Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010

Boletim nº 3

31 de julho, 2010

O Boletim ConBraSD é uma publicação trimestral do Conselho Brasileiro para Superdotação, de acesso exclusivo para os seus sócios. Todas as matérias e informações veiculadas no boletim são de inteira responsabilidade de seus autores. Propostas para os próximos números podem ser enviadas por e-mail para o Editorial do Boletim (boletim@conbrasd.com.br) até 15 dias antes de sua publicação, que, em 2010, ocorrerá nos dias 31 de setembro e 31 de dezembro, respectivamente.Editora: Profa. Dra. Christina Cupertino.

Editorial

Publicamos o terceiro número do Boletim do ConBraSD, mantendo o compromisso de oferecer aos associados três edições até o final de 2010.

Novamente contamos com preciosas colaborações de nossos associados, que compartilham aqui notícias, projetos, trabalhos acadêmicos.

Nesse número temos as últimas notícias sobre o Congresso Internacional do ConBraSD, que já conta com mais de 800 inscrições. Convidamos todos os associados a participar desse importante evento, que certamente trará boas novidades quanto à atenção às pessoas com altas habilidades, no Brasil e no mundo.

Além disso temos uma resenha, relatos de intervenções e uma monografia. Escolhemos algumas dissertações apresentadas em 2009 a diferentes instituições de ensino, e reservamos ainda muitas outras para publicação em boletins futuros.

Aguardamos novas contribuições para o próximo número, em setembro.

Boa leitura!

Christina Cupertino

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010Agenda

Congresso Internacional do ConBraSD

Participe!!!!

Informações e inscrições no site do ConBrasd: www.conbrasd.com.br

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Cancelamento de prêmio de poesia

Foi cancelada a II BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA (II BIP) e, em consequência, o cancelamento se estende também ao II Prêmio Talento Literário/Poesia em Supedotação, assim como a todos os eventos integrados à II BIP.Infelizmente, o conjunto de fatos desagradáveis ocorridos recentemente e que envolvem de forma contundente grande parte dos integrantes do governo do Distrito Federal gerou o cancelamento de qualquer projeto que envolva o recebimento de verbas advindas de parceiros, e, dessa forma, a BNB perdeu todo o patrocínio já confirmado para a realização do evento.Nota oficial do diretor da Biblioteca Nacional de Brasília foi repassada aos poetas inscritos, familiares, escolas e demais pessoas que de forma brilhante se dedicaram e se envolveram em sua realização até esta etapa. Esperamos que todos se solidarizem com o prof. Antônio Miranda, que em momento nenhum deixou de lutar para que a decisão fosse diferente da que ocorreu.Toda a equipe coordenadora do evento em nível nacional conta com o apoio dos NAAHS e CONBRASD no sentido de levar a notícia aos nossos poetas de forma que compreendam o que para nós foi uma fatalidade pedagógica. E, se possível, manifestem ao seu representante em nível local, da forma mais viável a cada estado, o valor do seu talento na área da poesia.Não faltarão novas oportunidades para reunirmos esses brilhantes talentos e revivermos o grande momento vivido em 2008, por ocasião da I BIP e I Prêmio.

 NOTA OFICIAL

Cancelamento da II Bienal Internacional de Poesia de Brasília

A Comissão Organizadora da II Bienal Internacional de Poesia de Brasília (II BIP) comunica ao público em geral que, considerando as dificuldades e o atraso na aprovação do projeto da Bienal pela Lei Rouanet, a conjuntura política desfavorável por que passa o Governo do Distrito Federal, o contingenciamento de recursos por parte do Governo Federal e a captação insuficiente de patrocínios para o evento, decidiu pelo cancelamento da II BIP, tendo em vista que, lamentavelmente, apesar de todos os esforços empregados, inclusive com últimas gestões implementadas nas primeiras semanas de julho, não foi possível reunir as condições mínimas necessárias para a sua realização no período de 3 a 7 de setembro de 2010.A Comissão Organizadora esclarece ainda que a realização do Simpósio de Crítica de Poesia dependerá da liberação dos recursos pedidos às agências de fomento por meio da Universidade de Brasília (UnB).Em face dos motivos expostos, a Comissão Organizadora pede desculpas pelos transtornos causados pela decisão tomada, oportunidade em que espera contar com a compreensão de todos.

Brasília – DF, 15 de julho de 2010.

ANTONIO MIRANDACoordenador Geral

 

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010Livro

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010Resenha

Resenha CríticaCUPERTINO, C. M. B. (Org.) Um Olhar para as Altas Habilidades: construindo caminhos. São Paulo: FDE, 2008.

Miguel Cláudio Moriel Chacon1

Carlos Eduardo Paulino2

Há, entretanto, quase inteiramente descurado dos educadores, um grupo de crianças com grande possibilidade de tomar as rédeas da vida social de amanhã e imprimir-lhe a direção que seria realmente a melhor.

Helena Antipoff (1946)

A começar pela carta da Secretária da Educação do Estado de São Paulo (SEESP), em 2008, notamos que, no livro resenhado, não se faz distinção entre os termos Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), o que não está inteiramente de acordo com a literatura brasileira. A pesquisadora Soraia Napoleão Freitas (UFSM/RS) não aprecia a terminologia superdotação, como discutido em sua obra “Educação e Altas Habilidades/Superdotação: a ousadia de rever conceitos e práticas”, de 2006; já Eunice Soriano de Alencar (UnB/DF e UCB/DF) e Denise de Souza Fleith (UnB/DF), distinguem os dois termos, o que fica claro no livro “Desenvolvimento de Talentos e Altas Habilidades: orientação a pais e professores”, organizado em 2007. A mesma carta chama a atenção para a segregação, evasão escolar e discriminação aos quais são submetidos os alunos AH/SD, bem como para o fato de serem associados somente à competência acadêmica. Christina Cupertino, desde o início da obra, ressalta a terminologia Altas Habilidades e a necessidade de serem implantadas atividades de identificação e acompanhamento educacional, levando-se em consideração a realidade do Estado de São Paulo. Para isso, entende que a capacitação é de suma importância, e que vem sendo oferecida pela SEESP desde 2002, por meio do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE), financiador da obra em questão.

Em seu primeiro capítulo, a autora demonstra indignação quanto à atenção inadequada à categoria de alunos com AH/SD no Brasil, indignação esta que fica clara 1 Professor Assistente Doutor do Departamento de Educação Especial e Docente da Pós Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP, Campus de Marília.

2 Graduando em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP, Campus de Marília. Pós-Graduando em Psicopedagogia Institucional e Clínica e em Saúde Mental e Atuação Psicossocial – INDEP Marília. Coautor e bolsista do Programa de Atendimento a Auxílio a Alunos Talentosos, Altas Habilidades/Superdotados e Gênios (PROGEN).

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010ao explicitar que a superdotação, na contramão dos demais países do globo terrestre, “(...) é predominantemente ignorada, quando se trata da prática

educacional. (...) Num país pleno de carências, não se considera relevante o atendimento diferenciado a quem já foi privilegiado com um dom especial” (CUPERTINO, 2008: 10).

Segue relatando a história de Pessoas com Altas Habilidades (PAH), e, curiosamente, cita os estudos de William Stern (1911), Spearman (1904) e Galton (1869), como pioneiros, aos quais acrescentaríamos as pesquisas de Alfred Binet, a partir de 1916. Aliás, para o conhecimento das Teorias das Inteligências (TIs), recomendamos a leitura do livro Inteligências Múltiplas Perspectivas de Gardner, Kornhaber e Wake (1998). Nesse relato a autora nos revela a descrença em testes de aptidão, a partir de 1960, em função da igualdade de educação para todos, o que gerou conflitos entre as idéias de educação para a igualdade ou para a excelência, tanto que alerta que a Educação Especial para os alunos talentosos, durante muito tempo foi vista como elitista e discriminadora.

Continua definindo e diferenciando superdotação, altas habilidades, talentos, bem como utilizando a legislação para corroborar a idéia da necessidade de uma educação especializada, destinada a esses alunos, alertando para o perigo de se incorrer no erro de confundir conceitos como precoces e prodígios com AH/SD. Discute as diferentes abordagens adotadas por Sternberg (2006), Gardner (1998), Winner (1998) e Renzulli (1986). Analisa os trabalhos de Landau (2002), Pérez (2006) e Guenther (2000), avaliando as assincronias, as inteligências e os problemas dos testes de inteligência. Como exemplos das Múltiplas Inteligências cita variados casos, desde o acadêmico ao naturalista, em diversas partes do mundo. Ainda nos aspectos das características, indiretamente, traz à tona a importância da família, muito a gosto de Ellen Winner (1998), em seu livro “Crianças Superdotadas: mitos e realidades”, e o Desenvolvimento Moral, bastante discutido no livro “Desenvolvimento de Talentos e Altas Habilidades: orientação a pais e professores”, de autoria de Fleith e Alencar (2007).

Na parte prática da obra, avalia riscos, educação diferenciada, aceleração e enriquecimento para os alunos com AH/SD. Sugere a parceria escolas-universidades e relata as dificuldades da implantação de um efetivo programa educacional, por conta

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010da discriminação velada e do desconhecimento acerca das necessidades desses alunos. Não obstante, analisa a legislação brasileira e sugere várias atividades de acompanhamento educacional, uma vez que essa modalidade de aluno também tem necessidades educacionais adicionais.

Finaliza a obra com a reconhecida discussão sobre os limites, que não existem, para os AH/SD. O limite existe para quem desconhece, ou não reconhece, um PAH. Cumpre dizer que nessa importante obra, introdutória ao assunto, as ilustrações foram feitas por alunos que apresentam Altas Habilidades artísticas em diferentes faixas etárias. A obra é de fundamental importância e, para pesquisadores que pretendem iniciar trabalho nesta temática, é parada e leitura obrigatória.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTIPOFF, H. A Educação de bem-dotados. Belo Horizonte: Revista do Ensino, 1946.

BINET, A.; SIMON, T. The development of intelligence in children (The Binet-Simon Scale). New York: The Arno Press, 1916.

CUPERTINO, C. M. B. (Org.) Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. São Paulo: FDE, 2008.

FLEITH, D. S.; ALENCAR, E. M. L. S. (Org.) Desenvolvimento de talentos e altas habilidades: orientação a pais e professores. Porto Alegre: Artmed, 2007.

FREITAS, S. N. (Org.). Educação e Altas Habilidades/Superdotação: a ousadia de rever conceitos e práticas. Santa Maria: Editoraufsm, 2006.

GARDNER, H.; KORNHABER, M. L.; WAKE, W. K. Inteligência: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Artmed, 1998.

WINNER, E. Crianças superdotadas: mitos e realidades. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010Projetos e Intervenções

RELATÓRIO SOCIAL: INSTRUMENTO DE TRANSPARÊNCIA E PRESTAÇÃO DE CONTAS À SOCIEDADE CIVILInstituto Rogerio Steinberg lança seu primeiro relatório socialO IRS – Instituto Rogerio Steinberg lançará, no dia 20 de julho, o seu primeiro Relatório Social, cujo objetivo é apresentar os programas de atividades educativas, a metodologia utilizada e os resultados alcançados, ao longo dos 12 anos de existência. Este instrumento de transparência e prestação de contas para atuais patrocinadores, parceiros, apoiadores e toda sociedade civil, tem a intenção de dar visibilidade as ações em prol de crianças e jovens talentosos, bem como, despertar o interesse de instituições públicas e privadas para o envolvimento com esta causa social.Desde a sua criação o IRS já beneficiou mais de 26.000 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica, despertando e desenvolvendo talentos, através de atividades educativas complementares ao ensino acadêmico formal. O Programa Desenvolvendo Talentos, realizado na Sede do IRS, dá a oportunidade para que os seus beneficiários tenham acesso à atividades diferenciadas que potencializam suas habilidades, dando-lhes condição de se tornarem agentes geradores de conhecimento e protagonistas de sua transformação social. Para baixar o Relatório Social IRS, acesse www.irs.org.br 

MODELO DE ENRIQUECIMENTO ESCOLAR COMO ALTERNATIVA METODOLÓGICA PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO COM ALUNOS INDISCIPLINADOS: EXPERIÊNCIA NO ENSINO REGULAR NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU/PR

PALUDO, Karina Inês. 3

PASINI, Juliana Fátima Serraglio.4

A indisciplina escolar está frequentemente centrada nos anseios por parte dos educadores acerca do trabalho pedagógico, já que esta, por sua vez, pode

3 Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste. Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Práticas Educativas – Mediar. Professora da rede municipal de Foz do Iguaçu/PR. E-mail: karina_paludo@hotmai.com4 Formada em Pedagogia pela União Dinâmica de Faculdades Cataratas. Professora da rede municipal de Foz do Iguaçu/PR. E-mail: july_serraglio@hotmai.com

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010comprometer a apropriação dos conteúdos curriculares por parte do aluno indisciplinado bem como do restante da turma.

Nota-se que, como aspecto agravante para tal comportamento, a falta de interesse do educando nos temas propostos pelo professor ou na maneira como este é abordado.

Assim sendo, instigados por uma constante preocupação quanto à exclusão e estigmas à uma turma de 3º ano do ensino regular do município de Foz do Iguaçu/PR, e a crença no potencial dos alunos, desenvolveu-se um trabalho pedagógico, tendo como amparo teórico a estratégia denominada Modelo Triádico de Enriquecimento do Modelo de Enriquecimento Escolar, advindos da Teoria Concepção dos Três Anéis, proposta pelo psicólogo norte-americano Joseph Renzulli.

A referida turma, caracterizada por comportar alunos com dificuldade de controlar o próprio corpo, conversa em excesso, falta de respeito aos colegas e brigas violentas muito frequentes, sendo alvo de reclamações por parte dos professores, uma vez que, dificilmente alguma proposta de aula era concretizada.

Tal cenário gerou uma grande preocupação com a apropriação dos conteúdos bem como desenvolvimento cognitivo, afetivo, físico e social, já que os alunos acabavam sendo marginalizados e culpados pelo fracasso escolar, pelo próprio discurso dos professores e equipe pedagógica, desconsiderando que a indisciplina é fruto de uma junção de diversos fatores, sendo um determinante na aprendizagem.

Dessa forma, pretendeu-se canalizar a atenção e energia dos alunos “problema”, como geralmente referem-se à estes, para a participação, tomada de decisões, motivação, interesse e criatividade destes nas atividades propostas, na apropriação dos conteúdos curriculares, ou conteúdos e assuntos advindos do interesse destes alunos, o que traria um maior aproveitamento escolar além da produção de conhecimento por parte destes.

Almejou-se, portanto, possibilitar aos alunos o papel de sujeitos ativos no processo de construção do conhecimento, através das oportunidades lhes oferecidas, como oportuniza o Modelo Triádico de Enriquecimento.

A referida metodologia de ensino reconhece a totalidade do educando, além de enfatizar o “[...] desenvolvimento de suas habilidades baseadas em estratégias que

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010buscam valores e percepções pessoais, possibilitando aos alunos a superação dos desafios encontrados no mundo real” (PEREIRA; GUIMARÃES, 2007, p. 166).

A esse respeito faz-se importante ressaltar que, “não se trata de um pacote instrucional pronto e fechado, mas sim de um plano de organização a ser adaptado conforme as necessidades do professor e do aluno e as características do ambiente escolar” (CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007, p. 57).

Subjacente ao Modelo de Enriquecimento Curricular, o Modelo Triádico de Enriquecimento, consiste em uma proposta de aprendizagem que dirigi-se para a implementação de atividades diferentes daquelas que são comumente encontradas na educação forma. Para tanto, propõe três tipos de atividades de enriquecimento, sendo estas: Atividades de Enriquecimento do Tipo I, do Tipo II e do Tipo III (PEREIRA; GUIMARÃES, 2007).

Tais atividades podem ser realizadas individualmente ou em grupo, tendo como pressuposto, os interesses, habilidades e estilos de aprendizagem de cada aluno envolvido. Como caminho metodológico para a concretização da proposta de trabalho pedagógico, partiu-se das Atividades de Enriquecimento do tipo I, II e III.

Deste modo, iniciou-se por meio da exploração acerca de assunto concernente à Copa do Mundo 2010, presentes de maneira intensa em todos os meios televisivos e eletrônicos: a historização do futebol, bem como da copa do mundo e apresentação do mascote da copa 2010 (atividade do tipo I).

Esta explanação impulsionou nos alunos a curiosidade quanto aos mascotes das copas anteriores e o interesse em confeccionar seu próprio mascote para a próxima Copa do Mundo.

Dessa forma, possibilitou-se aos educandos acesso à materiais de pesquisa e técnicas de desenho para realização do projeto (atividade do tipo II).

Após essa etapa, ofereceu-se materiais alternativos para materialização dos mascotes (atividade do tipo III).

Como propõe o modelo, após o término das atividades, fez-se uma audiência, ou seja, a exposição oral acerca do trabalho de cada aluno.

Diante da realização do presente trabalho, pode-se averiguar que a Metodologia de Enriquecimento é uma alternativa apropriada na educação de alunos indisciplinados, uma vez que, ao partir dos interesses e participação dos mesmos na elaboração da proposta de estudo, a aprendizagem acontece de forma significativa,

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010os motivando na realização das atividades. Possibilitando assim, o desenvolvimento global e a descoberta de potenciais, que se não explorados, poderão ser abafados e consequentemente perdidos.

Esta metodologia de ensino permitiu a descoberta de talentos na área artística, o que resultou no encaminhamento destes para desenvolvimento do potencial. Constatou-se a esse respeito que, as crianças indisciplinadas tendem a interessar-se por trabalhos manuais, concretos, artísticos, que muitas vezes acabam sendo mascaradas, visto que para alguns professores que possuem dificuldade em conduzir a atividade em sala de aula sem ter um regime autoritário, o trabalho com materiais alternativos é sinônimo de bagunça e falta de limite, pois os alunos não estarão sentados e silenciosos o tempo todo.

Averiguou-se que a proposta desenvolvida por Renzulli – a de concretização no ensino regular -, pode ser implementada, sendo uma alternativa para estímulo da produtividade, além de propiciar o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos educandos.

Concluiu-se que, as habilidades, estilos, dificuldades e interesses de cada aluno devem ser uma preocupação central do professor na proposta e desenvolvimento do trabalho pedagógico, onde dessa forma, estar-se-á valorizando o indivíduo como um ser ativo do processo ensino-aprendizagem, o que propiciará o desenvolvimento de potenciais, evitando dessa forma, os estigmas tão comuns em torno da escola. Referências BibliográficasCHAGAS, J. F; MAIA-PINTO, R. R; PEREIRA, V. L. P. Modelo de Enriquecimento Escolar. In: FLEITH, Denise S. (Org.) A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: Volume 2: atividades de estimulação de alunos. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.

PEREIRA, V. L. P; GUIMARÃES, T.G. Programas educacionais para alunos com altas habilidades. In: ALENCAR, Eunice M. L. de; FLEITH, Denise S. Desenvolvimento de talentos e altas habilidades: orientação a pais e professores. Porto Alegre: Artmed, 2007.

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010Trabalhos acadêmicos

ADRIANA OLIVEIRA GUIMARÃES CARDOSO. IDENTIFICANDO ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA COM POTENCIAL PARA ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO. 01/06/2009. 136p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – EDUCAÇÃO

Orientador(es): MARIA ALICE D´ÁVILA BECKER

Resumo:

A presente pesquisa buscou identificar adolescentes em situação de rua participantes do Programa Municipal “Criança Urgente” com potencial para Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). O método utilizado foi a Inserção Ecológica abrangendo visão contextualizada mediante a história de vida, características dos sujeitos, concepções sobre as potencialidades nos contextos de interação, fatores de risco e proteção ao desenvolvimento. Os participantes da pesquisa envolveram os técnicos do Programa Criança Urgente, quatro adolescentes indicados, seus responsáveis e professores daqueles que freqüentavam a escola durante a pesquisa. Os instrumentos de coleta de dados foram: Escala para Avaliação das Características Comportamentais de Habilidades Superiores Renzulli-Hartmann (1971) adaptada por Virgolim (2001); Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil; TAEC - Test de Abreacción para Evaluar La Creatividad (La Torre, 1991) e Entrevistas Semiestruturadas. Os resultados sugeriram quatro adolescentes, idade média 14 anos, vinculação às ruas devido trabalho e dependência química, com potencial para AH/SD, apresentando semelhanças nas características de motivação, aprendizagem e planejamento. Características Musicais, Liderança, Comunicação Expressão e Precisão, Drama, Aprendizagem e Criatividade obtiveram resultados significativos diferenciados. Precocidade na locomoção e fala, facilidade na leitura e escrita foram características significativas encontradas em dois adolescentes. Em relação ao AutoConceito, os resultados sugerem desinibição, senso de humor, boa comunicação, dificuldades em se adaptar socialmente e se perceberem inteligentes. Todos os adolescentes apresentam grande desejo por uma identidade social produtiva, sentem tensão ao saberem que a atual fase de vida acarreta maior responsabilidade por suas ações e maior pressão social para que decidam sobre escolhas diárias, sabedores que cada decisão repercutirá não somente em si mesmo, mas também em todo convívio social

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010– família, amigos, professores, técnicos do Programa Criança Urgente, tendem a um sentimento ambivalente em relação ao crescimento. Os resultados do TAEC sugerem que todos os adolescentes possuem potencial para habilidades artísticas gráficas e estilo criativo. O cruzamento dos dados permitiu delinear o perfil de potencialidades de cada adolescente: Carlos – áreas lingüísticas (comunicação), dramáticas, musicais, corporal-cinestésicas e interpessoais (relacionamento); Leandro – áreas interpessoais (liderança) e lingüísticas (comunicação); Lucas – áreas artísticas (em relação à desenho e trabalhos manuais), interpessoais (relacionamento e liderança), musicais e lingüísticas (comunicação); Tiago – artísticas (desenhos), lingüísticas (comunicação, escrita), interpessoal (relacionamento e liderança). Os principais fatores de risco e proteção ao desenvolvimento bem como de suas potencialidades referem-se à situação socioeconômica, condições de moradia, mudanças de moradia, relacionamento social, familiar, drogas, traços de personalidade e ambiente escolar. A literatura científica sugere que as potencialidades identificadas só poderão ser desenvolvidas caso haja uma rede de apoio social que confira proteção e encorajamento tanto intelectualmente quanto emocional. (ALENCAR, 2001; PEREZ 2004; FREITAS, 2006; GUNTHER, 2000; VIRGOLIM, 2000; FLEITH, 2006; SIMONTON APUD LANDAU, 2003; LANDAU, 2003; FRAISER APUD LANDAU, 2003; NEIHART, 2002; UICICH, 2006). Este cenário chama a educação para a diversidade, destacando-se em prol do reconhecimento, aceitação e valorização das potencialidades humanas visando cidadania e superação das adversidades em benefício social.

Palavras - chave: Adolescentes, rua, altas habilidades/superdotação.

BARBARA MARTINS DE LIMA DELPRETTO. A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO COM ELEMENTOS DA CONTEMPORANEIDADE. 01/12/2009. 110p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – EDUCAÇÃO

Orientador(es): Soraia Napoleão Freitas

Resumo:

Em consonância com as culturas, juntamente com os padrões de vida impulsionados pelo momento atual (GIDDENS, 1999), a sociedade vive um período de mudanças

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010rápidas e com impactos na vida cotidiana, considerando que a globalização provoca mudanças econômicas, políticas e culturais. Dentre estas transformações, a escola vislumbra, processualmente, a inserção e a melhoria dos instrumentos e das ferramentas para disponibilização de informações variadas, sendo que alguns desses recursos podem contribuir para que um determinado grupo tenha suas necessidades educacionais específicas atendidas, os alunos com altas habilidades/superdotação. Ciente de que as pessoas com altas habilidades/superdotação apresentam elevados níveis de criatividade, grande envolvimento com as atividades da área de talento e desempenho acima da média em determinadas áreas do conhecimento (RENZULLI, 1997) esta discussão está embasada em autores que retratam a influência da globalização na escola, e a ampliação dos recursos e das experiências escolares, tais como Bauman (1999), Santos (2006), Hall (1998), Castells (2008, 2009) Gardner (2004, 1995) e Renzulli (2004, 1997, 1955) entre outros. Assim, esta pesquisa tem por objetivo investigar como as pessoas com altas habilidades/superdotação reportam a influência escolar no desenvolvimento e estímulo de habilidades com elementos da contemporaneidade. Desta forma, caracteriza-se esta pesquisa como qualitativa e descritiva, utilizando a metodologia de estudo de caso, fundamentada num questionário e numa entrevista, realizados com três sujeitos adultos com idades, localidades e experiências diferenciadas. Dimitri mora em Formosa (GO), Elgabri reside em Porto Alegre (RS) e Lélio é de Santa Maria (RS), sendo que ambos já terminaram o ensino fundamental e médio, um dos critérios de participação. Os resultados indicaram que as consonâncias entre os impactos do período da escolarização e as vivências atuais dos sujeitos fizeram com que estes buscassem oportunidades de acordo com as necessidades específicas apresentadas, caso de Dimitri e Elgabri, ou que negassem a existência destas necessidades, caso de Lélio. A partir disto, a utilização das ferramentas interativas da internet serviu, principalmente, para que houvesse a articulação entre demanda e qualificação profissional, a ampliação da procura de informações pela internet, indicando a relação transversal de todas as áreas de interesse com as ferramentas computacionais, o interesse pela informática como ferramenta de apoio ou nova área de interesse, o desenvolvimento crítico dos sujeitos a respeito das antigas, atuais e futuras experiências. Percebe-se, assim, que mesmo em situações adversas os sujeitos com altas habilidades/superdotação ainda investem no aprofundamento de seus interesses, visando ao reconhecimento profissional e à mobilidade social.

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Boletim ConBraSD nº 3 - 31/07/2010Palavras - chave: pessoa com altas habilidades; superdotação adulta

CRISTINA LUCIA SILVA DOS SANTOS MORAES. ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NEGROS. 01/06/2009. 109p. Mestrado. UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – PSICOLOGIA

Orientador(es): Marsyl Bulkool Mettrau

Resumo:

O presente estudo investigou as altas habilidades/superdotação em crianças e adolescentes negros da Escola Municipal Dr. Lauro Travassos na Caputera, Angra dos Reis, RJ. Para tanto, aplicaram-se os seguintes instrumentos padronizados: Teste das Matrizes Progressivas de Raven (2004), Escalas de Renzulli e Escala para la Valoración de las Características de Comportamento de los Estudiantes Superiores (2001). Dos 156 alunos matriculados, 89 foram avaliados, usando como critério a autorização dos pais para que seus filhos participassem da pesquisa. Os resultados mostraram que, dos pesquisados, 9.0% são superdotados (IS), isto é, estão na faixa intelectualmente superior e, destes, 6,7% são negros e 2,3% são brancos. No total de 71 negros pesquisados encontramos 11% talentosos, ou seja, estão na faixa média superior, 32% ficaram na faixa média, 8,9%, na média inferior e 20%, na faixa intelectualmente deficiente. Concluiu-se que esta escola precisa de um programa que atenda aos superdotados nos moldes garantidos pela legislação. Sugere-se que além de programações para atender aos alunos com altas habilidades/superdotação, tenha-se também um programa para atender aos talentosos com a proposta de Enriquecimento de Renzulli, já que, potencializados em suas habilidades, eles também poderão alcançar o patamar dos superdotados. Para essa escola de maioria negra a aplicação da lei 11645/08, que torna obrigatória o ensino da História da África e do negro no Brasil, tem um significado muito maior, na medida em que a educação voltada para as questões étnicas raciais poderá ser uma estratégia útil para que os negros com altas habilidades/superdotação possam desenvolver suas potencialidades.

Palavras - chave: Altas habilidades/Superdotação; Negros; Educação.

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IZAMARA DA SILVA. TALENTO ACADÊMICO E DESENVOLVIMENTO ESCOLAR: A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL. 01/03/2009. 102p. Mestrado. UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – PSICOLOGIA

Orientador(es): Marsyl Bulkool Mettrau

Resumo:

Os fatores relacionados ao desenvolvimento cognitivo e os programas de atendimento têm sido objeto de crescente investigação entre os pesquisadores deste campo de estudos (Guimarães, 2007). No entanto, a educação direcionada a alunos mais capazes e com características de superdotação ainda apresenta desafios. Um desses desafios é a relação entre motivação, inteligência e altas habilidades/ superdotação. Em face dessas considerações, a presente pesquisa investigou os aspectos motivacionais intrínsecos e extrínsecos que indicam as estratégias usadas por estudantes para favorecer a manutenção dos traços da motivação. Participaram desta pesquisa 52 estudantes de ensino médio da cidade do Rio de Janeiro, bolsistas do Instituto Social Maria Telles, Ismart. A coleta de dados efetivou-se por meio da Escala de Motivação Escolar para Alunos do Ensino Fundamental, desenvolvida por Manzini e Martinelli (2006), cujas orientações motivacionais estão distribuídas em 31 questões, 15 referentes à motivação intrínseca e 16 referentes à motivação extrínseca. Os resultados obtidos apontaram a motivação intrínseca como a principal característica motivacional presente nestes alunos e demonstraram o quão envolvidos estão estes sujeitos nas tarefas as quais se propõem realizar ao longo do Programa Ismart. A média da motivação intrínseca obtida na aplicação da escala foi superior à média da motivação extrínseca, também confirmando este resultado. Muito mais que atingir objetivos e alcançar metas em um Programa voltado para indivíduos com altas habilidades/ superdotação, estes estudantes têm como característica principal o prazer em estudar. Conhecer os aspectos motivacionais destes alunos auxilia na seleção de estratégias que não somente ampliam os diferentes aspectos da motivação, mas permitem que esta se mantenha durante toda a execução das tarefas, favorecendo o alcance de resultados positivos e satisfatórios, criando um ambiente de satisfação e bem estar durante o desempenho escolar de cada um deles.

Palavras - chave: Altas habilidades; talento acadêmico; motivação.

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TRABALHO MONOGRÁFICO DE CONCLUSÃO DE CURSO PALUDO, Karina Inês. Método de Enriquecimento Escolar na Educação de Alunos Alto Habilidosos/Superdotados. 2009. Monografia de Conclusão de Curso – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. A Superdotação/Altas Habilidades, incluída na modalidade de Educação Especial, é tida muitas vezes, como um assunto desconhecido por parte da comunidade em geral. Levando em consideração a necessidade de difusão acerca desta temática, realizou-se um trabalho monográfico para conclusão do Curso de Pedagogia, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. O referencial teórico utilizado partiu de autores da literatura nacional e internacional sobre superdotação, a saber: Alencar e Fleith (2001), Campos e Lourenço (s.d.), Chagas, Maia-Pinto e Pereira (2007), Delou (s.d.), Férrer (2005), Gama (2006), Gardner (1995), Guenther e Freeman (2000), Landau (2002), Mazzota (1999), Novaes (1979), Pereira e Guimarães (2007), Pérez (2003), Renzulli (2004), Sabatella (2005), Vieira (2008), Vieira e Farias (2003), Virgolim (2007a, 2007b) e Winner (1998). Além desses autores, foram utilizadas também leis, resoluções e declarações internacionais e nacionais sobre Superdotação e Educação Especial. Essa fundamentação teórica permitiu a organização desse estudo em uma apresentação acerca do histórico da Superdotação no Brasil, indicando as primeiras iniciativas perpassando pelas principais políticas bem como a visualização do contexto atual. Cabe ressaltar que para concretização deste, reuniram-se todos os estudos publicados acerca da historização da Superdotação em cenário nacional, o que caracterizou um diferencial para o trabalho, por conta da junção dos escritos em um único texto. Em um segundo momento, foram elencadas e explicadas as principais teorias de inteligência que embasam as teorias de Superdotação. Mais adiante se apresentou a caracterização e o processo de identificação de alunos superdotados, e por último foram enumerados os métodos utilizados na educação destes educandos. Cabe destacar que, este estudo teve como recorte de pesquisa o Método de Enriquecimento Escolar, por ser o utilizado na educação brasileira e, também pelo anseio de entendimento de como este se consolida. Para tanto, o estudo foi pautado em pesquisa bibliográfica por meio de fichamentos bibliográficos já citados e pesquisa de campo, tendo como premissa as técnicas de observação participativa e entrevista. A partir das leituras técnicas realizadas e a

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visita ao Núcleo de Atendimento as Altas Habilidades/Superdotação, localizado na cidade de Londrina (PR), pôde-se constatar a forma de aplicação e as vantagens do método pedagógico do enriquecimento escolar com alunos superdotados/alto habilidosos. Assim, conclui-se a inquestionável contribuição do método de enriquecimento escolar na educação de indivíduos superdotados, por possibilitar ao aluno a investigação do conhecimento a partir de seus interesses, levando em consideração seu estilo de expressão e aprendizagem. É importante ressaltar que, este método se usado na escola regular, contribuiria de maneira decisiva na educação de todos os alunos, concretizando no desenvolvimento de muitos potenciais, evitando dessa forma, uma grande parcela de evasão escolar e desperdício de potencialidades. Palavras-chave: Superdotação/Altas Habilidades. Metodologia de Ensino. Método de Enriquecimento. 

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