................................... 33 6. CAPTAÇÃO DE DEPÓSITOS ............................................................................................................. 34 7. GESTÃO CORRENTE....................................................................................................................... 34 8. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................................................. 36 9. CAPITAL SOCIAL E FUNDOS PRÓPRIOS ........................................................................................... 37 10. ESTRUTURA E PRÁTICA DO GOVERNO SOCIETÁRIO .......................................................................... 38 11. INFORMAÇÕES DE NATUREZA LEGAL .............................................................................................. 45 12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 46 13. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................... 47 14. RELATÓRIO ANUAL E PARECER DO CONSELHO FISCAL ................................................................... 48 15. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO ........................................................................ 50 ATÉ 100

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Órgãos Sociais (Eleitos na Assembleia Geral de 19 de Março de 2016 para o mandato 2016-2018)

Mesa da Assembleia Geral

José António Bastos da Silva (Presidente)

Carlos Manuel de Almeida Dias (Vice-Presidente)

Alcindo Soares de Pinho (Secretário)

Conselho de Administração

Manuel Francisco dos Santos (Presidente)

Berta da Conceição Lages Pedro de Almeida (Vogal)

António Gomes (Vogal)

Carlos Francisco Leite de Almeida Carvalho (Suplente)

Conselho Fiscal

José́ Hermínio Tavares Fernandes (Presidente)

Manuel Gonçalo Bastos de Pinho (Vogal)

Martinho Fernandes (Vogal)

António Alberto Gomes de Pinho (Suplente)

(O Conselho de Administração e Conselho Fiscal também em conformidade com a Autorização para o exercício de funções do Banco de

Portugal, datada de 2016/07/07)

Revisor Oficial de Contas Ribeiro, Rigueira, Marques, Roseiro & Associados, SROC., Lda. (Efectivo)

Botelho, Roseiro & Associados, SROC, Lda. (Suplente)

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Colaboradores

Em Vale de Cambra (sede)

Ana Maria Almeida Tavares (Comercial/ Actividades Operacionais)

Anabela Soares Maria (Compliance Monitor/Responsável Gestão Riscos)

Carlos Manuel Almeida Dias (Comercial/ Actividades Operacionais)

Delfim Adriano Pinheiro Oliveira Maurício (Comercial/ Actividades Operacionais)

Hélder Manuel Pinho Oliveira (Analista de Risco de Crédito)

Joaquim Orlando Sousa Moreira Paiva (Coordenador Comercial/Responsável Seguros)

Maria da Graça Silva Santos Soares (Responsável de Crédito)

Maria do Céu da Silva Carvalho Nogueira (Comercial/ Actividades Operacionais)

Em S. João da Madeira (agência)

Carlos Francisco Leite Almeida Carvalho (Coordenador Agência)

Maria Luísa Pinheiro Oliveira M. Andrade (Comercial/ Actividades Operacionais)

Narcílio Caetano Tavares Martinho (Comercial/ Actividades Operacionais)

Prestadores de Serviços

Ferreira Pinto, Bastos, Saraiva & Associados, Sociedade de Advogados, RL

Representados pelo Sr. Dr. Afonso Saraiva (Serviços Jurídicos e de Contencioso)

Eduardo Pombo Martins (Contabilista Certificado)

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Relatório de Gestão

Introdução

Resulta da análise dos números supra a manutenção de uma actividade em 2017 globalmente muito

positiva, nomeadamente, no crescimento sustentado dos depósitos de clientes, no aumento do crédito

concedido, na redução relevante do crédito vencido, na redução dos activos não correntes detidos

para venda e no aumento dos capitais próprios. Finalmente no resultado apurado em mais este

exercício.

De facto em 2017 (face a 2016) o crédito concedido aumentou 3,1% atingindo o valor de quase 26

milhões de euros e o crédito vencido diminuiu 27% para cerca de 600 mil euros, os depósitos

cresceram 5,5% com um saldo final de mais de 58 milhões de euros. Os activos disponíveis para

venda (basicamente imóveis) diminuíram 18,5% neste exercício, situando-se agora nos 2 milhões de

euros e cumprindo-se integralmente os objectivos definidos pela Caixa Central para esta rubrica.

Os nossos depósitos a prazo na Caixa Central (onde obrigatoriamente são aplicados os nossos

excedentes de liquidez) atingiram um valor máximo histórico de praticamente 38 milhões de euros,

representando a maior fatia dos activos da Caixa com 55% do total. Tendo em conta as remunerações

praticadas nestes depósitos, esta parcela dos nossos activos influencia negativamente a nossa

margem financeira e torna-se na principal razão que encontramos para um rácio de eficiência menos

favorável (de 81%), ainda assim dentro dos parâmetros de tolerância de risco. (ver gráfico seguinte)

Rubricas (milhares de euros) 2014 2015 2016 2017Recursos de Clientes (no Balanço) 48.703 51.437 55.286 58.313Recursos de Clientes (fora do Balanço) 8.341 8.231 7.597 6.516Depósitos a Prazo na Caixa Central 27.314 31.215 34.265 37.965Crédito a Clientes 22.764 22.490 24.986 25.761Crédito Vencido (inclui juros vencidos) 1.540 1.843 811 586Imparidade acumulada (NIC)/Prov.imparidade acumulada (NCA) 1.762 1.927 1.347 1.159Activos Não Correntes Detidos para Venda 3.174 2.972 2.466 2.009Capitais Próprios 5.402 5.474 6.087 6.368Resultado Exercício 175 84 209 235

Rubricas (em % do activo líquido) 2014 2015 2016 2017Recursos de Clientes (no Balanço) 85,5% 85,9% 84,9% 84,9%Recursos de Clientes (fora do Balanço) 14,6% 13,8% 11,7% 9,5%Depósitos a Prazo na Caixa Central 48,0% 52,2% 52,6% 55,3%Crédito a Clientes (Bruto) 40,0% 37,6% 38,4% 37,5%Crédito Vencido (inclui juros vencidos) 2,7% 3,1% 1,2% 0,9%Imparidade acumulada (NIC)/Prov.imparidade acumulada (NCA) 3,1% 3,2% 2,1% 1,7%Activos Não Correntes Detidos para Venda 5,6% 5,0% 3,8% 2,9%Capitais Próprios 9,5% 9,1% 9,3% 9,3%Resultado Exercício 0,3% 0,1% 0,3% 0,3%

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Fonte: CCAM de Vale de Cambra

Sabemos das potencialidades dos nossos mercados principais, Vale de Cambra e S. João da Madeira.

Todavia, estamos confrontados com as obrigações que uma gestão sã e prudente determinam e,

sendo assim, estamos num processo de alargamento das nossas capacidades de espaço para

acomodar mais pessoas e, dessa forma, podemos dar a resposta necessária, fora das nossas portas,

a essa actividade comercial que pretendemos mais intensa e o mais profissional possível.

Em conformidade com o que se encontra legalmente definido, o ano de 2017 foi preenchido com

inúmeras acções de formação providenciadas pela Caixa Central sobre os principais temas que se

relacionam com a actividade da Caixa e nos quais os colaboradores e administradores participaram de

forma activa.

A Caixa de Crédito Agrícola de Vale de Cambra é uma instituição de reduzida dimensão no contexto

global, todavia, localmente, detemos uma quota de mercado (em Vale de Cambra) superior ao

conjunto do sistema (14,4% na nossa região para 7,2% do SICAM no conjunto do sistema bancário), o

que atesta que mesmo com aquela condicionante e numa região onde impera uma forte concorrência,

mantemos um desempenho bastante razoável e que é também um sinal da nossa capacidade,

credibilidade e confiança no Crédito Agrícola.

0,00%

0,50%

1,00%

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5.000.000

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2014 2015 2016 2017 2017 P

Euro

s

Depósitos na Caixa Central e Remunerações médias (em%)

Depósitos a Prazo na Caixa Central Taxa média de juro

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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de

alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais

blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as

economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o

crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos

preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades

monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em

2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições

financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os

agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à

medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que

a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das

exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa

fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que esperavam

que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de Donald Trump nos

EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por não acontecer.

Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em

quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção

das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado

no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a

recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação

anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017

em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no

caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no

caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os

montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões

do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu

cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a

partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até Setembro de 2018.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de

2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro

trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de

emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase

17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram

activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do

mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à

evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa

primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente

à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a

subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de

transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de

crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de

impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às

famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de

financiar a redução de impostos.

A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta

actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de

Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Apesar desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes

alterações na actual política de normalização das taxas de juro americanas.

ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60%

versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura

interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos

principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento

disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da

permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu

para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de

2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento

médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de

2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da

procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As

exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9%

do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política

monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano,

sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de

riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa,

situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de

gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens

energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do

ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector

hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em

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Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se

verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao

mesmo período do ano anterior).

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o

que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice

em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros

acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O.

E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo

a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o

défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de

reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se

mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação

de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista

(Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil

milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo

CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da

alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25%

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no

Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos

aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado

crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos

particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de

2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não

produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa

verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a

particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dezembro 2016 e Dezembro

2017, o crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no

segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a

empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de

crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a

empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro

de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de

clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que,

ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a

Dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector do transporte e armazenagem, Água e Saneamento , e energia. Nos sectores da

agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi

possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com

maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e das Indústrias

Extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

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MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow

Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e

finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P

500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos.

Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo

do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como

a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na

Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron

ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza

política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha,

apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI

20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance

inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro

relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de

14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade

entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado

desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à

remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as

restantes moedas.

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de

80% das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das

políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando,

nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote

fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi

igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral,

como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a Fed

prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para

o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham sido

antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao

dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e

116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda,

nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da

sua moeda.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois

do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento

da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos

principais factores de mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano

de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua

evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior

equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco

a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e

reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários

blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas

em relação ao crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento

mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities.

O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve

uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e

com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos

preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno

dos $66.

O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano

a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro

foi assinalável.

Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias

acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields

dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos

registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais

significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas

agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na

classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o

spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo

as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a

instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências

económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das

próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas

sondagens.

A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18% e 0,60%, continuando

condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta,

reflexo da sua saudável situação fiscal.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas

monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos

agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa

de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal.

Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das

próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da

reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente

tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial

poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após

a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das

economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi

como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no

panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como

também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais

rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras

face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex.

fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

1. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

a. do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do

esforço de digitalização e robotização das operações;

b. da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

c. da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

2. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

a. da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital

interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias

necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex.

digital, regulação); e,

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b. de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de

risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

3. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais

requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do

consumidor (ex. GDPR, PSD 2, DMIF 2), como também assegurar maior prudência e

segurança na condução da actividade bancária (ex. IFRS 9, PBC/FT);

4. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex.

mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito

online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

RESULTADO E BALANÇO Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

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Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros

face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

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O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em

parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros

(+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto

Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira

(+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para

290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das

taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito

tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (Euribor) mantiveram uma tendência de queda, em resultado

da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative

easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa

Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

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Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3 milhões de euros).

Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 2 milhões de euros (+0,8%)

e dos gastos gerais administrativos em 2 milhões de euros (+2,0%).

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no

valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em

relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em

2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que

beneficiaram da retoma económica.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que

passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo

para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de

euros) e o aumento das aplicações em títulos (+719 milhões de euros).

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O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a

crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de

recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos

centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um

acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito

aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo

facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

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Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o

prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto

do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário, permitem afirmar

o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à

Gestora de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros

foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”. Por seu lado, a

CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017,

tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais

ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua

respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas

empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das

fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que

aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em

2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das

Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

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• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e

Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

• O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando

um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções

nos B24, (balcões 24), registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa

média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a

2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas –

realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada

semestre, em comparação com igual período de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520

no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na

rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de

transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90

milhões de transacções.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e

uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de

transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a

débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de

0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e

parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas

conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de

contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na

comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017

atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria

acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral.

Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido

semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para as

empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do Crédito Agrícola,

nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar

de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação

CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma

iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim

para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais

forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais

promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas

Agências, assim como através das redes sociais.

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de

canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar

iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do

canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas

as diversas acções de comunicação digital.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

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Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota

20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios

aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as

acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um

número crescente de participantes de ano para ano.

Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA

Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da

poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando

os 10 vídeos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e

vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois

youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no

âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de

que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e

oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática

e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de

Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os

Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde as

competências como a destreza mental e as habilidades de

memória desempenham o papel principal.

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu

para aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e

reforçando atributos como talento, destreza e inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a

alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

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Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe “Maratona” e 20º lugar no

Rali Dakar 2017, em motociclismo;

João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian Espinoza, Pedro

Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram consagrados vencedor da Taça Nacional –

Cadetes, vencedor da Taça de Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e

Campeão Nacional de Fundo, respectivamente;

CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o

Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),

Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Actividade da Caixa

Crédito

Durante o exercício de 2017, o crédito concedido aumentou, relativamente ao ano anterior, 4,3% (em

2016 tinha ocorrido um aumento de 16,7%) e resulta das condições mais favoráveis que encontrámos

no contexto económico e social em que nos inserimos.

A evolução do crédito interno concedido e não vencido (incluindo juros a receber e diferimentos

associados a receitas conexas), em termos de capitais mutuados, encontra-se detalhada no quadro

seguinte (valores em €):

2015 2016 2017 Var. %

Crédito concedido 20.629.586 24.076.647 25.173.681 4,6%

A curto prazo 2.747.553 1.704.820 1.964.105 15,2%

A médio e longo prazo 17.882.033 22.371.827 23.209.576 3,7%

A evolução do crédito e juros vencidos e provisões foi a seguinte (valores em €):

O crédito vencido e não pago, que em 2016 representava 3,8% do total do crédito concedido (em

termos brutos), passou a representar, em 31 de Dezembro de 2017, 2,4% do total. Em termos de

cobertura por provisões/imparidades para o crédito e juros vencidos passou-se de 82,91% em 2015,

para 143,22% em 2016 e 172,04% em 2017 (pese embora a redução do valor verificada).

As provisões/imparidades estão calculadas de acordo com os normativos aplicáveis, nomeadamente,

a Instrução 5/2013 de 15 de Abril do Banco de Portugal sobre o cálculo de imparidade na carteira de

crédito nacional e que envolveu os maiores grupos bancários nacionais, entre os quais o Grupo

Crédito Agrícola. Anota-se que, entretanto e já em 2018, por força da entrada em vigor de um novo

normativo, designado de IFRS 9, o valor das imparidades recalculadas a 31 de Dezembro de 2017

identificaram a necessidade de um aumento das mesmas em 177 mil euros, que foram registadas de

acordo com as regras aplicáveis e contabilisticamente numa conta de resultados transitados.

2015 2016 2017 Var. %

Crédito e juros vencidos 1.821.676 908.638 587.806 -35,3%

Provisões/Imparidades totais

acumuladas

(1.510.335)

(1.301.391)

(1.011.287)

-22,3%

Percentagem de cobertura 82,91% 143,22% 172,04%

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Captação de depósitos

Em 2017, os recursos de clientes (depósitos à ordem, a prazo e poupanças) registaram um aumento

de 5,5% (em 2016 tinha sido registado um acréscimo de 7,4%). Estas variações devem ser associadas

à confiança que é percepcionada pelos nossos clientes e associados no Crédito Agrícola e na nossa

Caixa em especial.

Comparativamente às nossas previsões (constantes do nosso Plano de Actividades e Orçamento para

2017), verifica-se que o valor previsto (56,4 milhões de euros) foi ultrapassado em 3,3%.

Assim, a evolução dos depósitos captados foi a seguinte (valores em €):

2015 2016 2017 Variação %

Depósitos 51.436.614 55.243.926 58.284.163 5,5%

À Ordem 14.339.652 16.995.356 20.245.006 19,1%

A Prazo e poupança 37.096.962 38.248.570 38.039.157 -0,5%

Gestão corrente

Na gestão corrente continuámos a seguir critérios rigorosos na realização das despesas. As rubricas

mais significativas encontram-se desenvolvidas nos seguintes quadros comparativos (valores em €),

optando-se por manter as mesmas designações das rubricas respectivas:

2015 2016 2017 Variação %

Total dos custos correntes 2.342.057 2.023.519 2.593.865 +28,2%

Juros e encargos similares 459.733 148.069 83.333 -43,7%

Outra comissões pagas 58.244 68.975 87.262 +26,5%

Custos com o pessoal 635.843 648.354 678.693 +4,7%

Gastos Gerais Administrativos 472.562 501.293 504.676 +0,7%

Amortizações do exercício 48.455 46.988 49.938 +6,3%

Provisões/Imparidades do

exercício *

667.220

609.840

1.189.963

95,1%

*Valor reexpresso em 2016 de acordo com as NIC

A variação global (+28,2%) decorre, essencialmente, do aumento dos registo relacionados com

provisões/imparidades decorrentes da aplicação de novas metodologias de cálculo, devendo todavia

ter-se em conta o que se refere na análise desta rubrica na parte da análise dos rendimentos

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constante do quadro seguinte. Relevante, igualmente, embora em sentido contrário, a diminuição dos

juros e encargos similares associados aos recursos obtidos dos clientes (-43,7%). Nos custos de

funcionamento corrente, a rubrica de Outras comissões pagas com (+26,5%) foi a que registou maior

variação. Os custos com pessoal registaram um aumento de +4,7%.

Os rendimentos obtidos foram os seguintes (valores em €):

2015 2016 2017 Variação %

Total dos rendimentos obtidos 2.508.517 2.912.449 2.923.881 0,4%

Juros e rendimentos similares 1.450.821 1.156.496 962.302 -16,8%

Rendimentos serviços comissões 540.464 643.813 663.806 +3,1%

Reposição e anulação de provisões 459.136 924.114 1.229.411 +33,0%

Outros rendimentos e ganhos líquidos 58.096 188.026 68.362 -63,6%

O total dos rendimentos obtidos manteve praticamente valor do ano anterior (+0,4%). Numa análise

mais detalhada o juros e rendimentos e os Outros rendimentos e ganhos tiveram reduções

significativas no 1º caso (-16,8%) por força da manutenção de queda das taxas de juros,

especialmente penalizadoras para a Caixa face ao volume de depósitos que tem na Caixa Central. Em

resultado na nova metodologia de cálculo das Imparidades registamos uma percentagem significativa

de Reposições e anulações de provisões/Imparidades (+33%) mais que compensando o valor dos

custos equivalente registados no quadro anterior.

A margem financeira (relativamente ao activo líquido) reduziu-se de 1,66% em 2015 para 1,54% em

2016 e em 2017 para 1,27% um novo mínimo percentual desde sempre.

Os rendimentos de serviços e comissões registaram um aumento de 3,1% embora se considere que

estes rendimentos são essenciais para a Caixa face à degradação da margem financeira associada à

redução do nível geral das taxas de juro.

Assim o produto bancário em 2017 (em relação ao total do activo líquido) fixou-se em 2,22%

escassamente inferior ao obtido em 2016 que foi de 2,59%.

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Resultados obtidos

Análise da Demonstração / Orçamentado para 2017 (valores em €):

(VALOR) (%)Juros a ReceberJuros de Disponibilidades na CCCAM 169.738 € 181.943 € -12.205 € -6,7%Juros de Crédito a Empresas 399.791 € 437.930 € -38.139 € -8,7%Juros de Crédito a Particulares: 361.867 € 419.938 € -58.070 € -13,8%Habitação 108.494 € 108.208 € 287 € 0,3%Consumo 140.378 € 184.222 € -43.844 € -23,8%Outras Finalidades 112.995 € 127.508 € -14.513 € -11,4%Juros de Crédito Vencido 18.526 € 51.599 € -33.073 € -64,1%Juros de Rendimentos de Activos Financeiros 12.380 € 10.532 € 1.847 € 17,5%"+" Total de Juros e Rendimentos Similares 962.302 € 1.101.942 € -139.640 € -12,7%

Juros a PagarRecursos da CCCAM (TLTRO) 5.070 € 0 € 5.070 € 0,0%Recursos de Clientes - Depósitos à Ordem 0 € 221 € -221 € 0,0%Recursos de Clientes - Depósitos a Prazo e poupança 78.263 € 150.041 € -71.778 € -47,8%Amortização Activos Financeiros 0 € 0 € 0 € 0,0%"-" Total de Juros e Encargos Similares 83.333 € 150.262 € -66.930 € -44,5%Margem Financeira 878.970 € 951.680 € -72.710 € -7,6%

Comissões LíquidasComissões de comercialização de produtos das Empresas: 85.216 € 66.240 € 18.976 € 28,6%CA Seguros (seguros não vida) 44.741 € 39.864 € 4.877 € 12,2%CA Vida (seguros vida, produtos de capitalização e fundos de pensões) 40.475 € 18.360 € 22.116 € 120,5%CA Gest (fundos de investimento mobiliário) 0 € 2.988 € -2.988 € 0,0%Square AM (fundos de investimento imobiliário) 0 € 5.029 € -5.029 € 0,0%Outras Comissões Líquidas 491.329 € 558.719 € -67.390 € -12,1%Total de comissões líquidas 576.545 € 624.959 € -48.414 € -7,7%

Outros Resultados de Exploração e FinanceirosRendimentos de Instrumentos de Capital 3 € 17 € -14 € -83,8%Resultados de Reavaliação Cambial -603 € 152 € -755 € -497,2%Resultados de Alienação de Outros Activos 31.600 € 9.107 € 22.493 € 247,0%Outros Resultados de Exploração 36.759 € 33.912 € 2.847 € 8,4%Resultado de activos e passivos avaliados ao justo valor através de 0 € 0 € 0 € 0,0%Resultado de activos financeiros disponiveis para venda 0 € 0 € 0 € 0,0%Produto Bancário 1.523.274 € 1.619.826 € -96.552 € -6,0%

Gastos de FuncionamentoCustos com Pessoal 678.693 € 651.908 € 26.785 € 4,1%Gastos Gerais e Administrativos 504.676 € 508.625 € -3.948 € -0,8%Resultado Bruto de Exploração 339.905 € 459.294 € -119.389 € -26,0%

Amortizações, Provisões e ImparidadesAmortizações do Exercício 49.938 € 45.143 € 4.795 € 10,6%Provisões líquidas de reposições e anulações -10.908 € 33.963 € -44.871 € -132,1%Correcções de valor associadas ao crédito a clientes (líquido) -28.540 € 120.277 € -148.817 € -123,7%Imparidade de outros activos financeiros 0 € 0 € 0 € 0,0%Imparidade de outros activos 0 € 22.274 € -22.274 € 0,0%Resultado Antes de Imposto (RAI) 329.414 € 237.637 € 91.778 € 38,6%

Impostos sobre Lucros do ExercícioImpostos Correntes 63.838 € 39.222 € 24.617 € 62,8%Impostos Diferidos 30.633 € 0 € 30.633 € 0,0%Resultado do Exercício (RL) 234.943 € 198.415 € 36.528 € 18,4%

ORÇAMENTO DESVIO

INDICADOR 31-12-2017

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A margem financeira diminui nominalmente 7,6% relativamente ao orçamentado. No Produto Bancário

(que junta ao diferencial de juros activos e passivos, as comissões por serviços, em especial as

comissões decorrentes da actividade fora de balanço) registámos igualmente uma evolução negativa

de 6%. Os gastos gerais administrativos ficaram aquém do orçamentado em (-0,8%). As alterações do

regime de provisionamento nos anos anteriores permitiram, mesmo mantendo um nível acima dos

limites legais, reduzir o valor orçamentado. No cômputo final, os nossos resultados líquidos de

impostos superaram o orçamentado em 18,4%.

Quadro de indicadores: Orçamentado / Realizado

Capital Social e Fundos Próprios

O capital próprio aumentou este exercício 53,6 mil euros (1,05%) apresentando um saldo em 31 de

Dezembro de 2017 de 6.367.546 euros. O acréscimo deriva de entrada de novos sócios e dos

resultados apurados no ano anterior que foram aplicados em Reservas. Os Fundos Próprios,

explicitados no penúltimo ponto do anexo às contas, calculados com as novas regras, ascendem a

6.132.041 euros.

PRINCIPAIS INDICADORES 31-12-2017 ORÇAMENTO 2017 DESVIO %

Qualidade de CréditoRácio de Crédito Vencido 2,3% 5,9% -3,6%Rácio de Cobertura de Crédito Vencido 172,0% 90,0% 82,0%Rácios de RentabilidadeRAI / Activo Líquido 0,5% 0,4% 0,1%PB / Activo Líquido 2,2% 2,5% -0,2%RAI / Capitais Próprios 5,2% 3,8% 1,4%Margem Financeira / PB 57,7% 58,8% -1,0%Comissões Líquidas / PB 37,8% 38,6% -0,7%Rácios de Eficiência(Gastos de Funcionamento + Amotizações do Exercicio) / PB 81,0% 74,4% 6,5%Gastos com Pessoal / PB 44,6% 40,2% 4,3%Rácios de TransformaçãoRácios de Transformação (inst.16/2004 BdP) 42,4% 45,2% -2,8%RubricasActivo Líquido 68.679.602 € 65.652.012 € 4,6%Margem Financeira 878.970 € 951.680 € -7,6%Produto Bancário (PB) 1.523.274 € 1.619.826 € -6,0%Resultado Antes de Imposto (RAI) 329.414 € 237.637 € 38,6%Capitais Próprios 6.367.546 € 6.274.464 € 1,5%Outros RáciosActivos não Correntes Detidos para Venda / Total do Activo 2,8% 3,2% -0,4%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Estrutura e prática do governo societário

1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL adoptou o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: José António Bastos Silva Vice-Presidente: Carlos Manuel Almeida Dias Secretário: Alcindo Soares de Pinho 3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: § Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes; § Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

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§ Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; § Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; § Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central e de

organismos cooperativos de grau superior; § Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; § Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

§ Decidir da alteração dos Estatutos. 4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2016 / 2018. 4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Manuel Francisco dos Santos Vogal: Berta da Conceição Lages Pedro de Almeida Vogal: António Gomes Suplente: Carlos Francisco Leite de Almeida Carvalho

4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: § Administrar e representar a Caixa Agrícola; § Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e

de orçamento para o exercício seguinte; § Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior; § Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola; § Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. § Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; § Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; § Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e quatro reuniões em 2017. 4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou não efectuar qualquer distribuição de pelouros entre os seus membros executivos. 5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento. 5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: José Hermínio Tavares Fernandes Vogal: Manuel Gonçalo Bastos Pinho Vogal: Martinho Fernandes Suplente: António Gomes de Pinho

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5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2017, um total de catorze reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado para o cargo: Efectivo: Ribeiro, Rigueira Marques Roseiro & Associados, SROC., Lda. Suplente: Botelho, Roseiro & Associados, SROC, Lda.

“POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VALE DE CAMBRA, CRL Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VALE DE CAMBRA, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2018. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2018 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: O RGICSF;

• A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; • A Directiva nº 2013/36/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de

Capital); • O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de

Capital); • As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22; • O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, ou com qualquer dos instrumentos referidos acima, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações ou instrumentos;

• O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

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O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que às funções de Membro do Órgão de Administração ou de Fiscalização correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) e da demais legislação acima referida que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos:

• Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

• Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

• Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Sem prejuízo do que se encontra especificamente disposto na presente, política relativamente à avaliação do desempenho individual dos Membros do Órgão de Administração, atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor

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fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto, em montante fixo mensal liquidado em doze meses, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto. Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS E NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos com dedicação exclusiva e a tempo inteiro do Conselho de Administração, sem prejuízo do parágrafo seguinte, consiste exclusivamente num montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de natal, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto. Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral. Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal não têm direito a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos trabalhadores da Instituição. A remuneração dos Membros não Executivos do Conselho de Administração, é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do nº 1 do artº 9º, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídio de férias e subsídio de natal. Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, todos os Administradores Executivos são considerados como Administradores Executivos a tempo inteiro e com dedicação exclusiva. Acresce às referidas remunerações: i) utilização de viatura de serviço; ii) utilização de telemóvel; iii) atribuição de cartão de crédito e afectação do mesmo ao pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; iv) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. No caso dos Administradores Não Executivos sem dedicação exclusiva acresce o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: 5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011. 5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ("malus") ou reversão ("clawback"). 5.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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b) No exercício de 2017 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração; g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração; h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contracto de prestação de serviços de revisão de contas.” 6. Montante anual da remuneração auferida pelos MOAF, de forma agregada e individualizada:

Ver ponto 40 do anexo infra. Não existem outras remunerações fixas ou variáveis. No exercício de 2016 foi celebrado com Ribeiro, Rigueira Marques Roseiro & Associados, SROC, Lda. um contrato anual de prestação de serviços no valor de 7.500 euros, acrescido de IVA, que se manteve em 2017. 1. Montante anual das componentes fixa e variável da remuneração dos MOAF e número de beneficiários, de forma agregada e individualizada; Não existem remunerações variáveis dos MOAF e as remunerações fixas estão detalhadas no ponto 2 anterior. 2. Montantes e tipos de remuneração variável auferida pelos MOAF, separados por remuneração pecuniária e outros tipos, de forma agregada e individualizada; Não aplicável. 3. Caso o pagamento de parte da remuneração dos MOAF tenha sido diferido, montantes que ainda não foram pagos, de forma agregada e individualizada; Não aplicável. 4. Caso o pagamento de parte da remuneração dos MOAF tenha sido diferido, montantes da remuneração diferida que sejam devidos, que tenham sido pagos ou que tenham sido reduzidos devido a ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos respectivos titulares, de forma agregada e individualizada; Não aplicável. 5. “Número de novas contratações” efectuadas em 2017, ou seja, número de pessoas que tenham sido designadas para o exercício de cargos nos Órgãos de Administração ou de Fiscalização, de forma agregada e individualizada;

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Não aplicável 6. Montante dos pagamentos que tenham sido efectuados ou sejam devidos anualmente em virtude da cessação antecipada de funções de MOAF, número dos beneficiários de tais pagamentos e montante do maior pagamento efectuado a uma pessoa individual; Não aplicável

7. Política de remuneração de colaboradores:

1. Colaboradores que exercem funções de gestão de risco, compliance ou auditoria interna ou que tenham acesso regular a informação privilegiada e participem nas decisões sobre a gestão e estratégia negocial da Instituição, a identificação dos consultores externos cujos serviços foram utilizados para determinar a política de remuneração e dos serviços adicionais prestados por estes consultores à Instituição ou aos Membros dos seus Órgãos de Administração ou Fiscalização; As remunerações dos trabalhadores, cuja contratação é da competência exclusiva do Conselho de Administração com respeito pelo regulamento de admissões e mobilidade interna do Crédito Agrícola, é a que resulta da aplicação do ACT, (Acordo Colectivo de Trabalho), das ICAM, (Instituições do Crédito Agrícola Mútuo), não sendo pagos quaisquer outros valores fixos ou variáveis para além dos que estão consignados naquele ACT. 2. Se a remuneração dos Colaboradores incluir componente variável, a discriminação dos diferentes elementos que a compõem, incluindo a parcela que tenha sido diferida e a que já tenha sido paga; Não aplicável. 3. Modo como a política de remuneração dos Colaboradores permite, de forma adequada, alinhar os interesses dos mesmos com os interesses de longo prazo da Instituição e desincentivar a assunção excessiva de riscos e critérios utilizados na avaliação de desempenho; Não existem constrangimentos conhecidos na medida em que a remuneração destes colaboradores está de acordo com as respectivas condições de contratuais. 4. Identificação dos órgãos competentes para realizar a avaliação do desempenho individual dos Colaboradores; A avaliação é efectuada exclusivamente pelo Conselho de Administração. 5. Critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual de Colaboradores em que se baseie o direito a uma componente variável de remuneração; Não aplicável. 6. Importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração e limites máximos para cada componente; Não aplicável. 7. Modo como o pagamento da remuneração variável de Colaboradores está sujeito à continuação do desempenho positivo da Instituição ao longo do período pelo qual o pagamento de parte da remuneração variável tenha sido diferido; Não aplicável. 8. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários a atribuir a Colaboradores. Não aplicável. 9. Montante anual das componentes fixa e variável pagas aos Colaboradores e número de beneficiários, de forma agregada; Ver ponto 40 do anexo.

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10. Montantes e tipos de remuneração variável de Colaboradores, separados por remuneração pecuniária e outros tipos, de forma agregada; Não aplicável. 11. Montante da remuneração diferida de Colaboradores não paga, de forma agregada; Não aplicável 12. Montantes anuais da remuneração diferida de Colaboradores devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares, de forma agregada; Não aplicável. 13. Número de novas contratações de Colaboradores efectuadas no ano a que a informação respeita;

Não aplicável. 14. Montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual; Não aplicável. 15. Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade (ou seja, montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada área de actividade). Não aplicável.

Informações de natureza legal

1. Não existiram quaisquer contratos ou operações entre a Caixa e os seus Órgãos Sociais, em

especial, o Conselho de Administração e Conselho Fiscal.

2. Não existem dívidas à Segurança Social, nem existem débitos em mora ao Sector Público Estatal.

3. Em termos ambientais, a Caixa não desenvolve actividades que sejam relevantes nesta matéria.

4. A continuidade da actividade da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra encontra-se

desenvolvida no seu Plano de Actividades e Orçamento para 2018, já aprovado em Assembleia Geral

realizada em 23 de Dezembro de 2017.

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Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal:

O Conselho Fiscal, nos termos legais, reuniu-se no dia 14 de Março de 2018 para a elaboração do seu

parecer sobre os documentos de prestação de contas relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro

de 2017, que lhe foram apresentados pelo Conselho de Administração, bem como da sua proposta de

Aplicação de Resultados.

O Conselho Fiscal acompanhou e analisou a actividade económica e financeira da Caixa, bem como

as deliberações do Conselho de Administração. Para a emissão do presente Parecer tem ainda em

conta o relatório e a certificação legal de contas emitidos pelo Revisor Oficial de Contas.

O Conselho Fiscal reuniu-se ao longo do ano de 2017 num total de 14 reuniões.

Novamente registámos e apreciámos o detalhe e clareza da exposição que consta da análise

produzida pela Caixa Central que contribui, de forma muito esclarecedora e profunda, das condições

globais dos diversos mercados, incluindo o Crédito Agrícola e da forma como tem evoluído, bem como

dos sucessos que tem vindo a alcançar.

Consideramos muito positiva a redução do valor dos activos não correntes disponíveis para venda,

verificada neste exercício, (à semelhança do ano anterior), a que se acresce a significativa redução do

crédito vencido e, consequentemente, a libertação de provisões/imparidades.

Registamos que a generalidade dos indicadores da Caixa se encontram dentro dos parâmetros de

risco definidos pelo Conselho de Administração de acordo com as orientações da Caixa Central.

Como sabemos, a Caixa de Vale de Cambra é uma instituição de pequena dimensão, mas com uma

actividade bastante controlada e sem operações de elevada complexidade. O Conselho Fiscal

manteve a sua análise aos procedimentos existentes no sistema de controlo interno, registando a

evolução favorável considerando o indispensável apoio dos Serviços Centrais, pelo que emitiu,

oportunamente, nos termos da alínea a) do n.º 5 do artigo 25º do aviso 5/2008 do Banco de Portugal, o

respectivo parecer.

Em conclusão e considerando igualmente a certificação legal de contas emitida pelo Revisor Oficial de

Contas que não expressa qualquer reserva ou nota negativa sobre as mesmas, o Conselho Fiscal

deliberou emitir o seguinte Parecer para ser presente à Assembleia Geral:

- Que sejam aprovados o Relatório da Gestão do Conselho de Administração e as Contas de 2017,

uma vez que consideramos que os mesmos apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Demonstrações Financeiras

e Anexo

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2017 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM de Vale de Cambra) é uma instituição de crédito constituída em 20 de Outubro de 1978 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Dr. Domingos Almeida Brandão n.º 289, em Vale de Cambra e através de uma rede de 2 balcões situados nos concelhos de Vale de Cambra e São João da Madeira.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram

preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em

cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do

Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board

(IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em

31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC. As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o

princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor. De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa

efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 9

de Março de 2018. 2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa

elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de

Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga

passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da preparação e

apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada

retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes

comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações

financeiras aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 10 20.940.927 141.952 20.798.975Activos por impostos diferidos 16 206.023 0 206.023Outros elementos do activo 38.613.484 0 38.613.484

Total do Activo 59.760.434 141.952 59.618.482

Provisões 23 11.776 -241.222 252.998Outros elementos do passivo 53.891.667 53.891.667

Total Passivo 53.903.443 -241.222 54.144.665

Outras reservas e resultados transitados 29 700.480 383.174 317.306Resultado do exercício 29 84.441 84.441Outros elementos do capital próprio 5.072.070 5.072.070

Total Capital Próprio 5.856.991 383.174 5.473.817

Total do Passivo e Capital Próprio 59.760.434 141.952 59.618.482

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado

com base nas NCA e nas NIC

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de

seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos

activos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 10 23.683.894 -266.709 23.950.603Activos por impostos diferidos 16 176.207 0 176.207Outros elementos do activo 41.271.183 0 41.271.183

Total do Activo 65.131.284 -266.709 65.397.993

Provisões 23 24.983 -268.157 293.140Outros elementos do passivo 59.018.999 0 59.018.999

Total Passivo 59.043.982 -268.157 59.312.139

Outras reservas e resultados transitados 29 770.683 383.174 387.509Resultado do exercício 29 208.589 -381.726 590.315Outros elementos do capital próprio 5.108.030 0 5.108.030

Total Capital Próprio 6.087.302 1.448 6.085.854

Total do Passivo e Capital Próprio 65.131.284 -266.709 65.397.993

Notas NIC Ajustamentos NCA

Margem Financeira 1.008.427 1.008.427

Produto bancário 1.692.590 1.692.590

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 -13.206 26.935 -40.141Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações23 -8.859 -408.661 399.802Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos- -1.273.499 -1.273.499

Resultado antes de impostos 397.025 -381.726 778.751

Impostoscorrentes 16 -158.620 -158.620diferidos 16 -29.816 -29.816

Resultado líquido do exercício 208.589 -381.726 590.315

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objectivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características individuais de cada uma. Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo. O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9, optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos. Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de implementação da IFRS 9. A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

c) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contractos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contractos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

d) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de “direito de uso" para todos os contractos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contracto locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um activo identificado". Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

e) IFRS 4 (alteração), ‘Contractos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

f) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contractos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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para determinar as obrigações de desempenho de um contracto, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

Ø Normas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após

1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que

se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em

acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’

(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de

Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

g) IFRS 17 (nova), ‘Contractos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contractos de seguro, contractos de resseguro e contractos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

Ø Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contractos denominados em moeda estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada. Na presente data, os impactos desta alteração ainda não foram estimados.

2.3. Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em

que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são

registadas na posição cambial. No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objectos de análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na NIC 21. Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa

Moeda Descrição da moeda Taxa de CâmbioAUD Dólar Australiano 1,53493BRL Real do Brasil 3,97440CAD Dólar Canadiano 1,50416CHF Franco Suiço 1,17038CNY Yuan Renmimbi da China 7,80960CVE Escudo de Cabo Verde 110,26500DKK Coroa Dinamarquesa 7,44510GBP Libra Esterlina 0,88722JPY Iene Japonês 135,04000MOP Pataca de Macau 8,45810NOK Coroa Norueguesa 9,84200RUB Rublo 69,39390SCP Libra Escocesa 0,88722SEK Coroa Sueca 9,84380USD Dólar Americano 1,19970ZAR Rand África do Sul 14,82330

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.

e) Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

f) Imparidade

A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM. Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos. Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma:

• Crédito concedido a empresas; • Crédito à habitação; • Crédito ao consumo; • Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares; • Outros créditos a particulares; • Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contractos de locação financeira. De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares. Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais. Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:

• Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros;

• Clientes/GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros; • Clientes/GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades

superiores a 500.000 Euros; • Clientes/GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros

e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses; • Clientes/GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real

associada ou com LTV (loan-To-Value) superior a 80%; • Clientes/GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados

superior a 500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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• Situações de incumprimento do contracto, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros;

• Dificuldades financeiras significativas do devedor; • Alteração significativa da situação patrimonial do devedor; • Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

Ø das condições e/ou capacidade de pagamento; Ø das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto

na capacidade de cumprimento das suas obrigações. As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação. Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados. Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

g) Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram. De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados. Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido. As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

h) Outros activos e passivos financeiros

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos

financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento

fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo

valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o

valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este

critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em

mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são

estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que

não sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, activos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção

de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em reservas.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo

de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e

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rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data

em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva.

vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar. Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

vii) Outros passivos financeiros

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

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Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia

do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM.

viii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros valores a

receber, conforme referido acima. Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva

de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

ix) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

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• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Activos financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respectivamente. A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura. Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo: Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas

eficazes ao abrigo da NIC 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

i) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contracto de arrendamento.

Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

j) Activos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

k) Activos não correntes detidos para venda

A Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contracto de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contracto promessa de dação ou da arrematação. Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente.

Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Activos”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”: “Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

l) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a Garantias e Compromissos Assumidos e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com a NIC 37.

m) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

n) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente. A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

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o) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem; Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

p) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em

transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas

filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

q) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

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As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes: Provisões e perdas por imparidade

A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento. A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Activos por impostos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por impostos diferidos em exercícios futuros.

Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções. Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação.

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O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:Moedas nacionais 434.392 443.277 Moedas estrangeiras - -

Total 434.392 443.277

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 137.244 999.709Cheques a cobrar 205.194 237.977Outras disponibilidades

342.438 1.237.686

Juros a Receber 8 23

342.445 1.237.709 6. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não Aplicável 7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não Aplicável

8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-17 31-dez-16

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida - - Obrigações CA Vida 407.339 407.339

407.339 407.339 9. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em instituições de crédito no País:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 37.965.000 34.265.000

Juros a receber 81.468 118.14238.046.468 34.383.142

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 13.750.000 11.950.000Entre três meses e um ano 24.100.000 22.200.000Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos 115.000 -Mais de cinco anos - 115.000

37.965.000 34.265.000Juros a receber 81.468 118.142

38.046.468 34.383.142

10. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Crédito internoMédio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 163.380 179.487 195.286Empréstimos à habitação regime geral 7.598.496 6.970.367 6.774.797Empréstimos com garantia real 10.767.223 10.379.000 6.524.274Empréstimos sem garantia real 3.638.240 3.778.250 3.475.675Empréstimos sem garantia 721.515 784.454 696.169

Contratos Loc. Imobiliária 63.185 66.812 -Curto prazo

Outros créditosCartão crédito 51.478 40.507 27.183Descontos 235.678 96.752 68.138

Créditos em conta correnteClientes 1.576.089 1.514.489 2.525.489

Descobertos em depósitos à ordemOutros residentes 42.002 48.073 48.254

24.857.285 23.858.191 20.335.265Crédito ao exteriorMédio e longo prazo

Empréstimos 300.849 213.457 215.832Curto prazo

Outros créditos Cartão de Crédito 435 495 191

Descobertos dep.ordem - não residentes - - 52Outros créditos a clientes 58.423 55.645 95.578

359.707 269.597 311.653

Juros a receber 35.356 43.191 45.087

Comissões associadas ao custo amortizado:Receitas com rendimento diferido (78.667) (94.332) (62.419)

(78.667) (94.332) (62.419)

Total crédito não vencido 25.173.681 24.076.647 20.629.586

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 587.806 810.859 1.787.080Juros vencidos 97.779 34.596Total crédito e juros vencidos 587.806 908.638 1.821.676

25.761.487 24.985.285 22.451.262

Imparidades e ProvisõesPara crédito e juros vencidos (442.580) (962.541) (1.409.680)Para crédito de cobrança duvidosa (568.708) (338.850) (100.655)

(1.011.287) (1.301.391) (1.510.335)

24.750.200 23.683.894 20.940.927 Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de 2016. Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC.

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Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 1.322.411 1.579.233Entre três meses e um ano 1.486.087 1.489.953Entre um ano e cinco anos 5.409.204 4.571.810Mais de cinco anos 16.872.935 16.444.251Duração Indeterminada 670.850 900.038

25.761.487 24.985.285

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a composição de créditos a clientes por sectores de actividade é a seguinte:

Vencido Não vencido Total Vencido Não vencido Total

Agricultura 6.490 579.689 586.179 9.341 532.625 541.966Alimentos, bebidas e tabaco - - - - - -Comércio 64.131 3.456.671 3.520.802 57.337 3.548.012 3.605.349Construção 129.469 1.015.306 1.144.775 124.457 1.140.225 1.264.682Indústria Transformadora 2.654 3.245.882 3.248.536 1.420 3.322.098 3.323.518Saúde e Apoio Social - 445.967 445.967 - 491.346 491.346Serviços 61 945.880 945.941 58 946.574 946.632Actividades Imobiliárias - 926.392 926.392 229.906 108.147 338.053Transportes e comunicações 3.016 68.090 71.106 1.003 88.076 89.079Particulares: - -

Habitação 16.430 7.867.944 7.884.374 18.598 7.393.768 7.412.366Consumo 362.055 6.211.813 6.573.868 255.566 6.121.964 6.377.530

Outros 3.500 410.047 413.547 113.173 481.591 594.764587.806 25.173.681 25.761.487 810.859 24.174.426 24.985.285

31-dez-17 31-dez-16

A rubrica de crédito a clientes, de acordo com o tipo de garantia, é a seguinte:

31-dez-17 31-dez-16

Crédito vincendo

Com garantias reais 20.095.799 18.688.628Sem garantias 643.335 549.958Com garantias pessoais 4.434.547 4.818.895

Crédito vencido - -Com garantias reais 127.599 140.603Sem garantias 78.180 194.134Com garantias pessoais 382.027 593.067

25.761.487 24.985.285

Valor dos Créditos aos Órgãos Sociais em 31 de Dezembro de 2017:

Ø Berta da Conceição Almeida – 26.695,04 €

Operação concedida em data anterior ao início do exercício de funções, operação enquadrada no âmbito do nº 4 do artigo 25º do RCICFF.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Não Aplicável 12. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 2.007.863 2.465.163Outros 1.335 1.335

2.009.198 2.466.498

Imparidade:Imóveis (117.079) (143.479)

1.892.119 2.323.019

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 2.465.163 (143.479) 95.000 (552.300) - 26.400 - 2.007.863 (117.079) 1.890.784Equipamento - - - - - - - - - -Outros 1.335 - - - - - - 1.335 - 1.335

2.466.498 (143.479) 95.000 (552.300) - 26.400 - 2.009.198 (117.079) 1.892.119

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 2.970.710 (58.620) 411.639 (917.186) - (102.059) 17.200 2.465.163 (143.479) 2.321.684Equipamento - - - - - - - - - -Outros 1.335 - - - - - - 1.335 - 1.335

2.972.045 (58.620) 411.639 (917.186) - (102.059) 17.200 2.466.498 (143.479) 2.323.019

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo de

detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

77

13. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 86.383 - - - - - - - - - - 86.383 - - 86.383

Edif icios 1.193.211 (331.975) - 90.000 - (25.321) - - - - - 1.283.211 (357.296) - 925.915

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 2.137 (2.137) - - - - - - - - - 2.137 (2.137) - (0)

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

1.281.730 (334.112) - 90.000 - (25.321) - - - - - 1.371.730 (359.433) - 1.012.297

Equipamento:

Mobiliário e material 160.595 (127.554) - 2.209 - (11.966) - - - - - 162.804 (139.520) - 23.284

Máquinas e ferramentas 81.576 (71.466) - 1.330 - (3.650) - - - - - 82.906 (75.116) - 7.790

Equipamento informático 184.259 (184.259) - - - - - - - - - 184.259 (184.259) - -

Instalações interiores 6.163 (6.163) - - - - - - - - - 6.163 (6.163) - (0)

Material de transporte 72.740 (53.740) - 54.897 - (2.494) - - - (57.740) 42.740 69.897 (13.494) - 56.403

Equipamento de segurança 40.483 (40.483) - - - - - - - - - 40.483 (40.483) - -

Outro equipamento 56.328 (45.559) - 4.637 - (6.507) - - - - - 60.965 (52.066) - 8.899

602.143 (529.223) - 63.072 - (24.617) - - - (57.740) 42.740 607.476 (511.100) - 96.376

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento 484 (484) - - - - - - - - - 484 (484) - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -

484 (484) - - - - - - - - - 484 (484) - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - -

1.884.357 (863.819) - 153.072 - (49.938) - - - (57.740) 42.740 1.979.689 (871.017) - 1.108.672

31-dez-16 31-dez-17

Alienações e abatesRegularizações

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 86.383 - - - - - - - - - - 86.383 - - 86.383

Edificios 1.193.211 (308.453) - - - (23.521) - - - - - 1.193.211 (331.975) - 861.236

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 2.137 (2.137) - - - - - - - - - 2.137 (2.137) - 0

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

1.281.730 (310.591) - - - (23.521) - - - - - 1.281.730 (334.112) - 947.618

Equipamento:

Mobiliário e material 160.595 (116.141) - - - (11.413) - - - - - 160.595 (127.554) - 33.041

Máquinas e ferramentas 77.006 (67.938) - 4.569 - (3.528) - - - - - 81.576 (71.466) - 10.110

Equipamento informático 184.259 (184.259) - - - - - - - - - 184.259 (184.259) - -

Instalações interiores 6.163 (6.163) - - - - - - - - - 6.163 (6.163) - -

Material de transporte 72.740 (53.740) - - - - - - - - - 72.740 (53.740) - 19.000

Equipamento de segurança 40.483 (40.483) - - - - - - - - - 40.483 (40.483) - -

Outro equipamento 48.037 (37.033) - 8.291 - (8.525) - - - - - 56.328 (45.559) - 10.769

589.283 (505.756) - 12.860 - (23.467) - - - - - 602.143 (529.223) - 72.920

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento 484 (484) - - - - - - - - - 484 (484) - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -

484 (484) - - - - - - - - - 484 (484) - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - -

1.871.497 (816.831) - 12.860 - (46.988) - - - - - 1.884.357 (863.819) - 1.020.538

31-dez-15 31-dez-16

Alienações e abatesRegularizações

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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14. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2017Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) - - - -Outros activos intangíveis 26 (26) - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

26 (26) - - - - - - - -

31-12-2016Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) - - - - - -Outros activos intangíveis 26 (26) - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

26 (26) - - - - - - - -

31-12-2016

31-12-2015

15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16

Caixa Central Instituição de Crédito Lisboa 0,62% 974.810,00 974.810,00CA Seguros Seguros Lisboa 0,00% 59 59CA Informática Serviços Informática Amadora 0,09% 5.963 5.963CA Vida Seguros Lisboa 0,00% 2.500 0

983.332 980.832

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Caixa Central 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370CA Seguros & Pensões SGPS 147.825.100 130.818.141 2.573.088CA Vida 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580CA Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039CA Informática 16.195.104 7.559.474 327.939Fenacam 8.303.491 5.508.860 547.749

31-dez-17

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

79

16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 145.574 176.207 206.023Por prejuízos fiscais reportáveis - - -

145.574 176.207 206.023

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - - -

145.574 176.207 206.023

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - - -Outros - - -Imposto sobre o rendimento a recuperar 7.406

7.406 - -

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar - (78.079) (49.632)

7.406 (78.079) (49.632)

Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

2017Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em31-dez-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-17

. Imparidade em activos tangíveis - - - - - -

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 176.207 - (30.633) - - 145.574

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em ANCDV e outros activos - - - - - -

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - - - - -

. Benefícios aos empregadosReformas antecipadas - - - - - -Contribuição efectuada - - - - - -Prémio de antiguidade - - - - - -Encargos com saúde - - - - - -

176.207 - (30.633) - - 145.574

2016Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em1-jan-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-16

. Imparidade em activos tangíveis - - - - - -

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 206.023 - (29.816) - - 176.207

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em ANCDV e outros activos - - - - - -

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - - - - -

. Benefícios aos empregadosReformas antecipadas - - - - - -Contribuição efectuada - - - - - -Prémio de antiguidade - - - -Encargos com saúde - - - - - -

206.023 - (29.816) - - 176.207

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue (nova versão):

31-dez-17 31-dez-16

Impostos correntes 63.838 158.620

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 30.633 29.816Prejuízos fiscais reportáveis - -

Total de impostos reconhecidos em resultados 94.472 188.436

Lucro antes de impostos 329.414 397.026

Carga fiscal 28,68% 47,46%

Ou na versão anterior, não considerando os ajustamentos decorrentes das alterações dos normativos contabilísticos:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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31-12-2017 31-12-2016

Resultado Liquido do Exercício 234.943 590.315

Ajustamento de Resultado Liquido Exercicio / EstimativaVariações Patrimoniais Positivas 1.448Lucro Tributável imputado por ACEReintegrações e amortizações não aceites como custo 1Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais 1.307.020 483.533Donativos não previstos ou além dos limites legais 950 2.920IRC e outros impostos incidentes directa ou indirectamente s/ lucros 45.000 129.957Multas e penalidades 34 185Impacto Fiscal - IAS 19 5.323 2.319Créditos Incobráveis n/ aceites como gasto 34.732Valor patrimonial tributário tributado 41.77040% do aumento das reintegrações resultantes de reavaliações 1.045 1.045Impostos Diferidos 13.466 115.339Contribuição para o sector Bancário 7.418 5.343

Variações Patrimoniais Negativas (22.108)Redução de provisões tributadas (1.412.076) (617.152)Restituição de impostos não dedutiveis e excesso da estimativa p/ impostos (6.702)Menos Valias FiscaisImpostos Diferidos (397) (85.523)Redução de responsabilidades com prémio de Antiguidade (7.314)Benefícios Fiscais

Lucro Tributável ( Regime Geral ) 267.592 606.174

Matéria Colectável ( Regime Geral ) 267.592 606.174Taxa Normal de imposto sobre o lucro tributável 21,00% 21,00%

Colecta 56.194 127.297Deduções á colecta Derrama 3.665 9.078Tributações autónomas 5.308 5.001Estimativa de impostos sobre os lucros do exercício 65.168 141.376

Retenções na Fonte 1.951 8.545Pagamentos por conta efectuados no exercício 75.996 60.620Ajustamento de estimativa de imposto pagsr /receber 5.373 5.868IRC Estimado a pagar/ receber (7.406) 78.079

Taxa Efectiva de imposto sobre o lucro contabilistico 27,74% 23,95% A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 329.414 397.026

Imposto apurado com base na taxa geral de IRC 21% 69.177 21% 83.375Imposto apurado com base na taxa de derrama municipal 1,5% 4.941 1,5% 4.941Imposto apurado com base nas taxas de derrama estadual (3% - 7%)

74.118 88.316

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 148.236 176.632

Custo com imposto do exercício 22,50% 148.236 22,50% 176.632

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores - -

Impostos correntes sobre os lucros 148.236 176.632

31-dez-17 31-dez-16

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2013 a 2016 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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17. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activosOutros metais preciosos 6.179 504Devedores e outras aplicações 69.697 -Outros rendimentos a receber 30 1.014Bonificações a receber - 80Outros devedores diversos 51.652 54.270

- -127.559 55.869

Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - -Seguros 3.224 4.950Outras 1.894 -

5.118 4.950

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar 445.022 414.402Outras 110 108

445.131 414.510

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (16.154) -

(16.154) -

561.655 475.328

18. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não Aplicável

19. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável 20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos a Prazo 3.634.498 3.288.450

3.634.498 3.288.450-

Juros a pagar 282 293,93.634.780 3.288.744

Em 31 de Dezembro de 2017 a 31 de Dezembro de 2016, o saldo da rubrica de “Depósitos a prazo” resulta de uma operação de financiamento junto do Banco Central Europeu no âmbito do Target Longer – Term

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Refinancing Operations (TLTRO). A Caixa Agrícola teve acesso a esta linha de financiamento através da Caixa Central. As operações TLTRO têm vencimento em Março de 2021 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório, caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até 30 dias 3.634.498 3.288.4503.634.498 3.288.450

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos À ordem 20.245.006 16.995.356A prazo 25.834.383 26.533.545De poupança 12.198.446 11.313.895

Outros recursos de clientes - -Cheques e ordens a pagar 236 400.236Outros 6.093 894

58.284.163 55.243.926

Juros a pagar 28.644 42.423

58.312.807 55.286.349

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros

empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 33.133.743 29.837.721Entre três meses e um ano 24.742.476 24.725.107Entre um ano e três anos 201.725 174.404Entre três e cinco anos 41.371 28.541Mais de cinco anos 158.519 77.022Cheques e ordens a pagar 236 400.236Outros 6.093 894

58.284.163 55.243.926

22. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não Aplicável 23. PROVISÕES E IMPARIDADES

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17

Imparidade para crédito a clientes 1.329.383 1.146.369 (1.174.909) (264.574) (24.983) 1.011.2871.329.383 1.146.369 (1.174.909) (264.574) (24.983) 1.011.287

Imparidade em AFDV - Intrumentos de dívida - - - - - - - Intrumentos de capital - - - - - - - Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas - - - - - -

Imparidade em AFT e AI - - - - - -Imparidade - Devedores e outras aplicações 16.154 - - - - 16.154Imparidade em outros activos 143.479 - - (26.400) - 117.079

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - 43.593 (54.501) - 24.983 14.074159.633 43.593 (54.501) (26.400) 24.983 147.307

Provisões: - Riscos bancários gerais - - - - - - - Outros riscos e encargos - - - - - - - Outras provisões - - - - - -

- - - - - -

1.489.016 1.189.963 (1.229.411) (290.974) - 1.158.594

Saldos em Reposições e Saldos em1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16

Imparidade para crédito a clientes 1.519.527 507.781 (485.719) (212.206) - 1.329.3831.519.527 507.781 (485.719) (212.206) 1.329.383

Imparidade em AFDV - Intrumentos de dívida - - - - - - - Intrumentos de capital - - - - - - - Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas - - - - - -

Imparidade em AFT e AI - - - - - -Imparidade - Devedores e outras aplicações 24.148 - (7.995) - - 16.154Imparidade em outros activos 58.620 102.059 (17.200) - - 143.479

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - - - - - -82.768 102.059 (25.195) 159.633

Provisões: - Riscos bancários gerais - - - - - - - Outros riscos e encargos - - - - - - - Outras provisões - - - - - -

- - - - - -

1.602.295 609.840 (510.914) (212.206) - 1.489.016

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

24. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não Aplicável 25. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

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Não Aplicável 26. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Credores e outros recursosRecursos Diversos 7.270 15.575Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 19.935 21.263Contribuições para a Segurança Social 10.996 11.609Imposto sobre o Valor Acrescentado - 1.432

Cobranças por conta de terceiros 610 2.397Contribuições para outros sistemas de saúde 2.214 2.287Credores diversos

Credores por fornecimentos de bens 27.387 30.043Outros credores 36.080 34.413

Encargos a pagarPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 100.396 100.136Provisão para subsidio de natal 249 249Prémio de antiguidade 37.372 44.686

Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 6.029 84Outras - Valores a regularizarOutras operações a regularizar 98.077 91.970Responsabilidades com pensões e outros benefícios 3.780 9.682

350.394 365.827

27. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em

rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 355.288 291.127

Compromissos perante terceirosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 2.405.770 1.381.387

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 192.068 208.275Valores recebidos para cobrança 248.473 86.571Valores administrados pela instituição - -

3.201.599 1.967.360 28. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a estrutura de Capital da CCAM é a seguinte:

N º de N º deTítulos % Títulos %

Associados 100.156 10% 500.780 91.678 9% 458.390Títulos da própria CCAM 928.261 90% 4.641.305 928.261 91% 4.641.305

1.028.417 100% 5.142.085 1.019.939 100% 5.099.695

2017

Valor

2016

Valor

29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Reservas de reavaliação:Outras Reservas de Reavaliação

Fundo de Pensões 19.560 8.335 26.01519.560 8.335 26.015

Outros instrumentos de capitalReserva legal 839.164 648.517 582.652Outras reservas 131.794 129.213 124.866Resultados transitados - (7.047) (7.038) 970.958 770.683 700.480Resultado do exercício 234.943 208.589 84.441 1.225.461 987.607 810.936

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo

de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste impacto

encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2017 31-12-2016

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 115 404

Juros de aplicações em instituições de créditoAplicações em instituições de crédito no país 169.624 266.182

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 9.578 5.486Empréstimos 312.290 326.684Créditos em conta corrente 65.445 78.007Descobertos em depósitos à ordem 11.342 15.029Outros créditos 1.136 633

ParticularesHabitação

Outros créditos 105.103 101.201Consumo

Outros créditos 132.701 123.308 *Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.573 2.174Empréstimos 101.117 149.741Créditos em conta corrente 2.719 4.437Descobertos em depósitos à ordem 5.405 10.037Operações de locação financeira 1.951 914Outros créditos

920.098 1.084.236

Crédito externoParticulares

HabitaçãoOutros créditos 3.392 3.181

ConsumoOutros créditos 7.677 4.107

Outras finalidadesEmpréstimos 214 491Descobertos em depósitos à ordem 16 175

11.299 7.953

931.397 1.092.189

Juros de crédito Vencido 18.526 51.894Outros Juros e rendimentos similares 12.380 12.414

30.905 64.307

962.302 1.156.496

31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2017 31-12-2016

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 5.070 5.586

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 78.263 142.483Juros de passivos subordinadosOutros juros e encargos similares

83.333 148.069 32. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Dividendos atribuídos pela CA Seguros em 2017 no valor de 2,70 € e em 2016 no valor de 12,50 €. 33. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016Por garantias prestadas

Garantias e avales 10.002 10.40010.002 10.400

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 27.949 24.429Compromissos revogáveis - -

27.949 24.429Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores 4Cobrança de valores 2.825 2.918Transferência de valores 5.199 4.725Gestão de cartões 198 314Anuidades 41.235 35.900Operações de crédito

Por operações de factoringOutras operações de crédito 204.203 199.045

Outros serviços prestados 221.143 197.991474.804 440.897

Outras comissões recebidas 151.051 168.088

663.807 643.813

34. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Por garantias recebidasPor compromissos assumidos por terceirosPor serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 2.192 1.644Operações de crédito 147 74Cobrança de valores 10.480 15.128Administração de valoresOutros 55.720 52.130

Por operações realizadas por terceirosOutras comissões pagas 18.722

87.262 68.975

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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35. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não Aplicável

36. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Não Aplicável 37. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Ganhos em diferenças cambiais 4.615 6.857Perdas em diferenças cambiais (5.218) (5.291)

(603) 1.566 38. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

Activos não correntes detidos para venda alienados em 2017

Imóveis

Urbano - Fracção AA 34.000 34.000 0 0Urbano - Fracção AE 25.000 31.500 2.500 -9.000Urbano - Fracção Z 16.000 17.000 (1.000) 0Urbano - Art. 1271 25.000 39.000 3.400 -17.400Urbano - Art. 1321 305.000 270.000 35.000 0Urbano - Art. 4119 63.000 85.000 (22.000)Urbano - Art. 4120 47.000 20.550 26.450Urbano - Fracção AL 15.346 19.125 (3.779) 0Urbano - Fracção A N 27.154 36.125 (8.971)

557.500 552.300 31.600 (26.400)

Ganho/Perda Realizado

Imparidade Anulada

Valor de Venda

Valor de Compra

Activos não correntes detidos para venda alienados em 2016

Urbano - ARTº 836 3.000 3.000Urbano - ARTº 466 140.000 135.000 5.000Urbano - Artº 4221 3.500 1.785 1.715Rústico - Artº 54/55 1.200 1.200Urbano - ARTº 1483 600.000 630.001 (30.001)Urbano - ARTº 1818 150.000 146.200 3.800

897.700 917.186 (19.486)

Ganho/Perda Realizado Imparidade Anulada

Imóveis Valor de Venda Valor de Compra

39. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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31-12-2017 31-12-2016

Outros Impostos Impostos Indirectos (9.299) (5.635)

Outros activos tangíveisImpostos Directos (16.234) (14.232)Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

(25.533) (19.867)Outros rendimentos de exploraçãoReembolso de despesas 17.072 36.691Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 18.123 1.274Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 20.028 60.930

Rendimentos da prestação de serviços diversos 11.134 34.935Outros 20.238 36.810

86.594 170.641Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (950) (2.920)Contribuições para o FGCAM (9.103) (8.463)Outros encargos e gastos operacionais (14.249) (12.158)

(24.302) (23.541)

36.759 127.232

40. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

:

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Administração 3 3Chefias e gerência 1 1Quadros técnicosAdministrativos 10 10Outros 1 1

15 15

31-12-2017 31-12-2016

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 149.940 120.216Empregados 388.432 397.984

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 105.140 100.226SAMS 25.002 24.123Fundos de Pensões 3.548

Outros encargos sociais obrigatórios:Outros 4.557 3.827

Outros custos com pessoal:Outros 2.073 1.978

678.693 648.354

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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Remunerações Órgão Sociais :

Remunerações dos órgãos sociais de acordo com tabela salarial aprovada em Assembleia Geral de 19 de Março de 2016. Os colaboradores não recebem qualquer remuneração variável, assentando a sua remuneração exclusivamente numa componente fixa de acordo com o ACT das ICAM.

No exercício de 2016 foi celebrado com a sociedade de Revisores Oficiais de Contas Ribeiro, Rigueira, Marques, Roseiro & Associados SROC, Lda. um contracto anual de prestação de serviços no valor de 7.500 euros, acrescido de IVA, mantendo-se o valor inalterado no exercício de 2017.

2017 2016Mesa da Assembleia GeralJosé António Bastos da Silva 1.000,00Alcindo Soares de Pinho 500,00 250,00Carlos Manuel Almeida Dias 500,00 250,00

Soma 2.000,00 500,00

Conselho de Administração

Manuel Francisco dos Santos 56.000,00 50.378,58Berta Conceição L P Almeida ** 67.900,00 29.100,00António Gomes 16.800,00 16.520,00Carlos Manuel Almeida Dias * 20.130,66Soma 140.700,00 116.129,24

Conselho Fiscal

Manuel Gonçalo Bastos Pinho 2.240,00 2.830,00José Hermínio T Fernandes ** 2.760,00 1.000,00Martinho Fernandes 2.240,00 2.830,00Alcindo Soares de Pinho * 2.030,00Soma 7.240,00 8.690,00

Total Geral 149.940,00 125.319,24

*Cessaram funções a 31 de Julho de 2016.

**Iniciaram funções a 1 de Agosto de 2016.

2017 2016Funções EssenciaisFunção Compliance e Gestão de Riscos 27.798 26.553Coordenadora Geral * 33.985Soma 27.798 60.538

* Em Agosto passou a integrar o Conselho de Administração

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL, Rua Dr. Domingos Almeida Brandão, nº 289, 3730-250 Vale de Cambra, Tel. 256 423 628/9, e-mail [email protected], www.creditoagricola.pt, Capital Social 5.000.000 euros (variável) – Registo na Conservatória de Vale de Cambra, sob o n.º 3/840418 – Contribuinte 501292730

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41. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

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42. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas, a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

Associadas Coligadas Caixa Central Total Associadas Coligadas Caixa

Central Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 342.445 342.445 - - 1.237.709 1.237.709Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -Activos financeiros disponíveis para venda - 407.339 - 407.339 - 407.339 - 407.339Aplicações em instituições de crédito - - 38.046.468 38.046.468 - - 34.383.142 34.383.142Crédito a clientes - - - - - - - -Outros activos - - - - - - - -

Associadas Coligadas Caixa Central Total Associadas Coligadas Caixa

Central Total

Custos:

Juros e encargos similares - - 5.070 5.070 - - 5.586 5.586Encargos com serviços e comissões - - 33.910 33.910 - - 36.868 36.868Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -Gastos gerais administrativos 131.912 62.652 4.597 199.161 - 67.502 241.475 308.977

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 169.738 169.738 - - 278.999 278.999Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -Rendimentos de serviços e comissões 85.216 - 17.106 102.322 - - 89.140 89.140Outros resultados de exploração - - 3.567 3.567 - - 30.488 30.488

31-dez-17 31-dez-16

31-dez-17 31-dez-16

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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43. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A. Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas desvios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de 19.560 Euros. Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”.

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os participantes de planos de pensões financiados pelo fundo são os seguintes:

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As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e prémio de antiguidade em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2017 31-12-2016

Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo 212.864 213.547 . Reformados e pensionistas . Reformados antecipadamente . Cuidados de saúde (SAMS). Prémio de Antiguidade

212.864 213.547

Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo,

fornecido pela entidade gestora 202.221 202.870

Valor não financiado 10.643 10.677

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral dos fundos de pensões relativamente às responsabilidades com pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% em relação às responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

De acordo com a IAS 19R, o valor registado no exercício em resultados, inclui o custo do serviço passado e

o juro liquido. O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações, deduzido do rendimento esperado. Ainda que de pouca materialidade, em 2016, foi entendimento que os valores registados no exercício referentes aos prémios de seguro pagos e ao rendimento do seguro devem ser considerados e integrados no rendimento integral e não em resultados do exercício.

De acordo com a Carta Circular do Banco de Portugal nº 106/08/DSBDR de 18 de Dezembro, a partir do

exercício de 2008, o custo com o serviço corrente e o juro liquido, passaram a ser registados na rubrica "Custos com pessoal".

As contribuições estimadas a efectuar em 2017 dependem do montante de responsabilidades que se vier a ser estimado no final do ano. No entanto, para efeitos da contribuição esperada de 2017, o custo normal do plano é calculado tendo por base método actuarial utilizado na avaliação actuarial (Unit Credit Projectado). Nessa base, o valor da contribuição esperada para a Caixa em 2017 é de 5.219 Euros.

Este valor não tem em consideração qualquer estimativa de eventuais remensurações resultantes quer de diferenças entre os pressupostos assumidos e os valores realizados (por exemplo ao nível do rendimento do fundo) quer de alterações de pressupostos.

Em termos globais, o movimento do Fundo de Pensões durante 2017 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2017Valor actual das responsabilidades por serviços passados 212.864 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 182.121 Com licenças sem vencimento 30.743 Com pré-reformados 0 Com pensões em pagamento 0

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44. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor

de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de

risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada

uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos

responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados. Risco Cambial O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem

“posições abertas” nessas mesmas moedas. A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o risco

cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida. Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata

operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro. O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

• diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva); • variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e

extrapatrimoniais (risco de base); e • existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Risco de Liquidez

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O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que

se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são

centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma

equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em

conta e acompanhados os seguintes aspectos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

• Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento inesperado de saídas de caixa.

Risco de Crédito

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes. Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira. Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro, excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue:

31-dez-17 31-dez-16Patrimoniais

Crédito a clientes 24.750.200 23.683.894 Disponibilidades em outras instituições de crédito 342.445 1.237.709 Aplicações em instituições de crédito 38.046.468 34.383.142

63.139.113 59.304.745

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Justo valor de activos e passivos financeiros

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia: Nível 1 – Cotações em mercado activo Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação. Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio. Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Vale de Cambra está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contractos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora

2015 2016 2017 % por Origem 2017

Ramos Não Vida CA Seguros

30.513,64 28.358,43 44.741,17 38,3%

Ramo Vida CA Vida 34.948,54 44.842,19 39.141,82 60,5% Fundos de Pensões

CA Vida 675,07 885,07 1.333,29 1,2%

Total 66.137,25 74.085,69 74.085,69 100,0%

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A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

46. RÁCIOS PRUDENCIAIS A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”. No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 23%, situando-se nos 26% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situa-se nos 26%, cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Vale de Cambra

Em euros 2014 2015 2016 2017

Fundos Próprios totais 5.727.476 5.621.820 5.500.563 6.132.041Common equity tier 1* 5.225.425 5.387.913 5.494.564 6.132.041Tier 1* 5.225.425 5.387.913 5.494.564 6.132.041Tier 2 502.051 233.907 5.999 0

Posição em risco de activos e equivalentes 57.535.858 59.974.064 65.886.454 69.774.235

Requisitos de fundos próprios 22.647.107 21.867.521 23.574.184 23.482.752Crédito 19.326.245 18.734.283 20.257.415 20.330.240Operacional 3.320.862 3.133.237 3.316.770 3.152.512CVA --- 0 0 0 ---

Rácios de solvabilidade (a)Common equity tier 1* 23,0% 25,0% 23,0% 26,0%Tier 1 * 23,0% 25,0% 23,0% 26,0% 3,0 P.PTier 2 2,2% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0 P.PTotal* 25,2% 26,0% 23,0% 26,0% 3,0 P.P

* Incorporando o resul ta do l íquido do exercício.

---

(a ) Até Dezembro 2013 os rácios sã o calculado de acordo com a Ins trução nº 23/2007, após o que são apl icada s a s regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

-100,0%

5,9%

-0,4%0,4%-5,0%

Δ 15/16

11,5%---

11,6%

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