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rágina Sexta-feira, 19 de janeiro de 1946 O GLOBO SPORTIVO

rgeiítiiia e a grande atra-i•ça@ ia temporada oficial— do íiirf bandeirante —

JA' ESTÁ EM S. PAULO A ÉGUA NÚMERO UM DO NOS-SO TURF, QUE ALf ESTREARA DOMINGO

Como já é do conhecimento dos nossos "turfmen", o turí bandeiran-te atravessa sua íase áurea e está, mesmo, em vésperas de realizar a maiorprova do seu programa clássico. Por isso as atenções dos "turfmen" dopais estão, no momento, voltadas para as corridas do Hipódromo de CidadeJardim, onde os melhores parelheiros que atualmente atuam em nossaspistas, vão competir em busca de novos louros e triunfos clássicos.

Da Gávea, já partiram para São Paulo, os "cracks" que tomarão par-te nesse programa clássico. Entre eles já se foram, há algum tempo, Mon-terreal e Argentina, dois dos mais positivos valores das nossas pistas.

Os restantes competidores das grandes carreiras que ali se vao reall-zar, atuam no turf local, e estão sendo cuidadosamente preparados paraesses compromissos.

ARGENTINA A GKANOE ATRAÇÃOSem favor, a grande atração da temporada clássica que já foi Inicia-

da no Hipódromo de Cidade Jardim, é a égua Argentina.Esta filha de Rico, pelas suas atuações no Hipódromo da Gávea em-

polgou e convenceu o público turfista da cidade. Não há mesmo idéiade uma égua ter realizado campanha tão convincente.

Desde que chegou ao Rio, procedente do turf argentino, foi apresen-tada nove vezes, num periodo de três meses.

Nessa curta campanha, conseguiu, então, a grande égua, cinco triun-fos, um segundo e um terceiro lugares, entrando descolocada apenas duasvezes.

Diante de tão expressiva "performance", Argentina passou a ser olha-da, com justiça, como a primeira égua do ano findo.

Abertas as inscrições para as grandes provas clássicas do turf de SãoPaulo, seu proprietário resolveu inscrevê-la em algumas das provas clás-sicas oue ai serão disputadas, entre elas. o "Clássico 25 de Janeiro", provadestinada somente para éguas, e "C\. P. São Paulo" a maior prova doturf bandeirante, a ser corrida no dia 4 de fevereiro próximo, onde teráde enfrentar os "cracks" do nosso turí, entre eles. Monterreal.

Sua presença nessa extraordinária carreira causou sensação no turfImndeirante, e,' segundo os jornais paulistas. Argentina, surge, como alitirande atração da temporada do Hipódromo de Cidade Jardim.

GANHADORA NA GÁVEA DE DOIS CLÁSSICOS E DOISGRANDES PRÊMIOS

Na sua espetacular campanha no Hipódromo da Gávea, Argentinavenceu os clássicos "Raphael de Barros" e "Mariano Procopio". sendo queeste, com a sobrecarga de 66 quilos, quando dispensou a Farrista, 20 qui-los de vantagens!, e, os grandes prêmios "Duque de Caxias", na distanciade 2.000 metros e o "G. P. Jockey Club do Rio de Janeiro", em 2.400metros, derrotando, então. Allbi, Romney e Latente.

Alem dessas carreiras clássicas, levantou o prêmio "Taça AlbertoSantos Dumont", levando, então, de vencida, entre outros. Metódico e

1 c Com esses triunfos e colocações, a extraordinária filha de Rico, levan-tou em prêmios a importância de CrS 206.000,00.

SEU COMPROMISSO DE DOMINGO E O DO PRÓXIMODIA 4 DE FEVEREIRO

Domingo, Argentina deverá estrear no Hipódromo de Cidade Jardim,disputando o "Clássico 25 de Janeiro". Dentro do lote de adversárias queterá de enfrentar, segtindo as noticias procedentes de São Paulo, desta-eam-se Prima Dona e Modesta, sendo que esta última, já foi por ela ba-tida fragorosamente, na Gávea. Não conhecemos as possibilidades reaisda primeira dessas éguas, mas. se Argentina estiver no mesmo estado quemanteve na Gávea, ganhará, certamente.

Der>oi3 dessa carreira virá então a grande prova de 4 de fevereiro. Serápara a' grande filha de Rico um "test" definitivo. Ela. entre outros va-lores, terá de enfrentar Monterreal. na distancia de 3.200 metros, carre-gando 56 quilos. .

E' esta, sem dúvida, a grande oportunidade que aguardam os turf-men" do pais. Fazer uma previsão de sua vitoria nessa prova é algo te-merario, mas, para quem vem acompanhando a campanha da pensionis-ta de Henrique de Souza, pensar no seu triunfo, é julgar com justiça desuas possibilidades.Argentina vai enfrentar grandes parelheiros entre os quais se destacaMonterreal, a quem Zuniga vem montar. Poderá perder, o que não com-prometerá o seu prestigio de égua fenômeno, mas, poderá ganhar, p quelhe dará uma situação impar no turf brasileiro.

Argentina, depois de um de seus espetaculares triunfos no llipórtro-mo da Gávea, segura por seu proprietário. Sua estréia em Sito Pau-lo está sendo aguardada com vivo interesse pelos carreiristas doRio e da capital bandeirante. A filha tle Rico, é a grande atração*•" da temporada clássica flo turf bandeirante.

PAVOT, vitorioso descendente de "CaseAce-Coquelicot, é apontada como o melhor

animal de dois anos em 1944

| mente, entre* as quais Mayflower Stakes. XvtXvÃ^^f^^l^^/ U. S. Hotel Stakes, Saratoga Special .'(^^^^t^Ê^f&jBm\

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O Gíoho SportivoDiretores: Coberto Marinho e Mario Rodri-gues Filho. Gerente: Henrique Tavares. Secre*tario: Ricardo Serra 11. Redação, administra-ção e oficinas: rua liethencourt da Silva, 21,1.° andar, Rio de Janeiro. Preço do númeroavulso para todo o Brasil: Cr$ 0,50. Assiuatti-ras: anual, Cr$ 25,00 — semestral, Cr$ 15,00.

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Os "turfmen" da zona leste olhamcom respeito e admiração Pavot, fi-lho de "Case Ace-Coquelicot". Algunseiitusiastas chegaram a prever que ogrande potro de Walter M. J'e)forasterminasse 1944 invencível.

Pavot foi a revelação das provoude leste, para animais de dois anos,saindo vitoric::0 de seis GG. PP., su-cessivamente. Entre as provas quevenceu, estão Mayflower Stakes, U. S.Hotel Stakes, Saratoga Special eGrand Union Hotel Stakes.

Pavot não é animal de grandes pro-porções físicas, porem se nota a soli-dez que suas bem formadas linhasapresentam. Corre desembaraçada-mente, revelando qualidades excepcio-nais para um animal de sua idade.

Oscar White, treinador dos 1Ê$tábu-los Jefjords, procurou desei&òlversuas aptidões lentamente, sem^f&fçá-lo. Embora 0 belo animal estivesseinscrito em todos 03 grandes pareôsnorte-americanos. White deixou deapresentá-lo em alguns deles, evitan-do forçar sna resistência.

Com um ano apenas Pavot foi ad-quiritio na fazenda Glen Riddle. Suaprimeira aparição, um ano rnais lar-de, foi vitoriosa. Vencera a prova deDclaivarc Park.

O jockey Gorgic Woolf montou-onas quatro últimas vitorias seguidasque conquistou, parecendo que c.onti-nuara a guiar o "jovem campeão deBelmont e Pimlic0 Futurities".

I IJlr ¦g™"T""' 1 ¦ HBMT'**'^*MMm -¦ .—.... ... 11 ...

f» QUEDA 005 CABELOS

ALEXANDREDÁ VIDA E VIGOR

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O GLOKO SPORTIVO Sexta-feira, 19 de janeiro de 1045 Página 3

D • r

Você está contra mim, Joreca ?Absolutamente. Pelo contrario,

Flavio.Você não disse que os brasileiros

não podiam fazer nada ?E então ?Quawi es lá tomando conta do

scratch sou eu.Você não me compreendeu, Fia-

vio. Eu quando disse aquilo quis tirartoda a responsabilidade de cima devocê.

Tirar que responsabilidade ?A da derrota.

.— Ê a da vitoria ?E' melhor não pensar nisso.Mas eu lenho de pensar nisso, Jo-

reca. Ou você pensa que eu só vou pen-sar na derrota ?

Você está pensando em vitoria ?—- Estou. A vitoria entra em minhas

cogitações, Joreca. Eu preciso e s, t a rpreparado lambem para a vitoria.

Pois eiij sefosse o seleciona-dor, só esta ri apreparado para aderrota.

—E os jogado-res, vamos supor,contrariavam vo-c ê , venciam umnialeh, dois mal-ches.

Tanto melhor.Não é isso que eu quero saber. Co-

nio é que você receberia á vitoria ?De braços*.abertos.Sem nada ter feito por ela ?PÒr menos que eu fizesse teria feito

alguma coisa, Flavio. Que diabo: eu erao selecionador.

Mas um selecionador que não ad-miíia o triunfo, que o negava, que o afãs-lava para bem longe, como o impôs-sivel.

Não há nada melhor do que alcan-çar o impossível, Flavio.

Pois eu, Joreca, se* estivesse certoda derrota, se a previsse, como dois edois são quatro, se a andasse proclamai!-do por aí, ficaria envergonhado com avitoria.

Eu, Flavio, não me envergonharia.

laiogImpossíveis

Pelo contrario: eu me orgulharia da vi-toria.

Não diga isso, Joreca. Uma vitoriaassim, consagraria jogadores, mas liqui-daria um técnico para o resto da vida.

A vitoria, Flavio, lava tudo. Quemia se lembrar que eu tinha falado só emderrota ?

Você.Eu seria incapaz de me acusar. E

depois, Flavio, é melhor ser pessimista,o pessimismo valoriza as coisas boas queacontecem.

- Eu não canto vitoria antes, Joreca.Mas estou sempre preparado para o me-llior. Se eu não estivesse sempre prepa-rado para o melhor, o Flamengo nãoseria o tri-campeão.

E' diferente, Flavio.Não 6 diferente. Eu tenho de fazer

tudo para ganhar, para só perder oniatch que não puder ganhar.

Você quase não teve tempo paiatreinar, Flavio.

- Mais lima. ra-zão para que dêmais m o r a 1 aoscratch.

Falando emvitoria ?

Falando nasdificuldades da vi-toria. A genteq n a s e não teve

tempo de treinar, a gente saiu de umcampeonato, entrou noutro, e vai entrarnoutro campeonato.

Você acaba me dando razão.Pelo contrario. Por tudo isso, a gen-

ite tem é de fazei- mais força, dedicar-seexclusivamente ao scratch, de não me.-dir sacrifícios pelo scratch.

- Bonito.Só assim a gente pode pensar -na

vitoria, em alcançar o prêmio (ia vi to-ria (pie paga tudo.

De qualquer maneira, Flavio. sevocê perder pode se agarrar ao què eudisse.

E se eu ganhar ?Então se esqueça, procure se esque-

cer que eu abri a boca.

tmmÊÊÊ

M-ÍÍÉÉÍ\

iii'—m——a murrl

O tennis brasileiro andava afastado do intercambio internacional em virtude, do estadt,de guerra. Ainda recentemente foi disputada c"Copa Mitre", em Buenos Aires, sein o concursodos amadores brasileiros. Felizmente, valores dotennis platino nos têm visitado, animando asatividades em nosso meio c dando relevo técni-co às exibições em que participaram. São exem-pios expressivos os últimos campeonatos abertosde Santos, São Paulo e os realizados nesta capi-tal e em Belo Horizonte, com a presença dosimpático casal argentino Heraldo-Maria TéranWeiss. Augusto Zappa e Felisa Piedrola. Agorao Coimtry Club está realizando uma nova tem-porada internacional em quadras cariocas. Ocertame antecipa-se sensacional, o mais impor-tante torneio internacional levado a efeito en-tre nós nos últimos tempos, pois contará com aparticipação das três maiores "raquetes argen-tinas {Henrique Morea. 1-leraldo Weiss e AlejaRussel), alem de Del Castillo, do chileno Ga!-leguillos e grandes valores do tennis femininoargentino. Ò Chile também estará representadono certame, em boa hora promovido pela aris-tocrática agremiação"do Leblon. A grande atra-eã0 dessa jornada internacional seri, sem dú-vida. a pre:wnça de Henrique Moréa. que recen-temente levantou o título máximo em seu pai*,depois de vencer conseculivamc^ite Alejo Rua-sei e Heraldo Weiss, este último o número umdo "rankmg-list" argentino.

MARIO FILHO

MTMMmâWMãmMrà

DUAS PASSAGENS DE VOLTA

Tinha sido dois dias antes do Ano Novo. Fórum avisar a Flavio

que o Rio estava chamando, o Rio era a C.B.D. Com certezao Castelo ou o Irincu dando uma noticia. Boa não podia ser.

Flavio acostumara-se a receber más Jioticias, Fulano não pode ir, Si-cruno quer ficar. Tuã0 em cima dele. E Castelo Branco prometera de.->-canso. Você vai para Caxambú repousar, Flavio. A gente toma conta detudo. não se preocupe. Flavio não acreditara, sabia como isso era. Eagora estava tendo a prova. O telefone ficava em cima do balcão, bem àmostra, os jogadores espalhados em volta. Iam escutar só o que o Flaviodissesse. Mas poderiam ter a ilusão de que o Rio se aproximava deles.Era gostoso saber das coisas assim, escutando a metade, tendo de adi-rinhar o reto.

Flavio fez alo, alô. Do outro lado do fio a voz de Irineu Cha-

ves. Que é que há, irineu? Não há nada. Quer dizer: 0 Leonidase o Remo só podem embarcar depois do dia 1. Então não embar-

cassem mais, foi a resposta de Flavio. O Irineu não tinha nada com isso,eslava só fazendo uma comunicação. Flavio falou mais alto: o Irineudevia impedir que o Leonidas e o Remo embarcassem. Na concentraçãoc/cs não ficariam. Até quando eles podiam chegar? Até o dia 31. Nemmais um dia, nem mais uma hora. Jogador que não passasse o ano naconcentração tinha de ficar de fora.

Quando desligou 0 telefone Flavio deu de ccra com os jogado-res. Todos contentes, como se tivessem recebido uma boa noticia.

Era isso mesmo. Até o dia 31 ainda passava, depois, não. Nenhum¦jogador, disse nada. Flavio porem sabia o que eles diriam se falassem.E aii mesmo, na frente dos jogadores, ele pediu uma ligação urgente parao Rio. Os jogadores continuavam em volta, escutando. Sim, o dou-lor Castel0 Branco. Só com ele. Quanto tempo ia demorar a ligação?Está bem. E outra vez os olhos de Flavio encontraram os olhos dos jogaãores. Os jogadores rodeavam Flavio, como formando uma barreira er,vdia dele. Flavio podia contar com eles.

m

A Castelo Branco Flavio disse o que tinha dito a Irineu Cha-ves. Tudo e mais alguma coisa. O Castelo prometera que ele ia des-cansar, e ele não sabia ainda <> Que era descanso. Não. não é queele .se preocupasse de mais com as coisas. Os jogadores tinham de estarcm Caxambú a 26. A 26 vieram uns tantos. E ele esperando, desculpando

Ayora não desculpava mais. Esperava até o dia 31. depois do dia 31 Iran-caria as portas da concentração, não entraria mais ninguém. O que éque o Leonidas estava pensando? Que era só aparecer e pronto? Pois nãoera. Ali na concentração não havia privilégios. Todos os jogadores eramiguais, etc. etc.

Leonidas

não chegou a 31. O ambiente da concentração melho-rara. Tinha passado a hora perigosa, a meia-noite do último diado ano. Agora era 45. E não se tratava só disso. O ambiente me-

Ihorara porque era o dia Io, e lambem porque, agora, não ia entrar maisninguém na concentração. Nem .Leonidas. Os jogadores confiavam emFlane. Aqueles dias passados longe da família não tinham sido passadosà toa. Só assim, concentrados, treinando de manhã cedo, obedecendo aoprograma de cada dia. é que eles poderiam ter direito a um lugar noscratch. Leonidas não fizera nada lisso. Estava de fora, portanto, emborase chamasse Leonidas.

€-4 Leonidas também não apareceu no dia 1. Não apareceu, mas te-

\ lefonou. -Seu Flavio. eu vou embarcar amanhã". "Não adianta' embarcar mais. Leonidas". "Quem mandou eu embarcar foi o dou-tor Decio". '-Então você espere, Leonidas, não embargue antes da C. B.D. decidir. Você sabe, eu não posso punir você. Quem pune é a C. B. D.Mas eu vou dizer à C. B. D. que você está de fora". -Eu não embar-quei antes, seu Flavio, porque tive que amarrar o joelho". "Você está ma-chucado?" -Estou". -Então c mais uma razão para você não embarcar".

O acutor Decio mandou que eu embarcasse, eu vou embarcar".

t'"*7 A última coisa que Flavio disse a Leonidas foi: -não embarque./ Se você embarcar vai fazer uma viagem à toa". O Leonidas talvez^" vão acreditasse nele, embora o conhecesse, soubesse que ele não

estava para brincadeiras. Havia, porem, um mas. Leonidas achavaque ninguém podia pensar em organizar um scratch sem ele. Aí é queestava. Flavio ficou com vontade de ligar para. o Rio. de botar um avisona porta do hotel; não entra mais ninguém. Não entrava mais ninguém.O mundo pod'avir abaixo, não entrava mais ninguém. E o Leonidas. ain-da por cima. ia aparecer de joelho amarrado. Um artista.

8E. quem sabe. o Leonidas era vivo, pescava as coisas longe. Para

voltar, ele não viria. Só viria na certeza de ficar. E Flavio nãoteve mais descanso, telefonou outra vez para o Rio. doutor Cas-

feio. impeça o embarque de Leonidas. Flavio se esquecia do nome deRemo. O Remo era secundário, estava subtendido no Leonidas, RemoLuizinho. Noronha, os que não tinham aparecido, o Castelo prometeu ja-zer alguma coisa, ver se ainda podia evitar o embarque de Leonidas. Seo Leonidas, porem, embarcasse assim m?smo, Flavio tinha carta branca,fizesse o que acha-se melhor.

No dia 2 veio a comunicação; Leonidas estava a caminho de Ca-

xambú. Então Leonidas cmbarcai-a, hein? Flavio estava com Jai/meMoreira Filho. Pensou um pouco, uma idéia surgiu, tímida: e se

ele consultasse os jogadores. "Jayme Moreira Filho, eu estou com von-taãe de consultar os jogadores". "Grande golpe, Flaino". Jayme MoreiraFilhe disse "grande golpe" e olhou 7mra Flavio com admiração. Flavioficou satisfeito consigo mesmo, tivera uma idéia e tanto. Como não pen-sara antes nisso? Irrilai-a-se. estava cansado, uma amolação em cima deoutra, a cabeça da gente às vezes se atrapalha também, se não se atra-palhasse nunca, era uma sopa. *

1/""N A idéia era boa, grande golpe, a idéia não era boa, não pres-

11/flí'tt. Quando entrou v.a saia de jantar e olhou para os jogadores^"^Flavio chegou a se envergonhar de ter tido uma idéia daquelas.O:, jogadores estavam de cara amarrada, o ambiente da concentraçãomudara de repente. Os jogadores com certeza pensavam que ele ia ceder,que Leonidas ia ficar. Pois estavam enagnados. Flavio ?ião cederia, nãoconsultaria ninguém, a responsabilidade era dele, só dele. Flavio saiu dasala de jantar, chamou Hermógcnes. "Você vai receber o Leonidas e oRemo. Dê vinte c cinco cruzeiros a cada um. O quarto de Leonidas é onúmero tal, o de Remo é o número qual. Providencie jantar para eles".Flavio quis ver se tinha se esquecido de alguma coisa. Tinha. "E compreduas passagens de volta. Pelo trem das seis da manhã". Agora ele podiaentrar na sala de jantar de cabeça erguida, unir-se aos jogadores.

Page 4: vi '1 ;^I 05 ARGENTINOS jf-J' O' - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00334.pdf · rágina Sexta-feira, 19 de janeiro de 1946 O GLOBO SPORTIVO rgeiítiiia e a grande

JfPESSIMISTA A CRÍTICA ARGENTINA COM RESPEITO ÀPOSSIBILIDADE DO TEAM DA A. F. A. AO SUL-AMERI-CANO — MUITASRESTRIÇÕESAO TRABALHO DESTABILE-O POVOQUER SABER POR-QUE NÃO FORAM

CHAMADOS OSMELHORES

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OSCAR SASTRE

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GoaZ argentino. Jurandyr é vencido por uma cabeçada espetacular nadisputa da Copa Roca de quarenta em Buenos Aires

BUENOS AIRES, janeiro (De Carlos deLa Barga, especial para 0 GLOBO SPOK-TIVO) — Uma serie de dificuldades vemimpedindo ||ue o team argentino se apre-sente "au grand complet" no Sul-Ameri-cano de Santiago. Aliás, desde os prepa-raíivos que Stabile luta contra a má vontadede uns e o pouco espírito patriótico de deter-minados clubes para contar com as grandes"estrelas" de Buenos Aires. E é bom di-zer que os críticos da capital não estãosatisfeitos com o conjunto dado como ti-tul.ir. Falta um arqueiro, já que nem Bel-Io nem Vacca poderão embarcar, e o su-plente imediato, Ricardo, do Rosário Cen-trai, alem de não ostentar muita seguran-ca para o posto, é um elemento novato,sem nenhuma experiência nessa classe dejogos.

STABILE

IliÉll

UMA ZAGA DO "RACHA"

Setor reputado como muito lioni é a zaga, onde dois elementos satisfazema todos interesses e aspirações. Trata-se de Salomón e De Zqrzi. Não são doiszagueiros técnicos. Nada de técnica. São backs do "racha", como se diz no Rra-sil; backs que despejam forte e marcam duramente. Alem deles, apenas Pon-

toni, o center-forward, ocupa situação cômoda perante o pú-blico.

NÃO AGRADOU O EXIBIÇÃO FINAL CONTRA OSPARAGUAIOS

Conquanto a seleção tenha vencido com relativa facilidadea taça "Chevalier Boutell", quarta-feira última, derrotando oesquadrão paraguaio por 5x3, depois de os ti>r sobrepujado porr>x2, a torcida portenha está mais ou menos desiludida do qua-dro. E' bem verdade que durante os primeiros 15 minutos osargentinos exibiram um football mais clássico. No tempo com-

:> tática de- costura que não leva

ao goal. Aí, Stabile fez Peruca substituir Fspinoza, que emcampo não vinha fazendo outra coisa que "espiar'' o "baile"do trio de Assunção. Os argentinos atuaram com a seguinteconstituição: Ricardo; Salomón e De Zorzi; 3osa, Peruca eColombo; Munoz, Mendez, Pontoni, Martino e Loutau.

E os paraguaios assim: Ramos; Casco e Carballo; Rami-rez, Gomez e Cantero; Feruandez, Araújo, Marin, Sosa e T.Benitez.

De um modo geral as restrições ao equilíbrio do team nas-cem de uma parte muito sólida da imprensa com éco nas po-pulares. Fala-se com insistência no descaso de Stabile comrelação a cracks do quilate de um Pedernera, por exemplo, e• povo indaga porque Pedernera não foi convocado. Ademais,há o caso de Angel Labruna, o sensacional mela direita doRiver. Labruna declinou da excepcional oportunidade de de-fender o prestigio da A. F. A., num sul-americano, e alegouque não o fazia porque estava de casamento marcado. Tudoisso tem concorrido para que a crítica se torne mais violentae as aspirações mais pessimistas, o que não deixa de ser es-pantoso, quando não faz muito tempo todas as opiniões augu-ravam o maior sucesso do quadro no certame de Santiago.

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O MLOBO SrOKTIVO Sexta-feira, 19 de janeiro de 1945 Página 5

onvers m ia ecor

Chefe, essa historia tle soco secreto é fantasia dos jornais ! Vi todos eles atingirem o meu rosto !

PILLAR DRÜMOND — Bem poucas vezes teremos mandado ao estrangeiro embaixadatão capacitada a bem nos representar. Lutaremos no Sul-Americano de igual para igual.Não vejo razão para temores e não compreendo como se pode afirmar, como até técnicos deresponsabilidade o fizeram, que fracassaremos. Nossos adversários não são melhores nem pi"ores.

LINS DO REGO — Eu não sou dos que não acreditam em sucesso no Chile. Vi de perto aformação da turma brasileira, e sei que estão todos animados de confiança, sem medos, oucomplexos de inferior idade s. Em 1932, daqui partia um grupo de meninos que em Monte-vidéu botaram para correr os maiores cracks do football do mundo.

STABILE — Os brasileiros são outros adversários que eu sempre soube respeitar. Dizemque organizaram uma equipe de elementos novos, motivo pelo qual me escuso de examinardetalhes. Contudo é certo que serão contendores seríssimos e terríveis se continuam manten-do o mesmo padrão de alguns anos atrás. Considero o Brasil um concorrente tão perigoso co-mo o Uruguai.

SANTANTONIO — No football carioca possuímos muitos entendidos que se julgam mes-três na matéria, mas, fazendo um ligeiro exame, chegamos à conclusão de que não existemautênticos técnicos. O que vemos às dúzias são "técnicos". Parece que é a mesma coisa, masnão é. Técnico é aquele que é profundo conhecedor do "metier", que faz de um juvenil umbom amador e, depois, um profissional de classe.

JOSÉ' BRIGIDO — — Se em outras ocasiões, quando tudo nos teria sido desfavorável,conseguimos brilhar algumas vezes, esperamos que, agora, a nossa equipe possa repetii umadaquelas memoráveis atuações de outros campeonatos. Nesta hora, não há dissonções nemconflitos de opinião que torçam o desejo único de todos nós: ver as nossas cora vitoriosas no*jogos do sul-americano.

ODUVALDO COZZI

SE LHE DESSEM MAIS CHANCE,BILLY SOOSE seria bem capaz deesclarecer a situação intentada quepredomina na categoria dos médios.Billy derrotou ambos os pretendentesao título de campeão dos médios —Kcn Overlin, que detém o cinturão daComissão Atlética de Nova York, eTòny Zalc, que se assina "campeão",depois que o seu nome foi identificadocomo tal pela Associação Nacional deBox dos Estados Unidos — combatecom inferioridade de peso. O que lheia lia é oportunidade de repetir essas façanhas, e lutar pelo ti-tulo.

Até o momento de impor a derrota a Overlin, Soose não era mui-to cotado como possível ameaça na categoria dos médios. Pariu 1-para de uns trinta encontros, sem chamar demasiado a atenção do

A cada passo, após transpormos as fronteiras do Rio Grande doSul, a embaixada brasileira vaidando fiel cumprimento à suamagna missão, aquela que estáacima dos triunfos técnicos docertame de que vamos pc.rtici-par e que representa, para nós,a defesa de uma tradição e deuma gloria do Brasil: o congra-çamenio dos povos da Amé-rica.

üOUC I

NA PRIMEIRA OLIMPÍA-DA MODERNA (1896, Aienas)03 800 metros rasos foram qa-nhos pelo irglês Flack, em2" 11". Quarenta ano? depois, emBerlim, o norte-americunoWoodruff os correu em 1'52"9/10.

publico e dos técnicos. Overlin eonsiderava-o um adversará) mo-íensivo, contra o qual poderia fazer o que quisesse, sem arriscar oseu titulo.

Mas a coisa saiu-lhe de maneira diversa. Overlin levou vaiita-gem durante alguns assaltos, quando Soose adaptou-se ao estilodo adversário e começou a abatê-lo com esquerdos bem aplicados,e diretos em cheio. Con-tra Zale, a historia foimais ou menos a mesma.Zale, posuldor de um"punch" poderoso, con-seguiu levar a melhor nasprimeiras fases da luta,mas os seus murros cau-savara pouco efeito cm,Soose. Na fase final doencontro, Billy passou-lhe ã frente, mantendo avantagem até o último"round". •

Atualmente, Soose seacha em posição de exi-gir um e n o outro emdisputa do titulo, tantode Overlin como de Zale.

Soose tem se envolvi-do em box desde há mu»-to, embora seja relativa-mente um elemento no-vo. entre os pugilistas dedestaque.

Os seus primeiros con-tatos com o "ring" da-tam do tempn cin que eraservente num ginásio, aostrey.e anos. Quando crês-c e u , tornando-se demo-siadamente grande paraessa função, oomcç.ou alutar como amador.

1 — i>or quantos goalso Brasil venceu oEquador em VM'21

<2 — Telesca, do Bonsu-cesso, nasceii naBaía, Colômbia,Espanha ou Vara-guai

— Em que ano se «lis-pulou o primeirocampeonato forasi-leiro oficial defootball 1

— E os vencedores 1Cariocas, baianosou paulistas

'

õ — Em que ano o C.A. Paulistano ex-cursionou à E u -ropa ?

(Respostas na página 14)

JOSÉ' MARIA DURAflONA. NADADOR ARGENTINO, esta-beleccu aqui o "record" sul-americano dos quatrocentos metros, como tempo do 4'56".

* 38 *

TORRENCE, NORTE-AMERICANO, possue o "record" mundialde arremesso de peso. com 17m. 40, estabelecido em 1934. O alemãoWoollke, err. 1936, na Olimpíada de Eerlim. marcou 16m. 20.

* m *

DIZ-SE QUE A ATITUDE DE La Paz conspira contra a atua-ção de foolballers estrangeiros. A propósito dessa afirmação, aFederação Boliviana de Football fez divulgar declarações docélebre médico Gregorio Maranon, refutando cientificamente essaafirmativamente.

•»*•#•*¦;;• •'?•, ¦••••••• , ,f-f'»;»T,

mi»:::; r ¦•••:;:;;::.....• • •••••;:;::;:;::

JANEIRO, 13: — O VilaNova, campeão de Minas,perde por 3x1 para o Fia-mengo, no estádio do Flu-minense. Sá, Alemão eAlfredinho foram os au-tores dos goals cariocas.

E' inaugurada a pisei-na do C. R. Guanabara.

Ante um público reia-tivàmente reduzido, Carnera derrota o americano Harris por knock-out no oitavo round, em São Paulo. — No campeonato sul-americanode football o Uruguai derrota o Peru por um a zero. Em Lima. — 15.Mais uma tentativa de "paeficação" sem êxito: o Sr. Luiz Aranharesponde ' não" à Liga de Sports da Marinha. — Mais uma derrota doVila Nova- derrota-o o Fluminense por 4x3. — Chega ao Rio a dele-cação do Boca Jtmiors, de Buenos Aires. Fazem parte Moyses, Bibi e otreinador Mario Fortunato. — Basket: o "five" do Tijuca vence ocampeão caplchaba por 20x16. — 16: Para enfrentar Carrera chegaao Rio Ervln Klaussner. — E o Villa Nova despede-se, empatando como Bonsucesso de 3x3.

A Marcha do 1 empo

Arcos de ferro, bastões e bola de madeira, um jardim flori-do, velhos, jovens e crianças, refrescos e doces, gestos calmos eelegantes, eis o suaiie ambiente do suave jogo de croquet, a di-versão obrigatória dos granfinos do século passado. Nada decansaço, de desavenças, de preocupações com a vitoria. Um gol-pe, um galanteio, outro golpe, uma citação poética, outro golpe,uma pitada de rape...

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Páiiina <{ Sexta-feira, li) de janeiro de 1945 O GLOBOSPOKTIVO

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Flavio Costa conquistou inegavelmente uma popularidade merecida. Em iy44 con-quistou o tri-eampeonato carioca e o bicampeonato brasileiro, isso sem falar nasvitorias sensacionais (6 x 1 e 4 x 0) obtidas contra os uruguaios em maio. Nin-guem, portanto, mais indicado para dirigir a representação nacional que está noChile. Dentro de 48 horas nossos patrícios estrearão no Sul-Americano Extra.Qualquer que seja o resultado de nossa campanha no Pacífico a torcida brasilei-

ra sabe que há no Chile "the right manin the right place".

jjfl^nr j| a rjf á| §11] ' ?' /t I f 1

pai c^Antes de apresentar o "close-up" de Flavio julgo interessante fazer des-

filar um "tiailer"' no qual meu marido aparece em flagrantes sugestivos ereveladores de sua personalidade singular.

Flavio conclue a campanha do campeonato brasileiro, ei-lo sorridentee feli_. Arma seus castelos para um repouso reparador.

* *

Havia escrito uma carta declinando da honrosa missão de preparar aseleção que iria representar o Brasil no campeonato Sul-Americano Extrado Chile.

* *

Marchas c centra-marchas e no final, como sempre, vêmo-lo a cam!-nho do trabalho. Pela manhã havia dito em casa: "desta vez you descan-sar, nada de viagens". Ao regressar, à noite, trazia estampada a preocupa-çâo em sua fisionomia. "Como ê, Flavio, vamos descansar ?" Respondeu-me: "Não, Florila, vamos ao Chile."

« *

Caxambú. Opera-se uma notável transformação no homem despreo-cupado que acabara de levantar o bi-campeonato brasileiro. De calado queé torna-se loquaz e dinâmico. Imprime logo um ritmo intenso ãs gtivida-des da concentração": reúne os jogadores, organiza um regime- de treina-mento, escreve relatórios, faz boletins, preleções e discursos. E' deverasimpressionante como s© transforma no trabalho.

* *

De uma feita tem uma tirada assim : "Sairemos do Brasi1. não comoturistas, para ver novas paisagens e novas terras e sim como soldados cioBrasil. Sobre nós está o pensamento de 45 milhões de brasileiros esperan-do a nossa vitoria. Teremos que vencer! Nem que seja preciso deixarexangues o campo da luta. seremos desta vez legítimos representantes doBrasil." Não, este não é o Flavio pacato e calado, é uni orador inflamado.Mas, acabada a preleção, volta a ser o que era, fechado e modesto.

* *

Volta de Caxambú. O que era incerto e clificil, Flavio torna certo efácil. A ordem ê restabelecida e a harmonia reina em tudo.

* *

Estamos em vésperas do embarque. Testa vincada, novamente tudoem efervescência : telefona, reclama, sente-se só, pois não admite que nin-guem deixe de fazer o que deve. Preocupa-se com detalhes...

* *

Tudo pronto Ei-lo de novo calmo e controlado Acha que tudo sai»às mil naraviürasT-pensa na-vitoria e confia, pois só para ela se dirige.Eis Fiavio em rápidos flagrantes.

FLAVIO EM "CLOSE-UP"

Para ver Fiavio em "Close-up" é preciso tê-io visto, como eu — poisestava a seu lado — quando terminou o campeonato carioca de 4 I . Não foinenhum dos seus títulos de glorias o que lhe proporcionou a maior emoçãode sua carreira, mas sim aquele goal da Lagoa, que lhe roubou o título má-ximo em 41. Deixamos o campo chorando. Nem sei como ponde guiar cautomóvel naquele estado. Parecia que o mundo ia acabar. O vri-campeo-nato. certamente foi uma grande emoção, mas não se podei comparar comaquele empate., no final do jogo. mais amargo que qualquer derrota.

» *

Para ver Flavio em primeiro plano é preciso saber que ele coloca oesporte acima de tudo. O dinheiro não o preocupa absolutamente. Para irao Sul-Americano não fez a mínima exigência nesta parte. Tem recusadoboas situações, inclusive fazer parte de uma grande firma de café. exclusi-vãmente por causa do football. Em 1930, quando houve anistia, não quisvoltar ã carreira militar por amor ao esporte.

* *

A imagem mental de cada mutação fisionômica em Flavio, basta-mepara reavivar velhas passagens, conservando todo o seu colorido primitivo.Revejo-o transtornado após o campeonato brasileiro de 42. Houvera sabo-tagem dos clubes e o nosso scratch atuou muito aquém de suas possibili-dades. Fomos para a ilha descansar. Éle estava completamente fora de si.

+ *

Mas um revés não o abate. Aí estão os títulos de 43 e 44 para nos daruma medida de sua fibra. As decepções eventuais marcam-lhe o coraçãosensível, mas não o afastam jamais da luta. Ainda agora foi assim . Estavaexausto, mas o apelo que lhe dirigiram deram-lhe alma nova. Perguntara-me: "você quer passear ou quer a minha saúde ?" Queria passar um mêsisolado na chácara, sem pisar na cidade. Aceitou esta missão para servir,porque tem espirito de sacrifício. Não fez preço e essa parte não o preo-cupou um minute sequer. Posso afirmar, com isenção de ânimo que é com-pletamente desprendido nesta questão de dinheiro. E falo com conheci-mento de causa porque, na qualidade de advogada, sou eu quem trata deseus negeeios.

» * *

Outro aspecto de sua personalidade: muito individualista. Não aceitasugestões de ninguém. Está claro que não tem ouvidos fechados a um bomconselho. Por isso mesmo suas decisões são meditadas. Mas uma vez to-mado rumo não volta atrás. Na véspera daquele Fla-Flu em que vencemos(nós, rubro-negros) por 1x0 tinha resolvido que jogaria Peracio. Houveuma insinuação para que fosse incluído Nandinho. Flavio disse que sob asua responsabilidade só atuaria Peracio. Se quisessem tomar o seu cargoentão o caso seria outro. O Flamengo não teve por que se arrepender.

(Continua na pá^. segrulnte)

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 19 de janeiro de 11145 Página 7

0 América é o Bi-Campeão Mineiro ileBaSb<"llialÍ (De José de Araújo Cotta)

Flavio não é supersticioso, não possue nada

do que se possa chamar um "hobby". Quer apc-nas entrar num jogo com paz de espírito. Depositanos próprios recursos uma confiança ilimitada.Não acredita em estrela, mas sim no esforço -oro-

prio. no trabalho. Quando dizem que tem estrela,acha graça. Sua estrela é o trabalho. Para conscr-var-se sereno, mesmo nos compromissos rrais Sr-duos, telefona-me antes do jogo. E. invariável-mente, faz-me a mesma pergunta:

"vamos ven-cer"? E depois do jogo volta a telefonar-me

» * *Ele é muito modesto, não exageraria mesmo

se afirmasse que possue o complexo da multidão.Quando estava ganhando no jogo final do cam-

^BÉ ^J& fflÉ0*M W* ÈÊÊÊÈÊÊÊÊsÊÊaiiÈ

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peonato, dez minutos antes foi ao vestiaiio parair embora.

* ? •

E' muito objetivo, mas nem por isso deixa de

ser um idealista. E tem os seus sonhos também.Após os jogos tomamos a barca de 6.30 e vamos

para a ilha, para o nosso "Rincão Florido , quefica no alto da montanha. Se Flavio tem debiU-

dades — fora dos gramados — "Bobby ', seu ca-

chorrinho é uma delas. Também os discos o apai-

xonam. Lá na chácara possuímos galinhas de raça,

flores e sobretudo uma maravilhosa paisagem.Um cantinho romântico onde nunca atingiram os

rumores das multidões no delírio da torcida. Ummundo ã parte em que ofootball não tem um lu-

gar apesar de ser para-doxalmente, o mundo

de Flavio. Ali, sozinhose esquecidos da formi-

davel atração dos cam-

pos de football levanta-

mos projetos. Flavio

aponta o lugar em queficará localizada a nos-

sa piscina, dando fren-te para o mar e os pia-nos se sucedem, como as

horas, sem preocupa-ções, numa quietudequase irreal. Mas, derepente o apelo irre-sistivel do football arre-bata-o de novo para aagitação da cidade es-

portiva.Presentemente seu

maior sonho é conquis-tar o campeonato sul-americano.

No basketball mineiroum clube se sobrepõe a to-dos 03 outros pela tradiçãode sua força e imposiçãode uma tradição admira-vel. Não há na conclusão,absolutamente, intenção

de menosprezar este ouaquele. A verdade tem si-do respeitada e ninguémdeixa de reconhecê-la. OAmérica Football Clubefirmou-se definitivamentecomo o vanguardeiro doesporte - emocionante dacesta, tornando-se o seusímbolo representativo.Aliás, o verdadeiro im-plantador do basktball nasAlterosa-s é mesmo o clubealvi-verde. Talvez por is-so, é o mais forte, por-que a tradição no esporteé característico que causaadmiração e dá pujança.Para se falar em basketno Estado de Minas é pre-ciso pedir licença aos cam-pioníssimos do América.Detém eles o númeromaior de triunfos em cer-tames oficiais e outros fei-tos de caráter amistosorevelam positivamente asua expressão.

BI-CAMPEÕESEm 44 começou o Amé-

rica levantando com ra-ro brilho o Torneio Aber-to, sem uma derrota se-quer. Do primeiro ao úl-timo a n t a g o n ista, os

Fotografiatirada em 1933,

justamentequando Flavioassumiu a di-reção técnicado Flamengo

O técnico José Vaz dando instruçõesCimo a ii t a k u u ibi.ii, uo ¦'.'¦.'. j_triunfos íoram-se repetindo, levando a heróica rapaziada alvi-verde aotitulo máximo do certame. Depois, tivemos o Campeonato Oficial daCidade de Belo Horizonte. Uma expectativa enorme envolveu, anteci-nadamente, a competição, visto os concorrentes aparecerem com equi-ner. bem treinadas. È muito mais interessante ficou o certame logoanos a primeira rodada. E' que o favorito da cátedra, o mais categori-zado para levantar o título, baqueou surpreendentemente diante de umadversário de mínimas possibilidades. Esse antagonista foi o Minas Tê-nis Clube, cuias possibilidades vinham cie ser diminuídas em consequen-cia de desfalques sofridos. Mas. com gente nova, cheia de entusiasmo,o Mina"? conseguiu derrubar os americanos, para surpresa geral. Abati-dos os favoritos, uma chance se ofereceu ao outro candidato serio aocinturão- Iate Golfe Clube. Foi, como souberam colocar bem, a Iam-bueem" dos defensores do "Deca" aos seus rivais. O revés nao abateu oAmérica contudo. Aquela fibra incomum retornou aos corações dos pu-nilos de José Vaz e eis a reencetacão da caminhada rumo ao bi-cam-peonato Os adversários foram aparecendo. Com eles ia o peso da forçaamericana, proporcionando ao América novo equilíbrio na tabela depontos No segundo turno, estavam empatados o Iate e o America. Cadaum com uma derrota. Jogam os americanos sete minutos de uma par-tida interrompida e, depois de estar vencendo neste período com dozepontos de diferença, ainda perdem. O resultado ninguém podia lmagi-nar Ficou de novo o Iate na dianteira. Restava aos alvi-verdes de-írontar os latinos. Vencedores esses últimos o certame seria deles. Ca-so o triunfo ficasse com o team de Joãozinbo. seria necessária uma"melhor de três". Esta última hipótese se eletivou. Foi preciso a serienara decidir e em duas partidas estava decidido o campeonato. Tornou-se o América Football Clube bi-campeão. O título faz o elogio da turma.

DESFILE DOS BI-CAMPEÕES E DO COACHO condutor das vitorias americanas vem sendo, nestes últimos anos.

o conhecido técnico nacional José Vaz. Inteligente, grande observadore conhecedor da técnica do basketball, Vaz se firmou definitivamenteno conceito esportivo belorlzontino e brasileiro. Amigo dos jogadores,sempre ciente de seus defeitos e vaid.ides. consegue formar um ambien-te de camaradagem e amizade. A turma americana é unida como ela so.Valente como poucas. Joga com alma e possue um poder de reaçãoexuberante. E essa flama advem um bocado do espirito que José Vazcriou no íntimo dos bi-campeões.

Vimos falar açora, dos "players". Joaozinho merece ter o seu no-me focalizado em primeiro plano, pois foi ele o número um da equipe.Somnre firme nas suas acóes, defendendo e atacando com alto tiroci-nio colocou-se sobre os demais. E' um menino ainda, conseguira muitomais do que já conseguiu. Como companheiro na "guarda1, teve oraFlexa ora Dute. Aquele era o titular. Jogador de fibra, malicioso, Flexase destacou bastante neste certame. Dute é o novo do team Tipo atle-tico inteligente no aproveitar os seus recursos individuais, foi de gran-cie utilidade para a equipe. O ataque titular foi composto por Decio.Stroniana e Silvio. Revezando, o América contava com Helvécio e Tião.O'"eleante" Stropiana deu a nota de maior realce entre os seus com-mnheiros de ataque. Em boa forma, tornou-se um verdadeiro espen-talho rara o "rebote" adversário. E na defesa auxiliou muito, com asra avantaiada estatura. Os alas Décio e Silvio completaram com efi-ciência o trio ofensivo. Este último não observou regularidade durantetodo o campeonato. Quando foi necessário, porem, treinou com assí-duldade colaborando muito para o triunfo final. Quanto a Decio. di-"amos que se definiu como um encestador emérito. Uma revelação. In-filtra com facilidade, desconcertando as defesas contrarias. Muito bomme*mo. Resta-nos Helvécio e Tião. Helvécio sempre se caracterizou pelonntusíasmo invulear, a segurança na defesa. Quando chamado a inter-vir sabia como dar conta do recado. Já Tião não teve grandes opor-tunidades. As poucas vezes que jogou náo ficou para trás de seus com-PanEnnrri o quadro do América ó uma reunião de autênticos "cracks".Basta que'mencionemos o número de seus defensores convocados para aPpi<v«o mineira: seis.

O "flve" americano M-campesw»

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l'f.'—"41

íii.al,recebciclocontrtrein:vfcrãsefíf/a-

A grande era ao íootbaii biuoiiciiu uu p..,......^ iw •-•.;, .j.„. R-aaiiaòu-u:aqui, nessa época, o Campeonato Sul-Americano, o primeiro que tevelugar no Brasil. Conquistamos o título de campeões brilhantemente. Navencemos os uruguaios na segunda prorrogação, goal de Friendereich,

endo um passe magistral de Neco. O feito passou à historia, foi enalte-aos quatro ventos em prosa e em verso. Convém frisar porem que, aoario do que vem sucedendo há anos e anos, foi traçado um programa deamento intensivo, sistematicamente metódico, e, sobretudo, demorado, de-demorado. Adotou-se pela primeira vez a prática de individual,'que,cr» tia imw^,,., ei«•--•„ ovnnHoc, p imediatos efeitos. Ós nossos scn>fçhmen

iHiiíttM^^'':'''^''iÍi^'0r'^ri':i,:r':rA"^J"'"'','-"':^-'- ¦ J,i:': ¦ ¦ ¦,-- ¦-, ¦" ¦'¦ m-i, i —wnni n ia»wi^^wjiei<wã»w>WeWeUi^^

apresentavam condições físicas excepcionais, e, tecnicamente falando, não li-cavam atrás. Daí a impressionante regularidade de produção que apresenta-ram e mantiveram no decorrer do certame de que saíram vitoriosos. A proeza,digamos assim, foi repetida em 22. De certo porque se apoiava mais o scratch,porque se dava maior importância aos certames dessa natureza, e porque-, en-fim, apoiava-se incondicionalmente o "onze*' selecionado, e, sobretudo, com-pre-f ndia-se melhor a necessidade de uma longa e perfeita preparação. E, con-venhamos, se ainda não obtivemos um feito dessa ordem fora do puís, foiexclusivamente devido ã escassez, de tempo para preparar e organizar umscratch realmente capacitado para defender o prestigio do •-¦ '.

3 Apenas duas vezd1919 o 1922. Valeiram realizados n$

segunda ordem.) cie que!no campeonato mundialsuperioridade foi mornavas sobre os campeões 3período de inativiclàdo ster, na realidade, uma ijamericano de Buenos Aíesporte brasileiro ainda]vice -campeonato. Derrojsó fomos derrotados peljFez-se unia preparação itrátempos, tivemos umanos, detentores da "Copimente brilhante, teve usuper-estimrtção cio ni, p'samos

um scratch paraautêntico balde de aEiuaPaulo e Buenos Ares, vo(indo de um extremo .pouco lisonjeiro teve- iaamericano de Montevidédos compromissos iníeinrespectivamente campeãaté que. em 44, esmagamagora vamos defender oto oficial uião estará eirepresentados, o toiT-.eiosem dúvida, a suprtmacdentro das circunstanciaiE embora sem um prep!campanhas dos campeoupatriotismo e espirito dibrar.ilehos depositam na

A

"Copa Rio Branco" foi um milagre. O milagre deonze garotos cheios de fibra, que, com o pensamento vol-tado para a pátria, pela força do brio e pela vontade íer-rea de vencer, levaram a cabo, três vezes consecutivas, a

proeza de derrotar os três vezes campeões do mundo: os uru-guaios. Considera-se milagre e com razão a jornada gloriosa cieVinhaes e os rapazes de 19 anos que defenderam, em 32, o nomeesportivo do Brasil em Montevidéu. Porque, agora, toda a gen-te já esta convencida do mal cia improvisação, o mal de preparare organizar uni scratch dentro do menor espaço possível e ima-ginavel. Ainda desta vez, estreará no Sul-Americano Extra doChile um scratch que, conquanto leve born material, isto é, ele-méritos de excepcional valor, não contou com um período suficien-te de preparação. Flavio, porem, tem á mão jogadores com querealmente poude c irá contar. A maioria absoluta de autênticoscracks. Como. por exemplo. Domingos, ainda a maravilha dosoutros tempos. Norival, o melhor companheiro que Da Guia po-deria encontrar. Ases também na linha média: Jayme, Zezé Pro-copio. Danilo. Ruy. Blguá e Alfredo. Ases na linha atacante: Te-sourinha, que. indiscutivelmente, pode ser apontado como o maiorponta direita do pais. Zizinho inigualável na meia direita, oonquan-to Tovar atravesse uma fase magnífica sob todos os aspectos.Heleno, talvez o imico "center" capaz de substituir Leonidas semdiriiirruir a efetividade do nosso ataque. Dois meias esquerdas deprimeira ortlem: Ademir e Jair. E dois pontas que atuam indis-tintamente, tanto na esquerda como na direita: Jorginho e Djr.l-ma. O ponteiro rubro, por sinal, parece atualmente o maior ele-rriento de sua posição no país. Resta, afinal, a guarnição do ar-co: Oberdan e Jurandyr ostentam uma forma magnífica e reúnem,de fato, os maiores predicados para intervir em certames dessanatureza. Portanto, a despeito do racionamento de tempo quetivemos para preparar o nosso scratch, estamos capacitados parabrilhai e. quem sabe? vencermos o Sul-Americano do Chile Estan disposição que levaram daqui o "coach" Flavio Costa e osscratchmen que defenderão o prestigio do "soecer" nacional emgramados chilenos.

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JORGINHO — Carioca

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ruy — Paulistafase*»-/:

TESOURINHÀ

MMLeonidas e M asantonio. fc-s^e encontro não nos sugere recordações,

agradáveis, pois foi tomado num dos jogos da "Copa Roca*' em 40. OBrasil não tem sido feliz nos últimos cotejos com a argentina. EmMontevidéu em 42, medimos forças com os velhos rivais do Prata emais uma vez fomos derrotados, anda que honrosamente, Agora noChile o novo cotejo promete ser uma das grandes sensações do TorneioExtra. Stabile, técnico da seleção da A. F. A., declarou ã imprensa»juc apenas teme os brasileiros dentre os adversários ao campeonato.

Dentro de quarenta e oito horas os scratchmen quedefenderão o prestigio do "soecer'' brasileiro em gra-mados chilenos irão a campo para enfrentarem a Co-Iombia. Cracks de onze Estados representarão o Bra-sil na temporada do Chile. Há, contudo, uin númeromaio*r de cariocas. Nada menos de seis nascidos noKio, integram o scratch. Ei-los: Domingos (Corín-

tians), Jorginho (América), Norival fFluminense), l>a-(nilo (América), Alfredo (Vasco) e NiltOn (Flamengo1 41Quatro paulistas: Jurandyr (Flamengo). Beglojminíj(Coríntians), Ruy (São Paulo) e Oberdan (Palmeiras). ITrês fluminenses: Zizinho (Flamengo). Jair (Vasco) cjJayme (Flamengo). Dois mineiros: Ze/é Procopio (SãoPaulo) c Heleno (Botafogo), Os demais jogadores nas-

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f||§ÍIIfWÊÈtMÊÈ 3

Bit conquistou o título máximo do 'ootball continental:™tA .',¦ .iiirit <. rato de que cs dois campeonatos citados fo-sãi

"iUo bastou para que se cristalizasse a impressão (ate

¥%¦.'.'.¦¦¦.'.-.\ :ni o melhor cio inundo. Em 1930 fracassamos£* cm Montevidéu, mas -esse abalo em nosso complexo de;a*

' , ,,, ,;.;.,„„:.:. no m. smo local, três vitorias consecuti-'•#. '.',..(,' ,n ;, ;:!m;i do i.ín-c.Mior brasileiro. Seguiu-se um

SS /;',',;. • ••.vambio im.-rnacional. E chegamos a 37 semu«? ,; :; ,.,,:. Ni», sabi-mo- o que iríamos lazer n«> sul-*M . .-:„ , sum-í , kmík.m suada ai nossa força máxima. OP?t , ,„ y -em surpresa geral, obtivemos um honroso."M ,, .',;« ,...;., . v.iu.-e n .-, dos argentinos) c na imal\rw

'-ai im nrorrogação. Depois, o campeonato do munac.'írtl -"'fie ¦¦¦:*itó das falhas da direção técnica e outros con-

osl "-ea.ia

na f.uropa. Perdemos apenas para os itaua-M§- o" por 2x1. Essa jornada no Velho Mundo, inegável-H do mal: deu-nos confiança excessiva, aciquinmos umaSH Deixou-nos desprevenidos. Tanto assim que miprovi-Hr os argentinos, em 39 e "foi aquela água". Foi umIa 1 ¦ "!')r cie nossas ilusões de supremacas. Em 40, era baon l , ¦,., ,..;;¦ ,..,:, ai-, minf-s. t: aí adquirimos o convicçãoHuc o nosso football era d«a segunda classe. Esse conceitoBittf n-nélico, porque em 42,- quando comparecemos ao sul-IM, \ ... ja eoneii neia de importância e de responsabilu.ade£¦

' Perdemos honrosamente para o Uruguai e a Argentina,

vice 'íiipeão. Novo intervalo no intercâmbio internacional.scrr ii uruguaio com dois triunfos memoráveis: Cxi e 4>:0. Emeu do football brasileiro no Chile. Não será um campeona-»a* "Opa América-') mas pela categoria dos scratches aliÚire "das as características do magno certame. E definira,tHMcotball continental. O team brasilei.-o que íci ao Ç.nle,moi .'-ni" representa a força máxima do nosso "a.ssoeiation .xmv. menu: — a maioria dos jogadores ainda ressentida oas

*"* 3*

í réfU'-'iiai.s ec brasileiro — confiamos na .sua libra com o seutn, saberão corresponder á confiança em que 45 milhões doIfflB possibilidades.

Gaúcho JAIME iviinense

ceram em outros sete Estados da União. Ou seja: Veve,

Pará (Flamengo), Ademir, Pernambuco (Vasco), Ser-

vilio, Baía (Coríniians, Tesourinha. Rio Grande do

Sul (Internacional de Porto Alegre) Tovar, ^^»U°Santo (Botafogo). Djalma, Alagoas a asco. e Bigua,Paraná (Flamengo).

x.1i,,,.L,,;il,lll!i n ... ....mi.V "' ^M,^MW<^^,^r^l»M. -'ÉÊÊk

um dos jogas Brasil t Tchecoslovaquia na "Copado Mundo". O Brasil classificou-se em lereriro

lugar no magno certame ÍLi F. T. T. A.FiagiaiHe ouuuo durante

mMMipiMmiK»! +r*?W?Wmy'Z&?? Jfgwg3MBgae.sm^sa^^

¦ '*'¦!'-'¦;: :'-.'.'. v-:-:." •¦%'<'i 'y'/.'.'. ¦'.- '¦ ::."v>;'f ÍVvv'- .'.'.:/-¦.' v^í',';';.--:.'-': :':'¦¦'¦¦'¦ ^' .'"--' ' '"¦ .;>' ¦:> ¦> Ky. '¦ ' \

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G-al do Brasil! Flagranle obtido durante o ,y)go entreuruguaios e brasileiros realizado em maio, no Pacaembu,em homenagem às nossas Forças ní*pcilicionarms.Vcu-ceram os brasileiros por 4x0. Em Sao Januário o escore

foi 6x1 favorável ao nossa scratcli

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ràgliia 10 Sexta-feira, 19 de janeiro de 1045 O O LOBO 8PORTIVO

Os scratches do Brasil e da Itália que disputaram a semifinal do campeonato mundial de 3S. A seleção nacional nesse eertamen acusou a mediade 27 anos. Cointudo só perdeu a oportunidade do título, pela impulsividade de alguns jogadores

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Jt m

DESDE 32 NUNCA SE ORGANIZOU UMA SELEÇÃO COM A JUVENTUDE DA QUE. ATUARÁ. NO. CHILEDentro de quarenta e oito horas os brasileiros estarão estreando no campeonato sul-americano extra, em Santiago do Chile. A insuficiência de tempo material para umapreparação mais descansada, agravada pela circunstancia de terem oõ players seleciona-dos, em sua absoluta maioria, saido de uma campanha exaustiva, como foi a da decisãoao campeonato brasileiro de 44, sem uma trégua reparadora para os músculos e os ner-vos, lea com que se reduzissem um pouco, é claro, as perspectivas de êxito da nossa sele-çao i,m Busoluto, porem, se poderá considerar a equipe nacional, "a priori" fora dascogitações para um regresso vitorioso, de posse do título de campeão do certame. Acredi-tainos honestamente que a hipótese seja difícil, mas contudo é possível de se verificar

dS°SH df íaÇaillia épica da C0pa Ri0 Bl-anco de 1932- «» qS mScie quase garotos derrotou os campeões mim-diais, mantendo-se invicto nos campos de Mon-tevidéu em três jogos disputados, não se poderᦕdeixar de acreditar sempre e sempre na hipótesede um grande feito do football brasileiro, sejamquais forem as circunstancias em que se formea seleção. O episódio já é bem conhecido e Ma-rio Filho acabou por imortalizá-lo no seu livrode grande suoesso "Copa Rio Branco, 32". Con-tudo é sempre agradável repeti-lo, quando maisnão seja, apenas para reavivar nos espíritos jjcs-simistas a chama da esperança, da crença naspossibilidades inesgotáveis do nosso football Foiem 1932, quando a C. B. D. teve que atenderao compromisso assumido de mandar um scratcha Montevidéu. Os paulistas recusaram-se e aentidade máxima só poude contar com os cario-¦ i r ¦ uearregado de prepa-rar o team e decidiu dar uma grande cartadapreferindo os jogadores jovens. Gente quaseprincipiante. Um Leonidas. uni Jarbas, um Do-mingos um Paulinho, um Walter, em inicio decarreira. O mais categoria'ide era Itália. Min-guem acreditou nesse scratch e a sua partidafoi assim das mais desanimadoras. Ninguém nocais e ainda por cima, chuva. Mas lá em Mon-tevidéu, os "desconhecidos" se agigantaram, osjovens "amadureceram" na cancha o a bandeira brasileira tremulou três vezes no mastro davitoria. O regresso foi completamente diferente.O, cais ficou cheio e os nomes dos jogadores fo-ram seguidamente aclamados como se os "íans"quisessem pagar com juros a sua dívuia de gra-tidão para com os cracks cm que não haviamacreditado. 32 já vai longe. Depois o;!e houve36 em Buenos Aires (campeonato sul-america-no) houve 38 na França (campeonato de mun-do) e houve 39 e 40 (Copa Roca). Em todos es-ses anos as aspirações e as esperanças dos"fans" brasileiros sofreram rudes golpes. Em36 perdemos o título por um erro de tática dotécnico Ademar Pimenta; em 38, não chegamosa final mais por força da impulsivid&de dos nos-sos jogadores do que por inferioridade tecnica.Em 39 e 4Q, sofremos os desastres de uma faseamarga em que lutávamos sem médios. Paramosdepois disso as nossas atividades internacionais,só voltando ao cotejo com os nossos irmãos do

em 1944. O reinicio foi auspicioso,pois a seleção brasileira marcou sobre cs uru-guaios duas amplas e convincentes vitoriai, fixlem São Januário e 4x0 no Pacaembú. E agora, sete meses depois desses feitos arrumamos as meias e seguimos para Santiago, a fim de competir com uruguavs chilenos argentinos, bolivianos, equatorianos e colombianos, submetendo assim°a uma "orová deíogo" o prestigio reconquistado em maio.

Entre o scratch da "Copa Kio Branco" ,ie 32 «• o <|iie atuará agora noCliilc existe um ponto bom de referencia: — a idade do conjunto. Nãoê, evidentemente, a mesma media. Mas é, pelo menos, a mais aproxt-muda, O scratch de 32, do qual damos acima um flagrante, quando doseu regresso ao Kio, cheio de glorias e de taças, apresentava uma me-dia de 1í) anos. A juventude dessa seleção se patenteia claramente naíoto acima, até na fisionomia dos paredros, Srs. Castelo Branco, Iri-neu Chaves, Alarico .Maciel e Manoel Cabalero

A IDADE DO SCRATCH — UM BOM PONTO DE REFERENCIAQ íííl^Strtr^' é .claro' àe. estabelecer um termo de comparação entre o scratch de 32e o de 44-45. No entanto, ha um detalhe de inegável influencia e que se pode considerarcomo um bem ponto de referencia entre um e outro — a idade. Em verdade depoisdaquela epopéia da "Rio Branco" de 32, nunca se organizou um selecionado tão'jovem%f ia™: C°T-i° q^ ^ atuar agora no chile- Em 32 a media de idade da seleção foi?o n il

~J^T 8' Domme°s 21- Italia 22, Agrícola 21, Martim 21, Canali 19 WaltermíSíííft

22' ^"i,19 e Jarbas 18- ai1 44"45. a ffi^ ™^ »ü pSucomais, a ^4 anos, senão de se notar, todavia, que abaixo dela estão o center-half e as duas

alas de ataque, e se não fora a circunstanciade figurar ainda na seleção um dos heróis de32 — Domingos — agora com 33 anDs, a mediageral seria mais baixa. Os scratchmen atuaisapresentam estes "invernos" e "primaveras":Oberdan 25, Domingos 33, Norival 27, Biguá 23.Ruy 22, Jayme 24, Tesourinha 23, Ziz.nho 23,Heleno 24, Ademir 22 e Jorginho 20. O extremaesquerda, como se vê. talhado sob medida paraa seleção de 32.

MESMA FLAMA, MESMO KISTU-— SIASMO —

Nesse potencial de juventude do scraten atualé que í-esidem as maiores esperanças em umafigura brilhante da nossa representação no sul-americano extra. Em 32, vencemos pnla fibra,pelo entusiasmo, pela crença na vitoria. Em 45,poderemos alcançar o mesmo resultado, calei-dos nas mesmas disposições. Porque a verdade êque, apesar do empenho com que muitos sauclo-sistas procuram fixar uma difeiença entre o es-forço que dispendiam os jogadores do tempo doamadorismo e os de agora, da época pruiissio-nalista, os nossos jogadores profissionais emfunção do scratch, principalmente, têm se mos-trado, nos últimos tempos, possuidores da mes-ma fibra, do mesmo entusiasmo, do empenhopela vitoria. O scratch carioca campeão brasi-leiro de 44, por exemplo, atuou com .. mesmoespírito de dedicação, 0 mesmo "elan" com quese conduziu o quadro campeão de 1925, o ceie-bérrimo combinado Pla-Flu. O quadro bandei-rante vice-campeão de 44, conduziu-se não commenor grau de dedicação j esforço. E a sele-ção nacional de janeiro de 45 ê nina união dosscratchmen cariocas e bandeirantes. Uma uniãoque tem todas as qualidades necessária.-' paia aformação de um todo homogêneo de espírito deluta inquebrantavel, e grande fé' nnn suas pro-prias forças.

Nessas condições, não »e poderá deixar de, acreditar no scratch que intoivirá no sul--ame-ncano dç Santiago ao Chile. Ele poderá não regressar portador do título de campeão

?^! -'-dmitir. mas deverá conduzir-se com brilho. Porque para isso conU com muitos*fatores íavoraveis, a começar pela juventude, essa juventude tão necessária a um des-porto que exige rantti resistência, como o football.

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saltando com o veterano "Arisco" seu animal de estimação

Roberto Marinho conquis-tou o invejável título numfinal empolgante do tem-

porada hípica — As provasde energia e o progresso doscivis - Hobbies de um

'"as"

O hipismo ê um esporte que, de uns tempospara cá. vem ganliando um número semprecrescente de adeptos em nosso pais, principal-mente no Rio e em São Paulo. As provas se-manais, realizadas nas inúmeras pistas que pos-suem as entidades civis e militares, %no semprepresenciadas por grande assistência, que ê pos-suiãa por verdadeiro entusiasmo provocado pe-los vários -lances emocionantes que oferecemcompetições dessa natureza. No Rio, a Fede-ração Hípica Metropolitana realiza anualmen-te uma temporada oficial, que. em geral, vaide abril a dezembro, e que ê disputada pelasseguintes sociedades civis e unidades militares:Io Regimento de Cavalaria Diinsionário. Regi-mento Andrade Neves, Sociedade Hípica Bra-sileira. Clube ãc Regata do Flamengo, Jacaré-paç/uá Tennis Clube. Escola Militar, Centro dePreparação de Oficiais da Reserva. Clube Hi-pico Fluminense, Posto de Remonta do Rio,Policia Militar do Distrti0 Federal e Força Pú-blica do Estado do Rio. Na última temporada,que se encerrou recentemente, obteve maior nú-mero de pontos nas cerca de cincoenta provasdisputadas, a Sociedade Hípica Brasileira Ocavaleiro melhor classificado foi o Sr. RobertoMarinho, pertencente aquela entidade, que so-mou um total de 357f> pontos, contra 240 dosegundo colocado, que foi o capitão Fileto Pi-res Ferreira. Tal façanha pode ser consideradacomo uma vitoria do Hipismo civil, que, anopara ano. vem melhorando sua apresentação,já podendo agora competir cm igualdade de con-dicões com seus magníficos e leais adversário-:militares. Cumpre, notar que pela primeira vezobtém um "casaca-vcrmcllia" o honroso posto.Roberto Marinho possue üma coudelaria dasmais selecionadas, contando-sc entre seus ca-valos alguns bons saltadores como "Trunfo","Joü". que até há pouco fora montado pelocapitão Renato Paquct, ••Eolo", "Igor" c outrosmais. Quem conhece o esporte dos saltos a ca-valo, sabe que resultados satisfatórios são obti-do.s a custa de um sistema de treinamento ra-cional c constante. Roberto Marinho dedicadiariamente algumas horas ao fim da tarde aesse salutar mister. Lá pelas cinco c comumencontrá-lo em pleno exercício de salto ou deginástica. ?!«s pistas da Sociedade Ilipica Bra-sileira. O mesmo acontece, aliás. co?n os prin-cipais cavaleiros desse clube. Hermes Vascon-eellos, por exemplo, o excepcional ginete civil,é dos mais assíduos aos treinos diários, no queé acompanhado por sua irmã. dona Nair Ara-nha também participante destacada de provashípicas.A COUDELARIA E OS PREDILETOS — Ro-bbrto Marinho, como já dissemos, possue exce-lentes cavalos. De todos, porem, o seu maior"beguin" é o veterano "Arisco". que foi o pri-meiro a lhe proporcionar uma vitoria, desde en-tão participando se?npre com brilho c lealdadeem incontáveis competições, das quais saiu-sevencedor varias vezes. Arisco c. portanto, a"menina dos olhos" de seu proprietário, quitem com ele um cuidado todo especial. Outro"fraco" de Roberto Marinho, é o difícil "Igor".belo saltaãor argentino, vencedor da última pro-va em tempo da temporada. E, para RobertoMarinho, uma vitoria com "Igor" que ele vempreparando com tanto carinho desde que o trou-xe do sul — é uma vitoria diferente das outras,tem um sabor todo especial. ¦¦Trunfo" tambémmuito representa para seu dono. Foi o cavaloque. maior número ãc vitorias conseguiu em1944. "Eolo". um fogoso alazão anglo-árabe —é por muitos considerado uma das ynaiores re-velações do ano. Realmente, é um cavalo pari-

H_ll_r-I-ElSr^^tf^^ríf-S^^ í'¦ -'—¦'¦ ¦ ¦ ---':-^v^;-Íi'":^-:,'-V- •-¦' i '¦':"'_S^_**^S^Wí^hHBHBkJHH—SSi*:'" ¦¦¦¦¦¦ '.^^^^'ív<v''>'.."ííí^^^^^ã*''í: í;íí'í

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O elemento feminino está sempre presente nas provas hípicas. Aqui seus cavaleiros prediletos ¦

vem os um interessado grupo torcendo por

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qualquer gênero de provas,desde as de tempo às de ener-cia. Na temporada, foi depoisde "Trunfo" — quem maiscontribuiu para a liderançadaquele cavaleiro. Esse cavaIo, — diga-se de passagem —pertence a um irmão de Ro-berto.

HOBBIES.. .Roberto Marinho, como to-

do desportista, tem um "hob-by". Certa ocasião oferece-ram-lhe uma pequena figaantes de um concurso, em queobteve o primeiro e o segundolugares. Desde esse dia Ro-berto Marinho a usa sob o"plastron" em todas as provasque disputa. E isso tem-lhedado sorte, pois ele, só natemporada oficial, obteve maisde dez primeiros lugares, co-locando-se varias outras ve-zcs em .segundo, terceiro ouquarto. Muitas outras vito-rias não menos significativas,Roberto Marinho obteve noano findo. A grande maioriamesmo das provas extra-ofi-ciais foram por ele vencidase. assim, tem em seu poderas taças "Atlântica". "Mappin6c Webb"', "Mario Gouvêa" emuitas outras de igual im-portancia. definitiva ou provi-soriamente.AS PROVAS DE ENERGIAE O PROGRESSO DOS CIVIS

De um modo geral, as pro-iws hípicas se dividem emduas categorias: provas emtempo, gênero em que estãoincluídas as de percurso ame-ricano. 7iormal e caça, e as de••barragem obrigatória", istoc, aquelas em que os cavalei-ros Qiftí tiverem o mesmo nú-mero de faltas desempatamem altura. As chamadas pro-ros de energia — assim ãesig-nadas pela altura superior alm,30 — são geralmente em

(Concilie na página 11)

As fotografias fixam va-rios aspectos de Rober-to Marinho saltandocom "Arisco", na tercei-ra aparece em plenoadestramento, que é umadas partes mais impor-tantes do esporte hípico

¦

%

CLASSIFKCAVALEIROS

AÇÃO FINAL OOSE' ENTIDADES CON-

COKKENTES A TEMPORADA— OFICIA li DE 15)14 —

CAVALEIROS Ponto*

Roberto Marinho <SHB) 357,5Ten. Fileto Pires'-Ferreira <1°RCD) 240Ten. Alcides Azevedo (EM) 200Cap. Renato Paquet < CPOR.) 102,2Hermes Vasconcellos < SHB) 140Ten. João Figueiredo (EM) 65Ten. Danilo Paiva (EM) 65Paulo Goulart (SHB> «5José de Verda cSHB) 65Ten. Luiz Felipe Dick (CPOR) 50Ten. Castro Pinto (EM) f1.^Ten. Esteves Coutinho <RAN) 35Ten. Luiz Faro (1°R«D) 32,5Vera Alegria Simões (SHB) 30Cap. Medeiros Pomes I EM > 25Ten. Gaspar Brites (1°RCD) 25Ten. Denizart de Oliveira iRAN) 25Paulo Joffre da Silva i SHB l 25Ten. João Rosa Filho l PRCD) 25Ten. Felicio de Paula (RAN) 25Ten. Bica de Freitas (RAN) 25Ten. Eduardo Rocha Oliveira (1!RCD) .. 25Asp. Armando Vieira (EM) 20Cap. Carlos Cavalcante (PMDF) 15Cap. Rubem Continentino <PRR) 15Ten. Edmundo Passos <RAN) 15Jorge Couto Simões l SHB) Benjamin. Rangel (SHB) 15Cap'. Teodorico Gahyva (RAN) l»Ten. Alcindo Gonçalves^ (1°RCD) 15Ten. Arnaldo Santana (PMDF) 10Cap. Hontil de Oliveira (EM) 10Cap. Espedito Corrêa (JTC) u'Alovsio de Paula (SHB) '>°Cap. Luiz Corrêa d"RCD) *.°Ten. Paulo Ávila (EM) Ten Hudson de Souza i EM) £Cap. Baptista da Costa (PRR> »Ataliba Pompeu do Amaral (SHB) Ten. Sérvulo Motta Lima (1"RCD) •>Ten. Nilo Canepa 11°RCD) Cap. Enio dos Santos (RAN)

ENTIDADES P<mtOS

S. H. E. l.° R. C. D.C. P. O. R. .R. A. N. ...P. M. D. F. .P. R. J. T.

. 725

. 442,5

. 380

. 212,5. 120

25.. 20

10

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A disputa da "Taça Anita Costa" (Torneio Feminino), constituiu um dos gran-des atrativos da competição Rio-São Paulo-Minas.

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Por DELAAlcançou Invulgar êxito a l.a disputa do troféu "Benedito Valadares", levadaa efeito sábado e domingo na piscina do Guanabara. Uma boa e entusiástica as-sistencia acompanhou as provas interessantes que ali foram corridas, vibrandocom as conquistas de seus preferidos e aplaudindo os bons resultados técnicosconseguidos.Dizemos bons, pois apesar de não ter havido quebra de recordes, os temposalcançados foram em geral animadores com muitos disputantes nas varias pro-vas realizadas, sinal prenunciador de um futuro brilhante para a nossa natação.O Fluminense ganhando a competição, inscreveu o seu nome como 1.° vencedordo citado troféu e assegurou-se do título de lider da natação brasileira. Os résül-tados alcançados nesta "avant-premiere" do Campeonato Brasileiro vieram mos-trar que o Rio tem amplas possibilidades de vitoria no certame máximo da nossaaquátca. O Pinheiros e o Minas seguiram a representação tricolor conquistandoa 2.a e a 3.a colocações respectivamente. A equipe paulista veio desfalcada deLisselote Krauss Reinhardt, Daisy Krug, Helmuth von Schultz, ausências estas

que afetaram um pouco a sua produção, mas acreditamos que mesmo com estesnadadores a vitoria penderia como pendeu para o Fluminense. O Minas apre-sentou sua equipe feminina completa, mas no setor masculino poucos vieram, oque impediu uma melhor colocação de sua parte.Cuntando separadamente os pontos da parte masculina e da parte feminina,vemos que o Fluminense predominou nos homens e o Minas teve supremacia nasmoças.

Comentaremos primeiro as provas masculinas. No nado livre houve variassurpresas. Willy Jordan, franco favorito dos 100 metros, contentou-se com um4.° lugar, enquanto Paulo Guimarães impôs-se com autoridade com 1"02"8, for-mando dupla com Sérgio Rodrigues, dupla esta fadada a grandes feitos na na-taçáo brasileira. Os 100 e 800 metros apresentaram-nos um valor novo que ioi amaior figura da competição. Referimo-nos a Júlio Arthur, do Guanabara, garotohá pouco saido do inlanto-juvenil e que tem um largo futuro à sua frente.Juiio Arthur venceu em grande forma as 2 provas com tempos ótimos, prin-cipalmenfce os 800 metros, prova esta sensacionalmente disputada com GeraldoMota, do Fluminense, que ameaçou a vitoria do guanabarino. 1T09" e 11'12" fo-ram os tempos registados pelos dois nadadores, tempos estes há muito não vistosem nossa capital.Os revezamentos 4x100 e 4x200 dsputados renhidamente entre o Pinheirose o Fluminense apresentou a vitoria dos paulistas no 1.° e a dos cariocas no 2.°.O 4x100 paulista foi composto por Totila Jordan, Luiz Fernandes, PlautoGuimarães e Wiüy Jordan e o 4x200 tricolor, formado por Geraldo Mota, PauloFonseca e Silva, Sérgio Rodrigues e Eduardo Alijo.No nado de costas, Paulo Fonseca e Silva esteve absoluto, não se aperceben-do dos adversários em instante nenhum. Foi secundado por Luiz Nogueira nos100 e por Armando Bandeira de Lima nos 400. Willy Jordan venceu fácil oe- 100e os 200 de peito seguido em ambas por Horacio Ribeiro do Tiété.Na parte feminina, a equipe mineira dominou as outras equipes por largamargem ãe pontos.No nado livre houve uma grande surpresa. Foi a vitoria sensacional de Ma-ria Angélica, do Botafogo, nos 400 metros, depois de uma luta renhida com Ma-ria Prates do Minas. Maria Angélica é um dos novos valores da natação, tendo

surgido no ano passado.Maria Prates venceu com ótimo tempo, ou seja 1'15", os 100 metros e a Tur-

ma mineira, composta por Avany Santana, Yolanda Santana, Vera Prates c Ma-ria Prates venceu fácil os 4x100 metros.

As provas de costas foram vencidas em grande estilo pela já consagrada na-dadora tricolor Euith Groba, que conseguiu ^ons tempos, se levarmos em contaque não encontrou adversárias, pois Avany Santana, que a secundou nos 100 elios 200 metros, chegou longe da vencedora.

Nos 100 metros de peito, Maria Angélica voltou a demonstrar suas grandesquaJidaxtes ao vencer em belo final a mineira Helena Amaral, favorita da prova.A nadadora botaioguense foi a revelação da parte feminina.

Helena Amaral venceu os 200 metros de peito, dominando uma novata doTietê, Yerecê Alves, que impressionou favoravelmente.

Pelo exposto, vê-se que as grandes figuras da competição foram Júlio Ar-thur, Plauto Guimarães e Maria Angélica, valores novos que se continuarem amelhorar como o estão fazendo agora, virão a ser grandes ases da aquática na-cional e continental.

Em resumo, tivemos uma boa competição com bons resultados e revelaçõessensaeiunais. Esperamos que a 2a disputa a ser realizada no mês vindouro eraBeio Horizonte apresente também um aspecto como o que aqui se verificou.

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São Paulo en-viou uma equl-pe n.u m e rosatendo obtido o2.° e 5.° lugar naclassificação fi-nal. Ao alto aequipe do Tietê,e em baixo a doPinheiros, vice-campeão. Ao la-do o nadadorJúlio ArthurDuarte Meudes,do Guanabara,vencedor dos 800metros, nado 11-vre.

COLOCAÇÃOF I N A L 1> O SC O N C OKKKN-TES — 1.« Flll-m I n e use, 142pontos; -Z.", PI-nhelros, de SãoPaulo, 106,5; :í."..vi luas TennisClube, 94; 4.°,líotafogo, 60; .->.",Tietê, 41; (i.u,Guanabara, 31;7.°. Icarai, 12,5;8.°, Tijuco, 12; ei).°, DbcrlnhdlaTennis Clube, 8.

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O exemplo de Lelé foi um dos de-talhes mais impressionantes do cur-to, porem agitado período de prepa-ração do scratch brasileiro para osul-americano extra do Chile. Omeia direita vascaino sabia que cs-tava cortado da delegação. ?nas nãose negou a prestar seu concurso atéo ultimo instante na noite que ante-cedeu ao embarque. E formando noteam reserva? o vermelho, treinoucom um esforço digno de nota, apa-recend ocomo um adas grandes figu-ras da cancha. Assim se já era umafigura simpática, ficou ainda maissimpatizado. Nesta página v e mo sLelé em três fases da sua carreirabrilhante. Ao alto, integrando oscratch suplente no treino de despe-dida da seleção nacional. Ao lado,em palestra com Ruy e Jair, numdos jogos da "finalista" de quarentae quatro. Em baixo, num "catcli" debrincadeira com Carreiro, numa dasconcentração do scratch carioca.

O exemplo de Leléde PAULO K,OJ>IiIGUEís

O fato de Leonidas, ao invés de atender a ordemde embarque para a concentração de Caxambú, ter idopassear em Buenos Aires, e, mais tarde, para justificaro atraso, houvesse simulado unia contusão grave apre-sentando-se ao 'coach" Flavio Costa de perna enges-sada, repercutiu mal de ponta a ponta do país. Causoutambém péssima impressão a indiferença patriótica deNoronha, que, requisitado para defender o scratch bra-sileiro na temporada do Chile, não houvesse tomado co-nhecimento da convocação, tendo alegado, mais tarde,esgotamento tísico. Remo apareceu com Leonidas, atra-sado, e Luizinho, seguindo o máu exemplo de Noronha,não deu satisfação. A maioria absoluta dos jogadores, oo-rém, demonstrou conhecer as suas obrigaõções para comscratch'. Pode-se dizer, sem- exagero, que todos, seira ex-cepção, corresponderam plenamente quer no terreno téc-nico, quer no terreno puramente disciplinar. Entre eles,Lelé aparece em primeiro plano. O Lelé que, atacado deconjuntivite, não querendo criar embaraços para o téc-nico Plavio Costa tomou parte de todos os ensaios deCaxambü. O Lelé que, no Rio, mesmo inteirado do seudesligamento do scratch, substituiu Zizinho por ocasiãodo apronto" de S. Januário. Deve-se dizer, a propósito,que Lelé foi uma das figuras destacadas do treino. Com-bativo, organizando bem os ataques do scratch vermelhoe finalizando com grande oportunidade.

O MARECHAL DA ALEGRIAPara Flavio, se todos os jogadores fossem como Lelé,

técnico teria um trabalho vinte vezes menor. O Leléque acorda com o sol, alegre como os pássaros, irradiandoiuventude! O Lelé que acaba com a tristeza, eme ri efaz rir o tempo todo. o Lelé bom e sentimental, que,compadecido dos pequenos do Patronato Wencesláu Braz,fez uma "vaquinha" e levou quarenta r. tantos garotosao cinema. E era de vê-lo organizá-los em fila, coman-dando os pelotões, exigindo ordem e disciplina, chamandoum a um pelos números! O Lelé infantil como o peqneno •engraxate que tinha por ele uma secreta admiração.Admirava-o porque Lelé falava errado, não hesitava emarregaçar as calças para jo<íar bola com ele pm plenarua, e revelava sem sombro de recalques os episódios maisíntimos de sua rida. O Lelé, enfim, que foi para Ca-xambú desopilando o fígado dos companheiros no de-correr da viagem que durou doze horas! o Lelé que tinhasempre um remédio para os hipocondríacos: embrenha-se com eles mata a dentro, e as fazia trepar nas árvorese comer frutas "à selvatrem" ou" como macacos? O Leléda piscina, que. no trampolim, inventava os saltos mais!protescos possíveis e os executava com a maior comi-cidade Imaginável. O "maior" do scratch brasileiro ¦como ele dizia ser, fazendo "blague" — não foi aoChile. E Flavio lamentou profundamente não levar Lelé.o Marechal da Alegria. O Lelé que estava compenetradodo seu dever de scratchmen brasileiro e que iria aosmaiores sacrifícios para erguer bem alto o nome espor-tivo do Brasil. O Lelé. finalmente, que. no terreno oura-mente técnico, era um elemento de grande valor não sópor se tratar de um erack de nomeada mas também,nela correção de suas atitudes, sob todos os aspectos ina-tacaveis. "FLAVIO. TOVA.R E EtTT"

Ai está: Lelé não mordeu o lábio de despeito quandofoi desligado do scratch que defenderá o prestigio do "soe-cer" nacional em gramados chilenos. Não mordeu o la-bio, nem vociferou injurias a torto e a direito. Por cortoterio ido — esta a sua dedução — se tivesse mantido umaregularidade de produção maior e mais convincente. PaiaFlavio, porem, não tem uma palavra de queixa. Quanto aTovax, que o substituirá, no Sul-Americano Extra do Chile,«os suas referencias são simpáticas sob todos os aspectos.Ei-las:

A torcida brasileira, e, em particular, a "hinchadavascaina, que é toda minha, afianço de coração aberto:Tovar, esta maravilha da nova geração do football carioca,fará tanto senão mais do que eu faria para encher de gloriaso pavilhão nacional. E Flavio, que considero um grandetécnico, de horonabilidade isenta de qualquer suspeita, re-conheço, acertou na escolha do crack-amador.

"SEREMOS CAMPEÕES'"Como Domingos -- acentua Lelé — confio sincera

e íirmcnumíe no sucesso a b s o i u t o que a nossarepresentação alcançará na temporada do Chile. As ve-zes, no decorrer cie mn treino, eu pensava com os meusbotões: se há uma rã por aqui, ela por cer;o está se mor-dendo de inveja. E, sem dúvida, abismada com a elasti-cidade de Oberdan e Jurandyr, repete sem cessar-: "Nãoé que -ales saltam anais do que eu?". Pois è, amigo, estoucem a rã. Os chilenos, argentinos e uruguaios vão cortai"uma volta para descobrirem um buraquinho no nosso goal.E levamos, ademais, um Da Guia, calmo cemo um inglês,clássico como um inglês, conquanto, na realidade, não sejamenos brasileiro do que eu. Domingos há de descontrolaros atacantes adversários com o seu variadíssimo poderdefensivo. E Norivaí? Este, convenhamos, saiu daqui uni-histrando lições de football, e lá, creio bem. não intèrrom-perá as suas aulas. Mas, com Danilo, é que os "gringos"vão arregalar os olhos de espanto. De certo, perguntarão,como é possível um jogador tão magro, ocupar um campointeiro? E, de falo, Danilo está mandando e lá continua-rá a mandar no jogo. Será uma atração, o meu amigoFavio de Vela. Quanto a Jayme e Biguã. não pasmarãomenos os sul-americanos. O indio, saltando coa:o um ti-gre. monopolizando as bolas altas, e Jayme. com fôlego degato e uma verdadeira enciclopédia cm matéria de re-cursos técnicos. Mas, malucos, malucos, hão de se ver

com o nosso ataque. Se não dobrarem o número do joua-dores de defesa, cá pra nós, estarão liquidados, tão certocomo dois e dois são quatro. A bem dizer, os nossos ata-cantes são quase imarcaveis. Imagino a dor de cabeça

^ que Tesourinha e Jorginho vão dar aos halfs e backr. To-5 var ou Zrzinho, Heleno e Ademir, cheios de sangue moço,a fibra e veia patriótica, romperão até miualhas de pedra'Á

para o tiro da misericórdia. Afinal, acabo de chegar ãjjj conclusão de que apostar no scratch brasileiro é apostar| na certa. Seremos campeões. Vão por mim...

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Página 14 Sexta-feira. 10 de janeiro de 1945 o <ii,<m<? sporriívo \ '

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_uao vale, para Mildred. übscv\c.ii asüa expressão de triunfo, após ter pren-dião o adversário numa posição tão ri-dícula quanto difícil. Uma singular de-

claração de Mildred: Isto é luta parahomens e mulheres como eu. Que não

se metam as que não são como eu '.

Mildred Burke começou praticamentea sua carreira batendo em quem dirigis-se gracejos às suas pequenas irmãs e figo-ra (vide sua atlética compleição) impõeum vasto respeito aos "lobos" conquista-dores, pelo menos num raio de novo qui-lómetros.

O leitor não encontrará o nome e otítulo de Mildred, campeã mundial deluta livre, em nenhum dos anais do es-porte. Contudo, se algum homem ou mu-lher se sentir inclinado a duvidar do me-recimento da coroa que ostenta terá queadmitir que em seus nove anos de luta,miss Burke já teve mais de mil lutas enunca foi derrotada. Atualmente iem 2fc>anos e continua mais forte do que nunca.Seu rendimento-anual é de CrS 500.000.00aproximadamente e provavelmente ex-cede o de qualquer lutador do mundo.

Estreou na sua terra natal, Kajisas Ci-ty, Missouri, Estado que não permite àsmulheres ter publicidade. Quando aindano ginásio, brilhava nas pistas atléticase no basketball e ainda atormentada Bil-ly Woife, técnico de atletismo da univer-sldade, para ensiná-la a arte do brigar.Wolíe não opunha objeção a que umamenina desejasse aprender a lutar, mSsdescria nas possibilidades de Mildred, em

*virtude de seu peso — 115 libras. MasMildred perseguiu-o durante seis mesesaté que ele, finalmente, se decidiu e con-cordou em treiná-la. Sabia que sua pu-pila tinha coragem para começar, porquea tinha visto bater em rapazes para pre-teger as irmãs mais jovens.

Com a idade de 19 anos, pesande 121libras, miss Burke publicou um aviso pe-los jornais, desafiando qualquer homemdo seu peso. Um rapaz casado aceitou odesafio, para ser imediatamente subjuga-do por este destemido membro do assimchamado sexo fraco. Por volta de 1935-36.numa viagem de um grupo carnavalescodenominado Landis Shows, derrotou umtotal de 150 rapazes, muitos dos quailutadores universitários. Costumava der-rubá-los numa media de tempo de 10 mi-nutos. Quando Billy Wolfe tomou conhe-cimento de sua forma excepcional, apres-sou-se a fechar contrato para uma "tour-née". Desd eentão passou a medir forçasexclusivamente com adversárias do seusexo.

Na última primavera, no México, atin-giu uma popularidade maior do que qual-quer outra atração feminina, exceto umafamosa mulher toureiia.

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O jUit, iiiesmo com uma barriga des-íe tamanho, precisa ser rápido nas in-tervenções. Aqui, por exemplo, a furio-sa lutadora mascarada está sapateandosobre Mildred. Ai dela se o juiz nãocone para interromper a •'dança"!

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— 5x1.— Paraguai._ 1923.

— Paulista.—1925.

(Conclusão da pág. 11)barragem. Neste último gene-ro. agora somente é que osconcorrentes civis se es tãomosirando capazes de compe-tir sem desvantagem com osmilitares. Roberto Marinhopossua atualmente três cava-los aptos para tais compeli-cões: -Trunfo", "joá" e•Beou Gest". Estes dois úl-limos são animais muito di-ficeis, mas jã com o novodono venceram algumas pro-vas de energia. Com "Joá",

;oi o primeiro colocado na-Presidente Vargas", emdisputa da taça do mesmo no-me. Todos são unanimes emreconhecer que nela foi ar-mado um dos mais difíceispercursos que jamais se dispu-tou cm nossas pistas 7ios úl-limos tempos. Levando-se etnconsideração as possibilidadesdo cavaleiro campeão de 44,e de outros civis em iguaiscondições c possuidores iam-bem de cavalos magníficos,

A.núo st tá emijeto unrmurmosque, de agora em diante, asprovas de energia não conslí-tuirão mais um espantalhopara os concoirentes da Socie-dade Hipica Brasileira, po-rícudo os mesmos disputá-lasá voiiladc com seus valentesadversários militares. RobertoMarinho, Hermes de Vascon-cellos. Paulo Goulart, José deVerda e outros integrantes daequipe de. salto da S. II. B.uutorizam-nos a fazer talprognóstico.

wAi\oiá a pagina rtuuslinda <!<> football lira-sileiro, lendo

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<> GLOBO 81>OKTIVO Sexta-feira, 19 <le janeiro de 15)45 Pácina 15

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I Buenos Aires tem guaífo estádios grandiosos e mais um coma construção em andamento, o do Huracan. No entanto, el^ainda são poucos vara atender à afluência do publico que com-

parece em massa aos grandes jogos do certame local.

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Este aqui co do RiverPlate. Temcap acidadepara 130.000pessoas, emtrês lancesd e cnrvstru-ção. E sem-pr e estácheio assim.em dias dejugos dosm i lionarios,atraindo, in-clusive, os

( :ctaãorespela garan-tia do con-for to e daboa visãodos lances.de qualquerângulo.

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Wiqui está um aspecto do estadia do San Lorenzo E' o "^"^^^""V^f•grandes» - embora com capacidade para setenta mil pessoas. Nos iia-lios jogos de maior vulto, é o que se vê acima: gente ayumtoaãa por tod-s

os cantos, até na torre de iluminação.

Volta-se a falar da formo mais animadora sobre o Estádio Nacional. Tudo eatá i» to-(liei. ....vnm que dentro em breve será iniciada a construção deswa. velha aspiração detodos os desportistas, <|iie. mais do que um simples capricho, 6 uma verdadeira necessl-dude Ainda há dias recebendo a visita do dirigente dos clubes cariocas, o prefeito H«u-rlciue Uoilsivòrtli teve oportunidade de frisar que o Governo esta empenhado firmementeno assunto e declarou i|ue Iria nomear unia comissão integrada por um desportista «eçrande tirociulo como é o Sr. Antônio Avellar, e dois engenheiros arquitetos, Srs. R»f»elOalvfto e Fcnnn Firme, afim de estudarem o projeto Já existente. As palavras do gwer-nudor da cidade, como é fácil de calcular, foram recebidas com a maior satisfação pelosclubes Biianabariiios, que, em verdade, são os mais diretamente beneficiados pela grandiosaconstrução; tá une terão, enfim, uni local para a disputa do» maiores clássicos do ci»m-peonnto carioca, um local em ipie não -e.ja preciso fechar os portões as duas hora* datarde por falta de capacidade para mais assistentes, um local em que, finalmente, e pti-íillco pagante não seja obrigado ao "sacrifício" de chegar cedo demais para garantir umlugar, expondo-se ao sol ou a chuva, o que leva multa gente a desistir de compareceraos tampos. _ .

CAPACIDADE PARA DUZENTAS MIL 1'ESSOASO Estádio Nacional terá capacidade para duzentos mil pessoas, ao que se aüscprura.

V primeira vista, poderá parecer um exagero, uma obra de proporções, alem das necessl-dades «Io football nacional.. No entanto, há que se considerar, primeiramente, que o Es-ladio Nacional, como todas as grandes construções projetadas agora., tem um objetivomais profundo do <)uc o de atender apenas âs necessidades do momento. Visam elas —o Estádio Nacional e as outras grandiosas construções da época — atender as necessl-dades do futuro, ao progresso sempre crescente da nossa terra. Em segundo iugar, hAque -se ver que não temos estádios. Em 191» o estádio do Fluminense, com a estruturaune" hoje ainda conserva, era um colosso para a assistência do football de então. Ilo-Je.não satisfaz, evidentemente, para os grandes jogos. Um clássico Rio * S3o Paulo, quese realizasse atualmente nas Laranjeiras, acabaria tendo mais gente fora do estádio rtooue lá dentro, por falta de acomodações.

EM BUENOS AIRES HA QUATRO ESTÁDIOSItcsta-nos. aqui no Uio. apenas o estádio do Vasco, para as grandes partidas, t. me»-

mo esse tem sido pequeno para determinadas pelejas de sensação. Nas duas Últimas de-cisões do campeonato brasileiro, em 1943 e 1944, entre paulistas e cariocas, o " col«s©de São Januário deu quase a impressão de uma lata de sardinhas, na espressao popular.Em São Paulo temos o Pacaembú, pouco mais amplo do que o do Vasco. Bnquanto Isso.a Argentina, ou melhor localizando, só em Buenos Aires, existem quatro estádios de grau-des proporções: o do Ranclng, com capacidade para du/.eutas mil pessonsj O do KlrerPlate, podendo abrigar cento e trinta mil: o do Boca Júnior», cento e dex íaU; e o a»San Lorenzo, setenta mil. Alem disso há ainda um em andamento, o do Horacao. qfWterá capacidade para cento e elncoenta mli pessoas. Diante disso não há rawfo para qoese pense une o Estádio Nacional será uma obra acima das nossas necessidades. O «w**-cente desenvolvimento das nossas atividades desportivas, estará â exigir dentro rir jmmi-cos anos. outros estádios de iguais proporções. Porque o nosso footnalL priueipnlnx*"*»o football. têm vitalidade bastante para arrastar assistências tão grandes qoantOF »* a*Buenos Aires. A qucstfto é de haver, apenas, os estádio*.

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