Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC
Curso de Enfermagem
Trabalho de Conclusão de Curso
Violência Obstétrica na Perspectiva dos Profissionais da Saúde:
Revisão Integrativa
Gama-DF
2019
AMANDA CHRISTINA OLIVEIRA AMORIM
STÉFANI SILVA DE OLIVEIRA
Violência Obstétrica na Perspectiva dos Profissionais da Saúde:
Revisão Integrativa
Artigo apresentado como requisito para
conclusão do curso de Bacharelado em
Enfermagem pelo Centro Universitário do
Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac.
Orientadora: Prof(a). Esp. Gabriela da Silva Pires.
Gama-DF
2019
AMANDA CHRISTINA OLIVEIRA AMORIM
STÉFANI SILVA DE OLIVEIRA
Violência Obstétrica na Perspectiva dos Profissionais da Saúde: Revisão Integrativa
Artigo apresentado como requisito para
conclusão do curso de Bacharelado em
Enfermagem pelo Centro Universitário do
Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac.
Gama, 26 de novembro de 2019.
Banca Examinadora
Prof. Esp. Gabriela da Silva Pires
Orientadora
Prof. Ms. Erlayne Camapum Brandão
Examinadora
Prof. Ms.Vênus Deia Alves de Farias
Examinadora
4
Violência Obstétrica na Perspectiva dos Profissionais da Saúde:
Revisão Integrativa
Amanda Christina Oliveira Amorim1
Stéfani Silva de Oliveira2
Resumo:
A temática violência obstétrica ainda é pouco abordada, sendo um problema de saúde pública
que atinge 25% das mulheres no momento do parto, podendo ocorrer antes, durante ou depois
do parto. Objetivo do estudo é verificar a percepção dos profissionais da saúde quanto ao
conceito de violência obstétrica, descrever os tipos de violência e como os profissionais
percebem isso. Para isso foi realizada revisão uma revisão integrativa da literatura de artigos
científicos nacionais publicados no período de 2010 a 2019 nas plataformas LILACS, Bdenf,
MEDLINE e SCIELO. Resultados: profissionais da área de saúde conceituam violência
obstétrica como falta de recursos para a realização de um bom trabalho nos serviços de saúde,
violência institucional, verbal, física, psicologica e/ou moral e a falta de comunicação e
educação em saúde. Este estudo possibilita a conscientização da população sobre o que os
profissionais podem ou não realizar, gerar conhecimento para exigir atendimento adequado e
evidenciar a importância da educação continuada para os profissionais do setor da obstetrícia
quanto à violência obstétrica.
Palavras-chave: Violência. Violência Obstétrica. Parturientes. Parto Humanizado.
Abstract:
The issue of obstetric violence is still little addressed, being a public health problem that
affects 25% of women at the time of childbirth and may occur before, during or after
childbirth. Objective of the study is to verify the perception of health professionals about the
concept of obstetric violence, to describe the types of violence and how professionals perceive
it. For this, an integrative literature review of national scientific articles published from 2010
to 2019 on LILACS, Bdenf, MEDLINE and SCIELO platforms was reviewed. Results: health
professionals conceptualize obstetric violence as lack of resources to perform good work in
health services, institutional, verbal, physical, psychological and / or moral violence and lack
of communication and health education. This study enables the population to become aware
of what professionals can and cannot do, generate knowledge to demand adequate care and
highlight the importance of continuing education for midwifery professionals regarding
obstetric violence.
Keyword: Violence. Obstetric Violence. Parturients. Humanized birth
1Graduanda do Curso Enfermagem, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac. E-mail: [email protected]. 2 Graduanda do Curso Enfermagem, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac. E-mail: [email protected].
5
INTRODUÇÃO
A violência obstétrica em meio ao século XXI ocorre de forma saliente atingindo 25%
das mulheres. Este tipo de violência ocorre tanto nos hospitais públicos como nos
particulares, tendo uma prevalência no setor público (ZANARDO et al., 2017).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência é o uso da força
física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, ou outra pessoa ou contra um
grupo ou comunidade que resulte em sofrimento, morte, danos psicológicos, desenvolvimento
prejudicado ou privado (SILVA et al., 2015).
Para a OMS, a violência contra a mulher é um problema de saúde pública por sua
proporção e gravidade das sequelas físicas e emocionais que produz. Entre os tipos de
violência contra a mulher, está a violência obstétrica, um problema presente nas práticas da
atenção destinadas à mulher no parto, que engloba questões sociais, econômicas, de gênero,
raça e institucionais. Configurada pela imposição de intervenções danosas à integridade física
e emocional das mulheres nas instituições em que são atendidas, bem como o desrespeito a
sua independência, como quando o profissional obstetra transforma o processo fisiológico do
parto em um evento medicamentoso (SILVA et al., 2015).
Este tipo de violência ocorre por forma de negligência - negar atendimento, privar o
direito garantido pela Lei Nº 11.108/2005 da mulher obter um acompanhante na hora do
parto; violência física - práticas de intervenções desnecessárias como o uso da lavagem
intestinal, ocitocina, episiotomia, prescrever jejum, assim submetendo a gestante a uma
aceleração do parto; violência verbal - comentários ofensivos: “na hora de fazer não dói”,
“deixa de reclamar”; violência psicológica - ação verbal ou comportamental onde inferioriza a
mulher. A violência obstétrica é qualquer ato dos profissionais da saúde de intervenção no
processo fisiológico do parto.
O conceito de parto humanizado é fazer com que os profissionais da saúde
desempenhem o seu papel sem tirar o poder de escolha da parturiente, é deixar o mais natural
possível, dando poder de escolha a essa mulher. Geralmente o parto é objeto de medo e
tensões, seguindo a ordem natural das coisas, obedecendo ao ritmo e às necessidades
específicas do corpo de cada parturiente, os profissionais de saúde devem interferir o mínimo
possível no processo do nascimento da criança, sendo sua função: estar presente nesse
momento para acalmar a parturiente, ajudar no que for necessário, com massagens, sanado
dúvidas e verificando se o parto está seguindo seu curso de forma correta, as intervenções
serão feitas somente se necessário (SILVA et al., 2015).
6
Vale ressaltar que o ambiente hospitalar também é importante para um melhor
acolhimento a essa parturiente, pois um local mais acolhedor e acessível para realização de
práticas corretas ao parto humanizado oferece um apoio emocional a parturiente e a família,
facilitando assim o laço afetivo entre mãe e filho, diminuindo casos de depressão pós-parto
(SOUZA et al., 2018).
Em relação às intervenções realizadas durante o trabalho de parto, uma pesquisa
realizada através do Projeto Nascer no Brasil, no qual compreendeu os anos de 2011 e 2012,
revelou que em mais de 70% das mulheres foi realizada punção venosa, cerca de 40%
receberam ocitocina e realizaram aminiotomia (ruptura da membrana que envolve o feto) para
aceleração do parto e 30% receberam analgesia raqui/peridural. Já em relação às intervenções
realizadas durante o parto, a posição de litotomia (deitada com a face para cima e joelhos
flexionados) foi utilizada em 92% dos casos, a manobra de Kristeller (aplicação de pressão na
parte superior do útero) teve uma ocorrência de 37% e a episiotomia (corte na região do
períneo) ocorreu em 56% dos partos. Esse número de intervenções foi considerado excessivo
e não encontra respaldo científico em estudos internacionais. Além disso, muitas dessas
práticas são associadas a risco de complicações, são dolorosas e seu uso é considerado
desnecessário, como é o caso da episiotomia (ZANARDO et al., 2017).
Este trabalho tem como objetivo analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre
o conceito de violência obstétrica. Visto que na busca da literatura não se encontra muitas
bibliografias acerca desse tema específico.
REVISÃO DA LITERATURA
Por se tratar de um tema abrangente a violência possui várias definições, portanto
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é definida como o uso da força física ou do
poder real ou em ameaça ou na prática, contra si próprio ou contra outra pessoa e ainda contra
um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em
lesão, morte ou dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (SILVA et al.,
2015).
A violência possui uma relação direta com a forma como a sociedade constrói seus
valores, normas de condutas e seus serviços prestados. Neste contexto o fenômeno social está
enraizado pelas estruturas sociais, econômicas, culturais e políticas, portanto pode ser
7
representada pelas ações de indivíduos ou grupos, podendo causar danos irreversíveis
(COLOSSI, 2012).
As consequências das violências podem causar efeitos intensos e devastadores muitas
vezes irreparáveis como o fato da pessoa abusada ter maior risco de ser uma abusadora no
futuro. Por todos esses destaques é impreterível interromper o ciclo da violência para que não
ocorra um dano maior na vida emocional, sexual e reprodutiva das vítimas.
Segundo Guedes (2015) a violência contra a mulher é qualquer meio de coagir, de
submeter outrem a seu domínio, sendo uma violação dos direitos essenciais do ser humano,
onde a dominação que o sujeito exerce sobre a mulher estabelece uma dificuldade para que
ela consiga sair desta situação em que se encontra. Desta forma a violência consiste em
qualquer ato violento baseado no gênero, que decorra, ou tenha probabilidade de ocasionar,
em dano físico, sexual, psicológico ou sofrimento para a mulher, envolvendo a ameaça de
praticar tais atos, a coerção ou privação arbitrária da liberdade em ambiente público ou
privado.
No Brasil, a violência contra mulher é tida como um dos problemas prioritários a ser
combatidos pela saúde pública, visto que as consequências na vida das mulheres que sofreram
ou sofrem algum tipo de violência são caracterizadas de várias formas, podendo causar
enorme sofrimento, assim impactando no cotidiano das vítimas, como pânico, desvalorização
pessoal, desespero, sensação de abandono e distúrbio do estresse pós-traumático (DEPT), bem
como deixando marcas nas famílias e afetando várias gerações.
CORLETO (2010) e SCHNEIDER (2010) afirmam que com isso impede que as
mulheres produzam suas potencialidades, limitando o crescimento econômico e
comprometendo o seu desenvolvimento e no relato sobre a violência, as mulheres falam que,
para elas, não há sociedade civilizada considerando que socialmente falando faz-se uma “vista
grossa” para esses abusos.
Segundo Silva et al. (2013) toda mulher tem direito ao respeito e a dignidade,
igualdade, liberdade de associação, liberdade de professar a religião e as próprias crenças, isto
é descrito no código penal na Lei 11.340/2006, conhecido como Lei Maria da Penha, que visa
a não violação dos direitos da mulher. Este tipo de violência então sucede como um crime
específico e possíveis mudanças na forma de punição aos agressores foram proporcionados.
Dessa forma conforme a lei, a violência pode ser classificada como física, sexual, psicológica,
moral ou patrimonial.
8
A violência obstétrica para a organização mundial da saúde (OMS) é um problema de
saúde pública, por sua proporção e magnitude das sequelas orgânicas e emocionais que
acarreta. A violência citada se configura através da imposição de intervenções danosas à
integridade física e psicológica das mulheres nas instituições e por profissionais pelos quais
são atendidas, bem como o desrespeito a sua autonomia, que ocorre quando o profissional
obstetra impõe o uso de medicações transformando o processo fisiológico do parto em um
evento medicalizado para acelerar o processo de expulsão do feto (SILVA et al., 2015).
Este termo foi utilizado pela primeira vez no meio acadêmico pelo Dr. Rogério Pérez
D’Gregorio, presidente da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia da Venezuela.
Com relação aos estudos Pulhez (2013) e Andrade (2014) violência obstétrica é
qualquer ato praticado por profissionais da saúde no que se refere ao corpo e aos processos
reprodutivos das mulheres manifestados através de uma atenção desumanizada, abuso de
ações intervencionistas, medicalização e a transformação patológica dos processos de
parturição fisiológicos.
Segundo Biscegli et al. (2015), o trabalho de parto, mesmo sendo um estado
fisiológico, pode e são persuadidos por muitos fatores, como o estado psicológico, fatores
ambientais e valores culturais como os antecedentes da mulher. Contudo, muitas mulheres são
vítimas de violência no parto, portanto transformando um acontecimento tão único e
satisfatório em um momento traumático, acarretando danos não só para a mãe e o bebê, como
também para toda a estrutura familiar.
O parto é um momento único e inesquecível na vida da mulher, quando o cuidado
despendido pelos profissionais deveria ser singular e pautado no protagonismo da
mulher, tornando-o mais natural e humano possível. Distintamente de outros
acontecimentos que necessitam de cuidados hospitalares, o processo de parturição é
fisiológico, normal, necessitando, na maioria das vezes, apenas de apoio,
acolhimento, atenção e humanização (ANDRADE, 2014, p.3).
De acordo com as evidências científicas e as indicações da OMS atualmente os recém-
nascidos nascem em hospital, por meio de diversos procedimentos invasivos, subsequentes de
alegações que são necessários para assegurar a saúde da mulher e da criança, argumentação
essa que não se afirmar (SANTOS, SOUZA, 2015; BARBOZA, MOTA, 2016).
Para Silva et al. (2015), a humanização é necessária para que o parto deixe de ser
objeto de medo e tensões e siga a ordem natural dos eventos, obedecendo às necessidades
específicas do corpo de cada mulher em trabalho de parto, e os profissionais de saúde devem
intervir o mínimo possível no processo do nascer.
Para proteger as parturientes deste tipo de violência foram criadas a Portaria
Ministerial 569, de 2000, que institui o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento,
9
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e a Portaria 1.067, de 2005, que institui a
Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal, no âmbito do SUS, além da Lei 11.108,
de 2005, que garante à mulher parturiente o direito à presença de acompanhante durante o
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do SUS.
Apesar disso, essas regulamentações não têm sido suficientes no Brasil para garantir
os direitos das mulheres, desta forma foram criadas 4 propostas apresentadas ao Senado
Federal objetivando ampliar melhoria nas condições de atendimento as mulheres parturientes.
1) Projeto de Lei nº 8, de 2013, incluir a obrigatoriedade de obediência às diretrizes e
orientações técnicas e o oferecimento de condições que possibilitem a ocorrência do parto
humanizado nos estabelecimentos de saúde do SUS; 2) Projeto de Lei, n° 75, de 2012,
estabelecer a assistência à saúde integral, promovida pelo Poder Público, à presa gestante,
bem como vedar a utilização de algemas em mulheres em trabalho de parto; 3) Projeto de Lei
7.633, de 2014, humanização da assistência à mulher e ao neonato durante o ciclo gravídico-
puerperal, atendendo a reivindicações de coletivos de mulheres para transformar as normas
ministeriais em Lei Federal, garantindo assim maior eficácia no seu cumprimento e 4) Projeto
de lei n.º 8.219, de 2017, violência obstétrica praticada por médicos e profissionais de saúde
contra mulheres em trabalho de parto ou no pós-parto.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de uma revisão integrativa que emerge como uma metodologia, que inclui a
análise de pesquisas relevantes possibilitando uma tomada de decisão, proporciona a síntese
do conhecimento de um determinado assunto e a incorporação da aplicabilidade de resultados
de estudos significativos na prática, além do mais aponta lacunas do conhecimento que
precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos (SOUZA, SILVA, CARVALHO,
2010).
Para elaboração do artigo adotou-se o percurso metodológico baseado nas seis fases
norteadoras para elaboração de revisão integrativa: elaboração da questão norteadora,
estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão e a busca na literatura, definição das
informações a serem extraídas em cada estudo, avaliação dos estudos incluídos, interpretação
dos resultados e apresentação da revisão (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008; SOUZA,
SILVA, CARVALHO, 2010).
A questão norteadora do estudo foi: Qual a percepção dos profissionais de saúde sobre
10
o que é violência obstétrica?
Foi realizado levantamento na literatura nas bases de dados disponíveis na Biblioteca
Virtual em Saúde: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
USA National Library of Medicine (MEDLINE/PubMed), Base de Dados de Enfermagem
(Bdenf) e na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SciELO).
Foram incluídos artigos completos disponíveis eletronicamente no idioma português;
publicados no período de 2010 a 2019, cujo título, resumo e descritores apresentassem a
temática para responder à questão norteadora desse estudo e que se encontrassem online
gratuitamente na forma completa. Posteriormente, foram excluídas as teses, dissertações e
monografias, livros, formações duplicadas, cartas ao editor e editoriais, resumos e descritores
que não correspondia a tematica e que não divergiam a questão norteadora ou que tivesse
qualidade metodológica insatisfatória.
Os artigos foram levantados no mês de agosto a novembro de 2019 para tal, foram
utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): Violência”, “Violência
Obstétrica”, “Parturientes”, “Parto Humanizado”. Com a escolha dos artigos as informações
foram extraídas, compondo as seguintes variáveis: título do artigo, ano de publicação, país,
base de dados, título do periódico, objetivo e delineamento do estudo, resumo e conclusão.
Tabela 1 - Base de dados citadas.
BASE DE DADOS TOTAL = 194 %
LILACS 57 29,38
MEDLINE 29 14,95
BDENF 39 20,10
SCIELO 69 35,57
Fonte: elaborado pelas autoras com base em dados bibliográficos, 2019.
Com finalidade de melhor compreensão foi realizado a seguir o ornograma do
processo de seleção, detalhando o quantitativo de artigos encontrados nas bases de dados
determinados, sendo assim demonstrado quantos foram excluidos após leitura do titulo,
selecionados para leitura do resumo, excluídos após leitura do resumo, selecionados para
leitura na íntegra, tendo, ao final, quantos foram incluídos na revisão integrativa.
Organograma 1 - Processo de seleção dos artigos
11
Artigos encontrados nas
bases de dados: 194
Excluido após leitura
do titulo: 141
Selecionados para
leitura do resumo: 53
Excluidos após leitura
do resumo: 21
Selecionados para
leitura na íntegra: 32
Excluidos após leitura
na integra: 25
Incluídos na revisão
integrativa: 7
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
A revisão da literatura foi realizada utilizando mecanismos de buscas da internet
descrevendo os ano/país de publicação, os autores, as bases de dados, os objetivos do estudo,
revista de sua publicação, Qualis/Capes, como delineamento a violência obstétrica
encontrados em cada artigo e após minuciosa triagem respeitando os critérios de inclusão e
exclusão, foram destacados 7 estudos, os quais estão descritos na tabela a seguir.
12
Tabela 2 - Apresentação da síntese dos estudos apresentados na Revisão Integrativa 2013-2019
AUTORES, ANO E
ESTADO BRASILEIRO
OBJETIVOS BASE DE DADOS
REVISTA
QUALIS/CAPES
RESULTADOS
Aguiar, Oliveira, Scraiber
(2013)
SP
Discutir a violência
institucional em maternidades
sob a ótica de profissionais de
saúde.
MEDLIN/ SCIELO
Revista Caderno Saúde Pública
B1
Falta de recursos dos serviços de saúde;
Problema estrutural;
Violência Institucional, verbal, física e/ou moral;
Falta de comunicação e educação em saúde.
Souza
et al. (2016)
PR
Realizar revisão integrativa da
literatura sobre os fatores
associados à ocorrência de
violência obstétrica
institucional e apresentar as
principais evidências
encontradas nos artigos
selecionados.
LILACS
Revista Ciências e Medicina
B3
Violência física;
Problema estrutural;
Falta de recursos dos serviços de saúde.
Cardoso et al. (2017)
PE
Avaliar os saberes e práticas
sobre violência obstétrica na
percepção dos profissionais da
saúde
BDENF
Revista de Enfermagem UFPE
B2
Violência institucional, verbal, física, psicológica
e/ou moral;
Falta de comunicação e educação em saude.
Leal et al. (2018)
BA
Conhecer a percepção de
enfermeiras obstétricas acerca
da violência obstétrica.
LILACS
Revista Cogitar e Enfermagem
B1
Violência física, verbal, psicológica e/ou moral;
Falta de educação em saúde.
Menezes et al. (2019)
MG
Compreender a percepção de
residentes em Enfermagem
Obstétrica sobre violência
obstétrica em uma
maternidade referência do
município de Belo Horizonte.
SCIELO
Revista Inteface
B1
Violência física, verbal, psicológica e ou/moral;
Falta de recursos dos serviços de saúde;
Falta de preparo profissional e institucional.
Sens e Stamm (2019a)
SP
Avaliar a percepção de
médicos que prestam
assistência ao parto em uma
maternidade pública
humanizada no sul do Brasil a
respeito desta temática.
SCIELO
Revista Inteface
B1
Violência física, verbal, psicológica e/ou moral;
Falta de autopercepção dos profissionais;
Falta de recursos dos serviços de saúde;
Falta de comunicação e educação em saúde.
13
AUTORES, ANO E
ESTADO BRASILEIRO
OBJETIVOS BASE DE DADOS
REVISTA
QUALIS/CAPES
RESULTADOS
Sens e Stamm (2019b)
SC
Identificar a percepção dos
obstetras que prestam
assistência ao parto em uma
maternidade humanizada do
sul do Brasil.
SCIELO
Revista Inteface
B1
Falta de comunicação e educação em saúde;
Violência institucional;
Falta de recursos dos serviços de saúde.
4
DISCUSSÃO
A apresentação dos resultados conforme tabela 3 e discussão dos resultados foram
realizadas por meio de análise sistemática de três categorias encontradas, sendo elas: falta de
comunicação e educação em saúde; violência verbal e/ou psicológica e/ou moral; falta de
recursos dos serviços de saúde com as porcentagens de cada resultado de acordo com a tabela
abaixo.
Tabela 3 – Porcentagem de resultados encontrados
CATEGORIAS ENCONTRADAS PORCENTAGEM DOS RESULTADOS
Falta de comunicação e educação em saúde 36,38%
Violência verbal e/ou psicológica e/ou moral 31,18%
Falta de recursos nos serviços de saúde 31,18%
Falta de comunicação e educação em saúde
A partir da leitura dos estudos, ficou evidenciada como fator predominante com
36,38% a falta de comunicação e educação em saúde. Os profissionais deveriam estar
atualizados, mas os estudos mostram que os profissionais não se comunicam entre si e não
buscam mais conhecimentos sobre suas áreas, não se adaptam às mudanças e isto se reflete no
trabalho de cada profissional.
A prática da humanização na formação de profissionais de saúde é importante para a
prevenção e diminuição no índice de ocorrências de violência obstétrica, pois possibilita o
acolhimento, a escuta da gestante e o protagonismo da mulher no parto. Humanização vai
além da formação em saúde, necessita de sua efetivação na relação com o outro, no olhar, no
colocar-se no lugar do outro, que muitas vezes passa despercebido. Humanizar compreende a
necessidade de uma atitude ética e solidária por parte dos trabalhadores de saúde e a
organização da instituição, de modo a criar um ambiente acolhedor e, também, romper com o
isolamento normalmente imposto à mulher (SOUZA, 2016).
Segundo Busanello et al. (2011) a utilização do termo humanizar, vinculado à
assistência a parturientes, tem como premissa melhorar as condições do atendimento à
mulher, à família e ao recém-nascido mediante a reivindicação de ações que visam à
autonomia, à liberdade de escolha, à equidade, à não violência de gênero e ao resgate da
atenção obstétrica integrada, qualificada e humanizada. O despreparo dos profissionais da
5
saúde para a atenção humanizada no processo de parturição é destacado como importante
desafio enfrentado. De acordo com os estudos a falta de conhecimento acerca dos preceitos
que englobam a humanização do parto e do nascimento está vinculada, principalmente, à
ausência dessa temática na formação acadêmica dos profissionais da saúde.
Relato de uma parturiente:
“Deveria ter uma educação entre os profissionais, mostrar pra eles qual a forma de
um bom atendimento. Tem que ser ensinado como tratar as pacientes quando for
normal ou cesária (MAYRON, 2018) ”.
A realização da episiotomia é muito utilizada pelos residentes em obstetrícia, para a
fim de obter experiência, e assim acabam realizando sem necessidade. Assim ficou entendido
que o conhecimento nesse caso deveria ser ensinado desde a graduação, deveria ser mais
valorizado a humanização do parto tanto na graduação de enfermagem como na de medicina,
e ensinar a fazer somente em casos realmente necessários, em vez de banalizarem o
ato (CARDOSO, 2017).
A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde contraindicam o uso
rotineiro da episiotomia que é uma incisão cirúrgica na região do períneo, realizada no
momento da expulsão do concepto. Os benefícios, descritos na literatura, incluem a prevenção
do trauma perineal grave e das lesões desnecessárias do pólo cefálico do recém- nascido
(RN), melhoria da futura função sexual e ainda facilitação do reparo, pois substitui uma
laceração irregular por uma incisão limpa e regular. Dentre os riscos e prejuízos estão a perda
sanguínea, prolapso, retocele, cistocele, incontinência urinária, dispareunia, piora da função
sexual e aumento dos índices de infecção. Soma-se a isso o fato de que a episiotomia não
previne lacerações graves, de terceiro e quarto graus (SALGE, 2012).
O Ministério da Saúde em 2003 retrabalhou os conceitos, práticas e condutas na
assistência ao parto e lançou o manual Parto, Aborto e Puerpério: Assistência Humanizada à
Saúde, tomando por base as recomendações da OMS em 1996, o manual redefiniu as ações
que devem ser implementadas no parto e nascimento. O material considera a episiotomia
prática no parto normal claramente prejudicial ou ineficaz e que deve ser eliminada. Contudo
MS define Violência Institucional como aquela exercida pelos próprios serviços públicos, por
ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à saúde, até a
má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder
desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições.
6
Relato de uma parturiente:
“O médico só disse assim: ‘eu vou dar um cortezinho aqui pro neném nascer logo, ai
foi e cortou e fez também uma forcinha na minha barriga com a mão (MAYRON,
2018)”.
Os estudos de Aguiar, Oliveira e Scraiber (2013) revelaram que alguns profissionais
revelaram uma imagem das usuárias do serviço público como ignorantes, com dificuldades de
compreensão do que é dito e com uma sexualidade difícil de ser controlada (por terem muitos
filhos e ainda muito jovens). Essa agressividade das pacientes com os profissionais é vista
como violência institucional pelos próprios profissionais.
Portanto, pode-se inferir de toda a bibliografia citada que a falta de educação em saúde
leva o profissional de saúde a cometer violência obstétrica, também fica evidenciado que os
programas de humanização e manuais do Ministério da Saúde precisam ser integrados na
assistência à gestante. A partir disso, comprova-se que os resultados desta revisão estão de
acordo com a literatura vigente, considerando que os profissionais identificam as violências
obstétricas como sendo decorrentes da falta de atualização, exceto pela divergência entre o
que se preconiza sobre comunicação com a gestante e o que se evidencia na prática.
Violência verbal e/ou psicológica e/ou moral
Os estudos apontaram 31,81% identificando violência obstétrica a violência verbal,
física e moral, por exemplo: humilhar, xingar, coagir, constranger, ofender mulher e família,
fazer piadas ou comentários desrespeitosos sobre seu corpo, raça ou situação socioeconômica,
estão tão presente no cotidiano dos profissionais e das parturientes, que já se tornou um
hábito, e os profissionais que não cometem a violência, não tem coragem de chamar a atenção
dos que cometem, preferem se calar (SOUZA, 2016).
Relato de uma parturiente:
“O povo que estava na sala só ficava me mandando botar força, mas o neném não
saia ai eu acho que era o médico ele subiu em cima da minha barriga e botou força
pra o neném sair quase morro de tanto ele botar força e o outro que estava na minha
frente pegou e me cortou sem me dizer nada, mesmo com dor eu senti o corte ardia
muito (MAYRON, 2018)” .
Os estudos de Aguiar (2013) apontam que parturientes chegam ao centro obstétrico
com medo, evidenciando violência sofrida em partos anteriores, ou porque ouviram relatos de
quem sofreu violência obstétrica por meio dos profissionais, e todos os profissionais que
mostram saber disso, revelando que as parturientes já chegam com uma postura defensiva ao
7
serviço de saúde apresentando receio em engravidar devido o pavor de ter a possibilidade de
passar pela mesma experiência, que a impede de viver tranquila.
“Se eu gritar a enfermeira judia de mim” (Aguiar, 2013).
As parturientes que não se submetem à obediência que lhes é esperada e à aceitação da
dor do parto como algo natural é tratada pela maioria dos profissionais com uma conduta
“mais ríspida”, ameaças e “aumentar a voz” como formas de coagir a paciente a “colaborar”.
Essas ações, tidas como necessárias, são consideradas como legítimas no exercício da
autoridade profissional pela maioria dos entrevistados, que acreditam ser um preço que deva
ser pago pela mãe (MENEZES, 2019).
Relato de uma parturiente:
“Falta de Respeito com mulheres e com seu bebê, falta de humanismo, pois a mulher
já se encontra em uma situação dolorosa, precisando houver palavras de conforto e
na maioria das vezes encontram totalmente ao contrário, Ofensas verbais, um grande
descaso, são proibidas até de expressar suas emoções, escutam piadas como na hora
de fazer não fez esse escândalo, entre outros (SILVA, 2017) ”.
Averigua que os tipos de violências obstétricas comumente praticadas são: violência
verbal, administração de medicamentos de maneira desnecessária, abuso de ações
intervencionistas, medicalização e a transformação patológica dos processos de parturição
fisiológicos, a coação, ameaças, julgamentos (SEN, STAMM, 2019).
Considerando todo este panorama, pode-se confirmar o que é encontrado nesta
revisão, não só pelo relato do próprio profissional que identifica sua conduta violenta e,
portanto, identifica o que é a violência obstétrica na sua perspectiva, como pelo relato das
parturientes que sofrem ou já sofreram este tipo de violência e a identificam dentro do serviço
de saúde onde este profissional se encontra.
Falta de recursos dos serviços de saúde
A sobrecarga de demandas, as condições estruturais e a precariedade de recursos
materiais e humanos foram apontadas pelos entrevistados como dificuldades enfrentadas
cotidianamente com achados de 31,81% dos resultados. As consequências dessas dificuldades
vão desde a falta de anestesistas de plantão para realização de analgesias de parto até a
proibição de acompanhantes homens na sala de pré-parto, sob a alegação de falta de espaço
físico que garanta a privacidade para as demais parturientes (AGUIAR, 2013).
8
A qualidade dos serviços de saúde e do cuidado em saúde depende de uma articulação
complexa do processo de trabalho da equipe multidisciplinar com as condições de
infraestrutura, dos serviços e do sistema de saúde, tendo a gestão um papel importante nesta
articulação. A falta de estrutura adequada pode comprometer a qualidade da atenção nos mais
diversos serviços, inclusive naqueles do cuidado obstétrico e neonatal, corroborando o
resultado encontrado nesta revisão (MAGLUTA, 2009).
Mediante os estudos constata-se que o profissional admite ter cometido violência
obstétrica, porém sugere que a culpa de tal problema é devido ao sistema de saúde. Sem os
recursos necessários não tem como realizar um trabalho de excelência (SOUZA, 2016).
Boas condições de estrutura são consideradas pré-condição favorável à melhoria da
qualidade do cuidado e das práticas profissionais, possibilitando que no cotidiano dos
serviços, as melhores práticas apoiadas em evidências científicas sejam sempre utilizadas em
benefício dos pacientes. Estas estão ligadas à estruturação do sistema de saúde, são mais
dependentes das decisões dos gestores, mas também são influenciadas pelas ações da equipe
de atenção, quando demandam condições adequadas de estrutura (MAGLUTA, 2009).
Concluindo, a estrutura é vista como violenta a partir do momento que não oferece
insumos para que os profissionais consigam trabalhar de forma otimizada, e, considerando
isso, justifica o achado do resultado em que os profissionais identificam a falta de estrutura
como violência obstétrica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desta revisão, pode-se concluir que os profissionais de saúde identificam a
violência obstétrica como sendo: falta de educação em saúde e comunicação, violência física,
verbal, psicológica e/ou moral e a falta de recursos nos serviços de saúde. A partir disso os
profissionais reconhecem a prática da violência obstétrica no processo de formação acadêmica
e suas consequências para a mulher.
Para mais, evidenciou-se que a escassez dessa temática na formação acadêmica dos
profissionais da saúde é considerado um dos problemas principais, sendo que o conhecimento
deveria ser ensinado desde a graduação não só sobre procedimentos, mas também sobre boas
maneiras no trato com o paciente. Além disso os próprios profissionais relatam que tais ações
de violência obstétrica são tidas como necessárias, sendo assim consideradas como legítimas
no exercício da autoridade profissional e culpabiliza o sistema de saúde que não possibilita
9
um trabalho de excelência.
A pesquisa em si proporcionou um intermédio positivo na formação, uma vez que
criou um espaço de reflexão e visibilidade sobre a perspectiva dos profissionais e
compreensão sobre os tipos de violência que ocorrem durante toda a gestação das
parturientes. Por se tratar de um tema pouco abordado a construção do trabalho teve suas
limitações como a falta de artigos atualizados, a falta de pesquisa sobre a perspectiva do
assunto abordado e evidenciou a necessidade iminente para pesquisa de campo, com a
finalidade de construir trabalhos baseados em evidencias cientificas e que sejam acessíveis
para um largo escopo de profissionais de saúde, independente do momento ou da formação.
Diante do exposto acima, é imprescindível que a equipe de saúde esteja preparada
cientificamente para planejar, elaborar e implementar técnicas e estratégicas e adotar medidas
de prevenção com a finalidade de evitar a violência obstétrica, assim favorecendo a mulher,
os seus direitos e um parto seguro e humanizado.
A violência obstétrica ainda é considerada um desafio constante para a equipe de
saúde é um fator considerado muito relevante à educação continuada, para que de forma
precoce possa evitar danos irreversiveis as parturientes. Lembrando que os cuidados e
prevenção utilizados de forma adequada garantem ao profissional prestar uma assistência
humanizada e de qualidade, pautando sempre no bom senso e bem-estar da parturiente, isso
reduz as causas que predispõem como a depressão pós parto, o medo e a um procedimento
mais invasivo, com isso utilizando métodos que reduz o período do parto e complicações
futuras. Com isso e necessario a elaboração e atualização do tema para estes profissionais
obter a percepcão do ato cometido, e oferecer um serviço de qualidade e respeito para as
parturientes em um momento tão esperado por elas e também para a atuação do profissional
de saúde.
10
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Briena Padilha; AGGIO, Cristiane de Melo. Violência Obstétrica: a dor que
cala. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas – Universidade Estadual de Londrina.
2014. Disponível em:
http://www.uel.br/eventos/gpp/pages/arquivos/GT3_Briena%20Padilha%20Andrade.pdf.
Acesso em 16 out 2018.
AGUIAR, Janaina Marques de; D'OLIVEIRA, Ana Flávia Pires Lucas and SCHRAIBER,
Lilia Blima. Violência institucional, autoridade médica e poder nas maternidades sob a ótica
dos profissionais de saúde. Cad. Saúde Pública [online]. 2013, vol.29, n.11, pp.2287-2296.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
311X2013001100015&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 23 out 2018.
BARBOZA, L. P.; MOTA, A. Violência Obstétrica: vivências de sofrimento entre gestantes
do Brasil. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. Salvador, v.5, n.1, p.119-129, 2016.
Disponível em: <https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/view/847>.
Acesso em: 16 out 2018.
BISCEGLI, T.S. et al. Violência Obstétrica: Perfil Assistencial De Uma Maternidade Escola
Do Interior Do Estado De São Paulo. Revista Cuidar Enfermagem. Catanduva, v.9, n.1. p.18-
25, jan/jun, 2015. Disponível em:
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&b
ase=BDENF&lang=p&nex tAction=lnk&exprSearch=26951&indexSearch=ID>. Acesso em
15 out 2018.
BRASIL. Projeto de lei n.º 8.219 (2017), Câmara dos deputados. DEM, Rio de Janeiro, 2017.
Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;
jsessionid=79E6E60D7D9C0ACA4DCE3CE1A5BCFC8E.proposicoesWebExterno1?codteor
=1591466&filename=Avulso+-PL+8219/2017>. Acesso em 15 out 2018.
BRASIL. LEI n.º 11.108, de 7 de abril 2005. Acompanhamento durante o trabalho de
parto, parto e pós-parto imediato, Brasília, DF. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm>Acesso em
dez.2019.
Brasil. Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha, Brasília,DF. Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm> Acesso em
dez.2019.
BRASIL. PORTARIA nº 569, de 1 de junho de 2000. Acesso das gestantes e recém-
nascidos a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto, puerpério e
período neonatal são direitos inalienáveis da cidadania, Brasília, DF. Disponivel em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2000/prt0569_01_06_2000_rep.html>. Acesso
em: dez.2019.
BUSANELLO, Josefine et al. Humanização do parto e a formação dos profissionais da saúde.
Cienc Cuid Saúde, Rio grande do Sul, v. 10, n.1, p.169-175, jan/mar. 2011. Disponível em:
<http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/1552/Humaniza%c3%a7%c3%a3o%20do%20p
arto%20e%20a%20forma%c3%a7%c3%a3o%20dos%20profissionais%20da%20sa%c3%bad
11
e.pdf?sequence=1>. Acesso em 15 nov 2019.
COLOSSI, Rochelli. Boletim informativo: construindo linhas de cuidado e de prevenção
a violência. Santa Rosa, jun. 2012. Disponível em:
<http://www.pim.saude.rs.gov.br/a_PIM/boletinsInformativos/848/BoletimInformativo-
ConstruindoLinhasDeCuidadoi.pdf>. Acesso em 15 out 2018.
CORLETO, Julieta Di. SCHNEIDER, Elisabeth. Justicia, gênero y violência. 1ª Ed. Buenos
Aires. Libraria, 2010.
DISTRITO FEDERAL. Projeto de Lei do Senado n° 8, de 2013. Altera a Lei Complementar
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Disponível em: <
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/110487> . Acesso em: 07 nov
2019.
GUEDES, B. K. S.; GOMES, F. K. S. Violência contra a mulher. FaC, Fortaleza, v.7, n. 12,
2014. Disponível em:
<http://ww2.faculdadescearenses.edu.br/revista2/edicoes/vol7-1-2014/artigo12.pdf>. Acesso
em 15 out 2018.
LEAL, Sarah Yasmin Pinto et al. Percepção de enfermeiras obstétricas acerca da violência
obstétrica. Cogitare Enferm. Bahia, v. 23, n.2, jan. 2018. Disponível
em: <https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/52473/pdf>. Acesso em 23 de out de 2019.
LEITE, Ingridy Mayara da Silva; SOUZA, Daniela Heitzmann Amaral Valentim de.
Violência Obstétrica: O relato de uma dor. Revista InterScientia, João Pessoa, v.7, n.1,
p.162-180, jan/jun. 2019. Disponível em:
<https://periodicos.unipe.br/index.php/interscientia/article/view/784/620>. Acesso em 15
nov 2019.
MAGLUTA, Cynthia et al. Estrutura de maternidades do Sistema Único de Saúde do Rio de
Janeiro: desafio à qualidade do cuidado à saúde. Rev. Bras. Saude Mater. Infant.
Recife, v.9, n.3, p.319-329, Set. 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-
38292009000300011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 15 nov 2019.
MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos
Pereira and GALVAO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a
incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto - enferm. [online].
2008, vol.17, n.4, pp.758-764. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-
07072008000400018&script=sci_abstract&tlng=pt
MENEZES, Fabiana Ramos de et al . O olhar de residentes em Enfermagem Obstétrica para o
contexto da violência obstétrica nas instituições. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 24, jul.
2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
32832020000100204&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 23 out. 2019.
PULHEZ, Mariana Marques. “Parem a violência obstétrica”: a construção das noções de
‘violência’ e ‘vítima’ nas experiências de parto. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da
Emoção, Rio de Janeiro, v. 12, n. 35, p. 544-564, Agost. 2013. Disponível em:
12
< http://www.cchla.ufpb.br/rbse/PulhezArt%20Copy.pdf>. Acesso em 23 out. 2019.
Projeto de Lei 7.633, de 2014. Altera os arts. 14 e 199 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de
1984 . Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=617546> .
Acesso em: 07 nov 2019.
RIO DE JANEIRO. Projeto de lei n.º 8.219, de 2017. Dispõe sobre a violência obstétrica
praticada por médicos e/ou profissionais de saúde contra mulheres em trabalho de parto ou
logo após. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2147144> .
Acesso em: 07 nov 2019.
SANTOS, M. O. F. Cuidar no parto: prática de episiotomia. 2015. 118p. Dissertação
(Mestrado em Enfermagem Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia) – Escola Superior de
Saúde de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal, 2015. Disponível em:
<https://repositorio.ipv.pt/bitstream/10400.19/3246/1/MariaOn%C3%A9liaFigueiraSantos%2
0DM.pdf>. Acesso em 23 out. 2019
SALGE, Ana Karina Marques et al. Prática da episiotomia e fatores maternos e neonatais
relacionados. Rev. Eletr. Enf, Goiânia, v. 14, n.4, p. 779-85, dez. 2012. Disponível em: <
https://www.fen.ufg.br/revista/v14/n4/pdf/v14n4a05.pdf>. Acesso em 15 nov 2019.
SERGIPE. Projeto de Lei, n° 75, de 2012. Dispõe sobre a humanização da assistência à
mulher e ao neonato durante o ciclo gravídico-puerperal e dá outras providências. Disponível
em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=617546> .
Acesso em: 07 nov 2019.
SENS, Maristela Muller; STAMM, Ana Maria Nunes de Faria a). A percepção dos médicos
sobre as dimensões da violência obstétrica e/ou institucional. Interface (Botucatu),
Botucatu, v. 23, e170915, fev. 2019. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
32832019000100277&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 23 out. 2019.
SENS, Maristela Muller; STAMM, Ana Maria Nunes de Faria b). Percepção dos médicos
sobre a violência obstétrica na sutil dimensão da relação humana e médico-
paciente. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 23, e180487, jan. 2019. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
32832019000100255&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 23 out. 2019.
SILVA, Ana Cláudia Gonçalves da et al. Violência contra mulher: uma realidade imprópria.
Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança, João Pessoa, v. 11, n. 2, p. 101-15, set. 2013.
Disponível em:
<http://www.facene.com.br/wp-content/uploads/2010/11/Viol%C3%AAncia-contra-a-
mulher.pdf>. Acesso em 15 out 2018.
SILVA, Angélica Alves et al. Violência obstétrica: Perspectiva da enfermagem. Revista Rede
de Cuidados em Saúde, Rio de Janeiro, v. 09, n.2, 2015. Disponível em:
13
<http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/rcs/article/view/2686/1318>. Acesso em 18
set 2018.
SILVA, Francisca Martins; SILVA, Milécyo de Lima; ARAÚJO, Flávia Nunes Ferreira de.
Sentimentos Causados pela Violência Obstétrica em Mulheres de Município do Nordeste
Brasileiro. Rev Pre Infec e Saúde. Campina Grande, v.3, n.4, p.25-34. 2017. Disponível em:
<https://revistas.ufpi.br/index.php/nupcis/article/view/6924/pdf>. Acesso em 15 nov 2019.
SOUZA, Aline Barros de et al. Fatores associados à ocorrência de violência obstétrica
institucional: uma revisão integrativa da literatura. Rev. ciênc. Méd (Campinas). Maringá
PR, v. 25, n. 3, p. 115-128, jun. 2016. Disponível em: < https://seer.sis.puc-
campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/view/3641/2486>. Acesso em 23
out. 2019.
SOUZA, G. N. et al. Métodos de indução do trabalho de parto. FEMINA, São Paulo, v.41,
n.1, p.47-54, Jan/Fev, 2013. Disponível em:
<https://files..bvs.br/upload/S/01007254/2013/v41n1/a3781.pdf> Acesso em 23 out. 2019.
SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da and CARVALHO, Rachel
de. Revisão integrativa: o que é e como fazer, São Paulo [online], vol.8, n.1, p.102-106, 2010.
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/pt_1679-4508-eins-8-1-0102.pdf>.
Acesso em 18 set 2018.
SOUZA, Taísa Guimarães de et al. A humanização do nascimento: percepção dos
profissionais de saúde que atuam na atenção ao parto. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto
Alegre, v. 32, n. 3, p. 479-486, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472011000300007>.
Acesso em 18 set 2018.
ZANARDO, Gabriela Lemos de Pinho et al. Violência obstétrica no Brasil: Uma revisão
narrativa. Psicol. Soc, Belo Horizonte, v. 29, 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/psoc/v29/1807-0310-psoc-29-e155043.pdf>. Acesso em 18 set
2018.
14
Agradecimentos
A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades.
Às nossas mães que nunca nos deixaram desistir e sempre confiaram em nossa
capacidade. Sem elas nós jamais conseguiríamos concluir o curso, pois elas nos ajudaram em
tudo para que possamos estudar e nos incentivando a realizar nossos sonhos. Estendo nossos
agradecimentos aos nossos pais, Patrick e Guilherme que estiveram sempre presentes em
nossas caminhadas.
A esta Universidade, seu corpo docente, principalmente a professora Glaucia que nos
fez apaixonar pela obstetrícia. Movida por esse amor que escolhemos esse tema para o
trabalho de conclusão do curso. Sempre gostamos de professores exigentes, que transmitem
conhecimento com responsabilidade, estes, levamos no coração, cito como exemplo a
professora Angelita que é a nossa preferida.
Agradecemos aos nossos melhores amigos Taiane e Dábyne, Louize e Caio que
sempre nos apoiaram e ouviram nossas lamentações e alegrias.
Enfim, agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa etapa decisiva em nossas
vidas.