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3 QUARTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2013 A GAZETA EDITORA: ANDRÉA PIRAJÁ [email protected] Tel.: 3321.8446 agazeta.com.br/cidades gazetacidades Proteção garantida ao estacionar Lei aponta que empresas de estacionamento são responsáveis por repor danos causados por roubos e colisões que aconteçam nesses locais. Página 9 VIOLÊNCIA MORTES: NÚMERO CAI, MAS INSEGURANÇA CONTINUA Em pesquisa, segurança foi reprovada por 54,2% das pessoas ELTON LYRIO [email protected] O número de homicídios no Estado vem caindo ano após ano desde 2010, se- gundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pú- blica (Sesp). Somente na comparação dos dez pri- meiros meses de 2013 e do mesmo período de 2012, a redução chegou a 5,6%. No entanto, a sensação de segurança ainda não faz parte da rotina do ca- pixaba. Uma pesquisa do Instituto Futura, realizada em outubro, avaliou o go- verno do Estado e mostra que a segurança pública foi reprovada por 54,2% dos entrevistados, que a classificaram como ruim ou péssima. Para 73,4% das pessoas ouvidas, o go- vernador Renato Casa- grande não está cumprin- do a promessa de campa- nha de reduzir os índices de homicídio no Estado. Por outro lado, dados do Anuário Brasileiro de Se- gurança Pública, divulga- dos nesta semana, coloca- ram o Estado como o se- gundo em queda no núme- ro de assassinatos, com re- dução de 33% entre 2011 e 2012. Mas, segundo o pró- prio secretário estadual de Segurança, André Garcia, o índice, na realidade, não foi tão grande. Ele afirma que, por “problemas da gestão” – que não são da Secretaria Estadual de Segurança –, o banco de dados usado para o anuário – ligado ao Ministério da Justiça – foi corrompido e teve a ali- mentação prejudicada. O sistema é atualizado diretamente nas delega- cias e unidades policiais. “De um ano para outro, es- sa redução (de 33%) seria um resultado extraordiná- rio. Estamos num processo em que interessa mais para nós que a redução seja me- nor, mas persistente ao longo dos anos do que algo sazonal, que acabe nos fa- zendo perder o processo como um todo”, disse. Sobre a sensação de in- segurança da população, o secretário afirma que há uma contradição entre esse quadro e a redução dos ho- micídios. “É preciso que a sociedade compreenda es- se processo”, afirmou, des- tacando que as mudanças devem ser sentidas a médio e longo prazo. Ele destacou que os ho- micídios são concentrados nas regiões em que o go- verno tem atuado com o programa Estado Presen- te, com ações não só na área de segurança, mas também social. “Não é após 30 anos convivendo com aumento de homicí- dios que a gente pode exi- gir da sociedade que passe a sentir a redução”, disse. REPORTAGEM ESPECIAL “As pessoas vão começar a perceber essa redução a médio e longo prazo, não de uma hora para outra” ANDRÉ GARCIA SECRETÁRIO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

VIOLÊNCIA - ijsn.es.gov.br · do é três vezes maior que o de um cidadão comum. “A polícia está matando muitoemorrendomuito”, ... foram registrados 50,6 mil casos, o correspondente

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3QUARTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2013 A GAZETA

EDITORA:

ANDRÉA PIRAJÁ[email protected]

Tel.: 3321.8446

agazeta.com.br/cidades

gazetacidades

Proteçãogarantida aoestacionar

Lei aponta que empresas deestacionamento sãoresponsáveis por repor danoscausados por roubos ecolisões que aconteçamnesses locais. Página 9

VIOLÊNCIAMORTES: NÚMERO CAI, MASINSEGURANÇA CONTINUAEm pesquisa, segurança foi reprovada por 54,2% das pessoas

ELTON [email protected]

OnúmerodehomicídiosnoEstado vem caindo anoapós ano desde 2010, se-gundo dados da SecretariadeEstadodaSegurançaPú-blica (Sesp). Somente nacomparação dos dez pri-meiros meses de 2013 e domesmo período de 2012, aredução chegou a 5,6%.

No entanto, a sensaçãode segurança ainda nãofaz parte da rotina do ca-pixaba. Uma pesquisa doInstitutoFutura,realizadaem outubro, avaliou o go-

verno do Estado e mostraque a segurança públicafoi reprovada por 54,2%dos entrevistados, que aclassificaram como ruimou péssima. Para 73,4%das pessoas ouvidas, o go-vernador Renato Casa-grande não está cumprin-do a promessa de campa-nha de reduzir os índicesde homicídio no Estado.

Poroutro lado,dadosdoAnuário Brasileiro de Se-gurança Pública, divulga-dos nesta semana, coloca-ram o Estado como o se-gundoemquedanonúme-

ro de assassinatos, com re-duçãode33%entre2011e2012. Mas, segundo o pró-prio secretário estadual deSegurança, André Garcia,o índice, na realidade, nãofoi tão grande.

Ele afirma que, por“problemas da gestão” –que não são da SecretariaEstadual de Segurança –,o banco de dados usadopara o anuário – ligado aoMinistério da Justiça – foicorrompido e teve a ali-mentação prejudicada.

O sistema é atualizadodiretamente nas delega-

cias e unidades policiais.“De um ano para outro, es-sa redução (de 33%) seriaum resultado extraordiná-rio.Estamosnumprocessoemqueinteressamaisparanós que a redução seja me-nor, mas persistente aolongodosanosdoquealgosazonal, que acabe nos fa-zendo perder o processocomo um todo”, disse.

Sobre a sensação de in-segurança da população, osecretário afirma que háumacontradiçãoentreessequadro e a redução dos ho-micídios. “É preciso que a

sociedade compreenda es-se processo”, afirmou, des-tacando que as mudançasdevemsersentidasamédioe longo prazo.

Ele destacou que os ho-micídios são concentradosnas regiões em que o go-verno tem atuado com oprograma Estado Presen-te, com ações não só naárea de segurança, mastambém social. “Não éapós 30 anos convivendocom aumento de homicí-dios que a gente pode exi-gir da sociedade que passea sentir a redução”, disse.

REPORTAGEM ESPECIAL

“As pessoas vãocomeçar aperceber essaredução a médioe longo prazo,não de umahora para outra”—ANDRÉ GARCIASECRETÁRIO ESTADUALDE SEGURANÇA PÚBLICA

Documento:AG06CACI003;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:05 de Nov de 2013 23:01:59

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4 CIDADESA GAZETA QUARTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2013

REPORTAGEM ESPECIAL

70% DOS BRASILEIROSNÃO CONFIAM NA POLÍCIAÍndice cresceu e aproxima-se da credibilidade dos políticos

NOSSA OPINIÃO

Desgaste contribui para a violência

Sete em cada dez pes-soas não confiam na po-lícia porque o históricode sua atuação, comacertos e erros, causoudescrédito. Em média,cinco pessoas morremtodos os dias no país ví-timas da ação policial,de acordo com o Anuá-rio Brasileiro de Segu-rança Pública. É absur-do. Configura situaçãoextremamente aflitiva,inadmissível. Não é paraisso que os cidadãos pa-gam pesados impostos.A reprovação da políciacria um quadro autode-teriorante, porque con-tribui para propagar a

violência. Dificulta ocombate ao crime e es-timula delinquentes aoconfronto com as forçasde segurança. O Brasilprecisa sair dessa enras-cada – que deveria tersido evitada. Não équestão apenas de maisrecursos na área policial– que aliás foram am-pliados em 16% em2012, comparativamen-te a 2011, atingindoR$ 71,1 bilhões. É in-dispensável reparar ofalido modelo de segu-rança. A população exi-ge, legitimamente, ummínimo de tranquilida-de para viver.

“Se a sociedade não confia não terá boa polícia”O secretário estadual de

Segurança Pública, AndréGarcia, afirmou que, noEspírito Santo, o governotem trabalhado para es-treitar os laços entre a po-pulação e a polícia e ven-cer a desconfiança.

“Temos feito todo umtrabalhocomoobjetivodetentar fazer com que a po-pulaçãopercebaqueo tra-balho da polícia é um tra-balho de parceria com asociedade. Se a sociedadenão confia na polícia nãovai ter uma boa polícia”,disse Garcia.

O secretário afirmouque a experiência temmostrado que quantomais próxima é a relaçãoentre a sociedade e a polí-

cia melhores e mais rápi-dos são os resultados.

PATRULHAO secretário cita como

exemplo o projeto Patru-lha da Comunidade, lan-çado em agosto deste anoequetemcomocaracterís-

ticareforçaropoliciamen-to em áreas de grande cir-culação de pessoas.

“O objetivo é esse: dereforçar o policiamentode proximidade com acomunidade para mos-trarqueapolíciaestá tra-balhando e que ela preci-

sa de informações paraque esse trabalho seja omelhor possível.

OsecretárioAndréGar-cia destacou que, na ava-liação dos dois primeirosmeses de atuação da Pa-trulha na Comunidade, ocenário tem sido positivo:houve 22% de reduçãodos crimes contra o patri-mônio nas regiões que sãoatendidas pelo projeto re-cém-lançado.

Ele também afirmouque a iniciativa deve serexpandida para novosbairros da Grande Vitóriaem2014,alémdechegaramunicípios do interior, co-mo Linhares, Cachoeirodo Itapemirim, São Ma-teus e Colatina.

GABRIEL LORDÊLLO/ARQUIVO

Secretário: Patrulha da Comunidade dá resultados

DADOS DO ANUÁRIOSeteemcadadezbrasilei-

rosnãoconfiamnotrabalhodas polícias do país. O dadoconsta no Índice de Con-fiança na Justiça Brasileira(ICJBrasil), que foi realiza-do pela Fundação GetúlioVargas (FGV) e compõe a7ª edição do Anuário Brasi-leiro de Segurança Públicado Fórum Brasileiro de Se-gurança Pública (FBSP).

E esta instituição desta-ca: a credibilidade das polí-cias está mais próxima daapresentada pelos partidospolíticos (95,1% dos brasi-leirosafirmamquenãocon-fiam em legendas políticas)doquepelaapresentadape-las Forças Armadas (34,6%não confiam). A constata-ção, segundo o documento,indica a necessidade de re-veraatuaçãodosagentesdesegurança pública.

O índice de desconfian-ça em relação às polícias –registrado no primeiro se-mestre deste ano – é 8,6pontos porcentuais supe-rior ao do primeiro semes-tre de 2012. Segundo a TVGlobo, nos Estados Unidoso índice de desconfiança éde apenas 12%.

As polícias continuamem terceiro lugar entre as

instituições em que o brasi-leiro menos confia, de acor-do com o anuário. No pri-meiro semestre de 2013, ainstituiçãodaqualapopula-ção mais desconfiava eramos partidos políticos, segui-da do Congresso Nacional(81,5% desconfiam).

Com índice melhor deconfiançaqueaspolíciasnapesquisa estão a Igreja Ca-tólica (50,3% desconfiam)e as Forças Armadas(34,6% desconfiam).

MORTESOutro dado do anuário:

cinco pessoas morrem tododia no país vítimas da açãopolicial. No ano passado,1.890 pessoas perderam avidaemepisódiosenvolven-do policiais em serviço. Econsiderando as taxas demortesporhomicídiodapo-pulaçãoedepoliciais,oriscodeumpolicial serassassina-do é três vezes maior que ode um cidadão comum.

“A polícia está matandomuito e morrendo muito”,disse o coordenador doanuário, Renato Sérgio deLima.Sobreosinvestimen-tos em segurança, ele afir-ma: “O Brasil gasta muito,mas investe mal”.

Confiançat Polícia

70,1% dos brasileirosouvidos na pesquisa nãoconfiavam na polícia noprimeiro semestre desteano. O número é 8,6pontos percentuaismenor que o índice dedesconfiança registrado noprimeiro semestre de 2012,quando a taxa foi de 61,5%

Homicídiost Dados

Alagoas continualiderando o ranking dehomicídios dolosos com58,2 mortes por grupo de100 mil habitantes. Mashouve redução da taxa:em relação a 2011, oíndice recuou 21,9% –passou de 2,3 mil mortesem 2011 para 1,8 milmortes em 2012. Nogrupo de Estados com asmenores taxas de mortepor grupo de 100 milhabitantes estão Amapá(9,9), Santa Catarina(11,3), São Paulo (11,5),Roraima (13,2) e MatoGrosso do Sul (14,9)

Estuprost Dados

O número de estupros no

Brasil subiu 18,17% em2012: foram registrados50,6 mil casos, ocorrespondente a 26,1estupros por grupo de100 mil habitantes. Em2011, a taxa era de 22,1

t EstadosAs maiores taxas deestupro para cada 100 milhabitantes foram Roraima,Rondônia e SantaCatarina; e as menores, naParaíba, no Rio Grande doNorte e em Minas Gerais

Gastost Total

O gasto com segurançapública chegou a R$ 61,1bilhões no ano passado,15,83% a mais do que em2011. Investimentos eminteligência e informaçãoalcançaram R$ 880milhões e R$ 17,5bilhões em policiamento

t CampeãoSão Paulo foi o Estadoque destinou maisrecursos ao setor:

R$ 14,37 bilhões

População carceráriat À espera

Em sete Estados, maisde 50% dos presosaguardam julgamento:Mato Grosso (53,6%),Maranhão (55%), MinasGerais (58,1%), Sergipe(62,5%), Pernambuco(62,6%), Amazonas(62,7%) e Piauí (65,7%)

Fonte: Agência Brasil

MaisdetentosO número de pre-sidiários aumentou9,39%. Em 2011,havia 471,25 milpresos no país,um númeroque saltou para515,5 mil em 2012.Já a quantidade devagas nos presídiostambém cresceu,mas apenas 2,82%

NESTOR MULLER/ARQUIVO

Documento:AG06CACI004;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:05 de Nov de 2013 22:59:55

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CIDADES5QUARTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2013 A GAZETA

REPORTAGEM ESPECIAL

Família vai à Justiça, mas não consegue leitoApós idas e vindas para

internar uma senhora de53 anos, a família dela re-correu à Justiça, mas nãoconseguiu vaga em hospi-tal. A auxiliar de serviçosgerais Bernadete NevesConceiçãonãotemarótulado joelho esquerdo, e umacidente no trabalho, háum mês, agravou o caso.

“Ela sente dores muito

fortes e precisa ser opera-da”, contou a filha, a vigi-lante Beatriz Neves Con-ceição. No dia do fato, amulher foiatendidanaClí-nica dos Acidentados. Diasdepois,ogessofoiretirado,e a dor continuou.

A peregrinação por so-corro começou na quin-ta-feira. Mãe e filha saíramdecasaàs6hesóconsegui-

ram atendimento às 23h.“O posto de saúde enca-

minhouminhamãeaoSãoLucas porque lá tem orto-pedista, mas recusaramatendimento por não sertrauma. Fomos ao Pron-to-Atendimento da Praiado Suá, mas não havia es-pecialista.Entãonosorien-taram a ir à Santa Casa. Oatendimento foi recusado,

evoltamosaoPA.Delá,en-caminharam minha mãeaoSãoLucas,quesóaaten-deu porque ela tinha con-vulsões”, conta Beatriz.

Bernadete teve alta,mas ainda sente dores. Afamília conseguiu liminarpara que o Estado provi-dencieavaga. “É tristede-penderdasaúdepública”,desabafa Beatriz.

BERNARDO COUTINHO

Durante 17 horas, Beatriz buscou vaga para a mãe

MAIORIACONSIDERASAÚDE RUIMOU PÉSSIMAPesquisa do Futura mostraavaliação de serviços públicos

DANIELLA [email protected]

Asaúdepúblicafoireprova-da pela população capixa-ba.Éoquemostraumapes-quisarealizadapeloInstitu-toFutura.Ospesquisadorespediramparaosentrevista-dos avaliarem a área comadjetivosentreótimoepés-simo. A maior parte –60,4% – classificou a saúdecomo ruim e péssima. Ou-tros 28,6% consideraram aáreacomoregular,eapenas10,8% avaliaram os servi-ços como bom e ótimo.

Amaioriadosentrevista-dos considera que o gover-nador Renato Casagrandenão vem cumprindo pro-messasfeitasnacampanha,em 2010. Mais da metadedas pessoas – 55,4% – res-pondeu que o governo nãoestá voltado para a área so-cial. A opinião contrária foirespondida por 33,5%, e11,1% não sabiam ou nãoquiseram responder.

Napesquisa,ogoverna-

dor também obteve índicenegativo em educação pú-blica (35,2% ruim e péssi-mo) e transporte público(42,3% ruim e péssimo).

Na saúde, uma das prin-cipais críticas é o atraso dasobras do novo Hospital SãoLucas, referência de atendi-mentodetrauma.Aprimei-ra fase da conclusão dasobras estava prevista para oprimeiro semestre desteano,masohospitalsóvaire-ceber pacientes em 2014.

A unidade, no Forte SãoJoão,emVitória,vemsendoreformada e ampliada des-

de 2010. Em função daobra, o São Lucas funciona,atualmente,nasdependên-cias do Hospital da PolíciaMilitar (HPM), em BentoFerreira, Vitória. Profissio-naisepacientesquepassampelo hospital descrevem asituaçãocomocaótica, comcorredores sempre lotados.

Para o secretário esta-dual de Saúde, Tadeu Ma-rino,apesquisaéumalertade que o Estado deve man-ter seus investimentos. “Aprevisão constitucional éde investir 12% da receitaestadual na área da saúde.Até agora já investimos18,5%”, destaca, lembran-do que, na última semana,foi concluída a entrega deumaunidadehospitalar–oJayme Santos Neves, naSerra – com 650 leitos.

Marinoobservaquepartedas reclamações da popula-ção pode referir-se a ques-tões nos municípios, comofalta de médicos ou remé-dios nas unidades de saúde.

BERNARDO COUTINHO

Triste rotinaCom infecção naperna, João ficouinternado pela ter-ceira vez no corre-dor do São Lucas.

“Depois, pelaprimeira vez,consegui vagana enfermaria.Corredor estásempre lotado”—João de Oliveira,50, aposentado

ENTREVISTADOS

800pessoasforam ouvidas, em20 municípios, entre osdias 29 e 31 de outubro.

Documento:AG06CACI005;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:05 de Nov de 2013 21:19:31