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ANO II • Nº 21 MARÇO DE 2011 Motor de Partida O motor de partida, também conhe- cido como motor de arranque é res- ponsável pela partida do veículo. Seu principio de funcionamento é inverso ao do alternador, uma vez que ele transforma energia elétrica da bateria em energia mecânica, para aciona- mento do motor do automóvel. Quando o condutor gira a chave do veículo totalmente, o motor de parti- da é acionado e mantido em funcio- namento até que a chave se solte. A alimentação de energia elétrica no motor de partida é feita diretamente por um cabo ligado a bateria. Durante o funcionamento o solenóide/ automático (6) é alimentado com po- sitivo, proveniente da chave, puxan- do o conjunto pistão e garfo, que por sua vez desliza o bendix/roda livre(2) até acoplar com a cremalheira (roda dentada no volante do motor de com- bustão) ao mesmo tempo o solenóide fecha o circuito principal energizando a bobina(4) e o induzido(3) através das escovas(5), criando um campo magnético e assim o movimento de rotação. Os mancais(1) são peças im- portantes e de precisão, eles conser- vam o induzido centralizado e muito próximo da bobina sem que encostem para garantir o torque necessário para impulsionar o motor do automóvel. FUNCIONAMENTO 1° Estágio Posição de repouso Motor de partida sem corrente A mola da chave magnética man- tém a ponte de contato na posição de repouso 2° Estágio Estágio de ligação 1: Chave de partida é acionada. A bobina de atracamento, a bobina de retenção da chave magnética, a bobina de campo e o induzido recebem corrente elétrica. O induzido começa a girar lenta- mente e o pinhão engrena na cre- malheira. 2° Estágio A Estágio de ligação 2: A ponte de contato da chave magnética liga imediatamente a bobina de campo e o induzido. O pinhão procura engrenar-se. 3° Estágio Estágio de ligação 3: alavanca de comando na posição final. Pinhão engrenado. A ponte de contato liga imediata- mente a bobina de campo principal. O motor de partida tem torque total e o motor do veículo é acionado. Cuidados com o motor de arranque: Ele consome muita energia e foi de- senvolvido para funcionar por um curto período de tempo, portanto acione ele apenas dez segundos durante cada tentativa de partida e espere mais de trinta segundos entre uma tentativa e outra. Estas medidas permitem au- mentar a vida útil de qualquer tipo de motor de arranque, se for exigido de- mais ele estraga facilmente. Esta peça funciona apenas por al- guns segundos durante a partida e, depois, não é mais utilizada, pode- se dizer que é um componente de baixíssima manutenção e alta du- rabilidade, principalmente em car- ros novos. Porém, também podem apresentar defeitos que, em geral, estão ligados à má utilização.

Verdade Genuína - março 2011

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Verdade Genuína - mês ano Encarte Verdade Genuína da montadora GM de março de 2011

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ANO II • Nº 21MARÇO DE 2011

Motor de Partida

O motor de partida, também conhe-cido como motor de arranque é res-ponsável pela partida do veículo. Seu principio de funcionamento é inverso ao do alternador, uma vez que ele transforma energia elétrica da bateria em energia mecânica, para aciona-mento do motor do automóvel.

Quando o condutor gira a chave do veículo totalmente, o motor de parti-da é acionado e mantido em funcio-namento até que a chave se solte. A alimentação de energia elétrica no motor de partida é feita diretamente por um cabo ligado a bateria.

Durante o funcionamento o solenóide/automático (6) é alimentado com po-sitivo, proveniente da chave, puxan-do o conjunto pistão e garfo, que por

sua vez desliza o bendix/roda livre(2) até acoplar com a cremalheira (roda dentada no volante do motor de com-bustão) ao mesmo tempo o solenóide fecha o circuito principal energizando a bobina(4) e o induzido(3) através das escovas(5), criando um campo magnético e assim o movimento de rotação. Os mancais(1) são peças im-portantes e de precisão, eles conser-vam o induzido centralizado e muito próximo da bobina sem que encostem para garantir o torque necessário para impulsionar o motor do automóvel.

FUNCIONAMENTO1° Estágio

Posição de repousoMotor de partida sem correnteA mola da chave magnética man-tém a ponte de contato na posição de repouso

2° EstágioEstágio de ligação 1: Chave de partida é acionada. A bobina de atracamento, a bobina de retenção da chave magnética, a bobina de campo e o induzido recebem corrente elétrica.

O induzido começa a girar lenta-mente e o pinhão engrena na cre-malheira.

2° Estágio AEstágio de ligação 2: A ponte de contato da chave magnética liga imediatamente a bobina de campo e o induzido.O pinhão procura engrenar-se.

3° EstágioEstágio de ligação 3: alavanca de comando na posição final. Pinhão engrenado.

A ponte de contato liga imediata-mente a bobina de campo principal.

O motor de partida tem torque total e o motor do veículo é acionado.

Cuidados com o motor de arranque: Ele consome muita energia e foi de-senvolvido para funcionar por um curto período de tempo, portanto acione ele apenas dez segundos durante cada tentativa de partida e espere mais de trinta segundos entre uma tentativa e outra. Estas medidas permitem au-mentar a vida útil de qualquer tipo de motor de arranque, se for exigido de-mais ele estraga facilmente.

Esta peça funciona apenas por al-guns segundos durante a partida e, depois, não é mais utilizada, pode-se dizer que é um componente de baixíssima manutenção e alta du-rabilidade, principalmente em car-ros novos. Porém, também podem apresentar defeitos que, em geral, estão ligados à má utilização.

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02 Motor de Partida

Entre as situações mais comuns que geram danos ao motor de arranque, estão as seguintes:

1. Insistência em manter o motor de partida funcionando quando o motor não pega.

2. Acionamento do motor de arranque quando o motor já está funcionando.

Quando é necessário que o motor de partida mantenha-se acionado por mais de 10 segundos, significa que há algum problema dificultando a ignição do motor principal do carro. Insistir com o motor de partida, pode causar superaquecimento e a consequente queima dos componentes internos, principalmente o induzido. Geralmente, estes problemas podem estar ligados ao combustível (ou a falta dele), bobi-nas de ignição ou velas de ignição.

É comum, também, que o motorista venha a acionar acidentalmente o motor de arranque quando o motor já está funcionando. Isto acaba forçan-do o motor de partida a girar em al-tíssimas rotações, podendo danificar componentes como rolamentos, ou pancadas fortes na sua carcaça, cau-sando mal contato dos componentes.

TESTANDO O MOTOR DE ARRANQUEAntes de condenar o motor de parti-da, você deverá verificar alguns pon-tos importantes como:

a) Teste a tensão da bateria e ve-rifique se os cabos e os terminais estão limpos, em bom estado e não apresentam mau contato.

b) Se escutar um estalo ao virar a chave e o motor não girar, é sinal de que a chave magnética recua e empurra o pinhão corretamente, fazendo com que entre em contato com o volante.

c) Barulhos do metal do pinhão ba-tendo no volante significam que o primeiro estágio foi cumprido e o

alarme e outros acessórios, que podem ser comprometidos sem a bateria. Somente depois desligue-a. Desconecte o polo positivo da ba-teria, esta é uma medida de segu-rança para evitar um curto circuito no carro. Desconecte a parte elé-trica e solte os parafusos. Em se-guida, leve o motor de partida para uma bancada para abrir a peça.

Toda vez que se desmontar um mo-tor de arranque, verificar as escovas e as buchas. Para trocar as escovas, utilize ferramentas apropriadas para mexer com motor de partida, afaste as molas e empurre a escova para dentro para retirá-la.

INSTALAÇÃODependendo do tipo, podem ser ins-talados no volante, ao lado do bloco do motor ou atrás do volante, com flange ou em cavalete.

Os modelos pequenos e médios são fixados, geralmente, por flange de dois furos.

Motores de partida maiores possuem flange SAE. Em vários tipos de veí-culos, foi previsto um apoio adicional para diminuição da vibração.

Na fixação por cavalete, são usadas abraçadeiras reforçadas.

Motores de partida cujos mancais pre-cisam ser lubrificados com maior fre-qüência, devido as condições especiais de operação (impurezas), requerem pontos de lubrificação de fácil acesso. Um encaixe no motor de partida serve para a centralização e manutenção da folga nos flancos dos dentes.

Por fim, o cabo principal do motor de partida precisa ser o mais curto possí-vel e ter a bitola mínima necessária. A bitola depende da corrente absorvida dos componentes a ele ligada. Como o motor de partida é o maior consu-midor de corrente elétrica é ele quem determina o tamanho da bateria e a concepção dos cabos principais.

próximo estágio é que não está fun-cionando, nesse caso, o induzido pode estar com defeito, devido à fal-ta de rotação ou de contato da cha-ve magnética. Meça as espirais do induzido, conforme a indicação do fabricante, e faça um teste para ver se estão em curto-circuito e/ou cur-to-circuito na carcaça, o mesmo se aplica com as escovas do induzido.

d) Os fios de cobre são isolados por uma camada especial (verniz) e quando enrolados não podem dar curto-circuito.

e) Desgaste nos dentes do pinhão acontecem quando a chave na ignição é mantida por muito tem-po depois que o motor funciona. Nesse caso, é necessário trocar o pinhão e às vezes, até o volante, dependendo do estrago.

f) Desgaste natural das escovas, que ficam em contato com o in-duzido, é a avaria mais comum. Fique atento quando girar a chave de ignição e não ouvir barulho no atracamento do pinhão.

g) Relés de comando no painel de fu-síveis também devem ser verificados.

DESMONTAGEMOs veículos têm motor de arranque em lugares diferentes, às vezes de di-fícil acesso.

1. O primeiro passo é detectar se o problema está no motor de arranque. Para isso, escute atentamente as reclamações do cliente. Depois, faça um teste de bateria, para checar se está funcionando corretamente.

2. Dê a partida, e fique atento ao barulho. Utilize o interruptor de si-mulador de partida, conectado à bateria, e meça a queda de tensão da partida, que deve ser de aproxi-madamente 9 Volts.

3. Antes de desmontar o motor de partida, verifique o sistema de se-gurança do veículo - relógio, rádio,

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03Alternador

Acionado pelo motor do veículo no momento da ignição, através de uma correia sincronizadora, o alternador é responsável pela produção de ener-gia elétrica. Ao contrário do que mui-tas pessoas imaginam, é o alternador, e não a bateria, quem alimenta todos os consumidores elétricos durante o funcionamento do veículo. Conse-qüentemente é ele também, o res-ponsável por recarregar a bateria.

O seu nome é uma referencia ao tipo de corrente produzida. Esse produ-to funciona de acordo com o funda-mento da indução eletromagnética: a corrente elétrica flui através do rotor criando um campo magnético que induz a movimentação dos elétrons nas bobinas do estator, resultando em uma corrente alternada.

Os automóveis operam com corrente contínua, por isso, em alternadores automotivos, existe a adição de dois componentes fundamentais: a placa retificadora (retificador), que transfor-ma a corrente alternada em contínua, e o regulador de tensão, responsável pelo controle da tensão produzida.

O alternador tem três funções principais: 1. Carregar a bateria;2. Fornecer energia elétrica para alimentar os componentes elétri-cos e eletrônicos do veículo;3. Poupar a energia armazenada na bateria, quando o motor está em funcionamento.

CUIDADOSAlgumas medidas podem ajudar a conservar o alternador e aumentar sua durabilidade. Portanto, é conve-niente conferir, pelo menos a cada seis meses, o estado da correia que o movimenta (conhecida como cor-

reia do alternador) e se ela não está nem muito esticada, nem muito frou-xa; verificar se a polia está trincada ou descascada; se o alternador está bem preso ao esticador; se os termi-nais (plugues) estão bem presos; e se as buchas dos mancais (tampas) não estão desgastadas.

PRINCIPAIS COMPONENTES DO ALTERNADOR:ESTATOR: Tem como função criar corrente elétrica. O estator é constitu-ído por um conjunto de bobinas isola-das entre sie fixados em um conjunto de laminas de aço. Para a geração de energias estas bobinas necessitam de um campo magnético produzido pelo rotor. Os defeitos mais comuns que ocorrem nos estatores são os curtos-circuitos entre as bobinas e as laminas de aço o que impede o mesmo de gerar energia. Geralmente estes cur-

tos ocorrem por envelhecimento do verniz, falhas na hora da montagem e atritos causados pelo rotor.

ROTOR: O rotor tem a função de for-mar um campo magnético que tem como resultado a produção de corren-te elétrica. Ele é constituído de um eixo de aço com um bobina enrolada no seu interior, sendo que a quantidade de fios de cobre desta bobina aumenta ou di-minui de acordo com a capacidade que este alternador tem de gerar energia. Os principais defeitos que encontramos no rotor é o curto-circuito entre os fios da bobina, o que provoca a diminuição ou até mesmo a a ausência total da capaci-dade de gerar corrente elétrica. No rotor também é encontrado o curto-circuito com a estrutura de aço o que também inutiliza a peça, geralmente estes defei-tos são causados por envelhecimento do isolamento dos fios de cobre ou por manuseio errado da peça.

Alternador

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04 Motor de Partida

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PLACA DE DIODOS/RETIFICADORA: A placa retificadora ou placa de dio-dos transforma a co rrente alternada que é produzida pelo alternador au-tomotivo em corrente continua usada para repor a carga da bateria auto-motiva e alimentar os outros consu-midores de energia do carro. Os de-feitos mais comuns que encontramos nesta placas são a presenças de dio-dos queimados, o que atrapalha o funcionamento do conjunto, sendo que em alguns casos a luz indicadora de bateria no painel fique levemente acesa, nestes casos a única solução é a troca do componente.

REGULADOR DE TENSÃO: O re-gulador tem como função proteger os equipamentos que fazem uso da ener-gia gerada pelo alternador controlando a tensão produzida em qualquer regi-me de rotação do motor e limitando

esta tensão para que não haja picos de corrente elétrica, o que pode cau-sar danos nos consumidores elétricos. Ele também impedindo que a bateria automotiva sofra sobrecarga. Existem reguladores mecânicos, multifunção, eletrônicos e híbridos dependendo de cada alternador. Os problemas que ge-ralmente se encontra nestes regulado-res, são desgastes de escovas o que prejudica o funcionamento correto do alternador, nestes casos é necessária a substituição do regulador sendo que que em raros modelos é possível a tro-car somente das escovas. Também en-contramos reguladores de tensão que não conseguem mais fazer o controle da tensão gerada deixando assim que a bateria e os consumidores recebam um excesso de carga ou que recebam pouca energia. A maior parte destes problemas são causados por desgas-tes do próprio componente.

PRINCIPAIS FUNÇÕES

Proporciona partidas sempre seguras.

Sensor de carga de bateria evita desgaste prematuro.

Monitora o sistema de injeção ele-trônica dos veículos mais moder-nos: gasolina, Diesel e flex.

Gerenciamento eletrônico evita pi-cos de tensão no sistema.

Evita os conhecidos picos de carga que desequilibram o motor e au-mentam o consumo de combustível.

Proteção térmica preserva o al-ternador e seus componentes em caso de superaquecimento.

CAMARO