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1 Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Volume X Volume X Volume X Volume X Volume X Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO São Paulo Ambiente do Meio Secretaria

Vol 10 - Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente

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Entendendo o Meio Ambiente - Volume 10 Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial, e o Banco Interamericano de Desenvolvimento Ambiente SP

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Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente

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Entendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio Ambiente

Volume XVolume XVolume XVolume XVolume X

Bancos Multilaterais

de Desenvolvimento

e Meio Ambiente:

O Banco Mundial e

o Banco Interamericano

de Desenvolvimento

GOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADO

DE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULO

São

Pau

lo

Ambiente

do Meio

Secretaria

Entendendo o Meio Ambiente – Volume X

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Ficha CatalográficaFicha CatalográficaFicha CatalográficaFicha CatalográficaFicha Catalográfica(preparada pelo Setor de Biblioteca da CETESB)

S 2 4 2 e São Paulo (Estado). Secretaria de Estado do Meio Ambiente.Entendendo o meio ambiente / Coordenação geral [do]

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo FabioFeldmann. - - São Paulo: SMA, 1997.

8 v.; 22cm

Conteúdo: v. 1. Tratados e organizações internacionais emmatéria de meio ambiente. 33 p. - - v.2. Convenção da biodiversi-dade. 47 p. - - v.3. Convenção de RAMSAR: sobre zonas úmidasde importância internacional, especialmente como habitat deaves aquáticas. 23 p. - - v.4.Convenção CITES: convenção sobreo comércio internacional das espécies da fauna e da flora selva-gens em perigo de extinção. 69 p. - - v.5. Convenção de Vienapara a proteção da camada de ozônio e protocolo de Montrealsobre substâncias que destroem a camada de ozônio. 71 p. --v.6. Convenção sobre mudança do clima. 50 p. - - v.7. Convençãoda Basiléia sobre o controle de movimentos transfronteiriços deresíduos perigosos e seu depósito. 62 p. - - v.8. CooperaçãoInternacional. 35 p. - - v.9. Programa Estadual de Apoio às ONGs -PROAONG: Atividades 1995-1996. 94p. - - v.10. BancosMultilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente: O BancoMundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. 45 p. - -v.11. A União Européia e a Legislação Ambiental. 137 p. - - v.12.O Mercosul e o Meio Ambiente. 64 p.

1. Biodiversidade 2. Controle da poluição ambiental 3. Gestãoambiental - programas 4. Meio Ambiente - preservação I. Título

CDD (18.ed.) 614 . 7CDU (2.ed. med. port.) 504 . 064

Tiragem: 2.000 exemplares

Impresso no Brasil - Printed in Brazil

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente

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ÍNDICE

Apresentação 5

I - Bancos Multilaterais de Desenvolvimento 7

II - O Banco Mundial 9

1. História e Estrutura

2. O BIRD e o Meio Ambiente 1 5

3. Políticas sobre Meio Ambiente e 1 7Questões Sociais

4. O GEF - Global Environmental Facility 1 9

5. Acesso à Informação 2 2

6. O Painel de Inspeção 2 2

7. Endereços Importantes 2 6

III - O Banco Interamericano de Desenvolvimento 2 9

1. História e Estrutura

2. O BID e o Meio Ambiente 3 2

3. Acesso à Informação 3 5

4. Mecanismo Independente de Investigação 3 6

5. Endereços Importantes 3 8

IV - Fontes de Consulta 4 1

Entendendo o Meio Ambiente – Volume X

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Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente

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ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente lançou aSérie Entendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio Ambiente com o intuito deapresentar, de forma clara e sucinta, os grandes temasrelativos à proteção ambiental para os profissionais,ativistas e estudiosos da área, bem como para o públicoleigo.

Este livro da série, intitulado Bancos Multilaterais deBancos Multilaterais deBancos Multilaterais deBancos Multilaterais deBancos Multilaterais de

Desenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial eDesenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial eDesenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial eDesenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial eDesenvolvimento e Meio Ambiente: O Banco Mundial e

o Banco Interamericano de Desenvol-vimentoo Banco Interamericano de Desenvol-vimentoo Banco Interamericano de Desenvol-vimentoo Banco Interamericano de Desenvol-vimentoo Banco Interamericano de Desenvol-vimento, abordaaspectos históricos da criação dessas importantesinstituições financeiras internacionais, sua estrutura, asatividades que promovem na área do meio ambiente,como disponibilizam informações aos interessados, osmecanismos de resolução de conflitos ao alcance doscidadãos, além de conter dados para contatos no Brasile em suas sedes. Outra característica importante do textoé o esclarecimento que promove sobre designações quecostumam causar grande confusão, como: FMI - FundoMonetário Internacional, Banco Mundial, CFI - CorporaçãoFinanceira Interna-cional, BIRD - Banco Internacional deReconstrução e Desenvolvimento, BID - BancoInteramericano de Desenvolvimento, entre outras.

Numa economia globalizada, é indispensável que osatores sociais compreendam o papel e a importância dosorganismos internacionais. Nesse sentido, a compreensãosobre a função que os bancos multilaterais desempenhamna atualidade faz-se premente. Seu papel na proteção domeio ambiente é de singular importância, e esperamosque esta publicação sirva para uma iniciação dosinteressados no tema.

Entendendo o Meio Ambiente – Volume X

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No dia 05 de junho de 1997, dia Internacional do MeioAmbiente, o Banco Mundial conclamou a comunidadeinternacional para a adoção de dez medidas queconsidera prioritárias para a promoção da melhoria daqualidade ambiental no planeta. São medidas louváveis,que destacamos, para reflexão, a seguir:� Eliminação total do uso do chumbo na gasolina nospróximos 05 anos;� Estabelecimento de estratégias mais agressivas paraa completa eliminação das emissões de CFCs(clorofluorcarbono) que destróem a camada de ozônio;� Criação de mercados globais de carbono pararedução do efeito do aquecimento global;� Tornar a água um ativo econômico;� Tornar as cidades mais habitáveis;� Conservar e manejar ecossistemas marinhos eterrestres críticos;� Estimular compromissos de doações de maisrecursos financeiros para o GEF - Global EnvironmentalFacility (Fundo Ambiental Global);� Construir alianças para transformação do mercado;� Adoção da contabilidade verde e eliminição desubsídios danosos ao meio ambiente;� Aplicação de medidas de avaliação de impactosambientais e sociais de forma mais consistente.

A Série Entendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio Ambiente , e emparticular os números relativos aos temas internacionais,buscam apresentar os grandes temas relativos à proteçãoambiental ao cidadão brasileiro, possibilitando o acessoao conhecimento de instrumentos que permitam umaação eficaz da cidadania em prol do meio ambiente.

Fabio FeldmannSecretário de Estado do Meio Ambiente

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente

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I – Bancos Multilaterais de DesenvolvimentoI – Bancos Multilaterais de DesenvolvimentoI – Bancos Multilaterais de DesenvolvimentoI – Bancos Multilaterais de DesenvolvimentoI – Bancos Multilaterais de Desenvolvimento

Um organismo multilateral é aquele constituídopelos governos de um certo grupo de países paraatender a diversos objetivos de ordem política,econômica e social. Os bancos multilaterais possuemstatus de organizações internacionais governamen-tais, que, segundo definição jurídica, são aquelasconstituídas por uma associação de Estados, atravésde tratado, contam com órgãos e constituição emcomum e têm personalidade jurídica distinta da dosseus membros.

Após a criação, em 1944, da maior instituição

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financeira multilateral – o Banco Mundial – o grupodas instituições financeiras multilaterais foi ampliado,com o estabelecimento de diversos BancosRegionais de Desenvolvimento, como: o IDB -Interamerican Development Bankd (BID - BancoInteramericano de Desenvolvimento); o ADB - AsianDevelopment Bank (Banco Asiático de Desenvolvi-mento); o EBRD European Bank for Reconstructionand Development (Banco Europeu de Reconstruçãoe Desenvolvimen-to); o NADBank - North AmericanDevelopment Bank (Banco Norte-ameri-cano deDesenvolvimento); e o Middle Eastern DevelopmentBank (Banco de Desenvolvimento do Oriente Médio).O Banco Europeu (EBRD), criado em 1990 por 40países, pela Comunidade Econômica Européia e peloBanco Europeu de Investimento, foi o primeiro bancomulti-lateral de desenvolvimento a adotarexplicitamente um mandato relacionado ao meioambiente, prevendo em seu estatuto a promoção do“desenvolvimento sustentável e ambientalmentesaudável”.

As atividades dos bancos multilaterais não sãonecessariamente coordenadas entre si. Tomadoresde empréstimos muitas vezes promovem pesquisasentre as instituições para verificar qual oferecemelhores condições, e, em alguns casos, certosbancos multilaterais regionais acabam aceitandoprojetos recusados pelo Banco Mundial.

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e Meio Ambiente

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II – O Banco MundialII – O Banco MundialII – O Banco MundialII – O Banco MundialII – O Banco Mundial

1. História e Estrutura1. História e Estrutura1. História e Estrutura1. História e Estrutura1. História e Estrutura

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Inter-nacional (FMI), as duas instituições financeirasmultilaterais mais importantes da atualidade, foramfundadas em 1944 na cidade de Bretton Woods nosEstados Unidos, durante a “Conferência Monetária eFinanceira” realizada pela Organização das NaçõesUnidas. São instituições que foram criadas comfinalidades distintas, mas que promovem açõescomplementares. O Banco Mundial é uma instituição

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de financiamento, cujo propósito é auxiliar os paísesem sua integração à economia mundial e promovercrescimento econômico a longo prazo, de forma areduzir a pobreza nos países em desenvolvimento.O FMI, por sua vez, monitora questões monetárias,procurando promover o equilíbrio no sistema depagamentos entre os países, emprestando recursospara aqueles que enfrentam sérios déficits em suasbalanças de pagamentos. As funções do FMI,portanto, são: promover a cooperação monetáriainternacional, assegurar a estabilidade dos câmbios,facilitar o equilíbrio do comércio mundial e proverrecursos financeiros para sanar desequilíbriosconjunturais das balanças de pagamentos dos paísesem dificuldades.

O embrião do Banco Mundial foi o BIRD - BancoInternacional de Reconstrução e Desenvolvimento,que entrou em funcionamento em 1946, com osseguintes objetivos : (i) melhorar o padrão de vidados povos; (ii) prover capital para produção,especialmente em países em desenvolvimento; (iii)promover investimento privado em desenvolvimento;(iv) promover o financiamento de projetos de apoioao desenvolvimento econômico e social.

Banco Mundial é uma designação que causaconfusões, porque compreende mais que umaorganização. É, na verdade, composto por umconjunto de cinco instituições, cujo líder, o BIRD,também é denominado simplesmente de BancoMundial. O grupo Banco Mundial, além do BIRD, écomposto de quatro outras instituições: (i) a AID –Associação Internacional de Desenvolvimento,fundada em 1960 (IDA – International DevelopmentAssociation); (ii) a AMGI – Agência de Garantia deInvestimentos Multilaterais, fundada em 1988 (MIGA- Multilateral Investment Guarantee Agency); (iii) a

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CFI - Corporação Financeira Internacional (IFC -International Finance Corporation), fundada em 1956;(iv) o CIRDI – Centro Internacional para Resoluçãode Disputas sobre Investimentos (ICSID – InternationalCentre for Settlement of Investment Disputes).

O Grupo BancoMundial

Fonte: John Garrinson

Banco Mundial, Brasil.

CorporaçãoFinanceira

Internacional

CFI (IFC)

BancoInternacional

paraReconstrução e

Desenvolvimento

BIRD (IBRD)

AssociaçãoInternacional

para oDesenvolvimento

AID (IDA)

AgênciaMultilateral deGarantias deInvestimentos

AMGI (MIGA)

CentroInternacional

para Resoluçãode Disputas

CIRDI (ICSID)

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O Banco Mundial é o maior financiador deprojetos de desenvolvimento em nível mundial,responsável por cerca de 3.600 projetos desde suacriação, perfazendo um total de US$ 249 bilhões atéo ano fiscal de 1994. O Brasil está entre os cincomaiores tomadores de empréstimos, ao lado daChina, México, Indonésia e Rússia.

O Brasil tem recebido empréstimos do BancoMundial desde 1949. Hoje o portfolio do BIRD no Brasilinclui 67 empréstimos no valor de US$ 9,5 bilhões,sendo que até julho de 1994 o Brasil tinha recebido206 financiamentos do Banco, no valor total deaproximadamente US$ 22 bilhões. O Brasil é hoje oquinto maior cliente do Banco no mundo. Na áreasocial, o Banco identificou seis prioridades para o país:saúde e nutrição, educação, reforma urbana,abastecimento de água e rede de esgoto para áreasurbanas, suprimento de água em regiões rurais epobreza rural. Também promove estudos macroeco-nômicos sobre o país. Recentemente, foramelaborados estudos sobre o Plano Real, pobreza,desenvolvimento de recursos humanos e proteçãodos recursos naturais e meio ambiente, alguns dosquais estão disponíveis através do Centro deInformação Pública (vide abaixo). O BIRD tem apoiadono país, entre outros, os setores de transportes,educação, saúde, desenvolvimento urbano,agricultura, saneamento e meio ambiente.

O número de projetos e os valores emprestadosaumentaram bastante nos últimos anos. No início dadécada de 50, o Banco fazia menos de 20empréstimos por ano, a maior parte na Europa eAmérica Latina. No ano de 1967, por exemplo, onúmero de empréstimos cresceu para 67, num valorpróximo a US$ 1,1 bilhão. No ano fiscal de 1981, oBanco concedeu 246 empréstimos, num total de US$

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12,3 bilhões. Não houve mudança no caráter dosempréstimos, cujo setor predominante foi o dedesenvolvimento. No entanto, empréstimos recentesdenotam algumas tendências, dirigidas preferen-cialmente a: (a) países mais pobres na Ásia, África eAmérica Latina; (b) programas para elevar aprodutividade e padrão de vida dos mais pobres nascidades e zonas rurais; (c) áreas de agricultura,desenvolvimento rural, petróleo, gás, serviçosurbanos, abastecimento de água, saneamentobásico, pequenas empresas, educação, saúde enutrição da população; (d) distribuição de renda eemprego, desenvolvimento de recursos e instituiçõeslocais, treinamento de mão-de-obra local, meioambiente, e melhoria das condições sociais.

Atualmente cerca de 180 governos nacionaissão membros do BIRD, através de um sistema desubscrição de quotas-partes do capital da instituição,que define o poder que cada um exerce dentro doBanco. Em 1994 os países com maior poder de votonos Conselhos do Banco Mundial eram: EUA (17,1%);Japão (6,5%); Alemanha (5,0%); França (4,8%); ReinoUnido (4,8%). Juntos, os 7 países maisindustrializados (Grupo dos 7: Canadá, França,Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA) detêm45% das ações do BIRD.

A administração superior do BIRD inclui:

� Conselho de Governadores: composto de umgovernador e um suplente nomeados por cadaestado-membro, que em geral são os ministrosde finanças dos países membros. É o órgão commaior poder dentro da estrutura do Banco.

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Rotineiramente, esse poder é delegado aosDiretores Executivos, que trabalham tempointegral na estrutura do Banco.

� Conselho de Diretores Executivos: São 24no total e têm poder delegado pelo Conselhode Governadores para executar as atividadesoperacionais do Banco. Segundo os estatutosdo Banco, os cinco maiores acionistas, que hojesão os Estados Unidos, França, Alemanha,Japão e o Reino Unido indicam seus represen-tantes para este Conselho. Os outros 19 direto-res são eleitos em sistema rotativo pelos demaispaíses membros a partir de um sistema de

PAINELPAINELPAINELPAINELPAINELDEDEDEDEDE

INSPEÇÃOINSPEÇÃOINSPEÇÃOINSPEÇÃOINSPEÇÃO

PRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTE3 DIRETORES3 DIRETORES3 DIRETORES3 DIRETORES3 DIRETORESGERENTESGERENTESGERENTESGERENTESGERENTES GRUPOGRUPOGRUPOGRUPOGRUPO

DE AVALIAÇÃODE AVALIAÇÃODE AVALIAÇÃODE AVALIAÇÃODE AVALIAÇÃODAS OPERAÇÕESDAS OPERAÇÕESDAS OPERAÇÕESDAS OPERAÇÕESDAS OPERAÇÕES

Fonte: John Garrinson

Banco Mundial, Brasil.

18 VICE-PRESIDENTES18 VICE-PRESIDENTES18 VICE-PRESIDENTES18 VICE-PRESIDENTES18 VICE-PRESIDENTES

JUNTA DE GOVERNADORESJUNTA DE GOVERNADORESJUNTA DE GOVERNADORESJUNTA DE GOVERNADORESJUNTA DE GOVERNADORES

composta por Ministros da Fazenda, oucomposta por Ministros da Fazenda, oucomposta por Ministros da Fazenda, oucomposta por Ministros da Fazenda, oucomposta por Ministros da Fazenda, ouequivalente de cada um dos 180equivalente de cada um dos 180equivalente de cada um dos 180equivalente de cada um dos 180equivalente de cada um dos 180

países membros do Bancopaíses membros do Bancopaíses membros do Bancopaíses membros do Bancopaíses membros do Banco

DIRETORES EXECUTIVOSDIRETORES EXECUTIVOSDIRETORES EXECUTIVOSDIRETORES EXECUTIVOSDIRETORES EXECUTIVOS

24, representando os interesses24, representando os interesses24, representando os interesses24, representando os interesses24, representando os interessesdos 180 países membrosdos 180 países membrosdos 180 países membrosdos 180 países membrosdos 180 países membros

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agrupamento por região geográfica.� Presidente: eleito pelo Conselho de Governa-

dores, tem como função presidir os Conselhosde Governadores e de Diretores Executivos. (Se-gundo um acordo informal, o Presidente siste-maticamente tem sido um cidadão de nacio-nalidade norte-americana).

A sede do Banco Mundial encontra-se na capitaldos EUA, em Washington, D.C. A organização contacom cerca de 9.000 funcionários no total, sendo quea grande maioria trabalha na sede. Curiosamente, oBanco é o terceiro maior empregador na capital dosEUA, após os governos federal e distrital.

2. O BIRD e o Meio Ambiente2. O BIRD e o Meio Ambiente2. O BIRD e o Meio Ambiente2. O BIRD e o Meio Ambiente2. O BIRD e o Meio Ambiente

Em 1987 o Grupo Banco Mundial deu início aum esforço para incorporar questões ambientais emtodos os aspectos dos seus trabalhos. A agendaambiental, implementada principalmente pelo BIRDe AID, visa:

� Dar assistência aos países para aprimoramentode suas políticas e instituições ambientais;

� Avaliar e mitigar danos potenciais resultantes deatividades financiadas pelo Banco;

� Promover o desenvolvimento sustentável;

� Dedicar-se às soluções para problemas ambien-tais globais.

Em 1994, mais de 10% do portfolio de

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empréstimos do Grupo Banco Mundial eramdestinados a projetos ambientais. Em julho de 1994os maiores tomadores de empréstimos paramelhorias ambientais eram o Brasil, a China, aIndonésia, a Turquia e a Índia. Em 1996, o Bancoacumulava um portfolio de 137 projetos ambientais,no valor de US$ 10 bilhões, que cobria iniciativas degerenciamento ambiental urbano, controle depoluição, manejo de recursos naturais e capacitaçãoinstitucional. Em 1997, o Banco (BIRD e AID) financiaprojetos ambientais em 68 países, num valor total deempréstimos de US$ 12 bilhões.

Para gerenciar suas políticas e projetos na áreade meio ambiente, o BIRD estabeleceu umDepartamento de Meio Ambiente, bem comounidades de meio ambiente em cada uma das quatroregiões operacionais, além de criar um cargo de Vice-Presidência para Assuntos de DesenvolvimentoAmbientalmente Sustentável. O BIRD aumentou emcinco vezes seu staff na área de meio ambiente desde1980. Hoje conta com 288 funcionários de nívelsuperior na área ambiental, sendo que 2/3 foramrecrutados após1992.

Dentre suas atividades ambientais, destacam-se as seguintes:

� Pesquisa conduzida em todos os setores doBanco, nas áreas de energia, indústria, infra-estrutura urbana, agricultura;

� Incorporação de considerações ambientais naspolíticas setoriais do Banco (ex: normas sobreEstudo de Impacto Ambiental, Florestas, ÁreasSilvestres, etc.);

� Cooperação com o PNUD - Programa dasNações Unidas para o Desenvolvimento naexecução de projetos;

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� GEF - Global Environmental Facility - gerencia-mento de um fundo para projetos em meioambiente que implica na administração deempréstimos e investimentos a fundo perdidoem cooperação com o PNUMA - Programa dasNações Unidas para o Meio Ambiente e o PNUDPrograma das Nações Unidas para oDesenvolvimento;

� Projetos de controle de poluição, proteção domeio ambiente rural, manejo de recursos natu-turais, recuperação de danos, dentre outros.

3. Políticas sobre Meio Ambiente e Questões3. Políticas sobre Meio Ambiente e Questões3. Políticas sobre Meio Ambiente e Questões3. Políticas sobre Meio Ambiente e Questões3. Políticas sobre Meio Ambiente e Questões Sociais Sociais Sociais Sociais Sociais

O Grupo Banco Mundial tem incorporadopreocupações ambientais e sociais nas políticassetoriais que orientam suas operações financeiras.Algumas dessas normas (diretivas operacionais - ODe políticas operacionais - OP), aplicadas às operaçõesdo BIRD, AID, e AMGI) estão elencadas e descritas aseguir segundo sua numeração interna:

OD 4.01OD 4.01OD 4.01OD 4.01OD 4.01 sobre Estudo Ambiental (1991) : requer aanálise de implicações ambientais de empréstimose operações e estabelece que as consequênciasambientais devem ser consideradas no início do ciclodo projeto e levadas em consideração na seleção,local de implantação, planejamento e design dosprojetos.

OD 4.02 OD 4.02 OD 4.02 OD 4.02 OD 4.02 sobre Planos de Ações Ambientais (1992) :requer dos governos mutuários a elaboração de

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Planos de Ações Ambientais, que devem identificaros principais problemas ambientais, estabelecerprioridades de ação, e conduzir à adoção de umapolítica nacional para o meio ambiente.

OD 4.03OD 4.03OD 4.03OD 4.03OD 4.03 sobre Controle de Pestes na Agricultura(1992) : estabelece que todo projeto financiado peloBanco para uso de pesticidas deve incluir medidasque garantam o uso sustentável e seguro dessesprodutos.

OD 4.07 OD 4.07 OD 4.07 OD 4.07 OD 4.07 sobre Manejo de Recursos Hídricos (1993):incentiva o uso dos recursos hídricos de formaeconomicamente viável, ambientalmente sustentávele socialmente justa.

OD 4.30OD 4.30OD 4.30OD 4.30OD 4.30 sobre Reassentamento Involuntário (1990):promove o reassentamento de pessoas deslocadasde seus lugares de origem, de forma a garantir e/oumelhorar seu padrão de vida anterior e suacapacidade de sustentação.

OD 4.36OD 4.36OD 4.36OD 4.36OD 4.36 sobre Florestas (1993): estabelece que osempréstimos para o setor florestal devem promovera redução do desmatamento, o reflorestamento, e oaumento de áreas florestadas, assim como reduzir apobreza e promover o desenvolvimento econômico.Segundo essa norma, o Banco não financia aexploração de madeira em florestas úmidas tropicais.

OD 9.01OD 9.01OD 9.01OD 9.01OD 9.01 sobre Investimentos decorrentes do GEF -Fundo Ambiental Global: estabelece normas para pro-cessamento de operações sob o programa do GEF.

OD 4.00OD 4.00OD 4.00OD 4.00OD 4.00, Anexos B-B4 sobre Política para Barragense Reservatórios (1989): objetiva evitar, minimizar ou

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compensar os impactos ambientais negativos deconstrução de barragens e reservatórios.

OD 7.50OD 7.50OD 7.50OD 7.50OD 7.50 sobre Projetos em Cursos HídricosInternacionais (1990): visa o uso eficiente dosrecursos hídricos compartilhados entre países.

OP Note 11.02OP Note 11.02OP Note 11.02OP Note 11.02OP Note 11.02 sobre Áreas Silvestres (1986): apóia aproteção, a manutenção e a reabilitação de habitatsnaturais, e não financia projetos que envolvam aconversão de habitats naturais críticos. Segundo essanorma quando não se podem evitar alterações,medidas mitigadoras são exigidas para minimizar aperda de habitat. Pode exigir a criação de áreas decompensação ecológica.OP Note 11.03 OP Note 11.03 OP Note 11.03 OP Note 11.03 OP Note 11.03 sobre Manejo de Propriedade Cultural(1986): proíbe o financiamento de projetos quepossam implicar em danos significativos àpropriedade cultural não reproduzível.

OD 14.70OD 14.70OD 14.70OD 14.70OD 14.70 sobre a Participação de Organizações-não-governamentais: estabelece como deve ser oenvolvimento de ONGs em atividades apoiadas peloBanco e orienta seu pessoal sobre o tratamento aser dispensado às ONGs, importantes parceiros noprocesso do desenvolvimento sustentável e da redu-ção da pobreza.

4. O GEF (Global Environmental Facility) -4. O GEF (Global Environmental Facility) -4. O GEF (Global Environmental Facility) -4. O GEF (Global Environmental Facility) -4. O GEF (Global Environmental Facility) - Fundo Ambiental Global Fundo Ambiental Global Fundo Ambiental Global Fundo Ambiental Global Fundo Ambiental Global

O GEF é um mecanismo financeiro que provêdoações e outros fundos concessionais a países paraque invistam em projetos e atividades direcionadosà proteção do meio ambiente global. As operações

Entendendo o Meio Ambiente – Volume X

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do GEF devem complementar (e não substituir) osprogramas regulares de assistência financeira, efavorecer projetos que resultem em benefícios globaise para os quais o auxílio oficial nem sempre estádisponível.

Os recursos do GEF são aplicados em projetosou outras atividades relativos a problemas relaciona-dos com a mudança climática global, a perda dabiodiversidade, águas internacionais e degradaçãoda camada de ozônio. Questões relativas à degra-dação da terra, no que diz respeito à desertificação eo desmatamento, desde que relacionadas às quatroáreas anteriormente citadas, também são passíveisde obtenção de fundos. O GEF exerce um papelimportante no financiamento de atividades de apoioà implementação de tratados ambientais globais,tendo servido como mecanismo de financiamentopara as Convenções sobre Mudança do Clima eBiodiversidade. Os países aptos a receber fundosdo GEF são aqueles que estão autorizados a receberfundos do BIRD ou ADI, ou assistência técnica doPrograma das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD).

A responsabilidade pela implementação do GEFé compartilhada entre o Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Programadas Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)e o Banco Mundial. O PNUD é responsável pelaassistência técnica, pelos programas de capacitaçãoe pelo Programa de Pequenas Doações (Small GrantsProgramme) para ONGs e comunidades locais. Cabeao PNUMA servir como catalisador de atividades deanálise técnica e científica, gerenciar os aspectosambientais dos projetos financiados pelo GEF, egerenciar o Painel Consultivo Técnico e Científico, umcorpo consultivo independente. O Banco Mundial é

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o depositário dos fundos do GEF e é responsávelpelos projetos de investimento e pela mobilização dosetor privado em busca de fundos.

Na preparação e execução dos projetos asagências executoras do GEF acima citadas podemtrabalhar em conjunto com bancos multilaterais dedesenvolvimento, agências especializadas eprogramas das Nações Unidas, outras organizaçõesinternacionais, agências bilaterais de desenvol-vimento, instituições nacionais, organizações-não-governamentais, entidades do setor privado einstituições acadêmicas.

O GEF foi lançado em 1991 como um projetopiloto. Na fase piloto foram aprovados 115 projetos,num valor total de US$ 730 milhões. Em março de1994 foram concluídas as negociações para areestruturação do fundo e os países contribuintescomprometeram-se a fornecer pouco mais de US$2 bilhões para projetos a serem executados numperíodo de três anos.

Até maio de 1996 o GEF contava com 156países membros. Para inscrever-se, basta que umpaís seja membro das Nações Unidas ou de qualqueruma de suas agências especializadas.

Dentre os projetos do GEF aprovados para oBrasil, destacam-se:

� Projeto Nacional de Biodiversidade (PROBIO),que conta com US$ 10 milhões do GEF, e outrosUS$ 10 milhões de contrapartida do governo, etem como beneficiários o Ministério do MeioAmbiente, dos Recursos Hídricos e da AmazôniaLegal e entidades sem fins lucrativos dos setorespúblico e privado comprometidas com a promo-moção da conservação e uso sustentável dabiodiversidade;

Entendendo o Meio Ambiente – Volume X

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� Projeto Brasileiro de Fundo de Biodiversidade(FUNBIO), que conta com US$ 20 milhões doGEF, e outros US$ 5 milhões de outras fontes,cujos beneficiários são o Fundo da Biodiversi-dade e entidades públicas e privadas compro-metidas com a promoção da conservação e usosustentável de biodiversidade;

� Projeto de Geração de Energia por Biomassa,aprovado em 1992 no valor de US$ 7,70 milhões.

5. Acesso à Informação5. Acesso à Informação5. Acesso à Informação5. Acesso à Informação5. Acesso à Informação

Em agosto de 1993, os Diretores Executivos doBanco Mundial aprovaram uma política sobre oacesso à informação, como parte de uma política deabertura que torna acessível os dados sobre suasatividades ao público em geral. A nova políticaexpandiu o acesso público a documentos do Bancosobre projetos e investimentos setoriais, informaçõessociais e ambientais, e também relativos a trabalhoseconômicos ou setorizados por país. Ainda emdecorrência desta norma, em janeiro de 1994 foicriado um Centro de Informação Pública (PIC - PublicInformation Center) na sede em Washington, quepossibilita acesso a documentos que antes eram deuso exclusivo do Banco. Pedidos ao PIC tambémpodem ser encaminhados através dos escritórios doBanco em Londres, Paris e Tokio, ou outrosescritórios regionais. A adoção dessa política resultaem parte da pressão de ONGs, legisladores emembros de governos, que exigiram maiortransparência e responsabilidade pública por partedo Banco Mundial.

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Segundo essa política, tornaram-se disponíveisos seguintes documentos: relatórios anuais e sobredesenvolvimento mundial; estudos setoriais (sobre oestado da pobreza); projetos; avaliações sobreprojetos e operações; e documentos técnicos(licitações, consultorias).

6. O Painel de Inspeção do Banco Mundial6. O Painel de Inspeção do Banco Mundial6. O Painel de Inspeção do Banco Mundial6. O Painel de Inspeção do Banco Mundial6. O Painel de Inspeção do Banco Mundial

O Painel de Inspeção do Banco Mundial foicriado pelos Diretores Executivos do BIRD emResolução de 1993 com o propósito de investigaromissões e erros da maior instituição financeiramultilateral. Isso ocorreu após uma série de controvér-sias sobre financiamentos do Banco e seus efeitosadversos e severas críticas a projetos mal sucedidose impactos sociais e ambientais não previstos. A suacriação permitiu, pela primeira vez em 50 anos dehistória do Banco, que populações afetadasadversamente tivessem a possibilidade de solicitaruma avaliação independente das atividadespromovidas pelo mesmo. É um marco na evoluçãodo Direito Internacional, que tradicionalmente seocupou com a relação entre os Estados, visto quepossibilita o acesso de cidadãos ou gruposorganizados a uma instância não-judicial para revisãodo cumprimento das obrigações de uma das maiorese mais importantes organizações internacionais.

O Painel foi criado com o propósito de propiciarum fórum independente de discussão às pessoasdiretamente e adversamente afetadas por projetosfinanciados pelo Banco. Encontra-se aberto àquelesafetados adversamente apenas quando ocorreremfalhas do Banco no cumprimento de políticas eprocedimentos próprios, ou em exigir que outros

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cumpram esses mesmos procedimentos e políticas.Isso pode ocorrer durante as fases de elaboração,avaliação e/ou implementação de um projetofinanciado pelo BIRD (Banco Internacional deReconstrução e Desenvolvimento) ou ADI(Associação Internacional de Desenvolvimento),organismos do Banco Mundial. O Painel não podeconduzir investigações sobre projetos encerrados ouque tenham 95% dos recursos já desembolsados.As partes legítimas para apresentar reclamações sãoos próprios atingidos (no mínimo duas pessoas), ourepresentantes formalmente designados por eles,conforme descrito abaixo.

A função do Painel é conduzir investigaçõesindependentes e apresentar recomendações, quepoderão ou não ser acatadas pelo Conselho deDiretores Executivos do Banco. O Painel é compostopor três membros, nomeados pelos DiretoresExecutivos do Banco Mundial. O Presidente do Painelé o Sr. Ernst Gunther Broder, alemão, ex-Presidentedo Banco Europeu de Investimento.

As partes legitimadas para apresentar umpedido (que deve ser por escrito, datado e assinadopelos reclamantes) são:

� um grupo de duas ou mais pessoas, do paísem que o projeto financiado pelo Banco estiverlocalizado, cujos direitos e interesses foram ouestão na iminência de ser afetados adversamente;

� um representante local devidamente nomeado,agindo sob instruções explícitas como agentedas pessoas afetadas adversamente;

� em caso excepcional, um representante estran-geiro agindo em nome das pessoas afetadas

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adversamente;

� um dos Diretores Executivos em casos especiaisde alegações de sérias violações das políticase procedimentos do Banco.

O procedimento de um pedido de inspeção aoPainel pode ser resumido da seguinte forma:

1) o pedido é apresentado pelo(s) grupo(s)afetado(s);

2) o Painel recebe o pedido e encaminha cópiapara manifestação da Gerência do Banco;

3) o Painel realiza uma avaliação preliminar dopedido de inspeção e da resposta da Gerênciado Banco;

4) o Painel manifesta-se ao Conselho de DiretoresExecutivos do Banco, recomendando ou nãouma investigação;

5) se o Conselho decidir que o pedido deverá serobjeto de investigação, o Painel será autorizadoa fazer uma coleta de informações, devendo, aofinal, apresentar suas impressões, avaliaçãoindependente e conclusões ao Conselho;

6) com base nas conclusões do Painel e nas reco-mendações da Gerência, os DiretoresExecutivos do Banco considerarão se haveráações ou não a serem implementadas peloBanco.

É importante notar, portanto, que o Conselho de

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Diretores Executivos é soberano para acatar o pedidoe autorizar a investigação, e, caso o faça, poderá ounão, no final, atender às recomendações do Painel.

Até julho de 1996, cinco foram os casos formaisrecebidos pelo Painel. O primeiro proveniente doNepal, relativo ao Projeto de Hidrelétrica Arun III; osegundo proveniente da Etiópia, relativo a expropria-ções de bens e extensão de créditos da ADI; oterceiro, proveniente da Tanzânia, relativo a projeto degeração de energia; o quarto proveniente do Brasil,relativo ao Planafloro; e o quinto, relativo ao projetode barragens no Rio Bio Bio no Chile.

O primeiro caso apresentado por entidadesbrasileiras foi o pedido de inspeção sobre o Planafloro- Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia, comempréstimo de US$ 167 milhões concedido peloBIRD. Em junho de 1995, um grupo de vinte e cincoorganizações-não-governamentais, representandopequenos agricultores, populações extrativistas,comunidades indígenas, ambientalistas, educadores,pesquisadores, entidades de assessoria a movi-mentos populares e defesa dos direitos humanos deRondônia, apresentou um pedido de investigação aoPainel de Inspeção do Banco Mundial sobre o Plana-floro. Essa foi a primeira queixa ao Painel provenientede toda a América Latina, e a terceira da história doPainel.

Em sua reunião de 25 de janeiro de 1996, oConselho de Diretores Executivos do Banco decidiurejeitar a recomendação do Painel de Inspeção deque se procedesse à investigação sobre o Planafloro.Os Diretores Executivos entenderam que seriasuficiente a implementação de um plano de ação,apresentado pela Gerência do Banco posteriormenteao pedido de investigação, para corrigir as falhas naexecução do Planafloro. Nesse processo, o Painel foi

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convidado a auxiliar o Conselho de DiretoresExecutivos em sua revisão da implementação doplano de ação.

7. Endereços Importantes7. Endereços Importantes7. Endereços Importantes7. Endereços Importantes7. Endereços Importantes

Banco Mundial - SedeBanco Mundial - SedeBanco Mundial - SedeBanco Mundial - SedeBanco Mundial - Sede

Presidente: Presidente: Presidente: Presidente: Presidente: James WolfensohnRepresentante do Brasil:Representante do Brasil:Representante do Brasil:Representante do Brasil:Representante do Brasil: Murilo Portugal

1818 H Street, NWWashington, D.C., 20433, Estados Unidosfone: 001.202.4771234fax: 001.202.4776391

Divisão de Coordenação de Operações do GEF doDivisão de Coordenação de Operações do GEF doDivisão de Coordenação de Operações do GEF doDivisão de Coordenação de Operações do GEF doDivisão de Coordenação de Operações do GEF doBanco MundialBanco MundialBanco MundialBanco MundialBanco Mundial

GEF Operations Coordination DivisionEnvironment Department1818 H Street, NWWashington, D.C., 20433, Estados Unidosfone: 001.202.4736010/fax: 001.202.5223256

Secretariado do GEFSecretariado do GEFSecretariado do GEFSecretariado do GEFSecretariado do GEF

GEF Secretariat1818 H Street, NWWashington, D.C., 20433, Estados Unidosfone: 001.202.4738324fax: 001.202.5223240 / 3245

Painel de Inspeção do Banco MundialPainel de Inspeção do Banco MundialPainel de Inspeção do Banco MundialPainel de Inspeção do Banco MundialPainel de Inspeção do Banco Mundial

The Inspection Panel

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1818 H Street, NWWashington, D.C., 20433, Estados Unidosfone: 001.202.4585200fax: 001.202.5220916

Escritório do Banco Mundial no BrasilEscritório do Banco Mundial no BrasilEscritório do Banco Mundial no BrasilEscritório do Banco Mundial no BrasilEscritório do Banco Mundial no Brasil

Representante: Dennis MaharSCN Q.2 - Lt. A - Ed. CorporateFinancial Center - cjs. 303/30470712-900, Brasília - DFfone: 061.3291000fax: 061.3291010

Coordenação de Relações com a Sociedade Civil -Coordenação de Relações com a Sociedade Civil -Coordenação de Relações com a Sociedade Civil -Coordenação de Relações com a Sociedade Civil -Coordenação de Relações com a Sociedade Civil -BrasilBrasilBrasilBrasilBrasil

John GarrisonEspecialista em Análises Sociais e Sociedade CivilEscritório de BrasíliaBanco Mundialfone: 061.3291031fax: 061.3291010email: [email protected]

Centro de Informação PúblicaCentro de Informação PúblicaCentro de Informação PúblicaCentro de Informação PúblicaCentro de Informação Pública

Public Information CenterThe World Bank1818 H Street, NW, Washington, DC, 20433, EUAfone: 001.202.4587334fax: 001.202.5221500email: [email protected]

Site do Banco Mundial na InternetSite do Banco Mundial na InternetSite do Banco Mundial na InternetSite do Banco Mundial na InternetSite do Banco Mundial na Internethttp:\\www.worldbank.org

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III - O Banco Interamericano deIII - O Banco Interamericano deIII - O Banco Interamericano deIII - O Banco Interamericano deIII - O Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID)Desenvolvimento (BID)Desenvolvimento (BID)Desenvolvimento (BID)Desenvolvimento (BID)

1. História e Estrutura1. História e Estrutura1. História e Estrutura1. História e Estrutura1. História e Estrutura

O Banco Interamericano foi estabelecido em1959 com o propósito de promover esforços dedesenvolvimento socioeconômico na América Latinae no Caribe através de empréstimos e transferênciasnão-reembolsáveis. Sua criação atendeu ao clamordas nações latino-americanas que por muitos anosmanifestaram desejo de contar com um órgão dedesenvolvimento que atendesse aos problemas queafetavam a região. Já em 1890, durante a IConferência Interamericana realizada em

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Washington, foi aprovada uma resolução para acriação de um banco com essas características. Em1958, o Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek,convidou os países da América para um esforçocooperativo de promoção do desenvolvimentoeconômico e social nesses países. Essa propostarecebeu o apoio de todo o hemisfério, sendo quepouco tempo depois uma comissão da Organizaçãodos Estados Americanos redigiu proposta deconvênio constitutivo do BID.

No início o BID foi integrado por 19 países daAmérica Latina, Caribe e pelos Estados Unidos. Hojeo banco conta com 46 países membros e, emconjunto com agências de cooperação regionais ounacionais, atua em geral como co-financiador deprojetos do Banco Mundial.

Integram ainda o grupo do BID, a CorporaçãoInteramericana de Investimentos (CII) e o FundoMultilateral de Investimentos (Fomin). A CII foi criadacom o propósito de promover o desenvolvimento daAmérica Latina através do apoio financeiro aempresas de pequena e média escala, e o Fomin,criado em 1992, visa promover as economias demercado da região. Os departamentos que integrama estrutura do BID são os seguintes: Escritório doEconomista Principal; Instituto para a Integração daAmérica Latina e do Caribe; Departamento deIntegração e Programas Regionais; InstitutoInteramericano para o Desenvolvimento Social;Programas Sociais e Desenvolvimento Sustentável;e o Centro Cultural.

A Carta Constitutiva do BID estabelece que osobjetivos principais da instituição são: (a) destinarcapital próprio, os recursos que obtém no mercadofinanceiro e outros fundos disponíveis, para o financia-mento do desenvolvimento dos países membros e

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para a complementação dos investimentos privados,quando os fundos privados não estiverem disponíveisem termos e condições razoáveis; e (b) proporcionarassistência técnica para a preparação, financiamentoe execução de planos e projetos de desenvolvimento.Os serviços oferecidos pelo BID através dacooperação técnica, de natureza transitória, sedestinam a complementar e fortalecer os meios deque dispõem as instituições beneficiárias paraexecutar suas atividades.

As operações do banco abarcam todo oespectro do desenvolvimento econômico e social. Nopassado, enfatizaram os setores produtivos daagricultura e indústria, os de infra-estrutura física(energia e transportes), e os setores sociais (saúdepública e ambiental, educação e desenvolvimentourbano). Hoje, as prioridades de financiamentoincluem a promoção da equidade social e reduçãoda pobreza, a modernização e integração, e o meioambiente.

A atividade creditícia do BID tem crescidobastante no decorrer dos anos, sendo que em 1961foi da ordem de US$ 294 milhões em créditosaprovados, e em 1996 esse número atingiu a cifrade US$ 6,7 bilhões.

A autoridade máxima dentro do banco é aAssembléia dos Governadores, em que estãorepresentados todos os países membros. Em geral,os governadores são os ministros da fazenda oufinanças, ou presidentes dos bancos centrais, ouainda funcionários que ocupam cargos de hierarquiasimilar, dos países membros. A Assembléia dosGovernadores delegou muitos de seus poderes aoConselho de Diretores Executivos, que tem a atribui-ção de dirigir as operações do Banco.

O BID tem escritórios em todos os países

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membros da América Latina, em Paris e em Tokio. Asua sede situa-se em Washington, D.C., nos EstadosUnidos. (Ver endereços no final)

2. O BID e o Meio Ambiente2. O BID e o Meio Ambiente2. O BID e o Meio Ambiente2. O BID e o Meio Ambiente2. O BID e o Meio Ambiente

Hoje o BID empresta praticamente o mesmovolume que o Banco Mundial para os países daAmérica Latina. Assumiu a responsabilidade decoordenar alguns dos grupos consultivos comatuação nos países dessa região para o BancoMundial e o compromisso de destinar 40% do seuportfolio de empréstimos a projetos sociais eambientais.

As políticas operativas do BID estabelecem omarco operacional sobre o qual devem ser pautadosos empréstimos e as ações de assistência aos paísesmembros. Durante os anos de sua existência essasnormas têm sido formuladas de acordo comdiferentes critérios, que vão desde o estabelecimentode procedimentos detalhados, até a adoção deamplas declarações de princípios e propósitos.

O Banco possui normas de cunho geral (PolíticasGerais), e normas setorizadas (Políticas Setoriais) quenorteiam suas operações financeiras. O BID temincorporado preocupações ambientais e sociais emsuas políticas setoriais, dentre as quais é importantedar destaque às seguintes normas :

703 - Meio Ambiente704 - Desastres Naturais721- Setor Agropecuário722 - Desenvolvimento Industrial723 - Desenvolvimento Florestal724 - Desenvolvimento Pesqueiro

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725 - Mineração733 - Energia733-1 - Energia Elétrica724 \ 724-1- Saúde Pública744 - Ciência e Tecnologia745 - Saneamento Básico Ambiental751 - Desenvolvimento Urbano e Habitação752 - Desenvolvimento Rural

Estão resumidas a seguir as normas sobre MeioAmbiente (OP - Política Operacional 703), Desenvolvi-mento Florestal (OP 723) e Saneamento BásicoAmbiental (OP 745):

OP 703OP 703OP 703OP 703OP 703 - Meio Ambiente - esta norma visa garantirque os projetos financiados pelo BID: (a) levem emconsideração aspectos ambientais; (b) adotemmedidas para evitar impactos ambientais adversos;(c ) promovam atividades de cooperação técnicaentre os países dirigidos à proteção ambiental; (d)promovam assistência técnica aos países membrospara que possam identificar seus problemasambientais e encontrar soluções para os mesmos;(e) promovam assistência na formulação,transmissão e utilização da ciência e tecnologia; (f)contribuam para o fortalecimento das instituiçõesnacionais de gestão do meio ambiente. Segundoessa norma, o BID assistirá os países nos projetosambientais gerais, de desenvolvimento e cooperaçãotécnica e projetos de cooperação técnicaexclusivamente (ex: capacitação de pessoal emtecnologia ambiental).

OP 723 OP 723 OP 723 OP 723 OP 723 - Desenvolvimento Florestal - visa garantir queos projetos financiados pelo BID: (a) promovam autilização dos recursos florestais de forma a garantir

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benefícios sociais, econômicos e ambientais para asgerações presentes e do futuro; (b) assegurem amanutenção e melhoria das florestas para aumentara produção e produtividade do setor, considerandosua função na proteção do meio ambiente e sustentovital para vários grupos; (c ) promovam a melhoriadas instituições responsáveis pelo manejo, utilizaçãoe proteção dos recursos florestais; (d) promovam omanejo e conservação das florestas naturais eartificiais, e a realização de programas de reflores-tamento e repovoamento florestal dirigidos à proteçãode terras e bacias hidrográficas, à produção demadeira, energia, indústria e outros usos; (e) promo-vam a agrosilvicultura e outras atividades de baseflorestal; (f) promovam o desenvolvimento sustentávele a modernização das indústrias florestais; (g) apóiemmedidas de conservação florestal para o equilíbriodos ecossistemas; (h) promovam meios técnicos efinanceiros para a constituição e manutenção da infra-estrutura necessária para o manejo e conservaçãoflorestal, bem como para a utilização dos recursosflorestais.

OP 745 OP 745 OP 745 OP 745 OP 745 - Saneamento Básico Ambiental - visa garantirque os projetos financiados pelo BID: (a) auxiliem ospaíses membros de forma eficaz em seus esforçosde melhoria da saúde e bem estar de seus habitantes;(b) auxiliem os países membros no planejamento eprogramação de seus investimentos em saneamentoambiental; (c) fortaleçam a capacidade técnica,financeira, administrativa e operacional das institui-ções no setor de saneamento básico ambiental; (d)promovam as atividades de educação sanitária epromoção comunitária; (e) fortaleçam sistemaspermanentes que propiciem a melhor identificação,seleção, preparação e avaliação de projetos na área.

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Segundo essa norma, o banco pode prover financia-mento e/ou cooperação técnica para projetos desaneamento ambiental para: abastecimento de águapotável; coleta, tratamento e disposição de esgotosnas áreas urbanas e rurais; coleta e disposição dedeságues pluviais urbanos; drenagem; coleta,tratamento e disposição de resíduos sólidos urbanos;descontaminação e prevenção da contaminação dosolo, bacias hidrográficas, cursos d’água e do ar.

3. Acesso à Informação3. Acesso à Informação3. Acesso à Informação3. Acesso à Informação3. Acesso à Informação

O BID adotou uma “Política sobre Disponibilidadede Informação”, a OP - 102, que determina que ainformação sobre suas atividades operacionais, osdocumentos produzidos e dados sobre as operaçõesnegociadas a partir 01 de janeiro de 1995 devem serpostos à disposição do público. Os documentos quese tornaram amplamente acessíveis a partir daadoção dessa política foram: detalhamento dos perfisdos projetos (excetuadas informações confidenciais);propostas de empréstimo e financiamento depequenos projetos e planos de operações decooperação técnica (após aprovação dos DiretoresExecutivos); estudos setoriais (disponíveis salvo seos países objeto dos estudos façam objeção);documentos relacionados com o meio ambiente(fichas ambientais, avaliações de impacto ambiental,informes ambientais); políticas operacionais; informesde avaliações (informes anuais de avaliação eresumos desses informes).

Contudo, fazem parte dessa política uma sériede exceções relativas a dados de caráter confidencial,tais como: propriedade intelectual; questões finan-ceiras internas; questões administrativas internas;

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informação privilegiada (ex: pareceres jurídicos, maté-rias objeto de litígios, etc); informação pessoal ouprofissional dos funcionários; informações quepossam pôr em risco a segurança nacional de paísesmembros; informação qualificada como confidencialpor país membro ou instituição de co-financiamento;informação sobre pré-qualificação em processos delicitação; informação sobre processos deliberativosinternos; informação financeira, comercial ou depropriedade de entidades privadas recebida pelobanco durante a análise de empréstimos; qualqueroutra informação que o banco, algum de seus paísesmembros ou alguma das entidades de co-financia-doras considerem reservadas ou delicadas.

4.4.4.4.4. Mecanismo IndependenteMecanismo IndependenteMecanismo IndependenteMecanismo IndependenteMecanismo Independentede Investigaçãode Investigaçãode Investigaçãode Investigaçãode Investigação

Os Governadores do BID estabeleceram umMecanismo Independente de Investigação paragarantir maior transparência sobre suas atividades eacesso aos grupos de pessoas nos países tomadoresde empréstimos ou recebedores de recursos quepossam ser afetados por operações executadas ouapoiadas pelo banco. Esse mecanismocomplementa e reforça os procedimentos de controlejá em execução pelo banco. Apesar de estar previstopor norma do banco, só passa a ser ativo quandoacionado através da apresentação de uma queixa.

Diferentemente do Banco Mundial, que possuium painel permanente, o mecanismo do BID é “adhoc”, e só entra em funcionamento quandoautorizado. Essa autorização só é concedida quandose configuram situações em que o Banco falha nopreparo, análise ou implementação de projetos,

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deixando de observar suas próprias normas, e desdeque isso tenha ocasionado ou possa vir a ocasionarimpactos adversos. As reclamações podem ser feitascom relação a empréstimos e operações decooperação técnica e de garantia. Para compor ogrupo de investigação, o banco estabeleceu umgrupo permanente composto por uma lista de dezespe-cialistas de nacionalidades diferentes, que sãoescolhidos por sua experiência técnica ecompetência profissional, nas áreas dedesenvolvimento socioeco-nômico na AméricaLatina.

As regras de funcionamento do MecanismoIndependente de Investigação são bastantesemelhantes àquelas relativas ao Painel de Inspeçãodo Banco Mundial, e são basicamente as seguintes:

� As partes legitimadas para apresentar reclama-ções podem ser uma comunidade de pessoas,reunidas sob a forma de uma associação, orga-nização, ou qualquer outra forma de agrupa-mento de indíviduos, provenientes do país toma-dor de empréstimo ou receptor de auxílio. Umrepresentante da comunidade afetada tambémé legitimado para apresentar uma reclamação.

� Um pedido de investigação tem de ser apresen-tado sob a forma escrita, relatar todos os fatosrelevantes, apresentar provas anexas sobre avalidade das acusações, ou indicar onde podemser obtidas. O pedido deve indicar as tentativasanteriores de solução dos problemas alegadosjunto à gerência do BID. Um pedido somenteserá objeto de investigação se esta forautorizada pelo Conselho de DiretoresExecutivos do Banco.

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� Apenas quando o Conselho de Diretores Execu-tivos autoriza a investigação, é constituído opainel de investigadores, escolhidos da listapermanente de 10 especialistas. O painel deveser composto de 3 especialistas, pelo menos.

� As conclusões finais são submetidas à aprecia-ção do Conselho de Diretores Executivos, quedeterminarão a tomada ou não de medidascorretivas. Essas conclusões devem ser torna-das públicas.

Recentemente, o grupo Sobrevivência - Amigosda Terra apresentou pedido de investigação ao BIDsobre o Projeto da Hidroelétrica de Yacyretá, noParaguai, incluindo seu projeto ambiental e dereassentamento. O pedido de investigação alegavaque membros de comunidades paraguaias foramafetados negativamente pelo projeto em decorrênciada inobservância das próprias normas do BID. Emabril de 1997, o Conselho de Diretores Executivosaprovou a investigação e recomendou a formaçãode uma painel composto de três membros, a serconcluí-da em Agosto de 1997.

5. Endereços Importantes5. Endereços Importantes5. Endereços Importantes5. Endereços Importantes5. Endereços Importantes

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Presidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Enrique IglesiasRepresentante do Brasil:Representante do Brasil:Representante do Brasil:Representante do Brasil:Representante do Brasil:Antonio Claudio Sochaczewski

1300 New York Avenue, NWWashington, D.C., EUAtelefone: 001.202.6231002

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fax: 001.202.6233616Escritório no BrasilEscritório no BrasilEscritório no BrasilEscritório no BrasilEscritório no Brasil

Representante: Representante: Representante: Representante: Representante: Jorge Carlos ElenaSEN Quadra 802, Conjunto F70800-400, Brasília, DFtelefone: 061.3174200fax: 061.3213112

Site na InternetSite na InternetSite na InternetSite na InternetSite na Internet

http:\\www.iadb.org

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IV - Fontes de ConsultaIV - Fontes de ConsultaIV - Fontes de ConsultaIV - Fontes de ConsultaIV - Fontes de Consulta

1. Bailey, M; Barros, H; Para Compreender e Dialo-gar com Organismos Internacionais: Um Guia sobreo Banco Mundial no Brasil e no Mundo”; Oxfam doBrasil e INESC - Instituto de EstudosSocioeconômicos; Setembro de 1995.

2. Baum, Warren C., “The Project Cycle”, in“International Borrowing - Negotiating and StructuringInternational Debt Transactions”, Bradlow, D. ed.,International Law Institute, Washington, D.C., 1994.

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3. Bosshard, P.; Heredia, C; Hunter, D.; Seymour, F.;“Lending Credibility: New Mandates and Partnershipsfor the Worldbank” “Berne Declaration - Suíça”,“Equipo Pueblo - México”, “CIEL - Center forInternational Environmental Law - EUA”,”WWF - WorldWildlife Fund - EUA”, 1996.

4. Brazil - National Biodiversity Project / BrazilianBiodiversity Fund Project, Project Document, GlobalEnvironmental Facility, Publicação do Banco Mundialsobre o Projeto Nacional de Biodiversidade do Brasildo GEF, Março de 1996.

5. Global Environmental Facility, QuarterlyOperational Report, Dezembro de 1995.

6. Greenglobe Yearbook of International Co-operation on Environment and Development, TheFridtjof Nansen Institute, 1994.

7. Mainstreaming the Environment, The WorldBank Group and the Environment since the Rio EarthSummit, Publicação do Banco Mundial, 1995.

8. Shihata, Ibrahim; The World Bank InspectionPanel, 1994.

9. Site da Internet do Banco Interamericano deDesenvolvimento: http:\\www.iadb.org

10. Site da Internet do Banco Mundial:http:\\www.worldbank.org

11. “The European Bank for Reconstruction andDevelopment - An Environmental Progress Report”,Center for International Environmental Law,

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Washington, Novembro de 1995.

12 . The Inspection Panel Operating Procedures,Publicação do Painel de Inspeção do Banco Mundial,Agosto de 1994.

13 . The Inspection Panel , Report, August 1, 1994 toJuly 31, 1996.

14 . “The International Monetary Fund, the WorldBank Group and Debt Management”, “UNITAR -United Nations Institute for Training and Research”,1993 .

15 . Udall, Lori, “A Citizens’ Guide to the World Bank’sInformation Policy”, Bank Information Center, 1994.

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Coordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação Geral

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São PauloFabio Feldmann

Texto e PesquisaTexto e PesquisaTexto e PesquisaTexto e PesquisaTexto e Pesquisa

Rachel Biderman Furriela

Revisão do TextoRevisão do TextoRevisão do TextoRevisão do TextoRevisão do Texto

Vera M. A. SeveroHeloísa B. Pedrosa Campoli

Produção GráficaProdução GráficaProdução GráficaProdução GráficaProdução Gráfica

Dirceu Rodrigues

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