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Vidas Secas - 3ª D - 2011

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GRACILIANO RAMOS Nascido em Quebrângulo – AL (1892),

morreu no Rio de Janeiro (1953). Estudou em Maceió, e não chegou a cursar uma faculdade.

Autor de Vidas Secas, é considerado um dos mais importantes escritores do moderno romance brasileiro.

No início dos anos 50, já consagrado como romancista, falece de câncer na capital carioca.

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Principais ObrasRomances

Caetés (1933); Angústias (1936);

São Bernardo (1938); Vidas Secas (1938). Literatura Infantil

Histórias de Alexandre (1944);Dois dedos (1945);

Histórias Incompletas (1946).

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A história em Vidas Secas começa com a fuga de uma família nordestina fugindo da seca do sertão. Fabiano, o pai da família, é um vaqueiro com dificuldade de se expressar. Não tem aspirações nem esperanças de vida. Sinhá Vitória é a mãe, é mais "madura" do que seu marido Fabiano, também não se conforma com sua situação miserável, e sonha com uma cama de ouro como a de Tomás de Bolandeira. Os dois filhos e a cadela Baleia acabam por concluir essa família.

O menino mais novo sonha ser como o pai, já o mais velho desejava a presença de um amigo, conformando-se assim com a presença de sua cadela Baleia, a qual portava-se não como um animal, mas sim tratada com um ente e ajudava Fabiano e sua família a suportar as péssimas condições.

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Depois de muito caminhar a família chega a uma fazenda abandonada, onde acabam ficando. Após de um curto período de chuva o dono da fazenda retorna e contrata Fabiano como seu vaqueiro.

Fabiano vai a venda comprar mantimentos e lá se põem a beber. Aparece um policial que Fabiano chama de Soldado Amarelo, que o convida para jogar baralho com os outros. O jogo acontece e numa desavença com o Soldado Amarelo, Fabiano é preso maltratado e humilhado, aumentando assim sua insatisfação com o mundo e com sua própria condição de homem selvagem do campo.

Fabiano é solto e continuando assim sua vida na fazenda. Sinhá Vitória desconfia que o patrão de Fabiano estaria roubando nas contas do salário do marido. A família participa da festa de Natal da cidade onde se sentem humilhados por diversos "patrões" e "Soldados Amarelos". Baleia fica doente e Fabiano a sacrifica.

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Não satisfeito e sentindo-se prejudicado com o patrão, Fabiano resolve conversar com seu patrão, este que ameaça despejar Fabiano da fazenda. Fabiano tenta esquecer o assunto e acaba ficando muito indignado. Na voltada venda Fabiano encontra o Soldado Amarelo perdido no mato. Fabiano pensa em matar o Soldado Amarelo, porém sentindo-se fraco e impossibilitado, acaba ajudando o soldado a voltar para a cidade.

A seca atinge a fazenda e faz com que toda a família fuja novamente, só que desta vez, todos vão para o Sul, em busca da cidade grande, sem destino e sem esperança de vida.

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Personagem Protagonista Fabiano – Nordestino pobre, marido de

Sinhá Vitória, pai de dois filhos. Procura trabalho desesperadamente, bebe muito e perde dinheiro no jogo.

Personagem Antagonista Soldado Amarelo – Corrupto,

oportunista e medroso, o Soldado Amarelo é símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado porém não é forte sozinho.

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Personagens Secundários

Sinhá Vitória – Mulher de Fabiano, sofrida, mãe de dois filhos, lutadora, sonhadora e trabalha muito.

Filho mais novo e Filho mais velho – São crianças pobres e sofridas que não tem noção da miséria em que vivem.

Baleia – Cadela da família, tratada como gente, humanizada em vários momentos e muito querida das crianças.

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O Dono da Fazenda – Contrata Fabiano para trabalhar em sua fazenda, desonesto, explorava seus empregados.

O Fiscal da Prefeitura – Intolerante e explorador.

Tomás de Bolandeira - Aparece somente por meio de evocações, é tido como referência por Fabiano e Sinhá Vitória.

Seu Inácio – Dono do bar.

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O tempo de narrativa medeia duas secas. A primeira que traz a família para a fazenda e a segunda que a leva para o Sul. Mesmo possuindo algumas referências cronológicas na obra, o tempo é psicológico e circular.

"... Sinhá Vitória é saudosista. Lembra-se de acontecimentos antigos, até ser despertada pelo grito da ave e ter a idéia de transformá-la em alimento“.

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O espaço é físico, refere-se ao sertão nordestino, descrito com precisão pelo autor.

"... na lagoa seca, torrada, coberta de caatingas e capões de mato".

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No romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, encontramos a narração em

terceira pessoa, com narrador onisciente. Podemos encontrar muitas

vezes os discursos indiretos livres. É o próprio narrador que revela o interior

dos personagens através de monólogos interiores. O foco narrativo ganha

destaque ao converter em palavras os anseios e pensamentos das

personagens.

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Com estilo seco, conciso e sintético, o autor deixa de lado o sentimentalismo a favor de uma objetividade e clareza. Seu estilo seco, frio, enxuto e impessoal, repleto de senso psicológico.

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O livro consegue desde o título mostrar a desumanização que a seca

promove nos personagens, cuja expressão verbal é tão estéril quanto o solo castigado da região. A miséria causada pela seca, como elemento natural, soma-se à miséria imposta pela influência social, representada

pela exploração dos ricos proprietários da região.

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Graciliano Ramos ao lado de José Lins do Rego, destaca-se no papel de romancista da segunda fase do Modernismo (1930 - 1945).

Graciliano Ramos tornou sua obra mais uma vertente de nosso rico romance regionalista.

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Esse livro retrata fielmente a realidade brasileira não só da época em que o livro foi escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça social, miséria, fome, desigualdade, seca, o que nos remete a idéia de que o homem se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência.

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http://www.coladaweb.com/literatura/analise-de-obras/vidas-secas

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/v/vidas_secas/

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