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TAP África consolida-se com novos destinos FACEBOOK Siga-nos em www.facebook.com/viajarmagazine ONLINE Descarregue a edição digital em www.viajarmagazine.com.pt CIMEIRA DA CTP defende um Algarve mais forte AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO NOVEMBRO 2013 MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 320 - 2ª série Preço 2,00 EVENTOS Mundo Abreu já mexe TURISMO COM OUTRA ATITUDE CONGRESSO DA APAVT CUSTOS DE CONTEXTO NA AGENDA DO SET ENTREVISTA www.europcar.pt Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes

Viajar Magazine - Novembro 2013

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Revista de Turismo para Profissionais - Travel Magazine for Professionals.

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TAP África consolida-se com novos destinos

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África consolida-se com novos destinos

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2013 / NOvEMBrO Em Foco

O B S E r V A Ç Ã O

Os turistas estrangeirOs dei-xam cada vez mais dinheiro em Portugal. só em setembro, deixarar no nosso país 962,4 milhões de euros, 7,3% ou 65,4 milhões acima do mês homólogo do ano passado. esse crescimento acompanha tam-bém o aumento da despesa de por-tugueses no estrangeiro, em 7,8%, de acordo com os dados do Banco de Portugal. as receitas turísticas de 962,4 milhões de euros em setembro, além de estarem acima de setembro de 2012 em 7,3%, superam o mês homólogo de 2011 em 11% ou 95 milhões, de 2010 em 19,4% ou 156,2 milhões e de 2009 em 33% ou 238,9 milhões. relativamente aos anos anterio-res à crise económico-financeira mundial, os gastos de turistas estrangeiros em Portugal em sstembro deste ano estão 25,3% ou 194,4 milhões de euros acima de setembro de 2008, 29,1% ou 217,1 milhões acima do mesmo mês de 2007 e 39,5% ou 272,5 milhões acima de 2006. a despesa dos portugueses no estrangeiro, apesar da crise económico-financeira, tem regis-tado sempre aumentos homólogos, com destaque para Maio, que com +8,1% que no mesmo mês de 2012, para 284,8 milhões, registou o maior aumento do ano, seguido de Julho, +8%, para 270 milhões. setembro é o terceiro mês do ano com o maior aumento homólogo da despesa de portugueses em viagens e turismo no estrangeiro, com mais 7,8% ou mais 18,3 milhões de euros que há um ano, para 254,4 milhões. O saldo entre receitas e despesa em setembro aumenta assim face ao mês homólogo do ano passado 7,1% ou 47,1 milhões, para 707,9 milhões de euros, que representa também valor recorde. O excedente registado em setembro representa aumentos de 13,4% ou 83,5 milhões de euros relativamente a setembro de 2011, 25% ou 141,4 milhões face ao mês homólogo de 2010 e 38,8% ou 197,8 milhões comparando com 2009.

DIRETOR gERalJosé Madureira

DIRETOR ExEcuTIvOFrancisco Duarte

EDITORSR Editores, Lda

[email protected]

DIREçãO, REDaçãO E publIcIDaDELargo da Lagoa, 8D 2795-116 Linda-a-VelhaTels.: 21 754 31 90 e-mail: [email protected]

FOTOgRaFIaArquivoFotolia Casa da ImagemRogério Sarzedo

pagInaçãOCatarina Lacueva, José Rodrigues

publIcIDaDETeresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90e-mail: [email protected]

ImpREssãOCmykGloss Impressores, Lda. Estrada da Barroca, Elospark - Pav. 6Algueirão - 2725-193 Mem-Martins

TIRagEm: 7 000 exemplares

DEpósITO lEgal: 10 534/85

REgIsTO nO Ics:108098 de 08/07/81

pROpRIETáRIa:Ana de SousaNº Contr.: 214655148

Lisboa lança campanha na EuropaASSOCIAÇÃO TUrISmO dE LISBOA (aTL) aposta na promoção externa da

capital portuguesa com uma campanha televisiva em 14 países do mercado europeu. “Lisbon, Unique City. Lisbon, City of Light and Sea” é o mote do spot que dá a conhecer a modernidade e a tradição de uma das cidades mais belas do mundo.O anúncio de Lisboa, com 15 segun-dos, vai ser transmitido na alemanha, Polónia, república Checa, Hungria, rússia, França, Bélgica, Suíça, itália, reino Unido, Suécia, Dinamarca, No-ruega e Holanda, até 15 de janeiro do próximo ano.Segundo Paula Oliveira, diretora exe-cutiva da aTL, “é importante que Lisboa fortaleça a imagem de destino turístico de excelência nos mercados já consolidados e desperte a curiosi-dade nos que têm elevado potencial, como é o caso da rússia, Polónia, re-pública Checa e Hungria.” Com esta iniciativa a aTL pretende “reforçar o posicionamento da cidade no top of mind do turista como uma das capi-tais europeias de visita obrigatória”, acrescenta.Entre janeiro e Setembro deste ano, Lisboa recebeu mais de dois milhões de turistas estrangeiros. Espanha, França, alemanha, reino Unido e itália estão entre os principais merca-dos emissores europeus, para além do Brasil e EUa.a notoriedade de Lisboa enquanto destino turístico tem sido reconhecida através de diversos prémios atribuídos pelas mais prestigiadas entidades do sector a nível mundial. Destaque para os galardões “Melhor Destino Euro-peu para City Break” e “Melhor Des-tino Europeu para Cruzeiros”, atribu-ídos pelos World Travel awards, bem como “Melhor Destino City Break on a Budget”, uma distinção da ama-deus & World Travel Market. recorde-se que Lisboa é 40ª cidade

mais reputada do mundo no ranking das 100 cidades mundiais com me-lhor reputação, segundo os resulta-dos do estudo City repTrak 2013 promovido pelo reputation institute, um estudo anual que classifica as 100 cidades mais conceituadas do mundo através da opinião recolhida junto de mais de 22 mil pessoas oriundas dos países do G8 (Estados Unidos, japão, alemanha, reino Unido, França, itá-lia e Canadá), entre janeiro e fevereiro de 2013. Lisboa, que registou um índice de 67,08 pontos, ficou com um resulta-do muito semelhante a cidades como Washington (EUa), Orlando (Cana-dá), Milão (itália), Perth (austrália) e Berlim (alemanha). Os inquiridos valorizam na cidade de Lisboa o seu “ambiente apelativo”, uma dimensão que tem como atributos “a beleza da cidade” e ”a oferta de uma varieda-de de experiências atrativas, como a gastronomia, o desporto, a arquite-tura e o entretenimento” – dimensão que superou largamente as outras que também integram o estudo: o “avan-ço da Economia” e a “Eficácia da sua administração”. Pedro Tavares Partner e CEO da OnS-trategy, que representa o reputation institute em Portugal, afirmou que “este resultado indica que Lisboa se destaca cada vez mais como uma po-tência turística a nível mundial, anco-rada nos pontos fortes da reputação como uma cidade acolhedora, segura e de uma beleza única”. E acrescenta: “É por isso essencial continuarmos a trabalhar na valorização de outros atributos como os de uma ‘cidade economicamente desenvolvida’ e uma ‘administração eficaz’”.

Embora no estudo deste ano seja evi-dente que há uma correlação entre a reputação da cidade e a reputação do respetivo país, a verdade é que Lisboa é uma das exceções a essa regra, uma vez que o índice da sua reputação (67,08) é claramente superior ao de Portugal, que obteve 61,6 pontos no estudo Country rep Trak 2013. as cidades europeias lideram o ranking com um índice de reputação médio de 69,8 pontos , quase dois pontos acima da média das cidades da américa do Norte (68,1 ) . as cidades da Ásia-Pacífico têm , em média, uma reputação de 57,3 pontos, enquanto a média das cidades latino-americanas é de 55,5 pontos. as cidades com os piores índices de reputação são as africanas, com uma média de 53,2 pontos.Por outro lado, Lisboa foi eleita Me-lhor Destino City Break On a Budget na primeira edição dos amadeus & WTM Travel Experience awards. O prémio distingue a capital portuguesa pela qualidade e diversidade da oferta turística para estadas de curta dura-ção a preços acessíveis, em elementos essenciais como o alojamento e a res-tauração.O galardão foi entregue à associação Turismo de Lisboa (aTL), durante a cerimónia que decorreu na feira World Travel Market (WTM), em Londres.Para vítor Costa, diretor-geral da aTL, “é com orgulho que vemos re-conhecido nos palcos internacionais o trabalho realizado, ao longo de vários anos, na promoção externa de Lisboa. Os diversos prémios recebidos são exemplo da evolução sustentada do posicionamento da capital portuguesa enquanto destino turístico de excelên-cia e de preferência.”De referir ainda que no passado mês de setembro, Lisboa foi distinguida na categoria de Melhor Destino para City Break a nível europeu, pelos World Travel awards.

aturistas gastam cada vez mais em Portugal

ApostA nA promoção externA

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2013 / NOvEMBrOEntrevista

O SECrETárIO dE ESTAdO dO TUrISmO, adolfo Mesquita Nunes, reconhece, em entrevista à viajar, que

os custos de contexto que prejudicam as atividades das empresas de Turismo têm de ser removidos. É uma das matérias que está na sua agenda, prometendo, para breve novidades sobre o resultado desse esforço.ViaJar - Diz que o objetivo do governo é des-complicar. O que tem sido feito neste sentido?adolfo Mesquita nunes – Desde que iniciei fun-ções, primeiro começámos pela atividade da animação Turística, no sentido de flexibilizar e simplificar o seu regime. ainda há mais a fazer nesse campo, nomeadamente ao nível da ativi-dade marítimo-turística, onde estamos a traba-lhar neste momento.recentemente, intervimos no regime jurídico dos Empreendimento Turístico (rjET), no sen-tido de facilitar, simplificar e flexibilizar o licen-ciamento, tanto aplicável à construção de novos empreendimentos turísticos, como à requalifi-cação dos existentes. avançaremos no início do próximo ano com diploma próprio para o aloja-mento local, em que vamos simplificar o regime que lhe é aplicável, regulando, regulamentando e adaptando-o às nova realidades, tendo depois a vertente repressiva relativamente ao combate ao alojamento paralelo. E estamos também a trabalhar em alguns custos de contexto aplicá-veis ao setor do Turismo, via regulamentação dispersa em outras tutelas. Tenciono, em breve, apresentar os resultados desse trabalho de re-moção desses custo de contexto, que são de nível administrativo e burocrático que ressarceiam as atividades das empresas.V – O que é esta revisão do rJet propõe no concreto?aMn – O regime facilita e simplifica o licen-ciamento, densifica e generaliza o princípio de deferimento tácito o que isso tem de agilização da administração pelo lado do Turismo de Por-tugal, e por outro lado, na redução dos prazos aplicáveis ao licenciamento. Eliminámos buro-cracias inúteis como a Declaração de interesse para o Turismo, bem como as taxas aplicáveis à vistoria obrigatória do Turismo de Portugal.V – no que diz respeito ao processo de classifi-

cação, o que o rJet prevê?aMn – a versão em vigor prevê a possibilidade de dispensa de requisitos, pelo Turismo de Por-tugal, mediante determinadas circunstâncias, para efeitos de atribuição de classificação. O novo rjET prevê que, para além dessa possibi-lidade, poderá densificar esses critérios que per-mitirão a dispensa de requisitos de classificação, pois há que adaptá-la e atualizá-la às novas rea-lidades do mercado, vocacionando-a mais para a procura do que para a oferta. É um trabalho que vai começar agora e vai ser feito com o setor. V – sobre o apoio financeiro às empresas, que aliás tem sido alvo de várias sessões de esclare-cimentos em todo o país, quais são as soluções ao dispor do setor turístico?aMn – Para além dos mecanismos de financia-mento já existentes, como a linha de apoio à re-qualificação da oferta, por um lado alterámos o perfil da linha de apoio à tesouraria, alargando o seu âmbito de aplicação e simplificando a sua concessão, e por outro lado, criámos a linha de apoio à consolidação financeira. Com este ins-trumento queremos responder a um desafio que sentimos nas empresas do Turismo. Muitas delas fizeram grandes investimentos, nos últimos anos, para se atualizarem e modernizarem, mas tendo em conta a mudança do mercado e, sobretudo, a mudança do sistema financeiro, se viram com dificuldades na concretização dos seus créditos. Portanto, o nosso objetivo foi encontrar um mecanismo específico para o setor do Turismo, permitindo que as empresas que tivesses esses problemas conjunturais podem aproveitar o bom ano turístico.Creio que estamos em falta no que diz respeito à criação de mecanismos para o financiamento do empreendedorismo na área do Turismo. Ou seja, tem existido muito a ideia de que o Turismo é só hotelaria, mas embora esta seja uma parte nobre e muito importante, é preciso que proje-tos de empreendedorismo, seja vocacionados para os turistas, quer para as empresas do setor, possam surgir e existam. O nosso destino só ga-nha competitividade e se diversifica se puder ver nascer projetos inovadores.Estes mecanismos também têm outra função indireta. Uma vez que são feitas juntamente

com instituições financeiras, e estas, querendo, podem apresentar soluções mais competitivas daquelas que o Turismo de Portugal apresen-ta. Portanto, o sucesso dessas medidas ver-se-á pelo número de empresas que a elas recorre e pelo número de empresas que recorre a um ban-co para encontrar soluções mais vocacionadas à própria empresa. O envolvimento da banca tem o mérito de a obrigar a motivar-se e a tornar-se competitiva relativamente a estes produtos.V – esses instrumentos de apoio financeiro às empresas já estão a dar frutos ou ainda estão na fase de comunicação ao setor?aMn – Estamos na fase de comunicação e da apresentação. V – a esses apoios acrescerá o novo Quadro Comunitário de apoio?aMn – ainda é cedo para falarmos sobre o novo Quadro Comunitário de apoio, mas terá um pa-pel importante no financiamento na área do Tu-rismo, nomeadamente, porque sabemos que os recursos públicos são escassos, Por isso estamos a trabalhar para acautelar os interesses do Tu-rismo nesse quadro plurianual.V - no entanto, as linhas gerais do novo Quadro Comunitário de apoio já foi apresentado em Bruxelas...aMn – as linhas gerais são importantes, mas o mais importante está na operacionalização dos planos e na atenção dada à sua execução. Por isso não temos que olhar só para os termos de referências, nem para as grandes linhas. O que teremos de garantir é que essas linhas são adap-táveis às condições do investimento do Turismo, setor com condições particulares a outras áreas da Economia.V – a promoção e comercialização turística externa já têm novo modelo para 2014, está-se a trabalhar já o modelo de para 2015. nesta

O

resolução dos custos de contexto aplicáveis ao Turismo na agenda de mesquita Nunes

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2013 / NOvEMBrO Entrevista

área, o sr. Ministro da economia disse, na Cimeira da CtP, que não se pode descurar os mercados consolidados. É nesta linha que o pro-tocolo aponta?aMn – Estou perfeitamente alinhado com as declarações do sr. Ministro da Economia. Po-demos analisar isto usando os resultados tu-rísticos deste ano. Estamos a crescer acima de dois dígitos em alguns dos nossos mercados consolidados e ainda com potencial de cresci-mento. aliás, são eles que alimentam grande parte do nosso ano turístico e, tendo capacida-de de um investimento bem feito, é mais ren-tável e os resultados mais imediatos, porque são mercados que conhecem melhor o nosso destino, do que na abertura e diversificação de novos mercados. Temos como exemplo o mercado alemão onde ainda podemos ter ta-xas de crescimento superiores às deste ano. Não se coloca a questão de não começarmos a trabalhar na diversificação e de olharmos com estratégia para mercados emergentes com gran-de potencial.Em relação aos mercados emergentes, temos que distinguir aqueles com quem temos ligações aéreas diretas ou com facilidade de as criar, com aqueles com quem não temos ligações diretas e é mais difícil criar. Do ponto de vista do custo/benefício, é mais fácil apostar nos primeiros.Não estou a desvalorizar a China, o que quero dizer é que do ponto de vista da racionalização e das contas que tenho que fazer com o orça-mento, prefiro atuar preferencialmente onde a capacidade de retorno é maior.V – um dos conceitos desse plano de promoção passam pela aposta no online, visível no novo site visitportugal apresentado recentemente. Mas o online não será muito vasto?aMn – O online é uma opção estratégica e de

O secretário de Estado do Turismo, adolfo mesquita nunes, declarou ter tido a confirmação “de duas novas operações das duas maiores operadoras russas para o algarve no próximo ano” e indicou que significam “um reforço de cerca de 30 mil turistas que vão entrar em portugal vindos da Rússia”. adolfo mesquita nunes, que falava à agência lusa, sobre o balanço da viagem à Rússia para captar investimento, em que participaram também o vice-primeiro-ministro, paulo portas, e o ministro da Economia, pires de lima, comentou que esse reforço é “um bom sinal da confiança que os operadores russos têm no destino portugal”. O secretário de Estado opinou, aliás, ter percebido que na Rússia “existe a sensação de que portugal é um destino que está a surgir com qualidade superior à dos concorrentes da bacia do mediterrâneo”. mesquita nunes indicou ainda que na deslocação

à Rússia teve reuniões com a sua homóloga russa sobre o acordo aéreo bilateral, na perspectiva de que “facilite os voos entre os dois países”, referindo que os dois governos estão a trabalhar “as regras que actualmente regem a criação de novas rotas ou número de rotas”, que “é uma matéria importante em termos de turismo”. Outro tema focado por mesquita nunes foi nos resul-tados do esforço para atrair investidores russos em imobiliário em portugal, de que a principal ‘arma’ é a nova política de vistos gold, que disse contarem com “vários interessados”. “Tivemos a presença de vários investidores interessa-dos nos vistos ‘gold’ para efeitos de turismo residen-cial”, disse o secretário de Estado, que avançou ainda que “por isso mesmo, teremos aqui [moscovo], no dia 10 de Dezembro, uma reunião com os principais investidores para esse efeito”.

Mais 30 mil turistas russos em 2014

redução de custos. Estratégica porque, hoje, muitas das decisões de compra são feitas no online e é uma plataforma que permite segmen-tar a mensagem diretamente aos mercados que queremos, com linguagens distintas, ao passo que, com o mesmo orçamento, nos meios tra-dicionais, teríamos mais dificuldades em conse-guir esta segmentação. É também a opção que permite, com o orçamento que temos, chegar a mais gente, com maior eficácia do que com as campanhas tradicionais.isto não significa que não estejamos também, ao mesmo tempo, a trabalhar no apoio à co-mercialização e à venda, onde temos intensifi-cado os nossos esforços porque, sentimos que no momento em que nos encontramos, em que as empresas do setor do Turismo necessitam de apoio ao investimento, esta ajuda é essen-cial para trazer turistas. Penso, aliás, que os resultados que temos obtido não demonstram, necessariamente, o acerto da nossa estratégia, mas demonstram, claramente, que ela não tem estado errada.V – tudo aponta para a criação de uma agência nacional de Promoção turística, com maior res-ponsabilidade do setor privado. Qual será então o papel do turismo de Portugal nesta matéria?aMn – É um trabalho que estamos a fazer com a CTP e pressupõe uma maior capacitação da Confederação do Turismo Português como par-ceiro social, mas também como parceiro estra-tégico do Governo. E pressupõe a capacitação da CTP com um conjunto de competências que já existem noutras áreas da Economia, com ou-tras Confederações, e que é importante que o turismo tenha. Esse trabalho vai demorar o seu tempo, é gradual e aponta para que, daqui a al-gum tempo, tenhamos o setor do Turismo menos dependente das opções políticas no que respeita

a políticas de promoção. Portanto, não coloca-ria a questão de perda de poder do Turismo de Portugal, mas na capacitação da CTP e na in-dependência do setor face às opções do poder político no que respeita à promoção.V – esta agência nacional de Promoção poderá ser uma realidade já em 2015?aMn – É um trabalho evolutivo. Penso que te-mos que começar a fazê-lo e o caminho faz-se andando. veremos se em 2015 estaremos em condições de começar esse caminho e a minha expetativa é precisamente essa.V – as missões no estrangeiro em que tem parti-cipado têm sido também uma forma de promover a imagem de Portugal...aMn – Esta missão à rússia teve vários obje-tivos e o primeiro foi o de posicionar o turis-mo como um dos clusters de investimento na economia. a missão não foi minha, apenas do Governo, e é importante registar que o turismo tem hoje um relevo do ponto de vista do Gover-no de Portugal e um lugar central na estraté-gia de internacionalização da nossa economia. Outro objetivo foi o contacto institucional entre governos e entre entidades nacionais do Turis-mo, no sentido de oferecer um peso político às necessidades de estreitarmos as relações com a rússia. Depois, foi o papel de promoção do tu-rismo residencial. No dia 10 de dezembro terá lugar, em Moscovo, uma workshop sobre esta matéria, porque é uma das áreas que, quando se fala em investimento no turismo no estrangeiro, nomeadamente em países como a rússia, surge como das principais questões.V – Mas coloca-se muitas vezes a questão dos vistos...aMn – Sim, mas espero ter novidades para breve no sentido da agilização dessa formalidade em alguns mercados.

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2013 / NOvEMBrOEntrevista

V – não tem nada a ver com os golden visa...aMn – Não. Os golden visa, do ponto de vista do Turismo, tem a ver com o turismo residencial, e noutras áreas da Economia, tem a ver com investimento. Os golden visa são o passaporte para o investimento em imobiliário em Portugal, que conjuga o regime fiscal muito competitivo, quer do ponto de vista da tributação das pen-sões, quer dos rendimentos, ao residentes não habituais. Um e outro formam, no seu conjunto, uma estratégia na captação de turistas residen-ciais.V- este empenho por parte do governo no turismo residencial é uma tentativa de “salvar” o que está construído e não foi vendido, nomea-damente nos resorts acoplados ao golfe?aMn – ao contrário do que sucede, por exem-plo, no país vizinho, o Turismo residencial não é encarada aqui como uma forma de resolver uma bolha imobiliária que não existiu. De facto, temos oferta de grande qualidade que está dis-ponível no mercado, que consegue competir do ponto de vista da segurança, da qualidade e da atratividade turística com o melhor que se faz no Mediterrâneo, e que poderemos rentabilizar. Para além disso, a expetativa é que não se fique apenas por aqui, mas que haja investimento a seguir, para que as pessoas venham cá passar as suas férias e rentabilizem a sua aquisição.O Turismo residencial é um segmento de merca-do onde tinhamos que criar condições que não existiam e, agora, os promotores imobiliários farão aquilo que é o seu papel. Como tenho dito várias vezes, o Estado não é a remax.V – O que se tem feito na área da Formação?aMn – as escolas de Hotelaria e Turismo têm um papel muito importante não só porque as-seguram a formação nessas áreas, mas porque acabam por funcionar como um farol sobre aquilo que o mercado está a precisar. O que nos parece é que as escolas necessitam, neste mo-mento, de maior autonomia administrativa, para poderem rentabilizar a sua ação, integrar-se me-lhor na comunidade e servir melhor a procura pelos formandos. Portanto, estamos a trabalhar

num novo modelo de gestão que torne as escolas mais capazes, para poderem desempenhar um papel de formação, mas também de casamento entre a formação e o mercado de trabalho. Tere-mos novidades no primeiro trimestre do próximo ano.V – a ideia é passar a gestão de todas as esco-las para outras entidades como já aconteceu com algumas que passaram para a responsabili-dade das Câmaras Municipais?aMn – Neste momento estamos a trabalhar num diploma que tem que ver com o modelo de gestão das escolas e não com o seu encer-ramento.V – na reunião de Coordenação dos assuntos económicos e do investimento (rCai) esta-se a trabalhar sobre as questões dos custos de con-texto do turismo. Já apresentou um guia para a sua resolução. Do que é que estamos a falar concretamente?aMn – O relatório público do grupo de trabalho sobre custos de contexto no turismo criado a propósito do iva na restauração identificou um conjunto vasto de custos de contexto que inci-dem sobre o setor da restauração e também do Turismo. É nisso que estamos a olhar. já falei da questão marítimo turística que é uma preocupa-ção que temos, bem como o aproveitamento do litoral na época baixa, que tem limitações que incidem sobre o setor do Turismo. infelizmente há muito por onde escolher quando queremos começar a mitigar os custos de contexto no Tu-rismo.V – Como é que classificaria a nossa oferta turística?aMn – Não tenho que caraterizar a nossa ofer-ta turística, mas sim os turistas. a ver pelos números deste ano, parece que gostam. a ver pelo crescimento muito sustentado das recei-tas turísticas que temos tido nos últimos anos, também significa que gostam de gastar o seu dinheiro em Portugal.V – acha que o turismo tem condições para con-tinuar a crescer no próximo ano?aMn – a nossa aposta é criar condições para

que as empresas possam continuar a fazer o seu trabalho de captação e fidelização de turistas e também de funcionar, do ponto de vista da pro-moção, como auxiliar dessas empresas. Quanto aos prognósticos para o próximo ano, não gos-taria de fazer. Eu nem tenho sequer comentado os números que têm saído, quanto mais os que ainda não conhecemos. Mas estou convicto que estes números não teriam sido possíveis se o produto que temos não fosse bom.V – uma das críticas que se fez ao Pent foi a falta de monitorização. nesta revisão está prevista?aMn – Tenciono, passado um ano da sua apro-vação, apresentar os resultados dessa monito-rização, porque acho que é nossa obrigação. Portanto, essa monitorização está a ser feita de forma permanente e, daqui a quatro meses falaremos desses resultados.V – Já está a ser ponderado um novo Pent?aMN – vamos trabalhar com vista ao lança-mento de um novo PENT.V – Quais têm sido as relações de Portugal com organismos internacionais ligados ao turismo, nomeadamente com a OMt?aMn – Tenho procurado intensificar a parti-cipação de Portugal nos organismos interna-

Volvidos mais de cinco anos sobre a publicação do Decreto-lei n.º 39/2008, de 7 de março, o governo entendeu proceder a uma revisão do RJET (Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos) que o adap-tasse à atual conjuntura económica e à competitividade do sector turístico mundial.De acordo com o secretário de Estado do Turismo, “os princípios que nortearam essa revisão foram: eficiência, simplificação, diminuição de custos de contexto e libe-ralização de procedimentos”.neste contexto, procede-se, desde logo à redução e clarificação das condições necessárias à instalação dos empreendimentos turísticos, simplificando, por um

lado, e aumentando a margem de escolha própria dos empresários, por outro, em especial no que se refere aos equipamentos necessários para o investimento num empreendimento turístico.consagra-se ainda um novo regime no que ao proce-dimento respeitante à instalação dos empreendimentos turísticos diz respeito, deixando-se ao critério do pro-motor optar pelo procedimento de licenciamento mais favorável.cria-se, ainda no que respeita ao procedimento res-peitante à utilização do empreendimento turístico, um mecanismo de deferimento tácito consubstanciado na regular submissão do requerimento de concessão de

autorização para fins turísticos, que constituirá, por si só, e ultrapassados os prazos definidos para a emissão de alvará de autorização de utilização, para fins turísti-cos, titulo bastante de abertura. confirma-se a eliminação dos requisitos de acesso à profissão de diretor de hotel, por revogação do Decreto-lei n.º 271/82, de 13 de julho, alterado pelos Decretos-leis n.ºs 148/2006, de 1 de agosto, e 49/2011, de 8 de abril, mas mantém-se a existência da profissão: os responsáveis operacionais dos empreendimentos turís-ticos de cinco, quatro e três estrelas são designados e têm as funções de diretor de hotel. a existência da pro-fissão potencia a formação profissional e abre espaço

governo aprova licenciamento zero no turismo e elimina taxas

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2013 / NOvEMBrO Entrevista

cionais e tenho, por isso, feito um esforço no sentido de reforçar as nossas ligações a essas entidades. Penso que a OMT já se apercebeu dessa nossa vontade e tem-nos convidado para estarmos presentes e participar em diver-sos debates. Teremos cá a OMT no princípio de dezembro para uma Conferência sobre os Media e o Turismo. Estarão presentes os mi-nistros do Turismo de angola e Moçambique e iremos ter uma ação com ambos no sentido do investimento nos nossos países em matéria de Turismo. a presença do Secretário Geral da OMT em Portugal também será marcada com atividades com o Governo. Ou seja, temos clara vontade de posicionar Portugal no con-texto internacional. Também, o perfil que criei para o concurso de presidente do Turismo de Portugal, um dos pontos que frisei foi que te-ria de ter responsabilidades neste campo das relações internacionais porque me parece im-portante que Portugal tenha, do ponto de vista internacional, o lugar que lhe compete enquan-to potência turística.V – e com a CPLP?aMn – Procurei sair um pouco da linguagem típica de cooperação com os nossos parceiros de língua oficial portuguesa. Procurei marcar isso com o protocolo que celebrei com o Go-verno do Brasil para receber alunos brasilei-ros nas nossas escolas de Turismo em Portu-gal. Um protocolo que não é de cooperação, porque é pago. É um projeto piloto que visa preparar os alunos brasileiros com vista a po-derem receber os turistas durante os grandes eventos internacionais que vão decorrer no Brasil. isto é um esforço que já fiz no senti-do de posicionar Portugal não só como ator na cooperação com esses países, mas também como motor e exportador de conhecimentos. E também, o objetivo é que, nesse sentido, Portu-gal seja olhado como exemplo, que tem muito para oferecer e vender a quem quiser apren-der como é que se constrói um destino em 20 anos. Não há dúvida nenhuma que soubemos qualificar um destino de uma forma notável.

para formas de autorregulação e certificação.Eliminam-se as taxas devidas pela realização de auditorias obrigatórias de classificação efetuadas pelo Turismo de portugal, I.p., assim se reduzindo o peso do Estado sobre a economia e os privados. De acordo com o secretário de Estado do Turismo, “assumi sem-pre o compromisso de eliminar e reduzir taxas; depois da redução em cerca de 80% das taxas de animação turística, eliminamos agora a taxa das vistorias obriga-tórias do Turismo de portugal. mas há mais reduções para breve”. Elimina-se a Declaração de Interesse para o Turismo, porque se trata de uma burocracia inútil, que atrasa o

investimento. De acordo com o secretário de Estado do Turismo, “são os turistas a reconhecer ou a decla-rar o interesse para o Turismo, e não o Estado, pelo que não fazia sentido continuar com esta burocracia”.alarga-se, por fim, à autoridade de segurança alimentar e Económica (asaE), a competência san-cionatória relativamente aos estabelecimentos de alojamento local.assume-se a necessidade de autonomizar a figura do alojamento local em diploma próprio, sob a forma de Decreto-lei, de forma a melhor adaptar à realidade a ainda recente experiência deste tipo de estabelecimen-to no panorama da oferta de serviços de alojamento

temporário e de melhor combater o alojamento para-lelo. assim, o regime de alojamento local atual apenas permanecerá em vigor até à aprovação desse diploma, que está a ser trabalhado com o sector. O governo tenciona aprovar esse novo regime já no princípio do próximo ano.no que diz respeito ao processo de classificação, o RJET prevê a alteração da portaria do sistema de clas-sificação, para a tornar mais atual e adaptada às novas tendências do mercado. Essa portaria deve permitir uma flexibilidade que garanta que projetos inovadores não são prejudicados apenas porque o sistema de classificação os não prevê ou pontua.

rede de parceiros apresentou em Lisboa soluções de financiamento para o turismoA rede de parceiros dinamizada pelo Turismo de portugal para o financiamento das empresas turís-ticas - que junta instituições bancárias, entidades ligadas ao capital de risco, investidores individuais e fundos de investimento específicos, além do próprio Turismo de portugal - apresentou hoje, aos empre-sários de lisboa, as soluções de financiamento ao dispor do setor turístico.além das linhas de apoio cofinanciadas pelo Turismo de portugal (como as destinadas à Qualificação da Oferta, Tesouraria e a recentemente formalizada consolidação Financeira), foram dados a conhecer instrumentos alternativos como o fundo de reabilitação urbana Jessica, o fundo de capital de risco Revitalizar para a região de lisboa e a garantia mútua, além de soluções de capital de risco e promovidas por investidores individuais (business angels).Esta foi a quinta sessão realizada no âmbito do roa-dshow nacional que vai percorrer todas as regiões do país para dar a conhecer às entidades públicas e privadas do setor do turismo os principais instru-mentos de apoio financeiro ao investimento.O apoio à atividade das empresas – nomeadamen-te criando condições para que o mercado possa

apresentar as suas soluções financeiras aos empre-sários do setor – é uma das linhas estratégicas da atuação do Turismo de portugal.O setor do Turismo tem revelado um desempenho muito positivo desde o início do ano, resultado do trabalho desenvolvido pelos seus empresários, dando um forte contributo ao aumento das exporta-ções. até setembro, o número de dormidas cresceu 4,8 por cento (com destaque para as de turistas estrangeiros que aumentaram 7,9 por cento), com um impacto no aumento dos proveitos da hotelaria.De acordo com carlos abade, diretor coordenador da Direção de apoio ao Investimento do Turismo de portugal, “a realização deste ciclo de sessões vai permitir aproximar a rede de parceiros e os respeti-vos mecanismos financeiros de apoio às empresas do setor, permitindo-lhes encontrar a solução mais adequada à sua situação e perspetivas de desenvol-vimento, sobretudo no que diz respeito às pequenas e médias empresas e aos novos negócios resul-tantes do empreendedorismo jovem. Desta forma, criam-se condições para o acesso das empresas do setor a fontes de financiamento alternativo, promo-vendo e estimulando o bom relacionamento entre essas empresas e o mercado financeiro.”

V – O que diria aos agentes de viagens que estarão reunidos em Congresso da terceira?aMn – Diria que estou consciente que os nú-meros do turismo que tivemos este ano não seriam possíveis sem o trabalho das agências de viagens. Os turistas hoje chegam de modo próprio porque nos descobrem de forma independen-te, mas outros chegam a Portugal porque as agências de viagens trabalham, trabalham bem e estão atentas àquilo que o mercado quer, e conseguem funcionar extraordinaria-mente como uma ligação entre o que temos para oferecer e o que os turistas procuram. Portanto, estes números do turismo, quando

digo que são das empresas do Turismo, são também das agências de viagens que têm, de facto, um papel importante no incoming.V – Quando se fala em promoção, tem-se refe-rido muito à comercialização do produto. isto pode ser encarado como uma concorrência às agências de viagens?aMn – O objetivo é criar condições para que os empresários possam fazer essa comercia-lização e, em casos em que é preciso maior peso político e institucional, abrir as portas necessárias para que essa comercialização seja feita. Não me parece que seja função do Turismo de Portugal substituir-se às agências de viagens no seu trabalho.

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SETOr dAS AGêN-CIAS dE VIAGENS vive um novo tempo,

acredita que são neces-sários novos rumos, e que estes desafios só podem ser ultrapassa-dos com outra atitude. Estas são as temáticas do 39 Congresso da aPavT.já na apresentação deste congres-so de angra do Heroísmo, o pre-sidente da aPavT, Pedro Costa Ferreira havia referido, a respeito do tema que “ novos rumos porque julgamos que já não fará sentido falar-se de crise. Uma crise está associada a um tempo, e admite a ideia de retorno à casa de par-tida, ao modo e ao estilo de vida que a precedeu. Porém, será hoje consensual que, mais do que uma crise, vivemos o início de um novo tempo, porventura mais difícil, mas apenas mais difícil. Não inultra-passável; não invencível. Se for um fado, porque estamos em Portugal, será certamente o fado que a nos-sa atitude quiser que seja.” E “ou-tra atitude , porque é exatamente uma postura diferente, aquela que nos é imposta pela necessidade de prosseguir na senda do desenvolvi-mento, pela necessidade que temos de vencer as adversidades que este contexto económico nos apresen-ta. Outra atitude que esteja mui-to para lá do simples e repetido lamento, inacção e reivindicação. Uma atitude que tenha a ver com a recusa do conformismo, com de-terminação, com criatividade, bem como com a rejeição de protec-cionismos retrógrados e saloios. É com esta atitude que partimos, cheios de ambição e de alegria, para o trigésimo nono congresso da aPavT”. E porquê os açores? Na opinião de Pedro Costa Ferreira, porque “representa, em termos turísticos, a modernidade de Portugal – os seus dois valores mais emblemáti-cos, os recursos naturais e a au-

tenticidade, são dois dos bens mais escassos do nosso planeta, e serão procurados por todo o mundo nos próximos anos. Porém, por diver-sas razões que não caberão aqui enunciar, este enorme potencial ainda não se efectivou em fluxos turísticos concretos, significativos e consolidados. Contribuir para o reforço e consolidação destes re-cursos turísticos , é um compro-misso assumido da aPavT, asso-ciação que escolheu o arquipélago dos açores para “destino preferido 2013”, processo do qual este con-

gresso é uma das faces mais visí-veis, mas certamente não a única. ainda há poucos dias acolhemos a reunião bianual da ECTaa, a confederação europeia das asso-ciações das agências de viagens, tendo a aPavT aproveitado a cir-cunstância para apadrinhar uma apresentação do destino açores aos representantes de todos os mercados emissores europeus. Há tesouros que não se querem escon-didos, e a aPavT pretende contri-buir para o descobrimento desse imenso tesouro que parece perma-

necer escondido no atlântico”.até ao dia 9 de dezembro, vai ser pré-apresentado ao congresso um estudo inédito denominado “Os Desafios do Turismo em Portugal”, realizado pela Consultora PWCpara a LiDE Portugal e apresen-tado por César Gonçalves. já o painel “Uma questão de atitude” terá como orador Elói D’Ávila de Oliveira, presidente da FLYTOUr, profissional que de uma infância modesta no interior do rio Gran-de do Sul, cria o maior grupo de agências de viagens brasileiro, contando uma história de empre-endedorismo em que a atitude fez toda a diferença. Este tema vol-tará a ser abordado por vitória Monteiro da 5 P’s, na perspetiva de como encaramos as pessoas e as situações, fazemos as nossas es-colhas e tomamos decisões.O paine “ Produto turístico, novos rumos, pretende como é que com inovação e criatividade se cons-trui a oferta turístico, bem como analisar os instrumentos para a diferenciação. O destino açores também não foi esquecido, daí que são examinados os desafios e so-luções para a afirmação do poten-cial turístico do destino preferido da aPavT.a Otimização das forças de ven-das. Liderança, motivação e incen-tivos, chaves para o aumento das receitas são assuntos que constam do painel sobre gestão de vendas.“Promoção, novos rumos” preten-de discutir o novo sistema nacional de promoção turística e o racional de uma mudança necessária. No que respeita ainda à promoção, o congresso vai olhar sobre uma es-tratégia que conduziu a Croácia a ser um dos destinos de sucesso do Turismo Europeu.Finalmente os congressistas vão discutir as fraquezas e oportunida-des de um país em crise, na ses-são “Portugal, outro rumo, outra atitude”

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Agentes de viagens vivem novo tempo com outra atitude

39º Congresso dA ApAVt

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ÃO dOIS SETOrES indissociáveis na cadeia de valor da venda de viagens. Pelas circunstâncias do

mercado, muitas vezes estão em de-sacordo, mas o que os une é, de uma forma geral, muito mais do que os diverge. Foi isto que a viajar quis saber, falando com as duas partes: joão Barbosa, administrador da Bes-travel e responsável pelo Capítulo da Distri-buição no seio da aPavT, e Eduardo Pinto Lopes, diretor da Egotravel, responsável pelo Capítulo do Operador. Para os dois profissio-nais das viagens, essas divergências existem porque o modelo de negócio de cada um di-verge e porque existem filosofias diferentes na busca da sustentabilidade e rentabilidade, mas existem interesses comuns quanto à en-trada do produto ao consumidor.Outro ponto de divergência são as comissões e as margens que são, normalmente, uma consequência da sobre oferta colocada no mercado, o que esvazia a sustentabilidade do negócio dos dois setores. Certo é que a neces-sidade de rentabilidade das empresas é um problema que se coloca todos os dias.Os operadores, como ficou aqui garantido, querem uma distribuição forte, saudável, que se mantenha no mercado, que tenha susten-tabilidade. a distribuição quer operadores fortes, que garantam um bom produto e te-nham sustentabilidade. a lei das agências de viagens não os distingue – grossistas e reta-lhista – por isso se percebe algumas nuances que o mercado permite.“O que nos une é muito mais do que nos divi-de. Se estamos em desacordo relativamente a alguns itens que consideramos importante na busca da sustentabilidade do setor, em relação a muitos outros, estamos unidos, seja na manutenção das nossas estruturas, na criação de produto, na sua distribuição e venda, seja na busca de clientes”, declarou Eduardo Pinto Lopes. já para joão Barbosa, “a única coisa que nos une ainda é o produto. Em tudo o resto começa a não haver pontos de convergência”.No capítulo da operações, as discussões visa trazer, segundo Pinto Lopes, “uma visibilida-de relativamente aquilo que são as atribui-ções dos operadores dentro do modelo da indústria. No seio dos operadores existem especificações próprias pois há quem faça circuitos, cruzeiros, ofereça neve, sol e praia, terceira idade, o internacional, o nacional, há quem atue em charters, só em voo regulares.

assim, a nesse nível procuramos encontrar, dentro destas distinções, onde é que há pon-tos de convergência em relação a um modelo que possa ser sustentável para a relação com a própria distribuição”.ainda de acordo com Pinto Lopes, “o nosso trabalho tem sido na ótica de minimizar a intervenção de instâncias como o Provedor do Cliente, ou seja, que a informação chegue ao cliente da forma mais clara possível, no sentido de, ao comprar um produto receba exatamente aquilo que adquiriu. Quanto mais detalhada for a informação, menor será o índice de reclamação. isto coloca-se, no-meadamente, nos económicos, nos produtos

onde o preço é mais baixo, os produtos de chamada, os mais atrativos para criar apelo, porque quando se vende um quatro ou cinco estrelas, o cliente está a pagar um determi-nado preço e o produto por si só é o garante daquilo que vai receber”.Para a distribuição, nomeadamente, no lazer, onde existem problemas de sustentabilidade para ambas as partes, joão Barbosa eviden-cia que “existe o mito de comissões altas às agências de viagens e dos descontos ao cliente. Só que aquilo que pagam as contas não são as comissões, mas sim as margens. E enquanto o setor não encontrar uma fórmula que seja mais rentável tanto para a tour ope-ração como para a distribuição, penso que estamos todos num caminho vertiginoso”.

DistriBuiçãO Quer ser OuViDa antes DO

LançaMentO Da OFerta

joão Barbosa acrescenta que “raramente a distribuição é ouvida em relação à quantida-de do produto que é colocado no mercado. Normalmente são preparados na tour ope-ração e comunicados depois à distribuição, muitas vezes com duplicação de destinos e, o excesso da oferta acaba por ser danoso para ambas as partes, uma vez que, havendo ex-cesso de oferta, há uma pressão no preço e, consequentemente sobre as margens, sobre os destinos com efeito dominó. Esta reorga-nização que não está nas mãos da distribui-ção é algo que tem que ser resolvido a jusan-te. Tem que ser a tour operação a encontrar essa fórmula”. São essas algumas das preo-cupações da distribuição e do seu capítulo.E o joão Barbosa interroga? “Quem deter-mina o preço (a tour operação) deve contro-lá-lo ou deixá-lo arbitrariamente ao critério da distribuição?. Para nós, brincar com o preço de um destino é hipotecar o próprio destino no futuro, para além dos danos ime-diatos que trazem à distribuição”. Dentro do setor, algumas dessas preocupações já foram partilhadas.Para Pinto Lopes, “quem tem o produto não tem, necessariamente, que regular o preço. Coloca o preço máximo de venda e cada um pode pôr o preço que quiser, desde que não ultrapasse o preço recomendado. isso dá li-berdade a cada estrutura de mexer o seu pre-ço. É o modelo Sony muitas vezes já falado, mas na realidade, vamos ter o mesmo pro-

O que os une e o que os divergetour operAção Versus distribuição

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blema porque porque, as organizações, tendo custos de estrutura diferenciados, cada um uma iria colocar o seu preço e nasceria, no-vamente, uma competição entre as organiza-ções em que, algumas, para não perderem a venda, acabariam por vender abaixo da mar-gem ideal para a sua sustentação”.No entanto, joão Barbosa frisou que “a in-formação dos preços de chamada causam grande pressão do cliente na compra daquele produto, e a agência de viagens tem gran-de dificuldade de decidir se comunica pelo preço e depois tem as consequências nas reclamações do consumidor. a meu ver é er-rada porque, na comunicação, muitas vezes os operadores utilizam preços de chamada de produtos que, sabemos de antemão, que não vão ser vendidos. Trata-se unicamente de chamar pelo preço, mas causa desestabiliza-ção no cliente e no trabalho da distribuição”.Dentro do setor, algumas dessas preocupa-ções já foram partilhadas, mas ao contrario do que acontece no capítulo da tour opera-ção, em que a representatividade é total, no caso da distribuição “sentimos que não há o envolvimento dos líderes de mercado na resolução desses problemas específicos do setor e, dificilmente, se conseguirá encontrar uma fórmula. Esperamos que em 2014, na continuidade dos trabalhos que vamos fazer, tentar encontrar um compromisso de envol-vimento dos líderes na distribuição”, consi-derou joão Barbosa.Eduardo Pinto Lopes diz que “entendemos as preocupações do capítulo da distribuição. Por questões comerciais e, porque o segredo é a alma do negócio, fazer uma consulta pré-via à distribuição sobre a oferta a colocar no mercado é praticamente utópico, até para evitar o plágio das suas ideias. Basta vermos que um operador lança um destino que dá certo e no ano seguinte dois ou três tentam tirar fatia do mercado. isto é incontornável

e difícil, até porque os operadores ficariam condicionados aquilo que a distribuição pro-põe e não poderia mudar a sua estratégia. Cada operador ou grupo de operadores co-zinha o produto de forma a tentar colocá-lo visível, na data que consideram oportuna para fazer a contratação.

Margens rePassaDas aO CLiente

a questão das margens referida por joão Barbosa, é para Pinto Lopes “um problema dos dois capítulos. independentemente de todas as outras ações, a nossa preocupação deveria assentar-se em dois pontos. O primei-ro trata-se da garantia de margens corretas para a sustentabilidade das empresas tanto da distribuição como da operação, permitin-do uma rentabilidade adequada à manuten-ção do negócio, o segundo ponto é o respei-to ao cliente pelo produto apresentado. Os produtos têm caraterísticas diversas e, por isso, as remunerações também divergem. a acusação é dupla e não saímos daqui. Dize-mos que as comissões dadas são altas e que distribuição utiliza parte para repassar ao cliente. Por outro lado, a operação não con-segue majorar a sua margem desde a base, para poder remunerar de outra forma”.a este propósito, Pinto Lopes disse ainda que “cada operador dá a sua comissão porque as próprias estruturas vivem com custos dife-renciados. O importante era um modelo que permitisse que o setor não vivesse em perma-nente agonia. a necessidade de rentabilida-de coloca-se todos os dias, é aquilo que faz sobreviver as nossas empresas, no entanto, continuamos a empurrar com a barriga”. já para joão Barbosa “temos que sair da caixa e olha para outros setores da distribui-ção, onde existem várias fórmulas. Uma de-las tem a ver com o preço net e cada uma das agências saberá qual é a margem que precisa

para pagar os seus custos. a luta aqui far-se-á pelo preço de venda e não pelo desconto. Certo é que o modelo aplicação no nosso se-tor é insustentável para ambos. Devemos in-clusive ver como é que outros países, fora da Península ibérica estão organizados, já que estas situações só são colocadas em Portu-gal e em Espanha”. Não deveria ser o cliente a pagar? Eduardo Pinto Lopes sustenta que “as companhias aéreas deixaram de comissionar e a distri-buição encontrou formas de controlar essa ausência de comissão, criando um fee na sua intervenção como consultor de viagem para aquele serviço”. Embora não o defenda, este profissional lembra o modelo italiano que optou pela chamada comissão de abertura do dossier que “não é mais do que um fee para a abertura de um dossier, que pode va-riar de plataforma em função do custo da viagem. E o cliente paga pelo serviço que lhe está a ser prestado pela distribuição. isso permite que a rentabilidade não seja posta em causa, porque a distribuição vai buscar uma fatia e, o preço, na sua composição, tem também uma margem adequada a quem está a construir o preço”.a aviação deixou de comissionar e a distri-buição não deixou de viver. Para joão Bar-bosa “se calhar por não haver alternativa, a solução apareceu no dia seguinte. Se calhar, o que está a faltar é uma solução transversal a todos”.No entanto, a distribuição comunica muitos vezes produtos próprios. a este respeito joão Barbosa avança que “enquanto distribuidor o meu core business é vender, é distribuir. Se tiver um custo de operação mais baixo e competitivo utilizando um operador tu-rístico, é lógico que vou preferir o operador. Quando começo a ter problemas de competi-tividade do mercado, que que fazer desinter-mediação. O desconto é o resultado de uma pressão de preços que é imposta pelo cliente. Nesse aspeto, muita vezes só se consegue ser competitivo retirando margem ou desinter-mediando”.alguns operadores têm a sua própria rede de distribuição. Não é uma questão preocupan-te no seio da tour operação. Segundo Edu-ardo Pinto Lopes, “os modelos de negócio fazem muitas vezes que as estruturas sejam verticalizadas. Neste setor há todo o tipo de modelos e, o importante é que não haja um privilégio em relação à sua rede, que o preço seja o do mercado e que as comissões obedeçam uma lógica clara e transparente. Por outro lado, temos fornecedores que é o salve-se quem puder, dando as mesmas con-dições, independentemente de ser grossista ou retalhista”.

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OFerta aDeQuaDa à PrOCura

Foi a crise que tornou estes dois setores mais vulneráveis? Foi a questão que colo-cámos. Pinto Lopes indicou que “o mer-cado da tour operação tinha determinada estabilidade, a remuneração da distribui-ção era de 10% e as companhias aéreas de 9%. Depois chegou um modelo que foi importado e as comissões começaram a su-bir e obrigaram as própria PvP subissem, e os operadores, para se manterem está-veis começaram a subir as comissões para captar a distribuição e esta para captar o cliente”.Segundo ainda este profissional, “há um valor de PvP e a distribuição é remune-rada pelo trabalho que exerce. Essa re-muneração deve ser justa, mas não pode haver um bypass em relação ao PvP para o cliente final. Nos anos em que a ofer-ta está ajustada à procura vemos que as margens dos dois setores são boas. Este ano assistiu-se a uma maior adequação da oferta, ao reforço das vendas antecipadas permitindo ao cliente viajar para aquele destino, naquela data, situação que permite ao operador assegurar negócio a antriori e planificar melhor”.O mesmo acontece com o dumping. “É uma preocupação que está inteiramente ligada à sobre oferta, nomeadamente nos produtos de risco, que depois cria efeito dominó sobre outros destinos. Pensamos que quando mais forte for o destino mais efeito tem sobre a cadeia de outros produ-tos. São erros que se cometeram, nomeada-mente em relação ao Brasil e às Caraíbas, e só acontecem de novo se houver sobre oferta. Este ano, por exemplo, não houve necessidade de fazer este jogo de preços”, realçou Pinto Lopes.Mas este profissional prefere não usar o termo dumping. “Na tour operação, nomea-damente nas operações charters, temos que olhar a operação desde o princípio até ao fim e o mix de preços é o que conta. Posso ter um preço muito baixo nas pontas e muito alto no meio e esse mix é que vai fazer o balanço de toda a operação. Pode-se estar a subsidiar os preços das pontas e colocar preços mais ele-vados no meio da operação, de acordo com a procura do produto”.Mas Barbosa contrapõe. “Em relação ao dumping é muito difícil de se provar no setor, até pela fórmula de fazer os preços. Tenho as minhas dúvidas que as coisas possam ser feitas dessa forma. a fórmula que já funcio-nou no passado, mais ou menos organizada foi a da venda antecipada, período normal de venda e última hora. Era uma fórmula que

permitia trabalhar o preço e as ocupações de maneira menos despreocupada”.No entanto, joão Barbosa levanta outra pre-ocupação. a adequação da oferta é ano sim, ano não. julgo que este ano foi de equilíbrio entre a oferta e a procura e as coisas não cor-reram muito mal, mas acredito que existam uns iluminados que pensam que o ajustamento da oferta deste ano seja a oportunidade para, no próximo ano, voltar a estragar o mercado. vamos ver o que vai acontecer em 2014. Por algumas informações que temos ouvido, pa-rece que vamos ter outro ano de tempestade, para voltar a estabilizar em 2015”.já para Pinto Lopes, a tour operação “pro-cura que o mercado tenha oferta adequada à procura. Há momentos, crises, condicionan-tes do próprio mercado, mas cada organiza-ção é livre de fazer e colocar as operações que bem entender, mas é claro que a sobre

oferta é um dos principais fatores que con-dicionam toda a cadeia de rentabilidade. Em ano de sobre oferta o risco aumenta para ambas as partes”.Sobre a redução do prazo de pagamento à iaTa, joão Barbosa apenas refere que “o core business da distribuição é ven-der viagens, e o core business do crédito pertence aos bancos. Não tem que ser as companhias aéreas a suportar os prazos de pagamento dos clientes da distribuição”.Pinto Lopes, confrontado com o aprovei-tando dos operadores turísticos às linhas de crédito de apoio ao setor, realçou que “as condições que são anunciadas nem sempre correspondem aos modelos exis-tentes. Esbarramos muito com a realidade quando vamos à procura desses financia-mentos”.

DisCussãO Durante O COngressO

a tour operação e a distribuição vão apro-veitar a realização do congresso da aPavT na Terceira para discutir dois pontos em comum. Um será a apresentação de uma plataforma para as PME europeias, um projeto intra-europeu virado para o setor.Por outro lado, vão tomar conhecimento sobre a nova diretiva que está a ser dis-cutida a nível da ECTaa sobre os pacotes turísticos. Trata-se de uma questão que afe-ta a todos porque a distribuição, perante o cliente, é quem dá a cara, mas a montante e a jusante há outras responsabilidades dos operadores, hotelaria, companhias aéreas e prestadores de serviços de uma forma ge-ral. Para além disso, o capítulo da distribui-ção vai concertar a sua agenda para 2014.Outro dos pontos que vão merecer a análise do capítulo dos operadores tem a ver, se-

gundo Eduardo Pinto Lopes, “com as clau-sulas contratuais com companhias charter porque, os modelos adotados criam escudos de defesa, quase blindados, relativamente à responsabilização das companhias aéreas, deixando sem proteção os fretadores. Que-remos um maior equilíbrio quanto à res-ponsabilização. vamos tentar encontrar um modelo de contrato mais equilibrado que seja aceite pelas partes. a ideia é fazer um contrato com as companhias charter em que sejam eliminadas as cláusulas abusivas, in-cluindo o iNaC e o Turismo de Portugal”.Os operadores vão ainda discutir a oferta, o comportamento de 2013, o que que se avizi-nha para 2014, bem como as consequências das medidas políticas e sociais que o país atravessa e olhar para o que está a acon-tecer na Europa e no mundo relativamente às viagens.

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OB A “UmBrELLA” dA APAVT, o setor dos cruzeiros em Portugal está a procura de caminhos que o permi-

ta falar a uma só voz. De acordo com Francisco Teixeira, diretor geral da Melair e res-ponsável pelo capítulo dos Cruzeiros, “estamos a dar os primeiros passos e estamos ainda a discutir os pontos principais que queremos ver desenvolvi-dos nos próximos anos. O objetivo é podermos vir a ter estatísticas, trabalhar alguma regulamenta-ção que o setor venha a necessitar e levar a cabo algumas ações, ou seja, há situações em que, indi-vidualmente, as companhias poderão ter que res-ponder e, nós, gostaríamos de criar uma voz que fosse do setor”.a convite do presidente da aPavT, e como o setor dos cruzeiros em Portugal não tem uma represen-tatividade, as companhias decidiram integrar um capítulo. Em declarações à viajar, Francisco Tei-xeira referiu que “não vemos qualquer conflito e nem incompatibilidade, pelo facto de que é garan-tido, pela aPavT, a isenção do capítulo. Dentro deste princípio achamos que seria uma forma do setor se juntar e ter uma voz conjunta. Por outro lado, o facto de haver poucos players no mercado português e um nível de volume ainda muito bai-xo, torna-se difícil atuar isoladamente. a criação de uma associação ligada à indústria de cruzeiros está, por isso, fora de causa, ao contrário do que acontece noutras partes do mundo em que a CLia tem incorporado as várias associações de compa-nhias de cruzeiros.

eVOLuir eM gruPOSe a retração do consumo tem levado as compa-nhias de cruzeiros a gastarem mais tempo indivi-dualmente nas suas atividades que propriamente no setor, certo é que, embora o capítulo esteja ain-da numa fase muito inicial, existe já um conjunto de questões que terão que ser abordadas. reconhece-se que a distribuição é esmagadora-mente feita pelas agências de viagens e, neste sen-tido, “teremos que perceber, enquanto setor, como é que podemos evoluir ao nível da formação. Ne-cessita de alguma maturidade, de algum diálogo do próprio setor, para encontrar as formas certas de o fazer e, também da parte das agências de via-gens, interesse e mais disponibilidade para essas formações. as companhias vão fazendo isso, mas o que queremos é ver como é que conseguimos evo-luir em grupo, uma vez que a dimensão condiciona sempre algumas ideias”, realçou o responsável.apesar de se falar em algum crescimento na área de cruzeiros, certo é que a quota de mercado em Portugal ainda é muito reduzida e não se prevê que aumente consideravelmente, tendo em con-

ta a redução generalizada do consumo no nosso País, o que trás também alguns constrangimentos, obrigando as empresas a terem que se concentrar no seu próprio negócio e tentar encontrar os re-equilíbrios, cada um à sua maneira. No entanto, outros fatores obrigam a uma atenção maior por parte da indústria no seu todo, tais como o novo Terminal de Cruzeiros em Lisboa e a própria dis-crepância entre o fortíssimo incoming e o ainda débil outgoing. “Neste caso concreto, ao nível do capítulo, a nossa maior preocupação vai para o setor do outgoing”, declarou Francisco Teixeira.

inDústria eM COnstante reestruturaçãO

igualmente, de acordo com o responsável do ca-pítulo dos Cruzeiros, esta indústria está em cons-tante reestruturação “até porque está a atraves-sar um processo de globalização”. Por exemplo, a Europa está a assistir a alguma redução da oferta e, as empresas de cruzeiros no nosso País têm que estar preparadas para, quando o contrário acon-tecer poderem acompanhar esse crescimento da oferta. Por outro lado, se recuarmos 15/20 anos verifica-se que os cruzeiros estavam concentrados numa determinada área geográfica, a dimensão e capacidade das frotas eram cerca de 20% ou 25% do que são hoje. Nas últimas duas décadas alterou-se e cresceu de tal forma que ainda se está neste processo. a crise financeira de 2008 retraiu este volume de investimentos bem como os mer-cados de consumo onde tinha havido grande ex-pansão da oferta, sem contar com a adaptação da indústria ao aumento do custo do petróleo. São

situações que têm que estar também em cima da mesa deste capítulo, até porque “as adaptações são várias neste setor, o que não tem só a ver com promoção e venda do produto. Toda a indústria tem que saber, em conjunto, lidar com elas”, frisou Francisco Teixeira.

Chegar aO COnsuMiDOr De FOrMa COnCertaDa

a forma de chegar concertadamente junto do pú-blico é, igualmente, outra preocupação do capítulo. Uma vez mais mais, a dimensão deixa pouca mar-gem para investimentos. No entanto, para Francis-co Teixeira é preciso, primeiro, desmistificar o que é o cruzeiro. E explica: “Um navio chamam-lhe cruzeiro, o itinerário, a divulgação, a venda chama-se cruzeiro, mas andar de avião também pode ser cruzeiro. Se conseguirmos explicar o que é o con-ceito da viagem de cruzeiro, o que é a dinâmica do pricing, se conseguirmos encontrar o formato certo ao nível do setor, teríamos outra capacidade de influenciar o consumidor, e não de forma indivi-dualizada, em que cada uma das empresas, porque cada uma de nós tem a sua estratégia e sabe fazer isso muito bem, mas com alcance reduzido”. Mas para o responsável, “não basta só apontar-mos as baterias para o consumidor. Temos que trabalhar toda a cadeia (divulgação, acesso, dis-tribuição) de maneira a que no final consigamos esses resultados. Não basta fazer campanhas de publicidade ou comunicados de imprensa. É pre-ciso algo mais alargado, embora este não seja o momento mais positivo face a esta retração do consumo. No entanto, temos que encontrar a altu-ra mais apropriada para termos alguma energia e capacidade de inovação”.a respeito de números e estatísticas, Francisco Teixeira é mais cético. “Uma companhia pode es-tar a crescer porque tem menos camas? Esse cres-cimento é sobre o quê e onde? Estamos a falar de quê? Podemos ter no mercado oscilações profun-das só por causa de uma ou duas ações. Temos, por exemplo, oscilações no Porto de Lisboa só porque há uma greve e há dois ou três navios que não escalam. Diria que a informação está muito fixa no global, mas pelo contrário, ela é complexa e demasiado alargada. Portanto, a indústria, ao nível da leitura dessa informação, ainda não tem maturidade. É preciso saber quem está a falar, o que está a dizer, para quem é que se está a dirigir e, só a partir daí, poderemos fazer uma análise”.Então é outra matéria que merece discussão no seio do capítulo.

DesMistiFiCar O COnCeitO De CruzeirOassim sendo, dois pontos preocupam o capítulo

sCruzeiros querem falar a uma só voz

sob A “umbrellA” dA ApAVt

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dos cruzeiros no seio da aPavT: Este tipo de con-ceito de férias e de viagens continua a estar muito centrado no nome cruzeiros e, na parte da comu-nicação ainda é vista como se de uma peça só se tratasse, independentemente de se estar a falar de um continente ou de um país, de uma companhia ou de um itinerário. “Se nessas duas áreas conse-guirmos evoluir e desmultiplicar, teremos melho-res resultados”, realçou o responsável.vale, igualmente a pena descomplicar a forma de vender cruzeiros?. Neste aspeto, Francisco Tei-xeira considera que “a nossa complicação não é maior ou menor do que uma companhia aérea. O que aconteceu é que a indústria aérea desenvol-veu-se de forma a encontrar formatos comuns, o que torna o acesso e a leitura mais lógica. No setor dos cruzeiros estão misturados hotelaria, aviação, dentro da hotelaria distribui-se o quarto desde logo, e a receita é feita através das diversas categorias, pois o cruzeiro que, independentemen-te do tipo do alojamento adquirido, o passageiro tem acesso às mesmas coisas. Existem realidades e complexidades que será muito difícil contorná-las, a não ser o de criar melhor informação pos-sível ao canal de distribuição. Este é o desafio”.É ainda preocupação desta indústria o problema da dimensão. “a nossa dimensão é o pior inimigo. Então como é que nos concentramos no inimigo número 1? Como é que conseguimos trabalhar pela rentabilidade em vez do volume?”. Há que acrescentar também o facto de não haver tráfe-go ao longo do ano de forma regularizada, daí a necessidade de haver uma gestão da oferta de acordo com a procura. Para Francisco Teixeira, a mentalidade de consumidor alterou-se, então “como adequar a nossa aproximação às mudan-ças constantes do consumidor? alguma coisa deve ser feita porque, o modelo de massificação não funciona, acaba por gerar uma oscilação de preço e colidir com tudo o resto e os vários desti-nos acabam por ser tabelados aos mesmos níveis”, sublinhou aquele responsável.Na sua opinião, este conjugar de esforços é um bom começo. “a indústria de cruzeiros é uma boa proposta de férias, temos um produto com uma boa relação qualidade/preço e, ao nível do que oferece, temos destinos, alojamento, refeições, en-tretenimento, ou seja, um pacote completo incom-parável com qualquer outro, os navios são unida-des novas e modernas tecnologicamente, portanto, tem tudo reunido para ser um bom atrativo para o cliente. É preciso apostar como setor e encontrar formas de quebrar barreiras, avançar e estimular cada vez mais o consumidor, é trabalhar muito a distribuição, mas não focar-nos totalmente nela”, concluiu Francisco Teixe

Capítulo do Incoming enfrenta desafios de natureza fiscal

e de promoção

eduArdA neVes

O SETOr do “incoming tem tido um compor-tamento positivo, pelo que as oportunidades têm ajudado a ultrapassar os principais desa-fios” , declarou à viajar, Eduarda Neves, res-ponsável pelo capítulo do incoming no seio da aPavT. No entanto na opinião da agente de viagens, existem neste setor alguns constrangi-mentos que têm sido tema de discussão no seio do capítulo, nomeadamente de natureza fiscal, de promoção e até de organização interna do setor. “Um a um estamos a tentar encontrar soluções”, realçou.ViaJar - numa altura em que, devido à crise em Portugal, o outgoing está em queda, qual é a importância do capítulo do incoming no seio da aPaVt?eduarda neves - Os capítulos setoriais da aPavT não são condicionados pela existência de uma crise, tendo sempre todos a mesma im-portância. O incoming tem tido um comporta-mento positivo, pelo que as oportunidades têm ajudado a ultrapassar os principais desafios.V - este capítulo tem-se reunido? Quais são os principais problemas com que se depa-ram as agências de viagens que optaram por este segmen-to? se existem, o que está a ser feito para os resolver?e.n. - Temos, so-bretudo, falado entre nós com muita informalida-de. Temos desafios de natureza fiscal, temos desafios de promoção, temos desafios na orga-nização interna do setor, um a um estamos a tentar encontrar so-luções. Estivemos juntos na BTL e na aBav, certames onde a aPavT organizou uma pre-sença sem precedentes.V - Quanto é que este segmento já vale nas agências de viagens? tem sido a salvação das agências? há agências de viagens a mais a entrar no incoming? todos podem fazer incoming, pondo em causa, se acon-tecer mau serviço, o próprio destino?e.n. - Essa é uma preocupação que temos na aPavT. Há, de facto, várias agências a iniciar

um novo percurso na área do incoming, o que acontece é que se trata de uma transição que não é fácil, nem simples, e a tentação, em mui-tos casos, resulta na incapacidade de prestar um bom serviço e, consequentemente, coloca em risco toda a operação nacional. Em par-ticular no caso dos DMC’s, pelo grau de com-plexidade do serviço, isto é mais verdade ainda, sendo por esta razão que lançámos o processo de certificação. infelizmente, é um processo que está de facto muito atrasado, esperamos poder tomar sobre ele uma decisão no curto prazo. V - O incoming está muito ligado à própria promoção do destino Portugal. sentem falhas nesse aspecto? O que devia ser feito?e.n. - vamos ter, nos açores, a possibilidade de reunir o Capítulo e assistir a uma apresenta-ção do Turismo de Portugal sobre promoção turística em 2014, na qual faremos chegar ao representante do instituto os nossos comentá-rios e visão sobre o tema. É sempre possível melhorar, e mesmo quando, como agora, os re-cursos são mais escassos – e compreendemos

que tenham de o ser - impõe-se fazer melhor, com menos, o que não nos parece estar a acon-tecer tão bem como poderia.Por outro lado, vamos também assistir, em ses-são plenária, a um interessante debate sobre esta matéria, na qual vai ser debatido o novo modelo de promoção turística e a criação da nova agência nacional de promoção turística, que defendemos e sabemos ser uma aposta do secretário de Estado. Trata-se de, finalmente, colocar a gestão da promoção turística nas mãos dos privados, esperamos aconteça.

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mA CIdAdE PATrImó-NIO mUNdIAL, nascida do mar e para o mar, sím-

bolo do novo mundo cria-do pelos Descobrimentos. O colorido intenso dos “impérios” dedicados ao Espírito Santo. Os muitos testemu-nhos de arte e história. Uma paisa-gem feita de muitos verdes a que não falta o arco íris das flores. atrativos que fazem da Terceira uma ilha para férias diferentes, completas.Há muito mais para ver e fazer na Terceira. Desde uma partida de gol-feà descida a grutas vulcânicas. Da alegria e animação de uma tourada à corda ao encanto singelo da arqui-tetura popular. Do mergulho numa piscina feita de lava e mar ao bom sabor da cozinha tradicional.É extenso o rol de actividades que se podem levar a efeito na ilha Ter-ceira. O algar do Carvão e a Gruta do Natal são duas extraordinárias experiências de espeleologia. Para os mais experientes na matéria, é possí-vel visitar outras grutas e algares da ilha, com a ajuda de guia. a escalada desportiva também está em grande desenvolvimento na ilha, contando já com diversas escolas de escala-da devidamente equipadas, como a Chanoca, Chupa Cabras e Grota do Medo. Os amantes de parapente dispõem de vários pontos de possível largada e a ilha presta-se, ainda, a passeios pedestres, de bicicleta, BTT, cavalo e até burro. Existe um Par-que aventura na Quinta do Galo e há oferta de passeios de jipe 4x4 e moto4. No Clube de Golfe da Tercei-ra os entusiastas pelo golfe podem encontrar guarida adequada.ao centro, a ilha é marcada pela Cal-deira de Guilherme Moniz, inundada pelas lavas com dois mil anos de idade do cone do algar do Carvão, onde se encontra a maior mancha de urze dos açores. Cenário idêntico desenvolve-se para norte, no Biscoi-to da Ferraria e Pico alto, e a oeste, na Serra de Santa Bárbara, onde densas matas de vegetação endémi-ca remetem para a floresta nativa do arquipélago, geralmente conhecida por floresta laurifólia. Não é, pois, à

toa que a Terceira representa a ilha com a maior mancha de floresta na-tiva do arquipélago.O verde dominante do interior da ilha esbate-se na sua periferia, onde a ocupação humana secular e o colo-rido do casario das localidades ditam as duas regras. E onde ganha peso a cor lilás das fachadas dos edifícios, em especial de angra do Heroísmo.Os vestígios da atividade vulcânica assumem na Terceira formas pecu-liares, espetaculares e facilmente visitáveis. No mundo subterrâneo, destaque para o algar do Carvão, resquícios de uma antiga conduta vulcânica que deslumbra pela sua imensidão espacial. Do seu teto em abóbada pendem notáveis estalacti-tes de sílica, as maiores do Mundo. a Gruta do Natal, um túnel lávico, maravilha pela sucessão de corredo-res estreitos e longos e pelas diferen-tes formas e cores que assumem as paredes, solo e teto, transformando a gruta num local místico. À su-perfície, as Furnas do Enxofre são testemunho eloquente da força do vulcanismo açoriano: a paisagem é dominada por fumarolas circun-dadas por terrenos de tons averme-lhados, que contrastam com o verde dos musgos e outra vegetação. a atmosfera é quente e com um cheiro peculiar…a enxofre.Mas é do alto das suas montanhas e serras, em miradouros estrategi-camente posicionados, que melhor se pode absorver a imensidão dos seus vulcões e interiorizar o modo como o Homem os moldou. Sobe-se ao Monte Brasil, sem se perceber que se calcorreia um antigo vulcão

com origem no mar – o maior e mais bem preservado dos açores – para desfrutar de uma das vistas mais fabulosas sobre a cidade e a baía de angra do Heroísmo. Do cimo da Serra do Cume percebe-se a geome-tria dos infindáveis muros de pedra e sebes de hortênsia que recortam as pastagens da Terceira. Do Miradou-ro do Facho, onde reside o imponente Monumento do imaculado Coração de Maria, tem-se uma panorâmica excepcional sobre a praia, marina e casario da Praia da vitória e de toda a planície das Lajes que, certamente, atraiu a implantação do aeroporto. E a lista poderia continuar, longa.No areal da Praia da vitória, o mais importante da ilha, conjuga-se his-tória com divertimento, urbanidade com isolamento e sol com águas té-pidas. Pelo contrário, são muitas as piscinas naturais disponíveis, mais ou menos equipadas de infra-estruturas de apoio: Porto Martins, Biscoitos, Negrito e Silveira, para apenas ci-tar algumas. Pontas, promontórios e baías marcam igualmente a orla costeira da Terceira, com enquadra-mentos cénicos de rara beleza, como é o caso das baías das Quatro ribei-ras, da Salga, da Mina ou do Fanal.a orla costeira do lado poente da ilha é mais linearizada e marcada por arribas altas e vertiginosas, que caiem abruptamente no oceano profundo, aqui e ali interrompidas por promontórios que avançam mar adentro, testemunho de espessos flu-xos lávicos mais recentes. a Ponta do raminho ou a Ponta do Queima-do, com o Farol da Serreta como sentinela, são exemplos elucidativos.

Ou a zona da Lagoa da Fajãzinha, na agualva, um recanto singular, dese-nhado “a régua e esquadro” por uma Natureza sábia.

PatriMóniO MunDiaLapesar da beleza que carac-teriza a paisagem terceirense, pode-se afirmar que é no cam-po histórico-cultural que reside grande parte do valor da ilha. renascentista e moderna, angra é marcada por grandes feitos histó-ricos, defensora dos ideais da liber-dade, sempre e ainda hoje, é uma cidade monumento de cunho senho-rial, cuja planta provém do Séc.Xv - Xvi e casario do Séc.Xvii e Xviii. Grande parte do seu centro histórico está classificado de interesse Públi-co e incluído na lista do Património Mundial da UNESCO.O título “Muito Nobre, Leal e Sem-pre Constante” atribuído a angra do Heroísmo realça a importância que esta urbe teve ao longo da História de Portugal e, logo, do arquipélago dos açores. a relevância da baía de angra, em especial nos séculos Xv e Xvi, e a importância da cidade no xadrez político, económico e religio-so dos açores estão retratados na malha urbana desta cidade.Observado do alto da Memória ou do miradouro do Monte Brasil, o centro histórico de angra do Hero-ísmo estende-se num rendilhado de ruas, ruelas, igrejas, palácios, casas senhoriais, monumentos, praças e jardins, que gerações abnegadas sou-beram preservar e manter até aos dias de hoje, contrariando inclusive as forças da natureza telúrica. E que a UNESCO soube reconhecer, inte-grando o Centro Histórico de angra do Heroísmo na lista de Património Mundial.a imponente fortificação de São joão Baptista na cidade de angra do Heroísmo, construída há cerca de 400 anos, é um exemplo único de arquitectura militar dos açores e ergue-se em defesa da identidade desta cidade. Palácios, igrejas, con-ventos e museus, são diversos os locais a visitar e que estão abertos

uA ilha sempre em festa

terCeirA

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ao público: Sé Catedral, Palácio dos Capitães-Generais, Paços do Conce-lho, igreja de São Gonçalo e Palá-cio Bettencourt são apenas alguns exemplos. angra presta-se à desco-berta sem rumo definido: fachadas de pedra de cantaria de traquito e pinturas de cores garridas, varandas de ferro forjado e janelas adornadas, são detalhes a descobrir, sem pres-sas.No concelho da Praia da vitória é a chamada arquitectura ou “Casa do ramo Grande” que pontifica. Trata-se de habitações de índole rural, caracterizadas pela utilização de grandes lajes de pedra, e de can-taria trabalhada com arte minucio-sa, usualmente de ignimbrito, uma rocha vulcânica muito peculiar e comum neste concelho. Espalhadas pela “planície do ramo Grande”, em muitos casos as casas destacam-se pelas suas dimensões e pelas cons-truções complementares de apoio à vida rural que integram, também elas em lajes de pedra ignimbrítica aparelhada.Em diversas localidades da Terceira “impérios” de arquitectura rebusca-da e fachada de cores garridas fazem parte da imagem de marca da ilha e merecem um olhar atento. Quintas e solares, muitas vezes adaptados a alojamento turístico, complementam a arquitectura secular e a atmosfera aristocrática da ilha.a ilha Terceira respira cultura por todos os poros. São diversas as ins-tituições e agremiações culturais, grupos de teatro e locais de expo-sição temporárias ou permanentes que contribuem para a promoção da cultura da ilha. É o caso do Museu

de angra do Heroísmo, instalado no Convento de São Francisco, com as suas notáveis colecções de história militar e de transportes dos séculos Xviii e XiX.Na cidade da Praia da vitória, a Casa vitorino Nemésio ocupa a pe-quena habitação em que nasceu este grande vulto da cultura portuguesa. Poeta e escritor de eleição, vitorino Nemésio foi um intelectual com vá-rias facetas, de jornalista a profes-sor, de historiador a apresentador de um programa televisivo que marcou uma geração. O romance Mau Tem-po no Canal é exemplo máximo do espírito insular que marca a obra de Nemésio, a quem se deve o conceito de “açorianidade”, introduzido em 1932.Os bordados artesanais em linho branco cru ou vermelho integram a marca “artesanato dos açores”, quecertifica a origem e a qualidade destes produtos, bem como dascol-chas de lã coloridas produzidas em teares manuais. a típica viola da Terra, comum ao arquipélago, en-contra na Terceira a originalidade de versões com 15 e 18 cordas em vez das tradicionais 12. Trabalhos em olaria e vime completam as prin-cipais manifestações artesanais da ilha.

iLha FestiVaa ilha festiva: mais do que um slogan ou um epíteto, é uma realidade in-desmentível, que o bem-receber das gentes terceirenses faz questão em preservar e valorizar. as Festas do Divino Espírito Santo, centradas nos pitorescos impérios, são vividas com intensidade: as oito semanas que me-

deiam entre o domingo de Páscoa e o domingo da Trindade dão lugar às funções e aos bodos que animam as diferentes localidades da ilha.No período do Entrudo são típicas as Danças de Carnaval, manifesta-ção singular de teatro popular. Du-rante três dias, os terceirenses saem à rua ou recolhem aos salões para não perder pitada das chamadas “danças” ou “bailinhos”. Durante o espectáculo, os membros de cada grupo interpretam um enredo, onde a sátira marca presença assídua.as Sanjoaninas, festas dedicadas a S. joão, ocupam as ruas de angra do Heroísmo durante dez dias do mês de junho. Cortejos, concertos musi-cais, touradas (de praça ou à corda), tasquinhas de petiscos, espectáculos de teatro e fogo-de-artifício e provas desportivas, têm o seu ponto alto no desfile das marchas populares.Em agosto, a Praia da vitória apre-senta um cartaz recheado de eventos e de propostas irresistíveis: as Festas da Praia incluem touradas, exposi-ções, desfiles, feira gastronómica, concertos e eventos desportivos náu-ticos. No início de Setembro, as Fes-tas da vinha e do vinho animam os Biscoitos, terra de tradição vinícola.angra do Heroísmo é palco de dois relevantes festivais de música: o fes-tival angrarock, em Setembro e o festival angrajazz, em Outubro. Es-pectáculos que complementam a tra-dição musical da ilha, bem expressa nos cantares ao desafio: ainda hoje, as festas terceirenses são animadas por cantadores que improvisam ver-sos para delícia da assistência.a tradição tauromáquica é ancestral na Terceira, ilha que mantém várias

ganadarias activas. a actividade divide-se em touradas de praça (ou no areal, como acontece durante as Festas da Praia) e as típicas toura-das à corda, em que o touro corre pelas ruas da localidade preso por uma comprida corda segura por um grupo de homens. a época taurina decorre geralmente entre Maio a Outubro, com eventos em datas fixas e espontâneas.a gastronomia da Terceira é afama-da pela alcatra, geralmente de carne de vaca, mas também de peixe. O prato é típico por ser cozinhado len-tamente num tacho de barro, para apurar e espessar o molho compos-to por toucinho, cebola, alho, louro, pimenta e vinho, entre outros ingre-dientes. acompanha geralmente com pão ou massa sovada. Este método de confecção é igualmente aplicado a outras iguarias: galinha, feijão, co-elho, polvo e favas.Na doçaria ganha destaque as quei-jadas Dona amélia, onde o mel de cana e a canela se associam a corin-tos e cidras. Diz a lenda que o nome do bolinho está associado à passa-gem da rainha D. amélia pela Ter-ceira. Os coscorões, as cornucópias (com recheio de doce de ovos) ou o arroz doce complementam a lista de sobremesas. a paisagem da região dos Biscoi-tos é marcada pela vinha, disposta em “curraletos”. Das uvas da casta verdelho, nasce um tipo específico de vinho, defendido e divulgado desde 1993 pela Confraria do vinho ver-delho dos Biscoitos. Na Casa agríco-la Brum funciona um Museu do vi-nho, onde o visitante tem o privilégio de provar o vinho licoroso angelica.

mais de 25 milhões para o Turismo dos Açores

S AÇOrES vão ter um orçamento para o turis-mo de mais de 25 mi-

lhões de euros, anunciou o Secretário regional do Turismo e Transportes, vítor Fraga, que também destacou que em 2014 é “destino preferido” da ECTaa, que representa as associações de agên-cias de viagens de toda a Europa. O governante que falava no encer-ramento do Expresso BPi Golf Cup, referiu que a designação pela ECTaa é “mais um momento importante para nos afirmarmos no contexto internacional”, se-gundo o site do Governo regional. Em março passado, a aPavT as-sinou com o Governo dos açores um protocolo que estabelecia que a região se tornava o destino “pre-ferido” da associação Portuguesa das agências de viagens e Turismo, assumindo as duas partes o compro-misso de trabalhar em conjunto de maneira a dinamizar os negócios. O secretário regional do Turismo e Transportes anunciou também que o orçamento do setor do turismo para 2014 “supera os 25 milhões de euros”, numa “aposta determi-nada” do Governo dos açores para que o setor “continue a contribuir ativamente para o desenvolvimento da região”, afirmou vítor Fraga, re-ferindo que a região se tem “assumi-do como um destino de qualidade”. a região pretende continuar “a procurar a angariação de novos eventos”, já que este ”é um tra-balho que não se esgota”, afirmou ainda o governante, lembran-do que no início de dezembro, os açores vão receber o congresso nacional da aPavT, onde esta-rão “mais de 500 congressistas”. “Mais uma oportunidade que nós temos para fazermos bem aquilo que tão bem sabemos fazer e utili-zarmos estes meios para ganharmos notoriedade e ganharmos adeptos dos açores, que nos ajudem nesta caminhada que todos nós sabemos que não é fácil, mas que também sabemos que, com o esforço, a garra

e a dedicação que temos tido, va-mos conseguir atingir bons resulta-dos”, afirmou o secretário regional. De janeiro a setembro, a hotelaria dos açores é a que tem o maior aumento percentual do número de dormidas, com +8,8%, para 896,4 mil, apesar de uma queda das per-noitas de residentes em Portugal, em 10,9%, para 304 mil, porque da parte dos mercados internacionais tem um aumento em 22,6%, para 592,4 mil.

nOVOs segMentOs e nOVas PrOPOstas

O mercado nacional, que já repre-sentou quase 50% dos fluxos turís-ticos para a região, representa hoje pouco mais de 30%, devido, como vítor Fraga já reafirmou por diver-sas vezes “à política recessiva que o governo da república impôs so-bre as famílias portuguesas”. Para

colmatar essa quebra, os açores tiveram de tomar medidas “alter-nativas”, que passaram por reforçar toda a promoção junto dos princi-pais mercados emissores externos e redefinir a política de promoção para o mercado nacional, desde logo, trabalhando segmentos de mercado que não eram aqueles que visitavam a região. “Fomos à procura de seg-mentos de mercado que continuas-sem a ter poder de compra junto dos quais o destino açores tivesse caraterísticas apetecíveis. Para a época baixa desenhamos uma cam-panha que visa atingir segmentos de mercados que possam responder à oferta que o destino tem”, referiu o governante regional, numa recente entrevista ao “Mundo Português”.Destaque para a campanha mais de 55 anos, a campanha de famílias feita no verão e que será repetida e ações para os períodos de Natal,

Carnaval e Páscoa, “sempre com a lógica de direcionar toda a política de promoção no mercado nacional, para segmentos que continuam a ter poder de compra. Estes alargamen-tos pretendem consolidar cada vez mais os açores como um destino de famílias, de forma a reduzir a sazo-nalidade e contribuindo, assim, para que os açores recebam cada vez mais turistas.No que respeita aos principais mer-cados emissores, o objetivo é con-solidar. Destaque para os mercados da alemanha, Espanha, Bélgica e Holanda, com uma boa taxa de vi-sitantes na região.já há muito tempo que os açores perceberam que o turismo é uma in-dústria que contribui decisivamente para o desenvolvimento da região, atendendo ao potencial enorme que tem na atração de turismo de natu-reza, de jovens e de famílias. Segun-do dados recentemente revelados, através da campanha “açores em família”, que arrancou a 1 de maio, visitaram a região, até 31 de outu-bro, quase 3500 pessoas, oriundas do mercado nacional.Entretanto, o Turismo dos açores apresentou a sua nova campanha de promoção para o mercado nacional. “açores, o dobro das experiências”, a decorrer até abril de 2014, que pretende reposicionar a imagem do destino açores, reforçando a ideia de um destino tranquilo, de enorme beleza, pleno de tradições, mas que oferece um inesgotável rol de expe-riências.Em conjunto com operadores tu-rísticos e outros parceiros do setor, o Turismo dos açores quer passar para o mercado nacional uma nova imagem de modernidade, diversida-de e qualificação da oferta, asso-ciada a uma forte componente de experiências, por via da promoção de novos e diversificados produtos turísticos, como gastronomia e eno-turismo, circuitos turísticos, festivi-dades, saúde e bem-estar e turismo ativo orientado para segmentos de-finidos.

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Pernambuco reforça promoção e Enotel aumenta oferta

qUEBrA de cinco por cento de por-tugueses a visitar Pernambuco, no Brasil, desde 2007 (cifra-se agora nos

7%), e a proximidade do campeonato mundial de futebol, que decorre no próximo ano no Brasil, criou a necessidade de reforçar a pro-moção do destino no nosso país. E as ações nesse sentido multiplicam-se. O encontro realizado com os jornalistas do trade no Hotel Mundial, no final de Outubro, foi apenas um exemplo, após o roadshow com os operadores Solférias e Solférias Exótico, e outros tantos pre-vistos desta natureza.Durante o almoço com os media, alberto Feitosa, Secretário do Turismo de Pernambuco, salientou a diversidade da oferta cultural da sua “casa”, enfatizando as acessibilidades como porta de entrada, graças “a quatro aeroportos interna-cionais, três aeroportos nacionais e cinco portos internacionais”. Melhor ainda quando este ano, “temos o maior número de voos internacionais, entre eles, sete voos semanais da TaP, ultrapas-sando assim os estados do Ceará e Salvador, e também o maior número de camas do Brasil – 73 mil”.

enOteL aCreDita eM PernaMBuCOO grupo hoteleiro português não tem dúvidas quanto ao interesse do estado brasileiro de Per-nambuco. É por isso que se prepara para inau-gurar, em Maio de 2014, uma nova unidade em Porto de Galinhas, o Enotel acqua Club, a par da que já existe. ao todo, refere regina Biondi, gerente comercial do grupo, são 900 quartos em regime de all inclusive, que visam “responder a uma forte procura que dita a criação de mais oferta e a remodelação do Enotel Porto de Ga-linhas, que irá renascer com outro nome: Enotel Conventions & Spa”.Hoje, os 342 quartos que existem “estão na emi-nência de se tornarem insuficientes, pelas solici-tações de negócios de eventos, convenções, con-gressos médicos e outros encontros de negócio”. E para Biondi, esta acaba por ser a principal razão para erguer uma nova unidade tão próxima da anterior: “O MiCE é a maneira mais positiva e produtiva de concentrar todas as faces dos sector da economia e esta concentração de interesses de um assunto específico vai continuar a exis-tir”. Mas a procura é exigente e muito específica, continua a responsável comercial: “a procura de locais afastados dos centros urbanos, cresce cada vez mais e Porto de Galinhas é o local que todos procuram, porque numa área existe uma infra-estrutura de convenções e quando terminam os

trabalhos, a poucos metros, sem precisar de avião ou autocarro, há oferta de lazer, natureza, praia e vilarejos, onde se pode comprar artesanato, por exemplo”.

traBaLhar MuitO e DiVertir-se MaisPartindo do princípio de que a diversão deve ser proporcional ao trabalho, o novo hotel vai “dedicar-se essencialmente ao lazer e ao turis-mo de saúde, porque tem o atrativo do parque aquático e a clínica médica com spa médico”, ficando o hotel original, já com sete anos, “ainda mais especializado nas convenções”. Porém, ape-sar de fisicamente separados, operam em unís-sono, “porque os clientes das convenções têm a oportunidade de usufruir do lazer que o Enotel acqua oferece. São dois hotéis completos, que estão muito próximos, onde os clientes dos três segmentos que vamos trabalhar (lazer, MiCE e turismo de saúde) podem circular por toda a oferta de serviços de ambas as unidades, sem se tornar repetitivo, com um ambiente novo sempre que se quiser”.

MiLhões De inVestiMentOMaio de 2014 marcará a inauguração oficial do novo Enotel, que passará ainda por um pe-ríodo de soft opening a partir de Março. Serão, aproximadamente “118,2 milhões de euros de investimento, onde se incluem 10 milhões para a remodelação do Enotel Porto de Galinhas, que

estará concluída em 2015”, referiu Estêvão Nu-nes, presidente do Grupo Enotel. Uma consolida-ção da aposta nesta cidade pernambucana por o empresário português acreditar, em tom de brin-cadeira, “que será a próxima capital do Brasil”.assim, o Enotel acqua Club terá 367 quartos, numa primeira fase, e 558 quando terminar a sua construção, todos eles comunicantes. O parque aquático, de 45.000 m2, terá uma capacidade total de três mil pessoas, bem como uma clínica médica com spa, ambos exclusivos aos hóspedes. Este investimento em lazer é explicado pela res-ponsável comercial, regina Biondi, através do vo-lume de turismo que procura o Enotel: “Em pri-meiro está o lazer, a seguir o de negócios e depois o de saúde, que vamos iniciar”. De todos os sec-tores, “90 por cento dos clientes são brasileiros e os restantes estrangeiros, sendo que destes dez por cento, dois são portugueses”, lembra Biondi.Para a remodelação do Enotel Porto de Gali-nhas, a área do Centro de Congressos passará de 4.500 para 10.500 metros quadrados, após a construção de um novo pavilhão de exposições, para a realização de eventos com a capacidade até quatro mil pessoas.

PrOMOçãO eM terras LusasPara promover o Enotels Hotels & resorts, re-gina Biondi contou à viajar que a “estratégia de promoção passa por participar nos diversos eventos e feiras que acontecem em Portugal”. junto aos operadores, com quem pretendem trabalhar “sem distinção, teremos algumas con-dições especiais que estamos a definir, nomea-damente tarifas especiais de soft opening e con-dições de abertura, a acontecer muito próximo do campeonato do mundo de futebol. Por outro lado, em breve poderemos anunciar ao mercado a nossa disponibilidade e condições aquando da abertura ao público”.

enOteL nO FuturOaté 2020, o grupo Enotel Hotels & resorts es-pera inaugurar um hotel em recife, seguindo de outro em São Paulo e rio de janeiro. a partir daí, Lisboa será o destino de eleição. Não esquecendo a terra de origem, a ilha da Madeira, Estêvão Nunes, presidente do grupo diz centrar-se na oferta que já possui, como é o caso do ex-Tivoli Lido, que renasceu all inclusive pelas suas mãos e o Quinta do Sol que é adults Only. agora, prepara-se a ampliação do Enotel Golf, que incluirá uma clínica médica, a mesma de Porto de Galinhas, numa “clara aposta no segmento turístico de saúde”.

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2013 / NOvEMBrOHotelaria

Sofitel the Palm dubai, a nova jóia de Palm Jumeirah

SOFITEL ThE PALm rESOrT, um sofisticado resort caracterizado com a temática tradicionalmente polinésia,

captou o interesse local e tem vindo a receber as críticas mais positivas por parte de visitantes e hóspedes, desde a sua abertura em julho de 2013. Localizado entre os tranquilos pomares de Palm jumeirah, o resort encontra-se encapsulado num perímetro de 500m de praia, o que permite aos hóspedes beneficiar de uma fantástica vista para o mar, até às margens do Este Crescente.a nova pérola do Palm, uma adição preciosa ao significativamente crescente portfólio da Sofitel Luxury Hotels em torno do Mundo, prepara-se para se tornar um destino de excelência para viajantes internacionais, regionais e locais. apre-senta sete restaurantes de autor, o popularíssimo SoFit and SoSpa e instalações de topo de gama para a realização de conferências.Com uma área total de mais de 100.000 m2, a distinta oferta de luxo francesa do Sofitel The Palm resort é envolvida por elementos ricos e icónicos da cultura e da civilização polinésia. abundante na sua surpreendente arquitectura orgânica e em singelos jardins verticais, o resort reflecte um espírito intemporal e uma sedução tropical.ao mesmo tempo que evoca uma sensação de se-renidade e calma, o resort proporciona aos seus hóspedes experienciar os luxos do “art de vivre” francês, num cenário tranquilo e relaxante.Os 361 quartos e suites do hotel apresentam acabamentos de cristal de rocha e quartzo ver-de nos quartos-de-banho e amenities francesas, como Lanvin e Hermes, no conceito MyBed, da Sofitel – uma cama de penas com um edredão extraleve, e ainda varandas privadas. Os hóspedes podem escolher entre as opções Luxury, junior Suite, Prestige Suite, Beach Suite, Opera Suite; ou entre as magníficas Beach villa, com cober-tura e piscina, ou Palm Suite, para a experiência definitiva de oferta de quatro quartos, localiza-ção superior e terraço provado.Para estadias longas, os hóspedes são convidados a escolher uma das 182 residências, integralmen-te funcionais, com um, dois ou três quartos, a es-colha ideal para famílias com crianças.a viagem gastronómica a cozinhas de todo o Mundo no Sofitel The Palm Dubai inclui o Ma-nava, um restaurante aberto durante todo o dia, o Moana, um restaurante contemporâneo, com uma fachada polinésia, que inclui um sushi coun-ter e um bar de ceviche e o Studio du Chef, es-pecializado na moderna cozinha francesa, focada

em queijos e vinhos, que proporciona a experiên-cia intimista de uma cozinha privada, com capa-cidade para seis pessoas.O hotel apresenta ainda a churrasqueira Por-terhouse; e o Hong Loogs, uma galeria de arte com cozinha chinesa, autênticos rituais de chá e uma espantosa decoração asiática.Estão também presentes o Cha House, que os-tenta uma selecção de 70 especialidades de cá, o Bottega italian Deli, o Maui Beach restaurant & Bar, o Habano Cigar Lounge e o Lobby Lounge.Para os hóspedes mais jovens, existe o amura Kid’s Club & restaurant, onde as crianças po-dem fazer novos amigos, criar projectos diverti-dos com recurso a materiais simples, à tradição polinésia, e ainda tocar bateria – tudo sob a su-pervisão de pessoal qualificado.O clube nocturno 2Liv proporciona diversão em três andares, com terraço, e um enérgico dance club.O hotel também permite a realização de confe-rências, incentivos, eventos e casamentos. O ins-pired Meeting™ planners, o “state-of-the-art” do equipamento audiovisual e das infra-estrutu-ras de negócios, inclui uma sala de festas com a herança do design polinésio e capacidade para 700 pessoas.O So Spa ocupa 2.500 m2 e inclui 28 salas de spa, com tratamentos tradicionais do Tahiti. O So Fit, conceito de fitness do Sofitel, proporciona aos visitantes o topo de gama de equipamento de ginásio, incluindo máquinas de cardio fitness, com ecrãs LCD.

O

O HOTEL MARINA ATLâNTICO, em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, completa nove anos de idade. Foi a 25 de outubro de 2004 que foi inaugurou este hotel de 4 estrelas no centro da cidade de Ponta Delgada. Com uma arquitetura arrojada, benefi-ciando de uma localização soberba, de frente para o mar e a marina, este hotel não deixa ninguém indiferente.

Passados estes nove anos, o Hotel Marina Atlântico é uma referência na hotelaria local.Nas palavras do diretor desta unidade, “o trabalho permanente e consistente de todos os que aqui prestam o seu serviço diariamente, é a garantia do sucesso que tivemos, e certamente teremos no futuro. É também uma oportunidade para agradecer a todos, com um enorme sorriso, este esforço e o sentido profissional, aliado a um elevado sentido de compromisso, com que todos dedicam à sua empresa.”A Bensaude Turismo Hotéis felicita toda a equipa, pelos 9 anos que posicionaram o Hotel Marina Atlântico como um hotel de indiscutível referência.

O HILTON VILAMOuRA As Cascatas Golf Resort & Spa acaba de lançar o Club H20, um cartão de fide-lização gratuito destinado não só aos hóspedes do hotel mas também aos residentes em Vilamoura.“A comunidade local é, para nós, tão importante quanto os nossos hóspedes. Por esse motivo, criámos o Club H20: mais que um cartão esta é uma nova cultura que tem como objetivo envolver a população local nas mais diversas atividades que vamos realizar no hotel ao longo dos próximos meses”, afirma David Ecija, diretor geral do Hilton Vilamoura.

hotel Marina atlântico comemora aniversário

hilton Vilamoura lança cartão Club h20

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OUTIqUE hOTEL dE INSPIrAÇÃO ArT déCO situado no místico vale das Furnas, na ilha de S.Miguel, o

Terra Nostra Garden Hotel reúne todas as condições para uma deslumbrante e relaxante estada no arquipélago dos açores. Com o seu imenso verde circundante, aqui en-contra-se a harmonia perfeita entre natureza e charme. Quatro meses após a renovação do Terra Nostra Garden Hotel, pode dizer-se que o balanço do que tem sido a experiência dos clientes é muito positi-vo e a verdade é que todas as expectativas foram ultrapassadas. Envolto em paisagens extasiantes oferecidas pelo Parque Terra Nostra, o Hotel oferece aos seus clientes diversas experiências que o levarão em viagens sinestésicas.

guest exCLusiVe therMaL Bath! “O banho e a nascente são as duas coisas que mais convêm ao exterior e ao interior do homem, ao le-vantar da cama” - Henry Bullar, 1838.Esta é uma daquelas experiências obrigatórias! a experiência de um banho no tanque de água ter-mal tépida, apela a todos os sentidos, estimulando cada um destes através de diferentes proprieda-des vindas do Parque Terra Nostra e do vale das Furnas, a maior hidrópole do Mundo. Momentos de descontração em total privacidade no ambien-te único do parque, para que, no final, cada um dos seus cinco sentidos tenha apreendido uma nova sensação.O banho pode ser um banho termal privado, ou incluir técnicas de relaxamento em meio aquáti-co. a água, proveniente do interior do vulcão das Furnas, é naturalmente rica em minerais úteis ao equilíbrio da pele. Esta experiência inclui ainda uma série de mi-mos, tais como, chinelos personalizados, roupão e toalhas aquecidas, e um pequeno-almoço Guest Exclusive, servido nas margens do tanque termal. Esta experiência termina com uma agradável massagem no Wellness Place, onde o hóspede é recebido, com um ritual de boas-vindas e é de-pois acompanhado ao tanque termal por uma terapeuta. Trata-se de usufruir de momentos úni-cos em que o hóspede é o centro das atenções. Temos tido um extraordinário feedback de quem já experimentou este produto!

Water surrOunDings!“Anyone who thinks that sunshine is pure happiness has never danced in the rain” - ritu Ghatourey.apesar de certamente encontrar muito o que fa-zer dentro do hotel, se a chuva aparecer, os clien-

tes são convidados a participar numa experiencia sensorial inesquecível!Equipados com galochas e com impermeáveis, os clientes vão divertir-se à grande debaixo de chuva para o Terra Nostra Garden! Passeios pela ser-pentina de água e pelos recantos mais românti-cos e rústicos, num desafio ao nosso interior e às nossas zonas de conforto, aceitando plenamente a Natureza e os seus elementos! Sentir e absorver a chuva no corpo, rir e dançar ao sabor das báte-gas de água, no meio de vapores de águas tépidas, pode transformar a sua ideia acerca da chuva e conceitos de bem-estar! acredite, trata-se de uma experiência única!

O nOVO COnCeitO DO restaurante tnO restaurante TN tem fortes ligações às tradi-ções, costumes e produtos locais. a ideia foi a de trazer estes valores para a contemporaneidade com a sua própria marca, apostando em ofere-cer experiências diferenciadoras e memoráveis numa atmosfera relaxante e de cumplicidade.Uma oferta “à Carta”, onde para além da rein-terpretação dos pratos mais “Clássicos”, como os Filetes de abrótea, Bifes e Cozido, encontra-mos uma cozinha de fortes ligações aos açores, com um ligeiro toque contemporâneo e uma aposta numa apresentação sofisticada. No restaurante transparece a preocupação em

BO melhor hotel dos Açores para relaxar

terrA nostrA gArden Hotel

ESTE ANO, OS hOTéIS BENSAUdE convidam mais uma vez a entrar no novo Ano de uma forma que vai recordar e querer repetir durante muitos anos.Em Ponta delgada no hotel marina Atlântico, em Angra do heroís-mo no Terceira mar hotel, ou na horta, no hotel do Canal, os hotéis Bensaude conceberam diferentes propostas mas que em comum têm a qualidade e a excelência de serviço de uma marca que tem definido a hospitalidade açoriana desde 1935. Consulte as ofertas e os preços especiais para o hotel marina Atlântico, o Terceira mar hotel e o hotel do Canal, e leve consigo para 2014 apenas as coisas boas!Para saber mais, visite o site ou contacte diretamente a Central de re-servas do Grupo, conheça os todos os programas especiais e prepara-se para uma aventura nos Açores!www.bensaudehotels.comwww.parqueterranostra.com

Fim de ano com os hotéis Bensaude

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servir pratos de uma cozinha honesta e susten-tada, que prima por utilizar produtos frescos, sazonais e locais da mais alta qualidade. Outro elemento principal da sua cozinha são as ervas frescas e aromáticas, com a criação de uma das maiores coleções dessas plantas no Terra Nostra Garden, contando assim transpor-tar os clientes, através do parque, numa viagem sensorial. Tal como prometido, a Carta do restaurante TN foi renovada recentemente (a 4 de novembro), com a inclusão de pratos adequados ao outono e inverno. Esta carta já foi alvo de referências muito positivas, divulgadas por um grupo de

reconhecidos críticos gastronómicos e bloggers açorianos. vai manter-se até abril do próximo ano, e há pratos verdadeiramente surpreenden-tes, como sejam o Carpaccio de Beterraba com grão, acelgas, limão galego e avelãs, ou o Cevi-che de peixe fresco com citrinos e coentros, ou ainda o Crocante de alheira de santa maria com chutney de maçã das furnas. a seguir poderá emocionar-se com o Tagliatelle de Lulas com arroz negro e aioli de açafroa, só para citar um exemplo! Para terminar a refeição em beleza, a escolha poderá recair sobre um Fondant de Chocolate com gelado de nata chá verde ou o Pudim de Queijo velho de São Miguel com gela-do de Tomarilho!! Pequenas delicias que fazem deste restaurante um local de paragem obriga-tório!

Carta De VinhOs entre as MeLhOres De POrtugaL

Uma nota de acidez ou de aroma pode muitas vezes fazer a diferença entre um bom prato e um prato memorável e foi com esse cuidado em mente que a equipa do Terra Nostra Garden Ho-tel preparou a Carta de vinhos para acompanhar a nova ementa do hotel, desenhada de raiz para ser uma experiência gastronómica de excelência. Por isso, foi com grande satisfação que os Ho-téis Bensaude receberam a notícia de que a Carta de vinhos do Terra Nostra Garden Hotel se encontrava entre as 30 melhores do País, de acordo com a prestigiada revista de vinhos, uma publicação que distingue e celebra a ex-

celência do vinho e que no passado dia 11 de novembro, no âmbito da Feira “Encontro com o vinho e Sabores”, distinguiu o restaurante TN, com uma menção honrosa na qualidade da “Melhor Carta de vinhos regional”. Segundo Carlos rodrigues, o diretor do Hotel, “Este prémio coloca o restaurante Terra Nos-tra no panorama nacional e releva o nosso con-tributo para a sustentabilidade do nosso destino turístico como um dos nossos grandes objetivos em termos de projeto. É um prémio que, colo-cando os açores em evidência também, muito nos honra enquanto embaixadores dos Produtos açorianos”. De escolha criteriosa, a carta de vinhos do res-taurante Terra Nostra encontra correspondên-cia no programa da renovação do hotel, eviden-ciando um posicionamento muito claro ao nível da vertente gastronómica.Concebida por Manuel Moreira, o prestigiado escanção foi simultaneamente responsável pela seleção dos vinhos e pela preparação de uma equipa jovem, mas absolutamente dedicada ao culto do vinho, que dá o devido suporte a uma carta que contou com a sólida parceria da loja a vinha Garrafeira, determinante para a cria-ção desta ambiciosa carta de vinhos, única nos açores.Porque nada é mais importante do que o seu bem-estar, deixe a Natureza tratar de si. Prepa-rar-se para uma experiência de 360º no univer-so do vale das Furnas e do Terra Nostra Garden Hotel.

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ICArdO GONÇALVES é o novo administra-dor da Hoti Hotéis. a

contratação surge numa altura em que o grupo prepara a sua internacionalização, com o de-senvolvimento de um hotel em Mo-çambique. O profissional era, até à altura, senior manager na Deloitte, de consultoria da indústria de Tou-rism, Hospitality & Leisure.a administração do Grupo hotelei-ro passa a ser composto por Hen-rique Ferreira, Miguel Proença, Carlos Proença, Maria josé Cata-rino e ricardo Gonçalves.Miguel Proença, administrador do grupo hoteleiros, explicou que “sentimos que com o desenvol-vimento da cadeia e com a ne-cessidade de internacionalização, precisávamos de uma maior pro-fissionalização, ou seja, termos a capacidade de promovermos a expansão do grupo com um dina-mismo completamente diferente. até agora temos desenvolvido o grupo numa base sólida, isso vai manter-se, mas o objectivo é posi-

cionarmo-nos de uma forma ainda mais profissional no âmbito do de-senvolvimento de novos projectos e novas parcerias”.Em Portugal, o grupo vai abrir, até ao final do ano, o Tryp Lisboa ae-roporto e procura, de acordo com Miguel Proença, “uma localização para um grande hotel Melia” na capital portuguesa.Em Moçambique, a Hoti Hotéis tem um hotel em desenvolvimento de 174 quartos, o maior de Mapu-to, cujas obras decorrem em bom ritmo, e classificação de quatro estrelas. a unidade, que deverá denominar-se Mozastar, conta com parceiros locais num investimento que ronda os 18 milhões de dóla-res. a abertura está prevista para final de 2014.Manuel Proença revelou que a nova unidade, localizada numa zona de negócios – um mercado atrativo e a crescer em Moçambi-que -, terá um conceito urbano e moderno e faz parte de um com-plexo de escritórios e habitação num conjunto de seis edifícios.

Esta associado a um Spa com 3 mil m2 (a maior de Maputo) e vai oferecer duas esplanadas, uma no rés do chão e outra no 15º piso, bar restaurante e salas de reuniões com capacidade total de 500/600 pessoas.já o hotel TrYP Lisboa aeroporto abre as portas em dezembro, com inauguração oficial prevista para março de 2014. De acordo com Manuel Proença, “temos a vanta-gem de ser o único hotel no aero-porto e daí oferecer vários servi-ços 24 horas, sendo que será uma

unidade com muita rotatividade de hóspedes. as tripulações é uma clientela a explorar”. Com 168 quartos – dos quais oito suites e uma Suite Presidencial – o hotel fica situado a apenas 200 metros do Terminal 1 do aeropor-to internacional de Lisboa, frente à Segunda Circular.a unidade irá dispor de serviço wi-fi em todos os quartos e áreas comuns, área de reuniões e eventos designada de “Tryp Lisboa Cen-ter”, com 1500 m2 de salas de reunião, convenções e banquetes, Wellness Center (com duche vichy, spa jet, massagens e todo o tipo de tratamentos e área de descanso), ginásio aberto 24 horas, piscinas exterior e interior, banho turco, sauna e hidromassagem, e restau-rante de gastronomia regional e internacional.Os hóspedes podem ainda usufruir do serviço de cafetaria disponível 24 horas, room service, serviço de lavandaria e parque de estaciona-mento. a decoração obdece a um conceito ligado à aviação.

rGrupo vai abrir unidades em Lisboa e maputo

riCArdo gonçAlVes é noVo AdministrAdor dA Hoti Hotéis

AS uNIDADES DE ALOJAMENTO TuRíSTICO PORTuGuESAS obtiveram de janeiro a setembro uma média de 36,2 euros de receita de quartos por quarto disponível (RevPAR), em alta de 5,2% ou 1,8 euros relativamente aos primeiros nove meses de 2012, de acordo com dados publicados pelo Turismo de Portugal (TP). A informação do TP apenas especifica a evolução da taxa de ocupação, indicando um aumento em 1,7 pontos (+3,1%), para 56,4%, mas a partir desses dados é possível ver que a subida da RevPAR também se deve, ainda que de forma menos significa-tiva, a um aumento do preço médio dos quartos, em 2,1% ou 1,3 euros, para 64,2%. As três regiões onde os estabeleci-mentos de alojamento turístico estão com maiores subidas da RevPAR este ano são Madeira, Açores e Algarve,

que são precisamente as que têm as subidas mais fortes da taxa de ocupação. Os estabelecimentos da Madeira têm um aumento da RevPAR em 10,9% ou 3,7 euros, para 37,8 euros, embora o preço médio de quartos tenho um aumento de apenas 0,8% ou 0,5 euros, para 56,1 euros, porque a taxa de ocupação sobe 6,1 pontos (+10%), para 67,4%. Mais flagrante é o caso dos Açores, onde a RevPAR sobe 6,8% ou 1,7 euros, para 26,8 euros, apesar do preço médio de quartos ter a queda mais forte destes nove meses, em 3,2% ou 1,7 euros, para 52 euros, porque a taxa média de ocupação sobe 4,8 pontos (+10,3%), para 51,5%. Já no Algarve, a ‘distribuição’ é mais equilibrada, embora com prevalência da evolução da taxa de ocupação. A

RevPAR nesta região sobe 6,2% ou 2,7 euros, para 46,3 euros, por subida da taxa de ocupação em três pontos (+5%), para 63,5%, e aumento do preço médio dos quartos em 1,2% ou 0,8 euros, para 72,9 euros. Os estabelecimento da região de Lisboa são os que têm o quarto aumento mais forte da RevPAR nos primeiros nove meses deste ano, em 5,6% ou 2,5 euros, para 47,5 euros, mas com a particularidade de o prin-cipal factor ter sido a subida do preço médio, em 3,9% ou 2,8 euros, para 73 euros, embora também a ocupa-ção tenha melhorado, em um ponto (+1,6%), para 65,1%. uma situação semelhante ocorre no Porto e Norte de Portugal, onde a RevPAR sobe 4,3% ou 1,1 euros, para 26,6 euros, por subida da taxa de ocu-pação em 0,8 pontos (+1,7%), para 47,6%, e aumento do preço médio dos

quartos em 2,6% ou 1,4 euros, para 55,9 euros. Centro e Alentejo são as únicas regiões onde nestes nove meses os estabelecimentos de alojamento turís-tico têm quedas da RevPAR, porque também são as únicas a ter quedas das taxas de ocupação. No Centro a RevPAR baixa 3,3% ou 0,6 euros, para 17,8 euros, por queda da taxa de ocupação em 1,2 pontos (-3,1%), para 37,3%, e uma ligeira descida do preço médio de quartos, em 0,1% ou 0,1 euros, para 47,7 euros. No Alentejo, a queda da RevPAR, em 3,1% ou 0,8 euros, para 24,9 euros, vem exclusivamente da descida da taxa de ocupação, que baixa 2,4 pon-tos (-5,6%) para 40,7%, ‘anulando’ assim a subida do preço médio dos quartos em 2,6% ou 1,6 euros, para 61,2 euros.

Janeiro a setembro: revpar cresce 5,2% na hotelaria portuguesa

O Hotel dos Templários está localizado num dos maiores patrimónios Históricos e verdes de Portugal. O hotel possui 5 suites duplex e 172 quartos totalmente equipados com TV satélite, minibar e ar condicionado. Dispõe de restaurante panorâmico, bar, sala de jogos, piscina interior aquecida e piscina exterior, Health Club, ténis, parque para crianças e heliporto tudo isto, junto da melhor zona comercial da cidade.

Largo cândido dos reis, 1, 2304-909 tomar • tel. (+351) 249 310 100 • Fax:(+351) 249 322 191 • e-mail: [email protected]

www.hoteldostemplarios.com

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JUdAr A CONSTrUIr Um “FU-TUrO mELhOr” para o algarve, que “se conseguirá atenuando os

efeitos da sazonalidade” foi o objetivo da Cimeira da CTP que decorreu em vilamou-ra, que pretende ser um “encontro de ideias e de partilha de experiências”, afirmou o presi-dente da Confederação do Turismo Português no discurso de abertura. “Todos sabemos que precisamos de um al-garve mais forte, mais competitivo, mais criativo, mais diferenciado e mais dirigido para as novas necessidades dos turistas que o procuram”, afirmou Francisco Calheiros na sua intervenção, deixando também algumas “million-dollar questions” relativamente ao turismo no algarve: “mas estaremos em con-dições de dar mais do que Sol e Mar aos tu-ristas que nos visitam? Será a sazonalidade uma ameaça ou uma oportunidade para o tu-rismo algarvio? E como podemos atrair mais estrangeiros a adquirir residência na região?” No essencial, dois grandes temas preencheram um dia de cimeira. Um foi dedicado à questão da sazonalidade e de que forma podemos com-batê-la e outro ao Turismo residencial como estratégia de desenvolvimento para o algarve.Todos os diagnósticos já há muito que estão feitos, fator referido pelos vários intervenientes. O que falta, e também foi dito, continua-se a não passar de planos de intenções e a ser neces-sário um concertado esforço conjunto público-privado e vontade política.“Hoje ninguém duvida da importância do se-tor do Turismo para o desenvolvimento da economia”. Foi com esta frase que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, se dirigiu aos empresários do turismo nacional no final da ii Cimeira do Turismo Português. O governan-te realçou os resultados positivos que o setor tem registado nos últimos tempos e o seu forte contributo para a criação de emprego no país: “Em Portugal, o Turismo contribui com mais de 9% do produto interno e representa cerca de 400 mil postos de trabalho direto, o que corres-ponde a praticamente 8% do total de emprego nacional”.Pedro Passos Coelho detalhou ainda que as exportações no turismo “crescem há 45 meses consecutivos e nos últimos meses esse cresci-mento intensificou-se”, tendo mesmo atingido “recordes históricos” em alguns dos mais rele-vantes indicadores.O primeiro-ministro atribuiu o mérito dos resul-

tados registados aos “empresários, trabalhado-res e a todos os agentes envolvidos”, resultados esses que “contribuíram para o notável ajusta-mento externo que temos vindo a fazer”.O executivo salientou ainda algumas medidas que o Governo tem adoptado para reforçar a competitividade das empresas e o aumento do investimento, nomeadamente a reforma do irC, referindo que “não nos esquecemos que a res-tante carga fiscal também tem de ser corrigida, mas queremos corrigi-la paulatinamente de for-ma a podermos baixá-la de modo permanente”.O primeiro-ministro admitiu, perante uma pla-teia repleta de empresários do turismo, que o Governo pretende baixar a carga fiscal. “Quere-mos fazê-lo, baixando-a de forma permanente. É por isso importante efetuar reduções estrutu-rais na despesa pública”. E disse acreditar que a reforma do irC irá “beneficiar o sector do turismo”.“as mudanças legislativas vão criar um am-biente mais propício ao investimento”, acres-centou Passos Coelho, para reiterar que “o País tem dado mostras de uma grande determina-ção em rejeitar situações que possam envolver grande instabilidade, seja ela de natureza poli-tica, social ou económica”.Quanto à evolução da dívida, o primeiro-minis-tro português afirmou que “em 2014 iremos travar o seu crescimento e começaremos a re-duzi-la. Este é um facto de maior importância e que nos dá esperança de futuro”. assim, “de-

vemos abraçar este projecto estrutural de aber-tura da economia e da sociedade portuguesa”.

VaLOrizar Os POntOs OnDe POrtugaL É Mais FOrte

Pires de Lima defendeu a promoção do desti-no Portugal através de “uma proposta de valor qualificada e diferenciada, baseada na riqueza e atributos do país, e na capacidade competi-tiva dos agentes do sector sem esquecer, numa perspetiva de crescimento, quais são as nossas imagens de marca”.Neste sentido, o ministro realçou, que não se deve desvalorizar o principal produto turísti-co de Portugal, o Sol e Mar: “Só podemos ser mais fortes se valorizarmos os pontos onde so-mos fortes. (…) O produto Sol e Mar é e terá de continuar a ser uma âncora, não apenas no algarve, para o crescimento e de amadureci-mento de outros produtos complementares, como o Golfe, Turismo residencial e Turismo de Saúde”.Entre os produtos que podem esbater a sazona-lidade, o ministro da Economia salientou o Tu-rismo residencial. Nesta área, foram lançados os vistos ‘Gold’, que dão privilégios aos estran-geiros fora do espaço Schengen que investirem um mínimo de 500 mil euros em imobiliário tu-rístico. Segundo Pires de Lima, através deste sistema o Governo prevê investimentos de 300 milhões de euros só em 2013. “Temos apostado neste produto que foi estruturado pelo governo e que tem promovido em conjunto com os pri-vados. O sistema dos visto ‘Gold’ vai permitir a entrada de capitais em Portugal cerca de 300 milhões de euros em 2013, não é coisa pouca”. O responsável salientou que na recente missão empresarial à rússia, o Turismo residencial foi um dos temas mais abordados pelos investido-res russos.Pires de Lima anunciou ainda um esforço do apoio do Estado à associação Portuguesa de resorts, para que possa promover a oferta exis-tente.O ministro da Economia sublinhou a importân-cia do combate ao alojamento paralelo e nesse sentido, “nos primeiros meses do próximo ano”, o Governo vai apresentar o diploma do aloja-mento local.

POrtugaL PreCisa De “se LiVrar Das garras Da ‘trOika’”

O líder da Forbes Media defendeu que o Banco Central Europeu se deve centrar em dois pa-

a

II Cimeira da CTP defende um Algarve mais forte, competitivo, criativo e diferenciado

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péis: “estabilizar o euro e lidar com o pânico financeiro”. Na visão deste norte-americano, os países devem liderar “missões específicas, em vez de aumentarem as barreiras regulatórias”.Os países europeus “não precisam de uma polí-tica de unidade ainda maior. Precisam de uma mentalidade de confederação e não de federa-ção”, sublinhou Steve Forbes durante a Cimeira do Turismo, promovida da CTP.O presidente da Forbes Media, Steve Forbes, defendeu que tanto a Europa como os EUa precisam de moedas fortes. “O euro não deve ser colocado em dúvida por haver problemas de crédito”, disse o magnata.“a chave do futuro é ter outra vez o dólar forte e o euro também e aí veremos uma economia mais forte”, acrescentou o norte-americano.Para este responsável, a crise em Portugal e noutros países “é uma crise de crédito e não do euro e quanto mais os políticos perceberem isso, melhor. Não é uma crise de moeda”.Falando sobre os impostos, Steve Forbes de-fendeu que Portugal deverá baixar os impostos para incentivar a economia. “a chave para a estabilização são os impostos, os impostos são um fardo”.“Estão num ciclo difícil, mas este País tem um enorme potencial”, sublinhou o empresário, rei-terando que “os impostos são um fardo. O dono da revista Forbes defendeu que há mui-tas oportunidades no turismo, nomeadamente “no turismo médico. Com bom preço e qualida-de, os turistas vão querer vir”.O responsável recordou que a internet é um dos instrumentos fundamentais para o setor poder dinamizar o seu produto. “Se queriam ir para os EUa, tinham que gastar milhões de dólares, agora com a internet podem fazer muito mais barato. Podem criar conteúdo, todos vocês. Fo-quem-se em áreas específicas”.aliado a esta aposta, Steve Forbes apelou à criação de incentivos fiscais, para promover o investimento e captar mais turistas. “Têm que

dar incentivos fiscais. Não tenham medo, isso trará mais receita. Tornem-se virais. Um regime fiscal apelativo é a solução”, realçou.“Não há razão nenhuma para Portugal não poder fazer reformas no sector público e cres-cer ao mesmo tempo. Há formas próprias de avançar reestruturações e fazer a economia crescer”, sublinhou Forbes. “E as reformas in-fraestruturais são mais fáceis de fazer com a economia a crescer”.Steve Forbes sustentou que em Portugal foi “um grande erro” aumentar o iva nos restau-rantes, que no país “os impostos são altíssi-mos” e que no caso dos trabalhadores os atuais impostos “são verdadeiros ‘job killers’ (destrui-dores de emprego)”. O empresário mostrou-se confiante nas potencialidades de Portugal, cuja primeira prioridade deve ser “livrar-se das garras da ‘troika’” e encetar uma política de redução e incentivos fiscais para alavancar o crescimento.

aPrOVeitar ainDa Mais esta FOnte De renDiMentO

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, quis marcar presença na Cimeira do Turismo, deixando uma mensagem ao sector: “Portugal e outros países podem aproveitar ainda mais esta fonte de rendimento”.Numa mensagem gravada, Durão Barroso fa-lou para uma plateia cheia de personalidades do setor do turismo. O presidente da Comissão Europeia recordou que “o Tratado de Lisboa conferiu em 2007 novas competências para o turismo que reforçaram a imagem do turismo na Europa”.Num setor que pesa 10% do PiB europeu e emprega 12% da população activa, “a Comis-são Europeia está a pôr em prática uma agen-da que vai beneficiar Portugal”.Durão Barroso enumerou que o objetivo desta agenda é captar mais turistas internacionais, criar mais produtos turísticos para a época bai-

xa, nomeadamente ao nível do turismo sénior e do turismo cultural, e apostar na formação de recursos humanos qualificados.“O turismo precisa de profissionalismo e capa-cidade de gestão”, acrescentou o responsável. alem disso, a Comissão Europeia irá promover, em Portugal, parcerias entre empresas portu-guesas e de outros países europeus.“Este é um setor dinâmico e isso são muito boas notícias para Portugal”, disse Durão Bar-roso. O presidente da Comissão Europeia irá marcar presença na cimeira do turismo que ocorrerá em Berlim, “para chamar a atenção para as potencialidades do setor em Portugal e na Europa do Sul que precisam de apostar num turismo de qualidade”.

uM aLgarVe COMPetitiVO PeLa DiFerenCiaçãO

Em relação à sazonalidade, o presidente do Tu-rismo do algarve, Desidério Silva, afirmou que já viu “muitas vezes o filme da região das contra-dições” – a rebentar pelas costuras em agosto, fechada nos meses de inverno. “Tem sido sempre o mesmo filme ao longo dos anos – não me con-formo, quero ver outro filme, com outro guião.” Numa crítica direta às novas propostas do Governo para o sector, afirmou: “Os desa-fios do futuro passam por dotar o algarve de meios financeiros para a sua própria pro-moção, e não esvaziar a região da sua pró-pria autonomia, porque somos nós que sa-bemos onde e como nos devemos promover.” O presidente do Turismo do algarve, Desidério Silva, apelou à TaP para que crie novas rotas aéreas de ligação a Faro, sobretudo a partir de cidades europeias, para captar mais turistas para a região.Para Desidério Silva, “a realização desta cimei-ra aqui no algarve, com o objetivo de pensar-mos e construirmos o futuro desta região e ao mesmo tempo tentar encontrar soluções para esbater a sazonalidade não poderia ser mais

oportuna. Este algarve que tem uma imagem extraordinária quer a nível nacional quer a ní-vel internacional, mas que nos últimos anos não tem tirado partido nem tido proveitos dessa re-alidade. Este algarve que de uma forma geral todos elogiam, mas que na hora da verdade e de algumas decisões, nem sempre o que foi feito e decidido foi de acordo com os interesses da região”.O responsável afirmou que “este algarve tem tudo para se afirmar como um destino de qua-lidade e de excelência. Este algarve não pode ser competitivo pelos preços baixos, mas sim pela diferenciação quer dos serviços quer dos produtos, por isso é importante investir na for-mação de quadros e de pessoal especializado nos diferentes serviços a prestar. Também nos produtos como o Turismo de Saúde, Turismo Sénior, Turismo Natureza, Turismo Desportivo, Turismo acessível, Turismo Náutico e de Mer-gulho, Turismo Cultural e Património, a Gastronomia e os vinhos devem fa-zer parte de uma oferta global e in-tegrada. Este algarve precisa de uma vez por todas que os agentes do sector trabalhem em conjunto, trabalhem em rede, partilhem experiências, inovem, e vejam a região como um todo e não como um conjunto de quintas e quinti-nhas. Este algarve que se debate com fortes problemas de sazonalidade, é um algarve que não pode fechar! É um algarve que tem de se continuar a promover todo o ano, e que não pode ser uma região de contradições.Desidério Silva referenciou, no en-tanto, alguns constrangimentos que afetam este algarve, e que de forma indireta afectam também o País, des-tacando “as portagens e do seu efeito negativo no mercado Espanhol. Falo da questão do iva na restauração e no golfe em competitividade direta com o mercado Espanhol e aos in-comportáveis custos de contexto a que estão sujeitas as empresas do se-tor turístico. Falo da degradação da estrada nacional 125, e a imagem ne-gativa quer para os turistas quer para os residentes. Falo na falta de financiamento para as autarquias prestarem serviços públicos de qualidade nas áreas de Saneamento, Águas, Limpeza, recolha de resíduos, requalifica-ção e regeneração Urbana, acessibilidades e Transportes Públicos e como sabemos, de pou-co servem os grandes investimentos hoteleiros e outros, se os serviços públicos envolventes não funcionarem em pleno”.O responsável não esqueceu, também “da im-portância de se rever os planos de ordenamento do território, de modo a estarem mais flexíveis

sem pôr em causa a defesa do território. Falo da gestão da orla costeira onde várias entida-des opinam e tutelam o mesmo espaço, além da necessidade urgente de investimento nas infra-estruturas marítimas da região. E falo também da necessidade urgente da criação de uma rede de transportes na região. Tem de haver articu-lação entre agricultura, as Pescas, a Fruticul-tura e outros com o Sector do Turismo”.

CtP Põe a MãO na FeriDaFrancisco Calheiros, presidente da Confedera-ção de Turismo Português, mostrou, no seu dis-curso de encerramento, a disponibilidade do se-tor em continuar a contribuir com os resultados positivos para a economia: “Senhor primeiro-ministro, tem aqui o compromisso dos empre-sários do turismo de que tudo farão, para que através da capacidade empreendedora que vêm revelando, em converter o país e os seus desti-

nos, e o algarve em particular, num destino de excelência e grande contribuinte no aumento da riqueza nacional”.O presidente da CTP realçou, na sua inter-venção, o papel da agência Nacional para a Promoção Turística, que “deverá arrancar em 2015”, como dinamizador do turismo nacio-nal fora de portas. Para Francisco Calheiros, “sem promoção todos os nossos esforços serão em vão. Temos que nos fazer conhecer e dar a conhecer”. O presidente da CTP considera en-tão que “para que tal objetivo seja eficazmente

alcançado, o Governo, através da Secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, entendeu e bem o papel fulcral da promoção na dinamização do sector do turismo e na atração de mais turistas, estando então todos empe-nhados na criação da agência Nacional para a Promoção Turística. Este novo modelo deverá arrancar em 2015, numa gestão partilhada en-tre entidades públicas e privadas”.O responsável chamou ainda a atenção ao Go-verno relativamente à alta carga fiscal e aos elevados custos de contexto com que os empre-sários turísticos se deparam. Para Francisco Calheiros, tendo em conta que estamos a poucos meses do fim do Programa de ajustamento Económico e Financeiro, “este é o momento certo para investir no setor fun-damental para a recuperação da economia, este é o momento para intensificar a promoção tu-rística, facilitar o financiamento e diminuir a

carga fiscal, para reforçar a sua com-petitividade”. Falando para o sector o responsável lembrou também que “este é o mo-mento para que tenham uma visão estratégica e capacidade de inovação de ir ao encontro das expectativas dos turistas”. Segundo Francisco Calheiros, “se o al-garve estiver bem, todos beneficiam”, razão pela qual é necessário combater a sazonalidade e promover o turismo residencial numa região com “todas as condições para se evidenciar, a ní-vel mundial”, neste segmento e que integra, atualmente, o ‘Top 10’ dos destinos mundiais mais procurados para compra de casa no estrangeiro. “Também é preciso que haja uma aposta séria da parte das entida-des públicas e privadas na promo-ção desse segmento [turismo resi-dencial] de negócio, principalmente junto de novos mercados, como é o caso da rússia, Índia, China e Bra-sil, que, pela capacidade financeira que detêm, se podem constituir como importantes clientes”, sublinhou. O presidente da CTP mostrou-se ain-

da preocupado com o encerramento de muitas unidades hoteleiras algarvias durante o inver-no, mas frisou que, apesar do ciclo económico estar baixa, acredita no futuro do algarve. “No Turismo jogamos na ‘champions league’ e competimos com os melhores do mundo. Quan-tas outras atividades económicas podem afir-mar o mesmo em Portugal? Se reforçarmos o papel do turismo residencial no algarve esta-remos a contribuir para reforçar o nosso papel enquanto setor com forte preponderância na recuperação económica do país”, concluiu.

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2013 / NOvEMBrODestaque

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Solférias e Exoticoonline voltam a colocar Brasil na boca dos agentes de viagensOBJETIVO do roadshow “Sol e Férias num Brasil Exótico” dos operadores Solférias e Exoticoonli-

ne, que juntou em Coimbra, Porto e Lisboa cerca de 500 agentes de viagens, foi voltar a colocar o Bra-sil na boca dos agentes de viagens. Uma ação que, além de apresentar um novo destino, joão Pessoa, no estado do Paraíba, “voltou a trazer os principais parceiros e produtos comercializados no Brasil ao mer-cado português”, segundo Miguel Ferreira, diretor da Exoticoonline e Sónia regateiro, diretora Comercial da Solférias. Outro dos destaques foi Manaus, considerada a porta de entrada para a amazónia, para onde a TaP passará a operar a partir do verão do próximo ano.Os dois responsáveis referiram à viajar que o Brasil passou por um período difícil, pelo facto de as Ca-raíbas estarem a ser comercializa-das a um valor muito baixo. Neste momento, com a redução da oferta para as Caraíbas, pela via do desa-parecimento do operador turístico Orizonia, e pelo facto de estar a ser vendido ao preço justo, o Brasil reto-ma a sua posição no mercado.“O Brasil, agora às portas da Copa do Mundo, teve um grande desenvol-vimento a nível de infraestruturas, de modernização de aeroportos”, destacou Sónia regateiro, pelo que o roadshow se afirmou como uma atu-alização da formação dos agentes, até porque “há muito tempo que não se realizava em Portugal um evento sobre o Brasil com esta dimensão”. além dos destinos mais conheci-dos pelo mercado português, foi apresentado joão Pessoa, no es-tado do Paraíba, que já está na brochuras dos operadores Solfé-rias e Exoticoonline e que será comercializado com transferes re-gulares a partir de Natal e recife. Os operadores, que perspetivam transportar dez mil portugueses ao Brasil até ao fim do ano, or-ganizaram nas três cidades uma ação que permitiu aos agentes de

viagens recolher material infor-mativo e promocional e assistir a apresentações sobre os destinos. O evento, com apoio da TaP e da Embratur, contou com as autori-dades de turismo dos estados do Pernambuco, Paraíba e alagoas, bem como de hoteleiros dos vários destinos comercializados pelos ope-radores. Para Miguel Ferreira, esta foi uma iniciativa importante pois “há vá-rios anos que não se fazia no país qualquer roadshow para promover o Brasil, sendo que estas ações são importantes para estarmos junto aos agentes de viagens ao nível da sua formação e capacitação”. O res-ponsável salienta também o facto de o roadshow envolver dois operadores turísticos. “independentemente de sermos concorrentes, somos apolo-gistas de que a concorrência é sau-dável, o mercado é que escolhe a quem compra. Porém, o destino que temos que promover, aqui, é o Bra-sil.” Também a Solférias encarou esta iniciativa como uma parceria para bem do Brasil.O Brasil continua a ser o principal destino da Exoticoonline, com in-cidência na Bahia, Ceará e rio de janeiro. Miguel Ferreira destacou ainda a importância da reabertura, em breve, dos escritórios da Embra-tur em Lisboa: “será positivo, pois passamos a ter um interlocutor junto ao consumidor final. Por outro lado, os operadores turísticos poderão

desta forma estar ainda mais junto dos agentes de viagens ao nível da formação no destino.” a oferta da Exoticoonline assenta em lugares garantidos nas ligações operadas pela TaP para Fortaleza, Natal, recife, Salvador e rio de janeiro. Sendo que no próximo ano também terá lugares assegurados para Manaus.a projeção indica que o Brasil poderá ultrapassar a barreira dos cinco milhões de euros para a Sol-férias, em volume de negócios. isto significará que este entra no ranking dos três melhores produtos do ope-rador. Mas promete não ficar por aqui, Sónia regateiro, diretora Co-mercial adianta que para o ano a aposta será aumentar e diversificar o produto para o destino. “Este ano já é o quarto destino mais vendido na Solférias, em termos do número de passageiros, depois de Cabo verde, Disneyland Paris e Portugal, e terceiro em volume de faturação”, disse a responsável. Quanto ao futuro, o operador pre-tende alargar a oferta de produto para o destino Brasil, aproveitando a abertura de novas ligações da TaP para aquele país. “No verão iremos lançar a amazónia a partir de Ma-naus e breve anunciaremos as nos-sas apostas para a Páscoa, em que teremos duas operações distintas em charter para o país”, conclui a res-ponsável.“a presença que temos é basica-

mente Nordeste do Brasil e o lança-mento de um novo destino na região, que foi a Paraíba, que tivemos uma boa adesão de hoteleiros e da secre-taria de Estado da Paraíba”, reve-lou Sónia regateiro, indicando que a Solférias “tem vários produtos.” “Organizamos basicamente estadas de praia, temos pacotes à medida, fazemos circuitos no Brasil, esta-mos muito vocacionados na parte Nordeste, essencialmente Fortaleza, Salvador, Natal, recife, agora joão Pessoa. E depois temos o rio de ja-neiro, com extensões a angra, Búzios e Paraty.”Também Miguel Ferreira explicou que o seu produto é “maioritaria-mente o Nordeste e a região do Su-deste. O Nordeste pela sua qualidade de resorts e oferta e diversidade de praias, destinos, cultura. O Sudeste é o rio com o seu litoral, os circuitos do litoral carioca. a grande novidade para o ano que vem será a entrada da rota da TaP para Manaus e o Belém, mais o primeiro, que já está na brochura. É interessante como porta de entrada para toda a flores-ta amazónica. Esperamos, eventu-almente, que com a Copa [Mundial de futebol] haja um tipo de produto que é o desporto, vamos ver o que vai acontecer.”Sobre os produtos para o ano Novo, em que os operados têm como um dos destinos fortes o Brasil, ambos os responsáveis mostraram-se satis-feitos com as vendas e indicaram o Brasil como um caso de sucesso.“acho que a redução de oferta para as Caraíbas e este produto estar no mercado agora ao preço justo, e não abaixo, levou a que o mercado voltasse a despertar para o Brasil”, apontou Sónia regateiro.afirmando peremptoriamente que o workshop conjunto “ultrapassou as expectativas”, que inicialmente apontavam para 300 agentes de viagens no total das três cidades e superou os 500, Sónia regateiro e Miguel Ferreira disseram que a ini-ciativa é algo a repetir, “sem dúvida nenhuma” e “garantidamente.”

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rEdE dE AGêNCIAS dE VIAGENS BESTrA-VEL teve este ano um

crescimento na ordem dos 8% face a 2012, sustentado em dois pilares – em número de passageiros e preço médio das viagens, de acordo com o seu administrador.joão Barbosa, que falava aos jorna-listas à margem da 10ª Convenção Bestravel, que decorreu no algarve sob o lema “10 anos a superar de-safios” e que contou com os profis-sionais das agências da rede e com mais de 32 parceiros, referiu que “o que se notou este ano foi uma ofer-ta muito mais ajustada à procura e não uma queda do preço como vinha acontecendo nos últimos três/quatro anos. já se conseguiu passar para o cliente uma mensagem de que ele é beneficiado na compra antecipada. aquilo que se trabalhou até 2007 em que o cliente tinha vantagens quando fazia compra antecipada e se estragou com o excesso de ofer-ta, voltou a acontecer este ano. Di-ria que estamos no ano zero para retrabalharmos o mercado para ver se conseguimos a habituação do cliente, uma vez que os viciados na compra de última hora aguardando pelas promoções, já perceberam que o paradigma mudou”.Para o próximo ano, o orçamento já está fechado e a previsão é de man-ter o mesmo número de agências de viagens e o mesmo crescimento de 2013, com enfoque “no aumen-to da rentabilidade”, realçou, para acrescentar que “nesta procura de aumento da rentabilidade temos sido obrigados a desintermediar tudo o que são destinos de proximidade não charter e estamos a começar a de-sintermediar aquilo que são as gran-des viagens”.Esta convenção, que decorreu no Salgados Grande Hotel, contou com uma apresentação à rede das potencialidades do Grupo hoteleiro, feito pelo seu diretor de Operações, Carlos Costa, e com uma palestra sobre “Foco e Sucesso na venda”, proferida por josé de almeida, cujos pormenores daremos conta na nossa

próxima edição. Os agentes de via-gens tiveram ainda oportunidade de descobrir alguns pontos turísticos do algarve, enquanto a Master Franchi-se da rede – Gecontur – participou numa mesa redonda informal com os parceiros. Depois de um workshop em que os parceiros deram a conhe-cer as suas ofertas, seguiu-se um jantar no Epic Sana algarve com a presença do presidente do Turismo da região, Desidério Silva, com en-trega de prémios.Durante a convenção, a Bestravel apresentou uma nova ferramenta. apesar de não adiantar pormeno-res, joão Barbosa disse aos jorna-listas que este instrumento, que vai funcionar quer online, quer offline “vai abordar uma faixa de clientes e potenciais reservas que não eram bem trabalhados. Estamos a falar de um universo de cerca de 35 mil clientes e que estarão disponíveis nas lojas a partir do primeiro trimestre de 2014”.No entanto, esta recuperação da rede em cerca de 8% fica, segundo o responsável, ficam àquem das per-das, em volume de negócios, acumu-lados desde 2011, que têm sido de 12% sucessivamente, anos em que as agências Bestravel aproveitaram para fazerem reajustamentos dos custos das rendas, em recursos hu-manos e salariais. a Bestravel tem igualmente reajus-tado o seu número de agências. Em 2011 foram encerradas 12 agências, em 2012 foram 11 e, este ano encer-rou mais uma, numa estabilização “simétrica ao mercado”, disse.

O facto da rede ter menos agências “não perde poder negocial”, defende joão Barbosa, para acrescentar que enquanto master, “o nosso maior ati-vo é a marca e, isto só é possível com agências de viagens que cumprem os padrões da Bestravel, seja em rela-ção a fornecedores, quer a clientes. Claro que é importante o número de agências para a marca, mas ela nas-ceu com zero e chegámos a ter 75 agências. Se está para ficar, depende do cliente. Somos olhados da mes-ma forma com quase 50 agências de viagens como quando tínhamos 20. O próprio conceito de franchising permite encolher com menos sacri-fícios e ter uma elasticidade maior do que um grupo vertical, de crescer rapidamente num momento de cres-cimento do mercado”.No rol dos destinos mais vendidos pela Bestravel constam os de pro-ximidade e Portugal, incluindo as ilhas, “uma estratégia assumida nos últimos três anos”. No entanto, a rede também aposta na comu-nicação do seu produto próprio, o que permitiu que, nos destinos de proximidade houvesse um aumento de rentabilidade em 2%. O peso do produto próprio na rede representa cerca de 15% do volume de negó-cios. O principal destino foi Portugal, seguido de Cabo verde, “que teve um grande sucesso”. Na opinião do executivo, “as caraíbas voltaram ao preço justo, o que permitiu ser um dos best sellers este ano, não só na Bestravel, e começa-se a sentir um aumento do Brasil, que vinha a per-der quota de mercado”.

Um dos fatores referidos por joão Barbosa tem a ver a quebra de ren-tabilidade. “aquilo que se continua a verificar no mercado é uma grande pressão sobre os preços, quer seja via sites, quer de algumas redes de distribuição que fazem do preço a sua principal arma, consequente-mente com uma redução de margens e um ligeiro aumento por parte do operador daquilo que não é comis-sionável no produto. isto fez com que a margem caísse quase 1% face ao ano anterior”.a Bestravel, que no início deste ano anunciou a sua entrada na área do corporate, em parceria com a FCM Travel Solutions, tem neste momen-to o projeto a meio gás. “É um pro-jeto que está em cima da mesa na Bestravel, temos parceiro com know how e o tipo de produto para o clien-te corporate. a dificuldade passa pelo facto de na grande maioria do cliente corporate, mesmo ao nível das pequenas e média empresas, continuar a ser muito importante a questão do crédito. E com a redu-ção do pagamento à iaTa passar a ser semanal a partir de 2014, não é possível essa situação. Se não houver crédito no mercado, se as agências de viagens não derem crédito, ou o cliente está disposto a pagar a pron-to ou recorrer às entidades que dão crédito, que são os bancos. Nós tra-balhamos desde sempre com paga-mentos semanais e o cliente de lazer está formato para pagar a pronto. assim, este negócio vai andando de-vagarinho e, tudo o que são empre-sas que abdicam do crédito é negócio que vamos acrescentando ao lazer”, considerou o administrador da rede.O incoming está, por enquanto, fora das pretensões da Gecontur. No entanto, algumas das agências da rede fazem-no como marca própria, atuando com micro operadores de incoming. igualmente, a anunciada internacionalização da Bestravel, com entrada no Brasil e angola está em stand by. “Se acontecerem tudo bem, mas em pôr em perigo o pro-jeto em Portugal”, considerou joão Barbosa.

arede cresce 8% este ano

João bArbosA, nA 10ª ConVenção bestrAVel no AlgArVe

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2013 / NOvEMBrO agências

mundo Abreu 2014 já mexerEPETIÇÃO dO BrASIL como con-vidado e uma brochura única com to-dos os hoteleiros e região de Turismo do algarve são os primeiros avanços

do Mundo abreu que já prepara a 12ª edição desta feira.Mais uma vez, nos dias 5 e 6 de abril de 2014, a FiL recebe a Mundo abreu, que terá novamente o Brasil como o destino convidado, num encon-tro de venda direta ao público que ultrapassa os 120 destinos de oferta. Para Diamantino Pereira, diretor da abreu, “a presença do Brasil é para nós um orgulho muito grande porque a maioria destes acordos não tem continuidade. isto signi-fica que a Embratur teve retorno, o que para nós é sinónimo de vendas”. a ajudar a estas vendas está a TaP: “É um parceiro privilegiado, pois o Brasil sem a TaP na abreu não é possível”. Quanto a outros destinos internacionais, Diaman-tino Pereira esclarece que não podem ser ainda revelados porque “simplesmente os contratos não estão ainda formalizados”. Porém, outra confir-mação de continuidade é a Disney, num stand que “nunca será inferior à edição anterior, que contou com um espaço de 200 metros quadrados”.

aLgarVe MarCa a DiFerençaa nível nacional, este ano o algarve conta com um espaço de 630 m2 “onde estarão presentes

todos os hoteleiros da região, a par do Turismo do algarve”. Mais, adianta o diretor da agência: “Será impressa uma brochura única do algarve, inserida no jornal Mundo abreu Portugal Sen-sacional, e estamos em negociações para fazer o mesmo com o alentejo”.Para a inserção das unidades hoteleiras, Diaman-tino Pereira esclareceu que dia 14 de Novembro

irá decorrer uma reunião entre a abreu e a re-gião de Turismo do algarve para definir as pla-taformas de inscrição, nomeadamente nos sites das duas entidades, numa estratégia de business to business”.assim, no âmbito da oferta presente nos jornais Mundo abreu, “para já, as certezas recaem para um jornal Portugal Sensacional Geral, um Portu-gal Sensacional algarve, um jornal geral TaP, um

jornal para o Brasil e outro com todos os restan-tes destinos, onde se incluem os cruzeiros”, o que implica um aumento da tiragem dos mesmos, que “poderá chegar aos 400 mil exemplares, mais cem mil que a edição anterior”, enumerou Pinto da Silva, responsável pela Feira Mundo abreu.

PreçOs Para stanDs MantêM-sePara 2014, os stands-padrão mantêm os seus preços inalterados. Para um expositor de 12 m2, a participação custará €2800 sem iva e sem decoração, que implica um acréscimo de €75 por painel (1x3 m cada painel, paredes com três e quatro painéis).O preço inclui, além da presença, a construção e instalação do stand, transfer aeroporto/hotel/aeroporto; três noites de alojamento em quar-to single ou duplo, regime aPa, no Hotel viP Executive arts (4 estrelas), almoço nos dias do evento (só para profissionais), apoio ao expositor e serviços de limpeza e segurança ao espaço du-rante a feira.a montagem e desmontagem dos expositores irá realizar-se nos dias 3, 4 e 7 de abril, respetiva-mente, ficando o dia 4 de abril, a partir das 14h, reservado para acreditação e decoração de stan-ds. a inauguração será às 11h do dia 5 de abril. a par da feira, estarão abertas 84 lojas abreu espalhadas por todo o país, incluindo ilhas.

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dE ACOrdO COm OS úLTImOS dAdOS rECOLhIdOS PELA EdrEAmS, durante o período que antecede a época natalícia, é possí-vel observar que os utilizadores por-tugueses preferem realizar as férias de Natal fora de Portugal. França e reino Unido são os desti-nos mais procurados para passar a quadra natalícia com cerca de 40% das reservas efetuadas. Portugal, enquanto destino de eleição para os portugueses, cai cerca de 5% nas taxas de reserva relativamente ao mesmo período em 2012, onde registava uma taxa de reservas na ordem dos 11%. Segundo os dados recolhidos pela agência de viagens online eDreams para o período entre 20 de dezem-bro de 2013 e 2 de janeiro de 2014, os portugueses optam por passar

esta altura do ano fora do seu país, sendo que a novidade relativamen-te ao período homólogo do ano anterior é a Suíça ter substituído Espanha na lista de destinos mais procurados.No ranking das cidades mais procu-radas, Paris e Londres continuam a ocupar o 1º e 2º lugar da lista, res-petivamente. Na lista das 10 cida-des mais pesquisadas destaque para a cidade do Funchal (única cidade portuguesa presente no ranking) que continua a ser uma aposta con-

tínua dos portugueses, e para as cidades de Genebra e Zurique que mostram ser uma nova e forte apos-ta para este Natal, surgindo em 3º e 7º lugar do ranking disponibilizado. Este ano repete-se a mesma tendên-cia de 2012: os portugueses reser-vam os voos para a época de Natal com poucas semanas de antecedên-cia. Em relação à duração das esta-dias é visível um aumento dos dias que os portugueses escolhem ficar nos destinos escolhidos relativa-mente a 2012. ao contrário do que

aconteceu no ano passado, em que a maioria dos portugueses optava por não prolongar as viagens por mais de 4/5 dias, em 2013 o cenário é outro e existe uma tendência para prolongar as estadias até 6/7 dias.É em Lisboa e no Porto que os utilizadores portugueses iniciam mais as suas viagens. as duas prin-cipais cidades continuam a liderar o ranking de “partidas efetuadas” para um destino de Natal e/ou ano Novo, seguidas das cidades de Faro, Funchal e ilha Terceira.À imagem de 2012, a TaP continua a ser a companhia mais solicitada pelos portugueses em relação a re-servas de voos, liderando uma lista preenchida igualmente por com-panhias low cost como a ryanair, easyjet e companhias como Luf-thansa e Swiss air.

edreams: Portugueses elegem França e reino Unido no período do Natal

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2013 / NOvEMBrOregiões

Corpos Sociais da APAL - Turismo de Albufeira tomam posse

S NOVOS COrPOS SOCIAIS dA APAL – agência de Promoção de al-bufeira – Turismo de albufeira, para o próximo triénio 2014/2016, tomaram

posse.rui Deus justo, que conduziu parte os trabalhos, após josé Carlos Leandro, presidente da assem-bleia-Geral cessante, o ter empossado como o novo Presidente da assembleia-Geral da aPaL, salientou “a importância em dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela anterior Direcção e de aprofundar as parcerias e sinergias possíveis entre os vários agentes económicos e de desen-volvimento da região, por forma assim a se dar um maior impulso ao trabalho tão meritório que a aPaL tem desenvolvido desde 2004 e ultrapas-sar algumas dificuldades decorrentes da situação económica do momento.”rui Deus justo, referiu ainda que “a aPaL-Turis-mo de albufeira, e o Município de albufeira, têm desenvolvido um excelente trabalho de pareceria, potenciando os parcos recursos, naquilo que con-sideram, e em concordância com os seus associa-dos, ser as acções promocionais que melhor se adequam à realidade de albufeira. “josé Lourenço dos Santos, reeleito presidente da Direção da aPaL, após um ano de presidência interina, dirigiu-se a todos os presentes, relem-brando que “a aPaL-Turismo de albufeira afir-mou-se por si própria tendo em conta o trabalho desenvolvido, para tal, contou com a participa-ção activa dos seus associados e do fundamental

apoio do Município de albufeira, que em parce-ria, resultou na implementação de um politica para o turismo em albufeira devidamente con-certada com as diferentes entidades oficias com responsabilidade na promoção turística.” josé Santos, salienta ainda “que só da união de esforços e de um trabalho em conjunto com as empresas locais, associados, município e entida-des oficiais para a promoção, é que se poderá melhor valorizar o nosso produto turístico e con-sequentemente, realizar uma promoção da região mais eficiente e eficaz”.

Lista DOs nOVOs órgãOs sOCiais Da aPaL Assembleia Geral: Presidente - rui Manuel de Deus justo – Balvil - Gestão de Emp. Turísticos, Lda.; Secretário - Cristóvão Lopes – Falésia Hotel, S.a.; vogal - alberto Saraiva – arqelite, Lda; 1º Suplente - Paula Cardoso - asalgarve - agência de viagens e Turismo, Lda.; 2º Suplente - Teófilo Neto – Hotel Baltum, Explorações Hoteleiras, S.a.direcção: Presidente - josé Procópio Lourenço dos Santos – Lunahotéis - Emp. e invest. Hoteleiros, S.a.; vice-Presidentes - vitor josé Correia Maria vieira – vieira e Silva, Lda., joão Guerreiro - albu-feira Hotel GmbH& Co. BETriEBS KG, antónio Xavier Braz vieira Xufre – Fasbar, Explorações Bares e restaurantes, Lda, Florival Sousa Palma – Palma & Palma, Lda.; vice-presidente /secretário - Élio vicente – Zoomarine - Mundo aquático - Par-ques Oceano. de Entr. Educ., S.a.; vice-presidente /tesoureiro - Honório Manuel Bernardo Teixeira – visacar, aluguer de veículos Motorizados, S.a.; 1º Suplente - joão Costa – Details Hotels & resorts, Lda; 2º Suplente - Pedro Bacalhau - várzeamar, actividades Marítimo Turísticas, Lda.Conselho Fiscal: Presidente - Carlos Santos – vi agência de Câmbios, Lda.; vice-presidente - Fer-nando reis Filipe – Porto Bay algarve, S.a.; vogal - Manuel Pereira – Manuel & amadeu Pereira - Explorações Hoteleiras, Lda.; 1º Suplente - joa-quim Canastro - Cheerfulway - Expl. de Empre-endimentos Turísticos, Lda.; 2º Suplente - Sérgio Dias - Sérgio Santos Dias, restauração Unipesso-al, Lda.

O NúCLEO MuSEOLóGICO DE VALENçA recebeu o visitante 100 mil, em 1 de novembro, quase cinco anos depois de ter aberto ao público, no espaço da antiga Moradia Regia, na Fortaleza.um valor significativo que reforça o interesse crescente da oferta patrimo-nial e cultural de Valença junto dos 10 mil visitantes dia (media anual) que a Fortaleza recebe. Hoje, a Fortaleza, candidata a Património Mundial, os espaços museológicos, os valores patrimoniais extra-muros, a Ecopista, a rede de trilhos pedestres e as ati-vidades culturais regulares, são um complemento ao emblemático comércio tradicional e à diversificada oferta gastronómica. Exemplo dos novos

mercados turísticos são os grupos de turistas de cruzeiro que semanalmente visitam Valença.A Câmara Municipal vai reforçar a ofer-ta de serviços aos turistas com aposta crescente em eventos emblemáticos, novos guias multimédia, espaços de interpretação da Fortaleza e promoção junto dos novos mercados emissores de turistas.O Núcleo Museológico é um espaço que guarda e interpreta a memória his-tórica de Valença e é uma referência, de visita obrigatória, para quem passa pela Fortaleza.O espaço é constituído por uma Sala de Exposições Temporárias, no rés-do-chão, onde 25 exposições temáticas já

aprofundaram e mostraram as facetas mais marcantes e singulares da histó-ria valenciana. No piso superior, a sala da Fortificação Medieval, com uma maqueta à escala tem proporcionado muitas aulas de história aos alunos valencianos e das mais diversas pro-veniências, sobre a época medieval e a história e arquitetura militar.Na sala de Arqueologia a rica Proto-história, a Idade da Pedra, a Arte Rupestre, a época Romana e a Idade Média em Valença apresentam réplicas de gravuras rupestres, de pelourinhos e peças originais de cerâmica e uma lápide romana, encontrada em Valença.O Núcleo Museológico disponibiliza, ainda, serviço de visitas guiadas e

tem organizado um conjunto de visitas noturnas temáticas ao encontro dos principais valores e momentos da his-tória da Fortaleza. Para o presidente da Câmara, Jorge Salgueiro Mendes, “Este significativo número de visitantes reflete a atra-tividade do espaço e da história de Valença, mas também reconhece o grande esforço promocional da oferta cultural e patrimonial de Valença, em especial da nossa Fortaleza”.

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núcleo Museológico de Valença atinge os 100 mil visitantes

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2013 / NOvEMBrO Tecnologias

SECTOr qUE rEGIS-TOU mAIOr PrOCUrA pelos portugueses que

utilizam os sites de des-conto foi o turismo com um total de 33% das vendas, o que representa 6,56 milhões de euros, segundo aná-lise do Forretas.com - principal por-tal agregador de sites de descontos. O turismo surge também com o va-lor médio de compra mais elevado de todas as categorias dos sites de descontos, um total de 50 euros. Em 2012, a classe de produtos, que inclui gadgets e pequenos electro-domésticos, era a primeira na pre-ferência dos consumidores. “Estes resultados revelam uma mudança no comportamento dos portugueses que passam cada vez mais tempo nos sites de descontos para comprar

férias em família e escapadinhas” declara Gonçalo Poças.Esta análise conclui ainda que 88% dos consumidores optaram por escapadas e 12% pela compra de viagens. relativo aos dados por região, o algarve surge com maior percentagem de vendas, um total de 51%, posteriormente o alente-jo com 18% das vendas, Douro e alto Minho representam 12% das vendas e o Grande Porto 11% das vendas.De janeiro a setembro, os portugue-ses pouparam 33 milhões de euros através da utilização de sites de desconto, com um aumento de 19%. Neste período, o mercado de ofertas e descontos faturou cerca de 20 mi-lhões. Em 2012, no mesmo período, o valor de faturação tinha sido de

16 milhões. No total os portugueses conseguiram uma poupança média de 62,56%, mais 0,5% do que no mesmo período em 2012.“a oferta cada vez mais diversifi-cada de produtos e serviços com elevada qualidade a preços bastante acessíveis, a segurança que existe na compra online e a conjuntura eco-

nómica do país são os factores que influenciam a procura crescente dos sites de descontos por parte dos por-tugueses” conclui Gonçalo Poças.Entre janeiro e setembro foram ven-didos 686.949 cupões de desconto, apresentando um crescimento de 25.3% em relação ao ano passado. O mercado registou um crescimen-to de 19%, o que confirma que “os portugueses recorrem cada vez mais aos sites de descontos e que confiam nestas plataformas para a compra online” afirma Gonçalo Poças fun-dador do site. Os resultados foram revelados pelo relatório Forretas.com que teve por base a análise das vendas dos principais sites de descontos, que re-presentam 75% do mercado, entre janeiro e eetembro deste ano.

A TAP coloca à disposição dos seus clientes uma nova forma para pagamento de passagens aéreas no seu motor de reservas online, o PayPal. Nes-te momento, são já 19 os mercados no site www.flytap.com através dos quais é possível efetuar a compra de bilhetes mediante a utilização de um inovador método virtual que permite enviar e re-ceber pagamentos através da internet, de uma forma simples, conveniente e segura.O PayPal, solução pioneira e líder mundial no en-vio e receção de pagamentos online, é utilizado por mais de 138 milhões de clientes em mais de 193 países e em diversas moedas,  permitindo aos utilizadores associar a sua conta bancária ou os seus cartões de crédito ou de débito e assim en-viar ou receber pagamentos em tempo real e sem a partilha de quaisquer dados confidenciais.Para já, o PayPal está disponível nos mercados de Portugal, Espanha, França, itá-lia, alemanha, reino Unido, Es-tados Unidos, Holanda, Bélgica, Finlândia, irlanda, Áustria, Es-tónia, Grécia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, roménia e Eslo-váquia, estando previsto alargar, futuramente, essa opção a mais mercados.

Carlos Paneiro, diretor de vendas da TaP, afirmou a propósito, “o papel da TaP passa por alargar e diversificar os métodos de pagamento existentes, criando uma oferta mais personalizada e mais atraente para os nossos passageiros. Nesse âm-bito, a introdução do PayPal no nosso canal de vendas Web enquadra-se na nossa estratégia de crescimento, ao mesmo tempo que nos permite cumprir um preceito fundamental, apostar na inovação enquanto fator decisivo na simplificação do processo de compra.” Para Estanis Martín de Nicolás, Country Mana-ger do PayPal para Portugal e Espanha, “a tecno-logia e, em particular a explosão na penetração de Smartphones e Tablets, está a transformar a for-ma como os consumidores interagem com os co-merciantes. O PayPal aposta fortemente na busca de soluções de pagamento seguras e convenientes,

que ajudem os comerciantes a melhorar as suas taxas de con-versão. Estamos entusiasmados por estar a trabalhar com um parceiro tão dinâmico como a TaP, que integrou os pagamentos com PayPal em menos de três se-manas e tem agora acesso a toda a nossa rede global.”

A TRAVELPORT acaba de assinar uma parceria com a Hong Kong Airlines e Hong Kong Express Airways. Com efeito imediato, o acordo permite aos agentes de via-gens em todo o mundo ligados à Travelport o acesso a informação atualizada sobre rotas e tarifas de ambas as companhias. Todos os agentes portugueses ligados ao GDS Galileo beneficiam, agora, de promoções exclusivas de viagens para a região da Ásia-Pacífico.Damien Hickey, vice-presidente da Travelport para a Distribuição Global e Serviços da região da Ásia-Pacífico, evidencia a importância da parceria firmada com a Hong Kong Airlines e a Hong Kong Express Airways. Para o responsável, “estes acordos são a prova do compromisso da Travelport de disponibilizar conteúdos privilegiados às agências de viagens, ao mesmo tempo que ajudamos a incrementar o número de reservas das companhias aéreas, através da plata-forma GDS da Travelport”.O diretor adjunto das duas companhias, Jiang Yu Tao, revela as vantagens do acordo. “Estamos ansiosos por trabalhar com a Travelport, um canal de distribuição que nos permitirá oferecer os nossos serviços a mais agentes em todo o mundo e reforçar o negócio na região da Ásia e do Pacífico”, refere. A Hong Kong Airlines opera para três dezenas de destinos diferentes na região. Já a Hong Kong Express Airways voa para sete países asiáticos, incluindo China, Japão, Malásia, Taiwan e Tailândia.

O

travelport assina acordo com duas companhias de hong kong

Turismo representa mais de 6 milhões de vendas nos sites de desconto

TAP passa a aceitar PayPal para pagamento de bilhetes online

ForretAs.Com

Pessoas e factos 36 v i a j a r

2013 / NOvEMBrO

dom Pedro Laguna tem nova gerente de Vendas

Corinthia hotel Lisbon tem o melhor gestor de pessoas de 2013 JOÃO VIEIrA, diretor de recursos humanos do Corin-thia Hotel Lisbon, foi eleito o “Melhor Gestor de Pes-soas 2013”. O prémio foi atribuído pelo estudo “Me-lhores Gestores de Pessoas 2013”, da responsabilidade da Tema Central e da Qme-trics.O estudo, faz uma análise das competências dos principais gestores de pessoas em Portu-gal com o objetivo de identificar aqueles que se destacam pela for-ma exemplar como gerem as suas equipas. a avaliação é feita pelos próprios trabalhadores das empre-sas.O Hotel conta ainda com mais pré-mios, Filipa Costa, Food & Bevera-ge Manager conquistou o segundo lugar da lista e o primeiro na sua categoria. Pedro Ferreira, sub-diretor e responsável pelo departa-mento de Manutenção e Engenha-ria e vera Cordeiro, Front Office &

Guest Services Manager ficaram entre os 22 managers selecionados para este prémio. joão vieira, é licenciado em Direi-to e tem um Mestrado em Gestão. Em 2008 integrou a equipa do Co-rinthia Hotel Lisbon como director de recursos humanos e é também responsável pela direção de segu-rança do hotel. joão vieira foi fun-dador do movimento rH XXi e do evento Hr afterwork, foi ainda co-autor do livro recursos Huma-nos XXi.

O rESOrT dOm PEdrO LA-GUNA, localizado no empreendi-mento turístico de luxo do aqui-raz riviera, no Ceará, apresenta ao mercado turístico brasileiro e internacional Karla Giseli Gurgel como sua nova gerente de vendas.Nascida na capital Fortaleza, for-mada em turismo e pós-graduada em Turismo e Meio ambiente pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Giseli, como é conhecida, fez carreira há mais de uma década no Beach Park, também no Ceará, onde atuou nos setores de reservas e comer-cial junto aos mercados nacional e internacional.Honrada por aceitar o desafio de assumir a Gerência de ven-das do Dom Pedro Laguna, a nova profissional acredita que pode acrescentar os anos de ex-periência principalmente para o hóspede de lazer. “O meu grande objetivo no Dom Pedro Laguna

será incrementar os negócios do resort nas áreas de lazer e corpo-rativo, estreitando também o re-lacionamento mais próximo com agências e operadoras”, revela a executiva.O resort Dom Pedro Laguna faz parte da rede portuguesa Dom Pedro Hotels, que conta ainda com hotéis e resorts nas regiões de Lisboa, algarve e ilha da Ma-deira.

A EmBrATUr – instituto Brasileiro de Turismo acaba de escolher rodrigo Godi-nho Corrêa para ser o novo responsável pelo Escritório Brasileiro de Turismo (EBT) de Portugal, iniciando funções já neste mês de novembro. Leila Holsbach, diretora de Mercados in-ternacionais da Embratur explica a impor-tância do EBT em Portugal: “Portugal é o décimo maior emissor de turistas para o Brasil e é o país europeu com maior ofer-ta de conexão aérea para o Brasil com voos da TaP. juntando estes dados à língua e à nossa ligação histórica, é um país e um mer-cado essencial para o turismo do Brasil. O

EBT em Portugal vai ser fundamental para identificar as tendências e oportu-nidades do mercado e, daí, orientar as decisões da Embra-tur. Pretende-se a construção de uma relação comercial

que seja duradoura e chegar a potenciais clientes”. Licenciado em administração de Empresas Hoteleiras, com especialização em Gestão de Marketing, ricardo Godinho Corrêa é, desde 2010, oficial internacional da OMT – Organização Mundial do Turismo, agência especializada das Nações Unidas vocaciona-da para o setor turístico. Na OMT, o novo responsável pelo EBT em Portugal desenvolveu atividades no pro-grama de Membros afiliados da OMT, que representa mais de 400 empresas turísticas mundiais dentro da organização, entre elas, operadores e agentes de turismo, compa-nhias aéreas, universidades, redes hoteleiras, feiras internacionais e administrações gover-namentais de turismo. Entre outras ativida-des, foi o responsável pela elaboração de in-formes regionais do Programa de Membros afiliados para as américas, Europa e Ásia Pacífico onde é feita uma análise da situa-ção atual e perspetivas futuras destes mer-cados, além de descritivo estatístico e ten-dências assinaladas no Barómetro da OMT.rodrigo Godinho Corrêa trabalhou no Mi-nistério do Turismo do Brasil desde a sua criação em 2003 até fins de 2007, sendo responsável pela elaboração das políticas de tecnologia da informação, entre eles, o Ca-DaSTUr – Sistema de Cadastros de Pes-

elisabete Pedrosa junta-se à equipa across Com mais de 30 anos no mundo do turismo, dos quais 24 passados no ope-rador Mapa Mundo, que daria origem ao Mundo Vip, onde desempenhou as funções de diretora de Operações, elisabete Pedrosa passou a integrar a equipa do operador turístico across, com as funções de supervisora de Operações.

Lisboa Marriott hotel tem novo revenue ManagerMiguel Braga é o novo revenue Manager do Lisbon Marriot hotel. tem o Bacharelato em Direção e gestão hoteleira da escola superior de hotelaria e turismo do estoril, tendo passado, no seu percurso, pelo Lisboa regency Chiado, o opera-dor turístico sporski e o grupo Continental, onde assumiu funções de diretor revenue Management & e-Commerce/e-Distribution Management e director-geral do holiday inn express Lisbon – Oeiras. O profissional de 39 anos assume agora funções no hotel lisboeta.

rodrigo Godinho Corrêa à frente do Escritório Brasileiro de Turismo em Portugal

Myriad by sana hotels reconhecido pela trip advisor a trip advisor, um dos mais reconhecidos websites agregadores de comentários na área do turismo, apre-sentou a lista dos 10 novos hotéis europeus melhor cotados e o Myriad by sana hotels ocupa o 8º lugar da lista. esta pontuação é fruto dos comentários deixados pelos usu-ários da trip advisor sobre o desempenho do hotel. O Myriad by sana hotels, a primeira unidade hoteleira de 5 estrelas inaugurada em Portugal pela cadeia sana hotels, está situado paredes meias com a torre Vasco da gama, junto ao Parque das nações e abriu as suas portas em setembro do ano passado. este hotel é já uma referência a nível europeu, quer pela sua arquitetura inovadora, quer pela excelência do serviço que oferece, resultado do empenho e dedi-cação da sua equipa operacional.

Pessoas e factos37v i a j a r

2013 / NOvEMBrO

COM PaTrOCÍNiO

www.europcar.pt

TAP Air Portugal: A história da Companhia Aérea (1945-2013)A PrIVATIZAÇÃO dA TAP, anunciada para 2014, repre-sentará um virar de página na História de uma companhia aé-rea portuguesa criada em 1945. Surge, por isso, uma oportuni-dade única para reunir num só volume os momentos mais mar-cantes e decisivos da História da TaP, tendo por linha condutora a estratégia empresarial, de ser-viço aéreo estatal (Transportes aéreos Portugueses) a empre-sa privada, passando por uma nacionalização, uma sociedade anónima de capitais públicos e uma sociedade gestora de parti-cipações sociais (SGPS).a importância da TaP como companhia de bandeira nacional, primeiro, na ligação às colónias portuguesas no Ultramar, depois, como transporte aéreo entre as comunidades portuguesas espa-lhadas pelo mundo e embai-xadora de Portugal, é outro dos enfoques deste livro, a par das estratégias comerciais se-guidas na Europa, em África e no Brasil. a este propósi-to, foi elaborado um Mapa Mundo com todas as rotas servidas pela companhia desde o arranque das suas linhas comer-ciais, de 1946 aos nossos dias.Homens como o General Hum-berto Delgado (fundador e di-rector dos TaP, em 1945), “Os Onze de inglaterra” (primeiro grupo de pilotos dos TaP), al-fredo vaz Pinto (presidente da TaP, de 1959 a 1973), josé Go-mes Motta (presidente por duas vezes do Conselho de Gerência da TaP, em 1976 e em 1984) e Fernando Pinto (presidente do Conselho Executivo da TaP, des-de o ano 2000), desempenharam um papel decisivo ao longo dos últimos 68 anos, demonstran-do as potencialidades de uma companhia aérea de bandeira e pondo em prática estratégias de entrada em novos mercados, pro-movendo a criação de novas ro-tas e reorganizando os recursos humanos da empresa.Mais do que enaltecer persona-lidades e momentos marcantes

na vida da empresa, uma com-panhia aérea vive, sobretudo, dos seus tripulantes, pessoal de ter-ra e aviões. Dos primeiros DC-3 Dakota aos mais recentes a330, não esquecendo os míticos Su-per Constellation, os primeiros jactos Caravelle, os jumbos 747, os wide-bodies Lockheed Tristar e airbus a310, bem como os aviões do futuro, o airbus a350 XWB, que deverá integrar a frota de longo curso da TaP a partir de 2014. No médio cur-so, destaque para o papel dos Boeing 727 e 737, bem como de toda a família a320, a319 e a321.Componente essencial deste projeto, a pesquisa no Centro de Documentação do Museu TaP e no arquivo da aNa aeroportos de Portugal, constituiu a base de informação para os autores

do livro, bem como a recolha de depoimentos dos principais pro-tagonistas da História da TaP. adicionalmente, foi incluída a consulta de bibliografia dispersa, documentos e arquivos pessoais.Trata-se de uma edição de pres-tígio, limitada a 1000 exempla-res e a um total de 224 páginas, profusamente ilustradas com fotografias de arquivo e actuais. Em função do conceito apresen-tado e dos conteúdos propostos, o livro “TaP air Portugal” foi impresso num formato rectan-gular, com uma largura de 25,5 cm e uma altura de 32 cm, e em papel couché de gramagem supe-rior (170 gr), com capa dura.O livro “TaP air Portugal” , da autoria dos jornaisras alexan-dre Coutinho e alda rocha, com fotografias de andré Garcez é lançado pela editora Contra a Corrente, vocacionada para os livros de prestígio, de empresa ou de autor.

O SOFITEL LISBON LIBErdAdE conta com Sílvia romeiro como sua nova dire-tora Comercial. Com 12 anos de experiên-cia profissional, Sílvia passou por diversas

marcas hoteleiras, tendo trabalhado sempre na área co-mercial. No âmbito das suas funções, terá a seu cargo o delineamen-to e implementação do plano de marke-ting e vendas da uni-dade e coordenação

da área comercial e de vendas. Sílvia ro-meiro é licenciada em Gestão de Hotelaria pela Universidade internacional, e possui um bacharelato em Turismo, pelo iSLa.

O ALENTEJO FOI A mA-drId, mais concretamen-te ao Centro Comercial Plaza Norte 2, numa ação de promoção do destino turístico com a assinatura: “alentejo en una caja de regalo”. No stand de 36 metros quadrados foi pos-sível dar a conhecer um pouco da vasta oferta turística do alentejo, recorrendo a vários ícones cenográficos, onde não faltou a Gastronomia, o Património, a Cultura ou a Natureza. a originalidade da ação resi-diu no facto de todo o stand se apresen-tar sob a forma de um embrulho/presente fechado, que se abria ao público durante intervalos de tempo determinados.Segundo explica vítor Silva, presiden-te da agência de Promoção Turística do alentejo, entidade promotora da iniciativa, “este conceito criativo é uma estreia ab-soluta para a região. Queremos convidar os espanhóis, nesta caso os madrilenos, a conhecer melhor Portugal e que melhor forma para o fazer do que começar pelo alentejo.”Esta iniciativa surgiu no seguimento de uma outra ação promovida pela agência no decorrer da Feira do Livro de Frank-furt, na alemanha, em que o alentejo foi o único destino turístico internacional pre-sente com um stand. Com esta iniciativa a arPTa quis chegar a um público alemão da classe média, média-alta.

Sofitel Lisbon Liberdade apresenta nova diretora Comercial

Alentejo, um presente em madrid

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2013 / NOvEMBrOCruzeiros

dUArdO CABrITA, dIrETOr GErAL dA mSC CrUZEIrOs em

Portugal anunciou que a companhia de cruzeiros deverá atin-gir, até ao final do ano, 12.800 pas-sageiros transportados só no nosso país, o que representa um aumento de 35% em relação a 2012.a MSC Cruzeiros anunciou a bordo do MSC Preziosa, na sua escala em Lisboa, os resultados da companhia, que se “apresenta em 2013 como líder de mercado do sector de cru-zeiros em Portugal, com 36% da quota de mercado”, de acordo com o responsável.Eduardo Cabrita afirmou que “des-de que abrimos o escritório em 2010, que a nossa equipa em Por-tugal tem trabalhado de forma in-crível para alcançar este objectivo. Hoje podemos afirmar que somos líderes de mercado, num país que conta actualmente com mais de 35.000 cruzeiristas/ano e que tem ainda grande potencial para crescer. Penso que conseguimos despertar os portugueses para as vantagens de realizar um cruzeiro e colocar este tipo de viagem e a nossa companhia nas primeiras opções de quem rea-liza férias no nosso país, atingindo neste momento 12.620 passageiros em Portugal. até ao final do ano esperamos alcançar os 12.800 pas-sageiros, tendo em conta que a ope-ração Funchal/Funchal tem estado com grande afluência”.Este crescimento, segundo Eduardo Cabrita, não tem a ver só com a rota Lisboa/Lisboa e Funchal, que cres-ceram 21%, mas também porque há passageiros portugueses a fazerem o Mediterrâneo e o Norte da Europa.“No início do corrente ano, já tí-nhamos um crescimento de 10% face ao período homólogo e neste momento com 12.620 passageiros apresentamos um aumento de 35% em relação a 2012. até ao final do ano esperamos alcançar os 12.800 passageiros. relembro que quando a MSC Cruzeiros abriu escritórios

em Portugal em 2010, entrámos talvez como o quarto operador des-te segmento no mercado nacional e pensamos que em 2012 tenhamos sido senão o primeiro, certamente o segundo. Entre 2010 e 2011, regis-támos um crescimento de cerca de 4%. De 2011 para 2012, o cresci-mento verificado foi de 14%, tendo-se registado 9462 passageiros”, acrescenta Eduardo Cabrita.a companhia acredita que o setor dos cruzeiros irá viver um proces-so de reorganização nos próximos anos, de forma a equilibrar a oferta e a procura, dando maior valor a um setor que tem trazido cada vez mais benefícios à economia nacional e eu-ropeia. Segundo o ECC (European Cruise Council) Portugal foi o 11.º país europeu com maior impacto di-recto da indústria dos cruzeiros, 207 milhões de euros em 2012 e foi o 6º destino europeu mais visitado por passageiros de cruzeiros – 1.241 milhões de passageiros. “acredito que Portugal tem um grande potencial para crescer como mercado emissor e recetor e esse potencial deve ser explorado e apro-veitado. acreditamos que é neces-sário converter o produto cruzeiro num produto para todo o ano e não apenas para as férias de verão, apos-tando em novos segmentos de clien-tes e novos públicos e posicionar o produto no lugar merecido, com um preço não mais elevado, mas sim mais justo, que gere um equilíbrio na

oferta e procura, apostando também na venda antecipada”, refere.a respeito da venda antecipada, o responsável acredita que “é pre-ciso criar instrumentos e tarifas suficientemente atrativas, indepen-dentemente de todo o esforço de marketing e comunicação, para que as pessoas possam pensar com an-tecedência”.

MarCa Quer auMentar nOtOrieDaDe

Os itinerários mais procurados pe-los portugueses que viajaram com a MSC Cruzeiros continuam a ser os do Mediterrâneo (40% do total dos passageiros) e o Norte da Euro-pa (30% do total dos passageiros), sendo os cruzeiros com saídas e che-gadas a veneza, Barcelona, Kiel ou Copenhaga os mais vendidos. além disso, as saídas e chegadas aos portos nacionais de Lisboa e Fun-chal (21% do total dos passageiros) têm sido aposta da companhia, que em 2013 teve pela primeira vez, e continuará em 2014, uma operação com saída e chegada a Lisboa em julho, agosto e setembro, sendo a única companhia a permitir embar-ques e desembarques na capital nes-te período. Para a temporada 2013-2014, a companhia apresenta novos itinerários com embarque e desem-barque em Lisboa e no Funchal, fazendo no total 43 cruzeiros em Lisboa e 31 cruzeiros no Funchal, o que representa um aumento de

15% face à temporada 2012-2013. No total de todas as escalas, os seis navios da frota MSC Cruzeiros que vão passar por Lisboa durante esta temporada trarão à capital portu-guesa cerca de 97.000 passageiros. Nos portos nacionais de Lisboa e Funchal, a MSC Cruzeiros espera trazer mais de 190.000 passageiros o que representa um impacto econó-mico de 12 a 20 milhões de euros para o comércio e os diversos servi-ços ligados ao turismo da região. “Com a chegada do novo navio da classe Fantasia, o MSC Preziosa em março de 2013, a frota ficou com-posta por 12 navios, quatro de cada classe, resultado de 6 bilhões de eu-ros do programa de investimentos iniciado em 2003. após a consolida-ção da frota, a MSC Cruzeiros terá navios a operar durante todo o ano no Mediterrâneo e Caraíbas e uma vasta gama de itinerários no Norte da Europa, no Oceano atlântico, nas antilhas Francesas, américa do Sul, África do Sul, ilhas Canárias e Emirados Árabes Unidos, sendo agora a consolidação destes merca-dos e o aumento da sua rentabilida-de o mais importante, assim como aumentar a notoriedade da marca MSC Cruzeiros e manter a posição de liderança no mercado nacional”, realçou o responsável.Para Eduardo Cabrita, “esta lide-rança penso ser justificada pela fan-tástica equipa que temos nos nossos escritórios em Portugal e pela mo-

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mSC Cruzeiros deverá atingir os 12.800 passageiros em Portugal

este Ano

O mUNdO dE CrUZEIrOS levou agentes de viagens e jornalistas a conhecerem o royal Clipper, o maior cruzeiro veleiro do mundo, que passou recentemente por Lisboa. O objetivo foi a conhecer este veleiro que ofe-rece uma forma diferente de fazer um cruzeiro, mas pouco conhecido em Portugal e na Europa em geral, conforme referiu à viajar ana Ben-to, operations manager do Mundo de Cruzeiros (Melair). O veleiro seguiu para Barbados onde estará posicionado até 28 de abril de 2014, altura em que passará de novo pelo porto de Lisboa.inspirada na lendária Tall Ship Preus-sen, o royal Clipper tem a honra de distinguir-se como o maior e único barco a vela de cinco mastros cons-truído desde que o seu predecessor foi lançado ao princípio do século vinte. Uma vista magnífica, uma aparição dos tempos dos grandes cruzeiros, mas ao mesmo tempo um barco mo-derno, com os melhores equipamentos e tecnologias. Para quem gosta, vale a pena lançar-se à experiência de uma navegação moderna com o serviço e os camaro-tes mais cuidados, dignos do iate mais luxuoso. a royal Clipper pode transportar só 227 passageiros ao estilo mais luxuoso. restaurante, bar, piscinas exteriores, dis-coteca, jacuzzis, ginásio e massagem, biblioteca, bou-tiques, salão de beleza, são algumas facilidades que o veleiro, irmão do Star Flyer, oferece.o royal Clipper pertende à companhia monegasca Star Clippers. Este majestoso veleiro tem como cara-terísticas principais 134m de comprimento, 16.5m de largura, 5.6m de calado e desloca 5.061 toneladas de arqueação bruta. Destaque para os seus imponentes 5 mastros e respetivas 42 velas, para o seu casco azul

e branco e para a beleza que todo este conjunto de caraterísticas proporciona. as 42 velas, com uma área de 5.204 metros quadrados, permitem-lhe uma velocidade de mais de 20 nós, sendo os mastros operados por sistemas hidráu-licos, orientados a partir da ponte de comando. O veleiro está equipado com uma plata-forma inferior, que dá acesso direto ao mar e permite a realização de desportos náuticos, como esqui aquático, windsurf e mergulho. Desfrutar de um cruzeiro neste veleiro em nada se compara aos navios genera-listas, pois esta embarcação proporcio-na-nos o prazer de ver a tripulação lidar com as velas e cabos, visitar livremen-te a ponte de comando, conviver muito mais de perto com a tripulação ou até apanhar banhos de sol na rede que se situa à proa do barco…bem, à proa, mas fora do barco! Este navio destina-se a um público es-pecífico, claramente vocacionado para a arte de navegar, num ambiente muito relaxado, velejando ao sabor do vento e sem barulhos ou trepidações de poten-tes motores, numa atmosfera amigável, sempre casual e que até proporciona aos

passageiros a possibilidade de interagiram da tripula-ção ao nível da realização de algumas tarefas inerentes à logística do barco. Não existem preocupações de for-malismos relacionados com indumentária, aqui sapatos de vela, roupa condizente com iatismo e afins são o mais comum. Mas, não obstante o que acabamos de referir, os in-teriores deste magnífico veleiro são requintados e apelativos, com a utilização de madeiras nobres na decoração destas áreas do navio. O serviço a bordo é de elevada categoria, bem como a gastronomia propor-cionada aos hóspedes.

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2013 / NOvEMBrO Cruzeiros

derna frota de navios, pelo know-how e profissionalismo da tripula-ção, pela confiança que transmite como companhia, pelos destinos que visita, mas também pelo espírito e valores mediterrânicos que se vivem a bordo e que tentamos transmitir a todos os passageiros que viajam a bordo dos nossos navios. E isso é vi-sível no design e inovação dos nossos navios, na comida italiana autêntica, nos espetáculos e animações que mudam todos os dias, em todos os cruzeiros”.Para 2014 o objetivo “é manter a liderança da MSC no mercado na-cional, aumentar a notoriedade da marca, aumentar a rentabilidade com as nossas tarifas e, sem entrar na venda direta, começar a falar mais com os consumidores do que é o cruzeiro e dos seus benefícios, levando-os às agências de viagens optando por um cruzeiro”, realçou o responsável, que apela a todas as companhias de cruzeiros a opera-rem no mercado português a traba-lharem em conjunto para que este setor possa crescer nos próximos anos, mais muito do que 8 ou 10%, como tem acontecido.Sobre a nova estrutura tarifária - as quatro novas experiências: ‘Bella’, ‘Fantastica’, ‘aurea’ e ‘MSC Yacht Club’ - apresentada recentemente, Cabrita referiu que a reação das agências de viagens tem sido muito positiva. “É mais fácil explicar ao passageiro qual é a experiências que pretende ter a bordo e depois daqui, escolher o camarote interior e exte-rior, com ou sem varanda”.a empresa vai realizar o seu já habi-rual roadshow em janeiro/fevereiro de 2014, permanecendo um dia em cada cidade e não como vinha acon-tecendo em que eram duas cidades no mesmo dia “porque sentimos, por parte dos agentes de viagens a necessidade de permenecermos com eles mais tempo porque querem conhecer melhor o produto MSC”, esclareceu o diretor-geral da com-panhia em Portugal.

No royal Clipper: Uma forma diferente de fazer cruzeiro

O PORTO DE LISBOA teve este outubro o melhor mês de sempre em número de passageiros de cruzeiros, superan-do pela primeira vez os 90 mil, com 96.261, mais 9,2 mil ou mais 10,7% que o anterior máximo mensal, que datava de outubro de 2011, de acordo com dados da APL.Relativamente a outubro de 2012, o Porto de Lisboa teve um aumento do total de passageiros de cruzeiros em 16% ou 13.254, embora tivesse registado o mesmo número de escalas de navios (49), o que significa que o número médio de passageiros por navio teve um aumento em 16%.

Os dados da APL indicam que o aumento do número de passageiros de cruzeiro em outubro resultou de um incremento em 12.042 (+15,6%) dos passageiros em trânsito, que

foram 89.346, e também de um aumento em 1.212 dos pas-sageiros que iniciaram e terminaram cruzeiros na capital portuguesa. Em outubro, segundo esses dados, houve um aumento em 41,2% ou 1.107 passageiros que desembarcaram em Lisboa, totalizando 2.793, e subiu 3,5% ou 105 o número dos que embarcaram em cruzeiros, para 3.126.

Lisboa teve em Outubro o melhor mês de sempre em passageiros de cruzeiros

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2013 / NOvEMBrOreportagem

âNGEr POdE SEr APELIdAdO de “Porta de África” ou “Porta da Europa”. a sua localização é fabu-

losa para o turismo europeu que pre-tende chegar à África. É vibrante, misteriosa, interessante e moderna. Talvez por isso não seja seja muito marroquina, europeia ou afri-cana, mas sim uma mistura das três culturas. Denotam-se influências internacionais muito marcantes que, facilmente, captam atenção dos visitantes estrangeiros. Foi casa de vá-rias personalidades e artistas. Truman Capote descreveu a cidade como o “garoto da rua.” Pessoas de todas as classes foram de todas as partes da Europa em busca do exótico e do encantador. Também atraiu personalidades da literatura como Oscar Wilde, andré Gide, jack Kerouak, Tenesee Williams, assim como artistas como Henri Matisse, Cecil Beaton e numero-sas figuras da política como Winston Churchill. William S. Burroughs escreveu um livro chama-do Naked Lunch, em Tânger, nos anos 50, alu-dindo à situação da cidade. Delacroix falava da incrível luminosidade que havia encontrado em Tânger. Hoje está mais perto de Portugal com o lançamento das ligações (5 vezes por semana) da TaP, a bordo do “romântico” Beachcrafft, com capacidade para 19 lugares.a cidade do fosfato, da indústria têxtil, das pe-ças para airbus, da fábrica da renault (prevê a a construção de 380 mil automóveis por ano), da pesca, é também uma cidade de turismo.já forte no seu estatuto de capital marroquina da indústria automóvel, Tânger exibe a sua am-bição de se posicionar como o cruzamento mar-roquino do turismo nacional e internacional. importantes meios financeiros foram postos à disposição da região para retornar a Tânger o seu lustre de antigamente, enquanto cidade internacional, capaz de atrair investimentos e visitantes.No total, 6,2 mil milhões de dirhams serão in-vestidos na renovação do antigo porto de Tân-ger em zona turística. a revelação foi feita por ocasião da visita efetuada, em finais de setem-bro, pelo rei Mohammed vi, para se inteirar do estado dos trabalhos de renovação da muralha da Medina, do porto de recreio e do porto de pesca. a renovação do antigo porto, que ocu-pa uma área de 84 hectares permitirá à cidade dotar-se de um porto de lazer a fim de acolher barcos de cruzeiros e iates privados, que deverá ficar concluído em 2014.

atrair inVestiMentOs e VisitantesPara acompanhar esta ambição turística da

cidade de Tânger, estão a ser construídas unida-des hoteleiras de diferentes níveis. Na viagem inaugural da operação da TaP, os jornalistas fi-caram alojados num novíssimo 5 estrelas, o Ho-tel Farah, do qual falaremos na nossa próxima edição. igualmente, um Palácio de Congressos para 1500 pessoas, um teleférico que ligará o terminal de cruzeiros e porto de recreio ao cen-tro da cidade e à Medina, estão a ser levados a cabo. Tânger terá o primeiro TGv em África. Está a ser construído, deverá abrir em 2015 e passará a ligar Casablanca em 2H10.Com o contrato/programa regional assinado em Maio deste ano, ao abrigo do programa “visão 2020” referente a Tânger/Tétouan, a ambição da região é chegar a 3,1 milhões de turistas até 2020 e dotar-se de uma capacidade adicional de 26 mil camas.O programa”visão 2020”, realizado para pro-mover o turismo, tem como principal objetivo posicionar Marrocos entre os 20 maiores des-tinos turísticos do mundo, reforçando o país e tornando-se uma referência o desenvolvimento sustentável na região do Mediterrâneo.a região de Tânger/Tétouan capitalizará, no quadro deste CPr, a diversidade dos seus re-cursos turísticos e naturais para o desenvolvi-mento de uma oferta turística estruturada em 3 eixos: cultura e natureza, Mi e balnear. Para alcançar estes objetivos, 127 projetos foram definidos, dos quais, 25 são projetos estrutu-rantes e 102 complementares, que permitirão enriquecer e densificar a oferta turística regio-nal. a região de Tânger beneficiará, igualmente, de um programa de promoção e comercializa-ção no quadro do plano de marketing territorial “Cap Nord”.Para assegurar uma adequação entre a capa-

cidade de alojamento adicional prevista para a região e as necessidades de recursos humanos qualificados, está contemplada a criação de um centro de excelência que assegurará a forma-ção de técnicos especializados em matéria de turismo.

CiDaDe antiga LaDeaDa

PeLa MODerniDaDeCom os seus tradicionais bazares, lojas, en-cantadores de serpentes, músicos e mesquitas, Tânger é um alvo irresistível. O souk, localizado no coração da cidade é o primeiro destino da visita. Este é o foco principal da cidade, uma encruzilhada de caminhos, rodeada de ca-fés. É um ótimo lugar para começar um tour pela cidade, é o ponto em que a cidade antiga e moderna se encontram. as ruas ficam mais estreitas, de repente, quando entra no coração da cidade de Tânger. É o lugar perfeito para encontrar a verdadeira imagem da cidade e do seu povo. Basta assistir aos desfiles das pessoas na cidade e as mulheres rif nos seus coloridos trajes tradicionais. Esta área oferece uma gran-de variedade de culturas, línguas, religiões … Uma mistura dinâmica de contrastes, formas e estilos de vida, arquitetura, estilos de casa, é um local de encontro colorido do velho e novo, passado e presente, é a parte antiga da cidade, ladeado pelo modernidade.O Kasbah deve ser visitado. É uma das prin-cipais atrações da cidade. Foi construída no ponto mais alto em Tânger e tem excelentes vistas sobre o Estreito de Gibraltar e da vi-zinha Espanha. No interior possui um grande pátio aberto, que conduz ao palácio de Dar el Makhzen, um sultão do século Xvii, que se tor-nou um museu. O edifício é bonito. Dentro pode

tPorta de marrocos para o mundo

tânger

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ver alguns maravilhosos tetos esculpidos em madeira e um pátio de mármore. Há também um museu de arte marroquina e arqueologia. Os jardins são incríveis, uma mistura de ervas aromáticas (Fragrance), com filas de limão e laranja, perfeito para um passeio romântico. Localizado mesmo no exterior de Tânger, está o Farol de Cabo Espartel. Este é um dos locais de paragem obrigatória, se o tempo permitir, pode desfrutar de uma vista fantástica sobre a união entre o Oceano atlântico e o Mar Medi-terrâneo. Uma cor turquesa, o outro com uma tonalidade mais escura. Não há muitos lugares no mundo onde pode ver dois continentes ao mesmo tempo.as cavernas de Hércules é outro lugar incrível, com uma arqueologia de um valor significativo. Segundo a lenda, este é o lugar onde a figura mítica de Hércules descansou depois de fazer as suas 12 tarefas. a entrada para as cavernas é orientada em direção ao atlântico e são inun-

dadas durante as marés altas. Quando a maré sobe, os jatos de água inundam a caverna. É incrível. Desconhece-se a verdadeira origem das cavernas, mas as teorias sugerem que elas são em parte artificiais e em parte naturais. acre-dita-se que uma possibilidade foi que uma anti-ga civilização as construiu para se protegerem. Seja o que for, até à data, são tudo um mistério.O Festival internacional de jazz de Tanger é uma das grandes atrações culturais da cidade. incentivado de diferentes órgãos desta série de concertos, em locais de extraordinária beleza ou na mesma rua, conseguiu consagrar-se um grande evento para os amantes da música du-rante o verão. Desde 1999, Tanjazz, como é co-nhecido, a cidade atrai uma grande representa-ção deste estilo musical, deixando um ambiente que vai além da música.vale a pena dar um salto até asilah, a apenas 30 Kms de Tânger, uma cidade costeira com muito estilo arquitetónico e história. Tem uma

população de umas 50.000 pessoas, mas no ve-rão recebe cerca de 200 mil. Quando chegar, a primeira coisa que lhe irá surpreender são as in-críveis construções feitas pelos Portugueses no século Xvi. a cidade é constituída por largas avenidas e uma bela linha de palmeiras. a Me-dina de asilah se completa, com casas brancas e azuis, e muitas lojas para comprar lembranças. asilah tem também um pequeno porto de pesca e é um lugar perfeito para relaxar. além disso, está projetada a construção de uma marina. O turismo está a crescer nesta cidade próspera e limpa. O art Summer um Festival atrai mui-tos músicos, muitos pintores, muitos artistas, muitos poetas e muitos escritores de todos os países do mundo. Há também um paraíso de praias incríveis e campos de golfe. Um lugar ideal para os amantes do desporto.Cidade particularmente sedutora, distingue-se das cidades vizinhas com as suas casa brancas adornadas de um azul luminoso e de um verde

tânger é novo destino da taP em MarrocosA TAP iniciou a 28 de outubro, operações para Tânger, o terceiro destino servido pela companhia em marrocos. Os voos são efetuados em equipa-mento beechcraft (pga), com cinco frequências semanais, operando às segundas, quartas, quin-tas, sextas e domingos. com partida de lisboa pelas 12h15, os voos chegam a Tânger às 13h25 e, no sentido inverso, saem de Tânger às 14h10 com chegada pelas 15h20 a lisboa. Tânger é o mais novo destino da Tap, que vem juntar-se às cidades de casablanca e marraquexe, igualmente em marrocos, servidas pela companhia, com voos diários a primeira e

quatro frequências semanais no segundo caso. ao todo, a Tap passa agora a oferecer 16 fre-quências para aquele país, todas as semanas,

correspondendo assim à crescente procura pelo destino marrocos. no ano passado, a companhia transportou 46.883 passageiros nas linhas de marrocos, estimando, com este reforço de ofer-ta, atingir um total de 60 mil passageiros ainda este ano, o que traduzirá um crescimento da ordem dos 28 por cento face a 2012.com a inauguração de operações para Tânger, e também para a boavista no dia 29 de outubro, a Tap chega aos 15 destinos servidos em áfrica, num total de 71 frequências semanais, reafirman-do ainda mais o seu posicionamento competitivo naquele continente em rápido desenvolvimento.

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Tânger renova-semustApHA bouCettA, presidente do ConselHo regionAl do turismo

NÃO SE POdE dIZEr qUE TâNGEr seja uma nova região turística de Marrocos. Ela é, sim, a mais antiga, com uma história imensa e extraordi-nária. O que acontece é que ela, neste momento, renova-se.ViaJar - Como está o turismo em tânger ?Mustapha Boucetta – Tânger foi sempre uma cidade turística, mas muito sazonal, concentrada no verão. Hoje, com a construção de diversas infra-estruturas, não só industriais, mas também turísticas, tornou-se uma cidade de negócios e turística durante todo o ano, gra-ças ao grande dinamismo económico que ela conhece. É uma cidade em plena evolução, visitada por turistas espanhóis, franceses, ingleses, coreanos, japoneses e americanos, mas também marroquinos. V - Qual é a contribuição dos novos projetos em andamento para o turismo?MB - Tânger continua a elevar a confiança dos investidores, com o recente lançamento de grandes projetos turísticos que transformarão o rosto da cidade nos próximos 3 anos. Para os pró-ximos 5 anos, o programa”visão 2020”, realizado para promover o turismo em Marrocos, conta só para a região com um investimento público e priva-do de 700 milhões de euros. Destaque para a con-versão do porto de Tãnger, que custou 400 milhões de euros, para acolhimento de navios de cruzeiros e uma marina com cerca de 1700 lugares, bem como a criação de jardins, a valorização da Medina e do Kasbah.Tânger está prestes a reforçar a sua posição de turismo para se tornar o terceiro destino turístico depois de Mar-

rakech e agadir. V – no que respeita à hotelaria, o que está previsto?MB – atualmente, Tãnger oferece cerca de 7 mil camas e as previsões é que até 2015 este número cresça para 11 mil, para atingir as 22 mil camas em 2020. vários hotéis acabaram de abrir e outros estão em andamento.V – e em relação ao turismo de negócios, que infra-estruturas estão a ser criadas?MB – Éstá em projeto a construção de um Palácio de Congressos com conclusão prevista dentro de dois ou três anos e com capacidade para 1500 pessoas. Há também o Pavilhão de Exposições, bem como alguns hotéis que oferecem muitas facilidades.V - Quais são as medidas tomadas pela Crt para a promoção de tânger?MB - a CrT está empenhada em promover o destino de forma pontual e de acordo com os meios. Gostaríamos de participar de quase todas

as feiras organizadas no exterior , entre outras , em Espanha, Portugal e França. Organiza viagens para jornalistas e operadores turísticos e tem parti-cipado em worshops em vários países. infelizmente, Tânger sofre muito com a falta de ligações aéreas.Em relação ao turismo português, saudamos a opera-ção da TaP, que vai facilitar a vinda de turistas e de passageiros de negócios, porque aqui há fábricas de portugueses. anteriomente, para um turista português chegar a Tânger, que fica a uma hora em voo direto, tinha que viajar via Casablanca e esperar seis horas pela ligação.

discreto. Foi romana, espanhola e portuguesa. Bastiões, torres e muralhas agrestes oferecem, hoje, bonitos passeios à beira mar.

tÉtOuan, a CiDaDe PatriMóniOa cerca de 60 kms de Tânger, está Tétouan. Para além de ser fácil lá chegar a estrada é muito boa e ao longe já se avista a antiga Me-dina branca na encosta das montanhas. Situada entre as montanhas e o mar, a Medina (cida-de antiga) de Tétouan é Património da Unesco desde 1997, pois é considerada uma das mais completas e intocadas medinas de Marrocos. vale a pena descobrir a ruelas desta Medina de casas brancas e baixas, que apesar de não ser muito grande está cheia de vida. Para além das típicas lojas e bazares de recordações, é fácil encontrar as oficinas dos artesãos, que geralmente estão agrupadas em áreas especí-ficas, por exemplo a zona dos curtumes, a rua dos carpinteiros, a rua dos joalheiros. as ofici-nas não passam de mini lojinhas e muitos dos artesãos trabalham na rua. Para além disso as pequenas ruelas também estão repletas de vendedores ambulantes de peixe, frutas, bolos e doces, o que por vezes torna a passagem em certas ruas bastante difícil.

Tétouan foi fundada por volta do ano de 1305 pelos Merinies, mais precisamente por ordem de abou Tabit. No inicio foi uma base de operações. Mais tarde, com a pirataria foi destruída pelos espanhóis. No século Xvi, Tétouan recuperou parte da sua popularida-de, principalmente pelos muçulmanos e ju-deus que chegaram exilados da andaluzia. O centro da cidade é uma bela mistura de pequenas praças e ruas estreitas e sinuo-sas, com paredes brancas, onde irá desfrutar

de cada minuto que ali passar. a praça Has-san ii está localizada no coração da cidade, onde o antigo e o moderno convergem. Este local é em muitos pontos muito semelhante a andaluzia, com as suas fontes, quiosques e flores. É um ponto de encontro habitual. Tétouan é um principais centros culturais em Marrocos, a cidade conta com muitos monu-mentos. É a casa dos califas, onde o seu estilo de vida majestoso está claramente representa-da na arquitetura.

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ArA ALém dE Um PLANO que está a ser desenvolvido pelo Turis-

mo de Portugal, em par-ceria com operadores turísticos e companhias aéreas, a associação Turismo do algarve está a levar a cabo uma campanha promocional dirigida aos conumidores dos prin-cipais mercados estratégicios. “o objetivo é esbater a sazonalidade e recuperar as dormidas na época bai-xa”, disse à viajar, Daniel Queirós, diretor Executivo da aTa.a campanha, que se iniciou a 21 de Outubro, abrange meios online e offline, em diversos mercados estra-tégicos para a região. De acordo com Daniel Queirós, “é preciso dizer ao consumidor que o algarve, no inverno, tem condições ótimas de clima, para passar as suas férias, com possibilidade de fazerem desportos náuticos, surf, desportos radicais, caminhadas, btt, birdwa-ching, etc,”, até porque, “as com-panhias aéreas, através de negocia-ções que temos vindo a fazer, estão recetivas a aumentar frequências e a trabalhar o algarve no perído de inverno. Temos várias companhias aéreas que vão manter as suas fre-quências ou prolongar o período de operação que, nalguns casos termi-nava em setembro/outubro para até novembro, outras cuja operação se iniciava em abril, vão começar mais cedo. a ideia é estender as pontas e isso já é positivo”.Daniel Queirós acredita que “isto não se faz de um dia para ou-tro. É preciso ganhar confiança dos operadores, para eles sen-tirem também da parte portu-guesa que há vontade e querer”. atenuar o efeito da sazonalidade na região e promover awareness das rotas existentes para Faro, são os dois grandes objectivos que contextualizam esta iniciativa. Segmentada por nacionalidades, a campanha irá abranger os mercados do reino Unido, irlanda, alemanha, Holanda, Bélgica, França e Escandi

návia, mercados prioritários para a região e de onde existem voos de ligação directa a Faro. Tempo-ralmente irá estender-se até à pri-meira semana de janeiro de 2014, período crítico em que o clima ameno da região contrasta com o inverno rigoroso do resto da Europa. a grande aposta acontece nos meios online, sob o mote “algarve, the Sun is still here”, a região estará presen-te na rede Google através de uma campanha de SEa, search engine advertisement e de uma campanha de display, nas redes sociais, atra-vés do facebook e em aplicações mobile. Para suporte destas ac-ções, foi criada uma landing page algarve, onde o visitante poderá encontrar botões que lhe permitem aceder directamente às ligações e companhias aéreas que voam para Faro, através do site do aeroporto, à listagem de hotéis associados da aTa e a informação generalizada do destino. Esta ferramenta per-mite aos visitantes efectuarem as reservas directamente junto das companhias aéreas e das unida-des hoteleiras associadas da aTa. ao nível da promoção offline, a aTa elegeu para o reino Unido o Daily Telegraph, um meio nacional de grande circulação, tendo para os restantes mercados apostado cirur-gicamente em publicações regionais da área de influência das cidades com aeroportos de ligação a Faro, como por exemplo o Eindhoven Dagblad e o Metro na Holanda ou o Bild em diversas cidades alemãs. Esta campanha surge no âmbito da estratégia que a aTa tem vin-do a adoptar para a promoção do destino, de acordo com as linhas orientadoras do Turismo de Portu-gal, enfatizando as suas acções nas ferramentas online, não descurando no entanto os meios tradicionais. Para o presidente da aTa, Desidério Silva, uma das prioridades durante este período é esbater a sazonalidade do algarve e esta ca mpanha vai ao encontro desse objetivo pois permite

colocar o nome da região no top of mind do consumidor que nesta altu-ra do ano procura umas férias tran-quilas numa zona segura, com céu azul e temperaturas amenas. Esta época do ano possibilita realizar um conjunto de experiencias diferentes para além do tradicional produto de sol e praia, pois beneficiando das ex-traordinárias condições climatéricas é possível desenvolver várias activi-dades ao ar livre, nomeadamente, caminhadas, observação de aves, passeios de bicicleta, surf, windsurf, canoagem e ainda degustar a gas-tronomia típica, bem como visitar os locais culturais e o património histórico existente desde aljezur e Sagres até vila real de Santo an-tónio e alcoutim. a aTa está igualmente a desenvol-ver outras iniciativas para os vários produtos complementares, que aju-danm a fortalecer a vinda de turis-tas, designadamente o turismo da natureza e o golfe, considerado o produto chave no inverno.

DestinO De gOLFe eurOPeu DO anO 2014

O algarve acaba de ser eleito «Destino de Golfe Europeu do ano 2014», o principal galardão da in-dústria turística do golfe, atribuído pelos mais de 500 operadores mem-bros da associação internacional dos Operadores Turísticos de Golfe (iaGTO).O prémio foi entregue em Tarragona, na Catalunha (Espanha), durante uma cerimónia da international Golf

Travel Market (iGTM), a maior fei-ra mundial dedicada ao setor de via-gens de golfe, que movimenta cerca de 50 milhões de jogadores por ano.Os outros destinos europeus nome-ados pela iaGTO nesta categoria eram Dublin & Central ireland, na irlanda, Gran Canaria, nas ilhas Canárias, em Espanha, Highlands Scotland, na Escócia, riviera & Pro-vence, a riviera Francesa, e Lisboa Coast Golf, também em Portugal.“Temos a sorte de ter na região alguns dos melhores campos euro-peus, uma costa fantástica e hotéis e resorts perfeitos para acolher os milhares de turistas de golfe que nos procuram”, declarou na ocasião o presidente do Turismo do algarve. Desidério Silva lembrou ainda “o esforço dos operadores turísticos e a excelência dos profissionais do gol-fe” que contribuíram para a eleição do algarve.as recentes nomeações e prémios recebidos pelos campos de golfe algarvios provam a alta qualidade deste produto estratégico para o destino. O algarve está represen-tado no «Top 100 courses in conti-nental Europe» com seis percursos, é considerado o melhor destino de golfe da Europa Continental pela relação preço/benefício (best value for money).recentemente, Portugal foi eleito o «Melhor Destino de Golfe da Eu-ropa» nos World Travel awards, os óscares do Turismo, com o forte con-tributo dos 40 campos do algarve, onde está concentrada metade da oferta do país para a prática da mo-dalidade.Na sequência do mais recente pré-mio levou um cabo uma campanha televisiva nos principais mercados emissores para este produto nos canais Sky Sports (UK, irlanda e alemanha) e Sport 1 (Holanda). Foram cerca de 300 spots publicitá-rios de 30”, emitidos em prime time, numa grelha televisiva que acompa-nha transmissões em direto de vá-rios eventos desportivos de renome.

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Algarve quer recuperar dormidas na época baixa

Com CAmpAnHA promoCionAl em merCAdos estrAtégiCos

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2013 / NOvEMBrOaviação

TAP inicia com 2 frequências semanais para Boavista em Cabo Verde

TAP inaugurou, no dia 29 de outubro, ligações diretas para a Boavista,

o quarto destino servido pela companhia em Cabo verde. Os voos são operados em equipamento airbus a319, com duas frequências semanais: às terças-feiras e sábados. Com partida de Lisboa às 09h30 de terça-feira e chegada à Boavista às 12h40, o voo de regresso sai de-pois às 13h30 chegando a Lisboa às 18h30. ao sábado, a partida ocorre pelas 13h35 de Lisboa com chegada às 16h45 à Boavista, de onde iniciam a viagem de regresso pelas 17h40, aterrando em Lisboa às 22h45. a ilha da Boavista junta-se agora às cidades da Praia, Sal e S. vicente, já servidas pela companhia no arquipé-lago de Cabo verde. Com uma média de 15 frequências semanais durante o inverno, nomeadamente cinco para a Praia, seis para o Sal, e duas tanto para S. vicente como para a Boavis-ta, a TaP reforça a sua operação no verão, correspondendo assim à maior procura nesse período e aumentando até ao voo diário para a cidade da Praia.

No conjunto dos destinos servidos em Cabo verde, a TaP tem vindo a aumentar consistentemente a sua oferta, com 140.532 passageiros transportados no ano passado e a perspectiva de atingir os 155 mil ainda em 2013, o que corresponde-rá a uma subida de 10 por cento no volume de tráfego voado para aquele mercado.

PróxiMO VerãO: BrasiL reFOrçaDO

Cinco cidades brasileiras ganham mais um voo para Lisboa por sema-na no próximo verão e a TaP passa a oferecer 82 ligações semanais a 12 destinos no Brasil, designadamente entre Lisboa e rio de janeiro (14 voos por semana), São Paulo (11), Belo Horizonte (7), Fortaleza (7), recife (7), Salvador (7), Brasília (7),

Porto alegre (6), Natal (4), Campi-nas (3), Belém/Manaus (3) e entre o Porto e rio de janeiro (3) e São Paulo (3), anunciou a transportado-ra aérea. O rio de janeiro, que dispõe atual-mente de 13 voos da TaP por sema-na, aumenta para 14, o que equivale à oferta de dois voos diários Lisboa – rio.Salvador e Belo Horizonte são atu-almente servidos por seis voos se-manais, passando no próximo verão a contar com voos diários (sete por semana).Traduzindo o sucesso da mais recen-te rota brasileira da rede TaP, Por-to alegre passa de cinco para seis voos para Lisboa por semana. Natal cresce de três para quatro ligações semanais.Com este aumento da oferta, e com os já anunciados três voos por sema-na Lisboa – Manaus – Belém, a TaP passa a oferecer a partir do próximo verão um total de 82 frequências se-manais entre Portugal e 12 cidades do Brasil, um aumento de oito voos por semana relativamente à oferta registada no corrente ano.

aA EMIRATES vai operar um voo diário para Luanda, já a partir de 1 de dezembro de 2013 passando a ofere-cer quatro voos extra por semana. A alteração do serviço da Emirates, de três voos semanais para um voo diário, vai aumentar a capacidade para mais de 1600 lugares por sema-na, dando aos passageiros angolanos uma maior conveniência e mais esco-lhas disponíveis quando planearem as suas viagens para o Dubai. A Emirates disponibiliza excelentes ligações através da sua rede de mais de 130 destinos, especialmente para o Médio Oriente, Ásia, Extremo Oriente, Subcontinente Indiano e Austrália.A Emirates iniciou os seus serviços para Luanda a 25 de outubro de 2009, com três voos por semana operados por um Airbus 330-200. Para respon-der ao aumento da procura por este destino o avião foi substituído, apenas um ano depois, por um Boeing 777- 200 substituído também ele por um Boeing 777-300 sete meses depois. O Boeing 777-300 ER, considerado a espinha dorsal da frota da Emirates, é composto por oito luxuosas cabines privadas em Primeira Classe, 42 lugares totalmente reclináveis em Classe Executiva e espaço generoso para 310 passageiros em Classe Económica. Os passageiros podem usufruir do reconhecido serviço da Emirates, oferecido por uma tripu-lação de cabine multinacional, de cozinha gourmet e de quase 1500 canais de áudio e entretenimento visual on-demand através do premia-do sistema ice.Os passageiros que viajem em Primeira Classe podem usufruir de uma franquia de bagagem de 50kg, de 40 kg em Classe Executiva e de 30 kg em Classe Económica.A Emirates SkyCargo, a divisão de carga da Emirates, vai também aumentar a capacidade de carga passando a disponibilizar o transporte de 120 toneladas por semana para Luanda.O EK793 parte do Dubai às 10h40 e aterra em Luanda às 15h35. O voo de regresso, EK 794, parte de Luanda às 18h20, aterrando no Dubai oito horas depois, às 04h45.

A AIRBuS conquistou um total de 160 encomendas e compro-missos na 13ª edição do Dubai Airshow. Os negócios, avaliados em 44 mil milhões de dólares, sublinham assim o enorme destaque que os seus aviões de grande dimensão têm junto do mercado. Especialmente o A380 e o A350XWB demonstram que estão em perfeito alinhamento com os requisitos e as expetati-vas dos clientes. Os negócios incluem 142 encomendas firmes avaliadas em 40.4 mil milhões de dólares (50 A380, 40 A350-900, 10 A350-1000, 26 A321neo, 10 A320neo e 6 A330-200F) e 18 compromissos, no valor de 3.6 mil milhões de dólares.Em valor, a Emirates foi a companhia que realizou a maior enco-menda, com 50 A380 avaliados em 20 mil milhões de dólares, fazendo um elogio à sua eficiência e dando uma resposta efeti-va ao apelo dos passageiros, o que vem confirmar que o A380 é o principal avião dentro da sua categoria.Em números, a Etihad Airways firmou a maior encomenda de aviões à Airbus no Dubai Airshow com 87 aeronaves (40 A350 -900, 10 A350 -1000, 26 A321neo , 10 A320neo e um A330- 200F) no valor de 19 mil milhões de dólares.O versátil A330-200F também demonstrou o seu sucesso, tendo a Qatar Airways Cargo encomendado cinco destes aviões (com

opção de mais oito) e uma encomenda firme da Etihad Airways, representando um total de 14 encomendas e compromissos no valor de 3 mil milhões de dólares. A Air Algérie também assinou um compromisso para três aviões de passageiros A330-200, no valor de 648 milhões de dólares.A companhia Lybian Wings, com base em Tripoli, anunciou o início das suas operações no Dubai Airshow e escolheu a Airbus para construir a sua frota inicial, com a encomenda de três A350-900 e quatro A320neo .O crescimento do tráfego aéreo levou a que a dimensão média das aeronaves crescesse 25%, com as companhias aéreas a selecionar aviões maiores ou a redimensionar os existentes. As aeronaves de maior dimensão, como o A380, combinado com possibilidades de carga mais elevadas, tornam mais eficiente o uso de slots limitadas e contribuem para o aumento do número de passageiros sem serem necessários voos adicionais, como foi confirmado pelo aeroporto de Heathrow, em Londres. O foco no crescimento sustentável reduziu o consumo de combustível e de ruído em pelo menos 70% nos últimos 40 anos, sendo que esta tendência continua devido aos produtos inovadores como o A320neo, o A320 equipado com sharklet, o A380 e o A350 XWB.

airbus conquista 160 encomendas avaliadas em 44 mil milhões de dólares

emirates passa a disponibilizar um voo diário para Luanda

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2013 / NOvEMBrO aviação

FALTA dE CAmAS dis-poníveis nas ilhas do Sal e da Boavista em Cabo

verde durante o inverno europeu tem penalizado o cresci-mento dos TaCv em Portugal, por isso é quando reduz a sua operação para as suas ilhas caboverdianas. O mesmo está a acontecer em relação ao mercado espanhol. “É difícil ter um avião cheio devido à falta de ca-mas porque é durante o inverno na Europa que há mais charters prove-nientes de outros mercados com his-tóricos de contratos e que compram mais cedo”, declarou Mário almei-da, representante dos TaCv nos dois mercados.Neste inverno a companhia reduziu para um voo semanal para a Boa-vista, compartilhado por vários ope-radores turísticos portugueses. Para o Sal há dois voos de Lisboa, mas possivelmente será reduzido para um. No réveillon estão programados dois voos extras para o Sal a 26 de dezembro e para a Boavista a 27, numa operação partilhada por ope-radores.Para 2014 os TaCv preveem os mesmos números de voos dos reali-zados este verão, com uma receita muito similar, “tendo em conta que os nossos preços não variam muito e já estão assinados contratos com operadores até 2015”, considerou o representante da companhia aérea caboverdiana em Portugal e Espa-nha.De janeiro a outubro deste ano os dados referentes às rotas de Portu-gal apresentados por Mário almei-da mostram crescimento tanto em termos de tráfego como de receitas. “Em Outubro já tinhamos realizado, em termos de receitas do BSP, 93% do realizado em 2012, graças ao bom verão que tivemos, não só no tráfego étnico como turístico”.Considerando as receitas, o peso da Boavista e do Sal foi de 64% “o que quer dizer quer transportamos muitos turistas este ano”, disse o responsável da companhia na Pe-nínsula ibérica.No que diz respeito a passageiros

transportados, até outubro, o item embarcados e desembarcados tota-lizou 74.778 passageiros. O respon-sável considera estes números oti-mistas, tendo em conta que, “neste mercado 72% do tráfego final é ge-rado em Lisboa, por isso, conta a ida e o retorno, com um share de quase 45% nas vendas BSP”. Contam também os passageiros que seguem para o Brasil, mas que este ano não foi significativo tendo em conta que a transportadora aérea caboverdia-na mudou o horário dos voos para a cidade da Praia, que fazem ligação a Fortaleza, tendo, por isso perdido muitos passageiros.a alteração dos horários para a ca-pital de Cabo verde deveu-se ao en-cerramento do aeroporto da Praia à noite para obras, “o que nos obrigou a ter um horário com péssima liga-ção para Fortaleza a partir de Lis-boa, principalmente no regresso, em que os passageiros tinham que pas-sar 8 horas na Praia, o que é prati-camente invendável”, referiu Mário almeida, para acrescentar que “esta situação, que deverá ficar resolvida a partir de dezembro, veio em má altura, até porque já tinhamos feito um grande trabalho em Fortaleza no sentido da captação do tráfe-

go para Portugal. Ou seja, o nosso maior tráfego não estava no Portu-gal/Fortaleza, mas no inverno”.No entanto, os TaCv tiveram co-nhecimento desta situação em julho, tendo de imediato informado os ope-radores. O responsável garantiu que, “logo que o aeroporto da Praia es-teja operacional à noite, reajustare-mos o horário, que permite conexão entre os dois voos de hora e meia”.No verão deste ano, recorde-se, os TaCv, que tem resolvido o seu pro-blema da frota com um B757 e dois B737, ofereceram dois voos para o Sal e dois voos para a Boavista, com partidas de Lisboa. Do Porto, a operação contou com dois voos se-manais para a Boavista e um para o Sal, quando no verão de 2012 havia reduzido a oferta. “Considerando que os aviões têm 174 lugares e que operaram quase a 100% da ocupa-ção, dão-nos a perceção dos núme-ros”, evidenciou Mário almeida. Quanto à operação da Praia, man-teve-se o mesmo número de voos do ano passado, com ligações todos os dias, exceto às terças-feiras. “Para esta cidade tivemos, para além do nosso principal concorrente/parcei-ro, a TaP, a entrada da royal air Maroc acabou de desviar algum tráfego”, disse. Para São vicente os TaCv oferecem uma frequência semanal, às sextas-feiras, tendo du-rante o verão feito duas operações pontuais. “O mercado de São vicen-te suporta apenas um voo semanal, falando apenas do tráfego gerado em Portugal”, esclareceu.a entrada de mais um operador aé-reo para a Boavista, neste caso a TaP, “vem ajudar na divulgação do destino e, o facto de termos contra-tos com três operadores, permite-nos manter a operação nos mesmos moldes”.Para Espanha, e como forma de reduzir o risco,a companhia reali-za um voo que vem do Sal e passa por Lisboa em direção a Madrid. No último verão, de julho a setembro, a operação era composta por duas frequências com uma ocupação que rondou os 98%

aA RYANAIR deu início, no passado dia 26, aos voos de e para o Aeroporto de Lisboa, a partir de quatro aeroportos europeus, nomeadamente, Londres – Stansted, Bruxelas – Charleroi, Paris - Beauvais e Frankfurt- Han, aos quais se juntará, a partir de abril, uma ligação diário a partir de Dublin. A Ryanair anunciou o início dos voos de e para Lisboa no passado dia 16 de setembro, com quatro rotas que somam um total 25 frequências semanais, e que irão representar 400 mil passageiros no primeiro ano de operações. No passado dia 14 de novembro, a low cost anunciou tam-bém o início de uma ligação diária entre Dublin e Lisboa, que aumenta para cinco o total de rotas de e para o Aeroporto da Portela. A Ryanair vai disponibilizar um total de 460 mil lugares/ano nas quatro rotas de e para Lisboa prevendo transportar em 2014 cerca de 400 mil passageiros, com uma taxa de ocupa-ção média de 85%, disse em Lisboa o vice-presidente executivo da low cost, Michael Cawley. Nos dois voos diários entre Lisboa e Londres Stansted, a companhia vai disponibilizar 240 mil lugares por ano em dois voos diários, nas rotas de Charleroi (Bruxelas) e Beauvais (Paris) 80 mil em cada, com quatro voos semanais, para Hahn (Frankfurt), 60 mil em três voos semanais.No total, já contando com as quatro rotas de Lisboa, a Ryanair passa a ter 71 rotas de e para Portugal, uma vez que a companhia já tem bases no Porto e em Faro, com um total de cerca de 60 rotas internacionais, e uma doméstica, a ligar as duas cidades. Os quatro aeroportos para onde a Ryanair vai voar de e para Lisboa “são os melhores aeroportos nestas cidades, porque têm as tarifas mais baixas e o melhor serviço”, defendeu ainda o vice-presidente executivo da low cost, ‘desenterrando’ uma ‘velha máxima’ da Ryanair, que é a opção por aeroportos secundários, ainda que mais longe das cidades pretendi-das pelos clientes, mas onde é mais necessária e pode obter melhores condições.

ryanair já chegou a Lisboa de 4 cidades europeias

TACV: Falta de camas em Cabo Verde no inverno trava crescimento em Portugal

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2013 / NOvEMBrOÚltima

Turismo de Portugal tem novo presidente

Constituída nova Associação Nacional do Turismo

GOVErNO já escolheu quem irá substituir Fre-derico Costa à frente do Turismo de Portugal.

joão Cotrim de Figueiredo é o eleito.O ministério da Economia confirma que “por despacho do secretário de Estado do Turismo, adolfo Mes-quita Nunes, nomeou joão Cotrim Figueiredo para Presidente do Tu-rismo de Portugal”.Numa nota à imprensa, o ministério da Economia, refere que “o proces-so de escolha do novo presidente do Turismo de Portugal passou pelo crivo da CrESaP que, no fim do processo de avaliação, selecionou e enviou para apreciação da tutela o nome de três personalidades com perfis diferentes e grande qualida-de”. acrescentando que se seguiu “um processo de entrevistas que resultou na escolha pela tutela de joão Cotrim Figueiredo”.Não se sabe quem irá acompanhar Cotrim de Figueiredo no Conselho Diretivo do Turismo de Portugal. Fonte oficial do ministério da Eco-nomia confirmou que ainda não foi recepcionada a lista para a seleção

dos restantes membros do conselho directivo do Turismo de Portugal. Este processo está a ser liderado pela CrESaP de forma distinta.Formado em Economia pela Lon-don School of Economics e com um MBa pela Universidade Nova de Lisboa, joão Cotrim de Figueiredo, de 52 anos, desempenhou diversos cargos empresariais e académicos desde 1979.Entre 2005 e 2006, foi presidente da comissão executiva da Compal e da Nutricafés, desempenhando funções idênticas, e onde trabalhou com o atual ministro da Economia. antónio Pires de Lima não ficou na empresa que tinha tentado também adquirir com um MBO, mas deixou lá ficar joão Cotrim Figueiredo, quando em 2006 rumou para o Norte para substituir Ferreira de Oliveira à frente da Unicer. Três anos mais tarde, na Privado Hol-ding, dona do BPP, a que se seguiu uma experiência como diretor-geral da Tvi.joão Cotrim de Figueiredo era, desde 2007, accionista e adminis-trador da jason associates e, este ano, tornou-se accionista e adminis-

trador da Faber ventures.O mandato de Frederico Costa à frente do Turismo de Portugal ter-minava no final de 2013, mas o gestor pediu para abandonar o car-go mais cedo, assumindo funções na visabeira Turismo.O Turismo de Portugal é a en-tidade responsável pela “pro-moção, valorização e sustenta-bilidade da atividade turística, agregando numa única entidade todas as competências institucio-nais relativas à dinamização do turismo, desde a oferta à procura”, refere a página daquela entidade. a missão do Turismo de Portugal consiste em “qualificar e desen-volver as infraestruturas turísticas, desenvolver a formação de recursos humanos, apoiar o investimento no setor, coordenar a promoção inter-na e externa de Portugal como des-tino turístico e regular e fiscalizar os jogos de fortuna e azar”. Entretanto, a Confederação do Tu-rismo Português (CTP) congratu-la-se com a nomeação de joão Co-trim Figueiredo para presidente do Turismo de Portugal. a escolha foi anunciada ontem, dia 26 de novem-

bro, por despacho do Secretário de Estado do Turismo, adolfo Mesqui-ta Nunes. Sobre esta nomeação, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, afir-ma que “o Turismo de Portugal tem uma missão importantíssima na va-lorização e sustentabilidade da ac-tividade turística, ao acumular to-das as competências institucionais do sector. Estou convicto de que um gestor com a formação e expe-riência de joão Cotrim Figueiredo nas mais diversas organizações por onde passou tem o perfil adequado para exercer estas funções tão im-portantes e estratégicas para um sector responsável por 14% das exportações de bens e serviços, 10% do Produto interno Bruto e 8% do emprego no país”.

UmA NOVA associação Nacional do Turismo – aNT acaba de ser constituída, integrando como fundadores as Entidades regionais de Turismo do algarve, alentejo, Centro de Portugal, Por-to e Norte de Portugal, assim como, a Direção regional de Turismo da Madeira. Sem fins lucrativos, a associação tem como missão a gestão de uma plataforma de coesão e concertação entre os seus associados. No âm-bito das políticas regionais e locais, a aNT visa constituir um fórum de coordenação de esfor-ços, e de concentração das estratégias adequa-

das ao desenvolvimento sustentado do Turismo nas suas diversas componentes; por forma a dar consistência e competitividade à oferta, e procurar maior eficiência e assertividade na promoção e comercialização, junto da procura.Deste modo, a associação tem por objetivo con-tribuir, de forma pró-ativa, para o planeamento e desenvolvimento do turismo sustentado no território nacional, preenchendo um hiato há muito existente. Destaque para a manifestação de interesse, já transmitida à aNT por outras organizações públicas e privadas do sector turístico, em inte-grar a associação. assim, e no futuro próximo, a aNT pretende congregar sinergias e adesões, junto de todas as entidades associativas dos agentes económicos do Turismo, e em paralelo constituir-se como voz interlocutora específica, junto das entidades públicas que interagem com toda a organização turística nacional.

O

O COnseLhO De MinistrOs aprovou a concessão de incentivos fiscais à construção do 4 estrelas Vila galé Évora, considerado um projeto de investimento “de especial interesse para a economia nacional”. a decisão consta do comunicado divulgado no final da reunião, no qual é indicado que a Vila galé Évora - investimentos turísticos e imobiliários terá “um crédito a título de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e uma isenção de imposto do selo”. O projecto do Vila galé Évora é um dos oito investimentos no mon-tante total de 151 milhões de euros a que o Conselho de Ministros decidiu atribuir incentivos ficais, segundo o comunicado, no qual é referido que no contrato com a Vila galé Évora - investimentos turísticos e imobiliários o governo é representado pela aiCeP. Já em agosto o grupo Vila galé tinha informado ter obtido a apro-vação pelo Quadro de referência estratégica nacional (Qren) de um incentivo de 4,2 milhões de euros para a construção de um hotel em Évora. O Vila galé Évora ficará “nas proximidades da muralha da cidade”, segundo uma informação no website do grupo hoteleiro, numa área de 16.800 metros quadrados, e terá 186 quartos e seis suites, uma área de convenções de 300 metros quadrados e um spa satsanga.

governo aprova incentivos fiscais à construção do Vila galé Évora

João Cotrim de Figueiredo