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VII SEMINÁRIO DE PESQUISAS SOBRE PROJETOS PARA SITUAÇÕES DE ENCHENTES

Aluno: Gabriel Enrique Higo Mafra Cabral Orientadora: Lara Leite Barbosa

•  Encontro de Founex, em 1971

-‐ Analisou a relação intensa entre meio

ambiente e desenvolvimento

-‐ Traçou um caminho intermediário e equidistante

entre o “ecologismo intransigente” e o

“economicismo estreito e rigoroso”

-‐ Mensagem de esperança com relação ao chamado “ecodesenvolvimento”, ou como denominado posteriormente, “desenvolvimento sustentável”

Desafios da ECO 92: desenvolvimento com jusPça em um planeta

habitável

De Founex a Haia

O marco conceitual

As cinco dimensões do ecodesenvolvimento

Do conceito à ação

Enfrentando a explosão urbana

Estratégias de transição: premissas fundamentais

ObjeOvos convergentes, obrigações diversas

Ação global

Os resultados da Cúpula da terra: promovendo o

processo

Um primeiro balanço

Do conceito à ação: promovendo Agendas 21 locais

Da ação ao conceito: aprender fazendo

ESTRATÉGIAS DE TRANSIÇÃO PARA

O SÉCULO XXI

•  Anos 70 e 80

-‐ Funcionamento da biosfera

-‐ Riscos de acidentes químicos e nucleares

-‐ Desastres ambientais provocados pelo homem

-‐ Entendimento sobre aquecimento global, efeito estufa e

disputas por recursos naturais

-‐ InsOtucionalização da preocupação com a gestão

ambiental

-‐ Emergência de movimentos civis e parOdos verdes


habitável

De Founex a Haia

O marco conceitual






Ação global


processo





O SÉCULO XXI

•  Desafio à CNUMAD

-‐ Reconhecer essa nova configuração políOca

-‐ Promover a insOtuicionalização de uma genuína democracia parOcipaOva (em níveis local, nacional e global, assim como nos âmbitos rural e urbano)

•  Sul e Leste -‐ Análogos

-‐ Precarização da situação econômica e social

“Tornaram-‐se ví.mas e não beneficiários da globalização da economia mundial. A interdependência deixou suas frágeis economias altamente vulneráveis a mudanças nas condições econômicas mundiais, sobre as quais não têm qualquer controle” SACHS, Ignacy


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De Founex a Haia

O marco conceitual






Ação global


processo





O SÉCULO XXI

•  Norte

-‐ Países industrializados e com economias de influência global

-‐ Países da OCED (Organizaçao para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento:

16% da população mundial 24% da área terrestre 72% do produto global 73% do comércio internacional 78% de todos os automóveis 50% do consumo de energia 45% das emissões de óxido de carbono 60% das emissões de resíduos industriais

-‐ Insiste na idéia de riscos ambientais globais e na responsabilidade comparOlhada de enfrentá-‐los


habitável

De Founex a Haia

O marco conceitual






Ação global


processo





O SÉCULO XXI

•  Norte e Sul: realidades disOntas

-‐  Ao invés de exportar seu modo de vida para o Sul, o Norte deve reconsiderar seus desperdícios e padrões de consumo

“o único caminho é retroceder” PRONK, J

-‐  Redistribuição e divisão não só da prosperidade, mas também das fontes dessa prosperidade

“esta é uma mensagem socialista, tão verdadeira ao final do século XX quanto há um século, na década de 1890” PRONK, J.


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O marco conceitual






Ação global


processo





O SÉCULO XXI

•  Pobreza e degradação ambiental

-‐ Consequências de um desenvolvimenOsmo desenfreado

-‐  O crescimento/desenvolvimento têm sido pensado como um objeOvo per se, externalizando livremente seus custos sociais e ambientais

“Os problemas da pobreza e do meio ambiente podem ser sanados ou evitados; não há quaisquer limites ecológicos ou falta de tecnologia que impeçam sua superação. Conclui-‐se, assim, que os obstáculos são sociais e polí.cos.”

SACHS, Ignacy

-‐ Dualidades internas nas sociedades do Sul e até no Norte


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O marco conceitual






Ação global


processo





O SÉCULO XXI

-‐ O mercado não deve externalizar livremente seus custos sociais e ambientais

“se os efeitos colaterais cole.vos (externalidades) são substanciais e importantes, a doutrina clássica das vantagens do comércio livre torna-‐se simplesmente irrelevante como diretriz de polí.ca econômica.”

HAVELMO e HANSEN

-‐  Devem exisOr agentes reguladores, fiscalizadores e sistemas de coação


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O SÉCULO XXI

•  Conceituação

-‐  Distribuição mais justa da renda

-‐  Uso mais eficiente dos recursos naturais e energia

-‐  Técnicas limpas de produção

-‐  KALECKI: Importância das fontes de crescimento que não envolvem invesOmento, por meio de melhorias na gestão

-‐  Geração de empregos financiados pelas economias realizadas nos processos de uOlização de matérias-‐primas

-‐ 


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O marco conceitual






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O SÉCULO XXI

•  As cinco dimensões do ecodesenvolvimento

a) Sustentabilidade social

b) Sustentabilidade econômica

c) Sustentabilidade ecológica

d) Sustentabilidade espacial

e) Sustentabilidade cultural


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O SÉCULO XXI

•  Âmbito rural – ProblemaOzação

-‐  PrivaOzação dos bens comuns

-‐  Marginalização dos povos da floresta

-‐  Desigualdade no tamanho das propriedades

-‐ Exploração predatória dos recursos naturais


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O SÉCULO XXI

•  Âmbito rural – Métodos de ação

-‐  Envolvimento e parOcipação aOva da população rural,

através da elevação de capacidade de auto-‐gestão desses

grupos, combatendo formas de gestão “de cima para baixo”

-‐  Reabilitar e conservar recursos naturais (aumentar a

capacidade de carga dos ecossistemas)

-‐  Combinação de tecnologias tradicionais e de ponta

-‐ Combater a desigualdade na posse de terras


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O SÉCULO XXI

•  Âmbito urbano -‐ ProblemaOzação

-‐  Concentração da população do Sul em megacidades

-‐  Alsssimo número de pobres urbanos, que carecem de acesso a infraestruturas, serviços básicos e moradia

-‐  Desemprego, subemprego e baixa renda

-‐  Não se deve adotar, no Sul, as soluções do Norte

-‐  Leste Europeu: destruição ambiental sem precedentes, podendo exigir o remanejo de algumas populações


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O SÉCULO XXI

•  Âmbito urbano – Métodos de ação

-‐  Novas formas de associação entre a sociedade civil, as empresas e as autoridades públicas

-‐  Criação de políOcas de capacitação, esOmulando as iniciaOvas e a criaOvidade popular

-‐  Redução do desperdício e do consumo; reciclagem de recursos

-‐  InvesOmento em soluções tecnológicas, que devem ficar disponíveis aos países em desenvolvimento


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O SÉCULO XXI

•  Quatro premissas para as estratégias

de transição para o ecodesenvolvimento

a) “A cobertura de um período de várias décadas é

condição essencial para elaborar estratégias de transição

significaOvas”

-‐ Tempo necessário para reaparelhamento de

indústrias, reestruturação de infraestruturas e

adaptações culturais

-‐ Falta de linearidade das intervenções, devendo ser

tratadas como uma sucessão de prioridades que se altera com o tempo


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O SÉCULO XXI



b) “Os países industrializados devem assumir uma parcela

mais que propoporcional dos custos da transição e do

ajuste técnico”

c) “A eficiência das estratégias de transição dependerá do

grau de audácia das mudanças insOtucionais, da capacidade

de conceber pacotes mulOdimensionais de políOcas públicas e

da competência para redirecionar o progresso técnico”

-‐ Rejeitar o conceito de “crescer antes e distribuir

depois”


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O SÉCULO XXI



d) “As estratégias de transição devem, simultaneamente,

modular a demanda, por meio de modificações nos esOlos

de vida e nos padrões de consumo, modificar as funções de

produção, pela incorporação de técnicas ambientalmente

viáveis, e fazer escolhas corretas quanto à localização das

aOvidades humanas.”


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processo





O SÉCULO XXI

•  “Cada grupo de países deve concentrar-‐ se em objeOvos diferentes, mas sinérgicos”

-‐ Norte

-‐ Metas quanOtaOvas para redução do consumo de combussveis fósseis e emissão de gases do efeito estufa

-‐ Regulamentação

-‐ Impostos sobre energia

-‐ Produção de combussveis mais limpos


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O SÉCULO XXI

-‐ Melhoria dos sistemas de transporte público;

ênfase aos sistemas ferroviário e fluvial

-‐ Devem estar preparados para assisOr o Sul e o Leste

-‐ Ciência e tecnologia como uma herança comum

da humanidade

-‐ Tecnologias para o controle de poluição, tratamento

de resíduos e de suprimento de água

-‐ EsOmular a pesquisa e treinamento no Sul, através da criação de fundos internacionais, complementados

por fundos locais


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O SÉCULO XXI

-‐ Sul

-‐ Inviável persisOr na cópia de esOlos de vida e padrões de consumo do Norte

-‐ Deve evitar supostos ganhos a curto prazo, tais como:

-‐ Confiar na compeOOvidade “espúria” e auto-‐ destruOva: salários baixos e subavaliação dos recursos naturais e da energia

-‐ Dar excessiva ênfase ao livre mercado em detrimento da eficiência das infraestruturas e serviços públicos

-‐ Negligenciar a importância dos mercados internos

-‐ Destruição das florestas tropicais


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O SÉCULO XXI

•  Ações globais

“A longa luta só será vencida no dia em que for possível, ao se falar do desenvolvimento, suprimir o prefixo ‘eco’ e o adje.vo ‘sustentável’” SACHS, Ignacy

-‐ Deve-‐se superar a cisão Norte-‐Sul e parOr em busca de uma Cooperação entre os dois blocos

-‐ Papéis da ONU:

-‐ Criação de fóruns periódicos para intercâmbio de experiências e informações

-‐ Criação de novos impostos sobre combussveis fósseis


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O SÉCULO XXI

•  Junho de 1992: CNUMAD (Eco 92)

“Os resultados tangíveis imediatos são, na verdade, modestos” SACHS, Ignacy

-‐ Reitera a simultaneidade dos direitos ao desenvolvimento e a um meio ambiente saudável

-‐ Convenção sobre a mudança do clima – Não estabeleceu metas nem datas, fornecendo apenas diretrizes para protocolos posteriores

-‐ Convenção sobre a biodiversidade – Não foi assinada pelos EUA

-‐ Declaração sobre as florestas – Alto grau de desacordo


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O SÉCULO XXI

•  Agenda 21

-‐ Altamente criOcada pelos mais céOcos, por ser na verdade uma série de recomendações

-‐ Sachs defende, no entanto, que é uma etapa necessária, assim como todas as etapas anteriores

“ O simples fato de 105 chefes de Estado terem endossado a Agenda 21 significa que as discussões e negociações futuras terão de se reportar ao binômio desenvolvimento – meio ambiente” SACHS, Ignacy

-‐ Pouca parOcipação da sociedade civil na tomada de decisões


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O SÉCULO XXI

•  Agenda 21

-‐ Altamente criOcada pelos mais céOcos, por ser na verdade uma série de recomendações

-‐ Sachs defende, no entanto, que é uma etapa necessária, assim como todas as etapas anteriores

“ O simples fato de 105 chefes de Estado terem endossado a Agenda 21 significa que as discussões e negociações futuras terão de se reportar ao binômio desenvolvimento – meio ambiente” SACHS, Ignacy

-‐ Pouca parOcipação da sociedade civil na tomada de decisões


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O SÉCULO XXI

•  Promovendo Agendas 21 locais

-‐  Deve-‐se divulgar rapidamente os conteúdos da Agenda 21 para todos os grupos envolvidos na questão do desenvolvimento

-‐ Funcionários de governo -‐ Autoridades locais -‐ Movimentos civis -‐ Organizações profissionais -‐ InsOtuições de ensino e pesquisa -‐ Público em geral

-‐  A ênfase no desenvolvimento local e no fortalecimento do poder não deve ser mal interpretada como jusOficaOva para ausência do Estado


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O SÉCULO XXI

-‐  Bom entendimento entre a comunidade ciensfica e a população

-‐ Ecodesenvolvimento: Processo intensivo em conhecimento

-‐ Reavaliação constante deve ser feita pela sociedade civil também


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O SÉCULO XXI

“ A solidariedade para com as gerações futuras só faz sen.do como um complemente à solidariedade para com aqueles que hoje são marginalizados. O contrato natural entre os povos e a Terra é apenas um complemento ao contrato social entre os povos.”

SACHS, Ignacy


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