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1 TERCEIRO RELATÓRIO NACIONAL DO ESTADO BRASILEIRO APRESENTADO NO MECANISMO DE REVISÃO PERIÓDICA UNIVERSAL DO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DAS NAÇÕES UNIDAS – 2016 I. METODOLOGIA E PROCESSO CONSULTIVO 1. O presente relatório busca avaliar o cumprimento das recomendações realizadas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas ao Brasil, no âmbito do II Ciclo do Mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU), realizado em junho de 2012. Para tanto, são apresentadas as ações e políticas públicas implantadas pelo país para a promoção e proteção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e do direito ao desenvolvimento, garantidos pela Constituição da República Federativa do Brasil e pelos Tratados de Direitos Humanos ratificados pelo Estado brasileiro. O relatório apresenta informações e dados referentes ao período de 2012 até setembro de 2016, quando disponíveis. 2. Em 2012, o Brasil manifestou o acolhimento da quase totalidade das 170 recomendações recebidas, manifestando apoio parcial a 10 delas e impossibilidade de aceitação de apenas uma recomendação, por não estar em conformidade com o ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, as informações sobre o progresso na implementação de tais recomendações estão organizadas a partir de temas, buscando seguir a estruturação por meio da qual foram organizadas no Adendo apresentado pelo Estado brasileiro ao Conselho de Direitos Humanos com a manifestação sobre seu acolhimento. Em alguns casos, entretanto, recomendações foram realocadas ou repetidas em mais de um tema. 3. O relatório foi coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) do Ministério da Justiça e Cidadania (MJC), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), e com o apoio dos demais órgãos do Governo Federal. Igualmente, o processo de elaboração do documento considerou as manifestações da sociedade civil, universidades, Conselhos paritários e entes governamentais de todas as regiões do país, os quais tiveram acesso à minuta do relatório por meio de plataforma digital de consulta pública da SEDH, entre 21 de outubro e 4 de novembro de 2016. 4. Por fim, informações e dados mais específicos sobre o período podem ser consultados nos relatórios periódicos submetidos pelo Brasil ao Sistema Interamericano e Internacional de Proteção dos Direitos Humanos. II. ARCABOUÇO LEGAL E INSTITUCIONAL PARA PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 5. O monitoramento e a avaliação do cumprimento das obrigações internacionais em direitos humanos são objeto de atenção permanente do Estado brasileiro. O Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) 1 , vigente desde 2009, incorpora elementos dos tratados internacionais, sendo acompanhado por um comitê interministerial e por um grupo de trabalho vinculado ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) 2 . Em 2013, lançou-se o Observatório do PNDH- 3 3 , com informações ao público sobre a execução das ações programáticas do Programa. 6. Em 2014, a SEDH lançou o Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos 4 , que permite monitorar e mensurar a realização progressiva dos direitos humanos por meio de matriz articulada de indicadores sociais. No mesmo ano, a SEDH lançou a primeira etapa do Observatório de Recomendações Internacionais sobre Direitos Humanos (ObservaDH) 5 , plataforma online que contém as recomendações dirigidas ao Brasil no âmbito das Nações Unidas e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Na segunda etapa do projeto, serão publicadas, por meio da plataforma, informações sobre o cumprimento das recomendações. 7. Cabe destacar, ainda, em relação à atuação do Estado na efetivação de direitos humanos, o seguinte: (i) o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, cuja primeira edição foi publicada em 2013 6 ; (ii) o Sistema de Monitoramento das Políticas de Promoção da Igualdade Racial 7 ; (iii) o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas 8 , lançado em 2013; (iv) o Pacto Nacional Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade e da Cultura da Paz em Direitos Humanos, iniciativa do MJC, por meio da SEDH, e do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECADI), o

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TERCEIRO RELATÓRIO NACIONAL DO ESTADO BRASILEIRO AP RESENTADO NO MECANISMO DE REVISÃO PERIÓDICA UNIVERSAL DO CONSELH O DE DIREITOS HUMANOS DAS NAÇÕES UNIDAS – 2016

I. METODOLOGIA E PROCESSO CONSULTIVO 1. O presente relatório busca avaliar o cumprimento das recomendações realizadas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas ao Brasil, no âmbito do II Ciclo do Mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU), realizado em junho de 2012. Para tanto, são apresentadas as ações e políticas públicas implantadas pelo país para a promoção e proteção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e do direito ao desenvolvimento, garantidos pela Constituição da República Federativa do Brasil e pelos Tratados de Direitos Humanos ratificados pelo Estado brasileiro. O relatório apresenta informações e dados referentes ao período de 2012 até setembro de 2016, quando disponíveis. 2. Em 2012, o Brasil manifestou o acolhimento da quase totalidade das 170 recomendações recebidas, manifestando apoio parcial a 10 delas e impossibilidade de aceitação de apenas uma recomendação, por não estar em conformidade com o ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, as informações sobre o progresso na implementação de tais recomendações estão organizadas a partir de temas, buscando seguir a estruturação por meio da qual foram organizadas no Adendo apresentado pelo Estado brasileiro ao Conselho de Direitos Humanos com a manifestação sobre seu acolhimento. Em alguns casos, entretanto, recomendações foram realocadas ou repetidas em mais de um tema. 3. O relatório foi coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) do Ministério da Justiça e Cidadania (MJC), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), e com o apoio dos demais órgãos do Governo Federal. Igualmente, o processo de elaboração do documento considerou as manifestações da sociedade civil, universidades, Conselhos paritários e entes governamentais de todas as regiões do país, os quais tiveram acesso à minuta do relatório por meio de plataforma digital de consulta pública da SEDH, entre 21 de outubro e 4 de novembro de 2016. 4. Por fim, informações e dados mais específicos sobre o período podem ser consultados nos relatórios periódicos submetidos pelo Brasil ao Sistema Interamericano e Internacional de Proteção dos Direitos Humanos. II. ARCABOUÇO LEGAL E INSTITUCIONAL PARA PROMOÇÃO E PRO TEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 5. O monitoramento e a avaliação do cumprimento das obrigações internacionais em direitos humanos são objeto de atenção permanente do Estado brasileiro. O Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)1, vigente desde 2009, incorpora elementos dos tratados internacionais, sendo acompanhado por um comitê interministerial e por um grupo de trabalho vinculado ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH)2. Em 2013, lançou-se o Observatório do PNDH-33, com informações ao público sobre a execução das ações programáticas do Programa. 6. Em 2014, a SEDH lançou o Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos4, que permite monitorar e mensurar a realização progressiva dos direitos humanos por meio de matriz articulada de indicadores sociais. No mesmo ano, a SEDH lançou a primeira etapa do Observatório de Recomendações Internacionais sobre Direitos Humanos (ObservaDH)5, plataforma online que contém as recomendações dirigidas ao Brasil no âmbito das Nações Unidas e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Na segunda etapa do projeto, serão publicadas, por meio da plataforma, informações sobre o cumprimento das recomendações. 7. Cabe destacar, ainda, em relação à atuação do Estado na efetivação de direitos humanos, o seguinte: (i) o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, cuja primeira edição foi publicada em 20136; (ii) o Sistema de Monitoramento das Políticas de Promoção da Igualdade Racial7; (iii) o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas8, lançado em 2013; (iv) o Pacto Nacional Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade e da Cultura da Paz em Direitos Humanos, iniciativa do MJC, por meio da SEDH, e do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECADI), o

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qual foi disponibilizado para consulta pública em setembro de 2016; (v) iniciativas de cooperação para promoção da educação em direitos humanos no Poder Judiciário, celebradas entre o MJC, SEDH e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com destaque ao prêmio a sentenças emblemáticas de direitos humanos; e (vi) o desenvolvimento da construção de um plano nacional de empresa e direitos humanos, a partir da instalação de um grupo de trabalho interministerial, mediante um processo aberto, inclusivo e participativo. a) Instituição Nacional de Direitos Humanos

8. Após 50 anos de existência, o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) foi substituído pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). A medida foi aprovada pela Lei nº 12.986/2014, e assegurou o fortalecimento institucional do órgão ao ampliar as atribuições do CNDH em relação a seu antecessor, bem como a sua democratização, ao garantir e privilegiar a participação da sociedade civil. Em julho de 2016, o CNDH requereu ao Comitê Internacional de Coordenação das Instituições Nacionais seu reconhecimento como Instituição Nacional de Direitos Humanos, de acordo com os Princípios de Paris9. 9. Com 11 representantes da sociedade civil, eleitos por mais de 180 organizações da sociedade civil de todo o país, e 11 representantes do Poder Público, os 22 conselheiros e conselheiras foram empossados em 10 de dezembro de 2014, para mandatos de dois anos. O Regimento Interno do CNDH estabelece alternância na presidência do Conselho entre representantes do poder público e da sociedade civil, a quem cabe, atualmente, o cargo. 10. Entre suas principais atividades, o CNDH acompanhou, em 2015 o julgamento dos acusados do assassinato do defensor de direitos humanos Manoel Mattos, primeiro caso de Incidente de Deslocamento de Competência (IDC) acolhido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Igualmente, foi realizada missão do novo Conselho ao local de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a qual resultou em recomendação aos órgãos públicos para o cumprimento das condicionantes do Plano Básico Ambiental (PBA)10 relacionado à obra. Destaca-se, ainda, a missão à região do Rio Doce, com o objetivo de garantir o cumprimento de ações reparadoras à população afetada pelo rompimento da barragem da empresa de mineração Samarco S/A. O CNDH tem atuado, também, em questões relativas: (i) ao sistema socioeducativo; (ii) aos direitos de comunidades indígenas e quilombolas; (iii) ao direito à cidade no contexto das Olimpíadas; e (iv) aos direitos da população em situação de rua; entre outras temáticas. 11. Recentemente, em abril de 2016, a fim de consolidar as Políticas de Direitos Humanos no país e reafirmar os compromissos contidos no PNDH-3, o CNDH e a SEDH realizaram a 12ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, que reuniu mais de duas mil pessoas de toda a federação para construir diretrizes para políticas públicas de direitos humanos, sob o tema Direitos Humanos para Todas e Todos: Democracia, Justiça e Igualdade. b) Instrumentos Internacionais de Proteção aos Direitos Humanos

12. O Brasil integra a categoria dos países que mais aderiram a instrumentos internacionais de direitos humanos, sendo parte de 16 dos 18 principais tratados11. Em 11 de maio de 2016, o Brasil promulgou a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado e a Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado. O Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo aos Procedimentos de Comunicação, assinado em 2012, está em processo de aprovação pelo Congresso Nacional. 13. Igualmente em análise no Congresso está a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e de suas Famílias. Ademais, o Brasil aderiu a instrumentos regionais para proteção de trabalhadores migrantes, como o Acordo sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do MERCOSUL e o Plano para Facilitar a Circulação de Trabalhadores do MERCOSUL. 14. Também em 2012, o Brasil apresentou ao Comitê para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Comitê CEDAW) seu VII Relatório Periódico sobre o cumprimento da Convenção e segue empenhado em dar efetividade às recomendações recebidas. 15. A reserva ao Segundo Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP), do qual o Brasil é signatário, está prevista no artigo 2(1) do referido instrumento

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e é, portanto, legítima. Ademais, o instituto da reserva é garantido, também, pelo artigo 19, da Convenção de Viena sobre os Direitos dos Tratados, de 1969. 16. Em relação ao Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), cumpre ressaltar que a assinatura do documento encontra-se, atualmente, em discussão interna pelo Estado brasileiro, e que esse procedimento leva em consideração a grande importância que o país confere aos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. 17. Conforme o Estatuto de Roma, foi adotada legislação específica que tipifica e prevê pena para o genocídio (Lei n˚ 8.930/1994), a tortura (Lei n˚ 9.455/97) e o crime organizado (Lei n˚ 12.850/2013)12. Além disso, a respeito da cooperação com o Tribunal Penal Internacional (TPI), importante destacar que a Emenda Constitucional n˚ 45/2004 incluiu ao texto constitucional reconhecimento expresso da submissão do Brasil à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão (artigo 5º, § 4º, Constituição Federal), reafirmando a posição do Estado brasileiro como defensor dos direitos humanos. 18. A igualdade de direitos entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais é garantida pela Constituição brasileira (texto incluído pela Emenda Constitucional n˚ 72/2013). Não obstante, a Convenção nº 189, da OIT, é objeto de análise de Grupo de Trabalho Tripartite criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para propor encaminhamentos relativos aos instrumentos (Convenções, Protocolos e Recomendações) daquele organismo internacional ainda não ratificados pelo Brasil. 19. No que se refere à liberdade sindical, tema da Convenção n˚ 87, da OIT, ressalta-se que o referido direito já é consagrado pelo artigo 8º, da Constituição Federal, observado o princípio da unidade sindical, conforme seu inciso II. c) Defensores de Direitos Humanos

20. A Política Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PNPDDH), instituída pelo Decreto nº 6.044/2007, e o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) 13, pelo Decreto nº 8.724/2016, têm como finalidade proteger qualquer pessoa ameaçada em decorrência de atuação na promoção ou defesa dos direitos humanos. O PPDDH atua, também, na superação das causas que geraram as ameaças, articulando órgãos públicos com vistas à adoção de medidas de investigação, prevenção e combate às violações e à impunidade. 21. Atualmente, 402 casos são atendidos pelo PPDDH em todo o território nacional. O PPDDH possui convênios com sete estados da Federação: Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os demais estados são atendidos pela Equipe Técnica Federal do Programa Federal coordenada pela SEDH. Outros 500 casos estão em processo de análise para inclusão no Programa. A maioria dos casos está ligada aos temas de direito à terra (116 casos), povos indígenas (113), povos quilombolas (61) e meio ambiente (37). 22. Em 2012, foi instalado, no âmbito do CDDPH, o Grupo de Trabalho Direitos Humanos dos Profissionais de Comunicação no Brasil. Seu relatório final, apresentado em 2014, contém recomendações aos governos federal e estaduais, aos veículos de comunicação e aos órgãos do sistema de justiça, com especial destaque à recomendação para que os sindicatos e organizações de classe participem das reuniões dos Conselhos dos Programas Estaduais de Proteção de Defensores. Adicionalmente, a Resolução nº 6/201314, do CDDPH, dispõe que repórteres, fotógrafos e demais profissionais de comunicação devem gozar de especial proteção no exercício da profissão, sendo vedado qualquer óbice à sua atuação, em especial mediante uso da força, no contexto de manifestações e eventos públicos, bem como na execução de mandados judiciais de manutenção e reintegração de posse. III. CONQUISTAS E DESAFIOS PARA A PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

a) Redução da Pobreza e Promoção da Igualdade Social

23. Entre 2004 e 2014, 36 milhões de brasileiros saíram da situação de extrema pobreza15. Os resultados decorrem de medidas de erradicação da pobreza adotadas pelo Estado brasileiro. Desde

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2003, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é o instrumento de acesso pelas famílias brasileiras de baixa renda às políticas públicas do país. O Cadastro Único é utilizado para a seleção e inclusão dessas famílias em iniciativas federais, estaduais e municipais, sendo obrigatório para a oferta de serviços do Programa Bolsa Família (PBF)16 e do Programa Minha Casa Minha Vida17, por exemplo. Atualmente, o Cadastro Único detém quase 27 milhões de famílias inscritas, e segue como importante ferramenta para avanços sociais significativos no Brasil. 24. Em relação ao Bolsa Família, ressalta-se que o investimento no programa, para transferência de renda a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, saltou de R$ 3,8 bilhões, em 2004 (ano inicial), para R$ 27,7 bilhões, em 2015. No mesmo período, o número de famílias atendidas passou de 6,6 milhões para, aproximadamente, 14 milhões de famílias. O valor médio nacional do benefício aumentou de R$ 69,9818, nos anos iniciais, para R$182,31 por família a cada mês, a partir de reajuste realizado pelo Estado brasileiro, em 201619. 25. Além disso, imprescindível destacar os avanços promovidos relacionados à educação. O monitoramento contínuo da frequência escolar é uma das condicionalidades do Programa, o repasse dos benefícios às famílias está condicionado à presença dos filhos na escola. Em 2016, no período entre junho e julho, dos 14 milhões de crianças e jovens participantes, 95,55% cumpriram o mínimo de presença exigido20. Esse registro é feito cinco vezes ao ano, e, em caso de baixa frequência, assistentes sociais realizam acompanhamento com a família. 26. Por sua vez, o Programa Minha Casa Minha Vida, em 2015, alcançou o número de 2,169 milhões de moradias entregues às famílias participantes21. Em 2016, fortalecendo o compromisso com a habitação para a população de baixa renda, o Estado brasileiro anunciou o destino de recursos na ordem de R$ 3,8 bilhões para a faixa 1,5 do Programa22, às famílias com renda de até R$ 2.350,00, bem como prioridade para o recebimento de novas moradias por famílias com integrantes com microcefalia23, na faixa 1, aos detentores de renda de até R$ 1.800,00. 27. Dos 36 milhões de brasileiros mencionados acima, 22 milhões superaram a extrema pobreza após a criação do Plano Brasil Sem Miséria (BSM)24, em 2011. Entre os principais resultados alcançados entre o ano inicial e 2014, pode-se destacar: (i) mais de 1,75 milhão de pessoas de baixa renda matriculadas em cursos de qualificação profissional; (ii) mais de 960 mil cisternas, de consumo e de produção, entregues; (iii) aumento de 33% no número de crianças do PBF matriculadas em

creches, resultado da Ação Brasil Carinhoso25. 28. A porcentagem da população ocupada protegida pela Previdência Social, com idade entre 16 e 59 anos, alcançou, em 2014, 72,6%, representando 65,31 milhões de pessoas26. No período entre 2008 e 2013, houve crescimento de 191,4% no número de trabalhadores autônomos inscritos no Plano Simplificado de Previdência Social, que atingiu 2,2 milhões de pessoas em 2013. O número de inscrições de donas de casa de baixa renda teve aumento de 322% entre 2011 e 2013. 29. Em 2012, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS) passou a realizar o Seminário Internacional Políticas Sociais para o Desenvolvimento, que proporciona a delegações estrangeiras visão ampla das estratégias brasileiras. O seminário foi realizado fora do Brasil pela primeira vez em 2015, na Expo Milão, com o tema Brasil: Superar a Fome é Possível. 30. Houve crescimento do público atendido pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC)27, idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência física, que passou de 1,7 milhão, em 2009, para 2,3 milhões, em 2015. Em 2012, foi lançado o Programa BPC Trabalho, com o objetivo de oferecer acesso ao trabalho, programas de aprendizagem e de qualificação profissional a pessoas entre 16 e 45 anos com deficiência assistidas pelo BPC. Ainda no que se refere às pessoas com deficiência, o Decreto nº 8.145/2013 reduziu em até 10 anos o tempo de contribuição para concessão de aposentadoria especial a esse público. b) Enfrentamento ao Trabalho Escravo

31. O Brasil é considerado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) referência mundial no enfrentamento ao trabalho escravo. Entre 2013 e 2016, foram resgatados 6 mil trabalhadores em condições análogas à de escravidão, pelo MTE28, em mais de 500 operações de fiscalização para erradicação do trabalho escravo, em todas as unidades federativas, coordenadas pela Secretaria de Fiscalização do Trabalho (SIT)29. Destaca-se, ainda, a criação de quatro novas Comissões Estaduais

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para a Erradicação do Trabalho Escravo, totalizando 13 Comissões Estaduais, além da primeira Comissão Municipal, no Município de São Paulo. 32. Com vistas à integração e reinserção das vítimas, as principais medidas adotadas foram a continuidade da concessão do seguro-desemprego, do acesso a programas de transferência de renda, de alfabetização e de capacitação profissional. Entre 2013 e 2016, com a prioridade de pagamento do seguro-desemprego, o MTE pôde atender 4.735 trabalhadores, totalizando um repasse total de R$ 8,7 milhões. Além disso, destaca-se que as indenizações trabalhistas pagas de 2012 a 2015 somam mais de R$ 25 milhões30. 33. Até julho de 2014, o número de pessoas físicas e jurídicas que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravo e que foram incluídas no Cadastro de Empregadores Infratores chegou a 609 nomes, crescimento de 142,6% em relação ao ano de 201131. Na esfera penal, foram instaurados, entre janeiro de 2010 e novembro de 2015, 2.503 procedimentos extrajudiciais e 1.604 inquéritos policiais. No mesmo período, foram autuadas 706 ações penais e dez execuções criminais32. 34. Entre 2012 e 2014, a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE)33 promoveu oficinas de formação para mais de mil juízes, procuradores e auditores do trabalho. Um dos objetivos é garantir o cumprimento do artigo 149 do Código Penal, que tipifica o crime de redução à condição análoga à de escravo. Adiciona-se, ainda, o lançamento do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, em 13 de dezembro de 2016, com o objetivo de impulsionar a criação e fortalecimento de comissões estaduais atinentes ao tema, bem como a adoção de planos estaduais para a erradicação do trabalho escravo. 35. Ademais, no campo legislativo, cumpre ressaltar a Emenda Constitucional nº 81/2014, responsável por dar nova redação ao artigo 243, da Constituição Federal34, a fim de determinar a possibilidade de expropriação de propriedades rurais e urbanas nas quais forem encontrados casos de exploração de trabalho escravo.

c) Promoção da Igualdade

Pessoas com deficiência

36. No aspecto legislativo, o Brasil obteve avanço importante com a aprovação da Lei nº 13.146/2015, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência ou Lei Brasileira de Inclusão (LBI), vigente desde o início de 2016. A lei incorpora ao ordenamento jurídico brasileiro o texto da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Entre as inovações introduzidas pelo Estatuto podem ser mencionadas: (i) a criação do Auxílio-Inclusão; (ii) a alteração do Código Civil quanto ao reconhecimento da capacidade jurídica da pessoa com deficiência; e (iii) a ampliação das normas de acessibilidade arquitetônica e comunicacional. 37. Outro importante resultado é a implantação do Plano Nacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – Plano Viver sem Limite, lançado em 2011. Um total de 25 estados, o Distrito Federal e cerca de 1.480 municípios aderiram ao Plano. O balanço do Plano pode ser acessado no portal Observatório Viver sem Limite35. 38. Especificamente sobre os direitos políticos das pessoas com deficiência, destaca-se o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral, aprovado em 2012. Entre 2010 e 2014, o número de seções eleitorais adaptadas subiu de 17,9 mil para mais de 32 mil em todo o país. Em 2014, os debates eleitorais televisionados passaram a exibir legendas ocultas ou janelas de língua de sinais, obrigatórias também na propaganda eleitoral. 39. Além da crescente participação das pessoas com deficiência em cargos políticos e eletivos, o exercício de seus direitos políticos é garantido, também, pela atuação na construção de políticas públicas por meio de conselhos e conferências. Em 2016, por exemplo, os 900 delegados presentes à 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovaram 89 propostas com vistas à efetivação dos direitos das pessoas com deficiência nos três níveis da federação. 40. Em relação às pessoas com hanseníase, os princípios da Resolução nº 65/215 da Assembleia Geral da ONU são seguidos pelo Estado brasileiro no paralelismo que guardam com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, ao tratar de pessoas com hanseníase com sequelas que comprometem sua autonomia e mobilidade. O Brasil foi o segundo país do mundo a reconhecer a

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violação representada pelas políticas de segregação contra pessoas com hanseníase, tendo concedido, entre 2007 e 2014, com base na Lei nº 11.520/2007, mais de 8,8 mil pensões especiais vitalícias a pessoas submetidas a isolamento e internação compulsórios.

Pessoas idosas

41. Em 2013, aprovou-se, pelo Decreto nº 8.114, o Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo, que objetiva coordenar os esforços dos entes federados para a valorização, promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa. No mesmo ano, teve início a Campanha Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa, desenvolvida pela SEDH, a qual tem caráter permanente e compreende a articulação da Rede de Defesa e Proteção da população idosa. 42. Outros mecanismos de proteção são (i) a criação de Delegacias Especializadas em Atendimento às Pessoas Idosas; (ii) a notificação compulsória, por profissionais da saúde, de casos de violência contra pessoas idosas; e (iii) a inserção de módulo específico para esse tipo de denúncia no Disque Direitos Humanos (Disque 100). Entre 2011 a 2016, por exemplo, o Disque 10036 recebeu mais de 140 mil denúncias de violação de direitos de pessoas idosas, sendo a maior parte relativa à negligência no cuidado, violência psicológica e abuso financeiro. 43. Igualmente, merecem destaque a instalação dos Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, parte da operacionalização das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso, promovida pelo MS, e os programas que oferecem medicamentos para doenças que afetam especialmente pessoas idosas, de forma gratuita ou subsidiada, a exemplo do Programa Farmácia Popular37, o qual beneficia mais de 50 milhões de brasileiros, e o atendimento domiciliar a pessoas com dificuldades temporárias e definitivas de sair de casa por equipes multidisciplinares, como o Programa Melhor em Casa38. Ainda, acrescenta-se a assinatura pelo Estado brasileiro da Convenção Interamericana de Direitos dos Idosos, em 17 de junho de 2015, a qual representa importante reconhecimento dos direitos humanos e liberdades fundamentais das pessoas idosas.

Pessoas LGBT

44. Em 5 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a família homoafetiva, conferindo aos casais homossexuais o direito à união estável39. O STF afastou do Código Civil brasileiro a expressão "homem e mulher", adotando interpretação extensiva aos casais de mesmo sexo. Com base na Resolução nº 175/2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cartórios de todo o Brasil não podem recusar-se a celebrar casamentos civis homoafetivos ou deixar de converter em casamento a união estável. 45. Importante subsídio para o monitoramento e o aprimoramento das políticas públicas é o Relatório da Violência Homofóbica, iniciativa pioneira na América Latina coordenada pela SEDH, o qual apresenta dados detalhados sobre o perfil das vítimas e dos agressores, as violações e os casos de homicídio por unidade da federação. A primeira edição foi lançada em 2012 e a segunda, no ano seguinte. A terceira, com dados de 2014 e 2015, deverá ser publicada em 201640·. Outra importante ferramenta de monitoramento é o Disque 100. Em 201541, foram registradas 2.964 denúncias de violação no módulo de população LGBT, sendo mais de 50% relacionadas à discriminação e mais de 10% à violência física. As denúncias foram encaminhadas a diferentes entes, com destaque para a SEDH e o Centro de Referência de Combate à Homofobia e Assistência Social. 46. O Sistema Nacional de Promoção dos Direitos e Enfrentamento à Violência contra a População LGBT, criado em 2013, visa a articular políticas públicas nos três níveis da federação. No ano seguinte, foi estabelecido o Comitê Nacional de Políticas Públicas LGBT, fórum que reúne gestores estaduais e municipais, e que tem como um de seus objetivos articular o cumprimento das ações e medidas constantes no mencionado Sistema Nacional. Em 2015, com o objetivo de intensificar o combate aos crimes de ódio contra a população LGBT, criou-se, no Governo Federal, o Comitê Interministerial de Combate à Homofobia. Destaca-se, ainda, o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra LGBTs, acompanhado e fomentado pelo Sistema Nacional, o qual consiste em um acordo federativo entre União Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios para o enfrentamento da violência contra a população LGBT. 47. É importante destacar a publicação do Decreto nº 8.727/2016, o qual autoriza o uso do nome social de transexuais e travestis nos documentos oficiais da administração pública federal. E, também, os 15 anos do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas,

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Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), comemorados, em setembro de 2016, durante o I Seminário Nacional de Controle Social e Políticas LGBT42.

Igualdade de gênero no mercado de trabalho e espaços de decisão

48. A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro tem sido reduzida nos últimos anos. Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)43, referente ao período entre 2004 e 2014, o rendimento médio da população feminina ocupada teve um aumento real de 61%, sendo que, pela primeira vez, a renda das mulheres ultrapassou o patamar de 70% da renda masculina. Ainda, o estudo informou que houve evolução da participação feminina no mercado de trabalho, chegando a 57,3%, em 2014, com a ressalva de que a incorporação das mulheres é processo que depende, ainda, de avanços. Além disso, em 2015, as mulheres representaram 36,4% da taxa total de empreendedores, superando os homens no caso de empreendedores novos, ou seja, aqueles que contam com até 3 anos e meio de atividade, com uma taxa de 15,1 contra 14,744. 49. Maioria, também, nos cursos de graduação e pós-graduação, as mulheres alcançam média de anos de estudo superior à dos homens. Em 2009, a média das mulheres foi de 7,4 anos, contra 7 anos dos homens. Em 2014, a diferença cresceu, com as mulheres alcançando a média de 8 anos, contra 7,5 anos para os homens45·. O mesmo ocorre nos cursos profissionalizantes oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)46, de modo associado ao já mencionado BSM, nos quais as mulheres representaram 68% das matrículas em 2014 e 2015, conforme dados do MEC. Ainda, em relação a 2014, importante registrar que as mulheres representaram a maioria entre os doutores brasileiros titulados no exterior, alcançando a marca de 60%47. 50. No meio rural, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)48 ampliou o limite de crédito para mulheres agricultoras de R$ 50 mil para R$ 150 mil, em 2013. No Plano Safra da Agricultura Familiar, as operações de crédito para as mulheres atingiram a marca de mais de 562 mil contratos no período de 2014e 201549. A participação das mulheres no Programa de Aquisição de Alimentos cresceu de 11,5%, em 2009, para aproximadamente 50%, em 2015. O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural50 emitiu três milhões de documentos em 2015. 51. Outros importantes resultados na execução das políticas públicas para as mulheres, área de competência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), são: (i) promulgação da Emenda Constitucional nº 72/2013, a qual igualou as empregadas domésticas51 aos demais trabalhadores em seus direitos trabalhistas; (ii) ampliação do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça52, atualmente em sua sexta edição, do qual participam 124 empresas, além de entes públicos, representando universo de mais de um milhão de trabalhadoras e trabalhadores53; e (iii) extensão de

benefícios previdenciários (aposentadoria por idade e por invalidez, auxílio-doença e salário maternidade) às donas de casa de baixa renda, mediante contribuição de alíquota calculada sobre o valor do salário mínimo. 52. No que se refere aos espaços de decisão política, houve aumento da participação feminina nas eleições de 2014 (8.120 mulheres ou 31% das candidaturas) em relação ao pleito de 2010 (5.056 candidatas ou 22,43% do total), conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Permanece, contudo, o desafio de ampliar o número de mulheres eleitas. Os resultados das eleições demonstram que persiste o nível de sub-representação feminina em cargos políticos.

Enfrentamento à violência contra mulheres

53. Com o objetivo de coordenar todas as ações de enfrentamento à violência contra as mulheres em suas distintas dimensões, foi criada, no âmbito da SPM, a Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Além disso, a SPM coordena o Plano Nacional de Políticas para Mulheres (PNPM)54, aprovado em 2004 e reestruturado em 2014, o qual conta com o eixo “Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres”, destinado à promoção de ações e políticas que visem a reduzir os índices de todas as formas de violência contra as mulheres. 54. Dois importantes avanços legislativos foram as promulgações da Lei nº 12.845/2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral a pessoas em situação de violência sexual, e da Lei nº 13.104/2015, que tipifica o feminicídio como crime hediondo55. 55. O Programa Mulher, Viver sem Violência56, instituído em 2013 e coordenado pela SPM, consiste em seis ações estratégicas para o enfrentamento à violência contra as mulheres: (i) criação

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da Casa da Mulher Brasileira; (ii) criação dos Centros de Atendimento às Mulheres nas regiões de

fronteiras secas; (iii) unidades móveis para atendimento a mulheres em situação de violência no campo e na floresta; (iv) ampliação da central de atendimento à mulher; (v) organização e

humanização do atendimento às vítimas de violência sexual; e (vi) campanhas continuadas de

conscientização. 56. A rede de atendimento à mulher em situação de violência foi ampliada. De 332 unidades, em 2003, passou a 1.055 serviços especializados, em 2015, a saber: (i) 502 delegacias de atendimento à mulher; (ii) 45 defensorias da mulher; (iii) 95 promotorias especializadas; (iv) 238 centros de referência de atendimento à mulher; (v) 80 casas-abrigo; e (vi) 103 juizados especializados de violência doméstica e familiar. Além disso, a rede conta com 596 serviços especializados de saúde, conforme dados de 2015 do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. 57. Entre as ações de prevenção, foram realizadas, no período de 2013 a 2015, campanhas para a conscientização da sociedade sobre o assunto, com destaque para: (i) a Campanha MERCOSUL Livre do Tráfico de Mulheres57; (ii) a Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte58; (iii) a Campanha do Programa Mulher, Viver sem Violência59; e (iv) a Campanha Eu Ligo60.

Igualdade étnico-racial

58. O Estatuto da Igualdade Racial, instituído pela Lei nº 12.288, completou seis anos de vigência em 2016, tendo promovido diversos avanços nos campos da educação, cultura, esporte, lazer, justiça, saúde, trabalho, moradia, acesso à terra, segurança e comunicação. Sedimentou, ainda, a criação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR)61, regulamentado pelo Decreto nº 8.136/2013, e da Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial62, órgão da estrutura da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), responsável por receber denúncias de racismo e de discriminação racial, e por encaminhá-las aos entes governamentais responsáveis. 59. Além disso, o Estatuto fomentou a adoção de ações afirmativas pelo Estado brasileiro. A Lei nº 12.990/2014 reserva 20% das vagas oferecidas para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito federal a afrodescendentes. Em dois anos, mais de 3 mil pretos e pardos ingressaram no serviço público por meio de cotas63. Já a Lei nº 12.711/2012 reserva 50% das matrículas em universidades e institutos federais a alunos oriundos da rede pública de ensino, com distribuição das vagas entre negros, pardos e indígenas. Também garante que metade dessas vagas seja reservada a estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita. Em 2015, o número de vagas ofertadas foi de 82,8 mil, em comparação com a oferta de 37,1 mil, em 2013, representando 46,64% do percentual de vagas oferecidas conforme a Lei64. 60. Destaca-se, ainda, a criação, em 2013, do Programa Bolsa Permanência (PBP)65, que concede auxílio financeiro a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, e a estudantes indígenas e quilombolas matriculados em instituições federais de ensino superior, com o intuito de minimizar as desigualdades sociais e promover a permanência e conclusão dos estudos. 61. O Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana 2013-201566 congrega ações que visam a fomentar a inclusão produtiva, a garantia de direitos, e a proteção do patrimônio cultural e da tradição africana no Brasil. O Plano67 é estruturado em três eixos estratégicos: (i) garantia de direitos; (ii) territorialidade e cultura; e (iii)

inclusão social e desenvolvimento sustentável. 62. Em 2013 houve, também, o lançamento do Mapa da Distribuição Espacial da População, segundo a cor ou raça – Pretos e Pardos, produzido pela SEPPIR e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual demonstra a distribuição percentual da população negra no Brasil, dado essencial ao direcionamento de políticas para esse público, assim como a publicação do Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional68, elaborado em trabalho conjunto entre organizações feministas e do movimento negro, SEPPIR e ONU. 63. O Estado brasileiro vem construindo, juntamente com os povos indígenas, políticas voltadas à promoção da melhoria das condições de vida de suas comunidades de maneira endógena e sustentável. A Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), criada pelo Decreto nº 7.747/2012, tem como foco a proteção e conservação das terras e territórios

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indígenas, assegurando a integridade do patrimônio indígena, a melhoria da qualidade de vida e o pleno desenvolvimento físico e cultural do povo indígena.

d) Direitos dos Povos Indígenas

Processos de consulta a povos indígenas

64. A Convenção nº 169 da OIT foi ratificada pelo Brasil em 2004 e, por ser um instrumento jurídico autoaplicável, encontra-se em plena vigência no país desde então. Ainda assim, a regulamentação dos procedimentos de consulta, recomendação da OIT a todos os países que ratificaram a Convenção, é um compromisso assumido pelo país junto à Organização e a atores sociais. 65. O governo brasileiro, por meio de Grupo de Trabalho Interministerial, criado em 2012 e coordenado pela então Secretaria Geral da Presidência da República (SG/PR), promoveu o diálogo com os povos e comunidades interessados para definir e orientar o processo de regulamentação. O processo está em desenvolvimento, sendo que o Grupo de Trabalho já apresentou sua proposta de texto de regulamentação, com o intuito de fomentar um amplo debate entre os interessados.

Direito dos povos indígenas às terras e recursos tradicionais

66. Em respeito aos termos da Constituição Federal69, os quais estabelecem os direitos dos povos indígenas no Brasil, bem como a obrigação da União de demarcar e proteger as terras indígenas, cumpre destacar que, atualmente, as terras indígenas declaradas e homologadas no Brasil somam 689 áreas, as quais ocupam 1.131.906 quilômetros quadrados, ou 13,3% da extensão territorial do país. Para efeitos comparativos, a República da Colômbia, 26º maior país do mundo em extensão territorial, possui área de 1.138.910 quilômetros quadrados. 67. Conforme dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), dessas 689 áreas, 426 estão regularizadas, ou seja, foram homologadas e registradas no patrimônio da união. A maior parte das Terras Indígenas (TI) concentra-se na Amazônia Legal: são 422 áreas, 1.114.012 quilômetros quadrados, representando 22,25% do território amazônico e 98,42% da extensão de todas as TI do país. O restante 1,58% espalha-se pelas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e pelo estado do Mato Grosso do Sul.

e) Migrantes, Refugiados e Tráfico de Pessoas

Enfrentamento ao tráfico de pessoas

68. Foi aprovado, por meio do Decreto nº 7.901/2013, o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (II PNETP)70, que estrutura atividades e metas para a prevenção e repressão do tráfico de pessoas, a responsabilização dos autores e a atenção às vítimas. O Plano está estruturado em cinco eixos operacionais: (i) aperfeiçoamento do marco regulatório; (ii) integração e

fortalecimento de políticas públicas, redes de atendimento e organizações; (iii) capacitação de agentes

públicos e da sociedade civil para a identificação da prática e seu enfrentamento; (iv) produção, gestão e disseminação de informação e conhecimento; (v) realização de campanhas e mobilização para

orientar possíveis vítimas e a sociedade, bem como divulgar os canais de denúncia. 69. O MJC, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), produziu, em 2015, uma avaliação71 da estratégia nacional adotada para enfrentar o tráfico de pessoas. O documento contém análises sobre o funcionamento do sistema de monitoramento e o progresso das 115 metas e 14 atividades do II PNETP, desenvolvidas ao longo dos 19 meses anteriores. Da análise geral dessas 14 atividades, a avaliação foi positiva e demonstrou que o Plano conta com progresso médio de 81,8% em sua implementação. 70. Outros dois documentos importantes na temática são: (i) o Quarto Relatório Semestral de Atividades da Rede de Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP) e dos Postos Avançados de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM)72; e (ii) a Coletânea Cadernos sobre Tráfico de Pessoas73.

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Migrantes e refugiados

71. Entre 2010 e 2015, o total de solicitações de refúgio no Brasil cresceu mais de 2.868%, tendo passado de 966 solicitações para 28.67074. A maioria dos solicitantes vem da África, da Ásia, do Oriente Médio e do Caribe. De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil abrigava 8.863 refugiados reconhecidos, de 79 nacionalidades, em abril de 2016. Os principais grupos são da Síria (2.298), Angola (1.420), Colômbia (1.100), República Democrática do Congo (968) e Palestina (376). 72. Em relação à Síria, o governo brasileiro adotou medidas para facilitar a entrada de seus nacionais no território e a sua inserção na sociedade. Diante do quadro de graves violações de direitos humanos naquele país, a Resolução nº 17/2013, do CONARE, autorizou as missões diplomáticas brasileiras a emitir visto especial para pessoas afetadas pelo conflito. Em setembro de 2015, a Resolução foi prorrogada por dois anos. 73. A integração dos migrantes e refugiados e a melhoria de suas condições de vida é uma política constante e crescente no Brasil. Exemplos são os cursos de português oferecidos por meio do Pronatec e o Projeto Refugiado Empreendedor75. Além disso, em relação à legislação, em 2013, foi instituída Comissão de Especialistas, no âmbito do MJC, para revisão do Estatuto do Estrangeiro, em vigência desde 1980. A Comissão elaborou anteprojeto de lei para apresentação ao Congresso Nacional, sendo que a proposta foi incluída no debate sobre o Projeto de Lei nº 2.516/201576, atualmente em trâmite na Câmara dos Deputados, a fim de garantir uma perspectiva de direitos humanos ao tema. 74. Ainda, imprescindível evidenciar a migração recente de haitianos ao Estado brasileiro. A partir de 2010, por razões humanitárias decorrentes do terremoto ocorrido no país, teve início um grande fluxo migratório do Haiti ao Brasil, o qual se tornou, ao longo dos últimos anos, permanente. Considerando a situação dos migrantes, sua acolhida e inserção social no território brasileiro, em 2012, o Brasil, por meio de iniciativa do MRE e do MJC, criou categoria especial de proteção e passou a conceder visto humanitário aos haitianos, prática prorrogada até 2017. f) Direito à Memória e à Verdade

75. A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), criada pela Lei nº 9.140/1995, reconheceu como procedentes 362 pedidos de reparação e reconhecimento, os quais foram publicados em livro-relatório que identificou individualmente os casos e revelou as circunstâncias de morte e desaparecimento de opositores políticos da ditadura77. 76. Atualmente, a CEMDP participa da coordenação de dois grupos de trabalho para a localização e identificação de desaparecidos políticos: (i) Grupo de Trabalho Perus (GTP), para identificação de pessoas inumadas no cemitério Dom Bosco, em São Paulo; e (ii) Grupo de Trabalho Araguaia (GTA),

voltado à localização de restos mortais de desaparecidos políticos. 77. A Comissão de Anistia, criada pela Lei nº 10.559/2002, tem por escopo a reparação econômica de pessoas físicas decorrente de danos sofridos durante a ditadura militar. De 74 mil requerimentos de reparação recebidos pela Comissão de Anistia, desde sua criação, aproximadamente 63,5 mil foram apreciados, tendo declarado mais de 43 mil anistiados políticos, com ou sem concessão de reparação econômica78. 78. A Comissão Nacional da Verdade (CNV)79 atuou entre maio de 2012 e dezembro de 201480, quando publicou seu relatório final, o qual reconheceu a prática sistemática de graves violações de direitos humanos perpetradas por agentes do Estado brasileiro no período entre 1964 e 1985. A CNV reconheceu 191 mortes e 210 desaparecimentos, com 33 corpos localizados, o que representou uma atualização do número total de vítimas fatais da ditadura para 434. Foram apontados nominalmente como autores das violações 337 pessoas a serviço do Estado. 79. O relatório da Comissão apresentou 29 recomendações ao Estado brasileiro, enfocadas em medidas de reforma institucional, medidas legais e de seguimento das ações da CNV. Predominantemente voltadas a políticas de direitos humanos, as recomendações destinam-se, em resumo, a garantir a continuidade das ações de investigação e reparação, bem como a não repetição das graves violações. 80. Destaca-se, nesse contexto, a propositura de 10 ações penais pelo Ministério Público Federal (MPF), a partir de tese jurídica segundo a qual a Lei de Anistia (Lei nº 6.683/1979) e a prescrição não são aplicáveis a crimes que poderiam ser caracterizados como crimes de lesa-humanidade, bem como

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a de que crimes de sequestro e de ocultação de cadáver têm caráter de crime permanente – a despeito do entendimento diverso contido em decisão do STF. Ressalte-se que essa decisão do Supremo sobre a matéria foi objeto de recurso, o qual ainda aguarda apreciação.

g) Liberdade de Expressão, Neutralidade de Rede e Responsabilidade Civil na Internet

81. Em relação aos direitos na Internet, merece destaque a Lei nº 12.96581, conhecida como Marco Civil da Internet, aprovada em 2014, tanto pelo seu processo de elaboração – marcado pela significativa presença da sociedade civil na discussão do texto, em razão da parceria entre MJC e o Centro de Tecnologia e Sociedade, da Fundação Getúlio Vargas (CTS/FGV)82 – como pela inovação do seu teor – estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no país, sendo reconhecida como a “Constituição da Internet” brasileira. Dentre as suas disposições, cumpre evidenciar o artigo 8º, o qual estabelece que a garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas comunicações é condição para o pleno exercício do direito de acesso à internet, bem como os artigos 3º e 9º, os quais garantem a neutralidade de rede no Brasil, e os artigos 18 a 21, os quais estabelecem as responsabilidades por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros. Atualmente, dentro do projeto Pensando o Direito83 do MJC, o Governo e a sociedade civil discutem os termos do decreto regulamentador do Marco Civil da Internet.

h) Sistema Judicial e Acesso à Justiça

82. A Defensoria Pública é órgão central para a democratização do acesso à justiça. Em 2013, como parte de seu processo de fortalecimento institucional, a Defensoria Pública da União (DPU), presente em todas as unidades da federação, adquiriu autonomia funcional, administrativa e orçamentária por meio da Emenda Constitucional nº 74. O mesmo já havia sido garantido às Defensorias Públicas Estaduais pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004. Em 2014, a aprovação da Emenda Constitucional nº 80 estabeleceu prazo de oito anos para que a União, os Estados e o Distrito Federal disponham de defensores públicos em todas as suas unidades jurisdicionais, em número proporcional à efetiva demanda pelo serviço84. 83. Estudo da Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ), no MJC, demonstra que o orçamento médio anual das Defensorias Públicas Estaduais cresceu de, aproximadamente, R$ 68 milhões, em 2009, para, aproximadamente, R$ 137 milhões, em 2014, dos quais mais de 102 milhões têm origem no Tesouro Federal. O orçamento da DPU saltou de, aproximadamente, R$ 96 milhões, em 2008, para, aproximadamente, R$ 365 milhões, em 201485. O mesmo estudo indica que o número médio de defensores por unidade da federação era de 227 profissionais, em 2014, contra 190, em 2008. Há, contudo, variações regionais importantes. 84. Merecem registro, também: (i) a aprovação da Lei nº 12.726/2012, que determinou a instalação de juizados especiais itinerantes na esfera estadual voltados, prioritariamente, aos conflitos em áreas rurais ou de menor concentração populacional86; (ii) a assinatura, em 2013, do Protocolo para a

Redução de Barreiras de Acesso à Justiça para a Juventude Negra em Situação de Violência; (iii) o

Programa Brasil Mais Seguro, que tem como um de seus principais objetivos a promoção da celeridade dos inquéritos e processos judiciais; (iv) a instalação nos tribunais dos Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, criados pela Resolução nº 125/2010 do CNJ; (v) o Programa Justiça Plena, que permite ao cidadão acompanhar e ter acesso pleno aos processos de interesse social87; (vi) o Programa Justiça Aberta88; e (vii) o Projeto de Diagnóstico e Fortalecimento da Justiça Estadual89. Ademais, desde 2014, o CNJ utiliza exclusivamente o Processo Judicial Eletrônico para trâmite de novos processos, aumentando a segurança, diminuindo custos e tempo de tramitação90. 85. Destaca-se, também, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro e as ações no âmbito da cooperação jurídica internacional em matéria penal, civil e de recuperação de ativos, assim como a Lei nº 12.846/2013, que responsabiliza administrativa e civilmente as pessoas jurídicas por atos contra a administração pública nacional ou estrangeira, suprindo lacunas na legislação brasileira apontadas por foros internacionais.

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86. No que se refere à proteção de magistrados e membros do Ministério Público, principalmente quando envolvidos em processos referentes a organizações criminosas, a Lei nº 12.694/2012 define uma série de medidas protetivas. Por fim, ressalta-se que, atualmente, operadores do sistema de justiça estão incluídos no PPDDH.

i) Prevenção e Enfrentamento à Tortura

87. Em 2013, o Brasil instituiu o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT)91, por meio da Lei nº 12.847, constituído por quatro instâncias: (i) Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura92; (ii) Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT)93; (iii)

Departamento Penitenciário Nacional; e (iv) Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

O Mecanismo é composto por 11 peritos autônomos e independentes, nos termos do Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (CCT), que exercem mandatos de quatro anos. O Sistema permite a adesão de comitês e mecanismos locais, organizações não governamentais, órgãos do sistema judiciário, conselhos tutelares e corregedorias, e ouvidorias de polícia94·. Na esfera estadual, atualmente, o Brasil tem 17 comitês de Estados criados, bem como dois mecanismos de prevenção e combate em funcionamento95. 88. O MNPCT tem a competência legal de inspecionar locais de privação de liberdade, sem aviso prévio, com acesso a todas as suas dependências, com a finalidade de avaliar protocolos e procedimentos. Após as visitas, o Mecanismo produz relatórios e emite recomendações às autoridades competentes. Desde sua entrada em funcionamento, em 2015, o MNPCT inspecionou 40 unidades em oito Estados da federação e no Distrito Federal. Os relatórios são públicos e estão disponíveis online no sítio eletrônico da SEDH96. 89. Tomando como referência as diretrizes do Protocolo de Istambul, o CNJ, por meio da Resolução nº 213/2015, regulamentou as audiências de custódia97, reconhecendo-as como medida de prevenção e combate à tortura e estabelecendo procedimentos mínimos para os juízes nesses casos. 90. Em relação ao controle da aplicação pelo Brasil da CCT, os relatórios resultantes da visita do Subcomitê sobre a Prevenção da Tortura (SPT) ao país, em 2011, foram publicados em julho de 2012 e março de 2014, seguidos pelas respectivas respostas do Brasil, em fevereiro de 2013 e março de 2014. Em 2015, o Brasil recebeu visitas do Relator Especial sobre a Tortura e do SPT.

j) Segurança Pública e Execuções Extrajudiciais

91. Criou-se, em 2012, o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (SINESP)98, com a finalidade de padronizar a metodologia da gestão das informações relacionadas a drogas, segurança pública, sistema prisional e justiça criminal, entre outras, produzidas pelos entes da federação. A compilação é realizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJC), com dados que remontam a 2004. Assim, tornou-se possível, a partir de 2013, gerar estatísticas criminais abrangendo todos os mais de cinco mil municípios brasileiros. 92. Tendo em vista a letalidade policial causada pelo uso excessivo da força policial, aprovou-se, em 2014, a Lei nº 13.060, a qual disciplina como prioritário o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública. 93. Nessa mesma linha, foi aprovada, em 2012, a Resolução nº 08 do CDDPH, atual CNDH, a qual recomenda a extinção dos termos “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte” nos registros policiais, boletins de ocorrência, inquéritos policiais e notícias de crime de mortes de civis causadas por policiais em serviço devido ao uso indiscriminado da força. O CDDPH, do mesmo modo, aprovou, em 2013, a Resolução nº 06 que dispõe sobre a garantia dos direitos humanos e aplicação da não violência no contexto de manifestações e eventos públicos, bem como na execução de mandados judiciais de manutenção e reintegração de posse. 94. Considerando o objetivo de enfrentar o uso excessivo de força policial, destaca-se o já citado Programa Brasil Mais Seguro, instituído em 2012 pelo MJC, o qual visa à redução da criminalidade violenta, por meio da cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O Programa busca alcançar melhorias na atuação e eficiência dos órgãos de Segurança Pública do país, a fim de reduzir os índices de violência e criminalidade, a partir da qualificação dos procedimentos

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investigativos, do fortalecimento do policiamento ostensivo, da aproximação entre população e Estado, e da cooperação e articulação mais abrangente entre as instituições de segurança pública, sistema prisional e o sistema de justiça criminal (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública)99. 95. Em relação à redução da violência, importante ressaltar o Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra – Juventude Viva, de 2013, incumbido de organizar ações de prevenção para diminuir a vulnerabilidade de jovens negros no país frente às situações sofridas de violência física e simbólica, mediante ações para assegurar a inclusão social e a autonomia aos jovens de 15 a 29 anos. O Plano prioriza os Estados com os mais altos índices de homicídio, os quais, sobretudo, afetam jovens negros e pobres, assim como os 142 municípios brasileiros que concentraram, em 2010, 70% desses homicídios. 96. Em 2014, em outra iniciativa voltada ao combate da violência policial, no âmbito da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, foi criada a Unidade de Repressão aos Crimes contra as Pessoas, com o objetivo de enfrentar a atuação dos chamados “grupos de extermínio”, organizações criminosas formadas por membros de forças policiais e civis e implicadas na prática de execuções sumárias.

k) Sistema Prisional

97. O Departamento Penitenciário Nacional do MJC (DEPEN/MJC) tem investido, desde 2013, na ampliação das políticas de incentivo às alternativas penais ao encarceramento100. Em maio de 2016, o MJC estabeleceu a Política Nacional de Alternativas Penais101. As medidas alternativas à prisão podem ser aplicadas em substituição à prisão preventiva e no momento de execução da pena. 98. O Ministério da Saúde (MS), em conjunto com o MJC, instituiu, no início de 2014, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP)102, com o objetivo de oferecer acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde das pessoas privadas de liberdade. O Governo Federal investiu, apenas em 2014, R$ 50 milhões no aparelhamento de 250 unidades básicas de saúde em prisões103. A transferência de recursos é condicionada à habilitação de equipes multiprofissionais de Atenção Básica Prisional, com responsabilidade de prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade. 99. Criou-se, complementarmente, pela Portaria GM/MS nº 94/2014, o Serviço de Avaliação e Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicadas à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP), com o propósito de adequar os modelos de atenção às singularidades e necessidades de cada caso, proporcionando acesso a tratamento de qualidade em todas as fases do processo criminal. Aderiram à política, até o momento, 24 dos 27 estados da federação, o que representa 550 mil pessoas privadas de liberdade em unidades penais, quase 89% da população prisional do país, conforme dados do DEPEN/MJC. 100. Importante medida no enfrentamento à cultura do encarceramento é o Programa Audiências de Custódia104, iniciativa conjunta do MJC e do CNJ, inaugurada em 2015, em conformidade com as Regras Mínimas de Tratamento de Presos (Regras de Mandela). Visando à aplicação dos Tratados de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil, o programa possibilitou a implantação das audiências de custódia em todos os Estados da federação, de modo a garantir a todo cidadão preso em flagrante a sua rápida apresentação a um juiz a fim de que sejam analisadas a adequação da continuidade da prisão e ocorrências de tortura ou maus-tratos e outras eventuais irregularidades. Igualmente, há a previsão para estruturação de centrais de monitoramento eletrônico, centrais de serviços e assistência social e câmaras de mediação penal105, as quais indicarão ao juiz opções alternativas de encarceramento provisório. Atualmente, o programa já foi lançado em todas as 27 capitais do país pelo CNJ, e conta com o apoio continuado do DEPEN que, desde 2013, destinou R$ 53,8 milhões106 do Fundo Penitenciário Nacional na ampliação de políticas de incentivo às alternativas penais, como as centrais de monitoramento eletrônico e as centrais integradas de alternativas penais. 101. No mesmo passo do Programa Audiências de Custódia, o CNJ lidera outro significativo projeto referente à administração do sistema prisional, o projeto Cidadania nos Presídios107. Lançado no começo de 2016, o programa tem como finalidade a promoção de nova prática e metodologia para o

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sistema de execução e fiscalização de penas, por meio da revisão do funcionamento das Varas de Execução Penal e da busca por soluções para a superocupação dos presídios108. 102. Elemento importante do sistema são as ouvidorias, canais de comunicação entre Estado e cidadão para apresentação de denúncias, reclamações e representações. A Ouvidoria Nacional do Sistema Penitenciário, ligada ao DEPEN, recebeu, em 2013, média mensal de 2,1 mil comunicações109, com demandas de diversas naturezas, principalmente denúncias de negligência, maus-tratos, tortura, tratamento cruel ou degradante. 103. Outro canal de denúncias é o Disque 100. Dois anos após a criação, em 2015, foram recebidas 9.245 ligações sobre locais de privação de liberdade, das quais mais de 50% relataram torturas e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes, violência física, e violência institucional, e mais de 32% denunciaram situações de negligência110. Essas denúncias são encaminhadas aos órgãos competentes para apuração e acompanhamento111. 104. Além disso, o DEPEN tem ampliado e aperfeiçoado a formação de agentes penitenciários federais e estaduais, com módulos sobre direitos humanos, inteligência prisional, segurança nas prisões e gerenciamento de crises, entre outros. Desde 2012, ano de criação da Escola Nacional de Serviços Penais, foram oferecidas 40 mil vagas para servidores envolvidos na execução penal112. 105. Com a finalidade de suprir lacunas nos dados estatísticos sobre as unidades e a população prisional e, assim, aperfeiçoar o diagnóstico dos estabelecimentos penais e da população prisional brasileiros, a metodologia do Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias)113 – sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário do país criado em 2004 – foi alterada em 2014. Além de ampliar o escopo da pesquisa, o novo estudo agrega a análise da qualidade da informação. Ao referido levantamento, em abril de 2016, foi somado o Sistema de Informações do DEPEN (SISDEPEN)114, plataforma nacional informatizada de acompanhamento de execuções penais, prisão cautelar e medidas de segurança, e responsável por unificar a gestão dos dados dos órgãos de segurança pública, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e administração prisional. Um dos objetivos é evitar o prolongamento indevido das penas de privação de liberdade, uma vez que o sistema permite a construção de um perfil individualizado das pessoas custodiadas do Estado. 106. O CNJ lançou, em 2012, a Cartilha da Mulher Presa115, com o objetivo de orientar a população carcerária feminina sobre seus direitos, deveres e benefícios, além de fornecer informações sobre saúde e contatos de todas as defensorias públicas. Em 2014, foi instituída a Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE)116, parceria entre o DEPEN, a SPM e secretarias estaduais, com o objetivo de beneficiar as mais de 37 mil mulheres privadas de liberdade no país117. Em conformidade com as Regras das Nações Unidas para o Tratamento de Mulheres Presas e Medidas Não Privativas de Liberdade para Mulheres Infratoras (Regras de Bangkok), a política estabelece princípios, diretrizes e objetivos para a melhoria da condição de mulher no sistema criminal e penitenciária, bem como busca orientar os diferentes órgãos na elaboração de ações voltadas à gestação e à maternidade na prisão, à assistência material, ao acesso à saúde, educação e trabalho, à assistência jurídica, ao atendimento psicológico e à capacitação permanente de profissionais do sistema prisional feminino. Nesse sentido, destaca-se a Lei nº 12.962/2014, a qual assegura a visita periódica da criança ou adolescente aos pais privados de liberdade, e garante a não destituição do poder familiar dos pais acautelados.

l) Crianças e Adolescentes

107. A atuação do Estado nessa temática é orientada pelo Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente, aprovado em 2011, o qual prevê eixos, diretrizes e objetivos estratégicos da Política Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente para os próximos dez anos. A Política Nacional, por sua vez, apresenta princípios e eixos orientadores sobre a temática, necessários para o funcionamento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGD)118, e está incluída no Plano Plurianual 2016-2019, instrumento constitucional de planejamento do Governo Federal. 108. Além disso, considerando a intersetorialidade inerente à área da infância e da adolescência, o Governo federal tem desenvolvido estratégias para a articulação dos diversos atores envolvidos na

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temática, como a Carta de Constituição de Estratégias em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes119 e a Agenda de Convergência para Proteção Integral dos Direitos da Crianças e do Adolescente – Proteja Brasil120. A primeira iniciativa, assinada em 2012, permite a integração entre o Poder Executivo e o sistema de justiça, sendo que se apoia em quatro eixos estratégicos: (i) defesa da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes; (ii) enfrentamento da violência

sexual e outras violências; (iii) aperfeiçoamento do sistema socioeducativo; e (iv) erradicação do

trabalho infantil. Por sua vez, a segunda, constituída em 2012, reúne governo, sociedade civil, empresas e organismos internacionais na consolidação de redes de prevenção e proteção de crianças e adolescentes em situações específicas de vulnerabilidade no Brasil, como em megaeventos esportivos. 109. Uma ação inovadora no contexto da Agenda de Convergência é o aplicativo gratuito para telefones Proteja Brasil121, que possibilita o envio de denúncias ao Disque 100. O aplicativo apresenta informações sobre as formas de violência contra a criança e o adolescente, além dos equipamentos públicos mais próximos do local onde estiver o autor da denúncia. O aplicativo tem sido disseminado para outros países pelo UNICEF, um dos seus financiadores em colaboração com SEDH. 110. Em 2015, o Governo Federal e a Frente Nacional dos Prefeitos, também no âmbito da Agenda de Convergência, lançaram a campanha Respeitar, Proteger e Garantir – Todos Juntos pelos Direitos das Crianças e Adolescentes122, com o intuito de mobilizar a sociedade a monitorar e denunciar quaisquer situações suspeitas de violação de direitos de crianças e adolescentes. 111. No mesmo passo, a fim de ampliar a rede de prevenção e proteção da criança e do adolescente, a SEDH, em cooperação com a organização não-governamental Safernet, lançou a iniciativa Internet Segura123, a qual utiliza a tecnologia a favor de ações que buscam o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças e adolescentes. Além da cooperação com o Disque 100, e da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, o programa executa ações em educação em direitos humanos na Internet, formação de atores do SGD, elaboração de materiais multimídia, e promoção de campanhas nacionais. 112. No campo legislativo, destacam-se: (i) a Lei nº 13.010/2014, que estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante; (ii) a Lei nº 12.978/2014, que torna hediondo o crime de favorecimento da exploração sexual de criança ou adolescente; e (iii) a Lei nº 13.257/2016, que dispõe sobre as políticas públicas

para a primeira infância.

Trabalho infantil

113. O Brasil é referência internacional no enfrentamento ao trabalho infantil. Entre 1992 e 2013, o número de crianças e adolescentes de 5 a 15 anos trabalhando no país caiu de 5,4 milhões para 1,3 milhão, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). Isso representa uma queda de 76% na taxa. 114. Como apontado acima, a Carta de Constituição, coordenada pela SEDH, apresenta quatro eixos estratégicos, sendo um voltado à erradicação do trabalho infantil, eixo este composto por 22 ações específicas124. 115. A partir de 2013, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)125 foi reordenado com o objetivo de considerar os benefícios do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)126 e a realidade atual do trabalho infantil apresentada pelo Censo IBGE 2010, bem como de acelerar as ações do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador127e da Carta de Constituição. O PETI é baseado em um conjunto de ações que visam a retirar crianças e adolescentes menores de 16 anos da condição precoce de trabalho, as quais compreendem transferência de renda, trabalho social com as famílias, e oferta de serviços de orientação e acompanhamento, como os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)128. Com o redesenho do PETI, atualmente, o atendimento às crianças em situação de trabalho infantil tornou-se prioritário em 5.038 municípios, em contrapartida ao número anterior de 3.576 municípios129. 116. Ainda em 2013, o Brasil sediou a III Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, reafirmando o seu compromisso junto à comunidade internacional de combate ao trabalho infantil. Como produto da Conferência e do empenho de países da América Latina e Caribe, em 2014, por ocasião da XVIII Reunião Americana da OIT, foi assinada a Declaração de Constituição da Iniciativa Regional

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América Latina e Caribe Livre do Trabalho Infantil130, plataforma intergovernamental de ação frente ao trabalho infantil.

Crianças em situação de rua

117. A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA), em 2012, passou a articular-se com redes da sociedade civil que atuam com o tema, com a participação de crianças e adolescentes em situação de rua por meio de seminários e encontros regionais. Essa articulação ocorreu com o apoio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), sendo um dos seus objetivos a produção de subsídios para garantir, no âmbito da Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto nº 7.053/2009, a atenção específica às crianças e adolescentes. 118. Parte do acompanhamento de crianças e adolescentes em situação de rua é realizado nos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS)131, unidades mantidas pelo MDS, e destinadas a ofertar orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com direitos violados. Também desempenham papel relevante nesse acompanhamento os Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro Pop)132. Os Centros Pop devem, obrigatoriamente, oferecer o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua, e orientar a inserção no Cadastro Único. Atualmente, existem 219 Centros Pop em funcionamento e outros em fase de implantação. 119. Os Serviços de Acolhimento para Crianças, Adolescentes e Jovens133 oferecem ações voltadas às crianças e adolescentes que estão sob medidas protetivas por determinação judicial, que sofreram violação de seus direitos, e que não recebem cuidado e proteção de suas famílias. A qualificação do atendimento dos serviços de acolhimento é um dos fundamentos das estratégias e objetivos do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária134, elaborado, em ação conjunta com a sociedade, pelo CONANDA e pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Além de contar com os Serviços de Acolhimento, crianças e adolescentes em situação de rua contam, ainda, com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos135, parte da Proteção Social Básica do SUAS136. 120. No âmbito da Política Nacional de Atenção Básica à Saúde, destaca-se, também, o Consultório na Rua137, que amplia o acesso da população de rua aos serviços de saúde ao oferecer atividades de forma itinerante.

Registro Civil de Nascimento

121. Em 2007, por meio do Decreto nº 6.289, ficou estabelecido o Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento e ampliação do acesso à Documentação. Dentro do Compromisso, em coordenação da SEDH, foi lançada a Mobilização Nacional pela Certidão de Nascimento138, uma iniciativa permanente que busca assegurar o acesso ao registro civil à população em situação de extrema pobreza. 122. O esforço nacional para a erradicação do sub-registro civil de nascimento no Brasil resultou em uma queda constante das taxas. De acordo com o Censo IBGE, de 2010, aproximadamente 600 mil crianças no país, de 0 a 10 anos, não detinham certidão de nascimento. Contudo, a partir das ações públicas do Estado, em cinco anos, a média nacional de crianças sem registro caiu mais de 50%. Em 2002, o indicador de sub-registro marcava 20,9%, em 2007, passou para 12,2%, alcançando 6,6%, em 2010, e apenas 1%, em 2014, conforme dados do IBGE. A marca alcançada pelo Brasil indica a erradicação do sub-registro no país, seguindo contabilização de organismos internacionais. 123. O avanço apresentado pelo Estado brasileiro decorre da efetivação de ações específicas, como: (i) a implantação de serviços de registro civil em unidades de saúde que realizam partos (884 Unidades Interligadas – MUNIC 2014); (ii) a instituição de comitês estaduais e municipais para o tema; (iii) a formalização do Sistema Nacional de Informação de Registro Civil (SIRC) (Decreto 8.270/2014); (iv) a realização de mutirões, campanhas e outras atividades de sensibilização e

informativas, nos diferentes níveis da federação; (v) a simplificação de procedimentos de registros; e

(vi) o assento de nascimento indígena (Resolução Conjunta nº 3/2012, CNJ). 124. Ademais, considerando as realidades regionais, salienta-se, também, o esforço a ser empreendido junto às populações indígenas, quilombolas, ciganas, ribeirinhas e demais povos e comunidades tradicionais, além das populações carcerária e de fronteira. Em 2014, por exemplo, a

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FUNAI, em parceria com a SEDH, lançou a primeira Cartilha sobre Registro Civil de Nascimento para os Povos Indígenas139, com finalidade de garantir acessibilidade integral à documentação básica, especialmente ao Registro Civil de Nascimento, por meio da disponibilização de informação aos gestores municipais, estaduais e federais e às comunidades indígenas.

m) Direito à Saúde

125. Entre os resultados alcançados, em 2015, pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)140, destaca-se o aumento da cobertura populacional brasileira pelas equipes de Saúde da Família (SF) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Em junho de 2016141, a Estratégia Saúde da Família estava presente em 5.481 municípios, com 40.510 equipes implantadas, atingindo 64,28% de cobertura da população brasileira, e 265.171 ACS atendendo a 66,44% da população. No mesmo período, o Brasil alcançou também a marca de 22.398 Equipes de Saúde Bucal, implantadas em 5.034 municípios. 126. Em 2015, 37 Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPA 24h) entraram em funcionamento, atingindo o total de 427 UPA 24h em todo o país. Um dos principais componentes da Rede de Urgências e Emergências (RUE), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) conta, atualmente, com 185 Centrais de Regulação das Urgências, representando cobertura populacional de 150,4 milhões de habitantes (74,85%)142. 127. No âmbito da Rede Cegonha (RC)143, a adesão alcança 223 regiões de saúde (51% das Comissões Intergestores Regionais). Até o momento, mais de 98% dos municípios brasileiros, em todos os estados da federação, aderiram à Rede e vêm qualificando a atenção ao pré-natal, ao parto e nascimento e ao puerpério, compromisso dos gestores presente em seus Planos de Ação Regionais e Municipais (PAR-RC e PAM-RC). Para a melhoria na estrutura física das unidades de atendimento obstétrico, foram aprovadas, em 2015, 39 propostas contidas nos PAR-RC. Destas, 16 destinam-se à construção e ampliação de unidades e as outras 23, à aquisição de equipamentos para os Centros de Parto Normal (CPN), Casa da Gestante Bebê e Puérpera (CGPB), e adequação de ambiência à normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária144. 128. Em 2015, foram habilitados 53 leitos para Gestação de Alto Risco em 11 estados. Considerando que cada leito pode atender 72 mulheres por ano, estima-se que o acréscimo resultará em mais 3.816 brasileiras atendidas anualmente. Nas unidades neonatais, foram habilitados 471 leitos de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional e Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINca). 129. Em 2012, o MS publicou o Protocolo para Utilização do Levonorgestrel na Anticoncepção Hormonal de Emergência145, insumo estratégico na prevenção da gravidez indesejada e, consequentemente, do aborto inseguro, uma das principais causas de morte materna. O Brasil tem avançado significativamente nessa área, tendo reduzido em 43% sua taxa de mortes maternas entre 1990 e 2013146. 130. Quanto à mortalidade infantil, o Brasil é um dos 62 países que alcançaram a meta de redução estipulada nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)147. Entre 1990 e 2012, a taxa de mortalidade infantil (até 1 ano de idade) caiu aproximadamente 70%, chegando a 14,6 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, de acordo com o MS. Essa taxa está próxima do nível considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10 mortes por 1.000 nascidos vivos. 131. O enfrentamento à desnutrição infantil também é objeto de política governamental. Em 2014, foi lançada a estratégia NutriSUS148, a qual tem por objetivo a fortificação da alimentação infantil de crianças de 6 meses a 3 anos e 11 meses mediante a adição de micronutrientes em pó em uma das refeições oferecidas diariamente em creches, buscando, assim, potencializar o pleno desenvolvimento infantil. A primeira fase de implantação do NutriSUS contemplou 1.717 municípios, 6.864 creches e 330.376 crianças149. 132. Em 2014, o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) registrou 552.468 testes rápidos de gravidez. Foram distribuídos, ainda, 1.351.835 testes rápidos de sífilis e 2.677.320 de testes de HIV. Em 2015, o MS distribuiu 2.075.38531 testes de HIV e 2.249.10532 testes de sífilis para estados e municípios. 133. A experiência brasileira de combate à epidemia de HIV/AIDS é referência mundial. A taxa de detecção caiu 5,5% em um ano, passando de 20,8 casos por 100 mil habitantes, em 2013, para 19,7

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casos por 100 mil habitantes, em 2014. Essa redução anual é a mais importante nos últimos 12 anos de epidemia. Se considerado o período de 2003 a 2014, a redução é de 9%150. n) Direito à Alimentação Adequada

134. O Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2015, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), revela que o Brasil reduziu de forma expressiva a fome, a desnutrição e subalimentação. O Indicador de Prevalência de Subalimentação atingiu nível menor que 5%, limite estatístico da medida, abaixo do qual se considera que um país superou o problema da fome151. 135. O Brasil foi um dos primeiros países a desenvolver escala própria, apresentada no Relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) foi aplicada em três inquéritos populacionais nacionais entre 2004 e 2009 (PNAD 2003-2004, PNDS 2006 e PNAD 2008-2009), possibilitando documentar as tendências nas prevalências de segurança e insegurança alimentar leve, moderada e grave no país e entre diferentes subpopulações. Foi aplicada novamente na PNAD, em 2013, sendo que, a partir de 2014, passou a ser adotada, de forma contínua, na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)152. 136. A Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS – Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), instituída pela Portaria nº 1.920/2013, tem como objetivo qualificar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável para crianças menores de dois anos de idade, aprimorando as competências e habilidades dos profissionais de saúde da atenção básica, no âmbito do SUS153. Em 2015, foram realizadas mais de 50 oficinas de formação de tutores da EAAB, 422 oficinas de trabalho e formados mais de 1.000 tutores e de 6.000 profissionais da atenção básica154. o) Direito à Educação

137. Em 2016, o MEC anunciou a liberação de R$ 171,2 milhões para reformas e construções de escoladas da educação básica, em todo o país. Parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC – Educação), os valores serão aplicados na execução de 1.725 obras e para o custeio de 87 obras vinculadas ao Plano de Ações Articuladas (PAR)155. O investimento no ensino básico, até agosto de 2016, alcançou a marca de R$ 1,4 bilhão, com destaque para os maiores beneficiados, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)156 e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)157. 138. Igualmente em 2016, foi divulgado o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que agrega dois importantes conceitos para a avaliação da qualidade da educação: o fluxo escolar e médias de desempenho em provas158. Referente ao ano de 2015159, o IDEB indicou que o Brasil superou a meta para as séries iniciais do Ensino Fundamental – primeiro ao quinto ano –, atingindo o índice de 5,5, acima da meta de 5,2. Nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, as metas nacionais do IDEB não foram alcançadas. Contudo, imprescindível ressaltar que, em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, 5 estados – Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso, Ceará e Goiás – cumpriram a meta nacional, e que, em relação ao Ensino Médio, 20 das 27 redes estaduais tiveram desempenho melhor, em 2015, em comparação com a avaliação anterior, em 2013, demonstrando evolução na qualidade do ensino. 139. O MEC e Secretarias Estaduais de Educação, em maio de 2016, reuniram-se no III Seminário referente ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio160, a fim de avaliar as etapas I e II da iniciativa, a qual, lançada em 2013, tem como objetivo articular e coordenar ações entre todos os entes federados na formulação e implantação de políticas para elevar o padrão de qualidade do Ensino Médio brasileiro. Ainda, pertinente registrar que a renovação do Ensino Médio é uma das prioridades do Estado brasileiro. Em setembro de 2016, foi apresentada proposta de legislação161 para reestruturar e expandir essa etapa do ensino brasileiro, a qual segue em tramitação no Congresso Nacional. 140. O analfabetismo entre jovens e adultos no Brasil caiu de 11,5%, em 2004, para 8,3%, em 2014, conforme dados da PNAD. Na faixa de 15 a 19 anos, a PNAD de 2014 registrou taxa de analfabetismo de 0,9%, muito inferior à média geral, o que demonstra a efetividade das políticas em curso para a educação básica. Entre 2008 e 2012, 6,7 milhões de jovens e adultos foram beneficiados pelo Brasil Alfabetizado162, o que representou investimento de R$ 1,4 bilhão163. Nesse sentido, merece destaque

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o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC)164, compromisso formal assumido pelos entes federados de garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas ao final do terceiro ano do Ensino Fundamental. O PNAIC 2016165 tem três eixos específicos de atuação – fortalecimento do programa, formação de professores e valorização das escolas comprometidas com a melhoria da alfabetização –, e foi aberto, em abril de 2016, para adesão no PAR dos Estados. Ademais, durante o ano de 2016, o MEC liberou R$ 15,18 milhões para bolsas nos programas Brasil Alfabetizado e Projovem Urbano166, a fim de beneficiar 19 mil estudantes, educadores e tradutores-intérpretes de libras167. 141. Nos últimos dez anos, o número de crianças em idade correspondente à pré-escola (4-5 anos) matriculadas na educação básica cresceu 17 pontos percentuais. Segundo levantamento da organização não governamental Todos Pela Educação, o número subiu de 72,5%, em 2005, para 89,1%, em 2014. No mesmo passo, houve avanço constante, nos últimos dez anos, no acesso à educação básica para as crianças e jovens de 4 a 17 anos, passando de 89,5% para 93,6% entre 2005 e 2014168. 142. Ainda, fundamental destacar os resultados do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera)169, iniciativa que propõe e apoia projetos para o desenvolvimento das áreas de reforma agrária. Conforme dados publicados em 2016, o Pronera garantiu acesso à educação formal a 185,2 mil pessoas em todo o Brasil, em quase duas décadas de execução, com 470 cursos realizado em 913 municípios brasileiros. 143. O Estado brasileiro compromete-se com a educação em direitos humanos por meio de políticas e programas públicos, entre os quais: (i) o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH); (ii) o apoio ao funcionamento do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos;

(iii) a execução de projetos de cooperação com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); (iv) a

implantação de Comitês de Educação em Direitos Humanos nos estados e municípios; (v) o apoio às

instituições de educação superior para o desenvolvimento de estudos e pesquisa na área da educação em direitos humanos; (vi) a implantação de Núcleos de Estudos e Pesquisas em Educação em Direitos Humanos em universidades; (vii) apoio para publicações e produção de materiais relativos à educação em direitos humanos; (viii) a realização do Prêmio Direitos Humanos e do Prêmio Nacional de

Educação em Direitos Humanos; (ix) a implementação das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos170; (x) o Pacto Nacional Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade e da Cultura da Paz em Direitos Humanos; e (xi) as iniciativas de cooperação para promoção da educação em direitos humanos no Poder Judiciário. p) Meio Ambiente

144. Entre 2004 e 2015, a taxa anual de desmatamento na Amazônia Legal brasileira foi reduzida em mais de 80%, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). Esse é o resultado do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em 2004, sob coordenação do MMA, que coordena também o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), lançado em 2009. Está em fase de elaboração, no mesmo órgão federal, o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Caatinga171. 145. A terceira fase do PPCDAm foi encerrada em 2015, e os dados estão sob análise da equipe técnica do MMA172. Não obstante, registra-se que, conforme os dados já disponíveis, 76% da meta voluntária de redução do desmatamento e aproximadamente 62% de redução de emissões até 2020 já foram alcançadas173. Em relação ao cerrado, o último dado disponível indica redução de 50% no desmatamento nos anos de 2010 e 2011174, ainda, conforme dados divulgados em 2015, 54,4% do bioma está com a vegetação natural preservada175 146. O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros, criado pela Portaria nº 365/2015, do MMA, envolve os biomas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Os produtos do Programa176 serão de fundamental importância para subsidiar um conjunto de políticas públicas nacionais e os instrumentos de gestão territorial do país, entre os quais o

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PPCerrado, a Política Nacional sobre Mudança do Clima177, a Lei da Proteção da Vegetação Nativa e a Política Nacional da Biodiversidade178. 147. O MMA, por meio do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO), realizou importantes mapeamentos do uso da terra por imagens orbitais, posteriormente aperfeiçoados pelo Projeto de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS)179, desenvolvido em cooperação entre o MMA, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 148. Ainda, no campo legislativo, merecem destaque o lançamento da plataforma de Cadastro Ambiental Rural, criado pela Lei nº 12.651/2012 (Novo Código Florestal), o qual permitirá traçar um quadro detalhado sobre áreas degradas no país e auxiliar no processo correspondente de recuperação ambiental, e a Lei nº 13.123/2015 (Lei da Biodiversidade), que revogou Medida Provisória de 2001, e estabeleceu novas regras para o acesso ao patrimônio genético, acesso ao conhecimento tradicional associado e repartição de benefícios, a fim de fortalecer a conservação e o uso sustentável da biodiversidade brasileira, em respeito à Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, da ONU. q) Grandes Obras e Grandes Eventos

149. A preparação e a realização da Copa das Confederações da FIFA 2013, da Copa do Mundo FIFA 2014 e das Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 representaram importante desafio para o Estado brasileiro. O sucesso desses eventos deveu-se, em grande parte, ao trabalho integrado das três esferas governamentais em todas as cidades envolvidas. 150. Os investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo alcançaram R$ 27,1 bilhões, compreendendo investimentos em estádios, portos, aeroportos, mobilidade urbana, segurança, telecomunicações e turismo. Segundo balanço do Ministério dos Esportes180, 36 dos 44 projetos de mobilidade foram entregues nas 12 cidades-sede. 151. Para além dos benefícios trazidos pelas construções esportivas, as quais serão utilizadas pela população após os eventos, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 deixaram importante legado de integração urbana para o Rio de Janeiro181. As obras de mobilidade, acessibilidade, urbanização e saneamento revitalizaram a cidade, em um investimento total de R$ 30 bilhões, com especial destaque às obras de transporte que aumentaram para 63% a capacidade de utilização da rede. 152. Em relação ao legado esportivo dos Jogos Rio 2016, e considerando a importância do esporte como vetor de promoção dos direitos humanos, cumpre destacar que o Estado brasileiro investiu mais de R$ 4 bilhões na estruturação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades em todas as regiões do país, visando à formação de nova geração de atletas182. Parte desses investimentos foi destinada à implantação do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE)183, integrando no mesmo espaço físico atividades de formação de atletas em até 13 modalidades olímpicas, seis paralímpicas e uma não olímpica. Os 285 projetos aprovados beneficiam 263 municípios das cinco regiões do país. 153. No que tange à segurança pública, a Operação de Segurança Copa do Mundo FIFA 2014 foi reconhecidamente exitosa. Destaca-se a ação de proteção a crianças e adolescentes nos grandes eventos, por meio da supracitada Agenda de Convergência, com atuação nas cidades-sede da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, onde foram instalados Comitês Locais de Proteção Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente. Adicionalmente, foram oferecidos Espaços de Convivência Temporários para acolher crianças e adolescentes perdidos ou em situação de violação de direitos. 154. Por sua vez, nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Estado brasileiro realizou ações diversas de cooperação internacional visando ao planejamento e organização da segurança para os eventos, as quais foram coordenadas pelo MJC. A cidade-sede recebeu o Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) e Centro Integrado Antiterrorismo (CIANT), os quais contaram com a participação e colaboração de policiais de 55 países. Além disso, a SEDH atuou nos Plantões Integrados e Espaços de Convivência184, instalados pelo Comitê de Proteção Integral a Crianças e Adolescentes nos Megaeventos do Rio de Janeiro, recebendo e encaminhando denúncias de violações de direitos, principalmente de crianças e adolescentes.

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1 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Aprovado pelo Decreto nº 7.037/2009, modificado pelo Decreto nº 7.177/2010, o PNDH-3 tem força de lei. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/direito-para-todos/programas/pdfs/programa-nacional-de-direitos-humanos-pndh-3. Acesso em 8 de setembro de 2016. 2 Vide Seção II, item ‘a’ deste Relatório. 3 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Observatório do PNDH-3. Disponível em: http://www.pndh3.sdh.gov.br. Acesso em 15 de agosto de 2016. 4 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos. Disponível em: http://snidh.sdh.gov.br. Acesso em 17 de agosto de 2016. 5 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Observatório de Recomendações Internacionais sobre Direitos Humanos. Disponível em: http://www.observadh.sdh.gov.br. Acesso em 17 de agosto de 2016. 6 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Relatório Anual Socioeconômico da Mulher. 2015. Disponível em: http://www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/livro-raseam_completo.pdf. Acesso em 15 de agosto de 2016. 7 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. Sistema de Monitoramento das Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Disponível em: http://monitoramento.seppir.gov.br. Acesso em 15 de agosto de 2016. 8 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública. Disponível em: http://www.sinesp.gov.br. Acesso em 15 de agosto de 2016. 9 Resolução nº 1992154, de 3 de março de 1992, da Comissão de Direitos Humanos da ONU. 10 Para mais detalhes sobre o PBA, acesse o link: http://www.ibama.gov.br/licenciamento-ambiental/processo-de-licenciamento. 11 ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS. Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos. Disponível em: http://indicators.ohchr.org/. Acesso em 12 de setembro de 2016. 12 Tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei – PL n˚ 301/2007 e PL n˚ 4.038/2008 – que aprimoram a tipificação de crimes tratados no Estatuto de Roma e normatizam a cooperação judiciária com o Tribunal Penal Internacional. Para mais detalhes, acesse os links: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=343615 e http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=410747. 13 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/combates-as-violacoes/programas/copy_of_ppddh-programa-de-protecao-aos-defensores-de-direitos-humanos. Acesso em 16 de setembro de 2016. 14 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Resolução nº 06/2013. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/sobre/participacao-social/cndh/resolucoes/2013/resolucao-06-2013. Acesso em 16 de setembro de 2016. 15O Brasil cumpriu a meta "A" do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 1 (reduzir, até 2015, a pobreza extrema à metade do nível de 1990), antes do prazo e em nível superior ao estipulado. Ao reduzir a pobreza extrema a menos de um sétimo do nível de 1990 (de 25,5% para 3,5% em 2012), o Brasil foi um dos países que mais contribuíram para o alcance global da referida meta. 16 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Programa Bolsa Família. Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/bolsa-familia/o-que-e/como-funciona/como-funciona. Acesso em 29 de setembro de 2016. 17 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Programa Minha Casa Minha Vida. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/minha-casa-minha-vida. Acesso em 29 de setembro de 2016. 18 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Dados disponíveis em: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi-data/METRO/metro.php?p_id=4. Acesso em 29 de setembro de 2016. 19 PORTAL BRASIL. CIDADANIA E JUSTIÇA. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/07/bolsa-familia-comeca-a-ser-pago-com-reajuste-de-12-5. Acesso em 20 de outubro de 2016. 20 PORTAL BRASIL. CIDADANIA E JUSTIÇA. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/10/governo-verifica-frequencia-escolar-de-14-milhoes-de-alunos-do-bolsa-familia. Acesso em 20 de outubro de 2016. 21 PORTAL BRASIL. INFRAESTRUTURA. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2015/05/minha-casa-minha-vida-atinge-3-857-milhoes-de-moradias. Acesso em 20 de outubro de 2016. 22 PALÁCIO DO PLANALTO. Notícias. Disponível em: http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-planalto/noticias/2016/08/governo-anuncia-40-mil-novas-unidades-no-minha-casa-minha-vida. Acesso em 20 de outubro de 2016. 23 PORTAL BRASIL. INFRAESTRUTURA. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2016/07/entenda-o-que-mudou-no-minha-casa-minha-vida. Acesso em 20 de outubro de 2016. 24 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Plano Brasil sem Miséria. Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/brasil-sem-miseria. Acesso em 29 de setembro de 2016. 25 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Brasil Sem Miséria. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/cadernodegraficosbsm-35anos.pdf. Acesso em 09 de setembro de 2016. 26MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Informe de Previdência Social de Novembro/2015. Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2013/05/Informe_Novembro_2015_Web.pdf. Acesso em 29 de setembro de 2016. 27 O BPC é um benefício individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade. Em ambos os casos, devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente. 28 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Notícias. Disponível em: http://trabalho.gov.br/component/content/article?id=3848. Acesso em 30 de setembro de 2016. 29 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO. Operações de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo. Disponível em: http://trabalho.gov.br/fiscalizacao-combate-trabalho-escravo/resultados-das-operacoes-de-fiscalizacao-para-erradicacao-do-trabalho-escravo. Acesso em 30 de setembro de 2016. 30 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO. Operações de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo. Disponível em: http://trabalho.gov.br/fiscalizacao-combate-trabalho-escravo/resultados-das-operacoes-de-fiscalizacao-para-erradicacao-do-trabalho-escravo. Acesso em 30 de setembro de 2016. 31 Conforme já apontado no relatório anterior, a tais empregadores fica vedado o acesso a financiamento público e são impostas restrições à comercialização de seus produtos. 32 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. 2ª Câmara de Coordenação e Revisão. Nota Técnica nº 02/2015 – 2ª CCR. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr2/coordenacao/comissoes-e-grupos-de-trabalho/escravidao-contemporanea-migrado-1/notas-tecnicas-planos-e-oficinas/Nota%20Tecnica%20no%202-2015.pdf. Acesso em 6 de outubro de 2016. 33Criada por Decreto em 31 de julho de 2003, a CONATRAE tem como objetivo coordenar e avaliar a implementação das ações previstas no Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Também compete à Comissão acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e avaliar a proposição de estudos e pesquisas sobre o trabalho escravo no país.

34 A Constituição Federal da República Federativa do Brasil está disponível no link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. 35 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Observatório Viver sem Limite. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-com-deficiencia/observatorio. Acesso em 12 de setembro de 2016.

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36MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço Anual da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. 2015. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/noticias/2016/janeiro/CARTILHADIGITALBALANODODISQUE1002015.pdf. Acesso em 7 de outubro de 2016. 37 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Farmácia Popular do Brasil. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sctie/farmacia-popular. Acesso em 20 de setembro de 2016. 38 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Melhor em Casa. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/acoes-e-programas/melhor-em-casa. Acesso em 20 de setembro de 2016. 39 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Notícias STF. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=178931. Acesso em 20 de setembro de 2016. 40 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. LGBT Dados Estatísticos. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/lgbt/dados-estatisticos. Acesso em 20 de setembro de 2016. 41MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço Anual da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. 2015. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/noticias/2016/janeiro/CARTILHADIGITALBALANODODISQUE1002015.pdf. Acesso em 7 de outubro de 2016. 42 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Notícias. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/noticias/2016/setembro/seminario-nacional-de-controle-social-e-politicas-publicas-lgbt-comemora-15-anos-de-atuacao-de-atuacao-do-conselho. Acesso em 7 de outubro de 2016. 43MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/160309_nt_24_mulher_trabalho_marco_2016.pdf. Acesso em 7 de outubro de 2016. 44 SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) e Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas de 2015. Disponível em: http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/4ee07253fa008eb297c4585b988b0a43/$File/7216.pdf e http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/cd949ce3599faa1e095bea15e2ac8ba5/$File/5861.pdf. Acesso em 6 de outubro de 2016. 45 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=40. Acesso em 4 de outubro de 2016. 46 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Pronatec. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pronatec. Acesso em 20 de setembro de 2016. 47 PORTAL BRASIL. EDUCAÇÃO. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/educacao/2016/03/mulheres-sao-maioria-entre-brasileiros-com-doutorado-no-exterior. Acesso em 7 de outubro de 2016. 48 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. Disponível em: http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-creditorural/sobre-o-programa. Acesso em 4 de outubro de 2016. 49 PORTAL BRASIL. CIDADANIA E JUSTIÇA. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/07/contratos-da-agricultura-familiar-crescem-9,4. Acesso em 4 de outubro de 2016. 50 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural. Disponível em: http://www2.planalto.gov.br/noticias/2015/05/conheca-o-programa-nacional-de-documentacao-da-trabalhadora-rural/image_view_fullscreen. Acesso em 4 de outubro de 2016. 51 Em 2014, havia cerca de 6,4 milhões de trabalhadores domésticos. Desse total, 92% são mulheres, das quais 65% são mulheres negras. Conforme dados da PNAD 2014. 52 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Disponível em: http://www.spm.gov.br/assuntos/mulher-e-trabalho/programa-pro-equidade-de-genero-e-raca. Acesso em 4 de outubro de 2016. 53 O Programa dialoga diretamente com as empresas de médio e grande porte, públicas e privadas, abrangendo nichos tradicionalmente masculinos, como os setores elétrico, financeiro e petroquímico, com o objetivo de desenvolver novas concepções nas áreas de gestão de pessoas e na cultura organizacional das empresas, criando um novo paradigma nas relações de trabalho, baseado na igualdade de gênero e raça e no enfrentamento a todas as formas de discriminação. 54 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Disponível em: http://www.spm.gov.br/assuntos/pnpm. Acesso em 20 de setembro de 2016. 55 Quando o homicídio é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, consideradas como tais quando o crime envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 56 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Programa Mulher, Viver sem Violência. Disponível em: http://www.spm.gov.br/assuntos/violencia/programa-mulher-viver-sem-violencia. Acesso em 20 de setembro de 2016. 57 MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL). Campanha MERCOSUL Livre do Tráfico de Mulheres. Disponível em: http://www.mercosur.int/innovaportal/v/6958/9/innova.front/mercosul-livre-do-trafico-de-mulheres. Acesso em 7 de outubro de 2016. 58 Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte. Disponível em: http://www.compromissoeatitude.org.br/. Acesso em 7 de outubro de 2016. 59 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Campanha do Programa Mulher, Viver sem Violência. Disponível em: http://www.spm.gov.br/assuntos/violencia/programa-mulher-viver-sem-violencia. Acesso em 7 de outubro de 2016 60 PORTAL BRASIL. CIDADANIA E JUSTIÇA. Notícias. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/05/campanha-eu-ligo-e-aplicativo-clique-180-incentivam-denuncias. Acesso em 7 de outubro de 2016. 61 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial Disponível em: http://www.seppir.gov.br/articulacao/sinapir. Acesso em 20 de outubro de 2016. 62 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial. Disponível em: http://www.seppir.gov.br/ouvidoria. Acesso em 20 de outubro de 2016. 63 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Notícias. Disponível em: http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/noticias/estatuto-da-igualdade-racial-completa-seis-anos-precisamos-avancar-mais-1. Acesso em 20 de outubro de 2016. 64 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Notícias. Disponível em: http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/noticias/estatuto-da-igualdade-racial-completa-seis-anos-precisamos-avancar-mais-1. Acesso em 20 de outubro de 2016. 65 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa de Bolsa Permanência. Disponível em: http://permanencia.mec.gov.br/. Acesso em 20 de setembro de 2016. 66MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. 2013-2015. Disponível em: http://www.seppir.gov.br/portal-antigo/arquivos-pdf/plano-nacional-de-desenvolvimento-sustentavel-dos-povos-e-comunidades-tradicionais-de-matriz-africana.pdf/view. Acesso em 20 de setembro de 2016. 67Povos e comunidades tradicionais de matriz africana são grupos que se organizam a partir dos valores civilizatórios e da cosmo visão trazidos para o país por africanos para cá transladados durante o sistema escravista, o que possibilitou um contínuo civilizatório africano no Brasil, constituindo territórios próprios caracterizados pela vivência comunitária, pelo acolhimento e pela prestação de serviços à comunidade.

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68 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/Guia-de-enfrentamento-ao-racismo-institucional.pdf. Acesso em 27 de setembro de 2016. 69 Artigo 231, da Constituição Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. 70 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA. II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-protecao/trafico-de-pessoas/publicacoes/anexos/ii-plano-nacional-1.pdf. Acesso em 21 de setembro de 2016. 71 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Notícias. Disponível em: http://www.justica.gov.br/noticias/secretario-nacional-de-justica-avalia-acoes-do-ii-plano-nacional-de-enfrentamento-ao-trafico-de-pessoas. Acesso em 7 de outubro de 2016. 72 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-protecao/trafico-de-pessoas/redes-de-enfrentamento/4o-relatorio-da-rede. Acesso em 21 de setembro de 2016. 73 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-protecao/trafico-de-pessoas/publicacoes.Acesso em 21 de setembro de 2016. 74 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Relatório sobre refúgio no Brasil. Disponível em: http://www.justica.gov.br/noticias/brasil-tem-quase-9-mil-refugiados-. Acesso em 4 de outubro de 2016. 75 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Projeto Refugiado Empreendedor. Disponível em: http://www.justica.gov.br/noticias/projeto-refugiado-empreendedor-tem. Acesso em 4 de outubro de 2016. 76 O Projeto de Lei nº 2.516/2015 está disponível no link: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1594910. 77 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. 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Disponível em: http://www.sdh.gov.br/sobre/participacao-social/sistema-nacional-de-prevencao-e-combate-a-tortura-snpct/mecanismo/mecanismo-nacional-de-prevencao-e-combate-a-tortura-mnpct. Acesso em 16 de agosto de 2016. 94 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Portaria SDH n° 324/2015. 95Comitês: (1) Acre, (2) Rondônia, (3) Pará, (4) Goiás, (5) Piauí, (6) Ceará, (7) Rio Grande do Norte, (8) Paraíba, (9) Pernambuco, (10) Alagoas, (11) Bahia, (12) Maranhão, (13) Espírito Santo, (14) Rio de Janeiro, (15) Paraná, (16) Rio Grande do Sul e (17) Goiás. Mecanismos: Rio de Janeiro e Pernambuco. Os estados da Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Maranhão criaram mecanismos por lei, entretanto eles não foram implementados. O Estado de Rondônia criou os cargos e deve começar seu processo de seleção em breve. 96MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Prevenção e combate à tortura. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/prevencao-e-combate-a-tortura/sistema-nacional-de-prevencao-e-combate-a-tortura/mecanismo-nacional-de-prevencao-e-combate-a-tortura. Acesso em 16 de agosto de 2016. 97 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução nº 213/2015. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3059. Acesso em 17 de agosto de 2016. 98 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública. Disponível em: http://www.sinesp.gov.br. Acesso em 15 de agosto de 2016. 99 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Brasil Mais Seguro. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-seguranca/seguranca-publica/programas-1/brasil-mais-seguro. Acesso em 15 de agosto de 2016. 100Alternativas penais são as penas restritivas de direitos, como prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, limitação de fim de semana e interdição temporária de direitos, aplicadas em substituição à pena de prisão. Ainda integram as alternativas penais as medidas cautelares diversas da prisão (como o recolhimento domiciliar, a suspensão do exercício de função pública, a monitoração eletrônica, entre outras); as medidas protetivas da Lei Maria da Penha (como o afastamento do lar e a proibição de contato ou aproximação com a ofendida); bem como a transação penal e suspensão condicional do processo, a conciliação, a mediação e técnicas de justiça restaurativa. 101 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. Política Nacional de Alternativas Penais. Disponível em: http://www.justica.gov.br/noticias/ministerio-da-justica-institui-politica-nacional-de-alternativas-penais. Acesso em 17 de agosto de 2016.

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102 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnaisp.php. Acesso em 17 de agosto de 2016. 103 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnaisp.php. Acesso em 17 de agosto de 2016. 104 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3059. Acesso em 19 de setembro de 2016. 105 Tramita no Senado Federal o Projeto de Lei nº 554/ 2011, que versa sobre a audiência de custódia, alterando o §1º do artigo 306 do Decreto-Lei nº 3.689 de 1941, o Código de Processo Penal Brasileiro. O Projeto está disponível no link: HTTPS://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/102115.Acesso em 6 de outubro de 2016. 106 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Alternativas Penais. Disponível em: http://www.justica.gov.br/noticias/ministerio-da-justica-institui-politica-nacional-de-alternativas-penais. Acesso em 17 de agosto de 2016. 107 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. 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Page 26: Veja o texto do III Relatório Brasileiro ao Mecanismo de Revisão

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