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Violência e educação

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Page 1: Violência e educação

Violência e educaçãoPor uma Cultura de paz na escola

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A ideia de que a escola é um espaço marcado pela produção de violência é equivocada e no mínimo exagerada. A violência, em geral, vem de fora da escola, produzida socialmente. Os atos que causam comoção na sociedade, felizmente, são estranhos ao cotidiano das escolas e escoram-se em uma dada cultura de violência que percorre escalas crescentes em extensão e profundidade. Pequenas agressões, ataques ao patrimônio e agressão à vida.

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A base da violência é o desprezo pela vida alheia provocada pela necessidade de derrotar o outro constantemente. A radicalização dos valores competitivos é a raiz da violência. Competir e convencer, se dar bem a qualquer preço, buscar a vitória pessoal é a principal palavra de ordem da sociedade contemporânea. Solidariedade, cooperação, respeito ao outro são valores estranhos e até ridicularizados pela lógica da competição e do individualismo exacerbado. Talvez seja a escola um dos últimos espaços onde ainda se encontre compromissos de práticas de valorização da cultura de cooperação, da solidariedade e dos valores humanizantes.

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Mas a escola é permanentemente assediada pelos princípios da competição e da superação do outro. Tenta-se reduzir a formação à aquisição de habilidades técnicas de Língua Portuguesa e em Matemática, ou ao treinamento de algumas competências específicas. Sem negar a validade destas aquisições, é preciso registrar a sua insuficiência para a formação integral da pessoa.

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A concepção pedagógica de formação integral pressupõe a formação de um indivíduo que conhece sua história, seu contexto cultural, as suas responsabilidades e os seus direitos como cidadão e como pessoa. Formar um cidadão interativo, competente e hábil no convívio humano é essencial para a formação de uma cultura de paz, de respeito ao outro e de apreço pela vida. Por isso, a educação não pode ser restringida ao português e à matemática; tem que ser integral, abrangendo todos os campos do conhecimento , inclusive aqueles que contribuem para a construção do cidadão de direitos e deveres. Por isso, também , é insuficiente avaliar a educação por resultados quantitativos nas áreas de português e matemática, pois notas boas na escola não impediram a chacina no Rio de Janeiro, e habilidades técnicas não obstaram o atropelamento dos ciclistas em Porto Alegre.

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Por tudo isso, a Secretaria de Educação do Estado está criando os Comitês Comunitários de Prevenção à Violência na escola, em âmbito estadual, regional e local. Estamos reunindo governo, entidades da sociedade e comunidade escolar numa grande mobilização pelo combate e prevenção à violência.

Buscaremos de forma integrada, melhor conhecer os contextos que podem desencadear ações violentas e, assim definir políticas públicas que de fato dialoguem com os anseios das comunidades e contribuam para a difusão de uma cultura de paz em nossas escolas.

(José Clóvis de Azevedo – Secretário de Estado da Educação do Rio Grande do Sul Correio do povo, 16/04/2011, pág. 2)

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“Se d i r i g imo s no s s a ind i gnação ao a l v o e r rado , i s t o é , s e c omba t emo s o agr e s s o r , em v e z d e c omba t e r a agr e s s ã o , p e rd emo s a o p o r t un idade d e e s t a b e l e c e r uma nova r e l a ção c om o ou t r o . Além d e , em grande par t e d o s ca s o s , a l imen tarmo s o c i c l o v i c i o s o da v i o l ên c i a , quando a v í t ima r eage , s e t o rnando um novo agr e s s o r ” .

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“…na história da nossa espécie, o que nos une é muito maior do que o que nos separa”.

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Trabalho desenvolvido com a turma de 8ª série da EJA – Escola Neli Betemps –

Candiota - RS

[email protected]/05/2011