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ROGÉRIO ZAMPRONHA VENDA PROIBIDA ANO IV/ N O 16 2016 VESTAS: O VENTO COMO NEGÓCIO E PAIXÃO SIMEC RECEBE CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008

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ROGÉRIO ZAMPRONHA

VENDA PROIBIDA

ANO IV/ NO 16

2 0 1 6

VESTAS: O VENTO COMO NEGÓCIO E PAIXÃO

SIMEC RECEBE CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008

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Os laudos são documentos que consistem em um conjunto de análises e avaliações sobre as

condições de trabalho de uma indústria. Devem estar sempre atualizados para evitar multas.

Proporcionar um ambiente de trabalhoseguro é dever da sua empresa.

Laudos Técnicos realizados pelo SESI:

-LTCAT

-Insalubridade

-Periculosidade

Entre outros.

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Os laudos são documentos que consistem em um conjunto de análises e avaliações sobre as

condições de trabalho de uma indústria. Devem estar sempre atualizados para evitar multas.

Proporcionar um ambiente de trabalhoseguro é dever da sua empresa.

Laudos Técnicos realizados pelo SESI:

-LTCAT

-Insalubridade

-Periculosidade

Entre outros.

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ting/sistema�

ec

(85) 4009.6300 www.sesi-ce.org.br /sesiceara /sesiceara simec em revista - 3

EditorialLeitor

Em “Renovação Radical”, um apaixonado manifesto em favor da democracia e

contra os desequilíbrios políticos e econômicos que nos ameaçam, o pensador

canadense Henry Mintzberg, da McGill University, nos lembra que a demo-

cracia é um processo dinâmico, não um estado fixo. Porém, composta de alguns itens

obrigatórios como uma imprensa verdadeiramente livre, eleições abertas, igualdade de

direitos e um poder judiciário independente.

Basta deste desequilíbrio que está destruindo a democracia, o planeta e a nós mes-

mos. Basta do pêndulo da política de esquerda e direita, bem como da paralisia do

centro político. Basta das garras visíveis do lobby no lugar da mão invisível da livre

concorrência. Muito mais pessoas estão preocupadas com os problemas que nos afli-

gem do que mostram as manifestações nas ruas. É fato que a vontade das pessoas está

lá. Porém, o entendimento do que está acontecendo e como lidar com estas questões

parece não estar. Daí, como nos provoca Mintzberg, precisarmos promover um am-

plo debate sobre a realidade que ora vivenciamos e o equilíbrio que buscamos.

Cotidianamente temos sido inundados por explicações conflitantes e soluções contra-

ditórias. Não podemos mais nos aquietar frente a tanto descalabro. Plurais, temos que

nos engajar, reunir os diferentes segmentos sociais – empresas, academia, governos e

sociedade em geral – para desafiar as práticas destrutivas e substituí-las por práticas cons-

trutivas que possam nos levar à conquista do equilíbrio desejado. Afinal, parafraseando

Margaret Mead, mesmo pequeno, um grupo de cidadãos comprometidos e capazes de

pensar, pode mudar o mundo. Aliás, esta é a única coisa que de fato mudou.

Portanto, que sejamos sábios e usemos a nossa criatividade para agir de forma

diferente do que fizemos até aqui, antes que a mediocridade em curso nos leve ao

caos. Como Tom Paine disse ao povo americano em seu panfleto Common Sense,

“está na nossa mão o poder de recomeçar o mundo”. Para tanto, como também

nos lembra Mintzberg, basta percebermos que o lugar para começar a confrontar os

exploradores está na frente de nossos próprios espelhos.

O reconhecimento recebido pelo Simec, com a outorga da Comenda Sebastião de Arruda Gomes”, ao mesmo tempo que me fez sentir orgulho do trabalho que faço, me trouxe ainda mais responsabilidade e compromisso com este segmen-to econômico que tanto contribui para o desenvolvimento do Ceará.

Nicolle Barbosa

Secretária do Desenvolvimento do Estado do Ceará - SDE

Carta do Leitor

Para dar sua opinião,

envie um e-mail para

[email protected] ou

envie uma mensagem

pelas redes sociais.

Precisamos estender as discussões

para todos os atores que podem

contribuir com o fortalecimento do

ambiente de inovação no Ceará. A

‘Simec em Revista’ tem se mostrado

muito comprometida com esta causa.

Filipe M. Cassapo Gerente Executivo do SENAI C2i

Francílio Dourado Filho Editor Chefe

Obrigado ao Simec pelo destaque

dado a nossa empresa na edição

de final de ano da revista. Nós que

fazemos a CPN queremos, a cada

dia, fortalecer nossos laços com este

sindicato que tão bem nos representa.

Ricardo Barbosa

Presidente da CPN

Ver a nossa história retratada nas

páginas desta prestigiosa revista,

nos encheu de orgulho. Queremos

agradecer ao Simec pelo apoio e

dedicação para com as empresas

associadas.

Raumiro Maia Presidente da Metalmecânica Maia

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Sumário

rogÉRIO ZAMPRONHA

2808

182325

333809

101315

36O VENTO COMO NEGÓCIO E PAIXÃO. HISTÓRIA DA VESTAS - MERCADOS DE ATUAÇÃO -CEARÁ - RELACIONAMENTO COM O ESTADO -CENÁRIOS FUTUROS.

Notícias• SIMEC PARTICIPA DE MISSÃO AO PANAMÁ E COLÔMBIA• SDE INSTALA FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO

Histórias do setorMT ACESSÓRIOS | INDUMENTAL | SUCACEL

Livre PensarA IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

InovaçãoIFCE INSTALA POLO EMBRAPII DE INOVAÇÃO

EstratégiasROTAS ESTRATÉGICAS

SimecEVENTO SIMEC: COMENDA SEBASTIÃO DE ARRUDA GOMES 2015

Notícias• ZPE CEARÁ REALIZA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO• SATRIX INSTALA PROJETO SOLAR NO CARIRI

Empresa DestaqueBRINEL: TRADIÇÃO ASERVIÇO DOS CLIENTES

MissãoSIMEC VISITA SINDICATOSDO RIO GRANDE DO SUL

Responsabilidade SocialCASA DO MENINO JESUS

SIMEC CONQUISTA CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008

4142 43

Regional CaririCARIRI GANHAAPL DO ALUMÍNIO

Regional Baixo Jaguaribe INDUSTRIAISVISITAM O CIPP

Associado20 ANOS DE HOMOLOGAÇÃO DO PRIMEIRO FOTOSSENSOR

45 ArtigoRESUMO DACRISE ECONÔMICA

4752

MatériaCOINTEC REALIZOU ENCONTRODE INOVAÇÃO EM SOBRAL

mundoNOTÍCIAS SOBRE O SETOR METALMECÂNICOAO REDOR DO MUNDO

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simec em revista - 5

Palavra do Presidente

No universo dos negócios as ideias são a moeda mais valiosa. E especialmente em momentos críticos, quando os desafios se avolumam e a dinâmica do mercado alterna ameaças e oportuni-

dades numa velocidade superior à capacidade de adaptação das empresas, vencer e se manter compe-titivo depende fortemente da nossa habilidade de gerar ideias que possam, de fato, levar a inovações em produtos e processos.

Ao longo de minha vida empresarial e em especial nesses últimos tempos à frente do Simec, te-nho constatado que a habilidade de gerar ideias inovadoras não é propriedade de poucos, de apenas algumas mentes privilegiadas. Também não é um produto da sorte. É uma competência universal, possível de ser desenvolvida e aprimorada. Porém, carece da ambiência favorável ao seu florescimento.

Nesta seara, os verdadeiros vencedores ainda não estão definidos. Mas um preceito já se mostra bem claro: vencerão, aqueles que conseguirem gerar ideias que suplantem o óbvio. Vencerão, os que romperem com o pensamento comum, que fizerem algo verdadeiramente novo, diferente.

E para tanto, não basta ter conhecimento. É preciso ser capaz de usar esse conhecimento para resol-ver problemas concretos, para criar novos mercados, para escrever uma nova história empreendedora. Neste sentido, se quisermos criar novos produtos, precisamos desenhar novos processos, descobrir novos insumos e rever o modo como nos relacionamos com o ambiente.

O modelo de gestão que estamos imprimindo ao Simec visa alimentar em todos e em cada um de nós, esse novo olhar sobre as nossas empresas. Acredito que somente iremos melhorar os resultados e vencer a concorrência, se ousarmos questionar a forma como gerimos os empreendi-mentos que tocamos, se nos permitirmos mudar nossa visão de mundo e de negócios, se formos muito além do óbvio.

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“Se quisermos criar novos produtos, precisamos desenhar novos processos, descobrir novos insumos

e rever o modo como nos relacionamos com o ambiente.”

Sampaio FilhoPresidente do SIMEC

Muito além do óbvio

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Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC Av. Barão de Studart, 1980 • 3º andar • Sala 309 | Edifício Casa da Indústria – FIEC • [email protected]

www.simec.org.br • Fone/Fax: (85) 3224.6020 | (85) 3421.5455

Diretoria Executiva

Titulares

Diretor PresidenteJosé Sampaio de Souza Filho

1o Diretor Vice-PresidenteJosé Frederico Thomé de Saboya e Silva

2o Diretor Vice-PresidenteCícero Campos Alves

3o Diretor Vice-PresidenteGuilardo Góes Ferreira Gomes

Diretor AdministrativoPíndaro Custódio Cardoso

Diretor FinanceiroRicard Pereira Silveira

Diretor de Inovação e SustentabilidadeFernando José Lopes Castro Alves

Suplentes

José Sérgio Cunha de Figueiredo

Dário Pereira Aragão

Felipe Soares Gurgel

EXPEDIENTE

Projeto Gráfico e Editorial: E2 Estratégias Empresariais - www.e2solucoes.com • Coordenação Editorial: Francílio Dourado • Direção de Arte: Keyla Américo • Produção: Valeska Pinheiro e Luan Américo • Diagramação: Michel Serem • Tratamento de Imagens: Rodrigo Portillo • Jornalista: Rafaela Veras (2605/JP) • Gráfica: Tiprogresso • Tiragem: 3.000 exemplares

é uma publicação do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC, que detém os direitos reservados. A publicação, idealizada e produzida pela E2 Estratégias Empresariais, se reserva ao direito de adequar os textos enviados por colaboradores. As matérias divulgadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra, no entanto podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual; em qualquer das hipotéses, solicitamos que entrem em contato.

DIRETORIA DO SIMEC QUADRIÊNIO 2015 - 2019

Superintendente do SIMECVanessa Pontes

Assistente Administrativa do SIMECThais Mesquita

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Diretores Regionais

Região SulAdelaído de Alcântara Pontes

Região JaguaribeRoberto Carlos Alves Sombra

Diretores Setoriais

TitularesDiretor Setor MetalúrgicoSilvia Helena Lima Gurgel

Diretor Setor MecânicoSuely Pereira Silveira

Diretor Setor Elétrico e EletrônicoAlberto José Barroso de Saboya

Diretor Setor SiderúrgicoRicardo Santana Parente Soares

Suplentes

Antonio César da Costa Alexandre

César Oliveira Barros Júnior

Carlos Alberto Augusto

João Aldenor Soares Rodrigues

Conselho Fiscal

Titulares

Helder Coelho Teixeira

Joaquim Suassuna Neto

Eduardo Lima de Carvalho Rocha

Suplentes

Silvio Ferreira Camelo

Ricardo Martiniano Lima Barbosa

Francisco Odaci da Silva

Representante junto à FIEC

Titular

José Sampaio de Souza Filho

Suplentes

Carlos Prado

Fernando Cirino Gurgel

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Notícias

SDE INSTALA FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO

Em solenidade realizada na sede da Agência de Desenvolvimento do Ceará (ADECE), a Secretária do Desenvolvimento Econô-

mico, Nicolle Barbosa, instalou o “Fórum Inte-grado de Desenvolvimento”, instituição que nasce com o propósito de fortalecer os diversos setores da economia cearense, fomentando ações e propostas inovadoras para aprimorar o ambiente de negócios no Estado. Integrado pelos presidentes das 25 Câmaras Setoriais, o fórum promoverá reuniões bimestrais para discutir propostas de soluções para os problemas enfrentados pelos diferentes segmentos econômicos em atividade no estado. Para a secretária Nicolle, “o fórum será órgão colegiado de caráter con-sultivo e propositivo, que vai aproximar ainda mais o Governo dos setores produtivos, possibilitando a identificação de entraves e a proposição de soluções de forma sistemática, favorecendo a realização de ações de cooperação entre as diversas cadeias de produção”.

O presidente Sampaio Filho e o Diretor Financeiro Ricard Pereira, integraram comitiva de industriais do Ceará em missão empresarial à Colômbia e ao Panamá. A viagem aconteceu entre os dias 7 e 12 de Março e foi coordenada pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC, com o propósito de conhecer entida-

des ligadas à inovação nos dois países. Também integraram a comitiva, o presidente do Sindialimentos, André Siqueira e o vice-presidente do Sindisorvetes, Ney Regis Siqueira. O grupo participou de reunião na Associação Nacional dos Empresários da Colômbia e visitou a empresa Shelter Andinos, que atua na construção de escritórios, móveis, abrigos de telecomunicações e casas pré-fabricadas. Em Bogotá, foram recebidos pelo secretá-rio comercial da embaixada brasileira, Guilherme Bayer, que os levou a conhecer a empresa de alimentação Alpina. No Panamá,

conheceram o Canal, a Cidade do Saber, o Porto de Manzanillo e a Expocomer, maior feira da América Central, que contempla setores como alimentos e bebidas, confecções/têxteis, calçados, materiais de construção e de decoração, higiene pessoal/cosméticos, tecnologia e serviços.

SIMEC PARTICIPA DE MISSÃO

AO PANAMÁ E COLÔMBIA

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SATRIX INSTALA PROJETO SOLAR NO CARIRI

A Satrix – Energias Renováveis, empresa associada ao Simec e ao Sindienergia, foi responsável pela instalação do projeto solar fotovoltaico da Facul-

dade Leão Sampaio (FLS), em Juazeiro do Norte. Com-posto por 816 painéis solares, o projeto deverá alcançar uma produção anual de 342,72 MWh, o que representa-rá uma economia de CO² equivalente a 181 carros po-pulares/ano. De acordo com o diretor presidente da FLS, Jaime Romero, “o investimento inicial orçado em R$ 1,5 milhões, irá gerar um volume suficiente para abastecer a demanda de energia elétrica normalmente utilizada no maior campus da faculdade, situado no bairro Lagoa Seca”. Com o empreendimento a Faculdade se torna a Instituição de Nível Superior com o maior investimento em produção de energia solar no País. Além de abastecer toda a energia elétrica do campus, a carga gerada pelas placas em momentos de inatividade, como feriados, fins de semana e férias, será revertida em crédito pela COELCE. “Assim, estaremos contri-buindo com outras instituições na preservação do meio ambiente, através da aquisição de energia limpa produzida em nossas instalações”, conclui Romero.

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ZPE CEARÁ REALIZA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

N o início de Fevereiro, o presidente Mário Lima Júnior, reuniu todo o seu corpo gestor para planejar estrate-gicamente a atuação da ZPE CEARÁ. Criada com o

propósito de desenvolver e administrar a Zona de Processamento de Exportação do Pecém, compete à ZPE consolidar os empreen-dimentos já existentes em sua área e criar condições para recepcio-

nar novos investimentos com vocação exportadora, fomentando assim, o crescimento socioeconômico do estado. Segundo Mario Lima, “o planejamento é um momento de ordenamento das ações, visando integrar os macro-obje-tivos estratégicos do Ceará e as ações de atração de investimentos e suporte ao sistema produtivo voltado para expor-tações no estado”. Para a Secretária do Desenvolvimento Nicolle Barbosa, presidente do Conselho de Administração da ZPE, “o planejamento é parte de um projeto maior, voltado para articular as ações do Sistema Desenvolvimento, comprometendo todas as instituições vinculadas com a promoção de um modelo de desenvolvimento suportado por estruturas de governo eficientes”.

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Empresa Destaque

Com três décadas de atua-ção, a Brinel nasceu em 1986, como empresa de

representação comercial. Nossas atividades iniciais estavam volta-das à comercialização de produtos para solda, e tivemos como um dos principais clientes a Esmaltec, in-dústria que produz uma vasta linha de eletrodomésticos, e com a qual mantemos um relacionamento profícuo até os dias atuais.

A escolha do nome Brinel veio de um método de medição de du-reza, utilizado principalmente nos materiais metálicos, e que foi de-senvolvido pelo engenheiro sueco Johan August Brinell, ainda no início do século passado.

Em 2011, após um longo perío-do de construção e consolidação da marca Brinel no mercado lo-cal, instalamos nossa loja em um amplo espaço, o que passou a nos permitir oferecer um atendimento compatível com a qualidade e fide-lidade dos clientes que havíamos conquistado até então.

BRINEL: TRADIÇÃO A SERVIÇO DOS CLIENTES

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“A associação como o Simec tem sido de fundamental importância nessa busca por

atualização contínua. Junto ao nosso sindicato, temos a oportunidade de participar de eventos e missões empresariais que nos qualificam a estar

sintonizados com o que há de mais atual no mundo dos negócios.”

por Juliana Juaçaba

Gerente de Marketing da BRINEL

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Mas a trajetória não foi nada fácil. Como a maioria das empresas peque-nas, tivemos muitas dificuldades para nos adequar às necessidades e exigên-cias do mercado. Entender as questões legais, cumprir com as obrigações tra-balhistas e fiscais, exigiu muito com-prometimento e trabalho. Hoje po-demos dizer que estamos preparados para enfrentar e superar os mais diver-sos desafios. Porém, temos consciência de que, precificar de forma consistente e competitiva em um mercado reple-to de tributos e variações econômi-cas, não é nada fácil. Daí investirmos constantemente no aprimoramento de nossas competências gerenciais, parti-cipando de eventos e capacitações pro-movidas por entidades como o CDL e o Simec, instituições às quais somos associados de longa data.

Pensando de forma estratégica, des-de o início de nossas atividades temos

valorizado o conhecimento técnico dos produtos e suas aplicações, man-tendo um nível equilibrado de estoque para pronta entrega. Procuramos nos diferenciar na apresentação de solu-ções coerentes para os nossos clientes, o que conseguimos via manutenção de um relacionamento profícuo com fa-bricantes de tecnologia mundial.

Somos distribuidores de produtos de grandes marcas, que trazem um conceito global, como é o caso dos Abrasivos da Pferd; dos Epi’s da 3M; da Solda da Acelor Mittal, da Esab e da Lincoln; do Oxicorte da Harris; e do Plasma da Hypertherm.

Quando adotamos como missão, “levar conhecimento técnico, atendi-mento diferenciado e soluções ajusta-das com credibilidade aos clientes, ga-rantindo sua satisfação total e retorno para a empresa, mantendo o respeito, a confiança e acima de tudo a hones-

tidade”, tínhamos consciência de que somente conseguiríamos crescer de forma sistemática, se tivéssemos os nossos clientes como maiores parcei-ros da Brinel.

Daí termos trabalhado, ao longo destes anos todos, mantendo relaciona-mentos comerciais com clientes e forne-cedores, sempre pautados em princípios como confiança, tradição, conhecimen-to e capacidade técnica, o que nos le-vou a traçar como visão de futuro: “ser reconhecido como empresa comercial técnica capacitada para solucionar de forma prática e econômica os problemas enfrentados por nossos clientes”.

Como diferenciais competitivos, mantemos sempre à disposição dos clientes, uma equipe de técnicos altamente capacitados para dirimir dúvidas e solucionar problemas, es-pecialmente no tocante aos princi-pais produtos: Abrasivos, Epi’s, Sol-

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da, Oxicorte e Corte Plasma. Nossos técnicos realizam constantemente visitas aos clientes, para demonstrar produtos de maior desempenho ou mesmo apresentar soluções que pos-sam adequar os produtos às necessi-dades de cada processo produtivo.

Para tanto, costumamos enviar nossos técnicos para receber trei-namento e trocar experiência em empresas parceiras como Makita, Esab, Pferd, Lincoln e Hypertherm. Isto garante que tenhamos um cor-po de colaboradores sempre atuali-zado e antenado com as tendências de mercado.

Visando fortalecer nossa parceria com os clientes, em 2007 instala-mos a Alugamaq, empresa voltada especificamente para a locação de máquinas e oferta de assistência téc-nica. Em pouco tempo a Alugamaq foi ganhando força e expandindo sua atuação. Atualmente ela conta com uma ampla e bem equipada

oficina e uma grande variedade de máquinas, especialmente equipa-mentos de solda e corte, além de ferramentas elétricas.

A associação como o Simec tem sido de fundamental importância nessa busca por atualização contí-nua. Junto ao nosso sindicato, te-mos a oportunidade de participar de eventos e missões empresariais que nos qualificam a estar sintoni-zados com o que há de mais atual no mundo dos negócios.

lSERVIÇO: R. Professor Cos-ta Mendes 700, Montese.(85) 3491.1272 | 3033.1661www.brinel.com.br

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OEm comitiva liderada pelo Diretor Financeiro Ri-card Pereira, representantes do Simec visitaram, entre os dias 23 e 24 de Fevereiro, sindicatos das

indústrias eletrometalmecânicas e empresas do Rio Grande do Sul. As duas instituições visitadas: o SIMECAN – Sin-dicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita; e o SINDIMETAL – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo, são consideradas referência em gestão sindical. Os dois sindicatos foram os primeiros do país a conquistar certificação de gestão da qualidade.

A visita permitiu aos representantes do Simec, com-partilhar experiências e conhecimentos, especialmente no tocante à importância de se buscar uma certificação de qualidade em gestão, foco do sindicato cearense neste pri-meiro trimestre de 2016.

SIMEC VISITA SINDICATOS DO RIO GRANDE DO SUL

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14 - simec em revista

Modernizar a gestão, adequá-la aos padrões da certifica-ção ISO9001, trocar experiências e conhecer novas práti-cas, foi o indutor da iniciativa do presidente Sampaio Filho em determinar que o SIMEC, através do Diretor Financei-ro Ricard Pereira, da Superintendente Vanessa Pontes e do assessor Neto Medeiros, empreendessem visitas técnicas aos sindicados congêneres de Canoas e São Leopoldo, ambos no Rio Grande do Sul.

Iniciamos nossa visita pelo SIMECAN e fomos recebidos pelo presidente Roberto Machemer, o vice-presidente Guilher-me Aggens e o diretor executivo Sérgio Welter. O sindicato, que é certificado desde 2006, tem uma base de representação que congrega cerca de 600 empresas, sendo 120 associadas. Ali pudemos perceber que o sistema de gestão sindical é muito prático e os procedimentos operacionais estão diretamente re-lacionados com as ações desenvolvidas em prol dos associados.

Em seguida, visitamos o SINDIMETAL, acompanhados pelo secretário executivo do sindicato, o Sr. Paulo Ziegler. A sede funciona em um moderno prédio de seis andares, situado no centro de São Leopoldo, e que recebe o nome de “Centro das Indústrias”. Eles compartilham a infraestrutura física com mais quatro sindicatos. Fomos recebidos pelo diretor executi-vo, Sr. Valmir Pizzuti, que nos apresentou as instalações, onde se distribuem duas salas de reuniões, uma sala de eventos, um auditório com 118 lugares e um salão de eventos para 250 pessoas. O SINDIMETAL foi reconhecido como entidade sindical em 1956. Atualmente, conta com um quadro de 15 colaboradores, incluindo gestores, operadores e estagiários, que se revezam no atendimento às demandas de quase 100 associados, de uma base de representação que envolve 1.300 empresas. Eles utilizam um sistema informatizado de gestão que foi customizado para a realidade do sindicato, que tem suas ações balizadas por um Planejamento Estratégico, cultura bastante difundida entre diretores e associados.

diário de BORDO

por Vanessa Pontes

Ainda no mesmo dia, fomos conhecer a experiência das

empresas associadas que estão localizadas no Distrito Indus-

trial, localizado no bairro Fazenda São Borja. São cerca de 13

empresas de médio porte que, reunidas, adquiriram uma área

contínua onde estão sendo instaladas com o apoio institucio-

nal do Sindicato. Visitamos a Sebras Indústria e Comércio,

que está em pleno funcionamento. Trata-se de uma fabricante

de portas industriais de lona, que substituem as portas panto-

gráficas de metal. O conjunto de empresas compõe um Comi-

tê denominado VALEMETALSINOS, que objetiva ampliar

as oportunidades de negócios através de ações de mercado.

Visitamos ainda, a indústria Ferramentas Gedore do Brasil,

uma das grandes empresas associadas ao SINDIMETAL, para

sabermos como ocorre o relacionamento entre empresas de

grande porte e o Sindicato. Ao conhecermos o parque fabril da

Gedore, pudemos constatar que há uma boa sinergia entre o

Sindicato e a empresa. Identificamos na pessoa do presidente,

Sr. Raul Heller, uma forte liderança que ultrapassa as fronteiras

do setor, firmando-se como um dirigente dotado de visão es-

tratégica e que conduz o sindicato de forma altamente profis-

sionalizada, com foco especialmente voltado para resultados.

Conhecemos em detalhes o modelo de gestão do sindicato.

Tivemos acesso a todo o portfólio de serviços, ao modo como

funcionam as ferramentas de gestão, ao modelo de relacio-

namento com associados e o desenvolvimento de programas

voltados para o setor. Foram destacados como exemplos, o

Projeto SPE – Sistema de Produção Enxuta, o Projeto Vale-

metalsinos, o Programa de Desenvolvimento de Lideranças, o

Programa de Saúde, o Segurança e Meio Ambiente e o Comitê

de RH. De tudo, ficou uma certeza: não estamos sós quando

buscamos certificar nossos processos de gestão sindical e colo-

camos a inovação como mote maior de nossa atuação.

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Responsabilidade Social

CASA DO MENINO JESUS

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Em setembro de 1987, ao tomar conhecimento do sofrimento enfrentado por crianças e adolescen-tes acometidas de câncer, vindas do interior do

estado para tratamento de quimioterapia e radioterapia na capital, a Irmã Maria Batista de Andrade procurou en-contrar uma maneira de minorar o sofrimento, tanto das crianças, quanto das mães que passavam dificuldades com acomodação e deslocamentos.

Em conversa com o Dr. Augusto Cesar Gadelha Abreu, oncologista e cirurgião que havia implantado o atendi-mento oncológico infantil no hospital Albert Sabin, per-ceberam a necessidade para a instalação de uma Casa de Apoio, capaz de receber crianças e adolescentes com suas

mães e/ou acompanhantes para o tratamento especializa-do do câncer.

Assim, no dia 8 de Dezembro de 1987 nascia a “Casa do Menino Jesus – Obra das Filhas do Amor de Jesus Cristo”. Instalada na rua Gonçalves Lêdo, 1535, em For-taleza, algum tempo depois a instituição ganharia unida-des em Gama, no Distrito Federal (inaugurada em Agosto de 1991) e em Belém do Pará (inaugurada em Outubro de 1999), todas com o mesmo objetivo.

A “Obra das Filhas do Amor de Jesus Cristo”, man-tenedora da “Casa do Menino Jesus”, é uma associação civil e religiosa de direito privado, sem fins lucrativos e econômicos, de cunho educacional, de saúde e de assis-

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tência social e humana, sob inspiração do carisma cristão de sua fundadora, Irmã Maria Batista de Andrade (cearense de Paraipaba). Fundada em 15 de Maio de 1980, na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, com estatuto original devidamente registrado no Cartório Melo Júnior, tendo sido declarada de Utilidade Pública Federal em Abril de 1993.

No exercício de seus objetivos institucionais, promove o bem estar dos assistidos, sem preconceito de origem social, raça, sexo, cor, idade, credo religioso e quaisquer outras formas de discriminação.

A “Casa do Menino Jesus” vem desenvolvendo um trabalho de assistência gratuita a crianças e adolescentes acometidas de câncer e outras patologias. As crianças apoiadas, são acompa-nhadas por suas respectivas mães ou responsáveis, com o pro-pósito de humanizar o tratamento e melhorar a autoestima, além de renovar a fé de cada uma delas. O apoio consiste tanto no atendimento propriamente dito, quanto no cuidar da saú-de, da alimentação, do transporte e da oferta de medicamentos em consonância com o tratamento indicado pelos médicos.

Convém ressaltar que “Casa do Menino Jesus” não cuida da cura do câncer, apenas apoia as crianças e adolescentes que ne-cessitam de um amparo de hospedagem, alimentação e outros cuidados. “Muito nos honraria podermos participar, junta-mente com o Governo e outras instituições competentes, da tarefa de sanar os males que afetam a população alvo do nos-so trabalho”, argumenta a coordenadora da casa, Irmã Maria Conceição Dias de Albuquerque.

Irmã Conceição observa ainda, que a instituição não adota um modelo de governança próprio, são as mães e acompanhan-tes que primam pela limpeza, higienização e organização do espaço físico. A sustentação econômica da Casa depende de doações que “senhores de um coração generoso”, fazem com que o trabalho possa ser realizado de forma satisfatória.

Quando de uma visita a Casa, o presidente Sampaio Filho, ouviu da Irmã Conceição um longo relato dos problemas en-frentados e da história da instituição. “Simec em Revista” re-produz a seguir alguns enxertos do depoimento.

“Um dia a gente percebeu que as pessoas não tinham voz nem vez. Se falava tanto de cidadania, mas como ter cidadania se você não tem nem uma identidade, se você não tem traba-lho, se você não tem endereço? [...] No ano de 2002 a gente

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recebeu uma comenda do Palácio do Planalto, um des-taque do trabalho que a gente fazia.”

“Aqui mesmo foi inaugurada a primeira ‘Casa do Me-nino Jesus’. Na década de 1950 a Irmã Maria trabalhava aqui, nessa casa, para a família de Dona Daria e do Seu Felipe, que era governador do Acre e que tinha 10 filhos. Ela costurava para todo mundo, e foi aqui que ela des-cobriu que tinha câncer. Fora casada e estava viúva, com 24 anos, cuidando de 9 filhos. Mas na graça de Deus ela ficou curada e em 1980 recebeu de Deus essa missão de fundar esse trabalho. Deu o nome de “Obra das Filhas do Amor de Jesus Cristo” porque foi exatamente o amor dele que a curou. A princípio com o objetivo de fazer o trabalho com crianças, creches, escolinhas e promoção humana. [...] O Dr. Cesar, era criança quando a Irmã ainda costurava, e ele dizia que ia ser médico para cui-dar da família dele e de todos da família da Irmã Maria. Hoje, com mais de 70 anos, vemos que não só cumpriu a promessa, como se deu à missão de implantar o traba-

lho de oncologia infantil no Albert Sabin, como fez nas-cer a nossa instituição. [...] Hoje atendemos mais de 200 crianças só aqui em Fortaleza. [...] A casa apoia as crianças e adolescentes, que estão tendo problema de câncer, pro-blemas de coração, problema renais e também atendemos algumas pessoas com paralisia e que precisam de reabili-tação. [...] Eles passam aqui todo o tempo necessário ao tratamento. [...] A gente vive da providência divina. Eu achei muito engraçado quando um doador ligou dizendo assim: “pergunte a irmã o que Deus tá precisando provi-denciar na casa”. Realmente a gente vive da providência divina, tem sempre um Deus que nos ama, tem sempre um Deus que nos dá a missão e automaticamente provi-dencia a capacitação.

SERVIÇORua Ildefonso Albano, 3052, Joaquin Távora – Fortaleza-CE(85) 3253.4082 | 85 996.193.664www.casameninojesus.org.br

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MT ACESSÓRIOS

Movido por um sonho e a vontade

infinda de vencer, o empreen-

dedor Roberto Carlos Alves

Sombra, em 1996, fundou a empresa ME-

TALTUB. Inicialmente as atividades eram

voltadas para a fabricação de móveis tu-

bulares. Com apenas dois funcionários e

uma produção diária de dois conjuntos de

cadeiras, logo percebeu que seu sonho era

bem maior. Apaixonado por motos e ávi-

do por novos desafios, em janeiro de 2005

instala a MT Acessórios, dando início a

uma nova atividade, a produção e comer-

cialização de peças para motos. Aquele

era um mercado muito dinâmico, repleto

de desafios e barreiras a superar. Roberto

lembra de quando tentou entrar no merca-

do das regiões Sul e Sudeste, e os preten-

sos clientes, ao ouvirem que seus produtos

eram fabricados no Nordeste logo impu-

nham dificuldades. Preconceitos à parte,

haveria de vencer.

“O Brasil tem grande poder de transfor-

mação. Hoje o Nordeste é bem maior do

que o Sul e o Sudeste no mercado de moto

peças. Deus é maravilhoso e estamos aqui.

Hoje, contamos com mais de 70 funcioná-

rios e uma linha de produção que atende a

vários estados do Brasil.”

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19 - simec em revista

Dono de uma consciência ci-

dadã, Roberto mantém na em-

presa um programa de preser-

vação ambiental que promove a

reciclagem de todos os resíduos

sólidos gerados na produção de

suas peças. “Acreditamos que o

crescimento sustentável só se

consegue com forte disciplina

na criação de valores”, pondera.

Pela via da confiança conquis-

tada junto aos clientes, distri-

buidores, colaboradores e forne-

cedores, a MT Acessórios busca

continuamente a melhoria da

eficiência de seus processos, vi-

sando sempre ganho de compe-

titividade e fidelização de sua

exigente clientela. “Estamos

ampliando a nossa área de tra-

balho em quatro vezes, com um

pavilhão de quatro mil metros

quadrados, instalados em uma

área de vinte e cinco mil metros,

com investimentos de mais de

cinco milhões de reais.

No afã de ampliar continua-

mente a sua participação no

mercado, a MT Assessórios

procura marcar presença nas

principais feiras nacionais e

internacionais, como é o caso

do Salão Duas Rodas, principal

evento do setor na América La-

tina.

Atento à importância de estar

sempre inovando e se moderni-

zando, Roberto trabalha per-

manentemente na ampliação

de suas estruturas. Em Agosto

instala uma nova unidade que

bem traduz os diferenciais com-

petitivos da MT Assessórios, re-

velados na contínua inovação e

no lançamento permanente de

novos produtos.

Como indústria de transfor-

mação, a MT adota por missão:

“oferecer produtos que satisfa-

çam a necessidade de clientes

e consumidores”. Como visão

de futuro, se propõe a, no curto

prazo, “expandir suas linhas de

produtos, lançando sempre no-

vos acessórios para atender as

inovações do mercado”. E para

além disso, “busca reconheci-

mento nacional, como referên-

cia em qualidade e excelência

dos produtos, garantindo a in-

tegridade, a confiabilidade e a

satisfação de todos os clientes”.

Sua relação com o Simec se

reveste de especial importân-

cia por reconhecer no sindicato

a permanente preocupação com

o desenvolvimento das empre-

sa no setor no estado como um

todo.

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AINDUMETAL – Indústria

Metalúrgica de Carlito

Pamplona, nascida no

alvorecer de Outubro de 1974,

ocupava inicialmente modestas

instalações que se estendiam pe-

los parcos 1 mil metros quadrados

do terreno em que se instalara.

Fruto da perseverança e obstina-

ção de seus fundadores, seguiu se

especializando na fabricação de

eletro-ferragens. Primando por

uma filosofia pautada na parceria

com clientes e fornecedores, e de

olho na evolução do mercado, foi

se estabelecendo até firmar defini-

tivamente o seu nome no cenário

metalúrgico regional.

Hoje, instalada em uma área com

mais de 4000 metros quadrados,

dotada de equipamentos moder-

nos e contando com a colaboração

de uma equipe qualificada, a Indu-

metal trabalha com competência

na fabricação de eletro-ferragens

galvanizadas para telecomunica-

ções; redes elétricas de alta e bai-

xa tensão; serviços de galvaniza-

ção e montagens diversas.

Os produtos que levam a marca

Indumetal são fabricados em aço

carbono 1010 a 1020, obedecen-

do criteriosamente a norma AB-

NT-SAE. O acabamento se dá por

meio de processo de zincagem por

imersão a quente, que também

obedece rigorosamente a norma

ABNT-NBR 6323. A qualidade é

garantida por conta de acurados

testes realizados em laboratório

próprio, que se estende desde o

controle de recebimento da maté-

ria-prima até a finalização de todo

o processo de fabricação.

A empresa desenvolve um ri-

goroso Programa de Qualidade,

que tem por objetivos aprimorar a

qualidade, buscar maior produtivi-

dade, ampliar a competitividade e

reduzir os custos produção. Isto se

dá através de treinamentos de seus

colaboradores e do fomento conti-

nuada à inovação tecnológica.

Empresa genuinamente cearen-

se, a Indumetal adota como crité-

rios de sua política de qualidade, a

busca permanente pela satisfação

das necessidades dos clientes; o de-

senvolvimento contínuo dos cola-

boradores, a melhoria sistemática

das condições de trabalho das pes-

soas e a conquista e manutenção de

parceria com os fornecedores.

Hoje, a marca Indumetal é si-

nônimo de eficiência, qualidade e

confiabilidade em ferragens gal-

vanizadas para rede de telecomu-

nicações e eletricidade.

INDUMETAL

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21 - simec em revista

SUCACEL

OGrupo PETRAL, que há mais de 30 anos dis-

tribui aço das principais usinas siderúrgi-

cas brasileiras, em 2004, entendendo ser

hora de atuar também na reciclagem do aço, criou

a SUCACEL – Sucataria Cearense Ltda.. Nascida sob

o signo da sustentabilidade, a nova empresa pas-

sou também a comercializar “escolhas” industriais

e resíduos de obras acabadas, motores, redutores,

chapas, cantoneiras, tarugos, vigas e inox, dentre

outros produtos. Tudo isso pronto para a reutiliza-

ção, o que traz uma economia real, com a garantia

de quem conhece bem o que faz.

Localizada no Distrito Industrial de Maracanaú,

numa área de mais de 18.000m2, possui estrutura

completa para atender seus clientes, parceiros e

amigos e, assim, contribuir com toda a operação do

Grupo.

A SUCACEL leva muito a sério e tem como priori-

dade o compromisso com a preservação ambiental,

não é à toa que sua própria estrutura foi edificada

100% com material reciclado e um de seus princi-

pais objetivos é atuar com empresas que partilham

deste mesmo sentimento. Sabendo da importância

do desenvolvimento de ações de responsabilidade

social, investe cada vez mais em trabalhos voltados

para a sociedade e para o meio ambiente.

Ao longo destes primeiros 11 anos vem conquis-

tando solidez, fruto de um trabalho sério e respon-

sável, além de investimentos constantes em tecno-

logia, inovação e, principalmente, na capacitação

de seus colaboradores. A Sucacel compartilha do

pensamento do empresário Richard Branson: “For-

ma bem os teus colaboradores, para que possam

partir. Trata-os bem para que não o queiram fazer”.

Hoje, por sua infraestrutura ampla e organizada,

atendimento ímpar e foco na necessidade de seus

clientes, a Sucacel dispõe de equipamentos moder-

nos para armazenamento, transporte, movimenta-

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ção e processamento de sucatas.

Desfruta, ainda, de todos os tipos

de sucatas ferrosas para atender

às mais variadas formas de pro-

cessamento e quantidade.

Tem por missão a satisfação de

seus clientes tanto nos produtos

quanto nos serviços oferecidos,

no melhoramento contínuo do

ambiente de trabalho e no desem-

penho das atividades, sempre

contando com a participação ati-

va de seus colaboradores, na me-

lhor performance junto aos for-

necedores de sucata e, claro, na

contribuição para a proteção do

meio ambiente, por meio do con-

trole dos principais impactos am-

bientais, da poluição decorrente

de suas atividades e do atendi-

mento aos requisitos legais e ou-

tros que sejam aplicáveis ao seu

negócio.

Atualmente, a Sucacel deixou

de ser apenas um complemen-

to da atividade do Grupo Petral

para assumir a posição singular

que sustenta no cenário cearen-

se, tornando-se referência no seg-

mento e sendo reconhecida pelos

principais fabricantes, fornece-

dores e clientes como detentora

de um portfólio deveras variado.

Mantém-se, sempre, de portas

abertas de segunda a sábado para

suprir as necessidades oriundas

do mercado local.

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simec em revista - 23

Livre Pensar

A expressão “responsabilidade social” tem, ao longo dos anos, suscitado muitas interpre-tações. Para alguns, são ações de marketing.

Para outros, resultado da cobrança do mercado e da

sociedade.

Mas, em se tratando de micro e pequenas empresas,

segmento afeito ao trabalho do Sebrae, esse conceito

ganha uma outra leitura, principalmente por ser este o

setor que luta, permanentemente, por iniciativas que

melhorem as chances de sobrevivência em um ambien-

te vorazmente competitivo.

Além desta peculiaridade, os pequenos negócios

brasileiros têm características que favorecem a um im-

portante protagonismo quando o assunto é Responsa-bilidade Social Empresarial. Afinal, existem hoje, no Brasil, 10 milhões de micros, pequenas empresas e mi-croempreendedores individuais e 5,2 milhões de pro-dutores rurais que, juntos, são responsáveis por 52% dos empregos e 40% dos salários pagos aos brasileiros.

No Ceará, os pequenos negócios totalizam quase 440 mil estabelecimentos que respondem por 94,1% de todas as empresas com CNPJ do Estado. O setor é responsável, ainda, por 41,3% dos salários, 60% dos empregos e 26,2% do PIB cearense.

Além disso, as pequenas empresas têm reconheci-da capacidade de gerar empregos e usufruem de uma

A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIALQuando as pequenas empresas podem fazer a diferença.

por Alci Porto

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maior proximidade com a comunidade onde estão ins-taladas, principalmente porque o pequeno negócio aju-da no desenvolvimento do seu entorno.

E, essa capacidade de atender às suas comunidades, acaba favorecendo a disseminação de melhores práticas de gestão, onde se incluem iniciativas de responsabi-lidade social. Em tese, esse cenário aproxima os pe-quenos negócios de ações solidárias e ajuda a escrever novos capítulos na história da responsabilidade social empresarial no Brasil.

E isso se justifica porque, apesar de, na maioria dos casos, esses empreendimentos possuírem gestores com menor escolaridade, muitas destas empresas têm refor-çado, dentro de suas organizações, a preocupação com princípios éticos básicos.

E essa mudança cultural vem sendo mapeada há tem-pos. Tanto que o Sebrae, em parceria com o Grupo Gerdau e o Movimento Brasil Competitivo (MBC) criou, dentro do Prêmio MPE Brasil – Prêmio de Com-petitividade para Micro e Pequenas Empresas, que tem o objetivo de reconhecer conceitos inovadores e boas práticas de gestão em diversos setores da economia –, a categoria “Destaque de Boas Práticas de Responsabi-lidade Social” que permite às pequenas empresas de-monstrarem seu potencial de integração com o con-texto onde estão inseridas, quer sob a perspectiva das partes interessadas, quer pelo papel e participação no desenvolvimento sustentável.

Na outra ponta desta equação politicamente correta está o trabalho do Sebrae ao aproximar esses pequenos negócios de projetos e/ou programas humanitários de

amplo espectro e bons resultados, apesar de carentes

de apoio. Um exemplo de como esse entrelaçamento

de elos pode mudar cenários e vidas é bem conhecido

aqui, em Fortaleza. É o trabalho da Irmã Inês de Barros

Lima, defensora dos Direitos Humanos dos moradores

de rua, gestora do Refeitório São Vicente de Paulo e da

Casa do Filho Pródigo, que reabilita os cidadãos de rua

com dependência química.

O Refeitório, por exemplo, recebe, diariamente, qua-

se 100 desabrigados e faz parte do Projeto de Globa-

lização da Caridade. O morador de rua cadastrado no

projeto tem acesso à palestra diária de Evangelização,

higienização, almoço, formação profissional, incentivo

para retornar a família, alfabetização e assistência mé-

dica com voluntários da Sociedade Médica São Lucas.

Tudo isso graças a doações, inclusive, de micro e pe-

quenas empresas.

Concluo eu, então, como um permanente observa-

dor dos cenários e tendências dos pequenos negócios

que, superados problemas como o desconhecimento

e a percepção limitada de que a prática da gestão da

Responsabilidade Social exige grandes recursos, é pos-

sível avaliar que, cada vez mais as pequenas empresas

se dispõem a adotá-la. E ela se transforma em fator de

credibilidade, desde que a intenção seja real, efetiva e

coerente.

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Inovação

A EMBRAPII – Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, é uma Organização Social que desde 2013 firmou Contrato de Gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para apoiar instituições de pesquisa tecnológica, em selecionadas áreas de competência, para que executem projetos de desenvolvimento

de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial. Em 2014, após participar de chamada pública, o Instituto Federal do Ceará (IFCE), foi credenciado como Polo EMBRAPII de Inovação Fortaleza. Para entender a importância disto para o ambiente de inovação no Ceará, “Simec em Revista” conversou com o reitor do instituto, Virgílio Araripe, e os diretores Cristiane Borges e André Araújo.

ifce instala poloembrapii de inovação

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VIRGÍLIO ARARIPE

É um prazer participar de um periódico tão impor-tante como este, isso nos

anima a seguir trabalhando. Atualmente estamos inseridos

num contexto de ações de inova-ção, integração com a indústria, com

diversos núcleos de excelência em pesqui-sa, pós-graduação e inovação, regionais, nacionais e internacionais.

Projetos inovadores têm sido desenvolvidos em nossos la-boratórios, por exemplo, de Inovação Tecnológica, Fotônica, Processamento Digital de Sinais, Desenvolvimento de Software, Sistema de Controle e Medição de Energia, Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento em Automação, além do Núcleo Avançado em Engenharia de Software Distribuído e Sistema Hipermídia.

Nossa intenção, com o Polo de Inovação do IFCE, é nos aproximar mais ainda do setor produtivo e usar de todo o co-nhecimento técnico que dispomos para contribuir com o pro-gresso socioeconômico do Ceará.

CRISTIANE

BORGES e

ANDRÉ

ARAUJO

A EMBRAPII foi criada com o intuito de promo-ver o desenvolvimento da inovação na indústria na-cional, através do fortalecimento de sua colaboração com institutos de pesquisa e universidades. A associação apoia as Instituições de Pesquisa Tecnológica (ICTs) credencia-das para que executem projetos de pesquisa tecnológica nas suas especialidades e em cooperação com empresas indus-triais. As ICTs são classificadas em Unidades EMBRAPII ou Polos EMBRAPII-IF que por sua vez, são credenciados e um plano de Ação (PA) é acordado para o período de credenciamento.

O IFCE, através do Polo de Inovação Fortaleza, foi cre-denciado pela EMBRAPII para atuar nas áreas de com-

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petência de Sistemas Embarcados e Mobilidade Digital junto a empresas do setor industrial, no atendimento a demandas por desenvolvimento tecnológico, comparti-lhando os riscos nas fases pré-competitivas da inovação. A expectativa é fortalecer a base de conhecimento existente nessas instituições e sua capacidade de geração de soluções tecnológicas, potencializadas pelo mecanismo de compar-tilhamento de custos e riscos oferecido pela EMBRAPII para gerar inovação industrial tanto regionalmente como em âmbito nacional.

O Instituto possui uma larga experiência na execução de projetos de software e hardware, no setor público e priva-do, tendo desenvolvido e institucionalizado um processo próprio de desenvolvimento e aplicado práticas mistas de gestão de projeto, envolvendo Project Management Body of Knowledge (PMBOK) e metodologias ágeis.

Temos atuado em parceria com as organizações represen-tativas da indústria local, como a Federação das Indústrias e seus sindicatos, através da execução de programas, con-vênios e projetos. Podemos destacar o Programa de Inicia-ção Tecnológica e Inovação (PIBITI) em que o aluno e seu orientador podem realizar atividades de desenvolvimento tecnológico e Inovação. As ações de propriedade intelec-tual, patentes e registros têm sido efetuadas em parceria, muitas vezes com empresas. Os convênios de inovação têm ocorrido com recursos próprios da empresa ou através de fundos relativos a renúncia fiscal por parte do governo fe-deral, como os fundos ANEEL e Lei de Informática, com empresas de todo o Brasil. Empresas locais como Ibyte, Coelce e Electra já têm nos procurado. Também temos empreendido ações de capacitação como a Especialização em Inovação Tecnológica e o recente Mestrado profissio-nal em rede em Propriedade Intelectual e Transferência de tecnologia. Os mestrados do IFCE têm executado projetos com a iniciativa privada com bastante sucesso. Agora, mais recentemente, a iniciativa do Polo de Inovação Fortaleza (EMBRAPII) tem sido a mais nova e audaciosa ação.

O Polo de Inovação pretende ser, em 2022, referência na-cional de excelência em pesquisa, desenvolvimento e inova-ção, nas áreas de sistemas embarcados e mobilidade digital.

Para tanto, estamos empreendendo ações voltadas para

o fortalecimento e ampliação das parcerias com o setor in-

dustrial. No âmbito regional, a FIEC tem tido um papel

fundamental para a apresentação do Polo ao setor indus-

trial regional. A FIEC tem nos convidado para apresen-

tar o Polo nos eventos da casa e temos agendado visitas às

instalações do IFCE. A aproximação da academia com o

setor industrial tem sido um fator relevante nesse processo,

pois os empresários ao conhecerem as instalações do IFCE,

tem vislumbrado outras parcerias que vão além das áreas de

competência do polo.

O Polo de Inovação ainda não tem nenhum projeto espe-

cífico em andamento, pois é uma estrutura nova, assinamos

o contrato com a EMBRAPII em Janeiro. Porém, desde

de 2013 vimos executando uma série de ações em parceria

com a FIEC e que têm contribuído para que a indústria

cearense começasse a se tornar mais inovadora. A partir dis-

so, as empresas estão participando de mais editais de pes-

quisa, trazendo a cultura da inovação para dentro dos seus

processos operacionais e contribuindo para que o polo de

inovação fosse realmente criado. Nós temos recebido uma

demanda muito grande de empresas locais, o que demons-

tra que a cultura de inovação já está sendo absorvida pela

indústria do Ceará.

No âmbito do setor metalmecânico, a Alpha Metalúr-

gica foi uma das empresas que desenvolveu dois projetos

de pesquisa com o IFCE. E em um desses projetos nós ge-

ramos um modelo inovador que hoje está sendo adotado

nos processos de comercialização da empresa. Eu (André

Araújo) fui coordenador desse projeto, que visa aproveitar

as faixadas de prédios que normalmente só levam vidro e

alumínio, para captação de energia através de células foto-

voltaicas. A ideia é desenvolver um processo no qual a em-

presa receba uma demanda de um arquiteto, por exemplo

e possa implantar as células dentro das especificações do

projeto arquitetônico, sem agredir a estética do prédio e da

faixada, possibilitando assim, a geração de energia. Aliás,

esse foi um dos projetos que mais contribuíram para que

fôssemos credenciados como polo de inovação.

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ROGÉRIO ZAMPRONHA PRESIDENTE DA VESTAS PARA O BRASIL

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VESTAS:O VENTO

COMO NEGÓCIO E PAIXÃO

Única empresa global de energia dedica-da exclusivamente à energia eólica, a Vestas tem como foco do seu negócio

o desenvolvimento, fabricação, venda e manu-tenção de usinas, com competências que cobrem todos os aspectos da cadeia de valor. Com mais de um século de experiência, a empresa destaca em seus objetivos estratégicos a busca por redu-ção do custo da energia, a excelência operacional e o crescimento de forma rentável em mercados maduros e emergentes. São mais de 56 mil tur-binas eólicas instaladas em 75 países ao redor do mundo, que geram mais de 90 milhões de MWh de energia por ano – energia suficiente para abas-tecer milhões de domicílios. No Brasil a expe-riência da Vestas está apenas iniciando, mas já conta com cerca de quatro centenas de turbinas instaladas.

“O vento é o nosso negócio e nossa paixão”, destaca o presidente para o Brasil, Rogério Zampronha, que esteve em Fortaleza para inauguração da primeira uni-dade brasileira da Vestas, instalada no município de Aquiraz, e que exigiu investimentos da ordem de R$ 100 milhões. Toda a produção prevista para o ano de 2016 já está vendida. São contratos que somam 376 megawatts e que devem gerar 600 vagas. Na ocasião, “Simec em Revista” entrevistou Zampronha.

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30 - simec em revista

HISTÓRIA DA VESTASA Vestas é a única empresa global de energia dedicada

exclusivamente à energia eólica. Ela foi fundada em 1898 como uma serralheria na Dinamarca. Mas foi em 1979 que começamos a produzir turbinas eólicas. Hoje, todos nós da Vestas, trabalhamos para entregar a melhor solução em energia eólica e marcar o ritmo de nossa indústria em benefício dos nossos clientes e do planeta.

A Vestas está presente no Brasil desde o ano 2000 e já possui uma capacidade total instalada de 713 MW. O ano de 2015 foi importante para a Vestas no Brasil. A companhia assinou 376 MW em contratos firmes e incon-dicionais. Ainda em 2015, a Vestas obteve o certificado FINAME de conteúdo local do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social – BNDES, o que confere aos compradores da companhia condições especiais junto ao banco de fomento.

A fábrica em Aquiraz/CE, inaugurada oficialmente no dia 18 de janeiro de 2016, produz “hubs” e “naceles” para a turbina V110-2.0MW, que recentemente recebeu o prê-mio de “Melhor Turbina de 2015”, dentro da categoria

“Turbinas Onshore até 2.9MW”, pela respeitada publi-cação inglesa “Wind Power”. Isso mostra que estamos no caminho certo e que nossos clientes contam com o que há de melhor no mundo em tecnologia e confiabilidade. Adicionalmente à fábrica, que recebeu mais de R$ 100 mi-lhões em investimento, a Vestas tem acordos com a ABB, para produzir geradores; com a GESTAMP, para fornecer as torres e com a AERIS, para produzir as pás localmente. A AERIS, também localizada no Ceará, contratou cerca de 400 novos funcionários para atender às necessidades de produção da Vestas.

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simec em revista - 31

Investimos não somente nos processos e equipamentos,

mas também em nossos funcionários. Aproximadamente

90 funcionários foram para o exterior, em plantas como

as da Espanha, e ficaram até 4 meses para aprender em

detalhe o processo produtivo da empresa. Também

foi investido muito nos funcionários da AERIS, nosso

fornecedor de pás, localizado aqui no Ceará. Mais de 60

funcionários da AERIS foram para plantas dos Estados

Unidos (EUA) e Dinamarca, onde ficaram por até 12

semanas. Muitos cursos foram ministrados aqui no Brasil

por nossos especialistas de todo o mundo.

MERCADOS DE ATUAÇÃO

Todos os dias, as turbinas eólicas da Vestas fornecem energia limpa que apoiam a luta global contra as mudanças climáticas. A energia eólica de mais de 55.700 turbinas da Vestas reduz emissões de carbono em mais de 60 milhões de toneladas de dióxido de carbono a cada ano, enquanto cria segurança e in-

dependência energética. A Vestas fornece energia eólica em 74

países, proporcionando empregos para cerca de 19.600 pessoas

apaixonadas, que trabalham em nossos sites de serviços e projetos,

instalações de pesquisa, fábricas e escritórios em todo o mundo.

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Com 52% a mais de megawatts instalados

do que qualquer outro player da indústria

e com 71 GW de capacidade instalada

acumulada em todo o mundo, a Vestas é a

líder mundial em energia eólica.

CEARÁ

Com um dos melhores ventos do mundo, o Brasil é uma das grandes apostas da Vestas para os próximos anos. Aqui, o mercado de energia eó-lica tem um grande potencial de ex-pansão. O plano de investimentos que acabamos de executar reforça nosso compromisso com o desenvolvimento do mercado de energia limpa no país.

A escolha do Estado do Ceará para ser a nossa casa não foi uma escolha difícil. O Estado conta com um aero-porto internacional e dois portos im-portantes, facilitando a logística; conta com excelentes ventos, o que confere uma vantagem competitiva para a Vestas – afinal, estamos localizados próximos a polos de geração de ener-gia eólica, reduzindo sobremaneira os custos e complexidade de transportes; conta com uma indústria relativamen-te diversificada, o que nos permite de-senvolver fornecedores locais; e conta com um Governo muito descompli-

cado, de fácil acesso, que apoia o de-senvolvimento da indústria local e a iniciativa privada – com certeza é um exemplo de gestão para os outros Esta-dos brasileiros. Da mesma forma, a es-colha de Aquiraz nos deixa muito feli-zes, tanto pela localização, quanto pelo empenho da Prefeitura em simplificar os processos que envolvem a instalação de um novo empreendimento.

RELACIONAMENTO COM O ESTADO

A Vestas tem sido a âncora para um novo cluster eólico no Ceará. Em cooperação com o Consulado da Di-namarca em São Paulo, a Vestas está organizando um evento na Dinamar-ca, para atrair novos investimentos ao Brasil. Pudemos contar com o empe-nho de muitos para superar os obs-táculos e dificuldades que surgiram para ter a planta pronta e no padrão de qualidade e segurança de classe mundial. Empenho de autoridades como o Governador do Estado, Sr. Camilo Santana; a Secretária do De-senvolvimento Econômico, Sra. Ni-colle Barbosa; o Secretário Adjunto da Infraestrutura, Energia, Mineração e Telecomunicações, Sr. Renato Rolim; o Chefe de Gabinete do Governador,

Sr. Élcio Batista; a Presidente Execu-tiva da ABEEólica, Sra. Élbia Silva Gannoum; o Prefeito de Aquiraz, Sr. Antônio Fernando Freitas Guimarães; o Presidente da FIEC, Sr. Beto Studart e seu time; além de diversos times do BNDES, Embaixada da Dinamarca no Brasil, Agência de Desenvolvimen-to do Estado do Ceará, Receita Fede-ral, Secretários do Estado do Ceará e Secretários do Município de Aquiraz.

CENÁRIOS FUTUROS

Além de atender aos clientes brasileiros, a expectativa da Vestas é que sua produ-ção de Aquiraz consiga fornecer equipa-mentos também para outros países da América Latina. Mas esta não é só a inau-guração de uma fábrica, é um momento histórico para a Vestas, para o município de Aquiraz e para o Estado do Ceará.

Certamente vamos contribuir para que

o Brasil alcance rapidamente os objeti-

vos apresentados na COP21 em Paris, e

constantes do nosso INDC. Termos um

mundo melhor para nossos filhos signi-

fica termos uma matriz energética com

forte peso de energias renováveis e atingir

a meta de ter 23% de nossa matriz ori-

ginada de fontes renováveis em 2030 vai

exigir muito esforço.

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ROTAS ESTRATÉGICAS

ELETROMETALMECÂNICO

SETORIAIS 2025

PROGRAMA PARADESENVOLVIMENTODA INDÚSTRIA

simec em revista - 33

Estratégia

O “Programa para o Desenvolvimento da Indústria”, lançado

pela FIEC em 2015, contem-pla um conjunto de projetos integrados que envolvem ações incisivas para promoção da competitividade, prospecção de futuro, inteligência competitiva e articulação com diversos ato-res em prol da cooperação para o desenvolvimento industrial, estímulo ao empreendedorismo e à eficiência produtiva. Den-tre as ferramentas utilizadas, o “Rotas Estratégicas” se destaca por utilizar a metodologia de roadmapping, muito adotada em processo de planejamento estratégico, que permite sinali-zar caminhos de construção do futuro e ampliação da compe-titividade das áreas, setores e organizações envolvidas.

Segundo o coordenador do Programa, o industrial Sam-paio Filho, que também presi-de o Simec, o objetivo é sina-lizar caminhos de construção do futuro para cada uma das áreas identificadas como mais promissoras para a indústria do Ceará até 2025, que são: ele-trometalmecânico; construção, logística; saúde; tecnologia da RO

TAS

ESTR

ATÉG

ICAS

“Vamos sinalizar caminhos de

construção do futuro para cada uma das áreas identificadas como mais

promissoras para a indústria do Ceará

até 2025.”

Sampaio Filho

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34 - simec em revista34 - simec em revista

informação e comunicação; água; agroalimentar; bio-tecnologia; economia do mar; produtos de consumo (couro e calçados, confecções, madeira e móveis); meio ambiente e turismo; e economia criativa. A intenção é permitir que o Ceará possua posição competitiva na-cional e internacional nos setores estratégicos, contri-buindo para a reorientação do desenvolvimento indus-trial e econômico do estado”, conclui Sampaio.

Para o economista Guilherme Muchale, a constru-ção das Rotas Estratégicas constituem importante ati-vo para o desenvolvimento da indústria cearense, uma vez que se faz de maneira coletiva, com a participação de empresários, da academia, governo e terceiro setor, propiciando uma visão sistêmica sobre os entraves à competitividade do setor industrial e identificando tecnologias-chave e ações estratégicas capazes de con-tribuir para a formação de um ambiente de negócios moderno e dinâmico. “A metodologia se diferencia por trazer em sua fase inicial a constituição de importan-tes estudos econômicos e de tendências tecnológicas e sociais, que subsidiam a visão crítica dos empresários e estimulam a pensar de maneira inovadora e sistêmica. Assim, em conjunto com representantes das institui-ções cuja atuação tem grande impacto no cotidiano das

empresas, é possível unir a experiência nos negócios, na construção de políticas públicas, e em pesquisa, desen-volvimento e inovação”, conclui Muchale.

Os roadmaps setoriais e a própria metodologia se tornam um importante ativo, por reunir os atores em prol de uma visão de futuro comum para o setor, com uma clara definição das ações necessárias para sua rea-lização, a responsabilidade de cada um desses atores, inclusive no desenvolvimento e domínio de tecnologias que impactarão de maneira radical na competitividade do setor.

Guilherme observa que o lançamento das publica-ções das Rotas Estratégicas Setoriais de energia e do setor eletrometalmecânico, está disponível desde o dia 31 de Março. Em seguida, serão finalizadas as rotas de logística, além do setor de construção e minerais não metálicos, bem como a realização dos painéis de especialistas de saúde e tecnologia da informação e comunicação. Com o lançamento das publicações, o economista destaca: “Também iniciaremos uma nova fase do projeto, intitulada de Masterplan, onde as ações serão priorizadas, com o monitoramento e a articula-ção por parte do Sistema FIEC e de seus sindicatos, em conjunto com o Governo do Estado, SEBRAE, BNB

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e academia em um grande esforço conjunto para concretização das ações resolutivas que inibem a ino-vação, a inserção internacional e a produtividade do setor”.

Outra iniciativa lembrada por Sampaio e Muchale é o “Bússola da Inovação”, projeto em que as em-presas participantes recebem uma importante análise sobre seu esfor-ço, resultados e gestão da inovação, fortalecendo iniciativas na área e auxiliando a procura por novas par-cerias, seja através do SEBRAE, SE-NAI ou IEL, bem como na relação direta com os pesquisadores ou com as instituições de fomento. Além disso, foram realizados workshops

setoriais de inteligência competi-tiva, que subsidiarão a atuação do “Observatório da Competitividade Industrial” e das ações de vigilância tecnológica e de mercado.

Os dois destacam ainda a atuação da área de cooperação, facilitando a interação entre os diversos atores do ecossistema de inovação, por meio da formação de Redes Colaborativas e realização dos Fóruns de Oportu-nidades de Negócios. As Redes Co-laborativas foram pensadas como uma estratégia de atuação para co-nhecer e fortalecer ambientes de empreendedorismo, inovação e sus-tentabilidade, temas que são fatores essenciais de desenvolvimento in-

dustrial, que possuem forte sinergia e precisam de atuação em rede para produzir os impactos necessários. Já os Fóruns de Oportunidade são workshops voltados à promoção de interação entre empresas, discussão de aspectos regulatórios e atração de novos investimentos em conso-nância com as tendências de futuro, empreendedorismo e inovação.

Ainda em 2016, serão realizados Fóruns de Oportunidades em Ener-gias Renováveis no Vale do Jaguari-be, Cariri e Sobral, e um fórum em Biotecnologia.

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Qualidade

36 - simec em revista

SIMEC CONQUISTA CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008

O Simec se tornou o primeiro sindicato da indústria cearense e o terceiro do Brasil a receber a certifi-cação da norma internacional ISO 9001. A con-

quista foi anunciada no dia 10 de Março, após a realização da segunda fase da auditoria externa, com a verificação dos pro-cessos do sindicato pelo auditor do organismo certificador BRTUV, Eduardo Molena. Após a confirmação, o presiden-te Sampaio Filho, que havia colocado o desafio como um dos objetivos prioritários do planejamento estratégico realizado logo no início de seu mandato, fez questão de destacar que a conquista só foi possível por conta do esforço de toda a equipe. “Nos sentimos orgulhosos pela determinação e per-severança de todos, compartilhamos com os nossos associa-dos esse momento de grande importância para os segmentos metalúrgico, mecânico, elétrico e eletrônico e siderúrgico do Ceará. Obrigado pelo apoio”, reconheceu.

De acordo com Raniere Gadelha, consultor que coor-denou o processo, quando uma organização adere a uma norma técnica, significa que está padronizando os proces-sos organizacionais ou produzindo um material de acordo

com um documento, que foi estudado exaustivamente e redigido como a melhor prática a ser desenvolvida, sobre um determinado tema. “É indiscutível que uma certifica-ção destaca e gera um diferencial para a organização e seus produtos e serviços, diante dos concorrentes, agrega valor à marca e facilita a introdução de novos produtos ou ser-viços no mercado. Tecnicamente, como orienta a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a certificação garante a conformidade, qualidade e segurança, elevando o nível de produtos e serviços, reduzindo perdas e melhoran-do a gestão do processo produtivo”, afirma Raniere.

Existem dois objetivos básicos que levaram o Simec a entrar no processo de certificação. O primeiro, visa ge-rar uma base de sustentação para difundir o processo de certificação nas empresas associadas, atendendo a uma demanda crescente das empresas que estão inseridas no complexo industrial cearense. “Entendemos que a certi-ficação é uma consequência de um trabalho implantado internamente com racionalização e redesenho de proces-sos”, pondera Gadelha.

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simec em revista - 37

VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO ISO 9001:2008 PARA O SIMEC

• Dar visibilidade ao sindicato no Brasil e exterior. Existem apenas 2 outros sindicatos certificados no Brasil, am-bos no Rio Grande do Sul (Simesp – Sindicato das Indústrias Metalúrgi-cas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pe-dras; e Simecan – Sindicato das In-dústrias Metal Mecânicas e Eletro Eletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita);

• Estreitar as parcerias com outros sin-dicatos devido o pioneirismo do pro-cesso;

• Estimular as empresas associadas para a conquista do cerificado ISO 9001 ou desenvolvimento dos seus sistemas de gestão da qualidade;

• Ter procedimentos bem estabeleci-dos e conhecidos por todos, fazendo com que as rotinas sejam padroniza-das, facilitando o entendimento do usuário quando da sua aderência sin-dical e na geração de demandas;

• Aumentar a confiança, interna e ex-terna, nos métodos de trabalho;

• Realizar maior controle dos custos de não qualidade e sua diminuição;

• Atender aos requisitos dos associa-dos com o objetivo de aumentar sua satisfação;

• Obter uma visão da organização utili-zando a abordagem de processos;

• Assegurar a melhoria contínua do processo;

• Medir e avaliar os resultados do de-sempenho e eficácia do processo;

• Monitorar continuamente a satisfa-ção dos clientes;

• Ter uma visão geral da performance do processo através das auditorias.

O segundo objetivo é gerar visibilidade para as relações externas com parceiros, nacionais e internacionais, para desenvolvimento de projetos que venham a agregar valor às empresas associadas. E a ISO 9001:2008, por ser uma norma direcionada a implantação de um sistema de gestão da qualidade, dará ao Simec o caráter de referência para suas associadas. “Acreditamos que a qualidade é a base para o desenvolvimento de qualquer outra atividade, seja ela certificada ou não. Se queremos implantar a cultura da certificação nas empresas associadas, temos começar com um sistema de gestão da qualidade estruturado dentro do próprio sindicato”, lembra o presidente Sampaio.

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38 - simec em revista

Simec

O ano de 2015 foi especial para o Simec. Após oito anos à frente do sindicato,

período em que a instituição se fez referência em gestão sindical, tendo conquistado notoriedade nacional, o presidente Ricard Pereira, dono de uma visão de futuro ímpar e de uma capacidade de trabalho que consegue

aglutinar as mais diferentes forças em torno de seus projetos associativos, se despede e dá lugar a outro visionário, Sampaio Filho, que elege como mote de sua gestão a busca contínua da ex-celência operacional, tendo como foco a inovação em processos e serviços.

Para comemorar mais um ano de sucesso, fruto de muito trabalho,

empenho e dedicação de uma equipe comprometida com as deliberações da competente diretoria, o sindicato convida amigos, parceiros e associados para uma confraternização. O cenário não poderia ser mais aconchegante: os jardins do Iate Clube Fortaleza.

A noite também reservara um lugar especial às tradicionais homenagens

EVENTO SIMEC: COMENDA SEBASTIÃO DE ARRUDA GOMES 2015

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simec em revista - 39

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e agradecimentos. Para o presidente da FIEC, Beto Stu-dart, era hora de agradecer ao intenso trabalho que Ricard Pereira fizera à frente do sindicato e que certamente con-tinuaria fazendo como colaborador da nova diretoria e li-derança maior da Câmara Setorial Eletrometal. Também era preciso acreditar e motivar o trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo Governo do Estado, através da Secreta-ria do Desenvolvimento Econômico, tão bem liderada pela industrial Nicolle Barbosa.

Sampaio Filho e sua diretoria já haviam reservado aos dois a justa homenagem. Ao lado de Beto Studart, entrega a Ri-card Pereira e Nicolle Barbosa, a Comenda Sebastião de Ar-ruda Gomes, símbolo maior do reconhecimento do Simec àqueles que contribuem efetivamente para o fortalecimento do sindicato e da economia do Ceará como um todo.

Assim, entre a luz do luar e o balançar das ondas, os con-vidados seguem noite adentro animados pela música da dupla Ítalo e Renno, e do cantor Paulo Calado e banda.

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Regional Cariri

CARIRI GANHA APL DO ALUMÍNIO

simec em revista - 41

O processo associativo tem se mostrado ao longo da história como umas das alternativas

para a sobrevivência econômica das em-presas na economia mundial. A soma de forças destas empresas, proporciona em-poderamento e capacidade para enfrentar os grandes desafios mercadológicos.

A Delegacia Regional do Simec no Cariri, liderada pelo industrial Adelaído Alcântara Pontes, em mais uma ousada iniciativa, propôs a implantação do APL (Arranjo Produtivo Local) para o setor de alumínio, que congrega mais de uma centena de empresas na região, sendo 1/3 delas associadas ao Simec.

Segundo Adelaído, a ideia do APL para o setor vem da constatação de que somen-te com a implantação de políticas públicas que considerem o conjunto das empresas

locais, e não apenas parte delas, as panelas do Cariri poderão voltar a se destacar no cenário nacional. Ademais, o trabalho de forma conjunta, anima as empresas locais a buscarem certificação de suas linhas de produção e capacitarem seus quadros de colaboradores e gestores.

A abordagem de APL, vem para valori-zar a cooperação, o aprendizado coletivo, a capacidade inovadora das empresas e instituições locais, como questões cen-trais e como funções interdependentes para o aumento da competitividade sus-tentável, fortalecendo os mecanismos de governança.

Além disso, é na localidade que se faz notar a interdependência entre cresci-mento econômico, gerador de exter-nalidades positivas em seu entorno, e vantagens relevantes para a melhoria de

processos e produtos das empresas. Os APLs são, portanto, uma importante fonte geradora de vantagens competi-tivas, principalmente quando estas são construídas a partir do enraizamento de capacidades produtivas e do incremento do capital social oriundo da integração dos atores locais.

O delegado do Simec destaca ainda, que o setor de alumínio do Cariri gera mais de 1200 empregos diretos, e dez vezes mais indiretos. São 300 mil tone-ladas de alumínio consumidos a cada mês, com movimento mensal de R$ 9 milhões. “Abençoadas pelo Padre Cícero, nossas panelas já ultrapassaram os limites do país, são campeãs de vendas no Norte e Nordeste e estão presentes em diversos mercados da América Latina”, ressalta Adelaído.

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Regional Baixo Jaguaribe

INDUSTRIAIS VISITAM O CIPP

A Delegacia Regional do Simec no Baixo Jaguari-be promoveu visita de uma comitiva de indus-triais daquela região ao Complexo Industrial e

Portuário do Pecém (CIPP). Liderados pelo Diretor Re-

gional Roberto Carlos Alves Sombra e acompanhados

de representantes da FIEC e do IFCE, os empresários

estiveram inicialmente na Companhia Siderúrgica do

Pecém (CSP).

Na CSP foram recepcionados pelo gerente de Relações

Institucionais, Ricardo Parente, que lhes levou a conhe-

cer um pouco da história, do projeto e das perspectivas

da CSP, e visitarem as instalações da companhia que já

começa a operar neste primeiro semestre de 2016.

Em seguida os empresários foram conhecer a nova

estrutura da Laminação Vale Jaguaribe (LVJ), em-

presa que tem raízes em Tabuleiro do Norte. Na

ocasião o empresário Francisco Odacir, presidente

da LVJ, mostrou aos visitantes como se davam os

processo de laminação e prensa de chapas para con-

fecção de molas, desenvolvidos na empresa com fins

de atender ao público de caminhoneiros.

A visita é parte de um projeto maior do Simec,

que visa ampliar o escopo de conhecimento sobre

gestão industrial do corpo de gestores das empresas

filiadas ao sindicato em todo o estado.

42 - simec em revista

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simec em revista - 43

20 ANOS DE HOMOLOGAÇÃO DO PRIMEIRO FOTOSSENSOR

A

homologação da primeira patente de radar de monito-

ramento de semáforo do Brasil completou 20 anos este

ano. O projeto teve origem em 1992 no Ceará, mais

precisamente, no seio do Parque de Desenvolvimento Tecnológico

da Universidade Federal do Ceará (Padetec/UFC). A Fotosensores

é pioneira neste tipo de equipamento no país, e, para comemorar,

a empresa promoveu em sua sede, em Fortaleza, palestras e debates

voltados para pesquisa, empreendedorismo, inovação e desenvolvi-

mento industrial.

Segundo os diretores da Fotosensores, Francisco Baltazar Neto e

Júlio Antônio Marcello Boffa, durante esses 20 anos, a empresa tem

realizado maciço investimento em gestão e melhoria contínua dos

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44 - simec em revista

processos, desenvolvendo soluções que contribuem para a mobilida-

de urbana e salvam vidas. Hoje, dizem os diretores, a Fotosensores

tem muito a comemorar. Boffa, além de dirigir a pioneira cearense,

preside o Conselho da ABEETRANS.

A empresa nasceu no Parque de Desenvolvimento Tecnológico

da Universidade Federal do Ceará. Foi pioneira no ramo, já que na

década de 1990 não havia monitoramento eletrônico de trânsito,

criando o produto e o mercado. [...] Desde 1993, e em especial a

partir de Janeiro de 1996, quando foi homologado pelo INMETRO

o primeiro equipamento de fiscalização eletrônica de velocidade e

semáforo do país, a Fotosensores tem um importante papel no desen-

volvimento da mobilidade urbana brasileira. Naqueles tempos, ainda

com o Cruzeiro Real e a inflação batendo os 33%, o caminho para

chegarmos a ser um país moderno parecia distante. Desde então tudo

mudou. O país cresceu e as vendas de veículos aumentaram, junto

com o trânsito nos grandes centros, que fizeram altos investimentos

para garantir a segurança e qualidade de vida de seus cidadãos.

A Fotosensores tem imenso orgulho por suas inovações terem aju-

dado a abrir o caminho no processo de modernização da nossa mo-

bilidade urbana. Um processo que se torna ainda mais importante

quando o mundo todo investe e acredita no Brasil. Somos uma em-

presa que começou movida pelo espírito inovador. O mesmo espírito

que nos garante até hoje êxito no mercado.

Hoje, a Fotosensores® Tecnologias tem dois centros de pesquisa,

um em Fortaleza e outro em um dos mais importantes polos de tec-

nologia do Brasil, o Parque Tecnológico São José dos Campos (Pq-

Tec – SJC), que tem por principal objetivo fomentar o surgimento,

o crescimento e a consolidação de empresas inovadoras, atuando em

segmentos de elevada densidade tecnológica. A empresa está presente

em todas as regiões e se transformou em sinônimo do dispositivo

radar em todo o país.

Baltazar Neto, que já era empresário da EIM Instalações Indus-

triais, tornou-se investidor-anjo, em 1995, do projeto que objetivava

ser pioneiro e revolucionário para a fiscalização de motoristas. Ele

injetou US$ 117 mil para criar a Fotosensores. “Já existiam equipa-

mentos similares na Suíça. No Brasil, não havia equipamento nem

legislação nem o mercado. Foi inovadora, porque criou a necessidade

do mercado adquirir serviços como os nossos”.

O empresário ressalta ainda, que “a Fotossensores é um grande

exemplo de big data (habilidade e extrair informações de um grande

volume de dados). É ferramenta para a inteligência da Polícia e já

foi fundamental para desvendar crimes, como sequestros e assaltos,

em Fortaleza e em São Paulo, por exemplo. E este é um setor que

está apenas começando, há muito espaço para expansão de empresas

como a nossa, juntas atingimos apenas 25% do mercado potencial.

Além disso, a América Latina também está nos planos. Estamos na

Colômbia e com expansão para outros países”, conclui Baltazar.

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RESUMO DA CRISE ECONÔMICA

Todos deveriam reconhecer que o crescimento econômico acontecido nos anos 2003/2013 deveu-se ao modelo econômico an-

terior. Também deveríamos entender, que os erros do governo Dilma praticados após a sua reeleição em 2014, tem sido mais

significativos que todos os ocorridos nos anos anteriores a 2013, pelo simples fato da mudança do modelo econômico anterior

para o atual, quando, em vez do Banco Central ter o controle da inflação através da política cambial, preferiu, em um processo recessivo,

aumentar a taxa básica da SELIC criando inúmeros efeitos em cascata negativos.

Por Vilmar FerreiraPresidente do Grupo Aço Cearense

Artigo

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“Imprensa é um exército de 26 soldados de chumbo com o qual se pode conquistar o mundo.”

Johannes Gutenberg

Para se ter uma ideia comparativa do

modelo econômico anterior para o atual,

somente em 2015 os custos com juros pa-

gos pelo governo, as empresas e a socieda-

de, atingiu cerca de R$ 1,4 trilhões contra

pouco mais de R$ 700 bilhões em 2014,

no entanto esta informação é oculta ao co-

nhecimento da sociedade. Esses custos são

mais significativos que todas as corrupções

das últimas décadas.

Ainda deveríamos entender, que o equi-

líbrio fiscal depende totalmente da política

monetária e cambial, por isso a importân-

cia do Banco Central ser dependente do

Ministério da Economia. Numa economia

emergente e com custos de produção ele-

vados como no Brasil, a política cambial

deveria ser o único instrumento usado no

controle da inflação, e a política monetária

deveria dar todas as condições ao setor pro-

dutivo para o desenvolvimento sustentável

da economia, com volta da credibilidade,

geração de empregos, aumento do consu-

mo e equilíbrio fiscal, gerando efeitos posi-

tivos como aconteceu nos anos anteriores a

2013 e como acontece atualmente na Índia.

Juros altos, geram uma série de efeitos

em cascata negativos, como recessão, des-

crédito do investidor, fragilidade do gover-

no, aumento das dívidas públicas das em-

presas e da sociedade, quebra de empresas,

desemprego, inflação camuflada e déficit

fiscal.

Devemos observar que todos os países

Europeus e os Estados Unidos que ulti-

mamente entraram em crise econômica,

suas primeiras providências foram baixar

os juros. No Brasil o Banco Central fez o

contrário, principalmente permitindo a de-

senfreada desvalorização da moeda, o maior

responsável pela alta da inflação. Com nos-

sa moeda desvalorizada e os juros nesses ní-

veis, não haverá ministro da economia que

consiga um superávit fiscal.

Para sairmos da crise econômica no cur-

to prazo, bastaria apenas o Banco Central

entender que a valorização do Real seria

o único instrumento usado para reduzir a

inflação, e não com o artifício da alta dos

juros e do processo recessivo. Não resta dú-

vida que o Real valorizado dificulta o supe-

rávit da balança comercial, mas existe saída.

Uma fórmula de aumentar as exportações e

gerar superávit da balança comercial, seria

o governo incentivar as exportações através

de empréstimos em Dólares para os expor-

tadores com prazos e juros atrativos. Esta

iniciativa resolveria definitivamente a crise

econômica e o déficit fiscal, dispensando

os aumentos da carga tributária inclusive a

CPMF.

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Matéria

COINTEC REALIZOU ENCONTRO DE INOVAÇÃO EM SOBRAL

O COINTEC – Conselho de Inovação e Tecnologia da FIEC, iniciou proces-

so de interiorização de suas ações. O primeiro passo aconteceu no dia 18 de Fevereiro, no Centro Integrado SESI/SENAI em Sobral. “A inovação é o caminho para superar a crise [...] Mas é preciso capital intelectual e traba-lho, muito trabalho, para dar a volta por cima, sacudir a poeira e mudar a realidade atual dos nossos negócios”, lembra o industrial Sampaio Filho, que além do Simec, preside também o conselho. Compareceram ao evento, além de empresários dos setores de ali-mentos, cerâmica e laticínios, profes-sores, pesquisadores e representantes de instituições governamentais como a Prefeitura de Sobral, Sebrae, Centro de Tecnologia da UFC e a Secitece e

Funcap do Governo do Estado, o di-retor Regional do Senai Ceará, Paulo André Holanda e o superintendente do IEL Ceará, Ricardo Sabadia.

“Simec em Revista fez a cober-tura do evento e ouviu uma a opi-nião de alguns participantes

JOCELY DANTAS FILHO Diretor Regional da FIEC em Sobral

A preocupação com a interiorização das ações da FIEC tem sido uma preo-cupação marcante da última e da atual gestão. Quando há cerca de 4 anos, o presidente Roberto Macedo, inaugu-rou esta unidade em Sobral, sinalizava exatamente essa intensão de dinamizar a interiorização dos trabalhos, buscan-do trazer o empresário do interior do estado para fazer parte do Sistema. E

isto continua na atual gestão, que, tendo à frente o dinâmico Beto Studart, de-monstra a importância para o sistema de ter o empresário mais próximo da federação. A FIEC tem dado todo o apoio necessário para um maior entro-samento do industrial aqui da região,

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48 - simec em revista

trazendo eventos como esse de inovação tecnológica, ferra-menta essencial para o fortalecimento e desenvolvimento de nossas indústrias. É fato que a inovação pode redundar em um novo produto, uma nova embalagem, um novo negócio. Mas o importante disso é incutir na cabeça do industrial, do empresário, a importância que significa estar sempre aberto à inovação, que isto é um mecanismo de competiti-

vidade, para se sobrepor às crises. Louvo a atitude do Sampaio Filho em vir ao interior nos

mostrar que precisamos estar atentos às mudanças e tomarmos atitude

em busca da inovação.

TERESA MOTACoordenadora de Extensão da Faculdade Luciano Feijão

Em parceria com a FIEC, a Associação Comercial e a Secre-

taria do Trabalho e Desenvolvimen-to Econômico, a Faculdade Luciano

Feijão vem liderando um movimento que se chama Vespertinas da Inovação. E através desse movimen-to, nós fizemos o convite para que o Conselho de Inovação e Tecnologia da FIEC pudesse fazer uma reunião deles em Sobral. A importância dessa aproximação está na concre-tização da tríplice hélice, algo totalmente legitimo e que

começa a tomar corpo aqui em Sobral com a aproximação de Governo, Empresas e Academia. Como consequência dessas três forças trabalhando de uma forma cooperada, e é isso que a gente tem feito, unindo nossa competên-cia acadêmica à vontade política dos governos municipal e estadual e ao empreendedorismo da iniciativa privada representada na figura da Federação das Indústria e da As-sociação Comercial. O movimento em Sobral nasceu por conta de um impulso da Secretaria de Ciência e Tecnolo-gia do Estado do Ceara através do Professor Carvalho, que estimulou, incentivou as instituições a se juntassem com os empresários exatamente para promover a competitividade através da inovação. E isso tem sido muito bem aceito, temos trabalhado lado a lado na discussão de problemas e procurando respostas coe-rentes para os problemas da indústria local.

ANDRÉ SIQUEIRAPresidente do Sindialimentos

Ao adentrar neste espaço, o Centro Integrado SESI/SENAI, me surpreendi com a infraestrutura e o potencial que temos na cidade de So-bral para o desenvolvimento e a qualificação de mão de

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simec em revista - 49

obra para a indústria local. Como represento um setor com muitos investimentos na região, especialmente na serra da Ibiapaba, onde plantamos muitas frutas que são exportadas para outras regiões do estado e até para fora, ao ver a capa-cidade que temos de trabalhar pela melhoria da qualidade dos nosso produtos e aumento da produtividade de nossas indústrias, me senti envaidecido de pertencer a este coletivo que é o Sistema Indústria do Ceará. Reforça este sentimen-to o fato de, se os governos que sucederam ao longo das últimas décadas conseguiram atrair tantas indústrias para esta região, hoje a situação exige que trabalhemos de forma sistemática para qualificar a mão de obra que aí está, de modo a não deixarmos faltar as competências necessárias para alimentar esse enorme contingente de micro e peque-nas empresas que ora ocupam e mantém a economia local. Atender as demandas deste universo é a missão maior do Sistema Indústria, em parceria com os governos tan-to no âmbito municipal quanto estadual.

FERNANDO ANTÔNIO IBIAPINAEmpresário do Setor de Cerâmica

Como liderança empresarial, tenho per-cebido que há algum tempo a economia do estado começa a crescer de maneira des-centralizada, é um movimento que aconteceu desde a época do governo das mudanças, e vem

evoluindo com a oferta de incentivos para as empresas se instalarem no interior. Foi por conta deste movimento que Sobral foi brindada com a Gredene e mais duas ou três empresas satélite que vieram a reboque. Porém, essa politica somente se concolidou na Região Metropolitana de Fortaleza, o que tem dificultado a vida das pessoas que moram no interior. Acredito que o atual governo deveria intensificar mais a interiorização dos benefícios, de modo a motivar a vinda de mais empresas para regiões como a nossa. E nesse mister, o papel da FIEC é muito importante, especialmente na interlocução com o go-verno. Reconheço que a federação tem feito muito para tentar mudar essa realidade, os sindicatos também, mas eu acho também, que nós empresários precisamos fazer a

nossa parte, participando mais dos sindicatos e expondo

nossas reivindicações. Estamos muito pre-

sos ao dia a dia e esquecemos de falar mais, de conviver mais. Dai que, quan-do vejo uma

iniciativa como esta, do Cointec,

volto a me animar.

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50 - simec em revista

JORGE SOARESDiretor de inovação da

FUNCAPEssa aproximação da indús-

tria e da academia é chave para a inovação. Como fo-mentar isso de uma maneira

eficiente é o grande desafio. A visão atual da FUNCAP é de

que precisamos criar mecanismos de fomento, o que de certa forma

se dá através do lançamento de editais que forcem essa aproximação. E como se faz

isso? É relativamente simples, você tem um edital onde a coordenação geral da empresa, porque o fundo de inovação ele deve ser gerenciado pelo empreendedor, pelo empresá-rio, mas você força nesse edital, que ele traga para dentro do projeto o pesquisador de uma instituição de pesquisa. Esse caminho força que a aproximação não fique somente no papel. E como é que a gente pode caminhar nessa ideia? Eu tenho conversado com o presidente Sampaio Filho, que precisamos fazer com o que os cursos de pós-graduação passem a ter os seus alunos trabalhando em temas de inte-resse das empresas locais. Quando isso acontecer vamos dar um grande passo. Já existem alguns pesquisadores que tra-balham com empresas, mas ainda são poucos. Dos mais de 100 programas de pós-graduação, os que estão trabalhando com pesquisas de interesse empresarial, estão focados ape-nas em grandes empresas. Temos grupos de pesquisas que trabalham com Petrobras, Furnas, Vale do Rio Doce. E as empresas locais? O médio e o pequeno empresário? Por que a gente não consegue ter pesquisadores defendendo teses sobre questões que envolvem os pequenos, que são tão im-portantes para o desenvolvimento do estado? Essa é a ideia da FUNCAP hoje, fazer a aproximação entre pesquisado-res e empresas locais.

E neste sentido, eu acho que a interiorização é muito importante. Mas é preciso traçar um planejamento, pois os grupos mais consolidados de pesquisa não estão no interior. Se olharmos para outros estados a coisa é diferente. Em São Paulo e Minas Gerais tem grupos de pesquisa trabalhando

no interior. Mas aqui no Ceara isso ainda não é realidade. Rever isto é um papel das instituições de pesquisa, das universidades. Na hora em que tivermos pesquisadores do interior, trabalhando com empresas do interior, será um momento muito rico. Daí eu ver como muito importan-te essa interiorização que a FIEC está promovendo. Nós, academia, precisamos estar mais próximos do chamado o setor produtivo. E para vermos os jovens doutores e pes-quisadores abertos para trabalhar no interior, basta lhes dar a motivação necessária. E essa motivação se dá de que forma? Com projetos e pesquisas financiadas, para que o pesquisador possa montar o seu laboratório, possibilitar os seus estudantes a participem dos principais eventos de sua área. Claro que a remuneração também é importante, isso tudo acontece em outros países e eu acho que tem que acontecer no nosso também. Então, o que falta eu diria que não é tanto uma abertura, essa abertura já tem, o que falta é nós motivarmos os pesquisadores com perfil para trabalhar com as empresas do interior.

A provocação feita pela FUNCAP, quando lança deter-minados editais; pela FIEC quando anima esse proces-so, cria uma ambiência favorável a essa motivação. E essa ambiência da inovação é fundamental, porque o jovem pesquisador tem que se envolver nesse contato com as empresas. Eu estou fazendo meus estudos e estou con-seguindo aplicá-los. A gente tem até um jargão na aca-demia, o pesquisador vive de procurar problemas, e os problemas reais existentes em locais são exatamente a fonte de motivação maior desses pesquisadores. Mas para isso ele tem que ter condição para tentar resolver. Um dos maiores feitos da humanidade é a metodologia cien-tifica, que consiste em você encontrar um problema, ter um olhar para esse problema, de como irá resolvê-lo, ter muito claro o objetivo geral, objetivos específicos, definir um método com atividades muito bem delineadas, testar determinadas hipóteses e verificar se aquele resultado foi eficiente ou não para o problema, checar de volta se seu objetivo foi cumprido e por aí segue. Se conseguirmos unir estes dois universos, a gente vai conseguir atingir re-sultados mais eficientes para o estado.

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FRANCISCO CARVALHO

ARRUDASecretário Adjunto da SECITECE

Essa apro-ximação entre o Governo, a

iniciativa priva-da e a academia é

fundamental para a criação de uma ambiên-

cia de inovação no Ceará. Ve-mos com muito bons olhos e não temos medido esfor-ços para isso. Essa reunião promovida pelo Cointec é fruto de uma ação do próprio governo quando apoiou a Rede de Incubadoras de Empresas. A FUNCAP é o braço de fomento da SECITECE, exatamente para promover ações como essa, a Vespertinas de Inovação.

O Governo está sempre buscado parcerias, pois enten-de que não adianta ações isoladas, todos têm que tra-balhar em conjunto, e é isso que temos buscado. Antes havia uma ideia equivocada que o apoio à inovação era quando se apoiava uma empresa para desenvolver um projeto, mas aqui no Ceara isso tem mudado. A ideia vigente é outra, consiste em promover um ambiente de inovação que leve as empresas a inovar em produtos e serviços. A minha presença aqui, como secretário ad-junto da SECITECE visa demonstrar que o governo está ao lado dos empresários e da academia, nas busca por um ambiente de inovação.

E a interiorização desse processo é a cereja do bolo. Eu sempre digo que no momento em que apoiarmos a interiorização, estaremos melhorando a qualidade de vida em Fortaleza e no estado como um todo. E ações como essa em parceria com o Conselho de Inovação da FIEC, são essenciais. A ideia do Sampaio Filho de tornar esse evento itinerante é fenomenal para agregar os empresários de cada região em torno da inovação.

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52 - simec em revista

A China, maior fabricante siderúrgica do mundo, diminuiu considera-velmente sua produção de aço bruto no último ano, diminuindo assim as estatísticas de produção de aço no contexto global durante o período. Segundo dados divulgados pela Worldsteel Association, a produção de aço bruto ao redor do mundo caiu 2,8% em 2015 e terminou em 1,62 bilhão de toneladas. Cortes nos Estados Unidos e na Europa também pesaram nos dados. De acordo com a Worldsteel, que reúne as informações dos 66 principais países que fabricam aço no mundo, a China reduziu os volumes produzidos no ano passado em 2,3%, para 803,8 milhões de toneladas. O país responde por 49,5% do aço fabricado no mundo. Para 2016, a con-sultoria Capital Economics acredita que a tendência também é de queda. Entretanto, a instituição acredita que o mercado continuará com excesso de oferta – com escopo limitado para uma recuperação dos preços, em queda durante os últimos meses. Nos Estados Unidos, a produção do aço caiu 10,5%, por conta tanto da forte desvalorização do produto como da competição com os importados. Os números apontam também para recuo na produção brasileira de 1,9%, para 33,2 milhões.

PRODUÇÃO DE AÇO CAIU 2,8%

EM 2015 E AINDA PODE RECUAR

MundoFo

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O impacto da crise política sobre a saúde econômica do país se mostra cada dia mais forte. No final de dezembro, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automo-tores (Anfavea) registrou o fechamento de 10,2% dos postos de trabalho. Durante o ano, foram produzidos 2.333.903 milhões de automóveis e comerciais leves, ou seja, 21,5% a menos do que no ano anterior. É fato. A indústria produziu menos, o comércio vendeu menos, gastou-se menos dinheiro com presentes de natal. Investidores vêm deixando de investir no país: a receita líquida do mercado brasileiro fechou dezembro de 2015 em R$ 5,32 bilhões, contra R$ 7,69 bilhões no mesmo período de 2014; e uma média de R$ 9,21 bilhões no mesmo período entre os anos de 2010 a 2013. A queda de 14,4% das

vendas de máquinas e equipamentos, registrada em 2015, se soma às quedas de 11,6% em 2014/13 e 5% em 2013/12; acumula para o setor uma retração da ordem de 30% nas vendas ao longo dos últimos três anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (ABIMAQ). Fonte: http://www.omundodausinagem.com.br

Fonte:http://blogmetalmecanica.cfa.com.br

QUEDA DO SETOR AUTOMOTIVO

BATE MAIS UM RECORD

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simec em revista - 53

FIAT CHRYSLER APOSTA NO MAGNÉSIO

PARA FABRICAR CARROS MAIS LEVES

A Fiat Chrysler Automobiles está usando o magnésio como sua mais nova artimanha para diminuir o peso dos veículos e redu-zir o consumo de combustível diante dos padrões mais rígidos para as emissões de poluentes. A montadora ítalo-americana está adotando esse metal leve como substituto do aço, que é mais pesado, na fabricação da porta elétrica do porta-malas de sua minivan Pacifica 2017, que chega ao mercado americano ainda este ano. O magnésio é 74% mais leve que o aço e 33% mais leve que o alumínio, segundo a Associação Internacional do Magnésio. Ademais, ele traz algo significativo para os pro-jetistas de automóveis: a facilidade com que pode ser moldado com áreas grossas e finas na mesma peça. A nova minivan da Fiat Chrysler chega aos reven-dedores até o fim do ano, com uma lista de características que visam melhorar a autonomia, como um conjunto de bateria opcional que permite ao veículo percorrer 48 quilômetros no modo elétrico, antes do acionamento do motor à gasolina. Fonte:THE WALL STREET JOURNAL (http://br.wsj.com)

BMW LEVA VEÍCULOS AUTÔNOMOS À

FÁBRICA PARA REDUZIR CUSTOS

A BMW está levando seus esforços do segmento de veículos autônomos para as fábri-cas, testando carrinhos robóticos do tamanho de maletas como parte de um investi-mento em automação que ajudará a empresa a reduzir os custos em 5 por cento por carro anualmente. Em um projeto iniciado neste mês de Março, no centro de logística da BMW em Wackersdorf, Alemanha, os veículos encontram o contêiner com as pe-ças desejadas de forma autônoma, deslizam-se por baixo dele e o transportam à área de acondicionamento. O sistema economiza dinheiro em relação ao atual processo manual, com tempos de resposta mais curtos e fluxos de estoque melhorados. A fa-bricante alemã planeja levar os carrinhos automatizados, para outros armazéns após um teste de seis meses. O programa faz parte de um esforço mais amplo para eliminar várias centenas de milhões de euros em custos nos próximos anos para financiar o de-senvolvimento de recursos de direção autônoma e outras tecnologias para os carros da empresa, investimentos que poderão demorar anos para compensar. Fonte: www.cimm.com.br

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Eventos

54 - simec em revista

?VocêSabiaSIMEC em

Revista deixa você por dentro dos principais eventos relacionados ao setor metalmecânico no Brasil.

EXPOSOLAR BRASIL 2016Fórum EletroMetalCon 2016Local: Senai – Londrina (PR)http://eletrometalcon.com.br/

03-05Maio

ENERSOLAR + BRASIL 2016Feira Internacional de Tecnologias para Energia SolarLocal: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center - São Paulo/SPhttp://enersolarbrasil.com.br

10-12Maio

MECÂNICAFeira Internacional da MecânicaLocal: Anhembi - São Paulo - SPhttp://www.mecanica.com.br/

17-21Maio

EXPOALUMÍNIO 2016Exposição Internacional do Alumínio e 7º Congresso Internacional do AlumínioLocal: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center - São Paulo/SPwww.expoaluminio.com.br/

07-09Junho

1. Um terço dos motores da cidade de Nova York, Boston e Chicago nos Estados Unidos, em 1900 eram movidos a eletricidade, com baterias em lugar de motores e gasolina.

2. IVAN O TERRÍVEL, Czar da Rússia, em 1555 ordenou a construção da IGREJA DE SÃO BASÍLIO em Moscou. No final da construção, ficou tão satisfeito com o trabalho artístico dos arquitetos POSTNIK e BARMA que mandou cegá-los, para que não pudessem jamais construir algo tão belo quanto à IGREJA DE SÃO BASÍLIO.

3. A fêmea do Pombo não pode botar ovos se estiver sozinha. Para que seus ovários funcionem, ela precisa ver outro pombo. Se não houver outro pombo nas proximidades, a sua própria imagem refletida em um espelho é suficiente.

4. Metade dos seres humanos que já morreram, talvez uns 45 bilhões, foram vítimas de mosquitos fêmeas (os machos só picam plantas).

5. Os mosquitos são portadores de mais de uma centena de doenças potencialmente fatais, dentre as quais malária, febre-amarela, dengue, zika, encefalite, filariose e elefantíase. Mesmo nos dias de hoje, eles matam uma pessoa a cada 8 segundos.

6. Ronald Ross, um jovem médico que trabalhava na Índia foi a primeira pessoa a mostrar como as fêmeas de mosquito transmitem o parasita Plasmodium através da saliva. Em 1902, Ross ganhou o Prêmio Nobel de Medicina.

7. As fêmeas do mosquito sugam o sangue para maturar seus ovos, que põem na água. Ali eles eclodem como larvas aquáticas. A pupa dos mosquitos é diferente da maioria dos demais insetos, pois é ativa e se movimenta na água.

8. Pessoas suarentas e mulheres grávidas têm mais chances de ser picadas.

Eu não entendo, quem escolhe o caminho do crime, quando há

tantas maneiras legais de ser desonesto.

(Al Capone)

METAL MINERAÇÃO 2016Feira e Congresso Nacional para Indústria Metalmecânica e MineraçãoLocal: Pavilhão José Ijair Conti – Criciúma – Santa Catarinawww.metalmineracao.com.br/

21-24Junho

CONGRESSO BRASILEIRO DO AÇO 2016Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SPwww.acobrasil.org.br/congresso2016/

08-09Junho

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EntretenimentoCAÇA-PALAVRAS

Solução

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Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

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E o vento levou...Os VENTOS são massas de ar em movimento que passam REGULARMENTE ao redor do mundo. Eles surgem porque, ao longo do dia, a terra aquece mais rápido que o mar, e o CALOR do solo aquece o ar. Como o ar quente é menos DENSO, ele sobe, pressionando o movimento da MASSA logo acima. À noite, acontece o inverso. Apesar da atual importância CIENTÍFICA, a prática de nomeá-los começou na GRÉCIA Antiga, como, por exemplo, os ventos Bóreas, Euro, Noto e Zéfiro, que já eram mencionados nas obras do poeta HOMERO. Com origem no golfo da CALIFÓRNIA (EUA), o vento Coromuel tem nome em homenagem ao capitão pirata inglês Thomas Cromwell e chega a uma VELOCIDADE máxima de 96 km/h. Já o HARMATÃO sopra do interior da África em direção ao oceano Atlântico durante a maior parte do VERÃO e, assim, favorece a limpeza do solo para plantio. FORTE e violento, o Descuernacabras ocorre em qualquer estação do ano, podendo acabar com PLANTAÇÕES e até matar de FRIO algumas aves e rebanhos. A origem do nome remete à LENDA de que ele seria capaz de arrancar os chifres das cabras com sua tamanha força.

X J D N P G T J F M K J P G Z K X M U I Y P L A X B T N S E Õ Ç A T N A L P G A R T X N B V A K O N N N R M H V H T T C O J E I A S O R E M O H A K H N V R O L A C L A G D C Q Y Ç Y R C L Ç S E Y T F H B L H Y L U M I I S J O O Ã T A M R A H V F K X N T E L U F K O Z K Y Q O Q H W S H P O Y M A S S A O I H T B E Y G X Q Y O A N S R A X J Q W R R T Q N I O F R I O E J Z N L T A A L J T M T N T E N N L E B Q A I E D R E B L E B G E M E U V E L O C I D A D E I L Ç V D N T D N L I G X P B I I C C H U X R R S O D D U B T Q C W N O P P A V Z A I N R O F I L A C B E M L H Ç J R O U F Y P V S C J G A U M Z Y Ç A G B

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Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

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E o vento levou...Os VENTOS são massas de ar em movimento que passam REGULARMENTE ao redor do mundo. Eles surgem porque, ao longo do dia, a terra aquece mais rápido que o mar, e o CALOR do solo aquece o ar. Como o ar quente é menos DENSO, ele sobe, pressionando o movimento da MASSA logo acima. À noite, acontece o inverso. Apesar da atual importância CIENTÍFICA, a prática de nomeá-los começou na GRÉCIA Antiga, como, por exemplo, os ventos Bóreas, Euro, Noto e Zéfiro, que já eram mencionados nas obras do poeta HOMERO. Com origem no golfo da CALIFÓRNIA (EUA), o vento Coromuel tem nome em homenagem ao capitão pirata inglês Thomas Cromwell e chega a uma VELOCIDADE máxima de 96 km/h. Já o HARMATÃO sopra do interior da África em direção ao oceano Atlântico durante a maior parte do VERÃO e, assim, favorece a limpeza do solo para plantio. FORTE e violento, o Descuernacabras ocorre em qualquer estação do ano, podendo acabar com PLANTAÇÕES e até matar de FRIO algumas aves e rebanhos. A origem do nome remete à LENDA de que ele seria capaz de arrancar os chifres das cabras com sua tamanha força.

X J D N P G T J F M K J P G Z K X M U I Y P L A X B T N S E Õ Ç A T N A L P G A R T X N B V A K O N N N R M H V H T T C O J E I A S O R E M O H A K H N V R O L A C L A G D C Q Y Ç Y R C L Ç S E Y T F H B L H Y L U M I I S J O O Ã T A M R A H V F K X N T E L U F K O Z K Y Q O Q H W S H P O Y M A S S A O I H T B E Y G X Q Y O A N S R A X J Q W R R T Q N I O F R I O E J Z N L T A A L J T M T N T E N N L E B Q A I E D R E B L E B G E M E U V E L O C I D A D E I L Ç V D N T D N L I G X P B I I C C H U X R R S O D D U B T Q C W N O P P A V Z A I N R O F I L A C B E M L H Ç J R O U F Y P V S C J G A U M Z Y Ç A G B

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Page 56: VESTAS: O VENTO COMO NEGÓCIO E PAIXÃOsimec.org.br/wp-content/uploads/2016/04/simec-abril-2016.pdf · canadense Henry Mintzberg, da McGill University, nos lembra que a demo-cracia

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