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O orgulho e as outras causas que levam à obsessão. ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 05 | NÚMERO 24 | AGOSTO/SETEMBRO 2015 QUAL O SIGNIFICADO DA GRATIDÃO? Visão Espírita O conceito de caridade pregado por Jesus. Bem Coletivo Os passos rumo à verdadeira comunhão com Deus. Palavra Espírita Por que tantas pessoas temem a passagem para o plano espiritual? Atualidade Página 03 Página 07 Página 08 Página 06 Desde os primórdios, o ser humano luta contra as suas más inclinações. Mas ficar livre de determinados comportamentos e vícios, muitas vezes é uma tarefa difícil, pois necessita de entrega e abnegação. Algumas pessoas somente olham o lado negativo das situações e nem quando são agraciadas com uma benção conseguem tirar a gratidão do conceito e transformá-la em realidade. Na passagem em que Jesus curou os leprosos é fácil verificar esse fato, pois apenas um deles voltou para agradecer. Assim como o Mestre Jesus, quem ajuda de coração, não espera compensações, porém, o agradecimento é uma forma de reconhecimento e de humildade, que deveria ser colocado em prática para servir como experiência terrena e aprimoramento do espírito. Página 05 Mais Distribuição GRATUITA Não jogue este jornal em vias públicas Verdade e Vida Jornal LEIA TAMBÉM A atração que os desencarnados exercem sobre os encarnados. Página 04 HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS Confira o poema em homenagem ao Dias dos Pais. Página 02

Verdade e Vida Jornal - adde.com.br · A Doutrina Espírita nos solicita empregar a caridade também para conosco, mesmo, aquela caridade que só uma digna educação, no ... nossa

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O orgulho e as outras causas que levam à obsessão.

ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 05 | NÚMERO 24 | AGOSTO/SETEMBRO 2015

QUAL O SIGNIfICADO DA GRATIDÃO?

Visão Espírita

O concei to de car idade pregado por Jesus.

Bem Coletivo

Os passos rumo à verdadeira comunhão com Deus.

Palavra Espírita

Por que tantas pessoas temem a passagem para o plano espir i tual?

Atualidade

Página 03 Página 07 Página 08 Página 06

Desde os primórdios, o ser humano luta contra as suas más inclinações. Mas ficar livre de determinados comportamentos e vícios, muitas vezes é uma tarefa difícil, pois necessita de entrega e abnegação. Algumas pessoas somente olham o lado negativo das situações e nem quando são agraciadas com uma benção conseguem tirar a gratidão do conceito e transformá-la em realidade. Na passagem em que Jesus curou os leprosos é fácil

verificar esse fato, pois apenas um deles voltou para agradecer. Assim como o Mestre Jesus, quem ajuda de coração, não espera compensações, porém, o agradecimento é uma forma de reconhecimento e de humildade, que deveria ser colocado em prática para servir como experiência terrena e aprimoramento do espírito.

Página 05

Mai

s

DistribuiçãoGRATUITA

Não jogue este jornal em vias públicas

Verdade e VidaJornal

LEIA TAMBÉMA atração que os desencarnados exercem sobre

os encarnados.Página 04

HOMENAGEM AO DIA DOS PAISConfira o poema em homenagem ao

Dias dos Pais.Página 02

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EditorialNos dias atuais, em que tantas

são as nossas preocupações coti-dianas, os momentos em família acabam sendo deixados de lado. E, pensando nisso, algum saudosismo surge no mês dos pais, quando a saudade bate à porta de quem não tem mais o seu progenitor presen-te no orbe terrestre. Mas nós, os espíritas, apesar de sufocarmos a dor, entendemos que a vida conti-nua do outro lado e que nossos pais sempre estarão conosco de alguma forma. Para aqueles que ainda têm a dádiva da presença fraterna desse ser ao seu lado, a dica é: deixe de

ExpedienteEste jornal é uma publicação da ADDE – Associação de Divulgação da Doutrina Espírita (CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP. Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Diagramação: Junior Pinheiro - [email protected] Resp: Renata Girodo - [email protected] - MTB 67369/SP Revisão: Patrícia AmaralComercial: Anízio Junior - [email protected] o jornal, em sua casa espírita, cadastrando-se no site, ou por meio do e-mail: [email protected]: 8 mil exemplares.

Ditribuição Gratuita

lado a data comercial e viva todos os momentos. Abrace, beije, diga “eu te amo”, explique a importân-cia dele na sua vida. Os pais são fundamentais na nossa caminhada terrestre. Ao reencarnarmos, eles ficaram incumbidos de zelar pelo nosso corpo material e também por alimentar o nosso espírito com as palavras de Jesus, levando-nos sempre pelos bons caminhos.

Aos nossos heróis que, muitas vezes, erram tentando acertar, a nossa eterna homenagem.

Boa leitura!

Se você estuda a Doutrina Espírita e tem facilidade para escrever, envie-nos um artigo inédito e ele poderá ser publicado aqui no jornal.*

Envie para: [email protected]* os textos estarão sujeitos a análise prévia

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Homenagem aos paisPai nosso

Pai, na terra Assim como no céuUm favo de melDe doçuraUm bálsamo de acalentoUm abraço afasta todo o nosso tormentoAmor inconfundível InexplicávelSer amávelPresente de DeusCuidem dos seusNão os esqueçamMesmo em pensamentoEles estarão nos olhandoMesmo em silêncioEles estarão nos cuidando.

Renata Girodo

EXPOSITORES ESPÍRITAS QUE CONCLUÍRAM OS CURSOS PROMOVIDOS

PELA ADDE E QUE ESTÃO À DISPOSIÇÃO DAS CASAS ESPÍRITAS

Em breve, novas turmas.

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A CARIDADE DA TRANSfORMAÇÃOImportante não esquecer o

valor da beneficência que ampara o enfermo, alimenta o faminto e esclarece o equivocado; da mesma forma, é também imprescindível não esquecer que precisamos empregar todos os esforços possíveis para alavancar o nosso aprimoramento próprio em todos os sentidos. Necessário se faz não nos acomodarmos na zona de conforto em que nos habituamos situar, pois a inércia certamente desenvolverá em nós o desânimo, a preguiça, o mau hábito de esperar que tudo nos chegue às mãos sem o mínimo de esforço para conquistá-lo.

Claro está que também precisamos ter o devido equilíbrio para não nos entregarmos insensatamente ao desvario da ambição desmedida com que, muitas vezes, pretendemos assenhorear-nos dos bens e benefícios da Terra sem o necessário cuidado com a saúde física e mental, gastando, posteriormente, tudo que conquistamos em remédios para recuperar a saúde comprometida por abusos cometidos.

A Doutrina Espírita nos solicita empregar a caridade também para conosco, mesmo, aquela caridade que só uma digna educação, no sentido mais amplo da palavra, será capaz de nos fazer compreender a luz de uma fé racional, que não pode mais aceitar atitudes artificiais de quem fala da boca para fora, sem o compromisso com a ética e a moral que prega aos outros, como se o reino de Deus pudesse ser conquistado por simple aparência ou pelo emprego de vãs palavras.

“Aqui, as palavras do Mestre se

derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiados fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações

e i n t e re s ses i nd iv idua i s , aparentemente inadiáveis.

Jesus, o nosso salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com Ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante na direção da pátria universal...

Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente

valorosos na fé para lhe buscarem a companhia.”¹

Não resta a menor dúvida de que o trabalho desenvolvido pelas instituições espíritas, em termos de caridade e fraternidade para com os necessitados que as buscam, representa a única ajuda para grande parte desses necessitados e, isso vem acontecendo desde as primitivas organizações apostólicas do passado sob a inspiração de Jesus, até os

dias da atualidade. No entanto, em termos de moralidade, o homem ainda não aprendeu a lição proposta pelo Evangelho de Jesus, que ensina a dividir com seu irmão o que lhe representa o supérfluo e, dirigido pelo egoísmo, não se incomoda com o sofrimento vivenciado pelo seu próximo, castigado pela fome, pela sede, pela carência do mínimo que lhe permita viver com dignidade.

Desenvolvemos sobremaneira o intelecto, conseguimos avançar na busca de garantir os direitos

do indivíduo de ter uma vida mais digna através de leis mais justas, avançamos cientificamente em todos os sentidos, particularmente na área das comunicações etc., em contrapartida, nos mantemos bem aquém em termos de moralidade. Isso porque, continuamos como antes nos digladiando nas guerras improfícuas, promovendo a desgraça e a infelicidade como resultado do estado de ignorância que ainda cultivamos em relação às coisas do espírito.

É importante nos dedicarmos ao exercício da caridade, no serviço infatigável do bem, mas é, imprescindível, não nos descuidarmos do trabalho em prol da nossa reforma moral, combatendo em nós as más inclinações, e ainda, nos consagrando ao labor da beneficência que nos faça melhores atendendo às instruções do nosso Mestre e Guia quando nos resumiu as leis e os profetas em “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, dividindo com os outros os valores e as vantagens que estamos detendo transitoriamente no mundo, como simples usufrutuários dos bens divinos, e também não nos esqueçamos de que só o aperfeiçoamento de nossa própria individualidade, com a sublimação de nossos sentimentos, podem solevar a vida terrestre aos níveis de ventura que lhe cumpre atingir.

Bibliografia:1-Xavier, Francisco Cândido,

pelo Espírito Emmanuel. Livro Fonte Viva - FEB, 1ª edição especial, Cap. 5.

Visão Espírita por: Francisco Rebouças

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GRANJEAI AMIGOS “E eu vos digo: granjeai amigos

com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos” (Lucas 16:9)

O espírito Emmanuel que foi o mentor e organizador espiritual de toda a mediunidade de Francisco Cândido Xavier, nos fala no livro A Caminho da Luz, que existem, aproximadamente, 22 bilhões de espíritos que evoluem no planeta Terra, todos sob a tutela do Mestre Jesus. De toda essa população, vale lembrar que, aproximadamente, um terço dela, ou seja, cerca de 7 bilhões, encontram-se encarnados e o restante no plano espiritual.

O apóstolo dos gentios “Paulo de Tarso” (Hebreus 11:1) nos afirma que estamos rodeados por uma “nuvem” de testemunhas, são esses espíritos que nos acompanham durante toda nossa existência.

Usando a lógica, para cada encarnado, temos pelo menos dois desencarnados; nunca estamos sozinhos. Há quem diga que essa “nuvem” chega até a ser maior. Dentre estes espíritos que nos acompanham, contamos com pelo menos três grupos: 1) O mentor espiritual, 2) Os espíritos familiares (parentes desencarnados) e 3) espíritos afins (que atraímos pelos nossos pensamentos, atitudes, etc).

Dentre as leis universais, existe uma chamada de “lei da associação”, como o próprio nome já diz é uma lei na qual tudo aquilo que está no

plano físico e no plano espiritual, associa-se. Basta lembrar de que desde os primórdios do homem na Terra, somos seres gregários, através dos clãs, das famílias, comunidades etc. Enfim, grupos de pessoas que compartilham determinada

afinidade. No plano espiritual não é diferente. Essa “afinidade” faz com que semelhantes se atraiam, através da sintonia mental de cada espírito (encarnado ou não) podemos também chamar de “lei da atração”.

Sendo essas leis Divinas e exercidas nos dois planos, cria-se então a intercambialidade ou mediunidade, entre os 22 bilhões de espíritos. Esta sintonia existe por situações vividas, pensamentos, vontades, atitudes etc. Está, aí, a “nuvem” a que Paulo de Tarso se referia.

Dentro do nosso processo de Iluminação Interior (reforma íntima) sabemos da importância do trabalho na seara do Cristo e da prática da caridade que é a expressão mais elevada do Amor. Deus, que é bom e misericordioso, quando vê um

dos seus filhos em lágrimas ou em sofrimento, usa o próximo, como ferramenta para atender a agonia e o sofrimento dos seus filhos; lembrando a bela passagem da Parábola do Bom Samaritano, em que Jesus nos ensina que podemos ser aquele que exerce auxílio ao próximo, e muitas vezes somos o próprio próximo. Tudo isso dentro do mecanismo da fraternidade universal, fazendo ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fosse feito.

Ao exercermos a caridade ao nosso irmão, vale lembrar de que estamos também atendendo à

“nuvem” de espíritos que acompanha este indivíduo. Por exemplo, ao ajudarmos o filho estaremos também ajudando a mãezinha, ou vice-versa, estejam eles encarnados ou desencarnados. Esses espíritos (desencarnados) que têm seu ente querido (encarnado) amparado nos momentos de aflição e dor, tornam-se simpáticos para com aquele que exerceu a caridade, creditando bônus espiritual para conosco e passam a ser nossos “amigos espirituais”.

Quando recebermos em nossa porta o sofrimento e a dor, esses amigos espirituais vêm nos visitar, nos trazendo o bálsamo que outrora oferecemos ao nosso irmão em sofrimento. Aquela mãezinha que teve a dor do seu filho amenizada pelas nossas mãos através da inspiração divina, agora passa a ter compaixão por nós, passando a nos proteger e retribuir o favor prestado. Granjeai amigos, tanto no plano físico como no espiritual, assim como Jesus nos ensinou.

Esse nosso mundo materialista nos faz acreditar somente naquilo que nossos sentidos podem perceber.... Com a elevação espiritual, passamos a compreender o mundo espiritual que nos proporciona conquistas imensuráveis, e que nos abre para as questões infinitas e imortais, à semelhança de um paraquedas, que no momento certo se abre, nos salva e nos põe com os pés em terra firme, com a certeza de sermos conduzidos pelo Mestre Jesus.

por: M. Bertolini

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Veja o centro espírita mais perto de sua casa

acessando o site da ADDE.

Pontos de Luz

GRATIDÃOQuando Jesus curou dez

leprosos e só um voltou para agradecer, Ele questionou ao que voltara: onde estariam os outros? Será que Jesus estava fazendo questão do agradecimento daquele que veio para agradecê-Lo? Logicamente que não. A verdade é que Ele queria nos mostrar a importância da gratidão. Da mesma forma que entre dez, só um voltou para render o reconhecimento e a gratidão a Jesus, a proporção da humanidade que agradece é de dez por cento, enquanto que os outros noventa são indiferentes ou reclamam por lhes faltar aquilo a que eles se julgam merecedores, alegando a injustiça e a desatenção de Deus. Porém, sabemos que Deus, na sua misericórdia irrestrita, nos dá muito além do que merecemos. Basta analisar que, ao nascermos, somos presenteados com a oportunidade da reencarnação e de uma família que nos recebe, hipotecando solidariedade à nossa existência. A partir daí, iniciamos nova experiência, num corpo saudável, na grande maioria das vezes, e os órgãos dos sentidos, que nos colocam em relação ao meio externo com muita segurança. Tantas oportunidades nos são dadas para elaborarmos

nosso progresso espiritual, através do intelecto e dos sentimentos. Os bancos escolares, com todas as limitações que lhe são próprias, nos convidam ao início de uma

jornada letiva, melhorando nosso intelecto. Quando os pais são cristãos, nos levam a um templo religioso, a fim de aprendermos os ensinamentos de Jesus, que constituem o grande roteiro

libertador de nossos espíritos. Não podemos nos esquecer do trabalho cotidiano, o qual nos leva ao aprimoramento constante do intelecto. No relacionamento com

as pessoas, passamos a exercitar todo o nosso potencial, com possibilidade de aumentar nossos sentimentos bons e minimizar os maus pendores. Deus nos atende e assiste de várias maneiras.

Talvez a maior dádiva Divina seja a reencarnação, nos dando tantas oportunidades quantas necessárias sejam para adquirirmos a perfeição e desfrutarmos do reino que Ele preparou para todos nós. Outra benesse grandiosa foi à vinda de Jesus de alta esfera espiritual para a terra, nos mostrando como devemos viver e agir, visando adentrar-nos ao reino de justiça, de verdade e de amor prometido por Ele. Depois de tudo isto e mais tantas outras maneiras com que Deus nos agracia, só nos resta agradecê-Lo, não reclamando jamais. O sentimento de gratidão é indubitavelmente um dos maiores entre os demais. Quem agradece está mais próximo da felicidade e de uma vida mais plena. A educação é o resultado de hábitos adquiridos; portanto, sejamos bastante educados, agradecendo sempre, nunca reclamando, reconhecendo os préstimos recebidos por Deus e por nossos semelhantes, em todos os momentos da vida.

Capa por: Aguinaldo de Paula Vasconcelos

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Atualidade por: Francisco Ortolan

OBSESSÃO E ORGULHOEm O Livro dos Médiuns, cap.

20 – item 228 contém a seguinte passagem: “Todas as imperfeições morais são outras tantas portas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é o que a criatura menos confessa a si mesma.” Com isso a obsessão é um teste de aprimoramento e reeducação.

Existem várias portas abertas diariamente para a instalação de um processo obsessivo. Quais seriam elas?

- O pensamento fixo;

- As decepções prolongadas que se tornam mágoas;

- O rancor que guardamos por alguém;

- As tendências que lutamos para superar;

- O interesse pessoal à custa de prejuízo de alguém;

- O excesso de velocidade no trânsito;

- A dificuldade em aceitar o outro como realmente é;

- A presunção de supor-se o melhor em tudo,

- A irredutibilidade nas opiniões pessoais;

- A fofoca por maledicência;

- O costume de enxergar defeitos

nos outros;

- Decidir não perdoar;

- Sonhos de vida fácil;

- A preguiça e a ociosidade;

- O atraso nos compromissos;

- O excesso de alimentação;

- O apego à televisão;

- O relax pelo alcoolismo;

- O excesso de trabalho.

Será muita pretensão de nossa parte pensar que a frequência na casa espírita ou qualquer templo religioso será suficiente para nos livrar da possibilidade das interferências obsessivas.

Mais uma vez é o que se manifesta nos trazendo prejuízo nessa questão.

E o filho predileto do orgulho, que se chama personalismo, cria uma imagem exagerada de nossas qualidades e conquistas, ou seja, imaginamos ser o que ainda não somos, e quando somos convidados

a uma viagem interior, que nos obrigue a admitir a presença de determinada imperfeição, fugimos de todas as formas, porque não queremos admitir que ainda somos assim.

Observe que na grande maioria de nossos atos está por trás o orgulho, ou seja, a vontade de estar em evidência. E essa atitude invigilante e perigosa por si só, já é uma porta aberta para o acesso dos maus espíritos.

E como poderemos enfrentar

esse momento de difícil caminhada.Como proceder?

Vários são os caminhos que podemos tomar para o nosso crescimento espiritual:

- Buscar a reforma interior observando nossas ações;

- Admitir que temos que estudar, porque por meio dele começaremos a superar a inveja, a vaidade, a pretensão em nossas vidas, e tantos outros sentimentos ruins que estão embutidos em nosso íntimo, especialmente na convivência entre companheiros de jornada, e na mais difícil, com nossos familiares.

Nós espíritas estamos precisando de muita coragem; coragem para ser humildes, confessar nossa condição, ouvir nossa consciência, conhecer nossas obsessões e trabalhar produtivamente para arrancá-las pela raiz.

Não existe reforma íntima sem dores. Conforme vamos nos descobrindo, vamos nos decepcionando e nos desiludindo conosco e com o próximo.

“Que você possa prosseguir confiante na conquista de si próprio e guarda inabalável certeza de que foste criado por Deus para ser feliz na condição de “Ostra da Terra” e pérola de Sua Criação.”

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Bem coletivo por: Maurício Zomignani

BATISMO ESPIRITUAL“E os que ouviram foram batizados

em nome do Senhor Jesus.” (II Coríntios, 3:3)

Caracteriza-se a humanidade por uma busca superficial pela felicidade. Mal iniciamos um relacionamento e casamos, ao menor traço de adesão ou simpatia dizemos “eu te amo”, bebemos para atingir o ideal de “ficarmos alegres”, fazemos sexo com a sofreguidão de quem “faz amor”. Essa é a nossa doença.

Uma das maiores dificuldades de um médico para realizar um tratamento é a expectativa que temos para o atendimento, e a disposição que apresentamos para as mudanças. Queremos mudanças externas e mesmo essas são abandonadas se derem resultados imediatos, pois então nos julgamos curados, quanto se não derem, pois então não lhes vemos utilidade.

Significativo é o exemplo da tuberculose. Doença terrível, que já matou várias centenas de milhões, e pode ser enfrentada com o auxílio de longo tratamento com antibióticos, o qual muitos não realizam exatamente porque, logo de início, há uma grande reversão nos sintomas. Ocorre que, por isso, a doença volta com toda a força, ainda mais terrível, e então muito mais difícil de tratar.

E assim é na matéria como no espírito. Temos Bíblias em casa, mas não as lemos, temos quadros de santos, mas não os seguimos, mal temos contato com o Cristo e já nos batizamos, vamos até os centros espíritas e ansiamos que nos seja dada a limpeza definitiva. Isso não deveria espantar. Não somos estranhos a esse longo casamento infeliz entre

enganadores e enganados que infesta a história das religiões e da humanidade, ao contrário, fomos precisamente nós que fizemos essa história.

Cada um de nós já acreditou, muitos terão propagado e proposto, que o batismo, a crisma, o casamento, a confissão e a extrema unção harmonizam a criatura com o Criador. Ou que o louvor e o dízimo nos habilitam à profunda comunhão com Deus. É com essa atitude que adentramos uma casa espírita.

Evidente sinal de um primitivismo acomodado. Há tanto tempo nos foi dito que teríamos olhos, mas não veríamos, teríamos ouvidos, mas não ouviríamos, que o pior cego é aquele que não quer ver, e seguimos à beira do caminho. É, diante disso, que surge às nossas vidas a fundamental, mas incompreendida professora da dor.

Doenças, conflitos familiares, traições de amigos, sócios ou cônjuges, perturbações espirituais, mortes de entes queridos, nas filas da comunhão ou do passe somos todos iguais, como criancinhas da pré-escola fazendo fila para a merenda tendo às mãos seus pratos, no corpo o estômago, ambos vazios.

A fome, a sede, nossa doença se mantém por repetirmos indefinidamente a busca por soluções externas e imediatistas. Como se formaram nossas doenças? Por que são tão resistentes? O Espiritismo vem ajudando verdadeiras multidões em seus sintomas à imitação de Jesus que proclamou à humanidade: Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados, pois eu vos aliviarei! Mas aqui precisamos deixar claro que os discípulos não são superiores ao

Mestre, que são os efeitos das doenças que tiramos nas salas de passe. Se isso ficar claro, nosso atendimento sintomático será um estímulo ao bom diagnóstico, ao essencial tratamento.

Qual a raiz dos nossos sofrimentos? Os pesos que nos vergam nos exaurem, e praticamente nos imobilizam, foram produzidos por nós, particularmente por nossa visão equivocada sobre os erros.

A cada dia dos milhares em nossas vidas, a cada vida das milhares em nossa existência vivemos a experiência do erro e, com ela, temos recolhido peso. Quando erram conosco guardamos mágoa, quando somos nós que erramos armazenamos culpa. De tudo formamos preconceitos, como se fossem trincheiras que nos protegesse do ataque de inimigos. Demoramos muito a perceber que tudo isso que guardamos é lixo.

A realidade dos “acumuladores” é apenas um espelho de aumento das nossas próprias realidades. É verdade que esses tristes doentes formam à sua volta grossas barreiras, sentindo-se seguros apenas quando rodeados de fortalezas de inutilidades. Mas, ainda mesmo na matéria, percebemos a mesma tendência em nós quando fazemos uma mudança: das inúmeras caixas, malas e sacos com milhares de coisas dentro fazemos montanhas de objetos envelhecidos, inúteis, cujo valor afetivo é contestado pelo fato evidente de terem passado anos sem que qualquer pessoa os buscasse.

Pois, se o lixo material produz mau cheiro, atrai baratas, ratos, escorpiões, lacraias, o lixo espiritual também. Esse monte de mágoas, medos, culpas, preconceitos, traumas aos

quais nos apegamos como se fossem importantes, úteis, como se nos protegessem, como se fizessem parte da própria identidade e compusessem nossa verdadeira natureza não passam de lixo. Também são inúteis e também atraem seres que são igualmente doentes, perseguidos, fechados em seu egoísmo, tanto quanto nós mesmos, em associações de mútua alimentação e prisão.

Assim como o lixo físico só ainda não cobriu e entupiu nossas cidades e casas, fruto de nossa voracidade compulsiva pelo consumismo, devido à ação dos mendigos e catadores de lixo, nós podemos e devemos aprender a reciclar nossas toneladas de lixo espiritual. E também aqui, quem nos vai ajudar nessa reciclagem é um homem sem emprego, sem riqueza, sem casa, que perambulava de porta em porta, de cidade em cidade.

As máquinas de reciclagem que o Mestre nos deixou foram, para os erros cometidos contra nós, o perdão, para os erros cometidos por nós, o arrependimento e a reparação, para a cristalização e imobilismo o nascer de novo, na matéria e no espírito. Porque o mesmo Messias que alivia a todos aqueles que o buscam, também cura aqueles que abrem seu coração à luz, aqueles que têm fé.

Somos nós agora os cegos, os surdos e os paralíticos. Mas é para nós que o convite do Cristo ainda e sempre se repete. Aqueles que o ouvirem, e somente estes, poderão se dizer cristãos. E terão direito ao verdadeiro batismo, o Batismo Espiritual.

*Texto inspirado no livro Caminho, Verdade e Vida de Emmanuel/ Chico Xavier em seu capítulo 158 – Batismo.

(17) 3218-1917 / 3218-3233 Av. Treze de Maio, 4140 Pq. Res. Cambuí - Rio Preto

Palavra Espírita por: Carmem Paiva de Barros

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POR QUE TEMOS MEDO DE MORRER?Por que não encaramos a morte

com o mesmo sentimento de alegria que envolve os espíritos que reencarnam em nosso círculo familiar? Afinal de contas, a morte é um fenômeno natural do qual nenhum ser humano escapa.

Difícil mesmo é encarar a morte com naturalidade quando perdemos um filho para a violência urbana que assola nosso País. Doloroso também é prolongar, a qualquer custo, a vida do nosso idoso, tratando-o como se nada soubesse acerca do estágio avançado da doença incurável que o prostou na cama.

A tanatalogia – ciência moderna que estuda as nuances da morte, minimizando os efeitos da depressão e da síndrome de pânico em doentes terminais – trata do assunto como algo que deva ser enriquecido pelo bom senso e espírito de sabedoria.

Sabe-se, todavia, que há pouca contribuição oferecida pelas pesquisas para o desenvolvimento temático e entendimento das pessoas.

O medo da morte tem estreita relação com o desconhecido, com a dúvida e a culpa. São sentimentos que afloram na hora do desenlace

físico, principalmente em quem não cuidou de viver segundo os ensinamentos morais de sua crença

religiosa.

Segundo Chico Xavier, “morrer é fácil, desencarnar é muito mais complexo”. Ou seja, libertar-se de um estado psíquico espiritual

movido por sentimentos negativos.

Na maioria dos casos, os “mortos” não se dão conta que

passaram desta vida para uma outra melhor e acabam apegando-se aos velhos hábitos e vícios que carregavam quando “vivos”. Esse apego às coisas materiais e as paixões humanas vão complicar,

sem dúvida alguma, o processo de “desencarne”, como Chico Xavier enfatizou.

Não existe segredo para termos uma boa morte e um desencarne pós-morte física sem traumas profun-dos. Basta viver bem a vidinha que levamos por aqui, sem abusar de nada nem de ninguém, praticando boas ações e corrigindo as arestas morais dos defeitos trazi-dos de outras existências.

Facilidade não existe para quem quer ser bem recebido no mundo dos espíritos. Tem que estar em paz com a própria consciência e com uma luzinha

própria de quem seguiu à risca a sentença “fora da caridade não há salvação”.