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Viso Esprita da Educao
VISO ESPRITA DA EDUCAO
Dados para catalogao na editora
De Mario, Marcus Alberto Viso Esprita da Educao Mato/SP: Casa Editora O Clarim, julho/1999. ISBN 85-7357-046-6
1 Edio 5.000 exemplares
Bibliografia 1. Espiritismo. 2. Filosofia.
CDD- 133.9 869.9 700 792
ndices para catlogo sistemtico:
1. Espiritismo 133.92. Filosofia atualidade 869.9
Impresso no BrasilPresita en Brazilo
Viso Esprita da Educao
Marcus Alberto De Mario
3 edio10.001 a 15.000 exemplares
Maro/2012
Capa: Clayton Barros Torres/PETIT
Casa Editora O Clarim(Propriedade do Centro Esprita O Clarim). Fone: (0xx16) 3382-1066 Fax: (0xx16) 3382-1647C.G.C. 52313780/0001-23 Inscr. Est. 441002767116Rua Rui Barbosa, 1070 Cx. Postal, 09CEP 15990-903 Mato, SPhttp://[email protected]
ndiceIntroduo ................................................................................. 09Apresentao ..............................................................................11
1 Parte - Teoria
1. O educando na viso social esprita ...................................... 152. O centro esprita e a escola ................................................... 213. O verdadeiro amor ................................................................ 244. A educao moral e o ensino religioso .................................. 275. Espiritismo e construtivismo ................................................. 316.Afilosofiaespritadaeducao ............................................. 377. Desequilbrio na sexualidade ................................................ 418. A escola esprita .................................................................... 459. A metodologia esprita da educao ....................................... 4910. Bases da educao para o homem do sculo 21 ................. 5211. A educao em O Livro dos Espritos ................................. 5812. O amor pedaggico ............................................................. 6813. A tese da educao esprita ................................................. 7114. A tirania do prazer e a fora do amor .................................. 7515. Famlia: espao de convivncia .......................................... 8116. A educao moral ................................................................ 85
2 Parte - Prtica
01 - Pedagogia do sentimento na viso esprita ........................ 9102 - Subsdios metodolgicos espritas ................................... 102
Agradecimentos
Aos meus orientadores Allan Kardec, Pedro de Camargo (Vincius) e Jos Herculano Pires. Ao amigo e educador Ney Lobo. Aos companheiros do Departa-mento de Educao da USEERJ
O Autor
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IntroduoDesponta no cenrio bibliogrfico da Educao Espirita mais
uma contribuio para o indispensvel esclarecimento do que seja essa educao.
Carente ainda se acha, o movimento esprita, de uma j no tar-dia tomada real de conscincia do valor da educao. Palavra essa que s tem servido para engalanar os discursos, artigos e livros incuos por retricos, desprovidos de objetividade. So iluminuras em molduras que floreiam declaraes de meras intenes j to repetitivas e enfadonhas pela escassez de utilidade.
O novel trabalho do estudioso, pesquisador e educador Mar-cus Alberto De Mario vem boca das trombetas mais uma vez para despertar do sono medinico e letrgico as comunidades e organizaes do movimento. Que ainda no se assenhorearam da verdadeira natureza da Doutrina Esprita: a educao. Essncia essa que a nova obra de Marcus Alberto se prope a dimensionar.
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O sono letrgico, porm, muito profundo. Por isso, s a con-tundncia e o clamor estentrio do novo arauto poder acordar.
O ttulo da obra j o diz: Viso Esprita da Educao. Mas por que Viso? Esta viso, o autor demonstra que tem sobejante. Todavia, no suficiente. Impunha-se, ainda, descortinar, pela sua obra, s vises antolhadas, o esplendor da Educao Esprita. O que se espera que essa obra promova, como um inadivel servio prestado cultura pedaggica esprita.
E para isso, o autor est com a mo na massa, como se diz popularmente. Porque j lanou o Jornal Construir, fundou o Centro de Estudos Pedaggicos com uma variedade de palestras e cursos intensivos. Todos em atividades conduzidas para fora dos limites acanhados e desalentadores do movimento esprita; levadas a outras instituies no-espritas. Nelas, naturalmente, encontraro, essas iniciativas to pioneiras, melhor acolhimento debaixo do amplssimo e magnfico dossel da espiritualidade, nica capaz de congregar as almas em evoluo na irmanao com outras correntes espiritualistas. So as razes fidedignas da Doutrina Esprita - aquelas assentadas na educao no-sectria, levadas como contribuio valiosa da nossa Doutrina a outras searas, devidamente adaptadas a elas.
Contudo no basta. Aguardamos que o autor nos traga em novo trabalho os resultados dessas incurses extramuros espritas, para a edificao do exemplo s nossas raras e frgeis institui-es educativas, no que vem trabalhando, conforme nos informa. Enquanto aguardamos, leiamos com proveito esse trabalho de dimensionamento da educao.
Ney Lobo
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ApresentaoViso Esprita da Educao uma reunio de estudos sobre
vrios temas da rea educacional atravs dos princpios oferecidos pelo Espiritismo, que doutrina de educao da alma. Fundamen-tamos conceitos sobre educao moral, famlia, ensino religioso, escola, sexualidade, pedagogia do sentimento e outros temas de importncia.
Destacamos o estudo sobre O Livro dos Espritos, onde procuramos mostrar que a obra fundamental do Espiritismo verdadeiro compndio de educao, ampliando os horizontes do estudo e da prtica pedaggica. Tambm foi nossa preocupao destacarafilosofiaespritadaeducaoeoCentroEspritacomoescola de almas.
Alguns captulos foram publicados de forma avulsa na imprensa esprita. Para esta edio foram revisados, oferecendo ao leitor abordagem mais ampla.
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Temos participado de encontros, cursos e seminrios no movi-mento esprita quando pudemos apresentar os temas Pedagogia do Sentimento e A Educao em O Livro dos Espritos, princi-palmente, colhendo frutos muito bons. O incentivo de tantos quan-tos participam desses eventos motivou-nos a reunir os presentes estudos para que todos possam ter acesso aos mesmos.
Para ns, educando todos somos, assim como todos somos educadores.
Noescrevemosapenasparaprofessoreseoutrosprofissionaisda educao. Escrevemos tambm para os pais, evangelizadores, assistentessociais,psiclogos,enfim,paratodasaspessoasque,de uma maneira ou outra, esto no exerccio de conviver com o prximo, a relao educacional mais importante da vida.
O estudo do Espiritismo um exerccio no apenas salutar, mas, principalmente, envolvente, transformador, levando-nos a uma nova ordem de idias e a formular novos e elevados ideais. para esse estudo, para a viso integral que o Espiritismo possui sobre o ser humano e sua educao, que a todos convidamos.
Muitas sugestes prticas esto embutidas nos estudos. Reser-vamos mesmo a segunda parte para os subsdios metodolgicos espritas, contudo, sem a preocupao de dar receitas, apenas suge-rindo atividades e deixando criatividade de cada um a liberdade de promover a instruo e a formao do educando.
A educao moral , objeto principal dos estudos, um processo que exige arte, pacincia, metas bem estabelecidas e, acima de tudo, amor ao prximo. Aquele que estiver compenetrado disso e de que todossomosespritosimortaiscomofimdechegarmosperfeio,merecer, por certo, o ttulo de educador, tendo reservado lugar na equipe de trabalho do Mestre de todos ns, Jesus!
O Autorjulho de 1998
1 Parte
Teoria
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Viso Esprita da Educao
O EDUCANDO NA VISO SOCIAL ESPRITA
O ferecemos ao leitor um pequeno ensaio sobre socio-logia e Espiritismo, introduzindo alguns conceitos, como reencarnao e convivncia, segundo a viso imortal do ser, comparando-os com a viso sociolgica tradicional.
1. A viso da sociologia
Segundo a moderna sociologia, nos estudos ontolgicos (teoria do ser) que faz sobre a sociedade e os indivduos, o social est nos indiv- duos, ou seja, a sociedade no apenas a soma dos indivduos, mas a conscincia coletiva dos indivduos, j que estes no perdem sua indi-vidualidade. O indivduo age no social como o social age no indivduo. Asidentidadessomantidas,emboraserelacionemeseinfluenciem. E porque o ser mantm sua individualidade? Porque possui a perso-nalidade,cujoscomponentessonormalmenteassimclassificados:
a) fatores biolgicos (biotipo);b) grau de desenvolvimento biolgico (idade);c) fatores biolgicos adquiridos: alimentao, bebidas, txicos,
doenas, etc.;d) fatores psquicos (tipo psicolgico);e) fatores psquicos adquiridos: automatismos, complexos,
vivncias, etc.;f) fatores sociais e culturais.
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Marcus Alberto De Mario
A sociologia considera o indivduo e a sociedade apenas do ponto de vista desta existncia, de uma nica vida que nos dada, portanto, sua posio materialista.
Desse modo, o educando precisa ser preparado para a vida, esta nica vida fsica, sendo formado por trs elementos bsicos:
1. os fatores biolgicos;2. os fatores psicolgicos;3. os fatores sociais e culturais.Aformaointelectualdoeducandoficapriorizada.No resta dvida serem os trs fatores apontados pela sociologia
importantes na composio do indivduo, mas no respondem pelo serintegral,comofacilmentepodemosverificarnahistriahumanae nas pesquisas atuais sobre o psiquismo.
A Doutrina Esprita, considerando o homem como esprito imortal, tambm leva em considerao no estudo do ser - o esp-ritoreencarnado-osfatoresbiolgicos(poistemosainflunciado corpo); o