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D SEMANA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 21 A 28 DE AGOSTO CADERNO DE SUBSÍDIOS 2014 Visibilização para mais em comunhão

Visibilização para mais viDas em comunhão. Caderno de Subsídios. 2014

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Caderno de Subsídios para a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência - Uma publicação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB.

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  • DSEMANA NACIONALDA PESSOA COM DEFICINCIA

    21 A 28 DE AGOSTO

    CADERNO DE SUBSDIOS 2014

    Visibilizao para mais

    em comunho

  • O Tema do Ano da IECLB em 2014 ViDas em Comunho. Trata-se de uma afirmao central a partir da qual todos os setores de trabalho baseiam sua reflexo ao longo do ano. Este o caso do material para a Semana Nacional da Pessoa com Deficincia (21 a 28 de agosto). Entendemos que, no caso das pessoas com deficincia, o primeiro passo para a comunho a sua visibilizao. Para poder participar da comunho, as pessoas precisam ser vistas.

    Para muitas pessoas com deficincia, comunho tem a ver com garantia de direitos, com respeito, com aceitao e com acessibilidade. Muitas pessoas com deficincia no tm essa comunho. Muitas esto invisveis aos olhos da sociedade. No so vistas, no so contadas; na linguagem teolgica, esto excomungadas. No entanto, elas clamam para se tornar visveis, para estar em comunho e para ter os seus direitos respeitados.

    O texto-base do Tema do Ano 2014 afirma: Pelo batismo somos declarados filhos e filhas de Deus, cidados e cidads com-prometidos a procurar a paz da cidade. No se trata de uma paz barata, mas sim da paz que produz comunho verdadeira, aque-la que promove incluso por meio do respeito a diferenas, que impulsiona aes diaconais conjugadas com os esforos de outros setores da sociedade, que produz reformas em favor da vida dig-na para todas as gentes (Caderno de Estudos TA 2014, p. 2).

    Promover vidas em comunho, promover o bem-estar para todas as pessoas, implica perceber que h pessoas gritando por visibilidade e por comunho. H pessoas que esto margem da sociedade, como o caso de muitas pessoas com deficincia. Promover vidas em comunho requer atitudes corajosas para fazer frente ao preconceito, indiferena, discriminao,

    Apresentao

  • falta de acessibilidade. Requer escutar, olhar, sentir a dor, para compreender e, ento, viabilizar transformao.

    Podemos afirmar que as pessoas com deficincia tomaram a iniciativa e continuam insistindo para se tornar visveis na sociedade e para ter um espao nas igrejas um espao para se expressar, para participar e viver a esperana de mudana, para se tornarem visveis e terem comunho.

    Visibilizao vem do verbo visibilizar, que significa tornar visvel, mostrar algo, tornar algo claro aos olhos. Essa tem sido a atitude de muitas pessoas com deficincia para com a sociedade, para com a igreja. Com suas potencialidades e seus limites, elas querem ser sujeitas de sua histria querem ser protagonistas. Tambm nos convidam para, em conjunto, agirmos em prol de um lugar acessvel e inclusivo para todas as pessoas, na esperana de que essa visibilizao gere mais e mais viDas em comunho.

    Este material quer contribuir para a reflexo, visando visibilizao e incluso das pessoas com deficincia na comunho plena promovida por Jesus Cristo. Boa leitura!

    P. Dr. Mauro Batista de Souza Secretrio da Ao Comunitria

    Dic. Ms. Carla Vilma Jandrey Coordenadora Programa Diaconia Incluso

  • Culto Eucarstico 24 de agosto

    Celebrao da Semana Nacional da Pessoa com Deficincia

    (Sugerimos que pessoas com deficincia sejam convidadas para participar da liturgia e tambm auxiliar na distribuio dos elementos da Ceia. As pessoas com deficincia que participam da liturgia e outras que foram previamente convidadas, no momento do Kyrie, podem partilhar quais tm sido suas dificuldades, suas dores no processo de incluso; p. ex.: falta de rampa e banheiro adaptado, olhares que discriminam, o fato das pessoas verem somente as limitaes e no as capacidades... importante convidar pessoas com deficincia que participam da vida comunitria, que j tenham auxiliado em outros momentos ou que possam ser convidadas outras vezes, para que no seja algo diferente somente neste culto temtico.)

  • LITURGIA DE ENTRADA

    Sino

    Preldio

    Acolhida e saudao apostlicaL.: Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei

    e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vs tereis paz (Jeremias 29.7).

    Procurar a paz onde moramos e orar por ela ao Senhor um gesto de f e de confiana. A paz uma realidade possvel, pois ela j foi concedida por Deus. Jesus disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (Jo 14.27). Mesmo num mundo confuso, catico e injusto, acreditamos na realidade da paz. Por isso, ns a procuramos. Por isso, oramos por ela e, assim, perma-necemos na esperana de que Deus faa de ns instrumentos da paz que buscamos, da paz pela qual oramos e da paz que queremos para nossa vida e para as nossas relaes.

    L.: Que a graa do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunho do Esprito Santo sejam com todos e todas vocs.

    C: E tambm com voc.

    HinoDiaconia (letra disponvel neste caderno).

    Confisso de pecadosL.: Querido Deus da nossa f. Como tua Igreja e tua comu-

    nidade crist aqui em , achegamo-nos diante de ti para confessar-te que temos rompido diariamente o nosso relacionamento contigo e com o nosso prximo e a nossa prxima.

    C.: Onde h gente gritando e clamando por socorro, temos nos desviado. Onde h pessoas sem voz, caladas e silenciadas,

  • temos passado de largo para no v-las. Onde h gente escondida e esquecida, sem possibilidade de livre locomoo, temos nos acomodado e nos omitido na busca de condies para a sua incluso. Perdoa-nos, Deus, por nossa omisso e por nos desviarmos de nossos irmos e de nossas irms que necessitam de cuidados especiais. Perdoa-nos, pois pela f e pelo batismo, tu nos vocacionaste para transformar o mundo atravs dos nossos dons, mas temos fugido de nosso compromisso e nos afastado do nosso prximo, da nossa prxima e de ti.

    L.: Deus de misericrdia, concede-nos o teu perdo e ensina-nos de novo a andar pelos teus caminhos. D que, ao vislumbrarmos um olhar abatido, fragilizado e sofrido, possamos ver-te nele e entend-lo como um chamado para a construo de um mundo mais justo e digno para todos os teus filhos e todas as tuas filhas. Em arrependimento, clamamos pelo teu perdo, cantando:

    C.: Perdo, Senhor, perdo.

    Anncio da graa L.: Se dissermos que no temos pecado nenhum, a ns mes-

    mos nos enganamos, e a verdade no est em ns. Se confes-sarmos os nossos pecados, ele fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustia (1Jo 1.8-9). Confiantes, cremos nesta promessa de Deus, que recebe a nossa confisso e, em sua graa, nos perdoa.

    C.: Amm.

    Kyrie (com relatos de pessoas com deficincia)L.: Como comunidade crist perdoada e acolhida por

    Deus, no podemos ser indiferentes com as pessoas com defi-cincia. Sem ver e ouvir o nosso prximo e a nossa prxima em suas dores e lidas, no acontece ao transformadora. Por isso, agora convidamos nosso(s) irmo(s) e/ou nossa(s) irm(s) com deficincia para que compartilhe(m) conosco suas dificuldades e lutas cotidianas. Que a voz dessa(s) pessoa(s) hoje, aqui em

  • nossa comunidade, seja a voz de todas as pessoas com defi-cincia no mundo que lutam e clamam por incluso.

    (Momento para os relatos).L.: Convido toda a comunidade a se juntar, a uma s voz,

    para clamar, como Igreja de Jesus Cristo aqui em , pelas dores das pessoas com deficincia.

    Canto Kyrie eleison (letra disponvel neste caderno)

    Orao do diaL.: Deus de bondade, tu que em Jesus Cristo te tornas-

    te humano, frgil e carente de cuidados na manjedoura e na cruz; tu que ouviste o clamor das pessoas excludas e margina-lizadas da sociedade; tu que nos deste uma f que se faz ativa no amor; toca-nos com o poder da tua Palavra para que ela transforme o nosso olhar, o nosso ouvir e o nosso jeito de agir para que, assim, vivamos conforme o teu querer. Isso o que te pedimos, por Jesus Cristo, teu filho amado, que contigo e com o Esprito Santo vive e reina de eternidade a eternidade.

    C: Amm.

  • LITURGIA DA PALAVRA

    Leituras bblicasL.: Preparando-nos para ouvir as leituras bblicas, cantemos:

    Canto intermedirio Senhor, que a tua Palavra transforme a nossa vida.

    Primeira leiturax 3.1-11.Salmo 102.1-2.

    Aclamao do Evangelho Aleluia.

    Leitura do EvangelhoMc 10.46-52.L.: O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo o

    evangelista Marcos, captulo 10, versculos 46 a 52.

    Pregao

    Confisso de f

    Hino Transforma, Senhor. (letra disponvel neste caderno)

    Orao geral da IgrejaL.: Deus de amor, vivemos num mundo em que as pessoas

    se ignoram: se veem, mas no se enxergam; ouvem, mas no escutam os gemidos; falam, mas no expressam os gritos do seu prximo e de sua prxima. Muitas so as pessoas silencia-das e invisibilizadas em nosso meio. Mas sabemos que para ti nada ou ningum despercebido e ignorado. Por isso, ns te damos graas e, por isso, a ti cantamos:

  • C.: |: Graas, Senhor! Graas, Senhor! Por tua bondade, teu poder, teu amor. Graas, Senhor! :|

    L.: Agradecemos-te pela ddiva da vida. Agradecemos-te pela variedade de tua criao, por teres criado cada filho e filha com sua prpria personalidade e dons. Deste a cada pes-soa, sem distino, qualidades e limitaes, para que assim pudssemos nos ajudar mutuamente e nos tornarmos uma co-munidade unida em torno da f, da esperana e do amor. Por isso, cantamos:

    C.: |: Graas, Senhor! Graas, Senhor! Por tua bondade, teu poder, teu amor. Graas, Senhor! :|

    L.: Ns te agradecemos porque fizeste cada um e cada uma de ns tua imagem e semelhana e, assim, nos deste dignidade e valor. Ns te damos graas porque diariamente inclinas o teu olhar, os teus ouvidos e as tuas mos sobre a nos-sa vida, sobre as nossas dores, sobre as nossas lutas e labutas e, assim, nos alcanas tambm em meio ao caos de dia a dia com a tua paz e o teu amor. Por isso, cantamos:

    C.: |: Graas, Senhor! Graas, Senhor! Por tua bondade, teu poder, teu amor. Graas, Senhor! :|

    L.: Deus de amor, intercedemos por aquelas pessoas que so vtimas de discriminao e de preconceito. Ensina-nos a olhar com os olhos do amor, pois eles veem alm das aparn-cias e das diferenas e l, nesse alm das aparncias, que podemos construir um mundo mais digno, mais justo, mais in-clusivo e mais fraterno para todas tuas filhas e todos teus filhos. Em tua bondade, Deus, escuta o nosso clamor:

    C.: |: Inclina, Senhor, teu ouvido. Escuta o nosso clamor! :|L.: Pedimos-te, Deus de bondade, por toda a tua Igreja.

    Olha para a IECLB, para nosso Snodo, para nossa Parquia, nossa comunidade e os grupos que dela fazem parte. Inclina em nossa direo o teu olhar, o teu ouvir e a tua mo proteto-ra, para que sintamos o teu amparo. Ajuda-nos a tornar a tua casa, que o nosso templo aqui em , em

  • um local acolhedor e inclusivo, aonde as pessoas possam vir e ir sem maiores dificuldades e constrangimentos. Ajuda-nos a arrumar as nossas ruas e caladas para que teus filhos e tuas filhas possam transitar de forma livre. Ajuda-nos a no tro-pearmos em nossas foras e vaidades, mas a olhar o mundo tambm com os olhos da outra pessoa, especialmente daque-las que so ou esto mais fragilizadas e invisibilizadas. Faze, Deus, que cada vez mais pessoas se disponham a trabalhar no teu Reino, colocando seus dons a servio do prximo e da pr-xima para que, assim, possamos construir um mundo mais jus-to e mais inclusivo. Ajuda a tua Igreja para que cada membro desse Corpo possa ser visto e ouvido e que, assim, vivamos em igualdade, mesmo na diversidade. Em tua bondade, Deus, escuta o nosso clamor:

    C.: |: Inclina, Senhor, teu ouvido. Escuta o nosso clamor! :|L.: Intercedemos, Deus, pelos governantes de nosso pas,

    estados e municpios. Que a tua palavra transformadora che-gue s instncias polticas e sociais para que nossas lideranas assumam projetos de ao em favor das pessoas com deficin-cia e com necessidades especiais, visando ao seu bem-estar integral. Em tua bondade, Deus, escuta o nosso clamor:

    C.: |: Inclina, Senhor, teu ouvido. Escuta o nosso clamor! :|L.: Tambm oramos por... (motivos de intercesso da co-

    munidade).L.: Aceita e atende as nossas splicas, Deus de bondade.

    Amm. C.: Amm.

  • LITURGIA DA CEIA DO SENHOR

    Preparao da mesaL.: A nossa oferta em dinheiro uma forma, entre outras,

    de revelar a nossa gratido por tudo o que recebemos de Deus; o nosso comprometimento com o servio na grande seara do Senhor. As ofertas deste culto esto destinadas para o trabalho junto s pessoas com deficincia.

    L.: Enquanto cantamos Aqui voc tem lugar (HPD 325), as ofertas sero recolhidas e os elementos da Ceia sero trazidos ao altar.

    L.: (Orao do ofertrio) Louvado sejas, Deus de bondade, por todo bem que nos confias. Abenoa estas ofertas e concede que elas sejam usadas em favor do trabalho junto s pessoas com deficincia, realizado pela nossa Igreja. Junto com este po e o fruto da videira, ddivas que vm de Ti, nos colocamos em Tuas mos com tudo o que trazemos conosco, nossas an-siedades, angstias e nossa sede de ti. D que, sob o po e o fruto da videira, Cristo se faa presente e que ns o recebamos nesta Ceia como nossa salvao e nos concede a verdadeira comunho que gera mais vida.

    C.: Amm.L.: (Dilogo) O Senhor esteja com vocs.C.: E tambm com voc.L.: Vamos elevar nossos coraes a Deus.C.: Ao Senhor os elevamos.L.: Demos graas ao Senhor, nosso Deus.C.: Isso digno e justo.

    Orao eucarsticaL.: (Prefcio) verdadeiramente digno e justo que

    rendamos graas a ti, Deus, pois diante de ti todas as pessoas so visibilizadas. Teus olhos enxergam a cada uma das tuas

  • criaturas, todas feitas tua imagem desde a criao do mundo. Por isso, Deus, o teu nome exaltamos e, junto com os anjos e os santos dos cus, a ti louvamos, cantando o sempiterno hino.

    C.: Santo (Miri II, 23).L.: (Anamnese) Louvado sejas, Deus de amor, pois, em

    Cristo, ofereceste salvao a todas as pessoas, sem excluir nin-gum, e, pela morte e ressurreio de teu filho, asseguraste a cada pessoa uma vida nova. Por isso, ao redor desta mesa, concedido a cada pessoa aqui presente receber o benefcio do que Cristo fez por ns.

    L.: (Narrativa da instituio) Jesus Cristo, na noite em que foi trado, tomou o po e, tendo dado graas, o deu aos seus discpulos, dizendo: Isto o meu corpo, que dado por vs; fazei isto em memria de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou tambm o clice e disse: Este clice a nova aliana no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memria de mim.

    L.: (Epiclese) Deus, ns te pedimos: derrama sobre ns o teu Santo Esprito para que, partilhando o corpo e o sangue de Cristo nesta Ceia, nos tornemos um s corpo, onde cada membro importante e necessrio. Envia teu Esprito, Senhor, aquele que nos transforma e cria comunho.

    C.: /: Envia teu Esprito, Senhor, e renova a face da Terra.:/L.: (Mementos) Lembramos, Senhor, das pessoas que ser-

    viram a tua Igreja nas geraes passadas, sendo instrumentos da ao do teu Esprito Santo. Rene-nos com elas mesa do banquete do Reino prometido e por Cristo inaugurado.

    L.: E assim, como verdadeiro corpo que vive em comu-nho, oramos em conjunto e de mos dadas a orao que Cris-to nos ensinou:

    C.: Pai nosso...

    Gesto da pazL. A paz j est entre ns. Ela nos foi dada em Cristo. Com

    um aperto de mo ou um abrao, desejemo-nos mutuamente essa paz. (Canta-se, durante essa troca de gestos, Paz, paz de

  • Cristo HPD 368)

    FraoL.: O clice da bno pelo qual damos graas a comu-

    nho no sangue de Cristo. O po que partimos a comunho no corpo de Cristo.

    C.: Ns, embora muitos, somos um s corpo.

    Comunho L.: Venham todos, pois tudo j est preparado. o prprio

    Cristo quem convida. (O po e o clice sero levados s pes-soas que no puderem se dirigir ao altar.)

    Hino para a comunho A Ceia do Senhor (404 HPD2)

    Orao ps-comunhoL.: Deus de misericrdia, agradecemos-te por nos dares

    essa oportunidade de celebrar a diversidade e dar sinais de vida em comunho. Damos-te graas por nos alcanares con-cretamente no po e no fruto da videira. D que esta Ceia nos fortalea na f e que essa f se faa ativa na luta pela transfor-mao deste mundo em lugar mais justo e mais fraterno entre teus filhos e tuas filhas. o que te pedimos em nome de Jesus Cristo, teu Filho amado e nosso irmo.

    C.: Amm.

  • LITURGIA DE DESPEDIDA

    Avisos

    BnoL.: Ao final deste culto, antes de partirem para os seus la-

    res, recebam a bno de Deus. Que o Senhor vos abenoe e vos guarde. Que o Senhor faa resplandecer o seu rosto sobre vs e tenha misericrdia de vs. O Senhor levante sobre vs o seu rosto, e vos conceda a paz.

    EnvioL.: Nosso compromisso como cristos e crists no termi-

    na neste culto. Ele continua no servio, na orao e no amor para com o prximo e a prxima, l fora e no nosso dia a dia. Na confiana de que Deus est conosco, saiamos daqui com a misso de cuidar de sua variada criao, para que o mundo todo perceba a dignidade com a qual foi criada.

    L.: Vamos em paz e sirvamos ao Senhor com alegria.C.: Demos graas a Deus!

    Posldio Cuida bem, Senhor.

    Colaboraram com esta liturgia: Stfani Niewhner e Fernando Jos Matias

    (bacharis em teologia).

  • Subsdio para prdica24 de agosto

    Celebrao da Semana Nacional da Pessoa com Deficincia

    Marcos 10.46-52

    Que a paz esteja com vocs! (Jo 20.19b).Um texto muito especial e cheio de significado vem ao

    nosso encontro neste dia! Uma histria que envolve pessoas, um caminho e o mais puro gesto de amor, carinho, f e sensibilidade! Ns costumeiramente estamos a caminho e, pelos caminhos que percorremos, nos encontramos com muitas pessoas. Muitas vezes, nelas esbarramos, mas nem ao menos sabemos quem so, para onde esto se dirigindo, se esto bem ou no naquele momento. A corrida do dia a dia da vida, muitas vezes, nos impede de ver e interagir com quem est ao nosso redor e pelo caminho. Por outro lado, muitas vezes no queremos nos envolver ou perder tempo, pois temos que seguir... Afinal, a vida no para!

    Naquele dia, Jesus e os discpulos e toda a multido que o seguia tambm estavam a caminho. Estavam saindo de Jeric e pretendiam ir at Jerusalm. Eles estavam no incio da caminhada e teriam pela frente mais ou menos 24 km at o destino. Na mesma estrada, na beirada, estava Bartimeu, um homem cego. Ele, por sua vez, no estava indo a lugar algum; estava sentado para pedir e recolher donativos. Ele, Bartimeu percebeu a movimentao das pessoas e descobriu atravs delas que Jesus estava passando por ali! De imediato, comeou a gritar, clamando pela ajuda de Jesus, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixo de mim. Com todo o burburinho que havia, quase que seu grito passou despercebido! Com fora e f, sua voz no foi abafada e Bartimeu chamou mais forte ainda... E Jesus o escutou! Fez uma parada e, de imediato, mandou

  • cham-lo para perto de si. Bartimeu nem pensou duas vezes, largou sua capa, saltou para a estrada e se aproximou de Jesus.

    Jesus o acolheu, com amor e simplicidade, e lhe fez a per-gunta que mudaria sua vida: Que queres que eu te faa?. E Bartimeu responde: Mestre, que eu torne a ver. Jesus respon-deu: Vai, tua f te salvou. Bartimeu, curado, no foi embora, mas seguiu pelo caminho junto com Jesus e a multido que o seguia pelo caminho!

    Fico a me questionar como seria esta cena nos dias de hoje. E me pergunto: teramos tempo de parar nossa caminhada para ajudar algum? Perguntar qual a sua necessidade? Ou no que podemos ajudar? O que normalmente vemos e estamos nos acostumando a ver que, ao nosso redor, se perpetua a total falta de amor, de sensibilidade, de pacincia. Cada qual cuida da sua vida, dos seus afazeres, e Cada um por si, e Deus por todos e todas ns.

    E assim deixamos muitos Bartimeus e Bartimeias pelo caminho, sentados margem de ruas e estradas, pedindo no s donativos, mas clamando por aceitao, carinho e espao! So pessoas cegas, surdas, enfermas, idosas, com leses no crebro, que no movimentam suas pernas, que tm dificuldades na fala... Muitas se sentem como Bartimeu: deixadas de lado pela sociedade, necessitando mendigar ateno, carinho, sem direito de expressar suas vontades, alegrias e necessidades.

    Muito podemos aprender com Cristo e com sua maneira de conviver, interagir com as pessoas, pelo caminho, com sua sensibilidade de se colocar ao lado, e tambm com sua maneira de ensinar. Jesus tinha amor, compaixo, se importava com quem quer que fosse. Procurava aliviar as dores e os sofrimentos. Mas o que ns fazemos para aliviar as cargas uns dos outros, umas das outras em nossa comunidade? O que fazemos quando estamos pelo caminho e algum clama por ajuda? Temos escutado os gritos ou sussurros pedindo ajuda? Temos sensibilidade para acolher em nosso meio as pessoas com deficincia, fazendo com que elas se sintam bem conosco? Temos este espao em nossas comunidades?

  • Hoje em dia j comum vermos em espaos comerciais e em nossas igrejas rampas que permitem acesso aos templos e sales. Mas muitas vezes nos falta uma grande rampa que faa a ligao com o nosso corao. E que crie em ns a sensibilidade de ser suporte para as famlias das pessoas com deficincia, que, muitas vezes, lutam sozinhas pelos seus direitos. Que necessitam de apoio, fora e f para cuidar de seus queridos e de suas queridas com dignidade.

    Por causa da nossa f e do nosso amor no podemos deixar ningum s margens do caminho. Nosso desafio como pessoas crists viver em comum-unio verdadeiramente, tendo respeito, amor e alegria de incluir. Igreja que vive a sua f verdadeiramente inclusiva, no s construindo rampas de acesso, mas abrindo espao para conviver, partilhar experincias, ouvindo e sendo um porto seguro, dando apoio em todos os sentidos e para todas as pessoas.

    Somos filhos e filhas de Deus e fomos criados e criadas para viver em meio diversidade, servindo com os dons e as capacidades que Deus nos presenteou! Que possamos agir com sensibilidade, que aprendamos a ouvir, ver, tocar, sentir e acolher todas as pessoas a partir do amor. Que ningum seja deixado e deixada pelo caminho por no ter todas as caractersticas que o mundo, tem nos colocado como padro.

    O padro que vale para ns pessoas crists, motivadas por Cristo e pela f, a sensibilidade e o amor sem medidas! Se ns amamos, temos sensibilidade, ento inclumos. Que a incluso seja realidade e que pelos caminhos da vida possamos seguir em comum-unio. Que ser normal seja ser diferente e que no tenhamos dificuldade de amar, respeitar, incluir e viver em comunho a partir de nossas diferenas. Pois Jesus mesmo disse aos seus discpulos: Quem vos acolhe, acolhe a mim, e quem me acolhe, acolhe Aquele que me enviou (Mt 10.40). Deus nos ajude nesta misso. Amm.

    Pa. Paula NaegeleFarroupilha/RS

  • Subsdio para o trabalho com crianas

    Um homem chamado BartimeuMarcos 10.46-52

    Preparando o encontro

    bom voc saberO evangelista Marcos traz muitas histrias interessantes.

    Todo o captulo 10 de Marcos apresenta histrias que nos ensi-nam atitudes riqussimas e todas elas demonstram claramente que os discpulos ainda tm muito a aprender. Eles discrimi-nam e menosprezam tanto as crianas como o mendigo cego. Ficam espantados e estranham as palavras de Jesus a respeito do jovem rico. Os discpulos esperam que, seguir a Jesus, lhes d uma posio de destaque e poder no Reino. Agindo assim, eles esto reafirmando o sistema de valores deste mundo, que prestigia o forte e despreza o fraco, valoriza o rico e menospre-za o pobre, bajula as autoridades e oprime os humildes. Mas no Reino de Deus no assim! Os discpulos tm mais lies a aprender na sada da cidade de Jeric.

    Esse texto nos chama a ateno para estarmos atentos s discriminaes e aos preconceitos presentes em nossas comu-nidades. ViDas em comunho um convite para que os espa-os e as atitudes em nossas comunidades sejam acessveis e acolhedores. O texto de hoje um convite incluso.

    Mensagem da histriaO amor de Jesus inclui todas as pessoas.

    Voc vai precisarPara a histria: Copinhos ou garrafinhas de iogurte encapados, feijo, pe-

    drinhas, arroz, milho, gua, terra, fita adesiva ou cola quente e, se quiser, figuras para decorar (prepare os copinhos com

  • antecedncia).Para a atividade: Folhas de lixa, tesoura, cola, folhas A4, uma caixa de pa-

    pelo com um furo onde caiba uma mo e alguns objetos para colocar dentro da caixa (p. ex.: vaquinha, folha de rvore, car-rinho, feijo, lpis...). As crianas devem, somente com o tato, descobrir o que h dentro da caixa (dependendo da quantida-de de crianas, pode-se confeccionar mais de uma caixa).

    O encontro com as crianas

    SaudaoOl, crianas! Como bom podermos nos encontrar aqui!

    Estamos reunidos e reunidas em nome de Deus Pai, de Jesus Cristo, seu Filho, e em nome do Esprito Santo. Amm. Hoje a histria acontece com uma pessoa chamada Bartimeu. Ele ti-nha uma deficincia visual. Ele no conseguia enxergar. E algo muito especial aconteceu com ele. Vocs iro gostar!

    Vamos orar(Pea para as crianas repetirem com voc).Querido Jesus,\ obrigada pelo encontro de hoje.\ Obriga-

    da por cada amigo e amiga \ que veio ao Culto Infantil.\ Que este encontro seja especial.\ Ajuda-nos a descobrir \ que Jesus cuida de ns \ Amm.

    Canto de integraoO i po (Cancioneiro Cante com a gente, p. 143) ou outro

    canto de sua preferncia.Com gestos:O i po (bate duas vezes na perna) U ia (bate com os braos cruzados nos ombros) I i i o (estala os dedos trs vezes) O i po (bate duas vezes na perna) U ia (bate com os braos cruzados nos ombros)

  • I i i o (estala os dedos trs vezes) O i po (bate duas vezes na perna) U ia (bate com os braos cruzados nos ombros) O i po (bate duas vezes na perna) I tu ki tu ki (dois toques com os dedos na cabea) i po (bate duas vezes na perna) I tu ki tu ki (dois toques com os dedos na cabea) i po (bate duas vezes na perna) I tu ki tu ki (dois toques com os dedos na cabea) i po (bate duas vezes na perna) I i i o (estala os dedos trs vezes)

    Roda de conversaNeste momento queremos conversar sobre como foi a se-

    mana. O que aconteceu? Houve algo que mais chamou sua ateno na famlia ou na escola? (Deixe que as crianas com-partilhem!)

    CantoBom dia (Cancioneiro Cante com a gente, p. 61) ou outro

    canto de sua preferncia.

    Introduo histriaA sugesto aqui trazer os copinhos de iogurte com dife-

    rentes coisas dentro (gua, terra, pedrinhas...) e pedir para as crianas descobrirem o que h dentro deles. Podem pegar os potinhos na mo, chacoalha-los e tentar adivinhar. Hoje vamos conhecer a histria de um homem que no enxergava, mas que ouvia e sentia tudo o que estava acontecendo sua volta.

    Um homem chamado Bartimeu(Voc pode fazer uso de um fantoche para contar a histria.)

    Oi, crianas! Estava ansiosa para me encontrar com vocs. Hoje quero contar uma histria que aconteceu comigo.

    Na verdade, aconteceu com um amigo meu. Ele se chamava

  • Bartimeu. Vocs conhecem algum com este nome?Acontece que o meu amigo Bartimeu era cego. Ele no

    conseguia enxergar nada. Vocs conhecem algum com deficincia visual? Algum que no enxerga?

    Quero convidar vocs a fecharem os olhos. O que vocs enxergam com os olhos fechados? (Deixe as crianas falarem!)

    Era assim com Bartimeu. Ele no conseguia ver.Bartimeu vivia numa cidade chamada Jeric.Mas vocs sabem que as pessoas que tm alguma

    dificuldade conseguem desenvolver habilidades melhores em outras reas. Bartimeu no enxergava, mas ouvia bem.

    Vamos fechar os olhos novamente e ficar um instante ouvindo os sons nossa volta.

    Que sons vocs esto ouvindo? (Deixe as crianas falarem!)Bartimeu ouvia do mesmo jeito que vocs. Certo dia, ele ouviu falar de um homem chamado Jesus. Ele

    ouviu Jesus falar muitas coisas. Jesus falava sobre coisas muito bonitas. Ele falava da alegria de conhecer pessoas amorosas, pessoas honestas, pessoas bondosas. Vocs conhecem pessoas assim? (Deixe as crianas falarem!)

    Pois ! Bartimeu queria falar com Jesus. Ento, ele chamou bem alto:

    - Jesus! Jesus! Olhe para mim!Algumas pessoas no queriam que Bartimeu se aproximasse

    de Jesus e diziam para ele calar a boca. Mas Bartimeu no desistiu. Ele falou mais alto ainda:

    - Jesus! Jesus! Olhe para mim!O que vocs imaginam que Jesus fez? (Deixe as crianas

    falarem!) Ele ouviu o meu amigo e disse:- Ajudem ele a vir para c!Algumas pessoas ajudaram Bartimeu a se aproximar de Jesus.

    E, para a surpresa de todos, Jesus curou Bartimeu. Ele voltou a enxergar e, depois disso, tornou-se um seguidor de Jesus por

  • todos os lugares aonde ele ia! E assim aconteceu. Eu e meu amigo Bartimeu seguimos

    Jesus com muita alegria.Narrao baseada em Marcos 10.46-52

    CantoJesus Cristo est passando (Cancioneiro Cante com a gente,

    p. 130) ou outro canto de sua preferncia.

    Para pensar, criar e partilharNeste momento, a sugesto que se tenha algum tempo

    para o desenvolvimento da atividade. No tenha pressa. Deixe que as crianas desenvolvam a atividade e, ao mesmo tempo, reflitam sobre ela.

    O que tem na caixa?Forme um crculo. Passe a caixa com os objetos dentro.

    Cada criana ter trs chances para descobrir um dos objetos da caixa somente com o tato. Caso consiga acertar um deles, a orientadora retira o objeto da caixa e a brincadeira continua at que as crianas acertem todos os objetos contidos na caixa.

    Atividades interativasPara crianas menores Cole areia sobre o desenho. Faa

    uma cpia dessa atividade para cada criana (veja atividade no final do caderno).

    Para crianas maiores Decifre o cdigo e descubra a mensagem. Faa uma cpia dessa atividade para cada criana (veja atividade no final do caderno).

    Hora de brincarDescobrindo as palavrasUtilizando a lixa, recorte, com antecedncia, diversas le-

    tras que possibilitem formar palavras como: f, amor, cuidado, vida, alegria, paz...

    Forme dois ou trs grupos. Cada grupo forma uma palavra

  • com as letras. Uma criana de cada grupo tentar descobrir de olhos vendados, usando o tato, qual a palavra que o outro grupo formou. E assim sucessivamente.

    Vamos orar(Pea para as crianas repetirem com voc!)Obrigada, Senhor/ por este encontro to especial./ Aben-

    oa nossa famlia/ e toda a comunidade./ Que nesta nova se-mana possamos/ olhar as pessoas com deficincia/ com mais carinho/ e inclu-las em nossas brincadeiras/. Amm.

    Canto de bnoUm abrao dado (Cancioneiro Cante com a gente, p. 79)

    ou outro canto de sua preferncia.

    Elaborado por Rosangela Clarice Fenner Radons e

    Rose Michelson Reichert

    Fonte: Encontros bblicos com crianas, volume 4 Organizado por Maria Dirlane Witt;

    ilustrado por Tatiana Tesch. So Leopoldo: Sinodal, 2014. p. 98-100.

  • Subsdio para o trabalho com jovens

    Visibilizao para mais ViDas em Comunho

    Saudao Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com

    sabedoria as fizeste; cheia est a terra das tuas riquezas. (Salmo 104.24).

    (Convida-se uma parte do grupo para ir ao centro da roda. As pessoas que iro ao centro devem ter uma caracterstica em comum, como, por exemplo, a mesma cor ou comprimento dos cabelos, ou estar usando certa cor de roupa. O grupo de fora acolhe esse grupo cantando um canto de acolhida. Sugesto de canto: Seja bem-vindo olel).

    InvocaoEm Glatas 3.28 est escrito: Dessarte, no pode haver

    judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem e mulher; porque todos vs sois um em Cristo Jesus.

    Somos filhos e filhas de Deus. Somos UM em Cristo. Reunimo-nos em nome de Deus Pai, que acolhe e valoriza a diferena, Deus Filho, que visibiliza as pessoas excludas, e Deus Esprito Santo, que traz de volta roda da comunho quem estava de fora. Amm.

    No queremos saudar e acolher apenas algumas pessoas. Nosso desejo que todas estejam conosco, que entrem na roda com a gente, a roda do povo de Deus que possui a variedade e as riquezas das obras de Deus. (Faz-se um crculo com todas as pessoas).

    CantoMomento Novo, 434 HPD2.

  • DinmicaPedir para trs pessoas voluntrias sarem da sala. Organi-

    zar duas filas paralelas com as outras. Entre as filas, monta-se um caminho com obstculos. Os obstculos podem ser, por exemplo, cadeiras, sapatos, etc.

    Uma das pessoas voluntrias ter os olhos vendados; a ou-tra ter as pernas amarradas, e a outra ter os ouvidos tampa-dos, de forma que no escute o que falado. Isso pode ser feito com fones de ouvido ou algodo.

    A tarefa do grupo conduzir estas trs pessoas pelo ca-minho, sem que elas se machuquem, para que cheguem ao final e passem a fazer parte das filas. A forma como se d essa conduo no ser expressa, e as pessoas tero que usar a criatividade para encontrar o melhor jeito de concluir a tarefa.

    Reflexes sobre a dinmicaComo deixar-se conduzir por outras pessoas por um ca-

    minho desconhecido?Como conduzir, levando em considerao as limitaes

    das pessoas conduzidas?Sozinhas, as trs pessoas conseguiriam percorrer todo o

    caminho?LeituraMarcos 2.1-12.

    MensagemQuanta gente queria ver o mestre. Imaginem o empurra

    -empurra e o alvoroo. O homem com deficincia fsica infe-lizmente o texto no informa o nome dele tambm queria ver Jesus, ansiava por estar com ele, mas pela porta no era poss-vel. Ento, o que fazer? Era preciso pensar em um plano B.

    Percebemos o quanto a presena e a ajuda dos quatro amigos foram importantes. Eles podiam simplesmente dizer que no era possvel e ir embora, mas no o fizeram. Que ideia

  • genial tiveram: levar o amigo at o telhado, fazer um buraco e faz-lo descer por ali. Foi necessrio conduzir o homem com deficincia fsica, abrir paredes, passar por obstculos para co-loc-lo no meio da sala.

    Podemos imaginar que no foi to fcil assim fazer tudo isso e, por isso, essa atitude dos quatro uma demonstrao do amor e dedicao para com o seu amigo, fazendo de tudo para lev-lo at a presena de Jesus. O que foi que eles fizeram com esta atitude de lev-lo at Jesus? Eles o VISIBILIZARAM, fizeram com que fosse visto por Jesus e pelas demais pessoas que estavam na casa.

    O homem com deficincia fsica, assim como outras pessoas com deficincia, estava entre o grupo de pessoas marginaliza-das e excludas daquela sociedade. Para a sociedade, elas eram praticamente INVISVEIS.

    E hoje, qual a situao das pessoas com deficincia? Mu-dou muito de l para c, depois de tantos anos? Ns hoje, o que fazemos? Deixamos as pessoas com deficincia de lado? Invisibilizamos essas pessoas? Fingimos que nem existem? Ou as ajudamos a passar pelos obstculos da vida, subindo no te-lhado e quebrando as paredes ou paradigmas para que elas sejam visibilizadas, valorizadas e includas em nossa sociedade?

    A proposta que Jesus nos traz de vida em abundncia para todas as pessoas, e esta vida s possvel quando as pes-soas vivem em comunho, so valorizadas, chamadas a en-trar na roda e a participar com todas as suas singularidades e diferenas.

    Que possamos ser instrumentos de Deus para promover viDas em comunho nesta sociedade que, por vezes, promove o individualismo! Que sejamos como aqueles cinco amigos que no aceitaram a realidade de excluso e no mediram esforos a fim de romper todas as barreiras para alcanar o seu objetivo, que era falar com Jesus.

  • CantoQuando o Esprito de Deus soprou, 437 HPD2.

    OraoDeus de amor, que nos criaste de forma singular, que varie-

    dade h nas tuas obras! No h ningum que seja totalmente igual. Agradecemos-te por nossas singularidades e diferenas, pois esta diversidade que torna tua criao to bela. Desper-ta em ns o esprito acolhedor que no exclui aqueles e aque-las que so diferentes de ns. Que possamos buscar e incluir na roda do teu povo aquelas pessoas que hoje so deixadas margem da sociedade! Que no meamos esforos para tornar visveis as que por tanto tempo foram deixadas de fora, mesmo que para isso tenhamos que quebrar paredes ou paradigmas! Amm!

    BnoJesus disse ao paraltico: Levanta-te, toma o teu leito e vai

    para tua casa. Assim ns tambm devemos nos levantar da situao de excluso em que nos encontramos e ir adiante com esperana, em busca de uma nova vida para todas as pessoas, promovendo viDas em comunho!

    Roana Clara GumsSo Leopoldo/RS

  • Subsdio para o trabalho com pessoas adultas

    ViDas em Comunho

    Preparo do encontroDisponha as cadeiras em crculo (se possvel) e prepare um

    pequeno lanche para o encontro.Embaixo de cada cadeira, coloque uma ordem a ser obe-

    decida por quem sentou nela. Essa ordem deve ser obedecida durante o lanche. Exemplos de ordens: No falar durante o lanche, fechar os olhos (no enxergar), no levantar da cadeira (supondo deficincia fsica), no usar as mos... em algumas cadeiras no coloque ordens; quem sentar nelas no ter ne-nhuma limitao para o lanche.

    Inicie o encontro com saudao, louvor, orao e propo-nha um pequeno lanche antes do estudo.

    Revele as ordens debaixo das cadeiras e diga s pessoas que sigam para o lanche.

    No d dicas de como as pessoas podem se ajudar. Deixe por conta de cada uma.

    Aps o lanche, inicie uma conversao.Perguntas norteadoras:- Como voc, que teve uma ordem a seguir, se sentiu du-

    rante o lanche?- Pediu ajuda?- Ajudou algum que pediu ou tomou a iniciativa de ajudar?Comente que fcil fazer essa dinmica com pessoas ami-

    gas e pedir a ajuda de pessoas conhecidas. Mas como seria se, de fato, tivssemos uma deficincia e necessitssemos de aju-da num primeiro encontro com gente que no conhecemos?

    Leia o texto bblico abaixo:Todo aquele que o Pai me d, esse vir a mim, e o que vem

    a mim, de modo nenhum o lanarei fora. Porque eu desci do

  • cu, no para fazer a minha prpria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrrio, eu o ressuscitarei no ltimo dia. De fato, a vontade de meu Pai que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no ltimo dia (Joo 6.37-40).

    (Texto motivacional) Segundo o site do IBGE, de acordo com o Censo de 2010,

    aproximadamente 23,9% da populao brasileira tem alguma deficincia (investigadas: visual, fsica, auditiva e intelectual). Em outras palavras, um quarto da populao tem alguma defi-cincia congnita ou adquirida.

    H vrios motivos que levam as pessoas a uma comunidade de f: tradio familiar, busca por sentido, curiosidade, convite especfico, momentos de crise, busca por ofcios... Todos esses mo-tivos podem parecer muito pessoais. Mas, uma vez no convvio comunitrio, somos convidados e convidadas para refletir sobre a permanncia de uma pessoa que se achega comunidade. Por outro lado, a permanncia desta pessoa est intimamente ligada a como a comunidade lhe apresenta o prprio Cristo.

    Ento nossas incoerncias e a necessidade de reforma (mudana) ficam claras para ns. Pois apresentar o prprio Cristo s pessoas, requer no s boa vontade, ou belos discursos, mas o envolvimento e o amor para com quem se achega, independentemente de deficincia. Porque quando falamos de incluso, no falamos da deficincia, mas do ser humano que precisa ser confrontado com a mensagem de Cristo.

    Leis de acessibilidade e defesa dos direitos da pessoa com deficincia existem justamente porque no enxergamos a outra pessoa. Enxergar , em primeiro momento, ir ao encontro das pessoas, interessar-se por elas. Jesus Cristo interessava-se, em amor, pelas pessoas e no pela sua deficincia. Veja um exemplo disso no evangelho segundo Marcos 10.46-52. No relato da cura do cego Bartimeu, a pergunta que Jesus faz a ele : Que queres que eu te faa?. Jesus no pressups que, por ele ser cego, a sua maior vontade seria ser curado. Somente

  • quando o desejo de ser curado expressado por Bartimeu que Jesus Cristo o cura. Antes de tudo, Jesus percebe, ouve o chamado de Bartimeu e conversa com ele.

    Diante dos 23,9% da populao brasileira com alguma deficincia, tambm ns somos chamadas e chamados a encurtar as distncias, a ouvir a sua histria, seus desejos e suas necessidades.

    Criar um ambiente acolhedor para todas as pessoas acon-tece quando exercitamos o amor que vem de Deus. Mesmo que no tenhamos, de momento, todos os recursos materiais neces-srios para a incluso completa de pessoas com deficincia, a nossa atitude acolhedora e o amor falam mais alto.

    Perguntas para reflexo e discusso em grupo:1. Quem so as pessoas a ns confiadas? (Texto de auxlio:

    Lucas 10.29).2. As pessoas com deficincia precisam de Cristo? Nossa

    prtica comunitria atende essa necessidade?3. Como tornar o culto e os demais encontros comunitrios

    acessveis s pessoas com deficincia visual, auditiva e intelectual? Lembre-se: a linguagem falada apenas uma das formas de expresso, e o Evangelho extrapola a fala, o ouvir e o raciocinar.

    P. Murilo Jung Pa. Marcielle Marquetti Jung

    Nova Petrpolis/RS

    Dados censo:

    http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000008

    473104122012315727483985.pdf

  • Um homem chamado Bartimeu - Marcos 10.46-52Na cidade de Jeric Jesus curou um homem cego chamado Bartimeu. Ele ficou muito feliz.

    Pinte o desenho abaixo e depois cole areia sobre ele

    MATERIAL COMPLEMENTAR

  • Relembre o que Jesus disse a Bartimeu, trocando os smbolos do alfabeto em Braile pelas letras correspondentes

  • Da - que -les (as) que es- to mi - nha fren - te, cui - da

    Contr., Tenor e Baixo: Uh...

    bem, Se - nhor (cui- da bem, Se -nhor). Da- que -les (as) que me se -guem no ca-

    mi - nho, cui - da bem , Se - nhor...

    ... Da-

    que-les (as) que seen con-tram ao meu la - do, cui - da

    bem, Se - nhor. E

    ca - so tam-bm for do teu a - gra - do, cui - da

    Cuida bem, Senhor

    Letra e msica: Rodolfo Gaede NetoArranjo: Michele Guckert

    Cuida bem, Senhor Letra e msica: Rodolfo Gaede NetoArranjo: Michele Guckert

    MSICAS

  • Diaconia Letra: Erli Mansk e Rodolfo Gaede NetoMsica: Rodolfo Gaede Neto

    C G C G C G C F G C

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    Copyright by Rodolfo Gaede Neto Editorao Drio Milke

  • Pelas dores deste mundo Letra e Msica: Rodolfo Gaede Neto

    = 90

    D

    A

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    A

    G

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    Copyright by Rodolfo Gaede Neto Editorao Drio Milke

  • 1.

    2.

    Transforma, Senhor Letra: Ndia Mara Dal Castel Oliveira

    Msica: Werner Ewald

  • Publicao coordenada pelo: Programa Diaconia Incluso da IECLBCaixa Postal 287690001-970 Porto Alegre/RSFone: (51) 3284 [email protected]

    Colaborao: Paula Naegele, Roana Guns, Stfani Niewhner, Fernando Jos Matias, Rosangela Clarice Fenner Radons, Rose Michelson Reichert, Murilo Jung e Marcielle Jung.Reviso geral: Rosangela Stange e Mauro Batista de SouzaReviso ortogrfica: Lus Marcos SanderCoordenao: Carla Vilma JandreyDiagramao e capa: NTZ Comunicao

    A publicao est disponvel em formato pdf no site www.luteranos.com.br A reproduo parcial ou total permitida desde que indicada a fonte.

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