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Página 1 de 13 Orientação para Determinação de Escopo sob a APS Maio 2017 Versão 1.0.0 Orientação para Determinação de Escopo sob a APS Fair Trade USA Versão 1.0.0 A. Introdução A Norma de Produção Agrícola (APS) da Fair Trade USA abrange diversos grupos de fazendas e instalações de processamento sob um conjunto geral de requisitos. O escopo de um Certificado pode, portanto, cobrir uma única entidade (por exemplo, uma fazenda), ou um grupo de entidades que podem ser de diferentes tamanhos e/ou de propriedade e controladas por várias partes, como uma cooperativa de propriedade coletiva de vários pequenos produtores ou um exportador comprando de fazendas independentes. Como a APS pode ser aplicada a uma ou mais entidades de diferentes tamanhos, o escopo de um Certificado específico pode variar amplamente entre diferentes Certificados. É importante garantir que os requisitos do escopo são seguidos para assim assegurar que o escopo proposto seja elegível para certificação e que todos os requisitos aplicáveis são avaliados quanto à conformidade dentro de cada entidade durante a auditoria. B. Finalidade Este documento de orientação fornece um guia passo a passo para determinar o escopo de um Certificado sob a Norma APS. Os requisitos completos nos quais os sites devem e podem ser incluídos no escopo estão em uma política separada chamada "Requisitos para o Escopo do Certificado sob a Norma APS", que pode ser baixada no site da Fair Trade USA. Este documento de orientação explica esta política de forma mais aprofundada, com mais detalhes e exemplos, e destina-se a ajudar a entender quais locais dentro de uma cadeia de suprimentos devem ou podem ser incluídos no Certificado e quais os requisitos aplicáveis para cada ator na cadeia de suprimentos. O escopo é determinado antes de realizar uma auditoria, usando informações de uma candidatura, para garantir que o escopo proposto seja elegível à certificação e que todos os requisitos aplicáveis são avaliados quanto à conformidade durante a auditoria. C. Escopo e Aplicabilidade Este documento aplica-se a todas as entidades certificadas em relação à Norma de Produção Agrícola da Fair Trade USA.

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Maio 2017

Versão 1.0.0

Orientação para Determinação de Escopo sob a APS Fair Trade USA

Versão 1.0.0

A. Introdução

A Norma de Produção Agrícola (APS) da Fair Trade USA abrange diversos grupos de fazendas e

instalações de processamento sob um conjunto geral de requisitos. O escopo de um Certificado pode,

portanto, cobrir uma única entidade (por exemplo, uma fazenda), ou um grupo de entidades que podem

ser de diferentes tamanhos e/ou de propriedade e controladas por várias partes, como uma cooperativa

de propriedade coletiva de vários pequenos produtores ou um exportador comprando de fazendas

independentes.

Como a APS pode ser aplicada a uma ou mais entidades de diferentes tamanhos, o escopo de um

Certificado específico pode variar amplamente entre diferentes Certificados. É importante garantir que os

requisitos do escopo são seguidos para assim assegurar que o escopo proposto seja elegível para

certificação e que todos os requisitos aplicáveis são avaliados quanto à conformidade dentro de cada

entidade durante a auditoria.

B. Finalidade

Este documento de orientação fornece um guia passo a passo para determinar o escopo de um

Certificado sob a Norma APS. Os requisitos completos nos quais os sites devem e podem ser incluídos no

escopo estão em uma política separada chamada "Requisitos para o Escopo do Certificado sob a Norma

APS", que pode ser baixada no site da Fair Trade USA. Este documento de orientação explica esta

política de forma mais aprofundada, com mais detalhes e exemplos, e destina-se a ajudar a entender

quais locais dentro de uma cadeia de suprimentos devem ou podem ser incluídos no Certificado e quais

os requisitos aplicáveis para cada ator na cadeia de suprimentos.

O escopo é determinado antes de realizar uma auditoria, usando informações de uma candidatura, para

garantir que o escopo proposto seja elegível à certificação e que todos os requisitos aplicáveis são

avaliados quanto à conformidade durante a auditoria.

C. Escopo e Aplicabilidade

Este documento aplica-se a todas as entidades certificadas em relação à Norma de Produção Agrícola da

Fair Trade USA.

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D. Documentos Relacionados

Norma de Produção Agrícola, Versão 1.0.0

Requisitos para o Escopo do Certificado sob a APS

1. Funções e Responsabilidades do Titular do Certificado

1.1. Identificando o Titular do Certificado

O Titular do Certificado possui o Certificado da APS em nome de uma ou mais entidades em sua cadeia

de suprimentos. O modelo mais simples é o de apenas um local, por exemplo, a Fazenda A, no diagrama

abaixo, que cultiva, colhe e embala seus próprios cocos. A Fazenda A pode ser a Titular do Certificado.

Uma estrutura de cadeia de suprimentos mais complicada, mas muito comum, é aquela na qual uma

entidade cultiva ou processa seu próprio produto e também compra de outros produtores. No exemplo

abaixo, a Fazenda B cultiva, colhe e embala seus próprios cocos e também compra cocos das fazendas C

e D. Se a Fazenda B possui um mecanismo para garantir que os padrões sejam seguidos em sua própria

fazenda, bem como nas fazendas C e D, a Fazenda B pode ser a Titular do Certificado, incluir as

Fazendas C e D no escopo do seu Certificado APS e vender produtos certificados das três fazendas.

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Versão 1.0.0

A Fazenda B também pode comprar cocos certificados de outros Titulares de Certificados, como a

Fazenda A, e vendê-los como Comércio Justo, embora a Fazenda A não esteja sob o Certificado da

Fazenda B. Como a Fazenda A também é Titular de Certificado APS, ela pode vender produtos

Certificados pelo Comércio Justo a outros compradores.

Também é possível que um Titular de Certificado inclua apenas alguns dos seus fornecedores no escopo

de seu Certificado de Comércio Justo. Por exemplo, a Fazenda B pode comprar das Fazendas C, D, E e

F, mas deseja incluir apenas as Fazendas C e D no Certificado. Isso pode ser feito se houver um sistema

adequado de rastreabilidade para garantir que apenas os produtos fornecidos pela Fazenda B ou pelas

Fazendas C ou D sejam vendidos como Comércio Justo. Os produtos das Fazendas E e F nunca podem

ser vendidos como Comércio Justo, a menos que o escopo do Certificado seja expandido para incluí-las.

Observe que os produtos das cinco fazendas podem ser vendidos sob condições que não são do

Comércio Justo.

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Versão 1.0.0

Embora as fazendas C e D estejam incluídas no escopo do Certificado, elas não são individualmente

certificadas (não são Titulares de Certificados da APS), de modo que qualquer produto que elas vendam

para outros compradores (por exemplo, para o Exportador E no diagrama abaixo) não é Certificado pelo

Comércio Justo.

1.2. Restrições e Responsabilidades do Titular do Certificado

Geralmente, o Titular do Certificado é um ator na cadeia de suprimentos que compra e vende produtos

certificados como Comércio Justo. Esse ator pode ser uma instalação de processamento que compra

produtos in natura de fazendas, ou pode ser apenas um exportador que compra produtos acabados ou

quase acabados de processadores ou fazendas. Pode ser uma cooperativa que compra diretamente de

pequenos produtores ou de grupos de pequenos produtores. Em circunstâncias raras, o Titular do

Certificado pode ser uma entidade que não está diretamente envolvida na cadeia de suprimentos, como

uma organização não governamental (ONG), mas isso não é recomendado e requer uma discussão

adicional com a Fair Trade USA.

O Titular do Certificado pode estar em país diferente do qual o produto foi cultivado ou processado,

contanto que tenha pessoal local ou uma organização de suporte local contratada no país de produção. O

Titular do Certificado pode trabalhar com uma ONG local para ajudá-lo na implementação. O Titular do

Certificado deve estar longe o bastante na cadeia de suprimentos, de modo que a agricultura e a colheita,

no mínimo, sejam incluídas nas atividades certificadas (ver Seção 2.2.1).

Em todos os casos, o Titular do Certificado deve ser uma entidade legal e ter a capacidade de administrar

o Sistema de Gestão Interna para garantir que seus fornecedores sigam a APS. Isso significa que deve ter

pessoal local suficiente, ou ter contratado uma organização de suporte local, para executar inspeções

internas e garantir a implementação de ações corretivas; treinar fornecedores e assinar contratos com

eles; e para garantir que a rastreabilidade seja mantida.

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Versão 1.0.0

2. Identificando os Locais e Atividades para Incluí-los no Escopo do

Certificado

Um Certificado de Comércio Justo é detido por uma empresa ou cooperativa. No entanto, nem todos os

locais do Titular do Certificado e nem todos os seus fornecedores devem ser incluídos no escopo do

Certificado. Esta seção explica quais locais e atividades devem ser incluídos e estar em total

conformidade com a APS para que o Certificado seja concedido. Seção 4 descreve os requisitos para

outros locais que fazem parte da cadeia de suprimentos, mas não estão incluídos no escopo do

Certificado.

2.1. Definindo um Local

Definimos o local como qualquer agrupamento natural de fazendas ou edifícios com uma força de trabalho

comum que possa cruzar caminhos durante o dia, mesmo que não trabalhem juntos. Isso inclui, por

exemplo, um complexo de estufas com entrada comum, mesmo que algumas das estufas não tenham

produtos do Comércio Justo. Isso significa que todas as estufas, campos, instalações de processamento,

etc. no mesmo local devem ser integralmente compatíveis com a APS, mesmo que não estejam

cultivando ou processando produtos do Comércio Justo – por exemplo, devem respeitar os requisitos de

salários e condições de trabalho igualmente para todos os trabalhadores, independentemente de tocarem

em produtos do Comércio Justo. A intenção aqui é que os trabalhadores que compartilham espaços de

convivência, áreas de alimentação ou áreas de descanso tenham condições de trabalho semelhantes,

mesmo que nem todos produzam produtos do Comércio Justo.

Embora todas as operações dentro do local estejam em conformidade com todos os requisitos da APS,

alguns Critérios de Conformidade podem não ser aplicáveis às áreas nas quais a safra não certificada

pela Fair Trade é cultivada. Por exemplo, o Critério de Conformidade que trata de restrições sobre

pesticidas e uso de organismos geneticamente modificados indica que eles "não são permitidos somente

na safra do Comércio Justo". A menos que especificamente indicado desta forma, os requisitos da APS se

aplicam a todas as fazendas e atividades no local.

Os locais incluídos no Certificado devem cumprir com a APS em todos os momentos, mesmo quando não

estão cultivando ou processando produtos do Comércio Justo. Por exemplo, um moinho de

processamento com certificação APS que tem produtos tanto do Comércio Justo como não Comércio

Justo devem seguir a APS integralmente em todos os momentos, mesmo quando não esteja processando

produtos do Comércio Justo.

Qualquer habitação de trabalhador fornecida pela gestão do local é considerada parte de um local,

mesmo que esteja localizada em outro lugar, e está incluída no escopo do Certificado e da auditoria da

APS.

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2.2. Determinando Quais Locais e Atividades Devem Ser Incluídos no Certificado

2.2.1. Cultivo e Colheita

Todos os locais de cultivo e colheita de produtos do Comércio Justo devem sempre ser incluídos no

escopo do Certificado e da auditoria da APS, mesmo que o cultivo ou colheita sejam feitos por um

subcontratado ou força de trabalho terceirizada. Assim, se o Titular do Certificado estiver comprando

produtos colhidos de fornecedores, esses fornecedores devem ser incluídos no escopo do Certificado.

Isso significa que, se um produtor estiver vendendo "frutas no pé" para uma empresa que vem e colhe o

fruto, esse produtor não pode ser o Titular do Certificado da APS porque a etapa de colheita também deve

ser incluída no Certificado. A empresa responsável pela colheita (ou outra empresa que venha depois na

cadeia de suprimentos) deve ser a Titular do Certificado para que pelo menos as etapas de cultivo e

colheita estejam incluídas.

2.2.2. Processamento, Embalagem, Classificação de Qualidade e Transformação de Produtos

Se o processamento, a embalagem, a classificação de qualidade ou a transformação do produto forem

feitos em um local gerenciado pelo Titular do Certificado, mesmo que seja feito, no local, por uma

entidade contratada, eles devem ser incluídos no escopo do Certificado. Da mesma forma, se essas

atividades ocorrerem no local de um intermediário que compra dos produtores e depois vende os produtos

ao Titular do Certificado, esses locais e atividades devem ser incluídos no escopo do Certificado.

Quando tais atividades são subcontratadas fora do local para um terceiro, mas o Titular do Certificado ou

outra entidade incluída no escopo do Certificado retém a propriedade do produto, a atividade não precisa

ser incluída no escopo do Certificado da APS, mas deve cumprir com os requisitos para ‘Locais Não

Incluídos no Escopo do Certificado', conforme descrito na Seção 4 deste documento.

EXEMPLO

Os princípios explicados nas Seções 2.2.1 e 2.2.2 são ilustrados no exemplo abaixo, em que uma

cooperativa de pequenos produtores contrata trabalhadores independentes para colher seus abacates e

os vende para uma embaladora pertencente a uma entidade separada – a Empresa A. Existem duas

opções para configurar este Certificado.

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Versão 1.0.0

OPÇÃO 1: A cooperativa pode ser a Titular do Certificado, uma vez que a cooperativa venda as frutas

colhidas. Os colhedores independentes de abacate também são incluídos no escopo, enquanto realizam

trabalhos no local pertencente às fazendas da cooperativa. Observe que, se esses colhedores também

fizerem o trabalho de colheita para outras fazendas não incluídas no escopo do Certificado, o trabalho

deles nessas fazendas não é incluído.

Nesse caso, as atividades de embalagem não precisariam atender aos requisitos da APS, uma vez que

ocorrem mais tarde na cadeia de suprimentos.

OPÇÃO 2: A outra opção é que a embaladora seja a Titular do Certificado. Nesse caso, o cultivo, a

colheita e a embalagem seriam atividades pertencentes ao escopo, e a embaladora precisaria ser

integralmente compatível com a APS toda. Os colhedores independentes de abacate ainda são incluídos

no escopo enquanto realizarem trabalhos no local pertencente às fazendas certificadas

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Versão 1.0.0

Se, no exemplo acima, a colheita for feita pela embaladora, recomenda-se que esta (ou outra entidade

mais tarde na cadeia de suprimentos) seja a Titular do Certificado. O Certificado deve sempre ser

dimensionado para incluir atividades de colheita e trabalhadores.

2.2.3. Armazenamento e Transporte de Produto

Outros locais em que o produto do Comércio Justo estiver sendo armazenado ou transportado não

precisam ser incluídos no escopo do Certificado, embora o Titular do Certificado possa optar por fazê-lo.

Se não estiverem incluídos, esses locais devem cumprir os requisitos para 'Locais Não Incluídos no

Escopo do Certificado', conforme descrito na Seção 4 deste documento.

3. Determinando Atividades e Trabalhadores no Escopo de Locais

Abrangidos

Para qualquer local no escopo do Certificado, todos os trabalhos regulares do local e os trabalhadores na

cadeia de produção são incluídos no escopo do Certificado. Isso se aplica igualmente aos trabalhadores

permanentes e temporários, aos trabalhadores empregados diretamente e aos empregados por meio de

contratação de mão de obra terceirizada.

O "trabalho regular" inclui qualquer serviço que ocorra pelo menos anualmente relacionado à produção e

transformação, mesmo que não seja para um produto do Comércio Justo. Isso inclui, mas não está

limitado a, toda a colheita, pulverização e manutenção/limpeza regular de equipamentos ou instalações.

Projetos de curto prazo não relacionados à produção, como construção especial, não são considerados

"trabalhos regulares".

Observe que, no caso de Fazendas Pequenas, o gerente e os membros da família que executam trabalho

na fazenda, mesmo que não remunerados, seriam incluídos no escopo do Certificado e suas condições

de trabalho precisarão cumprir os requisitos da APS.

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Versão 1.0.0

É importante notar que nem todos os trabalhadores no escopo do Certificado serão, necessariamente,

incluídos no grupo de Participantes do Prêmio do Comércio Justo, que são responsáveis por eleger o

Comitê de Comércio Justo e decidir sobre o uso do Prêmio de Comércio Justo. Uma vez que todos os

locais no escopo foram determinados, a introdução ao Módulo 1 da APS explica quais trabalhadores

dentro de cada local devem ou podem ser incluídos no grupo de Participantes do Prêmio do Comércio

Justo.

3.1. Atividades Subcontratadas

Um subcontratado é um indivíduo ou empresa que é totalmente independente do Titular do Certificado, e

quaisquer outras fazendas ou empresas incluídas no escopo do Certificado, que presta serviços fora do

local para processar, embalar ou transformar produtos do Comércio Justo sem ter direito de propriedade

sobre eles. Para o trabalho subcontratado fora do local, o subcontratado não precisa ser incluído no

Certificado da APS, mas deve seguir os requisitos da Seção 4.

Observe que, se um subcontratado for contratado para executar serviços em um local incluído no

escopo do Certificado – por exemplo, se um produtor contratar uma empresa para fornecer uma equipe

de colheita, essas entidades são consideradas "fornecedoras de mão de obra terceirizada" sob a APS.

Conforme mencionado acima, qualquer trabalho regular em um local no escopo do Certificado está

incluído no escopo dos requisitos da APS, mesmo que seja realizado por um contratado. Isso significa que

uma fornecedora de mão de obra terceirizada precisará disponibilizar suas contas ao auditor para verificar

se os salários e benefícios adequados foram pagos. Por exemplo, o fornecedor de mão de obra

terceirizada que fornece uma equipe de colheita deve ser capaz de provar que os trabalhadores da

colheita tiveram condições de trabalho e contratos que atendiam, completamente, aos requisitos da APS.

4. Considerando Locais Não Abrangidos

Para todos os locais onde o produto do Comércio Justo é armazenado, transportado, embalado,

processado ou manuseado, que não estejam incluídos no escopo do Certificado, o Titular do Certificado

deve ter um contrato com as entidades que garantam que os requisitos de rastreabilidade são cumpridos,

que a entidade atende às Convenções Fundamentais da OIT e que a Fair Trade USA e/ou um organismo

de certificação aprovado podem entrar no local para auditar esses requisitos do contrato. Esses requisitos

são explicados no Critério 5.3.2.b. Da APS e na Seção 5 do documento de política sobre "Requisitos para

o Escopo do Certificado sob a APS".

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5. Exemplos de Opções de Certificados Diferentes em Uma Cadeia de

Suprimento

Esta seção usa uma cadeia de suprimentos de coco com vários níveis de processamento para ilustrar

várias opções diferentes para configurar um Certificado da APS. Neste exemplo, Fazendas Pequenas

individuais transportam e vendem cocos colhidos para secadores independentes de coco, que então

vendem o coco seco (copra) para um moinho, que pressiona o coco seco para obter óleo. O moinho

subcontrata entidades independentes para transportar a copra dos secadores para o moinho.

Há várias opções ao determinar o Titular do Certificado.

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OPÇÃO 1: Conforme mostrado no diagrama abaixo, as fazendas individuais podem ser Titulares do

Certificado, uma vez que o cultivo e a colheita estariam incluídos. Cada gerente de Fazendas Pequenas

ficaria incluído no escopo do Certificado, bem como todos os trabalhadores que realizassem atividades de

produção, colheita ou processamento em cada fazenda. Nesse caso, os secadores e o moinho seriam

comerciantes compradores de um Titular de Certificado da APS e teriam que obter certificação da Norma

Comercial da Fair Trade USA. (Observe que esse cenário é improvável, pois provavelmente seria muito

caro para Fazendas Pequenas serem certificadas individualmente para a APS, mas um arranjo

semelhante poderia ser possível para Fazendas e Instalações Grandes).

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OPÇÃO 2: Os secadores independentes de coco podem ser certificados individualmente e cada um deles

é um Titular de Certificado. Neste caso, o secador e as fazendas seriam incluídos no escopo de cada

Certificado da APS. Cada gerente de Fazendas Pequenas ficaria incluído no escopo do Certificado, bem

como todos os trabalhadores que realizam trabalhos de produção, colheita ou processamento em todas

as fazendas e instalações do secador.

Observe que as fazendas incluídas sob cada Certificado só poderiam vender cocos sob os Termos do

Comércio Justo para o secador sob qual eles estão incluídos no Certificado. Este cenário também é

improvável devido ao alto custo para cada secador individual; No entanto, esse arranjo permitiria que cada

secador vendesse o produto Certificado pelo Comércio Justo a qualquer fábrica que desejassem.

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OPÇÃO 3: O moinho poderia ser o Titular do Certificado. Neste caso, as fazendas, os secadores e o

moinho seriam incluídos como locais no escopo de cada Certificado da APS. Cada gerente de Fazendas

Pequenas ficaria incluído no escopo do Certificado, bem como todos os trabalhadores que realizam

atividades de produção, colheita ou processamento em todas as fazendas e instalações de

processamento (incluindo os secadores e o moinho). Os dois secadores não podem vender nenhum

produto como Comércio Justo a qualquer um que não seja o moinho, que é o Titular do Certificado.

Observe que, à medida que a o moinho subcontrata entidades separadas para transportar a copra de

cada secador para o moinho, e esses transportadores subcontratados não assumem a propriedade legal

do produto, eles não estão incluídos no escopo do Certificado. No entanto, eles devem cumprir as regras

para as entidades não incluídas no escopo do Certificado, delineadas na Seção 4 acima.