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Via Láctea (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP AGA 210 – 1° semestre/2017 www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Meio interestelar: nuvens, poeira, extinção, HI Natureza da Galáxia Principais componentes Braços espirais Populações estelares Centro da Galáxia: buraco negro

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Via Láctea (I)

Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira

IAG/USP

AGA 210 – 1° semestre/2017

www.astro.iag.usp.br/~aga210/

Meio interestelar: nuvens, poeira, extinção, HI Natureza da Galáxia Principais componentes Braços espirais Populações estelares Centro da Galáxia: buraco negro

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Meio Interestelar (MIS) O espaço entre as estrelas não é completamente vazio.

MIS corresponde a ~10% da massa visível da Galáxia. ~99% gás e ~1% poeira (porcentagem da massa do MIS). raios cósmicos, campos magnéticos, radiação eletromagnética.

Onde nascem as estrelas e para onde vai o material sintetizado por elas.

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Nuvem molecular

Ciclo de uma estrela massiva

•  Estrelas massivas vêm do meio inter-estelar e terminam como supernova de tipo II, enriquecendo o meio com novos elementos pesados Evolução química das galáxias.

Ciclo de uma estrela massiva

Supergigante vermelha

Supernova tipo II

buraco negro

estrela de nêutrons material reciclado

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Nucleossíntese e enriquecimento •  Em estrelas massivas, até a explosão da supernova a estrela sintetiza

elementos até o Ferro no núcleo.

•  Pelo processo de captura lenta de nêutrons (chamado processo-s) são sintetizados elementos até o Bismuto (elemento não radioativo mais pesado) fora do núcleo (em baixa quantidade).

•  Estrelas de baixa massa (como o Sol) contribuem muito pouco com o enriquecimento do meio, apesar de produzirem C, N e O. uecimento do meio, apesar de prooduzirem C, N ee O.

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Nucleossíntese e enriquecimento •  SN II => ejeção de “elementos-alfa”:

–  elementos formados pela fusão sucessiva de núcleos de hélio (também conhecido como partícula alfa).

–  exemplo: carbono, oxigênio, neônio, silício, enxofre, cálcio. •  SN Ia => ejeção de elementos do “grupo do ferro”:

–  Níquel e ferro (produzidos durante a explosão da anã branca). •  Em supernovas, a captura rápida de nêutrons (chamado processo-r)

sintetiza elementos até o Plutônio fora do núcleo.

Raios cósmicos quebram o carbono do meio interestelar para produzir Li, Be e B.

Resumo da principal origem dos elementos

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Material de supernova ainda chega por aqui https://www.sciencedaily.com/releases/2016/04/160414113425.htm

Baseado na quantidade do isótopo radioativo do ferro, 60Fe. Fimiani et al. 2016, PRL

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Propriedades do meio interestelar Tipo Temperatura (K) Densidade (cm–3)

Meio internuvem mais de 10.000 0,1––1,0

Região de H ionizado ~ 10.000 100

Nuvens difusas 50––150 10––1000

Nuvens escuras (moleculares)

3––20 1000––106

Fonte: J. Lépine, 2009 “A Via Láctea, nossa ilha no universo”; W. Maciel, “O céu que nos envolve”

Região HII, Nebulosa Bolha Nuvem de poeira, Saco de Carvão

Resto de supernova, Cygnus Loop

ar: 2×1019 cm–3

vácuo de laboratório: 1×106 cm–3

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Regiões HII •  As jovens estrelas tipo O e B emitem muita radiação

ultravioleta. –  espectro de corpo negro, com temperatura > 10.000K.

•  Ionizam o hidrogênio que está nas proximidades.

•  Criam as chamadas regiões HII

Nomenclatura espectroscópica hidrogênio neutro HI hidrogênio 1 vez ionizado HII hélio neutro HeI hélio 1 vez ionizado HeII hélio 2 vezes ionizado HeIII Fe que perdeu 13 elétrons FeXIV

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Regiões HII

•  Regiões HII na galáxia M51

espectro típico de uma região HII

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Propagação da radiação eletromagnética no meio interestelar

Um feixe de luz pode ser absorvido ou espalhado somente por partículas com um diâmetro próximo ou maior que o comprimento de onda da radiação incidente. A absorção ou o espalhamento produzido pelas partículas aumenta com a diminuição do comprimento de onda da radiação.

poeira

Rogelio Bernal Andreo (Deep Sky Colors)

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A poeira muda a cor dos objetos

Opacidade do meio interestelar: as estrelas parecem mais fracas e mais vermelhas do que realmente são.

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Como um meio tão fino e tão esparso pode bloquear a luz das estrelas tão efetivamente? A chave é a extensão: a distância entre as estrelas. A baixa densidade (3x10–7 partículas/metro3) multiplicada pelo grande volume significa muita poeira no caminho óptico. Por exemplo, em um cilindro de 1m2 de base da Terra até α Centauro tem pouco mais de 10 bilhões de partículas de poeira, o que corresponde a cerca de 25 mg.

Poeira interestelar

poeira Mas, em 2 kpc, esta quantidade chega a mais de 1 trilhão de partículas com massa de um dedal de areia (~35 g).

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A baixa densidade (3x10–7 partículas/metro3) multiplicada pelo grande volume significa muita poeira no caminho óptico.

Observações no infravermelho ⇒ poeira é constituída de silicatos, carbono e ferro. A poeira: contém “gelo sujo” ⇒ água congelada contaminada com alguns traços de amônia, metano e outros componentes; ⇒ parecida com a da cauda dos cometas do nosso sistema solar.

0,0001 mm = 0,1 micron 1000 Å

Poeira interestelar

Exemplo:

Tamanho: de algumas moléculas até ~0,01 mm (10 micron).

12 µm

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Regiões de formação estelar •  Nebulosas de emissão:

–  nuvens brilhantes e quentes (ionizadas) de matéria interestelar.

•  Regiões HII : associadas a estrelas jovens de tipo O ou B. •  Nebulosas planetárias: associadas a uma anã branca.

–  100x mais denso que o MIS; temperatura ~ 8000 K.

•  Nebulosas de reflexão: –  Associadas a estrelas que não são quentes o suficiente

para ionizar o gás (Tipo B). Temperatura < 1000 K.

•  Nuvens escuras de poeira: –  Temperatura ~ 20 K; 1000x mais densas que o MIS. –  Associadas a nebulosas de emissão. –  Áreas muito obscurecidas.

•  Nuvens moleculares: –  Frias (~ 20K) mas muito densas, 1 milhão de vezes o MIS. –  Tamanho ~10—50 pc, matéria suficiente para formar

milhões de estrelas como o Sol.

NGC1977 (“running man”)

“Dark River” perto de Antares

Nebulosa Rosetta

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Gás neutro do MIS Gás Neutro: Regiões HI: ~ 100 K.

detectadas pela linha de 21cm (1,42 GHz) do Hidrogênio atômico.

configuração de menor energia.

configuração excitada.

spins paralelos spins antiparalelos

orbital n = 1 (nuvem de probabilidade)

próton

elétron

orbital n = 1 (nuvem de probabilidade)

Prevista em 1944, foi observada pela primeira vez em 1951.

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A Via Láctea como uma galáxia

http://www.eamesoffice.com/the-work/powers-of-ten/

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Descobrindo a Galáxia •  Via Láctea = caminho de

leite (lactea = leite em latim).

•  Do grego, “Galaxias Kyklos” = “círculo leitoso” (γαλαξίας =galaxias = leite).

–  Segundo a mitologia grega, leite derramado pela deusa Hera.

•  A olho nu, faixa de aparência leitosa que atravessa o céu.

•  Para diferenciar a Via Láctea de outras galáxias usa-se “Galáxia”, com “G” maiúsculo.

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Descobrindo a Galáxia •  Em 1609, Galileo descobre que a Via Láctea é feita de

"um vasto número de estrelas fracas".

Imagem HST

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Descobrindo a Galáxia

•  Em 1750, Thomas Wright sugere que a Via Láctea seja uma casca esférica de estrelas.

•  “Universos ilhas” de Immanuel Kant

menos estrelas

mais estrelas

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Descobrindo a Galáxia •  Entre 1758 e 1780,

Charles Messier observa e cataloga 110 “nebulosas”.

•  Nebulosa = objeto de aparência difusa, como uma nuvem, diferente das estrelas e planetas.

•  Entre 1786 e 1802, William Herschel e família catalogam milhares de “nebulosas”.

•  Será que estas nebulosas são os “universos-ilhas” de Kant?

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Descobrindo a Galáxia

•  Em 1785, William Herschel faz uma contagem de estrelas supondo que a luminosidade é a mesma para todas – pode assim calcular suas distâncias.

•  Imagina a Via Láctea como um disco, com o Sol próximo do centro.

•  Esta visão da Via Láctea vai predominar até o início do Séc. XX.

Sol 8 mil anos luz (2,5 kpc)

~300 milhões de estrelas

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Descobrindo a Galáxia

•  Se contarmos o número de estrelas em direções opostas, o número é mais ou menos o mesmo.

•  A conclusão lógica é de que estaríamos no centro da distribuição das estrelas.

•  Mas falta um elemento neste raciocínio....

•  A poeira! Nós não podemos ver claramente além de ~2 kpc. –  Luz visível é absorvida pela poeira. Brilho diminiu ~2 mag/kpc (até ~ 6 kpc).

•  Na direção do centro galáctico, a absorção chega a 30 magnitudes. –  O papel da poeira só fica bem estabelecido no início da década de 1930.

Sol

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Descobrindo a Galáxia

•  A questão do tamanho da Galáxia e a natureza das nebulosas (principalmente as espirais) é central para a compreensão da Via Láctea.

•  “Grande Debate” de 1920:

Harlow Shapley Heber D. Curtis

Via Láctea muito grande Sol a 15 kpc do centro Nebulosas fazem parte da galáxia

Via Láctea pequena Sol está no centro Nebulosas são “universos ilhas”

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Descobrindo a Galáxia

•  No início do Séc. XX, Harlow Shapley nota que o Sol não está no centro da distribuição espacial de aglomerados globulares.

•  Conclui que o Sol não está no centro da Via Láctea.

•  Podemos ver aglomerados distantes.

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Descobrindo a Galáxia •  Em 1926, a natureza da Galáxia fica

estabelecida definitivamente quando Edwin Hubble mostra que as “nebulosas” espirais estão muito além da Via Láctea.

•  Hubble utilizou a relação Período-Luminosidade das Cefeidas (Henrietta Leavitt) como indicador de distância.

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A Galáxia

•  Hoje, como imaginamos que seja a Galáxia.

Disco com braços espirais

Bojo Halo Barra

Sol

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A Galáxia

•  NGC 4565, como seria nossa Galáxia vista de perfil. •  Note a faixa de poeira no plano do disco.

Disco Bojo

Sol

Halo

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A Galáxia

•  Nossa Galáxia vista de dentro (isto é, da Terra). •  Note a faixa de poeira no plano do disco. •  Imagem feita com a luz visível.

imagem de Axel Mellinger

Disco

Bojo

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A Galáxia

•  Nossa Galáxia vista de dentro (isto é, da Terra). •  Note a faixa de poeira no plano do disco. •  Infravermelho próximo (1,2–2,2 microns)

Disco

Bojo

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A Galáxia em outros comprimentos de onda

•  Infravermelho próximo: estrelas frias •  Visível: estrelas próximas •  Infravermelho médio e distante:

poeira e moléculas

360 graus

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Braços •  A Via Láctea seria uma “nebulosa” espiral?

Easton, 1900. Primeiro esboço dos braços espirais da Via Láctea.

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Braços

Sol

Braço de Orion

Braço de Sagitário

Braço de Perseus

•  Distribuição dos Aglomerados Estelares Abertos (p.ex., Plêiades, Híades...)

Aglomerados h e χ Persei

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Braços espirais •  Braços espirais no disco

Galáctico.

•  São 4 braços, mas em dois deles damos dois nomes pois estão em lados opostos em relação ao bojo.

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Obscurecimento pela poeira

•  No visível, é impossível observar o outro lado da Galáxia.

•  Isto é feito no infravermelho e em rádio. A poeira é relativamente transparente nestes comprimentos de onda.

•  Regiões HII também traçam os braços.

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Populações estelares •  No início dos anos 1940, aproveitando os apagões da 2a Guerra

Mundial, Walter Baade descobre que as estrelas se dividem em duas populações:

•  População I: –  estrelas ricas em metais –  + azuis –  no disco da Galáxia –  movimento circular

•  População II: –  estrelas pobre em metais –  + vermelhas –  no bojo e no halo da

galáxia –  movimento elíptico,

fora do disco.

eetais t i

ettais

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Centro da Galáxia •  Constelações e estrelas mais brilhantes na região do centro galáctico.

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Centro da Galáxia

•  Imagem no visível.

•  Vários aglomerados abertos e globulares estão marcados.

•  Janela de Baade: –  região com pouca poeira por

onde observamos melhor o bojo.

•  A luz difusa vem de muitos milhões de estrelas.

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Centro da Galáxia

•  Imagem em rádio em 333 MHz.

•  A fonte rádio Sagitário A* coincide com o centro da Via Láctea.

•  Observamos vários restos de supernovas.

0,5°

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Centro da Galáxia

•  Com infravermelho podemos observar através da poeira.

Infravermelho, campo de 50°.

Infravermelho, com destaque ao centro Galáctico.

Infravermelho, onde vemos centenas de estrelas próximas de Sagitário A*.

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Centro da Galáxia

•  Movimento de estrelas próximas do centro da Galáxia, observadas desde 1992. •  Massa no interior de ~130 U.A. = 3,4×106 M . Buraco Negro Super Massivo.

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Componentes da Galáxia

•  O Bojo é a componente mais brilhante, as estrelas estão concentradas.

•  O Disco é a componente mais luminosa, têm a maior parte das estrelas.

•  O Halo é a de maior massa e o menos luminoso.

Bojo Disco Halo

Diâmetro 2 kpc 30 kpc ~200 kpc

Massa total 10×109 M 70×109 M 550 ×109 M

Luminosidade 3×109 L 18×109 L 1,0×109 L Pop. estelar população II população I população II

Disco

Bojo

Halo