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6º ano E virando bicho

Virando bicho – 6º E – Escola Vera Cruz

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Trabalho desenvolvido, em 2013, pelos alunos do 6º ano E, da Escola Vera Cruz, para as disciplinas de Língua Portuguesa e Informática, ministradas pelas professoras Maria Luiza Gabriel da Silva, Clara Rimkus Devus e Maria José Godoy Pereira.

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6º ano E

virandobicho

virandobicho

6º ano E

Professoras:

Maria Luiza Gabriel da SilvaClara Rimkus Devus

São Paulo - Junho de 2013

sumário

Lady Di – Ana Luiza Alves Tobara......................................................8

A minha história – Bento de Sá Braga................................................11

Minhas aventuras – Bruna de Sá Madureira.......................................14

As aventuras de Mel e Gael – Daniel Henrique Venna Kauffmann...........17

Meu primeiro mergulho – Eduardo Heitor P. Dias de Mello Peixoto........20

A vida de Quintas – Erik Kai Attié....................................................23

Ainda não sei se já devia ter morrido! – Francisca Barreto Medugno......25

Os irmãos inseparáveis – Francisco Marcondes de Godoy Costa.............28

A vida de Lola – Gabriel Moraes Figueiredo........................................31

Quatro meses – Gabriel Starobinas Santos.........................................34

Meu medo e meu lar – Gabriela Breim Salama...................................37

O dia em que quase briguei – Giulia Yue Prospero................................40

Cão de “guarda” – Guilherme Vironda Franco Bueno...........................43

Minha vida de cachorro – Isabel Bergamin Neves...............................46

Elvis e seus problemas – Isabella Gola Conti......................................49

A fuga de Ruppert – Julio Nogueira Rothstein Parente..........................52

As aventuras da Cacau – Lina Toledo Barreto.....................................55

Uma história de humano – Lucas Dutra Grillo...................................58

Me adoro – Lucas Königsberger Ferros..............................................61

Biscoitos, lá vou eu! – Mariana Pestana Brom....................................64

Bagunça no quintal – Marina Pinto Coelho Arantes.............................67

Coelho em estado caramujo – Nina de Mol Van Otterloo......................69

Tatu-bolinha perde a mãe e o irmão – Pedro Rosso Chamelet...............72

Tomates, tomates, tomates!!! – Valenthina Matteucci Rossi.................74

Virando gente – Valentina Andreatta Dutton......................................77

Me tiraram do petshop – Valentim Faria Girard.................................80

Noah, minha heroína – Vinícius Galvão da Fonte Byington...................83

Minha vida de gato – Vittoria Pema Negozio......................................86

Quem nunca parou para observar um animal doméstico? Geralmente, esses bichos tão amados são considerados verdadeiros integrantes de uma família.

Imaginem o que esses seres falariam se pudessem se comunicar usando o código linguístico dos humanos?

Foi exatamente esse o exercício proposto ao 6º ano E. Lemos histórias como essas para inspirar nossos jovens escritores. Conversamos sobre as ideias que surgiram e como transformá-las em texto. No laboratório de informática, os alunos puderam escrever pelo menos três versões, considerando nossos comentários. Finalmente, ilustraram suas produções com fotos e desenhos.

O resultado está registrado neste livro, que contou também com a colaboração da professora Zezé.

Esperamos que apreciem a leitura!

Malu e ClaraMaio de 2013

APRESENTACÃO

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Guita e Ana Luiza

lady di

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Oi pessoal! Meu nome é Guita e sou a cachorra da foto ao lado. Minha raça é Yorkshire, tenho 1 ano e 5 meses. Nasci dia 10 de novembro de 2011. Sou preta, marrom e um pouco branca, mas não é porque eu já estou velhinha não. Sou grande para minha raça e pequena, se forem me comparar com aqueles cachorros que derrubam os humanos. Gosto muito da minha vida, mesmo eu não passeando sempre com os meus donos, só para tomar banho, claro. Também acho ruim quando pessoas estranhas invadem a minha casa, mas sem contar esse pequeno detalhe, sou uma cachorra muitíssimo comportada.

Bom, o que vou contar a vocês é o momento que sou a melhor cachorra Lady Di do mundo.

O momento do dia de que mais gosto sempre foi a noite. Olha! Não é que sou vampira não, é que a noite todos os meus donos estão em casa. Eles são a Analu, o Renan, a Kelynn e o Lucio.

Ok, não vou brincar, o momento de que mais gosto na verdade é o jantar. Minha sobremesa é um ossinho delicioso. Ele é um palito de 15 centímetros, crocante, com cheirinho de leite que não sei como tem pessoas que não gostam dele. Para mim é como um bolo de chocolate dos humanos, de tão bom.

Mas para ganhar a sobremesa, os meus donos sempre colocam aquela condição. No meu caso, são duas: tenho que comer toda a minha ração e pegar o ossinho, eles dizem “igual a uma Lady Di.”

O nome Lady Di é uma homenagem a uma princesa inglesa que era muito delicada, chamada Diana, que infelizmente já morreu.

Em um dia como outro qualquer, durante o jantar, comecei a comer com meus donos. Sempre como minha ração, sem muita vontade, e com o meu rabinho retinho para cima. Estava comendo, faltavam apenas cinco grãos de ração. Queria muito o ossinho!

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Quando terminei, acredita que colocaram mais ração para mim? Bem, como estava com muita vontade de comer o ossinho, comi toda a ração de novo. Depois, finalmente me deram o ossinho, mas com a outra condição. Na primeira vez, para me darem o ossinho, me falaram: “igual a uma Lady Di”, só que, com toda a minha ansiedade, não peguei o ossinho com calma. Então, na segunda vez, me disseram: “Guita, pega o ossinho igualzinho a uma Lady Di, se não a gente não vai te dar”. Tentei me controlar e consegui pegar o ossinho com calma, quero dizer, igual a uma Lady Di.

Bem, acabou. Na próxima conto do meu nome que tem uma outra grande e longa história...

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Branca e Bento

a minha história

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Sou uma cadela magra, já estou um pouco velha (tenho 13 anos), e como meu nome já diz, sou branca. Sou muito calma, quase não lato e adoro meu paninho em forma de osso. Sou boazinha, mas fico brava quando pisam no meu rabo ou quando ficam me irritando enquanto como.

Poucos vira-latas têm tanta sorte como eu. O começo da minha história é meio triste, pois não tive mãe nem pai. Quando nasci, já estava presa em uma gaiola. Estava muito doente, vomitando, mas mesmo assim um casal me adotou. Quando entrei no carro, continuava passando mal, e me levaram para o hospital. Logo depois, cheguei em casa bem melhor, tomei um banho no chuveiro. Perfeito! Me mudei para minha nova casa, onde tinha espaço para eu brincar com meus brinquedos.

Logo depois, fui para uma praia onde pude correr pela areia, mas, um dia, uma moça me raptou e não queria me devolver. À noite, ela estava me levando para sua casa, quando fugi para a casa de meus donos, que comemoram muito e me deram muita comida. Depois desse stress todo, voltei para minha casinha e dormi muito.

Uma semana depois, conheci um homem chamado Manoel, o caseiro da minha casa, em São Paulo, que me adorava e me dava ração todos os dias, além de passear comigo.

Um dia, antes de irmos passear, Manoel abriu o portão e saí sozinha tentando reproduzir o caminho que fazíamos todos os dias. Acabei me perdendo, e uma moça me levou para seu apartamento, olhou minha coleira e viu o número do telefone do meu dono. Ligou para ele perguntando se sua cadela havia desaparecido. Enquanto isso, eu estava dormindo, e quando acordei, já estava sã e salva na minha própria casa.

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Dez dias depois deste acontecimento, começou a Copa do Mundo, com muitos fogos de artifício. Uma coisa que não contei para vocês é que, quando jovem, tinha muito medo deles, então me escondia no quarto. Mas, agora, já estou velha e não tenho mais medo disso.

Passados alguns anos, ganhei três irmãos bem pequenos: o Inácio, o Bento e o Joaquim. Eu os adoro porque nós nos divertimos muito juntos, corremos no quintal de casa e brincamos o dia inteiro.

Espero que tenham gostado da minha história.

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minhasaventuras

Laika e Bruna

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Olá, podem me chamar de Laika! Poucos cachorros e cadelas têm sorte como eu! Tenho 2 anos. Sou tão pequena que, às vezes, pisam em mim e eu grito. Sou uma salsicha muito sapeca. Gosto muito de comer petisco. O que mais gosto é de dormir. Fui escolhida no pet shop por meus donos: Beto, Marcia, Julia e Bruna. Fui para a casa deles com mais ou menos 3 meses. Desde então, fiquei presa em um lugar escuro que não sabia onde era, por isso chorava muito. Logo de manhã, eles me soltaram e já comecei a me acostumar a fazer isso todo dia, e depois de um tempo, minhas donas (Julia e Bruna) saíam bem cedo e nunca soube para onde elas iam.

De tarde, eu dormia o tempo todo e tomava sol, e meus outros donos (Marcia e Beto) iam trabalhar e eu ficava lá solitária. Só à noite que eles me davam carinho. Nesses momentos eu ficava muito feliz, todos chegavam na mesma hora e eu fazia festa.

Depois de ficar no colo deles, no sofá, eu cansava e logo ia para minha cama, dormia e até chegava a roncar alto.

Bom, no fim de semana eles ficavam comigo sempre, quando iam na piscina, eu também ficava com vontade de entrar. Mas eu não posso porque tive uma inflamação no ouvido.

Quando posso ir à praia, fico muito feliz, pois posso fazer tudo: ficar no sofá, brincar, passear e muito mais. Então, eu só sei que quando eles se preparam para ir embora, fico triste e choro porque acho que eles vão me deixar.

Foi assim por um bom tempo, até um dia que eles me mandaram para um lugar que não sabia onde era, e onde tive que ficar um bom tempo. Lá havia um outro cachorro do qual gostei muito.

Me obrigaram a cruzar com ele, foi uma experiência diferente.

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Logo depois de alguns meses, eu comecei a passar mal, não estava me sentindo bem, fiquei acordada até bem tarde e Marcia, minha dona, ficou comigo me ajudando. Sim, eu estava grávida e havia nascido dois cachorrinhos lindos! Cuidei muito bem deles, dei de mamar e os tratei muito bem. Mas teve um dia que eles foram embora e fiquei muito triste. Demorei para superar, mas hoje nem me lembro mais deles, acho que devem estar bem. Essa foi uma experiência inesquecível.

Foi assim, e logo continuei minha vida normalmente. Essa foi uma de minhas aventuras, acho que ainda posso criar muitas outras com minha família que eu amo tanto! TCHAU!

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Mel, Gael e Daniel

as aventurasde mel e gael

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Poucos gatos como eu e meu filho têm essa sorte. Moro num apartamento bem pequeno, mas o adoro. Tenho uma série de coisinhas, por exemplo: minha caminha, a do meu filho, minha casinha de dois andares, minhas bolinhas que pulam e várias outras coisas. Mas eu sou um pouco gorda, não sei porquê, mas meu filho é bem magro, somos bem peludos, principalmente eu. Solto muito pelo, meu filho nem tanto, gostamos muito de comida molhada e tenho 2 anos e meu filho 6 meses.

Bom, tudo começou quando eu estava num lugar que adotava gatinhos e eu estava grávida. Depois de um tempo, tive sete gatinhos com a minha cara, fiquei muito feliz, foi lindo!

Alguns meses depois, eu apareci no site que se chamava “Adote um Gatinho” com os meus filhotinhos. Mas aconteceu uma coisa muito ruim comigo: seis filhos meus foram adotados e só sobrou um, o Gabriel. Então, nós ficamos esperando alguma pessoa querer nos adotar.

Alguns dias depois, felizmente, nós fomos adotados por uma mãe e um filho, e eles nos deram nomes de Mel e Gael. Adorei!

Um ano depois, nós ficamos mais à vontade na casa e meu filho (Gael) até aprendeu abrir as portas. Eu fiquei impressionada com aquilo. Ele abria o banheiro, o quarto do meu dono (Daniel), a cozinha, mas minha dona (Silvia) não gostava quando a gente entrava no quarto dela e eu não faço a mínima ideia do que tem lá dentro, mas pelo decorrer do tempo fui descobrindo o que tinha lá dentro, e quando minha dona estava com bom humor, deixava a gente ficar uns dez minutinhos para a gente deixar nosso cheiro, deitar na cama gostosa dela e muito mais...

Nossa dona é praticamente a nossa cozinheira, porque ela troca nossa comida, a água e a caixinha de areia. Todos os sábados, ela

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coloca num potinho de vidro uma comidinha molhada ou atum para mim e o Gael, nós adoramos!

Eu acho que eu sou a gata que mais solta pelo do mundo! Eu infestei de pelos o apartamento dos meus donos. Eu solto mais pelo do que meu filho, o Gael, porque ele só tinha 1 aninho e eu tenho 2 anos e meio.

Mas essa foi minha vida antes e depois de ser adotada e, agora, sou feliz com meu Gael e meus donos.

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meuprimeiro mergulho

Bart e Eduardo

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Meu nome é Bart, porque sou muito sapeca. Eu sempre sonhei em mergulhar. Mas onde já se viu cachorro mergulhar? Como meu dono é muito legal, e é engenheiro, ele me deu uma roupa que permite que eu mergulhe com ele.

Quando mergulhei pela primeira vez, foi muito emocionante, porque nunca tinha visto peixes na minha vida e meu dono ficou tão orgulhoso de mim, que deu seu sobrenome, Heitor, para mim.

Quando eu era filhote, não reparem na foto, porque eu era muito feio, eu destruía o carro do meu dono, José. Uma vez, quase que ele me deu para seu amigo, de tanta raiva, mas, depois, meu apetite passou e eu parei de comer tudo que encontrava pela frente.

Hoje, eu sou um lindo Golden mergulhador, já tenho até patrocínio da TNT e meu dono virou um dos melhores engenheiros do mundo. Teve dois filhos com sua bela esposa, Karen, e, até pouco tempo, eu mergulhava com os filhos dele: Dudu e Felipe.

Atualmente, já tenho 18 anos na idade de humanos, então tive um filho que se chama Hommer, que tem paixão por saltar de paraquedas. Mas o Eduardo é quem me leva para saltar, porque José já está velho demais para praticar esportes radicais.

A esposa de meu dono dá as melhores ideias para roupas, que permitem que cachorros pratiquem esse tipo de esportes.

Um dia desses, eu tentei mergulhar escondido, porque o José não me deixa mais mergulhar, pois estou fraco demais. Eu quase morri, porque não tinha força para voltar para a superfície e o ar que estava em meu capacete já estava acabando. Ainda bem que o Dudu me viu quando estava praticando wake board, rapidamente mergulhou e me levou de volta para a areia.

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Depois disso, nunca mais quis mergulhar, mas continuo fazendo muita bagunça na piscina de casa com meus donos ou com as visitas!

Espero que vocês tenham gostado da minha história.

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Quintas e Erik

a vidade quintas

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Meu nome é Quintas, um nome muito comum para cavalos alemães. Tenho 7 anos. Meus pelo é preto e sou grande, sou um animal muito bonito. É o que meu dono sempre me diz. Fico toda orgulhosa!

Vim para o Brasil porque fui comprada por dois brasileiros chamados Marcio e Daniel, e a viagem foi um pouco ruim. Fui transportada da Alemanha para cá de avião. Eu fiquei passando um pouco mal por um bom tempo. Senti uma cólica muito forte, fiquei enjoada e vomitei.

Quando cheguei ao aeroporto, meus donos estavam me esperando. Foi um alívio sair daquele lugar. Em seguida, fui para um caminhão que me levou para uma hípica no Rio de Janeiro.

Depois de muito tempo, comecei a participar de provas de salto no Brasil. Gosto de saltar, porque meus avós já saltaram nas Olimpíadas. Tenho muito orgulho disso.

Às vezes, encontro um menino chamado Erik, que cuida muito bem de mim. Ele me dá banho, carinho, torrão de açúcar e comida de primeira. E, agora, só estou vivendo a vida como qualquer outro cavalo, comendo meu capim e saltando por aí.

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Bob e Francisca

ainda não sei sejá devia ter morrido!

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Olá, meu nome é Bob, eu sou um hamster italiano e tenho 5 anos de idade. Eu vim importado da Itália para o Brasil (não é legal viajar 6 horas de avião). Vou contar um pouco sobre o meu dia a dia.

Começo o meu dia com uma bela fruta. Uma vez, goiaba e, outra, banana. Depois, faço a minha corrida matinal. Eu entro dentro de uma bola e corro, corro, corro, atrás daquela cenoura deliciosa.

De repente, escuto passos e uma voz de criança. É a Mary, a única criança de casa, é ela que troca a minha água, que coloca todo santo dia uma cenoura. Junto todas as minhas forças, dou um salto e, finalmente, pego a cenoura. Vou correndo para a serragem e devoro, como se fosse a última vez.

A Mary vem vindo... Abre a gaiola... Me pega e me aperta como se eu fosse um brinquedo. Depois de me pegar, pega também a minha tigela, joga tudo na minha cabeça e diz:

— Mãe, mãe! Dei banho no Bob!!!

É terrível. Ela também pega a colônia do seu pai (Sergio) e o batom de sua (Ana).

A colônia, ela joga a metade do vidro em mim.

Bom, agora é o batom que ela passa na minha boca. Até agora, acho que já devia ter morrido a hora do corre-corre, eu me largo de sua mão e vou para debaixo do fogão. Só espero o cutuca com a vassoura vermelha que a Mary pega para me tirar lá de baixo.

Para mim, lá em baixo é mais ou menos o inferno, porque eu estou cheio de poeira de chão, cheio de batom à prova de água e meio vidro de perfume no meu corpo todo.

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E assim já se passou metade do dia. Nesse cutuca com a vassoura, decido ceder e saio lá debaixo. Depois, chegou a hora de brincar de esconder com a Mary. Ela me leva até o seu quarto, chego lá e vejo uma casa de bonecas medievais. Agora, a Mary me pega, me coloca no armário e fico só escutando:

— 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e vai até o 100. Nisso, ela abre a porta e fala “achei”.

Bom, já se passou um dia inteiro e chegou a hora de dormir. Mary me leva para a gaiola e durmo, mais uma noite inteira, para quase ser morto no dia seguinte novamente.

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osirmãos inseparáveis

Maxwell, Murdoch e Francisco

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Olá, meu nome é Maxwell e me chamavam de Max. Meu irmão se chamava Murdoch e ele era chamado de Much. Mas, aos 12 anos, morreu de câncer no fígado.

Eu, Max, vou contar uma história de quando eu ainda vivia na terra e da nossa quase separação. Vamos começar.

Nós fomos comprados pela Luciana e pelo Antônio. Para nascermos, é claro que uma cadela teve cria, e a minha atual “família” foi lá para comprar só o Much, porque eu estava reservado para outra mulher. Eu era o “patinho feio” da minha ninhada, porque era o único da cor caramelo, além de ser mais magro.

Eu adorei meus donos, desde a primeira vez em que eu os vi. Eles pegaram o meu irmão Much e comecei a segui-los com meus olhos. Depois, minha “mãe” me viu e me pegou. Quando meu “pai” passou o cartão, a mulher da loja falou: “Esse filhote já está reservado para outra pessoa.” E o marido dela falou que não tinha mais volta, porque já havíamos pagado. A sua mulher fez uma cara e disse: “Agora é de vocês, não tem jeito”.

Eu e meu irmão estávamos muito felizes de termos sido adotados juntos. Também estávamos muito felizes com a nossa nova “família”. Depois de um tempo, Vitória nasceu, e, 3 anos depois, Francisco nasceu.

Eu já morei na Bahia e em São Paulo.

A nossa família era composta por seis pessoas, mas com a morte de meu irmão de sangue, só sobraram cinco de nós. A Jane não era da nossa “família”, mas trabalhava naquela casa há muito tempo e me amava, cuidava direitinho de mim.

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Eu amava ficar no sol sem fazer nada ou para me bronzear, já que era mais branquinho.

No inverno e no outono, eu e o Much usávamos uma roupinha dos 101 dálmatas. Era superfofa e confortável. Eu não gostava muito de cachorro, mas amava pessoas. O Much era completamente o oposto de mim.

Eu não gostava muito de brinquedos, porque quando era pequeno, Much não me deixava brincar. Às vezes, roía os ossos que a Vic e o Tito compravam para mim.

Essa é a minha história e do Much, de quando eu ainda era dessa bela família. Eu era cheio de saúde, mas devido a imprevistos, eu faleci, mas vou falar de novo que eu sempre fui cheio de felicidade, carinho e amor.

Tchau, mesmo aqui do céu mando beijos para todos.

Maxwell, o cachorro velhinho na terra, novo no céu e feliz no planeta.

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Lola e Gabriel M.

a vidade lola

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Oi! Tudo bem? Eu sou Lola, uma cachorra muito folgada. Pelo o que ouço do que os homens falam, sou da raça Golden Retriver, e a minha aparência é típica dessa raça. Tenho 3 anos e, na casa em que eu moro, tem 6 pessoas, contando comigo. Meus irmãos são muito legais, dão comida pra mim, fazem carinho, mas um deles só fica no video game. Meus pais são bem legais, mas estão quase sempre no trabalho.

Eu acho ridículo quando minha família me dá broncas. Quem considera uma mordida de boas vindas à casa uma coisa errada? E morder os bebês para fazê-los felizes? Para mim, o mundo não faz sentido.

Quando passeio pelo quarteirão, adoro cheirar as plantas a minha volta, mas parece que isso também é errado, meus donos ficam puxando minha coleira. Também gosto de encarar outros cachorros, só que quando começo a latir, é sempre assim, eles puxam a coleira e gritam:

— Não, Lola!!!

Adoro olhar com uma carinha fofa para os meus donos, porque, às vezes, eles me dão comida, mas quando não me dão, dizem:

— Não, Lola, aqui não tem nada!

Não entendo isso, porque estou vendo a comida e a sobremesa (são muito boas) e eles confiam repitindo essa frase.

Não me dou muito bem com a empregada, porque ela fica reclamando de mim, brigando comigo, gritando comigo etc.

Adoro ficar deitada no chão sem fazer absolutamente nada, somente eu, deitada, pensando na vida e, às vezes, recebendo comida dos meus donos.

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Quando me adotaram, tinha apenas cinco irmãos, meu pai era o Snow, folgado como eu e o dono dele queria ficar comigo. Só que apareceu minha família e me adotou antes.

Quando conheci a minha nova casa, ainda era bem pequena e tinha um pouco de medo da minha família, então me escondia em qualquer lugar que eu achasse. Adorava aqueles tempos.

Adoro comer pão velho, mas não do dia passado, que é duro feito uma pedra. Também gosto de roer ossos, adoro aqueles com mais gosto. Quando vejo um de longe, saio correndo para pegá-lo.

Para mim tudo que está no chão é meu: meia, saco plástico, pano de chão e de prato, havaianas etc. Após pegar esses objetos, gosto de escondê-los e ver meus donos procurando. É hilário!

Amo ficar deitada na frente do portão de casa, vendo os carros passarem. O bom da minha rua é que ela é muito vazia, então não tem tanto barulho.

Meus donos são bem amigos de uma família que tem uma cadela muito legal, minha melhor amiga, 1 ano mais nova do que eu, o nome dela é Cléu. Nos vemos bastante e quase nunca brigamos. Nos encontramos frequentemente e, quando isso acontece, os pais ficam conversando, as crianças ficam jogando video game e eu e a Cléu brincamos.

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quatromeses

Shot e Gabriel S.

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Meu nome é Shot, talvez porque sou muito rápido. Disparo como uma bala. Se alguém vem invadir a minha casa (como acontece uma vez por semana), já saio mordendo. Sou um Setter irlandês. Sou um cachorro diferente. Não saio latindo por qualquer coisa e não caço gatos. Adoro purê de batata e amo comerciais de comida para cachorro. Sou magro, mas como muito. Sou macho e tenho donos incríveis. Falando nisso, vou contar a minha história.

Ninguém sabe ao certo de onde vim. A dona Rosa, a empregada da casa, me achou jogado na rua com fome, sujo e com muitos carrapatos. Levou-me direto para um veterinário e fiquei uma semana por lá. Me apeguei ao veterinário, como se fosse meu pai. Saí de lá e fiquei muito triste.

Fui para a casa da dona Rosa e fiquei só 1 mês, porque a casa ficava cheia de pelos por todos os lados. Como dona Rosa não aguentava mais tanto pelo, me deu para seu sobrinho, o Albertinho.

Fui muito bem recebido pela família, menos pelo próprio Albertinho. Ele, na hora do almoço, não me dava comida e ninguém percebia. Quando não fazia o que o Albertinho queria, ele batia em mim e me chamava de “imprestável” e “idiota”. Ele montava em cima de mim, como se eu fosse um burro de carga. Uma vez, tentei fugir, mas ele me pegou no flagra e tive de dormir na chuva.

Era Natal. Todo mundo foi à casa do Albertinho para a ceia. Quando dona Rosa chegou, viu que eu estava sendo maltratado e, logo em seguida, contou para os pais do Albertinho o que viu. Quando foram ver o que estava acontecendo, pegaram seu filho com a boca na botija. Ele não só não comeu o jantar, como também seus pais doaram seus brinquedos de Natal para uma instituição de caridade para crianças órfãs.

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Sem ter para onde ir, dona Rosa me levou para a casa onde ela trabalha. Enquanto conversava com o senhor e a senhora Álvares, eu brincava com as crianças, os filhos deles. Depois, os filhos Elias e Bianca imploraram de joelhos para que eu ficasse. Eles deixariam, só se as crianças cuidassem de mim.

Dito e feito, e, aliás, muito bem feito. Hoje, sou muito bem cuidado e, quando vejo o Albertinho, ele está com seus pais olhando com uma cara que diz “eu te odeio”. A cada 4 meses, vou ao mesmo veterinário onde cuidaram de mim, e quando a consulta acaba, eu espero ansiosamente pelos próximos 4 meses.

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Joca e Gabriela

meu medoe meu lar

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Olá, sou o Joca, o novo cachorro da Gabi, sou um Chihuahua de pelo longo, minhas cores são preto, amarelo e branco. Gosto de correr na grama, comer carne, sou muito tímido.

Vou contar pra vocês como foram meus dias até conhecer direito todo mundo da casa. Eu sempre fui diferente do meu pai “Bleise”, pois ele é um Chihuahua que gosta de todo mundo que ele conhece, e eu, já nos primeiro dias, era mais medroso do que uma mosca fugindo de um gato.

Eu não queria ficar andando pela casa, então me encolhi em um canto e lá fiquei. Depois, meus donos, Gabi e Nick, me levaram para fora, no quintal, e eu adorei aquele lugar. Deitei, rolei e pedi carinho. Depois disso, comecei a me enturmar.

No dia seguinte, eu comecei a seguir a Denise, a mãe da Gabi. Eu a adorei, mas parece que meus outros donos não gostaram disso...

Meu corpo é pequeno, meu focinho achatado e o meu rabo como o de uma raposa vermelha. Por causa do meu pelo, iria ser apresentado em uma exposição de cachorro, mas eu sou muito medroso, então não pude ir. Mas é meu sonho.

Agora, nos últimos dias, eu tenho seguido a Gabi, ela me deixa subir na cama dela, corre comigo no quintal, me dá comida e muito mais. Ela é um anjo.

Minha dona comprou muitas coisas para mim: roupas, coleiras, comidas, bifinho e Bis Crock. Meu favorito é o bifinho, e sempre que faço uma coisa certa, alguém me dá um pouco.

A pior coisa da minha vida são os dias da semana, porque a Gabi vai para a escola. Não sei o que eu faço sem ela. Minha relação com o Nick e com o Flavio não é tão ruim, mas ainda pode ficar melhor.

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Eu sou supercurioso, e, claro, com aqueles olhos meus, enxergo tudo, e com meu focinho, eu cheiro tudo.

Minha maior diversão é correr de um lado e do outro do quintal, me esfregar na grama e comê-la, e pedir carinho, ou seja, tudo que um cachorro pode querer.

Todos falam que minha ração de cachorro é minúscula, e eu concordo: ração menor não existe, mas é de dar água na boca.

Ser um Chihuahua não é fácil, todos falam que nós somos caçadores de rato: por sermos pequenos, entramos em qualquer buraco. Eu posso concordar um pouco, caçador eu sou, mas não como os outros Chihuahuas.

Ah, esqueci de falar a coisa mais importante da minha vida: quando pegam minhas coisas e põem no carro, incluindo minha casinha, isso significa que vamos para Ibiúna, meu lugar favorito. Lá tem muita grama, ar puro e muito mais.

Uma coisa que não gosto é na hora de dormir, pois a Gabi me põe na casinha, fala boa noite e fecha a porta para eu não sair de lá. Odeio isso, e fico lá sozinho esperando. Mas uma parte é boa: no dia seguinte, a Gabi me pega na casinha e me leva para passear no quintal.

E assim que é a minha vida de Chihuahua.

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o dia emque quase briguei

Bolt e Giulia

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Oi, pessoal, me chamam de Bolt. Quer dizer, os meus donos me deram este nome porque foi o nome mais legal que eles acharam com a letra “B”. Minha vida é muito sossegada. Acordo de manhãzinha, vou caminhar com os caseiros (afinal, moro em um sítio), volto e, enquanto eles trabalham, posso ficar fazendo o que eu quiser, mas nenhuma bobagem, é claro. Sem contar que, em frente ao meu lar, tem uma represa enorme e azul, muito boa para me refrescar quando está muito calor.

Eu sou um Pastor Alemão de capa preta, isso quer dizer que eu sou marrom, mas tenho uma grande “capa” preta em minhas costas. Apesar disso, tem algumas características que não são tão comuns em Pastores, tenho umas manchas brancas em meu tronco (a maioria dos Pastores capa preta são mais marrons que pretos, mas eu sou mais preto que marrom). Geralmente, a maioria das pessoas, quando pensam nas palavras “Pastor Alemão”, pensam em cães de polícia, bravos, que só mordem. Mas eu não sou assim, sou muito brincalhão, só não gosto quando entram pessoas desconhecidas no meu sítio. A não ser que elas estejam acompanhadas pelos meus donos, senão, eu não gosto e fico observando-os, afinal, aquele é o meu território.

Gosto muito de cabo de guerra, de ir atrás da minha bolinha, quando o meu dono joga ela para mim, de ir atrás do próprio rabo. Sou muito comportado, mas algumas vezes, quando abrem o portão para ir para a represa e não querem me deixar ir também, eu fujo e não quero mais voltar.

Uma vez, estava passeando tranquilamente com uma das minhas donas pela estrada de terra. Estava passando por uma descida, quando eu ouvi um cachorro muito bravo latindo para que eu saísse da frente dele, mas eu não ia ficar parado ali ouvindo este cão me ameaçando. Saí correndo em direção a ele. Minha

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dona não aguentou e me soltou, porque se não me soltasse, iria sair rolando, se cortando com as pedras. Continuei correndo, mas uma grade nos separava! Comecei a latir muito e o outro cachorro também. Consegui sentir o medo das minhas donas aquele dia, pois elas não sabiam o que fazer e logo começaram a gritar o meu nome desesperadamente, até que eu as obedeci. Em uma situação de perigo, elas imaginaram que eu não ia ligar para elas, sorte que fui muito obediente e resolvi ouvi-las, me aproximei delas e fiquei parado, sentado. Também consegui sentir o alívio que elas sentiram e como elas ficaram felizes pelo meu comportamento.

Elas me levaram para casa, mas confesso que, se não houvesse aquela grade separando eu daquele cão chato, eu teria acabado com ele. Nunca mais encontrei aquele cachorro e espero nunca mais ter que vê-lo outra vez na minha vida.

Hoje em dia, não tenho mais que enfrentar ninguém, apenas um casal de Chihuahua. Mas eu não ligo muito que me perturbem...

Adoro minha vida, sou muito feliz e não mudaria nada nela...

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Buck e Guilherme

cãode “guarda”

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Oi, meu nome é Buck Bueno, sou um cão. Eu peso 3 quilos, minha cor é chamada abricó, gosto de brincar, de pular e sou muito educado.

Hoje, acordei cedo e fui brincar com o meu sanduichinho de plástico, depois resolvi acordar o meu dono, o Guilherme.

Desci as escadas e fui ao quarto dele, ele estava montando um carrinho de controle remoto feito de Lego, fui tomar café (ração) e estava deliciosamente saborosa, depois resolvi andar no quintal para tomar um solzinho. Caí no sono.

Acordei às 10 da manhã e o sol estava mais forte. Tomei água, fiz as minhas necessidades, fui brincar e assistir TV com o meu dono Gui. Estava passando um programa chamado Grrim.

Fui para a cozinha ver o que tinha de almoço. Tinha peixe grelhado, arroz e salada. Tava com uma cara boa.

No dia seguinte, fui para fora de casa e vi os homens da obra do nosso prédio, depois voltei para dentro e descansei um pouquinho.

Na hora do almoço, como faço todos os dias, fui para a cozinha, achei um pedaço de carne no chão, peguei e comi.

O Gui disse:

— Buck, não pega essa carne!!!

Pensei: “Vou sair correndo e comendo ao mesmo tempo. Mas... o que é isso no chão? Não creio!!! Os homens da obra derrubaram tinta azul”.

Lati e lati, mas o Gui não vinha.

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Resolvi morder o cara da obra, ele chorou feito um bebê.

O Gui veio e o fez limpar toda a bagunça.

Agora tenho que ir, vou para o parque.

Espero que tenham gostado da minha história!

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minhavida de cachorro

Pipoca e Isabel

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Olá, meu nome é Pipoca! Tenho 8 anos. Sou branca e tenho manchas marrons, não sou muito grande, nem muito pequena. Algo que gosto muito é da minha caminha. Sou bem calminha e adoro carinho. Moro em uma casa legal, mas minha companheira, Amora, é muito irritante. Sou uma vira-lata, minha mãe é Liasa e meu pai é vira-lata como eu. Vou contar um pouco sobre isso.

Moro com essa família desde que nasci. A Manu (uma de minhas donas) tinha uma amiga que me deu para ela de aniversário. Minha mãe é a Fifó, mas a dona dela é essa amiga da Manu.

Eu era muito bagunceira, comia tudo, até o sofá deixei aos pedaços. Nessa época, não morávamos nessa casa em que estamos hoje, era uma casa cheia de grama e tinha um morro enorme que eu ficava descendo e subindo, era muito gostoso. A casa em que estamos agora não tem grama, só fico deitada no sofá e latindo na janela, não é tão legal assim.

Bem, sobre a Amora. Ela chegou quando eu tinha 5 anos, ela é da Bel (outra dona) e era da rua. Uma moça adorava cachorros e gatos, pegava os animais sem dono da rua e os levava para casa. Essa moça já tinha muitos bichos, então, quando achou ela, não pôde leva-la para casa. Tinha anúncio dela em todo lugar.

A Bel já estava querendo um animal, porque a Manu já tinha um cachorro (eu) e a Carol (outra dona) tinha um coelho, era a Malias.

A Amora chegou a nossa casa logo depois.

ELA ERA MUITO BURRA!

Havia uma porta de vidro, que dava da cozinha para o quintal. Quando a porta estava fechada, ela vinha descendo o morro não via que estava fechada e batia a cara com tudo!

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Nós também tínhamos uma casa de boneca, mas em tamanho real. A Amora entrava debaixo dela e ficava presa!

A Malias era uma coelha fugitiva. Eu me dava bem com ela, mas Amora não! Ela era um vira-lata: Rusky Siberiano e vira-lata. Ela perseguia a Malias.

Teve um dia que deixamos as duas soltas e a Amora acabou matando a pobre Malias. Hoje em dia, ela é um pouco mais controlada, mas continua agitada.

Uma vez, ela subiu até o quarto da Manu (nós não podíamos subir) e ela fez cocô no chão.

A Amora já comeu quatro óculos e come papel higiênico.

Eu sou calminha, mas quando o gato da vizinha aparece na janela, fico uma fera!

A Amora, às vezes, vem me morder para brincar, mas não gosto muito. Ela me admira muito! Só porque cheguei primeiro. Quando ela chegou, achei que era uma desconhecida, então, quando ela chegava perto de mim, eu a mordia.

Antes de a Amora chegar, deixaram o Dito aqui, ele era um cão dos primos da Bel, da Manu e da Carol. Eles queriam que eu o conhecesse um pouco, mas não deu certo, eu não gostava dele. Depois de um tempo, ele acabou falecendo. Coitado!

Bom, continuo depois, a Amora chegou para me encher o saco! Mas até que gosto dela!

TCHAU

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Elvis e Isabella

elvise seus problemas!

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O meu nome é Elvis, sou um Pastor Alemão, e esse nome tem uma longa história.

Eu tinha apenas 1 mês quando meus donos me compraram. Nós já estávamos saindo quando a dona do canil deu um grito. O grito era porque ela se esqueceu de nos avisar que, como eu havia nascido na ninhada de letra E, o meu nome tinha que começar com essa letra.

Chegamos em casa e começou a discussão. Ninguém sabia um nome legal que começasse com E! O meu dono queria Evo e a minha irmã humana, a Bella, queria Espinafre.

Eu fiquei um dia sem nome. No dia seguinte, à noite, estávamos indo para o veterinário e, no rádio do carro, começou a tocar uma música daquele cantor famoso, o Elvis Presley. Foi aí que surgiu a ideia! Elvis era o nome perfeito!

Pronto! Pelo menos o nome estava resolvido! Agora, faltava resolver o meu problema com a ração, com a diarreia e com o outro cachorro que vivia naquela casa, pois ele não gostava muito de mim. Como eu era pequeno e fofinho, os humanos me davam mais atenção do que para o Dino. Meu problema com a diarreia era simples, mas os meus donos não entendiam isso! A ração era muito ruim, por isso eu ficava com diarreia! Eles tentaram de tudo, menos trocar a tal da ração!

Depois de um mês de cocô mole, o problema foi resolvido!

Bom, agora só faltava resolver o meu último problema. Conforme eu fui crescendo, o outro cachorro foi recuperando a atenção de nossos donos, afinal ele e eu gostamos de carinho, mas ele é Golden, merece mais atenção que eu, já que é costume da raça.

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Quando eu tinha 1 ano, ele morreu. Ainda sinto muito sua falta.

Agora, vou contar um pouco da minha aparência. Sou preto e dourado e tenho o formato típico de Pastor Alemão, sou forte e minhas patas são grandes. Gosto de me gabar, pois meu avô foi um dos melhores Pastores de desfile do mundo.

Vou contar um episódio muito engraçado da minha vida. Os meus donos estavam jantando e eu estava brincando de caçar meu rabo, então minha dona, chamada Natalia, falou que eu tinha problema mental, e achou que eu não tinha entendido. Então eu fui lá do lado dela e sentei no chão, como se eu não tivesse entendido nada, e quando ela me olhou, eu arrotei bem na cara dela. Eu rio dessa história até hoje!

Agora, eu tenho 1 ano e 6 meses, e isso é um pouco da minha vida.

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a fugade ruppert

Rupert e Julio

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Essa vida de coelho... Meu dono Julio é um saco, me deixa na gaiola o dia todo, só me tira quando tem algum amigo com ele.

Me chamo Rupert, sou um coelho malhado, branco com pintas nas orelhas, na barriga, nas costas, enfim, em todo lugar. Sou bem felpudo, de pelos macios e lisos, gosto de comer e tentar fugir de casa, mas isso eu já conto para vocês.

Apesar de não fazer nada o dia inteiro, fico cansado, cansado de ficar dormindo, cansado de comer, de ficar na gaiola...

Hoje, fui tentar fugir, mas não deu muito certo por causa do meu plano que era ficar me chocando contra a gaiola várias vezes. Depois de ficar cansado e com machucados, tentei outra vez e derrubei a gaiola, que já estava caindo. Ao bater no chão, abriu--se a fechadura e me escondi embaixo da cama, já que Julio havia acordado. Ele chamou o pai, a mãe e o irmão, todos para me pegar, e o pai disse:

— Ah, filho, procuramos ele amanhã.

— Não! Vamos procurá-lo agora.

— Filho, ele não...

— Não. Vamos procurá-lo já. — interrompeu o filho.

— Ok. — respondeu o pai.

Então, começaram a me procurar. Um foi para a sala, outro para cozinha e outros dois para o quarto, e eu fiquei lá parado. Quando vieram me pegar, dei uma corrida até o armário e fiquei lá um tempo, quando não havia mais ninguém no quarto, corri até o banheiro. Lá estava Julio.

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Fiquei dentro do box do banheiro e pensei:

— Preciso comer, mas já estou longe da gaiola. Bom, se eu for embora, não terei comida. Vou pegar a comida e ir. Mas só tenho quatro patas para correr, não conseguirei pegar a comida.

Com aquela decisão, corri direto escada abaixo, pois queria ser rápido. Quando chegava na sala, vi Julio, que estava com água na mão.

Quando Julio me viu, soltou a água e gritou para acordar os pais. Os pais saíram tentando me prender. Dei meia volta e corri. Ao ver o pé de Julio, não tive chance de desviar. Bati a cara no pé dele. Como tinha pulado e estava muito rápido, caí. Levaram-me ao veterinário e o homem disse que estava tudo bem. Eu acho que não estava. Eu quase quebrei o focinho e “está tudo bem”?

Saí por pouco tempo e voltei, mas foi legal.

Apesar de ainda estar na gaiola, fico feliz, porque, se eu saísse, não teria uma cama quentinha e uma ração gostosa. Teria vários machucados e até poderia ser comido por cachorros, teria liberdade, amigos, namorada. Resolvi ficar aqui, pois também posso fazer tudo isso.

Tudo isso é besteira, porque minha vida é ótima... Mas não é fácil.

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Cacau e Lina

asaventuras da cacau

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Me chamam de Cacau. Quer dizer, a Lucia me deu esse nome por causa de sua filha Lina, pois era um nome fácil de pronunciar.

Para a Lina, a Lorena e a Lucia, me chamo “Cacau”. Para meu dono Marcos, me chamo “Caquis”. Quando apronto, independentemente de quem for, é “Cacau”!!!. Por aprontar, quer dizer: comer roupas, revirar a lata de lixo, destruir o jornal etc.

Venho de uma longa linhagem de Goldens Retriver (minha família vem do Canadá) e habito essa parte da Pompeia desde os meus 4 meses de idade. Moramos em uma casa bem grande.

Tenho 10 anos, adoro passear no parque, tenho pelo bem macio e fofinho.

Todos os dias, vejo muitas pessoas e amigos em frente de casa, onde costumo ficar. As pessoas gostam de me cumprimentar. Meu melhor amigo é o Bily, um cachorro da minha raça; ele é bem tímido e sempre anda com seu dono, que se chama “seu Carlos”. Seu Carlos também é conhecido pelos quindins que vende, mas meus donos nunca me deixaram experimentar.

Gosto de pular nas pessoas e de cheirá-las, gosto de roubar comida em cima da pia. Lembro de uma vez, quando o Marcos e a Lucia foram viajar, a Lina e a Lorena ficaram com a Amandinha. A Graça, a cozinheira da casa, tinha feito um delicioso salmão e deixado em cima da pia. Quando a Lorena entrou na casa, ela deixou a porta aberta, entrei de fininho na cozinha e não tive dúvida! Pulei em cima do fogão e peguei aquele salmão e dei uma bela de uma mordida. Minhas donas ficaram muito bravas com aquilo, mas eu estava achando tudo muito engraçado. Eu gosto também de entrar e ficar com os meus donos, latir para os cachorros que estão do outro lado da rua. Adoro quando minhas donas jogam a bolinha para eu pegar.

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Durante o dia, gosto de ficar no pé da Graça, enquanto ela cozinha, pois o cheiro é muito bom. Odeio passear de carro, principalmente quando sei que estou indo para o veterinário. Inclusive, agora descobri que eu tenho câncer, e tenho que ir frequentemente para fazer quimioterapia.

Espero que tenham gostado da minha história, pois detalhei e contei para vocês como é o meu dia a dia.

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umahistória de humano

Rex (Beagle) e Lucas

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Chamam-me de Rex, isso porque assim como o T-Rex come os outros dinossauros que são menores que ele, eu adoro morder coisas pequenas.

Eu tenho um dono muito estranho, porque, às vezes, ele é chato e, às vezes, é legal. Vou explicar como ele pode ser tão estranho.

Há uns 18 dias, ele me levou ao parque para passear, onde uma menina muito chata e desagradável perguntou-lhe se eu era um Dachshund. Eu queria mordê-la, mas meu dono me agarrou. Pelo menos o Lucas (meu dono) disse que eu não era um Dachshund, disse que eu era um Beagle. Todos sabem que os Beagles são a raça mais bonita do mundo e que os Dachshund são superfeios, até parecem uma salsicha.

No meu aniversário de 28 anos (ou 4 para meu dono), o Lucas me deu uma casinha, uma caminha e um cobertor, que ele próprio fez na escola.

Eu adoro a minha família, porque ela sempre me faz carinho e deixa os sapatos num lugar fácil de pegar.

Eu tenho uma confissão a fazer: apaixonei-me por uma Dachshund há alguns dias. Ela é linda pra cachorro! É claro que não é nada sério, ela é só uma estranha para mim, mas se ela bobear, eu vou ficar com ela. E teremos uma vida demais, correndo atrás dos carros, cheirando os traseiros, bebendo água sanitária e, quem sabe, tenho filhotes no futuro?

Há alguns dias, descobri que serei pai de dois filhotes, então comecei a pesquisar em milhões de fontes como ser pai de um SRD (Sem Raça Definida). Eu já havia decidido o nome deles: um chamaria Velociraptor e o outro Pterodátilo.

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Meus amigos disseram que era melhor desistir, porque ser pai de um SRD é muito difícil. Eu fingi que não ouvi, porque também quem é que acredita em Poodle e um Golden Retriver?

Poucos dias antes da tragédia (falarei disso mais tarde), vi pela primeira vez meus filhotes, eles são lindos, bem pequenos, quase todo marrons e com orelinhas baixas.

Meu melhor amigo se foi. Meu dono acabou morrendo num assalto que aconteceu ontem, às 5h57 da manhã.

Para piorar ainda mais, minha namorada quer se separar. Mas eu que vou ficar com os filhotes. E se não bastasse, essa tragédia apareceu no jornal. Eu fui considerado um herói por ter chamado a polícia com o meu latido.

Valéria, a mãe do meu dono, disse que eu iria ficar com uma outra família, mas que não era para me preocupar, porque esta família iria me adorar e ajudar a cuidar dos meu filhotes, Velociraptor e Pterodátilo, que, aliás, são os Beagles mais valentes do mundo. Eles conseguiram morder a perna do ladrão e não o deixaram fugir.

Descobri que, na casa onde vou morar, tem carros pra perseguir, tampas de privada abertas e, o mais importante, uma Beagle fêmea. Vendo a foto da família e da cadela, vi que poderia ter uma vida muito feliz com eles. A cadela é muito bem tratada, seu pelo é sedoso e seus olhos, muito bonitos.

Seu nome eu não sei, mas acho que assim que descobrir, vou decidir os nomes dos meus novos filhotes.

P.S.: se alguém estiver lendo isso, não fique com pena, porque, hoje em dia, eu sou um cão muuuuuuito feliz!

FIM

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Farofa e Lucas

meadoro

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Meu nome é Farofa, sou um peixe Gold de aquário. Adoro ver TV com meu dono, dormir é a coisa que eu mais adoro fazer, e nadar já cansou um pouquinho (porque fiz isso durante toda a minha vida). Tenho 5 centímetros de comprimento, sou dourado e, às vezes, sou tão bravo que discuto com meu próprio aquário. Mas, apesar de tudo, adoro minha vida.

Meu dono, John, é muito legal. Ele pega meu aquário e coloca do lado da TV para nós dois assistirmos Harry Potter. É muito divertido, porque é um filme de aventura muito emocionante.

Fui comprado, em 2009, pelo pai do John, no pet shop. Sabia que ele trabalha durante 6 horas por dia? Ele dá duro, trabalha pra caramba, todos os dias. Ele é bem alto e bravo, adora jogar xadrez com o John e é ele quem me alimenta. Por falar em comida, eu adoro ração de peixe!

No primeiro dia da minha nova casa, estranhei um pouquinho por não ter outros peixes por perto, já que na loja de animais, os peixes, geralmente, ficam juntos no mesmo aquário. Eu senti saudades dos meus companheiros nos primeiros dias, mas, aos poucos, fui me acostumando com a nova situação.

Agora, vamos falar de algo sério.

Eu estava no aquário (nunca saí daqui) e o John começou a jogar video game. Ele começou a se animar e a ficar eufórico, a se mexer muito rápido. Sem querer, ele bateu o braço no aquário com muita força. O aquário, comigo dentro, caiu no chão e se espatifou! John me viu caído e saiu correndo para me socorrer, pegar um saco plástico com água e me botou dentro.

Enquanto isso, John achou que havia morrido e começou a chorar. Seus pais vieram ajudá-lo, mas, para a alegria de todos, eu

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comecei a me mover. No dia seguinte, todos nós fomos comprar um novo aquário para mim, bem mais bonito e espaçoso.

Hoje, John já está grande e nós dois fomos para a faculdade de Medicina. Estamos muito felizes, porque ele comprou uma peixinha, que é minha nova namorada. Ela também é Gold, bonita e calma. John está namorando uma garota bem legal e engraçada, que faz o mesmo curso que ele. Nós continuamos a ser bons amigos.

Espero que vocês tenham gostado da nossa história.

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biscoitos,lá vou eu!

Pinga e Mariana

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Meu nome é Pinga e, na verdade, só recebi esse nome quando meus donos me acharam na rua. Acho que tenho muita sorte de ter sido encontrada, porque me dão banho, me alimentam e me levam para passear. Também gosto muito de ir buscar minhas donas na escola, aí a gente para na praça onde tem outros cachorros, elas me soltam e eu corro junto com os outros cachorros, mas eu sempre sou a que corre mais rápido daquele lugar.

A minha dona, que é pequena, a Joana, adora brincar comigo. Me lembro que, um dia, fez muito frio, brincamos de pega-pega, esconde-esconde e outras coisas, então ela colou adesivos na minha testa, e eu até que achei fofinho. Nesse dia frio, a mãe da Joana, Katia, comprou uma roupinha, mas começou a fazer calor e então não estou usando.

Semana passada, me lembrei dos velhos tempos... eu andando na rua passeando e, de repente, a Katia, a Joana e o Bento me acharam, estava muito feliz! Me levaram para uma casa grande, que tinha um quintal com uma caminha de cachorro, água e comida. Quando olhei para trás, tinha um Labrador enorme, chamado Mambo, e ele era muito mais velho que eu, ele tinha 13 anos. A casa era bem grande: quando você entrava pelo portão, tinha um quintal pequeno e uma porta, que entrando lá nos levava a uma sala com uma TV, um sofá e pilhas de brinquedos da Joana. Virando para a esquerda, tinha um banheiro, o quarto da Katia e, do lado, o quarto do Bento (o irmão da Joana) e da própria Joana. Tinha uma cozinha e, atrás da cozinha, tinha outro quintal, que era bem maior. No quintal tinha uma sala de brinquedos. Eu só podia ficar do lado de fora, porque me achavam bagunceira. Não entendo o porquê, não sei o que fiz, mas tudo bem, a casa era muito legal de qualquer forma.

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Depois de um tempo, o Mambo morreu e a família da Katia (e eu) nos mudamos para uma casa bem maior, tinha um jardim enorme e nele havia uma parte coberta, onde ficava muita coisa: minha cama, minha água e minha comida. Seguindo reto, fica a cozinha e, continuando, tem a sala, que tem uma TV, dois sofás, dois computadores e, do lado, tem uma escada que não posso subir. Me lembro que assim que cheguei, morria de curiosidade para saber o que havia lá em cima. Mas agora já resolvi isso, pois, enquanto Bento, Katia e Joana estavam dormindo, eu subi e havia um corredor; indo para esquerda havia um banheiro e na ponta tinha o quarto da Katia. Na direita, tinha o quarto da Joana, e andando mais um pouco, o quarto do Bento. Já estava claro e, sem lembrar que não podia estar lá em cima, fui acordar a Joana. Eu a lambi no rosto e ela mandou eu descer, mas foi junto para tomar café da manhã e assistir TV.

Ah! Esqueci de contar como eu sou! Sou uma vira-lata preta e média, um pouco mais para pequena. Tenho orelhas caídas para baixo, sou bagunceira, e como já disse, corro muito rápido. Joana está me chamando para comer, então escrevo mais depois. Mas eu só quero avisar uma coisinha: amanhã eles vão viajar e eu vou dormir na cama da Kátia todos os dias, não é legal? Tá, tenho que ir. Biscoitos, lá vou eu!

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Sheik e Marina

baguncano quintal

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Oi pessoal, meu nome é Sheik, a minha raça é Fila, eu tenho 7 meses, mas todos falam que sou enorme. Eu sou preto, porém a minha barriga, o meu focinho e as minhas patas são brancos.

Queria contar para vocês como ficou o quintal da minha dona, três noites depois que cheguei ao novo lar. Como antes eu morava em uma fazenda no interior de Minas, já estava acostumado a ficar zanzando para todos os lados e me escondendo dos outros, atrás dos arbustos.

Mas a casa é bem diferente, porque a fazenda é quinze vezes maior que a casa, não dá para ficar zanzando por aí e o único lugar que tenho para me esconder é atrás do aquecedor da piscina. Mesmo tendo aquele local gostoso, tenho que dividi-lo com várias plantas. E é ai que a bagunça começa.

Na primeira noite, eu fui até o portão que separava o corredor de pedras para o quintal e a garagem. Como não tinha nada para fazer, comecei a arrancar algumas bromélias. De manhã, “adivinha o que aconteceu?”. A minha dona me bateu e depois me prendeu.

Na segunda noite, eu queria uma revanche, então destruí as plantas que ficavam atrás do aquecedor. Ficou mais aconchegante. E de manhã aconteceu a mesma coisa, a minha dona me bateu e me prendeu novamente. Depois de mais algumas horas, ela me soltou, e foi bem na hora que os meus irmãos (crianças) chegaram da escola. Eles me fizeram carinho e eu me senti bem melhor.

À noite, ou seja, na terceira delas, eu comecei a cavar a grama perto da churrasqueira. De manhã, finalmente, a minha dona não me bateu, só me prendeu e, por incrível que pareça, ela me deu um osso. Ele era do tamanho da minha cabeça, eu adorei.

Bom, acho que deu para perceber que sou sapeca e bagunceiro, mas mesmo assim todos me adoram e sou feliz!

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Felpudo e Nina

coelhoem estado caramujo

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Me chamo Felpudo e não sei o porquê, talvez porque eu seja realmente felpudo.

Minha dona, Nina, e minha vovó me chamam de Felps. Já o vovô me chama de Coelho, sem graça, né!

Eu sou preto e branco, com orelhas caídas. Amo ficar em estado caramujo, que é quando eu levanto o bumbum e abaixo a cabeça.

Quando a minha dona me chama de Felpudo, o bicho pega, ela vem e me dá um tapa bem no bumbum, e eu acabo mordendo-a.

Às vezes, ela acha que eu sou um bichinho de pelúcia, porque me joga para cima (isso me deixa enjoado), me morde, me beija, me abraça e outras coisas mais.

Eu adoro roer fios e deitar de barriga para baixo. Adoro comer cenoura, couve, maçã, pera, pepino e agrião.

Certo dia, Nina me levou até a escola para me observarem, fiquei uma hora e meia preso com um monte de gigantes em cima de mim. Mas eu me vinguei, por isso deixei um menino com alergia. Infelizmente, depois ele foi para casa e ficou bem.

Minha família estava com alguns problemas e nós fomos ao psicólogo, e eu fui junto, olha que chique!

Meus dentes são pontudos, e tenho quatro. Eu tenho uma coisa que é dura, e serve para roer, para afiar os dentes, é em formato de cenoura e tem um gostinho horrível.

Minha gaiola é pequena, mas como eu só durmo nela, tanto faz. Debaixo da minha gaiola tem um granulado que dissolve quando eu faço pipi. A Nina odeia limpar a minha gaiola, e faz uma sujeira horrível, depois leva bronca da vovó e tem que limpar tudo de novo.

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A Nina fica brava por eu ser um animal irracional, e quando ela fala isso, eu fico muito tristonho.

Todo final de semana, nós viajamos para Ibiúna, onde eu fico solto o dia inteiro na grama, é uma delícia! Eu até tenho uma namorada lá.

Uma vez, tinha uma aranha dentro da minha gaiola e ninguém me tirou de lá, a vovó e a Nina ficaram gritando e eu torcendo para não ser picado.

Quando a Nina me comprou, eu era o excluído da loja, porque eu era muito grande para a minha idade. Ela ficou olhando um tempão e, no final, acabou me escolhendo.

Eu moro há 1 ano nessa casa e já tenho meus truques e esconderijos, como, por exemplo, atrás do fogão e debaixo da cama. Quando Nina tenta me pegar para me dar um tapa, eu já fico na porta da gaiola para quando ela chegar perto, eu entrar nela.

Outro dia, a Nina foi fechar a porta da gaiola, bem na hora que eu ia entrar, e minha cabeça acabou presa, mas eu consegui me soltar. A Nina fez um chilique, porque achou que eu estava morto, mas quando viu que eu estava bem, me deu um abraço que tava uma delícia.

Essa é a minha vida e eu a adoro, espero que tenham gostado, porque eu gostei de contar para vocês, quando der eu escrevo mais. Um abraço e obrigado.

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tatu-bolinhaperde a mãe e o irmão

Irlei e Pedro

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Olá, sou o Irlei, um tatu-bolinha que adorava passear com minha mãe e meus irmãos. Tenho 47 anos de idade, sou muito forte e rápido, perdi minha mãe e meu irmão num horrível acontecimento que irei contar a você.

Poucos tatus-bolinhas tiveram um momento como esse, nem me diga!

Eu estava andando ao lado de minha mãe e meus irmãos no meio da floresta.

Minha casa era enorme, cheia de tatus-bolinhas, estávamos muito seguros, mas minha mãe quis ir mais longe e saímos da toca. Estávamos sozinhos no meio da floresta: eu, minha mãe e meus cinco irmãos.

De repente, ouvimos um barulho pelas folhas, e nesse instante uma aranha Golias comedora de pássaros nos atacou, enfiando suas enormes presas em meu irmão mais novo. Fiquei arrependido, tentamos fugir, mas a aranha atacou e engoliu minha mãe.

Quando me virei, não vi ninguém, só havia eu naquele lugar. Tentei procurar o caminho de casa, mas não achava, tentei pedir ajuda, mas ninguém me ouvia. Fui correndo para a floresta, sem rumo, desengonçado. Até que um pássaro me achou apetitoso. Então apareceu atrás de mim a aranha, que atacou o pássaro e o engoliu vivo. Eu tinha apenas uma chance de fugir, mas não fugi, pulei em cima da aranha e comecei a beliscar a sua cabeça. Ela me lançou para longe, e, antes que ela pudesse me atacar, uma gigante cobra a comeu. Depois de um tempo, achei meu irmão mais velho voltando para a colônia, são e salvo.

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tomates,tomates, tomates!!!

Polenta e Valenthina

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Oi. Meu nome é Polenta. Sou um Golden Retriever, acho que o mais lindo. Tenho 4 anos e quase certeza de que meu nome surgiu em relação a minha cor. Tenho um casaco de pelos amarelados, adoro dormir, comer tomates e... Dormir mais! Eu acho que me comporto superbem... Quem sabe, por causa do adestramento?

Em casa, moro com uma maravilhosa família de humanos. Durante a semana, fico em casa dormindo no meu casaco de pelos, no chão gelado e, de quinze em quinze dias, vou para uma casa enorme, com um grande jardim, onde posso correr e brincar bastante. Um senhor, que tenho a sensação de ser o avô da minha dona, apesar de nunca o chamarem de avô, sempre vai lá me dar cenouras.

Falando em comida, adoro comer tudo... Ok. Eu não gosto apenas de bananas, morangos e pedras.

Durante o dia, não consigo não ficar perto de pessoas. Eu NÃO SUPORTO ficar sozinho. Quando minha família chega em casa, faço uma festa para todos. Subo em cima da cama, os mordo de brincadeira e choro muito. Quando estão vendo TV na sala ou jogando video game, para me darem carinho, subo no sofá e coloco minha cabeça em seu colo. Se quero mesmo carinho, começo a dar patadas. Se param de fazer carinho, mais patadas e algumas mordidas.

Dizem que minha raça adora água, e isso é totalmente verdade. Eu amo entrar na piscina, brincar na chuva e deitar no molhado. Mas não é com tanta frequência que entro na piscina, pois fico com muita dor na orelha.

Latido não é comigo não. Só quando a pá de lixo está protegendo minha comida, quero fazer minhas necessidades no banheiro público ou pegar algo fora do meu alcance. Não faço muito isso por

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outra razão, fui treinado para não latir para cachorrinhos que ficam latindo o dia inteiro, campainha e pessoas estranhas que vejo na rua.

Se vamos para a casa da minha “tia”, a coisa fica boa, igual quando vou para a casa grande. Só que quando vou para a casa da “tia Gra”, o “tio Teto” fica me dando comida o dia inteiro. Peito de peru, TOMATES, carne, TOMATES, salada e... TOMATES!!! Eu amo TOMATES. Eu como um por dia.

E, algumas vezes, consegui roubar algumas comidas, como um salame, meia barra de chocolate, cubinhos de carne crua, um bolo INTEIRO, um tablete de manteiga e outras coisas que não me lembro. Ah... E batatas fritas e nuggets... Hummm, tava uma delícia!!!

Esse sou eu. Acho que esqueci uns detalhezinhos, mas não faz muita diferença. Eu adoro a família com quem eu vivo e espero que nunca mais me separe deles.

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Doki e Valentina

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Meu nome é Midnight Eagle Schummacher, mas todos me chamam de Doki, eu não sei o porquê. Sou um Shih Tzu pequeno, brincalhão, muito, mas muito fofo mesmo, e tenho uma vida incrível, que vou contar pra vocês.

Primeiro, eu nasci. Não me lembro quando, não me lembro onde, só me lembro que foi dia 14 de setembro. Meu avô se chama Midnight Eagle Darth Vader e minha avó se chama Midnight Eagle Paçoca.

A Titina diz ser minha dona, mas ela não sabe que eu que sou dono dela. E do Onnie (Ronald, pai da Titina) e da Tainha (Tânia, mãe da Titina) também.

Ah! Esqueci de contar como eu sou! Bom, eu sou pequeno, branquinho com manchas marrons claras e pretas, e sou um Shih Tzu. Na verdade eu mais pareço com um vira-lata, e vocês já vão saber o porquê.

Um dia, a Titina me trouxe para casa. Pela primeira vez! Era dia 23 de novembro, eu tinha 2 meses, isso eu me lembro. Eu também tomei banho pela primeira vez, foi divertido, mas só porque foi em casa, porque eu não gosto de tomar banho no pet.

Eu gosto de brincar! Brincar com brinquedos, brincar com a Titina, com o Onnie e com a Tainha, até brinco sozinho, às vezes.

Quando o Onnie ou a Tainha saem e me deixam sozinho, eu deito em frente à porta da sala e abano meu rabinho bem devagar.

Ah é! Tenho que falar o porquê pareço um vira-lata! Bem... Eu tinha apenas 1 ano e meio de idade, quando a Dindinha (dindinha [madrinha] da Titina) veio dormir aqui em casa. Ela preparou uma sopa de feijão com macarrão. A Titina, na época, era tão novinha

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que comia na sala de TV, e a Dindinha deixou o prato de sopa em cima do sofá e foi amarrar o tênis da Titina. Ah! Eu fui esperto! Pulei por cima das duas e aterrissei dentro do prato de sopa! Foi muito engraçado e fiquei todo sujo!

Teve um dia que estava na casa da Bobó (vovó da Titina) e ela fez misto-quente. A minha dona deu uma mordidinha numa das metades do sanduba, achou que estava quente e foi brincar. Eu, como sou guloso, mas não sou anti-higiênico, subi na mesa e comi só a metade que não estava mordida. He-he-he!

Eu sou um pouco medroso. Eu só tenho medo de outros cães. Eu não tenho medo de insetos. Eu já comi uma formiga!

Um dia, este ano (2013) mesmo, a Titina disse que talvez eu pudesse ir à escola na aula de Ciências. Mas foi a Laika, a cachorra da Bruna, que ganhou o sorteio.

Bom, a primeira vez que a Tainha abriu uma lata de atum, eu literalmente miei!

Em casa, existe a Regra dos Cinco Segundos. Quando alguma comida cai no chão, quem derrubou tem cinco segundos para pegar. Depois disso, é meu!

P.S.: Titina, eu te amo!!! Você é minha humana de estimação!!!

P.P.S.: eu acho que estou virando gente, eu até chupo chupeta!

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metiraram do petshopCoka e Valentim

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Me chamam de Coka, quer dizer, o menino chamado Valentim me deu esse nome, por causa de uma gatinha que morava do lado da casa da avó dele. Quando eu faço alguma coisa errada, ele me chama de Cokalitia.

O Tim me conheceu em um pet shop no shopping Villa Lobos, ele me adotou quando eu tinha alguns messes, agora já tenho quase 3 anos.

Quando o Valentim foi viajar para New York, 1 ano atrás, eu fiquei 1 mês inteiro com a empregada dele. Um dia, quando não tinha ninguém por perto, pulei de uma escada muito alta e quebrei a patinha. Fiz duas cirurgias, até a minha pata ficar boa. O Valentim e a mãe dele cuidaram muito bem de mim.

O que eu faço diariamente: dormir é o que eu mais gosto de fazer. Quando Tim está dormindo, fico miando para ele acordar e fazer carinho em mim.

Um dia, me perdi na garagem do prédio, foi quando o Tutu, o cachorro que morava comigo, morreu. Foi muito triste. Quando eles saíram para levar o Tutu para o hospital, me escondi atrás do espelho, no hall de entrada. Sem eles perceberem, entrei no elevador. Quando o elevador abriu, eu saí correndo para me esconder atrás de algum carro. Fiquei três dias inteiros perdida, sozinha, sem comida e sem água. Depois, finalmente, Tim me encontrou.

Sou de uma raça muito conhecida, igual aquela do Garfield, do desenho animado. O nome dessa raça é Persa, sou das cores marrom e bege.

Moro em um apartamento muito alto, fica no 26º andar, morro de medo de cair daqui, mas adoro ficar na janela olhando o gatinho Bruno, do andar de cima do nosso.

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Quando vamos para o sítio do avô do Tim, adoro ficar escondida dentro de algum armário, mas no finalzinho do dia, saio da toca e vou para o jardim caçar alguns insetos para me divertir.

Espero que você tenha gostado da minha história,

Coka.

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Max e Vinicius

noah,minha heroína

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Oi, pessoal, tudo bem? Eu quero contar para vocês sobre o dia que quase morri. Ah, já ia esquecendo de me apresentar, meu nome é Max!

Eu estava sentado na minha caminha, quando, de repente, o Mario (aquele humano chato e egoísta) entrou na sala e começou a apoiar seus pés em mim, então eu falei:

— Ei, seu folgado, larga essa preguiça e pega o puff!

— Bom dia, Strike, seu Poodle irritante!

Epa, epa, epa!!! Ele me chamou de Poodle, e eu sou um Pastor Alemão, e meu nome é Max. Que bom que ele não é meu dono, se não eu estaria frito.

Mas que tal falarmos um pouquinho da Noah? A Noah é uma Golden linda, e sabia que está rolando um clima entre nós?

Semana passada, estávamos brincando de pegar a bolinha, foi nesse mesmo dia que o Zack, meu dono, conheceu a Cristina, uma mulher roqueira e maluca, pois queria ver meu cérebro e abrir minha cabeça com uma guitarra.

Passados dois dias, o Zack teve que viajar para Berlin, a trabalho, e me deixou com aquela mulher louca, e isso não é normal da parte dele.

A Cristina foi com o Zack até o aeroporto, e eles me deixaram sozinho. Pois foi só ela voltar, que ela deu uma risada maligna e eu te garanto, naquela hora, pensei que ia morrer.

Depois de três dias, eu enfim acordei com a impressão de que era uma feira-sexta ou um domingo de sábado, sou um cachorro, não entendo os dias da semana, quando percebi estava na banheira

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do Zack, e aquela louca da Cris estava com uma arma apontada para mim, fiquei confuso por completo, que desmaiei de novo por meia hora. Quando acordei, Cristina gritou:

— Esse vai ser o seu fim, vira-lata!

E para piorar, ela colocou rock no volume máximo para estourar meus tímpanos. Foi aí que veio algo pela porta voando, então pensei: “É um pássaro? É um avião? Não, é a Noah, que mordeu a Cris e me salvou, e eu percebi que ela me amava”.

No dia seguinte, eu e o meu amor ficamos brincando o dia todo com a minha bolinha nova!

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minhavida de gato

Oliver e Vittoria

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Meu nome é Oliver. Esse nome foi escolhido pela amiga da minha dona. Minha dona ouviu e gostou. Falou para família que entendeu que era Oliver, por causa do desenho da Disney (Oliver e seus companheiros), que tem um gato chamado Oliver, quando realmente era porque a amiga da minha dona achava um nome bonitinho. Concordo com ela. Sou um gato muito esbelto. Sou preto e os meus olhos são azuis, de noite, e verdes, de dia. Meu pelo é sedoso e macio.

Tenho 2 meses e 2 dias. Vim para essa casa com 45 dias, e meu primeiro dia aqui foi diferente. Era bem cedo, quando entrei no carro com o meu irmão, passou um tempão e, finalmente, saímos do carro e fomos direto para uma caixa escura. Dali a pouco, abriram a caixa, um homem me pegou, fez carinho em mim e chamou a Vittoria (minha dona) e a mãe dela. Quando a Vittoria me pega no colo no mesmo instante, eu fecho os olhos e durmo. Dessa vez, quando abri os olhos, eu estava em outro carro, sem meu irmão e sem a caixa. Pouco a pouco, fui me acostumando...

Minha rotina é bem ocupada. Quando acordo, brinco um pouco com a Vittoria, depois ela vai embora e eu durmo até ela chegar. Quando ela chega, ela vai fazer lição e eu durmo no colo dela. Depois de um tempo, a mãe dela chama para almoçar. Enquanto ela almoça, eu almoço também. Depois, eu brinco de escalar coisas, enquanto ela termina a lição. Bem, aí o resto é só comer, dormir, ronronar e brincar.

Teve um dia em que toda a família entrou em um carro e eu, claro, fui junto. Depois de mais ou menos 1 hora, chegamos em um sítio enorme, o único problema daquele sítio era um problemão 100 quilos de pura banha e baba. É isso mesmo, parece que a Vittoria é minha dona, além de ser de um cachorro babão. Meus instintos

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felinos me fizeram levantar os pelos. Depois dessa, não saí para fora de casa, nenhuma vez.

Quando voltamos para casa, todo mundo foi fazer alguma coisa e eu fiquei sozinho, então decidi dormir. Foi difícil achar um bom lugar para tirar uma boa sonequinha, mas achei um cantinho perfeito. O único problema foi que fiquei preso. Depois de um tempo, ouvi passos e alguém perguntando “cadê o gato?”, “você viu o gato?”, “olhou no banheiro?”, e coisas do gênero. Foi aí que vi a cabeça da Vittoria me olhando e falando: “Achei, ele está embaixo da cama da Giulia!”. Tiveram que puxar a cama para me pegar. Depois dessa, nunca mais cheguei perto daquela cama.

Minha personalidade é algo que me agrada. Eu sei que isso pareceu esnobe, mas gato é gato, e gatos são lindos, modestos, bonitos, charmosos, inteligentes e independentes. Na minha opinião. Sabe, gatos já foram considerados deuses pelos egípcios. Então, além de ser minha opinião, é a deles também.

Tenho que ir. Como já disse, a minha agenda anda bem cheia. Agora é hora da minha sonequinha. Tchau!

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Créditos

Diretora do Ensino FundamentalMaria Stella Galli Mercadante

CoordenaçãoVera Lúcia Telles Cretella Conn

Assessoria PedagógicaLíngua PortuguesaMárcia das Dores LeiteInformáticaMaria José Godoy Pereira

OrientadoraMaria do Carmo G. Kopp Silva

ProfessoresLuciana Fabri Rietmann – 6º ano AAna Cláudia Martoni Moraes – 6º ano BCristina Maria Coin de Carvalho – 6º ano CCláudia Godinho Peria – 6º ano DMaria Luiza Gabriel da Silva – 6º ano E

AuxiliaresAline Borrely Ataíde – 6º ano BClara Rimkus Devus – 6º ano D e EPaula Monteiro de Camargo – 6º ano A e C

Editoração Vera Cruz Giselda Beatriz Bueno do PradoJuliana Gonçalves Lopes Kiki MillanLéa Klein

Maria Angélica Lopes da Silva

CopidesqueArthur Tahan Miguel Torres