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BTL MI, Turismo Religioso e Enoturismo em destaque 5 601073 006057 00333 AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO DEZEMBRO 2014 MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 333 - 2ª série Preço 2,00 Cuba Um prato cheio de charme CONGRESSO DA APAVT EM ÉVORA ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS E CUMPRIR RESPONSABILIDADES www.europcar.pt Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes FACEBOOK Siga-nos em www.facebook.com/viajarmagazine ONLINE Descarregue a edição digital em www.viajarmagazine.com.pt TAP cresce em toda a linha

Viajar Magazine - Dezembro 2014

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BTL MI, Turismo Religioso e Enoturismo em destaque

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMODEZEMBRO 2014

MAGAZINE PARA PROFISSIONAISNº 333 - 2ª série Preço 2,00

Cuba Um prato cheio de charme

CONGRESSO DA APAVT EM ÉVORA

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2014 / DEZEMBRO Em Foco

O B S E R V A Ç Ã O

O DIRECTOR EXECUTIVO DA ATL, Vítor Costa, critica a descriminação de que Lisboa é alvo no âmbito do regulamen-to do Fundo de Apoio à Captação de Congressos, cuja vigência foi agora prolongada até finais de 2015. No artigo publicado na edição da última revista Turismo de Lisboa que se encontra em distribuição, o director executivo da ATL – Associação Turismo de Lisboa, afirma ser “positivo” que o Fundo de Apoio a Congressos Internacionais tenha sido prolongado até ao final de 2015, mas considera incompreensível que o regulamento agora publicado “seja claramente discriminatório para Lisboa”.Para Vítor Costa, a descriminação negativa de que Lisboa é alvo neste regulamento é tanto mais incom-preensível porquanto “no panorama nacional, Lisboa representa cerca de 80 por cento do produto Congressos Internacionais e a sua concorrência não são os outros destinos nacionais, mas sim outras cidades estrangei-ras, em especial as europeias como Barcelona, Paris, Istambul, Viena, etc” pelo que seria “expectável que as autoridades compreendessem que, quantos mais congressos internacio-nais Lisboa conquistar, mais o turismo nacional será reforçado”. Na base desta afirmação está o facto de o regulamento aprovado pelo secretário de Estado do Turismo prever o apoio a eventos internacionais com mais de 300 participantes em prati-camente todas as regiões do país, à exceção de Lisboa, onde apenas serão apoiados congressos com mais do dobro destes participantes, ou seja, 600, ao mesmo tempo que os montan-tes a conceder por participantes são menores em Lisboa que nas restantes regiões. Esta situação repete-se nos outros escalões até ao maior de todos (congressos internacionais entre 1.800 e 2.700 participantes), em que o apoio em Lisboa (15 mil euros) é metade do que noutras regiões (30 mil euros). A única excepção em termos da região de Lisboa é Cascais, que tem os mesmos limites que foram definidos para regiões como o Porto e Norte e o Algarve.

DIRETOR GERALJosé Madureira

DIRETOR EXECUTIVOFrancisco Duarte

EDITORSR Editores, Lda

[email protected]

DIREÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADELargo da Lagoa, 8D 2795-116 Linda-a-VelhaTels.: 21 754 31 90 e-mail: [email protected]

FOTOGRAFIAArquivoFotolia Casa da ImagemRogério Sarzedo

PAGINAÇÃOCatarina Lacueva, Jose Rodrigues

PUBLICIDADETeresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90e-mail: [email protected]

IMPRESSÃOGAR - Rua Henrique Paiva Couceiro, 1, Venda Nova, 2700-450 Amadora

TIRAGEM: 7 000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL: 10 534/85

REGISTO NO ICS:108098 de 08/07/81

PROPRIETÁRIA:Ana de SousaNº Contr.: 214655148

TEMÁTICA CEN-TRAL deste con-gresso da APAVT

em Évora – Turismo: Desafios e Responsabilida-des, espelha bem o momento atual que o país atravessa, mas também e talvés por isso, a necessidade de deba-ter os desafios que o turis-mo em geral e as agências de viagens, em particular, têm que encarar no futuro. Mas também um momen-to de apelo às consciências. Comforme afirmava o presi-dente da APAVT, Pedro Cos-ta Ferreira, na apresentação do congresso na Casa do Alentejo, em Lisboa “é pre-ciso assumir a responsabili-dade de perceber o que cada um pode dar, antes de exigir receber». E acrescentou: «o que podemos dar à comunidade, antes de receber os lucros da nossa atividade; o que podemos fazer pela sustentabilidade antes de estragarmos o destino turístico em que vivemos; o que podemos assumir pe-rante o nosso país, antes de reclamar que nos tragam as soluções fáceis que sabemos inexistirem”.No que toca aos desafios, não só do futuro, mas já do presente, o congresso não esquece questões que se de-param no negócio das agências de viagens, tais como o marketing digital e relativamente “à insuportável voracidade que a IATA [Associação Internacional do Transporte Aéreo] vem demonstrando, naquilo que cada vez mais poderá ser caracterizado como abuso de situação dominante”, segundo Costa Ferreira.É verdade que o país está melhor, mas também é ver-dade que as empresas continuam frágeis. No caso das agências de viagens, quando se fala do incoming pelo menos os números divulgados são animadores e as agências de viagens que atuam nesta área estão melhores. Igualmente no sub sector do outgoing os números estão melhores, em relação a um decréscimo muito grande. Também ao nível do corporate, os nú-meros são melhores, mas segundo dizia Costa Ferrei-ra a um órgão de comunicação social “existem gran-

des desequilíbrios e grandes dificuldades financeiras que são agravadas pelas novas exigências da IATA e pelas dificuldades de acesso ao crédito. Portanto, há difi-culdades e as empresas não estão bem”.Outra questão importante e que o presidente da APAVT salvaguarda. “Toda a gente sabe que este é um congres-so organizado por agentes de viagens, mas que pretende, todos os anos, ser mais que um congresso de agentes de viagens. Realizamos todos os anos um grande esforço de partilha de informação e de conhecimento, com os nos-sos parceiros da cadeia de valor. Queremos, como sem-

pre, analisar e aprender com hoteleiros e companhias aéreas, com rent-a-car e com a animação turística, com os privados e com a tutela. Porque sabemos que é possível obter consensos onde à partida tínhamos di-vergências. E porque aprendemos ao longo de muitos anos de trabalho que é possível estabelecer produtivos projetos de entendimento, mesmo onde não é possível afastar divergências”. A responsabilidade de ser português, sessão onde os convidados falam à plateia sobre os desafios e a responsabilidade de ser Português, numa perspetiva Económica, Sociológica, Histórica e Visão de Futuro; Sustentabilidade no turismo: Desafios e responsabili-dade, onde o peso e a importãncia do desenvolvimento de práticas de sustentabilidade dos destinos turísticos, nas empresas e no negócio turístico de uma forma ge-ral, estará em destaque; Desafios da distribuição aé-rea, em que se falará do estado das relações entre agências de viagens e a IATA, o NDC (New Distribu-tion Capability), formas de pagamento, entre outros aspetos; Marketing digital: Oportunidades e desafios, tanto ao nível dos destinos como das empresas; bem como os desafios do MI em Portugal, atratividade, sa-zonabilidade, entre outros, são algumas das questões que serão examinadas neste congresso de Évora.

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Apoio a congressos: Lisboa é descriminada segundo Vítor Costa

CONGRESSO DA APAVT EM ÉVORA

Enfrentar desafios do futuro e cumprir responsabilidades

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2014 / DEZEMBROEm Foco

O ALENTEJO garante também, pela voz do seu presidente, António Ceia da Silva que “não deixamos os créditos por mãos

alheias”, assegurando o empenho em que o XL Congresso da APAVT venha a ser “o melhor de sempre” e “à boa maneira alentejana”. Até porque o Alentejo tem capacidade para receber este tipo de ini-ciativas.Um destino que, enquanto marca, como está hoje for-matado, é trabalhado apenas há cinco anos, mas com provas dadas. Hoje afirma-se como destino em cresci-mento e de excelência na arena do turismo nacional e internacional. “E não fizemos sozinhos, não é o Ceia da SILVA, não é a Entidade (Regional) e a agência (de Promoção Turística). Não, são muitos anónimos. Um destino turístico é feito desde o empregado que está na restauração ao diretor de hotel, ao empresário, ao agente de viagens, a todos aqueles que trabalham todos os dias para um destino turístico com qualidade”, frisou Ceia da Silva, que realçou ainda que o Alentejo “hoje já reconhecido de uma forma muito meritória do ponto de vista internacional.“O que é certo é que tínhamos um hotel de cinco es-trelas há três anos e temos hoje nove”, frisou ainda o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, que também se referiu ao tema escolhido pela APAVT como uma escolha feliz “porque se há hoje um papel determinante no turismo é a questão da ética social, é a questão da responsabilização, é a questão de nós pensarmos que um destino turístico só se qualifica com ética social, com responsabilidade e com qualida-de”.“E a qualidade não é na venda” prosseguiu Ceia da Silva, sustentando que “a qualidade é no trabalho que temos de fazer todos os dias para prepararmos um des-tino turístico com qualidade e com excelência.”A Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo reconhece o estatuto da região e elogia o trabalho de-senvolvido pelos parceiros regionais.Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Alentejo foi a região que registou a maior subida na ocupação hoteleira no primeiro semestre deste ano, comparativamente com igual período de 2013.Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo, valori-za o trabalho dos empresários e das autarquias e refere que há, por parte de todos os parceiros, a preocupação de “fazer sempre muito bem”.

TURISMO RESPONSÁVELO presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo disse que a região vai estar nos primeiros 15 destinos turísticos do mundo a requerer a certificação Biosfera Turismo Responsável, no âmbito da UNESCO.

António Ceia da Silva, que falava na sessão de apre-sentação do Plano de Atividades da ERT do Alentejo e Ribatejo aos agentes económicos e autarcas, apontou a certificação de destinos turísticos como essencial para a região, adiantando que a 15 de janeiro será feita a assinatura de compromisso com o Instituto de Turismo Responsável, financiado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultu-ra) e membro da Organização Mundial do Turismo e do Conselho Global do Turismo Sustentável.A região do Alentejo e Ribatejo estará neste processo com 14 outros destinos mundiais, que incluem Barcelo-na, Londres, Paris, entre outros, afirmou.Ceia da Silva disse esperar que a certificação, um pro-cesso que, para abranger toda a cadeia de valor, decor-rerá até 2020, tem que ser “prioritário nos Programas Operacionais Regionais e nos financiamentos do Turis-mo de Portugal”, de forma a haverfinanciamento para as melhorias que será necessário conseguir para garantir a certificação.O plano de atividades prevê ainda a criação de novos produtos turísticos, a institucionalização das redes de oferta, o reforço do marketing digital, a internacionali-zação de destino.A ERT Alentejo/Ribatejo quer criar um Conselho inter-setorial do Turismo, que reúna todas as estruturas des-centralizadas que têm que emitir pareceres e ativar o Conselho de Promoção Integrada, de forma que quando um produto se apresenta noutro país seja acompanhado por outros setores, adiantou.À certificação de destinos, o plano junta, como funda-mental, a implementação de redes de oferta ligadas a operadores de turismo, sublinhando Ceia da Silva que a região abarca 38% do território nacional e que tem que ter “corredores turísticos de homogeneidade terri-torial”.O plano propõe a criação de Plataformas Logísticas Rurais, dando como exemplo os Roteiros Enogastronó-micos do Ribatejo que vão ser vendidos brevemente por operadores.“Se não tiverem comercialização não existe”, afirmou, adiantando que o objetivo é levar os turistas aos locais onde se fazem os produtos tradicionais da região, desde as compotas, aos vinhos, aos enchidos, entre outros.

A criação de uma plataforma de venda e de um sistema de monitorização, para saber quem visita e qual a sua opinião sobre as diferentes vertentes da oferta, são ou-tros objetivos, tendo hoje sido sugerida igualmente uma aposta na formação de recursos humanos, em parce-ria com o ensino superior da região. Para o Ribatejo, a ERT considera essencial a criação de uma linha de comunicação, tendo deixado à reflexão duas sugestões: “Saboravida” ou “É mesmo aqui ao lado – Ribatejo, tanto tão perto”.Entretanto, em várias intervenções, Ceia da Silva tem referido que a Entidade Regional de Turismo do Alente-jo e Ribatejo vai sofrer, em 2015, um corte de 20% nas transferências do Orçamento de Estado.As Entidades que gerem o setor turístico em Portugal são confrontadas com a redução dos orçamentos para o próximo ano. Recentemente reuniram-se com os Gru-pos Parlamentares na Assembleia da República a quem mostraram a sua indignação. O presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo lembrou que o turismo “é vital” para o país. Ceia da Silva mostrou-se preocupado com os cortes num setor que representa 16% do PIB (Pro-duto Interno Bruto) indireto. O mesmo responsável não aceita uma redução tão significativa”.

DUAS REGIÕES – UM SÓ RUMOO Alentejo é uma extensa região, essencialmente rural e escassamente povoada, que ocupa cerca de um terço do território nacional. A beleza da paisagem e a qualidade do seu património arqueológico, monumental, arquitetó-nico e etnográfico, a par da excelência da sua gastrono-mia e vinhos, conferem-lhe condições de exceção para uma descoberta que associe o turismo de natureza e o turismo cultural.Fazem parte desta região concelhos como Évora, Por-talegre, Sines, Beja, Aljustrel, Ferreira do Alentejo, Al-vito, Serpa, Portel, Santiago do Cacém, Ourique, Castro Verde, Odemira, Estremoz, Redondo, Arronches, Borba, Monforte, Campo Maior e muito mais.Já o Ribatejo pode considerar-se, pela sua localização, o coração de Portugal. Cruzada pelas melhores vias ro-doviárias e ferroviárias, é nesta região que se encontra o Portugal de Norte a Sul, tendo o Rio Tejo como elo de união, com uma centralidade geográfica única, abrindo-se ora às montanhas das Beiras, ora à brisa do mar do Oeste, ora às planícies do Alentejo.À beleza desta miscelânea de paisagens aliam-se o património monumental e arquitetónico e as tradições ribatejanas, onde são presença obrigatória o touro, o cavalo, o campino e o fandango. Tudo isto acompanhado pela sua deliciosa gastronomia e os vinhos de excelência. Constituem o Ribatejo os concelhos de Santarém, Rio Maior, Cartaxo, Alcanena, Constância, Abrantes, Tomar, Ourém, Entroncamento, Golegã, Almeirim, Alpiarça e Chamusca.

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Alentejo afirma-se como destino em crescimento e de excelência

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CANTE ALENTEJANO conquistou o título de Pa-trimónio Cultural Imate-

rial da Humanidade, após a decisão tomada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ci-ência e a Cultura (UNESCO).Esta manifestação cultural do povo alentejano viu assim reconhecido o seu valor universal após um longo processo que, liderado pela Entidade Regional de Turismo e a Câmara Municipal de Serpa – com a colaboração de outras entidades públicas e privadas do terri-tório – teve início em 2011, com a pre-paração dos trabalhos técnicos e cien-tíficos que sustentaram a candidatura.Valorizar e salvaguardar um bem úni-co da Região – um dos símbolos maio-res da identidade, tradição, força e ca-ráter do povo que o expressa e preserva – foram as premissas bases do projeto de âmbito regional que valeu ao Cante a elevação, pela UNESCO, à categoria de Património da Humanidade.Para a Turismo do Alentejo, a conquis-ta deste selo da UNESCO é, acima de tudo, uma homenagem ao Alentejo e às suas gentes e o reconhecimento da grandeza de um bem identitário e sin-gular, de um território que se qualifica e ambiciona a certificação, apostando no que é único e diferenciador.Ainda segundo a Entidade Regional do Turismo, o título de Património Cultu-ral Imaterial da Humanidade atribuído ao Cante vai permitir alavancar, nos di-ferentes mercados turísticos, o marke-ting e a promoção do Destino Alentejo.A Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo congratula-se igualmente com a classificação do Cante Alentejano. Nas palavras do presidente da ARPTA, Vitor Silva, o selo da UNESCO vai contribuir, em muito, para o processo de internacio-nalização da Região.Recorde-se ainda que a Turismo do Alentejo está a elaborar u Plano Ope-racional de Suporte ao Desenvolvi-mento e Dinamização do produto “Pa-trimónio da Humanidade no Alentejo” que visa otimizar a promoção e comer-cialização de um produto estratégico para uma Região que ostenta agora

três selos da UNESCO, nomeadamente o Centro Histórico de Évora, as Forti-ficações de Elvas e o Cante Alentejano.No âmbito do Plano, a Entidade Re-gional de Turismo pretende também implementar ações ligadas à valoriza-ção das dinâmicas turísticas – como por exemplo através de programas de visitação ou da edição de livros de prestígio – e requalificar o património edificado. No que respeita ao Cante, já no próximo ano, vão ser fundadas Casas de Cante e criados roteiros em torno desta expressão cultural.A nomeação portuguesa foi considera-da “exemplar” pelo órgão de avaliação da UNESCO – o chamado “corpo sub-sidiário” – cujos membros se declara-

ram “unânimes sobre a qualidade des-ta candidatura”.Portugal foi convidado a “intervir para partilhar a sua alegria” e 21 membros do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, todos homens, sur-giram em palco nos seus trajes rurais, chapéus pretos e cajados, e cantaram, durante breves minutos, a canção Alentejo, Alentejo.Telemóveis e tablets despontaram um pouco por toda a grande sala da UNESCO, para registar o momento.O Cante é a terceira nomeação portu-guesa a ser consagrada internacional-mente pela UNESCO, depois do fado em 2011, da dieta mediterrânica em 2013 (uma candidatura apresentada

em conjunto com Espanha, Marrocos, Itália, Grácia, Chipre e Croácia). A lista representativa do património cul-tural imaterial da humanidade existe desde 2008.O presidente da República, Cavaco Sil-va, felicitou os grupos de cante alen-tejano, distinguidos como Património Cultural Imaterial da Humanidade pelo Comité Internacional da UNES-CO, salientando tratar-se de uma ho-menagem a um “canto do povo”.Cavaco Silva salienta que a cultura portuguesa é “colocada em destaque no panorama internacional”, adian-tando que se homenageia uma “arte que nasceu de uma tradição vernacu-lar e rural, um canto do povo, que é

tão belo como as planícies do Alentejo onde nasceu.”De acordo com a nota de Cavaco Silva, o Cante Alentejano traduz “os valores de um povo através das modas, poe-mas tradicionais cantados sem recurso a acompanhamento de instrumentos musicais”.Desta forma, prossegue o presidente da República, é “essencial preservar esta poética e riqueza musical e asse-gurarmos a sua transmissão às próxi-mas gerações”, sublinhando que o can-te é “a marca e um sinal de um povo”, assim como “a expressão mais genuína e autêntica da sua identidade”.Para o governante, a consagração a património cultural vai “contribuir

para um maior conhecimento e sal-vaguarda desta expressão musical” e será um incentivo à sua divulgação, especialmente entre os mais jovens, refere.O primeiro-ministro Pedro Passos Coe-lho manifestou um “sentimento de or-gulho” pelo reconhecimento do cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organi-zação das Nações Unidas para a Edu-cação, Ciência e Cultura.Em comunicado enviado à agência Lusa, Pedro Passos Coelho partilha o “sentimento de orgulho pelo re-conhecimento do cante alentejano a património cultural” e destaca que a consagração pela UNESCO é “a devi-da homenagem à grande comunidade do cante alentejano”, especialmente aos seus intérpretes, “que o elevaram a uma arte vibrante e plenamente con-sagrada.Passos Coelho lembra que a distinção é o “esperado e merecido tributo” a uma das referências culturais que “melhor reflete a identidade e a his-tória de uma comunidade e de uma região”, assim como uma “forma de expressão musical única” que se pre-tende continuar a “valorizar e divul-gar”, agora com o estatuto reforçado de “legado mundial”.O primeiro-ministro mostra-se tam-bém confiante de que a inscrição do cante alentejano na “prestigiada lis-ta” permita que Portugal se reforce internacionalmente na divulgação da “riqueza e da diversidade da cultura portuguesa”.O secretário de Estado da Cultura, Jor-ge Barreto Xavier, congratulou-se com a classificação do cante alentejano como Património da Humanidade pela UNESCO, realçando a disponibilidade do Governo para “ajudar a projetar” esta prática cultural. “É um dia mui-to feliz para Portugal. O Governo está muito feliz por este trabalho conjunto que foi desenvolvido”, disse à agência Lusa o governante que tutela a pasta da Cultura. Segundo Barreto Xavier, o executivo “está disponível para ajudar a projetar, nacional e internacional-mente, o cante alentejano”.

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O Cante do Alentejo já é património mundial e UNESCO

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TURISMO DO ALENTEJO E RIBATEJO criou uma agenda para o desenvolvimento do turis-

mo rural na sua zona de ação, a implementar até 2020, setor que já represen-ta 25% da oferta global de alojamento na região, que dispõe de quatro mil camas.A Entidade Regional de Turismo aponta cinco vetores na sua agenda: a certificação de toda a cadeia de valor do Turismo Rural; a institucionalização e a capacitação das Redes de Oferta; a Criação dos Corredores Turísticos; a constituição das Plataformas Logísticas Rurais e, por último, a digitali-zação da promoção turística e a adoção de uma estratégia concertada e profissional de comunicação on-line.Estas são algumas das conclusões saídas do Congresso Internacional de Turismo Rural, realizado em Reguengos de Monsaraz.O Congresso lançou o repto ao Instituto Nacional de Estatística para que “integre o mais rápido possível e na plenitude, os em-preendimentos de turismo rural nas estatísti-cas do turismo nacional”.Durante um dia e meio reputados especialis-tas nacionais e internacionais discutiram com uma audiência predominantemente constituída por empresários, promotores turísticos, autarcas, técnicos e académicos, a agenda do desenvolvimento do turismo rural para os próximos anos.A Turismo do Alentejo/Ribatejo encerrou o Congresso já a pensar nos novos desafios e projetos, nos domínios da estruturação do produto, da comunicação, da pro-moção integrada, do apoio à comercialização e à venda e da internacionalização, cuja base técnica e estratégia foi nestes dois dias debatida e perspetivada.As redes e as associações de turismo rural que as su-portam, o posicionamento do turismo rural nos canais on-line – redes sociais, plataformas de venda, sites de partilha – e as estratégias de branding e comunicação, ocuparam grande parte da discussão do Congresso e é também nesses temas que será centrada a agenda de intervenção da ERT no curto e médio prazo.Essa agenda para o desenvolvimento do turismo rural do Alentejo e no Ribatejo, a implementar até 2020, será constituída por cinco vetores principais que se descrevem sucintamente.

NOVOS DESAFIOSO primeiro vetor que é estratégico para o destino passa pela certificação de toda a cadeia de valor do Turismo Rural.Certificação para fazer o up-grade da Oferta de forma gradual e abrangente, procurando chegar a todo o mix

de atividades, de atrações e de equipamentos nas áreas rurais.Foi constatado com satisfação neste Congresso que este desígnio encontra correspondência com uma das prioridades da estratégia dos fundos estruturais e de investimento regional para o período 2014-2020 no Alentejo e Ribatejo, que é precisamente a Qualificação e Valorização da Oferta.O segundo vetor incide na institucionalização e na ca-pacitação das Redes de Oferta que pretendemos criar e reforçar em todo o território.Rede foi provavelmente a palavra mais ouvida durante o Congresso, mas isso de pouco servirá “se não conse-guirmos conferir-lhe o alcance, o significado e a escala adequados. Por isso foi importante discutir em Reguen-gos de Monsaraz, ouvindo exemplos de boas práticas nacionais e internacionais, o papel das organizações de turismo rural na organização do produto, no branding, na comunicação e na venda, tendo como pano de funco as oportunidades de financiamento do próximo ciclo de política comunitária 14-20, mais permeável a am-bientes de inovação e à contratualização de resultados, tanto para o lado público, como para os promotores privados, refere texto das conclusões.Alguns atributos são essenciais para que as Redes gerem negócio e valor acrescentado para o território e seus “acionistas”, atuando na ligação virtuosa dos serviços de base rural e na comunicação eficaz com

o cliente, global mas ao mesmo tempo cada vez mais segmentada.Alguns desses requisitos passam pela cum-plicidade estratégica entre os associados das Redes e necessidade do aparecimento de lideres empresariais, definição de um conceito de produto que encontre eco nas di-nâmicas e preferências da procura, mas que esteja ligado ao território, escala adequada das Redes para que tenham simultaneamen-te peso de mercado e identidade e coesão internas, são desafios de monta para os quais a ERT quer providenciar rapidamente respostas.Neste campo, a ERT desenvolverá um pro-grama completo e faseado de assessoria para capacitar estas Redes, devendo con-vocar para esse esforço a abordagem pluri-fundos Leader e outros instrumentos regula-mentares do PO Regional 2020, suscitando igualmente o apoio do Fundo Social Euro-peu na dimensão da qualificação e formação dos atores do turismo rural, imprescindível para que o setor alcance maiores níveis de profissionalismo e qualidade.Esta abordagem integrada aos Fundos Estruturais 14-20 implica que a ERT se

posicione não só como entidade beneficiária, mas igualmente como agente de definição das políticas, nomeadamente no seio da Estratégia Regional de Es-pecialização Inteligente, em que pelo menos três domí-nios, o do “Património, Indústrias Culturais e Criativas e Serviços de Turismo”, o da “Alimentação e Flores-tas” e o da “Economia dos Recursos Naturais”, con-correrão para a dinamização e inovação das atividades turísticas em meio rural.

CRIAÇÃO DE CORREDORES TURÍSTICOSConjugado com a ideia de Rede, surge a criação dos Corredores Turísticos, projeto que queremos executar em parceria com as Comunidades Intermunicipais e que constitui o terceiro vetor da nossa agenda de de-senvolvimento. Trata-se de figuras inovadoras que fun-cionarão como veículos de oferta, servindo de suporte à distribuição dos turistas por zonas do território mais periféricas.O quarto vetor apoia-se na criação das Plataformas Logísticas Rurais, as quais pretendem estimular o escoamento dos produtos endógenos para a atividade turística, ajudando a rentabilizar as designadas cadeias curtas de produção, que queremos incentivar.O quinto vetor passa pela digitalização da promoção turística e pela adoção de uma estratégia concertada e profissional de comunicação on-line, que retire o Tu-rismo Rural do quase anonimato em que se encontra.

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Alentejo e Ribatejo criam agenda para Turismo Rural

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ALGUMAS DAS MAIORES CADEIAS HOTELEIRAS estão de olhos postos em África. Grupos como o Marriott, Hilton, Starwood e Intercontinental estão a focar o cres-cimento da sua quota de mercado naquele continente, como refere o “Financial Times”. No ano passado estavam projectados mais de 200 novos hotéis para a região.O Grupo Marriott, no ano passado, adquiriu o Proteal, uma cadeia hoteleira que está espalhada em sete países em África. “Sinceramente eu acho que África será o ‘next big thing’”, disse Michael Wale, o responsável para a Europa, Médio Oriente e África da Starwood, citado pelo “Financial Times”.Apesar desta dinâmica de crescimento, o responsável pelo Médio Oriente e África do Grupo Marriott, Alex Kyriakidis, citado pelo “Financial Times”, alertou que grande parte dos turistas que chegam a África não gostam de ficar nas grandes cadeias hoteleiras, preferem vivenciar outras dinâmicas de viagens.O perfil do turista que vai a África, é um turista que gasta bastante. Segundo a consultora Mercer, a capi-tal de Angola, Luanda, e N’Djamena, capital do Chade, estão entre as cinco cidades mais caras do mundo das viagens de negócios. Em Luanda dificilmente conseguirá pagar menos de 500 dólares por noite, num hotel de categoria de negócios, de acordo com a Mercer.

Alguns analistas referem que o continente Africano tem um obstáculo para que esta expansão se consolide: a dispersão. Este é uma região com mil milhões de pessoas, espalhadas por 54 países que se distinguem por vários sistemas legais, várias línguas. Já a China tem praticamente a mesma população, apenas com um sistema legal, uma língua.No ano passado estavam projetados para a região 207 unidades hoteleiras, mais 40% do que o verificado em 2011, de acordo com o W Hospitality Group. O grupo Accor lidera o grupo com 30 hotéis projetados, enquanto o Carlson Rezidor prevê construir 28 e o Marriott 22, Starwood 15 novos hotéis e o Hilton mais 17.A Nigéria é um dos países mais dinâmicos, com um investimento previsto de 49 novos hotéis e 7.500 quartos planeados. O Quénia, Gana e o Gabão também pare-

cem estar bem posicionados.Já são várias as cadeias hoteleiras portuguesas que estão no continente Africano. O Grupo Pestana é o mais recente investidor no continente, com um projecto previsto para Luanda, a capital de Angola.Em 2012, segundo os dados da Organização Mundial de Turismo, o número de turistas estrangeiros em África atingiu os 50 milhões, pela pri-meira vez, atingindo uma receita de 33 mil milhões de euros. As estimativas para 2020, apontam para um cresci-mento até aos 85 milhões de turistas.

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2014 / DEZEMBROEm Foco

Nesta área e transversalmente a toda a nossa atividade promocional, a ERT imprimirá um novo fôlego ao posi-cionamento e comunicação on-line do destino, através da execução do programa Alentejo/Ribatejo 3.0, que apostará, entre outras dimensões, no lançamento de uma plataforma de apoio à venda e de um sistema de CRM associado, tornando o marketing do destino mais direcionado e relacional.Com a Agência Regional de Promoção Turística traba-lhar-se-á o desdobramento da estratégia nos mercados internacionais.Mas todo este trabalho de planeamento requer inteli-gência de mercado e para isso “é necessário dispor-se de informação sobre os hóspedes, dormidas, taxas de ocupação e proveitos. Tanto mais que o conhecimento do cliente do turismo rural constitui um dado funda-mental para definir estratégias de marketing, basta pensar na mutação do respetivo perfil que está a acon-tecer, com cada vez maiores franjas do segmento urba-no a quererem experienciar as atividades e as ofertas associadas ao Turismo Rural”, indica o documento.

Segundo as conclusões do Congresso, o Turismo Rural na sua expressão de alojamento tem também que dei-xar de ser o parente pobre do edifício estatístico do turismo em Portugal. É por isso que deixamos aqui o repto ao INE para que integre o mais rápido possível e na plenitude, os empreendimentos de turismo rural nas estatísticas do turismo nacional”.O sucesso deste Congresso será também avaliado pelo cumprimento futuro das propostas e dos desafios que daqui sairão.Um primeiro balanço do trabalho realizado fica pro-metido para daqui a dois anos, quando em Outubro de 2016 o Alentejo/Ribatejo receber o 6º Congresso Europeu de Turismo Rural e a 2ª Conferência Intercon-tinental de Turismo Rural.Eram provenientes da Lituânia, Espanha, Alemanha, Holanda, França, Reino Unido, Brasil e Portugal. Es-pecialistas europeus e sul-americanos convergiram para Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, onde cerca de 600 pessoas debateram, em congresso, a atualidade e os desafios do turismo rural. Uma oportunidade para

aprofundar um setor que convive bem com as potencia-lidades do território, embora seja “preciso fazer uma renovação, um ‘up-grade´ e aproveitar os dinheiros co-munitários nos próximos sete anos contribuindo par a qualificação do Alentejo e RibatejoEnquanto destino turístico, conforme afirmou o presi-dente da ERT, António Ceia da Silva. “Temos quatro mil camas, somos a segunda região do país em termos de oferta e, há pouco tempo, eramos a primeira em pro-cura”, sublinha Ceia da Silva.Números fidedignos não existem, lamenta Ceia da Sil-va, indicando que o Instituto Nacional de Estatística “não tem dados sobre o turismo em espaço rural”. Ain-da assim, nas contas deste organismo, “o setor repre-senta cerca de 25%” da oferta global de alojamento.No plano económico, o setor é uma mais-valia, pois, em muitos casos, “é a única empresa que dá suporte, dá vida e qualifica determinados centros rurais de baixa densidade”, lembra o presidente da ERT, sublinhando que, assim, é o turismo rural que “cria empregos e di-namiza essas localidades”.

Reguengos de Monsaraz eleita capital do vinho 2015

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Pessoas e factos 10 V I A J A R

2014 / DEZEMBRO

Projeto do Mercado do Bom Sucesso vence prémio nos EUA

Hertz oferece sistema de retenção adequado aos mais pequenosA PENSAR NA SEGU-RANÇA DOS MAIS PE-QUENOS, a Hertz, líder mundial no aluguer de au-tomóveis, disponibiliza gama de cadeiras de bebé, apro-priadas para bebés e crianças com peso entre os 0 e os 36 kg, para colocar na viatura de aluguer Hertz.Para garantir que toda a fa-mília viaja em segurança, é importante adequar o sistema de retenção à idade e peso da criança e, por essa razão, a Hertz disponibiliza soluções para todas as crianças. Os sistemas de retenção adequados evitam que as crianças sofram ferimen-tos ou reduzam a sua gravidade. Este equipamento está disponível em qualquer uma das 68 estações em Portugal.

O PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO MERCADO DO BOM SU-CESSO, no qual está integrado o Hotel da Música, no Porto, foi um dos quatros vencedores europeus distinguidos pelo Global Awards for Excellence do Urban Land Institut, de Nova Iorque.Na 36º edição, o Global Awards for Excellence do Urban Land Ins-titut premiou projetos imobiliários com elevado padrão de excelência nas áreas do design, construção, economia, planeamento e gestão e os vencedores “demonstraram alta qualidade, uso inovador do terri-tório do projeto de construção” segundo o Leanne Lachman, presi-dente da consultoria imobiliária Lachman Associates.A requalificação do edifício de 1952 ficou ao cargo da arquiteta Rosário Rodrigues de Almeida, que considerou o projecto aliciante por possibilitar a criação através de um novo conceito de espaço multiusos, com área para a restauração, um hotel de quatro estrelas, quiosques, lojas e um espaço para os frescos.Os Global Awards for Excellence reconheceram 13 projetos - três na Ásia, seis nos Estados Unidos e quatro na Europa, entre os quais o Mercado do Bom Sucesso, no Porto. Um prémio que veio reforçar a excelência do edifício onde está in-tegrado o Hotel da Música e que representa mais um dos muitos motivos para visitar o hotel e restaurante incorporados no interior do convidativo mercado.

COM HOTÉIS EM PORTUGAL E NO BRA-SIL, o Grupo Dom Pedro Hotels efetuou uma reestruturação a nível dos quadros superio-res, de forma a tornar o grupo hoteleiro mais dinâmico e sustentável.No Grupo Dom Pedro- Diretor de Operações para Portugal e Brasil - José Paulo Ramada; Diretor de vendas e Marketing para Portugal e Brasil – Pedro Ribeiro. Em Lisboa - diretor do Hotel Dom Pedro Palace – Paulo Mesqui-ta.No Algarve - diretora do Hotel Dom Pe-dro Golf Resort – Rosa Custódio; Diretora do Hotel Dom Pedro Marina – Alexandra San-tos; Diretor do Hotel Dom Pedro Portobelo e Meia Praia Beach Club – Fernando Rito. Na Ilha da Madeira - diretor do Hotel Dom Pedro Baía e Dom Pedro Garajau – Guiller-mo Fernandez; Sub-diretora e responsável de Vendas do Hotel Dom Pedro Baía e Dom Pe-dro Garajau – Carla de Sousa. No Brasil - ge-rente geral do Dom Pedro Laguna – Emanuel Freitas; Gerente de vendas – Gisele Gurgel.Com mais de 45 anos de experiência o grupo Dom Pedro Hotels tem 8 hotéis em Portu-gal em Lisboa, no Algarve e na Ilha da Ma-deira, e em pleno Ceará, no Brasil, o Dom Pedro Laguna Beach Villas & Golf Resort. Um Resort exclusivo entre a praia e o Golfe construído ao longo de uma lagoa de 15,000 metros quadrados, com uma frente de 200 metros de mar. Cada Dom Pedro é um hotel único, sendo valorizado pelo charme do seu destino, pela decoração, pelo conforto e pelo serviço excepcional que a Dom Pedro Hotels proporciona.

OS HOTÉIS DOM PEDRO GOLF E DOM PEDRO MARINA EM VILAMOURA, foram premiados com o prémio “Quality Award” do operador britânico Jet2holidays, um dos mais importantes operadores Ingleses para o Al-garve. Este prémio reconhece a qualidade das ins-talações e a excelência de serviço oferecidos pelo hotel, que se reflete num alto nível de satisfação dos clientes. Estas distinções são

muito importantes, pois resultam das opiniões dos clientes da Jet2Holi-days, sendo os próprios a destacarem a qualidade das instalações e serviço das unidades hoteleiras.

Conhecido como o “pai” do turismo português, André Jordan acaba de ser distinguido pelos World Travel Leader Awards pelo seu contributo para o desenvolvimento do Turismo no Algarve. O prémio World Travel Leaders Award 2014 vem distingui-lo entre as 12 pessoas mais influentes do turismo a nível mundial. A distinção foi anunciada ontem, em Londres, durante o WTM – o maior e mais participado evento da indústria do turismo – que comemora este ano a sua 35ª edição. Os nomeados do World Travel Leaders Awards foram previamente selecionados pelos principais media partners da iniciativa, sendo os vencedores escolhidos por um painel de jurados composto por eminentes personalidades do setor. Simon Press, diretor sénior do World Travel Market reforçou que “André Jordan foi fundamental para ajudar a desenvolver e transformar o Algarve no conhecido e belo destino de férias que é atualmente”. Dedicado a celebrar as maiores conquistas do setor desde 1980 e a perspetivar os seus caminhos e suces-sos futuros, o WTM 2014 reuniu, durante 4 dias, mais de 50.000 profissionais da indústria das viagens e turismo, ministérios governamentais e imprensa internacional, promovendo o encontro entre estes diver-sos players para identificar tendências de evolução deste setor para os próximos 35 anos. O enfoque principal foi desta vez para os mer-cados de entrada e saída da Europa.

André Jordan distinguido entre os 12 mais influentes do turismo em todo o mundo

Novas caras no Grupo Dom Pedro Hotels

Hotéis Dom Pedro Golf e Dom Pedro Marina premiados pelos clientes britânicos

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Pessoas e factos11V I A J A R

2014 / DEZEMBRO

COM PATROCÍNIO

www.europcar.pt

Novo a partir de Faro: com a airberlin até Zurique

Luna Miramar com novo Health Club

City breaks lideram preferências dos turistas

A PARTIR DE AGORA, JÁ É POSSÍVEL RESERVAR BI-LHETES DE AVIÃO para Zu-rique com a airberlin, para o pró-ximo verão. A partir de 2 de abril de 2015, a airberlin voará todas as quintas e todos os domingos para a maior cidade da Suíça. Zurique oferece um circuito cultural dinâmi-co, uma vida noturna vibrante e diversas possibilidades de ir às compras. A nova ligação da airberlin entre Faro e Zurique complementa a atual oferta de voos da companhia aérea com destino a Berlim, Dusseldorf, Hamburgo e Munique. A airberlin é uma das principais transportadoras aéreas na Europa e voa anu-almente para 171 destinos no mundo inteiro. Em 2013, a segunda maior com-panhia aérea da Alemanha transportou mais de 31,5 milhões de passageiros. Graças à parceria estratégica com a Etihad Airways, que detém uma partici-pação de 29,21 por cento da airberlin, e à adesão à aliança entre companhias aéreas oneworld, a airberlin possui uma rede global de rotas. A companhia aérea com o serviço premiado oferece, juntamente com 19 companhias aéreas, voos para o mundo inteiro que partilham o mesmo código de voo. A frota tem, em média, cinco anos e é uma das frotas europeias mais modernas e ecologi-camente eficientes.

AS CITY BREAKS SÃO UMA TENDÊNCIA de viagens a nível europeu. Segundo a ABTA (Associa-tion of British Travel Agents), no último ano as city breaks ultrapassaram o destino “praia” no top de destinos de férias mais populares: 42% dos inquiri-dos optou por este modelo de férias. De acordo com a mesma fonte, os turistas dos 25 aos 34 anos de idade são os maiores fãs de city breaks (50%), seguido de perto pelos indivíduos entre os 35 e 44 anos de idade (45%). Os destinos europeus estão cada vez mais acessíveis e consequentemente mais populares. A possibilidade de passarem poucos, mas intensos dias numa cidade atrai principalmente dois tipos de turistas: os que viajam para uma cidade com o intuito de visitar atrações relacionadas com uma variedade de temas (his-tórico, cultural ou social) e os que têm como objetivo visitar atrações e viver experiências relativas a um tema específico, como assistir a um evento musical, teatral, cinematográfico, desportivo ou de moda.

O HOTEL LUNA MIRAMAR EM ALBUFEIRA apresenta um novo espa-ço dedicado à saúde e bem-estar. Em funcionamento desde o final de outubro, o Health Club do Hotel dispõe de piscina interior aquecida, ginásio, sauna, jacuzzi, sala de fitness e sala de massagens. Este novo espaço proporciona um ambiente de conforto e tranquilidade, ideal para repor energias, revigorando corpo e mente. O Health Club do Luna Miramar encontra-se em funcionamen-to diariamente entre as 10h00 e as 19h00. O Hotel reabriu no passado mês de Abril depois de obras de remodelação.

Ricardo Pereira é o pro-tagonista da nova cam-panha da Europcar para promover a frota Prestige. O ator veste a pele de cliente para divulgar a frota Prestige da rent-a-car, e mostrar que condu-zir um carro topo de gama está ao alcance de todos, por preços acessíveis. A escolha de Ricardo Pereira para aquela que é a primeira campanha da Europcar na qual figura uma cara conhecida, prende-se pelo facto de o ator ser um apaixonado confesso pela condução e pelos automóveis e por apresentar um perfil que se identifica com o do cliente da Frota Prestige: um cliente que valoriza a experiência de condução e procura um carro de gama superior à sua ima-gem, mas que não pres-cinde de usufruir destes benefícios aos melhores preços“, como explica Fernando Fagulha, Diretor de Vendas e Marketing da Europcar. No âmbito desta campa-nha, a Europcar oferece o benefício de um desconto de 50€ em cupão que pode ser deduzido no valor total do aluguer (utilizável em alugueres futuros), em reservas feitas em www.europcar.pt. A campanha é válida para todos os modelos da frota Prestige, que inclui Mercedes-Benz ou BMW, entre outras marcas prestigiadas, até 31 de dezembro de 2014. A campanha, da autoria da Wunderman, será alvo de uma forte aposta em comunicação, em mupis, imprensa, rádio e web.

Ricardo Pereira dá a cara pela frota prestige da Europcar

CINCO HOTÉIS PORTUGUESES disponíveis para reservas imediatas na Abreu online foram re-centemente distinguidos nos Prémios Excelências Condé Nast Johansens.Casa da Calçada de Amarante; The Yeatman Hotel, em Gaia-Porto; Myriad by Sana Hotels, Epic Sana Lisboa, ambos na capital e o Epic Sana Algarve, em Albufeira, são as unidades que saíram vencedoras na região Europa Mediterrâneo, no evento promovido pela Casa de Guias Exclusivos sobre os locais mais luxuosos, do grupo Condé Nast.Os cinco vencedores consagraram-se nas categorias de Best Newcomers - Prémio Revelação (Casa da Calçada de Amarante); Best Dining Experience (The

Yeatman) e Best for Mee-tings (Myriad by Sana Ho-tel). Os pré-mios Readers Awards atribu-ídos aos Sana

Lisboa e Algarve foram resultado dos votos dos leitores. Recorde-se ainda que os restaurantes da Casa da Calçada de Amarante e do The Yeatman são deten-tores, cada um, de uma estrela Michelin, tornando a experiência de estadia ainda mais inesquecível.Os Prémios Excelências distinguiram 16 categorias, tendo estado em fase de nomeação 9 hotéis em Por-tugal. Realizados em Londres, estes prémios confir-mam, desta forma, a qualidade da oferta disponibili-zada pelo Sistema de Reservas nacional.

A MARRIOTT INTERNATIONAL anunciou planos de oferecer aos membros do programa Mar-riott Rewards em todo o mundo, internet wi-fi gratui-ta, quando efetuarem suas reservas diretamente pelo Marriott.com, ou ainda no “Call Center”da cadeia, no aplicativo Marriott ou ainda nos hotéis.“Os membros do programa pediram internet gratui-ta e estamos respondendo a esse apelo. Internet grá-tis é uma ótima maneira de recompensar nossos hós-pedes fiéis e atrair os viajantes da nova geração”, diz a vice-presidente executiva e chefe do departamento comercial & marketing da Marriott International, Stephanie Linnartz. O benefício da Marriott Rewar-ds está disponível nos hotéis das bandeiras Marriott Hotels, JW Marriott, Renaissance, Gyalord Hotels, Autograph Collection, AC Hotels by Marriott e Mar-riott Executive Apartments, Clientes Platinium ou Gold continuam tendo benefício de “upgrade” de conexão, onde estiver disponível.

Prémios Condé Nast Johansens distinguem hotéis da Abreu online

Marriott oferece wi-fi para clientes da Marriott Rewards

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TQ (TRAVEL QUALI-TY) tem vindo a cres-cer de ano para ano. O projeto que se iniciou

em 2008 já vai faturar este ano, só no outgoing, um total de 16,7 milhões de euros, o que se traduz num crescimento razoável, tendo em conta os 14,5 milhões de eu-ros totalizados no ano anterior, enquanto na área do recetivo e dos congressos deverão gerar um volume de negócios na ordem dos 2,6 milhões de euros, contra os 2,3 no ano passado.Hoje, segundo o seu administra-dor, Vítor Filipe, “é uma agência que trabalha em três vertentes, sendo a principal o outgoing da parte das empresas, o incoming que também já tem alguma ex-pressão e, finalmente a organi-zação de congressos e eventos, iniciada em 2010, mas que ainda está a dar os seus primeiros pas-sos, mas que, mesmo assim tem corrido bem”. Com duas lojas abertas ao público, uma na Almi-rante Reis e outra em Alcântara, o lazer para já não é uma aposta, uma vez que em qualquer uma de-las mais de 90% da faturação é com empresas.De acordo com o executivo “a ní-vel do outgoing é o corporate que tem alavancado o mercado, gran-de parte das agências de viagens em Portugal, nomeadamente, a nossa. Com a crise que se gerou no país e a consequente falta de consumo interno, as empresas ti-veram que se virar para o exterior, aumentar as suas exportações e procurar novos mercados. Di-rei que o sucesso que temos tido tem-se baseado nesse nosso core business, precisamente pelo facto de termos feito a aposta certa, na altura certa”. Mesmo assim, é um setor “com margens muito esma-gadas. Mesmo assim, temos que saber oferecer um bom serviço, cativar os clientes e tentar obter

as melhores margens possíveis, tendo sempre em conta que a con-corrência é forte”.Quando partiu para este projeto, Vítor Filipe rodeou-se de um sta-ff “de primeira linha”. “O nosso objetivo foi sempre no sentido de apostar em gente com bastantes conhecimentos, com muitos anos de trabalho e que pudessem re-almente prestar um bom serviço aos clientes”.A parceria criada com ITP (In-ternational Travel Partnership ) também tem dado os seus frutos no que diz respeito à captação de novos mercados já que a empresa tem vindo a consolidar a sua área de recetivo. Segundo o empresá-rio, “este ano fizemos alguns in-vestimentos na procura de novos mercados e o facto de sermos par-

ceiros da ITP veio-nos alavancar para mercados que não existiam praticamente para Portugal, que continuarão a ser residuais, mas todos somados vão trazer um vo-lume interessante no futuro”.Embora os mercados tradicionais sejam o Brasil, França, Itália, Grécia e Turquia, a TQ tem es-preitado a Colômbia e a China. Sobre este enorme país asiático, Vítor Filipe acredita ser a hora de apostar no mercado chinês porque “quando começar a haver ligações diretas, quem já lá esti-ver é que vai beneficiar. Espero que haja uma companhia aérea que se interesse no Oriente. Temos a Emirates para o Médio Orien-te, mas para o Extremo Oriente só com conexões. A Emirates já cumpre uma meia lacuna, mas a

lacuna completa ainda não”.A ITP tem partners na China, Hong Kong e Singapura, onde aliás vai realizar o seu próximo congresso em 2015, que ganhou a Hong Kong, como este ano acon-teceu com Portugal que venceu a corrida contra a Bélgica. Esta parceria tem trazido um conjunto de benefícios à TQ, conforme refe-riu Vítor Filipe.No que respeita à aérea dos con-gressos a agência de viagens ain-da não teve oportunidade de orga-nizar congressos de peso. “Temos tido congressos relativamente pe-quenos e outros muito interessan-tes que conseguimos captar mais ligados ao próprio setor. Tentamos trazer a Portugal colegas nossos de outros países para virem co-nhecer este destino que considero maravilhoso e cheio de potenciali-dades. O objetivo é crescer deva-garinho”, salientou Vítor Filipe.

EM BUSCA DE NOVOS MERCADOS

Dando continuidade à estratégia de captação de mercados estra-tégicos internacionais, a TQ Travel Quality DMC marcou presença em duas importantes feiras de Tu-rismo realizadas no estrangeiro, a CITM – China International Tra-vel Mark e a EIBTM 2014, em Barcelona.Em Xangai, a TQ Travel Quality DMC apresentou os seus produtos e serviços e aproveitou também para visitar as agências de ou-tgoing com mais potencial para Portugal. Na EIBTM, a TQ Travel Quality DMC teve como objetivo explorar novas oportunidades de negócio junto não só do mercado espanhol como dos vários players do setor que estiveram presentes nesta feira. A presença da TQ Travel Quality DMC nestas duas feiras permitiu divulgar a sua atividade e contri-

A

TQ Travel aposta em crescimento sustentado

VÍTOR FILIPE

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2014 / DEZEMBROAgências

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buir para fortalecer o reconheci-mento internacional da empresa. Entretanto, a TQ Travel Quali-ty DMC foi a empresa escolhida para a organização do congres-so anual da APAV – Asociación Puertorriqueña de Agencias de Viajes, que reuniu em Portugal cerca de 89 profissionais do setor.Vítor Filipe, administrador da TQ Travel Quality, afirma: “Em menos de três semanas e atra-vés da organização de dois con-gressos (conferência ITP com 70 participantes e congresso APAV) conseguimos reunir em Lisboa

mais de 150 agentes de viagens e operadores turísticos, que têm a oportunidade de ficar a conhecer a cidade e contactar diretamente com as ofertas turísticas de que dispomos. Acreditamos que este é um contributo ímpar para a pro-moção do nosso País”. Ainda de acordo com este respon-sável: “O nível de exigência dos players envolvidos e o seu conhe-cimento de mercado, obriga-nos a elevar a fasquia na organização destes eventos e são um excelente cartão de visita do profissionalis-mo da nossa equipa”.

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Em entrevista à Viajar, Vítor Filipe fala das transformações e desafios que o setor da distribuição enfrenta e tece algumas críticas à APAVT. Segundo Vítor Filipe, penso que é um setor que está em reformulação e não tem nada a ver com o que era há 20 anos atrás. É um setor que estou convencido que vai encolher mais. O tecido empresarial mudou. Vejamos que à dimensão do país, existem três ou quatro empresas com dimensão, as médias há poucas, enquanto existem muitas pequenas, grande parte delas agregadas em franchising ou envolvidas em con-sórcios. As pequenas agências vão sobrevivendo como negócios muito familiares, baixos custos e pagando os ordenados das pessoas que lá trabalham, que muitas vezes são os próprios proprietários. As médias que estavam quase em vias de extinção, tendo havido muitas aquisi-ções por parte dos grandes grupos, têm estado a consolidar-se porque apostaram no negócio das empresas porque não tinham massa crítica para abrir lojas e apostar no lazer. As grandes empresas acabariam por ser mais afetadas com a quebra do lazer, tendo sido obrigadas a reduzir custos e pessoal. Penso que vamos continuar nestes parâme-tros nos próximos cinco/seis anos”.Interrogado sobre a possibilidade de voltar à vida associativa, uma vez que já foi presidente da APAVT, Vítor Filipe responder que “para já não”, acrescentando que “fui desafiado, ainda cheguei a meditar, mas hoje em dia é complicado. Tem que haver apoio de muita gente e de muitas áreas e achei que não estariam reunidas as condições para o fazer. A TQ é um projeto pessoal em que investi o meu dinheiro e tenho que me dedicar a ele seriamente. Por isso não estou a pensar em regressar à vida associativa. Penso que já dei a minha contribuição e as pessoas podem fazer uma avaliação do trabalho que fiz quando passei pela APAVT”.Ainda segundo Vítor Filipe “houve pessoas que me desafiaram e ainda pensei nisso, até porque há situações que têm passado nos últimos anos na APAVT, com as quais discordo”. E continuou: “ O meu ante-cessor arruinou financeiramente a APAVT e o Pedro Costa Ferreira tem tido um trabalho árduo para reerguer a associação e não tem sido fácil. De vez em quando falo com ele, vou-lhe dando as minhas opiniões, umas vezes concorda outras não e têm a ver com algumas posições que a APAVT tem tomado”.O empresário revela ainda que “estamos em desacordo em relação ao relacionamento com as companhias aéreas. Acho que temos sido muito dóceis e temos sido muito prejudicados, nomeadamente, com a pressão dos prazos de pagamento à IATA. As nossas posições se calhar não foram bem argumentadas. Hoje estamos a pagar quinzenalmente,

enquanto o pagamento era mensal, e vai-se passar a pagar semanal-mente, enquanto já se fala que qualquer dia teremos que fazer o pa-gamento à cabeça”.Vítor Filipe lembra que “ao longo dos anos, pelo menos em Portugal, as agências de viagens foram sempre um parceiro muito forte da TAP, sempre apoiaram a TAP. Passou-se comigo aquando da mudança do modelo de remodelação das agências de viagens. O acordo a que se chegou, foi benéfico para ambas as partes. Entretanto, com esta histó-ria da redução dos prazos de pagamento, é preciso ver que temos que continuar a dar créditos às empresas se queremos continuar a vender. As companhias aéreas não correm riscos nenhuns e estão salvaguar-dadas, mas quando o cliente não paga a única hipótese da agência de viagens é recorrer aos tribunais e nós sabemos como essas coisas funcionam e nunca mais conseguimos o dinheiro”.E executivo lembra que em Espanha, às agências de viagens já exis-tentes no mercado não lhes foram reduzidos os prazos de pagamento, mantendo-se nos 15 dias. “Nós sabemos hoje como está a banca, como estão os créditos, como é que as agências de viagens estão e como é que está a receber das empresas. Tudo isso pode vir a gerar muitos problemas a breve trecho. Penso que deveria haver uma exceção para quem já está no mercado e quem viesse de novo estaria sujeito às novas regras”.Por outro lado, Vítor Filipe refere-se à recente campanha lançada pela TAP sobre o programa dirigido às PME. “Antigamente a TAP indicava – consulte o seu agente de viagens, agora oferece às empre-sas PME contratos corporate”, indicando ainda que “a APAVT devia tomar uma posição pública em relação a tudo isto que se está a passar e estar mais atentas, em esquecer a futura privatização da TAP, em que as agências de viagens deviam ter uma palavra a dizer”.Em relação às tão polémicas taxas que a Câmara de Lisboa pretende cobrar sobre o alojamento e entradas nos aeroportos, Vítor Filipe diz-se contra a cobrança de mais taxas, mas revela que “as taxas já co-meçaram há muito tempo. Faz-me menos confusão a cobrança de um euro por passageiro ou cliente de hotel do que em relação ao que se passa com aos constantes aumentos de taxas aeroportuárias. A ANA, porque é hoje uma empresa privada faz o que quer e lhe apetece, au-mentando as taxas ao seu belo prazer. Agora vem aí o imposto verde sobre o gasóleo. Pergunto: O que vai acontecer às empresas que nos fornecem autocarros e carrinhas para tours e transfers? Se calhar vai ter muito mais reflexo que um euro. Penso que andamos distraídos”, concluiu.

VÍTOR FILIPE DISCORDA DE ALGUMAS POSIÇÕES TOMADAS PELAS APAVT

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NAS VIAGENS CULTURAIS, TEMÁTICAS E INCENTIVOS

Tryvel faz a diferençaESTE PROJETO foi criado no ano passado em Lisboa com o objetivo de desenvolver um produto ligado não só à área de grupos cultu-rais e temáticos em Portugal e no estrangeiro, direcionados para grupos desportivos, associa-ções e sindicatos, mas também, mas também às viagens de incentivo. Um ano depois, o seu mentor, David Coelho, o seu mentor e sócio ge-rente está otimista com o desenvolvimento do projeto. A empresa acaba de lançar um novo catálogo 2015/2016 e já pensa em outros voos: Abrir no Porto em 2015 e, num futuro próximo transformar-se em operador turístico.Segundo David Coelho “trata-se de um proje-to com o objetivo de desenvolver algum tipo de produto que, no nosso entender, não estava muito desenvolvido, mais ligado não só à área dos grupos culturais e temáticos, direcionados para grupos desportivos, associações, sindica-tos, etc., como também grupos abertos que ti-vessem alguns conteúdos mais diferenciados e que fizessem algum sentido para o mercado em geral, ocupando, assim, um espaço que estava por ocupar”.Sem prejuízo de haver no mercado outras agên-cias de viagens a trabalharem mais ou menos as mesmas áreas, David Coelho entende que “não só há espaço para todos, como ainda há muito por fazer nesta área”.Por outro lado, esta empresa especializou-se na área das viagens de incentivos, até porque, conforme refere “somos um grupo de pessoas que já trabalhava junto anteriormente e sem-pre nos baseamos num dos pontos que é mais importante, que é o conhecimento do mundo e a sua interpretação, para conciliar com as necessidades dos clientes, sejam para viagens

culturais, sejam empresas, tendo formas muito específicas de operar”.Alguns fatores diferenciam a Tryvel. Uma das suas mais valias é que, no que respeita a viagens culturais e temáticas, não se esgota apenas nos destinos, mas em outras motivações. “Para mim, a base de tudo é a essência, a forma como se faz, tentando sempre criar viagens à volta de um tema, como por exemplo para Cartagena das Índias, onde a temática é Gabriel Garcia Marquez, a vida, a obra e a cidade. Tentamos também que as viagens sejam verdadeiramente culturais e, nesse sentido criámos vários tipos de parcerias, designadamente, historiadores de arte”, explicou o responsável da Tryvel.

A empresa acaba de lançar o seu catálogo 2015/2016, que oferece mais de 50 destinos e mais de 100 partidas, onde se destacam via-gens direcionadas para Turim Barroca, para o esplendor Papal em Roma, a Ilha de Ormuz, o Transiberiano ou os cruzeiros fluviais, sem es-quecer o Portugal com Arte e alguns combi-nados. “portanto são viagens que, mais do que direcionadas a uma cidade, têm a ver com a época, como é o caso de Ormuz, uma ilha onde Afonso de Albuquerque tomou na tentativa de controlar o comércio marítimo do Índico, cujos participantes são acompanhados pelo conser-vador do Museu Nacional de Arte Antiga”.Trata-se de um catálogo que David Coelho pre-

Segundo a página online da agência, “a Tryvel é constituída por um grupo de profissionais ha-bituados à mais alta competição e de elevado grau de exigência e inconformismo, que perceben-do haver um espaço por ocupar no segmento das viagens dese-nhadas à medida, e possuindo ideias concretas bem como uma considerável experiência acumu-lada, conjugadas com cultura de

viagem, decidiu avançar. Com ca-pitais próprios e sem recorrer a qualquer tipo de financiamentos bancário ou apoio, e um modelo de gestão baseado no “small is beautiful”, a Tryvel é um exem-plo de empreendedorismo e boas práticas, já que não desperdiça recursos em encargos financei-ros, garantido assim uma maior competitividade rumo à Lide-rança e excelência de serviço.

DREAM, DISCOVER AND TRY - UM CONCEITO ÚNICO DE VIAJAR EM GRUPO

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tendeu dar um perfil de revista, com uma ima-gem muito clean, uniformizada e equilibrada, com uma série de chamadas para o seu interior, e que têm a ver não só com o destino em si, mas também as facilidades de pagamento (50% até seis meses após o regresso, os acompanhantes, o segmento para férias judiciais e escolares. O catálogo está dividido por regiões geográficas e cronologicamente. “Como na nossa sede, aqui também continuamos a brincar com os selos da nossa infância e aquilo que queríamos fa-zer quando fossemos grandes. Transmitimos o nossa ADN e explicamos as nossas vantagens”, sublinhou.“São assim uma série de fatores que fazem a nossa diferença”, refere ainda David Coe-lho, dando como exemplo o facto de todos os participantes terem direito a uma reportagem fotográfica e um registo digital em CD. Todos os grupos são igualmente acompanhados por elementos da Tryvel.No entanto, conforme garante David Coelho, a oferta da agência de viagens não se esgota no catálogo. “Estamos a tentar desenvolver uma parcerias com um jornalista da Lusa para fazer uma combinação Nicarágua-Honduras-El Salvador, que são as viagens de autor, pois é ele que as vai desenhar. Organizamos também viagens cuja mo-tivação é a meditação e os sentidos para os Himalaias e o Tibete. Igualmente, or-ganizamos viagens muito interessantes em Portugal, de dois, três ou quatro dias, tais como os Solares do Minho, Mértola Islâmica ou Castelos das Beiras, em que os grupos são sempre acompanhados por his-toriadores de arte, pessoas especializadas

na classificação de obras e de dados ligados à museologia. Existe um manancial em Portugal que merece ser descoberto e há uma procura muito grande”.A Tryvel é uma agência de segmento médio alto, constituído essencialmente por reformados, pré-reformados e alguns ainda no ativo, muita gente entre os 50 e os 80 anos de idade. A exis-tência de um público alvo muito interessante, que tem poder de compra e vontade de viajar procurando coisas diferenciadas “entendemos que fazia sentido criar este projeto”, indicou.A empresa faz a sua divulgação em diversas formas. Do lado da procura está a atingir o seu público alvo através de um site em que dá visi-bilidade a toda a sua programação e tem estado em jornais e revistas de grande público. A sua página no facebook, com mais de 20 mil segui-dores é outra forma de comunicar. Por outro lado, o catálogo que acaba de ser lançado, vai ser enviado a todos os potenciais clientes.Quanto aos incentivos, quando as viagens são feitas em Portugal, muitas vezes fazem senti-

do serem culturais e acompanhadas por histo-riadores de arte e outras personalidades. Mas para o estrangeiro, e David Coelho é conhe-cedor da matéria. “Nos incentivos as pessoas não querem ter uma sobrecarga demasiado cultural, preferem um restaurante fantástico ou um hotel de excelência, enquanto na viagem cultural as pessoas preocupam-se menos com o alojamento ou as refeições, privilegiando outros atrativos”.No entanto, em termos de faturação da empre-sa, as duas áreas de negócio equilibram-se. A Tryvel deverá fechar o ano com um volume de negócios à volta dos 4 milhões de euros. Tra-balha com algum corporate e lazer individual, mas que não representam mais do que 800 mil euros. David Coelho considera que a aposta na segmentação é também uma das mais valias da empresa que lidera.Em 2015 a Tryvel pretende chegar ao Porto, embora a sua intenção não seja abrir ao públi-co. “Esta empresa foi criada apenas com ca-pitais próprios, o que significa que não damos

passos maiores que a perna, mas fazemos um enorme investimento na relação com o cliente”.Este responsável não esconde, igualmente, a vontade de, num futuro próximo, desen-volver-se para um operador turístico porque “passo a fazer toda a contratação e toda a programação e crio uma lógica de ganhos e de economia de escala, porque passo a ven-dar produto a toda uma série de agências de viagens. Simultaneamente, e de forma dife-renciada, posso vender a um público que se não for tratado por uma agência de viagens especializada, não o é por ninguém”.

A sua característica principal é a autenticidade da sua equipa, a empatia e o seu foco nas pessoas, o que proporciona a satisfação e lhe confere o reconhecimento de quem nela confia, criando laços fortes”.Para viagens de grupo, de acordo com o seu site “temos uma signifi-cativa experiência acumulada no planeamento, implantação e ope-ração de viagens em grupo, se-

jam elas de cariz cultural, temá-tico ou incentivos de empresas. A nossa dimensão e profissionaliza-ção neste segmento obriga-nos a contar com os melhores e mais competitivos parceiros, cadeias hoteleiras, companhias aéreas e agentes mundiais, que conse-quentemente nos proporcionam as melhores condições, de forma a garantirmos a excelência ao melhor preço”.

No que respeita a viagens de negócios e corporate, a empresa garante “um conceito de par-ceria que faz toda a diferença; Uma equipa especializada, mul-tidisciplinar e muito experien-te; As melhores condições e as mais recentes ferramentas tec-nológicas; Eficiência, rapidez e soluções integradas”, enquanto que em relação a eventos, con-venções, congressos considera

que “planeamos, negociamos e correspondemos, com rapidez e eficiência a qualquer desafio ou necessidade de qualquer empre-sa, Laboratório Farmacêutico ou associação, criando, organizando e providenciando qualquer tipo de evento, congresso ou conven-ção, criando para o efeito todo o necessário suporte e meios, ga-rantindo os melhores resultados ao mais baixo preço”.

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2014 / DEZEMBROAgências

EPOIS DE 22 ANOS A VIAJAR PELO MUNDO AFORA, a escrever e fotogra-far, Maria João Pavão Serra voltou de corpo e alma à sua primeira paixão e a

um dos primeiros países que visitou, em 1980. Mar-rocos!Um riad na medina ou um hotel na Gueliz? E a Pal-meraie, fica muito longe do centro da cidade? E dá para ir dormir uma noite ao deserto estando 3 dias em Marrakech? É perigoso viajarem mulheres sozi-nhas para Marrocos? Onde posso comprar óleo de Argan, bons tapetes e especiarias? Sugestões de um dia fora de Marrakech? Pode-se comer na Djemaa el Fna? O que é um hammam? E as praias, quais são melhores, as do Atlântico ou do Mediterrâneo? Gostava de ficar num bom riad, mas aparecem-me tantos ao pesquisar que não sei o que fazer! Pode dar-me uma sugestão? Adorava festejar o aniver-sário em Marrakech e alugar um riad para mim e para os meus amigos e fazer um jantar das 1001 noites;consegue ajudar-me?Respostas a estas perguntas e muitas mais, conse-lhos, informações práticas e uma seleção de ende-reços deram origem a este serviço de consultoria e concergerie sobre Marrocos, que inclui; booking consultant; insider information sobre os spots mais trendys; acompanhamento de pequenos grupos como Personal Traveler; organização de produções de moda; casamentos inesquecíveis no meio do de-serto; trekking até à mais alta montanha do Norte de África, na neve do Toubkal; acampamentos no Sahara; para além de viagens exclusivas desenhadas por Maria João Pavão Serra.Com parceiros especialistas em Marrocos (agências de viagens, empresas de organização de eventos e incentivos, hotéis e riads), Maria João Pavão Serra

tem um serviço único de conselhos à medida, desti-nado a responder às solicitações e desejos de quem quer fugir à viagem padronizada.Marrocos é um país lindíssimo, das 1001 Noites, com uma diversidade enorme; tem um imenso po-tencial para satisfazer todo o tipo de clientes, e tudo para se tornar um dos países de eleição dos portu-gueses – sem esquecer os voos diários da TAP e da Royal Air Maroc para Casablanca (cerca de 1 hora),

os 4 voos semanais da TAP para Marrakech (cerca de 1h20m) e os 5 voos semanais , também da TAP Lisboa-Tânger (cerca de 1 hora).Apesar de conhecer os quatro cantos deste país, Marrakech é a cidade de eleição de Maria João Pavão Serra, onde se sente “em casa”, e para onde ruma quase que mensalmente, dominando bem o la-birinto da medina e conhecendo os riads mais ape-lativos da cidade. O deserto é a sua grande paixão.

DUma conselheira de viagens para Marrocos

A ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS OPERADORES TURÍSTICOS DE GOLFE (IAGTO) consagrou a cidade de Marraquexe melhor destino de golfe 2015 de África, Países do Golfo e Oceano Índio.Esta consagração que vem coroar o esforço contínuo do destino para melhorar o acolhimento, qualidade e profissionalismo das suas prestações, é o resultado da parceria entre a Federação Marroquina do Golfe, a Associação do Troféu Hassan II, o Ministério do Turismo, o Turismo de Marrocos e os operadores profissionais marroquinos de golfe.Marraquexe estava em competição com grandes destinos de golfe tais como África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Maldivas ou ainda Maurícia. Em Marrocos, Marraquexe é a cidade do golfe por excelência, contando com mais de 10 percursos de golfe diferentes, concebidos por nomes famosos como Robert Trent Jones, Kyle Philips, Jack Nicklaus e Pescada Montgomery. De 6 golfes em 1991, Marrocos - atualmente 9º destino mundial de golfe – conta hoje com 34 campos, atrai 100.000 jogadores todos os anos. Até 2020, Marrocos irá oferecer 45 percursos e espera triplicar o número de turistas de golfe.Segundo o site americano Thrillist, famoso portal especializado em cozinha e viagens, Marraquexe é a 6ª cidade do mundo onde melhor se come, colocando

assim a cidade vermelha à frente de prestigiosos destinos como Istambul, Tóquio ou ainda Barcelona.Os critérios considerados consistem em: exclusividade do estilo decomida/bebida tradicional, qualidade dos restaurantes/bares, diversidade depratos e também, na maioria das vezes, a sensação de que está a mudar e a melhorar.De acordo com o Thrillist, esta nomeação deve-a aliança das suas riquezas culturais e gastronómicas, à diversidade das influências (França, África, Médio Oriente) que a tornam tão única.O site sugere ainda a experiência de provar os pratos tradicionais nos restau-rantes de rua e que descubra os restaurantes sofisticados da cidade para uma versão modernizada do tagine marroquino tradicional.É nesta variedade e aparente contradição que reside o grande charme de Marraquexe: cidade multifacetada, simultaneamente moderna e tradicional, com uma oferta hoteleira de luxo inigualável aliada a excelentes restaurantes e efervescência da vida noturna, cobiçada por quem procura turismo de luxo e des-cobrir a vida à oriental, tradição e património cultural, mas também restaurantes autênticos e tradicionais... tudo se combina para proporcionar uma experiência única.

Marraquexe no top do golfe

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2014 / DEZEMBROEventos

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Viatecla cria nova plataforma para programa hosted buyers

BTL 2015 vai contar com uma nova platafor-ma tecnológica para o

programa hosted buyers, criada pela Viatecla, que irá desta-car-se das edições dos anos ante-riores por ser mais ‘friendly’ para os utilizadores. O objetivo desta plataforma é agilizar o contacto entre as empresas e os comprado-res internacionais.Disponível a partir de janeiro, esta ferramenta também contará com novas funcionalidades e uma das grandes novidades é a possibilida-de das empresas colocarem o seu perfil e parametrizarem as suas áreas de negócio e os mercados. A pensar sua eficiência para os utilizadores, esta plataforma foi desenvolvida com um design web responsive e por isso funcional em qualquer dispositivo, seja desktop, smartphone ou tablet.

APOSTA NAS STARTUPS COM ENERGIA T

A BTL 2015 vai ainda aumentar o espaço destinado às empresas startups da área do turismo, as quais irão contar com mais 150% do espaço do ano passado e terão acesso a condições especiais de participação na Feira. Mais do que um espaço, a Feira In-ternacional de Turismo aposta num novo conceito, com o lançamento

do espaço Energia T. Trata-se do reconhecimento da importância das micro e pequenas empresas no desenvolvimento do Turismo e na própria economia nacional. No Energia T as startups poderão mostrar os seus serviços, intera-gir com os players da indústria e apresentar ideias criativas a uma audiência qualificada.Fátima VilaMaior, diretora de área de feiras da FIL e responsável

pela BTL, explica: “Devido ao su-cesso da iniciativa das startups na BTL 2014, decidimos continuar a apoiar estas microempresas, con-tribuindo para a sua divulgação junto dos seus públicos-alvo. Por um valor simbólico, estas empre-sas têm aqui uma oportunidade única para estarem presentes na maior feira de viagens nacional e contactarem tanto com os profis-sionais do setor como com o públi-co em geral”. Na BTL 2014 participaram cerca de 30 startups que comprovaram o seu dinamismo e a sua capacidade inovadora de apresentar propos-tas. Este ano o objetivo é duplicar o número de empresas inscritas.Programa hosted buyers com vo-zes ativas do setorTendo como principais objetivos alavancar o negócio das empresas portuguesas e aumentar a notorie-dade do destino Portugal, o pro-grama hosted buyers previsto para a BTL 2015 terá uma nova dinâ-mica e pretende envolver as vozes

ativas do setor. Além dos parcei-ros TAP, Turismo de Portugal e Entidades Regionais, juntam-se a APAVT, representantes da hote-laria (Dom Pedro Palace, Sana e Sheraton) e os operadores (Citur, Oásis Travel e TA DMC). A aposta em novos mercados além dos tradicionais – Alemanha, França, Reino Unido e Espanha – também será uma evidência, desta-cando-se a Rússia, China, Polónia ou República Checa. A destacar também o enfoque nos produtos turísticos e na especialização. No mercado brasileiro, a aposta será no segmento da Meeting Industry; para a Colômbia e Panamá será o turismo religioso; e Estados Uni-dos da América e Canadá o eno-turismo. Também iremos captar os destinos do Médio Oriente e Ásia. Esta iniciativa teve início em 2010 e ao longo dos quatro anos partici-param 600 empresas portuguesas e 945 buyers internacionais de 29 países, tendo gerado 6.726 reuni-ões.

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2014 / DEZEMBROAviação

CARLOS PANEIRO, DIRETOR DE VENDAS

TAP cresce em toda a linhaDE JANEIRO A OUTUBRO a TAP cresceu em toda a linha, quer em nú-mero de passageiros, quer em recei-

tas. Quem o garante é o seu diretor de Vendas, Carlos Paneiro.“Foi um ano especial para a TAP com os seis novos aviões e 11 novos destinos na rede”, disse.Em termos de número de passageiros “tem sido muito positivo”. Até final de outubro a com-panhia transportou 9,9 milhões de passageiros, o que corresponde a um crescimento de 8,5%, face ao mesmo período do ano passado. De real-çar que até 24 de novembro a TAP transportou 10,5 milhões de pessoas, portanto “acredito que quando sair esta edição já tenhamos bati-do o recorde de passageiros transportados em 2013, que foi de 10,7 milhões”, referiu Carlos Paneiro. No entanto, mesmo considerando que a oferta colocada teve um aumento de 4,5% comparativamente ao ano anterior, “o que que-ro assinalar é que a procura excedeu a disponi-bilidade de lugares adicionais que colocámos, o que se traduziu num load factor de 82,2%, mais 2,1 pontos percentuais que no mesmo pe-ríodo do ano passado. Em todos os setores de rede transportámos mais passageiros”.O diretor de Vendas da TAP destaca a Europa com mais 10% de passageiros e um coeficiente de ocupação de 81,4%, ou seja, mais 4,2pp. A Europa acaba por representar 62,4% dos passageiros transportados no total da rede, o Brasil 13,9% e a África com mais 5,3 de pas-sageiros. A linha dos EUA (Nova Iorque e Mia-mi) com mais 12%. Nas linhas do Atlântico Central a companhia transportou mais 33,8%, o que se compreende, uma vez que lançou o Bo-gotá e o Panamá e antigamente só voava para

Caracas.“Nunca no intra europeu a TAP tinha conseguido um coeficiente de ocupação tão ele-vado”, revela, para acrescentar que a rota do Brasil teve um aumento de 5,2% de passagei-ros transportados.No que diz respeito ao comportamento, em termos de passageiros, de cada um dos setores de rede que a TAP opera, “o crescimento do Brasil não é tão acentuado porque já uma linha onde temos um load factor elevado, que foi de 84,2%, sensivelmente o mesmo coeficiente de ocupação do ano anterior”, indicou o respon-sável.

Das novas rotas que a TAP lançou há umas que estão a ter neste momento melhor desempe-nho que outras, embora no verão “todas elas tivessem sucesso na perspetiva do número de passageiros transportados”, disse Carlos Pa-neiro, para especificar que “das linhas todas que lançámos, nomeadamente na Europa, o Nantes e o Hannover são as que têm tido um comportamento excelente, posicionando-se no top five da TAP”. Até finais de outubro Nan-tes teve um load factor de 90,9% e Hannover 89,6%. “Aliás, não é de estranhar, uma vez que o mercado da Alemanha tem tido um bom de-sempenho para a TAP. No que respeita ao longo curso, Belém e Manaus está dentro das nossas expetativas com um coeficiente de ocupação de 77%. É mais baixa que a média do Brasil, mas é normal, tendo em conta que se trata de uma rota nova. O Bogotá e o Panamá são um novo desafio da TAP para uma área geográfica onde não estávamos, mas mesmo assim tive-ram um coeficiente de ocupação de 74%, ou seja, dentro daquilo que prevíamos num ano de lançamento da rota. Agora, necessitam de ser consolidadas”, considerou o diretor de Vendas da TAP.Em termos de linhas onde a TAP transportou mais passageiros está o Funchal, que continua a ser o número um, com mais de 500 mil pesso-as, seguidos de Paris e de Londres.Na produção da TAP, o peso que representa cada área geográfica é a seguinte: 62,4% a Europa, Brasil 13,9%, Ilhas 8,6% e África 6,4%. No topo das linhas, quando ao load fac-tor diz respeito, destacam-se Nantes com 90%, Viena com 90,2%, Hannover com 89,6%. No longo curso, aquela que tem melhor coeficiente

A TAP lançou recentemente uma campanha do tap|corporate fly, o Programa de Fidelização espe-cialmente criado para as peque-nas e médias empresas, com o objetivo de dar a conhecer melhor o programa e alargar o número de empresas aderentes e benefici-árias de todas as vantagens pro-porcionadas pelo tap|corporate fly. No entanto, em declarações à Viajar, que se podem ler noutro local, Vítor Filipe, administrador da TQ, diz que se trata de “uma

concorrência direta às agências de viagens”.Segundo Carlos Paneiro, “a TAP já tem há muitos anos um pro-grama para as empresas. Tem sido mais ativa nos últimos três/quatro anos, tendo apostado na sua comunicação. Entretanto, houve uma sub divisão desse pro-grama – o que é direcionado para empresas de maior dimensão – o Top Corporate – e o programa das PME – o Fly Corporate. A TAP teve necessidade de lançar

esse programa porque não estava a chegar a um conjunto de clien-tes/empresas que é importante para nós. Tínhamos necessidade de fidelizar esses clientes. Não é verdade que a TAP esteja a fazer concorrência às agências de viagens nesse segmento de mercado, porque a TAP não está a fazer venda direta. Essa rela-ção tripartida – empresa/agên-cias de viagens/companhia aérea mantém-se. Portanto, o cliente continua a fazer as suas reservas

na agência de viagens, tal como fazia anteriormente. A única coisa que acontece é que o cliente está a ganhar pontos e pode trocá-los por viagens grátis ou upgrades, tal como os passageiros frequentes. É um tipo de programa que qualquer companhia tem. O intuito é fideli-zar a empresa à companhia aérea e, nesse caso, à TAP, e não desviá-lo do agente de viagens. Esses re-ceios não têm fundamento”.Relativamente à redução dos pra-zos de pagamento, por parte das

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TAP E AGÊNCIAS DE VIAGENS NEM SEMPRE DE ACORDO

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de ocupação continua a ser o São Paulo com 89,1%.Segundo Carlos Paneiro, a TAP regista cres-cimento do número de passageiros produzidos em todos os mercados onde está. “Em Portugal crescemos 5,1%, no Brasil 0,3%, na França mais 8,1%, na Alemanha 13,8%, Espanha 4,3%, Itália mais 20%, Reino Unido 7%, Es-candinávia 14%, Suíça mais 11% e EUA mais 13%”.Entretanto, “no Brasil o crescimento não é tão forte, pois a Copa do Mundo que decorreu no período de junho e julho afetou o número de passageiros gerados no Brasil, porque muitos brasileiros ficaram no país. De destacar que o julho é o mês que mais gera passageiros no Brasil. No entanto, houve alguma compensação do número de passageiros que transportámos da Europa para o Brasil. O fluxo de tráfego foi ao contrário, mas era natural que isso aconte-cesse”.

RECEITAS ATINGEM OS 32 MILHÕES DE EUROS

Mas a boa performance da TAP não se tradu-ziu apenas ao número de passageiros trans-portados. De acordo com Carlos Paneiro, de janeiro a outubro as receitas geradas foram de 32 milhões de euros “apesar do efeito cambial negativo que se tem feito sentir em mercados fora da zona Euro e que tem prejudicado a TAP. Mas mesmo assim, a receita acaba por ter um comportamento positivo”.Portugal e Brasil foram os mercados que não cresceram em termos de receitas que, para o diretor de Vendas da TAP “tem a ver com a existência de maior concorrência. Em relação

a Portugal, tem a ver com o aparecimento no mercado de novas companhias aéreas, nomea-damente, as low cost, que fazem puxar o preço médio para baixo. Ou seja, apesar do número de passageiros adicional, não tivemos um cres-cimento da receita devido à quebra da tarifa média”, explica o responsável.No Brasil, “o fenómeno, embora não seja pelas low cost, é relativamente semelhante. Outras companhias europeias colocaram oferta adi-cional, nomeadamente, em São Paulo. Recor-de-se que mais um companhia aérea começou a operar o Madrid-São Paulo e há mais um voo de Paris para Brasília. Portanto, a TAP deixou de ter exclusividade em termos de voos diretos de Brasília para a Europa. Além de mais con-corrência, temos que ter em conta que a econo-mia brasileira sofreu um pouco com a Copa do Mundo e não poderíamos esperar que a recei-ta crescesse. No entanto, há outros mercados, designadamente, europeus, em que a receita cresce com algum significado, com a Alemanha à cabeça, Áustria, Itália, França e Espanha”, considera. “O mesmo acontece com África, nomeada-mente em Angola, que continua a ter um comportamento muito importante para a TAP. A linha de Miami acabou também por se consolidar, com uma excelente taxa de ocupação. Na Venezuela continuam a per-sistir alguns problemas, que passam por pela dificuldade de expatriação de divisas. Em termos da Madeira e dos Açores a situação também é estável. Apareceu um novo concor-rente no Lisboa Funchal que colocou algumas alterações no comportamento do tráfego, mas a situação está consolidada. Hoje a Easyjet

tem o seu tráfego e nós temos o nosso”.Para Carlos Paneiro, “o mercado europeu onde existem algumas dificuldades é a Rússia, devido à pressão política que se vive e à desvaloriza-ção do rubro, traduzindo-se numa tendência de os russos não saírem do seu país para fazerem férias. É uma situação que estamos a acompa-nhar. Obviamente, que o lançamento da rota de São Petersburgo nesta fase acaba por ser uma dificuldade adicional”.Relativamente à África, o responsável pelas Vendas da TAP recorda que no ano passado a companhia lançou Bamako, no Mali, e Acra no Gana, mas “temos que ter em atenção que nes-te momento vise-se uma situação delicada re-lativamente a essas linhas, com o aparecimento do Ébola naquela região. É natural que que possam surgir alguns cancelamento pontuais de voos porque os fluxos de procura alteraram-se, nomeadamente, à partida da Europa para essas regiões. É uma situação que estamos a acompanhar.Para Bissau, Carlos Paneiro refere que “neste momento ainda não estão criadas condições para a TAP reiniciar os voos. É uma decisão en-tre o Conselho de Administração e o acionista. Quando entre eles considerarem que a situação está normalizada a TAP retomará os voos”.Em relação a novas rotas, o responsável disse que “não está nada previsto. O que pretende-mos agora, depois de um esforço de lançamen-to de 11 novas rotas, é consolidar as que temos. Em relação aquelas com melhor desempenho é continuar a trabalhar para que fiquem mais sólidas, as outras, vamos fazer um esforço para que possam ter algum desempenho positivo”, esclareceu o diretor de Vendas da TAP.

agências de viagens, à IATA, o diretor de Vendas da TAP referiu que “é um acordo que foi obtido com a APAVT. Do ponto de vista do cliente, ele quer pagar o mais tarde quanto possível, mas do ponto de vista do fornecedor, quer receber o mais rápido possível. É uma questão de crédito que, em todo o mundo, penaliza as compa-nhias aéreas. Portanto, a questão da redução dos prazos de paga-mento é uma realidade que tem acontecido em todo o mundo, tal

como o processo de redução de comissões, que ocorreu há alguns anos, em que a TAP irá, a partir de janeiro pagar o,5% em vez de o,8% que está a pagar atualmen-te”.O responsável adianta que “esta situação obriga a uma alteração do relacionamento que o agente de viagens tem com o seu cliente no que diz respeito aos pagamen-tos. Mas só o agente de viagens é conhecedor do seu negócio, da sua gestão e só ele saberá como é

que irá fazer. No entanto, existem meios de pagamento disponíveis no mercado, nomeadamente os cartões de crédito que poderá, de alguma forma, aliciar a pressão que possa ser exercida sobre a te-souraria das agências de viagens”.Entretanto, Carlos Paneiro lem-bra que a TAP sempre teve e continua a ter uma excelente re-lação com a APAVT. “Nem sem-pre as nossas posições coincidem. Existem divergências, mas quer de um lado, quer do outro, sem-

pre houve vontade de bom senso de chegarem a um acordo, o que conseguimos com frequência. Dis-cutimos os assuntos e procuramos alcançar consensos, até porque as agências de viagens continuam a ser um parceiro importante para a TAP e a ter um elevado share em Portugal, superior a 50%”. E a TAP, com um share no aeroporto de Lisboa de cerca de 60%é um player muito importante para as agências de viagens e para o país em termos de turismo”.

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2014 / DEZEMBROHotelaria

FAMÍLIA IBIS, gama hoteleira do Grupo Accor, acaba de apresentar o novo ibis budget Braga Centro, a se-

gunda unidade da marca em Portugal. Desde a sua abertura em março de 2014, o hotel vem reforçar a presença da família ibis no Norte do país e revolucionar o conceito de hotelaria budget.A ibis budget, marca muito económica da famí-lia ibis, alia a melhor oferta de conforto e deco-ração contemporânea, à competitivida-de dos seus preços budget. Apresenta-se como a escolha ideal para escapadas acessíveis e para hóspedes que procu-ram maior autonomia e liberdade de horários. A mais recente unidade da marca em Portugal beneficia de uma ótima localização no centro da cidade de Braga. Encontra-se a pouco mais de 2 km da estação ferroviária da cidade e apenas a 40 minutos do aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto).Com um total de 82 quartos confortá-veis (duplos, twins ou triplos), o novo hotel prima pela flexibilidade da sua oferta. A partir de 29€, o ibis budget Braga Centro pro-porciona aos seus hóspedes conforto, bem-estar e tranquilidade, num ambiente moderno e des-contraído. Com serviço Wifi gratuito em todo o hotel, check-in 24h/24h, pequeno-almoço bu-ffet servido até às 11h com um preço de 3.50€, casa de banho privativa e TV de ecrã plano nos quartos, o hotel prioriza o descanso e o conforto dos hóspedes. A cama ultra confortável “Sweet Bed by ibis budget TM” está patente em todos

os quartos, proporcionando a melhor noite de sono aos seus hóspedes. O hotel dispõe ainda de quartos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida.A unidade disponibiliza ainda máquinas automá-ticas de bebidas quentes/ frias e de snacks, assim como micro-ondas, de uso livre, a qualquer hora do dia ou da noite. As áreas públicas apresen-tam um design moderno, divertido, acolhedor e descontraído. O ambiente contemporâneo, com

cores fortes e contrastantes, vem revolucionar o conceito de hotelaria budget. A decoração inte-rior cria uma atmosfera confortável que facilita a circulação e garante todas as condições para uma estadia ainda mais agradável. Nesta unidade, as crianças até aos 12 anos não pagam (quando partilham o quarto dos pais), e os animais de estimação são bem-vindos. O hotel ibis budget Braga Centro também se compromete com o desenvolvimento sustentável, aplicando os compromissos do programa Accor

Planet 21, envolvendo colaboradores, clientes e parceiros.“O ibis budget Braga Centro baseia-se num con-ceito inovador, que vem demonstrar que é possí-vel ficar hospedado num hotel com serviços de qualidade, com decoração moderna, que prima pelo conforto, com a melhor relação qualidade-preço do mercado. O ibis budget Braga Centro torna-se assim o hotel ideal para escapadas de fim-de-semana a dois ou em família, passeios en-

tre amigos, ou até para viagens de negócios”, explica Catherine Ro-drigues, proprietária do hotel ibis budget Braga Centro. O hotel ibis budget vem assim com-pletar a oferta Accor na cidade de Braga. Sob o modelo de franchi-sing, a proprietária dos hotéis ibis, ibis budget e Mercure em Braga, Catherine Rodrigues proporciona aos seus clientes vários tipos de experiência hoteleira.O hotel Mercure Braga Centro, de quatro estrelas, tem à disposição

dos clientes uma gama alargada de serviços de elevada qualidade: restaurante, piscina, ginásio, sala de banquetes e salas de reunião moderna-mente equipadas, assim como os habituais ser-viços associados como room service e mini-bar nos quartos.O hotel ibis Braga Centro oferece bem-estar e conforto, com elevado nível de serviço, ao melhor preço.O hotel ibis budget permite aos seus clientes ter o essencial do conforto a um preço budget.

AIbis budget abre unidade em Braga

LISBON MARRIOTT HOTEL, quatro estrelas superior, localizado na Av. dos Combatentes, depois de dois meses de remodelação chega ao mercado com um novo visual. O objetivo era fazer do Lisbon Marriott Hotel, um hotel de referência para a nova geração de viajantes: mais moderno e tecnologico.Durante os meses de julho e agosto, decorreu a primeira fase de remodelações concluindo 200 quartos e casas de banho em harmonia com a nova imagem standard da marca Marriott, mantendo o conforto pelo qual o quarto Marriott é conhecido e reco-nhecido. Para uma maior comodidade todos os quartos passarão a ter serviço gratuito de chá e café.Ainda em 2014, a grande reforma incluirá igualmente a renovação do lobby, seguindo o conceito “Greatroom”, estratégia interna-cional do grupo Marriott. O espaço vai ser reformulado para se tornar num ambiente funcional e prazeroso, e assim atender as necessidades dos viajantes, especialmente

os que viajem em negócios, os quais vêm como prioridade actual poderem relaxar mesmo num ambiente de trabalho.Se atualmente a àrea na entrada do hotel é por grande parte dos hóspedes vista e sentida como um local de passagem, de futuro a mesma terá um moderno bar e pas-sará a ser um espaço interativo, de convivência, onde as pessoas podem tomar uma

bebida, conversar, trabalhar, lêr, aceder à internet ou fazer uma refeição.O novo lobby do Lisbon Marriott Hotel ter um caracter contemporâneo, inte-grado e multifuncional, com áreas de trabalho e também sociais, permitindo um fluxo natural de experiências para quem viaja a lazer ou negócios.Com uma área de mais de mil metros quadrados, o novo lobby do Lisbon Marriott Hotel integrará a antiga rece-ção, concierge, business center, piso executivo, loja de conveniência e bar, que se tornarão num espaço único.

Lisbon Marriott Hotel com nova imagem

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2014 / DEZEMBRO Hotelaria

ASSOCIAÇÃO DA HOTELARIA DE PORTUGAL (AHP) manifestou-se con-tra a criação de uma taxa turística em

Lisboa, uma medida incluída no Orçamento da autarquia para 2015, e que deverá entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2016.O Conselho Geral da AHP “manifesta-se frontalmen-te contra qualquer aumento da carga fiscal sobre a hotelaria, independentemente da natureza e nome que venha a revestir, bem como de quaisquer taxas que penalizem a actividade turística”, indica a associação, em comunicado.O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Antó-nio Costa, detalhou que será cobrado a cada hóspede um euro por cada noite passada nos estabelecimentos hoteleiros da cidade, a partir de 1 de Janeiro de 2016. As crianças não pagam e haverá isenções para esta-dias prolongadas, fixando-se a cobrança máxima de sete noites.Já no próximo ano, os turistas que desembarquem no Aeroporto da Portela e no Porto de Lisboa também terão de pagar um euro.Na apresentação do orçamento municipal, o autarca socialista frisou ainda que as verbas recolhidas servi-rão para criar um fundo de desenvolvimento turístico de Lisboa, que será gerido em “processo de co-decisão por parceiros” do sector. No total, a edilidade espera que cada taxa renda cerca de oito milhões de euros por ano.No comunicado, ainda sim, a AHP confirma conver-sações com a autarquia sobre a “constituição de um fundo dirigido especificamente ao desenvolvimento tu-rístico da cidade, em que admite negociar”.“A AHP considera, assim, que este modelo, ainda em estudo, poderá vir a viabilizar projetos turísticos es-truturantes para a cidade de Lisboa, em articulação estreita com o sector privado”, conclui.No caso de Lisboa, os hoteleiros da cidade vêm re-clamando uma série de intervenções de que a capital carece, que posicionem melhor o destino turístico de modo a aumentar a rentabilidade do seu investimento.O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) mostrou-se contra a Taxa Municipal Turística anunciada pela Câmara de Lisboa e a utilização das receitas para construir um centro de congressos, orça-do em 57 milhões de euros. “Não à taxa e não à cons-trução de um centro de congressos. Nesta altura, é inoportuno avançar com um centro de congressos que vai custar 57 milhões de euros. Os hoteleiros não estão interessados, nem Lisboa está interessada neste inves-timento”, sublinhou Luís Veiga, durante uma confe-rência de imprensa, em Lisboa. O presidente da AHP disse ainda haver outras prioridades na cidade, como “tapar buracos, arranjar os passeios ou tratar do lixo”, antes de se avançar com “megaempreendimentos”. Por seu turno, a Confederação do Turismo Português (CTP) manifesta grande apreensão e surpresa pelo anúncio tornado público sobre a criação, pelo muni-

cípio de Lisboa, de uma Taxa Municipal Turística em Lisboa. A CTP considera que se mantêm válidos os argumen-tos já anteriormente invocados por si e pelos agentes privados do sector do Turismo, quando outros muni-cípios ainda que, com outra fundamentação, preten-deram igualmente criar uma Taxa municipal sobre o alojamento turístico. A verdade é que, apesar das boas notícias recentes sobre o desempenho do sector e dos benefícios do seu impacto na recuperação económica do país, continua a ser ilusório pensar que serão os turistas a suportar estas taxas.Na verdade, serão os operadores do sector que, em de-fesa da competitividade do destino, serão obrigados a internalizar esse custo, com prejuízo acrescido da sua margem já tão sacrificada, como bem evidenciou o recente estudo levado a cabo pelo Banco de Portugal. De resto, ilusório será igualmente pensar que uma vez criada uma ou duas Taxas Municipais em Lisboa, a si-tuação não venha a ser imitada por outros municípios, ou que uma vez essas taxas criadas elas se mante-nham como transitórias.Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “a cria-ção de duas taxas para o sector do turismo - uma so-bre dormidas e outra sobre os desembarques no Aero-porto de Lisboa e no Porto de Lisboa – não irá trazer

qualquer efeito benéfico para o aumento do turismo na cidade. Irá sim ter reflexos inevitáveis nas margens dos empresários, agravando a situação financeira das empresas portuguesas que actuam nesta área”. E acrescenta: “Todos os agentes envolvidos neste sec-tor devem estar concentrados na criação de condições facilitadoras e atractivas para as empresas da área do Turismo, e consequentemente, para os turistas que nos visitam e não em medidas que aumentarão a pressão sobre os preços de alojamento”. Também a Associação Nacional do Turismo (ANT) rejeita peremptoriamente a aplicação da Taxa Mu-nicipal Turística pela Câmara Municipal de Lisboa, anunciada esta semana, e que prevê a criação de mais duas taxas no sector do turismo, uma referente às dor-midas e outra sobre os desembarques no Aeroporto de Lisboa e no Porto de Lisboa.Para Pedro Machado, Presidente da ANT, “é impor-tante equacionar os prós e os contras da aplicação

deste tipo de medidas. Se por um lado, a expectati-va de receitas arrecadadas pode ser aliciante, há que considerar o seu efeito a curto, médio e longo prazo no sector do turismo e nos agentes económicos”.Neste caso, à semelhança do que já tem acontecido, para manter os índices de competitividade, serão os agentes privados do sector que procurarão internali-zar o custo, com prejuízo da sua margem de lucro, já tão sacrificada.Pedro Machado relembra que o turismo é “estratégi-co para a economia nacional, não só pela contribuição relevante em termos de Produto Interno Bruto (cerca de 10%), mas também por se apresentar como um dos sectores que mais contribui para as exportações (cerca de 14%) e para a Balança Comercial Portu-guesa, sendo o maior exportador de serviços (cerca de 46% das exportações de serviços)”.No entanto, o que se tem verificado é um aproveita-mento sem nexo dos proveitos desta área, e que em muito comprometem o futuro do sector, como é o caso da aplicação esta dupla taxa no concelho de Lisboa, a que não podemos passar ao lado.A ANT espera que à semelhança de outros municípios que optaram pela não aplicação ou abolição da taxa municipal turística, que o município de Lisboa repon-dere as suas intenções e não avance com esta medida. Na maioria dos municípios que aplicam ou aplicaram esta medida, os resultados têm sido muito abaixo do que esperavam, não justificando a sua manutenção. A maioria dos destinos em Portugal ainda não tem maturidade suficiente para a aplicação deste tipo de taxas, a que acresce o facto de que estas medidas prejudicam seriamente a imagem dos destinos, con-trariando todo o trabalho da sua promoção interna e externa e a respectiva competitividade.Da mesma forma, a introdução desta taxa foi re-jeitada pela AHRESP, que apela ao bom senso dos decisores políticos, pela APAVT, que sublinha que “a associação tem apoiado todas as iniciativas que, ao nível da OMT, têm sido desenvolvidas no sentido de alertar para a atração que constitui, para as entidades tutelares, a introdução de novas taxas sobre a ativida-de turística”. “Esta é a atração a que, infelizmente, Portugal deixa de resistir, com este anúncio por parte da Camara Municipal de Lisboa” afirma a propósito o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira. “Mais do que os valores divulgados, preocupa-nos o estabele-cimento de um princípio que, pelas experiências ante-riores, tenderá a ter consequências mais nefastas com o passar do tempo, tanto mais que é conhecido que a recuperação a nível macroeconómico está longe de ter uma correspondência na saúde das empresas que atuam no setor”.Também a RENA – Associação das Companhias Aéreas em Portugal opõe-se à criação de uma Taxa Municipal Turística, em que uma das componentes se-ria uma “taxa de desembarque”, bem com a ADHP , entre outras associações do sector do turismo.

AAs taxas da polémica

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ESTÁ CONCLUÍDA A PRIMEIRA FASE do hotel do Grupo Pestana em Montevideu, a capital do Uruguai, uma recuperação exemplar que integra um projeto arrojado e contemporâneo. O Jockey Club Restaurante ocupa todo o piso térreo de um edifício histórico e emblemático que já foi um dos clubes privados mais exclusivos e aristo-cráticos da cidade. Inspirado nas últimas tendências da gastronomia mundial, desde o design de inte-riores à carta, o restaurante fica na principal avenida da cidade e tem por objetivo tornar-se num dos espaços mais icónicos de Montevideu. A ideia é aliar a herança histórica do espaço à contempora-neidade da gastronomia, fazendo de cada refeição no Jockey Club uma experiência única, com uma oferta sem par. A inauguração do Jockey Club marca a entrada do Grupo Pestana em mais um país da América Latina, o Uruguai, e dá por conclu-ída a primeira etapa do Pestana

Montevideu Hotel. Uma unidade de cinco estrelas que vai contar com 100 quartos, spa, piscina interior ou salão de festas e área de eventos. “Estamos muito contentes com esta entrada no Uruguai que marca a conquista do 5º país na América Latina. É um projeto fantástico que resulta da recuperação de um dos edifícios mais emblemáticos e exclusivos de Montevideu e que vem juntar duas grandes marcas como a marca Pestana e o Jockey Club. Estamos certos que esta vai ser mais uma aposta ganha, não só pela história do lugar, como pela oferta única que vamos ter, a começar já com o restaurante. É uma belíssima forma de

apresentar a marca Pestana a um novo mercado”, diz Luís Araújo, administrador do Grupo Pestana, responsável pela América do Sul. Com este projeto de restauro, cuja aber-tura contou com a presença do Presidente da República do Uruguai, o Grupo Pestana reforça o seu papel como principal ator na recuperação de edifícios históricos e sua adaptação ao setor do Turismo.

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2014 / DEZEMBROHotelaria

GRUPO VILA GALÉ inaugura em de-zembro o seu primeiro hotel na capital fluminense. Com uma localização pri-vilegiada no centro da cidade, mais pre-

cisamente no bairro da Lapa, o Vila Galé Rio de Janeiro terá a mesma excelência de infraestrutura e serviços de todos os hotéis da rede. Construído a partir da recuperação de um antigo palacete, o novo Hotel Vila Galé conta com mais dois edifícios compostos por quartos, restaurantes e um centro de convenções. Inspirado no tema Bossa Nova e na cultura luso-brasileira, o projeto teve um investimento de mais de 35 milhões de Euros, o que incluiu a recuperação do palacete e a construção de dois blocos: um cen-tro de convenções e um prédio de 14 andares, que fi-cará responsável por grande parte dos 292 quartos. No palacete do final do século XIX, ficará a recep-ção, bar, ginásio, Spa e as suites de luxo. O hotel terá ainda uma ampla área de lazer com piscina exterior. A chegada da Vila Galé ao Rio de Janeiro propor-ciona ainda a experiência única de conhecer o Inevi-tável, restaurante exclusivo do Grupo. Para além de todo o serviço e atividades dentro do hotel, a sua localização estretégica proporciona facil acesso a momentos de diversão e as zonas co-merciais no centro da cidade. É no bairro da Lapa que encontra o que de mais boêmio e tradicional existe na cidade, desde restaurantes, bares, cafés, casas de shows embala-das por samba, e chorinho, além da arte de rua, lo-jas de antiguidades e construções históricas e turís-

ticas, como os famosos Arcos da Lapa, o Museu da Imagem e do Som, a Escadaria Selarón e a Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Destino.

CONCEITOS EXCLUSIVOS VILA GALÉ A Vila Galé possui uma série de conceitos próprios para levar aos seus clientes o que há de melhor na gastronomia, vinhos, massagens e tratamentos es-téticos, sendo que todos seguem os padrões inter-nacionais. O Vila Galé Rio de Janeiro acompanhará tudo isso e muito mais. Perfeito para um happy hour, o Bar Vinícius de Mo-raes, localizado no palácio do hotel, tem vista para um pátio e jardim interior. Serve bebidas e petiscos variados. Na nova unidade, também não falta, o Restaurante Inevitável, presente apenas em algumas unidades da Vila Galé. Um restaurante à la carte, que apresenta uma cozinha assente em inspirações mediterrâni-cas, apoiada por produtos de primeira qualidade.

Para acompanhar o almoço ou jantar, os clientes podem optar por um vinho da Casa de Santa Vitó-ria, empresa do Grupo Vila Galé, vendido nos hotéis e em alguns parceiros. Para quem quiser relaxar, o Hotel Vila Galé Rio de Janeiro conta também com a presença do SPA Sat-sanga, marca exclusiva da rede, inspirado nas me-lhores infraestruturas da Ásia e Europa, com uma atmosfera única que combina as novas tendências de spa com a mais moderna tecnologia para relaxar e ao mesmo tempo cuidar de si. Possui ginásio, ja-cuzzi e salão de massagens com uma extensa lista de serviços e tratamentos. O Vila Galé Rio de Janeiro terá um total de 292 quartos, divididos entre o palácio, dois blocos e um edifício novo (torre). No total, são 195 quar-tos standard, com 22,5m², 89 quartos superiores, com 28,65m², 3 suítes amplas de 37,25m², 4 suítes superiores, localizadas no palácio, com 48,45m² e uma suíte master, também no palácio, de 76,75m². Todos os quartos têm ar condicionado; mini bar; TV a cabo; workdesk com Internet wireless; linha de telefone direta; rádio relógio; secador de cabelo, espelho de aumento e cofre eletrônico individual. O Hotel Vila Galé Rio de Janeiro terá também um bloco de três andares onde se irá instalar o centro de convenções com cinco salas, incluindo um salão master de 290 m². O espaço principal, com capa-cidade para receber até 280 pessoas em plateia, disponibiliza equipamento moderno e opções que se moldam à organização de reuniões, conferências e outro tipo de eventos.

Vila Galé inaugura primeiro hotel no Rio de Janeiro

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Concluída a primeira fase do hotel do Grupo Pestana em Montevideu

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2014 / DEZEMBRO Cruzeiros

MSC CRUZEIROS “é pelo segundo ano consecutivo líder de mercado em Portugal e acredito que temos ainda

muito potencial para crescer. Termi-námos 2013 com 12.850 passageiros, num país que contou com cerca de 35.150 cruzeiristas/ano e neste momento a procura de cruzeiros da MSC cresce a dois dígitos no mercado português. Estamos muito satisfeitos por estarmos a conse-guir alcançar os objectivos que tínhamos previstos para este ano e estamos cientes que os próximos anos trazem grandes e inovadores projectos que vão ajudar a despertar os portugueses, cada vez mais, para as vantagens de realizar este tipo de férias e a colocar a MSC Cruzeiros nas primeiras opções de férias dos portugueses. Esta é afirmação de Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cru-zeiros em Portugal, no dia que a companhia de cruzeiros reuniu em Lisboa dois dos seus navios: o MSC Magnifica e o MSC Preziosa.À semelhança do ano passado, os itinerários mais procurados pelos portugueses continuam a ser os do Mediterrâneo (cerca de 41% do total dos passageiros) e o Norte da Europa (cerca de 31% do total dos passageiros), sendo os cruzeiros com saídas e chegadas a Barcelona, Veneza, Kiel ou Copenhaga os mais vendidos. Além disso, as saí-das e chegadas aos portos nacionais de Lisboa e Funchal (cerca de 20% do total dos passageiros) continuam a ser uma grande aposta da companhia, que apresentou em 2014 uma operação com sa-ída e chegada a Lisboa em Abril e entre Julho e Novembro, tendo sido ainda a única companhia a permitir embarques e desembarques na Madei-ra. A partir de 2015 os novos projectos vão estar no centro dos objectivos na MSC Cruzeiros e vão permitir um crescimento da companhia a todos os níveis.“Este ano, a MSC Cruzeiros lançou um plano de investimento de 5 mil milhões de euros que inclui não só a construção de sete novos navios até 2022, que irão duplicar a capacidade oferecida actual-mente pela nossa frota, para cerca de 80.000 passageiros por dia, mas também a renovação dos quatro navios da classe Lirica. É a primeira vez que uma companhia inicia um processo de reno-vação de navios com apenas dez anos, o que mos-tra a inovação que está por detrás deste grande projecto.” O plano de construção dos novos navios está na base de dois acordos, nomeadamente o “Projecto Vista”, anunciado em Março, que decorre de um acordo com a STX France para a construção de dois navios e opção para mais dois, cada um deles

com capacidade para 5.700 passageiros, a serem entregues entre 2017 e 2019. Entre as novas ca-racterísticas dos navios estarão os camarotes es-pecialmente desenhados para famílias e uma zona maior para o “MSC Yacht Club”, uma área pri-vada dentro do navio que terá um vasto solarium, um lounge privado, um restaurante e suites duplex. Os navios terão 315 metros de comprimento e 43 metros de largura, com uma arqueação bruta de cerca de 167,6 mil toneladas e apresentam 2.250 camarotes para passageiros, e cerca de 820 cama-rotes para tripulação, acomodando assim 5.700 passageiros e 1.536 tripulantes. O início da sua construção está previsto para a Primavera de 2015.Por outro lado, o “Projecto Seaside”, anunciado em Maio, decorre de um acordo com os estaleiros italianos Fincantieri para a construção de dois na-vios e opção para mais um, cada um deles com ca-pacidade para 5.300 passageiros, a ser entregues em Novembro 2017 e em Maio 2018. Com um comprimento de 323 metros, uma largura de 41 metros e uma altura de 70 metros, os novos navios terão uma arqueação bruta de 154 mil toneladas e terão capacidade para acomodar 5.300 passagei-ros e 1.413 tripulantes. Os navios contarão assim com 2.070 camarotes para os passageiros, 759 para os tripulantes e 43.500 metros quadrados de áreas públicas disponíveis.Os novos navios da MSC Cruzeiros vão incorpo-rar as últimas tecnologias e técnicas existentes de acordo com os regulamentos marítimos interna-

cionais em termos de responsabilidade ambiental.A companhia iniciou também este Verão o seu programa renaissance, um investimento de 200 milhões de euros que consiste na remodelação dos quatro navios da classe Lirica - MSC Armo-nia, MSC Sinfonia, MSC Opera, MSC Lirica - que serão fisicamente aumentados e renovados entre Setembro 2014 e Novembro 2015 de modo a au-mentar a sua capacidade e providenciar muitos e melhores serviços a bordo.Os navios têm actualmente 251 metros de com-primento, 60.000 toneladas de arqueação bruta e transportam 2.069 passageiros. Depois de se-rem submetidos do programa renaissance terão 275 metros de comprimento, 65.000 toneladas de arqueação bruta e transportarão 2.680 passa-geiros. O trabalho, confiado à construtora italiana Fincantieri, providenciará a cada um dos quatro navios inúmeras novas opções de entretenimento, melhorias tecnológicas, mais lojas e cerca de 200 novos camarotes por navio.“Estamos a referir-nos a protótipos inovadores e futuristas, navios totalmente diferentes de tudo o que já existe e que vêm tornar a nossa frota cada vez mais moderna e ajustada às necessidades dos passageiros, a todos os níveis. E com a chegada deste programa de investimento, acabam por sur-gir outros novos projectos associados, sem os quais os nossos objectivos finais de crescimento não se-riam possíveis. Por um lado temos a criação de parcerias, com marcas de topo, como é o caso da LEGO, que demonstra como a MSC Cruzeiros de-fende a sua identidade de empresa familiar onde os interesses das crianças são sempre uma priorida-de. Por outro lado, a necessidade de recrutamento de cerca de 6000 novos tripulantes para diferentes áreas a partir do próximo ano vai alargar ainda mais os números da empresa, que conta já com 16.300 colaboradores em todo o Mundo. Quere-mos manter a liderança que conquistámos desde 2013 em Portugal e queremos continuar a fazer os portugueses realmente perceberem que fazer um cruzeiro é mesmo a melhor opção de férias. Em Portugal, apenas cerca de 0,4% da população portuguesa faz um cruzeiro todos os anos e é um dos nossos objectivos aumentar estes números. Há cerca de cinco anos, era apenas metade, o que quer dizer que já duplicou e que se posicionou como uma nova alternativa no contexto global. As nos-sas expectativas e as previsões apontam para que estes números continuem a subir e a MSC Cru-zeiros pretende continuar a ser a primeira opção para os cruzeiristas portugueses”, conclui Eduar-do Cabrita.

MSC Cruzeiros é líder de mercado em Portugal

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PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO

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2014 / DEZEMBROEntrevista

VICENTE FERNANDES – SECRETÁRIO DE ESTADO GUINEENSE DO TURISMO

“Vamos bater a todas as portas até tornar a Guiné-Bissau um destino turístico”SECRETÁRIO DE ES-TADO DO TURISMO DA GUINÉ-BISSAU, Vicen-te Fernandes, passou re-

centemente por Portugal onde man-teve diversos contactos, quer seja com entidades públicas, como o seu homólogo português Adolfo Mes-quita Nunes, quer com associações e entidades privadas. Em entrevista à Revista Viajar, o governante guineen-se afirmou que “vamos bater todas as portas até tornar a Guiné-Bissau um destino turístico”. E Portugal é uma dessas portas.O país tem potencialidades turísticas ímpares, mas agora é preciso for-matá-los e torná-los apetecíveis aos turistas internacionais. Os recursos financeiros ainda não magros, mas Vicente Fernan-des garante que o primeiro passo já foi dado. “Estão criadas as condições de estabilidade, que era o fator que impedia o desenvolvimento económico do país e, no caso concreto, do turismo. A paz é um elemento essencial para quem queira visitar a Guiné-Bissau e fazer turismo nas suas mais diferentes vertentes. Com estabilidade a infraestruturação vai surgindo paulatinamente”, realçou. VIAJAR – A GUINÉ-BISSAU TEM NOVO GO-VERNO. UM DOS SETORES QUE CONSIDERA PRIORITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DO PAÍS É O TURISMO. QUAIS SÃO AS VOSSAS PERSPETIVAS? O QUE PENSAM FAZER EM RELAÇÃO AO TURISMO NA GUINÉ-BISSAU?VICENTE FERNANDES – Pensamos fazer do tu-rismo da Guiné-Bissau aquilo que os outros países fizeram. Infelizmente adormecemos ao sabor da castanha de caju, pensando que era o ouro, a relí-quia, quando de facto descuramos muitos setores mais importantes da atividade económica a nível mundial, como é o turismo.Então significa que o Governo, numa visão futuris-ta, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado, liderado por uma pessoa hábil, conhecedora e com experiência, como é o Eng. Simões Pereira, pôs em marcha toda a sua experiência e ligações, por forma a que este setor seja vital, à semelhança de outros países que não têm um cardápio turístico como a Guiné-Bissau, mas que conseguiram fazer algo que potenciou e potencia o seu desenvolvimento econó-mico sustentável, criando emprego.A Guiné-Bissau é um país pequeno mas com uma oferta turística variada, desde o ecoturismo, turismo de caça, de pesca, turismo etno-cultural, turismo de

saudade de tantos portugueses que estiveram por lá. Um país privilegiado na sua localização geográfica, a três horas e meia da Europa, enquanto para outros destinos são precisos 10 ou 12 horas de avião. A acrescentar a esta localização geográfica e todo um conjunto de potencialidades, temos ainda a hospita-lidade. O povo da Guiné-Bissau sabe receber.Tudo isto pode trazer mais valia ao país. De realçar essa nossa ansiedade em poder explorar essa área. Pondo em marcha esta estratégia de prio-rização do turismo como setor vital, vamos conse-guir a curto/médio prazos poder ter uma economia mais robusta, porque vai contribuir de sobremaneira para o acréscimo do PIB, à semelhança de outros países.Não quer isso dizer que devemos relegar para se-gundo plano ou esquecer as outras áreas, nomeada-mente os recursos naturais. Elas existem, o petróleo está na eminência de ser dado como existente, o que poderá dinamizar a economia, temos a bauxite e o fosfato, mas são setores de atividade que carecem de investimentos de grande monta, de tecnologia e de um estudo prévio para podermos defender os nossos interesses. Depois no ato da gestão temos que ter quadros especializados que possam gerir os interes-ses da Guiné-Bissau. Portanto, é um caminho mais longo, enquanto que o turismo, basta pôr os pés no aeroporto e arregalar-se a vista.

CABO VERDE É UM EXEMPLOV – PARA HAVER TURISMO ORGANIZADO SÃO NECESSÁRIOS INFRAESTRUTURAS, ESTRA-DAS, TRANSPORTES ETC. JÁ QUE SE TRATA DE UM SETOR MULTIFACETADO. POR ONDE É QUE A GUINÉ-BISSAU QUER COMEÇAR?VF – Dou sempre o exemplo de Cabo Verde. É um

exemplo a seguir. Cabo Verde deu si-nais de que quando o Homem quer consegue. Cabo Verde, sem outros recursos que o sol e mar, conseguiu sustentar a sua própria economia através do turismo. Quando alguns grupos como o Pestana, a Soltró-pico, a Solférias ou a Riu entraram em Cabo Verde de certeza que se depararam com a mesma situação, ou seja, não havia infraestruturas. Havia sim a vontade política do Go-verno e de um Primeiro Ministro, com uma equipa técnica, com uma prospeção objetiva e real daquilo que lhes é dado pela natureza e traçaram objetivos a curto e médio prazo.Nós não temos infraestruturas. Es-tamos na fase da procura de com

quem dialogar. Quem são os promotores, quem são as entidades nacionais e estrangeiras que nos podem apoiar na definição das linhas mestras para poder tornar a rota da Guiné-Bissau numa rota turística. É este trabalho que estamos a fazer. E nesta mi-nha passagem por Lisboa mantive contactos com diversas entidades portuguesas, tais como a APAVT e a AHP. Realce para o encontro com o secretário de Estado português do Turismo, que permitiu um diálogo interativo. Pedi-lhe, na qualidade de membro do Governo português, que nos dessem apoio, já que Portugal é um país com grande experiência nesta área e onde o turismo é o seu cartão de visita. Penso que há uma total abertura do Governo português. Portugal é a nossa porta de entrada para a Euro-pa, país com quem temos laços afetivos e históricos seculares, a quem primeiro vamos direcionar, sem desprimórdio de outros países. Vim a Portugal para fazer uma prospeção, falar com as entidades públicas e privadas para ver de que forma se pode fazer esse casamento, esta simbiose de energias e de vontades. Porque não tenho dúvidas nenhumas que estão criadas as condições de estabi-lidade, que era o fator que estava a impedir o desen-volvimento económico do país e, no caso concreto, do turismo. A paz é um elemento essencial para quem queira visitar a Guiné-Bissau e fazer turismo nas suas mais diferentes vertentes. Com estabilida-de a infraestruturação vai surgindo paulatinamente. Por isso é que digo que Cabo Verde não tinha, mas sempre teve um bem essencial – a estabilidade -, que permitiu que os operadores turísticos, agências de viagens e demais empresários fossem lá investir pedra a pedra, até se tornar hoje num destino prefe-rencial dos turistas portugueses, para não dizer dos europeus.

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2014 / DEZEMBRO Entrevista

“Vamos bater a todas as portas até tornar a Guiné-Bissau um destino turístico”Portanto, temos que saber beber essa experiência dentro da nossa modéstia. A vontade do Primeiro Ministro guineense é bater todas as portas para be-bermos experiências do desenvolvimento turístico de outros países. Temos que capitalizar este rela-cionamento profícuo e sólido com Portugal, quer na vertente estatal como privada. Queremos dizer que a Guiné-Bissau vive hoje um clima de paz. A Guiné-Bissau precisa de vós e estamos de braços abertos.

REVISÃO DA LEGISLAÇÃOV – NO ENTANTO, RECENTEMENTE, NUM ENCONTRO COM OPERADORES DO TURISMO GUINEENSES, FALOU DA NECESSIDADE DE REVISÃO DE ALGUMA LEGISLAÇÃO NA ÁREA DO TURISMO QUE ESTÁ CADUCA. O QUE SE VAI FAZER A ESSE NÍVEL?VF - É preciso reformular o quadro legal e adequar todo o plano do ordenamento e jurídico à realidade atual. O plano diretor do turismo é de 1990 e tem que ser adaptado à vivência atual. Criar uma equipa que irá implementar a execução de um novo plano, é fundamental. Já temos projetos elaborados para a criação de um regulamento sobre as atividades hoteleiras e turísticas e estamos à espera de uma re-apreciação para o levarmos ao espaço próprio a fim de serem aprovados. É importante criar um quadro jurídico mais apelativo.No âmbito do código do investimento a prioridade é dada ao turismo, mas há que acrescentar alguns condimentos que permitam que o turismo, pela sua transversalidade e importância capital, seja devida-mente acarinhado e mais valorizado.Do meu ponto de vista, para além de ser um setor privilegiado para o desenvolvimento económico, como pretendemos que o seja, há que dar um en-foque, criando facilidades para os operadores que querem investir nessa área, nomeadamente com a redução substancial da carga fiscal, facilitando o máximo a entrada de bens e equipamentos destina-dos aos projetos turísticos.Estamos a criar flyers e mapas, balcões de atendi-mento aos turistas por forma a explicar que ofertas e serviços existem, como é que podem viajar para as diferentes regiões, designadamente para as ilhas dos Bijagós, quais os preços praticados, etc.Com a apoio do Primeiro Ministro estamos, igual-mente, a tentar criar o chamado guiché único, um espaço próprio destinado a apoiar a todos os opera-dores interessados na execução de projetos, equipan-do-o com técnicos multisetoriais competentes, desde advogados, arquitetos e outros consultores, que es-tarão à disposição de quem pretende informações. Pagar-se-á uma taxa simbólica, mas nunca será como recorrer a um gabinete. O empresário será

acompanhado a par e passo até ter espaço de ma-nobra para executar o seu projeto, altura em que lhe serão concedidos os competentes alvarás. Portanto, não terá os custos iniciais de desbravar terreno.Estamos também empenhados na modernização da própria informação da Secretaria de Estado do Turismo e muito brevemente teremos toda a SET informatizada. A divulgação do turismo passa por estar nos mercados internacionais e não se pode re-sumir apenas a pequenos encontros em Bissau. Te-mos que estar em tempo real em qualquer parte do mundo. Brevemente teremos um site que permitirá que, pela primeira vez, o consumidor possa clicar e ficará a saber um conjunto de informações sobre o turismo da Guiné-Bissau, a sua diversidade cultural, política, social, económica, como e onde pode obter os vistos, quanto custam, os preços da hotelaria, o que fazer, etc.

Este é um conjunto de pequenos detalhes que esta-mos a implementar, mas temos que continuar esta diplomacia “agressiva”. Vamos continuar a bater todas as portas até tornar a Guiné-Bissau um des-tino turístico. Tenho a plena certeza que saberemos dar respostas a todas as solicitações, porque temos uma oferta turística invejável. Temos tudo para que o turismo seja de facto um setor importante e vi-tal para o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau.

COMEÇAR PELO ECOTURISMOV – POR ONDE O PAÍS PRETENDE COMEÇAR. POR UMA REGIÃO? POR UM PRODUTO ESPE-CÍFICO?VF – Independentemente do tipo de turismo que

queremos fazer, temos que ser modestos face à si-tuação real do país, resultante destes 41 anos de ingovernabilidade e de saque do erário público. Nes-te momento a Guiné-Bissau não tem uma carteira financeira para poder almejar outro tipo de turismo de grande luxo. Entre os polos a ter em conta seria o ecoturismo, que exige menos investimentos. Paula-tinamente, em função do engrossar do filão turístico, iremos entrar em áreas mais apetecíveis. Temos que ser realistas e fazer as coisas de acordo com aquilo que é a nossa realidade atual. Não inventar, mas ca-minhar “step by step”.Da mesma forma, o turismo de saudade só por si é mais fácil pois as pessoas já lá estiveram. O turismo étnico e religioso, as diferentes formas como as vá-rias etnias se interagem, os nossos usos e costumes, as danças, as culturas, as cerimónias fúnebres, o tu-rismo científico (imigração das aves), as nossas áre-as protegidas da Lagoa de Cufada, Cacheu e Canta-nhês, os hipopótamos ímpares no mundo, adaptáveis à agua doce e água salgada, os mamíferos de grande porte, são potencialidades incomparáveis. Por isso quero dizer que há que apostar e a Guiné-Bissau vai ser a curto/médio prazos uma das rotas preferen-ciais dos portugueses, e esperamos que de todos os amantes do turismo. Este Governo tem vontade de alterar a situação infeliz por que passámos durante todos estes anos. Tínhamos que bater muitas vezes a cabeça na parede até nos libertarmos das amarras.V – UMA DAS QUESTÕES QUE ABORDOU COM ADOLFO MESQUITA NUNES TEM A VER COM A FORMAÇÃO...VF – No âmbito do nosso encontro, uma das áre-as abordadas foi a formação, não só de base, mas também ao nível da reciclagem e pós-graduação. O governante português predispôs-se a colaborar e a pôr-nos em contacto com o Turismo de Portugal no sentido de nos darem todas as informações e os apoios que sejam necessários.Estamos a preparar as bases para lançar uma esco-la de formação de cariz eminentemente de hotelaria e turismo, com validação e certificação, porque só com estes técnicos é que poderemos dar respostas aos empresários que queiram investir na Guiné-Bis-sau. Nessa altura teremos que ser capazes de empre-gar a nossa juventude que está ávida de ter trabalho para combater o flagelo do desemprego. É nossa obrigação privilegiar os nacionais no exercício des-sas funções. Neste particular, o SET português está muito recetivo. Os nossos governantes do passado é que nunca souberam tirar proveito do relacionamen-to com um país amigo como Portugal. Num espaço de 90 dias deste Governo, começou-se a inverter a lógica de se pensar a Guiné-Bissau, pela positiva e não pela negativa. A Guiné-Bissau está a renascer.

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2014 / DEZEMBROEntrevista

À PROCURA DE PARCEIROS

Guiné-Bissau quer criar a sua própria companhia aérea

GUINÉ-BISSAU, que por via do acor-do com a EuroAtlantic, passou a estar ligada a Lisboa uma vez por semana (às sextas feiras), está a procura de parcei-

ros com vista à criação da sua própria companhia aéra. O secretario de Estado dos Transportes e Teleco-municações, João Bernardo Vieira anunciou, em Bissau, durante a cerimónia de boas vindas do voo inaugural da EuroAtlantic, que passou a ligar as capitais portuguesa e guineense, que o seu Governo tenciona num futuro próximo fazer ligações aéreas diretas a partir de Bissau para Paris, Londres, São Paulo e todos os países possíveis da região africa-na, no âmbito da dinamização dos transportes aére-os da Guiné-Bissau com o resto do mundo.O responsável pela pasta dos transportes, disse que esta é a intenção do Executivo, que passa pela cria-ção de uma companhia nacional para fazer a liga-ção ao resto do mundo.Foram retomadas as ligações entre Portugal e a Guiné-Bissau no dia 14 de novembro, com o voo inaugural da EuroAtlantic, praticamente um ano após a suspensão do único voo direto entre Bissau e uma capital europeia, que era assegurado pela TAP. A grande novidade desse voo é que é realizado du-rante o dia, o que facilita o controlo e tem ainda uma grande vantagem para o passageiro. O Boeing 737-800 da EuroAtlantic destinado à rota Lisboa/Bissau/Lisboa tem para já capacidade para transportar 160 passageiros, 144 em classe económica e 16 em executiva.Esta operação é possível ao abrigo de um acor-do entre a Guiné-Bissau e a EuroAtlantic, que decorreu em Lisboa e contou com a presença do primeiro-ministro e os ministros das Finanças e dos Transportes guineenses, Domingos Simões Pereira, Geraldo Martins e João Bernardo Vieira, respeti-vamente.“Os voos começaram a 14 de novembro, numa primeira fase com um voo semanal e, conforme a procura podem ser dois ou três semanais” e vão resolver “uma deficiência de ligação entre Bissau e Lisboa”, referiu o secretário de Estado guieense dos transportes.O governante avançou que esta medida “obrigou a algum esforço financeiro importante” do Governo, mas o importante é que “os interesses dos cidadãos guineenses serão salvaguardados”.No entanto, “esta é uma solução transitória”, disse João Bernardo Vieira, para acrescentar que “vamos continuar a discutir com vários parceiros, nomeadamente com a EuroAtlantic, e muito proxi-

mamente vamos dar a conhecer uma solução mais definitiva, que responde cabalmente à expetativa para a ligação Lisboa Bissau, mas também a outros destinos”.O secretário de Estado dos Transportes especificou que “a ambição” do país é criar uma companhia aérea nacional, objetivo que, aliás, “consta no pro-grama de Governo.Quanto ao regresso da TAP às ligações aéreas com Bissau, interrompidas em dezembro de 2013 e com previsão, entretanto adiada, de retoma em outubro, João Bernardo Vieira defendeu que a operação da EuroAtlantic “não será obstáculo. A concorrência é sempre bem vinda”.O secretário de Estado esclareceu que só teve co-nhecimento da decisão da companhia aérea por-tuguesa de adiar o regresso a Bissau através dos orgãos de comunicação social, mas apontou que “a Guiné Bissau não tem acordo com a TAP, tem com o Estado português”. A TAP suspendeu os seus voos para Bissau em dezembro de 2013 na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 cidadãos sírios com documentação falsa. A 15 de outubro anunciou não estarem reunidas as condições operacionais para retomar os voos para a Guiné-Bissau, previstos então para 28 de outubro, adiando o regresso por um período “não inferior a 45 dias”.

Recorde-se que a Guiné-Bissau e Portugal remo-veram, em 2009, a cláusula que limitava em uma operadora para a exploração da linha aérea entre os dois países.A EuroAtlantic, na pessoa do seu administrador, Euclides Batalha afirmou que “estamos satisfeitos por ter conseguido os objetivos, iniciando a opera-ção três a quatro semanas depois da assinatura do acordo. Agora vamos fazer aquilo que nos é exigido, que é prestar um bom serviço e com qualidade, em terra e a bordo, de maneira que aumente a procura e se movimentem mais pessoas e bens entre Portugal e a Guiné-Bissau”.Por seu turno, o secretário de Estado dos Transpor-tes realçou que “os laços históricos e de cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau não cuaducam com atitudes tendentes a separar os dois povos, represen-tados em cada um dos países por vastas comunida-des que necessitam de manter as suas ligações com os respetivos países de origem. A partir de hoje essa situação está revertida e creio definitivamente”.Interrogado pela Revista Viajar sobre o investimen-to financeiro que o Executivo guineense está a fazer com vista a manter essas ligações, Bernardo Vieira referiu que “é um investimento, mas não excessi-vo tendo em conta as nossas obrigações enquanto Estado, que é responder às necessidades da nossa população”.

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2014 / DEZEMBRO Tecnologias

COMPANHIAS AÉREAS VÃO GERIR MELHOR ATRASOS E CANCELAMENTOS DE VOOS

Amadeus apresenta nova soluçãoMAGINE UM MUNDO em que, se cance-la ou que se atrasa um voo, o passageiro não tem que ligar para a companhia aérea

ou estar no aeroporto na fila pessoalmente para saber como agir. Imagine que os passageiros po-deriam superar a frustração e stress causado por estes incidentes, simplesmente pressionando a tela do smar-tphone ou tablet e obter automaticamente e em tempo real, alternativas personalizadas de viagem através dos seus dispositivos.Imaginem também um mundo em que, em caso de im-previstos, as companhias aéreas poderão personalizar as suas ofertas comerciais para os passageiros antes, durante e depois da mudança nas suas reservas, como uma estadia gratuita num hotel, um lugar melhor ou ainda outros serviços pagos, incluindo o acesso ao spa do aeroporto. Imagine também que as companhias aéreas são capazes de automatizar completamente o processo de gestão de incidentes, gerindo tudo, desde bilhetes para EMDs através de atualizações de inventá-rio, novos cartões de embarque e até mesmo a transfe-rência de bagagem para o novo voo, proporcionando o aumento da produtividade, promover a fidelização dos passageiros, melhor a marca e otimização de custos.

Este mundo poderia tornar-se uma realidade hoje para passageiros e companhias aéreas, graças à primeira solução móvel para gestão de incidentes de voos atra-vés de opções personalizadas e realocação inteligente: a melhor maneira de lidar com o eterno problema de atrasos e cancelamentos de voos.Amadeus Personal Disruption Companion, cuja primei-ra versão promocional estará disponível no início de 2015, é uma solução única no mercado, uma vez que utiliza uma estratégia de gestão de incidentes focados nos clientes e dá controlo total ao passageiro em caso de atraso ou cancelamento de voos. Funciona através da análise e compreensão das características dos pas-

sageiros e do seu destino, combina essas informações com outras preferências, como modo de linguagem ou contato. Essas informações devem ser totalmente personalizadas através do itinerário específico de cada passageiro e o histórico de compras de serviços com-plementares e outras preferências pessoais indicadas ou armazenadas.A solução Amadeus Personal Disruption Companion, cujo lançamento se associará com a companhia aérea TAM - companhia aérea nacional do Brasil que faz parte da LATAM Airlines Group- foi introduzida pela primeira vez no Congresso PhoCusWright Travel Inno-vation, onde a solução arrecadou o segundo prémio na categoria de empresas consolidadas.O lançamento da Amadeus Personal Disruption Com-panion vem após a publicação do relatório de 2013 Passengers-first: re-thinking irregular operations, co-missionado pela Amadeus e elaborado por Norm Rose, em que a gestão de incidentes é analisada. Segundo o estudo, 33% dos passageiros citou a falta de informa-ção sobre o que aconteceu, como a causa número um de frustração em caso de acidente. A segunda causa, 18%, é resultado de passageiros receberem informa-ções contraditórias.

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A TRAVELPORT ACABA DE DISPONIBILIZAR uma nova versão da solução tecnológica Smartpoint, o desktop utilizado pela grande maioria das agências de viagens portuguesas. Ferramenta de gestão diária, o Smartpoint está, desde o lançamento, a redefinir a forma como as agências de viagens se relacionam com os seus consumidores. A solução alarga a oferta de conteúdos disponíveis para os agentes, melhora a produtividade e, consequentemente, incre-menta as receitas, ao mesmo tempo que fornece elevada qualidade de serviço aos clientes.A atualização, já disponível, reforça a implementação do Rich Content and Branding, solução de venda de produtos e serviços com diversas funcionalidades, que tornam a reserva de viagens mais fácil e rentável para as agências e que facilita, entre outros aspetos, a venda cruzada de produtos. Esta plataforma possibilita o acesso exclusivo a imagens e informações sobre os pro-dutos das companhias aéreas, permitindo a comparação e combinação de ofertas diferentes. Atualmente, mais de 70 companhias aéreas já integram o Rich Content and Branding.Outro dos benefícios desta atualização do Smartpoint prende-se com as melhorias no sistema de navegação, mapeamento gráfico e ecrãs interativos, que tornam a venda de serviços adicio-nais – como alojamento e aluguer de carros – mais fácil e rápida. Foram também incrementa-das outras funcionalidades, como a escolha de lugares no avião, serviços complementares – a nível do acesso ao lounge VIP, por exemplo –, e a possibilidade de segmentar os clientes em linha com os planos de fidelização. Além destas melhorias, os agentes vão continuar a ter acesso à marcação de voos nas companhias que já estavam no desktop, e à solução de paga-mento oferecida pela eNett.António Loureiro, diretor regional da Travelport Portugal e Espanha e vice-chairman da Travelport Brasil, afirma que “O Smarpoint vai, sem dúvida, tornar o processo de reservas mais eficiente e lucrativo para os agentes de viagens”. O responsável refere que, enquanto líder no mercado nacional, “faz parte do compromisso da Travelport oferecer aos agentes de viagens portugueses o conteúdo mais relevante sem paralelo noutras plataformas, e, como tal, somos os únicos a disponibilizar uma solução deste tipo”. António Loureiro conclui: “A adoção do Smartpoint pelos agentes de viagens é fundamental para que estes possam efetivamente conti-nuar a ser o melhor canal de vendas para a atividade económica das viagens e turismo”.

ACABAM DE SER LANÇADOS novos guias turísticos para tablet e smartpho-ne “Just In Time Tourist – JiTT” disponibilizados para as cidades de Aveiro e Coimbra.A JiTT é uma aplicação móvel, gratuita, única no mercado, que conta as histórias das cidades de acordo com o tempo disponível do utilizador. Disponível para sistemas IOS e Android, esta aplicação propõe solucionar o problema de muitos viajantes que se tornam turistas acidentais e não pla-neiam a sua viagem, sendo ideal para quem não tem tempo suficiente para explorar, mas quer conhecer o essencial das cidades que visita. Com base em tecnologia GPS, a aplicação parte da localização geográfica do utiliza-dor e encaminha-o para os locais mais interessantes através de um mapa detalhado. Os conteúdos da aplicação são originais. O cuidado na criação de conteúdos adaptados culturalmente às realidades do destino, bem como a preocupação estética do ponto de vista da voz que conduz o utilizador –Rui Unas - são detalhes que fazem com que o turista se sinta praticamente acompanhado por um guia real, tornando o JiTT num guia personalizado que faz toda a diferença em viagem.Pretende-se que esta aplicação móvel contemple todo o território da Turismo Centro de Portugal, com características dinâmicas e interactivas que providencie a inventariação, estruturação e georreferenciação dos recursos turísticos, assim como das infra-estruturas de apoio à actividade turística, incluindo a interligação destes com a rede de acessibilidades e transportes, a restauração, o alojamento, a saúde, a segurança, entre outros pilares que complementam a actividade turística tradicional.Neste contexto, até final do mês de dezembro’14 serão lançadas as apli-cações JiTT para as cidades da Guarda, Castelo Branco, Viseu, Fátima (Ourém), Óbidos e Leiria. Posteriormente será lançada uma aplicação para todo o território regional do Centro de Portugal.

Novo Travelport Smartpoint aumenta rapidez das reservas de viagens “Just In Time Tourist – JiTT” para Aveiro e Coimbra

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2014 / DEZEMBRODestaque

POUSADAS DE PORTUGAL COM NOVA ESTRATÉGIA PARA O PRÓXIMO TRIÉNIO

Objetivo é duplicar os resultados UMA NOVA ABORDAGEM ÀS POU-SADAS DE PORTUGAL, a adminis-tração do Grupo Pestana Pousadas identifica a marca, a portugalidade e

a dispersão geográfica como os pilares estraté-gicos que sustentarão o plano de marketing e posicionamento das Pousadas de Portugal para os próximos três anos. Este novo plano estra-tégico inclui um investimento de 13,5 milhões de euros numa primeira fase, que deverá estar concluída nos próximos seis a nove meses.E o objetivo é duplicar os resultados operacio-nais nesse período, passando dos três milhões de euros previstos para este ano para os seis milhões, em 2018, explicou José Theotónio, ad-ministrador do grupo Pestana, em conferência de imprensa.Desse total, 400 mil euros serão para divulga-ção e promoção da marca em Portugal e no estrangeiro. Outros 3,5 milhões vão para a re-novação e melhoramentos nalgumas das pousa-das já existentes, sobretudo no Alentejo. E os restantes nove milhões estão a ser investidos na Pousada de Lisboa, no Terreiro do Paço. Atual-mente em construção, terá cerca de 90 quartos e deverá inaugurar em junho de 2015. “Será uma unidade de referência para as Pousadas de Portugal e para Lisboa” e “uma ajuda grande na implementação deste novo plano”, frisou José Theotónio.O responsável explicou ainda que esta estraté-gia surge para “aproveitar os bons ventos que sopram do lado da procura” e que começaram a sentir-se em 2013, após quebras de 50% no mercado nacional, desde 2010.Já este ano, a procura por parte dos portugue-ses subiu 20,5%, pesando 29% nas receitas, contra 27% em 2013. Também o público in-ternacional tem aumentado nas pousadas com aumentos de franceses (+19%), espanhóis (+11,5%) ou brasileiros (+9%).No total, as vendas na rede de 35 pousadas estão com crescimentos de 10% e o resultado operacional evoluiu 30%.Durante a conferência de imprensa, o adminis-trador do grupo Pestana com o pelouro finan-ceiro, José Teotónio, sublinhou que depois dos anos de crise em que foi necessário delinear “uma estratégia de sobrevivência”. Os novos “ventos de crescimento do mercado externo e de recuperação da procura nacional” ditaram a necessidade de desenhar um novo plano de ação, desta feita até 2018 que implica uma nova segmentação das actuais 27 unidades.No âmbito deste plano, os responsáveis do

grupo Pestana acreditam, nestes quatro anos, garantir a duplicação dos resultados operacio-nais dos actuais três milhões para seis milhões. José Teotónio admitiu que, no terreno, está um plano de ação que contempla “um investimento ambicioso”, mas o grupo “está empenhado que este novo plano estratégico tenha uma efectiva concretização”.70 anos de históriaCom mais de 70 anos de história, e sob a ges-tão do Grupo Pestana desde 2003, as Pousadas de Portugal são uma cadeia que conta com 35 unidades espalhadas de Norte a Sul do país. Uma marca 100% portuguesa que é sinónimo de qualidade, hospitalidade, cultura e tradição e que garante uma oferta turística diferencia-da que mantém viva a chama hospitaleira dos portugueses. Uma marca implantada em caste-los, palácios, conventos ou fortalezas, e que é, reconhecidamente, um dos projectos com maior sucesso na articulação entre o património e o turismo - uma receita de sucesso que o Gru-po Pestana continuará a investir e a reforçar, adaptando-se naturalmente aos tempos actuais e futuros.Num primeiro eixo, a marca Pousadas de Por-tugal apresenta-se com uma nova forma de dar a conhecer a sua oferta, a pensar no mercado nacional, mas também num crescimento inter-nacional, que se deseja a curto prazo e acele-rado.Na nova estratégia das Pousadas de Portugal é apresentada uma nova segmentação para a marca, que organiza as Pousadas sob novas ti-pologias que ajudam a que o público escolha a oferta mais consentânea com aquilo que de-

seja. São três os conceitos sobre os quais as Pousadas de Portugal se passam a apresentar: Monument Hotel, Historic Hotel, Charming Ho-tel - cada um dos três evocando experiências e diferenciadas, e com preços distintos, consoan-te as expectativas dos clientes.Monument Hotel são a “montra” da nova es-tratégia das Pousadas de Portugal. Com loca-lizações privilegiadas, criteriosos padrões de qualidade e conforto, serviço personalizado e riqueza em detalhes ímpares, são a represen-tação da hotelaria de luxo ao mais alto nível de qualidade e serviço. Esta categoria alberga 4 unidades – Mosteiro de Amares, Mosteiro do Crato, Palácio de Estoi e Mosteiro de Guima-rães, às quais se juntará a Pousada de Lisboa, como abertura prevista para Junho de 2015.Historic Hotel são a essência das Pousadas de Portugal, estão situadas em conventos, palácios, castelos e constituem-se como testemunhos vi-vos da História de Portugal. São perfeitamente distintas, já que ocupam edifícios históricos e algumas delas têm a particularidade de ter so-frido intervenções por parte de grandes nomes da arquitectura contemporânea, enriquecendo de algum modo os edifícios de características históricas. Estão neste grupo as Pousadas do Castelo de Alcácer, Castelo de Alvito, Convento de Arraiolos, Convento de Beja, Convento de Évora, Castelo de Estremoz, Castelo da Horta, Castelo de Óbidos, Castelo de Palmela, Palácio de Queluz, Serra da Estrela, Convento de Tavi-ra, Viana do Castelo, Convento de Vila Pouca da Beira, Convento de Vila Viçosa e Viseu.Com uma localização exclusiva e instaladas em ambientes emblemáticos como Sagres, os

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Charming Hotel estão integradas em paisagens exuberantes e em locais únicos onde já não é possível construir mais nada em seu redor. Es-tão neste grupo as Pousadas da Caniçada, Mar-vão, Sagres, Valença, Ourém e Ria.Assente no pilar estratégico da “Portugalida-de”, as Pousadas de Portugal pretendem refor-çar o seu posicionamento como embaixadoras de um conjunto de valores e significados asso-ciados à história, gastronomia, cultura e pa-trimónio de Portugal, e em especial da região onde estão inseridas. “A História que cada Pousada tem para con-tar é uma das nossas principais apostas. Não rejeitamos a modernidade, bem pelo contrário, e por isso mesmo queremos transportar para o presente e para os mais elevados padrões ho-teleiros, o que nos define como portugueses, a nossa portugalidade”, revela Miguel Velez, ad-ministrador das Pousadas de Portugal.Serão assim várias as formas e os momentos de explorar o eixo da Portugalidade:

FAZER DE CADA MOMENTO UM ENCONTRO COM A HISTÓRIA

Em todas as Pousadas, além das várias peças que contam a história do local, da região e do país, também se passará a contar a história na primeira pessoa e nos diferentes momentos de contacto com o cliente: no check-in, no check-out, no restaurante, no bar e nos quartos. To-dos os momentos serão úteis para fazer valer os elementos diferenciadores das Pousadas de Portugal e “namorar” quem as visita. Será também nos pequenos detalhes que as Pousadas de Portugal se irão distinguir na re-

lação com os hóspedes e clientes. Desta forma nas épocas baixas os directores das Pousadas convidarão os hóspedes para um chá e uma conversa onde o tema é a história, as lendas e as curiosidades. Nas épocas altas organiza-rão cocktails onde o convívio e a tertúlia serão as notas dominantes. Estes momentos servirão para criar laços com os clientes e pretende-se que sejam um canal de identificação que os fará regressar para continuarem a disfrutar, desde a gastronomia ao conforto, à história de cada Pousada e de cada recanto de Portugal.A gastronomia será o eixo mais forte da Portu-galidade, quer pela oferta, quer pelos eventos, e também pela forma como irá contar a história do país. Cada um dos restaurantes da rede - a maior rede de restaurantes regionais do país - irá pro-porcionar uma viagem pelo melhor da cozinha regional portuguesa. Reconhecidos e aclama-dos pela superior qualidade dos seus produtos e pelo ambiente requintado que oferecem, são garantia de momentos únicos e um veículo para a descoberta de alguns segredos regionais. Do Minho ao Algarve, passando pelos Açores, as cartas dos restaurantes das Pousadas de Portugal apresentam propostas de “cozinha de tacho”, confeccionadas com produtos da região, e passam a contar a história de cada um dos pratos propostos. Numa óptica de dina-mismo e novidade, serão também organizados diversos eventos gastronómicos temáticos - as semanas gastronómicas do Minho, Estrema-dura, Alentejo ou Algarve, as sextas-feiras do cabrito, os sábados de arroz de tamboril ou os domingos de cozido à portuguesa são exemplos

de iniciativas que irão reforçar este compromis-so das Pousadas de Portugal em simbolizar a Portugalidade e dar conhecer as várias regiões onde estão implantadas.“Ao todo, ao longo de um ano, teremos mais de 50 eventos que prestam homenagem à gastro-nomia regional e que apresentam os sabores e os aromas de cada uma das regiões onde esta-mos presentes”, reforça Miguel Velez.As Pousadas de Portugal pretendem assumir-se como uma das ofertas mais influentes de cada região e posicionarem-se como montras da sua riqueza e diversidade, pontos de encontro. Para cumprir com o objectivo foi desenvolvido um calendário exclusivo de iniciativas que contam com exposições dos artistas das várias regiões, mostras de produtos locais, concertos de gru-pos da região, etc., trazendo a vida de região para dentro das Pousadas.“Aquilo que a nova estratégia acrescenta para os próximos três anos é um explorar dos valo-res tradicionais que fizeram das Pousadas uma oferta genuinamente única, aliado a uma oferta contemporânea e muito dinâmica. À imagem das empresas especializadas em Tecnologias de Informação, vamos estar sempre a lançar novi-dades, e em cada uma delas presentear o cliente com novos serviços”, adianta Miguel Velez.Espalhadas de Norte a Sul, Este a Oeste, as 35 Pousadas de Portugal promovem o tesou-ro cultural e gastronómico português, dando a conhecer os recantos do país e convidando a momentos inesquecíveis em contacto com a História, onde a qualidade do alojamento, a hospitalidade e o serviço personalizado primam pela diferença.

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2014 / DEZEMBROReportagem

CUBA

Altiva e charmosaPRIMEIRA VISTA PARECE UMA ILHA PEQUENA. Quem pensa assim está enganado. Percorrer quase metade

de Cuba numa semana é obra. Mas vale a pena. Das montanhas ao sabor da genuína salsa de Santiago de Cuba, das praias às cidades coloniais e históricas, terminando na belíssima Havana é des-cobrir a verdadeira Cuba, altiva apesar de todas as suas vissicitudes, mas ao mesmo tempo charmosa e encantora. A sua forma de ser e de estar no mundo é um dos seus atrativos. Cuba é uma mistura vibrante de história e música, poesia e paixão, aventura e uma cultura espantosa-mente rica. Cristóvão Colombo apelidou-a de “a ter-ra mais bela que o olhar humano alguma vez viu”. No ano em que algumas das suas cidades históricas completam 500 anos de existência, Cuba veste-se de sons calientes, espírito revolucionário único e ca-lor exótico das Caraíbas. Um destino com muitas possibilidades. Praias, cida-des históricas, circuitos, ilhas.... Cuba não deixa nin-guém indiferente. Partimos à descoberta de um país carregado de misticismo e uma atmosfera quase mágica! São precisos muitos adjetivos para resumir Cuba. Ela é verde e altiva como as suas palmeiras reais, doce como o seu açúcar, sonhadora como terra de poetas, sensual como a sua música e quente como o seu rum. Cuba é luz, cor, sabor, alegria e calor; é areias pin-tadas de mar, um paraíso de águas transparentes e tranquilas; é terra de atrativos contrastes, um espe-táculo natural; é um mar de cidades marcadas pelo tempo, com inesgotáveis valores histórico-patrimo-niais; é som de tambores, sussurro de violinos; é gen-te alegre e desenfadada, mistura de raças e culturas; é branca, negra, urbana, campesina, marinheira; é o seu povo entusiasta, alegre e sensível que desfruta do exclusivo dom de saber partilhar a sua alegria e fascinar os visitantes.A maior ilha das Caraíbas é, hoje, um lugar que mis-tura o moderno e o tradicional, que agrega simplici-dade e elegância.O primeiro contacto com Cuba é uma verdadeira surpresa. É como se, de um momento para o ou-tro, regressássemos a uma época completamente

diferente.O parque automóvel é um verdadeiro mu-seu, as pessoas surpreendentemente simpáticas e bastante comunicativas e acima de tudo, uma enor-me sensação de segurança onde quer que vamos.A sua natureza exuberante oferece quilómetros de costa de fabulosas praias e cayos, mas também é um país pleno de verdejantes paisagens e planícies, com uma flora riquíssima e uma fauna abundante e variada. É um país de gente alegre, amável e hospi-taleira. Cuba oferece mais de 300 praias naturais, maravilhosamente limpas, espalhadas pelos 588 kms que compõem a sua imensa costaO desejo de sentir o ritmo da salsa, o aroma dos Cohiba e o sabor a rum é substituído por mergulhos de encanto entre as barreiras de corais mais belas de toda a ilha, desportos náuticos de aventura e pas-seios a cavalo entre reservas ecológicas.Para os amantes da história revolucionária cubana, há ainda a experiência única de presenciar como é a vida no país socialista de um povo sem luxo, mas que respira cultura o tempo todo – boa música ao vivo e

telas de artistas cubanos podem ser encontradas em qualquer esquina.

CAYO COCO E CAYO GUILHERMO – BELEZA INDESCRITÍVEL

Os Cayos são pequenas ilhas dotadas de uma bele-za indescritível, com acesso por estrada ou por via aérea. Cayo Coco e Cayo Guillermo, que tivemos a oportunidade de visitar, são esplêndidas: têm um mar calmo, quase parece uma piscina gigante, a areia é branca e as gaivotas fazem violentos mer-gulhos em busca de comida. Dominadas por praias e resorts, estas ilhotas são ideiais para descansar e esquecer tudo o resto. A ilha de Cayo Coco ocupa cerca de 370 quilóme-tros quadrados, é um lugar paradisíaco, possui 22 quilómetros de praias e destaca-se pelo seu alto grau de conservação do ecossistema. Sendo uma privilegiada reserva da flora e da fauna cubanas, Cayo Coco é o habitat natural de diversas aves como o flamingo rosado.

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2014 / DEZEMBRO Reportagem

Este destino turístico permaneceu inexplorado de atividades turísticas, até 1990, quando uma estrada, metade para o mar e metade ao longo dos pântanos, permitiu a comunicação da terra e à exploração des-se santuário natural da flora e da fauna. Até aquela data, o único acesso era feito pelo mar.O Pestana Cayo Coco Beach Resort, de quatro es-trelas, em regime de tudo incluído e todo ele com um design moderno e colorido, está localizado numa das melhores praias de Cuba e com 800 metros de frente. É a única presença portuguesa em Cuba. E deu-nos as boas vindas à ilha de uma forma calo-rosa, como os portugueses também sabem receber. O resort é constituído por 508 quartos em 11 edifí-cios enquadrados na paisagem original da zona, uma piscina central para adultos e uma para crianças, Clube infantil, quatro restaurantes e quatro bares distribuídos pelos 100.000 m2 de terreno que com-põem o projeto. A animação está a cargo de uma equipa cubana encarregue de diariamente dar vida ao hotel, culminando num espetáculo diário pre-

parado especificamente para o anfiteatro do hotel, construído ao ar livre e com capacidade para 350 pessoas sentadas.A popular Santiago de Cuba, mais ao oriente da ilha, é conhecida por festivais de música e uma vida agitada. Foi por esta cidade que começou a aventura de um grupo de agentes de viagens e jornalistas por-tugueses e espanhóis, que responderam a um convite da Delegação do Turismo de Cuba em Espanha e Portugal. Juntaram-se um guia e um motorista e lá seguiram estrada fora, desbravando palmo a palmo o país de Fidel e Che.Santiago de Cuba é considerada a cidade mais cari-benha de Cuba. A sua arquitetura, habitantes e am-biente tornam-na numa cidade cosmopolita, aberta para o Caribe. É conhecida também como a Ciudad Heroe, devido a sua participação na guerra da inde-pendência e na revolução cubana. É a segunda cidade de Cuba. Ela é exaustiva, mon-tanhosa e quente mas ao mesmo tempo lânguida de um modo sedutor. Construída na sequência das

montanhas tendo a vista panorâmica de uma grande baía com a Serra Maestra de fundo de paisagem, é certamente uma das cidades mais pitorescas de Cuba. As suas ruas coloridas sobem e descem sobre as montanhas. Fazer uma caminhada pela cidade, embora seja agradável, é um pouco cansativo se for percorrido longas distâncias.

SANTIAGO – VITALIDADE SINGULARApesar disso, Santiago possui uma vitalidade singu-lar, a sua população que é predominantemente mu-lata, uma mistura de espanhóis, franceses do Haiti e de um grande número de escravos africanos, são persistentemente amigáveis. Pode-se admirar a bonita cidade através das luxuo-sas e confortáveis instalações do Hotel Casagranda, restauradas para recuperar seu esplendor original. O hotel está situado à direita do coração da cari-benha cidade de Santiago. É cercado pela Catedral Metropolitana, pela Casa da Poesia, pelo Museu do Carnaval, pelo Museu da História Cubana entre

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2014 / DEZEMBROReportagem

outros edifícios valiosos. Santiago tem fama de ter boa música cubana. Prova disso são os inúmeros bares pra sentar, ouvir, dançar e deixar-se levar pe-los pensamentos. Cagaguey, cidade colonial, com praças e ruas es-treitas e um centro histórico bastante restaurado foi percorrida por um dos transportes urbanos pre-feridos, que são os ciclotaxis. Possui um dos centros históricos mais bem conservados do país – reco-nhecido pela Unesco como Patrimônio mundial em 2008 – onde os visitantes se encantam com as mui-tas e pródigas igrejas e nos curiosos e labirínticos cruzamentos de ruas, propositalmente feitos para confundir os piratas saqueadores.Atualmente Camagüey é célebre pela sua intensa vida cultural, que se reflete em inúmeros eventos e na excelência do Ballet de Camagüey, instituição in-ternacionalmente reconhecida, assim como o Ballet Folclórico de Camagüey. A festa conhecida como San Juan Camagüeyano é uma das mais tradicio-nais e populares da região, na última semana do mês de junho, com numerosos e concorridos bailes e desfiles.Camaguey tambem è conhecida como a cidade dos tinajones, tipicos e enormes vasos de ceramica, que foram introduzidos por imigrantes catalães no sécu-lo XVIII e que serviam para guardar comida e agua da chuva. Nao sei se os tinajones ainda possuem as mesmas finalidades de antigamente, mas eles estão espalhados por toda a cidade enfeitando praças e jardins. Um outro “enfeite” que chama muita atenção uma das praças mais graciosas da cidade, a Plaza del Carmen, são as esculturas em tamanho natural de pessoas ocupadas na sua rotina diaria. Essas escul-turas mpressionam pela realidade que representam: Esculturas de mulheres a conversar, de um homem a ler o jornal , um casal de namorados.Camaguey pode ser um lugar fascinante para quem gosta de se perder e descobrir ângulos escondidos e lugares encantadores.Em Santa Clara respira-se a memória de Che Gue-vara. A história de Cuba passa por esta cidade e pela decisiva e histórica batalha de Santa Clara,que culminou com a vitória da revolução,e pelo homem que aqui comandou os rebeldes,Che Guevara. O grande atrativo da cidade é o mausoléu onde fica o monumento e o museu do Che. Outro dos símbolos dessa batalha é o Trem Blindado um comboio blin-dado que seguia de Havana para Santiago de Cuba com 28 vagões carregados de armamento e 500 soldados para tentar deter Fidel Castro na Sierra Maestra,e Ché Guevara que combatia na Frente de St. Clara com apenas 300 homens e munições para mais um dia, recebe a missão de deter o comboio.A vitoria na batalha de Santa Clara foi decisiva para a revolução. Che sabia que a guerra psicoló-gica demonstrando superioridade ali seria decisiva e após o descarrilamento que efetuou com apenas um grupo de 23 homens, enquanto outros grupos dispersos atiravam, convenceu o general que co-mandava o comboio,que tinha uma força superior

e este assustado e sem comunicações com Havana rendeu-se. Che apoderou-se do armamento o que permitiu combater as forças que defendiam a ci-dade. A batalha durou três dias até as tropas se renderem. Ché recebe então ordens de Fidel para avançar sobre Havana onde entra triunfante em 1 de Janeiro de 1959. No preciso local do descarrilamento deste comboio, encontra-se um museu, composto pelos vagões do comboio que descarrilaram e o buldozer que foi usado para arrancar a linha. Alguns vagões foram transformados em sala de museu, e exibem a histó-ria do local e dos acontecimentos. É um local muito

simples, mas que pelo seu ordenamento,e preserva-ção dos elementos é de fácil entendimento.Os murais com pinturas de Che são vulgares por todo o País, mas em Santa Clara, têm um significa-do maior, pois é aqui que repousam os seus restos mortais. O memorial onde reposam os restos mortais de Ché está situado na Praça da Revolução, uma enorme praça com 17 500 m2, com capacidade para 80.000 pessoas, rodeada de enormes placar-ds com fotos e slogans evocativos a Che.A estátua de Che com 6.80 metros de altura, no cimo de um pedestal com 16 metros, retrata o co-

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2014 / DEZEMBRO Reportagem

CUBA APRESENTOU, RECENTEMENTE, em Portugal e Espanha, os seus atributos turísti-cos, que passam pela cultura ( grande legado cultural e histórico, história surpreendente e cultura extraordinária), assente em 9 locais declarados pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade, 332 Museus e 257 Monumentos Nacionais. Em 2015 celebrar-se-à o V Centenario da fundação da cidade de Santiago de Cuba. Mas Cuba também oferece outras motivações de visita tais como a natureza (Reservas Naturais, paisagens extraordinárias, áreas protegidas, maravilho-sos fundos submarinos, 14 Parques Nacionais e 6 Reservas da Biosfera reconhecidas pela UNESCO), um povo hospitaleiro, alegre, culto, capaz de acolher toda a gente que visita o

país.e fazer com que se sintam em casa, con-tagiando-os de alegria. Mas de todos os atri-butos, o que marca a diferença é a segurança. Cuba é um dos países mais seguros do mundo. No que diz respeito às infraestruturas hotelei-ras, o destino oferece 339 hotéis, num total de 61.263 quartos, 65% de 4 e 5 estrelas, sendo que 70% são unidades de praia, 20% de cidade e os restante em outras modalidades. Em cons-trução estão mais de 10.000 novos quartos. Algumas unidades hoteleiras também estão em remodelação e ampliação.No que toca a serviços extra hoteleiros, há que salientar os Delfinários dos Cayos, Kite Surf em Cayo Guillermo, Escola interna-cional de mergulho, a renovação e ampliação do transporte turístico com 347 autocarros e 4.368 carros, 7 Marinas Internacionais, 3 Terminais de Cruzeiros e 10 Aeroportos Internacionais onde operam 36 linhas aére-as. Também estão a ser incorporadas novas ofertas turísticas não estatais tais como 2.242 restaurantes (Paladares), 7.250 quartos e 951 vivendas.Cuba também aposta nos eventos de cariz internacional tais como a FOTOSUB em Cayo Largo, Taça Montecristo de Golf e Festival

Cuba apresenta os seus atributos turísticos em Portugal e EspanhaGourmet em Varadero, Torneio Internacional de Pesca de Peixe Agulha “Ernest Hemingway”, o TURNAT, que se celebra de dois em dois anos onde se dão a conhecer as potencialidades da Flora e Fauna, onde se descobrem paisa-gens de grande beleza, contemplação de aves, passeios em trilhos, excursões a cavalo…, a Feira Internacional de La Habana, do Livro e do Habano, Festival do Novo Cinema, do Ballet e do Jazz… entre outros como os de vários ramos da Ciência, em que se destaca o Congresso de Pedagogia. O Turismo de Cuba organizou no Hotel Altis Park, em Lisboa, onde juntou cerca de 150 agentes de viagem.Dulce Sánchez Morales, conselheira do Turismo de Cuba para Espanha e Portugal, indicou que o

turismo de Portugal aumentou muito, tendo alcan-çado em setembro último os números de 2013. “Os tours operadores estão muito expectantes e querem muito vender Cuba, não só a tradicional praia, como toda a parte cultural e de natureza.” “Além do mais, houve voos da Sonhando, com o Grupo Pestana, ao qual se juntaram a Solférias e a Abreu, com destino a Cayo Coco durante três meses, o que teve um bom resultado e espera-mos que se repita.”Durante 12 dias, o destino promoveu-se em Lisboa, Vigo, Oviedo, San Sebastián, Barcelona e Valência, contando também com elementos da comunicação social e outros convidados, inicia-tivas que juntaram um total de 740 agentes de viagens..Dulce María Sánchez, conselheira do Turismo de Cuba em Espanha, destacou na sua apresentação que este ano as exibições do destino são dedi-cadas ao V centenário da fundação da cidade de Santiago de Cuba, a ser realizada em 2015.Os eventos continuam a ser uma prioridade para o Turismo de Cuba, nomeadamente a FITCUBA 2015, que terá lugar nos Jardines del Rey, a 5 e 7 de maio, que conta já com a sua 35ª edição. O evento será dedicado ao turismo náutico e de mergulho.

mandante tal como entrou em Santa Clara, no seu uniforme de guerrilheiro com uma espingarda M-2, e um braço engessado.

HAVANA É ESSÊNCIA DO PRÓPRIO PAÍS

Em Havana está a essência do próprio país. Foi aqui que a viagem terminou em beleza. As fachadas coloridas das suas casas e a melancolia de alguns dos seus recantos exercem tal atração sobre os seus visitantes que se pode falar de autêntico feitiço.Havana enfeitiça-nos com a sua indelével glória do passado. O orgulho genuíno estampado em faces semi-escondidas por charutos, é a melhor fotogra-fia que se pode tirar desta cidade de sacrifícios des-valorizados cuja autenticidade dos seus Cadillacs, capta a essência de épocas longínquas, que aqui sabem deliciosamente bem. Nesta cidade de passado intacto, obrigatório mes-mo é percorrer as ruas de Havana Velha, centro histórico onde tudo se passa, aprender passos de dança na Casa da Música, comprar charutos da fábrica Partagás, assistir ao espetáculo no Cabará Tropicana, conhecer o imponente Capitólio e passe-ar pela 5ª Avenida.Fundada em 1519, Havana é, desde 1553, a ca-pital de Cuba. Uma cidade cosmopolita na que se funde essencialmente a influencia espanhola e afri-cana. Percorrer Havana é um verdadeiro atrativo. A beleza da sua arquitetura e os tesouros dos seus museus convida a passear nas suas ruas. Em 1982, a UNESCO distinguiu o seu centro histórico com o título de Património da Humanidade. Reconhecia assim os valores patrimoniais da cidade antiga e o seu sistema de fortificações coloniais, a elegância das igrejas e casas senhoriais, a beleza de parques e praças que fazem de Havana Velha um sítio de obrigada referência para o visitante. A vida notur-na está aqui concentrada.Ao cair da tarde, não perca o pôr-do-sol desde o Malecón, a varanda de Havana sobre o mar. Quan-do se despede o dia, pode receber a noite ao som dos canhões que cada dia às nove se realiza na For-taleza de San Carlos de la Cabaña.Devido à sua localização, a atual capital de Cuba, era no passado um importante porto na rota do ouro entre a Espanha e a América, sujeita a ata-ques piratas. A fim de proteger a cidade foi cons-truído um sistema de defesa no século XVII, com a fortaleza de La Fuerza, el Morro y la Punta. No final do século XVIII já tinha uma dúzia de vilarejos e pequenas praças que formavam 6km de fortificação, sendo o núcleo principal de população, conhecida hoje como Havana Velha. A cidade con-serva as caraterísticas do período colonial e possui inúmeras construções históricas valiosas e monu-mentos construídos nos séculos XVI e XVII. Cuba de hoje guarda para oferecer aos visitantes, uma nostalgia de tempos coloniais e um romantis-mo de histórias de lutas e sacrifícios. Tudo em Cuba nos remete para o percurso da sua História. Toda a ilha é de uma indescritível beleza.

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2014 / DEZEMBROÚltima

Estratégia para a Região de Lisboa aprovada por unanimidade

O PLANO ESTRATÉGICO para o desen-volvimento turístico na Região de Lis-boa, no período 2015-2019, foi aprovado

por unanimidade na reunião da Comissão Executiva da Entidade Regional de Turismo da Re-gião de Lisboa (ERT-RL). A estratégia aprovada, com implementação a partir de janeiro de 2015, prevê aumentar o contributo do turismo para a Região, atingindo um crescimento global de receitas da hotelaria de 5 por cento ao ano e proveitos de 800 milhões de euros em 2019, além de melhorar a qualidade de serviço e a satisfação dos visitantes e incrementar a notoriedade de Lisboa nos mercados emissores prioritários. O Plano Estratégico para o período 2015-2019, desenvolvido pela consul-tora Roland Berger, assenta na com-plementaridade das valências e ativos existentes nos 18 municípios que in-tegram a ERT-RL, o que vai permitir aumentar a notoriedade e melhorar a performance do destino, graças a uma maior diversidade.A proposta de valor da Região traduz-se, assim, num mosaico de experiências, que permi-te um leque alargado de múltiplas experiências ao longo de todo o ano, que permitam um aumento da estada média e de repeat visitors.O plano propõe reforçar os produtos core – city, short breaks e MI -; os prioritários – cruzeiros e golfe – e desenvolver outros: turismo náutico, resi-

dencial, de saúde, enoturismo ou equestre, de acordo com as várias centralidades turísticas existentes – Lisboa, Cascais e Sintra, bem como Arrábida e Arco do Tejo, que serão desenvolvidas.Uma das novidades do plano é a recomendação da criação de um programa específico para a atracão e captação de investimento privado para o sector na Região, com incidência nas áreas atualmente menos desenvolvidas. Ao nível da promoção internacional, a relação com os mercados espanhol, alemão e brasileiro será apro-fundada através de uma abordagem regional. O foco global mantém-se nos mercados prioritários - Reino

Unido, França, Benelux, Itália e Angola – estando ainda previstas abordagens específicas de teste a mercados de elevado potencial, como a China. A Comissão Executiva da ERT-RL é composta pelo presidente Vítor Costa, também diretor-geral da As-sociação Turismo de Lisboa, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da ERT-RL e vice-presidente da Câmara

Municipal de Cascais, Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Maria da Luz Rosinha, ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, e Mário Machado, Chief Operational Officer (COO) da Springwater Travel Group.Os hotéis de Lisboa foram, a nível nacional, os que registaram maior crescimento do rendimento médio por quarto disponível (RevPar), segundo o boletim da Actividade Turística do INE, relativo ao mês de Setembro. Em Setembro, o RevPar do mercado português foi de 45,1 euros, tendo crescido 9,5% face ao mês homólogo de 2013, enquanto em Lisboa se elevou

a 67,0 euros com um aumento de 14,5%. A nível nacional, os indicadores da hotelaria continuarão a retratar um ano muito positivo com 9,9% de cres-cimento homólogo embora se tenha registado uma ligeira desaceleração (tinha sido de 11,3% em Agosto).Essa desaceleração deveu-se exclusiva-mente ao mercado interno. As dormi-das dos mercados externos evidencia-

ram um acréscimo de 9,7% em Setembro, um pouco mais que os 8,6% de Agosto.Lisboa registou um crescimento significativo nas dormidas – 15,9% - relativamente ao ano anterior e a elevada taxa de ocupação de 67,8%, sendo, neste índice, a região que mostrou maior acréscimo – 5,6 pontos percentuais.

O

AS TAXAS AEROPORTUÁRIAS cobradas às companhias aéreas aumentaram 7,56% no aeroporto de Lisboa e 1,50% no aeroporto do Porto, decorrente de um cres-cimento do tráfego acima do previsto, de acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal.Segundo a empresa liderada por Ponce Leão, este aumento é o quarto desde a privatização da gestora de dez aeroportos portugueses, ganha pelo grupo francês Vinci, no início de 2013. O próximo aumento acontece a 01 de janeiro de 2015, o que já foi contestado pelas companhias aéreas.Apesar da frequência da atualização das taxas, a ANA realça que “a soma dos aumentos nos últimos cinco anos é inferior a um euro (97 cêntimos), por passagei-ro, ficando o aeroporto de Lisboa, ainda assim, 22% abaixo da média do grupo de aeroportos de compara-ção, nomeadamente o de Madrid, onde o valor cobrado por passageiro fica 78% acima do preço praticado na capital portuguesa.Quando em agosto anunciou este aumento, a ANA explicou que o tráfego acumulado à data de 30 de junho

de 2014 era significativamente superior ao previsto em 2013 e as perspetivas de evolução para o verão da IATA indicavam um desempenho no segundo semestre que irá acentuar ainda mais esta tendência.“Tendo em conta os montantes de desvios de receita regulada a recuperar, considera-se justificado a recupe-ração dos défices estimados, procedendo ao reajusta-mento das taxas reguladas no aeroporto de Lisboa e do Porto no mês de dezembro de 2014”, adiantava então o presidente Jorge Ponce de Leão.Ainda assim, a empresa detida pelos franceses da Vinci esclarece que este aumento é “apenas uma recupera-ção parcial” do desvio, correspondente a 46% do desvio

apurado em Lisboa e 26% no Porto.“Esta decisão procura evitar o avolumar do valor das taxas não cobradas às companhias aéreas, a recupe-rar dois anos mais tarde, e promover uma evolução mais estável das taxas entre 2014 e 2015, ao mesmo tempo que mantém suficiente margem de segurança para absorver, caso ocorra, qualquer abrandamento no ritmo de crescimento de tráfego daqueles aeroportos”, acrescenta.Em novembro, o aeroporto de Lisboa registava uma taxa de crescimento de tráfego de 13,6% e o do aero-porto do Porto de 8,5%.A ANA recorda que para aumentar a capacidade e qualidade da oferta vão ser investidos 275 milhões de euros até 2018 nos aeroportos portugueses, que, após a privatização, viram aumentar em seis o número de companhias aéreas a operar de forma regular.Entretanto, a RENA – Associação das Companhias Aéreas apresentou uma reclamação, pedindo ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) a suspensão do aumento previsto para 01 de janeiro.

Taxas aeroportuárias aumentam em Lisboa e no Porto