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VIOLA CAIPIRA

VIOLA CAIPIRA · 2020-01-03 · Viola Caipira Conhecendo a Viola Caipira A viola caipira, aqui no Brasil, é um dos instrumentos musicais mais folclóricos cercado de lendas, superstições

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VIOLA CAIPIRA

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Viola Caipira

Conhecendo a Viola Caipira

A viola caipira, aqui no Brasil, é um dos instrumentos musicais mais folclóricos cercado de lendas, superstições e os mais pitorescos “causos” do meio onde ela foi originalmente cultivada, a região rural de nosso país, sejam esta interior ou litoral.

O ensino da viola caipira no meio rural era passado de pai para filho, mas com a partida dos jovens para as grandes cidades à busca de melhores oportunidades, esta tradição foi se perdendo com o tempo. Sumiram-se os violeiros, os metres e as violas, salvo poucos músicos e cantores que se mantiveram próximo as suas origens e conservaram vivo o instrumento.

Corpo ou Caixa Acústica : Amplifica e reproduz o som do instrumento. Rondana: Apóia a correia do instrumento. Trastes: Divide as casas. Casas: separa o braço e divisões harmônicas. Pestana “FIXA”: Inicia o Braço da viola e separa as cordas horizontalmente. Mão: Geralmente responsável por fixar as tarraxas. Braço: Onde ficam como casas e tarraxas. Responsáveis pela separação

harmônica. Boca: Orifício no corpo para amplificação do Som. Mosaico: Desenho ao redor da boca. Rastilho: Apoio das cordas no corpo do instrumento. Cavalete: Encaixe e fixação das cordas e rastilho no corpo do instrumento.

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Ser violeiro hoje é ter muito orgulho da nossa terra, da nossa natureza, das nossas tradições e cultura. Um toque de viola anima todos a sua volta, boas traz lembranças e uma saudade daquele pedacinho de sertão que todo brasileiro guarda dentro de si.

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Quando estamos aprendendo a tocar um instrumento é fundamental saber as notas musicais. Por isso, hoje vamos falar sobre as notas musicais e como elas são representadas, para facilitar seu estudo na viola.

O Que são Notas Musicais?

As notas musicais são sinais que seguem uma nomenclatura internacional a fim de representar os elementos mínimos de um som, ou seja, a altura do som musical. Dessa forma, as notas musicais são vibrações que produzem som, que pode ser agudo ou grave dependendo da velocidade das vibrações. Deste modo, se o som tiver poucas vibrações, teremos um som grave, se o som tiver muitas vibrações, teremos um som agudo.

Quando se toca uma corda à mesma vibra para os dois lados, movimentando as moléculas de ar ao seu redor e essa agitação das moléculas ocorre na mesma frequência de vibração da corda. Assim, o ouvido humano capta essa vibração do ar e a processa atribuindo um som ao cérebro. Portanto, para cada frequência de vibração, o cérebro atribui um som diferente, ou seja, uma nota diferente.

Como as Notas Musicais são Representadas? Cada nota musical é representada por uma letra com o intuito de facilitar à escrita e aumentar a velocidade de leitura. E é essa notação universal que utilizamos nas músicas cifradas, portanto é muito importante sua memorização:

OBS: A única exceção na escrita padrão é que em alemão a letra “B” representa a nota “Si bemol”, e o “Si” é representado pela letra “H”.

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Além dessas 7 notas naturais, temos também entre uma nota e outra o que chamamos de “acidentes”, que são os sinais de sustenido # e bemol b. Portanto, temos:

Perceba que as notas E e B não possuem sustenido, para memorizar é só ter em mente que as duas notas que terminam com a letra “i” não têm sustenido #, ou seja, E-Mi e B-Si.

A diferença de nomenclatura (bemol ou sustenido) serve apenas para indicar se estamos nos referindo a uma nota acima ou abaixo. Inicialmente, estude apenas as 7 notas naturais e o sinal de # para não gerar confusões. Posteriormente, ao estudar a escala cromática saberá entender melhor a diferença entre o sustenido e o bemol.

Existe também outra representação para as notas musicais, que não depende de letras, a partitura.

A figura acima é uma representação por partitura. Ela é bem mais detalhada e completa. As notas são representadas graficamente com sinais na forma oval e são escritas em um pentagrama ou pauta musical que é um conjunto de cinco linhas paralelas e horizontais e quatro espaços entre elas. Contamos essas linhas e espaços sempre de baixo para cima.

Dependendo da posição em que estiverem escritas no pentagrama, as notas indicarão os sons mais graves ou mais agudos.

O nome da nota no pentagrama é determinado pela clave, que é um sinal colocado no início do pentagrama que dá o seu nome à nota escrita em sua linha. Existem sete claves, representadas pelas figuras – Sol, Fá e Dó. Por exemplo: a Clave de Sol assinalada na 2ª linha significa dizer que o nome da 2ª linha será “sol”, então o 2º espaço será “lá”, a 3ª linha será “si” e assim por diante.

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Entretanto, caso esse seja seu primeiro contato com representações musicais, não se preocupe tanto com a partitura, procure antes decorar a representação por letras, que é bem mais simples.

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Você já deve ter visto alguma daquelas revistas de músicas cifradas ou cifras de músicas obtidas na internet, e ficou sem entender muito bem? Pois bem, saiba que muitos iniciantes no aprendizado da viola têm dificuldades em ler as cifras, entender seu sistema de escrita e acompanhar as músicas cifradas.

No início é um pouco difícil mesmo para quem está iniciando no aprendizado da viola acompanhar as músicas cifradas, pois tem que ler a música, ler as cifras que estão sob a letra, trocar os acordes no momento certo, executar o ritmo de maneira correta e por vezes ainda cantar.

O Que são Cifras?

Cifras nada mais é que um sistema de escrita ou um código padronizado mundialmente, que utiliza uma vogal ou consoante, além de uma simbologia feita com números e outros símbolos para denominar os acordes que ficam em cima da letra da música, no qual devem ser executados por um instrumento musical. Assim um músico em qualquer parte do planeta poderá reconhecer as cifras.

Como Ler Cifras?

Quando pegamos uma música cifrada para tocar, temos a letra da música e um código acima. Esse código é a Cifra, que representa qual o acorde que deverá ser tocado no momento em que se cantar determinado trecho da música. Veja o exemplo abaixo:

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O código das cifras funciona da seguinte maneira:

1 – Quando escrevemos apenas a letra, como por exemplo “C”, está subentendido que o acorde é Maior. Portanto, lemos o acorde como: “C = Dó maior“. OBS: Não é correto escrever o “M” maiúsculo para denominar o acorde maior, deve-se escrever apenas a letra do acorde.

2 – Quando o acorde é menor, escrevemos um “m” minúsculo após a letra. Assim lemos o acorde como: “Cm = Dó menor“.

3 – Os números determinam notas adicionadas ao acorde fundamental. Assim lemos o acorde como: “C7 = Dó maior com sétima” ou “Dó com sétima“, ou seja, um acorde de Dó maior com a sétima nota da escala adicionada. Se o acorde for menor teremos “Cm7 = Dó menor com sétima“.

4 – Quando temos os sinais de # (sustenido) e b (bemol) juntamente com a letra iremos ler o acorde como, por exemplo, “F# = Fá sustenido ou Bb = Si bemol”. Se o acorde for menor será “F#m = Fá sustenido menor ou Bbm = Si bemol menor”.

5 – Quando temos os sinais + ou Aum, iremos ler o acorde como: “A7+ = Lá com sétima aumentada”.

6 – Quando temos os sinais – ou °, iremos ler o acorde como: “C7- = Dó com sétima diminuta”.

Executando as Cifras

Os acordes devem ser mudados exatamente no momento em que for cantar as sílabas sublinhadas, não podendo em hipótese alguma ser mudado antes e nem depois, pois se isto ocorrer você estará “fora do tempo” da música.

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No exemplo acima, tocamos o acorde Am no ritmo correto até que a canção chegue na sílaba “mi”, onde deverá ser montado o acorde E.

Seja exigente com você mesmo e habitue-se a trocar os acordes no momento certo, para tanto é necessário estudar a letra da música, a melodia, o ritmo e principalmente os acordes utilizados.

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O Ensino da Viola e a Dificuldade de Encontrar Materiais

É difícil encontrar materiais sobre viola e como aprender a tocar o instrumento, principalmente na internet, onde muitas vezes as informações são descentralizadas ou de fontes não muito confiáveis. Por isso, hoje vamos falar sobre o ensino da viola caipira e os materiais sobre esse instrumento.

A viola no Brasil era caracterizada como um símbolo cultural daquele que morava em sertões, o caipira, em que era passado os seus conhecimentos de uma geração para outra. Porém ao urbanizar-se ele trouxe também diversos elementos culturais à medida que era introduzida em novos lugares e sob novas condições socioculturais.

Conforme a viola ia se disseminando no país, os violeiros rebatizavam a viola com diversos nomes tais como: viola sertaneja, viola nordestina, de dez cordas e etc, além de inventar novas tradições que eram representadas pela criação de diversos gêneros e pelo rearranjo de diferentes elementos musicais.

Contudo o ensinamento da viola era feita de forma oral, tradicional e muito regional, entretanto, hoje o contexto musical da viola passa por intensas transformações, onde temos tocadores buscando legitimação musical em espaços antes não ocupados, temos tradição aliada a novos elementos musicais, desenvolvimento de segmentos e, principalmente, o ensino do instrumento em escolas musicais, além de programações culturais em diversas instituições em torno da viola, rompendo o padrão tradicional de ensino oral para o âmbito do espaço escolar.

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Isso contribui para a projeção da viola caipira até mesmo em lugares que antes não tinham a prática do instrumento, surgindo novos músicos, desenvolvendo um segmento fonográfico, aumentando os repertórios e gêneros musicais.

Mas, a institucionalização do ensino da viola, ou seja, a mudança do ensino oral para o escrito, ainda é um processo muito recente, novo em muitos lugares, ainda que a prática de tocar viola nesses lugares seja antiga, sendo importante agregar tocadores e professores em torno da tradição de viola caipira e, consequentemente, na valorização de práticas ligadas a música sertaneja raiz.

Na região centro-sul do Brasil, na década de 1980, surgiu os primeiros cursos desse instrumento, envolvendo o processo de escolarização da viola caipira. Porém, como o ensino da viola anteriormente era somente oral e o processo de ensino com a escrita ainda é algo muito recente, torna-se difícil encontrar material sobre o assunto e até mesmo ensinando a tocar viola caipira. Na era digital em que vivemos, a viola caipira é sem dúvidas o instrumento mais difícil de encontrar material na internet.

Não é fácil criar material de viola caipira. E percebemos ao longo do caminho que as pessoas tinham muitas dificuldades de aprender a tocar viola, principalmente ao tentar aprender pela internet, pois na maioria dos casos as informações eram poucas e muito raramente centralizadas, além de alguns professores não passarem realmente o verdadeiro “segredo” para aprender a tocar viola caipira e a tocar bem.

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O que é Harmonia, Melodia e Ritmo?

A música está constantemente presente em nossas vidas. Ela relaxa, tranquiliza e transmite emoções. Definir a música não é algo muito óbvio, entretanto existem três pilares que são essências em uma música e que normalmente geram confusões quanto a sua classificação. Por isso, hoje vamos falar sobre harmonia, melodia e ritmo.

De maneira geral, a música é teoricamente uma combinação de sons e silêncios de maneira organizada. Muitas pessoas apenas ouvem uma música e às vezes isso basta para agradar e se sentir bem, porém se você quer realmente escutar uma música é preciso ter atenção aos detalhes do som. E para isso é preciso entender alguns conceitos essenciais da música: a melodia, a harmonia e o ritmo.

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Esses três elementos constituem uma música. Contudo, a música em si não precisa necessariamente conter esses três elementos, mas para uma música ser “completa” ela precisa ter uma harmonia, melodia e ritmo. Portanto, veja abaixo o que é cada um deles.

O que é Harmonia?

É o elemento mais importante. A harmonia é caracterizada como um conjunto de acordes formados pela união de várias notas simultaneamente e a combinação entre os acordes, que serão tocados na composição musical.

De maneira geral, a harmonia é uma sequência de acordes construída sobre uma determinada ideia harmônica ou geralmente a sonoridade que serve de base para a melodia, estabelecendo uma conexão adequada com a mesma.

Ao tocar viola, por exemplo, você estará fazendo harmonia com os acordes na viola, uma vez que cada acorde é uma sobreposição de notas, e é por isso que os acordes fazem parte da harmonia.

O que é Melodia?

Melodia é percebida como a sequência de notas tocadas uma a uma ou sons. Assim, a melodia é o conjunto de notas que são tocadas sequencialmente em uma canção.

A melodia é a voz principal do som. Ao se tocar uma nota de cada vez ou uma corda de cada vez, temos uma melodia. Quando ouvimos um solo de viola caipira, violão, guitarra e etc, estamos ouvindo, na verdade, uma melodia.

É também a forma do cantor vocalizar as notas. Quando cantamos, a cada sílaba cantada entoamos uma nota diferente e esta sequência de notas é o que chamamos de “melodia da música”. Lembrando que a melodia não é necessariamente composta por uma única voz, apesar de ser menos comum, é possível também que ela tenha duas ou mais vozes.

O que é Ritmo?

Ritmo é a marcação do tempo de uma música, que nos diz como acompanha-la. Determina à duração, velocidade, intensidade e os valores de cada nota, definindo quanto tempo cada parte da melodia continuará à tona.

Normalmente a marcação do tempo da música é realizada por instrumentos percussivos, como a bateria ou a percussão, determinando qual o andamento e ritmo da música. Embora, alguns instrumentos como o piano, guitarra, viola e violão, podem fazer a harmonia e o papel rítmico também, quando tocados sem acompanhamento de outro instrumento.

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Ao conhecer e estudar esses três elementos é possível manipular de forma ilimitada todos os recursos que a música oferece, fazendo que fique interessante para os nossos ouvidos. Porém, mais importante do que saber o que é musica, é saber como trabalhar em cima dela.

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Tipo de Revestimento para Cordas da Viola

Atualmente diversas marcas no mercado estão disponibilizando encordoamentos revestidos para ajudar a evitar a oxidação das cordas e prolongar sua vida útil. E se você soa muito ao tocar, encordoamentos revestidos pode ser uma boa opção. Veja os tipos de revestimento para cordas de viola e entenda mais sobre eles.

Por que usar Cordas com Revestimento?

As cordas podem ser feitas de um único fio de metal, produzindo cordas mais finas. Contudo, quando a espessura é maior, as cordas com um único fio podem provocar perdas de afinação frequentes e para evitar esse problema, as cordas passam por um processo de revestimento com outras fibras trançadas ou enroladas em espiral em torno do núcleo. Dessa forma, é possível produzir cordas de grandes espessuras e muito resistentes à tração.

Outro problema enfrentado quando utilizamos cordas de aço é que ao tocarmos a viola exercitamos nossos músculos, o nosso corpo aumenta a temperatura e inevitavelmente suamos. Cada pessoa possui níveis diferentes de suor, uns suam mais e outros menos, mas é inevitável o contato do suor com as cordas da viola. Com isso, as cordas de metal ao entrarem em contato com o suor, que é composto principalmente de água, acabam passando por um processo chamado de oxidação.

O acúmulo de suor e a oxidação do material modifica o timbre, a sonoridade do instrumento, diminuindo a durabilidade das cordas, além de deixa-las menos agradáveis de tocar. Assim, o processo de revestimento ajuda a evitar a oxidação das cordas, prolongando a durabilidade de seus componentes e oferecendo um tempo de troca mais longo.

Alguns Tipos de Revestimento para Cordas da Viola

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Níquel Puro: As cordas têm núcleo de aço e revestimento de níquel. Tem maior durabilidade, não arrebenta com facilidade e possui um som característico, metálico e cristalino, típico da viola caipira. É a preferida entre os violeiros.

Bronze: As cordas têm núcleo de aço e revestimento de bronze, que é uma liga metálica da mistura de cobre e outros materiais, podendo ser o bronze revestido de zinco. As cordas de bronze podem ser fabricadas com 80% de cobre e 20% de zinco e por isso são chamadas de cordas 80/20. Possuem um som mais brilhante e metálico. Mais indicada para pessoas que transpiram pouco para ter uma maior durabilidade.

Cobre Prateado: Núcleo de aço e revestimento com liga de cobre prateado. Oferecem um toque mais macio e mais durabilidade do que as cordas de bronze, mas a sonoridade não é tão brilhante.

Bronze e Fósforo: Esse tipo de corda possui o núcleo de aço e revestida de bronze, sendo também adicionado fósforo ao bronze. As cordas quem contém fósforo possuem um som mais quente e a quantidade de fósforo presente também corresponde à qualidade do som produzido. Podem ser usadas em todos os estilos de música e o som é mais “fechado” e perdura mais que as cordas de bronze.

Existem diversos tipos de revestimento. Normalmente encordoamentos de latão, cobre e bronze possuem um timbre bastante “metálico”, já cordas de níquel proporcionam um timbre mais “aveludado” em comparação com outras.

Geralmente, este tipo de cordas custa um pouco mais do que as cordas sem revestimento, mas em longo prazo pode ser que tenha um bom custo/benefício. É bom procurar as indicações do fabricante, se houver, e testar até encontrar o melhor material que se adapta à sua música e ao seu estilo.

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Marcas de Viola Caipira

Escolher uma boa viola caipira não é tão complicado como imaginamos. Entretanto, um erro comum dos iniciantes é comprar violas de baixíssima qualidade e que não oferecem suporte ao aprendizado, por não ter interesse em investir ou condições no momento de comprar uma viola de melhor qualidade. Mas, mesmo gastando menos é possível comprar uma boa viola.

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Lembrando que não existe “a melhor marca de viola”, mas listamos algumas marcas que se sobressaem pela alta qualidade geral de suas violas e, muitas vezes, pela extensa experiência em fabricá-los.

Algumas Marcas de Viola

De um modo geral, é mais indicado ter uma viola produzida por um bom Luthier, porém o custo é muito alto, afinal você estará pagando pelo trabalho artesanal, pela garantia de qualidade e por um acabamento de primeira , o que torna a aquisição inviável para a maioria dos violeiros iniciantes. Então, a opção é comprar uma viola em lojas de instrumentos ou pela internet.

ozini: Fundada por José Roberto Rozini e José Pereira, experiente Luthier, em 1995, a indústria nacional Rozini começou suas atividades e entrou no mercado com um produto próprio, genuinamente brasileiro, que oferecesse qualidade e preço justo. A empresa produz de forma artesanal Violões, Violas Caipira, Cavacos, Banjos e Bandolins, além de alguns instrumentos de percussão. A empresa tem uma constante preocupação com a principal matéria-prima de seus instrumentos, a madeira, utilizando somente madeiras legais, que provêm de áreas de manejo florestal. Essa marca possui violas com excelentes acabamentos, ótima sonoridade e vem bem regulada de fábrica, tornando-se uma boa alternativa para violeiros iniciantes. Dentro do mercado brasileiro da produção via fábricas, a Rozini é a que atende melhor o público na relação custo/benefício, com boas violas a um preço médio entre R$400,00 reais.

A marca também lançou uma série em homenagem ao mestre Tião Carreiro, sendo uma réplica fiel de uma de suas violas favoritas, que era utilizada principalmente em gravações, seguindo a especificações consideradas ideais por ele. A viola atende a quem procura um timbre mais cheio e encorpado e é excelente para gravações em estúdio.

Giannini: Tradicional no mercado, a Giannini foi fundada pelo Luthier italiano Tranquillo Giannini. Em 1990, veio também para o Brasil, onde a empresa emprega até os dias de hoje os ensinamentos do seu fundador. Seus instrumentos aliam a técnica artesanal de Tranquilo com a mais moderna tecnologia industrial, mantendo a reconhecida qualidade de seus instrumentos, passando por um rígido controle de qualidade e cuidados. A marca possui violas leves, não precisando forçar muito as cordas, com excelentes acabamentos, ótima sonoridade e boa regulagem de fábrica, o que é ótimo para violeiros iniciantes. Tem um bom custo/benefício com boas violas a um preço médio entre R$400,00 a 2.000,00 reais.

Strinberg: Reconhecida mundialmente como uma das grandes marcas de instrumentos musicais. No início da sua produção tinha como foco a fabricação de

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instrumentos para músicos iniciantes e com o passar do tempo, começou a investir também na produção para músicos mais exigentes. A marca produz instrumentos populares com qualidade profiMogno, Natowood, Ash e Bassword, porém seu preço médio é um pouco mais elevado do que as violas mais em conta das marcas acima, com valores em torno de R$700,00 reais. Suas violas têm características sonoras dedesempenho e acabamento digno do mais nobre Luthier.

Hofma: A marca possui duas series de violas brasileiras: Rio Acima e Rio Abaixo, e seus instrumentos regionais têm a mesma qualidade de cada instrumento da sua linha de fabricação. Oferecem duas opções de viola, cinturada e tradicional. As suas violas são fabricadas com madeira para promover o melhor som acústico e as violas elétricas são desenvolvidas com captação que amplifica fielmente seu timbre. São ideais para aperfeiçoar os estudos, para professores que querem uma Viola de qualidade para lecionar e,

mesmo, para músicos experientes incrementarem suas apresentações. Preço médio em torno de R$800,00 reais.

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As Cordas da Viola

As cordas é um elemento que influencia mais do que imaginamos no som produzido pela viola, sendo um dos fatores responsáveis para que a viola tenha o som que você ouve. E muitas vezes não damos a devida atenção quiser entender um pouquinho mais sobre as cordas da viola, veja abaixo como é feito o seu processo de fabricação.

Uma corda se divide em duas partes chamadas de “núcleo ou alma” e “capa exterior ou revestimento”.

Partes que compõem uma corda de viola: núcleo (ou alma) e capa exterior.

instrumentos para músicos iniciantes e com o passar do tempo, começou a investir também na produção para músicos mais exigentes. A marca produz instrumentos populares com qualidade profissional e com madeiras de alta qualidade como Mogno, Natowood, Ash e Bassword, porém seu preço médio é um pouco mais elevado do que as violas mais em conta das marcas acima, com valores em torno de R$700,00 reais. Suas violas têm características sonoras de um instrumento de alto desempenho e acabamento digno do mais nobre Luthier.

A marca possui duas series de violas brasileiras: Rio Acima e Rio Abaixo, e seus instrumentos regionais têm a mesma qualidade de cada instrumento da sua

o. Oferecem duas opções de viola, cinturada e tradicional. As suas violas são fabricadas com madeira para promover o melhor som acústico e as violas elétricas são desenvolvidas com captação que amplifica fielmente seu timbre. São

os estudos, para professores que querem uma Viola de

mesmo, para músicos experientes incrementarem suas apresentações. Preço médio em torno de R$800,00 reais.

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As Cordas da Viola – Como são Fabricadas?

As cordas é um elemento que influencia mais do que imaginamos no som produzido pela viola, sendo um dos fatores responsáveis para que a viola tenha o som que você ouve. E muitas vezes não damos a devida atenção a esse fator. Então, se quiser entender um pouquinho mais sobre as cordas da viola, veja abaixo como é feito o seu processo de fabricação.

As Cordas da Viola

Uma corda se divide em duas partes chamadas de “núcleo ou alma” e “capa exterior

Partes que compõem uma corda de viola: núcleo (ou alma) e capa exterior.

instrumentos para músicos iniciantes e com o passar do tempo, começou a investir também na produção para músicos mais exigentes. A marca produz instrumentos

ssional e com madeiras de alta qualidade como Mogno, Natowood, Ash e Bassword, porém seu preço médio é um pouco mais elevado do que as violas mais em conta das marcas acima, com valores em torno de

um instrumento de alto

A marca possui duas series de violas brasileiras: Rio Acima e Rio Abaixo, e seus instrumentos regionais têm a mesma qualidade de cada instrumento da sua

o. Oferecem duas opções de viola, cinturada e tradicional. As suas violas são fabricadas com madeira para promover o melhor som acústico e as violas elétricas são desenvolvidas com captação que amplifica fielmente seu timbre. São

os estudos, para professores que querem uma Viola de

mesmo, para músicos experientes incrementarem suas apresentações. Preço médio

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As cordas é um elemento que influencia mais do que imaginamos no som produzido pela viola, sendo um dos fatores responsáveis para que a viola tenha o som que

a esse fator. Então, se quiser entender um pouquinho mais sobre as cordas da viola, veja abaixo como é

Uma corda se divide em duas partes chamadas de “núcleo ou alma” e “capa exterior

Partes que compõem uma corda de viola: núcleo (ou alma) e capa exterior.

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O núcleo é o coração da corda de viola e seu fio principal. O material de produção é algum metal, tal como aço, níquel, entre outras. Normalmente o formato do núcleo pode ser hexagonal ou circular.

Já a capa exterior pode ser feita de níquel, cobre, bronze, entre outros. Alguns instrumentos utilizam cordas inteiramente trançadas, sem núcleo.

No processo de fabricação das cordas de uma viola é preciso examinar primeiramente o núcleo do fio de aço, por exemplo, em um microscópio, onde a imagem é ampliada para verificar se não há falhas.

Após aprovado no teste anterior, o fio passa por um processo para medir a sua espessura, certificando que está no tamanho ideal. Ele então passa por um teste de cordas, onde o fio é esticado e depois torcido, testando sua tensão, força e elasticidade para averiguar o quanto o material consegue suportar até se romper.

Depois, as ponteiras ou “bolinhas”, são selecionadas de forma que tenham sempre o mesmo tamanho e então são fixadas no fio. O fio já com a ponteira passa pelo processo de revestimento, onde um fio de níquel, por exemplo, é enrolado por toda a extensão do núcleo para que ele produza tons mais graves, sempre verificando se não existe folga em todo o seu comprimento. Você já reparou que apenas três cordas de sua viola são diferentes das outras? É por causa desse processo de revestimento.

Na viola não há cordas com o núcleo feito de nylon, porém o núcleo de aço pode ser revestido com outro material diferente, seguindo os mesmos processos de produção descritos acima.

As cordas produzidas são separadas por tom e enviadas para o final da linha de produção, onde são enroladas e empacotadas em embalagens plásticas individuais. E de lá elas seguem para as lojas, onde você pode escolher sua marca favorita, levar para casa e tirar um som.

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Acessórios de Viola para Iniciantes

1º: Afinadores.

Muitos iniciantes da viola encontram dificuldades em afinar seu instrumento no começo, e aí vem à importância do afinador, pois ele te ajudará a afinar sua viola mesmo sem ter uma percepção para notas bem desenvolvida. É muito importante manter o instrumento sempre afinado. Vale lembrar que também é fundamental no aprendizado desenvolver a percepção musical e aprender a afinar de ouvido.

2º: Capotraste.

Atualmente muitos músicos utilizam capotraste em suas composições. Possui funcionalidades que ajudam a tocar e cantar com mais facilidade, além de cumprir a mesma função da pestana apertando todas as cordas da viola ou algumas cordas em determinada casa, sendo também possível subir a tonalidade da música como se estivesse tocando com as cordas soltas, ou seja, sem modificar os modelos de acordes utilizados.

3º: Dedeira.

A dedeira é um acessório utilizado no polegar da mão que se toca as cordas, geralmente fazendo o papel da unha do polegar para tocar as cordas, sendo muito utilizada para substitui o dedão do músico ou a polpa do polegar.

4º: Metrônomo.

É um acessório muito importante no estudo da viola, visto que ele auxilia no tempo e na dinâmica de ritmos e compassos. Todas as notas tem um tempo exato para durar em uma música, e para que você fique bom em sustentar notas em seus tempos certos, é necessário que aprenda a treinar da forma correta, e o metrônomo é o acessório mais correto para que você faça isto. Portanto é um dos itens mais importantes para seu treino, independentemente do modelo que queira utilizar.

5º:Densenrolador de Cordas.

Seve para desenrolar ou enrolar as cordas na hora de efetuar a troca do encordoamento da viola. Este acessório permite que você ganhe mais tempo na hora de efetuar a troca das cordas da viola, é bem simples e fácil de usar.

6º:Correia.

Geralmente é usado para apresentações ou para quem toca em banda e/ou o músico que toca em pé, pendurando a viola ao pescoço.

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7º:Kit de Limpeza.

Uma viola suja pode prejudicar a sua técnica e até o seu som, e as cordas sujas podem ficar com uma sonoridade ruim ou até estourar. O nosso suor é abrasivo para o instrumento, favorecendo o aparecimento de pontos de ferrugem e desgaste excessivo das cordas. Utilizando os produtos adequados, é sempre bom limpar o seu instrumento e as cordas após o uso.

8º: Capa.

É um acessório de grande importância tanto para se locomover com a viola, quanto para protegê-la de arranhões, riscos e quedas. Além de ter vários tipos de capas no mercado hoje em dia, com várias utilidades e bolsos externos e internos que podem ser muito úteis.

9º: Suporte para Cifras e Tablaturas.

Esse suporte é excelente, pois proporciona melhor posicionamento e flexibilidade na hora de estudar e treinar. É também muito útil para quem deseja se apresentar, tocar com os amigos e afins, pois serve como suporte para sua pasta de músicas ou folhas. Existem vários tipos de modelos e material.

10º: Suporte ou Tripé.

É outro acessório fundamental, pois permite guardar a viola da forma correta. Muitas pessoas prejudicam o instrumento por guardá-lo da forma errada. Além de ser possível organizar melhor seu local de estudo e deixar a viola mais acessível na hora de pegá-la para treinar e tocar. Outra vantagem do suporte ou tripé é sua locomoção, por ser leve e de tamanho adequado pode ser transportado de um lugar para o outro com muita facilidade.

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Por que não Consigo Aprender Viola?

Todas as pessoas podem tocar viola. Algumas terão mais dificuldades em determinados assuntos e outras menos, e isso é normal. Mas, apesar das dificuldades encontradas, você pode sim se desenvolver e progredir cada vez mais. Entretanto, é preciso ficar atento se muitas dessas dificuldades não estão sendo criadas por você mesmo.

1º Você Estuda de Maneira Errada: Ao aprender viola é preciso procurar aprender de acordo com o seu nível e sem pular etapas, por mais que você considere chato ou menos importante. É importante seguir o passo a passo, estudar a teoria e treinar.

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Outra coisa importante é exercitar o que você já sabe, pois muitas questões teóricas e técnicas precisam ser sempre exercitadas para que você não esqueça.

2º Você treina na frequência errada: O estudo da viola deve ser contínuo e gradativo. Não adianta estudar 10 horas em um dia e depois ficar semanas sem estudar. Você conseguirá assimilar muito mais coisas se estudar em um tempo reduzido, mas todos os dias. Talvez você não esteja progredindo por falta de disciplina na programação dos seus treinos.

3º Perde Tempo Com Coisas Erradas: Talvez você pense que está estudando viola, mas ficar tocando músicas que já sabe, não treinar nada diferente, estudar com a viola no colo com a postura errada e não se concentrar porque se distrai facilmente, não acrescentam no estudo musical e não te levam a um progresso significativo. É preciso ter foco e estudar de maneira correta.

4º Não Investe em Bons Materiais: Ficar procurando várias coisas na internet, sem ter uma boa organização e método de estudo, pode sim dificultar o seu progresso. Hoje é possível você estudar com um método bom que ajuda muitas pessoas a progredirem, por um preço acessível, além do suporte com o professor. Realmente na era da informação está muito fácil estudar em casa com qualidade. Então, é uma coisa a se pensar!

5º Não Acredita em Si: Muitos iniciantes não acreditam que podem aprender a tocar viola por vários motivos particulares, mas se você é um desses repare na quantidade de pessoas com restrições físicas que alcançaram um bom patamar musical. Tocar bem é também uma questão de decisão, pois a partir do momento em que você decidir que é isso mesmo que quer fazer e estudar corretamente os resultados com certeza aparecerá. Acredite em você!

6º Não Tira as Dúvidas: Se você quer melhorar em qualquer coisa na vida, precisará fazer o possível para tirar todas as suas dúvidas. Na viola não é diferente, pois se você guardar dúvidas, continuará com dificuldades e minimizando sua melhora no instrumento. Procure sempre tirar suas dúvidas com quem realmente conhece do assunto.

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O que são Intervalos Musicais?

Os intervalos musicais vão muito além da definição teórica, eles possuem uma aplicação prática que é determinante para o controle das escalas musicais, montagem de acordes, arpejos e relação das notas com a harmonia. É essencial para quem, por exemplo, quer aprender a compor, tirar músicas de ouvido, além de ajudar na hora de fazer transposição de tons.

O que são Intervalos Musicais?

Em teoria musical, a distância entre duas notas é denominada de intervalo e esse conceito serve para todos os tipos de instrumentos.

A escala acima, composta pelas notas naturais, forma a escala natural, e o que caracteriza uma escala é o espaço que há entre cada nota da sequencia. A escala natural possui intervalos simples, assim, o Dó faz um intervalo de segunda com o Ré, porque é a segunda nota da escala. Bem como o Fá faz intervalo de quarta com o Dó. O Sol faz intervalo de quinta. O Lá faz intervalo de sexta. O Si faz intervalo de sétima.

DÓ -> RÉ (SEGUNDA MAIOR) DÓ -> MI (TERÇA MAIOR) DÓ -> FÁ (QUARTA JUSTA) DÓ -> SOL (QUINTA JUSTA) DÓ -> LÁ (SEXTA MAIOR) DÓ -> SI (SÉTIMA MAIOR) DÓ -> DÓ (OITAVA)

Estes são os intervalos entre as notas da escala natural, que podem ser maiores, menores, justos, aumentados ou diminutos. Lembrando que o intervalo implica que tenhamos duas notas para contar qual intervalo há entre elas.

Intervalo de 3º (Terça)

Entre os intervalos simples, temos o intervalo de 3º, que é denominado dessa maneira porque envolve a passagem de três notas, como por exemplo, Dó, Ré e Mi. E é esse intervalo que compõe os acordes, que pode ter duas classificações:

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Terça maior: Possui a distância de dois tons Terça menor: Possui a distância de 1 tom e meio

Ressaltando que um tom é à distância de dois sustenidos (ou de dois bemóis), e um semitom é à distância de um sustenido (ou de um bemol). Logo, um tom e meio = um tom + um semitom.

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Formação de Acordes

Para a formação de acordes é imprescindível entender e conhecer as escalas. É preciso também estudar essa parte com atenção e calma, e verá que esse processo é muito simples e pode ser utilizado em qualquer outro instrumento.

Na viola, quando tocamos um par de cordas solta ou pressionada em qualquer casa, obtemos apenas uma nota, mas quando tocamos várias cordas ao mesmo tempo obtemos várias notas e neste caso se colocarmos os dedos nos lugares corretos, estará tocando um acorde. Existe Lógica na Formação de Acordes?

Sim. Existe uma regra lógica para se definir a formação e o nome de cada acorde corretamente. E a falta desse entendimento são os principais fatores que geram confusão na formação de acordes, como:

As diversas nomenclaturas utilizadas. Nomes incorretos dados aos acordes. As várias formas de executar o mesmo acorde, nem sempre corretamente

utilizadas. A falta de compreensão da estrutura de intervalos subjacente aos acordes.

Ao saber a regra, saberá montar e nomear qualquer acorde no seu instrumento.

Formação de Acordes

A escala de Dó maior (C-D-E-F-G-A-B-C) é usada para montar uma tabela onde são extraídas a maioria das informações que serão necessárias para a construção de acordes, para tanto, também são utilizadas algarismos romanos (I-II-III-IV-V-VI-VII-

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VIII) que são chamados como GRAUS. Os graus são uma referência para montar qualquer tipo de acorde, seja maior, menor, diminuto, etc.

A figura acima representa a escala de Dó maior, note que de Mi para Fá a distância entre eles é de apenas ½ Tom e de Si para Dó também é de ½ Tom. Isto ocorre porque as notas E e B não têm sustenido. Portanto, do III para o IV grau a distância será sempre ½ Tom e o mesmo ocorre do VII para o VIII grau. Para os outros graus a distância é de 1 Tom.

Vale ressaltar que a soma de dois ½ Tons resultam em 1 Tom.

Na tabela abaixo temos várias escalas que se você entender o funcionamento desta tabela poderá tocar qualquer instrumento de cordas sem a necessidade de nenhum dicionário de acordes, desde que você saiba primeiramente a sua afinação.

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Note que acima do Grau 1 está a palavra tônica. Quando montamos um acorde, a tônica será sempre a nota que dá nome ao mesmo, ou seja, qualquer acorde que montar será iniciado pelo Grau 1 (tônica). Por exemplo, ao montar um acorde de “A”, o ponto de partida será o “A” do grau 1 da tabela acima. Exceto para as inversões de acordes.

Para a formação de acordes maiores utilizando o 1º grau, o 3º grau e o 5º grau, são as conhecidas tríades. A partir desta informação é que montamos os acordes no braço da viola ou de qualquer outro instrumento.

Para formar o acorde de Dó maior, já sabemos que a tônica é sempre nosso ponto de partida na construção do acorde, portanto, localize o “C” na coluna do Grau 1. Agora siga no sentido horizontal e anote a nota que está na coluna Grau III e em seguida anote a nota que está na coluna Grau V. Quando aplicamos esta fórmula, estamos obtendo a Tríade Maior. Neste caso a tríade de “C” é: C-E-G.

A grande sacada na construção dos acordes é entender que os dedos pressionam as cordas apenas para “corrigir” a afinação que atenda a tríade requisitada. Assim, ao mudarmos o posicionamento dos dedos na hora de se montar um acorde, estamos na verdade ajustando as notas para que elas atendam o que a tabela acima pede.

Abaixo temos as fórmulas para a formação dos acordes. Quando estiver habituado com ela você não vai mais precisar recorrer ao dicionário de acordes, ou seja, entender como se monta o acorde é muito mais fácil do que decorar centenas de “desenhos” do braço da viola.

OBS: Quando o Grau estiver acompanhado de “b” (Bemol) você volta meio tom da nota no grau onde ele estiver.

Vale a pena um pouco de esforço nesta parte teórica. A maioria dos iniciantes ignora está parte por acharem que não é importante ou por ficarem com preguiça, e acabam tendo muitas dificuldades.

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Pratique o que aprendeu:

Chora Viola

Tião Carreiro e Pardinho

Acordes

A = X 0 2 2 2 0

B7 = X 2 1 2 0 2

E = 0 2 2 1 0 0

E7 = 0 2 2 1 3 0

(intro)

E|---7/10---10---9----7---000---10---10---9----7---000-

B|---9/12---12---10---9---000---12---12---10---9---000-

G#|------------------------000----------------------000-

E|------------------------000----------------------000-

B|------------------------000----------------------000-

E|---5/7---7---5---4---000-------------------000-------------------

B|---7/9---9---7---5---000---4---4---2---0---000-------------------

G#|---------------------000---3---3---1---0---000---1/3---3---1---0-

E|---------------------000-------------------000---2/4---4---2---0-

B|---------------------000-------------------000-------------------

E|---------------------------------------------------

B|---------------------------------------------------

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G#|---------------6---3-------------------------------

E|-------4---7-------------------2---5---2-----------

B|---5-------------------0---4---------------2/5---5-

E|-----------------------------------------------

B|-----------------------------------------------

G#|-----------6---3-------------------------------

E|---4---7-------------------2---5---2-----------

B|-------------------0---4---------------2/5---5-

E|---------------------------------

B|---------------------------------

G#|-------6---3---------------------

E|---4-----------0---2---4---2---4-

B|---------------0---4---2---4---5-

E7

Eu não caio do cavalo nem do burro e nem do galho

Ganho dinheiro cantando a viola é meu trabalho

A B7 ( B7 A B7 )

No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio

E B7 E

Levanto de madrugada e bebo pingo de orvalho chora viola !

(intro)

E7

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Não como gato por lebre não compro cipó por laço

Eu não durmo de botina não dou beijo sem abraço

A B7 ( B7 A B7 )

Fiz um ponto lá na mata caprichei e dei um nó

E B7 E

Meus amigos eu ajudo inimigo tenho dó chora viola !

(intro)

E7

A lua é dona da noite e o sol é dono do dia

Admiro as mulheres que gostam de cantoria

A B7 ( B7 A B7 )

Mato a onça e bebo o sangue furo a terra e tiro o ouro

E B7 E

Quem sabe agüentar saudade não agüenta desaforo chora viola !

(intro)

E7

Eu ando de pé no chão piso por cima da brasa

Quem não gosta de viola que não ponha o pé lá em casa

A B7 ( B7 A B7 )

A viola está tinindo o cantador tá de pé

E B7 E

Quem não gosta de viola brasileiro bom não é chora viola !