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Vivência acadêmica na graduação 1 Nº 1 ANO 1 | OUTUBRO 2019

Vivência acadêmica na graduação · livre e gratuito a seu conteúdo. Seu objetivo é divulgar exemplos de práticas inovadoras no processo de ensino-aprendizagem promovidas por

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Vivência acadêmica na graduação 1

Nº 1 ANO 1 | OUTUBRO 2019

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É com muita satisfação que apresentamos o primeiro número da revista Vivência Acadê-mica na Graduação, publicação eletrônica da Pró-reitoria de Graduação da Universidade de Taubaté, de periodicidade semestral e acesso livre e gratuito a seu conteúdo. Seu objetivo é divulgar exemplos de práticas inovadoras no processo de ensino-aprendizagem promovidas por docentes de diferentes campos do conheci-mento, nos mais diversos cursos de graduação da UNITAU.

O lançamento deste periódico relaciona-se à necessidade de profundas modificações nos atu-ais paradigmas educacionais como consequên-cia do avanço das tecnologias de informação na nossa sociedade e das mudanças que isso acar-retou ao mercado de trabalho, que se tornou ainda mais competitivo. Nesse cenário, novos caminhos e possibilidades estão sendo busca-dos, de modo a preparar os estudantes para as novas e futuras profissões e para participarem, de modo integrado e efetivo, da vida em socie-dade.

A revista Vivência Acadêmica quer ser mais um passo nesses novos caminhos, divulgando, para a comunidade acadêmica interna e externa, o uso de metodologias, práticas e ferramentas inovadoras que tornam o processo de ensino- aprendizagem mais colaborativo e dinâmico.

Os 16 relatos aqui reunidos estão centrados em diferentes temáticas: no emprego de meto-dologias ativas para a compreensão de conceitos teóricos na prática de Engenharia; na interação teoria e prática no ensino de Nutrição, Fisiote-

rapia, Odontologia, Educação Física e Ciências Biológicas e na área da formação de professo-res para a educação básica, com relatos sobre experiências inovadoras bastante exitosas. Este volume traz ainda relatos de práticas na modali-dade a distância, concentrando-se na interação entre alunos e docentes por meio de salas virtu-ais, redes sociais ou oficinas presenciais no en-sino de Música, Artes, Educação Física, História e Sociologia.

Pela sua diversidade de áreas, temáticas e metodologias, os textos aqui publicados ex-pressam um dos pilares da nossa missão, o de criar um espaço plural para a reflexão e trocas de saberes e experiências entre docentes dos di-versos cursos da UNITAU. A revista, Vivência Acadêmica na Graduação está, assim, aberta à contribuição de todos aqueles que querem fazer a diferença na formação de nossos estudantes.

A cada um dos docentes-autores que, com generosidade, se dispuseram a apresentar aos demais docentes, alunos e leitores as práticas de aprendizagem inovadoras que vêm desen-volvendo nos diferentes espaços de formação da UNITAU, nossos sinceros agradecimentos.

Esperamos que o resultado de nosso trabalho corresponda às suas expectativas.

Boa leitura!!

Profa. Ma. Angela Popovici BerbarePRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO

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Universidade de Taubaté

Reitora: Profa. Dra. Nara Lucia Perondi [email protected]

Vice-reitor e pró-reitor de Administração: Prof. Dr. Jean Soldi [email protected]

Pró-reitora Estudantil: Profa. Dra. Máyra Cecilia Dellu [email protected]

Pró-reitor de Extensão: Profa. Dra. Leticia Maria P. da [email protected]

Pró-reitor de Economia e Finanças: Prof. Dr. Francisco J. [email protected]

Pró-reitora de Graduação: Profa. Ma. Angela Popovici [email protected]

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Profa. Dra. Sheila C. [email protected]

Conselho Editorial

Profa. Ma. Angela Popovici Berbare (Presidente) Profa. Dra. Máyra Cecilia Dellu (PRE)Profa. Dra. Leticia Maria P. da Costa (PREX)Profa. Dra. Sheila Cavalca Cortelli (PRPPG)Profa. Dra. Érica Josiane Coelho Gouveia (PRG)Profa. Dra. Maria Fátima de Melo Toledo (PRG)Profa. Ma. Silvia Regina Pompeu (PRG)Prof. Dr. Orlando de Paula Leite (PRG)Profa. Dra. Alindacir Grassi (PRG)

Central de Comunicação

Edição: Mayra SallesProjeto gráfico e diagramação: Rodrigo AbreuProjeto web: Tiago AgostinhoRevisão: Prof. Me. Luzimar Goulart GouvêaColaboração: Karina R. Dias, Renata Moraes, Edwiges MoraesFotografias: Leonardo Oliveira, Isabel Bazzanella, Matheus José

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Em mais de 60 anos de Ensino Superior e com 45 anos como Universidade, a UNITAU já formou mais de 100 mil profissionais que, hoje, atuam em empresas nacionais e internacionais, órgãos de governo e organizações sociais, con-tribuindo para o desenvolvimento da socieda-de.

Com uma comunidade acadêmica formada por mais de nove mil pessoas, entre alunos, pro-fessores e funcionários, a UNITAU se firmou como a maior Universidade municipal do país.

Seu compromisso com a educação come-ça já nos primeiros anos, por meio do Colégio UNITAU, uma Escola de Aplicação que coloca à disposição dos alunos toda a infraestrutura da Universidade.

A educação na UNITAU é continuada e, além da graduação, são oferecidos cursos de extensão, de pós-graduação, de Mestrado e de Doutorado, sempre com o mesmo compromisso: de garan-tir educação inovadora para a formação integral dos alunos, que serão futuros profissionais.

A UNITAU não se restringe só ao Vale do Paraíba. Hoje, a Universidade está presente em mais de 80 polos espalhados em todo Brasil por meio de cursos de educação a distância.

Junto à comunidade local, a Universidade de Taubaté desenvolve mais de 40 projetos de ex-tensão que atuam em áreas voltadas para a pro-moção da saúde, da cultura, da sustentabilida-de, da cidadania e dos direitos sociais. Cerca de metade destes projetos acontece dentro de esco-las municipais. As atividades impactam aproxi-madamente 20 mil alunos entre 0 e 16 anos.

A UNITAU também tem destaque no incenti-vo à produção de pesquisa. A Instituição realiza o Congresso Internacional de Ciência, Tecnolo-gia e Desenvolvimento (Cicted), o maior evento científico do Vale do Paraíba.

Participam do Cicted pesquisadores no âm-bito acadêmico, mas também em idade escolar desde o ensino fundamental I até o ensino mé-dio. Anualmente, cerca de 1.300 trabalhos são apresentados no Cicted, que conta com a parti-cipação de mais de 300 instituições de ensino.

Prestes a completar 45 anos, a UNITAU se reinventa para acompanhar as mudanças no cenário da educação, sem perder a tradição na qualidade de ensino e o compromisso com o de-senvolvimento de uma sociedade sustentável.

A UNITAU

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8Construção de sólidos geométricos como me-todologias ativas para o ensino das integrais múltiplas

10Disciplina de Técnica Dietética: a teoria e a prática no processo do aprender

12Relato de experiência de monitoria: a impor-tância do Programa de iniciação à docência (PID) no processo de formação discente

14Vivências pedagógicas: uma experiência de prática na formação inicial de professores

16 Projeto e construção de aeronave do tipo pla-nador como metodologia ativa para fixação dos conceitos da disciplina de Projeto de Aeronaves

18 Ensino de ciências em escolas utilizando o mé-todo científico

20“Afaste os bichos, lave as mãos”: relato de experiência de uma atividade dos alunos da Fisioterapia em saúde coletiva

22Oficinas on-line em Artes Visuais na EAD/UNITAU

Sumário

24Projetos integradores no curso de Letras: prá-ticas como componente curricular na inovação da docência

26Atividades de conhecimento físico: relato de uma prática no curso de Pedagogia

28Utilização do whatsapp: uma nova perspectiva de interação na educação a distância

30 Teoria e prática: relato de experiência no curso de Educação Física

32Salas virtuais de História e Sociologia: práticas inovadoras na EaD

34Oficinas de práticas de ensino no curso de Li-cenciatura em Educação Física EaD/Unitau

36Técnicas para ensino, aprendizagem e fixação da anatomia dentária

38Contribuição do Pibid para formação docente do professor de Educação Física

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Com o intuito de fortalecer o processo de en-sino-aprendizagem da disciplina de Cálculo Di-ferencial e Integral – integrais múltiplas e equa-ções diferenciais, este trabalho apresenta uma relação entre teoria e prática, estimulando a pesquisa e a autonomia dos alunos. Após a pro-fessora dar os subsídios teóricos dos conteúdos, desenvolvidos de forma expositiva-dialogada, a turma foi dividida em 8 grupos compostos por 4 alunos. A seguir, uma função matemática foi disponibilizada a cada grupo.

As instruções eram as seguintes: 1) utilização de um software gratuito para a geração de grá-ficos tridimensionais, com o objetivo de aumen-tar a visão espacial, além de conhecer a função definida; 2) construção do sólido definido pela função por meio de materiais reciclados ou ou-

tro tipo de material; 3) cálculo do volume do só-lido construído; 4) apresentação do modelo tri-dimensional com seu respectivo volume para os outros alunos. O prazo para a execução de todas as etapas foi de cinco semanas.

A princípio, os alunos demonstraram certa dificuldade na utilização do software bem como no cálculo do volume da função proposta, mas foram auxiliados em sala de aula pela professo-ra e pelo monitor da disciplina. Além disso, foi utilizada a plataforma EVA (Espaço virtual de aprendizagem), em que essas atividades foram organizadas para que os alunos pudessem tirar suas dúvidas de forma remota. Com as dificul-dades sanadas, foi notado um aumento de inte-resse e de motivação dos alunos na resolução do trabalho.

ENGENHARIA

Construção de sólidos geométricos como metodologias ativas para o ensino das integrais múltiplas

AUTORES: Profa. Dra. Érica Josiane Coelho Gouvêa, discente Wilson Barros de Camargo.DESCRITORES: cálculo diferencial e integral, pesquisa, autonomia.

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No dia da apresentação dos trabalhos, os alu-nos foram proativos quanto à organização da sala, trabalhando em equipe para a formação de um melhor ambiente de apresentação. Os gru-pos apresentaram suas funções matemáticas, demonstrando a resolução dos cálculos, utiliza-ção do software e o passo a passo da construção do sólido e seu volume. Por fim, fizeram a rela-ção da teoria com a prática, citando exemplos de cada área da engenharia e concluindo, assim, o trabalho.

A avaliação do trabalho foi realizada em três momentos. Inicialmente, foi aplicada uma ava-liação diagnóstica para o mapeamento das difi-culdades e para revisão de conceitos de integrais simples. Durante o trabalho prático, foi realiza-da outra avaliação com o objetivo de analisar o amadurecimento dos alunos em relação ao con-teúdo proposto. Ao final, uma avaliação foi apli-cada com o intuito de certificar se a proposta do trabalho prático foi alcançada, isto é, personifi-car a teoria e proporcionar a compreensão dos conteúdos desenvolvidos. Como resultado, per-cebeu-se que a proposta de um trabalho prático contribuiu para o processo de ensino-aprendi-zagem da turma, no que tange à capacidade de planejamento, ao trabalho em equipe, à motiva-ção e, sobretudo, à compreensão do conceito de integrais múltiplas e do seu uso em problemas reais, aproximando a teoria e a prática.

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A disciplina de Técnica Dietética tem como objetivo permitir que o acadêmico conheça e saiba discernir os diferentes procedimentos culinários com cada grupo alimentar, visando ao mínimo de perdas nutricionais e garantindo a adequação nutricional necessária. Essa dis-ciplina compõe a grade curricular do curso de Nutrição da UNITAU do 1º e 2º períodos do curso. O Projeto pedagógico do curso de Nutri-ção busca articular as disciplinas ao longo dos quatro anos, inclusive a disciplina de Estágio Curricular, garantindo a conquista das habilida-des e das competências necessárias à formação generalista do nutricionista.

Com a intenção de unir teoria e prática, as disciplinas de Técnica Dietética e Estágio Cur-ricular Supervisionado em Nutrição Social con-templam atividades práticas que auxiliam a compreensão dos aspectos nutricionais aborda-dos teoricamente. Assim, a cada tema abordado, é proposta uma atividade prática, que possibili-ta novos olhares para o assunto tratado teorica-mente.

Os alimentos são fontes de nutrientes. Algu-mas técnicas dietéticas de pré-preparo e de pre-paro podem determinar alterações nutricionais importantes. O processo de cocção dos alimen-tos pode determinar proporções variáveis de alterações nutricionais, a depender de fatores como tempo e temperatura a que são submeti-dos, superfície de exposição e presença de áci-dos ou bases no meio da cocção.

Uma das aulas práticas realizadas na disci-

plina de Técnica Dietética se refere a ovos. Eles sofrem mudanças físicas e químicas. A ação me-cânica transforma a clara em clara em neve, o calor transforma a clara em clara cozida, ambas as transformações são irreversíveis porque são ações que desnaturam a proteína. As transfor-mações sofridas pelos alimentos precisam ser entendidas e avaliadas do ponto de vista nu-tricional e sensorial. O objetivo da aula práti-ca é permitir a observação dos fatores: tempo, temperatura e concentração de açúcar sobre as características sensoriais dos alimentos confec-cionados com os ovos, no caso marshmallow e creme de confeiteiro.

No transcorrer das atividades práticas, os protocolos das aulas nem sempre são seguidos ou interpretados igualmente por todos os gru-pos e por todos os membros de cada grupo, o

NUTRIÇÃO

Disciplina de Técnica Dietética: a teoria e a prática no processo

do aprenderAUTORES: Profa. Dra. Fabiola Figueiredo Nejar, Profa. Esp. Ariane Nunes Novais Calisto e Téc. de Lab. Dilma Jesuína Gadioli.

DESCRITORES: docência, formação profissional, práticas de aprendizagem.

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que determina erros. Porém, esses erros sem-pre acarretam em ganhos para o aprendizado. É muito comum o estudante de Nutrição, no início do curso, não ter as habilidades necessá-rias para a manipulação de alimentos. Contudo, as experiências nas aulas de Técnica Dietética possibilitam e capacitam esse acadêmico para a condução de oficinas culinárias, já no último ano do curso, na disciplina Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Social, como é o caso do Mestre cuca – Ceatenut kids que desen-volve atividades de preparo de alimentos ade-quados e sustentáveis para a saúde das crianças usuárias do serviço. O projeto contempla ativi-dades práticas que ocorrem quinzenalmente e tem uma hora de duração. O público-alvo são crianças de 7 a 10 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis. Nos encontros, são elaboradas preparações culinárias que visam ao aproveita-mento integral dos alimentos, à sazonalidade e às técnicas dietéticas adequadas para uma re-ceita prática, saudável, apetitosa e nutricional-mente balanceada.

A prática, diferentemente da teoria, não é pronta, a prática aceita o erro, a prática não tem censura. Quando na aula prática o alimento é preparado de forma diferente do que o proposto pelo protocolo da aula, perdemos a sequência do experimento, mas ganhamos uma nova possibi-lidade de observar a transformação sofrida pelo alimento, e isso amplia as possibilidades do pro-cesso de aprender. Nesse sentido, Torre (2007) considera que o erro pode ser uma chance de juntar a teoria com a prática. Assim, o foco dei-xa de ser o resultado e passa a ser o processo, de uma “pedagogia do êxito” para uma “didática do erro”. Assim, deixamos de ensinar conteúdos e passamos a aprender processos. Nas aulas prá-ticas, discutimos e buscamos conhecer as causas dos erros por meio de observações, discussões e busca de novos trabalhos. Esta maneira de enca-rar o erro ajuda o estudante a enfrentar desafios, a buscar novas soluções, desenvolvendo auto-confiança e melhorando sua aprendizagem, ga-rantindo formação acadêmica sólida e a possibi-lidade de conduzir oficinas culinárias com êxito.

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A Universidade de Taubaté abarca uma sé-rie de programas e projetos com determinados objetivos específicos em prol da Universidade e dos alunos. Assim, destacamos o Programa iniciação à docência (PID), que tem como fina-lidade oferecer a oportunidade da vivência de atividades relacionadas à docência na educação básica ou superior e permitir a reflexão sobre tais atividades por meio de uma parceria esta-belecida entre docente-supervisor e o iniciante à docência. Nesse sentido, a temática deste tra-balho se refere à experiência da monitoria e sua importância durante o processo de formação do aluno monitor.

Este trabalho tem como objetivo relatar ex-periências e práticas pedagógicas de ensino desenvolvidas a partir Programa de iniciação à docência da Universidade de Taubaté (PID), pelo aluno Luiz Guilherme de Brito Arduino, nos anos de 2017 e 2018, durante o seu processo de graduação, orientado pela Profa. Esp. Renata Maria Monteiro Stochero e Profa. Ma. Edilene Maia, nos respectivos anos. Entre as mais diver-sas atividades realizadas durante a monitoria no ano 2017, destacamos: o auxílio e a orientação para os alunos na elaboração dos trabalhos de-senvolvidos no semestre; plantão de dúvidas e auxílio na elaboração dos slides, dos conteúdos das aulas e das atividades práticas. Conforme o andamento da monitoria, foram observadas algumas dificuldades dos alunos referentes ao manuseio dos programas para a criação publi-citária.

No segundo semestre de 2017, o monitor atuou na disciplina de Produção Gráfica do cur-so de Publicidade e Propaganda. As professoras da disciplina propuseram para os alunos a cria-ção de um livro educativo e uma arrecadação de livros para serem doados para escolas da cidade de Taubaté/SP. O projeto consistiu em elaborar caixas decoradas para armazenar os livros arre-cadados e também os livros criados pelos alu-nos na disciplina, colocando em prática os con-teúdos aprendidos em sala de aula e realizando também uma ação social para a comunidade. Já no ano de 2018, a atuação do monitor foi em dis-ciplinas teóricas do curso de Publicidade e Pro-

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Relato de experiência de monitoria: a importância do Programa

de iniciação à docência (PID) no processo de formação discenteAUTORES: Profa. Esp. Renata Maria Monteiro Stochero (orientadora) e discente Luiz Guilherme De Brito Arduino.

DESCRITORES: formação discente, produção gráfica, monitoria.

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paganda. Entre as mais diversas atividades realizadas, destacamos: o auxílio para os alunos na elaboração dos trabalhos semestrais; plantão de dúvidas; leitura de textos e materiais complementares; participação na elaboração dos slides das aulas e participação de eventos e cursos para complementar a atuação como monitor. Houve também a ministração de uma aula acom-panhado pela professora da disciplina, abordando de forma complementar o conteúdo lecionado pela professora durante o semestre. Para o monitor, sua atuação foi importante devido à experiência adquirida durante o seu processo de formação como aluno, pois permitiu a ele entender a relação aluno-professor tanto na perspectiva do aluno, quanto na do professor, no caso como iniciante à docência. Permitiu também observar e compreender a prática de ensino do docente na graduação.

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O presente relato fundamenta-se nas expe-riências vividas pelos alunos do curso de licen-ciatura em Pedagogia da Educação a Distância da Universidade de Taubaté. Tem como objeti-vo apresentar e refletir sobre atividades reali-zadas nos encontros presenciais denominados vivências pedagógicas e nas atividades on-line, analisando a aprendizagem de práticas pedagó-

gicas para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. São encontros realizados mensalmente para possibilitar momentos de vivência prática na formação inicial dos futuros professores.

Para atender aos alunos da Educação a Dis-tância, propusemos atividades presenciais no polo sede e atividades on-line para os polos dis-

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UNITAU

Vivências pedagógicas: uma experiência de prática

na formação inicial de professoresAUTORES: Profa. Ma. Ely Soares do Nascimento, Profa. Esp. Simone C. Vecchio Maciel e Prof. Fábio Algarve.

DESCRITORES: vivência pedagógica, objetos de aprendizagem, educação infantil.

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tantes. Na primeira vivência pedagógica, com o tema ‘O brincar na educação infantil’, fun-damentada pelos teóricos Piaget, Vygotsky e Wallon, constatou-se, pela avaliação dos partici-pantes, que os objetivos propostos foram alcan-çados, principalmente pela reflexão da teoria e prática nas ações pedagógicas. Esses encontros de quatro horas mensais são mediados por um professor que, desenvolvendo atividades práti-cas e reflexivas, possibilitam aos estudantes o protagonismo de sua aprendizagem.

O encontro sobre o brincar na educação infan-til contou com 36 alunos, no período de quatro horas, os quais vieram brincar, refletir, apren-der, trocar com os colegas e professores conhe-cimentos sobre o planejamento e o uso das brin-cadeiras em espaços escolares, fortalecendo sua formação. A partir das vivências presenciais, as atividades realizadas foram transformadas em objetos de aprendizagem (recursos tecnológicos ou não, desenvolvidos para apoiar os processos

de ensino e de aprendizagem) e disponibilizadas na plataforma de estudo, para que os alunos que estão a distância possam participar, refletindo, criando e planejando brincadeiras que, em sala de aula, se transformar-se-ão em conteúdos de aprendizagem e, assim, possam compreender a importância da teoria na fundamentação da prática pedagógica.

Houve a possibilidade de vivenciar brinca-deiras, planejar, refletir, resgatar memórias para o preparo da futura profissão. Nas discus-sões e trocas sobre o brincar na escola teve-se a certeza do quanto a ludicidade é importante para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças na primeira infância.

Com essa vivência pedagógica se confirma, assim, que o conhecimento presente na teoria precisa dialogar com a prática para fortalecer a formação dos futuros professores da Educação Básica, com o objetivo de aprender a interpre-tar, compreender e refletir sobre a realidade so-cial e a docência. A partir das avaliações feitas pelos alunos, pudemos verificar que o trabalho foi de grande relevância para a formação acadê-mica, pois a teoria estudada na universidade foi vivenciada e aliada à prática de sala de aula.

A partir das avaliações feitas pelos alunos, pudemos verificar que o trabalho foi de grande relevância para a formação acadêmica.

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Este trabalho tem por objetivo o desenvolvi-mento de uma aeronave do tipo planador, uti-lizando uma metodologia de projeto aplicada por empresas aeronáuticas, com a finalidade de promover aos alunos do 9º e 10º períodos do curso de Engenharia Aeronáutica da Univer-sidade de Taubaté uma experiência prática de aplicação dos conceitos fundamentais de proje-to, assim como criar um ambiente de discussão, fomentando o trabalho em equipe, a dinâmica de grupo, a análise crítica das consequências de

decisões e a fixação dos parâmetros de projeto e suas influências no desempenho da aeronave.

O primeiro passo foi dividir a turma em três grupos e determinar a cada grupo os pré-requi-sitos de cada projeto e as etapas a serem desen-volvidas, as quais se baseiam em: estudo de via-bilidade, projeto conceitual, projeto detalhado, construção e teste. O prazo de entrega final foi estipulado em 4 semanas, sendo avaliado como o primeiro instrumento para composição da nota final dos alunos na disciplina.

ENGENHARIA AERONÁUTICA

Projeto e construção de aeronave do tipo planador como metodologia ativa

para fixação dos conceitos da disciplina de Projeto de Aeronaves

AUTOR: Prof. Me. Pedro Marcelo Alves Ferreira Pinto.DESCRITORES: engenharia aeronáutica, metodologias ativas, modelagem.

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O trabalho consistiu em um estudo de viabilidade, ou seja, um estudo detalhado de aeronaves com as mesmas características a fim de se obter uma análise de tendência e um banco de dados dos parâmetros de projeto que seria utilizado na próxima etapa para a determinação do projeto con-ceitual. Nessa próxima etapa, o grupo devia discutir quais são as melhores configurações e seus respectivos impactos no desempenho final da aero-nave. Após finalizar a etapa do projeto conceitual, os alunos realizariam o desenho detalhado dos componentes para a fabricação da mesma. Para esse momento, são utilizados softwares de modelagem em 3D para a ren-derização da aeronave e revisão do projeto. Para finalizar, foi fornecido o material de construção (Depron, estilete e cola), em quantias iguais para todos os grupos, para a construção, balanceamento e teste das aeronaves. Antes dos testes finais, cada grupo apresentou seu projeto, discutindo as decisões tomadas e os resultados encontrados.

Em todas as etapas, os alunos se mostraram pró-ativos na organização, na busca por entendimento melhor das influências das decisões tomadas e os conceitos de outras disciplinas, de modo a otimizarem cada etapa. Também foi notado um grande aumento de interesse e de motivação dos alunos pela disciplina, na resolução do trabalho e na associação entre a teoria e a prática.

Como resultado, foi observado um melhor entendimento dos conceitos da disciplina e uma melhor capacidade de resolução de problemas, além do estímulo ao trabalho em equipe e do aumento da capacidade de plane-jamento para cumprimento de prazos dos grupos.

Dessa maneira, pode-se concluir que o trabalho desenvolvido em sala, além de dinamizar a aula, com uma atividade prática e lúdica, possibili-tou aos alunos a aplicação dos conceitos da disciplina e a discussão deles, estimulando-os a buscarem entendimentos que vão além da sala de aula, assim como a prática do trabalho em equipe.

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O ensino de ciências aproxima-se mais da realidade do aluno e atrai mais a sua atenção quando aplicamos as etapas do método cien-tífico. “Aprender fazendo”, por meio de aulas práticas, é importante, mas isso ainda é raro em muitas escolas brasileiras. Quando ocorre, a aula prática, por vezes, tem apenas caráter ob-servacional e não experimental e, desse modo, dificilmente, o método científico é ensinado na prática. Apesar da falta de espaços específicos e de materiais em muitas escolas, existem inúme-ras opções de experimentos científicos simples, que podem ser utilizados em aulas de ciências, Física, Matemática, Biologia e Química. A abor-dagem de aprendizagem baseada em projetos (ABP) é uma das melhores opções nesse caso,

pois permite relacionar conhecimentos teóricos com a aplicação deles e também a interação de diferentes disciplinas.

O presente projeto aplica a ABP em várias es-colas públicas do Vale do Paraíba, com alunos do ensino fundamental e médio.

Os projetos foram desenvolvidos na sala de aula, no pátio da escola, em praças urbanas e em unidades de conservação da região onde ocor-rem biomas característicos e onde sobrevivem várias espécies ameaçadas de extinção. Os alu-nos desenvolvem projetos de pesquisa envol-vendo Matemática, Estatística, Física, Quími-ca e Biologia, passando por todas as etapas do método científico. A atividade é dividida em três módulos:

(1) Definição do projeto e coleta de dados: os alunos recebem instrução sobre o método cien-tífico, fazem observações, decidem o que será investigado e depois, em grupo, coletam os da-dos.

(2) Análise estatística e interpretação dos resultados: os alunos recebem instrução sobre Matemática e Estatística básica, utilizando sof-twares, analisam e discutem os resultados e es-crevem um artigo, que é submetido em congres-sos científicos.

Alunos de graduação em Ciências Biológicas participam como monitores voluntários, servin-do como treinamento profissional. Os professo-res das escolas e os pais dos alunos são convida-dos para participarem e o professor orientador atua como um “facilitador”, interferindo o me-

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Ensino de Ciências em escolas utilizando o Método Científico

AUTOR: Prof. Dr. Júlio Cesar Voltolini.DESCRITORES:Aprendizagem Baseada em Projetos, Ciência, Projeto de pesquisa.

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nos possível. Os alunos já apresentaram 20 trabalhos em congressos científicos, envolvendo pesquisa com plantas, animais, aplicação de métodos químicos e ava-liação do desempenho de protótipos de carros, sendo que alguns trabalhos foram premiados. A atividade permitiu o aprendizado na prática de como se faz ciência, possibilitando a visualização dos conceitos teóricos recebidos em sala de aula e a ampliação do senso de cooperação e de responsabilidade. Dessa forma, o aluno logra aumentar o seu rendimento escolar e ser mais participativo, responsável e questionador.

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A atividade “Afaste os bichos, lave as mãos” nasceu da necessidade de extrapolar os con-ceitos de promoção à saúde para uma vivência multidimensional da Fisioterapia no contexto da atenção básica. Durante a Prática Fisiotera-pêutica Supervisionada (PFS) em Saúde Cole-tiva, no bairro Marlene Miranda, foi observado um aumento da demanda de problemas respira-tórios na Unidade de Saúde da Família. Assim, professores e discentes planejaram uma ativida-

de sobre a higienização das mãos, uma vez que as mãos são importante meio de transmissão de doenças. Segundo o Ministério da Saúde, la-var às mãos pode reduz infecções respiratórias agudas, o que se torna uma medida importante. Entretanto, a lavagem das mãos é realizada me-nos da metade das vezes em que seria indicada e feita de maneira incorreta.

O objetivo deste trabalho é relatar a experiên-cia dos autores na condução da atividade “Afas-

FISIOTERAPIA

“Afaste os bichos, lave as mãos”: relato de experiência de uma

atividade dos alunos da Fisioterapia em Saúde Coletiva

AUTORES: Profa. Dra. Wendry Maria Paixão Pereira, Profa. Ma. Luciana Cristina Steinle Camargo, Profa. Dra. Máyra Cecilia Dellú.DESCRITORES: atenção básica, saúde coletiva, higienização.

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te os bichos, lave as mãos”, com alunos da Fisioterapia sobre infor-mações da higienização das mãos de forma lúdica para as crianças.

Foi realizada uma atividade focada no Dia mundial de higieni-zação das mãos, no bairro Marlene Miranda, local da PFS dos últi-mos semestres da Fisioterapia, onde os discentes prestam serviços fisioterapêuticos na Saúde da Família. Foi proposta uma atividade lúdica de Educação em Saúde para as crianças de uma escola do en-sino fundamental, com o objetivo de ensinar a higienização correta das mãos. Participaram cerca de 200 crianças, e a ação consistiu em “sujar” as mãos com tinta colorida e carimbar as mãos em folha sulfite, que continha os cinco passos da higienização.

Após as crianças carimbarem as mãos, o material foi identificado com o nome de cada criança e fixado em um varal. Depois de “sujar” as mãos, a equipe colocou uma máscara de personagem em cada criança com os olhos tampados e solicitou que as mesmas lavas-sem as mãos. Essa ação permitiu que os discentes percebessem que a higienização estava insuficiente, mesmo após a lavagem. Depois houve a retirada da máscara para demonstrar que as mãos estavam “sujas”.

A seguir, de olhos desvendados, foram ensinados os passos da técnica correta. A higienização foi abordada por meio de imagens ilustrativas em uma cartolina, com cinco passos. Posteriormente, a equipe de Fisioterapia foi convidada pela direção da escola para participar da Semana da Família na escola, devido à grande reper-cussão da atividade entre as crianças e a necessidade da informação alcançar o núcleo familiar. Nesse evento, participaram cerca de 70 pais e responsáveis pelas crianças. Na ocasião, foi apresentado pe-los discentes da Fisioterapia um resumo da dinâmica e realizado o reforço da higiene correta com os pais, por meio de uma palestra e de uma roda de conversa. A atividade proporcionou experiências de evidente valor aos docentes, discentes e população, proporcionando uma reconstrução do processo saúde-doença, a partir do poder de transformação da criança dentro de seu núcleo familiar.

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A formação de professores de Arte ainda é deficitária no Brasil. De acordo com o último es-tudo publicado pelo Instituto Nacional de Estu-dos e Pesquisas Educacionais (INEP), em 2013, apenas 43,5% dos professores de Arte do ensino médio têm formação específica e, de acordo com esse mesmo estudo, estima-se que o país preci-se de 16,8 mil professores exclusivos de Artes, para atender à atual demanda do ensino (BRA-SIL, 2015, p. 21; 24). Visando atender a essa de-manda, a Universidade de Taubaté instituiu, em 2009, o curso de Licenciatura em Artes Visuais, na modalidade a distância, com módulos traba-lhados como práticas acadêmicas apresentadas sob múltiplos formatos, tendo em vista, essen-

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UNITAU

Oficinas on-line em Artes Visuais na EAD/UNITAU

AUTORES: Profa. Ma. Eliana de C. V.de Carvalho Salgado, Profa. Ma. Andreia Maria G. de A Viana Consolino, Profa. Dra. Juliana M. Bussolotti.

DESCRITORES: formação docente, artes visuais, práticas pedagógicas.

cialmente, complementar e sintonizar o currícu-lo pedagógico vigente, ampliando os horizontes do conhecimento bem como a prática para além da aula (UNITAU, 2018).

Hoje, o curso promove oficinas de artes visu-ais nas salas web. Essa prática é acompanhada de um tutorial, que orienta o aluno em todos os procedimentos para realizar a atividade, foto-grafar, montar um power point com os resulta-dos, produzir uma unidade de mídia e postar na plataforma Moodle. Desde o semestre passado, começamos a fazer uma intersecção entre ati-vidades presenciais e em webconferência, utili-zando o zoom, um aplicativo para conferências por vídeo, licenciado pela UNITAU.

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A mesma prática executada no polo pelas docentes e alunas de forma presencial foi vivenciada por alunos em suas casas em vide-oconferência. As oficinas virtuais são importantes para preparar o aluno EAD não apenas para as aulas presenciais que darão no fu-turo, como professores, como também para mostrar que é possível criar e produzir mesmo virtualmente, de forma coletiva. Segundo Piva Junior (2013), o uso de tecnologias na sala de aula é impor-tante e necessário, desde que usada de maneira sábia, na constru-ção do conhecimento. Superamos barreiras e aproximamos nossos alunos de vivências práticas, na medida em que disponibilizamos as oficinas presenciais, por webconferência a partir de tutorial e fórum na plataforma EAD.

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Em atendimento às diretrizes da Resolu-ção CNE/CP N] 2/2015 e à Deliberação CEE nº 111/2012, que preconizam que os cursos de formação de professores devem destinar “400 horas de prática como componente curricular”, doravante PCC, distribuídas ao longo do proces-so formativo, o currículo do curso de licenciatu-ra em Letras: Língua Portuguesa, Língua Ingle-sa e respectivas Literaturas da Universidade de Taubaté, a ser integralizado em oito semestres, contempla seis Projetos integradores (PI). Estes estruturam-se de modo a articular a formação didático-pedagógica à formação específica do futuro docente, permitindo que ele obtenha fundamentos, tanto para o conhecimento de como os alunos aprendem (formação didático--pedagógica) quanto de como ensinar conteú-

LETRAS

Projetos integradores no curso de Letras: práticas como componente curricular na inovação da docência

AUTOR: Profa. Ma. Isabel Rosângela S. Amaral.DESCRITORES: docência, práticas de ensino, formação continuada.

dos específicos, que ele está aprendendo na uni-versidade (formação específica).Ressalte-se que todo o embasamento teórico e também as ações propostas visam principalmente à formação do professor de língua portuguesa, língua inglesa e respectivas literaturas, a fim de prepará-lo para o trabalho docente nas quatro últimas séries do ensino fundamental e no ensino médio.

Ao permitir que conteúdos de natureza pe-dagógica se inter-relacionem com os conteúdos específicos de cada curso, os PI propõem uma abordagem inovadora da docência, compreen-dendo-a, essencialmente, a partir de sua natu-reza interdisciplinar. As seis propostas de PCC em nosso curso constituem uma inovação em educação, agregando construtos de disciplinas de formação básicas às de específica, por meio de um ensino híbrido, que contempla atividades presenciais e não presenciais.

No decorrer de cada um dos PI, os docentes em formação são levados a situações de registro de suas memórias, vivências, observações, aná-lises, reflexões e práticas por meio de recursos diversos, como: textos, vídeos, podcasts, foto-grafias, imagens, mapas conceituais, infográfi-cos, livros, manuais de boas práticas, repositório de objetos educacionais virtuais, padlet, entre outros.No primeiro semestre de 2019, foram desenvolvidos três Projetos integradores, a sa-ber: Educação ambiental na escola: discussões sobre o meio ambiente, no meio ambiente, para o meio ambiente e a partir do meio ambiente; Diálogos com a Linguística: reconhecendo os fa-

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Vivência acadêmica na graduação 23

lares e favorecendo a inclusão; Rodas de leitura e contação de histórias como espaço de tessitu-ras no ensino fundamental.

Os alunos e professores, após terem recebido orientações específicas da coordenação do cur-so a respeito dos objetivos dos PI, deram início às atividades que, como era desejado, saíram da sala de aula e se estenderam ao cotidiano dos alunos, bem como a outros locais e pesso-as para eles ainda desconhecidos. Nas discipli-nas de Literatura Infantil e Juvenil; de Histó-ria, cultura e sociedade brasileira e de Estudos linguísticos: variação linguística, os acadêmicos tiveram oportunidade de organizar seminários e uma apresentação em forma de teatro, em que discutiram os diversos falares e as questões his-tóricas e socioculturais que permeiam a forma-ção linguística do português do Brasil. Foi dada atenção especial ao estudo das questões sociais envolvidas na tragédia de Brumadinho, que foi amplamente discutida na disciplina de História, Cultura e Sociedade Brasileira.

As disciplinas de Educação Especial: Políti-

cas e Práticas Pedagógicas e de Estudos Linguís-ticos: Variação Linguística se uniram em torno do tema da inclusão e promoveram um encon-tro intitulado “Diversidade e Inclusão: a voz do diferente”, que reuniu professores, alunos dos cursos de Letras, História, Pedagogia e Jorna-lismo, além de trazer a voz de alunos deficien-tes auditivos dos departamentos de Pedagogia e de Educação Física, que falaram sobre a im-portância da temática. Além disso, os Projetos integradores têm sido motivo da criação de di-versos vídeos, que se encontram em circulação no YouTube, no Instagram (Story de Letras), no Facebook e em muitas outras mídias sociais. As-sim, podemos afirmar que, no curso de Letras, os Projetos Integradores vêm logrando êxito em seu objetivo maior, qual seja o de integrar as disciplinas, em um movimento que transcende o restrito espaço da sala de aula e se estende a outros tantos espaços, ampliando as possibili-dades de nosso aluno e de nossos professores na construção do próprio conhecimento e de sua constituição identitária profissional.

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A experiência que iremos relatar foi realizada como parte do conteúdo da disciplina Conteú-dos e Metodologia do Ensino da Matemática II, que faz parte do currículo do curso de Pedagogia presencial da Universidade de Taubaté, visando trabalhar questões teóricas e práticas do ensino da Matemática para a Educação Infantil. Atuan-do como formadora de professores, temos como constante preocupação buscar formas de apro-ximar os conteúdos trabalhados em sala de aula com a prática escolar.

Muitos alunos chegam à Pedagogia imaginan-do que nunca mais estudarão Matemática em sua

PEDAGOGIA

Atividades de conhecimento físico: relato de uma prática no curso

de PedagogiaAUTOR: Profa. Dra. Maria Teresa de Moura Ribeiro.

DESCRITORES: metodologias do ensino de matemática, práticas pedagógicas, formação docente.

vida escolar e se surpreendem ao descobrir que ela os acompanhará por vários semestres ao lon-go do curso. É comum, logo nas primeiras aulas, ouvirmos relatos sobre o medo da Matemática, sobre dificuldades que os acompanham desde os anos iniciais de escolaridade, sobre dúvidas que nunca foram solucionadas, sobre insegurança so-bre a própria capacidade de aprender, histórias que os marcaram negativamente com professo-res da área. Preocupadas com esse quadro, nos-sa proposta de trabalho compreende a discussão teórica de conceitos matemáticos e sua vivência em diferentes atividades que são realizadas ao

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longo das aulas, buscando reconstruir as rela-ções dos alunos com a Matemática, e trabalhar esses conteúdos de forma que os alunos constru-am os conceitos, compreendam os procedimen-tos e aprendam formas de ensinar que tornem a matemática descomplicada, lúdica e interessante para as crianças. Para compor este relato, opta-mos por descrever o trabalho desenvolvido com o conteúdo de conhecimento físico. O conhecimen-to físico é aquele que se constrói a partir do con-tato com os objetos do mundo, agindo sobre eles e observando sua reação ou mudança. DeVries et al. (2004) discutem a construção desse tipo de conhecimento e defendem que ele é a base para a construção do conhecimento lógico matemá-tico, o qual, de acordo com a teoria piagetiana, não pode ser ensinado à criança, mas pode ser construído à medida que ela pode estabelecer os mais variados tipos de relações com o mundo à sua volta.

Realizamos, durante as aulas, experiências de conhecimento físico para que percebessem o quanto são lúdicas e importantes para o desen-volvimento do pensamento lógico da criança: misturamos ingredientes, fazemos atividades de assoprar tintas, de derreter giz de cera, de jo-gar bolinhas de gude, de tocar instrumentos de percussão, realizamos experiências com água, com espelhos e muitos outros. A avaliação dos experimentos propostos pauta-se nos quatro critérios para boas atividades de conhecimen-to físico propostas por Kamiil (1991): a criança deve ser capaz de provocar o fenônemo, a ação da criança pode ser modificada, resultando em nova reação do objeto, a reação do objeto deve

ser observável e imediata.Ressaltamos, tal como pontua DeVries

(2004), a crítica de Piaget a um brincar que, sem supervisão, acaba se transformando em um jogo generalizado que não resulta em benefícios educacionais para as crianças. Nesse sentido, as experiências realizadas são fundamentadas em estudos teóricos para que os futuros professores compreendam que propor atividades de conhe-cimento físico nas escolas de Educação Infantil representa uma oportunidade para que as crian-ças possam ser estimuladas em sua curiosidade natural, possam brincar pelo prazer de brincar e manipular objetos sem que haja necessidade de explicações científicas. Além disso, esperamos que nossos alunos compreendam que esse tipo de atividade é fundamental para a construção da ideia de número.

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Em qualquer situação de aprendizagem, a interação entre os participantes e docentes é condição sine qua non para garantir aos alunos uma aprendizagem significativa. O objetivo des-te relato é apresentar a experiência de interação entre os alunos do curso de Licenciatura em Mú-sica-EaD/UNITAU via whatsapp. Este estudo é fundamentado nas teorias sobre tecnologias digi-tais postuladas por Moran (2017) e na interação entre os sujeitos, postulada por Vygotsky (2016). Para coleta de dados, foram elaboradas duas

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UNITAU

Utilização do whatsapp: uma nova perspectiva de interação na Educação

a Distância AUTORES: Profa. Andrea M. G. V. Consolino, Profa. Ma. Renata A. Freitas e Carlos O. C. Narita.

DESCRITORES: aprendizagem significativa, ensino de música, tecnologias digitais.

perguntas e enviadas aos alunos sobre o uso do whatsapp como forma de interação e ferramenta para comunicação didático-pedagógica no ensi-no superior.

Moran (2017) afirma que “redes como o what-sapp são interessantes para mensagens rápidas, imediatas, para conversar com grupos [...]”. Se-gundo Vygotsky (1996), “a interação entre os sujeitos é fundamental para o desenvolvimento pessoal e social, pois busca transformar a reali-dade de cada indivíduo”.

Figura 1: Interação professor-aluno

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Vivência acadêmica na graduação 27

Para validação da utilização do whatsapp como ferramenta de interação entre os compo-nentes do grupo, foram coletadas, como amostra, as respostas de três alunos de diferentes polos às perguntas:

1) O grupo de whatsapp favorece a interação entre alunos e alunos e entre alunos e tutores?

2) Como este grupo está promovendo a inte-ração?

Respostas do Estudante 1:1) Certamente, promove uma aproximação

muito importante. 2) Com bate-papo, vídeos, imagens, vamos co-

nhecendo o trabalho dos colegas. Promove tam-bém um bom acompanhamento professor-aluno.

Respostas do Estudante 2: 1) Sim, favorece muito, pois além da intera-

ção podemos trocar experiências e nos ajudar-mos mutuamente, facilitando o aprendizado. Os professores estão sempre presentes para tirar

dúvidas e temos avisos sobre períodos de provas e informações gerais.

2) Além de agrupar conversas sobre as ma-térias, temos os espaços para promover eventos para reunir alunos de diferentes polos, contri-buir para o aprendizado e para troca de experi-ências.

Respostas do Estudante 3:1) Esse grupo tem me ajudado na interação

entre minha professora e a coordenadora.2) Mesmo não respondendo muito, vejo os

alunos postando vídeos e fotos e as professoras dando dicas e links, sugestões.

A partir desses três casos, podemos perceber que o grupo de whatsapp é uma ferramenta que promove a interação e a integração entre aluno/aluno e aluno/professor, contribuindo para a troca de experiências e uma aprendizagem mais significativa, como veículo de interação e comu-nicação da licenciatura em Música-EaD/UNI-TAU.

Figura 2: Interação aluno-aluno

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Os cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Físicada Universidade de Taubaté (UNITAU) têm como um dos seus objetivos for-mar professores, desenvolvendo o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando, de forma crítica, autônoma e compromissada, promo-ver a formação do cidadão. De acordo com os PPCs (Projetos Pedagógicos do Cursos), o alu-no desenvolve competências e habilidades es-pecíficas para atuar no âmbito escolar (ensino pré-escolar, fundamental I e II e médio). Nesse contexto, durante o primeiro semestre do ano de 2019, alunos do 5º. ano de uma escola mu-nicipal foram conhecer o curso de graduação em Educação Física e realizar uma vivência na modalidade de Ginástica Artística, disciplina

EDUCAÇÃO FÍSICA

Teoria e prática: relato de experiência no curso de Educação Física

AUTORES: Profa. Ma. Camila Fornaciari Felicio, Profa. Ma. Maria Aparecida Ribeiro, Profa. Dra. Virgínia Mara Próspero da Cunha.DESCRITORES: vivência, protagonismo discente, ginástica artística.

teórica e prática, inserida no curso de licencia-tura e bacharelado em Educação Física. Nessa oportunidade, os alunos da graduação, matri-culados no 7º período, puderam vivenciar um dos objetivos do curso, que é colocar os licencia-dos como protagonistas do processo de ensino--aprendizagem, simulando o momento em que forem professores de alunos como os que foram realizar a vivência.

De acordo com Morgado (2011), a formação da identidade e da profissionalidade não pode ocorrer quando se leva em conta apenas a teoria em detrimento da prática. Dessa forma, os gra-duandos foram informados sobre a quantidade de alunos que participariam da vivência, a sua faixa etária, o dia e o horário, para que pudes-

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sem se organizar quanto ao planejamento das atividades específicas que seriam desenvolvidas, de acordo com os conhecimentos adqui-ridos anteriormente durante o semestre nas aulas de Ginástica Ar-tística.

Segundo Roldão (2003), ensinar está ligado ao aprender e, para ensinar, o professor precisa utilizar estratégias para melhorar o aprendizado. Os licenciandos utilizaram o circuito como estratégia de aula, dividiram-se em grupos e cada grupo ficou responsável por uma estação de exercícios. Conforme o tempo estipulado por eles, os alunos iam trocando de estação até passar por todas as estações. Al-guns licenciandos ficaram responsáveis pelo aquecimento no início da aula e, outros, pelo alongamento e relaxamento no final da aula. Essa tarefa foi proposta pela professora da disciplina, que orientou e auxiliou os alunos nas possíveis dúvidas durante a elaboração das atividades e na aplicação da aula. Como forma de avaliação, foi feita uma roda de conversa com os discentes sobre a experiência de ter atuado como professor, destacando os pontos positivos e negativos da estratégia utilizada para possibilitar aos licenciandos a vivência de ser professor, aproximando a teoria da prática.

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Um dos desafios da Educação a Distância – EaD –, atualmente, é a superação da ideia de que as metodologias da educação presencial são suficientes para a EaD. Nesse contexto, auto-res como Tarcia e Cabral (2011) e Kenski (2015) apontam para a necessidade de se refletir sobre o uso de novas tecnologias na educação, que está em constante atualização, além de formas de se trabalhar com a EaD, particularmente. Em decorrência dessa necessidade, o objetivo de nosso trabalho é demonstrar como os novos modelos de salas implementadas na EaD nos cursos de licenciatura em História e em Socio-logia da Universidade de Taubaté utilizam re-cursos inovadores no processo de ensino e de aprendizagem.

Utilizaremos como exemplo de práticas ino-vadoras as salas virtuais do curso de História e de Sociologia implementadas em 2019. Nessas salas, encontram-se os recursos pedagógicos, os materiais para a formação didático-concei-tual e as atividades, bem como as informações complementares de cada disciplina, elementos essenciais para o desenvolvimento das com-petências e das habilidades associadas a esse componente disciplinar. As salas virtuais são desenvolvidas por meio de parceria entre a co-ordenação do curso, um especialista no tema – que elabora o conteúdo – e o Setor de Objetos de Aprendizagem que, conjuntamente, definem os modelos de sala, as estratégias didático-pe-dagógicas mais coesas e os recursos tecnológi-

NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA DA UNITAU

Salas virtuais de História e Sociologia: práticas inovadoras

na EaDAUTORES: Prof. Me. David Vieira Carneiro e Profa. Ma. Kenya J. Marcon.

DESCRITORES: práticas de aprendizagem, salas virtuais, formação continuada.

cos a serem implementados na sala.Entre as estratégias do atual modelo de sala

está a Hora do estudo. Com essa ferramenta di-dática, o aluno retoma conceitos e abordagens teóricas fundamentais abordadas em outros momentos da formação e apreende novos as-pectos inerentes à disciplina que se inicia. Este é um dos primeiros contatos do aluno com a dis-ciplina no ambiente virtual de aprendizagem. Os recursos que compõem a Hora do estudo não são avaliativos e visam à formação continuada do aluno, por isso há autonomia para que se de-fina qual o melhor recurso a ser implementado, como jogos, questionários de alternativa única, questionários de verdadeiro e falso ou, ainda, uma combinação de ferramentas variadas.

Nas disciplinas de 2019, optou-se pela utili-zação de conteúdo em formato pdf, ressaltando--se que este não substitui as leituras obrigató-rias e as complementares nas disciplinas. Essa é mais uma estratégia que prevê, por meio de uma transposição de conteúdo diversificada, a formação amplificada do aluno.

As atividades avaliativas também prezam pela variedade de recursos de modo a desenvol-ver diversas habilidades necessárias na forma-ção de professores. Desse modo, as salas virtu-ais se organizam a partir de uma lógica própria, que não prevê apenas a reprodução das estraté-gias já consolidadas para a educação presencial, pois assume que a modalidade a distância exige recursos específicos.

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As oficinas de práticas de ensino do curso de Educação Física EAD/UNITAU constituem-se como parte da proposta metodológica do curso, na qual se procura o redimensionamento dos es-paços e tempos educacionais, considerando ati-vidades na plataforma educacional e atividades presenciais, como modelos de desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. De modo ge-ral, elas visam atender a premissa de qualidade de ensino da Instituição e aos requisitos legais dos órgãos e instâncias superiores, que preconi-zam a necessidade do respeito e da valorização de uma formação construída no diálogo entre a teoria e a prática. Nesse sentido, a construção e realização dessas oficinas têm passado por cons-tante aperfeiçoamento.

Atualmente, são ofertados dois modelos dis-tintos. Assim, este relato de experiência trata dos referidos modelos, sendo: a) oficinas de prática de ensino, ofertadas via plataforma; b) oficinas presenciais, ofertadas nos polos de educação a distância. As oficinas – via plataforma – são re-alizadas ao longo do curso e têm como objetivo fortalecer e aprimorar a formação docente, tra-zendo um diálogo entre a teoria e a prática, por meio da articulação entre os conteúdos do curso e a BNCC. Nessas oficinas, são trabalhadas as te-máticas: práticas corporais de aventura, brinca-deiras e jogos, esportes, dança, lutas e ginástica.

NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA DA UNITAU

Oficinas de práticas de ensino no curso de licenciatura em Educação

Física EaD/Unitau

AUTORES: Profa. Ma. Roberta R. Vieira (orientadora), Prof. Esp. Fábio S. Campana e Profa. Esp. Monica C. M. Teruya.DESCRITORES: prática de ensino, educação básica, plataforma digital.

Tais oficinas são realizadas por meio de ativida-des de leitura, de pesquisa de campo, de análise e de produção de texto. Já as oficinas presenciais são realizadas nos polos EAD vinculados à Ins-tituição, em espaços públicos e/ou privados, por meio de parcerias locais, a partir de três critérios: atendimento aos segmentos da educação bási-ca, blocos de conteúdos propostos pelos PCNs, LDBEN e BNCC e interdisciplinaridade dos con-teúdos da matriz do curso. Nesses encontros, são realizadas atividades lúdicas, de docência com-partilhada, de reflexão e de avaliação.

Com isso, percebe-se que, enquanto o modelo via plataforma favorece a atitude investigativa e reflexiva dos alunos, o modelo presencial favore-ce o crescimento da interação e do interesse for-mativo dos alunos, assim como o fortalecimento do vínculo e da afetividade na relação professor x aluno, ainda que essa relação se constitua num curso EaD. Assim, conclui-se que as oficinas de ordem prática, sejam elas virtuais ou presenciais, constituem-se como uma possibilidade para o aprimoramento da confiança discente e para a construção de uma práxis pedagógica de quali-dade, sobretudo porque tais modelos permitem o redimensionamento dos espaços e tempos edu-cacionais, permitindo, inclusive, a valorização de uma formação docente construída no diálogo en-tre a teoria e a prática.

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A disciplina de Desenho e escultura dental, do Departamento de Odontologia da Universi-dade de Taubaté, se dedica a ensinar a anatomia específica do órgão dentário. Os conhecimentos adquiridos nessa disciplina, no terceiro perí-odo, serão úteis e necessários para toda a vida acadêmica e profissional do cirurgião-dentista, independentemente da área de especialização do mesmo. É necessário evitar que os alunos simplesmente decorem os assuntos. É preciso que sejam estimulados a realizar esforços para entender e fixar as características de cada ele-mento dental (MADEIRA & RIZZOLO, 2016). O objetivo deste trabalho é mostrar uma nova técnica desenvolvida para facilitar o aprendiza-do da anatomia dental por meio de desenhos e pintura de macromodelos em gesso.

A disciplina de desenho e escultura dental tem uma hora de aula teórica e duas horas de atividades práticas laboratoriais semanais. A metodologia de ensino envolveu a descrição de-talhada, com aula expositiva da anatomia den-tal, individualizada para cada elemento, por parte da professora ministrante. Concomitante-mente, o aluno, de posse de um macromodelo em gesso do elemento estudado, fornecido pre-viamente à aula, coloria as estruturas dentais e características anatômicas com tinta ou lápis de cor (figura 1). Ao mesmo tempo em que ia colorindo o macromodelo, o aluno executava o desenho das quatro faces dos elementos (figu-ra 2), montando uma apostila de estudo. Tanto os macromodelos coloridos, quanto a apostila,

ODONTOLOGIA

Técnicas para ensino, aprendizagem e fixação da anatomia dentária

AUTORES: Profa. Ma. Célia Regina de Paula, Profa. Dra. Marina Amaral e discente Gabriela Aparecida Carneiro dos Santos.DESCRITORES: escultura dental, macromodelos em gesso, anatomia dental.

deveriam ser levados à aula prática, para que servissem de espelho para a escultura dos den-tes em cera (figura 3). Dessa forma, o aluno tem contato com as estruturas dentais e nomencla-turas específicas pela primeira vez, por meio de aula expositiva, acompanhada do desenho em papel.

Figura 1. Macromodelos em gesso com pintura das estruturas anatômicas em tinta

As mesmas estruturas ensinadas são reco-nhecidas em modelo de gesso em escala au-mentada, para depois serem reproduzidas em cera. Segundo Madeira &Rizzolo (2016), quan-to maior for o número de sentidos estimulados,

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Vivência acadêmica na graduação 35

maior é a chance de aprender. Porém, alguns alunos podem aprender mais du-rante a aula expositiva, outros pelo desenho que realizam em concomitância. Ain-da, alguns alunos fixam melhor o conteúdo pelo reconhecimento e pela pintura das estruturas no macromodelo.

As diferentes formas de abordagem do assunto são valiosos meios de apren-dizagem da anatomia dental. Além de desenvolverem a habilidade psicomotora, levam ao maior entendimento das estruturas anatômicas presentes em cada ele-mento e facilitam a escultura dos dentes em cera.

Figura 2. Página da apostila com características e desenho do elemento dental estudado

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O Programa Institucional de Bolsa de Inicia-ção à Docência (Pibid) apresenta-se como uma oportunidade aos alunos do curso de Educação Física da Universidade de Taubaté (UNITAU) para se inserirem na prática docente, na rea-lidade da escola pública, sendo possível uma reflexão crítica das práticas escolares que se apresentam à luz da discussão teórica, aconte-cida nos momentos de orientação do trabalho.

Essa proposta se constrói a partir da impor-tância e da necessidade do futuro profissional se inserir o quanto antes na prática pedagógica, tendo a oportunidade de intervir ativamente no processo ensino-aprendizagem. Conforme Gatti (2014), o momento do ingresso na carrei-ra propiciará, de fato, a experiência no trato do ensino, ao assumir a responsabilidade de sa-las de aula. Por meio do Pibid/UNITAU, há a oportunidade de vivenciar, investigar e refletir sobre a realidade escolar, adquirir experiência como professor e aprender a lidar com as vá-rias situações existentes em uma escola.

Na graduação, os alunos adquirem a teoria e vivenciam a prática com os colegas de classe, mas sabemos que essa ação é muito diferente quando aplicada na escola com os alunos.

Por meio do Pibid, podem de fato pôr em prática tudo o que aprenderam e aprendem ainda mais, pois a escola é um ambiente pro-missor, mas também assustador para quem

EDUCAÇÃO FÍSICA

Contribuição do PIBID para formação docente do professor

de Educação Física

AUTORES: Profa. Ma. Maria Aparecida Ribeiro, Profa. Ma. Ana Beatriz Fortes de Carvalho, Profa. Ma. Lucia Helena Gomes. DESCRITORES: Pibid, educação física, formação docente.

não estiver realmente preparado para lidar com as situações do dia a dia. No contexto, po-demos elucidar algumas contribuições que re-latam os bolsistas: experiência para nós futu-ros professores; oportunidade para lidar com o imprevisto e saber como improvisar para lidar com qualquer situação; possibilidade de adap-tar as aulas às condições dos alunos de forma a não deixar ninguém de fora (sem exclusão); convívio com outros professores, em que a tro-ca de informações e experiências é de grande proveito para todos; conhecimento da realida-de escolar (como funciona, como é a relação professor/professor, professor/diretor e, prin-cipalmente, professor/aluno); conhecimento da realidade dos alunos (qual é seu contexto social, cultural, socioeconômico etc.).

Com base nessas ações, os alunos aprendem a preparar as aulas, aprendem como adaptar as aulas aos recursos materiais disponíveis e têm a oportunidade de aplicar os planos de aula em ação e ver os resultados. Os saberes profissio-nais, para Tardif (2002), têm, portanto, ori-gens diversas e só podem ser compreendidos se considerados em todos os seus aspectos. A experiência possibilitou aos alunos se senti-rem, de fato, como professores, sujeitos a uma diversidade de situações, agradáveis ou cons-trangedoras, existentes na realidade de qual-quer escola.

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