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Vem conhecer as Fadas MágicasAs Fadas Mágicas do Bosque Florido trabalham
em equipa para resgatar animais em perigo. Para isso, elas unem os seus talentos especiais,
as suas pétalas mágicas e enormes doses de amor.
Fada Rosa Sopra beijos curativos para
fazer com que os animais do Bosque Florido melhorem.
Fada DáliaVê a quilómetros de distância com a sua
visão especial.
Fada JasmimProduz um brilho
deslumbrante ao rodopiar, iluminando os lugares
mais escuros.
Fada VioletaCria teias muito fortes para o salvamento de animais em perigo.
Leo, o Esquilo Corajoso
Índice
Capítulo 1
Acordar para a Primavera . . . . . 11
Capítulo 2
O Leo Exibe‑se . . . . . . . . . . . . . . . 18
Capítulo 3
A Duquesa Tulipa Salva o Dia . 30
Capítulo 4
A Ajuda das Fadas Mágicas . . . 39
11
Acordar para a Primavera
Capítulo 1
As flores cor‑de‑rosa começaram a despontar na
grande cerejeira, o que significava que se aproximava
a hora de a Duquesa Tulipa visitar as Fadas Mágicas.
Enquanto quatro fadas estavam muito ocupadas
a preparar‑se para a chegada da Duquesa, os animais
do Bosque Florido começavam a despertar do longo
sono de inverno.
As quatro Fadas Mágicas — a Rosa, a Dália,
a Jasmim e a Violeta — procuravam os seus vestidos
primaveris nos guarda‑vestidos.
12
— Já não precisamos da nossa roupa quentinha de
inverno! — declarou a Jasmim, com um rodopio.
— Mal posso esperar por usar os meus frescos vesti‑
dos de pétalas! As roupas da primavera são tão bonitas!
A Violeta reparou numa caixa misteriosa ao lado
dos sapatos de primavera.
— O que haverá lá dentro? Oh, já nem me lem‑
brava disto! Vejam este álbum de recortes que fiz
aquando da última visita da Duquesa Tulipa —
anunciou ela, enquanto retirava um livro coberto de
pétalas do interior da caixa.
A Rosa, a Dália e a Jasmim aproximaram‑se para
ver. Havia pedaços de galhos, folhas e pétalas, guar‑
dados da sua última visita.
— Ooh, adoro quando a Duquesa Tulipa vem
cá! Traz sempre sol e brisa suave com ela. E alguma
chuva, claro! — disse a Jasmim.
13
— Podíamos fazer limonada e pãezinhos com
mel! — sugeriu a Dália. — Ela adora!
— Sim — concordou a Rosa —, e vamos dançar
com ela à volta do mastro de maio, como é habitual.
É sempre tão divertido. Oh, isso lembra‑me que…
temos de decorar o mastro de maio.
14
— Onde estão as fitas? — perguntou a Violeta.
— No nosso armário da primavera — respondeu
a Rosa, e voou para as procurar.
— Tcharan! — exclamou a Rosa, ao encon‑
trar as fitas coloridas… amarelas, cor‑de‑rosa, azuis
e verdes.
As quatro Fadas Mágicas voaram para o exterior
e ataram as fitas coloridas ao mastro de maio.
15
No coração do bosque, no Trilho de Alfazema,
os pequenos animais estavam muito contentes por
terem acordado do longo e profundo sono de
inverno. Os pequenos amiguinhos cantavam e dan‑
çavam, alegres.
Leo, o esquilo, era o mais novo de todos os ani‑
mais. Depois de muito pedir à mãe para ir dar uma
volta, a mãe deixou que ele fosse recolher alguns
galhos.
— Não te afastes muito — avisou‑o a mãe.
Mas o Leo viu os outros jovens animais e foi atrás
deles.
— Ei, posso juntar‑me a vocês? — perguntou.
— Não. As tuas pernas são muito curtas para nos
acompanhares! — respondeu o ursinho Max.
— És apenas um bebé! — afirmou o Quico.
A irmã do Leo, a Susie, estava preocupada com
ele, mas não disse nada com receio de que os outros
começassem a rir‑se.
— Não sou nenhum bebé! — disse o Leo, furioso.
— Então prova‑o — desafiou o Max.
18
O Leo Exibe‑se
Capítulo 2
— Bem… — disse o Leo enquanto pensava.
— E? — perguntou o Max, a rir.
— Vês ali aquele cepo? — perguntou o Leo.
— O que tem? — questionou o texugo Quico.
— Consigo saltar de cima dele! — disse o Leo.
— Então vai lá! — incentivou o Quico.
O Leo foi até ao tronco e tentou subir para cima
dele.
Os outros animais troçavam enquanto ele trepava
desajeitadamente para o topo do cepo.
19
Quando finalmente conseguiu subir, o esquilinho
contou até três e…
Aterrou no chão.
— Eu disse‑vos que conseguia! — informou o Leo,
com um largo sorriso.
20
— Qualquer um consegue fazer isso! — disse o
Max.
— Deixem‑no em paz! — pediu o ratinho Nico.
— É apenas um bebé!
— EU NÃO SOU UM BEBÉ! — gritou o Leo.
Ele teria de se esforçar muito mais para ganhar
o respeito dos mais crescidos.
O Leo olhava à sua volta em busca de mais ideias.
— Veem o primeiro ramo daquela árvore ali?
— perguntou o pequenino, apontando para o ramo
mais baixo do carvalho. — Consigo saltar dali!
— Gostava de te ver a fazer isso! — disse o Max.
O pequeno Leo escalou até ao ramo. Rastejou
devagarinho até à ponta. Oh, céus, é muito alto, pen‑
sou. Porque disse eu que conseguia saltar?
Mas ele reuniu toda a coragem que conseguiu
e um, dois, três…
21
Estava muito assustado, mas não o demonstrou.
Ufa, consegui, pensou, quando aterrou no chão
com um sonoro pumba.
22
— Qualquer um consegue saltar do primeiro
ramo — troçou o Max.
— Sim! Nós fazíamos isso quando éramos mais
novos do que tu! — acrescentou o Quico.
O Leo ficou desapontado por não ter conseguido
impressionar os mais velhos. Mas, em vez de desis‑
tir, pensou na melhor forma de os impressionar.
23
— Eu consigo subir até ao topo da árvore e sal‑
tar! Nem sequer fico assustado! Já o fiz um montão
de vezes — mentiu o jovem esquilo.
— Então vai lá — incentivou o Max. — Gostava
de ver.
— Não faças isso! — gritou a Susie. — Vais
magoar‑te, e a mamã e o papá vão ficar chateados con‑
tigo. Além disso, vou meter‑me em grandes sarilhos
se não te impedir!
— Nesse caso não vejas — disse o Leo. — Se
não vires, eles não te podem culpar de nada!
A Susie e o Nico foram até à beira do rio. Não
tinham coragem para ver o Leo a tentar impressio‑
nar o Max e o Quico.
25
— O problema é que mesmo que eles fiquem
impressionados, nunca irão admitir, por isso o Leo
está a perder tempo — comentou o Nico.
— Exatamente — concordou a Susie. — Estou
muito chateada com o Max e com o Quico!
De volta ao Trilho de Alfazema, o Leo trepava,
corajosamente, pelo tronco da árvore. O seu cora‑
çãozinho saltitava dentro do peito à medida que subia.
Escorregou… mas segurou‑se a tempo. E conti‑
nuou a subir, a subir…
À medida que subia cada vez mais alto, o Leo sen‑
tia‑se cada vez mais zonzo.
Oh não!, pensou. Porque disse eu que tinha feito isto
um montão de vezes? Não fiz nem uma vez. Estou cheio
de medo.
26
Quando chegou ao último ramo da árvore, o chão
do bosque parecia mais distante do que nunca. Era
demasiado alto para saltar.
O que faço agora?, pensou.
— Anda lá, Leo! — gritou o Quico.
A Susie e o Nico conseguiam ouvir o que se estava
a passar. Regressaram para ver o Leo.
A cabeça do Leo começou a balançar à medida
que o seu corpo oscilava para a frente e para trás
com medo. Agarrou‑se ao ramo.
Todos conseguiam ver que era demasiado alto.
— Não faças isso — implorou a Susie.
— Desce, Leo! Vais magoar‑te se saltares! —
gritou o Max.
Mas o Leo não queria falhar com a sua palavra.
Por isso, fechou os olhos e avançou lentamente até
à ponta do ramo.
28
Se descer, eles vão pensar que sou cobarde. Nunca mais
me vão deixar brincar com eles, pensou.
E assim saltou do ramo em direção ao chão.
— Aaaaiiii! — gritou o Leo à medida que
se aproximava do chão, fazendo piruetas no ar.
— Oh, não! — soluçou a Susie.
29
— Leo! — gritaram o Max e o Quico, sen‑
tindo‑se preocupados e culpados.
Os quatro amiguinhos não sabiam como ajudar
o Leo.