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12. HOSPITAL DA MISERICÓRDIA Inaugurado em 1929, foi à época o melhor hospital do distrito. A cons- trução foi custeada por José Le- brão, cerveirense que enriqueceu no Brasil e nos legou uma cons- trução de grande qualidade estéti- ca, inspirada no neoclássico. 13. FORCA | Localizada nos arrabal- des da Vila assegurou, durante a Ida- de Média e Moderna, o cumprimento da justiça nas penas mais pesadas. 14. CAPELA DE S. ROQUE DAS COR- TES | Remonta aos alvores da Idade Mé- dia, embora revele caraterísticas quin- hentistas, às quais, no séc. XVIII, foram acrescentados elementos barrocos. Esta convivência de estilos está bem patente nos frescos do séc. XVI, que se conservaram graças a terem ficado en- cobertos por talha dourada. A. Porta Manuelina No séc. XVI, D. Manuel reforçou a entrada do castelo, criando um acesso em cotovelo que nos tráz a esta porta. B. Torre de Menagem | Cons- truída por D. Dinis, e reduzida a um terço da sua altura, conser- va a porta de entrada original. Teria três pisos, dois dos quais sobrados, para a habitação e função militar. C. Igreja da Misericórdia Reformulada em 1811, tem na fachada o escudo e coroa real. No interior conserva a imagem de Ecce-Homo, o cofre das sete chaves, bem como um conjunto de frescos. O Centro Histórico nasceu em torno do Castelo e da Igreja de S. Cipriano, fazendo com que o Terreiro assumisse o papel de praça principal. Daqui partia a estrada que ligava Cerveira a Ca- minha e a Valença, eixo viário utilizado para peregrinar a Santiago e ao longo do qual o burgo foi crescendo. A estreita relação com o rio Minho e a fronteira fez com que a vila fosse um ponto estratégico, razão pela qual foi transformada, no séc. XVII, em praça-forte. Este cariz mi- litar condicionou o burgo e marca as ruas, praças e cons- truções, bem como a história desta vila, onde episódios como as Guerras da Restauração ou as Invasões France- sas sobrevivem na memória coletiva pela toponímia dos arruamentos. D. Cadeia, Casa da Câmara e Pelourinho | Aqui trata- vam-se os assuntos do Concelho e da justiça. O pelourin- ho é símbolo disso, conservando os braços de suspensão e a argola onde se prendiam os criminosos para leitura da sentença. E. Cisterna e Porta da Traição A Cisterna garantia a sobrevi- vência das hostes em caso de cerco. Ao seu lado, a Porta da Traição dá acesso a um baluar- te. Originalmente destinava-se à saída para a procura de auxílio em caso de assédio. F. Baluarte | Construído a par- tir de 1640, para defrontar a fortaleza de Goian, mesmo em frente. A partir de então os tiros de canhão ameaçavam o caste- lo pelo que, no séc. XVIII, ainda se faziam obras de melhora- mento, com a construção de um segundo baluarte mais alto. G. Capela Sr.ª da Ajuda É uma obra de 1650 a guar- dar simbolicamente a porta do Castelo. No interior en- contramos um magnífico altar barroco e o teto com a Ladainha de N.ª Senhora. H. Caminho da Barbacã | É um percurso militar entre muralhas, uma mais alta e uma mais baixa - a barbacã, escondida pelo casario que a usa como elemento construti- vo. Aqui vemos as marcas dos pedreiros que construíram a fortificação, ou outras deixa- das pelo impacto de balas de canhão. 2. CAPELA DE S. SEBASTIÃO | A simplicidade exterior desta capela esconde uma talha e imagens de elevado valor artís- tico, em estilo barroco nacional. O orago, protetor contra a fome, peste e guerra tem ainda hoje grande devoção no concelho. 3. BALUARTE DE ST.ª CRUZ | No séc. XVII, foi construída uma fortaleza em volta de toda a vila de Cerveira. Aqui fi- cavam as portas de Viana vigiadas pela única guarita que ainda se conserva. Mais à frente deparamo-nos com o Anti- go Mercado do Peixe, dos inícios do séc. XX, reconvertido em Casa do Artesão. 4. SOLAR DOS CASTROS | Conver- tido em Biblioteca Municipal, foi um solar urbano reconstruído depois de incendiado durante as Guerras da Restauração. O classicismo da cons- trução e o jardim serviram de modelo a edificações que depois se fizeram. 5. IGREJA DE S. CIPRIANO A parte mais antiga que se conserva, a capela-mor, data do séc. XVI. A fachada e as três naves são já do séc. XIX, alvo de uma re- construção. A sua grande riqueza encontra-se no interior, com um altar-mor e dois laterais em talha barroca. 6. MEMÓRIA | Cons- truída cem anos de- pois das Invasões Francesas, recorda a batalha e os cerveiren- ses mortos ao faze- rem frente ao exército de Napoleão. 7. FONTE DA VILA | A par- tir o séc. XVI, foi o principal ponto de abastecimento de água da Vila. Nos bancos que a rodeiam juntava-se a comunidade para contar e ouvir as novidades. 8. CASA VERDE | Esta construção apa- laçada é dos melhores exemplos da arqui- tetura brasileira em Vila Nova de Cerveira. Foi construída em finais do séc. XIX e pro- curava afirmar a ascensão de uma família endinheirada regressada do Brasil. 1. CASTELO | Edificado sobre o Rio Minho, defendia a fronteira e controlava o tráfego fluvial e o cais de Cerveira. Construído pela mão de D. Dinis, foi tendo ao longo dos sé- culos várias transformações, mas conservando o sistema proto-urbano organizado em quarteirões. A H G 9. PRAÇA 15 DE FEVEREIRO | Aqui ficavam as Portas de Valença, ou da Feira do Gado, que nos inícios do séc. XX ainda aqui se realizava. O topónimo deriva da tentativa de invasão france- sa decorrida no dia 15 de fevereiro de 1809. O busto de Gonçalo Coelho de Araújo recorda o Coro- nel que, com 77 anos, dirigiu a defesa cerveirense. 10. RUÍNAS ARQUEOLÓGICAS | Este local foi ocupado desde o séc. I a.C. até ao séc. VIII d.C., pelo que se conservam diversas estruturas em sobreposição, que vão desde um Castro da Idade do Ferro até uma Villae Romana e Suévico Visigótica. 11. FORTE DE LOVELHE | Construí- do entre 1660 e 1662 colaborava na defesa da passagem do rio. Trata-se de uma fortaleza abaluartada em estrela alongada, que teve um papel determinante contra o exército fran- cês, que acabaria por fazer explodir o seu paiol. Finda a guerra servia de lazaredo. 15. AQUAMUSEU | Nos aquários encontram-se os bióto- pos caraterísticos, levando o visitante a fazer um percurso de descida do rio, desde a nascente até à foz. No lontrário temos a lontra, mamífero presente na bacia hidrográfica, e no Museu das Pescas estão expostas artes de pesca, anti- gas e recentes. 20. FORÚM CULTURAL/ FUNDAÇÃO BIENAL DE CERVEIRA Este espaço acolhe a Bienal de Cerveira. Intercalarmente apresenta exposições temporárias de arte contemporânea, guardado também o acervo do Museu da Bienal, composto por mais de 600 obras, resultante das edições decorridas desde 1978. CENTRO HISTÓRICO DE VILA NOVA DE CERVEIRA PATRIMÓNIO CULTURAL E MUSEUS

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12. HOSPITAL DA MISERICÓRDIA Inaugurado em 1929, foi à época o melhor hospital do distrito. A cons-trução foi custeada por José Le-brão, cerveirense que enriqueceu no Brasil e nos legou uma cons-trução de grande qualidade estéti-ca, inspirada no neoclássico.

13. FORCA | Localizada nos arrabal-des da Vila assegurou, durante a Ida-de Média e Moderna, o cumprimento da justiça nas penas mais pesadas.

14. CAPELA DE S. ROQUE DAS COR-TES | Remonta aos alvores da Idade Mé-dia, embora revele caraterísticas quin-hentistas, às quais, no séc. XVIII, foram acrescentados elementos barrocos.Esta convivência de estilos está bem patente nos frescos do séc. XVI, que se conservaram graças a terem ficado en-cobertos por talha dourada.

A. Porta Manuelina No séc. XVI, D. Manuel reforçou a entrada do castelo, criando um acesso em cotovelo que nos tráz a esta porta.

B. Torre de Menagem | Cons-truída por D. Dinis, e reduzida a um terço da sua altura, conser-va a porta de entrada original. Teria três pisos, dois dos quais sobrados, para a habitação e função militar.

C. Igreja da Misericórdia Reformulada em 1811, tem na fachada o escudo e coroa real. No interior conserva a imagem de Ecce-Homo, o cofre das sete chaves, bem como um conjunto de frescos.

O Centro Histórico nasceu em torno do Castelo e da Igreja de S. Cipriano, fazendo com que o Terreiro assumisse o papel de praça principal. Daqui partia a estrada que ligava Cerveira a Ca-

minha e a Valença, eixo viário utilizado para peregrinar a Santiago e ao longo do qual o burgo foi crescendo.A estreita relação com o rio Minho e a fronteira fez com que a vila fosse um ponto estratégico, razão pela qual foi transformada, no séc. XVII, em praça-forte. Este cariz mi-litar condicionou o burgo e marca as ruas, praças e cons-truções, bem como a história desta vila, onde episódios como as Guerras da Restauração ou as Invasões France-sas sobrevivem na memória coletiva pela toponímia dos arruamentos.

D. Cadeia, Casa da Câmara e Pelourinho | Aqui trata-vam-se os assuntos do Concelho e da justiça. O pelourin-

ho é símbolo disso, conservando os braços de suspensão e a argola onde se prendiam os criminosos para leitura da sentença.

E. Cisterna e Porta da Traição A Cisterna garantia a sobrevi-vência das hostes em caso de cerco. Ao seu lado, a Porta da Traição dá acesso a um baluar-te. Originalmente destinava-se à saída para a procura de auxílio em caso de assédio.

F. Baluarte | Construído a par-tir de 1640, para defrontar a fortaleza de Goian, mesmo em frente. A partir de então os tiros de canhão ameaçavam o caste-lo pelo que, no séc. XVIII, ainda se faziam obras de melhora-mento, com a construção de um segundo baluarte mais alto.

G. Capela Sr.ª da AjudaÉ uma obra de 1650 a guar-dar simbolicamente a porta do Castelo. No interior en-contramos um magnífico altar barroco e o teto com a Ladainha de N.ª Senhora.

H. Caminho da Barbacã | É um percurso militar entre muralhas, uma mais alta e uma mais baixa - a barbacã, escondida pelo casario que a usa como elemento construti-vo. Aqui vemos as marcas dos pedreiros que construíram a fortificação, ou outras deixa-das pelo impacto de balas de canhão.

2. CAPELA DE S. SEBASTIÃO | A simplicidade exterior desta capela esconde uma talha e imagens de elevado valor artís-tico, em estilo barroco nacional. O orago, protetor contra a fome, peste e guerra tem ainda hoje grande devoção no concelho.

3. BALUARTE DE ST.ª CRUZ | No séc. XVII, foi construída uma fortaleza em volta de toda a vila de Cerveira. Aqui fi-cavam as portas de Viana vigiadas pela única guarita que ainda se conserva. Mais à frente deparamo-nos com o Anti-go Mercado do Peixe, dos inícios do séc. XX, reconvertido em Casa do Artesão.

4. SOLAR DOS CASTROS | Conver-tido em Biblioteca Municipal, foi um solar urbano reconstruído depois de incendiado durante as Guerras da Restauração. O classicismo da cons-trução e o jardim serviram de modelo a edificações que depois se fizeram.

5. IGREJA DE S. CIPRIANO A parte mais antiga que se conserva, a capela-mor, data do séc. XVI. A fachada e as três naves são já do séc. XIX, alvo de uma re-construção. A sua grande riqueza encontra-se no interior, com um altar-mor e dois laterais em talha barroca.

6. MEMÓRIA | Cons-truída cem anos de-pois das Invasões Francesas, recorda a batalha e os cerveiren-ses mortos ao faze-rem frente ao exército de Napoleão.

7. FONTE DA VILA | A par-tir o séc. XVI, foi o principal ponto de abastecimento de água da Vila. Nos bancos que a rodeiam juntava-se a comunidade para contar e ouvir as novidades.

8. CASA VERDE | Esta construção apa-laçada é dos melhores exemplos da arqui-tetura brasileira em Vila Nova de Cerveira. Foi construída em finais do séc. XIX e pro-curava afirmar a ascensão de uma família endinheirada regressada do Brasil.

1. CASTELO | Edificado sobre o Rio Minho, defendia a fronteira e controlava o tráfego fluvial e o cais de Cerveira. Construído pela mão de D. Dinis, foi tendo ao longo dos sé-culos várias transformações, mas conservando o sistema proto-urbano organizado em quarteirões.

AHG

9. PRAÇA 15 DE FEVEREIRO | Aqui ficavam as Portas de Valença, ou da Feira do Gado, que nos inícios do séc. XX ainda aqui se realizava. O topónimo deriva da tentativa de invasão france-sa decorrida no dia 15 de fevereiro de 1809. O busto de Gonçalo Coelho de Araújo recorda o Coro-nel que, com 77 anos, dirigiu a defesa cerveirense.

10. RUÍNAS ARQUEOLÓGICAS | Este local foi ocupado desde o séc. I a.C. até ao séc. VIII d.C., pelo que se conservam diversas estruturas em sobreposição, que vão desde um Castro da Idade do Ferro até uma Villae Romana e Suévico Visigótica.

11. FORTE DE LOVELHE | Construí-do entre 1660 e 1662 colaborava na defesa da passagem do rio. Trata-se de uma fortaleza abaluartada em estrela alongada, que teve um papel determinante contra o exército fran-cês, que acabaria por fazer explodir o seu paiol. Finda a guerra servia de lazaredo.

15. AQUAMUSEU | Nos aquários encontram-se os bióto-pos caraterísticos, levando o visitante a fazer um percurso de descida do rio, desde a nascente até à foz. No lontrário temos a lontra, mamífero presente na bacia hidrográfica, e no Museu das Pescas estão expostas artes de pesca, anti-gas e recentes.

20. FORÚM CULTURAL/ FUNDAÇÃO BIENAL DE CERVEIRAEste espaço acolhe a Bienal de Cerveira. Intercalarmente apresenta exposições temporárias de arte contemporânea, guardado também o acervo do Museu da Bienal, composto por mais de 600 obras, resultante das edições decorridas desde 1978.

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