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Uma viagem pelo Porto by Joel Moreira

Visita ao Porto

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Uma viagem pelo Porto

by Joel Moreira

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Museu do Carro Eléctrico

Ponte D. Luís I

Museu Nacional da Imprensa

Projecto Ambicioso

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Apresentação do Museu do Carro Eléctrico

O Museu do Carro Eléctrico assume como sua missão preservar, conservar e interpretar, em benefício do público, espécies e artefactos ilustrativos e representativos da história e desenvolvimento dos transportes públicos urbanos sobre carris da cidade do Porto. Através da investigação e da exposição das suas

colecções, da organização de exposições e programas de índole cultural o Museu do Carro Eléctrico proporciona aos seus públicos a oportunidade de aprender, experimentar e conhecer de perto a história, o desenvolvimento e o impacto sócio-económico dos transportes públicos sobre carris da cidade do Porto.

Através dos seus serviços, os públicos podem usufruir de experiências enriquecedoras e, simultaneamente emocionantes, assim como podem estudar e observar mais profundamente as suas colecções. Para isso, estão

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disponíveis ao público, mediante marcação, os Serviços Educativos, o Serviço de Gestão de Colecções e um Centro de Documentação dedicado à história da cidade do Porto e ao desenvolvimento dos transportes urbanos.

A ponte D. Luís I liga as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, atravessando o rio Douro. Por proposta de lei de 11 de Fevereiro de 1879, o governo determina a abertura de concurso para a «construção de uma ponte metálica sobre o

rio Douro, no local que se julgar conveniente em frente da cidade do porto, para a substituição da actual ponte pensil».Foi vencedora a proposta da empresa belga Societé de Willebroeck, com projecto do eng. Teófilo Seyrig que já fora autor da concepção e chefe da equipa de projecto da ponte Maria Pia, enquanto sócio de Eiffel, assina como único responsável a nova e grandiosa ponte D. Luís I. A construção iniciou-se em 1881 e foi inaugurada em 31 de Outubro de 1886.Caracteristicas:-comprimento total - 385,25m

-peso - 3054 toneladas -Arco mede 172m de corda e tem 44,6 de flecha.

A ponte D. Luís I está incluida no centro histórico do Porto, Património Mundial da Unesco.

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UM PROJECTO AMBICIOSO

Num país onde a “cultura” que está fora das televisões tem pouca relevância pública, precisamos de ousar mudar a paisagem cultural, a partir de novos projectos e por dentro das próprias instituições culturais. Para tal, não basta que as élites se inquietem porque a Escola isto e o Governo aquilo. Todos teremos de

mudar, mesmo as élites!, para que a Cultura possa ser mais mobilizadora do desenvolvimento sustentado que ambicionamos para o país.

É neste quadro que o MUSEU NACIONAL DA IMPRENSA procura ser um museu diferente. Não pela diferença em si mesma, mas pelos resultados que persegue. Desde a inauguração, ocorrida em Abril de 1997, que

perspectivamos a nossa actividade de forma a romper com o paradigma tradicional dos museus. O MNI abriu como o primeiro “museu vivo” do país, funciona 365 dias no ano e orienta a sua estratégia para a descentralização cultural e a internacionalização, numa linha de conquista de novos públicos.

Assim, seja nas instalações da sede do museu, seja nos centros comerciais ou em espaços culturais do Algarve ao Minho e às Regiões Autónomas, praticam a deselitização das acções culturais, num processo que é lento mas seguro

para a democratização da Cultura.

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É claro que lidamos com um objecto muito transversal – a imprensa – mas a valorização do cartoon, como linguagem universal e acessível a todos, tem constituído um dos pilares da estratégia seguida. Imprimir textos de Camões, Almeida Garrett, Eça de Queirós, Sofia de Mello Breyner, ou Eugénio de Andrade, ou mesmo páginas de jornais, a par da produção manual de papel e do desfrute inteligente do humor, no museu ou noutros espaços culturais e “comerciais”, tem sido uma prática que se intensifica à medida que a descentralização aumenta.

No campo da internacionalização, o PortoCartoon surge como uma pequenina aventura que cresce de ano para ano, inscrevendo o país e a cidade do Porto nos roteiros do cartoon mundial.

Se o PortoCartoon é já um pequeno emblema, outros iniciativas têm sido promovidas na mesma linha, mas procurando levar as actividades para o estrangeiro. Espanha, França, Brasil e Argentina foram os países já “tocados” pelo Museu.

Ainda neste domínio internacional, está em marcha outra iniciativa: a criação do Museu Sem Fronteiras da

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Imprensa da Lusofonia. Trata-se de um projecto que visa preservar e valorizar os patrimónios tipográficos dos países de língua oficial portuguesa. Reforçar os laços culturais, a partir do património da Imprensa, é o objectivo central deste projecto.

O Museu Virtual de Imprensa (aberto aos cibernautas deste 1997) e as galerias virtuais que têm sido criadas continuam a ser instrumentos indispensáveis da

internacionalização do projecto geral do Museu.

Não tem sido nada fácil levar por diante este projecto. Reacções de vários tons e todas elas fracas nos horizontes têm criado obstáculos. Uma anormalidade

infelizmente normal.

De qualquer modo, persistimos em preservar um dos maiores espólios mundiais de artes gráficas, mantemos o museu aberto todo o ano, praticamos

a descentralização cultural, valorizamos a caricatura como género jornalístico e acreditamos que será possível fazer de Portugal o país que melhor pode contar a história da imprensa de Gutenberg.

Esta é uma utopia realizável. Os diferentes Núcleos que o Museu está a criar no Continente e nas Ilhas poderão vir

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a formar uma rede de pequenos museus espalhados pelo país. O desenvolvimento integrado dessa rede permitirá que se constitua um grande Museu Polinucleado que honre Gutenberg e faça de Portugal um país especial, quer na forma como preservou o seu património tipográfico, quer no modo como soube criar um projecto cultural e turístico de distintiva singularidade mundial.

As tecnologias multimédia e o ciberespaço reforçarão esta singularidade.

Por todos estes aspectos particulares, fará todo o sentido, aqui mais do que na Alemanha, proclamar-se, no futuro, “Portugal, o País de Gutenberg”. A existência de muitas relíquias tipográficas em Portugal e a tipologia do projecto do MNI, com núcleos espalhados por diversas cidades, constituem factores de elevada

singularidade internacional

Acreditamos que é com esta perspectiva que se materializa uma nova filosofia museal que se tem acentuado desde finais do Séc. XX e que defende que os Museus devem deixar de ser espaços de élites

para se transformarem nos centros das cidades modernas. Como lugares de mediação cultural e educativa – e não apenas de preservação e exibição patrimonial –, os museus estarão, assim, a democratizar os bens culturais. Ou seja, tornam-se espaços públicos activadores do Prazer da Cultura, nosso lema desde a primeira hora.

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Há no jornalismo, é verdade, trabalhos bem difíceis de executar. Mas alguém tem de fazê-los, sob pena de o leitor se ver privado de informação essencial e afastado, enfim, da totalidade dos elementos

que compõem a realidade. Foi, portanto, armados de determinação e de nobres e viris sentimentos, como o denodo, o esforço e o dever profissional, que, um dia destes, atravessámos a Ponte Luís I, entre o Porto e Gaia, para penetrar, quais intrépidos descobridores, no obscuro mundo das caves onde envelhece o mais famoso produto português: o vinho do Porto. Vá lá: os deuses tinham-se posto de acordo para tornar a tarefa menos agreste e o dia estava soalheiro e morno, mostrando o casario do centro histórico do Porto, do outro lado do rio, a sua mais festiva face.Caves Sandeman, vinho do portoCaves Sandeman (e a esplanada referida no texto), Gaia

Não é em vão, aliás, que aqui se invocam os deuses. Visitar as caves do vinho do Porto é, desde logo, prestar homenagem devota a Baco e, porque não?, às ninfas desnudas que com ele parecem dançar no grande painel de azulejos que assinala o início da incursão pelos domínios da Ramos Pinto. Saiba por isso o

leitor que não nos furtamos, sob nenhuma hipótese, às comunhões deste credo, honrando-o com as libações da praxe. Esforçando-nos por manter a moderação, também nós erguemos os báquicos cálices desta celebração e, vendo como a luz atravessava o rubro nos néctares, aspirámos do perfume deles, sentimo-los no palato. E em peregrinação fomos aos diversos templos da adoração.

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Para ser “do Porto”, o vinho tem que ser cultivado e colhido na Região Demarcada pelo Marquês do Pombal em 1756 e envelhecido nas caves de Vila Nova de Gaia. Daí que a cidade da margem esquerda do Douro seja, hoje, uma espécie de país do vinho do Porto. Aqui estão disponíveis para visita quinze caves, verdadeiros

templos da báquica religião, para além de um número considerável de capelas de menor dimensão, lojas e estabelecimentos de provas pertencentes às diversas marcas exportadoras e ainda uma vasta panóplia de bares, restaurantes e esplanadas onde podem ser feitas as libações mais recatadas. E há ainda a presença pitoresca dos barcos rabelos que até 1965, pela Primavera, transportavam o vinho desde as quintas até aos armazéns. Estão agora estacionados na margem, já sem outro préstimo que não seja o de prestar testemunho quieto e histórico dessa outra época, enquadrando a preceito as fotografias que se façam do centro histórico do Porto. Participam ainda numa regata anual, que se disputa no dia 24 de Junho.

FIM