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ZANTEN.A,V. Dicionário de Educação, Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. VERBETES : CULTURA ESCOLAR Fraçois Jacquet- Francillon A expressão “cultura escolar” é difundida na França nos domínios de pesquisa em Educação e designa tudo o que as instituições de ensino fornecem de forma explicita ou implícita aos alunos. A cultura escolar apresenta três dimensões ; uma primeira Antropológica, de transmissão dessa cultura ás jovens gerações. , uma segunda sociológica, de distribuição as diferentes classes sociais; e uma terceira, pedagógica , de ensino propriamente dito aos alunos. Na perspectiva Antropológica a cultura escolar é apresentada como ”memória histórica” (HALBWACHS,1997). A socialização das Crianças, oferecendo-lhes uma identidade coletiva. Na perspectiva sociológica , a cultura escolar nem sempre obedece a objetivos pura e simplesmente educativos, ou seja, desinteressados. [ ideológica] .Na perspectiva pedagógica , entende-se por cultura escolar o conteúdo os programas anunciados pela administração nas “instruções oficiais.” Neste sentido formal – falamos também em currículo- “ divisões”, “classes”, “cursos”. Mas a cultura escolar, como toda cultura, veicula , além de conhecimentos, sistemas de norma e valores. Ela ensina aos alunos “ modos de pensar, sentir e agir”.A aquisição da cultura escolar cria aptidões, mas também atitudes, ou seja, virtudes, gostos, estilos, estados de espírito etc. que formam ou supõem formar a personalidade intelectual e moral do aluno. ( p.156) A CRISE DA CULTURA ESCOLAR

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ZANTEN.A,V. Dicionário de Educação, Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. CULTURA ESCOLAR Fraçois Jacquet- FrancillonCULTURA JUVENIL Dominique PasquierJUVENTUDE (SOCIOLOGIA DA JUVENTUDE) Olivier Galland

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ZANTEN.A,V. Dicionrio de Educao, Petrpolis, RJ: Vozes, 2011.

VERBETES :

CULTURA ESCOLAR Fraois Jacquet- Francillon

A expresso cultura escolar difundida na Frana nos domnios de pesquisa em Educao e designa tudo o que as instituies de ensino fornecem de forma explicita ou implcita aos alunos. A cultura escolar apresenta trs dimenses ; uma primeira Antropolgica, de transmisso dessa cultura s jovens geraes. , uma segunda sociolgica, de distribuio as diferentes classes sociais; e uma terceira, pedaggica , de ensino propriamente dito aos alunos. Na perspectiva Antropolgica a cultura escolar apresentada como memria histrica (HALBWACHS,1997). A socializao das Crianas, oferecendo-lhes uma identidade coletiva. Na perspectiva sociolgica , a cultura escolar nem sempre obedece a objetivos pura e simplesmente educativos, ou seja, desinteressados. [ ideolgica] .Na perspectiva pedaggica , entende-se por cultura escolar o contedo os programas anunciados pela administrao nas instrues oficiais. Neste sentido formal falamos tambm em currculo- divises, classes, cursos. Mas a cultura escolar, como toda cultura, veicula , alm de conhecimentos, sistemas de norma e valores. Ela ensina aos alunos modos de pensar, sentir e agir.A aquisio da cultura escolar cria aptides, mas tambm atitudes, ou seja, virtudes, gostos, estilos, estados de esprito etc. que formam ou supem formar a personalidade intelectual e moral do aluno. ( p.156)

A CRISE DA CULTURA ESCOLAR

A reestruturao do setor escolar por foras econmicas e sociais ( A. Prost 2004, p221)

Hoje em dia no mbito de um elitismo republicano, a cultura escolar adaptada , para no dizer dominada, na distribuio meritocrtica e concorrencial dos ttulos. Por tanto, ela no deve mais revelar uma diferena de natureza entre os jovens escolarizados e os outros, mas diferenas de nveis entre todos os jovens escolarizados. No o que registra a temtica insistente do sucesso e do fracasso escolares ? A relao das antigas geraes com as novas obedece a uma simples equao : o conhecimento (adquirido) igual a carreira( conquistada via diploma). Dessa forma, os professores exigem menos a presena da tradio e da memria coletivas e prometem aos seus alunos o futuro individual do sucesso.( p,1159-160).

Hoje em dia o ensino mdio j no garante aos alunos que eles sairo socialmente diferentes e culturalmente brilhantes.

CULTURA JUVENIL Dominique Pasquier

A diminuio das transmisses culturais verticais, dos pais aos filhos, por outro, um aumento das referncias Culturais comuns no seio dos grupos de pares, ou seja, o reforo das transmisses culturais horizontais, tudo leva a pensar que esses dois fenmenos esto ligados ente si.

Ruptura geracionalPrticas puramente geracionais

Os jovens de hoje dispe de uma cultura comum prolfica : msica, programas de televiso, ou rdio, revistas, videogames, chats na net. Etc. O livro, fundamento da cultura escolar, o grande ausente desse universo. E os pais os principais excludos. A cultura juvenil existe h muito tempo, mas nunca havia escapado tanto ao controle dos adultos, nem havia sido to organizada pelo mundo do comrcio.

Os jovens vo agora privilegiar objetos culturais mais divulgados no seu circulo de amigos, e que por isso vo ser objetos de interao com os outros. No assistir uma srie de que todo mundo fala ou no escutar a msica que os grupos de pares escutam pode criar uma situao de grande marginalidade social. A boa insero nas redes sociais est ligada adoo de cdigos culturais comuns. [ p,161]

AS CONSEQUNCIAS ESCOLARES DAS TRANSFORMAES DA CULTURA JUVENIL [ p,162]

Quais so as consequncias dessas transformaes na relao dos jovens com a escola e com a cultura escolar ?

A experincia escolar tornou-se atualmente uma experincia social central na vida de dos jovens em todos os meios sociais

A figura do ecletismo.

JUVENTUDE (SOCIOLOGIA DA) Olivier Galland

JUVENTUDE UMA IDEA MODERNA Historicamente juventude uma ideia moderna ; ela surge de uma concepo da educao compreendida como uma fase de preparao especfica , no mais estritamente familiar, para o exerccio de papis da vida adulta. [ o fator cultural para definir juventude]Na concepo moderna a juventude est profundamente associada a ideia de individualidade. A juventude torna-se o momento-chave da vida em que as novas potencialidades do indivduo podem ser mobilizadas. Mais tarde a escola vai fornecer a essa ideia evidentemente, uma base institucional sem a qual ela no teria tido muitas consequncias prticas. Alis, alguns consideram a escola como principal fator que contribui para criar faixas etrias e geraes (RYDER, 1965). A escola divide faixas etrias e agrupa os indivduos segundo um critrio de classificao, baseado na idade; ao proceder assim, ela contribui para simbolizar a diferena de situao histrica entre pais e filhos, alm de enfraquecer os vnculos entre eles e, por outro lado, de fornecer aos jovens uma conscincia sutil de sua singularidade coletiva [CITAR NO TEXTO QUANDO ESTIVER FALANDO DE GERAES] p.529

Nas dcadas de 1960 e 1970, os movimentos culturais e polticos , associados juventude, iam fortalecer consideravelmente a ideia de que a juventude era uma fora social, cujo motor no podia ser considerado como estritamente individual. Alguns socilogos (em particular Edgar Morin, Alain Touraine), dedicaram um empenho cada vez maior na anlise das molas propulsoras desses movimentos coletivos juvenis. [p,530]

O ALOGAMENTO DA JUVENTUDE Tirar Xerox da pgina 530- 532

A juventude , fundamentalmente, essa fase de construo e de ajustes das aspiraes. A juventude uma fase de experimentao. [ GALLAND, 1990].

AUTONOMIA ADOLESCENTE