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V ESTIBULAR DIÁRIO DA REGIÃO V ESTIBULAR São José do Rio Preto, 10 de janeiro de 2010 PASSEI! Estudantes que passaram em vários vestibulares dão dicas de como escolher a faculdade. Outros, que deixaram de entrar por um ponto, explicam como dar a volta por cima. O suplemento traz ainda dicas para relaxar e também sobre como estudar para diferentes provas Pags. 4 Edvaldo Santos 28/12/2009

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VESTIBULARDIÁRIO DA REGIÃOVESTIBULARSão José do Rio Preto, 10 de janeiro de 2010PASS

EI! Estudantes quepassaram emvários vestibularesdão dicas de comoescolher afaculdade. Outros,que deixaram deentrar por umponto, explicamcomo dar a voltapor cima. Osuplemento trazainda dicas pararelaxar e tambémsobre comoestudar paradiferentes provas Pags. 4

Edvaldo Santos 28/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO2 / Domingo, 10 de janeiro de 2010 Vestibular

EDITOR-CHEFEFABRÍCIO CARARETO (INTERINO) EDITORA-EXECUTIVARITA MAGALHÃESEDIÇÃO DE TEXTOMICHELLE MONTE MORREPORTAGEMJULIANA RIBEIRO

EDIÇÃO DE FOTOSCARLOS CHIMBADIAGRAMAÇÃO

WALDIR ANTONIELLOTRATAMENTODE IMAGENS

HUMBERTO PEREIRAE SILVIO COLETI

EXPEDIENTE

PROVAS ALUNOSVERSÁTEISComo se preparar para diferentes vestibulares, estilos e métodos

Juliana [email protected]

Dificilmente um vestibulandoescolhe apenas uma faculda-de na hora de prestar ovestibular. Se para alguns esco-lher a profissão é uma tarefa di-fícil, para outros, o pior é decidirqual faculdade fazer. O que todos sabem é que énecessário se preparar muito pa-ra o vestibular. São dezenas deprovas, de estilos, de perguntas,de métodos e você é um só. Co-mo lidar com tudo isso? Como es-tudar para tantas provasdiferentes? Como se preparar pa-ra o estilo de teste que cada uni-versidade tem? Calma. Umacoisa é certa: de nada adianta en-trar em pânico. O ideal é pesqui-sar bastante, buscar ajuda comos professores e entender muitobem as matérias. De nada adian-ta decorar, pois no dia do vesti-bular você poderá estar tãonervoso, que a "decoreba" dá lu-gar a tensão e ao medo. Então,prepare-se, respire fundo e en-care o "bicho" vestibular da me-lhor maneira possível.Alguns professores e alunosdão dicas de como se prepararpara tantas provas diferentes. "Oideal é o aluno estar atento aoseu desempenho escolar atravésdos simulados que são aplicadosnas escolas. É necessário estudartodos os dias, duas horas as ma-térias que você se dá melhor etrês horas as que você sente mais

dificuldade. Aos domingos, leiao jornal e, se possível, faça umaredação de algum tema apresen-tado que te chamou a atenção.Isso ajuda a se preparar para asprovas", diz Luiz Octavio Teixei-ra Stocco, "L.O", professor dequímica há 25 anos, que dá aulasno Intelectus."Eu acho difícil esse negóciode método de estudos. Cada umtem seu próprio ritmo e isso de-ve ser respeitado. A minha orien-tação aos meus alunos é queestudem muito, mas de maneiradosada. Tem de ter parada paradescanso, mas paradas cons-cientes. Porque dormir tarde to-dos os dias e ficar horas na frentedo computador é jogar fora todoo ano de estudos", garante o pro-fessor do curso Kelvin, JoséHumberto dos Santos, "J.H", pro-fessor de física há 21 anos."Hoje, a maioria das escolassimula de forma sistemática os diferentes tipos de provas exis-tentes e que passam a fazer par-te do dia-a-dia do aluno. Essassimulações não são complicado-ras, pois o mais importante é umapreparação que contemple con-ceitos, contextualização e corre-lação entre as diferentesdisciplinas. O aluno deve seguirum método de comprometimen-to e planejamento, que separeclaramente o horário de estudo deoutras atividades", explica Clau-dio Antonio Banzatto, professorde Matemática há 32 anos, que dáaulas no Universitário.

MariaGabrielaPittomnuncaficou umdia semestudar

Edvaldo Santos 28/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO Domingo, 10 de janeiro de 2010 / 3VestibularESTUDEBEMECERTOÍtalo de Moraes Garcia, de 18anos, aluno da Coopen, quercursar Ciências da Computaçãoe dá dicas para quem vai pres-tar mais de uma prova. "Come-cei estudando um pouquinhode cada coisa no começo do ano.Depois, percebi que o melhorera prestar o máximo de atençãonas aulas e estudar em casa, pe-lo menos uma hora por dia". Segundo os vestibulandos,estudar diariamente é a princi-pal dica para tentar se sair bemnas provas. "O que me ajudoufoi chegar em casa e estudarmuito as matérias que eu tinhadificuldades e as outras eu es-tudava menos. Nunca fiqueium dia sem estudar. Acreditoque foi isso que me ajudou apassar no vestibular", afirma

Maria Gabriela Quiros Pittom,18 anos, aluna Universitário,que prestou Letras e Secretaria-do Executivo.Alunos de outras cidadesque vão fazer provas em gran-des centros, devem prestaratenção em outro detalhe: asperguntas regionais. "Uma vez, eu ouvi um pro-fessor dizer que se você estudarpara o vestibular mais difícil,então você estará preparado pa-ra a maioria. É isso que eu te-nho feito, principalmentequando vou prestar em algumauniversidade fora do Estado deSão Paulo. Universidades emMinas Gerais, Paraná, Rio deJaneiro e Mato Grosso, tentameliminar os 'forasteiros' comperguntas muito regionais",

disse Cristiano Donizete da Sil-va Vieira, 22 anos, aluno doKelvin, que quer entrar na Aca-demia Barro Branco. "A melhor maneira que euencontrei para estudar a teoriaé aplicá-la em exercícios dire-cionados aos vestibulares dasuniversidades que escolhi.Também acho fundamentalchegar em casa e estudar a ma-téria que eu aprendi no dia,isso torna o aprendizado maiseficiente. Outra técnica queeu uso é depois de ter estuda-do bastante, vou para a frentedo espelho e explico a matériacomo se estivesse dando umaaula", ensina Gabriel Marquesda Rosa Reis, 18 anos, alunodo Kelvin, que quer cursarMedicina. (JR) Cristiano Donizete fica atento às perguntas muito regionais

Sérgio Menezes 28/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO4 / Domingo, 10 de janeiro de 2010 VestibularDÚVIDA CRUELCOMOESCOLHERAUNIVERSIDADEEstudantes falam sobre o dilema de passar em vários vestibulares e dão dicas para driblar o problema

Juliana [email protected]

Se já não bastasse a pressão dovestibular e as dúvidas em re-lação a qual profissão seguir,pode surgir um outro fator deconflito: a aprovação em váriasuniversidades e a escolha entreuma delas.Depois das provas, o medonão é apenas da reprovação. Opré-universitário também po-de vivenciar o temor da aprova-ção: "Passei fora de casa, eagora?" , "Onde vou morar?" ,"O que vou comer?", são algu-mas questões que surgem quan-do isso acontece.Alguns jovens ainda encon-tram outro dilema, o de passarem mais de uma universidade.“Qual escolher?” “Qual é a me-lhor?” “Qual é mais perto de ca-sa ou mais longe?” “Em qualdelas eu vou me adaptar melhor?”Para a psicóloga, Kátia Ri-cardi de Abreu, nesses casos, aorientação profissional pode sernecessária. "O profissional iráajudar o estudante a clarear asideias. É uma forma de detec-tar suas motivações internas econciliá-las com as externas.Algumas vezes, é necessárioorientar também a família, pa-ra que eles entendam e aceitemque o estudante tem uma voca-ção e é o momento dele emer-gir", esclarece.E muitos jovens se encontramneste dilema. Cada um tem a suadúvida, e é preciso colocar na ba-lança tudo que considera neces-sário na hora de tomar a decisão."Meu sonho sempre foi algu-ma área relacionada a aviação.Então prestei Engenharia Aero-náutica, na USP e passei para a se-gunda fase. Decidi prestartambém a AFA (Academia daForça Aérea) e passei em todos osexames. No entanto, ainda restao exame de aptidão de piloto. Pa-ra a minha surpresa, a segunda fa-se da USP e o exame de aptidãoda AFA serão no mesmo dia.Ainda não me decidi qual ireifazer. Estou muito confuso" , dis-

se Fellipe Gomes Gonçalves Sil-va, 19 anos, que faz cursinho noKelvin, em Rio Preto.O estudante Cristiano Doni-zete da Silva Vieira, 22 anos, pas-sou em dois cursos diferentes,

Biologia, na UEM e Administra-ção, na Unesp. Não vai cursar ne-nhum dos dois, pois o sonho deleé entrar na Academia do BarroBranco. "Confesso que quandovi meu nome da lista de aprova-

dos fiquei com muita vontade deir. Assim eu acabaria com a pres-são do cursinho, da família e datia chata que sempre pergunta sevocê já passou. Foi difícil me de-cidir, mas hoje eu tenho certeza

do que eu quero, e vou continuarprestando a Academia do BarroBranco. Quando penso que daqui5/10 anos vou estar fazendo aqui-lo que sempre sonhei, me vejorealizado e feliz", afirma. Ana Carolina Pires Micali,de 18 anos, que estuda na Coo-pen, foi mais prática ao escolheras faculdades para cursar Me-dicina. "Escolhi prestar vestibu-lar apenas para as instituiçõespúblicas, pois sempre tive von-tade de estudar em alguma de-las. Além disso, o curso queescolhi custa muito caro em fa-culdades particulares".Tem gente que não quer sairda própria cidade. É o caso da es-tudante Maria Gabriela QuirosPittom, aluna do colégio Univer-sitário, que está prestando Le-tras na Unesp e Fuvest eSecretariado Executivo na UEL."Até o momento, passei para asegunda fase de todas as faculda-des que prestei. Estou um poucoem dúvida de qual fazer, mas ain-da prefiro a Unesp, por ser naminha cidade. Estar em casa émais prático", afirma."Em julho de 2009, passeino vestibular da UNB (Univer-sidade de Brasília), mesmo semter concluído o Ensino Médio.Busquei os meus direitos e, as-segurada pelo artigo 24, parágra-fo quinto, da Lei de Diretrizese Bases da Educação Nacional,entrei com um processo na Jus-tiça Estadual e Federal para ga-rantir a vaga. Mas não consegui.Então, decidi prestar Fuvest eUNB de novo. Até o momentoestou esperando o resultado dasegunda fase da Fuvest e o re-sultado final da UNB. Vivo ummomento de dúvida. Se passarnas duas, pretendo visitar asinstituições, conhecer moradia,possibilidades de meio de trans-porte, emprego e assim, arriscarna decisão. Creio que analisan-do os prós e contras de cadauma, fica muito mais fácil deci-dir", afirma Isabel MenezesFormigoni, de 18 anos, que pre-tende cursar História.

Fellipe Gomes Gonçalves Silva passou em vários exames mas ainda não decidiu o que fazer

Sérgio Menezes 28/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO Domingo, 10 de janeiro de 2010 / 5Vestibular

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DIÁRIO DA REGIÃO6 / Domingo, 10 de janeiro de 2010 VestibularFIQUE BEM

SEMESTRES

SE Com a proximidade do vestibular, estudantesficam ansiosos e dão dicas para ficar bemJuliana [email protected]

Se livrar do estresse e da ansiedade nãoé coisa fácil, mas é possível. Não exis-te um estudante capaz de dizer que nãose sente ansioso com a pressão do vestibu-lar. Especialistas na área e alunos que jápassaram pela pressão desse período dãodicas para ajudar a relaxar e a encarar defrente essa fase.Para os especialistas, o melhor é fazeratividades que você gosta. Vale tudo: espor-tes radicais, futebol, tênis, natação, dança,cinema, ler um bom livro, escutar músicas,sair com os amigos, passear com a família,curtir o namorado, cuidar da alimentaçãoe até mesmo dormir. Não importa a sua es-colha, o importante é ter certeza de que is-so te ajuda a relaxar e te tira a tensão."É preciso entender que você já estudoue se preparou da melhor forma para asprovas. Agora, você precisa respirar fundoe relaxar. Momentos de distração com afamília e amigos, ouvir uma boa musica epraticar esportes ajudam a relaxar. No con-

sultório, eu utilizo práticas naturais comouma ferramenta para cuidar das dificulda-des que possam surgir nessa fase. Os flo-rais de Bach, por exemplo, ajudam com ainsegurança, ansiedade, alterações no so-no, variação de humor, dificuldade em con-centração, cansaço, entre outros sintomas",explica a naturóloga Tylá Duarte."O jovem precisa se conscientizar deque o vestibular é apenas uma das etapasde sua vida. A preocupação exacerbadacom esse momento é fator penalizantepara o bom desenvolvimento nas provas.O que fazer se não for bem? Estudar maise tentar de novo", diz o psicólogo Este-van Matheus."O grande erro é associar o vestibulara algo negativo e cruel. É importante des-mistificar a crença de que o vestibular é umpesadelo e o pior momento da vida de umadolescente. O fundamental é o estudantese organizar, decidir as provas que irá pres-tar no decorrer do ano e focar nos estudos,para assim, poder aproveitar os dias que an-tecedem as provas para relaxar", afirma apsicóloga Juliana Junqueira. Jorge Henrique Safady mantém alimentação saudável

Sérgio Menezes 28/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO Domingo, 10 de janeiro de 2010 / 7VestibularAlguns alunos contam os seussegredos para relaxar e garantemque dá certo!"Eu costumo assistir a um fil-me, sair com os amigos ou daruma volta de bicicleta. Faço coi-sas que me ajudam a desestressar.Evito pensar na prova para não fi-car mais ansiosa", explica JulieMaciel Rozani, 17 anos, aluna daCoopen, que está prestando Direi-to e Letras."Eu procuro pensar que aaprovação no vestibular, comoquase todos os outros fatos da mi-nha vida, tem seu momento pa-ra acontecer. Nunca considero ovestibular como um meio de ava-liar meu valor pessoal. É apenasuma prova. Ninguém é melhorou pior que ninguém por passarno vestibular", afirma Isabela Me-nezes Formigoni, 18 anos, alunado colégio Universitário, que es-tá prestando vestibular para o

curso de História."Como o estresse é inevitável,a única maneira que eu encontropara tentar amenizá-lo é saindocom os amigos e curtindo umasbaladas. Mas faço tudo com cau-tela, não passo dos limites", expli-ca Jéssica São José, 17 anos, alunado Objetivo, que presta vestibu-lar para o curso de Farmácia."Eu costumo dormir muito,mas muito mesmo, um ou doisdias antes da prova. Também nes-se período, mantenho uma ali-mentação mais leve. No dia a dia,jogo futebol e tênis", afirma JorgeHenrique Safady, 19 anos, alunodo Kelvin, que presta Medicina."Escuto músicas e toco violão.Isso sempre alivia um pouco o es-tresse. Evito pensar na pressão dasprovas também", garante YasminSaegusa Tadayozzi, 17 anos, alunaUniversitário, que presta Engenha-ria de Alimentos e Química. (JR)

ALUNOSDÃODICASPARARELAXAR

Yasmin Saegusa Tadayozzi escuta músicas e toca violão para relaxar antes do vestibular

Edvaldo Santos 28/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO8 / Domingo, 10 de janeiro de 2010 Vestibular

ESCOLHAASUACARREIRA

DICA ASPROFISSÕESDEFUTUROCarreiras que estão em alta e que podem levar você ao sucesso profissional

Da redaçãoA

escolha da profissão compõe um pro-jeto de vida e profissional. E, em umprojeto, devemos estabelecer um obje-

tivo a ser atingido. Depois, é importanteque se tenha a consciência da sequênciade ações necessárias para atingi-lo. Porsua vez, a cada ação devem ser estabele-cidas metas.

Como exemplo, imaginamos que nos-so objetivo é passar no processo seletivode uma universidade para o curso de umadeterminada área. Nas ações, o empenhonos estudos e sanar as principais dificul-dades nas disciplinas do ensino médioparecem ser fundamentais. Para medir osucesso da empreitada, entre as metas,podem estar as boas notas nas provas doúltimo ano do ensino médio.

Para a estudante Claudia Regina daConceição, 19 anos, que prestou Unesp eUnicamp, e pretende trabalhar na área fi-nanceira e de pesquisa, as áreas que estãoem alta são Ciência da Computação e En-genharias. "Pensei em prestar Ciência daComputação e ainda penso, mas só de-pois que terminar a faculdade de Matemá-tica, na Unesp", disse.

BIOLÓGICASEngenharia Florestal No Brasil, a formação em EngenhariaFlorestal foi regulamentada em 1960.Embora seja uma profissãorelativamente nova, na comparaçãocom outros países onde ela já existehá bem mais tempo, os engenheirosflorestais brasileiros conseguiramdesenvolver técnicas que se tornarammodelo para todo o mundo. O setorflorestal representa cerca de 5% doPIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.O país tem uma marcante vocaçãoflorestal - basta lembrar que foi umaárvore, o pau-brasil (Caesalpiniaechinata Lam.), que deu origem aoseu nome. Este profissional estáhabilitado para trabalhar aliando aprodução, a conservação ambiental eo desenvolvimento social.

EXATASEngenharia de Produção Este braço da Engenharia dedica-se ao projeto e àgerência de sistemas que envolvem pessoas,materiais, equipamentos e o ambiente. Éresponsável por fazer o projeto, a implantação, aoperação, a melhoria e a manutenção de sistemasprodutivos integrados de bens e serviços. De certomodo, como define a Abepro (Associação Brasileirade Engenharia de Produção), "é a menostecnológica das engenharias, na medida emque é mais abrangente e genérica, englobando umconjunto maior de conhecimentos e habilidades".Durante o curso, o aluno tem aulas relacionadas aeconomia, meio ambiente, finanças, o que faz atéalgumas pessoas confundirem este profissionalcom um administrador de empresas. O engenheirode produção pode trabalhar em diversos setores daeconomia, tanto na manufatura quanto emserviços, tais como em indústrias, hospitais,bancos e empresas de consultoria.

HUMANASRelações Internacionais Nas últimas décadas, os conflitos e crisesinternacionais, a ampliação do comércio e dacomunicação entre países e os processos de integraçãoregionais passaram a causar um impacto maior sobre ocotidiano das organizações e das pessoas, revelando aimportância das relações internacionais para asociedade, os governos e as empresas. Diante destequadro, a demanda pelo profissional da área crescecontinuamente. Isso ocorre na esfera pública, mas principalmente naárea privada e no chamado terceiro setor, com asorganizações não-governamentais. Por isso, o graduadoem Relações Internacionais deve ser preparado paratrabalhar em instituições nacionais e internacionais,privadas e governamentais, em organizaçõesinternacionais, na mídia, em ONGs, empresas deconsultoria, instituições financeiras e sindicatos,considerando-se inclusive um eventual ingresso nacarreira diplomática. Fonte: Guia de profissões da Unesp

Cláudia daConceiçãocursaMatemática na Unesp;Quandoterminar,pretendeprestar Ciência daComunicação

Guilherme Baffi 29/12/2009

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DIÁRIO DA REGIÃO Domingo, 10 de janeiro de 2010 / 9Vestibular

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Juliana [email protected]

Quem nunca teve medo do ves-tibular que atire a primeirapedra! Nos dias de hoje, terum diploma em mãos não querdizer que você é melhor do queninguém. Na verdade, para serdiferente no mercado de trabalhoé preciso muito mais que um pe-daço de papel.A certeza de que o 3º colegialacabou e que agora você precisaescolher o que fazer da sua vida,assusta. Aos 17/18 anos, o adoles-cente tem a certeza de que podetudo e que não precisa deninguém. Mas ao mesmo tempo,são criaturas frágeis, que acaba-ram de sair da barra da saia dasmães. "O vestibular realmenteacontece em uma fase complica-da na vida de cada um. A adoles-cência é uma fase na qualqueremos nos firmar e provar pa-ra nossos familiares e amigos quesomos capazes de tomar as ré-deas de nosso próprio destino",afirma o professor de Física, JoãoHumberto dos Santos.Para a psicóloga comportamen-tal cognitiva, Graziella Ferrari, nes-sa fase da vida, o adolescente vive àbase de pressões, e é comum que tu-do o tire do sério. "Muitos pais nãosabem que têm um papel funda-mental nesse momento. Eles servemcomo alicerces emocionais para seusfilhos. É preciso saber que duranteo período do vestibular, os filhosestão à flor da pele e qualquer co-mentário que exponha sua fragili-dade, ou cobranças inapropriadas,podem servir como a gota d' águapara desencadear depressões, an-siedade aguda e até mesmo de-sistências. Por mais difícil que possaparecer, os pais precisam agir comoamigos, ser tolerantes, aprender aouvir mais seus filhos e estar ao la-do para tudo. É necessário acolhernas frustrações e vibrar com as con-quistas" diz.DÚVIDAS MILSer adolescente não é nada fá-cil. O turbilhão de emoções e sen-timentos que se tem na

adolescência talvez não se expe-rimente nunca mais na vida. E éno meio desse furacão que os jo-vens se deparam com o vestibu-lar. As dúvidas são muitas. O quedevo fazer? O que prestar? A pro-fissão que eu escolher é para oresto da vida? Dá dinheiro? Euvou ser famoso? Onde posso atuar? Terei de sair de casa? Co-mo vou me virar? E meus amigos?Será que é o que eu realmentegosto? Talvez deva fazer o mesmoque meu pai. É mais garantidoou não? As perguntas parecemnão ter fim e não têm. Questionarquando é necessário decidir algoimportante na vida não está rela-cionado à idade. Todo mundo, jo-vem ou não, se sente encurraladoem momentos de pressão.A escolha profissional depen-de de inúmeras variáveis. Um su-jeito pode descobrir muito cedodeterminado talento, como dan-ça, música, desenho ou até mesmose identificar com alguém da fa-mília e não ter dúvidas na hora dedecidir sobre o que estudará na vi-da adulta. O problema está quan-do o adolescente se identifica comtudo e com todos. "Ele quer ser aomesmo tempo engenheiro, arqui-teto, médico, advogado, cantor,

poeta, revolucionário e químico.Nestes casos é preciso um acom-panhamento mais próximo, comelaboração de testes de aptidões,orientações vocacionais e muita,mais muita conversa. E além dis-so, o adolescente precisa enten-der que ter 17/18 anos é muitocedo para escolher uma profissãopara o resto da vida, mas é impor-tante ressaltar que a escolha nãoprecisa ser para o resto da vida. Elapoderá ser alterada no meio datrajetória ou depois. É justamen-te essa ideia, de que a escolha éimutável, que torna a decisão dojovem uma decisão difícil", expli-ca Alexandre de Oliveira Martins,professor de Letras há 8 anos. Segundo o professor, é co-mum nos depararmos com adul-tos infelizes em suas profissões,mas que não têm coragem demudar. São os típicos adolescen-tes do passado que não tiveramcoragem de enfrentar o medo ea família. Escolheram uma car-reira por escolher e a empurramcom a barriga até hoje. "Há al-guns pontos fundamentais parase levar em conta, principalmen-te quando é preciso decidir tãocedo. Eu costumo dizer que sãoduas pesquisas que se faz, a in-

terna, que envolve interesse, vo-cação e habilidades e a externa,que envolve currículo de cadacurso, o mercado de trabalho ea influência das expectativas dafamília nesta escolha. Algunspsicólogos utilizam testes voca-cionais, que oferecem respostasrápidas e objetivas, mas eu pre-firo um processo gradual, paraque o aluno não receba uma res-posta mágica, mas realmenteprocure se conhecer", diz a psi-cóloga Cláudia Lofrano."É complicado escolher umaprofissão. Eu mesma, no terceirocolegial, queria Direito, depois deum ano de cursinho, decidi que oque eu realmente quero é Odon-to", disse Amanda Violin, 18 anos,aluna da escola Kelvin.Ana Carolina Gomes, de 19anos, aluna da escola Kelvin, estáprestando Medicina, diz que foi di-fícil decidir o que fazer. "Hoje, euquero Medicina. Acredito que sóquando ingressamos na faculdadee vivenciamos aquela realidade éque descobrimos se realmente éisso que queremos fazer"."Eu acho muito cedo para umapessoa decidir o que quer fazerpara o resto da vida. Alguns têmcerteza do que escolheram, mas a

grande maioria não e por isso, aca-bam fazendo qualquer coisa só pa-ra entrar na faculdade mais cedo.Isso não vale a pena", afirma a es-tudante Angela Fernandes Tei-xeira Mendes, de 17 anos, queestuda na Coopen e pretende cur-sar Engenharia Civil."O vestibular acontece aos 17,18 anos, é um momento crítico,estressante, de muita pressão emo-cional para os jovens. O número deabandonos e transferências de cur-sos em universidades no Brasilcontinua crescendo. Cada vez maisjovens, estudantes ingressam emcursos que não conhecem, desisteme ficam "pulando de galho em ga-lho" até descobrirem o que que-rem realmente", explica a RuiVicente Lucato Júnior, Biólogo,Psicopedagogo, Professor, Consul-tor Acadêmico e Empresário.Segundo ele, o processo acabaacontecendo na ordem inversa danatural, onde primeiro os jovens"praticam" o curso para depoisconhecê-lo e saber se é isso ou nãoo que querem. "Que curso fazer?"."Esta é uma escolha decisiva, quevai determinar o que você fará nospróximos anos de sua vida e mais,irá dizer qual a sua função nomundo", conclui.

DIÁRIO DA REGIÃO10 / Domingo, 10 de janeiro de 2010 VestibularCARREIRA SOUMUITONOVO?

Vestibulandos comentam se existe a idade correta para entrar na faculdade

Amanda,aos 18anos,estava emdúvidaentreDireito eOdonto;ela achaque aindaé muitonova paraescolherumaprofissão

Fotos: Sérgio Menezes 28/12/2009

Para AnaCarolina, sódepois devivenciar arealidade nauniversidade, é possíveldescobrir o querealmente quer

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DIÁRIO DA REGIÃO Domingo, 10 de janeiro de 2010 / 11Vestibular

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DIÁRIO DA REGIÃO12 / Domingo, 10 de janeiro de 2010 VestibularNA TRAVE! NÃOPASSEIEAGORA?

Por um ponto, jovens deixam de entrar na faculdade; eles contam o que fizeram para dar a volta por cimaJuliana [email protected]

Imagine você passar o ano todo es-tudando para o vestibular, aguen-tar firme a pressão da família, dos

amigos e das provas e, quando sai oresultado, você descobre que porcausa de um ponto não passou. Oque você faria se isso acontecessecom você? Alguns entrariam em pâ-nico, outros culpariam o mundo,ainda existem aqueles que desis-tiriam. Mas o melhor mesmo é fa-zer como Paula Beatriz SilvaPassarin e Giuliana Ribeiro Lesur:erguer a cabeça e seguir em frente.As duas deixaram de passar em uni-versidades por apenas um ponto.

Para a psicóloga Kátia Ricardide Abreu, de nada adianta chorarou se lamentar. "Ora, se você nãopassou por um ponto, o que há de

positivo nisso? Você está mais pró-ximo da linha de chegada no pró-ximo ano e terá mais chances depassar no ano que vem", explica.

Segundo ela, voltar-se para ou-tros aspectos da vida também va-le como 'consolo'. Pense nas coisasboas. "Por exemplo: você poderá fi-car mais um ano desfrutando dacompanhia de seus pais e dos ami-gos antes de mudar de cidade pa-ra estudar", explica a psicóloga.

"Eu não passei na segunda faseda Unesp por causa de um ponto. Eo pior, errei uma questão de quími-ca que eu sabia, por falta de atenção.Na hora me senti péssima, umaperdedora. Mas isso não me levou apensar em desistir ou a mudar a mi-nha opção profissional. A única coi-sa que eu pensava era que tinharelaxado um pouco com os estudosdurante o 3º ano do ensino médio.

Mas depois, o que me deu uma for-cinha para levantar a cabeça e esque-cer da vergonha que estava sentindo,foi ver que se eu tivesse optado porFarmácia na USP de Ribeirão Pre-to, eu teria ido para a segunda fase.Agora, só cabe a mim levar este anode 2010 à sério e estudar para valer.Capacidade todos nós temos" , dis-se Paula Beatriz Silva Passarin, 17anos, que pretende prestar Farmá-cia e Bioquímica.

O caso da estudante Giuliana Ri-beiro Lesur é igual ao de Paula. Giu-liana não passou para a 2ª fase daUnesp por causa de um ponto na no-ta de corte. "O corte para Medicinaeste ano foi 76, e eu fiz 75 pontos. Foibastante revoltante, fiquei bem in-conformada. Estou no meu 2º ano decursinho e essa foi a primeira vezque cheguei mais perto de passar pa-ra a 2ª fase. Agora estou mais calma". Giuliana Ribeiro ainda não desistiu de prestar Medicina

Guilherme Baffi 29/12/2009