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1 Vol. 05 - Dezembro de 2017 – www.apac.pe.gov.br BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA Nº 12

Vol. 05 - APAC - Agência Pernambucana de Águas e Clima climatico... · ... da Agência Pernambucana de Águas e Clima - ... teve um pequeno aquecimento no litoral leste e norte

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Vol. 05 - Dezembro de 2017 – www.apac.pe.gov.br

BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA

Nº 12

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Paulo Henrique Saraiva Câmara – Governador

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Márcio Stefanni Monteiro Morais - Secretário

SECRETARIA EXECUTIVA DE RECURSOS HÍDRICOS Coronel Mário Cavalcanti - Secretário Executivo

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA

Marcelo Cauás Asfora - Diretor-Presidente

DIRETORIA DE REGULAÇÃO E MONITORAMENTO Maria Crystianne Fonseca Rosal - Diretora

DIRETORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Gustavo Henrique Ferreira Gonçalves de Abreu - Diretor

DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Alexandre Lima Diniz de Oliveira - Diretor

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BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA

B. Clima: sínt. climática Recife v.5 n.12 p. 34

Dezembro de 2017

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Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC Avenida Cruz Cabugá, nº 1111, Santo Amaro, Recife/PE - CEP: 50040-000

Fone: (81) 3183-1060 / 1061 e Fax: (81) 3183-1058

www.apac.pe.gov.br

© 2017 Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de dados ou informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte. Disponível também em: < http://www.apac.pe.gov.br/> EQUIPE TÉCNICA Coordenação Geral Patrice Rolando da Silva Oliveira Gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas AUTOR Zilurdes Fonseca Lopes Analista de Meteorologia CO-AUTORES Carlos Alexandre Wanderley da Silva Técnico em Hidrometeorologia Edvânia Pereira dos Santos Analista de Meteorologia Fabiano Prestrelo de Oliveira Analista de Meteorologia Hailton Dias da Silva Junior Analista de Meteorologia Josafá Henrique Gomes Técnico em Hidrometeorologia Maria Aparecida Fernandez Analista de Meteorologia Roberto Carlos Pereira Gomes Analista de Meteorologia Romilson Ferreira da Silva Analista de Meteorologia Roni Valter de Souza Guedes Analista de Meteorologia

Vinícius Gomes Costa Júnior Analista de Meteorologia Coordenação de Edição José de Calazans Neto - DRT 3262/PE Gerente de Articulação e Comunicação Normalização Bibliográfica Tarciana Santana Oliveira Analista de Biblioteconomia

5

Sum

ário

Apresentação 06 1. Introdução 07 2. Precipitação Acumulada 08 3. Monitoramento da seca 12 4. Condições Oceânicas 19 5. Temperatura e umidade do ar 21 6. Apêndice 24

6

A criação, pelo Governo de Pernambuco, da Agência Pernambucana de Águas e Clima - APAC, uma autarquia especial integrante da administração pública estadual indireta, foi um fato de grande relevância para o fortalecimento da meteorologia em Pernambuco. A Lei Ordinária nº 14.028, de 26 de março de 2010, que criou a APAC, também incorporou legalmente à estrutura administrativa do Estado as competências e responsabilidades relacionadas ao monitoramento e à previsão do tempo e clima no Estado. O estabelecimento do marco legal e institucional tornou possível a formação de um quadro permanente de meteorologistas, contratados através de concurso público, para formar a Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da APAC; bem como a realização de um programa consistente de investimentos para a modernização, ampliação e automatização do processo de coleta de dados meteorológicos e climatológicos no Estado. Esses investimentos têm aumentado significativamente a frequência das observações e a quantidade de pontos e de variáveis monitoradas no território pernambucano. A partir desses dados, consistidos e analisados, são geradas informações para as diferentes áreas do governo, bem como são desenvolvidos estudos para identificar e melhor definir os sistemas e os fenômenos meteorológicos que atuam sobre Pernambuco. Contudo, a missão desta Agência estaria incompleta se os dados e as informações produzidos não fossem postos ao alcance de toda a sociedade de forma transparente e democrática. Assim, desde a sua criação, a APAC, através do seu site eletrônico, tem disponibilizado o acesso aos dados climatológicos observados no Estado, bem como aos informativos e boletins sobre o tempo e o clima em Pernambuco. A elaboração e publicação mensal da Síntese Climática são mais um esforço desta Agência no sentido de compartilhar com a sociedade e as entidades congêneres dados, informações e conhecimento. Neste boletim mensal, que a partir de 2013 passou a ser publicado e distribuído em impressos, busca-se apresentar, com um maior aprofundamento técnico, a análise dos parâmetros atmosféricos e dos eventos meteorológicos ocorridos no estado de Pernambuco a cada mês. Todos que operam esta Agência acreditam que o compartilhamento dos dados e das informações é um instrumento essencial à construção do conhecimento. É com esta crença que disponibilizamos esta publicação e que nos colocamos à disposição para receber as sugestões e críticas que tenham por objetivo a melhoria deste produto. Marcelo Cauas Asfora Diretor-Presidente

Apresentação

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O presente boletim é uma síntese climática do

mês de dezembro de 2017 para o estado de Pernambuco, constando informações sobre o comportamento das variáveis meteorológicas mensuradas nas estações, como chuva, temperatura e umidade relativa do ar, bem como análises dos parâmetros oceânicos e atmosféricos globais.

O mês de dezembro é considerado um mês seco nas regiões do Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife (RMR) e mês de transição no Sertão pernambucano. Houve grande variabilidade de precipitação na Zona da Mata, com mais chuva na parte Sul do que na parte Norte. Na região agrestina, as chuvas foram mais homogêneas na mesorregião do Agreste Central, no entanto, os maiores volumes ocorreram no Agreste Meridional.

Sertão foi à região com maiores déficits de chuva no mês de dezembro, principalmente o Sertão de Pernambuco, nas mesorregiões do Pajeú, Sertão Central e Araripe. Na região sertaneja, o Sertão do Moxotó foi a que apresentou chuva mais próxima da média climatológica e com distribuição espacial mais homogênea.

A região do Sertão foi a com maiores valores de temperaturas máximas e também a com os menores valores de umidade relativa mínima; a temperatura média máxima ficou acima de dos 34 °C e umidade mínima média abaixo de 30%. As menores temperaturas ocorrem na região do Agreste Central, devido ao relevo e a pouca nebulosidade nesse período.

Com relação ao Monitor de Secas do Nordeste houve permaneça da seca excepcional na parte oeste do Estado e os impactos mantiveram-se de curto e longo prazo em quase todo o estado pernambucano.

No mês de dezembro a temperatura da superfície do mar no Atlântico Tropical Sul, em particular na costa leste do Nordeste, teve um pequeno aquecimento no litoral leste e norte da região e, aumentou a área do núcleo frio próximo ao litoral sul e sudeste do Brasil. Esse resfriamento das águas superficiais no Atlântico Sul intensificou o sistema de alta pressão, intensificando também a velocidade do vento na costa leste do Nordeste do Brasil. Quanto ao oceano Pacífico equatorial houve permanecia da anomalia média de -0,8 °C na área do Niño 3.4 .

1.Introdução

8

2.1. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM DEZEMBRO

A distribuição da chuva no estado de

Pernambuco no mês de dezembro pode ser observada na Figura 1. Na Mata Sul foi onde ocorreram os maiores acumulados de precipitação e os menores foram nas regiões do Agreste e Mata Norte. As chuvas nas quatro regiões pernambucanas ocorreram predominantemente na segunda quinzena de dezembro.

A chuva na RMR ocorreu principalmente nos municípios mais ao sul da região como Ipojuca (60,9

mm), Cabo (60,3 mm) e Jaboatão (41 mm). Também ocorreram acumulados de chuva acima de 40 mm em Paulista e Abreu e Lima; em Recife o acumulado foi de 31,8 mm. Na Zona da Mata, a ocorrência foi principalmente na Mata Sul tanto em termo de quantidade de município quanto em acumulado de chuva, em particular nos municípios da Mata Sul como Xexéu (134,5 mm), Catende (104 mm), Rio Formoso e Maraial (98 mm); em Jaqueira, onde foi registrado o maior acumulado, o volume de chuva foi de 155 mm.

A mesorregião do Agreste Central (municípios limítrofes com a Mata Sul) foi onde houve os maiores acumulados de chuva sendo o município de Poção com maior valor (80 mm), seguido pelos municípios de Lagoa dos Gatos (59,8 mm) e Bonito (57 mm). O Agreste Meridional foi à segunda mesorregião do Agreste com números de municípios com precipitação observada e também com maiores acumulados como em Correntes e Tupanatinga que foi registrado 79 mm e 51 mm, respectivamente. O Sertão de São Francisco, Moxotó e Alto Sertão foram os mais beneficiados pela pouca chuva no mês de dezembro com acumulado de 76 mm em Serrita, 73 mm em Floresta e 49 mm em Ibimirim.

O mapa com o desvio de precipitação no estado de Pernambuco, para o mês de dezembro (Figura 2), mostra que os municípios mais ao sul da Mata Sul tiveram chuva acima do que é esperado para o referido mês, no entanto, a Zona da Mata ficou com chuva dentro da normalidade (10%), apesar na Mata Norte a chuva ter ocorrido abaixo da média climatológica. Alguns pontos do Agreste Central apresentou chuva acima da média e, em torno da média no Agreste Meridional. O acumulado médio de precipitação ficou próximo da normalidade, isto é, na região do Agreste a chuva ficou 26% abaixo da média.

A região do Sertão teve grande variabilidade espacial de precipitação, como é característica da região, principalmente neste mês de transição entre o período seco e chuvoso; chuva dentro da normalidade foi observada em grande parte dos municípios dos sertões do Moxotó e Central. O déficit de chuva foi de 61%, que significa que o acumulado de chuva da região foi 18,4 mm dos 47 mm que normalmente são registrados.

2.Precipitação Acumulada

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Depois do Sertão, a RMR foi à região de Pernambuco com maior déficit de chuva no mês de dezembro, a média climatológica é de 57 mm e foi observado 32 mm representando 43% de chuva abaixo da climatologia. Vale salientar que grande parte da chuva observada na RMR ocorreu nos municípios ao sul da região.

Figura 1 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) em dezembro no estado de Pernambuco.

Figura 2 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada em dezembro no estado de Pernambuco.

2.2. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2017

A distribuição espacial da precipitação no estado de Pernambuco em 2017 está representada na Figura 3, que mostra que os maiores volumes de chuva ocorreram na Mata Sul e RMR com acumulados superiores a 2000 mm em alguns municípios. No Agreste Meridional e Central choveu mais do que no Agreste Setentrional o qual apresentou os menores valores de precipitação na região agrestina. A região sertaneja foi a que apresentou maior variabilidade de precipitação com maior ocorrência de chuva no Sertão de Pernambuco, em especial na mesorregião do Pajeú, e os menores volumes no Sertão de São Francisco.

10

A precipitação acumulada dos meses de maio a julho alterou de forma

significativa os valores anuais, devido os eventos extremos de precipitação que ocorreram principalmente à porção meridional e central do Agreste e na Mata Sul. Em grande parte do estado foram observados acumulados no primeiro semestre que ficaram acima de 600 mm, destacando a região da Mata Sul, onde foi registrado valores em torno de 2000 mm.

Os desvios relativos à climatologia na Figura 4 indicam que boa parte do Sertão do Pajeú, do Moxotó, Agreste Setentrional, Mata Norte e RMR ficaram com precipitação em torno da normalidade. Grande parte da Mata Sul e sul do Agreste meridional, a chuva foi acima da climatologia devido os eventos extremos de precipitação que ocorreram nos meses de maio e junho nessas áreas. Os déficits anuais de precipitação são encontrados no Sertão do São Francisco, Sertão Central e do Araripe.

Figura 3 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) de janeiro a dezembro no estado de Pernambuco

Figura 4 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada de janeiro a dezembro no estado de

Pernambuco.

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A Região Metropolitana do Recife apresentou acumulado de precipitação de janeiro a dezembro com valores variando entre 920 mm a 2422 mm e média de 1756 mm; os municípios onde mais choveu foram: Cabo (2422 mm), Ipojuca (2187 mm), Jaboatão dos Guararapes (2155 mm) e Recife (2149 mm). A região como um todo ficou com chuva anual em torno da normalidade (13% abaixo do normal).

Na Zona da Mata, o acumulado médio registrado foi de 1483 mm, que corresponde a 15% acima do esperado para a região o qual é em torno de 1321 mm. As precipitações ocorreram principalmente nos meses de maio, junho e julho com maiores acumulados na Mata Sul, nas localidades de Sirinhaém (3280 mm), Rio Formoso (2741 mm), Amaraji (2704 mm) e Barreiros (2504 mm); os municípios com percentual maior que 50% de chuva acima da climatologia foram: Jaqueira (157%), Maraial (102%), Amaraji (99%), Belém de Maria (90%), São Benedito do Sul (87%), Catende (71%), Chã Grande (65%), Primavera (59%) e Ribeirão e Água Preta (55%) cada um.

A região do Agreste teve chuva em torno da normalidade, a pesar do Agreste Meridional apresentar precipitação de 14% acima da média climatológica, valor este, que é considerado na faixa de chuva na categoria normal. Os municípios que ficaram com chuva com um percentual acima de 50% da média climatológica foram: Bonito com 147%, Correntes com 108%, Camocim de São Felix 97%, Barra da Guabiraba com 63%, Palmeirinha com 58% e Jupi e Jurema com 52% cada um.

No Sertão, o destaque são os municípios com chuva abaixo da média climatológica, dos 75 municípios com registro de precipitação em 37 deles o déficit de chuva foi superior a 40%, dentre os quais estão: Serra Talhada (-96%), Tuparetama (-95%), Inajá (-93%), Santa Maria da Boa Vista (-92%) e Orocó (-91%). A região sertaneja apresentou um déficit anual de chuva de 35%. A tabela 1 mostra o resumo da quantidade de chuva em cada região do estado de Pernambuco, para o mês de dezembro e o acumulado de 2017. No apêndice, tem-se o acumulado de chuva, a climatologia e o desvio para cada município do estado.

Tabela 1 – Acumulados, climatologias e desvios de chuva nas mesorregiões no mês de dezembro e no acumulado de 2017.

Acumulado mensal médio

(mm)

Média Climatológi

ca (mm)

Desvio (%)

Acumulado médio

(mm)

Média Climatológica

(mm)

Desvio (%)

Região Metropolitana do Recife

32 56,2 -43,1 1756 2039,6 -13,3

Zona da Mata 38,8 37,2 10,6 1482,7 1321 14,4

Agreste 20,2 28,4 -26,5 810,4 768,6 5,2

Sertão 18,4 46,8 -61 399,8 624,0 -35,4

Regiões

Dezembro

Janeiro a Dezembro

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3.1. QUANTIS

A APAC faz o monitoramento da seca através da técnica dos quantis, os quais são elaborados por regiões pluviométricas homogêneas representadas na Figura 5. As regiões pluviométricas homogêneas são regiões com características similares de quantidade e de período de chuvas. O método dos quantis associa a precipitação mensal a cinco intervalos regulares a partir de uma função de distribuição acumulada. A precipitação observada é enquadrada em um intervalo de cinco classes, as quais representam a seguinte classificação climática: Muito Seco, Seco, Normal, Chuvoso e Muito Chuvoso.

Figura 3 - Microrregiões de pluviometrias homogêneas do estado de Pernambuco.

SERTÃO A estação chuvosa do Sertão inicia em janeiro e finaliza em abril, sendo março o

mês mais chuvoso. A distribuição temporal dos acumulados de precipitação nas microrregiões do Sertão pode ser vista nas Figuras 4, 5, 6 e 7. Houve grande variabilidade espaço-temporal na região do Sertão de Pernambuco. Nas Mesorregiões do Alto Sertão e Sertão do Moxotó, nos primeiros três meses do ano, os quais fazem parte do período chuvoso, as precipitações ocorridas ficaram na categoria seca ou muito seca. No Sertão do Pajeú houve uma maior ocorrência de chuva proporcionando precipitação em torno da normalidade. No mês de abril, a precipitação foi mais distribuída do que os meses anteriores e as três Mesorregiões do Sertão de

3.Monitoramento da Seca

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Pernambuco (Alto Sertão, Sertão do Pajeú e Moxotó) apresentaram chuva na faixa da normalidade. Nos meses do período seco, como esperado, a ocorrência de chuva voltou a ser irregular com maiores acumulados no Sertão do Pajeú e Moxotó, no entanto, na maioria dos meses, a precipitação permaneceu na categoria da normalidade. Dentro do período seco ocorreram mais chuvas no Alto Sertão, no mês de novembro. No mês de transição entre o período seco e chuvoso, mês de dezembro, a chuva foi abaixo da média das mesorregiões sertanejas.

No Sertão do São Francisco, todos os meses da quadra chuvosa permaneceram com chuva entre as categorias seca a muito seca. No período seco e de transição, a precipitação observada ficou na faixa de muito seco.

Figura 4 - Quantis mensais para o Alto Sertão

Figura 5 - Quantis mensais para o Sertão do São Francisco

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Figura 6 - Quantis mensais para o Sertão do Pajeú

Figura 7 - Quantis mensais para o Sertão do Moxotó

AGRESTE

O período mais chuvoso do Agreste compreende os meses de abril a agosto, enquanto que os meses de setembro a janeiro são considerados os mais secos. As três Mesorregiões apresentaram chuva na categoria muito seca, nos três primeiro meses do ano. No período chuvoso, a precipitação foi muito variável com chuva concentrada em poucos meses, com destaque para o mês de maio onde a precipitação ocorrida foi atípica extrapolando o valor climatológico das regiões do Agreste Central e Meridional (Figuras 9 e 10).

A distribuição temporal da precipitação na região do Agreste mostra que na estação chuvosa ocorreu mais chuva nas Mesorregiões do Agreste Central e Meridional. Nessas áreas, nos meses do período chuvoso, a chuva ficou na categoria normal a cima da normal (chuvoso a muito chuvoso), não obstante, observando-se a quantidade de precipitação, houve mais chuva no Agreste Meridional do que no Agreste Central. No Agreste Setentrional (Figura 8), nos dois primeiros meses do

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período chuvoso, a precipitação observada ficou na faixa da normalidade reduzindo no mês seguinte (categoria seca) e voltando a ocorrer mais precipitação em julho, o que caracterizou o mês como chuvoso. Em agosto, de acordo com a climatologia, já há uma redação de chuva em comparação a julho, no entanto, o mês foi classificado como muito seco.

Na estação seca, no Agreste Meridional e Central, no primeiro mês da estação a chuva foi acima da média e nos meses subsequentes a mesma fico na faixa da normalidade, com exceção do mês de novembro que foi seco. Quanto ao Agreste Setentrional a chuva ocorreu na categoria dentro da normalidade.

Figura 8: Quantis mensais para o Agreste Setentrional

Figura 9: Quantis mensais para o Agreste Central

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Figura 10: Quantis mensais para o Agreste Meridional

ZONA DA MATA e RMR

Como observado nas demais regiões do estado de Pernambuco (exceção Sertão do Pajeú e Alto Sertão), a região da Zona da Mata e Litoral (Figura 11) também começou o ano com a classificação Muito Seco, passando em fevereiro para a categoria Seco, evoluindo para a categoria Normal nos meses de março e abril, neste último com média acima dos 200 mm nas duas regiões em conjunto (Mata e Litoral).

Em maio, os valores da Zona da Mata e RMR foram muito influenciados pelas precipitações ocorridas na última quinzena do mês, assim como ocorreu no Agreste Central e Meridional e na Mata Sul, o que elevou os valores médios da região a ultrapassarem os 300 mm. Em junho e Julho os valores registrados ficaram próximos aos de maio, sendo classificados como chuvosos, também ressaltando que esses meses compõem parte da quadra chuvosa dessas regiões. No último mês do período chuvoso, em agosto, os valores de chuva reduziram significativamente em relação ao trimestre anterior, ficando abaixo dos 100 mm e na categoria Seco. No período seco da região, a chuva foi classificada na categoria normal devido às precipitações ocorridas na Mata Sul.

Figura 11: Quantis mensais para Zona da Mata e Litoral

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3.2. MONITOR DE SECAS DO NORDESTE O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da

situação da seca no Nordeste, objetivando integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca, como: sua severidade, a evolução espacial e no tempo, e seus impactos sobre os diferentes setores envolvidos.

Os resultados consolidados com as diversas instituições envolvidas são divulgados mensalmente por meio do Mapa do Monitor de Secas, contendo informações sobre a situação de secas, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região. As categorias de seca (tabela 2) descrevem os efeitos (impactos) da seca nas lavouras, na disponibilidade de água, nas pastagens, etc.

As cores do mapa indicam as categorias de seca. Quanto mais escuro, mais seco está. As letras indicam a intensidade do impacto da seca (Figura 14). O impacto pode ser de Curto(C) ou de Longo Prazo (L) ou de Curto e Longo prazo ao mesmo tempo (CL). As linhas do mapa delimitam em que regiões os impactos da seca são de Longo prazo (L), Curto prazo (C) ou Curto e Longo prazo (CL).

Tabela 2: Estágios de seca, ou categorias, as quais definem a intensidade de seca no mapa do Monitor.

Fonte: Adaptado do National Drought Mitigation Center, Lincoln, Nebraska, U.S.

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Síntese do Traçado do Monitor das Secas do Mês de dezembro de 2017

Foram observados índices pluviométricos mensais muito baixos (< 50 mm), salvo poucas e pequenas áreas que apresentaram chuvas mensais na faixa de 50 a 75 mm. Basicamente só foram registrados desvios negativos, sendo o mais expressivo (entre -50 a -100 mm) na porção extremo oeste, onde eram esperados os maiores volumes de chuva para o período (em torno de 75 a 100 mm). A metade leste do Estado mostrou os menores desvios.

A semelhança de novembro, as poucas chuvas ocorridas na porção oeste do Estado não foram suficientes para amenizar a severidade da seca na região, que se manteve com seca excepcional (S4). Na Zona da Mata e Litoral, o predomínio foi de secas moderada (1) e fraca (S0). Apenas numa pequena área na Mata Sul é que se manteve sem seca. Quanto aos impactos, estes se mantiveram de curto e longo prazo (CL) em quase todo o Estado. Parte da zona da mata e todo o litoral passaram para um impacto de curto prazo (C).

Maiores informações sobre o Monitor de Secas do Nordeste podem ser acessadas no site da APAC (www.apac.pe.gov.br) no link “Monitor de Secas do Nordeste” ou diretamente no site http://monitordesecas.ana.gov.br/

Figura 12: Monitor da secas do Nordeste de novembro (a) e de dezembro (b) de 2017

a b

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A anomalia média da Temperatura da Superfície do Mar observada no mês de dezembro (Figura 13), no oceano Pacífico equatorial foi -1,3 °C na região do Niño 1+2, -0,8 °C no Niño 3.4 e de 0,0 °C na região do Niño 4.

No Atlântico Tropical Sul, as TSMs continuam mais aquecidas no Atlântico Norte do que no Atlântico Sul e houve aumentou da área com anomalia negativa no Atlântico Sul em comparação com as condições de novembro. Esse pequeno resfriamento das águas superficiais no Atlântico Sul resultou no aumento da velocidade do vento na costa leste do Nordeste do Brasil.

Figura 13 - Anomalia de temperatura da superfície do mar (°C) referente ao mês de dezembro. Fonte: CPTEC/INPE, 2018.

O campo médio das linhas de corrente no nível de 850 hPa (Figura 14) representam o comportamento médio do vento na atmosfera, nos baixos níveis da atmosfera, aproximadamente 1,5 Km de altitude. O Anticiclone do Atlântico Sul permaneceu mais próximo da costa do Brasil com uma crista alongada atingido grande parte norte do Brasil.

4.Condições Oceânicas e Atmosféricas

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Figura 14 – Linhas de corrente em 850 hPa referentes ao mês de dezembro. Fonte: CPTEC/INPE, 2018.

A circulação do vento em altos níveis (aproximadamente 12 km de altitude) está representada na Figura 15, por meio das linhas de corrente em 200 hpa. Houve predominância de um Cavado de Altos Níveis sobre a região Nordeste do Brasil o qual contribuiu para a pouca precipitação no Sertão pernambucano posicionamento.

Figura 15 – Linhas de correntes em 200 hPa referente ao mês de dezembro. Fonte: CPTEC/INPE, 2018.

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A região com os maiores valores de temperatura máxima média em dezembro (Figura 16) foi a do Sertão seguida pelas Mesorregiões do Agreste Setentrional e Central. Os municípios com maiores temperaturas máximas médias, que se têm registros, foram: Floresta (36,4 °C), Cabrobó (35,7 °C), Ouricuri (35,3 °C), Serra Talhada (35,1 °C), Arcoverde (33,8 °C), Águas Belas (33,6 °C) e Surubim (33,2 °C). Temperaturas acima de 37 °C ocorrem na região do Sertão de São Francisco (exceção Ouricuri), sendo que, a maior temperatura absoluta foi observada no município de Floresta (39,9 °C). Todas as regiões pernambucanas registraram temperatura acima da normal climatológica, no entanto, Sertão e Agreste apresentaram desvio acima de 3°C no referido mês.

Já os menores valores da temperatura média mínima (Figura 17) foram observados no Agreste, em particular no Agreste Central. Normalmente os menores valores de temperaturas, em Pernambuco, são influenciados pela orografia e pela ausência de nuvens, no período da madrugada, que proporciona uma maior perda de radiação e consequentemente um maior resfriamento da superfície. Brejão, Caruaru e Arcoverde estão dentre os munícipios com temperatura mínima média na faixa dos 19 °C. A temperatura mínima média também ficou acima da normal climatológica indicando que as noites nos municípios pernambucanos foram mais quentes que o normal.

Figura 16 – Média mensal das temperaturas máximas (°C) em dezembro no estado de Pernambuco.

4.Temperatura e Umidade do Ar

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Figura 17 – Média mensal das temperaturas mínimas (°C) em dezembro no estado de Pernambuco.

A umidade relativa do ar representa a quantidade de vapor d´água presente na atmosfera com relação ao máximo de vapor que atmosfera pode reter. Quando a umidade do ar está baixa, as chuvas são escassas e quando se tem aumento da umidade, aumenta também as chances de chuva. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) valores de umidade abaixo de 20% oferecem risco à saúde. A umidade relativa do ar é inversamente proporcional à temperatura e, por isso, os menores valores de umidade ocorrem no período da tarde, horários em que as temperaturas são mais altas.

Com relação à umidade relativa mínima média, o Sertão do Pajeú e parte do Sertão do Moxotó foram às áreas mais secas do estado, com umidade abaixo de 20% o que não condiz com a área de com temperatura mais alta observada, que foi a da região do São Francisco. Assim, os menores valores de umidade relativa do ar foram observados no Sertão de Pernambuco, nos municípios de Ouricuri e Serra Talhada (10%). Vale ressaltar que houve menos ocorrência de precipitação no Sertão do Pajeú do que no Sertão do São Francisco, explicando assim, a umidade mais baixa na primeira região. No entanto, se for considerado umidade abaixo dos 30% grande parte do Sertão, assim como do Agreste, estão de acordo com as áreas com temperaturas mais elevadas. Na Zona da Mata e Litoral os valores ficaram acima de 50%, como esperado. Os registros absolutos das temperaturas e da umidade podem ser vistos na Tabela 3.

Figura 18 – Média mensal da umidade relativa mínima (%) em dezembro no estado de Pernambuco.

23

Tabela 3 – Valores extremos de temperatura ocorridos no mês de dezembro em alguns municípios pernambucanos.

Águas Belas

37,3

19,8

18

Araripina 34,8 19,3 15

Arcoverde 36,9 16,9 15

Brejão 32,1 17,8 34

Cabrobó 39,3 22,2 23

Carpina 32,4 21,9 44

Caruaru 34,5 15,7 26

Floresta 39,9 20,0 13

Garanhuns 33,1 17,7 16

Goiana 30,9 20,8 54

Ibimirim 33,1 17,7 16

Ouricuri 38,3 21,6 10

Palmares 35,9 20,1 38

Petrolina 38,8 21,6 15

Salgueiro 36,8 21,9 13

São Lourenço da Mata 32,4 23,4 51

Serra Talhada 37,9 20,3 10

Surubim 35,4 20,3 25

Vitória S. Antão 31,9 20,0 45

Localidade Temperatura

Máxima Absoluta °C

Temperatura Mínima Absoluta

°C

Umidade Mínima Absoluta

%

24

APÊNDICE

25

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM DEZEMBRO

Abreu e Lima 40,6 60,2 -32,6

Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 15,3 35,5 -56,9 Cabo 55,6 60,6 -8,3 Cabo (Barragem de Gurjaú) 39,2 60,6 -35,3 Cabo (Barragem de Suape) 42,4 60,6 -30,0 Cabo (Pirapama) 60,3 60,6 -0,5 Camaragibe 44,3 54,7 -19,0 Igarassu 19,0 48,4 -60,7 Igarassu (Bar,Catucá) 28,0 48,4 -42,1 Igarassu (Usina São José) 25,3 48,4 -47,7 Ipojuca 60,9 61,0 -0,2 Ipojuca (Suape) - PCD 42,2 61,0 -30,8 Itamaracá 8,9 50,8 -82,5 Itapissuma 14,9 47,6 -68,7 Jaboatão (Cidade da Copa) - PCD 41,4 61,5 -32,7 Jaboatão dos Guararapes (Bar,Duas Unas) 25,9 61,5 -57,9 Moreno 27,1 48,8 -44,5 Olinda 18,4 62,4 -70,5 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 8,5 62,4 -86,4 Paulista 41,0 57,4 -28,6 Recife (Alto da Brasileira) 31,8 65,0 -51,1 Recife (Codecipe / Santo Amaro) 19,6 68,0 -71,2 Recife (Várzea) 30,1 65,0 -53,7 São Lourenço da Mata (Tapacurá) 29,5 38,3 -23,0 Água Preta 69,4 18,0 285,6 Aliança 21,6 33,3 -35,1 Amaraji 58,9 41,9 40,6 Barreiros 64,3 52,6 22,2 Barreiros - PCD 0,0 52,6 -100,0 Belém de Maria 94,9 31,2 204,2 Buenos Aires 0,3 30,8 -99,0 Camutanga 2,5 34,7 -92,8 Carpina (Est, Exp, de Cana-de-Açúcar) 15,0 29,1 -48,5 Carpina - PCD 15,8 29,1 -45,7 Catende 104,0 38,5 170,1 Chã de Alegria 2,5 37,0 -93,2 Chã Grande 8,0 37,1 -78,4 Condado 15,0 35,0 -57,1 Cortês 42,1 46,3 -9,1 Escada 46,8 50,7 -7,7 Ferreiros 5,2 34,4 -84,9 Gameleira 53,8 45,7 17,7 Glória do Goitá 7,0 33,0 -78,8 Goiana (Itapirema - IPA) 9,6 38,7 -75,2 Goiana - PCD 27,2 38,7 -29,7 Itambé (IPA) 8,0 32,4 -75,3 Itaquitinga 19,0 34,5 -44,9 Jaqueira 155,0 33,2 366,9 Joaquim Nabuco 75,5 38,4 96,6 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 5,3 26,7 -80,1 Lagoa do Carro 12,2 28,0 -56,4 Macaparana 12,2 36,9 -66,9 Maraial 97,5 29,7 228,3 Nazaré da Mata 19,0 28,0 -32,1

Municípios

Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

26

Palmares 74,2 41,6 78,4 Paudalho 9,8 40,3 -75,7 Paudalho (Barragem de Goitá) 4,3 40,3 -89,3 Pombos 33,7 35,0 -3,7 Primavera 45,3 44,2 2,5 Quipapá 48,4 16,7 189,8 Ribeirão 0,0 41,9 -100,0 Ribeirão (Fazenda Capri) 45,5 41,9 8,6 Rio Formoso (Usina Cucaú) 98,4 62,4 57,7 São Benedito do Sul 60,1 25,3 137,5 São José da Coroa Grande 41,4 52,0 -20,4 Sirinhaém 38,8 61,3 -36,7 Tamandaré 83,1 35,7 132,8 Timbaúba 4,4 37,4 -88,2 Tracunhaém 22,8 28,5 -20,0 Vicência 17,5 33,1 -47,1 Vitória de Santo Antão (IPA) 34,1 36,2 -5,8 Vitória de Santo Antão - PCD 37,2 36,2 2,8 Xexéu (Engenho Bom Mirar) 134,5 38,0 253,9

Agrestina 7,5 25,1 -70,1

Águas Belas 27,5 31,9 -13,8 Águas Belas - PCD 21,2 31,9 -33,5 Alagoinha 1,0 25,8 -96,1 Altinho 28,8 22,0 30,9 Angelim 31,0 24,4 27,0 Barra de Guabiraba 53,2 36,7 45,0 Belo Jardim 28,6 32,7 -12,5 Belo Jardim (Açude Bituri) 9,6 32,7 -70,6 Bezerros 12,0 25,3 -52,6 Bom Conselho (IPA) 19,3 20,1 -4,0 Bom Jardim 8,0 41,8 -80,9 Bonito 57,0 26,0 119,2 Bonito (Fazenda Vila Bela) 13,9 32,8 -57,6 Brejão (IPA) 0,0 41,2 -100,0 Brejão - PCD 0,0 41,2 -100,0 Brejo da Madre de Deus 39,5 30,0 31,7 Buíque 25,6 35,5 -27,9 Cachoeirinha 27,8 18,1 53,6 Caetés 13,2 27,7 -52,3 Calçados 19,0 22,2 -14,4 Camocim de São Felix 17,0 29,0 -41,4 Canhotinho 19,7 24,3 -18,9 Capoeiras 23,3 27,7 -15,9 Caruaru 9,4 21,2 -55,7 Caruaru (IPA) 38,2 21,2 80,2 Casinhas 13,0 33,4 -61,1 Correntes 79,0 28,4 178,2 Cumaru 32,0 54,4 -41,2 Cupira 50,0 24,9 100,8 Cupira - PCD 45,4 24,9 82,3 Feira Nova 5,4 22,5 -76,0

Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 14,3 24,1 -40,7 Garanhuns 18,0 22,1 -18,6 Gravatá 3,0 32,0 -90,6

Iati 0,0 27,1 -100,0

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

27

Ibirajuba 21,0 19,2 9,4

Itaiba 20,0 35,1 -43,0 Jatauba 1,5 25,0 -94,0 João Alfredo 15,0 35,3 -57,5 Jucati 12,2 25,9 -52,9 Jupi 10,3 23,6 -56,4 Jurema 18,1 20,0 -9,5 Lagoa do Ouro 37,9 32,6 16,3 Lagoa dos Gatos 59,8 27,4 118,2 Lajedo 12,5 21,4 -41,6 Limoeiro 17,6 28,6 -38,5 Machados 13,3 38,1 -65,1 Orobó 13,0 39,1 -66,8 Palmeirina 0,0 27,7 -100,0 Panelas 38,0 22,2 71,2 Paranatama 31,0 30,4 2,0 Passira 11,5 24,0 -52,1 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 4,2 33,4 -87,4 Pesqueira 24,7 31,2 -20,8 Poção 80,0 28,2 183,7 Riacho das Almas 0,0 17,2 -100,0 Sairé 23,4 30,7 -23,8 Salgadinho 0,0 26,4 -100,0 Saloá 0,0 30,2 -100,0 Sanharó 43,5 33,1 31,4 Santa Cruz do Capibaribe 8,4 15,0 -44,0 Santa Maria do Cambuca 6,3 28,0 -77,5 São Bento do Una (IPA) 22,1 26,0 -15,0 São Bento do Una - PCD 27,8 26,0 6,9 São Caetano 8,0 24,6 -67,5 São João 28,5 24,1 18,3 São Joaquim do Monte 11,0 29,8 -63,1 São Vicente Férrer 19,7 37,2 -47,0 Surubim 11,1 27,7 -59,9 Tacaimbó 24,2 28,3 -14,5 Taquaritinga do Norte 7,8 22,1 -64,7 Terezinha 2,0 32,1 -93,8 Toritama 0,6 23,7 -97,5 Tupanatinga 50,8 36,5 39,2 Venturosa 2,0 29,5 -93,2 Vertente do Lério 17,2 29,2 -41,1 Vertentes (IPA) 7,3 29,2 -75,0

Afogados da Ingazeira 6,5 28,8 -77,4

Afrânio 50,3 59,4 -15,3 Araripina 16,0 72,0 -77,8 Araripina - PCD 28,0 72,0 -61,1 Arcoverde (INMET) 14,4 22,4 -35,7 Arcoverde - PCD 10,6 22,4 -52,7

Belém de São Francisco (CHESF) 0,6 16,1 -96,3

Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 8,2 16,1 -49,1 Belém de São Francisco (IPA) 0,0 16,1 -100,0

SERTÃO

Municípios Acumulado (mm) Média (mm) Desvio (%)

28

Betânia 40,0 39,0 2,6

Bodocó 0,0 57,7 -100,0

Brejinho 0,0 26,7 -100,0 Cabrobó 6,5 7,7 -15,6

Calumbi 14,1 63,9 -77,9 Carnaíba 21,0 34,1 -38,4 Carnaubeira da Penha 20,5 51,6 -60,3 Cedro 20,0 56,2 -64,4 Custódia 16,2 31,6 -48,7

Dormentes 62,6 67,4 -7,1 Exu (IPA) 41,0 60,6 -32,3

Flores 18,0 36,6 -50,8 Floresta (CHESF) 65,7 64,6 1,7 Floresta (IPA) 69,4 64,6 7,4 Floresta - PCD 73,1 64,6 13,2

Granito 0,0 57,6 -100,0 Ibimirim (IPA) 49,2 37,3 31,9 Iguaraci 8,0 34,5 -76,8

Inajá (CHESF) 7,9 34,2 -76,9 Ingazeira 0,0 28,8 -100,0 Ipubi 4,3 71,2 -94,0 Itacuruba 21,0 57,3 -63,4

Itapetim 0,0 27,7 -100,0 Jatobá 0,0 49,7 -100,0

Lagoa Grande 32,0 73,3 -56,3

Manari 5,0 34,9 -85,7

Mirandiba 25,5 53,2 -52,1

Moreilândia 0,0 25,4 -100,0 Orocó 5,0 39,1 -87,2

Ouricuri 0,0 65,3 -100,0 Ouricuri - PCD 0,8 65,3 -98,8

Parnamirim 36,0 56,7 -36,5 Petrolândia 0,0 49,6 -100,0

Petrolina 22,8 60,5 -62,3 Petrolina (INMET) 13,9 60,5 -77,0 Quixaba 10,0 40,0 -75,0 Salgueiro 15,3 55,9 -72,6 Salgueiro - PCD 19,8 55,9 -64,6 Santa Cruz da Baixa Verde 14,0 83,5 -83,2

Santa Cruz da Venerada 8,0 67,8 -88,2 Santa Filomena 5,0 76,5 -93,5 Santa Maria da Boa Vista 30,0 63,6 -52,8

Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 21,3 63,6 -66,5

Santa Maria da Boa Vista - PCD 11,5 63,6 -81,9

Santa Terezinha 0,0 30,3 -100,0 São José do Belmonte 45,0 56,8 -20,8

São José do Egito (Faz, Muquén) 1,3 21,2 -93,9 São José do Egito (IPA) 0,0 21,2 -100,0

São José do Egito - PCD 1,3 21,2 -93,9 Serra Talhada 27,4 50,2 -45,4

Serra Talhada (Açude Cachoeira) 19,4 50,2 -61,4

Serra Talhada (IPA) 11,6 50,2 -76,9 Serra Talhada - PCD 7,5 50,2 -85,1

Serrita 76,0 57,8 31,5 Serrita (Santa Rosa) 54,0 57,8 -6,6

Sertânia 9,0 24,8 -63,7

Sertânia - PCD 12,6 24,8 -49,2 Solidão 14,3 24,8 -42,3

Tabira 4,0 33,3 -88,0 Tacaratu (Sítio Gameleira) 40,0 29,7 34,7

Terra Nova 26,7 48,0 -44,4

29

Trindade 15,0 42,7 -64,9 Triunfo 6,3 70,5 -91,1

Tuparetama 0,0 90,1 -100,0 Tuparetama (Fazenda Riacho) 0,0 24,4 -100,0

Verdejante 39,5 24,4 61,9

30

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A DEZEMBRO

Abreu e Lima 1738,6 2329,2 -25,4

Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 1218,5 1450,4 -16,0 Cabo 2189,6 1920,3 14,0 Cabo (Barragem de Gurjaú) 2408,4 1920,3 25,4 Cabo (Barragem de Suape) 2184,2 1920,3 13,7 Cabo (Pirapama) 2422,2 1920,3 26,1 Camaragibe 1994,9 2117,5 -5,8 Igarassu 1524,5 1974,5 -22,8 Igarassu (Bar,Catucá) 1238,8 1974,5 -37,3 Igarassu (Usina São José) 1301,2 1974,5 -34,1 Ipojuca 2186,6 2005,4 9,0 Ipojuca (Suape) - PCD 1800,2 2005,4 -10,2 Itamaracá 1520,9 2059,5 -26,2 Itapissuma 1491,5 1944,7 -23,3 Jaboatão (Cidade da Copa) - PCD 2155,0 2194,3 -1,8 Jaboatão dos Guararapes (Bar,Duas Unas) 1945,1 2194,3 -11,4 Moreno 1608,6 1802,2 -10,7 Olinda 1650,9 2400,0 -31,2 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 1552,1 2400,0 -35,3 Paulista 1690,1 2254,0 -25,0 Recife (Alto da Brasileira) 1590,4 2457,1 -35,3 Recife (Codecipe / Santo Amaro) 1661,2 1679,0 -1,1 Recife (Várzea) 2149,2 2457,1 -12,5 São Lourenço da Mata (Tapacurá) 921,6 1596,7 -42,3 Água Preta 1843,5 1187,7 55,2 Aliança 868,5 1145,6 -24,2 Amaraji 2703,9 1358,3 99,1 Barreiros 2504,5 2037,9 22,9 Barreiros - PCD 1183,6 2037,9 -41,9 Belém de Maria 1645,2 867,3 89,7 Buenos Aires 907,0 1079,0 -15,9 Camutanga 872,0 1129,7 -22,8 Carpina (Est, Exp, de Cana-de-Açúcar) 1009,6 1106,3 -8,7 Carpina - PCD 1015,2 1106,3 -8,2 Catende 1913,2 1117,8 71,2 Chã de Alegria 996,6 1331,6 -25,2 Chã Grande 1603,1 968,5 65,5 Condado 960,6 1376,7 -30,2 Cortês 1858,9 1788,6 3,9 Escada 1977,9 1623,6 21,8 Ferreiros 1098,3 1151,2 -4,6 Gameleira 2182,5 1707,4 27,8 Glória do Goitá 911,2 1089,9 -16,4 Goiana (Itapirema - IPA) 1391,3 1584,2 -12,2 Goiana - PCD 1437,8 1584,2 -9,2 Itambé (IPA) 1464,0 1252,6 16,9 Itaquitinga 830,9 1383,3 -39,9 Jaqueira 2219,1 865,3 156,5 Joaquim Nabuco 1710,2 1610,4 6,2 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 635,5 935,6 -32,1 Lagoa do Carro 833,9 1016,4 -18,0 Macaparana 1060,8 1062,3 -0,1 Maraial 1628,4 804,0 102,5 Nazaré da Mata 1146,2 1147,8 -0,1

Municípios Acumulado(mm)

)

Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

31

Palmares 1782,6 1416,7 25,8 Paudalho 1083,3 1608,5 -32,7 Paudalho (Barragem de Goitá) 1060,3 1608,5 -34,1 Pombos 756,6 791,1 -4,4 Primavera 2177,5 1369,7 59,0 Quipapá 1170,1 805,0 45,4 Ribeirão 1732,9 1515,9 14,3 Ribeirão (Fazenda Capri) 2361,2 1515,9 55,8 Rio Formoso (Usina Cucaú) 2740,7 2158,8 27,0 São Benedito do Sul 1414,9 758,4 86,6 São José da Coroa Grande 1707,4 2036,7 -16,2 Sirinhaém 3280,0 2258,3 45,2 Tamandaré 2232,3 1594,8 40,0 Timbaúba 743,0 1024,8 -27,5 Tracunhaém 1123,0 1081,4 3,8 Vicência 953,3 1084,3 -12,1 Vitória de Santo Antão (IPA) 977,1 990,7 -1,4 Vitória de Santo Antão - PCD 1010,4 990,7 2,0 Xexéu (Engenho Bom Mirar) 1930,7 1660,4 16,3

Agrestina 970,7 699,3 38,8

Águas Belas 828,4 628,5 31,8 Águas Belas - PCD 724,8 628,5 15,3 Alagoinha 565,8 691,6 -18,2 Altinho 744,8 622,3 19,7

Angelim 1163,8 877,7 32,6 Barra de Guabiraba 1811,1 1109,7 63,2 Belo Jardim 516,4 683,8 -24,5 Belo Jardim (Açude Bituri) 579,0 683,8 -15,3 Bezerros 476,5 547,5 -13,0 Bom Conselho (IPA) 870,0 615,7 41,3 Bom Jardim 599,0 1324,4 -54,8 Bonito 1987,9 806,0 146,6 Bonito (Fazenda Vila Bela) 1468,4 934,9 57,1 Brejão (IPA) 1598,1 1437,0 11,2 Brejão - PCD 590,4 1437,0 -58,9 Brejo da Madre de Deus 1024,1 699,7 46,4 Buíque 1263,1 871,9 44,9 Cachoeirinha 517,9 475,1 9,0 Caetés 670,3 761,3 -12,0 Calçados 975,1 691,0 41,1 Camocim de São Felix 1453,9 736,5 97,4 Canhotinho 1167,6 857,4 36,2 Capoeiras 795,0 673,9 18,0 Caruaru 577,9 611,9 -5,6 Caruaru (IPA) 729,1 611,9 19,2 Casinhas 467,5 929,7 -49,7 Correntes 2197,4 1054,5 108,4 Cumaru 662,9 624,0 6,2 Cupira 918,9 734,8 25,1 Cupira - PCD 949,6 734,8 29,2 Feira Nova 556,6 739,8 -24,8 Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 392,3 621,3 -36,9 Garanhuns 1287,5 873,1 47,5

Gravatá 300,3 786,8 -61,8 Iati 684,1 642,9 6,4

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm)

)

Média(mm) Desvio (mm)

32

Ibirajuba 727,5 573,2 26,9

Itaiba 640,8 627,1 2,2 Jatauba 140,0 509,4 -72,5 João Alfredo 625,5 1077,0 -41,9 Jucati 698,7 625,9 11,6 Jupi 991,5 652,0 52,1 Jurema 1051,5 694,6 51,4 Lagoa do Ouro 1152,3 1155,1 -0,2 Lagoa dos Gatos 1026,3 786,2 30,5 Lajedo 719,6 612,4 17,5 Limoeiro 739,2 939,4 -21,3 Machados 1113,7 1169,1 -4,7 Orobó 703,9 1029,6 -31,6 Palmeirina 1594,0 1010,0 57,8 Panelas 1031,4 715,0 44,3 Paranatama 954,5 930,2 2,6 Passira 645,2 638,8 1,0 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 119,2 687,2 -82,7 Pesqueira 528,3 690,9 -23,5 Poção 803,8 625,3 28,5 Riacho das Almas 348,3 481,6 -27,7 Sairé 1165,6 804,3 44,9 Salgadinho 827,4 713,1 16,0 Saloá 812,2 894,9 -9,2 Sanharó 384,5 644,3 -40,3 Santa Cruz do Capibaribe 280,2 416,2 -32,7 Santa Maria do Cambuca 420,6 693,3 -39,3 São Bento do Una (IPA) 543,3 616,1 -11,8 São Bento do Una - PCD 574,6 616,1 -6,7 São Caetano 529,0 615,2 -14,0 São João 955,8 874,6 9,3 São Joaquim do Monte 1124,0 827,2 35,9 São Vicente Férrer 1206,6 1086,6 11,0 Surubim 510,7 711,8 -28,3 Tacaimbó 456,0 633,6 -28,0 Taquaritinga do Norte 729,9 540,9 34,9 Terezinha 727,6 1056,4 -31,1 Toritama 389,6 557,1 -30,1 Tupanatinga 829,8 735,5 12,8 Venturosa 571,7 734,1 -22,1 Vertente do Lério 383,3 745,7 -48,6

Afogados da Ingazeira 644,5 619,3 4,1

Afrânio 423,3 464,3 -8,8 Araripina 645,2 758,8 -15,0 Araripina - PCD 384,0 758,8 -49,4 Arcoverde (INMET) 585,5 705,5 -17,0 Arcoverde - PCD 649,0 705,5 -8,0 Belém de São Francisco (CHESF) 76,6 506,5 -84,9 Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 127,4 506,5 -74,8 Belém de São Francisco (IPA) 95,2 506,5 -81,2 Betânia 376,2 497,2 -24,3 Bodocó 336,7 685,7 -50,9 Brejinho 661,6 617,9 7,1 Cabrobó 182,3 517,3 -64,8

SERTÃO

Municípios Acumulado(mm

)) Média(mm) Desvio (mm)

33

Calumbi 748,7 917,6 -18,4 Carnaíba 622,0 659,7 -5,7 Carnaubeira da Penha 372,0 566,0 -34,3 Cedro 397,0 675,1 -41,2 Custódia 591,1 551,2 7,2 Dormentes 251,6 493,7 -49,0 Exu (IPA) 357,0 697,2 -48,8 Flores 361,6 669,4 -46,0 Floresta (CHESF) 85,7 616,3 -86,1 Floresta (IPA) 399,2 616,3 -35,2 Floresta - PCD 345,0 616,3 -44,0 Granito 207,0 628,7 -67,1 Ibimirim (IPA) 360,6 576,2 -37,4 Iguaraci 413,8 611,9 -32,4 Inajá (CHESF) 34,6 485,6 -92,9 Ingazeira 702,4 583,7 20,3 Ipubi 562,8 756,5 -25,6 Itacuruba 255,0 584,2 -56,4 Itapetim 688,2 643,9 6,9 Jatobá 113,5 726,3 -84,4 Lagoa Grande 160,6 527,6 -69,6 Manari 810,3 537,3 50,8 Mirandiba 520,0 593,9 -12,4 Moreilândia 369,0 548,3 -32,7 Orocó 107,8 1185,9 -90,9 Ouricuri 370,2 621,7 -40,5 Ouricuri - PCD 301,6 621,7 -51,5 Parnamirim 286,7 543,6 -47,3 Petrolândia 213,4 670,8 -68,2 Petrolina 196,3 427,8 -54,1 Petrolina (INMET) 147,3 427,8 -65,6 Quixaba 558,1 746,0 -25,2 Salgueiro 295,5 570,6 -48,2 Salgueiro - PCD 331,8 570,6 -41,9 Santa Cruz da Baixa Verde 549,2 1235,9 -55,6 Santa Cruz da Venerada 327,0 502,0 -34,9 Santa Filomena 188,0 553,5 -66,0 Santa Maria da Boa Vista 113,4 492,9 -77,0 Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 40,4 492,9 -91,8 Santa Maria da Boa Vista - PCD 99,5 492,9 -79,8 Santa Terezinha 682,5 647,4 5,4 São José do Belmonte 604,5 676,0 -10,6 São José do Egito (Faz, Muquén) 754,4 516,5 46,1 São José do Egito (IPA) 632,1 516,5 22,4 São José do Egito - PCD 137,1 516,5 -73,5 Serra Talhada 515,5 647,5 -20,4 Serra Talhada (Açude Cachoeira) 487,6 647,5 -24,7 Serra Talhada (IPA) 659,1 647,5 1,8 Serra Talhada - PCD 27,0 647,5 -95,8 Serrita 431,0 647,4 -33,4 Serrita (Santa Rosa) 328,9 647,4 -49,2 Sertânia 431,8 490,1 -11,9 Sertânia - PCD 462,0 490,1 -5,7 Solidão 620,7 490,1 26,6 Tabira 492,6 677,0 -27,2 Tacaratu (Sítio Gameleira) 722,4 620,6 16,4 Terra Nova 278,4 748,7 -62,8 Trindade 405,5 529,8 -23,5 Triunfo 1170,2 678,7 72,4 Tuparetama 617,0 1352,2 -54,4 Tuparetama (Fazenda Riacho) 27,8 536,5 -94,8 Verdejante 453,1 536,5 -15,5

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