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Vinhos brancos- Agentes de transformação da uva- Maturação- Vinificação
XIV Curso de Prova de VinhosVinhos Brancos – António Luís Cerdeira – Vinhos Verdes
Vinificação em branco
RecepçãoDesengace
EsmagamentoMaceração películar
EsgotamentoPrensagemDecantação
Fermentação alcoólicaFermentação malolácticaTrasfega
Primeiras protecções contra alteraçõestransporte e recepção
- obter uvas de qualidade pouco trituradas
- evitar o contacto do mosto com as partes sólidas(oxidação, maceração e dissolução)
- Limitar a rapidez das reacções com arrefecimento
- adicionar anti-oxidante; anti-séptico e anti-oxidásico
- inertização
Recepção da vindima
- gravidade
- tapetes
- bombas
- sem fim
Desengace“regular velocidade e adaptar o comprimento e largura do cilindro”
ideal: velocidade lenta e cilindro de grande diâmetro
Vantagens- economia de espaço (30% em volume)- evita a maceração do engaço (compostos vegetais e adstringentes)
Desvantagens- prensagem- casse oxidásica- decantação (quantidade de borras)- aromas vegetais (desengace incorrecto)
Esmagamento“tipo e distância entre os rolos”
Vantagens- dissolução do sulfuroso- facilita o transporte e a extracção na prensagem
Desvantagens- casse oxidásica- liberta as graínhas (mais taninos)- decantação (quantidade de borras)- aromas vegetais (esmagamento incorrecto)
Maceração películar
- extracção de compostos aromáticos e pigmentos- desengace com leve esmagamento- uvas sãs e maduras- 6 a 24 horas- temperatura baixa (inf. a 20ºC)
- mostos ricos em cor, compostos aromáticos e taninos- menos ácidos (potássio)- maior longevidade do vinho
risco: aroma vegetal (maturação deficiente)
Esgotamento do mosto(estático ou dinâmico com rotação ou com ligeira pressão)
Prensagem“progressiva e lenta”“não esmagar o engaço, as películas e a graínha”
- mecânica (vertical, horizontal, inclinada e contínua)+ agressivaQuanto mais brutal é a prensagem, maior é o arejamentoe maior é a quantidade de borras produzidas
- pneumática+ suave
Prensagem
- programa de prensagemduração; intensidade, número de ciclos
- presença do engaço- dilaceração das massas (decantação)
- selecção do mosto ao longo do ciclo
protecção contra alterações
primeiras prensas
últimas prensas (mais taninos e potássio e menos ácidos)
Decantação
“sedimentação das partículas em suspensão”“primeira clarificação”“consequências organolépticas”
- estática (frio, sulfuroso, enzimas pectolíticas)- dinâmica
filtração por terrrascentrifugaçãoflutuação
Decantação intensa
- aromas de fermentação- mosto com menos elementos nutritivos- menos compostos fenólicos (vinhos mais frágeis)
Controlo
Turbidez ideal entre 100 e 200 NTU
Fermentação alcoólica
- adição de LSA (ESCOLHA)
- adição de nutrientes e vitaminas
- temperatura (18 a 20 ºC)temperaturas baixas (+glicerol; + aromas de fermentação)
- arejamento (oxigénio) - (ao 2º dia ou no caso de redução)
- acompanhamento diário com prova e determinação da densidade
Aplicação LSA (principios fundamentais)
Preparação do mosto (meio limitante para os micro-organismos)
-sulfitagem moderada-aguardar após a sulfitagem-decantação (brancos) -temperatura-correcção nutricional do mosto-higiene (contaminações)-oxidação
Factores que afectam asLeveduras / Fermentação
Não controláveis: - residuos de pesticidas
- temperatura das uvas
- percentagem de podridão
- teor em azoto assimilável das uvas
Controláveis: - temperatura de decantação
- temperatura de fermentação
- oxigenação
- teor em azoto do mosto
- teor em sulfuroso do mosto
Parcialmente controláveis: - teor em açucares
- pH
Factores do meio
pH - influência o crescimento e a cinética da fermentação (álcoois superiores e ésteres produzidos pela levedura)
Temperatura - cinética da fermentação e características sensoriais dos vinhos
Oxigénio - evita amuos de fermentação
CO2 - evita o desenvolvimento de microorganismos aerobios
Os inibidores
Produtos fitossanitários
Sulfuroso - destroi leveduras sensíveis e bactérias, inibindomomentaneamente o crescimento de Saccharomyces.
Botricina - produzida pela Botrytis cinerea
Substâncias produzidas pelas leveduras que favorecem a suamortalidade no final da fermentação - Acidos gordos 15mg/l (octanoico e decanoico)
Os activadores Estimulam o crescimento, a fermentação e reduzem
os inibidores
Azoto amoniacal - ajuda ao melhor crescimento das leveduras
A tiamina (vit. B1) - ajuda ao melhor crescimento das leveduras (uvaspodres)
Parede celular das leveduras - reduz a concentração em inibidores (acidos gordos, produtos fitossanitários).
Fermentação malolácticaSIM ou NÃO
- adição de bactérias lácticas
- temperatura (20ºC)
- acompanhamento com prova e pesquisa de ac. láctico
- controlo da acidez volátil
- alteração aromáticaaromas lácteos, manteiga, acetato de etilo, ácido acético
Factores que afectam as bactérias lácticas
• pH (entre 3,0 e 3,2)
• etanol (inf. a 13,5/14 %vol)
• temperatura (20 a 22ºC)
• sulfuroso (livre 10mg/l; total 40mg/l)
• leveduras
• nutrientes
• ácidos gordos (C10 e C12) (3 a 4 g/hl de paredes de leveduras)
Fim de fermentação
- trasfega
- análise(açucares residuais, álcool, pH, acidez total, acidez volátil)
- correcção da concentração em sulfuroso(varia com o pH - 25 a 30 mg/l de SO2 livre)
- conservar a temperatura baixa sem contacto com oxigénio
- Clarificação e estabilização
Quando aplicar o sulfuroso?- na recepção da vindima- na prensagem (grande superfície de contacto)- durante a prensagem no mosto obtido- antes da decantação(no total cerca de 40 a 120 mg/l dependendo da podridão e do pH)(30mg/l a pH=3 são cerca de 10 mg/l a pH=3,5)
- no fim da fim da fermentação alcoólica paraimpedir a fermentação maloláctica(a aplicação de sulfuroso na fermentação limita a actividadedas leveduras) (para um pH=3,2 / 3,3 25 a 30 mg/l de SO2 livre)
- no fim da fermentação maloláctica