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CONFERÊNCIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DA CIDADE DE CAMPINAS-SP CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA PREPARAÇÃO DE CONFERÊNCIAS 1

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CONFERÊNCIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DA

CIDADE DE CAMPINAS-SP

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA PREPARAÇÃO DE CONFERÊNCIAS

CAMPINAS2015

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO

2. TEMA

3. OBJETIVOS

4. O QUE É CONFERÊNCIA

5. MARCO CONCEITUAL DA: 8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

6. ROTEIRO E RITUAL DE UMA CONFERÊNCIA.

7. PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

X CONFERÊNCIA MUNICIPALDOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE –

Campinas/SP

1 – APRESENTAÇÃOO Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, realiza a cada 2 anos a Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, tendo como base as Conferências Municipais, Estaduais e no Distrito Federal. Em 2015 será realizada a X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente com o tema: “Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes – fortalecendo os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente”.O CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campinas buscou sensibilizar os espaços que atendem crianças e adolescentes para a organização e articulação para a conferência e criou-se um Grupo de Trabalho Geral com subgrupos, entre eles o Grupo de Trabalho Espaço Formativo. Este grupo tem como objetivo organizar momentos de formação com os adolescentes, preparando estes para a participação nas Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente. Além disso, esses adolescentes serão emponderados para serem sujeitos desse processo, tendo como meta a organização de oficinas para as conferências livres e a lúdica.As Conferências Livres têm como objetivo mobilizar e articular crianças e adolescentes quanto ao Estatuto da Criança e do Adolescente no contexto da X Conferência Nacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes. Essas fazem parte da construção histórica de participação democrática das crianças e dos adolescentes do município de Campinas, conhecidas como conferências regionais, as quais acontecem nas 5 regiões da cidade; as conferências nos centros Socioeducativos da Fundação CASA e a Conferência Lúdica que encerra essa etapa decentralizada e aglutina as mobilizações dando o pontapé inicial para a realização da conferência municipal. São espaços de discussão das Políticas Públicas para a Construção do Plano Decenal da Criança e Adolescente com diálogos, debates e encontros voltados para o fortalecimento da cidadania infanto-juvenil a partir de uma visão crítica, participativa, democrática e

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transformadora, lutando para garantir a participação efetiva de crianças e adolescentes. O Grupo de Trabalho Espaço formativo, juntou alguns referenciais que vêm sendo utilizado com frequência em nosso município e elaborou um material formativo para subsidiar as formações nas entidades, escolas, coletivos, conferências regionais e outros interessados em se prepararem para esse processo. Para tanto, nesse material pode ser encontrado um texto explicando o que é uma conferência e suas etapas; o roteiro e ritual para realização de uma conferência; o plano nacional decenal dos direitos da criança e do adolescente.

A conferência Livre/Lúdica será realizada no dia 28 de março de 2015, das 8h às 17h00, na Entidade Obra São João Dom Bosco, localizada na rua José Paulino, 479 - Centro, Campinas – SP.

Grupo de Trabalho Espaço FormativoLaysa Suéllen (PROGEN)Lucilene Gomes (CEDAP)

Wisllayne Oliveira (FEAC)Março de 2015

2 - TEMA Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes – fortalecendo os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente.

3 - OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL: Garantir a implementação da Política e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, a partir do fortalecimento dos conselhos de direitos da criança e do adolescente. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Sensibilizar e mobilizar a sociedade em geral na defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente;

Fortalecer a participação da sociedade em geral, em especial, das crianças e dos adolescentes, na formulação, monitoramento e avaliação da Política e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.

Fomentar a criação e o fortalecimento dos espaços de participação de crianças e adolescentes nos conselhos de direitos, nos serviços, nos programas e nos projetos públicos e privados, dentre outros, destinados à infância e à adolescência;

Propor estratégias que promovam o fortalecimento dos conselhos dos direitos da criança e do adolescente para a implementação da Política e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes; e

Articular os atores do Sistema de Garantia de Direitos para participarem da elaboração e implementação dos Planos Decenais Estaduais, Distrito Federal e Municipais dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.

A estratégia pode ser definida como o conjunto de objetivos, finalidades, metas, diretrizes fundamentais e os planos para atingir os objetivos postulados, de forma a definir em que situação os conselhos se encontram e a que situação se deseja alcançar.

4 - O QUE É UMA CONFERÊNCIA?Uma conferência de determinada política pública tem o objetivo de verificar como está o desenvolvimento desta política no âmbito local, estadual e nacional. Assim, dependendo da periodicidade estabelecida pela organização nacional, de tempos em tempos – 2,3 ou quatro anos, em geral –, são realizadas novas conferências para avaliar o seu desenvolvimento e estabelecer novas metas, sempre somadas às deliberações anteriores.

4.1 QUEM CONVOCA?O ideal é que os chefes do executivo em cada instância (prefeitos/governador/presidente) determinem o chamamento da sociedade à participação. Caso isto não aconteça, o movimento social organizado, através dos Conselhos ou não, podem se auto-convocar através de edital público e de livre acesso da comunidade. Quais os procedimentos? Convocar a realização da mesma, nomear uma Comissão de Organização, estabelecer o cronograma de ação. Esta Comissão tem a tarefa de elaborar o Regulamento da Conferência e o Regimento da mesma.

4.2 O QUE É A CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE?Desde 1995 a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a partir de deliberações emanadas do Conselho Nacional (CONANDA) e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONDECA) e implementada pelo Conselho Municipal dos

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Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), indica a necessidade de envolvermos adolescentes e junto com os adultos representantes do Sistema de Garantia de Direitos para discutirem coletivamente políticas públicas para crianças e adolescentes, fazendo com que as políticas pensadas sejam mais legitimas e concretas.Somente em 2001 passados 11 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, depois de importantes mobilizações das entidades que atendiam adolescentes e movimentos sociais defensores desta tese Campinas realiza sua 1º Conferencia Lúdica dos Direitos da Criança e do Adolescente.A luz da Constituição Federal (1988) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) diversas entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente passam a partir deste ano reivindicar que momento da conferência era espaço importante, mas somente ele não era suficiente para garantir real participação de adolescentes e na discussão de política pública.Sendo assim, na Conferencia Lúdica de 2003, discute-se que o CMDCA deveria ter um instrumento normativo sobre a participação de adolescentes nas conferências, mais uma vez também é indicado que os adolescentes devem ser formados de forma permanente para participação social e política.

5 – MARCO CONCEITUAL

5.1. DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES, AÇÕES E ATIVIDADES

As diretrizes de uma Política são as grandes linhas orientadoras. Elas podem ser gerais e específicas. As diretrizes gerais, como o próprio nome indica, são as linhas mestras que orientam toda a política. Já as diretrizes específicas, são aquelas que definem um conjunto de ações a serem realizadas por categorias, sejam elas temáticas (i.e. violência) ou de segmentos sociais (criança e adolescente). As ações são um conjunto de atividades que visam a implementar as diretrizes. As atividades são as unidades de operacionalização das ações.

Exemplo: Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos Diretriz: Promover a articulação dos vários conselhos de direitos nos três

âmbitos das unidades federadas. Ação: Incentivar a criação de mecanismos de coordenação visando uma ação

articulada nos processos de formulação, monitoramento e avaliação de políticas sociais destinadas à criança e ao adolescente.

Atividade: Realização de Plenárias conjuntas dos vários conselhos setoriais e defesa de direitosvisando a construção de uma plataforma de ação articulada.

Para auxiliar nessa definição, apresentamos a seguir alguns princípios já consagrados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e que devem nortear, de forma transversal, as propostas de diretrizes da política nacional.

6 - ROTEIRO E RITUAL1 DE FUNCIONAMENTO DE UMA CONFERÊNCIA:

1) delegado de conferência: é a pessoa eleita em encontro, que representa determinada proposta ou grupo/segmento da sociedade, sindicato, grêmio, associação, etc, com direito a voz (que pode sugerir, propor) e direito a voto (uma única vez por votação, não sendo permitida a acumulação de direito de voto);2) direito a voz e voto: só os delegados terão direitos plenos a voz(sugerir e propor políticas), e votar as questões propostos pelo(as) outros(as) delegados(as) (as políticas ali debatidas);3) plenária: é o espaço físico ou virtual que tem como a finalidade de fazer intercâmbio/articulação política entre delegados, no debate de questões conjunturais e estruturais;4) destaque: separa determinado assunto debatido no texto em discussão para depois ser aprofundado;5) (questão de) esclarecimento: (pedido de) explicação determinado assunto que não tem conhecimento, ou dúvida sobre determinada questão;6) questão de ordem: é o questionamento à presidência, para garantir o respeito ao regimento. Em qualquer momento da reunião, pode o delegado(a) pedir a palavra a fim de levantar questão de ordem. As questões devem ser formuladas em termos claros e precisos, identificando o artigo do regimento que esteja sendo desobedecido, sendo resolvidas pelo presidente;7) encaminhamento: apresenta para votação uma proposta ou sugestão, como moção, questão de ordem, funcionamento da plenária e decisões tirado na plenária final;8) adendo: texto a ser adicionado a uma proposta de outro delegado(a) ou redação de texto do relatório que está sendo debatido na plenária;9) supressão: é eliminação de uma proposta ou pedaço do texto em discussão;10) substituição: troca o texto, parágrafo existente por outra redação;

1 A palavra Ritual vem do latim Ritualis, e pode ser compreendido como sinônimo de Cerimônia. Também significa o conjunto de determinadas práticas que devem ser precisamente seguidas em ocasiões específicas, como uma conferencia.

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11) proposta: elaboração de uma idéia, que tenha objetividade e clareza no que quer se atingir;12) moção: é a carta aberta que registra a aprovação ou discordância de pessoas ou grupos, dentro de uma assembléia, neste caso, Conferência acerca de uma questão, ou relativa a qualquer incidente que surja no evento, manifestando apoio ou repúdio ao encaminhamento dado ao assunto em questão pelo destinatário da moção. A Moção, para ser incorporada como Moção de Conferência, é submetida à Plenária Final para deliberação. Roteiro: destacar quem está encaminhando; em nome de quem foi elaborada/relativo ao fato; esclarecer o tipo de moção (repúdio, insatisfação, apoio, solidariedade, etc); justificar qual a base (legal, técnico-científica ou outra); o que propõe; destinatário; data e signatários (apoiadores/assinatura);13) defesa de proposta, contra ou favor: depois de apresentados os temas, sugestão ou proposta a plenária, se tiver dúvida, ou outra proposta, pessoas falam uma ou duas a favor e o mesmo número contra a proposta, com tempo determinado no regimento;14) regime de votação: é o momento em que a proposta apresentada é colocada em votação, (quando já foi debatido, esclarecido e ninguém tem nenhuma dúvida) - durante o regime de votação ninguém pode sair ou entrar no plenário e não se podem propor questões de ordem ou esclarecimento;15) abstenção: é manifestação de votação de não escolhe nenhuma proposição que está em votação – é o voto em branco;16) recurso : é reclamação à presidência quando alguém acha que foi prejudicado em qualquer forma de participação ou ação debatida na conferencia, ato que pede para rever ou anular uma decisão.

6.1 - ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO DA CONFERÊNCIA:

a) aprovação do regimento: uma sugestão de regimento é sugerido pelo CMDCA; durante a leitura as pessoas podem ir destacando os artigos ou parágrafos que querem debater e alterar depois de lido todo o texto; para cada destaque deve ser feita uma proposta de nova redação ou a supressão do texto destacado; vota-se cada proposta e ao final vota-se o texto todo com as alterações aprovadas;b) substituição de regimento(mudança de regra): o regimento pode ser substituído integralmente, sem ter que passar pela leitura e debate, se já tiver outra sugestão de regimento pronta que fique bom para todos;c) plenária de abertura(com regimento já votado): começo dos trabalhos, normalmente um convidado especial apresenta o tema central da

conferência; em seguida ocorre a divisão de grupos de trabalho (GT) debater os eixos;d) grupos de trabalhos-GT (com eixo definido): são coletivos de pessoas trabalhando em determinado assunto;e) eleição da executiva do GT: é escolhido um membro de cada grupos para cada função: tem um presidente, um secretário, relator * o presidente tem a função de administrar o debate e encaminhar (apresentar para votação) as propostas surgidas durante discussão; * secretário tem a função de anotar os nomes das pessoas que querem ter direito de voz, na ordem em que pedem (levantando a mão) e anotar as sugestões e propostas feitas e o resultado das votações destas; * relator terá a função de, depois de sistematizadas2 as questões, apresentar na plenária final as decisões ou a discussão feita no GT;f) retorno a plenária final: depois de debatido em GT, a sistematização deve ser exposta na plenária final ao demais grupos que também participaram em processo similar em outros espaço de discussão, para novo debate e votação;g) moção (apresentada nos GT): no final do debate no GT e na plenária final, são apresentadas e votadas as moções – dependendo do regimento interno, há jeitos diferentes de fazer as moções chegarem até o plenário final; h) eleição dos delegados: depois de tudo isto feito é feita a eleição dos(as) delegados(as), que participarão das Conferências: Estadual (e Nacional), representando as decisões da Conferência Municipal.

7 - PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

EIXO 1 – PROMOÇÃO DOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTESDiretriz 01 - Promoção da cultura do respeito e da garantia dos direitoshumanos de crianças e adolescentes no âmbito da família, da sociedade edo Estado, considerada as condições de pessoas com deficiência e asdiversidades de gênero, orientação sexual, cultural, étnico-racial, religiosa, geracional, territorial, de nacionalidade e de opção política.Objetivo Estratégico 1.1 – Promover o respeito aos direitos da criança e doadolescente na sociedade, de modo a consolidar uma cultura de cidadania.Objetivo Estratégico 1.2– Desenvolver ações voltadas à preservação daimagem, da identidade, observando a condição peculiar de pessoa em

2 Analisadas e ordenadas as informações do debate de forma clara com objetivo e sugestões de encaminhamento de determinado assunto.

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desenvolvimento de crianças e adolescentes nos meios de comunicação, conforme dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente.Objetivo Estratégico 1.3– Fortalecer as competências familiares em relação à proteção integral e educação em direitos humanos de crianças e adolescentes no espaço de convivência familiar e Comunitária.Objetivo Estratégico 1.4– Promover ações educativas de prevenção deviolências e acidentes com crianças e adolescentes nas famílias e nas instituições de atendimento.Objetivo Estratégico 1.5 – Implementar o ensino dos direitos de crianças eadolescentes com base no ECA, ampliando as ações previstas na Lei 11.525/07, também para a educação infantil, ensino médio e superior.Objetivo Estratégico - 1.6 - Fomentar a cultura da sustentabilidadesocioambiental no processo de educação em direitos humanos com crianças e adolescentes.

Diretriz 02 - Universalização do acesso a políticas públicas de qualidadeque garantam os direitos humanos de crianças, adolescentes e suasfamílias e contemplem a superação das desigualdades, afirmação dadiversidade com promoção da equidade e inclusão social.Objetivo Estratégico 2.1 - Priorizar a proteção integral de crianças eadolescentes nas políticas de desenvolvimento econômico sustentável, inclusive com clausulas de proteção nos contratos comerciais nacionais e internacionais.Objetivo Estratégico 2.2 - Erradicar a pobreza extrema e superar as iniqüidades que afetam o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes e suas famílias, por meio de um conjunto articulado de ações entre poder público e sociedade, com justiça social.Objetivo Estratégico 2.3 – Erradicar a fome e assegurar a alimentaçãoadequada de crianças, adolescentes, gestantes e lactantes, por meio da ampliação de políticas de segurança alimentar e nutricional.Objetivo Estratégico 2.4 – Ampliar o acesso de crianças e adolescentes e suas famílias aos serviços de proteção social básica e especial por meio da expansão e qualificação da política de assistência social.Objetivo Estratégico 2.5 – Universalizar o acesso ao registro civil e adocumentação básica de crianças e adolescentes e suas famílias.Objetivo Estratégico 2.6- Priorizar e articular as ações de atenção integral acrianças de 0 a 6 anos, com base no Plano Nacional pela Primeira Infância.Objetivo Estratégico 2.7 – Expandir e qualificar políticas de atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias.Objetivo Estratégico 2.8 - Universalizar o acesso e assegurar a permanência e o sucesso de crianças e adolescentes na educação básica, expandindo

progressivamente a oferta de educação integral, com a ampliação da jornada escolar, dos espaços e das oportunidades educacionais.Objetivo Estratégico 2.9: Implementar na educação básica o ensino da cultura afrobrasileira, africana e indígena, em cumprimentos das Leis de nºs 10.639/0311.645/08Objetivo Estratégico 2.10 – Fomentar a interação social de crianças eadolescentes com deficiência auditiva, por meio do ensino da língua de sinais na comunidade escolar, garantido sua inclusão no currículo da educação básica.Objetivo Estratégico 2.11 – Promover o acesso de crianças e adolescentes às Tecnologias de Informação e Comunicação e à navegação segura na Internet, como formas de efetivar seu direito à comunicação, observando sua condição peculiar de pessoas em desenvolvimento.Objetivo Estratégico 2.12 - Consolidar a oferta de ensino profissionalizante de qualidade, integrado ao ensino médio, com fomento à inserção no mercado de trabalho dos adolescentes a partir dos 16 anos, de acordo com a legislação vigente.Objetivo Estratégico 2.13 - Ampliar o acesso de adolescentes a partir de 14anos a programas de aprendizagem profissional de acordo com a Lei nº10.097/00.Objetivo Estratégico 2.14 – Universalizar o acesso de crianças e adolescentes a políticas culturais, que nas suas diversas expressões e manifestações considerem sua condição peculiar de desenvolvimento e potencial criativo.Objetivo Estratégico 2.15 – Universalizar o acesso de crianças e adolescentes a políticas e programas de esporte e lazer, de acordo com sua condição peculiar de desenvolvimento, assegurada a participação e a acessibilidade de pessoas com deficiências.

EIXO 2 - PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOSDiretriz 03 - Proteção especial a crianças e adolescentes com seusdireitos ameaçados ou violados, consideradas as condições de pessoascom deficiência e as diversidades de gênero, orientação sexual, cultural,étnico-racial, religiosa, geracional, territorial, de nacionalidade e de opçãopolítica.Objetivo Estratégico 3.1 – Ampliar e articular políticas, programas, ações eserviços para a promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, com base na revisão e implementação do Plano nacional temático.

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Objetivo Estratégico 3.2 - Implementar políticas e programas de atenção ereabilitação de crianças e adolescentes acidentados.Objetivo Estratégico 3.3 – Estabelecer e implementar protocolos para aproteção de crianças e adolescentes em situação de emergências, calamidades, desastres naturais e assentamentos precários.Objetivo Estratégico 3.4 – Fomentar a criação de programas educativos deorientação e de atendimento a familiares, responsáveis, cuidadores ou demaisenvolvidos em situações de negligencia, violência psicológica, física e sexual.Objetivo Estratégico 3.5 –Definir diretrizes para as atividades de prevenção ao uso de drogas por crianças e adolescentes conforme a Lei 11. 343/06, bem como ampliar, articular e qualificar as políticas sociais para prevenção e atenção a crianças e adolescentes usuários e dependente de álcool e drogas.Objetivo Estratégico 3.6 –Ampliar e articular políticas, programas, ações eserviços para a proteção e defesa de crianças e adolescentes identificadas emsituação de trabalho infantil, com base no Plano Nacional temático.Objetivo Estratégico 3.7 Definir diretrizes e implementar políticas sociaisarticuladas que assegurem a proteção integral e o direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em situação de rua.Objetivo Estratégico 3.8 – Aperfeiçoar instrumentos de proteção e defesa de crianças e adolescentes para enfrentamento das ameaças ou violações de direitos facilitadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação.Objetivo Estratégico 3.9 – Ampliar e articular políticas, programas, ações eserviços para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, com base no Plano Nacional temático.Objetivo Estratégico 3.10 - Definir e implementar políticas e programas deprevenção e redução da mortalidade de crianças e adolescentes por violências, em especial por homicídio.Objetivo Estratégico 3.11 – Formular diretrizes e parâmetros para estruturação de redes integradas de atenção a crianças e adolescentes em situação de violências, com base nos princípios de celeridade, humanização e continuidade no atendimento.Objetivo Estratégico 3.12 – Ampliar e articular políticas, programas, ações e serviços para atendimento a adolescentes autores de ato infracional, mediante a regulamentação e implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, observadas as responsabilidades do executivo e do sistema de justiça.Objetivo Estratégico 3.13 - Formular diretrizes e parâmetros para estruturação e integração de redes de atenção a crianças e adolescentes em acolhimento, bem como de adolescentes em privação de liberdade cuja oferta

de serviços considere as diversas fases de atendimento e desligamento institucional, com ações de reinserção familiar e comunitária.Objetivo Estratégico 3.14 – Implantar mecanismos de prevenção e controle da violência institucional no atendimento de crianças e adolescentes, com ênfase na erradicação da tortura.Diretriz 04 – Universalização e fortalecimento dos conselhos tutelares,objetivando a sua atuação qualificada.Objetivo Estratégico 4.1– Implantar e aprimorar o funcionamento de conselhos tutelares em todos os municípios, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo CONANDA.Diretriz 05 – Universalização, em igualdade de condições, do acesso decrianças e adolescentes aos sistemas de justiça e segurança pública paraa efetivação dos seus direitos.Objetivo Estratégico 5.1 – Articular e aprimorar os mecanismos de denúncia, notificação e investigação de violações dos direitos de crianças e adolescentes.Objetivo Estratégico 5.2 – Incentivar processos de aprimoramento institucional, de especialização e de regionalização dos sistemas de segurança e justiça, para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes.Objetivo Estratégico 5.3 - Fortalecer a capacidade institucional dos órgãos de responsabilização para o rompimento do ciclo de impunidade e para oenfrentamento de violações dos direitos de crianças e adolescentes.

EIXO 3 – PROTAGONISMO E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS EADOLESCENTESDiretriz 06 – Fomento de estratégias e mecanismos que facilitem aparticipação organizada e a expressão livre de crianças e adolescentes, em especial sobre os assuntos a eles relacionados, considerando sua condição peculiar de desenvolvimento, pessoas com deficiência e as diversidades de gênero, orientação sexual, cultural, étnico-racial, religiosa, geracional, territorial, nacionalidade e opção política.Objetivo Estratégico 6.1 - Promover o protagonismo e a participação de crianças e adolescentes nos espaços de convivência e de construção da cidadania, inclusive nos processos de formulação, deliberação, monitoramento e avaliação das políticas públicas.Objetivo Estratégico 6.2 - Promover oportunidades de escuta de crianças eadolescentes nos serviços de atenção e em todo processo judicial e administrativo que os envolva.Objetivos Estratégico 6.3 – Ampliar o acesso de crianças e adolescentes, na sua diversidade, aos meios de comunicação para expressão e manifestação de suas opiniões.

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EIXO 4 – CONTROLE SOCIAL DA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOSDiretriz 07 – Fortalecimento de espaços democráticos de participação econtrole social, priorizando os conselhos de direitos da criança e doadolescente e assegurando seu caráter paritário, deliberativo, controlador e a natureza vinculante de suas decisões.Objetivo Estratégico 7.1 –Universalizar os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, qualificando suas atribuições de formular, acompanhar e avaliar as políticas públicas para crianças e adolescentes e de mobilizar a sociedade.Objetivo Estratégico 7.2 – Apoiar a participação da sociedade civil organizada em fóruns, movimentos, comitês e redes, bem como sua articulação nacional e internacional para a incidência e controle social das políticas de direitos humanos de crianças e adolescentes e dos compromissos multilaterais assumidos

EIXO 5 – GESTÃO DA POLÍTICA NACIONAL DOS DIREITOSHUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTESDiretriz 08 - Fomento e aprimoramento de estratégias de gestão daPolítica Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentesfundamentadas nos princípios da indivisibilidade dos direitos,descentralização, intersetorialidade, participação, continuidade e coresponsabilidade dos três níveis de governo.Objetivo Estratégico 8.1 - Estabelecer mecanismos e instâncias para aarticulação, coordenação e pactuação das responsabilidades de cada esfera degoverno na gestão do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças eAdolescentes.Diretriz 09 – Efetivação da prioridade absoluta no ciclo e na execuçãoorçamentária das três esferas de governo para a Política Nacional e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, garantindo que não haja cortes orçamentários.Objetivo Estratégico 9.1 - Dotar a política dos direitos humanos de crianças e adolescentes de recursos suficientes e constantes para implementação das ações do Plano Decenal, com plena execução orçamentária.Objetivo Estratégico 9.2 – Estabelecer e implementar mecanismos de cofinanciamento e de repasse de recursos do Fundo da Infância e adolescência entre as três esferas de governo, na modalidade Fundo a Fundo, para as prioridades estabelecidas pelo plano decenal, de acordo com os parâmetros legais e normativos do Conanda.Diretriz 10 – Qualificação permanente de profissionais para atuarem narede de promoção, proteção e defesa dos direitos de crianças e

adolescentes.Objetivo Estratégico 10.1 – Formular e Implementar uma política de formação continuada, segundo diretrizes estabelecidas pelo Conanda, para atuação dos operadores do sistema de garantias de direitos, que leve em conta a diversidade regional, cultural e étnico-racial.Diretriz 11 – Aperfeiçoamento de mecanismos e instrumentos demonitoramento e avaliação da Política e do Plano Decenal de DireitosHumanos de Crianças e Adolescentes, facilitado pela articulação desistemas de informação.Objetivo Estratégico 11.1 – Desenvolver metodologias e criar mecanismosinstitucionais de monitoramento e avaliação da política Nacional e do PlanoDecenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e do seu respectivo orçamento.Objetivo Estratégico 11.2 – Universalizar o Sistema de Informação paraInfância e adolescência - Sipia, mediante a co-responsabilidade do poder público, em articulação com outras bases de dados nacionais sobre crianças eadolescentes.Diretriz 12 – Produção de conhecimentos sobre a infância e aadolescência, aplicada ao processo de formulação de políticas públicas.Objetivo Estratégico 12.1 – Fomentar pesquisas no campo da promoção,proteção e defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, com a difusão pública de seus resultados.Objetivo Estratégico 12.2 - Identificar, apoiar e difundir práticas inovadoras no campo da promoção, proteção e defesa dos direitos humanos de crianças eadolescentes, visando o intercâmbio de experiências para o aperfeiçoamento de políticas públicas.Objetivo Estratégico 12.3 - Promover o intercâmbio científico, nacional einternacional, entre as instituições de ensino, pesquisa e extensão nos temasrelativos a crianças e adolescentes.Diretriz 13 – Cooperação internacional e relações multilaterais paraimplementação das normativas e acordos internacionais de promoção e proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.Objetivo Estratégico 13.1 - Incluir clausulas de proteção aos direitos da criança e do adolescente nos acordos multilaterais.Objetivo Estratégico 13.2 - Desenvolver de parcerias e cooperação técnicaentre Estados para implementação da Convenção dos Direitos da Criança eadolescente.

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