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Ministro Felipe Salomão recebe comenda do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Pará Encontro em Fortaleza Conselho dos Tribunais de Justiça realiza 107º Encontro na capital cearense TJSC adere à adoção Presidente do TJ de Santa Catarina assina Termo de Compromisso MICHEL TEMER PRESTIGIA CONSELHO O presidente em exercício Michel Temer participou da abertura do 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça, em Campo Grande. EDIÇÃO 10 ANO III / JUNHO DE 2016 REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA TJAM / DIVULGAÇÃO

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Ministro Felipe Salomãorecebe comenda do Mérito Judiciário

do Tribunal de Justiça do Pará

Encontro em FortalezaConselho dos Tribunais de Justiça realiza

107º Encontro na capital cearense

TJSC adere à adoçãoPresidente do TJ de Santa Catarina

assina Termo de Compromisso

MICHEL TEMERPRESTIGIA CONSELHO

O presidente em exercício Michel Temer participou da abertura do 106º Encontro do Conselho dos

Tribunais de Justiça, em Campo Grande.

EDIÇÃO 10 ANO III / JUNHO DE 2016

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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O Conselho Nacional de Justiça, órgão criado pela Emenda Constitu-cional nº 45, estabeleceu, por meio da Resolução nº 198, de 1º de julho de 2014, o planejamento estratégico do Poder Judiciário, fi xando metas para cada segmento da Justiça. Refe-rido instrumento normativo, em seu art. 7º, preceitua que a implementa-ção da execução estratégica para ob-jetivar os planos, programas, proje-tos, em iniciativas e ações concretas são de responsabilidade de magistra-dos, conselheiros e serventuários do Poder Judiciário.

A obrigatoriedade de os Tribunais possuírem plano de gerenciamento estratégico está evidenciada no art. 3º da Resolução, que desdobrou a es-tratégia do Judiciário em três níveis de abrangência: i) nacional; ii)por segmento de justiça; iii) por órgão do Judiciário, este último defi nido no art. 2º, I, como os tribunais indicados nos incisos II a VII, do art. 92, da Consti-tuição da República, além do Conse-lho Nacional de Justiça, Conselho da Justiça Federal e Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Desse modo, em relação às unida-des judiciárias fracionárias (Câmaras, Turmas, Seções, Varas, Juízos) não há obrigatoriedade de possuírem plano próprio de gerenciamento estraté-gico, o que não signifi ca que não se possa estender esse gerenciamen-to para essas unidades fracionárias, adequando-o as suas especifi cidades, o que levaria a signifi cativo avanço na profi ssionalização para atingir padrões homogêneos de governança e

gestão judiciárias.A edição de planos estratégicos da

unidade judiciária de primeiro grau, para poder se adaptar às metas do CNJ e dos Tribunais, não poderia ter duração superior a um biênio, pode-ria ser anual.

Na forma que está posta na nor-ma inserta no art. 3º da mencionada Resolução do CNJ, fi ca à discriciona-riedade dos Tribunais, ou até mesmo do magistrado, a elaboração de planos estratégicos de unidades judiciárias fracionárias. É fato que cada Tribu-nal poderia, por ato normativo, tornar obrigatória essa adoção de plano pró-prio de gerenciamento estratégico, mas não seria absurdo dizer que o próprio CNJ incluísse a unidade fracionária de primeiro grau, como 4º nível de abrangência da estratégia judiciária.

A obrigatoriedade de cada juiz, como líder de sua unidade, juntamen-te com seus servidores, de estabelecer anualmente seu planejamento es-tratégico, poderia complementar sua capacitação em administração judi-ciária. Dados do CNJ, atualizados até 20/07/2015, revelam que a maior parte dos tribunais do país cumpriu a meta 8 de 2010, que é a de capacitar, por meio de cursos, os magistrados em administração judiciária. Entretanto, somente a aquisição de conhecimentos em administração judiciária, como re-vela a melhor doutrina em gestão por competências, não é sufi ciente para formar a competência profi ssional, pois esta representa combinações si-nérgicas de conhecimentos, habilida-des e atitudes. Ademais, não se pode

Planejamento estratégico de unidades judiciárias de 1º grau

Desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes – Presidente do Conselho dos Tribunais e do TJMG

"É fato que cada Tribunal poderia, por ato normativo, tornar obrigatória essa adoção de plano próprio de gerenciamento estratégico, mas não seria absurdo dizer que o próprio CNJ incluísse a unidade fracionária de primeiro grau, como 4º nível de abrangência da estratégia judiciária."

APRESENTAÇÃO

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olvidar que não há planejamento efi caz se aquele que é responsável pela imple-mentação de sua execução estratégica – o juiz -, não o faz em sua unidade judiciária. Em resumo, não basta o co-nhecimento adquirido, necessário que se possa traduzi-lo em operações práticas e vivenciadas (habilidade) e assumir a posição de liderança na transforma-ção de conhecimentos e habilidades em ações gerenciais concretas, superando anomalias e limites (atitude). Ressalto que na maioria das vezes é a atitude que adquire maior importância na trans-formação das unidades judiciárias de primeiro grau.

O Poder Judiciário como um todo, mais especifi camente o Judiciário Es-tadual, segmento responsável por 70% da distribuição de novas ações e 81% dos processos em tramitação, apesar da implementação de Políticas Públi-cas de formação de magistrados em administração judiciária, não está conseguindo êxito em diminuir sua taxa de congestionamento, malgrado os investimentos realizados na capa-citação em gestão por competências, pois o relatório da Justiça em número de 2015 revela aumento preocupan-te. Referida taxa saltou de 59,1% em 2009 para 70,8% em 2014. Revela-se, assim, para podermos superar o dé-fi cit de produtividade, a necessidade de politicas públicas complementares e integradoras, até porque superada está a fórmula de “o mais do mesmo”, ou seja, mais juízes, mais servidores, temos que buscar “o mais com o mes-mo”, o que nos leva a melhorar nossos processos de gestão por competências, tornar o juiz o gestor por excelência de sua unidade judiciária, de maneira a fazer frente ao cumprimento de metas, para que possamos prestar um serviço com qualidade, celeridade e efi ciência.

A assimetria de produtividade e acer-vo entre unidades judiciárias semelhan-tes (distribuição de processos e compe-

tências semelhantes) é comum e tal fato tem como característica a difi culdade de magistrados e servidores de organi-zar gerencialmente suas unidades, daí a necessidade de o Conselho Nacional de Justiça adotar um Programa Nacional de Gestão estratégica de Unidades Judi-ciárias de primeiro grau, como política pública complementar e integradora, para: i) reduzir os défi cits de produtivi-dade; ii) melhorar a imagem funcional de magistrados e servidores; iii) me-lhor utilizar e em rede as técnicas de administração judiciária e de gestão por competências; e iv) desenvolver habilidades e atitudes gerenciais que permitam traduzir os conhecimentos adquiridos em melhoria efetiva dos serviços judiciários.

Esse Programa serviria como indutor para elaboração de planos estratégicos das unidades judiciárias, que buscassem construir um modelo efi ciente de gestão judiciária, com quatro pilares básicos: i) diagnose de Unidade Judiciária (identi-fi cação dos problemas); ii) plano estraté-gico (construção de metas locais que per-mitam superar as anomalias); iii) plano de ação (são os que detalham as macro-ações e microações, cujas características são de fl exibilidade para se adaptarem à necessidade do serviço); e iv) acompa-nhamento permanente (atividade de-senvolvida pelo líder, o magistrado, na efetivação do plano estratégico).

O papel das Corregedorias locais no acompanhamento da implementação e apoio aos magistrados e servidores na manutenção dos desdobramentos da execução estratégica é de fundamental importância.

O crescimento exponencial das ações, as limitações orçamentárias para fazer frente aos desafi os de tor-nar o Poder Judiciário eficiente nos obrigam a investir em gestão por com-petências, de tornar o magistrado u m gestor capaz de sua unidade judiciá-ria. Esse é o nosso maior desafi o.

"O Poder Judiciário como um todo, mais especi� camente o Judiciário Estadual, segmento responsável por 70% da distribuição de novas ações e 81% dos processos em tramitação, apesar da implementação de Políticas Públicas de formação de magistrados em administração judiciária, não está conseguindo êxito em diminuir sua taxa de congestionamento (...)"

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Corregedora elogiaJuizados do MS

Nancy Andrighi, do CNJ, destaca iniciativas bem-sucedidas do

Tribunal do Mato Grosso do Sul. PÁGINA 15.

TJMG divulgabalanço da gestão

Entre as medidas adotadas está a implantação do processo

eletrônico em 29 Comarcas.PÁGINA 18.

TJCE amplia o quadro de juízes

Ingresso de 76 novos magistrados vai beneficiar

1,5 milhão de pessoas. PÁGINA 26.

Tribunal de SC aderea campanha

Presidente do TJSC, desembargador Torres Marques, assina Termo de

Compromisso com adoção. PÁGINA 58.

A capital dosverdes maresPraias exuberates, sol generoso, culinária rica e cultura diversa fazem as maravilhas de Fortaleza.PÁGINAS 32 A 39.

EDITOR RESPONSÁVEL

WALBERT MONTEIRO DRT 1095/PA

FOTOSASSESSORIAS DOS TRIBUNAIS

DE JUSTIÇA, CNJ, WIKIMEDIA, FREEIMAGES.

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NESTA EDIÇÃO

EXPEDIENTE

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Tribunal de Justiça do Acre Desa. MARIA CEZARINETE DE SOUZA ANGELIM(2015-2017)

Tribunal de Justiça de AlagoasDes. WASHINGTON LUIZ DAMASCENO FREITAS(2015-2017)

Tribunal de Justiça do Amazonas Desa. MARIA DAS GRAÇAS PESSOA FIGUEIREDO (2014-2016)

Tribunal de Justiça do Amapá Desa. SUELI PEREIRA PINI(2015-2017)

Tribunal de Justiça da Bahia Des. MARIA DO SOCORRO BARRETO SANTIAGO(2016-2018)

Tribunal de Justiça do Ceará Desa. MARIA IRACEMA MARTINS DO VALE(2015-2017)

Tribunal de Justiça do DF e Territórios Des. MÁRIO MACHADO VIEIRA NETTO (2016-2018)

Tribunal de Justiça do Espírito Santo Des. ANNIBAL DE REZENDE LIMA(2016-2018)

Tribunal de Justiça de Goiás Des. LEOBINO VALENTE CHAVES(2015-2017)

Tribunal de Justiça do Maranhão Desa. CLEONES CARVALHO CUNHA(2016-2018)

Tribunal de Justiça do Mato Grosso Des. PAULO DA CUNHA(2015-2017)

Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul Des. JOÃO MARIA LÓS(2015-2017)

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Des. PEDRO CARLOS BITENCOURT MARCONDES (2014-2016)

Tribunal de Justiça do Pará Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO(2015-2017)

Tribunal de Justiça da Paraíba Des. MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE(2015-2017)

Tribunal de Justiça do Paraná Des. PAULO ROBERTO VASCONCELOS(2015-2017)

Tribunal de Justiça de Pernambuco Des. LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (2016-2018)

Tribunal de Justiça do Piauí Des. RAIMUNDO EUFRÁSIO ALVES FILHO (2014-2016)

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Des. LUIZ FERNANDO RIBEIRO DE CARVALHO(2015-2017)

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte Des. CLAUDIO SANTOS(2015-2017)

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul Des. LUIZ FELIPE SILVEIRA DIFINI (2016-2018)

Tribunal de Justiça de Rondônia Des. SANSÃO BATISTA SALDANHA(2016-2018)

Tribunal de Justiça de Roraima Des. ALMIRO PADILHA(2015-2017)

Tribunal de Justiça de Santa Catarina Des. JOSÉ ANTÔNIO TORRES MARQUES(2016-2018)

Tribunal de Justiça de São PauloDes. PAULO DIMAS DE BELLIS MASCARETTI (2016-2018)

Tribunal de Justiça de Sergipe Des. LUIZ ANTÔNIO ARAÚJO MENDONÇA (2015-2017)

Tribunal de Justiça do Tocantins Des. RONALDO EURÍPEDES DE SOUZA(2015-2017)

CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

COMISSÃO EXECUTIVA COM MANDATO ATÉ NOVEMBRO DE 2017

Presidente: Desembargador PEDRO CARLOS BITENCOURT MARCONDES (TJMG)

Membros:Des. JOSÉ AQUINO FLÔRES DE CAMARGO (TJRS)

Des. NELSON JULIANO SCHAEFER MARTINS (TJSC)Des. PAULO ROBERTO VASCONCELOS (TJPR)

Des. JOSÉ RENATO NALINI (TJSP)Des. LEOBINO VALENTE CHAVES (TJGO)

Desa. MARIA IRACEMA MARTINS DO VALE (TJCE)Des. FREDERICO RICARDO DE ALMEIDA NEVES (TJPE)Des. CLÁUDIO MANOEL DE AMORIM SANTOS (TJRN)

Des. JOSÉ CARLOS MALTA MARQUES (TJAL)Desa. CEZARINETE ANGELIM (TJAC)

Des. RONALDO EURÍPEDES DE SOUZA (TJTO)Des. GETÚLIO VARGAS DE MORAES OLIVEIRA (TJDFT)

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O Conselho dos Tribunais de Justiça realizou, nos dias 3 e 4 de março, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em Campo Grande, o seu o 106º En-contro, o primeiro sob a presidência do desembargador Pedro Carlos Bi-tencourt Marcondes (TJMG). Na sole-nidade de abertura, o presidente Pedro Marcondes ressaltou que a participação é pressuposto da democracia e implica diálogo, mobilização, representativida-de. “O Conselho faz com que nossa voz seja unificada, para que possamos mos-trar nossos pleitos, nossas dificuldades junto ao Conselho Nacional de Justiça

(CNJ). Essa é a finalidade: ter um dis-curso unificado dos Tribunais de Jus-tiça dos Estados para com o órgão que dita as políticas públicas do Judiciário, que é o CNJ”, afirmou.

Pedro Marcondes explicou que os principais desafios da justiça estadu-al, nos dias atuais, estão relacionados com a falta de recursos, o aumento da demanda, a necessidade de contratação de mais pessoal (muito difícil em razão da queda de receita corrente líquida em todos os Estados e que impacta direta-mente os tribunais) e procurar meca-nismos para se fazer mais com menos.

106º Encontro destaca novos modelos de gestão

TJAM / DIVULGAÇÃO

Presidentes dos Tribunais de Justiça se reuniram em Campo Grande (MS), entre

os dias 3 e 4 de março.

Realidade do Judiciário exige mecanismos para se fazer mais com menos

ENCONTRO

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“Não pode gastar acima de 5,62% da corrente líquida dos Estados e, com a queda de ICMS, de outros tributos e o endividamento dos Estados, essa margem é reduzida e isso impede a nomeação de mais juízes, mais servi-dores, enquanto temos um aumento significativo de processos. Nosso de-safio é fazer mais com menos e, para isso, investimos em processamento judicial eletrônico, mediação, conci-liação”, declarou Marcondes.

O desembargador João Maria Lós, presidente do TJMS e anfitrião do encontro, ressaltou que o objetivo dessas reuniões de presidentes de Tribunais é fortalecer a Justiça dos Estados, que representa 80% da Justi-ça no Brasil, e não tem a repercussão nem a representatividade que deveria em âmbito nacional. Assim, destacou a importância do Encontro, inclusive com a presença do então vice-presi-dente da República, hoje presidente em exercício, Michel Temer, da Cor-regedora Nacional de Justiça, minis-tra Nancy Andrighi, e de conselheiros do CNJ, para que se perceba a força e a necessidade de maior representa-tividade da justiça estaduais. “Nessas reuniões, estabelecemos debates en-tre nós, trocamos experiências bem--sucedidas para que possamos unifor-mizar o comportamento e a conduta dos processos em todos os Estados. MS é um dos Estados mais avançados tecnologicamente e nossa estrutura de tecnologia hoje é exemplo em todo o Brasil, motivo de prêmios no CNJ - exatamente por esse avanço, essa tec-nologia”, explicou Lós.

Durante o evento, os presidentes de tribunais ouviram o pronuncia-mento do presidente Michel Temer; a palestra "Escritório Digital", com o conselheiro Carlos Augusto de Bar-ros Levenhagen (CNJ) e com Bráu-lio Gabriel Gusmão, juiz auxiliar da Presidência do CNJ. Os trabalhos da manhã terminaram com a ministra Nancy Andrighi (STJ) falando sobre a Competência delegada da Justiça Federal.

O presidente Michel Temer, à época vice-presidente da República, prestigiou o 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça.

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Em meio à crise política no País, com os desdobramentos da Operação Lava Jato sacudindo as estruturas do governo, o então vice-presidente Michel Temer (PMDB), agora presidente em exercício do Brasil, encontrou tempo para participar da abertura do debate no primeiro dia da 106ª reunião do Conselho dos Tribunais de Justiça em Campo Grande. Por alguns momentos chegou a se noticiar que Michel Temer não participaria da abertura do En-contro, no Hotel Deville Prime, mas o pre-sidente se fez presente.

Temer discursou por apenas dez minu-tos e depois se reuniu com os desembarga-dores. O presidente em exercício conver-sou também com o presidente do Tribunal

de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador João Maria Lós.

Em sua fala na abertura do 106º Encon-tro do Conselho dos Tribunais de Justiça, o presidente do Tribunal de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador João Maria Lós, destacou o combate à morosidade no Judiciário de seu Estado, com foco na paci-ficação social “que somente será alcançada com o exercício da atividade jurisdicional de forma consciente e com humanidade”.

“Com muitos investimentos, consegui-mos avanços em aprimoramento e tec-nologia. Hoje temos 100% das comarcas desfrutando do sistema eletrônico de tra-mitação de processos judiciais, de comu-nicação de atos e de transmissão de peças

Michel Temer participa daabertura em Campo Grande

TJAM / DIVULGAÇÃO

Michel Temer ao lado dos presidentes do Conselho e TJMG, desembargador

Pedro Marcondes, e do TJMS, João Maria Lós (à

esquerda).

Presidente em exercício conversou com desembargadores no 106º Encontro

ENCONTRO

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processuais. O processo eletrônico corresponde a 90% de todo o estoque processual”, informou o desembarga-dor João Lós.

A ministra Nancy Andrighi, Corre-gedora Nacional de Justiça, abordou o tema “Competência Delegada da Justiça Federal”, analisando a decisão segundo a qual, a partir de agora, as ações de execuções fiscais de órgãos públicos e autarquias federais passam a ser de exclusiva competência da Justiça Federal, mesmo nos municípios onde não haja vara federal instalada.

De acordo com a Corregedoria Na-cional de Justiça, o novo dispositivo le-gal vai ao encontro de uma das metas nacionais da Corregedoria Nacional de Justiça. A ministra Nancy Andrighi não só defende o dispositivo como também a mobilização do Judiciário no cumpri-mento da meta.

A presidente do Tribunal de Justi-ça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Graça Figueiredo, participou do 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça. Também parti-cipam do encontro a juíza-auxiliar da presidência, Lia Guedes, e o diretor de Comunicação do Tribunal, jorna-lista Mário Adolfo.

Segundo informou Graça Figuei-redo, a programação do evento teve a discussão de assuntos internos como eleições diretas para a administração dos tribunais; reflexos da crise econô-mica nos orçamentos dos tribunais es-taduais; a extinção de função ou cargos públicos quando vagos; entre outros.

Nos debates em que se questionou a doação de espaços para entidade como a Defensoria Pública e a OAB, a presi-dente do Tribunal de Justiça do Ama-zonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo, fez um relato da situação que encontrou ao assumir o cargo e como resolveu a questão, limitando es-ses espaços e cobrando aluguel, o que mão era feito antes. “Na época, sofri muita pressão, mas resolvemos a situ-ação”, disse a presidente.

Antes da ministra, a primeira pales-tra do encontro abordou como tema

“Escritório Digital”, que teve como pa-lestrante o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Carlos Au-gusto de Barros Levenhagen, e o juiz--auxiliar do órgão, Bráulio Gabriel Gusmão, que se dividiram na exposi-ção do tema, que foi debatido exausti-vamente por mais de uma hora.

(Com informações do jornalista Mário Adolfo, do TJAM)

Encontro na sede do TJMS reuniu presidentes de TJs de todo o País.

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Prezados Colegas, Presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados e De-sembargadores.

Participação é pressuposto da Demo-cracia. E participação implica diálogo, mobilização, organização, representa-tividade.

O advogado e estadista português Francisco Sá Carneiro argumentava que “a democracia aprende-se pelo exercí-cio e constrói-se por meios democráti-cos.” Segundo ele, a prática da demo-cracia significa, além da participação popular, “a participação institucionali-zada de todos na criação das condições estruturais da sua implantação”.

Dessa ideia pode-se apreender a im-portância da institucionalização do

Conselho dos Tribunais, com o objetivo de fortalecer a Justiça Estadual, que é responsável por cerca de 80% dos feitos em andamento no Judiciário brasileiro.

O Colégio de Presidentes, rebatiza-do Conselho dos Tr ibunais de Jus t iça , desde o encontro de Be lo Horizonte , ampl iou suas a t iv idades , pr inc ipa l-mente junto ao Conse lho Nacional de Jus t iça , como representante dos ges tores dos Tr ibunais de Jus t iça Es-taduais .

Naquele encontro fora proposto ao Presidente do Supremo Tribunal Federal que o CNJ, antes de deliberar suas po-líticas públicas, também ouvisse o Con-selho dos Tribunais de Justiça. Integrado pelos seus Presidentes, este órgão pode

Presidente destaca papel dos Tribunais Estaduais

RENATA CALDEIRA / TJMG

Desembargador Pedro Marcondes destaca o protagonismo do

Conselho, como voz unificada de 27

presidentes de Tribunais.

Discurso de Pedro Marcondes fortalece a Justiça de 1ª Instância

DISCURSO

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contribuir para o sucesso das políticas a serem implantadas. Ponderou-se que teríamos condições de traduzir a reali-dade de cada um dos Tribunais para o êxito das ações decorrentes dessas po-líticas judiciárias.

Esse protagonismo, por questões ideológicas, corporativistas e pre-conceituosas, trouxe desconforto, pois o vislumbraram como tentativa de apequenamento do Conselho Na-cional de Justiça.

Artigos foram escritos nesse senti-do, difundindo a versão da existência de articulação para o esvaziamento do CNJ por parte dos Presidentes dos Tribunais, os quais, segundo argumen-tam, não se conformam com a inge-rência em suas administrações. Disse-minam ainda a ideia de que, por trás dessa orquestração, estaria a intenção de repristinar e continuar o processo já institucionalizado de privilégio dos Magistrados e as disparidades de 1ª e 2ª Instâncias.

Objetivam com isso influenciar a opinião pública, transformando a ver-são em verdade, para que seja rejeita-da a ideia da participação do Conselho dos Tribunais, convencidos de que so-mos representantes do lobby dos Tri-bunais Estaduais, preocupados em de-fender interesse corporativo ao invés do interesse público.

Apesar das dificuldades, não pode-mos abdicar desse protagonismo, de ser a voz unificada dos 27 Presidentes, de contribuir nas decisões do Conse-lho Nacional de Justiça para o apri-moramento da Justiça Estadual – nós mais do que ninguém conhecemos a realidade do maior segmento do Poder Judiciário.

A ideia de tornar o Conselho um ór-gão oficial, tal como ocorre com os ou-tros segmentos da Justiça, surgiu da di-ficuldade de interlocução com o CNJ. Não tem sido possível contribuir de maneira eficaz, o que é potencializado pelo fato de o Conselho Nacional de Justiça contar, em sua estrutura, com

apenas dois magistrados da Justiça Es-tadual – um Desembargador e um Juiz de Direito –, escolhidos pelo Supremo Tribunal Federal.

Os outros segmentos da Justiça, embora representem 20% dos proces-sos em andamento, possuem número maior ou igual de representantes, cujas escolhas são feitas pelo Superior Tri-bunal de Justiça e Tribunal Superior do Trabalho. Isso sem falar que a Justiça Federal e a do Trabalho têm os seus próprios Conselhos.

Inegável, pois, que essa disparidade de representação, com predominância dos segmentos do Poder Judiciário da União, leva à tomada de decisões que, muitas vezes, são de difícil exequibi-lidade ou inapropriadas para o Poder Judiciário dos Estados.

A proposta vista por esse ângulo afasta por completo a versão de que o Conselho da Justiça Estadual é mais uma tentativa de retrocesso, orques-trada por desembargadores que não se conformam com a criação do Conselho Nacional de Justiça.

Ao contrário, aplaudimos a atuação desse órgão na definição unificada de políticas públicas para o Judiciário. Queremos, sim, participar dessas deci-sões, com a relevância que deve mere-cer o maior ramo da Justiça brasileira.

Aos críticos, respondo que não se pode negar o direito dos Presidentes dos Tribunais de Justiça de participa-ção efetiva e de diálogo eficaz. Isso é fundamental para o fortalecimento e aprimoramento do Judiciário Estadual.

Outra questão que nos aflige e pre-ocupa é a tentativa de alterar a siste-mática das designações dos juízes de direito perante a Justiça Eleitoral.

Temos o dever, como Presidentes, de nos insurgir contra a pretensão da As-sociação dos Juízes Federais de exercer com os juízes estaduais, concomitante ou alternadamente, a jurisdição eleito-ral de Primeira Instância.

A Justiça Eleitoral, estruturada e concebida de forma compatível com os

"(...) não se pode negar o direito dos Presidentes dos Tribunais de Justiça de participação efetiva e de diálogo e� caz. Isso é fundamental para o fortalecimento e aprimoramento do Judiciário Estadual."

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princípios do Pacto Federativo, vem se distinguindo pela operosidade e isenção, integrada exclusivamente por juízes estaduais, não havendo justifi-cativa plausível ou republicana para pretendida alteração. É importante lembrar que somos referência mun-dial.

O Projeto de Lei nº 3.123, de 2015, de iniciativa do Poder Executivo, tam-bém nos preocupa. Isso porque contém regras que afrontam a Constituição da República, procurando, de forma ca-suística, demagógica e populista, regu-lamentar o teto estabelecido no artigo 37, inciso XI. Desrespeita a autonomia dos Poderes e o pacto federativo, pois pretende impor regras aos Estados e Municípios, sem observar a competên-cia exclusiva desses para regular maté-

ria administrativa.Questões outras serão debatidas

neste encontro de Campo Grande, como a competência delegada da Jus-tiça Federal que onera a Justiça Esta-dual, sem qualquer contrapartida por parte da União.

Agradeço a todos e, de maneira es-pecial, ao nosso anfitrião Desembar-gador João Maria Lós Nascimento, Presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, que tão bem nos recebe neste próspero Estado.

Não iremos deixar arrefecer o nosso sonho de uma Justiça Estadual coesa, engajada e próspera. A cada encontro, a cada iniciativa, esse ideal há de ser revigorado em prol do cidadão e do Estado Democrático Brasileiro.

Muito obrigado!

Para o desembargador Pedro Marcondes, o

Projeto de Lei nº 3.123, de 2015, de iniciativa do Poder Executivo, afronta

a Constituição.

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"A Justiça Eleitoral, estruturada e concebida de forma compatível com os princípios do Pacto Federativo, vem se distinguindo pela operosidade e isenção, integrada exclusivamente por juízes estaduais, não havendo justi� cativa plausível ou republicana para pretendida alteração."

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Nancy Andrighi está em Campo Gran-de para o 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça, realizado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, e apro-veitou a oportunidade para conhecer as iniciativas exitosas dos Juizados Especiais sul-mato-grossenses.

Durante a visita, a Corregedora Nacio-nal de Justiça conheceu todos os setores do Juizado Central, tendo gostado muito da forma especial como o cidadão é tratado durante todo o processo, desde o primeiro atendimento até a realização das audiên-cias. “Encontrei aqui o melhor desenho para esta Justiça. Seja a localização, seja da forma como é conduzido o atendimento, do con-forto para o cidadão. Mas fiquei ainda mais impressionada com o avanço tecnológico e, principalmente, com a equipe de juízes vo-cacionados. Todos se emocionam ao falar da jurisdição dos Juizados Especiais que atende aquilo que se sonha de uma justiça, a de ser uma justiça humanizada”.

Após conhecer as instalações, os magis-trados se reuniram com a ministra e dis-cutiram propostas para melhorar o sistema dos juizados. O Des. Marco André Nogueira Hanson explicou os serviços desenvolvidos no âmbito dos Juizados, que faz com que tenha cumprido as Metas do Conselho Na-cional de Justiça (CNJ) acima do estipulado durante o ano de 2015.

O Des. Marco André falou da experiência da Justiça Itinerante e do Juizado de Trân-sito, serviços que facilitam a vida da popu-lação. Além disso, o magistrado contou do projeto Justiça sobre as Águas, que atende os ribeirinhos que vivem às margens do Rio Paraguai, no Pantanal. O trabalho da Cen-tral de Processamento Eletrônico, a CPE, também impressionou a ministra.

“A ministra se encantou muito com a nossa CPE e quer conhecer mais de per-to o que nós estamos fazendo no Tribu-nal de Justiça de Mato Grosso do Sul. É um entusiasmo, esta impressão positi-va que a ministra nos deixou. Isto nos anima e indica que estamos no caminho certo, que estamos fazendo um trabalho eficiente e estamos produzindo aquilo que nos é pago, ou seja, uma prestação jurisdicional célere”, explicou Nogueira Hanson.

A Corregedora Nacional de Justiça, ao final da visita, disse que irá levar o que viu em Mato Grosso do Sul para servir de modelo para a Justiça brasileira. “Hoje renovei o meu idealismo com o que vi e ouvi dos juízes deste Juizado Especial. Eu penso que os juizados de Mato Grosso do Sul merecem, e eu darei, no site da Corre-gedoria, um destaque especial, um aplauso, porque esse exemplo merece ser conheci-do para ser copiado em todo país”, disse a Ministra Nancy Andrighi.

Juizados de MS merecem ser copiados, diz Corregedora

Corregedora Nancy Andrighi (ao centro), durante o

encontro em Campo Grande.

Nancy Andrighi destaca iniciativas bem-sucedidas do Tribunal

ELOGIO

TJAM / DIVULGAÇÃO

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CARTA DE CAMPO GRANDEO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA, reunido na cidade de Campo Grande (MS), ao final do 106º Encontro, no período de 03 e 04 de março de 2016, divulga, para conhecimento público, as seguintes conclusões,

aprovadas por unanimidade:

1) REITERAR, enfática e veementemente, a posição do Conselho contrária às propostas de alteração na composição da Justiça Eleitoral,

que, organizada e ramificada pela Magistratura Estadual, desfruta de grande credibilidade, sendo amplamente reconhecida por sua

eficiência e celeridade, pugnando pelo arquivamento, de plano, de tais proposições;

2) REPUDIAR o descumprimento do artigo 168 da Constituição da República pelo Poder Executivo de alguns Estados, ao não repassar os duodécimos na data limite, dia 20 de cada mês, de forma integral para

o Poder Judiciário;

3) MANIFESTAR posição contrária ao Projeto de Lei nº 3.123/2015, de iniciativa do Poder Executivo, que contém propostas ofensivas à

Constituição da República, desrespeitando a autonomia dos Poderes e o Pacto Federativo;

4) REIVINDICAR o repasse de recursos da União para fazer frente aos custos efetivados pela Justiça Estadual no exercício da jurisdição de

competência delegada;

5) COMPARTILHAR soluções para o enfrentamento da crise econômica e suas repercussões no orçamento dos Tribunais Estaduais, tais como investimento na mediação e conciliação, expansão do Processo Judicial

Eletrônico, implantação do trabalho à distância e realocação para melhor aproveitamento de seus servidores.

Campo Grande (MS), 04 de março de 2016.

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“O título de Cidadão Honorário de Minas Gerais só vem confi rmar o meu pertenci-mento a este Estado, onde tenho construído, com devoção e entusiasmo, a minha história de vida, a minha carreira de magistrado”, dis-se o desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e do Conselho dos Tribunais de Justiça, ao receber o título de Ci-dadão Mineiro, em cerimônia na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O desembargador disse que Minas é o lu-gar onde construiu sua história, “um lugar de muitos nomes, de muito trabalho e de muitos amigos e de muitos sonhos”. Ele ressaltou que o título vem confi rmar o sentimento que tem pelo Estado e por sua gente, "pois já são 30 anos passados aqui, sendo 4 anos com promo-tor de justiça e 26 anos como magistrado".

O deputado Bonifácio Mourão, autor do requerimento, ressaltou que a ALMG é par-cimoniosa em conceder o título de Cidadão e que receber essa honraria se assemelha a uma conquista de território. O deputado disse que o desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, “paulista de nascimento e mineiro de fé”, conquistou esse território por todas as cidades em que passou, durante sua carreira, e por todos os seus feitos, ressaltando sua bri-lhante atuação à frente do Tribunal de Justiça.

O desembargador Pedro Bitencourt tam-bém fez uma avaliação de sua gestão. “Nestes quase dois anos à frente do Tribunal, dediquei--me com afi nco ao aprimoramento da gestão do Judiciário, alicerçado no planejamento e na modernização. O objetivo não poderia ser outro: prestar um serviço de qualidade às pes-soas deste estado, merecedoras do nosso em-penho e de nossa efi ciência.”

A cerimonia de entrega do título de Cidadão foi acompanhada por familiares e amigos do de-sembargador Pedro Bitencourt, por magistrados,

deputados e outras autoridades. A mesa de hon-ra foi composta pelo presidente da ALMG, de-putado Adalclever Lopes; o secretário de Estado Odair Cunha, que representou o governador do estado, Fernando Pimentel; o ex-governador Alberto Pinto Coelho; o desembargador Paulo Cézar Dias, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais; o desembargador do TJMG e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, Carlos Levenhagen, o comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáuti-ca, brigadeiro do ar Ivan Moysés Ayupe; o pre-sidente do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais, juiz Fernando Antônio Nogueira Galvão da Rocha; o presidente eleito do TJMG, desem-bargador Herbert Carneiro; e o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Luís Cláu-dio da Silva Chaves.

A cerimônia contou ainda com a apresen-tação do quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais, que executou o Hino Nacional e, ao fi nal do evento, homenageou o desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes com a interpre-tação de músicas de Mozart, Gerardo Matos Rodríguez e Milton Nascimento.

Pedro Marcondes recebetítulo de Cidadão de Minas

Desembargador Pedro Marcondes na cerimônia realizada na Assembleia

Legislativa de MG.

Desembargador construiu carreira de magistrado ao longo de 30 anos

MINAS GERAIS

TJMG / DIVULGAÇÃO

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“Empenhei-me para implementar uma gestão mais moderna, alicerçada no pla-nejamento, com a definição de metas a curto, médio e longo prazos”, essa é a avaliação que faz o presidente do Tribu-nal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, dos seus dois anos à frente do Tribunal mineiro. Ele tomou posse em 1º de julho de 2014 e fica no cargo até 30 de junho próximo.

O presidente afi rma que, nesses quase dois anos de gestão, dedicou-se diuturnamente para o aprimoramento da instituição e que todas as iniciativas de sua gestão foram no sentido de oferecer melhores condições de

trabalho a magistrados e servidores. “O que estava ao meu alcance eu fi z e para todas essas realizações contei com auxílio de magistrados e servidores que me assessoraram nessa cami-nhada. Termino a gestão não com alívio, não cansado, mas satisfeito, com a sensação de de-ver cumprido”, disse o presidente.

De acordo com o presidente eleito do TJMG para o biênio 2016/2108, desembarga-dor Herbert Carneiro, o desembargador Pe-dro Bitencourt é um homem dedicado ao Tri-bunal. “Durante dois anos tive o privilégio de estar em sua convivência e o tempo todo só o ouvia falar da instituição, em como melhorá--la e também percebia o seu entusiasmo pelo compromisso público”, disse o magistrado.

Tribunal de Minas Gerais apresenta balanço da gestão

MARCELO ALBERT / TJMG

Desembargador Pedro Marcondes: "Gestão

moderna alicerçada no planejamento".

Entre as iniciativas está a implantação do PJe em 29 comarcas

AÇÕES

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TJMG / DIVULGAÇÃO MARCELO ALBERT / TJMG

INICIATIVAS ESTRATÉGICASO desembargador Pedro Biten-

court lista mais de 20 iniciativas estratégicas que pautaram sua ges-tão, e que resultaram em impor-tantes impactos para o Judiciário mineiro. Entre elas, ele destaca a implantação do PJe em todas as 29 comarcas de entrância especial em Minas. “Sabemos que o PJe não está funcionando em sua plenitu-de, há problemas, mas é um siste-ma que permitirá mais agilidade na tramitação processual e economia de papel e outros insumos. São quase 400 mil ações tramitando exclusivamente de maneira eletrô-nica”, ressaltou o presidente.

O projeto Execução Fiscal Efi-ciente também teve destaque em sua gestão. A iniciativa visa a re-duzir a taxa de congestionamento dos processos relativos às ações de execução fiscal. Busca-se diminuir o número de ações de execução fiscal de pequeno valor, ajuizadas pelo estado e pelos municípios, com a adoção de formas alternati-

vas de cobrança, como o protesto extrajudicial. Segundo o presi-dente, houve expressiva redução da taxa de congestionamento re-lativamente às execuções muni-cipais, que “baixou de 88,00, em 2014, para 80,00, em março de 2016”, afirma.

A criação da figura do juiz leigo e o Programa de Apoio Emergen-cial às Comarcas (PAE) também merecem destaque. O juízes lei-gos objetivam otimizar o tra-balho dos juizados especiais, contribuindo para um melhor atendimento ao cidadão; ao todo, são 45 as comarcas em Minas que estão sendo beneficiadas com a nova função. Já o PAE foi cria-do com o objetivo de aumentar a celeridade e a produtividade em varas que apresentam grande quantidade de processos em seus acervos. Já receberam a inicia-tiva as comarcas de Coração de Jesus, Presidente Olegário, Águas Formosas e Raul Soares. Nas duas últimas comarcas foram proferidas

1.814 sentenças, em uma semana.OPAE compreende a interven-

ção localizada, em que equipes se deslocam até as comarcas escolhi-das; o mutirão para a prolação de sentenças, em que alguns proces-sos são encaminhados para juízes cooperadores de outras comarcas proferirem decisão; e o plano de ação gerencial, que consiste em um instrumento destinado ao acom-panhamento das ações empreen-didas.

Outra iniciativa da gestão do desembargador Pedro Bitencourt foi acriação, em Belo Horizonte, da Central de Cumprimento de Sentenças (Centrase), que visa a processar e julgar os processos ori-ginários das varas de competência cível, em fase de cumprimento de sentença transitada em julgado, com condenação em quantia certa ou já fixada em liquidação.

Com o objetivo de contribuir para a padronização e o controle dos procedimentos de compras e licitações, ampliando a eficiência,

Juizes leigos (à esquerda) otimizam o trabalho dos juizados especiais. Acima, gravação de audiência no TJMG.

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Audiência de custódia garante celeridade aos processos.

a transparência e a economia dos gastos públicos, o TJMG adotou o Sistema Integrado de Administra-ção de Materiais e Serviços (Siad). O sistema foi adotado para aquisi-ções e contratações de bens e ser-viços, a partir do segundo semestre de 2015.

Entre outras iniciativas do pre-sidente, merecem destaque ainda os esforços para a especialização de varas, visando a uma maior ce-leridade na prestação jurisdicional; o lançamento do livro Comarcas de Minas, organizado pela Memó-ria do Judiciário (Mejud) do TJMG, que traz todo o histórico da es-trutura judiciária do Estado; e os esforços voltados à comunicação institucional – como o lançamento de novos canais, entre eles, o Fale com a Presidência e o projeto-piloto de uma Rádio Web, e, ainda, a reali-zação do dia D, em que todas as co-marcas do estado dedicaram um mo-

mento para discutir o Planejamento Estratégico, e de encontros realiza-dos com magistrados e servidores.

Outros projetos também foram implantados nesses dois anos de gestão do desembargador Pedro Bitencourt, como a implantação das audiências de custódia, pro-jeto que visa a garantir a rápida apresentação do preso ao juiz, nos casos de prisão em flagrante delito; a criação de um banco de peritos; a instalação de quase 60 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejus) nas comarcas mineiras, reforçando e valorizando a cultura da media-ção e da conciliação; os projetos--piloto de gravação de audiências criminais e de teletrabalho.

O Teletrabalho é um sistema de trabalho “home office”. O pro-jeto piloto teve início com 12 ser-vidores. Segundo o presidente, o teletrabalho tem como objetivos

a qualidade de vida do servidor, o aumento de produtividade e a re-dução de custos para o TJMG. “Aca-ba a cultura da jornada, com ponto de entrada e saída, e a exigência da presença física do servidor na insti-tuição; entra a ideia do trabalho por produtividade e metas.”, diz o magis-trado. Semelhante a essainiciativa, é o Projeto Trabalho Solidário Re-moto, por meio do qual se busca o equilíbrio da força de trabalho entre as comarcas, resguardando-se a lota-ção de origem do servidor. O proje-to prevê que servidores de comarcas com menor carga de trabalho exer-çam cooperação, via processo ele-trônico, em comarcas que contam com maior volume de processos, sem qualquer deslocamento físico.

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O novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105, sancionada em 16/3/2015) introduz, na ordem jurídica brasileira, novos dispositivos com impacto na ati-vidade notarial e de registro, sendo aqui apontadas algumas dessas repercussões.

1.Fraude à Execução e o Princípio da ConcentraçãoA nova lei processual alterou a concep-

ção de fraude à execução nas alienações e onerações de bens imóveis. O Princípio da Concentração, expressamente dispos-to na Lei nº 13.097/2015, passou a norte-ar a confi guração da fraude, impulsionan-do a concentração dos atos na matrícula imobiliária e a segurança jurídica dos ne-gócios. A regra geral para confi guração da

fraude, artigo 792 do novo CPC, passou a ser a preexistência de averbação de pen-dência judicial na matrícula do imóvel alienado ou onerado, concentrando em um só lugar as informações reais sobre a situação jurídica de um imóvel e das pes-soas detentoras de direitos com repercus-são na propriedade.

Com referência à conformidade do novo CPC com a Lei nº 13.097/2015, cabe salientar que ambos dispõem que não serão oponíveis as situações não ins-critas na matrícula imobiliária, inclusive havendo equivalência entre as situações que devem ser publicizadas no Fólio Real, dispostas nos incisos do artigo 792 do novo CPC e no artigo 54 da Lei nº 13.097/2015, como se vê na tabela abaixo.

Refl exos do novo CPC nas atividades notariais e registrais

João Pedro Lamana Paivaé presidente do Instituto do Registro Imobiliário do Brasil (IRIB) e registrador titular do Registro de Imóveis da 1ª Zona de Porto Alegre/RS. Bacharel em Direito, é membro do Comitê Latino-americano de Consulta Registral; vice-presidente do Colégio Registral do Rio Grande do Sul; presidente da Fundação Escola Notarial e Registral do Rio Grande do Sul – Fundação Enore; membro da Academia Brasileira de Direito Registral Imobiliária; professor na disciplina de Registros Públicos nas Escolas Superiores da Magistratura (Ajuris) e do Ministério Público (ESMP) e em diversos cursos de especialização em Direito Notarial e Registral. É bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, especialista em Direito Registral Imobiliário (PUC – Minas); e graduado em Direito Registral pela Faculdade de Direito da Universidade Ramón Llull Esade – Barcelona, Espanha.

OPINIÃO

Art. 792 da Lei nº 13.105/2015 Art. 54 da Lei nº 13.097/2015

I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reiperse-cutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro

público, se houver;

I - registro de citação de ações reais ou pesso-ais reipersecutórias;

II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução,

na forma do art. 828;

II - averbação, por solicitação do interessado, de constrição judicial, do ajuizamento de

ação de execução ou de fase de cumprimen-to de sentença, procedendo-se nos termos

previstos do art. 615-A da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil;

(Atualmente a referência é procedimento dos arts. 799, IX,

e 828 do novo CPC).

III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de

constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;

V - nos demais casos expressos em lei.

III - averbação de restrição administrativa ou convencional ao gozo de direitos registrados, de indisponibilidade ou de outros ônus quan-

do previstos em lei;

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A exceção legal à aplicação do Prin-cípio da Concentração como basilar na confi guração da fraude à execução está nas ações capazes de reduzir o devedor à insolvência (artigo 792, IV), o que não re-presenta a maior parcela do contencioso judicial brasileiro. A “morte civil” do de-vedor é uma situação que atinge a socieda-de como um todo, em decorrência da inte-gralidade do patrimônio do devedor estar envolvida, colocando em risco as relações negociais que este venha a ter com terceiros. Não há indicação de bens para garantia da dívida, pois só se satisfará com, no míni-mo, a totalidade das propriedades.

Dessa forma, a fi m de resguardar os credores da ação nesta situação atípica, foi excepcionada a necessidade de prévia aver-bação do feito na matrícula para caracteriza-ção da fraude à execução, pois o todo garante a dívida, dispensando apontar a proprieda-de específi ca para garantia do crédito.

Contribuindo para a publicidade regis-tral e a segurança jurídica, o inciso IV do artigo 54 da Lei nº 13.097/2015 dispõe so-bre a possibilidade de fazer a averbação de ações desta natureza, o que não é obrigató-rio, mas salutar para evitar futuros litígios.

2. Averbação premonitóriaA averbação premonitória, grande

avanço na segurança jurídica imobiliá-ria, teve na nova norma maior delineação da atuação do exequente, bem como um regramento mais claro quanto ao cance-lamento das averbações. A nova lei dis-põe sobre dois momentos distintos para expedição da certidão para averbação no Registro Imobiliário: a) do ajuizamento da execução e dos atos de constrição (ar-tigo 799, IX), sob a responsabilidade do exequente, a fi m de dar conhecimento a terceiros; b) da admissão da execução pelo juiz (artigo 828), corroborando a fraude

à execução nas alienações posteriores. Nas duas situações o exequente terá de ser diligente para a garantia do crédito, cumprindo a determinação no artigo 54 da Lei nº 13.097/2015, que dispõe sobre a concentração dos atos na matrícula e sua oponibilidade contra terceiros.

A averbação da propositura da execu-ção (artigo 799, IX) não teve na nova lei um regramento específi co, como o dis-posto para o artigo 828. Trata-se de uma medida de segurança jurídica muito se-melhante à averbação premonitória, o que no Código de Processo Civil antigo repre-sentava o ponto de partida do artigo 615-A. Por isso, são aplicáveis os procedimen-tos do artigo 828 nas averbações previstas no artigo 799, IX, do novo Código, com o fi m de tornar célere a constrição, bem como a liberação dos imóveis gravados. Tal pensamento também é defendido pelo doutrinador Ruy Zoch Rodrigues.

3. Alteração de Regime de BensNo âmbito do direito de família ocor-

reram inovações na alteração de regime de bens, oportunizadas pelo artigo 1.639 do Código Civil. Ela ganhou procedimen-to específi co, disposto no artigo 734, com as características de jurisdição voluntária. A alteração de regime de bens tem efeitos que vão além da relação inter partes dos cônjuges, tendo em vista os refl exos pa-trimoniais que poderão atingir terceiros. O próprio caput do artigo 734 ressalva os direitos de terceiros, o que traz garantia aos atos notariais e registrais já pratica-dos. Encerrado o processo, será expedido mandado judicial específi co para o regis-tro civil e o registro de imóveis.

Entretanto, o novo Código de Proces-so Civil foi silente quanto à exigência de pacto nupcial por ocasião da escolha de regime diferente do legal, não deixando

"A averbação premonitória, grande avanço na segurança jurídica imobiliária, teve na nova norma maior delineação da atuação do exequente, bem como um regramento mais claro quanto ao cancelamento das averbações."

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clara a aplicação, quando da alteração do re-gime de bens, do que dispõe o Código Civil sobre a obrigatoriedade do pacto patrimo-nial. A Consolidação Normativa Notarial e Registral do Rio Grande do Sul, em razão da lacuna legal, desde o ano de 2003, assim dis-põe sobre o assunto: “CNNR/CGJ-RS. Art. 160 – Antes de homologar o pedido de alte-ração/modifi cação para um regime de bens que exige o pacto antenupcial, o magistrado ou deverá exigir a apresentação de escritura pública de pacto nupcial, nos termos do pa-rágrafo único do art. 1.640 do CCB, ou de-terminará a lavratura de termo judicial, para posterior registro e efi cácia perante terceiros (art. 1.657 do CCB)”. O pacto nupcial ou o termo judicial serão registrados no Livro 3 – Registro Auxiliar, cumprindo o disposto nos artigos 178, V, e 244 da Lei dos Registros Públicos.

4. Ata notarial como meio de provaA utilização da ata notarial como meio de

prova em processos judiciais não é novidade, tendo em vista a já reconhecida credibilida-de do instrumento produzido pelo tabelião.

Porém, a inserção de ata notarial como se-ção específi ca no capítulo das provas denota a relevância que esse mecanismo ganhou no processo judicial. Com o advento do artigo 384 da nova lei, a tendência é a maior utiliza-ção da ata notarial pela sociedade.

5. Usucapião extrajudicial A usucapião extrajudicial, que tem caráter

opcional ao jurisdicionado, processando-se perante o Registro de Imóveis, é uma das grandes novidades da nova lei processual civil (artigo 1071 que inseriu o artigo 216-A na Lei nº 6.015/1973). A simplicidade do procedimento facilitará ao possuidor a aqui-sição da propriedade imobiliária fundada na posse prolongada, porque, representado por advogado e mediante requerimento instruí-do com uma ata notarial, planta e memorial descritivo do imóvel, certidões negativas e outros documentos, o usucapiente poderá apresentar o pedido ao Registro de Imóveis em cuja circunscrição esteja localizado o imóvel usucapiendo. É um trabalho desen-volvido em conjunto, entre o tabelião e o re-gistrador imobiliário.

"A utilização da ata notarial como meio de prova em processos judiciais não é novidade, tendo em vista a já reconhecida credibilidade do instrumento produzido pelo tabelião."

IRIB / DIVULGAÇÃO

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O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Ge-rais (TJMG) e do Conselho dos Tribunais de Justiça, desembarga-dor Pedro Bitencourt Marcondes, lançou na terça-feira, 3 de maio, o livro “Servidor Públi-co – Teoria e Prática”, na Academia Mineira de Letras. Publicado pela Editora Fórum, o trabalho é resulta-do da experiência do desembargador como magistrado e professor universitário, na área de Direito Público, por mais de 20 anos.

Aspectos práticos e te-óricos, o regime jurídico de traba-lho, contornos constitucionais e as conotações decorrentes do vínculo estabelecido entre servidores e Po-der Público são alguns dos temas

abordados na obra. Graduados em direito, profissionais que atuam no direito público e administrativo são o público alvo desta edição.

Para o desembargador, a atuação dos servidores deve ser pautada pelo

comprometimento, pela noção essencial de ser-vir. Segundo Bitencourt, a administração pública espera de qualquer servi-dor que ele cumpra o seu dever, que é servir à socie-dade com eficiência, tendo sempre como horizonte o interesse público.

Pedro Carlos Biten-court Marcondes nasceu

em Caçapava, São Paulo, é desem-bargador do TJMG desde 2006, tendo assumido a presidência da casa para o biênio 2014-2016 e a presidência do Conselho dos Tribunais de Justiça do Brasil

para o biênio 2016-2018. Mestre em Direito Público pela Univer-sidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professor universitário do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH), atualmen-te licenciado, Pedro Bitencourt atuou como promotor de justiça e juiz de direito em diversas co-marcas de Minas Gerais. É, ainda, professor orientador nas áreas de Direito Público, Direito Consti-tucional e Direito Administrativo da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do TJMG.

O presidente da Assembleia Le-gislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Adalclever Lopes (PMDB), participou do lançamento da obra “Servidor Público – Teoria e Prática”, de autoria do presiden-te do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Pe-dro Carlos Bitencourt Marcondes.

Pedro Marcondes lança livro sobre Direito Público

Desembargador Pedro Marcondes, presidente do Conselho dos Tribunais de

Justiça, no lançamento do livro. Trabalho resulta da experiência

de magistrado e professor.

Trabalho aborda aspectos práticos e teóricos sobre atuação de servidores

PUBLICAÇÃO

RENATA CALDEIRA / TJMG

do da experiência do desembargador como

comprometimento, pela

sempre como horizonte o interesse público.

court Marcondes nasceu

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O acesso à Justiça no Ceará está muito mais fácil para as populações de 76 muni-cípios. Agora, elas contam com a presença fixa de um juiz. Antes, eram atendidas por magistrados de outras cidades. Juntos, os habitantes dessas regiões somam mais de 1,5 milhão de pessoas. Isso representa quase 20% da população de todo o Estado.

Esses 76 novos juízes ingressaram no Judiciário cearense no último dia 25 de fe-vereiro. A solenidade ocorreu no Palácio da Justiça, em Fortaleza. Todos irão para municí-pios de pequeno porte no Interior. No mundo

jurídico, essa é a chamada Entrância Inicial.Trata-se da maior posse de magistra-

dos já feita de uma única vez nos 142 anos de existência do Tribunal de Justi-ça do Ceará (TJCE). “Minha obstinação em dar-lhes posse é uma forma de ofe-recer um mínimo de dignidade à popula-ção pobre dos mais afastados rincões do nosso Estado. O papel do Judiciário hoje se diferencia daquele de um passado não muito longínquo, quando lhe atribuíam apenas a tarefa de servir de equilíbrio entre os outros dois poderes”, discursou

TJCE amplia quadro de juízes e atende1,5 milhão de cearenses

TJCE/ DIVULGAÇÃO

Posse dos novos juízes no TJCE: ingresso de magistrados atende

mais comunidades no Estado.

O ingresso de 76 magistrados garante celeridade à Entrância Inicial

TJCE

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TJCE / DIVULGAÇÃO

Presidente do TJCE, desembargadora

Iracema Vale: esperança em dias melhores.

a presidente do TJCE, desembargadora Iracema Vale.

E complementou: “o Brasil mudou. Temos um país dividido entre a grande pobreza marginalizada e outra parcela re-duzida com emprego, saúde, habitação e educação. A essa situação, a magistratura não pode ficar indiferente. Somos par-te do problema e temos como contribuir para, pelo menos, minorá-lo.”

Com a posse dos 76 magistrados, a falta de juízes na Entrância Inicial cearense será quase que totalmente solucionada. Apenas os moradores de Acaraú, Barreira, Capistrano, Pacoti, Paraipaba, Pentecoste, Pindoretama e São Luís do Curu continuarão atendidos por comarcas vizinhas. “Colocar em cada comarca um juiz parecia um sonho. Agora é realidade. O esforço que a presidente fez e a abnegação dos dirigentes do tribunal tor-naram isso possível”, destaca o corregedor--geral do TJCE, desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva.

Ter um juiz fixo na cidade durante toda a semana representa não apenas a impor-tância deuma autoridade judicial. Em ter-mos práticos, significa ganho de tempo para quem precisa da Justiça. Ao invés de aguardar o dia de expediente do magistra-do do município vizinho para ter sua de-manda solucionada/despachada, o cidadão poderá procurar o Fórum quando con-siderar necessário. “O ingresso desses 76 colegas vem para suprir uma carência vivenciada pelo Tribunal há alguns anos. Que eles possam exercer suas funções e levar justiça para o interior. A população é a mais beneficiada”, pontua o desem-bargador José Tarcílio da Silva.

Somados aos 344 juízes já existentes e em atuação, os 76 recém-empossados fazem o número de magistrados cearen-ses aumentar em 22%. Um recorde. “De-posito em cada um dos senhores a espe-rança de dias melhores. Nunca parem de sonhar com um Judiciário que possa garantir para nossa sociedade a diminui-ção das desigualdades, o fortalecimento da democracia e a efetivação de uma jus-tiça social. Jamais permitam que lhe ma-tem o direito ao sonho. Porque o sonho comanda a vida”, frisou Iracema Vale, no discurso de posse.

NÚMEROS1,5 MILHÃO de cearenses serão benefi-ciados com a entrada dos 76 novos juízes

420 juízes compõem o Judiciário cearen-se hoje, após o ingresso desses magistra-dos

92% das comarcas de entrância inicial passam agora a ter juiz

AUDIÊNCIASForam duas semanas de mobilização. De 15

de fevereiro a 4 de março, todo dia útil era de audiência atrás de audiência. Ao ponto de, no total, 669 detidos em fl agrante serem levados à presença de um juiz para saberem se fi cariam presos, se seriam soltos ou se cumpririam me-didas cautelares.

Esse índice representa uma média de 44 audiências realizadas por dia na Vara

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Única de Audiências de Custódia de Forta-leza durante o primeiro mutirão de 2016. Em dias normais, sem mutirões, a média é de 35 audiências.

Das 669 audiências do primeiro mutirão do ano, 92,9% resultaram em algum tipo de punição. Isso equivale a 622 casos, em núme-ros absolutos. Ou seja: apenas 7,1% (ou 47, em números absolutos) dos detidos foram soltos. Dos que sofreram algum tipo de sanção, 58% (391) foram presos e 34% (231) foram subme-tidos a medidas cautelares.

Sete juízes participaram da força-tarefa. O efetivo habitual da unidade é de quatro magis-trados. “Os números foram muito positivos. Creio que conseguimos atingir nosso objeti-vo, que era desafogar o número de autos em fi la de espera. Todo esse sucesso se deve às pessoas que estiveram envolvidas na mobili-zação”, pontua a juíza titular da Vara, Marlúcia de Araújo Bezerra.

Antes do mutirão, 318 autos de prisão em flagrante esperavam por análise na unidade. A mobilização conseguiu acabar com essa demanda, diminuindo o tempo da realização da audiência do flagranteado para até cinco dias após a prisão. A meta da Vara é encurtar ainda mais esse prazo, chegando a 24 horas.

Para fazer o mutirão, o TJCE contou com o apoio do Ministério Público, Defenso-ria Pública, Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (Sejus), Associação Cearense dos Magistrados (ACM), Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Polícia Civil e Central Integrada de Apoio à Área Criminal (CIACC) do Fórum.

NÚMEROS92% receberam algum tipo de punição

58% foram presos

34% foram submetidos a medidas cautelares

7% foram soltos

563.526 é o total de presos no Brasil

42% desse total são presos provisórios

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PROCESSOS Se cada processo fi nalizado pela Justiça

Estadual em 2015 fosse uma pessoa, o Judi-ciário cearense teria lotado a Arena Castelão sete vezes e meia. Um índice recorde e 35% maior do que o registrado no ano anterior, quando 350.071 causas receberam baixa. No mundo jurídico, a baixa processual cor-responde ao encerramento da ação. Ocorre quando a causa é arquivada ou quando não cabe mais recurso a ela.

Em números absolutos, a diferença de um ano para o outro é de 125.563 processos encerrados, já que 2015 teve 475.634 fi nali-zações processuais. “Isso é refl exo do empe-nho de servidores e magistrados. Mostra o quanto podemos melhorar mesmo em meio a um ano de conjuntura econômica tão deli-cada. Vamos continuar esse trabalho porque tornar o Judiciário mais ágil é um compro-misso de gestão. Nossa expectativa é fechar 2016 numa situação ainda melhor”, sintetiza a presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargadora Iracema Vale.

A gestão individualizada das taxas por unidade judiciária é apontada como im-portante medida para alcançar o resultado. “Ficou mais fácil a gente atuar nas unidades mais críticas, que realmente precisam de um apoio maior. Sem contar no incentivo do certifi cado, que considero uma meritocra-cia”, cita o secretário de Planejamento do TJCE, José Joaquim Neto Cisne.

Essa certificação citada por Neto Cisne é uma forma de incentivar maior produti-vidade dos servidores. Ela é concedida às unidades que cumprirem metas estabele-cidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e às varas que atingirem a meta anual de redução da taxa de congestionamento. Para servidores, o certificado pode resul-tar em bonificação de dois dias de abono no expediente caso a taxa seja reduzida em 10%. Já magistrados poderão utilizá-lo para efeito de promoção.

Quais os resultados possíveis de uma audiência de custódia?

Relaxamento de eventual prisão ilegal;

Concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança;

Substituição da prisão em flagrante por medidas cautelares;

Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva;

Análise da consideração do cabimento da mediação penal, evitando a judicialização do conflito, corroborando para a instituição de

práticas restaurativas;

Outros encaminhamentos de natureza assistencial.

FONTE: CNJ.

Novos juízes prestam juramento durante cerimônia de posseno TJCE.

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Os 76 novos juízes ingressaram no Judiciário cearense no dia 25 de fevereiro.

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Diretora de Estatística do TJCE, Mi-chelle Matos ressalta a criação do Ma-nual de Procedimentos de Baixas Pro-cessuais como outra peça importante para o aumento de 35% nas fi nalizações. O documento está sendo adotado por todas as unidades. “Fizemos treinamen-tos nas zonas judiciárias e percebemos que os servidores entenderam melhor o assunto. Isso ajudou na aceleração das baixas. Outro fator foi a realização do mutirão em todo o Estado”, acredita.

DE 2014 PARA 2015Melhorou a efetividade do TJCE

conforme os parâmetros do Conselho Nacional de Justiça. Ao longo de 2015, a taxa de congestionamento da Justiça Es-tadual cearense no Segundo Grau dimi-nuiu 41,33%. Isso fez com que o índice caísse de 78,11% para 45,83%. Conforme o CNJ, a taxa de congestionamento é me-dida considerando o total de casos novos que ingressaram, os casos baixados e o estoque pendente ao fi nal do período anterior ao período base.

Para o secretário Judiciário do TJCE, Antônio Valdir de Almeida Fi-lho, as 90 mil baixas processuais feitas pelos departamentos Cíveis e Penais do Tribunal foram fundamentais nes-sa queda. “Realizamos um estudo dos processos antigos tramitando e em seguida foram publicadas as portarias determinando a baixa de processos que não estavam mais ativos. Foi feita uma espécie de ‘saneamento'”, diz.

No tocante a 2016, a expectativa é continuar esse trabalho de saneamen-to e trabalhar na migração das causas do Sistema Processual (SPROC) para o Sistema de Automação da Justiça (SAJ). “Vamos tentar acabar com os processos que tramitam no SPROC, inventariando, migrando e identifi -cando onde o processo se encontra para sanear os dados”, indica.

FORTALEZANa maior comarca do Ceará, os

trabalhos são intensos para dar mais agilidade à Justiça. Em apenas dez

meses de 2015, de março a dezembro, o Grupo de Auxílio para Redução do Congestionamento de Processos Judi-ciais de Fortaleza (Garc) movimentou 166.579 processos de varas e juizados.

Desse total, 11.281 causas foram julgadas e outras 30.229 foram ar-quivadas, não havia chance de recur-so ou foram remetidas à instância superior (o TJCE) em grau de ape-lação ou a outro tribunal. Somente na área cível, foram baixados 24.256 processos. Os julgados 8.814. Já na área criminal foram 5.973 ações bai-xadas e 2.467 julgadas.

Os mutirões processuais são causa de boa parte desse sucesso. Coordena-dora do Garc, a juíza Adayde Monteiro Pimentel adianta os planos para 2016: “baixar mais de 13 mil processos em um mês é muito bom, mas eu quero mais.”

Na Seção de Arquivo do Departa-mento de Apoio aos Serviços Judiciais do Fórum Clóvis Beviláqua (Despa-jud), o ritmo foi intenso para dar con-ta de quase 12 mil processos em 2015.

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Na sede do Tribunal do Ceará, os trabalhos são intensos para dar mais agilidade à Justiça.

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A maioria das 11.884 ações arquivadas ano passado já tiveram trâmites concluídos nas varas ou têm alguma pendência para serem fi nalizadas.

Outro trabalho executado no setor é a digi-talização de processos físicos. Foram 2.698 no ano passado. Implantado em agosto de 2014, atualmente o serviço é dirigido às varas de Fa-zenda Pública e de Família. “A digitalização dos processos é importante porque garante que ne-nhuma parte deles se perca durante a tramitação e após o desarquivamento”, enfatiza a chefe da seção, Sandra Ester Aguiar de Goes.

DESCONGESTIONAMENTONão só em Fortaleza concentram-se os es-

forços para dar celeridade ao sistema de justi-ça cearense. O Grupo de Descongestionamen-to do Interior movimentou 12.493 processos ao longo de 2015. Um número considerado muito bom pelo supervisor do colegiado, de-sembargador Inácio de Alencar Cortez Neto.

O balanço dos trabalhos do grupo revela que 11.663 ações foram julgadas e 758 despachos e 72 decisões foram proferidos em 19 municípios. “Foram 11 meses fazendo esse trabalho gratifi -cante, onde ajudamos os municípios a descon-gestionar os processos”, resume o magistrado.

Sete juízes e sete servidores atuaram na força-tarefa. Eles foram designados para trabalhar nas comarcas com maior acervo processual, a partir de solicitação feita pelo juiz da vara.

SAIBA MAISO Grupo de Auxílio para Redução do Con-

gestionamento de Processos Judiciais de For-taleza foi instituído em fevereiro de 2010. Ele existe para referendar uma das metas do Con-selho Nacional de Justiça (CNJ).

A certifi cação das unidades e varas que alcan-cem metas do CNJ e de taxas de congestiona-mento acontece anualmente, sempre em janeiro.

Além das baixas processuais que reduziram a taxa de congestionamento, o TJCE também fez um trabalho de conscientização dos servi-dores sobre a importância de ser feito um con-trole maior das ações sem chance de recurso.

Além do arquivamento e digitalização de processos, a Seção de Arquivos do Fórum Cló-vis Beviláqua faz ainda pesquisa e desarquiva-mento. No ano passado, 3.619 documentos foram resgatados. É um serviço muito utili-zado por advogados que precisam de cópias de documentos arquivados junto a ações de família, por exemplo.

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Fortaleza do sol e dos verdes mares que

encantam os turistas do mundo todo

TURISMO

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A cidade de Fortaleza, capital do Ceará, tem os componentes perfei-tos para ser um dos pontos turísticos mais atraentes do Brasil. O clima é tropical, quente, com temperatura anual média de 26,5 °C, sendo dezem-bro e janeiro os meses da chamada alta estação. O verão dura o ano todo e os verdes mares que se espalham so-bre praias repletas de coqueiros com-pletam o cenário paradisíaco.

Fortaleza tem duas estações bem defi nidas: o segundo semestre é bas-tante seco, enquanto o primeiro é um pouco mais chuvoso. As pessoas no Nordeste referem-se ao período chu-voso como “inverno”, embora haja de fato verão e outono.

As características da região - tem-peraturaamena, paisagens exube-rantes, águas calmas e ventos fortes - proporcionam o necessário para a prática de esportes como o windsurfe e kitesurfe, cujas competições são pe-riodicamente organizadas nas praias de Fortaleza e no litoral do Estado. As mais procuradas são: Cumbuco, Praia das Fontes, Morro Branco, Canoa Quebrada e Pacuru.

Apesar de ser um dos menores Estados do Brasil, o Ceará tem um dos litorais mais extensos do país. Com mais de 25 km de lindas praias, Fortaleza, apelidada de Terra do Sol, é um lugar ideal para quem procura belezas naturais, diversão e descanso.

A capital do Ceará é um dos des-tinos preferidos pelos turistas bra-sileiros e estrangeiros. Conta com algumas das melhores praias urbanas do país: indo no Norte para o Sul as principais são Iracema, Meireles, Náutico, Mucuripe e Praia do Futuro (com ótima infraestrutura turística). Nesses locais, na orla,estãoos melho-res hotéis, restaurantes e clubes.

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Fortaleza do sol e dos verdes mares que

encantam os turistas do mundo todo

Cenário paradisíaco, com praias de água morna, se une à metrópole em desenvolvimento para montar um

quadro encantador. Culinária e cultura diversi� cadas também são ponto alto do turismo.

Vista aérea da praia de Iracema, um dos pontos turísticos mais visitados de Fortaleza.

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Ao lado disso, cresce a metrópole moderna. Entre prédios históricos que revelam o passo a passo da construção de uma rica trajetória urbana. O centro de Fortaleza tem dezenas de prédios históricos e museus. As praças do Fer-reira e General Tibúrcio são as mais importantes por terem em sua vizinhança prédios históricos. Na praça do Ferreira tem-se vários prédios his-tóricos, com destaque para o Cine São Luiz e seu hall de entrada muito luxuoso. Na praça General Tibúrcio tem-se o Museu do Ceará, que conta a história do Estado, a Academia Cearense de Le-tras, primeira do gênero no Brasil, e a Igreja do Rosário, primeira igreja de Fortaleza. O Theatro José de Alencar, obra exuberante em art nouveau, e a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção são patrimônios nacionais tombados, sendo lugares de grande visitação.

Os principais pontos turísticos da cidade são: Estátua de Iracema, Cais do Porto, Praia do Futuro, Mausoléu Castelo Branco, Teatro José de Alencar, Catedral Metropolitana, For-taleza de Nossa Senhora da Assunção, Merca-do Central e Ponte Metálica.

ARTESANATOFortaleza também é conhecida pelo talento

de seus artesãos. Artistas locais produzem pe-ças de qualidade em madeira, cerâmica, vidro (as típicas garrafi nhas com areia colorida), teci-dos e cocos, a preços bem econômicos. Os dois espaços para comprar o melhor do artesanato regional são o Mercado Central e a Feirinha da Beira-Mar.

O Mercado Central fica localizado en-tre a Praia de Iracema e a zona central da cidade, ao lado da Catedral Metropoli-tana, em frente à Fortaleza da Nossa de Senhora da Assunção. Ocupa um prédio de quatro andares, ligados por escadas e passarelas; em cada um dos pisos, funcio-nam diversas lojas multicoloridas, sem divisão por produtos.

O estabelecimento possui um emaranhado de passarelas pelo seu interior, com um vão central entre os andares (bastante ventilados), dando a ideia de um estádio de futebol com cobertura. Toda a estrutura transforma o lugar

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Praia do Futuro, um dos principais pontos

turísticos de Fortaleza.

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num labirinto formado por pequenos boxes, com corredores estreitos e com grande mo-vimentação de compradores e vendedores. A área, com mais de nove mil metros quadrados, recebe milhares de turistas durante todo o ano, que vêm em busca de artigos em couro (sandá-lias, sapatos, chapéus, bolsas e malas), rendas e bordados em roupas e em peças de cama, mesa e banho, rendas de bilro, camisetas, lembran-cinhas como minijangadas, bijuterias, joias em ouro e artigos para decoração.

É o maior centro de compras do Ceará: composto por 559 lojas e mais de 30 quiosques vendendo o que de melhor o Ceará possui em artesanato, produtos e comidas regionais. As ofertas são variadas: de castanha-de-caju a toalhas de renda - que fazem grande sucesso. Com preços atraentese muita variedade, as mulheres fi cam encantadas com tanta coisa desde saída de banho, chapéus e uma varieda-de de toalhas e panos para bandejas e cozinha.

O local foi projetado especifi camente para ser um mercado; a Câmara Municipal autori-zou a construção (em madeira) em 1809 para o comércio de carne, fruta e verdura.Em 1814, essas instalações precárias foram demolidas e, em seu lugar, ergueu-se um novo prédio que foi denominado de cozinha do povo. Em 1931, o comércio de carne, fruta e verdura foi proi-bido dentro do prédio, e os lojistas do merca-do tiveram que mudar de ramo dando lugar aos boxes de artesanato. No dia 19 de janeiro de 1998 foi inaugurado o moderno prédio do Mercado Central de Fortaleza, que reúne 559 boxes, uma farmácia, dois restaurantes, quatro lanchonetes.

GASTRONOMIAA cozinha cearense tem sabores tropicais e

exóticos. Com temperos peculiares, agrada aos mais exigentes paladares. A gastronomia em Fortaleza é tipicamente nordestina. A lagosta, as inúmeras variedades de peixes, o camarão, o caranguejo e pratos como a peixada, o ca-marão ensopado ao alho e óleo, o caranguejo cozido, as patinhas à milanesa e o casquinho de caranguejo são as delícias da mesa. Da produção agrícola destacam-se a macaxeira, a batata-doce, o coco e o milho, responsáveis pelos bolos, cuscuz, mungunzá, canjica, pamo-nha, pé-de-moleque e o próprio milho cozido ou assado. O feijão e o arroz oferecem um dos

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No alto, praia de Canoa Quebrada.Abaixo,Trapiche dos Ingleses, em Iracema: pedaço da História encravado no coração de Fortaleza.

pratos mais típicos da região: o baião-de-dois com manteiga e queijo de coalho.

Da cana-de-açúcar, o nutritivo caldo, a po-pular rapadura, mas é a cachaça o principal produto degustativo. A carne seca, herança do ciclo do couro, é aproveitada no preparo da paçoca, batida no pilão com a farinha de man-dioca e, assada, acompanha o baião-de-dois. A panelada, a buchada, o sarrabulho ou sarapatel são ainda exemplos de pratos salgados difun-didos no Estado.

Das frutas tropicais, caju, mamão, coco, manga, goiaba, maracujá, graviola, jaca, abacate, sapoti, murici, cajá, den-tre outras, são elaborados doces, sucos e sorvetes. E como subprodutos do caju ressaltem-se a cajuína e a castanha, in-dustrializada ou de produção caseira.

Os polos gastronômicos da Varjota, Praia

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de Iracema e a Avenida Beira-Mar são os lo-cais com maior diversidade de restaurantes. Frutos do mar são outro ingrediente de pra-tos típicos da cozinha fortalezense, tais como moqueca de arraia, peixadas de cavala e pargo. O camarão também é uma iguaria bem de-gustada em pratos como o "arroz de camarão" ou "bobó de camarão". Mas há espaço para a culinária de várias nacionalidades, além de pi-zzarias, churrascarias, lanchonetes, cozinhas contemporânea e regional. Outro polo gastro-nômico fi ca no sul de Fortaleza, na divisa com Eusébio, nas tapioqueiras, um centro de ven-das com vários restaurantes especializados no preparo desta que é uma das comidas típicas do Nordeste, a tapioca.

PRAIASA praia do Futuro, com suas "barracas" e

uma intensa programação cultural, todas as quintas-feiras, recebe milhares de turistas. Outro ponto alto à beira-mar, a praia de Ira-cema forma um polo com o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, abrigando vários museus e equipamentos culturais. A Ponte dos Ingleses e o famoso Pirata Bar compõem o circuito. No litoral da cidade vizinha Aquiraz existe o parque temático Beach Park, que re-cebe uma média de 500 mil visitantes por ano.

CULTURAA vida cultural de Fortaleza é diversifi-

cada e fecunda. Muitos artistas, entre es-critores, pintores e cantores, utilizam os palcos e as praças mais movimentadas da cidade para estimular a cultura regional. O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é o principal espaço cultural de Fortaleza. Ali estão localizados o Museu da Cultura Ce-arense, o Museu de Arte Contemporânea do Ceará, teatros, um planetário, cinemas, lojas, e espaços para apresentações públi-cas, além de abrigar, em anexo, a Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, o Porto Iracema das Artes e a Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho.

Outros exemplos de construções histó-ricas notórias de Fortaleza são o Prédio da Alfândega de Fortaleza, o qual abriga a CAIXA Cultural de Fortaleza, o Sobrado do Doutor José Lourenço, centro cultural especializado em artes visuais, e o prédio da Estação João Felipe, ponto de partida da estrada de ferro construída na seca de 1877. Tais equipamentos localizam-se no entorno de uma das áreas de fundação de Fortaleza, com um patrimônio arquitetô-nico ainda preservado, de predominância neoclássica.

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Mercado Central de Fortaleza: polo de cultura e venda de artesatato.

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Fortaleza é conhecida como capital do humor no país. Os shows de humor são um grande pilar do seu apelo turístico, movimentando três milhões de especta-dores ao ano. Humoristas de outras cida-des e estados fizeram carreira na cidade, como Renato Aragão e Tiririca. Na Gran-de Fortaleza, nasceu Chico Anysio, consi-derado o maior comediante brasileiro de todos os tempos.

O forró é o gênero musical mais popu-lar na cidade, explorado por várias casas de shows especializadas e formador de uma robusta indústria de entretenimen-to. Bandas originadas em Fortaleza, como Mastruz com Leite e Aviões do Forró, foram precursoras e responsáveis pela popularização do forró eletrônico, que promoveu a revalorização da sanfona no gênero e o aproximou à música pop.[292] O forró pé-de-serra, entretanto, ainda detém grande influência cultural e desta-que comercial na cidade.

Estilos como o rock e suas várias ramifi ca-ções, blues, jazz, samba, hip hop, entre outras vertentes contemporâneas, também fazem parte da produção cultural de Fortaleza e são frequentes nas noites da cidade. Bandas for-talezenses, como Selvagens à Procura de Lei e Cidadão Instigado, têm ganhado certa noto-riedade ao apresentarem-se em festivais como o Rock in Rio e o Lollapalooza. Outro ritmo musical do fortalezense é a lambada, que ob-teve bastante sucesso na cidade no fi nal da dé-cada de 1980.

PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE FORTALEZA:• Praia do Futuro• Praia de Iracema• Feirinha da Beira-mar• Ponte dos Ingleses• Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura• Aquário do Ceará (ainda em construção)• Mercado Central• Catedral da Sé• Passeio Publico• Centro de Eventos do Ceará• Museus, teatros e espaços culturais

Dragão do Mar e Theatro José de Alencar: modernidade e tradição unidas consolidam a base turística de Fortaleza.

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O I Encontro Jurídico de 2016 realizado em maio no Fórum Cível de Belém, pela Es-cola Superior da Magistratura do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA/ESM), debateu o Novo Código de Processo Civil e contou com a par-ticipação do ministro do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ), Luiz Felipe Salomão. Cerca de 300 pessoas, entre desembarga-dores, juízes, advogados, estudantes e de-mais operadores do direito, acompanha-ram as discussões.

Durante a palestra “Recursos no Novo Có-digo de Processo Civil”, o ministro explicou que as mudanças recursais são necessárias, porque os segmentos de Justiça de todo o Brasil recebem 30 milhões de novas ações judiciais por ano. Segundo o ministro Luiz Felipe, o Brasil tem uma das maiores taxas de congestionamento de processos (70%). Ele destacou ainda que só em 2015 o STJ

recebeu cerca de 300 mil recursos.Entre as inovações do novo Código de

Processo Civil, relacionadas aos recursos, o ministro citou a eliminação dos Embargos Infringentes (recurso cabível contra acórdão não unânime), que sacrificavam a celeridade jurisdicional. O magistrado falou também das mudanças no Regimento Interno do STJ para a efetivação da nova lei. “O STJ que vai dar vida ao novo CPC. Há matérias no novo CPC que serão definidas a partir da modificação do nosso Regimento Interno, o que já está sendo feito”, afirmou.

A diretora da ESM, desembargadora Lu-zia Nadja Guimarães Nascimento, em seu discurso de abertura, destacou que a Escola desenvolve desde 2015 ações de ensino pre-sencial e a distância sobre o novo CPC. Se-gudo ela, a nova lei “é uma verdadeira revo-lução no sistema processual vigente, tanto

Ministro Luiz Felipe Salomãoprestigia evento no TJPA

RICARDO LIMA/TJPA

Ministro Luiz Felipe Salomão recebe a

Medalha do Mérito Judiciário do presidente

do TJPA, desembargador Constantino Guerreiro,

antes de proferir palestra no I Encontro Jurídico de

2016. Encontro foi promovido pela Escola Superior da Magistratura

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nos atos e procedimentos da tutela ju-risdicional civil, como na inclusão de novos conceitos que almejam alcan-çar novos resultados”. De acordo com a magistrada, a garantia de uma res-posta célere e efetiva dos Tribunais aos cidadãos vem do novo Código.

“Aspectos dos Novos Precedentes Vinculantes do Novo Código de Pro-cesso Civil” foi o outro tema debatido durante o Encontro. A mesa-redonda contou com a participação dos profes-sores e mestres Adelvan Olivério Sil-va, Alexandre Pereira Bonna e Pedro Bentes Pinheiro Neto e foi moderada pelo desembargador Luiz Neto.

Eles apresentaram os conceitos e princípios formativos dos Preceden-tes Vinculantes, os aspectos práticos e os desafios para a aplicação no caso concreto. De acordo com a mesa, Prece-dente Vinculante é uma decisão judicial anterior que, a partir de agora, poderá se tornar obrigatória não só para o or-gão que a criou, mas para outros que estejam em hierarquia jurisdicional. “É dever de todos os Tribunais unificar seus entendimentos; logo, precisam ser coerentes e racionais, não havendo es-paço para casuísmos”, defendeu o mes-tre Pedro Bentes.

MÉRITO Antes de ministrar a palestra, o

ministro Luiz Felipe Salomão foi con-decorado pelo presidente do TJPA, de-sembargador Constantino Guerreiro, com a medalha da Ordem do Mérito Judiciário no seu mais alto grau, o Grã--Cruz. A outorga é a mais importante comenda do Poder Judiciário e reco-nhece seus homenageados pela excep-cional compostura profissional e técni-ca no desempenho de suas funções.

Na ocasião, o presidente da Corte paraense enfatizou que a honraria ao ministro “reflete a sua dedicação aos estudos e à pesquisa, proporcionando aos profissionais e estudiosos das leis o aprofundamento nos conhecimentos e na interpretação de textos de interesse de operadores do direito e da justiça”.

Ainda na solenidade, houve apre-sentação do barítono Samarone Lacer-da e da pianista Adriana Paiva, ambos servidores do TJPA. Um novo Encontro Jurídico está programado para ocorrer no 2º semestre deste ano.

O I Encontro Jurídico contou ainda com a participação da cor-regedora das Comarcas da Região Metropolitana de Belém (RMB), desembargadora Diracy Nunes; das desembargoras Elvina Gemaque Ta-veira, Ezilda Pastana Mutran, Maria de Nazaré Saavedra; dos desembarga-dores Milton Nobre, decano da Corte, e Mairton Marques Carneiro; além de representantes dos Poderes Executivo e Legsilativos do Pará.

(Coordenadoria de Imprensa do TJPA)

No alto, desembargador Luiz Neto, ao centro, fez a mediação

na primeira mesa de debates. Abaixo, desembargadora

Luzia Nadja, diretora da ESM, em palestra na abertura do I Encontro Jurídico, em Belém.

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Um Termo de Cooperação Técnica, cele-brado pelo Tribunal de Justiça do Acre com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), vai promover, via modalidade Educação a Distância (EaD), a oferta de educação profissional técnica subsequente ao nível médio para pessoas em situação de conflito com a Lei (reedu-candos), sob a supervisão direta da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (Vepma) da Comarca de Rio Branco.

A iniciativa do TJAC vai ao encontro da alteridade (colocar-se no lugar do outro) e humanização, perspectivas de trabalho adotadas pela atual gestão.

A reunião que oficializou o acordo foi conduzida pela desembargadora-presiden-te Cezarinete Angelim, e teve as presenças da juíza de Direito MahaManasfi, titular da Vepma, e de Girlen dos Santos, represen-tando na ocasião a reitora do IFAC, além de coordenadores e professores do Instituto.

“É preciso difundir a reinserção social das pessoas que cumprem pena, buscar me-canismos para que se reintegrem no merca-do de trabalho, na sociedade e nas famílias. É uma política pública institucional, que o Tribunal de Justiça coloca em prática atra-vés de diversas ações”, assinalou a presi-dente do TJAC.

TJ do Acre celebra acordo para a reinserção social

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Desembargadora presidente Cezarinete Angelim (centro) com

coordenadores e professores do Instituto.

Cooperação técnica garante atendimento a pessoas em conflito com a lei

PELOS TRIBUNAIS

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TJAC / DIVULGAÇÃO

Cezarinete Angelim frisou que a iniciativa vai ao encontro da pro-moção da cidadania, “já que essas pessoas terão a chance de recomeçar as suas vidas”. Ela também elogiou o trabalho desenvolvido pela juíza MahaManasfi, o qual considerou como “brilhante”.

Girlen dos Santos lembrou que o Tribunal de Justiça Acriano tem sido “um grande parceiro do Ifac, em outras modalidades voltadas à reinserção social e também na questão da proteção à mulher”.

Segundo ela, o Termo de Coo-peração reforça a ideia de que as parcerias são fundamentais para “instrumentalizar as ações, unindo especialidades e qualidades, entre as instituições”.

A desembargadora-presiden-te Cezarinete Angelim comuni-cou ainda que pretende estender as parcerias com o Ifac também para o interior do Estado, já que o Instituto de ensino tem atuação em 16 cidades do Acre. Os representantes do Ifac, por sua vez, sinalizaram nesse mesmo sentido.

O TERMO DE COOPERAÇÃOConforme o Acordo de Coope-

ração, caberá ao Tribunal de Justiça do Avre (TJAC) designar o coorde-nador do Polo, a seleção dos dis-centes e garantir a infraestrutura básica para o desenvolvimento do programa: equipamentos necessá-rios para a execução das aulas, TV, data show, sistema de som, labora-tório de informática (com acesso à Internet) e impressora.

Já o Ifac deverá selecionar e for-mar os professores e tutores envol-vidos no processo. Também ficarão a cargo do Instituto o material didáti-co, a produção e transmissão das au-las e conteúdos em datas e horários predefinidos, além do suporte pe-dagógico aos alunos através de Am-biente Virtual de Aprendizagem etc.

A reunião que oficializou o acordo foi conduzida pela desembargadora-presidente do TJAC Cezarinete Angelim

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A comarca de Mineiros, em Goiás, ganhou um Centro Judiciário de Solução de Confl itos e Cidadania (Cejusc), criado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio de seu Núcleo Permanente de Métodos e So-lução de Confl itos (Nupemec). O programa-tem parceria com o Centro Universitário de Mineiros (Unifi mes). Esse é o 35º Cejusc ins-talado em Goiás.

Para o coordenador do Nupemec, juiz Paulo César Alves das Neves, essa é uma forma de “estruturar a conciliação em to-das as comarcas do Estado de Goiás aju-dando os juízes na implementação desta importante política de solução de confli-tos”, disse.

O juiz Fábio Vinícios Gorni Borsato será o coordenador da unidade. ”Os objetivos deste Centro Judiciário não se limitarão à realização de acordos. Estamos cientes que não basta a

solução individualizada dos litígios, sendo ne-cessária a proliferação da cultura dos métodos consensuais de solução e confl itos que pre-tendemos alcançar por meio de outras ações simultâneas”, afi rmou Borsato.

Segundo ele, existem atualmente mais de 100 milhões de processos em tramitação no Poder Judiciário. “O custo anual da Justiça brasileira, incluindo todos os seus órgãos, em 2013, foi de a aproximadamente R$ 63 bilhões e não há espaço orçamentário para um crescimento do Judiciário além do estri-tamente necessário e possível. Nota-se, por-tanto, que os custos da Justiça são altos ao cidadão, mas o resultado geral, infelizmen-te, ainda não é aquele esperado” ressaltou o magistrado, ponderando que “torna-se inar-redável a otimização de nossas forças e o di-recionamento dos nossos atos a segmentos que efetivamente tem se apresentado como

TJGO inaugura Núcleode Solução de Conflitos

TJGO / DIVULGAÇÃO

Inauguração do Núcleo de Solução de Conflitos

e Cidadania da Comarca de Mineiros, em Goiás.

Comarca de Mineiros ganha Centro especializado em conciliação

PELOS TRIBUNAIS

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Núcleo incentiva a conciliação e garante eficiência judiciária no Estado de Goiás.

efi cazes aos fi ns a que se destinam. É o caso dos métodos consensuais de soluções de confl itos”, observou.

Ao fi nal, Borsato disse que a conciliação e a medição consubstanciam-se em relevante li-nha de atuação para se alcançar o fi m almejado pelo jurisdicionado, qual seja, a solução de um confl ito de interesses.

PARCERIAA reitora da Unifimes, Ita de Fátima Dias

Silva, ressaltou a importância da parceria para os estudantes, que tarão contato dire-to com a prestação jurisdicional. O mesmo entendimento foi manifestado pelo coor-denador do curso de Direito, professor Rô-mulo Renato Cruz Santana. Para ele, “pelas políticas de extensão é possível oportunizar aos alunos uma interação com a comunidade local, em especial, aos necessitados de assis-tência judiciária”.

O Cejusc de Mineiros foi montado nas dependências da faculdade, localizada na rua RV11, esquina com 8ª Avenida, Quadra 19, Lote 16, Sala 2 – Residencial Vilhena. Conta com duas salas de audiências, uma sala de es-pera com brinquedoteca, cartório, recepção, copa e banheiros, além de mobiliário e equi-

pamentos de informática. Conforme a profes-sora de Direito Penal e de Direito de Família, Ana Paula de Araújo Mendes, a unidade foi construída dentro dos padrões exigidos pelo TJGO. O funcionamento será de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 17h30.

Segundo Ana Paula, 32 pessoas estão sendo capacitadas para atuar como con-ciliadores e mediadores. Conforme infor-mações do juiz coordenador adjunto do Cejusc de Mineiros, Demétrio Mendes Ornelas Júnior, as primeiras audiências no centro ocorrerão em junho, de 13 a 17, com o agendamento de 150 processos. “A partir da semana seguinte a este trabalho, as audiências começarão a fluir normal-mente”, garantiu o magistrado, lembrando que a iniciativa vai “desafogar e conseguir acordos na área de família”.

A solenidade de instalação do Cejusc con-tou, ainda, com os representantes do Exe-cutivo local e Regional da OAB de Mineiros, procurador do município Celismar Ferreira Borges e advogado Fernando Martins Cre-monesi, respectivamente. Também marcaram presença alunos e professores da Unifi mes, além de moradores da cidade.

(Com informações do TJGO)

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A Vara de Execuções Penais (VEP) da Co-marca de Governador Valadares será a primei-ra do País a implantar o Sistema Eletrônico de Execução Unifi cada (Seeu), ferramenta desen-volvida e aprovada neste mês pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que vai dar um salto de qualidade na gestão da execução penal.

O sistema informatiza os processos de exe-cução penal, permitindo a automatização dos cálculos para a concessão de benefícios como comutação, indulto e progressão de regime, e ainda emite avisos eletrônicos ao juiz indican-do os processos que atingiram os requisitos necessários para tanto.

O juiz Thiago Colnago Cabral, titular da VEP de Governador Valadares e coorde-nador do Grupo de Monitoramento e Fis-calização do Sistema Carcerário de Minas Gerais, está à frente do projeto. Ele já havia desenvolvido uma metodologia de trabalho que permitia, através de uma ferramenta de informática, que o serviço judiciário se an-tecipasse e agendasse a audiência de julga-mento do benefício no mesmo dia em que o preso passava a ter direito a ele. A iniciativa levou o juiz a receber, em 2013, o Prêmio Innovare, “Categoria Juiz”, concorrendo com mais 97 indicações.

Segundo Cabral, o sistema aprovado agora pelo CNJ é mais amplo. “O Seeu é o proces-so eletrônico da execução penal, ou seja, pro-move a digitalização do acervo”, afi rma. Ele apontou como vantagem a automatização dos cálculos para a concessão dos benefícios, antes muito trabalhosos. Mesmo com a ferramenta que desenvolveu em Governador Valadares, o juiz afi rma que ainda dependia de emissão de relatórios. “O Seeu adverte automaticamente o magistrado sobre os benefícios”, destaca.

Cabral aponta outras vantagens da di-gitalização dos processos, como o mutirão remoto – o processo estando cadastrado

no sistema, o juiz pode acessá-lo de outras comarcas. O Seeu também vai vincular os dados dos presos, permitindo a identifica-ção completa de sua situação. O progra-ma ainda simplifica o processamento de transferência de presos, que vai ocorrer de forma eletrônica.

A implantação em Governador Valadares está prevista para se iniciar em junho, com a capacitação de três servidores da VEP por téc-nicos do CNJ e do Tribunal de Justiça do Para-ná – parceiro no desenvolvimento do sistema.

Segundo o juiz Thiago Cabral, está previsto também um encontro com promotores e de-fensores públicos da comarca para apresenta-ção do Seeu.

A juíza auxiliar da Presidência, Eveline Mendonça Felix Gonçalves, para quem o projeto é “de extrema importância”, in-formou que será publicado em breve ato normativo para disciplinar a instalação e a ampliação do sistema. Ela informou que, tão logo haja uma avaliação da im-plantação em Governador Valadares, o projeto será expandido para as comarcas que possuem estabelecimentos prisionais de grande porte.

TJMG defi ne projeto piloto nacional de informatização

TJMG / DIVULGAÇÃO

O juiz Thiago Colnago Cabral recebeu, em

2013, o Prêmio Innovare, pela criação de um

sistema semelhante em Governador Valadares.

Governador Valadares terá Sistema Eletrônico de Execução Unificada

PELOS TRIBUNAIS

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O Presidente do Tribunal de Justiça do Pa-raná (TJPR), desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, autorizou a implantação da Pa-trulha Maria da Penha no município de Tole-do. O projeto será uma parceria do TJPR com as secretarias de Política para Mulheres (SPM), Segurança Pública e Secretaria do Trânsito.

A Delegacia da Mulher da Comarca de To-ledo registrou no ano passado 385 casos de violência e aproximadamente 50 tiveram a aplicação da medida protetiva de urgência. O município também registrou em 2015 quatro casos de feminicídio, situação que não aconte-cia desde 2013 na cidade.

Para o presidente do Tribunal, o amor ao próximo deve fazer parte do projeto. “Amar ao próximo está acima de tudo. Sempre disse que devemos deixar de lado a parte material e nos preocuparmos com o próximo e é essa preo-cupação que precisamos ter com as mulheres”.

De acordo com a desembargadora Denise Krüger Pereira, coordenadora do Cevid (Co-ordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar), “a Patru-lha trará maior efetividade à Lei Maria da Penha e, certamente, muito mais segurança à mulher que é vítima de violência doméstica, pois sabe que existe uma Patrulha específi ca que fará seu acompanhamento em todos os sentidos”.

Ela ainda salientou que os atendimentos da Patrulha “são experiências de sucesso em que foi, de fato, assegurada a proteção às mulheres em situação de violência, tendo sido constata-da, na prática, a redução signifi cativa dos índi-ces de violação das medidas protetivas”.

Para a secretária de Política para Mulheres, Jaqueline Fernanda Machado, o desejo é que este projeto, protagonizado pelo TJPR, seja de fato implantado de forma efetiva e com muita qualidade no município de Toledo. “Esse ato, com certeza, é um passo importante, porque

dá o pontapé fi nal ao processo de articulação, de forma institucionalizada, para, de fato, criarmos esse mecanismo de enfrentamento à violência”, afi rmou. Ressaltou também que o sonho é de que “nenhuma mulher seja víti-ma de violência em Toledo, no Paraná ou em qualquer lugar do Brasil”.

Estiverem presente ao evento: o Prefeito de Toledo, Beto Lunitti; a Vereadora Sueli Guer-ra; a Desembargadora Denise Krüger Pereira, e a Secretária de Política para Mulheres, Ja-queline Fernanda Machado, entre outras au-toridades.

O município de Arapongas também ganhou Patrulha Maria da Penha. Na solenidade, rea-lizada no auditório da Prefeitura, o presidente do TJPR, desembargador Paulo Roberto Vas-concelos, ofi cializou a implantação da Patru-lha ao assinar o termo de cooperação técnica juntamente com o Padre Antônio José Beffa, prefeito da cidade, e com a desembargadora Denise Krüger Pereira, responsável pela Co-ordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID).

(Com informações do TJPR)

Municípios do Paraná têm Patrulha Maria da Penha

GABRIEL ROSA/SMCS / DIVULGAÇÃO

Patrulha Maria da Penha: atendimento às mulheres

se expande no Paraná.

Presidente do TJPR implanta projeto em Toledo e Arapongas

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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pro-moveram discussões sobre o desenvolvi-mento do sistema de mediação digital em créditos tributários da Fazenda Pública es-tadual. A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, recebeu conselheiros e juízes au-xiliares da Presidência do CNJ para a apre-sentação do programa. “Incentivo a cultura da conciliação, sempre vesti essa camisa e acredito no sucesso da parceria”, disse.

O objetivo do programa é evitar a judi-cialização, reduzindo o trâmite de proces-sos em relação à execução fiscal. Caberá à Secretaria de Tecnologia da Informação e Modernização (Setim) do TJBA o desenvol-

vimento de um sistema para conciliar, neste primeiro momento, matérias que envolvam apenas o Estado.

Após a apresentação da parceria, os con-selheiros e juízes auxiliares da Presidência do CNJ se reuniram com juízes das varas de Fazenda Pública de Salvador e da Região Metropolitana e, em seguida, com repre-sentantes do Ministério Público, Defenso-ria Pública, Procuradoria do Estado e Tri-bunal de Contas do Estado.

PRIMEIRA LINHA“O TJBA tem participado do desen-

volvimento da plataforma e assume um protagonismo na implantação des-se projeto”, disse o conselheiro Emma-

TJBA e CNJ lançam projeto para mediação digital

NEI PINTO / TJBA

Emmanoel Campelo, conselheiro do CNJ, a

presidente do TJBA, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago,

com Luiz Claudio Allemand, conselheiro do CNJ, e

Leandro Prado, juiz auxiliar da presidência do CNJ.

A presidente do Tribunal baiano recebeu conselheiros e juízes auxiliares

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noel Campelo, durante a reunião, realizada na Sala do Convívio do tribunal . “O TJBA é um parceiro de primeira linha para esse sistema de questões tributárias”, ratificou o juiz André Gomma, magistrado do Tribunal de Justiça da Bahia que está assessorando a Presidência do CNJ.

“A ideia é propor uma nova visão, quebrar o paradigma da educação jurídica nacional voltada para o con-tencioso”, explicou o juiz Leandro Prado, assessor da Presidência do CNJ. “Estamos diante de uma ferra-menta inovadora”, disse o conselhei-ro Luiz Cláudio Allemand.

O procurador do Estado, Fernan-do Telles, exaltou a possibilidade da diminuição da litigiosidade. “A Pro-curadoria tem incentivado os traba-lhos nesse sentido”, disse.

Titular da 11ª Vara da Fazenda Pú-blica de Salvador nos dois últimos anos, a juíza Verônica Ramiro falou da expe-riência à frente da unidade e questões que envolvem custas judiciais.

Responsável pela intermediação com o CNJ, a juíza Marielza Bran-dão, assessora especial da Presi-dência do TJBA para Assuntos Ins-titucionais, lembrou a atuação dos centros de solução consensual de conflitos, os Cejusc.

Toda a Mesa Diretora do TJBA foi convidada para a apresentação. Parti-ciparam do lançamento a 1ª vice-pre-sidente e a 2ª vice-presidente do TJBA, respectivamente, desembargadoras Maria da Purifi cação da Silva e Lícia Carvalho. Juízes corregedores repre-sentaram o corregedor geral da Justiça, desembargador Osvaldo Bomfi m e a corregedora das Comarcas do Interior, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, que estavam em atuação em comarcas fora da capital.

(Com informações da Ascom/TJBA)

CNJ e TJBA lançam "ferramenta inovadora"

da Justiça.

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Com intuito de atualizar o parque tecno-lógico existente, atendendo às novas deman-das de processamento e armazenamento de dados, inclusive para a implantação do Pro-cesso Judicial Eletrônico (PJ-e), o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho, determinou através do Processo Li-citatório 28/2015 (9 lotes, entre março e dezembro de 2015) a aquisição de moderno parque tecnológico para o Poder Judiciário piauiense, com recursos do Fundo de Rea-parelhamento e Modernização do Judiciário (Fermojupi).

A modernização contempla o atual da-tacenter (ambiente projetado para abrigar servidores e outros componentes, como sis-temas de armazenamento de dados – stora-ges, ativos de rede – switches e roteadores),

garantindo a disponibilidade de equipamen-tos que rodem sistemas fundamentais para as atuais demandas, bem como treinamento de pessoal e garantias de software com res-pectiva licença de uso. O investimento do TJPI foi de R$ 10.058.026,09 (dez milhões, cinquenta e oito mil, vinte e seis reis e nove centavos).

Segundo o desembargador Raimundo Eufrásio, esse investimento representa um avanço imprescindível à modernização e otimização das atividades do Poder Judiciário do Piauí, viabilizando aos operadores do Direito e à sociedade piauiense, a médio prazo, a garantia de modernos e seguros meios de salvaguar-dar a memória judiciária, tendo assim meios eficazes de resolução de conflitos, sobretudo com a diminuição do tempo

TJ do Piauí atualiza parque tecnológico com investimento

Recursos para a modernização da central de dados somam R$ 10 milhões

TJPI / DIVULGAÇÃO

Datacenters utilizados na implantação do PJ-e no

Estado do Piauí.

PELOS TRIBUNAIS

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de duração do processo, a partir da im-plantação do Processo Judicial Eletrônico.

O novo parque tecnológico contempla desde a segurança na alimentação da rede elétrica, através de dois no-breaks de 32 KVA que fazem a mudança segura de rede (da subestação TJPI para gerador), caso haja interrupção do fornecimento normal de energia, até novos hardwares e softwares voltados ao armazenamento e integridade de dados, itens indispensáveis à implantação do PJ-e. A capacidade de storage (armazenamen-to) foi ampliada de 160 para 450 terabytes.

VANGUARDAO secretário de Tecnologia da Infor-

mação, Agnaldo Abreu Almendra, res-

salta que este foi o maior investimento feito até hoje em parque tecnológico de informática, o que garante uma atuali-zação com alto poder de processamento e armazenamento de dados. Para ele, “a aquisição coloca o TJPI em posição de vanguarda no cenário nacional em re-cursos computacionais, viabilizando emdefinitivo a implantação do Proces-so Judicial Eletrônico, além de outros projetos de modernização do judiciário. Agora não tempos apenas uma sala cofre para proteção física de dados, mas sim um aparato de hardwares e softwares capazes de dar sustentabilidade tecno-lógica à atividade finalística do TJPI”.

(Com informações da ASCOM TJPI)

TJPI / DIVULGAÇÃO

Sede do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), em Teresina.

O presidente do TJPI, desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho: investimenro representa avanço imprescindível.

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Idealizada pelo Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ), e em funcionamento há aproxima-damente uma década no País, a Justiça Restau-rativa tem ganhado corpo nos últimos anos. O método tem como fi nalidade a solução de confl itos utilizando a criatividade e sensibili-dade na escuta das vítimas e dos ofensores por meio de aproximação entre ofendido, agres-sor, suas famílias e a sociedade na reparação dos danos causados por um crime ou infração. A iniciativa se dá de forma voluntária – e so-mente quando há reconhecimento de culpa por parte do ofensor – e sua estrutura é vol-tada à desjudicialização, a partir de princípios como a conciliação e reparação de danos.

Para disseminar a prática e tentar diminuir a ocorrência dos casos de agressões a profes-sores em escolas públicas da região de São José do Rio Preto e reduzir as ações judiciais que

envolvem confl itos em escolas, começou a ser desenvolvido em março o projeto Mediação Escolar e Justiça Restaurativa em estabeleci-mentos de ensino do município de Guapiaçu – a Vara da Infância e Juventude de São José do Rio Preto (sede da Região Administrativa Judiciária que abrange Guapiaçu) registra, todos os meses, a ocorrência de aproximada-mente 40 casos de violência escolar.

Durante a aplicação do método, são forma-dos círculos restaurativos (ou processos circu-lares), nos quais se reúnem a vítima, o ofensor, os familiares e demais atores sociais que pos-sam, de alguma maneira, auxiliar na resolução do problema, ou que sejam por ele afetados. Dessa forma, a Justiça Restaurativa se baseia na corresponsabilidade social do ato.

O projeto conta com a participação do Tri-bunal de Justiça de São Paulo, do Ministério

TJSP leva Justiça Restaurativapara dentro de escolas públicas

Projeto de mediação vai atender unidades de ensino de São José do Rio Preto

TJSP / DIVULGAÇÃO

Solenidade de lançamento do projeto

da Justiça Restaurativa: professores receberão

treinamento para as mediações.

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Público estadual – responsável pela orga-nização de toda a rede –, além de escolas e colaboradores da rede de ensino. Profes-sores escolhidos para serem mediadores receberam treinamento do MPSP e estão aptos a buscar, dentro do âmbito escolar, a resolução de qualquer conflito que ocorra em suas dependências. Litígios de natureza cível, atos de indisciplina e os atos infra-cionais de menor potencial ofensivo como brigas, discussões e ofensas podem ser me-diados pelos professores. Os atos infracio-nais mais graves permanecem sob a tutela do Poder Judiciário.

Para o juiz Evandro Pelarin, da Vara da In-fância e da Juventude de São José do Rio Preto, a Justiça Restaurativa vai aumentar a autorida-de do professor em sala de aula. “Precisamos dar aos professores força e poder para que eles possam ensinar e não sejam desrespeitados. Trata-se de um caminho diferente, difícil, mas muito signifi cativo para a pacifi cação, pois oferece oportunidades para que os envolvidos nos confl itos busquem, eles mesmos, o cami-nho da paz, o que é sempre muito mais efetivo e duradouro.”

Apesar do pouco tempo de funcionamento, já é possível, segundo o magistrado, identifi -car nas escolas participantes uma melhor as-similação dos princípios da restauração, com a participação efetiva dos alunos. Atualmente, há, em São José do Rio Preto, 50 profi ssionais em capacitação, entre supervisoresde ensino, diretores, coordenadores, professores e ins-petores de alunos, além de 25 estudantes, que estão sendo capacitados para realizar a media-ção no futuro. Em Guapiaçu foram habilitados cinco professores e um supervisor de ensino, que coordena o grupo. “A participação dos alunos mostra que o caminho do envolvimen-to de todos na pacifi cação é mesmo um bom prognóstico. Esperamos bons frutos, com mu-dança nos padrões de comportamento, pela adoção do diálogo, do entendimento e do per-dão”, afi rma o juiz.

Outra novidade para auxiliar na mediação e evitar a judicialização dos confl itos foi a inau-guração, no início de abril, do Setor de Con-ciliação da Vara da Infância e da Juventude de São José do Rio Preto. O serviço, que está em

conformidade com o que prevê o novo Códi-go de Processo Civil, conta com a atuação de cinco facilitadores voluntários cadastrados no Centro Judiciário de Solução de Confl itos e Cidadania (Cejusc) da comarca, que buscam, por meio da mediação, ajudar a resolver litígios que não tenham sido solucionados no âmbito escolar. Até o momento, foram realizadas 24 audiências envolvendo esse tipo de confl ito. “O Setor de Conciliação não está destinado ao atendimento exclusivo de confl itos escolares, uma vez que os facilitadores cuidam de casos diversos. Nas escolas, o princípio fundamen-tal da Justiça Restaurativa é a voluntariedade dos alunos ao programa, mas, quando não há essa voluntariedade, os casos são enviados ao fórum. Grosso modo, o setor funciona como uma espécie de segunda instância de um pro-grama geral de conciliação, deixando a via ju-dicial comoultimaratio”, explica o magistrado.

A previsão é que o projeto seja estendido, nos próximos meses, para outras escolas da região, com a capacitação de novos profis-sionais para atuar na mediação dos conflitos. Somente em São José do Rio Preto, o tema já está sendo introduzido em oito estabeleci-mentos de ensino.

(Com informações do TJSP)

O juiz Evandro Pelarin, da Vara da Infância e da

Juventude de São José do Rio Preto.

WILSON DIAS / AGÊNCIA BRASIL

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O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), através das equipes da Secretaria de Tecnologia e Moder-nização Judiciária, encerrou a implantação do pro-cesso 100% eletrônico nas Unidades Criminais da Comarca de Aracaju. Nesta etapa foram virtuali-zadas a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 8ª e 9ª Varas Criminais, além do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Para a Juíza Substituta, Fabiana Bastos de Castro, da 8ª Vara Criminal, de competência do Júri, o pro-cesso de virtualização das unidades judiciais realiza-do pelo TJSE demonstra que o Judiciário sergipano está acompanhando o que há de mais moderno para a gestão da Justiça. “O processo criminal eletrônico permitirá uma tramitação mais rápida, dando à po-pulação uma solução mais célere às demandas cri-minais. A implantação vem ocorrendo de maneira produtiva, acontecendo apenas alguns problemas pontuais, nada que o pessoal da tecnologia do Tribu-nal não tenha corrigido de imediato. Todos os envol-vidos estão de parabéns”, afi rmou a magistrada.

O Técnico Judiciário e Assessor de Juiz da 2ª Vara Criminal, Gabriel Almeida, constatou que

a virtualização tornou o trabalho na unidade melhor. “As partes peticionam eletronicamen-te e automaticamente já recebemos as peças. O processo fi ca muito mais célere e conseguimos atender melhor a população”.

Com a implantação do processo eletrônico nas unidades criminais da capital, o TJSE completa o primeiro ciclo de virtualização, contando agora com todas as 18 varas de competência exclusiva penal recebendo, tramitando e julgando processos 100% por meio eletrônico. Segundo o Diretor de Desenvolvimento de Sistemas do TJSE, Augusto Rocha, após a implantação do processo eletrônico, a velocidade e o acesso à tramitação serão muito mais ágeis. Só para se ter uma ideia, em uma uni-dade criminal de N. Srª do Socorro, o primeiro ci-clo de tramitação do processo criminal que durava dias foi realizado em 30 minutos. A partir do dia 16 de maio, iremos iniciar a virtualização das primei-ras unidades com competência plena e a expectati-va é que todas as varas estejam 100% eletrônicas no fi nal de junho de 2016”, concluiu.

(Com informações do TJSE)

TJSE conclui implantação deprocesso eletrônico na capital

DIVULGAÇÃO / TJSE

Implantação do sistema de virtualização de varas, em Sergipe:

modernização assegurada.

Modernização vai permitir maior agilidade na tramitação das ações

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O Núcleo de Atendimento à Judicialização da Saúde (Najus) foi inaugurado em uma solenida-de na sede da Secretaria de Saúde do Estado, na Capital, na tarde do dia 18 de maio. A magistrada Israela Claudia Pontes participou do evento re-presentando o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Marcos Cavalcanti.

“Esse núcleo é extremamente importante para dar agilidade às demandas judiciais rela-tivas à saúde. Vai melhorar a comunicação e o entendimento entre a Secretaria da Saúde, o Mi-nistério Público e outros”, ressaltou a juíza.

Segundo Tiago Cananéia, assessor jurídico da Secretaria de Saúde e coordenador do Na-jus, o núcleo surgiu através de um estudo, que apontou um aumento nos processos judiciais

que comprometiam grande parte do orça-mento e finanças do Estado.

“Buscamos criar um núcleo que pudesse instrumentalizar as defesas do Estado e que pudesse trazer uma reposta mais eficiente e rápida para as autoridades demandantes, como juízes, desembargadores, dentre ou-tros, tendo assim um diálogo mais próximo com esses poderes”, explicou ele.

Na solenidade, a secretária de Saúde da Pa-raíba, Roberta Abath, agradeceu aos presentes e destacou o núcleo como um legado deixado à Secretaria “para crescer e servir melhor à popu-lação, contribuindo para o atendimento univer-sal do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

(Com informações do TJPB)

João Pessoa ganha Núcleo de Judicialização da Saúde

DIVULGAÇÃO / TJSE

Com o microfone, Roberta Abath,

secretária de Saúde da Paraíba. Na ponta,

Tiago Cananéia.

Demandas judiciais na área da saúde serão respondidas com celeridade

PELOS TRIBUNAIS

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Consciente da necessidade de pre-servação do meio ambiente e da pro-moção da cidadania, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará desenvolve, através do Núcleo Socioambiental , criado em junho de 2015, ações l iga-das à responsabil idade ambiental e à inclusão social , reforçando as dire-trizes constitucionais de proteção ao meio ambiente para as presentes e fu-turas gerações.

O Projeto Reciclar Direito, lançado em 2014, é o projeto de sustentabil i-dade do judiciário paraense, visa au-xil iar na proteção ao meio ambiente

e incentivar a economia de recursos naturais e bens públicos. Tem como objetivo estimular a mudança da cul-tura institucional , através de estraté-gias eficientes de gestão socioambien-tal que busquem minorar os impactos causados pelas atividades administra-tivas desenvolvidas no cumprimento de sua missão institucional , nos ter-mos que prevê o art . 225, da Consti-tuição Federal .

O Reciclar Direito tem o intuito de conscientizar e mobilizar o corpo fun-cional e a força auxil iar de trabalho sobre a importância do uso consciente

TJPA desenvolve projetos de inclusão social e preservação

TJPA / DIVULGAÇÃO

Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça do

Pará foi criado em junho de 2015.

Ações reforçam diretrizes constitucionais de proteção ao meio ambiente

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e racional dos recursos naturais , como: energia, água, combustível e papel , atribuindo a eles a fun-ção de agentes multiplicadores na disseminação de ideias e atitudes ecologicamente corretas.

As ações do projeto consistem no monitoramento dos bens de consumo, com campanhas educa-tivas de sensibil ização para o uso das recipientes retornáveis; elei-ção e capacitação de ecogestores, responsáveis por suas unidades de trabalho; visitas verdes às uni-dades para conscientização am-biental com incentivo ao descarte consciente e ao reaproveitamento de papel para confecção de blo-cos de anotação; reuti l ização de materiais de expediente inserví-veis , como capas de processo que se transformam em pastas para as capacitações internas, porta recado, porta cl ip e marcador de página; gestão dos resíduos com a instalação de pontos de entrega voluntária 100% reuti l izados ou reciclados, com a uti l ização de caixas de material de expediente, conferindo nova uti l idade a estes itens, antes descartados.

ODescarte Consciente abrange medicamentos vencidos, pi lhas, baterias , óleo vegetal usado, re-síduos eletrônicos, meias usadas, papel , plástico, metal e vidro, que após coletados são acondiciona-dos até a destinação final em Es-tações de Tratamento de Resídu-os (ETR), construídas no Prédio Sede e nos Fóruns da Cível e Cri-minal da Capital .

De janeiro a maio deste ano, o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) descartou corretamente mais de 8 toneladas de resíduos sólidos e

Atividades desenvolvidas pelo Núcleo, no TJPA e

na comunidade

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arrecadou 130 l itros de óleo vegetal usado. Com isso, os participantes e o TJPA evitaram que 1.300.000 l itros de água fossem poluídos, bem como reduziram emissões de carbono em 112.789,23Kg/CO2eq.

Para aumentar a quantidade de re-síduos e seus benefícios, desde março vem se desenvolvendo a Campanha de Objetos de Difíci l Reciclagem, assim conhecida por envolver produtos que contém elementos químicos em sua composição e o descarte inadequado ocasiona graves danos à natureza e à saúde pública.

Dados da Abre lpe (Associação Bras i le i ra de Limpeza Públ ica e Re-s íduos) , no ano de 2015 , informam

que cada bras i le i ro gera , em média , 1 ,062 kg de res íduos por d ia , des te quant i ta t ivo 80% são rec ic láve is que infe l izmente têm descarte inadequa-do . Com isso , mais de 41% das 78 ,6 mi lhões de tone ladas de res íduos só-l idos gerados no pa ís têm como des-t ino os l ixões e a terros contro lados .

Atentos a es ta rea l idade e à Pol í-t ica Nacional de Res íduos Sól idos (PNRS) , Le i nº 12 .305/10 , que d is-põe que a responsabi l idade da co le ta é compart i lhada entre geradores de res íduos , fabr icantes , importadores , d i s tr ibuidores , comerciantes , c ida-dãos e t i tu lares de serv iços de ma-ne jo dos res íduos só l idos urbanos , o Poder Judic iár io Paraense , a través

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Coleta de materais recicláveis feita pela cooperativa de catadores Filhos do Sol.

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TJPA / DIVULGAÇÃO

do Núcleo Socioambienta l , d i ssemina a cu l tura do Des-carte Consc iente , contando com a co laboração de magis-trados , serv idores , es tag iár ios e terce ir izados para dest ina-rem seus res íduos , e spec ia l-mente os de d i f íc i l rec ic lagem, aos pontos de co le ta para se-rem enviados aos catadores e à empresas como: Faber-Caste l l , Scoth-Bri te , Colgate e Garnier que custe iam a rec ic lagem dos mater ia i s para a Terracyc le que após ver i f icar a quant ida-de enviada , concederá pontos que se converterão em benef í-c ios f inanceiros a serem dest i-nados a uma inst i tu ição neces-s i tada indicada pe lo Tr ibunal de Jus t iça do Pará .

Existem pontos de coleta emBelém, Ananindeua, Mos-queiro, Benevides, Marituba, Icoaraci , Outeiro e Castanhal .

O projeto“Reciclando l ixo, Transformando Vidas”, desen-volvido no ano de 2015, garan-tiua inclusão social e produtiva de apenados do Projeto “Come-çar de Novo”, transformando--os em agentes ambientais de materiais recicláveis , por meio de capacitação técnica e do exercício de atividade remu-nerada em Cooperativas/Asso-ciações.Alguns apenados tra-balham em Cooperativas que realizam a coleta seletiva nas unidades do Tribunal de Jus-tiça e também atuam na coleta seletiva de Belém, por contra-to com a Prefeitura, auferindo renda superior a um salário mínimo. É o judiciário promo-vendo a pacificação social e o resgate a dignidade humana em benefício de um meio ambiente equil ibrado.

Material recolhido pelo Núcleo. Abaixo, itens de divulgação utilizados para incentivar a coleta seletiva de papel dentro do TJPA.

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O presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador José Antônio Torres Marques, participou de solenidade, realizada no Plenário da As-sembleia Legislativa, para a assinatura de termo de compromisso na segunda etapa da campanha "Adoção: laços de amor". O desembargador ressaltou o impacto social positivo da campanha e a intenção de atrair os juízes para a causa, principalmente no tocante à agilidade no trâmite processual.

O objetivo da campanha é sensibili-zar as famílias que têm intenção de ado-tar para que ampliem suas expectativas em relação às crianças. Segundo dados divulgados pela iniciativa, atualmente existem cerca de 1.500 crianças que es-peram por uma família e mais de duas

mil famílias em busca de um filho. No entanto, essas crianças não "se encai-xam" no perfil idealizado. Em sua maio-ria, têm mais de três anos, são portado-ras de deficiências e possuem irmãos ou diferenças de raça em relação aos po-tenciais pais.

O presidente da Assembleia Legisla-tiva, deputado Gelson Merísio, expôs que a campanha irá se estender até de-zembro deste ano e que cada uma das entidades envolvidas terá atribuições muito específicas, definidas no termo assinado. "A adoção de uma única crian-ça nesta situação já terá validado o tra-balho", avaliou o deputado.

Além do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa, estão en-volvidos na campanha o Ministério

TJ de Santa Catarina participa de campanha pela adoção

Objetivo é sensibilizar famílias e mobilizar juízes para a agilidade processual

GABRIELA ROSA/TJSC

Desembargador .José Antônio Torres

Marques participa de solenidade, realizada no Plenário da Assembleia

Legislativa, para a assinatura de Termo de Compromisso na

segunda etapa da campanha "Adoção:

laços de amor".

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Público, a Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC), a Federação Catari-nense dos Municípios (Fecam), a Federação das Indústrias do Es-tado de Santa Catarina (Fiesc) e a Secretaria de Estado de Assistên-cia Social, Trabalho e Habitação, assim como outras entidades de relevância estadual. Autorida-des dos três Poderes, entre elas, muitos desembargadores, e das demais entidades envolvidas no acordo prestigiaram o ato.

PROGRAMAO Justiça Legal ( JL), programa de

televisão do Poder Judiciário de San-ta Catarina veiculado na TV Justiça, voltou ao ar com entrevista sobre o direito social das mulheres ao tra-balho e o princípio da fraternidade, tema da tese de doutorado da analis-ta jurídica Mônica Nicknich.

A servidora explica o tratamento desigual destinado ao gênero femi-nino e como a fraternidade vem para fazer a união do diferente. Em outra matéria, o JL falou sobre o projeto que dá a adolescentes que cometeram ato infracional a oportunidade de partici-parem de oficinas profissionalizantes de informática, costura e vendas. A iniciativa, desenvolvida na comarca de Sombrio, tem o objetivo de inte-grar e motivar os jovens.

O programa Justiça Legal vai ao ar todos os sábados, às 14 horas. Para acompanhá-lo, basta sintonizar o ca-nal 14 da Net, emissora de TV a cabo.

(Com informações do TJSC)

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Solenidade na Assembleia Legislativa

de Santa Catarina selou compromisso

pela adoção.

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O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) deu início, no dia 30 de maio – no auditório da sede da Corte, das 8 às 12h e das 14 às 18h –,ao curso “Sustentabilida-de na Administração Pública”, destinado a servidores do Judiciário maranhense. O curso é promovido pela Escola Superior da Magistratura (Esmam), com a coordenação do Núcleo Socioambiental do TJMA.

O objetivo é abordar a política de sus-tentabilidade no setor público e formar multiplicadores no processo de efetivação do Plano de Logística Sustentável (PLS) do Tribunal. Alinhado à Resolução nº 201 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o plano é desenvolvido pelo Núcleo Socio-ambiental, integrado pelo desembargador Jorge Rachid, o juiz auxiliar da Presidên-cia, Júlio Prazeres, e servidores.

Durante o curso, serão destacados os principais conceitos na área de sustenta-bilidade, Responsabilidade Socioambien-tal, Agenda 21 e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) – conceito, eixos temáticos, implantação e avaliação.

Serão oferecidas mais duas turmas – nos dias 31 de maio e 6 de junho – con-templando 106 servidores, da capital e do interior. A turma será formada por 35 servidores, tendo como facilitadora a ba-charel em Geografia e mestra em Susten-tabilidade de Ecossistemas pela Universi-dade Federal do Maranhão, Keila Vale.

A iniciativa está integrada ao tema “Sensibilização e Capacitação” do PLS, que prevê, entre suas metas, a realização de capacitações para incentivar iniciati-vas sustentáveis.

PLANOElaborado a partir da cultura orga-

nizacional do TJMA, o Plano de Logís-tica Sustentável tem cronograma ajus-

tado de maneira que seja desenvolvido um trabalho sistemático de educação voltado para a sustentabilidade e via-bilidade das ações efetivas.

O plano está vinculado às metas do Pla-nejamento Estratégico do TJMA (2016-2020), que sugere o fomento de ações institucionais, promovendo a responsa-bilidade socioambiental. Ele baseia-se nos principais eixos de sustentabilidade apresentados pelo CNJ – na parte que tra-ta do consumo de energia, água, geração e destinação de resíduos sólidos, qualidade de vida no ambiente de trabalho, capaci-tação, materiais de consumo e compras e contratações sustentáveis.

Além da Resolução nº 201, de 3 de março de 2015, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a estruturação do Pla-no teve como principal referência e os planos de logística de outros órgãos da Administração Pública.

A definição das propostas foi embasa-da na realidade do TJMA, principalmen-te em relação aos setores onde há maior necessidade de redução de desperdício de recursos financeiros e ambientais.

TJ do Maranhão oferececurso de Sustentabilidade

Escola Superior da Magistratura (Esmam) coordena ação destinada a servidores

TJMA / DIVULGAÇÃO

Material de divulgação oficial do projeto

elaborado pelo TJMA.

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Desde ao dia 20 de maio, os grandes li-tigantes que aderiram ao cadastro criado pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) estão recebendo citação e intimação exclu-sivamente de forma eletrônica, por meio de um perfil que foi criado no Processo Judi-cial Digital - Projudi, definido pela portaria n.º 659, do dia 29 de março de 2016.

Embora tenham sido elencados cerca de cem grandes litigantes, apenas 47 efetua-ram o cadastro até o momento. De acordo com Tainah Mota, coordenadora do Núcleo de Estatística e Gestão Estratégica - NEGE, muito foi feito para que todos fizessem o cadastro. "Oficiamos quase todas as insti-tuições, uma vez que não conseguimos o contato com algumas, apesar das reitera-das tentativas, como contato telefônico, in loco e e-mail; constatamos também que várias delas não possuem representantes ou correspondentes no nosso Estado, o que dificultou muito a conclusão desta fase do projeto", concluiu.

Tainah observa ainda que o número de processos envolvendo grandes litigantes representa cerca de 25% da demanda anu-al de todo o Judiciário roraimense. “Buscar meios estratégicos de lidar com essa reali-dade é essencial para um Tribunal que bus-ca produtividade e celeridade", afirmou a coordenadora.

Com intuito de traçar as estratégias, o TJRR realizou no dia 14 de março, o II Encontro da Justiça com os Grandes Liti-gantes. O principal objetivo do evento foi informar aos 100 maiores litigantes do Es-tado sobre o processo de substituição da comunicação física pela comunicação pro-cessual eletrônica, conforme Resolução nº 35 do TJRR, alinhada ao novo Código de Processo Civil.

Durante o evento, foram definidas as da-tas para entrega dos documentos por par-

te dos litigantes, sendo que servidores do Tribunal de Justiça de Roraima irão pesso-almente a todas as empresas e instituições envolvidas para coletar os documentos ne-cessários e, com isso, possibilitar o cadastro necessário ao novo sistema de informação.

GRANDES LITIGANTES Entende-se como empresas públicas e

privadas que mais possuem processos, seja no polo ativo ou passivo, na Justiça estadu-al. Dentre essas estão bancos, operadoras de telefonia, prestadoras de serviços públicos como água e energia elétrica, entre outras.

(Com informações do TJRR)

TJ de Roraima implanta no Estado cadastro Processual eletrônico

Grandes litigantes passam a receber comunicação por meio digitalTJMA / DIVULGAÇÃO

Apresentação do Cadastro: Justiçaganha em celeridade.

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A Justiça no Brasil começou a ser instalada em 1530, quando Martim Afonso de Souza recebeu amplos po-deres de D. João III, Rei de Portugal, para, inclusive, sentenciar à morte autores de delitos então considera-dos mais graves.

Com o crescimento da Colônia, em junho de 1609, foi criada a Cor-te de Apelação do Tribunal de Rela-ção da Bahia (o primeiro Tribunal no Brasil), que julgava os recursos em Segunda Instância. Somente em 13/10/1751, foi criado o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro para aten-der às demandas da região minera-dora, com jurisdição sobre as terras meridionais conquistadas pela Co-roa portuguesa, o que incluía o futu-

ro Rio Grande do Sul.A primeira conformação da Jus-

tiça no Estado gaúcho ocorreu em 7/10/1809, quando fundadas as vi-las de Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha. A de Porto Alegre foi elevada a sede da Ouvidoria, em 16/12/1812, vin-do o Rio Grande a atingir sua auto-nomia judiciária.

Finalmente, em 12/02/1821, a Comarca de São Pedro do Rio Gran-de foi separada de Santa Catarina, que obteve jurisdição própria. Con-tudo, a Segunda Instância mantinha sua sede no Rio de Janeiro.

Apenas em 03/02/1874 foi insta-lado na Rua Duque de Caxias, 225 - um prédio alugado que hoje não

existe mais -, o Tribunal da Relação de Porto Alegre, com jurisdição so-bre as Províncias de São Pedro do Rio Grande do Sul e Santa Catari-na. A Corte foi composta por sete Desembargadores e teve, como pri-meiro Presidente, o Desembargador João Baptista Gonçalves Campos. Esse foi o berço do atual Tribunal de Justiça do Estado.

O INCÊNDIO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL E O NOVO PROJETO

No ano de 1949, a sede do Judici-ário sul-rio-grandense (funcionando desde 1893 em prédio no atual ende-reço, a chamada Praça da Matriz) so-freu um grande incêndio que acabou

História da Justiça do Rio Grande do Sul

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comprometendo por completo o edifício da Casa da Câmara, edifício que abrigou o Judiciário por mais de 56 anos. O fogo destruiu grande parte dos processos e documentos, bem como umas das mais completas bibliotecas jurídicas do País. O in-cêndio ocorreu na madrugada do dia 19/11 e espalhou-se rapidamente, dificultando o trabalho dos bombei-ros que levaram mais de duas horas para conter o fogo. Contudo, pouco daquilo que estava dentro do prédio do então Tribunal de Justiça pôde ser recuperado.

As explicações para as causas do ocorrido receberam duas versões. A primeira delas era a suspeita de um incêndio criminoso, pois levava em

consideração que, às vésperas do in-cidente, o Órgão Especial do Tribu-nal teria se reunido para deliberar a respeito de uma denúncia contrária às autoridades locais. A denúncia apontava arbitrariedades impostas a indivíduos de origem alemã e ita-liana, os quais eram conhecidos en-quanto “súditos do Eixo”, na época da Segunda Guerra Mundial. Porém, a sessão foi suspensa e adiada a sua decisão, com pedido de vista de um dos Desembargadores. Já a segunda versão do acontecido, divulgada pela imprensa, tratou o incêndio como acidente, o qual teria se iniciado em um fogareiro que fora esquecido li-gado nas dependências da Secretária do Interior, no andar térreo.

A destruição do prédio pelo in-cêndio levou o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul a distribuir suas unidades em diferentes espaços no Centro da cidade de Porto Alegre, visto que o fogo teria impossibilitado que a Justiça gaúcha funcionasse no mesmo lugar. A situação de ausência de uma sede para o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul protagonizou diversas polêmicas. Cogitou-se, in-clusive, a transferência de todas as funções da Municipalidade para o recém-inaugurado prédio da Prefei-tura Nova, sendo que, o prédio que anteriormente ocupava tal função, fosse cedido às instalações do Tri-bunal de Justiça. Contudo, em 1950, apenas algumas áreas do prédio foram

Nova sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), instalada na avenida Borges de Medeiros, Praia de Belas, em Porto Alegre.

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disponibilizadas, como o Salão No-bre que deu lugar ao Tribunal do Júri, e o andar térreo que abrigou algumas Varas da 1° instância. O Sa-lão Mourisco, da Biblioteca Pública da cidade, também abriu seu espaço para sessões do Júri. Com o desen-volvimento e aumento das deman-das, as diferentes unidades do Poder Judiciário acabaram por ocupar ou-tros prédios espalhados pelo bairro central da capital, até que pudessem retornar ao antigo espaço em frente à Praça da Matriz.

No ano de 1951, o Governador do Estado autorizou o lançamento de um edital de concurso público na área de Arquitetura para a escolha de um anteprojeto para o novo Palácio da Justiça, a ser construído no local do antigo que fora atingido pelo in-cêndio. Em dezembro de 1952, a co-

missão julgadora reuniu-se para de-liberar a respeito da escolha de um dos projetos, o qual deveria atender às exigências contidas no edital. O projeto vencedor foi de autoria da equipe “Licurgo”, composta pelos arquitetos Luis Fernando Corona e Carlos Maximiliano Fayet.

O projeto da nova sede da Jus-tiça apresentou um repertório mo-dernista obtido com a tecnologia do concreto armado e elementos de proteção solar nas fachadas, além de coexistirem formas geométri-cas e curvas. Outros elementos do projeto que apresentavam um viés modernista foram o uso de murais e esculturas nas fachadas e nos es-paços internos, que afirmavam o compromisso com a integração das artes, apreciada por esse mo-delo arquitetônico. O edifício do

Palácio da Justiça foi uma das pri-meiras obras a concretizar a mo-derna arquitetura brasileira em Porto Alegre.

Em 1956, o então eleito Presi-dente do Tribunal de Justiça, De-sembargador Celso Afonso Soares Pereira, transferiu o Tribunal Pleno e as Câmaras para uma área alugada no Edifício Comendador Azevedo, onde permaneceriam até a inau-guração do Palácio da Justiça, em 1968. As obras da nova sede do Tri-bunal de Justiça do Rio Grande do Sul tiveram início em 1953, sendo que apenas no final do ano de 1955 a estrutura alcançou o 4° andar. Contudo, devido à escassez de re-cursos, a obra do Palácio da Justiça arrastou-se por quase toda a déca-da de 1960, tendo sido inaugurado somente no ano de 1968.

Livro de Distribuição dos Feitos, de 1874. História da Justiça do Rio Grande do Sul é contada por documentos e relíquias.

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O NOVO CÓDIGO DEORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DE 1950

Em 1950, foi promulgado o novo Código de Organização Judiciária do Estado - COJE, pela Lei n.º 1.008, de 12.04.1950, que organizou a Corre-gedoria-Geral da Justiça, que é um órgão do Poder Judiciário criado para a fiscalização, disciplina e orientação da ação jurisdicional e administrati-va do Judiciário. O COJE de 1950 foi responsável por instituir a função de Corregedor-Geral, que seria ocupada por um Desembargador eleito dentre os membros do Tribunal.

Esse novo Código trouxe mudan-ças na estrutura do Poder Judiciário, tais como: aumentou o número de Desembargadores de dezesseis para dezoito membros, manteve a divisão do Tribunal em cinco Câmaras isola-das, sendo três cíveis e duas criminais. Além de criar mais cargos de Juiz de Paz e Pretores. Sendo, ainda, respon-sável pela extinção das Comarcas de Entrância Especial, passando essas à categoria de 1ª entrância.

A SEGUNDA METADEDO SÉCULO 20 E A JUSTIÇA

A partir do golpe militar, inaugu-rou-se um novo período da história do País, dadas as consequências polí-ticas e econômicas trazidas pela ins-tauração da ditadura. Nesse momen-to, a sede do Poder Judiciário estadual localizava-se no oitavo andar do Edi-fício Comendador Azevedo, número 155 da Rua Uruguai.

Essa década de 1960 significou substanciais mudanças administra-tivas no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, como aquela deter-minada pelo estabelecimento de um novo regimento interno. Após 39 anos de vigência do Regimento de 1925, o novo texto atualizou a estrutura e as funções necessárias ao funciona-

mento do Judiciário, complemen-tando, por exemplo, as funções do Presidente do Tribunal, delegando a ele atividades como a direção do Palácio da Justiça, a organização do quadro de substituição dos Juízes de Direito, a execução das decisões do Conselho Superior da Magistratura e a suspensão das medidas limina-res e da execução das sentenças, nos mandatos de segurança, de compe-tência de primeira instância.

É de se considerar que o cresci-mento populacional observado em todo o território nacional e o proje-to de industrialização que se conso-lidara no governo de Juscelino Ku-bitschek levaram à necessidade de expansão do Poder Judiciário e sua prestação jurisdicional.

No Judiciário sul-rio-grandense, nesse ano, foi promulgado o novo Código de Organização do Judiciá-rio Estadual - COJE -, mantendo a função de fiscalização e disciplina da ação jurisdicional da Corregedo-ria-Geral, mas determinandoo nú-mero de seis Juízes-Corregedores Auxiliares, selecionados dentre os Juízes de Direito da Capital, indica-dos pelo Corregedor-Geral e desig-

nados pela Presidência do Tribunal. No final da década de 70 a popu-

lação do Estado alcançava a casa dos oito milhões de habitantes e o volu-me processual no Tribunal de Jus-tiça caíra para uma média anual de 4.336 novos processos registrados.

É possível, portanto, que a ins-titucionalização autoritária carac-terística do período militar tenha contribuído para restringir o vo-lume de apelações, bem como para constranger as partes a permitir que certos feitos transitassem em julgado. De fato, enquanto em 1970 foram registrados 7.084 novos pro-cessos, em 1971, esta cifra caiu para 4.230 e, em 1976, quando a popu-lação do Estado somava um milhão de habitantes a mais do que em 1970, o volume de recursos fi cava em apenas 3.650. Também infl uiu sobre a manu-tenção da tendência de queda de re-cursos a instalação do Tribunal de Al-çada, em 1971, que absorveu parte da competência do Tribunal de Justiça, e a decretação do novo Código de Proces-so Civil, de 1973, bem como da nova legislação penal, de 1977, que contri-buíram também para obstaculizar o fluxo de apelações.

Nota sobre a criação do Juizado de Pequenas Causas, marco da justiça do Rio Grande do Sul

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A Constituição Estadual, de 27 de janeiro de 1970, tentou legislar sobre a Justiça. Porém, a Emenda Consti-tucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, transferira a competência so-bre as matérias relativas à organi-zação judiciária da Assembleia para o Tribunal de Justiça, investindo o Poder Judiciário de prerrogativas normativas. Desse modo, foi baixa-da pela Presidência do Tribunal, em 26 de agosto de 1970, a Resolução nº 1, que dispôs sobre a divisão admi-nistrativa da Justiça. Todavia, como a Lei nº 5.621, de 04 de novembro

de 1970 - que regulamentou a facul-dade normativa do Judiciário -, pelo seu Artigo 4º, esclarecia que tais re-soluções deveriam ser encaminha-das ao Governador para que este iniciasse o processo legislativo jun-to às Assembleias, nos casos em que os Tribunais criassem novos cargos, aumentassem despesas e vencimen-tos ou alterassem o regime jurídico dos servidores – como previam as disposições do AI-2 -, houve, com efeito, necessidade de transformar a matéria em lei, tramitando-a pela Assembleia, de onde nasceu a Lei nº

6.124, de 28 de dezembro do mes-mo ano.

O Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul - TARGS -, órgão de Segunda Instância composto por dez Juízes de Alçada, foi criado em 1971, conforme Lei nº 6.124, de 24 de dezembro de 1970. O TARGS ab-sorveu parte das atribuições do Tri-bunal de Justiça: competia ao novo Tribunal o julgamento de causas de menor monta do ponto de vista da ação penal, de modo a conferir mais celeridade nos processos da Justiça de segunda instância. Inicialmente, o Tribunal de Alçada era composto por duas Câmaras Cíveis e uma Câ-mara Criminal, chegando a possuir - em 1997 - nove Câmaras Cíveis e quatro Câmaras Criminais. Elogia-da por promover a diluição na de-manda de trabalho do Tribunal de Justiça, a duplicidade dos Tribunais foi também objeto de polêmica, uma vez que havia conflitos de compe-tência entre os Tribunais, especial-mente na área criminal, e também inconformidades relacionadas à sis-temática de promoção de Juízes do Tribunal de Alçada para o Tribunal de Justiça.

A gradual reabertura política, a partir de agosto de 1979, propiciou a sanção da Lei da Anistia e a extinção do bipartidarismo, ambas em 1979, assim como a suspensão da censura aos meios de comunicação e a resti-tuição do habeascorpus. As mudan-ças propiciaram alterações também no funcionamento do Tribunal de Justiça: novos cargos de Desembar-gadores e Vice-Presidentes foram criados e o Tribunal recebeu auto-

João Batista Gonçalves Campos, o primeiro presidente do TJRS ( 1874-1875). Imagem está exposta na galeria de ex-presidentes do Tribunal.

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nomia para o provimento dos cargos de Juiz de Carreira da Magistratura no âmbito estadual.

Enquanto isto, de fato aumenta-va o volume processual. Entre 1980 e 1990, foram anualmente julgados no Tribunal de Justiça uma média de 6.700 processos, com aumento ex-pressivo no final da década. Na pri-meira instância, deram entrada, em 1980, 76.606, dos quais 21.462 eram da área criminal, tendo ainda vindo de 1979 81.469 processos. Em 1990, quando a Justiça herdava do ano de 1989 386.196 feitos, o número de processos entrados somente no pri-meiro semestre chegou a 209.304.

No Judiciário sul-rio-grandense, por sua vez, desencadeou-se uma discussão sobre a racionalização e simplificação processual, que se des-dobrou em medidas concretas, como a pioneira instalação, em 1982, dos Juizados de Pequenas Causas - hoje Juizados Especiais Cíveis e Crimi-nais - profícua experiência da Justiça por meio de práticas conciliatórias, regidos pelos princípios da rapi-dez, da informalidade e economia processual. Os Juizados Especiais receberam apoio dos Conselhos de Conciliação, instalados em 2006 pelo Conselho Nacional de Justi-ça. A iniciativa abrangeu também a negociação em ações já ajuizadas, sendo conciliador o próprio Juiz do processo, assessorado ou não por um conciliador treinado.

Instituído em 1986, pela Lei Es-tadual nº 8.124, o Sistema Estadual de Juizados de Pequenas Causas, somente em 1991, com a Lei Esta-dual nº 9.446, foi regulamentado em sua competência, e, em 1995, a Lei Federal nº 9.099 instituiu e regula-mentou nacionalmente os Juizados Especiais, orientados pela simpli-cidade, informalidade, rapidez e

economia processual, buscando em primeiro lugar a conciliação entre as partes.

A JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL NO SÉCULO 21

No final do século 20, malgrado a necessária autonomia e indepen-dência dos Poderes se ver ameaçada ao não ser conferida ao Judiciário coparticipação no exercício do po-der político do Estado, constata-se uma crescente “profi ssionalização” daqueles que administram a Justiça, se não pessoalmente, buscando em seus quadros e fora deles integrantes com competência e experiência na área de administrativo-financeira.

Iniciativas criativas, inovações tecnológicas, quebra de paradig-mas foram palavras-chaves proferi-das pela Administração, a partir da metade da década de 90, norteando projetos e programas em todas as áreas administrativa e jurisdicional. Salientam-se dentre esses a informa-tização das Comarcas, com unifica-ção dos sistemas utilizados ( JUSMI-

CRO, APJ e THEMIS) e do Tribunal de Justiça - jurisdicional -, e a racio-nalização na área administrativa do Tribunal, com sistema de Reserva de Verbas, Controle de Precatórios, Cálculo de Pagamento de Processos, etc.

O ano de 1999 foi, portanto, um ano de grandes conquistas para a gestão do Tribunal de Justiça. Em termos de infraestrutura, a inau-guração do novo prédio do Poder Judiciário significou a ampliação na capacidade de atendimento às demandas da população e também a atenção para as necessidades ar-quitetônicas do Palácio da Justiça, já que, concluída a construção do pré-dio da Avenida Borges de Medeiros, teve início a reforma no Palácio. As-sim que, entre 2002 e 2006, o proje-to original de Corona e Fayetfoi res-taurado, o Palácio foi recuperado e sua fachada sul foi presenteada com a proteção da deusa grega Themis, símbolo da Justiça, representada por uma imensa escultura projetada e produzida por Fayet.

Palácio de Justiça foi restaurado em 2006. Fachada ganhou a proteção da deusa grega Themis.

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Desde 2009, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul mantém 100% de eficiência entre os Tribunais de Justiça do País. Ao lado do TJ do Rio de Janeiro, o TJ gaúcho conserva os maiores percentuais no último quin-quênio. Pela metodologia, um tribu-nal é considerado eficiente porque, em relação aos demais, conseguiu produzir mais com menos recursos. Os servidores do Judiciário do Rio Grande do Sul seguem sendo os mais produtivos entre as Cortes Estadu-ais. Os magistrados estão na segun-da colocação nacional. Os índices de produtividade mostram, de forma reiterada, a excelência do trabalho realizado por todos os integrantes do Poder Judiciário do RS. Devido à sua alta produtividade e economi-cidade, apresenta também o menor custo por processo do país.

Esta é a Justiça do Rio Grande do Sul. Mais de 140 anos de história a serviço do cidadão.

JUSTIÇA DE VANGUARDAA Justiça do Rio Grande do Sul é

reconhecida por decisões e projetos de vanguarda. Entre as inovações, destaca-sea Câmara de Prefeitos, instituída no Tribunal de Justiça

para julgar ações originárias de cri-mes em que são denunciados Prefei-tos Municipais, conferindo agilidade e tais julgamentos e o Depoimento Especial (também conhecido como Depoimento sem Dano), sistemáti-ca desenvolvida para a realização de audiências com crianças e adoles-centes vítimas de abuso sexual, es-tendido para o país pelo CNJ.

O pioneirismo também é reco-nhecido nacionalmente por decisões judiciais de vanguarda, em especial nas áreas de Infância e Juventude, Família e Direito do Consumidor.

Reiteradamente, a Justiça do RS tem sido considerada a mais confi-ável, conforme pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Vargas nas principais Capitais do País.

A relação do Poder Judiciário com o esporte se fortaleceu tam-bém pela instalação do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, criado em virtude da realização da Copa do Mundo no Brasil, mas mantido para atuar nos jogos da dupla Grenal e representar o Judi-ciário em eventos de grande porte. Situado no interior dos estádios para solução de conflitos vincula-dos às torcidas, o Juizado do Tor-

cedor teve sua origem nos antigos postos avançados do Juizado Espe-cial Criminal dos estádios, que atu-avam desde 2007 nos estádios do Grêmio e do Internacional

O Tribunal de Justiça do Estado seguiu no caminho da inovação e da efi ciência, e em 2010 teve início a re-messa de Recursos Especiais de forma digitalizada ao Superior Tribunal de Justiça, diminuindo sensivelmente o tempo entre o envio do processo e sua distribuição no STJ: a tramitação que durava oito meses passou a ser con-cluída em 48 horas. Para o processo de digitalização dos documentos, re-alizado no Arquivo Judicial Centrali-zado, foram contratados surdos, por meio de convênio com a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS

Em 2009, foi lançada uma nova ferramenta no site do Tribunal de Justiça, que possibilitou a realiza-ção de peticionamento eletrônico por parte de advogados e preparou a Justiça Estadual para a consolidação do processo virtual.

Dentre as inovações, destacou-se também a implantação do Projeto de Prevenção e Tratamento do Supe-rendividamento junto à Central de

Segundo dados do Justiça em Números, do CNJ, o

TJRS está entre os quatro tribunais de grande porte

no país. É o quarto maior Tribunal de Justiça Estadual.

TJRS EM NÚMEROS:

799 magistrados ativos140 Desembargadores e 659 juízes

8.429 servidores / 3.538 estagiários

164 Comarcas no Estado

191 prédios ocupados175 próprios, 5 cedidos e 11 locados

Processos em tramitação: 4.603.217

799 140 Desembargadores

8.429 servidores /

164

175

Processos em tramitação:

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JUNHO 2016 69

REVISTA DO

COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Desembargador Luiz Felipe Silveira Difi niPresidente

Desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro1º Vice-Presidente

Desembargadora Maria Isabel de Azevedo Souza2ª Vice-Presidente

Desembargador Paulo Roberto Lessa Franz3º Vice-Presidente

Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira Corregedora-Geral da Justiça

Desembargador Luiz Felipe Silveira Difi niPresidente do Tribunalde Justiça do Estado do Rio Grande do Sul(2016-2018)

Des. Luiz Felipe Silveira Difini

Des. Aristides Pedroso de Albuquerque Neto

Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa

Des. Marcelo Bandeira Pereira

Des. Vicente Barroco de Vasconcellos

Des. Newton Brasil de Leão

Des. Sylvio Baptista Neto

Des. Rui Portanova

Des. Jorge Luís Dall'Agnol

Des. Francisco José Moesch

Des. Ivan Leomar Bruxel

Des. Nelson Antonio Monteiro Pacheco

Des. Luiz Felipe Brasil Santos

Desa. Maria Isabel de Azevedo Souza

Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos

Des. Irineu Mariani

Des. Manuel José Martinez Lucas

Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves

Des. Voltaire de Lima Moraes

Desa. Genacéia da Silva Alberton

Des. Aymoré Roque Pottes de Mello

Des. José Antônio Cidade Pitrez

Des. Marco Aurélio Heinz

Des. José Aquino Flôres de Camargo

Des. Guinther Spode

Des. Jorge Alberto Schreiner Pestana

Desa. Liselena Schifino Robles Ribeiro

Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos

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NOVEMBRO 201570

REVISTA DO

JUNHO 2016

Desa. Ana Maria Nedel Scalzilli

Des. Carlos Roberto Lofego Caníbal

Desa. Matilde Chabar Maia

Des. Alexandre Mussoi Moreira

Des. Luís Augusto Coelho Braga

Des. André Luiz Planella Villarinho

Des. Alzir Felippe Schmitz

Desa. Naele Ochoa Piazzeta

Des. Carlos Cini Marchionatti

Des. Breno Pereira da Costa Vasconcellos

Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro

Des. Ergio Roque Menine

Des. Rogério Gesta Leal

Des. João Batista Marques Tovo

Des. Pedro Celso Dal Prá

Des. Carlos Alberto Etcheverry

Desa. Fabianne Breton Baisch

Desa. Isabel de Borba Lucas

Desa. Angela Terezinha de Oliveira Brito

Des. Umberto Guaspari Sudbrack

Desa. Iris Helena Medeiros Nogueira

Desa. Marilene Bonzanini

Des. Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard

Des. Dálvio Leite Dias Teixeira

Des. Paulo Roberto Lessa Franz

Desa. Judith dos Santos Mottecy

Des. Glênio José Wasserstein Hekman

Des. Tasso Caubi Soares Delabary

Des. Paulo Sergio Scarparo

Des. Jorge Luiz Lopes do Canto

Des. Nelson José Gonzaga

Des. Gelson Rolim Stocker

Desa. Bernadete Coutinho Friedrich

Desa. Mylene Maria Michel

Desa. Liége Puricelli Pires

Des. Jorge Maraschin dos Santos

Desa. Sandra Brisolara Medeiros

Desa. Denise Oliveira Cezar

Des. Ricardo Moreira Lins Pastl

Des. Luiz Roberto Imperatore de Assis Brasil

Desa. Katia Elenise Oliveira da Silva

Des. Eduardo Delgado

Des. Fernando Flores Cabral Júnior

Des. Almir Porto da Rocha Filho

Desa. Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak

Des. Túlio de Oliveira Martins

Desa. Walda Maria Melo Pierro

Desa. Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira Rebout

Des. Marco Antonio Angelo

Des. Mário Crespo Brum

Des. Ney Wiedemann Neto

Desa. Lúcia de Fátima Cerveira

Des. Marcelo Cezar Müller

Desa. Isabel Dias Almeida

Des. Altair de Lemos Júnior

Des. Leonel Pires Ohlweiler

Page 70: Veja a revista completa

REVISTA DO

Des. Eduardo Uhlein

Des. João Moreno Pomar

Desa. Laura Louzada Jaccottet

Des. Roberto Sbravati

Desa. Angela Maria Silveira

Des. José Conrado Kurtz de Souza

Des. Eduardo João Lima Costa

Desa. Helena Marta Suarez Maciel

Des. Ícaro Carvalho de Bem Osório

Desa. Leila Vani Pandolfo Machado

Des. Eugênio Facchini Neto

Desa. Ana Beatriz Iser

Des. Miguel Ângelo da Silva

Desa. Catarina Rita Krieger Martins

Des. Francesco Conti

Des. Diógenes Vicente Hassan Ribeiro

Des. João Barcelos de Souza Júnior

Desa. Miriam Andréa da Graça Tondo Fernandes

Desa. Lizete Andreis Sebben

Des. Julio Cesar Finger

Des. José Antônio Daltoé Cezar

Des. Jayme Weingartner Neto

Des. Antonio Vinicius Amaro da Silveira

Des. Heleno Tregnago Saraiva

Desa. Jucelana Lurdes Pereira dos Santos

Des. Dilso Domingos Pereira

Desa. Elisabete Corrêa Hoeveler

Des. Giovanni Conti

Des. Sérgio Luiz Grassi Beck

Des. Carlos Eduardo Richinitti

Desa. Elisa Carpim Corrêa

Des. Ricardo Torres Hermann

Des. Clademir José Ceolin Missaggia

Des. Eduardo Kraemer

Des. Newton Luís Medeiros Fabrício

Des. Alberto Delgado Neto

Des. Honório Gonçalves da Silva Neto

Desa. Ana Paula Dalbosco

Desa. Cristina Pereira Gonzales

Des. Cláudio Luís Martinewski

Desa. Adriana da Silva Ribeiro

Des. Jorge Alberto Vescia Corssac

Des. Cairo Roberto Rodrigues Madruga

Des. Jorge André Pereira Gailhard

Des. Luiz Mello Guimarães

Des. Sérgio Miguel Achutti Blattes

Des. Martin Schulze

Des. Pedro Luiz Pozza

Desa. Marta Borges Ortiz

Des. Victor Luiz Barcellos Lima

Des. Léo Romi Pilau Júnior

Des. Eduardo Kothe Werlang

Desa. Rosaura Marques Borba

Des. Rinez da Trindade

Desa. Cláudia Maria Hardt

Des. Ingo Wolfgang Sarlet

Page 71: Veja a revista completa

DOS DEZ MELHORESHOSPITAIS PÚBLICOSDO PAÍS, DOISESTÃO NO PARÁ.

Os Hospitais Regionais do Baixo Amazonas, em Santarém, e da Transamazônica, em Altamira,conquistaram o certificado de excelência da Organização Nacional

de Acreditação (ONA). Quem ganha com isso é a nossa gente.

Mais uma conquista que enche de orgulho nós paraenses. Dois dos nossos hospitais regionais, o do Baixo Amazonas, em Santarém, e o da Transamazônica, em Altamira, que atendem o Sistema Único de Saúde - SUS, estão entre os dez melhores do país, segundo a Organização Nacional de Acreditação (ONA). Eles receberam a certificação de excelência pela alta quali-

dade do atendimento que prestam à população. Os outros oito hospitais selecionados estão no Rio de Janeiro e São Paulo. No total, quase 3 mil hospitais públicos foram avaliados. Há quase duas décadas, a ONA vistoria minuciosamente a qualidade dos hospitais. A certificação demonstra que o Pará fez a escolha certa ao construir seus hospitais regionais,

levando medicina de média e alta complexidade a todo o Estado, e que é possível, também no interior, atender com qualidade e salvar vidas. E a população nada paga por isso.Quem ganha com isso é a nossa gente.O Governo do Pará renova o seu compromisso e a sua disposição de con-tinuar construindo uma saúde cada dia melhor para todos os paraenses.

Secretaria deSaúde Pública

ISSO É EXCELÊNCIA.

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DOS DEZ MELHORESHOSPITAIS PÚBLICOSDO PAÍS, DOISESTÃO NO PARÁ.

Os Hospitais Regionais do Baixo Amazonas, em Santarém, e da Transamazônica, em Altamira,conquistaram o certificado de excelência da Organização Nacional

de Acreditação (ONA). Quem ganha com isso é a nossa gente.

Mais uma conquista que enche de orgulho nós paraenses.Dois dos nossos hospitais regionais, o do Baixo Amazonas, em Santarém, e o da Transamazônica, emAltamira, que atendem o Sistema Único de Saúde - SUS, estão entre os dez melhores do país, segundo aOrganização Nacional de Acreditação (ONA). Eles receberam a certificação de excelência pela alta quali-

dade do atendimento que prestam à população. Os outros oito hospitais selecionados estão no Riode Janeiro e São Paulo. No total, quase 3 mil hospitais públicos foram avaliados. Há quase duasdécadas, a ONA vistoria minuciosamente a qualidade dos hospitais.A certificação demonstra que o Pará fez a escolha certa ao construir seus hospitais regionais,

levando medicina de média e alta complexidade a todo o Estado, e queé possível, também no interior, atender com qualidade e salvar vidas. E apopulação nada paga por isso.Quem ganha com isso é a nossa gente.O Governo do Pará renova o seu compromisso e a sua disposição de con-tinuar construindo uma saúde cada dia melhor para todos os paraenses.

Secretaria deSaúde Pública

ISSO É EXCELÊNCIA.

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