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ISSN 0798 1015 HOME Revista ESPACIOS ! ÍNDICES ! A LOS AUTORES ! Vol. 38 (Nº 42) Año 2017. Pág. 19 Equações de volume para condução da regeneração natural de Pinus elliottii Engelm Volume equations for conducting natural regeneration in a Pinus elliottii Engelm forest Linamara Smaniotto FERRARI 1; Nelson NAKAJIMA 2; Samuel Alves da SILVA 3; Roni Djeison ANSOLIN 4; Diego MOREIRA 5; Lucas CIARNOSCHI 6; Luis Fernando Fonseca KASPRZAK 7 Recibido: 17/04/2017 • Aprobado: 19/05/2017 Conteúdo 1. Introdução 2. Material e Métodos 3. Resultados 4. Discussão 5. Conclusões Referências RESUMO: Considerando que o processo de condução da regeneração natural de Pinus elliottii Engelm através do banco de sementes pode aumentar a variação das características biométricas do povoamento florestal, este trabalho teve como objetivo o ajuste de equações volumétricas e a verificação da possibilidade do emprego de um número menor de modelos para a estimativa dos volumes de 5 projetos. Foram ajustados 3 modelos de equações de volume a partir de um banco de dados composto por 287 árvores cubadas das quais 40 foram selecionadas para a validação do melhor ajuste. Para a tentativa de agrupar os projetos foi realizado um teste de identidade. De maneira geral os ajustes apresentaram coeficientes de determinação (R²ajus.) acima de 0,91 e variação do erro padrão da estimativa (Syx%) entre 5,30% a 23,65%. O modelo que melhor se ajustou aos dados foi o proposto por Shumacher-Hall, que reportou boa aderência na validação de dados independentes. O teste de identidade mostrou que as equações não possuem diferença estatística significativa a 95% de confiança, ABSTRACT: Considering that the conducting natural regeneration process of Pinus elliottii Engelm through the seed bank can increase the variation of the biometric characteristics of the forest stand, this study aimed adjusting volumetric equations and verifying the possibility of using a smaller number of models for the estimation of the volumes for 5 projects. Three models of volume equations were adjusted from a database composed by 287 cubed trees, which 40 were selected for the validation for the best fit. For the attempt to cluster the projects an identity test was performed. In general, the adjustments reported determination coefficients (R²ajus.) above 0.91 and standard error variation estimate (Syx%) between 5.30% and 23.65%. The model that best fit for the data was proposed by Shumacher-Hall, who reported good adherence and independent data validation. The identity test showed the equations do not have significant statistical difference at 95% level, indicating the possibility of grouping between the projects for the variable total volume.

Vol. 38 (Nº 42) Año 2017. Pág. 19 Equações de volume ... · elliottii, que se localizam no litoral médio do estado do Rio Grande do Sul, no município de Mostardas ... de 95%

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Vol. 38 (N 42) Ao 2017. Pg. 19

Equaes de volume para conduo daregenerao natural de Pinus elliottiiEngelmVolume equations for conducting natural regeneration in a Pinuselliottii Engelm forestLinamara Smaniotto FERRARI 1; Nelson NAKAJIMA 2; Samuel Alves da SILVA 3; Roni Djeison ANSOLIN4; Diego MOREIRA 5; Lucas CIARNOSCHI 6; Luis Fernando Fonseca KASPRZAK 7

Recibido: 17/04/2017 Aprobado: 19/05/2017

Contedo1. Introduo2. Material e Mtodos3. Resultados4. Discusso5. ConclusesReferncias

RESUMO:Considerando que o processo de conduo daregenerao natural de Pinus elliottii Engelm atravs dobanco de sementes pode aumentar a variao dascaractersticas biomtricas do povoamento florestal,este trabalho teve como objetivo o ajuste de equaesvolumtricas e a verificao da possibilidade doemprego de um nmero menor de modelos para aestimativa dos volumes de 5 projetos. Foram ajustados3 modelos de equaes de volume a partir de um bancode dados composto por 287 rvores cubadas das quais40 foram selecionadas para a validao do melhorajuste. Para a tentativa de agrupar os projetos foirealizado um teste de identidade. De maneira geral osajustes apresentaram coeficientes de determinao(Rajus.) acima de 0,91 e variao do erro padro daestimativa (Syx%) entre 5,30% a 23,65%. O modeloque melhor se ajustou aos dados foi o proposto porShumacher-Hall, que reportou boa aderncia navalidao de dados independentes. O teste deidentidade mostrou que as equaes no possuemdiferena estatstica significativa a 95% de confiana,

ABSTRACT:Considering that the conducting natural regenerationprocess of Pinus elliottii Engelm through the seed bankcan increase the variation of the biometriccharacteristics of the forest stand, this study aimedadjusting volumetric equations and verifying thepossibility of using a smaller number of models for theestimation of the volumes for 5 projects. Three modelsof volume equations were adjusted from a databasecomposed by 287 cubed trees, which 40 were selectedfor the validation for the best fit. For the attempt tocluster the projects an identity test was performed. Ingeneral, the adjustments reported determinationcoefficients (Rajus.) above 0.91 and standard errorvariation estimate (Syx%) between 5.30% and 23.65%.The model that best fit for the data was proposed byShumacher-Hall, who reported good adherence andindependent data validation. The identity test showedthe equations do not have significant statisticaldifference at 95% level, indicating the possibility ofgrouping between the projects for the variable totalvolume.

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indicando a possibilidade de agrupamento entre osprojetos para a varivel volume total. Palavras-chave: Teste de identidade; Similaridade deModelos; Equaes de volume

Keywords: Identity test, Models Similarity, Volumeequations.

1. IntroduoO Brasil, apesar de deter uma pequena rea de rvores plantadas do mundo, contribuianualmente com 17% de toda a madeira colhida, em razo da alta produtividade dos plantiosno Pas (Ib, 2014). Atravs de prticas adequadas de manejo, o cultivo de espcies do gneroPinus na regio sul do Brasil, promove alm do desenvolvimento social e econmico, acontribuio direta para a reduo da explorao de florestas nativas ameaadas (Vasques etal., 2007; Silvestre et al., 2014).Para suprir a demanda produtiva exigida pelo setor florestal, alm dos investimentos ligados asilvicultura e manejo, existe um grande esforo no desenvolvimento de clones e nomelhoramento gentico dessas espcies, que costumeiramente so introduzidas em campo emforma de mudas, produzidas em viveiros com o devido controle de qualidade, para que possamcorresponder a todo o potencial produtivo que possuem (Alcantara et al., 2007; Sartoretto etal., 2008).Todavia, o Estado do Rio Grande do Sul, atravs da Resoluo CONSEMA N 227/2009, criou oZoneamento Ambiental para Atividade Silvicultural (ZAS), que restringe fortemente a atividadede plantios florestais com espcies exticas, em determinadas regies do Estado. Alm de queempreendimentos de grande porte, com reas superiores a mil hectares, devemobrigatoriamente apresentar estudos de balano hdrico, demonstrando a viabilidade do cultivoflorestal.Uma das regies que se enquadra estas limitaes de plantios consiste na Unidade de PaisagemNatural (PL3), que localiza-se na margem leste da Laguna dos Patos. Diante destascircunstancias, uma alternativa para a continuidade da produo em florestas de Pinus elliottii -em reas j consolidadas antes do vigor da respectiva Resoluo-, consiste na conduo daregenerao natural, proveniente do banco de sementes remanescente aps a colheita dopovoamento florestal. Tcnica esta que assemelha-se aos processos silviculturais pioneirosaplicados no sul dos Estados Unidos, regio nativa da espcie (Fox et al., 2007).Por possuir procedncia e tratamentos silviculturais no convencionais, os indivduos depovoamentos florestais provenientes da conduo de regenerao natural podem apresentargrande variao nas diversas variveis biomtricas, possibilitando a necessidade de ajuste dediversas equaes de volume para um mesmo povoamento.Destaca-se que o volume constitui uma das informaes de maior importncia para oconhecimento do potencial de um povoamento florestal, dando subsdios para a avaliao doestoque de madeira e anlise do potencial produtivo das florestas (Thomas, 2006), alm depossibilitar o planejamento da produo e uso da madeira.Dessa forma, o objetivo deste trabalho consiste em ajustar modelos volumtricos para as reascom conduo de regenerao natural de Pinus elliottii e testar a possibilidade de agrupar osmodelos nos diferentes projetos da rea de estudo atravs do teste de identidade.

2. Material e Mtodos

2.1 Caracterizao da rea de estudo e coleta de dadoOs dados utilizados neste estudo foram obtidos em reas de regenerao natural de Pinuselliottii, que se localizam no litoral mdio do estado do Rio Grande do Sul, no municpio deMostardas RS.Os solos da regio so classificados em plintossolos licos, na regio de restinga litornea,

planossolos soldicos, nas plancies alta e mdia, e areias quartzosas hidromrficas hmidas naplancie baixa (Cunha,1997).Segundo Sbruzzi (2015), o clima predominante na regio subtropical de veres quentes(Cfa), conforme classificao Kppen. A temperatura mdia anual de 21C, com mnima de 3e mxima de 38C no vero, pluviosidade mdia anual de 1.450 mm.

2.2 Processo de amostragem e coleta de dadosForam utilizados dados de 287 rvores abatidas em 5 projetos (Tabela 1) e cubadas nosperodos entre 2007, 2009, 2011 e 2013, com idade variando de 4 a 20 anos. Os dimetros aolongo do fuste foram medidos nas posies de 0,15m - 0,5m - 1m - 1,7m - 2,5 m, tomando-sea partir desse ponto sees de 2,0 em 2,0 m, at o pice do fuste.Tendo-se como base uma amplitude diamtrica de 5 cm, foram cubadas pelo menos 2 rvorespor classe de Dap (dimetro a 1,30m de altura), podendo-se observar uma variao dediamtrica de 4,46 27,7 cm.

Tabela 1. Nmero de rvores-amostra (N) e amplitude dos dimetros (Dap) das rvores cubadas por projeto.Table 1. Number of sample trees (N) and diameters amplitude (Dap) of cubed trees per project.

Projeto NDap (cm)

Mnimo Mdio Mximo

1 56 9,55 19,93 27,69

2 96 7,00 16,01 27,69

3 73 6,68 13,40 26,10

4 37 4,46 13,98 26,74

5 25 4,46 8,16 18,14

Os clculos dos volumes das sees foram feitas utilizandose a frmula de Smalian:

em que: v = volume total; gi = rea basal na i-sima posio; li = comprimento daseco na i-sima posio; gn = rea basal do cone; ln = comprimento do cone.

2.3 Modelos para estimar o volumeForam ajustados trs modelos de volumes (Tabela 2) utilizando-se dados dos cinco projetosjuntos, bem como para cada localidade especfica.O critrio de seleo dos modelos de regresso mais adequado foi baseada nas estatsticas de:maior coeficiente de determinao (R aj.); menor erro padro de estimativa (Syx); e, anlisede resduos, para avaliar a no tendenciosidade na distribuio dos resduos e o percentual desubestimativa ou superestimativa dos volumes.

em que: Raj. = coeficiente de determinao ajustado; Syx = erro padro daestimativa absoluto; Syx% = erro padro da estimativa em porcentagem; vobs =volume observado (m); vest= volume estimado (m); = volume mdio; n = nmerode dados observados; p = nmero de coeficientes do modelo; SQres = soma dosquadrados dos resduos e Sqtotal = soma total dos quadrados

Tabela 2. Modelos matemticos para estimativa do volume individual das rvores.Table 2. Mathematical models for estimating individual tree volume.

N Modelo matemtico Denominao

1 v =b0 + b1 dh Spurr

2 lnv = b0 + b1 lnd Husch

3 lnv = b0 + b1 lnd + b2 lnh Schumacher-Hall

em que: ln = logaritmo neperiano; h = altura total (m); d = dimetro, com casca, a 1,3m do solo (cm); e 0, 1 e 2 = coeficientes de regresso.

Conforme Machado e Figueiredo (2002), todos os modelos cuja varivel dependente sofreutransformao (logartmicos) tm seus volumes estimados sujeitos discrepncia logartmica,havendo a necessidade de corrigir esta desigualdade a fim de no prejudicar a equao. Estacorreo pode ser realizada utilizando o Fator de Correo de Meyer para cada volumeindividual de rvore estimado.

em que: Syx= Erro padro da estimativa (m).

2.4 Teste de identidade entre modelosAps a seleo da melhor equao de volume, para cada projeto e para o conjunto total dosdados, realizou-se o teste de identidade entre os modelos descrito por Graybill (1976) cujoobjetivo consistiu em avaliar a possibilidade de agrupar as equaes que no apresentassemdiferena estatstica.Este teste baseia-se na reduo da soma dos quadrados, permitindo verificar estatisticamente,pelo teste de F, a significncia da diferena entre o total das somas dos quadrados dasregresses ajustadas para cada projeto, isoladamente (modelo completo), e a soma doquadrado da regresso ajustada para o conjunto total dos dados (modelo reduzido). Destaforma, quando o valor de F for maior ou igual ao seu valor tabelar, indica significncia ao nvelde 95% de probabilidade e rejeita-se a hiptese H0, ou seja, as equaes diferem-seestatisticamente.

2.5 Validao dos dadosDas 287 rvores que compunham o conjunto total de dados foram utilizadas 40 amostrasindependentes para validar a equao de volume selecionada. Segundo Prodan et al. (1997) eKohler (2013), a validao mostra como uma equao, ajustada para um determinado grupo dedados, comporta-se na estimativa de dados independentes daqueles usados no ajuste. Deacordo com Sanquetta et al (2014), um passo importante para a utilizao de modelos queesses tenham sido previamente validados. A validao de modelos requer duas amostrasindependentes: uma para ajustar a equao; e a outra para a comprovao. Para tal, foiempregado o teste de Qui-quadrado (), a 95% de probabilidade, para avaliar a adernciaentre os dados, ou seja, se existe diferena estatstica.

3. Resultados

3.1 Ajuste dos modelosOs parmetros estimados para os trs modelos testados para o conjunto total dos dados e porprojeto so apresentados na Tabela 3, com os respectivos Coeficientes de Regresso,Coeficientes de Determinao Corrigidos (Raj.) e Erros Padres da Estimativa em percentagem(Syx%).

Tabela 3. Parmetros estatsticos dos modelos volumtricos ajustados.Table 3. Statistical parameters of the adjusted volumetric models.

Modelo Projeto 0 1 2 Syx% Raj.

1 Geral 0,00577 0,00004 - 8,80 0,988

2 Geral -8,93101 2,48829 - 21,55 0,927

3 Geral -9,59815 1,89597 0,91842 9,00 0,987

1 1 0,00350* 0,00004 - 7,35 0,975

2 1 -8,62777 2,40271 - 20,26 0,807

3 1 -10,11294 1,83760 1,18323 6,04 0,983

1 2 0,00564 0,00004 - 7,52 0,985

2 2 -8,78595 2,43498 - 18,67 0,911

3 2 -9,87617 1,92179 0,99212 7,41 0,986

1 3 0,00667 0,00004 - 6,97 0,991

2 3 -8,84145 2,45040 - 16,76 0,946

3 3 -9,49933 1,81772 0,96761 6,91 0,991

1 4 0,00960 0,00004 - 10,20 0,991

2 4 -9,35218 2,59497 - 17,52 0,972

3 4 -9,40971 1,82641 0,91494 9,51 0,992

1 5 0,00052* 0,00004 - 5,30 0,998

2 5 -8,93101 2,48829 - 23,65 0,961

3 5 -9,55581 2,12327 0,68384 5,68 0,998

Em que: 0, 1 e 2 = coeficientes de regresso; Syx% = erro padro da estimativa emporcentagem; Raj. = coeficiente de determinao ajustado; F= Resultado do teste F; e * =significativo ao nvel de 5%.As equaes obtidas apresentaram estatsticas de preciso indicando bons ajustes para todosos cenrios. De maneira geral, foi verificado, que apenas o ajuste da equao de Husch, noprojeto 1, apresentou coeficiente de determinao (Raj.) abaixo de 0,91. Dentre os demaisajustes apresentaram uma relao dendromtrica muito forte entre a varivel volume (v) e asvariveis explanatrias dimetro (DAP) e altura total (h). Os valores do erro padro da estimativa (Syx%) variaram entre 5,30% a 23,65%, porm asequaes que melhor se ajustaram em cada cenrio no ultrapassaram de 10% de erro.Entretanto, no se recomenda utilizar unicamente o coeficiente de determinao (Raj.) e erropadro da estimativa (Syx%) para avaliar o ajuste de um modelo, desta forma analisou-se adistribuio grfica dos resduos, apresentada na Figura 1.

Figura 1. Distribuio grfica de resduos volumtricos em funo do dimetro: Equao geral Spurr (a), equao geralHusch (b) e equao geral Schumacher-Hall (c); equao projeto 1 Spurr (d), equao projeto 1 Husch (e) e equao

projeto 1 Schumacher-Hall (f); equao projeto 2 Spurr (g), equao projeto 2 Husch (h) equao projeto 2 Schumacher-Hall (i); equao projeto 3 Spurr (j); equao projeto 3 Husch (k); equao projeto 3 Schumacher-Hall (l); equao

projeto 4 Spurr (m); equao projeto 4 Husch (n); equao projeto 4 Schumacher-Hall (o); equao projeto 5 Spurr (p);equao projeto 5 Husch (q); e, equao projeto 5 Schumacher-Hall (r).

Figure 1.Graphical volumetric residues distribution as a function of diameter: General equation Spurr (a), generalequation Husch (b) and general equation Schumacher-Hall (c); Equation project 1 Spurr (d), equation project 1 Husch (e)and equation project 1 Schumacher-Hall (f); Equation design 2 Spurr (g), equation design 2 Husch (h) equation project 2Schumacher-Hall (i); Equation project 3 Spurr (j); Equation project 3 Husch (k); Equation project 3 Schumacher-Hall (l);Equation project 4 Spurr (m); Equation project 4 Husch (n); Equation project 4 Schumacher-Hall (o); equation project 5

Spurr (p); Equation project 5 Husch (q); And, equation project 5 Schumacher-Hall (r).

Pode-se observar que embora o modelo de Spurr apresentou uma leve superioridade nosvalores estatsticos em relao ao modelo de Shumacher-Hall, o mesmo expe uma certatendncia em superestimar os volumes com dimetros abaixo de 10 cm, alm de apresentarmaior variao na distribuio de resduos em relao ao modelo Shumacher-Hall.O modelo de Husch apresentou uma distribuio de resduos homognea, todavia, elevadadisperso dos resduos.De acordo com a avaliao dos modelos testados por meio do coeficiente de determinao(Raj), erro padro da estimativa (Syx) e anlise da distribuio grfica de resduos, o modelode Schumacher-Hall mostrou-se o mais adequado.

3.2 Teste de identidade dos modelosA Tabela 4, apresenta o resultado do teste de identidade, ao nvel de 95% de probabilidade.

Tabela 4. Resultado do teste de identidade em relao a equao geral dos dados.Table 4. Identity test result in relation to the data general equation.

Fonte de variao GL SQ QM F Ftabelado

Modelo Completo 15 1610,496

Modelo Reduzido 3 1610,210

Diferena 12 0,286 0,024 6,304ns 43,111

Resduo 232 0,876 0,004

Total 247 1611,372

em que: GL= graus de liberdade; SQ = Soma dos quadradosa dos resduos; QM =Quadrado mdio dos resduos; F= caluculado; Ftabelado=Resultado do teste F;ns=No significativo ao nvel de 95% de probabilidade.

Observa-se que para a combinao geral, entre todos os projetos, o F calculado apresentou-semenor que o F tabelado, a 95% de probabilidade, aceitando-se a hiptese de nulidade H0. Istosignifica que a soma dos quadrados dos resduos de cada projeto estatisticamente igual soma de quadrados do modelo geral. Dessa forma, possvel inferir que os ajustes feitos comos dados estratificados em projetos no diferem da equao geral.

3.3 Teste de validao do modeloA validao apresentou um Rajus. de 0,987, um erro padro de 10,46% e um Qui-quadradocalculado de 0,03, sendo este valor menor que valor tabelar, ao nvel de 95% de probabilidade

(54,57), ou seja, a equao apresenta aderncia entre os dados.De acordo com a anlise grfica dos resduos em funo do Dap (Figura 2) os dadosapresentaram boa distribuio, embora exista uma leve tendncia a subestimao nos menoresdimetros, no ultrapassando a amplitude entre -20% e 20%.

Figura 2. Distribuio grfica de resduos para validao do modelo de Schumacher-Hall.Figure 2. Graphical residues distribution for validation of the Schumacher-Hall model.

4. DiscussoNo que se diz respeito ao aju de equaes volumtricas, Thomas et al.(2006) compararam 9modelos de equaes de volume ajustados com dados de cubagem e anlise de tronco dervores provenientes de plantios de Pinus taeda L. no municpio de Ponte Alta do Norte noestado de Santa Catarina. Os autores utilizaram rvores de diferentes idades, selecionadasaleatoriamente e distribudas por classe de dimetro. Como critrio de seleo do melhorajuste, o autor utilizou o valor ponderado dos escores dos parmetros estatsticos (VP).Semelhante a esse trabalho, o modelo selecionado foi o de Schumacher- Hall que apresentou ocoeficiente de determinao ajustado de 0,9929 (R ajust.) e o erro padro da estimativa (Syx)de 0,0970m.Machado et al. (2002), tambm encontraram resultados semelhantes ao testarem 9 modelos devolume para diferentes idades e regimes de desbastes em plantaes de Pinus oocarpalocalizados na regio sudoeste de So Paulo. Utilizando o coeficiente de determinao ajustadode (R aj.), erro padro da estimativa em percentagem (Syx%) e anlise grfica dos resduoscomo critrios de seleo do melhor ajuste, os autores chegaram concluso de que o modeloproposto por Meyer foi o melhor, seguido dos modelos propostos por Spurr, Stoate eSchumacher-Hall, Todos os ajustes apresentaram coeficiente de determinao ajustado (R aj.)entre 0,8496 e 0,9964 e erro padro da estimativa em percentagem (Syx%) entre 5,70% e13,61%. A semelhana entre esses resultados e os obtidos no presente trabalho mostra que osajustes dos modelos volumtricos para as reas com conduo de regenerao natural de Pinuselliottii apresentaram timos resultados e ficaram muito prximos aos valores que normalmentese obtm em condies de plantio.O trabalho realizado no oeste do estado do Rio Grande do Sul, no municpio de Alegre, emreas arenizadas, por Elesbo (2011) testou 4 modelos de volume para Pinus elliotti e Pinustaeda sem casca. Utilizando o coeficiente de determinao ajustado de (R aj.), erro padro daestimativa em percentagem (Syx%), ndice de Furnival e anlise grfica dos resduos comocritrios de seleo do melhor ajuste, o autor concluiu de que o modelo de Schumacher-Hall foio melhor modelo ajsutado, considerando o valor ponderado dos escores dos parmetros

estatsticos. Todos os ajustes apresentaram coeficiente de determinao ajustado (R aj.) entre0,80 e 0,89 e erro padro da estimativa (Syx) entre 0,0199 e 0,3171. Considerando os valoresencontrados no presente trabalho serem levemente superiores aos encontrados por Elesbo(2011) para coeficiente de determinao ajustado (R aj.) e erro padro da estimativa (Syx)ambos apresentam timos resultados, a leve diferena nos valores pode ser atribuda acaracterstica de stio de cada regio, assim como pelo trabalho de Elesbo (2011) ser realizadoem reas arenizadas e degradadas.Em pesquisas realizadas com ajuste de equaes volumtricas para Pinus taeda o modelo deSchumacher Hall foi o que apresentou o melhor ajuste, conforme relatado por Korler (2013),Mora (2014), Thomas (2006). Melo (2013) trabalhando com Pinus caribaea var hondurensis eArago (2016) trabalhando com Pinus oocarpa e Pinus caribeaea var hondurensis obtiveramresultados semelhantes, tendo como melhor modelo ajustado o de Shumacher-Hall.Ao ajustar equaes para estimar o volume total e do fuste de rvores de vrias espcies emtrs diferentes regies de Cerrado Sensu stricto ao longo da bacia do rio So Francisco noestado de Minas Gerais, Rufini et al., (2010), utilizaram o teste de identidade com o intuito deidentificar possveis semelhanas entre os ajustes das regies, e assim poder utilizar um nicomodelo de equao para estimar o volume de todas elas. Os modelos que apresentaram osmelhores resultados foram os de Schumacher-Hall e Spurr logaritmizados e o teste deidentidade identificou que duas das trs regies apresentaram similaridade, assim, podendo serusadas as mesmas equaes para a estimativa do volume de ambas.Camolesi et al., (2010) usou o teste de identidade para o agrupamento de modelos de volumepara Candeia (Eremanthus erythropappus) em trs municpios do estado de Minas Geraisidentificando a possibilidade de usar a mesma equao para dois municpios, j Queiroz et al.,(2008) usou o teste para avaliar a possibilidade de agrupamento de modelos de funes deafilamento para estimar volumes ao longo do fuste de Mimosa scabrella por classe de idade epara o conjunto total dos dados, aps selecionar o modelo proposto por Hradetzky (1976) comoo mais adequado, os autores concluram que o mesmo modelo ajustado poderia ser usado paraas classes de idade 13 a 15 e 16 a 19 anos. Esses trabalhos tm como semelhana com opresente trabalho o uso do teste de identidade como ferramenta de otimizao do processo deajuste de equaes e estimativa dos volumes individuais.Outros autores utilizaram o teste de identidade com outros objetivos, como por exemploNogueira et al., (2008) que utilizaram o teste para analisar o efeito do espaamento na formado fuste de rvores de Pinus taeda L no planalto serrano do estado de Santa Catarina,concluindo que os espaamentos menores resultaram em forma menos cnica que os maiores.Leite e Andrade, (2003) utilizaram o teste em povoamentos de hbrido entre Eucalyptus grandise Eucalyptus urophylla no nordeste do estado da Bahia para analisar se as equaeshipsomtricas devem ser obtidas por parcela, apenas em funo do Dap e se as equaesvolumtricas devem ser locais, em funo apenas do Dap, concluindo que a varivel Hd deveser considerada e que as equaes volumtricas devem ser regionais.Andrade et al., (2006), ao pesquisarem sobre a influncia de trs sistemas de amostragem naestimativa da relao hipsomtrica e do volume de rvores em um fragmento de MataAtlntica, atravs do teste de identidade comprovaram a hiptese levantada de que umaequao hipsomtrica estimada em cada parcela e/ou classe de dimetro em florestaineqinea, no difere da equao hipsomtrica estimada empregando os dados agrupados emum nico lote. A grande variabilidade de emprego do uso do teste de identidade mostra aversatilidade que essa ferramenta possui na rea estatstica florestal.

5. ConclusesConstatou-se que embora sejam reas de regenerao os mesmos apresentaram excelentesresultados estatsticos, apresentando-se equivalente a resultados obtidos em plantios, sendo omodelo proposto por Schumacher e Hall que melhor se ajustou de acordo com as variveis

testadas.O teste de identidade indicou a possibilidade de agrupamento entre os projetos para a varivelvolume total que aps a etapa de validao apresentou bons resultados estatsticos eaderncia.

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1. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil. Email:[email protected]. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil3. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil4. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil5. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil6. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil7. Universidade Federal do Paran, Departamento de Engenharia Florestal, Curitiba, Paran, Brasil

Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015Vol. 38 (N 42) Ao 2017

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