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Vitrúvio da Arquitetura, editora HUCITEC, São Paulo, 1999, tradução e notas de Marco Aurélio Lagonegro, feita do livro Vitruvii De Architetura Libri Decem Primeiro Livro II A arquitetura consiste no ordenamento, que em grego se diz “Táxis” [nota 9: Táxis. Quando não especificado, o significado do termo grego corresponde ao que foi empregado por Vitrúvio na disposição, isto que os gregos denominam “Diáthesis”, na eurritmia, na proporção, na conveniência e no agenciamento, que em grego se diz Oikonomía” [nota 10: Oikonomía: administração da faina doméstica]. Ordenamento é a definição de proporções justas e equilibradas para cada uma das partes da obra e de uma proporção geral próxima da simetria, composta segundo a quantidade, que em grego diz-se “Posotés”. Quantidade, por sua vez, é a adoção de medidas moduladas, tomadas dos elementos [nota 13: “(a partir dos) membros” (membris), omitod em alguns códices] da obra propriamente dita e o resultado harmonioso da obra como um todo a partir de cada um dos elementos. Disposição é a alocação adequada dos elementos e o efeito elegante da obra a partir de arranjos feitos com qualidade. As imagens da disposição, em que grego chama-se “Idéai[nota 14: Idéai: formas exteriores, aparências], são estas: planta, elevação e perspectiva. (...) (pág. 54) Eurritmia é a aparência graciosa e o aspecto bem proporcionado dos elementos nas composições. É obtida quando os elementos de uma obra são harmoniosos na altura com relação à largura, na largura com relação ao comprimento, todos correspondendo no conjunto à sua proporção. Igualmente, proporção é a adequada concordância dos elementos da obra propriamente dita e uma relação de cada uma das partes consigo mesma e com o aspecto da figura em seu todo. Da mesma forma, como no corpo humano, a eurritmia é um atributo da proporção entre antebraço, os pés, a palma das mãos, os dedos e demais partes; assim, ela o é na perfeição da obra: primeiramente, nos recintos sagrados, de acordo com a espessura das colunas ou com a distância entre os orifícios das balistas, que os gregos denominam Perítretos”, no espaço entre as fileiras de remadores num navio, que se diz “Diapégma” [nota 17: Diapégma: viga transversal], do mesmo modo, nos demais artefatos, encontra-se o estabelecimento de proporções. Conveniência, por sua vez, é o aspecto qualitativamente correto da obra executada a partir do emprego de fatores de validade comprovada resulta da escolha de sítio, que em grego se diz “Thematísmos” [nota 18: Thematísmos: colocação], da observância de costumes ou da natureza do entorno. (...) (pág. 55) III Três são as partes da arquitetura propriamente dita: edificação, gnomônica e mecânica. (pág. 57) _________ Vitrúvio. Tratado de Arquitetura. Tradução do Latim, introdução e notas por Manuel Justino Maciel, Lisboa, Press, 2006 CAPÍTULO II DEFINIÇÕES DA ARQUITECTURA 1. Na realidade, a arquitectura consta de: ordenação 61 , que em grego se diz taxis 62 , disposição 63 , à qual os Gregos chamam diathesis 64 , euritmia 65 , comensurabilidade 66 , decoro 67 e distribuição 68 , esta em grego dita oeconomia 69 . A ORDENAÇÃO E A DISPOSIÇÃO 2. A ordenação define-se como a justa proporção na medida das partes da obra consideradas separadamente e, numa visão de totalidade, a comparação proporcional tendo em vista a comensurabilidade. É harmonizada pela quantidade 70 , que em grego se diz posotes. Esta, por sua vez, consiste em tomar módulos 71 de porções da própria obra e na execução da totalidade desta, com base em cada uma das partes dos seus membros. A disposição, por sua vez, define-se como a colocação adequada das coisas e o efeito estético da obra com a qualidade que lhe vem dessas adequações. São estas as espécies de disposição, que em grego se dizem ideae 72 : icnografia 73 ; ortografia 74 , cenografia 75 . A icnografia consiste no uso conjunto e adequado do compasso e da régua 76 , e por ela se fazem os desenhos das formas nos terrenos das zonas a construir. A ortografia, por seu turno, define-se como o alçado 77 do frontispício e figura pintada à medida e de acordo com a disposição da obra futura, Por fim, a cenografia é o bosquejo do frontispício com as partes laterais em perspectiva e a correspondência de todas as linhas em relação ao centro do círculo. Estas espécies de disposição nascem da reflexão e da invenção. A reflexão caracteriza-se pela dedicação plena ao estudo e ao trabalho, sendo também o resultado de uma atenção constante, com satisfação pessoal, em relação ao objectivo proposto. Por seu lado, a invenção define-se como a explicação das questões obscuras e conhecimento de uma nova realidade descoberta com dinâmico vigor. São estas as definições da disposição. (pág. 37) A EURITMIA

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Vitrúvio da Arquitetura, editora HUCITEC, São Paulo, 1999, tradução e notas de Marco Aurélio Lagonegro, feita do livro Vitruvii De Architetura Libri Decem

Primeiro LivroIIA arquitetura consiste no ordenamento, que em grego se diz “Táxis” [nota 9: Táxis. Quando não especificado, o significado do termo grego corresponde ao que foi empregado por Vitrúvio na disposição, isto que os gregos denominam “Diáthesis”, na eurritmia, na proporção, na conveniência e no agenciamento, que em grego se diz “Oikonomía” [nota 10: Oikonomía: administração da faina doméstica].Ordenamento é a definição de proporções justas e equilibradas para cada uma das partes da obra e de uma proporção geral próxima da simetria, composta segundo a quantidade, que em grego diz-se “Posotés”. Quantidade, por sua vez, é a adoção de medidas moduladas, tomadas dos elementos [nota 13: “(a partir dos) membros” (membris), omitod em alguns códices] da obra propriamente dita e o resultado harmonioso da obra como um todo a partir de cada um dos elementos. Disposição é a alocação adequada dos elementos e o efeito elegante da obra a partir de arranjos feitos com qualidade. As imagens da disposição, em que grego chama-se “ Idéai” [nota 14: Idéai: formas exteriores, aparências], são estas: planta, elevação e perspectiva. (...) (pág. 54)Eurritmia é a aparência graciosa e o aspecto bem proporcionado dos elementos nas composições. É obtida quando os elementos de uma obra são harmoniosos na altura com relação à largura, na largura com relação ao comprimento, todos correspondendo no conjunto à sua proporção. Igualmente, proporção é a adequada concordância dos elementos da obra propriamente dita e uma relação de cada uma das partes consigo mesma e com o aspecto da figura em seu todo. Da mesma forma, como no corpo humano, a eurritmia é um atributo da proporção entre antebraço, os pés, a palma das mãos, os dedos e demais partes; assim, ela o é na perfeição da obra: primeiramente, nos recintos sagrados, de acordo com a espessura das colunas ou com a distância entre os orifícios das balistas, que os gregos denominam “Perítretos”, no espaço entre as fileiras de remadores num navio, que se diz “Diapégma” [nota 17: Diapégma: viga transversal], do mesmo modo, nos demais artefatos, encontra-se o estabelecimento de proporções. Conveniência, por sua vez, é o aspecto qualitativamente correto da obra executada a partir do emprego de fatores de validade comprovada resulta da escolha de sítio, que em grego se diz “ Thematísmos” [nota 18: Thematísmos: colocação], da observância de costumes ou da natureza do entorno. (...) (pág. 55)

IIITrês são as partes da arquitetura propriamente dita: edificação, gnomônica e mecânica. (pág. 57)

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Vitrúvio. Tratado de Arquitetura. Tradução do Latim, introdução e notas por Manuel Justino Maciel, Lisboa, Press, 2006

CAPÍTULO IIDEFINIÇÕES DA ARQUITECTURA 1. Na realidade, a arquitectura consta de: ordenação61, que em grego se diz taxis62, disposição 63, à qual os Gregos chamam diathesis64, euritmia65, comensurabilidade66, decoro67 e distribuição68, esta em grego dita oeconomia69.

A ORDENAÇÃO E A DISPOSIÇÃO 2. A ordenação define-se como a justa proporção na medida das partes da obra consideradas separadamente e, numa visão de totalidade, a comparação proporcional tendo em vista a comensurabilidade. É harmonizada pela quantidade 70,

que em grego se diz posotes. Esta, por sua vez, consiste em tomar módulos71 de porções da própria obra e na execução da totalidade desta, com base em cada uma das partes dos seus membros.A disposição, por sua vez, define-se como a colocação adequada das coisas e o efeito estético da obra com a qualidade que lhe vem dessas adequações. São estas as espécies de disposição, que em grego se dizem ideae72: icnografia73; ortografia74, cenografia75. A icnografia consiste no uso conjunto e adequado do compasso e da régua76, e por ela se fazem os desenhos das formas nos terrenos das zonas a construir. A ortografia, por seu turno, define-se como o alçado77 do frontispício e figura pintada à medida e de acordo com a disposição da obra futura, Por fim, a cenografia é o bosquejo do frontispício com as partes laterais em perspectiva e a correspondência de todas as linhas em relação ao centro do círculo. Estas espécies de disposição nascem da reflexão e da invenção. A reflexão caracteriza-se pela dedicação plena ao estudo e ao trabalho, sendo também o resultado de uma atenção constante, com satisfação pessoal, em relação ao objectivo proposto. Por seu lado, a invenção define-se como a explicação das questões obscuras e conhecimento de uma nova realidade descoberta com dinâmico vigor. São estas as definições da disposição. (pág. 37)

A EURITMIA3. A euritmia é a forma exterior elegante e o aspecto agradável na adequação das diferentes porções. Tal verifica-se quando as partes da obra são proporcionais na altura em relação à largura, neste em relação ao comprimento, em suma, quando as partes correspondem às respectivas comensurabilidades.

A COMENSURABILIDADE4. Por sua vez, a comensurabilidade78 consiste no conveniente equilíbrio dos membros da própria obra e na correspondência de uma determinada parte 79, entre as partes separadas, com a harmonia do conjunto da figura. Assim, como no corpo humano existe a natureza simétrica da euritmia a partir do côvado, do pé, do palmo e de outras partes pequenas, o mesmo acontece no completo acabamento das obras. Em primeiro lugar nos templos sagrados, seja pelas espessuras das colunas80, seja pelo tríglifo81 ou meso pelo embater82; na balista, pela abertura a que os Gregos chamam peritreton; nas embarcações, pelo espaço entre dois toletes, que se diz dipechyaia; igualmente a partir das partes de outras obras se descobre uma lógica de simetrias.

O DECORO CUMPRINDO UM PRINCÍPIO5. O decoro é o aspecto irrepreensível das obras, dispostas com autoridade através de coisas provadas. Consegue-se pelo cumprimento de um princípio, que em grego se diz thematismos, segundo costume ou naturalmente. (pág. 38)

CAPÍTULO IIIPARTES EM QUE SE DIVIDE A ARQUITECTURA1. As partes da própria arquitectura são três: edificação98, gnomónica99, mecânica100. (pág. 40)___________

Vitrúvio, Tratado de Arquitetura, São Paulo, Martins Fontes, 2007 [A mesma tradução de Portugal, apenas “abrasileirada”]

CAPÍTULO 2

Definições da arquitetura 1. Na realidade, a arquitetura consta de: ordenação61, que em grego se diz taxis62; disposição63, à qual os gregos chamam diathesis64; euritmia65; comensurabilidade66; decoro67 e distribuição68, esta em grego dita oeconomia69.

A ordenação e a disposição 2. A ordenação define-se como a justa proporção na medida das partes da obra consideradas separadamente e, numa visão de totalidade, a comparação proporcional tendo em vista a comensurabilidade. É harmonizada pela quantidade70, que em grego se diz posotes. Esta, por sua vez, consiste em tomar módulos71 de porções da própria obra e na execução da totalidade desta, com base em cada uma das partes dos seus membros.

A disposição, por sua vez, define-se como a colocação adequada das coisas e o efeito estético da obra com a qualidade que lhe vem dessas adequações. São estas as espécies de disposição, que em grego se dizem ideae72: icnografia73, ortografia74, cenografia75. A icnografia consiste no uso conjunto e adequado do compasso e da régua76, e por ela se fazem os desenhos das formas nos terrenos das zonas a construir. A ortografia, por seu turno, define-se como o alçado77 do frontispício e figura pintada à medida e de acordo com a disposição da obra futura. Por fim, a cenografia é o bosquejo do frontispício com as partes laterais em perspectiva e a correspondência de todas as linhas em relação ao centro do círculo. Essas espécies de disposição nascem da reflexão e da invenção. A reflexão caracteriza-se pela dedicação plena ao estudo e ao trabalho, sendo também o resultado de uma atenção constante, com satisfação pessoal, em relação ao objetivo proposto. Por sua vez, a invenção define-se como a explicação das questões obscuras e o conhecimento de uma nova realidade, descoberta com dinâmico vigor. São essas as definições da disposição. (pág. 74-5)

A euritmia 3. A euritmia é a forma exterior elegante e o aspecto agradável na adequação das diferentes porções. Tal verifica-se quando as partes da obra são proporcionais na altura em relação à largura, nesta em relação ao comprimento, em suma, quando todas as partes correspondem às respectivas comensurabilidades.

A comensurabilidade 4. Por sua vez, a comensurabilidade78 consiste no conveniente equilíbrio dos membros da própria obra e na correspondência de uma determinada parte79, dentre as partes separadas, com a harmonia do conjunto da figura. Assim como no corpo humano existe a natureza simétrica da euritmia a partir do côvado, do pé, do palmo e de outras pequenas partes, o mesmo acontece no completo acabamento das obras. Em primeiro lugar, nos templos sagrados, seja pelas espessuras das colunas80, seja pelo tríglifo81 ou mesmo pelo embater82; na balista, pela abertura a que os gregos chamam peritreton; nas embarcações, pelo espaço entre dois toletes, que se diz dipechyaia; igualmente a partir das partes de outras obras se descobre uma lógica de simetrias.

O decoro cumprindo um princípio5. O decoro é o aspecto irrepreensível das obras, dispostas com autoridade através de coisas provadas. Consegue-se pelo cumprimento de um princípio, que em grego se diz thematismos, segundo costume ou naturalmente. (pág.76-7)

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Los Diez Libros de Arquitectura, Marco Lucio Vitruvio Polion. Traducción: José Luis Oliver Domingo, Ed. cast.: Alianza Editorial, S. A., Madrid, 1995

Capitulo 2. De que elementos consta la arquitectura La arquitectura se compone de la Ordenación —en griego, taxis—, de la Disposición —en griego, díathesin—, de la Euritmia, de la Simetría, del Ornamento y de la Distribución —en griego, o economía. La Ordenación consiste en la justa proporción de los elementos de una obra, tomados aisladamente y en conjunto, así como su conformidad respecto a un resultado simétrico. La Ordenación se regula por la cantidad —en griego, posotes—. La Cantidad se define como la toma de unos módulos a partir de la misma obra, para cada uno de sus elementos y lograr así un resultado apropiado o armónico de la obra en su conjunto.

La Disposición es la colocación apropiada de los elementos y el correcto resultado de la obra según la calidad de cada uno de ellos. Tres son las clases de Disposición —en griego, ideae—: la planta, el alzado y la perspectiva. La planta exige el uso del compás y de la regla; con ellos se va plasmando la disposición de los planos, que se utilizarán luego en las superficies previstas para el futuro edificio. El alzado es la representación en vertical de la fachada, coloreando levemente la imagen de la futura obra, siguiendo unas normas. La perspectiva es el bosquejo de la fachada y de los lados alejándose y confluyendo en un punto central de todas las líneas. Todo ello surge como resultado de la reflexión y de la creatividad. La reflexión consiste en una cuidada meditación del propio empeño y del continuo trabajo que lleva a la realización de un proyecto, junto con un sentimiento de satisfacción. La creatividad es la clarificación de temas oscuros y, a la vez, es el logro de nuevos aspectos descubiertos mediante una inteligencia ágil. Estas son las partes que componen la Disposícion.

La Euritmia es el aspecto elegante y hermoso, es una figura apropiada por la conjunción de sus elementos. La Euritmia se logra cuando los elementos de una obra son adecuados, cuando simétricamente se corresponde la altura respecto a la anchura, la anchura respecto a la longitud y en todo el conjunto brilla una adecuada correspondência.

La Simetría surge a partir de una apropiada armonía de las partes que componen una obra; surge también a partir de la conveniencia de cada una de las partes por separado, respecto al conjunto de toda la estructura. Como se da una simetría en el cuerpo humano, del codo, del pie, del palmo, del dedo y demás partes, así también se define la Euritmia en las obras ya concluidas. En los templos sagrados se toma la simetría principalmente a partir del diámetro de las columnas, o bien de los triglifos o bien de un módulo inicial; en las ballestas, a partir del agujero que en griego llaman peritreton; en las naves, a partir del espacio que media entre remo y remo, llamado dipechyaia. Igualmente descubrimos la estructura de la simetría a partir de detalles en otras muchas obras.

El Ornamento es un correcto aspecto de la obra o construcción que consta de elementos regulares, ensamblados con belleza. Se logra perfeccionarlo mediante la norma ritual (Se trata de las normas que aplicaban los sacerdotes para levantar los templos de acuerdo con las peculiaridades de cada deidad) —en griego thematismo—, con la práctica, o con la naturaleza del lugar.

Capitulo 3. Partes de la arquitectura Tres son las partes de la arquitectura: la Construcción, la Gnomónica y la Mecánica. _______

Vitruvius. The ten books on architecture, translated by Morris Hicky Morgan, 1914(The Project Gutenberg EBook of Ten Books on Architecture, by Vitruvius)

THE FUNDAMENTAL PRINCIPLES OF ARCHITECTURE

1. Architecture depends on Order (in Greek [Greek: taxis]), Arrangement (in Greek [Greek: diathesis]), Eurythmy, Symmetry, Propriety, and Economy (in Greek [Greek: oikonomia]).

2. Order gives due measure to the members of a work considered separately, and symmetrical agreement to the proportions of the whole. It is an adjustment according to quantity (in Greek [Greek: posotês]). By this I mean the selection of modules from the members of the work itself and, starting from these individual parts of members, constructing the whole work to correspond. Arrangement includes the putting of things in their proper places and the elegance of effect which is due to adjustments appropriate to the character of the work. Its forms of expression (Greek [Greek: ideai]) are these: groundplan, elevation, and perspective.

A groundplan is made by the proper successive use of compasses and rule, through which we get outlines for the plane surfaces of buildings. An elevation is a picture of the front of a building, set upright and properly drawn in the proportions of the contemplated work. Perspective is the method of sketching a front with the sides withdrawing into the background, the lines all meeting in the centre of a circle. All three come of reflexion and invention. Reflexion is careful and laborious thought, and watchful attention directed to the agreeable effect of one's plan. Invention, on the other hand, is the solving of intricate problems and the discovery of new principles by means of brilliancy and versatility. These are the departments belonging under Arrangement.

3. Eurythmy is beauty and fitness in the adjustments of the members. This is found when the members of a work are of a height suited to their breadth, of a breadth suited to their length, and, in a word, when they all correspond symmetrically.

4. Symmetry is a proper agreement between the members of the work itself, and relation between the different parts and the whole general scheme, in accordance with a certain part selected as standard. Thus in the human body there is a kind of symmetrical harmony between forearm, foot, palm, finger, and other small parts; and so it is with perfect buildings. In the case of temples, symmetry may be calculated from the thickness of a column, from a triglyph, or even from a module; in the ballista, from the hole or from what the Greeks call the [Greek: peritrêtos]; in a ship, from the space between the tholepins [Greek: (diapêgma)]; and in other things, from various members.

CHAPTER IIITHE DEPARTMENTS OF ARCHITECTURE1. There are three departments of architecture: the art of building, the making of timepieces, and the construction of machinery.