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UFSM VOLEIBOL ESCOLAR Rogéria Mariano Goulart Santa Maria, 12 de setembro de 2005.

Voleibol Escolar - UFSM

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UFSM

VOLEIBOL ESCOLAR

Rogéria Mariano Goulart

Santa Maria, 12 de setembro de 2005.

HISTÓRICO DO VOLEIBOL

O Voleibol é um dos jogos desportivos de criação mais recente. Foi criado em 1895, no Ginásio da Associação Cristã de Moços, na cidade de Holyoke, em Massachusets, nos Estados Unidos, pelo americano Willian C. Morgan. Inicialmente foi chamado de minonette.

Neste época, o basquetebol era o esporte da moda. Morgan precisava encontrar uma atividade adequada às classes formadas por homens de negócio que procuravam recreação e relaxamento neuro-muscular após seu estafante dia de trabalho. O basquete, criado há apenas três anos, era rude e fatigante e o tênis exigia grande quantidade de material e movimentava menor número de pessoas. Todavia, pareceu-lhe adequada a idéia da rede, colocando uma, semelhante a do tênis, a uma altura de l,83 metros sobre a qual batia-se uma câmara de bola de basquetebol, surgindo, dessa maneira,, o esporte que mais tarde seria chamado de Voleibol. Por ser muito leve, a câmara foi substituída pela própria bola, mas seu peso castigava as mãos dos jogadores. Para salvar sua invenção, Morgan encomendou uma bola especial a empresa A. G. Spalding e Brothers, satisfazendo as exigências feitas por Morgan.

Inicialmente, o novo esporte era praticado somente na cidade onde fora criado e somente anos mais tarde difundiu-se para outros estados americanos. Neste período sofreu muitas modificações, mas a idéia original da rede entre as duas quadras opostas permaneceu. O nome do esporte mudou para Voleibol uma vez que a idéia básica do jogo era jogar a bola de um lado para outro, sobre a rede, usando as mãos.

Em junho de 1896, a revista mensal norte-americana “Physical Education” publicou o primeiro artigo sobre o jogo. De autoria de J. Y. Cameron, chefe do Departamento de Educação Física da Associação Cristã de Moços(ACM), de Nova Iorque, o artigo dizia que: “o voleibol é um jogo principalmente adequado a ginásio, quadra coberta ou ao ar livre. Consiste o jogo em manter uma bola em movimento sobre uma rede alta, de um lado para outro, apresentando características de esportes como o tênis e o handebol.”

Willian C. Morgan dedicou-se ao treinamento físico e técnico do novo esporte deixando de lado a parte da regulamentação. A expansão inicial foi pequena. A sua prática, reduzida a poucas pessoas e o fato de ser jogado em ginásios, fizeram com que se precisasse mais tempo para evoluir. Todavia, o passo inicial para seu progresso foi dado quando passou a fazer parte dos programas de atividades esportivas escolares e jogado ao ar livre. A internacionalização da novidade começou pelo Canadá, em 1900, após o estabelecimento das primeiras regras.

A primeira quadra de voleibol medis 15,35 metros de comprimento e 7,625 metros de largura. A rede tinha altura de 1,98 metros(do chão a borda superior), largura de 0,61 metros e comprimento de 8,235 metros. A bola era de uma câmara de borracha coberta de couro, apresentava circunferência de 67,5 centímetros e peso que variava entre 255 a 340 gramas.

O Voleibol entrou na América do Sul no ano de 1910, quando os missionários norte-americanos Joseph Lockey e José Macknight, ligados a Associação Cristã de Moços, apresentaram o esporte ao Peru, em meio a organização do ensino primário, empreitada para a qual foram, contratados pelo governo do país. Dois anos depois foi a vez do Uruguai.

A primeira década do século foi decisiva para que o esporte ganhasse feição própria, com ajustes no regulamento e com a evolução tática. Surge o

rodízio(1912), os filipinos criam a cortada(l9l6), a rede para homens é colocada a 2,43 metros de altura e para as mulheres a 2,24 metros de altura, adota-se o set de 15 pontos(1917), cada time passa a ter seis jogadores(1918), a jogada é limitada a três toques(1920).

No Brasil, o voleibol chegou em 1915. Existem duas correntes: uma delas diz que o esporte foi praticado pela primeira vez no Colégio Marista, em Pernambuco; a outra diz que o volei aportou em São Paulo, na bagagem de professores da mesma instituição cristã. Ganhou força em 1923, quando o Fluminense organizou um torneio com vários clubes, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, também do Rio, exigiu que seus filiados disputassem competições da nova modalidade.

O primeiro grande lance do voleibol brasileiro é do início da década de 80, quando a seleção masculina conseguiu seus primeiros resultados importantes.

1. TIPOS DE VOLEIBOL ( CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E DESENVOLVIMENTO)

O voleibol é um esporte coletivo que consiste em movimentar a bola de um lado para outro da quadra, sobre a rede, procurando fazer com que ela caia na quadra adversária, respeitando rigorosamente uma série de regras,. Pode ser praticado em ginásios, quadras cobertas ou ao ar livre.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO VOLEIBOL 1. O jogo é realizado em uma quadra retangular que mede l8 metros de

comprimento por 9 metros de largura, dividida ao meio por uma rede.

2. A quadra é dividida ao meio por linha: a Linha central ou linha de meio de quadra. Possui três zonas: zona de ataque, zona de defesa e zona de saque. As zonas são delimitadas por três linhas: a linha final, a linha lateral e a linha da zona de ataque.

3. A rede tem 9 metros de extensão por um metro de largura, com malhas quadradas de 10 centímetros. Nos jogos masculinos sua altura é de 2,43 metros e nos femininos 2,24 metros. É esticada por cordas flexíveis, nas extremidades superior e inferior, que são amarradas aos postes laterais. Duas antenas de 0,80 metros de altura são presas a rede, sobre as linhas laterais, para delimitar o espaço aéreo que pode ser cruzado pela bola quando vai de um campo ao outro.

4. A bola não poderá ser retida podendo ser tocada com qualquer parte do corpo.

5. Cada equipe pode executar três toques na bola antes de enviá-la para a quadra adversária. O mesmo atleta não poderá dar dois toques consecutivos na bola, exceto quando houver bloqueio.

6.Cada equipe é formada por 11 jogadores, dos quais seis são titulares e seis são reservas. Um deles pode exercer a função de líbero(que deverá estar com fardamento diferenciado dos demais). As camisetas são numeradas de 1 a 18.

7.A equipe de arbitragem é formada por sete componentes: 04 fiscais de linha, 01 apontador, um primeiro árbitro e um segundo árbitro.

8.No início de cada set, os atletas são distribuídos em seis diferentes posições na quadra, a partir do Saque, no sentido anti-horário. Essa distribuição dos jogadores em quadra chama-se ordem de saque. Os jogadores deverão passar por todas as posições na quadra no sentido horário através da rotação.

9.No voleibol, o ponto é concedido quando:

a bola tocar em uma das antenas; a bola tocar em um atleta adversário e sair da área de jogo;

quando a bola bater em qualquer objeto fora da quadra; quando o atleta tocar na rede; quando o atleta reter ou segurar a bola; quando a bola cair na quadra adversária;

Essas características são comuns a todos os tipos de voleibol, seja ele, de rendimento, de lazer, escolar ou de praia. Entretanto, são diferentes em alguns aspectos, especialmente, no que diz respeito aos seus objetivos.

2.1.VOLEIBOL ESCOLARO voleibol escolar tem por objetivo promover o desenvolvimento das

capacidades motoras, físicas e psicológicas dos alunos. É na Escola que o praticante de voleibol tem uma das primeiras oportunidades de conhecer e praticar este esporte. Se a técnica de execução dos fundamentos e do jogo em si for apresentada de forma dinâmica e atraente, o aluno logo desenvolverá o gosto pela prática e despertará cada vez mais interesse pelo esporte e assim procurará ampliar cada vez mais seus conhecimentos.

Na Escola, o Voleibol é um esporte que pode e deve ser praticado por todos os alunos, independente de sexo, faixa etária, altura, habilidade e desempenho. O objetivo principal do professor de Educação Física é, numa etapa inicial, promover a estimulação(um sistema totalmente aberto), onde todos têm oportunidade. Basta Ter vontade e determinação para aprender. A maioria dos alunos possui o mesmo nível e todos passam pelas mesmas etapas de prática e aprendizagem. É comandado pelo professor.

No Voleibol Escolar, seguem-se as regras oficiais e os alunos buscam resultados(é a competição entre eles). O professor, no entanto, não deve estimular a obtenção de performance. Cabe a ele indicar e mostrar caminhos para o aperfeiçoamento da prática, sem excluir àqueles com menor aptidão para o esporte.

2.2. VOLEIBOL LAZERTem por objetivo principal a promoção das relações interpessoais e a

socialização dos indivíduos, já que oportuniza a participação de qualquer pessoa, independente de resistência, coordenação ou aptidão uma vez que o esforço é proporcional a capacidade de resistência do jogador. Há harmonia entre o esforço que o jogo exige e o esforço que o indivíduo pode fazer(cada jogador desenvolve a prática dentro de seus limites).

No Voleibol Lazer não existem derrotas nem frustrações porque não visa competição, apenas proporcionar alegria, bem-estar e espírito de grupo. Não precisa obedecer regras. Pode-se adaptá-las em alguns aspectos, conforme o nível e os interesses do grupo. Não há preocupação com o rendimento e com a obtenção de resultados. É totalmente lúdico.

Na infância, o Voleibol Lazer é importante porque serve de base para o desenvolvimento esportivo, auxiliando a integração da criança dentro do grupo que participa. Destaca-se o lado social, já que nesta modalidade pode haver acentuado desnível técnico. O integrante de melhor técnica ajuda os companheiros uma vez que o sucesso depende da harmonia do grupo.

2.3. VOLEIBOL RENDIMENTOModalidade esportiva cujo objetivo principal é a obtenção de resultados.

Exige rendimento e, por isso, necessita indivíduos com elevada capacidade de

desempenho e com conhecimento e domínio da técnica. É o princípio da produtividade que está em jogo. Deve ser uma opção natural do praticante. A participação é limitada, uma vez que exige dedicação exclusiva( com treinamento exaustivo de 6 a 8 horas diárias, sendo necessário auxílio de um patrocinador por questão de sobrevivência), elevado desempenho e melhor performance. Não pode haver erros porque eles podem eliminar a equipe da competição. Para participar dessa modalidade, o atleta deve Ter passado pela fase da especialização.

É importante que esta forma esportiva não seja imposta precocemente e que a pessoa tenha oportunidade de escolha.

O Voleibol rendimento segue rigorosamente as regras oficiais. É comandado por um técnico.

Todos os tipos de voleibol (exceto o de praia) seguem o mesmo desenvolvimento e as mesmas regras.

DESENVOLVIMENTOAs boas jogadas são rápidas, precisas, surpreendentes. Esforço físico,

frieza, sutileza ou força na definição das jogadas e arrojo na defesa são ingredientes para manter a bola suspensa.

As regras do volei mudaram. O esporte tomou um banho de modernidade. Agora, o técnico participa mais do jogo. Dentro da área técnica, fala e orienta o time na hora que quiser. Tem direito a um tempo de 30 segundos por set e a seis substituições. A maior alteração foi na contagem. Antes vencia o set quem marcasse 15 pontos, com sistema de vantagem e só pontuava quem estivesse sacando.

Se a equipe que defendia vencesse o “rally”, ela ganhava a vantagem de executar o saque e, portanto, a chance de pontuar. Com as novas regras, o set vai a 25 pontos corridos. Toda a bola vale ponto, independentemente de quem tenha sacado. E a vitória se dá com a diferença mínima de dois pontos: empate em 24 leva a partida a 26 e assim por diante. Uma das razões da novidade foi a televisão que exigiu duração uniforme para o jogo. A questão do tempo foi resolvida: cada set passou a durar em média 20 minutos. Como qualquer erro custa um ponto, não se joga para acertar mais; joga-se para errar menos: o melhor ataque é a defesa. Criou-se até o líbero, jogador facultativo que usa roupa de cor diferente e pode ser trocado a qualquer momento. Quando atua, ele o faz atrás da linha de três metros; não saca, não bloqueia nem conclui ataques. Porém, é acrobático o bastante para mergulhar e mandar para o alto as bolas que estão quase no chão.

Os jogos têm cinco sets, com intervalos de três minutos entre eles. Se há empate em dois a dois, o último deles, o tie-break(desempate), é disputado num set de 15 pontos.

2.4. VOLEIBOL DE PRAIAÉ um esporte praticado por duas equipes de dois jogadores cada,

disputado em quadra de areia, dividida em dois campos por uma rede. Ao redor é observada uma área livre de pelo menos três metros para defesas. As fitas que delimitam as laterais são fixadas no chão. A quadra também mede 18 metros de comprimento por 9 metros de largura.

O Voleibol de Praia é praticado ao ar livre, a beira-mar, em parques ou clubes. Pode ser competitivo ou de lazer, conforme seu objetivo.

Os homens usam camiseta e calção e as mulheres a peça inferior do biquíni e camiseta curta. É permitido usar óculos, boné e protetor solar e joga-se com os pés descalços.

DESENVOLVIMENTO:Os “rallys” não costumam ser muito longos. A eficiência do bloqueio –

contado como um dos três toques – é bem menor que no voleibol de quadra por ser feito quase sempre por um só jogador. Apenas um pequeno setor da rede fica fechado e toda a cobertura tem de ser feita pelo único jogador que resta. Se os dois sobem a rede toda a quadra fica sem defesa. O saque é duplamente importante. Tem de ser bem executado, pois uma recepção fácil dos adversários é contra-ataque na certa. Pelo menos 80 % dos jogadores do volei de praia optam pelo serviço de alto, com a bola alçada acima da cabeça para ser golpeada com a mão espalmada. O toque na rede é proibido nesta modalidade do voleibol.

O ponto só pode ser marcado pelo time que sacou naquele “rally”. O time que se defende tem de vencer a jogada para conquistar o saque.

Ainda que pareça fácil, uma partida de volei de praia é extenuante. Como as intempéries – o sol e o vento em especial - são decisivas, há troca de quadra a cada cinco pontos(3x2),(4x1),(8x7),(10x0),etc... A partida é disputada num único set de 15 pontos. No caso de empate em 14 pontos, vence a dupla que superar a outra em dois pontos ou alcançar 17. O jogo pode, portanto, encerrar em 17 a 16. Nos jogos que valem medalha, a peleja é aumentada em dois sets de 12 pontos e um tie-break, se houver empate em um set a um, então disputado em pontos corridos – pontua a dupla que vence o “rally”, tendo sacado ou não.

Se tiver objetivo de competição, o Voleibol de Praia segue as regras oficiais e é comandado por um técnico.

3. O PROFESSOR, O EDUCADOR E O TÉCNICO(Características de cada postura, quando e onde atuam)

Quando se inicia um trabalho com Voleibol tanto o professor quanto o técnico assumem inúmeros papéis. Além de transmitir os conhecimentos técnicos e táticos do esporte, ambos devem ser educadores e formadores de opiniões e atitudes.

No contexto escolar, o papel do professor de Educação Física é de fundamental importância, pela sua liderança, pela sua competência e, principalmente, pelo carisma que exerce junto aos alunos(normalmente é ele quem tem melhor relacionamento com a classe). A criança, nesta faixa etária, aprende e assume comportamentos devido a interação com uma pessoa que considera muito importante em sua vida, normalmente copiando e adotando sua postura, formando grande parcela de seu caráter e de sua personalidade. Para que isso aconteça paralelamente a aprendizagem do voleibol é indispensável que o professor ganhe a confiança, a estima e a credibilidade da criança e isto não se conseguirá sendo apenas um técnico.

Essa interação somente se concretizará à medida que a criança reconhecer em seu professor uma pessoa alegre, cordial, amiga, paciente, justa, que não tenha preferências, que seja compreensível, que não castigue para obter disciplina e que não esmoreça quando não obtenha resultado.

O professor, no entanto, só alcançará seus objetivos se respeitar a criança com sua individualidade, considerando que ela tem um potencial muito grande a ser explorado.

Nesta etapa, não se pode propor este trabalho a um técnico porque ele tem objetivo único e exclusivo a formação de equipe que, na Escola, pouco importa, pois o objetivo principal nesta fase não é a seleção de equipes.

O trabalho de um técnico é realizado junto a equipes cujo objetivo principal é a obtenção de resultados. Ele é obrigado a estabelecer exigências sérias, cuidar de sua expressão, assim como seus movimentos, gestos e até mesmo o vestuário. Deve ser igualmente ao professor, moderado em sua conduta. Quando o técnico tem um bom relacionamento com a coletividade, os resultados do trabalho são mais satisfatórios. O técnico deve ser também um educador que desenvolve valores e atitudes, deve ser amigo, exigente, justo e, acima de tudo, usar a franqueza.

As competições em outras cidades ajudam o técnico a conhecer melhor a vida interior e os interesses de cada um de seus alunos. A criação de uma coletividade unida e amiga constitui uma das tarefas mais importantes do trabalho educativo do técnico. Os jovens desportistas devem ser educados dentro de seu espírito de coletivismo, de amizade e da camaradagem. Cada atleta deve sentir em suas atitudes o sentimento de responsabilidade diante da coletividade.

O profissional que se dispõe a trabalhar com voleibol será mais competente em suas atividades se conseguir unir as qualidades exigidas e encontradas em técnicos, professores e educadores com boa base pedagógica.

No trabalho com crianças, o professor de Educação Física deve ser professor e educador para que ele possa ensinar com a didática correta, desenvolvendo na criança, o gosto pelo esporte; deve ser técnico-educador para produzir no atleta o espírito de companheirismo e formular uma boa noção técnica e tática, possibilitando a evolução na qualidade do rendimento da equipe. Seja qual for a função, professor ou técnico, o profissional precisa ser um educador, procurando desenvolver o lado psicológico dos alunos e sua socialização em grupo, pois somente ele tem condições de chegar no lado humano de seu aluno formando não apenas um atleta, mas um cidadão crítico e responsável.

4. CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL4.1. IDADE IDEAL PARA INICIAR UM TRABALHO

O trabalho de voleibol pode ser iniciado na criança com idade entre 9 e 13-14 anos, faixa etária onde ocorre o processo de escolha de uma modalidade esportiva. É a fase em que a criança se identifica com um determinado esporte.

4.2. BENEFÍCIOS DE SUA PRÁTICA

A prática do voleibol desenvolve qualidades físicas e psicológicas. Os benefícios de sua prática podem ser divididos sob diferentes aspectos:

a)SOB O PONTO FÍSICO - desenvolve agilidade e destreza, coordenação, capacidade de reação, velocidade, auto-domínio corporal e capacidade de saltos. Proporciona a flexibilidade das articulações, a agilidade dos movimentos, a elegância dos gestos e atitudes; educa o sistema nervoso, amplia a capacidade

respiratória e desenvolve a destreza. É ótimo exercício porque a sucessão de trabalho e repouso que o caracteriza não exige esforço do jogador.

b)SOB O PONTO DE VISTA MORAL – desenvolve o aperfeiçoamento das qualidades morais do indivíduo. A ausência do contato direto com o adversário evita violência nas jogadas. A oportunidade que os jogadores tem de passar por todas as posições, a flexibilidade de seu mecanismo, as regras que orientam sua prática, são fatores que obrigam o jogador a observância de uma boa conduta. Desenvolve o espírito de iniciativa e decisão, o senso de solidariedade e disciplina e a noção de coletividade. Ajusta e desenvolve as qualidades morais do indivíduo.

c)SOB O PONTO DE VISTA SOCIAL - é um processo de aproximação e estimulo. Proporciona integração social, seja da mesma equipe ou equipe adversária, bem como o respeito as regras , o sentimento de apoio entre os praticantes e o desenvolvimento do espírito de grupo. Melhora a auto-estima e a auto-confiança pois, devido a diferenciação de tarefas, possibilita maior estimulação das potencialidades e dos limites.

d)SOB O PONTO DE VISTA INTELECTUAL – pesquisas comprovam que praticantes de voleibol têm melhor desempenho em outras disciplinas. Facilita a aprendizagem.

4.3. QUALIDADES FÍSICAS DESENVOLVIDAS NOS PRATICANTES

A prática do Voleibol determina o desenvolvimento de inúmeras qualidades físicas. Entre elas:

velocidade de ação e reação; capacidade de observação; velocidade de deslocamento; força e flexibilidade; resistência e melhoria do condicionamento físico; coordenação e equilíbrio; agilidade e destreza;

5.O MINI-VOLEIBOL 5.1. CONCEITO

O mini-voleibol é uma maneira simplificada usada na aprendizagem do Voleibol; é adaptado as necessidades e capacidades de crianças com idades entre 8 e l4 anos que estão na fase de iniciação do esporte. Tem por objetivo acertar a bola no chão, no lado da equipe contrária ou forçar um erro destes e impedir que a bola bata no chão, de seu lado, evitando erros.

5.2. ESQUEMA PARA O SEU DESENVOLVIMENTO

Para iniciar o mini-voleibol, o professor deve planejar um esquema dinâmico e atraente para ensinar lentamente os jogos, as técnicas, a tática e até

mesmo a preparação física. Neste sentido, o professor deve ser flexível no planejamento de suas atividades porque as crianças não gostam de exercícios estafantes e práticas demoradas. Se não estiver atingindo resultado satisfatório é necessário modificar a condução da aula e dos exercícios. O anexo 1 mostra um esquema sobre como iniciar o desenvolvimento do mini-voleibol.

5.3. REGRAS BÁSICAS

a) a equipe é formada por seis jogadores e seis substitutos; é permitido, no máximo, seis substituições por set. Os jogadores se posicionarão na quadra de maneira que haja três jogadores de linha de frente(atacantes) e três jogadores de linha de fundo(defensores);

b) os três jogadores que se colocam ao longo da rede formam a linha de frente ou de ataque e ocupam as posições 4, 3 e 2. Os três jogadores que formam a linha de fundo ou de defesa ocupam as posições 5, 6 e 1. Cada jogador da linha de defesa deve estar posicionado mais afastado da rede que o aluno da linha de ataque correspondente. Quando o saque for realizado, os jogadores podem deslocar-se de suas posições dentro de sua quadra e zona livre. Os jogadores de defesa não podem cortar a bola de dentro da zona de ataque ou tentar golpeá-la por sobre a rede, enquanto estiverem na zona de ataque, a não ser que a bola esteja abaixo da altura da rede.

c) A quadra deve Ter 8 metros de largura e l7 metros de comprimento. Uma rede divide a quadra em dois campos. As linhas laterais que limitam a quadra devem Ter 5 centímetros de largura. A linha do centro deverá Ter 10 centímetros de largura.

d) Altura da rede deve ser de 2,10 metros tanto para equipes femininas quanto masculinas;

e) Tamanho e peso da bola – o mini-voleibol é jogado com uma bola mais leve e de menor circunferência adaptada as mãos e força das crianças. Para iniciantes, em idade menor, é conveniente usar bolas de borracha ou plástico;

f) A escolha do campo ou saque para o primeiro e terceiro set é realizado através de sorteio. As equipes trocarão de campo antes do início do segundo set. No terceiro set trocarão de quadra assim que uma equipe marcar 8 pontos;

g) O saque correspondente a ação de colocar a bola em jogo é feito pelo jogador de defesa direita, posicionado fora da quadra(atrás da linha de fundo). O jogador tem as opções de golpear a bola com uma das mãos ou braço e jogá-la para o outro lado da rede. Para que o saque seja válido, a bola não deve tocar a rede, um jogador ou qualquer outro objeto sobre ou ao lado da quadra. Além disso, a bola não poderá também tocar o solo na parte de fora da quadra;

h) Tocando a bola durante o jogo – depois do saque a bola pode ser tocada com ambas as mãos, ambos os braços ou qualquer parte do corpo. Como é um jogo para iniciação pode-se permitir que os jogadores possam agarrar a bola com as mãos, passando para o companheiro com um toque. Cada equipe pode passar a bola no máximo para três jogadores, antes de jogar para o outro lado da rede. No segundo estágio, somente o primeiro e o segundo aluno podem agarrar a bola antes de passar para o terceiro jogador que, obrigatoriamente, deverá dar um toque para o outro lado da rede. No terceiro estágio, só o primeiro aluno que recebe a bola vinda do outro lado da rede pode agarrá-la; o segundo e o terceiro deverão dar toque. A bola não

poderá ser tocada pelo mesmo jogador duas vezes consecutivas, exceção no bloqueio e na fase de aprendizagem(segurar e tocar). A bola não pode tocar no chão do campo da equipe que estiver jogando, tocar qualquer objeto acima ou ao lado da quadra, tocar o chão fora da quadra, depois de Ter sido tocada por um jogador da própria equipe;

i) Jogo na rede – os jogadores não podem tocar a rede. Eles podem pisar na linha de centro, desde que não toquem a quadra adversária. A bola pode bater na rede(exceto o saque). Somente ao defender o próprio campo(bloqueio) pode o jogador ultrapassar o bordo superior da rede(invadir). Se a bola tocar um ou mais jogadores do bloqueio será contado apenas um toque para esta equipe.

j) Interrupção do jogo – após o saque, a bola continuará em jogo até o árbitro apitar. Cada equipe pode solicitar dois tempos de 30 segundos cada por set, para receber avisos ou instruções. Uma substituição deve ser realizada sem demora(pode ser feito apenas pelo técnico ou capitão)

k) Contagem de pontos – uma equipe marca pontos se estiver de posse do saque e o adversário cometer uma falta; enquanto isso acontece troca-se o saque, isto é, este passa a pertencer a equipe adversária. Neste caso, nenhum ponto é marcado, sendo apenas uma vantagem(direito de saque). Quando a equipe ganha o direito de saque, faz uma rotação de seus jogadores, avançando uma posição, sempre no sentido horário. Uma equipe vence um set ao fazer l5 pontos desde que possua uma diferença de dois pontos sobre a equipe adversária com um limite de l7 pontos. No terceiro e decisivo set(tie-break), em caso de empate, o jogo prosseguirá até que se obtenha uma vantagem de 2 pontos. Não há limite de pontos. Uma equipe vence o jogo ao ganhar pelo menos dois sets da partida 2:0 ou 2:1;

l) Condução do jogo – a partida é conduzida por um árbitro. Ele se encarrega de fazer com que as regras sejam cumpridas e sua decisão é soberana.

5.4. TÁTICASA tática coletiva está representada no anexo 2.Primeira etapa(8-10 anos) cooperação; movimento na direção da bola; regras oficiais; volei 1 x 1;

Segunda etapa(9-11 anos) cooperação – observar o adversário; antecipação da bola; regras básicas; MVB 2 x 2;

Terceira etapa(10-12 anos) uso tático dos fundamentos; tática básica da equipe; regras do MVB 3 x 3; MVB 3 x 3;

Terceira etapa(11-13 anos) tática individual;

formação de equipe e sistemas de ataque e defesa; MVBV 4 x 4;

Quarta etapa(12-14 anos) formação de equipes e sistemas; tática individual; regras do voleibol: voleibol 6 x 6;

6. JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS6.1. SUA IMPOR TÂNCIA NA INICIAÇÃOOs jogos pré-desportivos constituem um dos meios fundamentais de

desenvolvimento físico, emocional e social. São importantes principalmente no período inicial do aprendizado porque a prática da ludicidade, através de pequenos jogos e brincadeiras estimulam o aluno e auxiliam o ensino esportivo na execução das diferentes tarefas envolvidas no processo ensino-aprendizagem do voleibol. Despertam interesse na criança que é expressado pela alegria que elas experimentam durante a execução. As crianças se entregam com naturalidade e com prazer não se omitindo das brincadeiras propostas. São importantes também porque proporcionam o desenvolvimento da resistência, rapidez de orientação, destreza, capacidade de observação, capacidade de deslocamento, velocidade de ação e reação, coordenação e equilíbrio, elementos fundamentais para a prática do voleibol. Através dos jogos pré-desportivos, os alunos têm condições de passar da posição estática a posição de movimento, parar com rapidez após um rápido deslocamento, força e velocidade nas contrações musculares correspondentes a execução dos principais procedimentos técnicos do jogo, destreza e flexibilidade necessárias ao domínio da técnica.

6.2. QUINZE JOGOS COM OS OBJETIVOS DIRIGIDOS AO VOLEIB0L

1. Bola ao arOs participantes colocam-se em círculos e jogam entre si uma bola de

basquete ou medicine-ball enquanto outra pessoa, no centro da roda, tenta apanhá-la. Se conseguir, seu lugar é substituído pelo último jogador que toca a bola.

2. Futebol de duplasUsando uma bola de voleibol, meninos e meninas, de mãos dadas,

formam pares; divide-se em duas equipes, de modo que cada uma tenha o mesmo número de pares. Joga-se futebol de mãos dadas, mas do par só a menina pode fazer o gol.

3. Pega-ajuda

Um aluno é o pegador. Os outros posicionam-se em um lugar delimitado da quadra. O pegador deve “pegar” os colegas à medida em que vão sendo tocados dão-se as mãos aos demais e ajudam a pegar os outros.

4. Pulando em círculosNuma área são desenhados 10 a 15 círculos a uma distância de 50 a 100

metros, numa linha assimétrica. Os participantes, por ordem, com ambas as pernas, saltam de um círculo para outro sem tocar na linha, com a bola presa nos tornozelos. Quem deixar a bola escapar é eliminado.

5. Futebol com a mãoDuas equipes, cada uma com um goleiro; alunos efetuam 10 passes numa

mesma equipe e arremessam em direção ao gol. Se a bola for interceptada por algum integrante da equipe adversária durante os passes está ficará com sua posse, executará os dez passes e assim sucessivamente.

6. Pega BolaSentados em círculo, um aluno no meio do círculo. Arremessar a bola

sem que àquele que esteja no meio pegue; se este pegá-la troca-se de lugar.

7. Dança da bolaEm círculo, a bola vai passando de aluno em aluno ao som de uma

música. Quando a música é interrompida, aquele que estiver de posse da bola deve “pagar uma prenda”, como por exemplo rastejar como uma cobra, andas como um gato.

8.Senta, deita e corre Um aluno sentado e outro em pé; este joga para o sentado, que por sua

vez deita e joga a bola para trás; o aluno em pé corre para pegá-la.

9.Continente-ilha-mar Alunos posicionados na área delimitada para o continente, ao sinal do

professor, vão se deslocar para o espaço destinado a ilha. Neste deslocamento podem encontrar um tubarão no mar que poderá pegá-los. Ao ser apanhado pelo tubarão, o aluno passa a ajudá-lo a pegar os demais, sendo também um tubarão.

10.Corrida da estafeta Os participantes dividem-se em duas ou três equipes e fazem filas. A um

sinal, os jogadores que se encontram a frente com uma bola na mão, correm até um lugar determinado(10 ou 15 metros de distância, voltam, entregam a bola para o segundo da fila que fará o mesmo percurso. Ganha a equipe que terminar de correr antes das demais.

11.Alvo móvel Os participantes fazem um círculo, em cujo centro encontra-se um jogador.

Os integrantes do círculo tentam acertar o do círculo com a bola de voleibol, enquanto ele se defende. Se for atingido “paga uma prenda”( 10 apoios, por exemplo) e indica o nome do aluno que ficará no centro do círculo. O professor deve instruir para que não se jogue a bola com força no colega.

12.Patos e caçadores Uma das equipes(os caçadores) fazem um círculo enquanto a outra equipe(os

patos) fica no centro. Os caçadores tentam acertar um pato com a bola de voleibol, enquanto estes se defendem. O jogador atingido pela bola sai do círculo. Marca-se o tempo que os caçadores demoram para atingir os patos.

13.Jogo de bola Os jogadores se dividem em duas equipes, A e B, e fazem fila uma diante da

outra. Ao sinal, o primeiro aluno da equipe A joga para o primeiro aluno de B e corre para o final da coluna de B; o primeiro de B joga a bola para o segundo aluno da equipe A e corre para o final da coluna A e assim sucessivamente.

14. Pular carniça Os participantes dividem-se em duas equipes, fazendo fila, um atrás do

outro, não muito afastadas. A uma distância de 10 ou 12 metros encontra-se o primeiro integrante da equipe. Ao sinal, os segundos jogadores correm até os primeiros e saltam por cima deles como na carniça e colocam-se no lugar dos primeiros que voltam a fila. Ganha a equipe que primeiro terminar de correr.

15. Em círculo, numerar os alunos; o professor, ao falar o número, joga a bola para cima e o correspondente vai ao centro tentar pegá-la; o aluno que a segura diz outro número e assim sucessivamente.

7. A CRIANÇA 7.1 FAIXA ETÁRIA PARA O INÍCIO DO TRABALHO

A faixa etária para iniciar o trabalho de voleibol é dos 9 aos 13-14 anos, faixa etária em que o aluno se identifica com uma modalidade esportiva. Nesta fase ocorre o processo de escolha do esporte que a criança pretende se dedicar.

7.2. CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NESTA FAIXA ETÁRIA: Nesta faixa etária, o brusco crescimento traz para o indivíduo, na maioria das

vezes, uma falta de sinergia dos movimentos que até bem pouco tempo eram realizados com fluidez. Isso é reflexo de um novo corpo, coordenado pela memória motora. Não houve tempo de grandes experimentações motoras com o corpo em novas dimensões. É aquele estágio da vida em que o adolescente é considerado como “estabanado”.

Por outro lado há uma luta interna no físico do adolescente para suprir essas deficiências, o que torna o indivíduo ávido por novas vivências e estimulações na busca do equilíbrio.

Se até este estágio o aluno teve uma formação física básica, bem desenvolvida, com as atividades motoras básicas com andar, saltar, atirar, saltitar, bem exploradas, mais facilmente ocorrerá a reorganização motora.

Outro fator que concorre para que o Voleibol seja ensinado a partir desta faixa etária é o desenvolvimento social que mostra indivíduos mais propensos a aceitar atividades que requeiram sociabilidade, pois a fase da ênfase individualista está sendo superada.

As atividades do voleibol desenvolvem capacidades físicas como: rapidez de orientação e reação motriz, observação, velocidade de reação, velocidade de deslocamento, capacidade de salto, força e mobilidade das mãos, saber passar da posição estática para a posição de movimento, parar com rapidez após um rápido deslocamento, força e rapidez nas contrações musculares correspondentes a execução dos principais procedimentos técnicos do jogo, destreza e flexibilidade necessárias ao domínio do voleibol. Desenvolve o aumento da velocidade, coordenação, resistência e rapidez.

8.EXERCÍCIOS DE FAMILIARIZAÇÃO COM O MATERIAL 8.1. QUAIS OS OBJETIVOS

A familiarização com o material tem como objetivo principal eliminar o medo que o aluno sente da bola no início do processo ensino-aprendizagem.

8.2. DEFINIÇÃO:

A familiarização com a bola é a fase em que o aluno faz o reconhecimento do material a ser utilizado. Trata-se de uma etapa onde ele manterá o primeiro contato com a bola, se adaptando com o seu peso, tamanho e material com que é feito. Pode ser realizada através de exercícios e brincadeiras.

8.3. 20 EXERCÍCIOS DE FAMILIARIZAÇÃO COM A BOLA (COM DESENHOS)

1. Quicar a bola até o companheiro com a mão direita até o companheiro. Volta de costas, o colega faz o mesmo.

2.Passar a bola de uma mão para outra.

3.Passar a bola pelas costas.

4.Joga a bola para cima e segure.

5.Dois a dois, frente a frente, um joga a bola para o outro.

6.Sentados, com as pernas em afastamento, próximos um do outro, um aluno rola a bola no chão para o seu companheiro.

7.Passar a bola por entre as pernas aproximadamente na altura do joelho fazendo com que ela tenha uma trajetória de “oito”.

8 Saltitar em pé da linha da zona de ataque até linha de fundo com a bola presa no tornozelo. Não pode deixá-la cair. O aluno vai e retorna executando mesmo exercício.

9.Saltitar agachado segurando a bola no tornozelo, da linha de zona de ataque até a linha de fundo. O aluno vai e retorna executando o exercício.

10.Saltitar em pé com a bola presa entre os joelhos.

11.Dividir os alunos em círculo, numerando-os; o professor fala um número, joga a bola para cima, o aluno correspondente ao número dito pelo professor vai ao centro do círculo, apanha a bola, arremessa para cima e diz outro número de aluno que deverá ir ao centro do círculo pegá-la e assim sucessivamente.

12.Numa coluna, um aluno atira a bola na rede, sai da coluna, vai para o fim da fila . O segundo aluno da coluna segura a bola e assim sucessivamente. O objetivo é o contato com a bola. Pode ser feito também sob a forma de competição.

13.Arremessar a bola na parede e segurá-la.

14.Duas colunas, de frente para a cesta de basquetebol, uma com a bola e a outra sem. O primeiro aluno da coluna de posse da bola arremessa para o primeiro aluno da coluna sem bola; este segura-a e joga em direção a cesta de basquete. E assim por diante.

15.Dois a dois, em deslocamento lateral, passar a bola para o companheiro o mais depressa possível.

16.Dois a dois; o alun o A joga a bola para B; este segura a bola e joga-a para trás e o aluno A corre para pegá-la.

17.Deitado, jogar a bola para cima na altura dos ombros, da testa, do nariz. Segure-a com as duas mãos e repita o movimento.

18.Um aluno sentado e outro em pé correndo ao seu redor; o aluno que está sentado joga a bola para o que está em pé, sempre na sua mão.

19.Alunos sentados em círculo. O primeiro lança a bola acima da cabeça, o segundo recebe e rola a bola pelo chão e assim por diante, obedecendo a ordem mencionada.

20.Um aluno de frente para o outro, separados pela rede; um arremessa a bola, o seu companheiro salta e segura-a em suspensão. Invertem-se as posições.

9.CORPO / JOGO / ESPORTE: 9.1.COMO SE PROCESSA ESSA INTERAÇÃO NA CRIANÇA: O desenvolvimento da criança acontece principalmente através das atividades esportivas. Ela precisa brincar para crescer, se exercitar para desenvolver suas habilidades motoras e precisa do jogo que atinge o ser humano em sua totalidade, desenvolvendo os aspectos cognitivo, psicomotor e afetivo-social. A atividade física escolar deve ser uma forma de lazer e uma oportunidade de crescimento pessoal para as crianças. As brincadeiras e os jogos tornam-se recursos didáticos de grande aplicação e valor no processo ensino-aprendizagem. A criança aprende melhor brincando e jogando e tudo pode ser ensinado através de atividades lúdicas. As atividades de brincar e jogar sempre terão objetivos didático-pedagógicos e proporcionarão o desenvolvimento integral do educando. PIAGET(1989) diz que: “ os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.” O Esporte escolar, baseado na ludicidade, encaminha o educando na busca de novos conhecimentos, exigindo dele uma ação reflexiva, ativa, criativa, desvendadora e socializadora. O jogo, por exemplo, sempre representará uma situação problema a ser resolvida pela criança e a solução deverá ser construída por ela mesma de forma inteligente e criativa. Neste sentido, é de fundamental importância o papel do professor que deve planejar suas atividades na aprendizagem por descoberta, estimulando a criatividade e fornecendo elementos para o aluno pensar, analisar, criticar e criar.

9.2.A COMPREENSÃO DESSA TRILOGIA: Os seres humanos estão sempre em movimento, andando, correndo, saltando, levantando ou empurrando, equilibrando-se ou jogando. Esses movimentos são necessários ao desenvolvimento da pessoa. Desde pequenos, nós aprendemos esses movimentos, a custa de muito treino, esforço e tentativas. São os exercícios, as repetidas tentativas e o treino que vão permitir o domínio do movimento, condição indispensável ao desenvolvimento do indivíduo. Através dele, o ser humano se relaciona consigo, com o outro e com a realidade. Da mesma forma que andamos com maior perfeição que uma criança pequena, um corredor corre com maior perfeição que nós. Isso acontece porque, além de suas qualidades inatas, o corredor educou melhor os seus movimentos. Assim também, o praticante de natação e o jogador de voleibol nadam e jogam melhor que nós. Através dos exercícios educaram-se e aprenderam a comandar melhor os movimentos Jogos são atividades que nos exercitamos brincando, distraindo-nos, de maneira alegre e prazerosa, até mesmo sem perceber. Praticado de modo despreocupado pelas pessoas, os jogos permitem um descanso dos centros nervosos, contribuindo para diminuir qualquer tipo de tensão. Nas crianças, os jogos proporcionam liberação das energias acumuladas que precisam ser gastas, além de contribuir para aspectos importantes na formação da personalidade.

Eles tem a importante função de nos ensinar a viver em grupo. É através dos jogos que aprendemos respeitar as regras estabelecidas para a brincadeira funcionar. Eles estabelecem normas e criam situações que reforçam a moral e o caráter trazendo uma melhor formação ao praticante. Esporte é educação. É um veículo de formação integral de uma pessoa. É alimentado pelo espírito da competição. Seu objetivo é a vitória justa e honesta. Em suas disputas, cria situações durante as quais os indivíduos são estimulados a se superar para conseguir o sucesso desejado.

6.3. AS RELAÇÕES ENTRE SI: O jogo é um dos elementos fundamentais da cultura humana. Ele se caracteriza por ser a ação livre que se desenvolve dentro de certos limites de tempo e espaço que origina ordens e estimula a socialização. O jogo é uma forma de exercitar o corpo, talvez a única que atinja o ser humano na sua totalidade. Jogando, mais do que em qualquer outra atividade, as pessoas têm oportunidade de se reconstruir como tais, reintegrando os segmentos cognitivos, psicomotor e afetivo-social num todo. Os esportes traduzem a mais autêntica manifestação sócio-pedagógica da educação. Por intermédio do jogo, as pessoas aprendem a se relacionar através de normas que emanam do próprio convívio, identificando espontaneamente a necessidade de elaboração de um código de direitos e deveres.J A Educação Física encontra no jogo seu principal instrumento. Serve para fixar os padrões motores das crianças até a pré-adolescência, quando os alunos são iniciados nos diferentes esportes, são diversas as oportunidades de exploração do jogo como estratégia pedagógica. Entretanto, observa-se que a aplicação deste meio educativo é pouco utilizada no ambiente escolar. Toda essa problemática é devida a uma excessiva preocupação com a perfeição técnica na execução dos gestos esportivos, onde os alunos são vistos como atletas em potencial e não como seres humanos. As influências comportamentalistas fazem com que a atividade de jogo esteja sistematicamente voltada para o desempenho e para os resultados de alto nível, onde quem não tem habilidade é excluído do processo. Será jogando que surgirá oportunidade para a improvisação e a emergência da criatividade. Será jogando que a criança conseguirá abrir-se por inteiro à experiência vivendo plenamente o próprio momento. Será jogando que, em última análise, a criança será capaz de crescer e se desenvolver integralmente.

6.4. A ESCOLA PROPORCIONA ESTA AFIRMATIVA? No meio escolar ocorre, basicamente, a aplicação de técnicas comportamentalistas na prática dos esportes, onde não se leva em consideração a totalidade do ser e os alunos são submetidos ao esporte de rendimento, de elevada aptidão física e de melhor desempenho. Os alun os são encarados como atletas e não como pessoas, desempenho e resultado de alto nível, onde os menos habilitados são marginalizados em benefício dos talentos. Trata-se muitas vezes de uma prática autoritária que não programa e não relaciona os esportes com os valores, interesses, necessidades e limites individuais que provoca desestímulo e a tendência de deformação social, uma vez que o professor é visto como o “fazedor de músculos”, como o caminho para a melhor performance, determinando a

concorrência e o individualismo entre os educandos, quando seu principal objetivo é a socialização. Os esportes, no ambiente escolar ainda estão distantes de atingir resultados satisfatórios que venham ao encontro das necessidades e objetivos do educando. Talvez por acomodação dos profissionais da área ou, talvez, por necessidade de uma fundamentação que oriente suas finalidades educativas. A Educação Física deveria estar sendo aplicada com o objetivo de desenvolver o educando na sua formação, ajudando-o a se conhecer, se dominar, a se relacionar com o mundo e buscar sua autonomia pessoal completando o processo educacional por meio do conhecimento e prática de atividades físicas, mas ainda não cumpre totalmente o seu papel.

7. O AQUECIMENTO:10.1.OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA:

O aquecimento é o conjunto de atividades que, mediante um volume e uma intensidade de trabalhos adequados, tem por objetivo preparar o indivíduo para o desempenho de performances máximas. O objetivo principal do aquecimento é preparar a musculatura para que possa praticar atividades físicas mais intensas sem o risco de lesões musculares e articulares. Deve ser executado objetivando-se atuar em nível orgânico, muscular, articular e psicológico. São importantes porque proporciona a elevação da temperatura corporal, o aumento da circulação sanguínea, a redução de lesões nas articulações, musculatura e tendões, aumentam a velocidade de contração e relaxamento muscular, prepara a musculatura para ser utilizada em sua amplitude total. Além disso contribui para aumentar o consumo de oxigênio reduzindo, dessa forma, a dependência da performance aos processos anaeróbicos. O aquecimento contribui ainda para reduzir os níveis de ácido lático encontrados após o exercício. Psicologicamente é importante porque atua no controle da ansiedade, na adequação no nível de vigilância e de controle emocional.

10.2.TIPOS DE AQUECIMENTO PARA CRIANÇAS E JOVENS: Para crianças e jovens indica-se:

jogos lúdicos; brincadeiras recreativas; correr em volta da quadra deslocamento lateral alternado: corrida com elevação dos calcanhares; corrida com elevação do joelho; corrida com alternância da passada, fazendo a impulsão e a elevação do joelho; corrida de costas procurando orientar-se pelas marcações de quadra; corrida com mudança de direção; corrida lateral cruzando os braços a frente do corpo;

10.3.ALONGAMENTO(OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA): O alongamento é um exercício natural que tem por objetivo relaxar os músculos antes e depois de uma atividade física mais intensa.

De fácil execução, individual e não competitivo, o alongamento dá maior elasticidade aos músculos tornando-os mais fáceis e soltos. O alongamento é um exercício obrigatório no seu aquecimento e, do mesmo modo, indispensável após a atividade física para liberar tensões, relaxar e desintoxicar os músculos. Podem ser realizados a qualquer hora, sem contra-indicação.

10.4. SEQUÊNCIA DE ALONGAMENTO ESPECÍFICA PARA O VOLEIBOL: Os exercícios específicos de alongamento para o Voleibol estão representados no anexo 3.

11.OS DESLOCAMENTOS:

11.1. OBJETIVOS: Os deslocamentos, no Voleibol, tem por objetivo garantir o sucesso da ação a ser desenvolvida(um toque exato, uma cortada, bloqueio, atitudes defensivas). O hábito de um deslocamento rápido combinado com a rapidez de reação, orientação e outras qualidades, condicionam a saída a tempo do jogador até o local da ação, possibilitando a perfeita execução dos gestos e a movimentação do aluno-atleta em direção a bola no momento certo. Os deslocamentos rápidos e equilibrados têm importância fundamental na realização de qualquer gesto técnico , tanto na defesa quanto no ataque, levando-se em conta a trajetória da bola. Exercem influência na continuidade do jogo, na precisão e eficácia na execução dos gestos técnicos e no domínio da velocidade e do equilíbrio.

11.2. OS DESLOCAMENTOS MAIS USADOS NO VOLEIBOL: passo a frente; passo lateral; passo cruzado; passo feito atrás; saltos; corridas;

11.3. SEQUÊNCIA USANDO TODOS OS TIPOS DE DESLOCAMENTO PARA O VOLEIBOL:

1. Ao comando do professor (usando o espaço da quadra de voleibol), o aluno fará a corrida com mudança de direção(para frente, para trás, lateral, cruzando a perna....)

2. Em pé, próximo a parede com a bola nas mãos, arremessá-la contra a parede, saltar e apanhá-la em suspensão.

3. Saltos no mesmo lugar impulsionando ambas as pernas para frente e para trás, para a direita e para a esquerda.

4. Com a bola na mão, o aluno vai arremessá-la para a direita e para a esquerda. Depois realiza um deslocamento lateral, para, então, segurá-la.

5. Dois alunos; um arremessa a bola. O outro desloca-se para recebê-la, devolvendo-a depois.

6. Um aluno arremessa a bola; o outro desloca para frente, realiza dois toques para cima, devolve de manchete e desloca-se para trás na sua posição inicial.

7. Correr de costas até a metade da quadra, depois com passo cruzado, retorna correndo de frente.

8. Corrida com paradas e mudança de direção; corre 5 metros de frente, cinco de costas, salta para a direita, depois para esquerda; termina correndo em triângulo.

11.4. CUIDADOS QUE DEVEMOS TER NA SUA EXECUÇÃO:

Ela deve ser executada de tal forma que permita a pronta entrada em ação por parte do atleta. Deve-se projetar os joelhos um pouco para a frente, sendo que o aluno deverá estar relaxado para executar a movimentação. Entre os principais cuidados estão: flexionar as pernas e não o tronco; cuidar a posição dos braços; não muito atrás ou `a frente ou muito abertos; iniciar os deslocamentos com a perna certa para facilitar a coordenação das passadas; realizar os deslocamentos mantendo a posição de expectativa(em pé);

12. POSIÇÕES BÁSICAS:12.1.DEFINIÇÃO:

É a maneira através da qual o jogador se prepara para receber a bola tanto de seu companheiro quanto da quadra adversária. Também é chamada de posição fundamental ou posição de expectativa.

12.2.OBJETIVOS: A posição fundamental tem por objetivo a movimentação rápida de forma natural e eficiente no ataque a bola para qualquer lado. Pode ser estática ou dinâmica. Estática, na formação para a recepção, na espera da execução do saque; dinâmica, no decorrer do jogo.

12.3.ONDE SÃO USADAS: A posição fundamental pode ser: alta, média e baixa. O que diferencia uma da outra é o grau de flexão das pernas e a posição dos braços, dependendo da ação que será realizada.Posição baixa - usada na defesa;Posição média - usada na defesa e em quase todas as situações;Posição alta - é usada nos passes, defesa e bloqueio.

12.4. DESCRIÇÃO E DESENHO DAS POSIÇÕES BÁSICAS: Posição média – o aluno deverá estar em pé, com as pernas ligeiramente flexionadas e com afastamento igual a largura dos ombros, colocando um pé a frente do outro, sendo que o pé de trás deverá estar apoiado na planta do pé, no solo, assegurando um equilíbrio equitativo do peso do corpo. O tronco deverá estar ligeiramente inclinado a frente, com os braços separados, semi-flexionados e colocados na altura da cintura. Posição alta e baixa – derivam da posição média.

Posição baixa Posição média Posição alta

12.5. DEZ EXERCÍCIOS DE APLICAÇÀO:

1. Ao comando do professor, o aluno sai da posição alta, desloca-se na lateral, faz a psoição média, senta, deita, levanta e faz posição baixa.

2. Sai da posição baixa, corre, deita, faz cinco abdominais, vai para a posição média, faz cinco apoios, corre na lateral e finaliza na posição alta.

3. Na posição alta, o aluno lança a bola para o alto e para a frente, se desloca, salta e pega a bola.

4. Partindo da posição média, um aluno executa manchetes em direção ao seu colega que está a sua frente arremessando a bola.

5. Um colega de frente para o outro; um arremessa a bola, outro saindo da posição média, recebe e devolve lançando acima da cabeça.

6. Dois a dois; um saca por cima na posição alta; o outro recebe e devolve de toque na posição média.

7. Um aluno saca por baixo na posição média e o outro devolve de manchete na posição média.

8. Dois a dois; o aluno A passa a bola por cima(posição média) para o aluno B que devolve de volta para o aluno A. Este realiza o bloqueio na posição alta,

9. Três alunos; um executa toque na posição média para o jogador 2 que passa de manchete(na posição baixa).

10. Dois alunos, separados pela rede; um efetua saque por cima na posição alta e o outro recebe de manchete na posição baixa.

13.FUNDAMENTOS TÉCNICOS:

13.1.QUANTOS E QUAIS SÃO:

Fundamentos são os elementos básicos que compõem o jogo como um todo. Conforme a Federação Internacional de Voleibol(FIBV), os fundamentos do jogo são seis: Saque; Recepção de saque; Levantamento(toque de bola); Ataque ou cortada; Defesa; Bloqueio;

14.PRIMEIRO FUNDAMENTO: TOQUE DE BOLA

14.1.DEFINIÇÃO:

É o fundamento que consiste golpear a bola com as digitais dos dedos em tensão, numa altura superior a linha dos ombros, cujo objetivo é fazer com que a bola imprima uma trajetória alta e precisa de modo que o companheiro de equipe receba-a com facilidade em uma determinada situação de jogo.

14.2.IMPORTÂNCIA PARA O VOLEIBOL:

O toque de bola é o elemento de base mais importante. Toda a estrutura do jogo está baseada neste fundamento. Se é apresentado de forma atraente e variada, com exercícios dinâmicos e progressivos, possibilita que o aluno adquira o hábito de tocar a bola e recepcioná-la em todas as posições, além de despertar interesse pelo esporte. Com a execução deste fundamento, em deslocamento, o aluno será forçado, desde o início, a estar em constante movimento. Os toques de bola acompanhados da movimentação de braços e pernas, rolamentos e deslocamentos proporcionam automatização por parte do aluno.

14.3.DESCRIÇÃO E DESENHO DO GESTO: o contato com a bola se dá durante o movimento de extensão dos braços e pernas; as mãos devem formar uma ligeira concavidade de modo a receber e sustentar a bola; as últimas falanges dos dedos são responsáveis pelo impacto na bola; os dedos devem estar abertos e ligeiramente curvados; dedos polegares e indicadores devem formar um triângulo; os polegares devem ficar dirigidos para baixo e na direção do rosto; a bola é golpeada na altura da testa; o corpo realiza um movimento de extensão total durante o impacto na bola:

14.4.POSIÇÃO FUNDAMENTAL MÉDIA:

Para a execução do toque de bola usa-se a posição fundamental média, de modo que haja um equilíbrio do corpo.

14.5.PROCESSO METODOLÓGICO DO ENSINO:

14.5.1.DESCRIÇÃO DO PROCESSO PASSO A PASSO:

Posição fundamental – parte-se da posição fundamental média, de maneira que o aluno tenha condições de receber a bola tanto de um companheiro como da quadra adversária;

Deslocamento - usa-se um deslocamento natural de modo que o aluno fique posicionado sob a bola;

Colocação do corpo – os pés ligeiramente separados com um pé a frente do outro, tronco ligeiramente inclinado a frente, braços devem estar semi-flexionados e mãos devem ser posicionadas na altura da cabeça e os dedos devem estar em extensão.

Execução do gesto – no momento do impacto na bola, todo o corpo inicia um movimento de extensão na direção em que se quer atingí-la. As mãos com os dedos abertos e

levemente curvados, formam uma concavidade capaz de receber e envolver a metade inferior da bola. Os dedos polegares e indicadores formam um triângulo que, após separados, formarão a concavidade para sustentar a bola. Os polegares devem estar voltados para baixo e na direção do rosto. O impacto na bola ocorre durante o movimento de extensão dos braços e pernas. Volta-se a posição de origem quando dedos, braços e o restante do corpo completarem toda extensão.

14.5.2.ERROS MAIS COMUNS:1. A precipitação ou retardamento na saída para a execução do toque de bola provoca um

desequilíbrio no tempo de interceptação e contato com a bola;2. Abertura demasiada dos cotovelos quando da execução do toque;3. Executar o toque com a palma das mãos;4. Dar o toque atrás da cabeça;5. O contato com a bola abaixo da altura da testa;6. Colocação do corpo do jogador fora da linha da bola;7. Estar com os braços totalmente estendidos antes do toque de bola.

14.5.3.DESENHO DOS DETALHES(ERROS)

a) Os cotovelos estão muito abertos. Suas mãos e dedos não estão colocados adequadamente.

b) o jogador calculou mal a trajetória da bola e esta ultrapassou sua cabeça. Ele ficou com os braços estendidos.

c) O tronco está com o tronco muito estendido, bate na bola com os braços estendidos e com a palma das mãos.

d) O jogador coloca seu corpo fora da linha da bola, provavelmente, por antecipação ou retardamento na saída para o toque de bola.

14.5.4.TIPOS(CITAR E DESCREVER AS PARTICULARIDADES DE CADA UM):

O toque de bola é dividido em:

a)Toque de frente – a trajetória da bola deve ser para cima e para a frente, pois se ela for enviada imediatamente para a frente não terá precisão para a cortada. Obriga o jogador a sair corretamente em direção a bola. Por isso deve ser frequentemente utilizado nas aulas. É o mais usado pois permite uma melhor execução. O jogador deverá se colocar embaixo da bola, de frente para o local que vai passar e por extensão dos pés, pernas, tronco, braços, pulsos e dedos, impulsionará a bola para frente e para o alto.

b)Toque em suspensão - é dado quando o jogador executa o toque durante um salto(em suspensão no ar). É feito em direção a bola, dando grande destaque ao trabalho de dedos, pulsos e braços no manejo da bola. O toque deve ser executado quando o jogador estiver em ascensão, por isso, exercícios de impulsão de pernas devem ser bastante trabalhados. Antes do ensino do toque em suspensão devem ser executados exercícios de salto com simulação de toque. Em iniciantes é usado esporadicamente.

c)Toque lateral – diferencia-se do toque de frente por uma ligeira flexão lateral do tronco com o braço mais flexionado para o lado a que se vai passar a bola. Trata-se de um passe de finta para ludibriar o adversário. É usado como levantamento para dificultar a preparação do bloqueio.

d)Toque de costas – normalmente é executado longe da rede, geralmente visando a recuperação de bola. Próximo da rede, como levantamento, é um passe de finta. Na sua execução, o jogador deverá fazer a entrada bem embaixo da bola, com curvatura do tronco para trás para poder manejá-la com perfeição. Dependendo da altura da bola este passe poderá ser feito em suspensão, nas bolas altas, em pé, com semi-flexão dos joelhos.

14.5.5. EXERCÍCIOS PARA A CORREÇÃO:

1.Realizar toque por cima com uma bola de voleibol pendurada numa corda, com ambas as mãos. O toque é executado parado no lugar, para frente, para cima, sobre a cabeça e para trás.

2.Sentado, de pernas afastadas, o aluno segurará a bola sobre a sua cabeça, com o posicionamento inicial de mãos e braços do toque corretos e realizará extensões e flexões dos braços para cima e para baixo.

3.Toque por cima numa bola pendurada após um deslocamento e parada com o rosto voltado para a bola e o corpo de lado, com posterior giro para a bola.

4.Realizar toques numa área delimitada da parede;

5.Um aluno lança a bola em várias direções e o outro realiza deslocamentos, entra sob a bola, em posição de expectativa e segura a bola na posição inicial de toque.

6.Idem ao trabalho anterior com o aluno realizando toques e não segurando a bola.

7.Sentado, com as pernas afastadas, dar toques contra uma parede.

8.Sentados, segurando um medicine-ball sobre a cabeça, os alunos deverão executar o trabalho de braço do toque de bola.

9.Um lança para o outro que deverá estar sentado com as pernas afastadas, devolver de toque.

10.Lançar a bola à direita e à esquerda para seu companheiro segure-a

15.EXERCÍCIOS DE TOQUE:

15.1.VINTE EXERCÍCIOS DE TOQUE DE FRENTE:

1.Dois a dois, um joga a bola e o outro recebe-a com as mãos na posição de toque, sem executá-lo.

2.Dois a dois, um na posição deitada, o outro em pé; este larga a bola na altura da testa do colega que está deitado Este recebe a bola em posição de toque e executa-o para cima.

3.Mesma posição; o aluno em pé larga a bola na altura da testa do companheiro da posição deitada. Este recebe a bola e em posição de toque, segura-a; o colega em pé, desloca-se, observa e corrige-o.

4.Dar toques acima da cabeça em deslocamento individualmente;

5.Jogar a bola para cima, tão alto quanto possível, segurando-a(no momento de sua queda) em posição de toque.

6.Cada aluno com uma bola; exercitar o toque contra a parede, em pé e sentado;

7.Quicar a bola de basquete e recuperá-la na posição de toque;

8.Dar toques contra a parede fazendo a bola bater numa área delimitada;

9.Fazer toques em direção a uma cesta de basquete;

10.Dois a dois executando toques em deslocamento, com lançamentos curtos e longos.

11.Uma coluna e um aluno a frente com a bola. O primeiro da coluna executa toque e vai para o final da coluna(para não ficar monótono pode-se formar mais colunas);

12.Duas colunas, frente a frente. O primeiro aluno de uma coluna toca para o primeiro colega da outra coluna e ambos se deslocam para o final da coluna oposta;

13.Um aluno perto da rede com a bola e outro na linha de fundo. Que fica sentado e quando a bola for lançada, levanta, desloca-se, realiza o toque e volta a sentar;

14.O atleta K para U que toca de volta. Então K passa para L, este para S e S para U;

15.Dois a dois executam toques altos e baixos sobre a rede;

16.Uma coluna próxima da rede e outra no lado esquerdo da quadra. O aluno que estiver junto a rede vai arremessar a bola para o primeiro da coluna que vai executar toques e se deslocar até a frente do segundo aluno da coluna, realizando o mesmo. É preciso passar por todos os alunos da coluna que está na rede. Pode-se variar fazendo toque com deslocamento(perto, longe). Quando passar por todos os alunos da coluna da rede, voltar a coluna da esquerda;

17.Os alunos deverão passar por todos os colegas, correndo em zigue-zague, realizando o toque de frente para o colega e deslocando-se de costas, voltando de frente para receber;

18.Uma fileira sentada na arquibancada com uma perna a frente, trabalhando os dois lados(esquerdo e direito), levanta, dá o toque, senta e muda a perna. O colega em frente arremessa a bola;

19.Uma fileira lança a bola, devendo esta quicar e o colega da outra fileira realiza o toque flexionando as pernas e trocando-as(invertem-se as posições);

20.Uma coluna lança a bola e os colegas da coluna em frente realizam um toque curto e um longo, alternadamente, deslocando-se para trás, passando por todas as posições;

15.2.QUINZE EXERCÍCIOS DE TOQUE LATERAL:

1.Dois a dois – um arremessa e outro recebe a bola executando um toque e devolvendo com toque lateral;

2.Executar toque lateral na parede;

3.Alunos dispostos em círculos, executar toque lateral;

4.Três alunos na mesma linha realizam toque lateral com deslocamento;

5.Um aluno na rede com a bola; o outro sentado no fundo da quadra. Quando a bola é lançada, levanta e faz toque lateral;

6.Lança-se a bola para a direita e executa-se toque lateral. O aluno desloca-se de costas, um pouco a esquerda, repetindo o exercício. Deixa a primeira posição e desloca-se lateralmente para a Segunda, executando novamente toque lateral. Os alunos da coluna deverão passar por todas as posições;

7.Três alunos em círculo; o aluno A executa toque de frente para o aluno B; este, por sua vez, executa toque lateral para o aluno C;

8.Dois alunos; um arremessa a bola e o outro recebe. Executa dois toques para o alto faz uma leve rotação e realiza toque lateral em direção a cesta;

9.Divide-se a turma em colunas; o primeiro de cada coluna com uma bola realiza toque lateral para o segundo, este para o terceiro e assim sucessivamente. Quando os alunos executarem o

movimento deverão se dirigir ao fim da coluna, mantendo distância de aproximadamente dois metros.

10.Uma coluna de frente para o professor com a bola. O professor joga a bola uma vez para cada lado e os alunos, um de cada vez, deslocam-se para a bola e efetuam toque lateral;

11.Duas colunas, uma em cada lado da quadra( numa coluna numeram-se os jogadores A,B, C, D, na outra coluna numeram-se jogadores E,F, G,H). O jogador A arremessa a bola para o E que devolve para o jogador B com toque lateral. B toca para o F, este para C e assim sucessivamente. Após tocar na bola cada jogador desloca-se para o fim da fila. Pode-se variar o exercício fazendo com que o jogador desloque-se até a linha da zona;

12.Um aluno perto da rede com a bola e outro na linha de fundo. Quando a bola for lançada deverá deslocar-se e executar toque, devolvendo com toque lateral;

13.Dois a dois separados pela rede executam toques laterais com deslocamento;

14.Uma coluna e um aluno em frente a essa coluna. O aluno lança a bola para o primeiro da coluna que toca para o alto, faz uma pequena rotação, devolve com toque lateral e desloca-se para o fim da coluna; o segundo toma a posição do primeiro e repete a ação e assim por diante;

15.Dois a dois com uma bola. Deslocar tocando lateralmente até o companheiro e retornar olhando para a bola, enquanto o companheiro executa o mesmo movimento;

15.3. QUINZE EXERCÍCIOS DE TOQUE DE COSTAS:

1.Recebe a bola realizando um toque e devolvendo com toque de costas;

2.Recebe a bola de manchete e devolve executando toque de costas;

3.Lançar a bola contra a parede, recebe de toque e devolve com toque de costas;

4.Três alunos; O jogador A toca a bola ao B; este passa de costas ao C e assim sucessivamente;

5.O aluno em deslocamento executa dois toques de frente e devolve com toque de costas;

6.Em círculo, três alunos executando toques. Recebe com toques para o alto e devolve com toque de costas.

7.Um aluno com a bola(fixo)e outro desloca-se da direita para a esquerda recebendo a bola com toque e devolvendo-a com toque de costas;

8.Dois a dois, separados pela rede. Um aluno lança a bola para o outro lado da rede, o outro se desloca, executa dois toques para o alto, gira e devolve com toque de costas;

9.Em círculo, o aluno recebe a bola, realizando toque de frente e devolvendo com toque de costas;

10.Um aluno em pé com a bola e outro sentado em banco ou arquibancada. Quando a bola é lançada este último deverá deslocar-se realizando um toque de frente e devolvendo com toque de costas.

11.Duas colunas voltadas de frente para a rede. O professor lança a bola para o aluno A e para o aluno B que recebem com toque para o alto. Executam toques de costas para os jogadores que estão atrás. Quando chegar no último todos se posicionam de costas para a rede e repetem e exercício;

12.Dois a dois com a bola. Deslocar de costas dando toques para o alto e tocando de costas para o companheiro. Retorna olhando para a bola enquanto o colega executa o mesmo movimento;

13.Em dupla, com uma bola, tocar para cima, para os lados, para a frente e devolver com toque de costas para o companheiro;

14.Uma corda delineando uma área na quadra. Um aluno arremessa a bola para o companheiro que recebe de manchete e executa toques de costas procurando acertar a área marcada;

15.Dois a dois; um aluno arremessa a bola. Depois dela quicar, o seu companheiro deverá fazer a rotação e executar toque de costas;

15.4.QUINZE EXERCÍCIOS DE TOQUE EM SUSPENSÃO:

1.Dois a dois –alunos trocando toques em suspensão entre si, isto é, pular e tocar a bola lá em cima, com os pés fora do chão;

2.Toques em suspensão, dois a dois, com deslocamento;

3.Em círculo; um aluno no meio. Os alunos do círculo arremessam a bola em direção ao aluno que está no centro que vai devolver a bola com toque em suspensão;

4.Lançar a bola contra uma parede e executar toques em suspensão;

5.Dois a dois, próximos a cesta de basquetebol; O aluno A arremessa a bola para o aluno B que vai realizar toque em suspensão procurando encestar a bola;

6.Cada aluno com uma bola, ele arremessa a bola para cima e salta, executando toque em suspensão;

7.Alunos formam uma coluna com o professor a frente; este joga a bola para o primeiro aluno devolver com toque em suspensão; após o toque o aluno vai para trás da coluna. Então, o professor toca o segundo aluno e assim por diante;

8.Alunos formam um círculo; eles deverão tocar a bola em suspensão entre os companheiros do círculo;

9.Alunos frente a frente. Dar um toque para cima e devolve para o colega com toque em suspensão;

10.Deixar a bola quicar no chão uma vez e logo após entrar embaixo dela e executar toque em suspensão para o companheiro que está a frente;

11.Toques de precisão. Os jogadores colocam-se em duas fileiras diante da rede a uma distância de dois metros. Os primeiros de cada fila lançam a bola sobre a cabeça com toque em suspensão,

enviam a bola por cima da rede direcionando-a para cair em colchonetes colocados na zona 2,4 e 6;

12.Bola ao ar. Os participantes dividem-se em duas ou três equipes e cada uma forma um círculo; Mediante toque em suspensão, cada equipe tenta manter a bola no ar por mais tempo que as demais;

13.Dois alunos posicionados próximos a rede de frente para a linha de fundo. Os demais alunos posicionam-se do lado de fora da quadra. Quando o aluno da rede envia a bola em direção a posição 6 da quadra, os alunos da coluna correm nessa direção, para, com um toque em suspensão devolverem a bola em direção a rede. Ao executarem o movimento deslocam para a coluna do outro lado da rede;

14.Dois a dois, duas fileiras, frente a frente; em duplas os alunos trocarão passes utilizando toque de bola em suspensão e progredindo lateralmente;

15.Três a três, formando um triângulo, os alunos trocarão toques em suspensão ora para a direita ora para a esquerda;

15.5.VINTE EXERCÍCIOS COMBINANDO OS DIFERENTES TIPOS DE TOQUE:

1.Lançar a bola para o alto da cabeça e tocá-la de costas para o companheiro que devolverá com toque de frente;

2.Alunos trocando toques entre si. Receber a bola de frente, dar três toques para o alto, inverter posição rapidamente dando meia volta e dar o quarto toque sucessivo para trás. O colega recebe, dá um toque para cima e devolve com toque lateral;

3.Em círculo, numerado de 1 a 4; um arremessa bola que é devolvida pelos atletas que formam o círculo. O aluno 1 devolve com toque por cima, o 2 devolve com toque para trás, o 3 com toque em suspensão e o 4 com toque lateral e assim por diante;

4.Em duplas – toque por cima sobre a cabeça, meia volta a toque de costas para o companheiro;

5.Quatro alunos próximo a cesta de basquetebol. O de número 1 executa toque de frente para o 2 que recebe e passa para o 3 com toque lateral. O aluno 3 gira e passa para o 4 com toque de costas. Este procura encestar a bola com um toque em suspensão;

6.Dois a dois; um arremessa, o outro executa toque de frente, arremessa novamente, ora para a direita, ora para a esquerda; o colega se desloca para o lado da bola, gira e efetua toque lateral;

7.Um aluno fica no fundo da quadra e outro perto da rede com a bola; este lançará para que receba de toque em suspensão para cima, gire e realize toque de costas para devolver.

8.Dois a dois, um próximo a rede com a bola e outro na zona de defesa. A bola é lançada para curtas e longas distâncias para que o aluno se desloque, realizando toque em suspensão, de costas, lateral, frontal;

9.Um aluno na rede com a bola, o outro sentado no fundo da quadra. Quando a bola é lançada levanta e recebe de toque lateral, gira, devolve-a com toque de costas, recomeçando tudo de novo;

10.Quatro alunos, de frente para uma parede; o primeiro dará um toque de frente contra a parede, de modo que a bola cheque em condições do segundo executar toque em suspensão. O terceiro recebe, gira e realiza toque lateral e passa para o quarto que recebe de toque de frente, gira e efetua toque de costas em direção ao primeiro colega;

11.Dois a dois, distantes 5 metros; um aluno joga a bola a direita e a esquerda, o outro recebe e devolve com toque lateral. Depois recebe com toque de frente, gira e devolve de costas;

12.Duas colunas e dois levantadores próximo a rede. O primeiro aluno da fileira passa bola de toque de frente; o aluno da rede recebe e devolve com um toque em suspensão e o primeiro da coluna recebe, gira e executa toque lateral. Passa para o final da outra coluna e assim por diante;

13.Uma fileira de 4 alunos disposta paralelamente a rede; os demais ficam em fila e passam por todos os alunos da rede, efetuando diferentes tipos de toque: em suspensão, lateral, costas, de frente. Outro grupo de 4 alunos posiciona-se do outro lado da rede no fundo da quadra com a função de buscar a bola;

14.Dois a dois, deslocando-se da direita a esquerda em cima das linhas laterais e fazendo toques de diferentes tipos até o final da quadra. Todos fazem o exercício ao mesmo tempo;

15.Passe em quadrado- um passa para o outro executando diferentes tipos de toque; o primeiro executa toque de frente para o segundo; este passa em suspensão para o terceiro que, através de toque lateral, passa para o quarto que recebe, gira e devolve ao primeiro através de toque de costas;

16.Jogadores se colocam nas posições 5,3 e 4; a bola é lançada sobre a rede para o jogador da posição 5 que passa de toque por cima para o jogador da posição 3 que passa em suspensão para o da posição 4 que devolve sobre a rede para o jogador da posição 6 da outra quadra;

17.Passe em círculo – o jogador do círculo faz o passe ao do centro e vai para o lugar dele. E assim sucessivamente(executando os diferentes tipos de toque);

18.Passee em hexágono- um passa para o outro alternando os diferentes tipos de toque;

19.Dois a dois; A joga a bola em qualquer direção sem que B saiba onde. Pode-se executar toque por cima, na lateral, em suspensão e de costas.

20.Dois a dois. A joga a bola para cima e para si mesmo e faz toque de frente para B que agarra a bola, faz o mesmo, porém, gira e executa toque de costas;

16.CIRCUITO TÉCNICO:

16.1.CIRCUITO COM 10 ESTAÇÕES, COM MATERIAL, PARA DOIS ALUNOS EM CADA ESTAÇÃO, DURAÇÃO 30 SEGUNDOS, NÍVEL INICIANTE:

1.Jogador B sentado em um banco; jogador A a sua frente, lança-lhe a bola para cair um pouco a frente dele; o jogador B levanta e executa o toque;

2.Alunos executam toque de bola na parede;

3.Dois a dois, separados uns quatro metros; jogador A com a bola nas mãos flexiona as pernas e ao estendê-las arremessa a bola para o alto e para a frente em direção ao colega;

4.A joga para B que lhe devolve com toque(parado);

5.A joga uma bola curta para B que se desloca a frente e toca para A;

6.A joga a bola ora a direita, ora a esquerda de B que se desloca lateralmente e passa para A com toque por cima;

7.A joga a bola em qualquer direção, sem que B saiba o local(pode ser curta, longa, esquerda, direita). Este devolve com qualquer tipo de toque;

8.Dois a dois próximos a cesta do basquetebol. Um lança a bola para o outro que, através de toque para frente, procura encestá-la;

9.Jogador A lança a bola para cima e para a frente; B deixa a bola quicar no chão, entra agachado embaixo dela, estende o corpo executando toque em suspensão;

10.Toque em suspensão sobre a rede. Um lança a bola e outro executa o toque, mantendo-a sempre sobre a rede;

16.2.ORGANOGRAMA COM A DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES:

17.ASPECTOS PEDAGÓGICOS PARA O ENSINO DO VOLEIBOL:

17.1.O QUE É MÉTODO? DEFINIÇÃO:

É a maneira através da qual o professor ensina uma modalidade esportiva. Trata-se da metodologia a ser empregada no ensino de um esporte de modo que os objetivos da atividade esportiva sejam alcançados. O método adotado pelo professor deve estar intimamente relacionado com as características de crescimento e desenvolvimento dos alunos, dependendo disso a eficiência ou não do processo ensino-aprendizagem.

17.2.MÉTODO GLOBAL: No aprendizado global, os participantes executam uma vez os fundamentos técnicos, sem desmembrá-lo nas partes que fazem a sua composição, baseado no princípio de que o aluno deve visualizar a atividade com um todo. Isso proporciona uma melhor representação da ação estudada e fornece uma boa base lógica para a formação do hábito motor. Este método é utilizado no Voleibol Recreativo onde, habitualmente, o ensino dos fundamentos técnicos simples, carecem de estrutura complexa. Este método proporciona motivação e maior participação do corpo fazendo com que as crianças joguem rapidamente. Entretanto, limita a evolução técnica dos gestos específicos do voleibol. Os erros dificilmente conseguirão ser corrigidos no futuro.

17.3.MÉTODO PARCIAL: Propicia ao aluno uma aprendizagem detalhada das suas diferentes etapas, baseando-se no fundamento de que a parte é mais importante que o todo e, por isso, deve receber maior ênfase. Proporciona ao aluno um conhecimento visível de seu progresso. Quando o ensino é feito parceladamente, o fundamento técnico se divide em duas partes integrantes, separando-se, neste caso, as partes fundamentais ou as mais difíceis. Contudo, não é recomendável que se dedique muito tempo ao estudo das diferentes partes do fundamento. Na medida do possível deve-se levar o atleta a execução do movimento em conjunto. O método parcial é utilizado no Voleibol competição porque treina exaustivamente os detalhes. Proporciona um rápido desenvolvimento físico e a perfeição da execução do gesto técnico. Essa metodologia, entretanto, não estimula o ritmo e a motivação nem solicita uma ampla participação da coordenação.

17.4.MÉTODO MISTO:

É utilizado na prática do Voleibol Escolar. Essa metodologia de ensino é caracterizada pela combinação dos métodos parcial e global. No aprendizado misto, ideal para o início das atividades, ocorre a decomposição e aplicação de cada parte em separado que, uma vez assimilada, passa-se a execução completa. Este método é muito eficiente uma vez que se baseia nos dois métodos anteriores para o aperfeiçoamento da execução do gesto técnico. O professor, no entanto, deve saber o momento adequado para passar do método parcial para o global.

17.5.O MÉTODO MAIS ADEQUADO PARA A INICIAÇÀO DESPORTIVA:

A iniciação em uma modalidade esportiva requer a adoção do método misto de ensino. Isso porquê o estudo do fundamento técnico, em condições simples, ajuda os praticantes a dominarem a estrutura básica do mesmo. Durante o aprendizado inicial é muito importante simplificar as condições de execução dos movimentos sem alterar a sua estrutura básica. O sucesso do aprendizado nesta fase depende da escolha correta dos exercícios específicos e sua estrutura deverá aproximar-se do fundamento técnico e corresponder quanto ao grau de complexidade, as forças e possibilidades dos alunos. O professor deve adotar, na etapa inicial, a combinação dos métodos parcial e global, ou seja, trabalhar cada fundamento em separado para haver aperfeiçoamento da técnica. Assim que os gestos técnicos estiverem automatizados, passa-se a aprendizagem global, em condições aproximadas de jogo. Essa combinação é fundamental para a iniciação esportiva porque ao mesmo tempo em que proporciona um rápido desenvolvimento da técnica, estimula e motiva facilmente uma vez que a sua dinâmica permite que as crianças joguem rapidamente.

18. O ESPORTE/ A MÍDIA:

Qualquer esporte necessita dos meios de comunicação de massa para ser veiculado e estes por sua vez necessitam de informações geradas pelo mesmo. O esporte é também um transmissor de elementos da comunicação e formados de uma linguagem própria e universal.

18.1.INFLUÊNCIA: A Comunicação Social, através dos meios de comunicação(rádio, Televisão, impressos)tem, entre outras funções, o dever de despertar e incentivar o homem para a prática de atividades físicas proporcionando, ainda que, indiretamente, a sua integração na sociedade. De uma maneira geral, a mídia é formadora de opinião, especialmente o rádio e a televisão por se constituírem nos meios de comunicação de massa. São eles que levam, diariamente, ao conhecimento do público as informações esportivas, o andamento dos campeonatos, os resultados, as combinações e o desempenho das equipes. Eles exercem uma influência diária sobre a população que recebe pronta toda e qualquer informação esportiva. Esporte e mídia estão intimamente relacionados porque ambos usam a comunicação social. Um exerce influência sobre o outro. Os meios de comunicação garantem audiência e retorno financeiro divulgando ao telespectador-ouvinte-leitor, o surgimento de novos esportes e informações esportivas, mantendo-os em constante atualização. Ambos são meios de integração, lazer, resultados, convivência e interação com a sociedade.

18.2.DESENVOLVIMENTO:

Entendendo o esporte com um processo que envolve movimento em todas as suas dimensões, ele se torna fundamental a comunicação que não se processa meramente com palavras. Não só o movimento dos esportes facilitam a comunicação entre as duas áreas porque comunicar também se faz através de gestos, sinais e símbolos. As atividades esportivas constituem uma área com características eminentemente comunicativas, justamente por seus profissionais trabalharem com movimentos, sons, sinais e palavras, ela confere a esses profissionais a característica de comunicação em potencial. O esporte é visto hoje como uma forma de promover a imagem de produtos ou de uma organização. Com os grandes investimentos ocorridos nesta área, surgiu uma nova estratégia mercadológica: o marketing no esporte que, no Brasil, atua em praticamente todas as

modalidades esportivas através de patrocínios, promoção de eventos, entre outros. Atualmente, inúmeras empresas atuam em várias equipes de futebol pagando, muitas vezes, entre outras coisas, os salários dos jogadores e comissão técnica.

18.3.CONTRIBUIÇÕES: O crescente número de modalidades esportivas, a entrada do marketing esportivo, a participação da empresa e a competição entre os veículos de comunicação social contribuem para uma atualização permanente do profissional que trabalha na imprensa, escrita ou eletrônica, para opinar e informar o mais corretamente possível. A especialização da imprensa, em especial a esportiva, é uma necessidade constante para poder enfrentar os desafios que surgem no dia a dia do profissional. A prática do esporte é um fato social e, portanto, deve ser tratada como uma atividade inserida na sociedade, havendo necessidade de divulgação, sobretudo, por ser o esporte uma fonte rica em informações. O jogo como qualquer meio de informação é uma extensão do indivíduo ou grupo, assim como o esporte é um meio de comunicação de massa, o que evidencia a contribuição que a mídia exerce apresentando e veiculando matérias ou informações esportivas para a população. Da mesma forma que os meios de comunicação podem desinformar e manipular, eles também contribuem para informação e influência sobre a sociedade, pois, acima de tudo, eles são grandes responsáveis pelo crescimento social e cultural, principalmente da sociedade através do esporte. É necessário apenas que as intenções para as quais se utiliza o esporte estejam claras.

18.4.LIMITES: A relação esporte/mídia tem uma certa limitação. Às vezes, os meios de comunicação não adequam suas produções a realidade econômica e social brasileira. A televisão, principalmente, veicula quase que somente formas de esporte voltadas a competição, um privilégio de poucos e que, normalmente, tem fins lucrativos. Outra questão é a produção de fitas de poderosas redes de televisão que veiculam propagandas para o mercado de vídeo anunciando fitas como “aprenda a jogar voleibol”, “aprenda a jogar basquete”, entre outras, utilizando a metodologia do mais alto nível dos esportes, ferindo a progressão pedagógica do simples para o complexo. Passam direto para a fase da especialização queimando etapas importantes como a estimulação, a aprendizagem e a prática, fases da especialização motora.

A relação esporte/meio de comunicação também é questionável quando faz surgir a formação de ídolos e heróis representativos de uma ou de outra modalidade esportiva. Essa característica do ídolo-herói acaba por transformar o universo dos esportes em um terreno fértil para a produção de mitos, dotados de talento e carisma. São exemplos Guga(Gustavo Kuerten) e Ronaldinho(durante a Copa do Mundo/1998), este último, um mito internacional, um fenômeno em quem o Brasil depositou sua confiança. Questionável porque a mídia, ao mesmo tempo que idolatrava o jogador, submetia-o a intensas pressões depositadas na sua figura. A imprensa dava o título de herói mundial e paralelamente exigia rendimento, desempenho, performance.

Além disso, a mídia sempre especulava possíveis causas para o seu desempenho. Essa reverência feita pelos meios de comunicação exerce influência negativa sobre o atleta porque deposita nele quase todas as responsabilidades do sucesso ou fracasso e sente o peso das cobranças.

19. SEGUNDO FUNDAMENTO: A MANCHETE

19.1. DEFINIÇÃO:

É uma ação de defesa utilizada para recepcionar o saque adversário, pois, devido a força empregada no saque dificulta a recepção através de toque. Trata-se de um fundamento que consiste em golpear a bola com as mãos acopladas pela união dos polegares. É a defesa de bola por baixo.

19.2.HISTÓRICO DA MANCHETE: Uma nova etapa para o Voleibol moderno surgiu bem antes das Olimpíadas de Tóquio, realizadas em 1964, quando a manchete passou a ser um elemento fundamental de jogo. A evolução dos gestos de ataque, o surgimento do saque flutuante e as cortadas rápidas e violentas fizeram surgir, inicialmente entre os japoneses, o aparecimento da manchete como forma de recepcionar a bola nos casos citados. O aperfeiçoamento das técnicas(velocidade e força) impossibilitava receber a bola com a ponta dos dedos(toque por cima), principalmente quando se tratava do saque japonês, determinando, assim, o surgimento da manchete.

19.3.OBJETIVO DO FUNDAMENTO: A execução da manchete tem por objetivo: armar um bom ataque ou contra ataque; efetuar a defesa das cortadas; permitir o controle da bola; recepcionar o saque adversário, mais preciso e forte, devido a ação ofensiva mais rápida; permitir a continuidade do jogo;

19.4.SUA IMPORTÂNCIA PARA O VOLEIBOL ATUAL: A manchete revolucionou a técnica do voleibol, sobretudo, em seu aspecto de defesa, pois dá ao jogador um recursos excelente de enfrentar saques violentos e assim mesmo bem dirigidos para o levantamento e a cortada. Trata-se, portanto, de um recurso de defesa, usado em situações em que a bola chega em grande velocidade ou em ocasiões em que o jogador encontra-se em posição que impede de tocá-la por cima. É extremamente importante porque permite ao jogador apanhar as bolas laterais, quando o deslocamento e o toque de frente não são possíveis por falta de tempo, uma vez que os braços podem formar uma barreira em posição de manchete. No caso de bolas muito violentas, os braços se lançam lateralmente da mesma forma, o mais rápido possível, com intuito de detê-la e posteriormente recuperá-la. É importante também porque a posição de manchete cria condições adequadas para a armação ofensiva e para o ataque e permite que poucas zonas da quadra de jogo estejam descobertas.

O saque adversário quase sempre é recepcionado com manchete uma vez que ela oferece chances de defesa mais vantajosas que o toque. O jogador de defesa tem maior raio de ação(ele pode receber a bola rente ao chão ou lateralmente sem risco).

19.5.DESCRIÇÃO DO GESTO: Para a execução da manchete as pernas deverão estar ligeiramente flexionadas com uma um pouco a frente da outra, o tronco levemente inclinado a frente posicionado em direção a bola. Os antebraços devem estar colocados paralelamente um ao outro e estendidos; as mãos se sobrepõem e se unem sem se articularem. Quanto mais baixo o centro de gravidade maior a facilidade para entrar embaixo da bola e assim dirigir a manchete e aumentar o ângulo de ação. Quando a bola vem, o aluno deverá fazer uma leve extensão de pernas deixando que o impacto na bola seja feito no antebraço, na altura dos punhos, enviando-a para frente e para cima. A altura do impacto na bola deverá ser abaixo da linha da cintura.

19.6.TIPOS DE MANCHETES MAIS USADAS: Em relação ao corpo: manchete de frente; manchete de costas; manchete lateral; manchete com uma mão;

Em relação a dinâmica do jogo: manchete em pé; em suspensão; com queda; com corrida; com corrida e salto;

19.7.POSIÇÃO FUNDAMENTAL USADA:

A execução da manchete é feita na posição fundamental média.

19.8.PROCESSO METODOLÓGICO DO ENSINO:

19.8.1.DESCRIÇÃO DO PROCESSO PASSO A PASSO:1)Posição fundamental média;2)Pernas ligeiramente flexionadas e separadas com um dos pés mais a frente que o outro;3)Tronco ligeiramente inclinado a frente;4)Braços estendidos na frente do corpo e na altura da cintura; antebraços colocados paralelamente um ao outro e estendidos;5)As mãos devem estar unidas: uma mão aberta sobre a outra e com os dedos polegares unidos e simétricos facilitando a extensão total dos braços;6)O impacto na bola é feito na altura dos punhos e altura em relação ao corpo será abaixo da linha da cintura;7)No momento do impacto com a bola, o corpo fará uma extensão total dirigindo a bola para frente e para cima;

19.8.2. OS DETALHES(DESENHOS):

Para executar a manchete é necessário Ter alguns cuidados:

1.Movimentar-se descontraidamente no local conservando os braços levemente flexionados na frente do corpo e observar o jogador que vai executar o saque.

2.Colocar o corpo na direção que se deseja enviar a bola e esperar na posição de expectativa com os braços paralelos e estendidos para a frente. A parte interna do antebraço colocada uma perto da outra e voltada para cima.

3.Bater na bola com extensão das pernas e do corpo para a frente e para cima. O tronco, nesta etapa, deverá ficar ereto e não fazer muito ativo com os braços.

4.Estender-se atrás da bola até ficar na ponta dos pés e estar pronto para o ataque e sua cobertura.

19.8.3. ERROS MAIS COMUNS: posição de expectativa desfavorável(tronco reto, braços para baixo, muito próximo da rede

ou linha de fundo); estar com os braços flexionados durante o momento do impacto na bola; contato com a bola ser feito com os braços e não com o antebraço;

não se colocar atrás da bola; realizar movimentos excessivos com os braços antes do contato com a bola; movimentação precipitada ou retardada em direção a bola para a execução da manchete,

calculando de forma errada o momento exato do contato com a bola; bater a bola acima da linha da cintura; músculos contraídos no momento da execução da manchete;

19.8.4.EXERCÍCIOS PARA A CORREÇÃO:1)Exercitar movimentos rápidos atrás da bola;2)Exercitar a extensão das pernas com os braços fixos;3)Executar manchetes para a frente e para cima observando os erros e procurando corrigí-los;4)Exercícios sem bola na linha de fundo. Ao sinal, caminhar para a rede, parar e imitar o gesto;5)Bater na bola para cima com os braços estendidos sem flexionar os braços.6)Dois a dois – um lança a bola com trajetória curta e longa, o outro desloca-se para recebê-la, devolvendo-a com manchete para o companheiro;7)Realizar manchetes contra uma parede:8)Realizar manchete numa bola em suspensão;9)Executar o movimentado sentado numa cadeira. Os alunos devolverão de manchete uma bola lançada a sua frente na altura do quadril.10)O aluno, em posição de manchete, bem próximo da rede, de frente para a mesma, deverá executar manchete numa bola lançada bem baixa, devolvendo-a por cima da rede.

20. EXERCÍCIOS DE MANCHETE:

20.1. VINTE EXERCÍCIOS COM DESLOCAMENTO FRONTAL( 2 A 2; 3 a 3):1)Executar manchetes numa área delimitada da parede;2)Alunos sentados num banco com um companheiro a frente; este joga a bola para ser devolvida de manchete pelo outro;3)Professor com uma bola a frente dos alunos, que estão um atrás do outro; o primeiro aluno da coluna dá três passos em direção ao professor, posiciona-se e devolve de manchete, indo ocupar o final da coluna.4)Aluno com uma bola na mão, joga para cima, deixa quicar, entra embaixo dela, executa uma manchete. Quando a bola descer, segura-a para fazer a movimentação novamente;5)Alunos, dois a dois, de frente para uma parede. Eles darão manchete contra a parede de modo que a bola chegue em condições do companheiro poder devolvê-la de manchete sempre deslocando para a frente;6)Executar manchetes com uma bola suspensa;7)Próximos a cesta de basquetebol, um aluno arremessa a bola e outro desloca-se para frente dando uma manchete para cima e para a frente procurando encestá-la;8)Dois a dois, um fica perto da rede com a bola, o outro fica na linha final. O aluno da rede desloca-se, recebe a bola de manchete, devolvendo-a para o companheiro.

9)Dois a dois, separados pela rede. O que estiver com a bola fica atrás da linha dos três metros. O outro fica próximo a rede. O aluno de posse de bola lança-a e o outro deverá passar por baixo da rede devolvendo a bola de manchete;10)Dois a dois, um aluno arremessa a bola; o outro que está em decúbito ventral levanta e executa manchete com deslocamento frontal:11)Lançar uma bola e fazer manchetes para cima e para a frente para realizar novo lançamento;12)Fazer manchetes com uma bola de praia deslocando-se para a frente;13)Jogador X saca atrás da linha de fundo e jogador K, na quadra adversária, desloca-se para a frente e executa manchete devolvendo a bola para o companheiro;14)Alunos trocando passes entre si. Amortecer a bola nos braços e logo após lançá-la para o companheiro como o movimento de manchete, sempre deslocando para a frente;15)Quatro a quatro, trocando manchetes como no item anterior. Deverão ser trocados 20 passes e o grupo que terminar primeiro deverá sentar e ser o vencedor(dar a bola uma trajetória curta para que haja deslocamento frontal);16)Dois a dois, frente a frente. Amortecer a bola, executar 4 manchetes para cima, deslocando-se para a frente e devolvendo para o companheiro;17)Dois a dois e frente a frente. Alunos deverão se deslocar de uma linha de fundo até a outra se locomovendo(um para frente e outro para trás), dando manchetes um para o outro durante todo o tempo;18)Dois a dois. Um agachado e outro em pé. O que está em pé lança a bola nos braços do que está agachado e ele terá que elevar rapidamente o tronco para dar manchete para cima(pode ficar com joelhos apoiados no chão). Voltar a posição inicial e reiniciar o exercício.19)Três a três. Jogador A posicionado na zona de defesa da quadra 1 saca levemente em direção ao jogador B(que está na quadra 2; este desloca-se e executa manchete para o jogador C que está localizado na zona de ataque da quadra 1. Este também realiza manchete para o jogador A; Reinicia o exercício;20)Três a três, em um círculo, afastados, vão passar a bola de um para o outro, aleatoriamente com manchete, fazendo com que a bola descreva uma trajetória curta de modo que haja um deslocamento frontal antes da execução do fundamento;

20.2.QUINZE EXERCÍCIOS COM DESLOCAMENTO LATERAL:1.Dois a dois, a uma distância de 5 metros um do outro, um aluno joga a bola a direita e a esquerda para o outro se deslocar e devolvê-la de manchete;2.Dois a dois, jogar a bola para cima e para a direita, deixar quicá-la, entrar embaixo dela e efetuar manchete. Depois joga para cima a para a esquerda, executando o mesmo movimento;3.O jogador A lança a bola ora a direita ora a esquerda, ora na frente de B, sem avisá-lo. Este executa manchete;4)Lançar a bola contra a parede de modo que o colega, posicionado de lado, se desloque, receba-a devolvendo de manchete;5)Um posicionado de lado para o outro(uns cinco metros de distância); joga a bola para cima, faz manchete vertical e passa-a para o colega que deverá deslocar-se lateralmente para recebê-la e executar o mesmo movimento;6)Mesma formação do anterior; A arremessa a bola para o chão, quicando-a; B se desloca lateralmente, entra embaixo dela e devolve com manchete;7)Jogador A em posição de manchete(de lado para a rede); jogador B(de costas para a rede), lança a bola para A que se desloca na lateral e executa manchete;8)A joga a bola em qualquer direção para que B a recepcione de manchete, deslocando-se lateralmente;9) Dois a dois, jogadores executam manchete deslocando-se lateralmente pelas linhas da quadra;

10) Jogadores A e B um ao lado do outro e C a sua frente. A e B lançam a bola alternadamente e sempre na mesma direção. Jogador C desloca-se lateralmente e executa o passe ora para A, ora para B;11)Dois a dois, próximos a cesta de basquete; Jogador A lança a bola para B que desloca lateralmente para recebê-la e encestá-la de manchete;12)Jogador desloca-se de um lado para outro e passa de manchete para o colega;13)Dois alunos; um posicionado de frente para a rede lança a bola para o colega que está posicionado do outro lado; este se desloca lateralmente, executa manchete, devolvendo-a ao colega;14)Um alterna passes longos e curtos para o colega que corre lateralmente para fazer manchete devolvendo a bola para o colega;15)Um jogador faz passes altos adaptados a capacidade do jogador, em direções alternadas para outro jogador que deverá se deslocar lateralmente, devolvendo a bola de manchete para o colega;

20.3.QUINZE EXERCÍCIOS DE MANCHETE COM DESLOCAMENTO DE COSTAS(2X2)1.Um jogador lança a bola para o outro que está próximo a cesta de basquete; este desloca-se de costas, gira e realiza manchete de costas em direção a cesta;2.Um aluno em pé lança a bola para o aluno que está sentado na arquibancada. Este levanta, executa toque por cima, gira e realiza manchete de costas;3.Dois a dois, um lança a bola e outro desloca-se para recebê-la, efetuando manchete de costas;4.Dois alunos, um fica próximo a rede com a bola; o outro deitado próximo a linha de fundo com a cabeça apontada para a rede. Quando o que estiver com a bola chamar o colega, este levanta-se, desloca-se e de costas e faz manchete;5.Dois a dois, um fica perto da rede com a bola e o outro fica na linha final. Quando o da rede lança a bola o outro desloca-se de costas e recebe a bola de manchete;6.Um lança a bola, o outro recebe-a com manchete para cima, desloca-se para trás, executando manchete de costas;7.Um de cada lado da rede na zona de ataque. A joga a bola para cair na zona de defesa. O jogador B se desloca para ela e dá manchete de costas para o jogador A;8.Dois a dois, frente a frente, na zona de ataque. Um lança a bola e o outro recebe de manchete para cima, gira e procura acertar, com manchete de costas, a zona de defesa; 9.Mesma formação. Procurar acertar manchete de costas no colchão localizado na posição 6 ;10.Dois a dois, separados pela rede; jogador A arremessa para o chão, fazendo a bola passar sobre a rede; B desloca-se e devolve com manchete de costas;11.Dois a dois, separados pela rede: jogador 1 recebe a bola em manchete para cima, gira e devolve-a com manchete de costas, fazendo-a chegar nas mãos do companheiro;12.Aluno em pé lança a bola nos braços do que está agachado e ele terá que elevar rapidamente o tronco para dar a manchete para cima, girar e executar manchete de costas;13.Dois a dois, frente a frente. Um lança a bola; o outro executa quatro manchetes para cima, gira, desloca-se para trás, devolvendo-a com manchete de costas;14.Um aluno executa dois toques para cima e passa ao outro que vai recebê-la de toque, gira, faz o deslocamento e devolve com manchete de costas;15.Dois a dois, separados pela rede; jogador A saca(na linha de fundo); jogador B gira, desloca-se e faz manchete de costas para A que desloca-se até a zona de defesa, desloca-se e também executa manchete de costas;

20.4. DEZ EXERCÍCIOS DE MANCHETE COM PRECISÃO:1.Na posição 5 forma-se coluna de jogadores. Um lança a bola ao primeiro que faz um passe de manchete para a zona de levantamento, corre atrás da bola e pega-a no ar;2.Um jogador faz passes altos adaptados a capacidade do outro, em direções alternadas(1,2) que são devolvidas de manchete;3.Dois a dois um procura encestar a bola com manchete frontal;4.Dois a dois, próximos a rede. Um joga a bola na parede e outro recebe devolvendo-a de manchete frontal procurando acertar um círculo desenhado na parede;5.Jogador A lança a bola para o B que está a sua frente; este executa uma manchete lateral procurando acertar uma cadeira localizada próxima a linha lateral;6.Dois a dois; A faz passes para B que se desloca para receber a bola; esta deve ser enviada com precisão ao lugar indicado por B;7.Dois a dois, frente a frente, de um lado da rede; um arremessa a bola e outro procura acertar a zona de ataque da quadra adversária, através de manchete lateral;8.Jogador A de um lado da rede lança a bola para o jogador B que está posicionado na zona de ataque da quadra adversária; este devolve com manchete frontal procurando acertar a linha de fundo da quadra onde está o jogador;9.Jogador saca numa parede e na volta da bola o outro tenta acertar a bola numa cadeira;10.Em círculo, com o professor colocado fora do mesmo. Este fará um lançamento da bola para o interior do círculo ao mesmo tempo que chamará um jogador. Este deverá correr ao encontro da bola e executar uma manchete para o professor;

20.5. DEZ EXERCÍCIOS DE MANCHETE COM ALTURA:1.Individualmente, deslocar-se para frente executando sucessivas manchetes para o alto;2.Individualmente, andar para trás e para a lateral dando sucessivas manchetes para o alto;3.Dois a dois, separados pela rede. Jogador A lança a bola rasante por debaixo da rede e b a devolve de manchete por sobre a rede;4.Manchete contra a parede; tocar a bola em diferentes alturas, seguindo direções que obriguem o deslocamento do jogador;5.Manchete contra a parede. Jogadores um atrás do outro; o primeiro executa manchete contra a parede o mais alto possível e cede seu lugar rapidamente para o próximo colega);6.Um jogador em cada zona de defesa, separados pela rede. Um arremessa a bola e outro devolve-a com manchete frontal, para o alto e para a frente;7.Grupos de jogadores na linha de fundo; o primeiro de cada grupo executa manchetes verticais para o alto, em progressão, para frente até a rede; daí ele faz um passe longo para o primeiro jogador do grupo oposto que fará o mesmo;8.Manchete em círculo- um aluno vai passando a bola de manchete lateral e para o alto em direção ao colega que está ao seu lado;9.Jogador na linha de lance livre e o professor embaixo da cesta de basquetebol; este lança a bola para que o jogador tente escestá-la de manchete;

10.Dois jogadores A e B na quadra oposta jogam bolas para jogadores que estão de costas para a rede. Ao sinal eles viram e passam a bola de manchete ao levantador;

21. CIRCUITO TÉCNICO:

21.1. CIRCUITO TÉCNICO COM 10 ESTAÇÕES(NÍVEL INICIANTE), COM MATERIAL, PARA DOIS ALUNOS EM CADA ESTAÇÃO E DURAÇÃO DE 30 SEGUNDOS:1.Um aluno em pé lança a bola para o colega que está sentado na arquibancada. Este levanta-se e executa manchete;2.Alunos trocam passes na parede, numa área delimitada. Um lança a bola na parede e o outro devolve de manchete;3.Dois a dois, um lança a bola e o outro, de manchete, procura encestá-la;4.Um de frente para o outro, próximo a parede. Um lança a bola, o outro recebe, faz uma manchete para cima e outra na lateral, procurando acertar a parede;5.Dois alunos trocando passes entre si. Amortecer a bola nos braços e logo após lancá-la para o companheiro com movimento de manchete;6.Dois a dois, frente a frente; Amortecer a bola e executar uma manchete para o companheiro. Este deverá fazer o mesmo;7.Dois a dois, frente a frente, deverão se deslocar ao longo da linha de fundo da quadra de voleibol executando manchetes;8.Dois a dois, um agachado e outro em pé. Este lança a bola próximo ao que está agachado(vai levantar rapidamente para dar manchete para frente e para cima);9.Dois a dois. Um dos alunos em pé e outro sentado de pernas cruzadas para a frente. O aluno que está em pé tocará a bola para o companheiro. Este se elevará rapidamente e devolverá a bola de manchete, sentando-se a seguir. O aluno sentado só deverá se levantar quando o companheiro der o toque;10.Dois a dois, frente a frente, separados pela rede, posicionados na linha da zona, vão executar manchetes sobre a rede;

21.2. ORGANOGRAMA DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES:

22. O TREINAMENTO ESPECIALIZADO PRECOCE:

22.1.INICIAÇÃO X ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE: A iniciação esportiva e a especialização precoce podem facilmente ser confundidas. É fundamental que as atividades esportivas sejam praticadas desde a infância pois são através

delas que ocorre o desenvolvimento integral da criança, o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo, o respeito aos valores, o companheirismo, a solidariedade e principalmente o processo de socialização. Iniciação e especialização precoce têm objetivos diferentes e por isso cabe ao profissional de Educação Física a principal tarefa: a de desenvolver o gosto pela prática esportiva, ensinando as principais regras e fundamentos e desenvolvendo as aulas de forma lúdica e participativa. O professor, no entanto, não deve estimular a obtenção de performance. Deve indicar e mostrar caminhos para o aperfeiçoamento da prática sem excluir jamais aqueles com menor aptidão para o esporte.

22.2.PREJUÍZO / DIMENSÕES?

Uma especialização precoce traz prejuízos a formação da criança porque a busca de resultados impede o crescimento pessoal e social do aluno, uma vez que ele é submetido a disciplina autoritária, performance e vitória a qualquer preço. Deixa de prepará-lo integralmente e impede a formação de certos valores como respeito, solidariedade, cooperação e companheirismo. A criança passa a viver num mundo de rivalidades e isolamento porque ela precisa ser a melhor. Promove o individualismo, a competição, a valorização do atleta herói, em detrimento do espírito de socialização e cooperação, bem como desrespeito aos padrões psicomotores inerentes a sua idade. Além disso, limita o horizonte esportivo dos alunos porque eles precocemente, especializam-se em uma atividade que satisfaz o entusiasmo do momento.

22.3. VANTAGENS / DIMENSÕES? A especialização precoce oferece vantagens desde que seja uma opção natural do praticante e ele tenha definido seus interesses de forma clara e objetiva. A partir de então, o aluno passa a treinar exaustivamente os detalhes técnicos e táticos, da forma simples para a complexa, de modo a adquirir domínio da prática esportiva. Prepara o indivíduo para a competição se for essa sua finalidade. Se for habilidoso, se tiver excelente desempenho na sua evolução pode fazer do esporte uma fonte de renda, uma profissão.

22.4. NAS ESCOLAS:

Na escola, a especialização prematura é determinada pelo ambiente cultural eminentemente prático e tecnicista em que se vive, com reflexos na formação infantil e adolescente e pelo fato de tendermos a ensinar apenas aquilo que fazemos melhor, limitando o horizonte esportivo do aluno. Estes especializam-se em atividades que satisfazem ao entusiasmo e interesses do momento. Para promover a especialização de seus alunos, o professor deve respeitar a sua idade, condições e necessidades para que possa atingir seus objetivos.Com isso ele terá mais atletas e em melhores condições para exigir aperfeiçoamento maior de quem é ainda prematuro para uma determinada atividade. Cabe a Escola a tarefa de orientar a prática desportiva pedagogicamente pois à medida que os resultados vão sendo alcançados, o sentido da vitória muda os valores, esquecendo da formação integral do aluno. O professor deve orientar seu trabalho não somente

no sentido de Ter um atleta em busca de resultados, mas antes conscientizar-se que possui a sua frente um ser humano capaz de se esforçar, render cada vez mais, mas também capaz de participar e colaborar com todos na busca de uma formação integral. Na escola, a especialização precoce é excludente porque no contexto como um todo, nem todos têm a mesma capacidade de desempenho, considerando-se as diferenças individuais.

22.5. NOS CLUBES:

Os clubes e as escolinhas são os locais mais indicados para o desenvolvimento da especialização prematura, desde que o aluno atleta tenha evidenciado interesse e aptidão para uma determinada modalidade esportiva. O importante é que o esporte não seja imposto e, sim, que a criança tenha oportunidade de escolha conforme sua capacidade de adaptação e conhecimento sobre sua prática. Nos clubes, o trabalho é facilitado porque há dedicação exclusiva do aluno para um determinado fim, porque ele já tem seus objetivos pré-estabelecidos e todos apresentam o mesmo nível de rendimento.

22.6. ONDE E QUANDO REALIZAR? O início de uma especialização em um determinado esporte deve ocorrer no momento em que o aluno tiver estabelecido a modalidade esportiva que deseja se aperfeiçoar. Entretanto, deve se observar que a idade mais indicada para começar o trabalho é por volta dos 10-11 anos, idade em que a criança começa a Ter mais coordenação motora e mais maturidade para decidir pela iniciação de uma atividade. A fase de especialização pode ser realizada especialmente em clubes e escolinhas, devido aos fatores anteriormente mencionados, podendo ainda ser realizado em escolas, embora não recomendável pelo seu caráter de exclusão dos menos habilidosos. Entretanto, em escolas que oferecem clubes de diferentes esportes, a especialização é facilitada uma vez que o aluno procura o clube que mais se identifica com a sua preferência esportiva e aquele que possui maior aptidão(exemplo: clubes de voleibol, ginástica ritmica, clubes de futebol).

22.7. O TALENTO:

O talento é resultado de uma série de fatores que compõem o desenvolvimento motor. Para se chegar ao talento é necessário haver estimulação do atleta para executar uma determinada atividade. Ele precisa Ter contato com aquilo que ele quer aprender e Ter vivência da atividade, para construir a base a fim de desenvolver uma determinada habilidade. Fundamental também são as fases de aprendizagem motora cujo processo para automatização é a repetição e de prática motora que busca o aperfeiçoamento do movimento. Numa última etapa, pode-se chegar a fase da especialização desenvolvendo-se o talento a partir daí. O indivíduo, em termos de desenvolvimento, estaria apto a executar movimentos mais complexos. Neste fase, se enfatiza a tarefa e ao chegar nela o especialista deve buscar a perfeição para consequentemente evidenciar o talento e é por isso que se deve entendê-la como um sistema totalmente fechado. Se o talento não for conquistado durante os treinamentos ao longo do tempo, o indivíduo sofre frustrações, derrotas e decepções. Por isso a especialização deve ser uma opção

de vida que além de exigir uma dedicação exclusiva parece estar reservada apenas a uma minoria.

23. TERCEIRO FUNDAMENTO : O SAQUE

23.1.CONCEITO:

É um fundamento de ataque que tem como objetivo colocar a bola em jogo. Quando bem executado, colocado e forte, ele se torna o meio mais rápido e simples de se converter o lançamento em ponto. Através do saque, a bola é enviada a quadra adversária. É executado pelo jogador da posição 1. Consiste em golpear a bola por baixo, por cima ou na lateral em direção ao lado adversário.

23.2. IMPORTÂNCIA PARA O VOLEIBOL ATUAL: A execução do saque é de fundamental importância uma vez que se constitui em uma das principais armas de ataque para obter pontos e também por ser a primeira oportunidade de criar dificuldades a equipe adversária devido a força e velocidade imprimida na trajetória da bola. Permite marcar pontos e impede que o adversário construa um bom ataque. Por isso é importante a precisão e a regularidade na sua execução.

23.3. TIPOS DE SAQUE: Existem três tipos de saque: Saque por baixo Saque lateral Saque por cima

23.4.DESCRIÇÃO DO GESTO DE CADA TIPO:

A)Saque por baixo – é o tipo de saque utilizado principalmente por iniciantes com o objetivo de colocar a bola em jogo. Para executar o saque, posiciona-se de frente para a rede, perna contrária ao braço que vai atacar um pouco a frente, com o pé apontado para a direção que se quer dar a bola, tronco ligeiramente inclinado para a frente, com o peso sobre a perna de trás, pés afastados lateralmente, de forma a permitir o equilíbrio na sua execução, olhando o campo adversário. Braço que vai sacar estendido para baixo e para trás, o outro semi-flexionado a frente segurando a bola por baixo. Ela deverá ser lançada um pouco a frente ou simplesmente permitir a entrada da mão que vai golpear ao mesmo tempo em que a outra sai. O braço que vai golpear a bola deverá estar estendido e deve vir de trás para frente realizando movimento de pêndulo. A mão que golpeia a bola poderá estar fechada ou aberta com os dedos unidos.

B)Saque lateral – tipo de saque em que a posição de partida é paralela a rede e os pés podem estar ligeiramente afastados. A bola é lançada para a frente do corpo com o tronco inclinado voltado para a lateral(lado da quadra). O braço que vai golpear a bola deverá vir

de trás para a frente, estendido, batendo na bola acima da cabeça. Este saque pode ser precedido de uma pequena corrida lateral para ganhar velocidade e força.

C)Saque por cima – também é chamado de saque tipo tênis porque o movimento feito pelo jogador é semelhante ao do tenista. Para executá-lo, o jogador se coloca atrás da linha final, de frente para a rede, pé esquerdo(direito) adiantado, pernas semi-flexionadas, braço esquerdo flexionado a frente do corpo com a palma da mão voltada para cima sustentando a bola. O outro braço é estendido ao longo do corpo. A bola é, então, lançada para o alto e para a frente do corpo atingindo uma altura de aproximadamente 0,70 metros acima da cabeça do praticante. O tronco executa rotação para trás no momento da preparação do braço direito. Este é conduzido para o alto acima da linha da cabeça. A bola é golpeada acima da cabeça com a mão e os dedos cerrados e ligeiramente flexionados. O movimento do braço é rápido e o golpe é efetuado com quebra de pulso. O tronco é flexionado e o peso do corpo é transferido para a perna da frente, avançando-se a perna de trás.

23.5. POSIÇÃO FUNDAMENTAL USADA:

A execução do saque por baixo exige posição fundamental média e o saque lateral e o saque por cima necessitam da posição alta de expectativa.

23.6. PROCESSO METODOLÓGICO DE CADA TIPO:

23.6.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PASSO A PASSO:

SAQUE POR BAIXO :1)O corpo deverá estar voltado para a frente da rede partindo-se da posição fundamental média;2)Joelhos semi-flexionados e tronco ligeiramente inclinado a frente com um dos pés a frente do outro;3)Cabeça erguida tendo uma visão da quadra adversária.4)A bola é segurada pela mão esquerda(direita) colocada a frente do corpo devendo ser lançada para o lado da mão dominante;5)O braço que irá golpear a bola deverá estar estendido e deverá vir de trás para a frente realizando movimento pendular;6)A bola será golpeada com a mão fechada ou aberta(embaixo da bola) para cima a para a frente.7)A altura do impacto na bola deverá ser abaixo da linha da cintura;8)Após o impacto na bola o aluno deverá entrar na quadra;

SAQUE LATERAL:1)Jogador posiciona-se de lado para a rede com as pernas flexionadas;2)A bola é sustentada pela mão esquerda enquanto a direita permanece baixa;3)O jogador estende as pernas e lança a bola sobre a cabeça com a mão esquerda. Durante o balanço as pernas flexionam e o peso do corpo transfere-se para a perna direita;4)Depois, estendendo de novo as pernas, o jogador transfere o peso do corpo para a perna esquerda e movimenta bruscamente o quadril direito a frente;

5)O tronco inicia um giro em direção a rede e o braço direito se desloca em forma de arco em cima e a frente; neste momento o ombro adianta-se ao braço. 6)No instante do golpe, o tronco inclina-se ligeiramente para trás e o golpe é efetuado com o braço estendido, quase em suspensão e através de um trabalho ativo do tronco.

SAQUE POR CIMA:1.Pernas ligeiramente afastadas com um pé a frente do outro, ombros paralelos a rede(bem equilibrado), na posição fundamental alta;2.A bola é lançada com a mão numa altura superior a sua cabeça para o lado do braço dominante;3.A mão que irá golpear a bola deverá sair de trás da cabeça em direção a bola fazendo com que o braço esteja totalmente estendido;4.No momento do impacto da mão com a bola, o corpo deverá estar em perfeito equilíbrio;5.O contato da mão com a bola deverá ser feito acima da cabeça e a frente do corpo e com a palma da mão;6.A bola, após o impacto, deverá tomar uma trajetória para frente e para cima em direção a quadra adversária.7.Entrar na quadra após golpear a bola;8.Para executar o saque com efeito de rotação o jogador deverá golpear a bola com a base da mão fazendo o primeiro contato com ela, onde palmas e dedos estejam quase que totalmente sobre a bola. O pulso deverá estar descontraído e realizar uma pequena flexão.9.Para executar o saque com efeito de flutuação deve-se golpear a bola com a mão totalmente estendida;

23.6.2. ERROS MAIS COMUNS:

1)SAQUE POR BAIXO:a)Pés mal colocados, muito abertos ou muito afastados(lateralmente e frontalmente);b)Flexão excessiva do braço que golpeia a bola;c)Ponto de contato com a bola muito distante ou muito próxima do corpo;d)Golpear a bola acima da linha da cintura;e)Jogar a bola muito alto e muito a frente do corpo;f)Pisar na linha final;g)Reter a bola ao invés de golpeá-la;

2)SAQUE LATERAL: Os erros são semelhantes ao saque por cima. Entretanto, podem ocorrer erros típicos desse tipo de saque:a)não posicionar-se paralelamente a rede;b)não inclinar o tronco na direção lateral da quadra;c)não flexionar as pernas;

d)não girar em direção a rede no momento do impacto;

3)SAQUE POR CIMA:a)Lançar a bola muito a frente ou muito atrás do corpo;b)Pés colocados muito próximos ocasionando desequilíbrio do corpo;c)Bater a bola no “talão” da mão;d)Empurrar a bola;

e)Bater a bola com o braço encolhido;f)Golpear a bola abaixo da cabeça;g)Bater sob ou sobre a bola;h)pisar na linha final e não entrar na quadra após o saque;

23.6.3. EXERCÍCIOS PARA A CORREÇÃO:

1)SAQUE POR BAIXO:a)exercitar o movimento do braço, posição e flexão das pernas sem bola, exagerando no movimento de pêndulo;b)Arremessar a bola com movimento de saque procurando atingir a quadra adversária;c)Executar movimento correto de pêndulo com e sem bola;d)Saque por baixo sobre a rede, aumentando a distância até a lin há de fundo;e)Sacar contra a parede numa área delimitada;f)Na posição fundamental média, inicialmente, passar a bola para a mão dominante e depois golpeá-la para o colega, sem força e velocidade, apenas para dominar sua execução;

2)SAQUE LATERAL:a)Executar exercícios semelhantes ao saque por cima, observando a posição do corpo que deverá estar paralelo a rede e a inclinação do tronco;b)Saque lateral por cima com uma bola de tênis(ajuda as crianças a coordenarem a execução dos movimentos característicos do saque);c)Saque lateral em uma bola presa em extensores de borracha;d)Saque lateral numa bola colocada num sustentador;e)Saque lateral por trás da linha de fundo dentro dos limites da quadra;

3)SAQUE POR CIMA:a)exercitar a batida e a colocação do braço para trás. Fazer o exercício com ou sem bola;b)lançar a bola para o companheiro na posição usada no saque por cima;c)exercitar o movimento de batida e o uso de pulso através de saques contra a parede e para o companheiro;d)lançar a bola para cima e golpeá-la para a frente, sem força e velocidade, apenas para dominar o movimento;e)exercitar a correta execução do saque a grandes distâncias;f)exercícios em duplas com bolas de basquetebol ou medicine-balls de um quilo. O braço é conduzido como no movimento do saque tipo tênis;g)colocados na linha de fundo, bater a bola na direção do companheiro(ir aumentando a distância);

h)quem consegue fazer 10 saques consecutivos, sem erros? Quem comete erros retorna a contagem zero;

23.6.4. DESENHO DE CADA TIPO:

1. SAQUE POR BAIXO:

2.SAQUE LATERAL:

3.SAQUE POR CIMA:

24. EXERCÍCIOS DE SAQUE:

24.1. VINTE EXERCÍCIOS DE SAQUE POR BAIXO:1.Alunos arremessando a bola contra a parede na posição de saque por baixo;2.Saque de frente por baixo utilizando uma bola de tênis, em duplas e depois contra a parede:3.Um aluno de frente para o outro; lançam a bola para baixo a uma determinada altura;4.Sacar por baixo com uma bola suspensa;5.Sacar por baixo numa área delimitada da parede:6.Dois a dois, frente a frente, a uma distância de aproximadamente 6 metros um do outro. Aluno com a bola na palma da mão esquerda(direita) faz o afastamento das pernas, faz uma movimentação de braços 3 vezes, solta a bola e com a outra mão saca para o companheiro(aumentando a distância);7.Mesma posição. Porém, com a rede entre os alunos, ir se distanciando aos poucos, até chegar a linha de fundo;8.Alunos formam duas colunas, separadas pela rede. O primeiro da coluna A com a bola. Este saca para o primeiro da outra coluna e vai para o final de sua coluna; o mesmo fazendo os outros jogadores(a distância entre as colunas pode ser determinada em função dos acertos dos alunos;9.Alunos deverão, através de saque por baixo, acertar um colchão colocado do outro lado da quadra;10.Saque por baixo procurando acertar uma cadeira colocada na quadra adversária;11.Começa sacando de cima da linha de ataque e vai afastando-se até chegar a linha de fundo;12.Coluna de jogadores em cada uma das zonas de saque. Sacar livremente com o objetivo de acertar o saque;13.Sacar por baixo procurando colocar a bola na zona de ataque da outra quadra;14.Dois a dois, frente a frente, alunos trocam saques por baixo entre si;15.Sacar longe, por baixo, no fundo da quadra adversária(o colega devolve de manchete);16.Três colunas de um lado da rede; três do outro lado. Alunos deverão realizar saque por baixo para os companheiros que estão no outro lado . No momento que se livrarem da bola deslocam-se para o final da coluna. O outro lado executa o mesmo. Aumentar progressivamente a distância;17.Em coluna, em cima da linha de ataque, lançar a bola por cima da rede, fazendo o movimento de pêndulo(com uma só mão) e ir até o final da outra coluna. O pé contrário ao braço que lança a bola a frente é fundamental;18.Um aluno segura um aro. O outro executando saque por baixo deverá fazer com que a bola passe por dentro do aro;

19.Dois a dois, um aluno em cada quadra na linha dos três metros, executam saque por baixo; em cada saque executado, dá um passo para trás até alcançar a linha de fundo;20.Dividir a quadra em quatro partes. Estende-se uma corda por cima da rede no sentido longitudinal. Divide-se a turma com dois ou três alunos em cada quadra para que executem saque por baixo;

24.2.VINTE EXERCÍCIOS DE SAQUE LATERAL:1.Deixar a rede baixa. Executar saques laterais. Progressivamente aumenta-se a altura da rede;2.Saque lateral com uma bola de tênis;3.Saque lateral por cima com uma bola colocada num sustentador;4.Dois alunos, frente a frente, um na linha da zona, o outro na linha de fundo; ambos vão trocar saques laterais;5.Idem a anterior. Um aluno em cada linha lateral. Ambos realizam saques laterais;6.Sacar lateralmente procurando acertar qualquer lugar da zona de defesa;7.Saque lateral procurando acertar um colchão colocado na quadra adversária;8.Dois a dois, separados pela rede, trocam saques laterais: aumentar a distância progressivamente:9.Dividir a quadra em quatro partes e numerá-las. Sacar na zona previamente determinada pelo professor ou fazer uma competição contando os pontos aonde a bola poderá cair;10.Pendurar vários arcos em uma corda. Fica um aluno de cada lado executando saque lateral procurando acertar o arco;11.Um executa saque lateral e desloca-se para trás; o outro recebe de manchete, segura e dá saque por baixo;12.Dois alunos. Um realiza saque lateral, o outro devolve de toque. Troca depois de 10 vezes;13.Dois alunos. Um em cada lado da quadra, um na linha de fundo, outro na linha de defesa; o primeiro executa cinco saques na lateral e o outro recebe de manchete;14.Deixar arcos no chão da quadra adversária para que os alunos coloquem a bola dentro deles, através de saque lateral;15.Realizar saque lateral dentro dos limites da quadra;16.Aluno próximo a rede. Sacar lateralmente procurando acertar dentro da rede de handebol;17.Duas colunas. Uma na linha lateral esquerda(A) e outra na linha lateral direita(B); o primeiro aluno da coluna A saca lateralmente e o primeiro da coluna B recebe, agarrando-a; este devolve-a com saque lateral para o segundo aluno da coluna A e assim sucessivamente. À medida que fazem o movimento vão para o fim da coluna;18.Executar saque lateral numa área delimitada da parede;19.Um aluno em pé saca lateralmente para outro que está sentado na arquibancada. Este levanta, recebe e devolve de manchete;20.Sacar lateralmente dentro da zona de ataque;

24.3. VINTE EXERCÍCIOS DE SAQUE TIPO TÊNIS:1.Lançar uma bola numa parede por cima do ombro;2.Sacar por cima num círculo desenhado na parede;3.Sacar por cima com uma bola suspensa fazendo com que a bola atinja maior altura possível;4.Alunos deverão bater na bola com o braço estendido, observando trajetória da bola(lembrar da necessidade de colocar o pé contrário a mão que bate a bola na frente);

5.Em cima da linha de ataque, bater na bola acima da cabeça com o braço estendido(aumentar progressivamente a distância até a linha de fundo);6.Dois a dois, a uma distância de 6 metros, tendo a rede entre eles. Sacar sobre a rede aumentando a distância até chegar na linha de fundo;7.Sacar por cima procurando acertar um colchão colocado na quadra adversária;8.Sacar por cima procurando acertar a bola num colchão colocado na “paralela” da outra quadra9.Sacar dentro da zona de ataque da quadra adversária;10.Professor coloca objetos numerados dentro da quadra(cones, cadeiras..). Alunos deverão sacar sobre os objetos, na sequência aluno numero 1 procura acertar objeto número 1 e assim por diante);

11.Sacar por cima no lugar do levantamento; 12.Dois a dois, ambos em cima de uma das linhas laterais, defrontando-se. Arremessar a

bola para cima e sacar em direção ao colega;13.Mesma formação e exercício anterior exigindo-se a quebra de punho, braço estendido e batida na bola cima da cabeça e a frente do rosto;

14.Dois a dois, tendo a rede a separá-los. Sacar sobre a rede começando de cima da linha de ataque e afastando-se até chegar a linha de fundo;

15.Cada jogador dá 10 saques na diagonal, depois na paralela e vê quem acerta mais vezes; 16.Jogadores A,B,C e D, posicionados de frente para jogadores E,F,G e H, intercalados e

separados pela rede. Jogador A saca para E que segura a bola e depois saca para B e assim por diante. Vai para o fim da coluna;

17.Jogadores em círculo, tendo o professor ao centro e uma bola. Professor saca para A que devolve de saque para ele; Professor saca para B e assim por diante;

18.Sacar longo bem no fundo da quadra; 19.Sacar no lugar da infiltração; 20.Coluna A posicionada junto a rede, saca para cima para a coluna B, posicionada junto a

linha de fundo. Esta recebe e devolve de manchete. Trocam-se posições;

25.CIRCUITO TÉCNICO:

25.1.CIRCUITO COM 10 ESTAÇÕES, COM MATERIAL, PARA DOIS ALUNOS EM CADA, DURAÇÃO UM MINUTO, NÍVEL INICIANTE: 1.Um aluno em cada linha lateral. Um executa saque por cima e outro devolve de manchete; 2.Mesma disposição, sendo que um executa saque por baixo e outro devolve de manchete; 3.Dois alunos separados pela rede, um na zona de ataque e outro na zona de defesa. Um

executa saque por cima e outro devolve de manchete; 4.Um aluno na linha de zona, o outro na linha de fundo; um executa ora saque por baixo ora saque por cima, o outro devolve de manchete;

5.Um aluno saca por cima na parede. O outro ao lado recebe e devolve de manchete passando pela parede. Inverte posições;

6.Um aluno saca por baixo próximo da cesta de basquetebol. O outro procura encestá-la através de toque de frente;7.Um aluno em pé saca por baixo para o aluno que está sentado na arquibancada. Este levanta, se desloca para a frente e executa toque de frente em suspensão;8.Um aluno em pé saca por cima para o aluno que está sentado na arquibancada. Este levanta, se desloca para frente e devolve de manchete;9.Um aluno saca por cima e outro desloca-se lateralmente na hora do saque. Este procura devolver a bola com manchete;

10.Sacar curto e longo, na diagonal e paralela, sem que o colega saiba a direção do saque este se desloca e recebe com manchete;

25.2.ORGANOGRAMA COM A DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES:

26.O DESPORTO NA ESCOLA:(COMPETIÇÃO OU LAZER?) O esporte facilita a convivência do aluno com a sociedade, permitindo que a prática de atividades físicas integre e desenvolva, de forma equilibrada, as potencialidades bio-psico-sociais e fisiológicas do indivíduo. O jogo cria uma organização tal como a sociabilidade. É uma ação livre onde as pessoas se relacionam utilizando regras e elaborando direitos e deveres. Além de ser uma atividade voluntária, ele estimula no aluno, a organização, a capacidade de relacionar-se e possuir espírito de equipe, solidariedade, companheirismo e cooperação.

26.1. ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE A SITUAÇÃO IDEAL: O desporto escolar não visa necessariamente a vitória. Sua finalidade é somente a competição entre alunos. A vitória é só um meio de tornar a prática esportiva mais atraente e interessante. Nele prevalecem educação, saúde, lazer ativo e jogo limpo. O fator mais importante que o desporto deve proporcionar é o lúdico, o prazer de jogar de forma livre e desinteressada numa ação de relação que aproxima os alunos e

proporciona satisfação. Nessa relação, os adversários/ competidores devem servir apenas como oponentes referenciais, ajudando o aluno a tornar possível a prática da competição. No calor da disputa jamais se deve esquecer que o adversário esportivo não é um inimigo. O desporto ideal é aquele que prepara o indivíduo para os desafios da vida, entre os quais, vitórias e derrotas são alternativas constantes e exige o cultivo da sociabilidade. Ao decidir fazer parte de uma equipe, o aluno deverá estar aceitando seus companheiros, que são dotados de talentos e limitações. Com essas condições todos se sentirão igualmente responsáveis pela equipe. Este espírito de aceitação e co-responsabilidade prepara para a vida que deve ser participada nunca isolada. O desporto praticado nas escolas deve exigir de seus praticantes uma disciplina que conduz a um comportamento adequado, a um julgamento sereno e imparcial, a noção do dever, a aplicação dos compromissos a hábitos e atitudes com valores morais e sociais positivos. Deve, acima de tudo, desenvolver nos alunos, o gosto pela prática, incentivando-os para continuar após o período escolar, dando um caráter permanente e de continuidade na vida do indivíduo, contribuindo para seu equilíbrio físico e emocional. As atividades em forma de jogo facilitam o desenvolvimento da criança, pois é um recurso onde ela se expande, brinca, é espontânea e natural.

26.2. SITUAÇÃO ATUAL NA ESCOLA: Existe, na maioria das escolas, uma procura de campeões conduzidos a uma especialização prematura, dificultando o desenvolvimento psicomotor normal da criança, pois lhe é exigida a perfeição dos gestos técnicos. Os alunos, comumente, são considerados como atletas em busca de resultado e não simplesmente como pessoas. Esta exigência técnica faz com que a atividade do jogo se volte para o aperfeiçoamento e desempenho visando resultado o que, muitas vezes, leva o aluno ao abandono da prática esportiva. O desporto na Escola, na maioria dos casos, contradiz os ideais da Educação, onde o professor atua apenas como disciplinador, impedindo o crescimento pessoal e social do aluno, onde apenas os resultados são valorizados, onde o objetivo é selecionar indivíduos com elevada aptidão para cada esporte, excluindo, assim, o aspecto pedagógico da atividade física tão desejado pela educação. A Escola, enquanto instituição, parece não Ter compreendido a Educação Física e o esporte com seus objetivos, de formar o homem integralmente, um cidadão livre, que respeita o direito de todos, que se conhece e está consciente de seus deveres e responsabilidades. A Escola parece identificar-se mais com uma instituição desportiva cujos valores são: vitória a qualquer preço, performance, submissão do homem e disciplina autoritária. Observa-se também em algumas escolas que o professor simplesmente “entrega” uma bola a turma que opta pelo tipo de jogo. É uma forma de exclusão dos próprios colegas, uma vez que os alunos com melhor habilidade, com menor domínio, não vão ser escolhidos para fazer parte da equipe(porque são considerados os “furos” da turma), restando para eles apenas a observação. Sem a prática não se desenvolve o processo ensino-aprendizagem, desestimulando o gosto pela prática e aumentando frustrações.

Neste sentido, o comportamento do professor de Educação Física é muito importante. Deve ser um animador pedagógico, um incentivador atuante na sociedade, capaz de determinar com clareza seus objetivos, elaborando com o grupo as melhores maneiras de desenvolver o trabalho.

26.3. A COMPETIÇÃO PREJUDICA A CRIANÇA? Normalmente sim. O esporte performance, por exigir maior rendimento, necessita de indivíduos com maior capacidade de desempenho, onde a minoria participa e a maioria seja apenas espectadora. Exige padronização. A competição é uma forma de exclusão daqueles que posem menor habilidade. Os alunos são selecionados, segundo a capacidade individual de rendimento, o que revela uma certa inconveniência uma vez que essa classificação não acontece espontaneamente e corre-se o risco de levar as crianças a se sentirem diminuídas e frustradas. A competição não preserva o envolvimento afetivo da criança com a atividade, apenas busca performance e desempenho. Ela não busca o estímulo, o gosto pelo esporte, não promove o crescimento pessoal do aluno, não percebe o aluno como pessoa e sim pelo seu desempenho esportivo, mostrando um certo desprezo quanto aos valores anteriormente mencionados. Entretanto, em alguns casos, a competição, a vontade de vencer, estimula o processo ensino-aprendizagem.

26.4. O LAZER CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE? Sim, porque a atividade lúdica tem por objetivo a participação de um grande número de pessoas, independente de idade, sexo, capacidade de rendimento e domínio técnico. O esporte proporciona saúde, higiene, melhoria da qualidade de vida, recreação, alegria, prazer, bem-estar, compensação e socialização. Esporte e lazer estão intimamente relacionados porque ambos buscam o prazer através da prática, a integração social, a liberdade de movimento, o companheirismo, a solidariedade, a criatividade, o relaxamento e a saúde. A realização de atividades em forma de lazer proporciona a participação, sem frustrações nem derrotas que a mesma participa da formação de várias euipes diferentes havendo equilíbrio entre vitórias e derrotas. Isso é importante principalmente para as crianças que integram-se em times considerados fracos, dentro de uma competição esportiva, pois o grande número de derrotas vai acarretar certas frustrações que poderão resultar no abandono do esporte. O sucesso depende da harmonia do grupo.

27. QUARTO FUNDAMENTO: O ATAQUE

27.1. CONCEITO:

O ataque é o fundamento que consiste no gesto de golpear a bola, rápida e violentamente, para a quadra adversária na tentativa de vencer o bloqueio e a defesa contrária. É a maneira através da qual, o atacante procura, através de uma batida na bola com a mão, marcar ponto na equipe adversária. É realizado em bolas com trajetória realmente originada de uma altura superior a da rede. O elemento mais importante é a cortada porque através dela pode se obter a maior parte dos pontos para uma equipe.

27.1.1.TIPOS – CONCEITOS E DETALHES DE CADA UM: A cortada é dividida em:a)Cortada tipo tênis - no prolongamento da corrida

- com giro do corpo- com quebra de punho

b)tipo gancho(balanceamento):- golpe lateral

c)largadas - golpe suave

a)CORTADA TIPO TÊNIS – é o tipo de cortada que se caracteriza pela fase da corrida, da aproximação, da impulsão e batida na bola. Quando o jogador chega a aproximadamente um metro da rede, faz uma parada brusca, colocando o pé esquerdo(direito) a frente. Une as duas, flexiona-as e leva os braços para trás, simultaneamente, estendendo as pernas e elevando os braços violentamente. Com este movimentos ganha-se impulsão e eleva-se no ar. Nesta fase, chamada de flutuação, o jogador se projeta verticalmente no ar e levanta os braços para manter o equilíbrio. Assim mantém-se momentaneamente no ar, onde faz uma pequena rotação do tronco para a direita, estende o braço esquerdo para a frente, enquanto leva o braço direito para trás, preparando-se para bater na bola. Assim que o jogador se aproxima da bola, estende o braço direito, batendo a bola de cima para baixo. A bola é batida com a palma da mão, pouco acima e a frente da cabeça. O jogador dá um tapa na bola, procurando enviá-la para uma parte vazia da quadra adversária.

b)CORTADA TIPO GANCHO - é uma cortada de lado, usada como recurso para retardar a batida. O jogador tenta pegar o bloqueio na queda, ficando embaixo da bola quando o cortador entra cedo demais para o corte, ou ainda no caso de ocorrer uma levantada longe demais da rede. Na hora do ataque, os ombros estarão perpendiculares a rede e, por uma rápida inclinação lateral do tronco, a bola será golpeada pelo balanceamento do braço, pouco acima e a frente da cabeça.

c)LARGADAS – é uma finta individual onde o jogador realiza todo o movimento da cortada e no último movimento, quase no contato com a bola, ele freia o movimento do braço, tocando-a suavemente com a ponta dos dedos em direção ao bloqueio adversário.

27.1.2.DESCRIÇÃO DO GESTO: Para executar o ataque, dão-se dois passos. Inicia-se com o direito, depois o esquerdo. Une-se os dois para o salto. A impulsão deve ser feita nos dois pés(calcanhar - ponta de pé), o que possibilita equilíbrio no salto, maior impulsão e giros no ar; este é o instante que o corpo toma uma posição grupada, para a explosão do salto. Esta posição é caracterizada pela semi-flexão das pernas, pés próximos, inclinação do tronco para a frente, braços estendidos para trás. Em seguida., os braços são trazidos de baixo para cima, por extensão das pernas e dos pés, com projeção dos quadris para a frente. O braço que vai atacar em semi-flexão, mão no prolongamento do antebraço, colocado atrás e do lado da cabeça, auxiliado por pequena rotação do tronco para a direita. O cortador deverá estar observando a bola, enquanto seu braço esquerdo está quase estendido para o alto, facilitando o equilíbrio do corpo em suspensão. O ataque deverá ser de acordo com a levantada e em função da trajetória que se quer imprimir a bola. Inicia-se pela extensão do braço direito, seguido de puxada para a frente, auxiliado pelo tronco que faz a rotação no sentido contrário com a puxada para trás do braço esquerdo. A bola será atacada acima e a frente da cabeça, pela palma da mão, usando-se de flexão no punho; após o ataque, o braço continua sua trajetória, até a queda, com amortecimento das duas pernas.

27.1.3. SUA IMPORTÂNCIA NO VOLEIBOL ATUAL:

Considerada como um fundamento de ataque, a cortada tem extraordinária importância para o voleibol porque é através dela que se obtém a maioria dos pontos de uma equipe.

27.1.4. CLASSIFICAÇÃO DO ATAQUE:

1.QUANTO A EXECUÇÃO:a)Frontal – quando o cortador ataca de frente para a rede.b)Lateral(gancho) – o atacante entra de lado para a rede fazendo o movimento do braço por cima e um pouco a frente da cabeça.c)Com giro – a corrida e a impulsão devem ser realizadas na diagonal a rede com o tronco realizando um giro de aproximadamente 90 graus.

2.QUANTO A DIREÇÃO:a)diagonal – quando a bola faz uma trajetória diagonal a linha lateral da quadra. Pode ser aberta ou fechada.b)paralela – quando a bola faz uma trajetória paralela a linha lateral da quadra.

3.QUANTO A POTÊNCIA:a)fortes – quando a bola é cortada com força.b)fracas – quando a bola é cortada com menor intensidade de força.c)largadas – forma de ataque realizada com uma das mãos e executada após o atacante simular uma ação ofensiva. As largadas podem ser: suave – quando a bola descreve uma pequena parábola. Batida - é acentuado o movimento de dedos e punhos. A bola é batida com menos força.

4.QUANTO A PROXIMIDADE DA REDE:

a)próximas a rede – facilitam o trabalho de bloqueio, mas permitem cobrir maior área para o envio da bola.

b)afastadas da rede – diminuem a área para o envio da bola, mas dificultam a ação do bloqueio.

c)ideais – variam de 30 a 65 centímetros da rede. Dificultam a ação do bloqueio e da defesa.

5.QUANTO A DISTÂNCIA DA REDE:a)em profundidade – quando os ataques são realizados no fundo da quadra adversária.b)mediais – quando os ataques são realizados no meio da quadra do adversário.c) curtas – quando as cortadas são realizadas dentro da zona de ataque da quadra adversária.

6.QUANTO A VELOCIDADE:a)normal – cortada mais usada nas pontas e considerada como bola de segurança. O ataque deve usar grande impulsão e boa coordenação espaço – tempo.b)meia altura – cortada intermediária entre a normal e a rápida com o cortador se deslocando mais rapidamente para a bola. É utilizada nas três posições de rede, com maior frequência na posição 3.c)rápida – quando o atacante faz um deslocamento rápido de forma oblíqua, com poucos passos e com a preparação do braço de ataque quase simultaneamente executado com a impulsão. Pode ser utilizada nas três posições de rede, mas com mais frequência na posição 4.d)baixa – utilizada com a finalidade de evitar a formação de um bloqueio duplo. O deslocamento é feito com muita velocidade e depende do entrosamento entre o levantador e o cortador. É usada nas três posições de rede, mas preferencialmente na posição 4.

27.1.5.POSIÇÃO FUNDAMENTAL USADA:

Para o atacante executar a cortada deve estar na posição fundamental alta.

27.1.6.AS FASES DO ATAQUE:

a)o deslocamento – pode ser realizado em 1,2,3 ou mais passadas de corrida, com os braços se mantendo semi-flexionados ao lado do corpo. Para iniciantes recomendamos três passadas, pois eles aprenderão a sistemática do deslocamento numa distância não muito longa da rede. Quando se dá três passadas, sai da posição normal, avança um passo com o pé esquerdo, mais um com o direito, une os dois e salta. Durante esta etapa observar a trajetória da bola. Quanto maior for a aceleração neste deslocamento, mais possibilidade de uma boa impulsão.

E E E

D D D

b)o salto – é obtido quando a velocidade da corrida é transformada em ascensão vertical. O contato com o solo deve ser feito pelo calcanhar da perna de apoio(oposta ao braço dominante) até alcançar toda a planta do pé. Os braços devem vir de trás para a frente com velocidade e força ajudando na impulsão do corpo para cima. Durante a impulsão, o tronco deve estar inclinado para a frente com as pernas semi-flexionadas e com os braços vindos de trás para cima.

c) A suspensão ou fase aérea – é resultado da impulsão realizada pelas pernas juntamente com a ação dos braços levando o corpo ao balanceamento para a frente e projetando para cima. Este é o início da fase da elevação. No fim da impulsão, o corpo deve relaxar. Aquele que não participa do ataque deve ser elevado acima da linha do rosto e o outro continua sua elevação preparando-se para o impacto na bola. Além da ação de equilíbrio, o braço esquerdo tem

função de facilitar a extensão do tronco, aumentando a força no braço que vai executar o ataque.

d) A batida na bola – a bola deve sofrer o impacto no ponto mais alto do salto e com ela a frente do corpo. O movimento é feito com a palma da mão e com o braço estendido. O ombro direito deve estar numa altura mais elevada que o esquerdo. A força do ataque está intimamente relacionada com a velocidade usada pelo braço que irá executar a cortada. O jogador dará um tapa na bola procurando enviá-la a uma área desguarnecida da quadra adversária.

e) A queda – durante o movimento de queda, as pernas devem estar semi-flexionadas para diminuir o impacto no solo que deverá ser feita com os dois pés(ponta de pé, planta e calcanhar). O corpo deve manter-se em equilíbrio e numa posição tal que esteja preparado para as próximas situações de jogo.

27.1.7.AS POSIÇÕES DE ATAQUE NA REDE – EXPLICAÇÕES:

Em relação a rede o ataque pode ser feito: a)ataque distante da rede – dificulta a ação do bloqueio da equipe adversária, mas diminui a área de colocação da bola na quadra adversária. b)ataque próximo da rede – facilita a ação de bloqueio, mas amplia a área de colocação da bola na quadra do adversário. c)ataque com uma distância ideal da rede – varia de 30 a 65 centímetros de distância da rede e por isso impõe dificuldade ao trabalho de bloqueio e defesa do adversário.

27.1.8.CARACTERÍSTICAS DE CADA ATACANTE: a)atacante de entrada(força) – são altos e normalmente atuam na posição 4 e ocupam posições de cortadores principais. b)atacantes intermediários(de meio) - possuem maior habilidade, são rápidos e com velocidade de braço. Geralmente atuam na posição 3 e são responsáveis pelos ataques rápidos. c)atacantes universais(de saída) – jogadores fortes, inteligentes. Normalmente atuam na Segunda posição e são levantadores com habilidade de atacante.

27.2.PROCESSO METODOLÓGICO DO ENSINO:

27.2.1. DESCREVER O PROCESSO DE ENSINO PASSO A PASSO:

Ao ensinar a execução da cortada é necessário seguir uma metodologia de modo que o processo ensino – aprendizagem se torne mais fácil. As principais etapas de ensino são:1)Posição inicial alta2)Identificação do pé de impulsão(salto em distância3)bate-se sobre a bola, utilizando a mesma técnica usada no saque por cima4)ensinar as passadas

Depois de feito isso inicia-se a aprendizagem do ataque.a)em frente a arquibancada com distância de um pequeno passo, saltar com os dois pés jun tos, braços estendidos, vindos de trás para cima;

b)dar uma passada grande para trás. Começar com os dois braços estendidos a frente do corpo, dar um grande passo para a frente com o pé de impulsão, juntar os dois pés e saltar para cima do banco. Os braços deverão executar movimento pendular de modo a auxiliar no salto;c)dar um passo médio para trás. Começar com um passo médio , com o pé não dominante para frente, dando outro passo grande com o pé de impulsão, juntando-os para executar o salto;d)ir para a quadra de jogo. Saindo da linha de zona de ataque executar somente a passada e cobrir a distância. Nesta atividade deve-se utilizar aros ou desenhar os pés no chão como referência visual;e)executar as passadas batendo na bola com a rede baixa;f)executar a passadas, saltar e bater na bola segura por um colega com a rede baixa;g)bater uma bola segura por um colega sobre uma mesa;h)o aluno deverá lançar uma bola alta, da linha da zona para a rede, executando as passadas saltando e segurando-a;i)idem anterior, porém, atacando-a;j)com um levantador atacar nas três posições;

27.2.2. OS DETALHES: Para a correta execução da cortada é necessário observar e ensinar alguns detalhes importantes: posição fundamental alta; identificação do pé de impulsão( importante para a impulsão); o contato da mão com a bola será com a palma das mãos, acima da linha da cabeça e a frente

do corpo. Bate-se sobre a bola; é fundamental o ensino das passadas(esquerdo, direito, une os dois, impulsiona e salta);

27.2.3.ERROS MAIS COMUNS:1)não coordenar as passadas;2)fazer o salto muito próximo a rede;3)não flexionar as pernas para efetuar o salto;4)não estender os braços para trás na execução do salto;5)não elevar os braços pela frente do corpo na armada dos braços para cortar;6)não armar o cotovelo do braço de ataque atrás da linha do ombro;7)atacar com o braço flexionado;8)não realizar o movimento de extensão e flexão de tronco na fase aérea;9)Cair sobre a rede;10)Ter dificuldades quanto ao tempo de bola, ou seja, não atacar no momento adequado para atingir o momento máximo de alcance;11)falta de precisão no contato com a bola;12)falta de potência de braço;

27.2.4. EXERCÍCIOS PARA CORREÇÃO:a)Saltar na arquibancada executando correto movimento dos braços(vindos de trás para frente e depois para cima);b)Exercitar o impulso com dois passos e um forte salto em todas as posições da rede;c)Marcar como auxílio o comprimento dos passos com giz, dar as passadas e por último o impulso;

d)Alunos pulando sobre o plinto e saltando sobre colchões o mais alto possível; o corpo bem estendido;e)Exercitar o movimento do braço sem bola;f)Saltar com uma bola de borracha e arremessá-la de cima para baixo fazendo-a passar sobre a rede;g)Dois passos, impulsiona, salta e bate na bola(terminar o impulso na ponta dos pés, braços estendidos e passos longos);

27.2.5.DESENHO DAS PARTES:

27.3. EXERCÍCIOS:

27.3.1. VINTE E CINCO EXERCÍCIOS DE ATAQUE:

1.Lançar a bola para o colega que deverá pegá-la no ar, após o salto;2.Lançar a bola para cima e cortando para o colega de frente ela deverá chegar na altura do ombro do companheiro;3.Lançar a bola para cima e cortar na direção dos pés do companheiro;4.Dois a dois. Quem bate procura esticar o corpo e o braço o máximo possível e bate sem saltar;5.Dois alunos, frente a frente, deverão dar um passo e saltar para que toquem suas mãos simultaneamente acima da rede(uma das mãos);6.Com a bola de tênis ver quem consegue saltar e arremessar com uma das mãos;

7.Professor ao lado da rede lançando a bola para o alto; os alunos deverão vir e cotar a bola no ar por cima da rede na quadra contrária um a um;

8.Dois a dois. Um arremessa a bola no chão com força e o outro deverá segurar o mais alto possível com as duas mãos pulando com os dois pés juntos;9.Fazer o mesmo com a rede entre os dois e um dos alunos subindo e cortando a bola;10.Os dois do mesmo lado da rede, fazer o mesmo; aquele que vai jogar a bola contra o chão estará de lado e o outro correrá de frente e baterá;

11.Cortada de frente numa bola presa ao sustentador. Deve se observar se a impulsão das crianças está correta, para que não saltem a frente nem toquem na rede e que ao golpearem a bola esta seja direcionada de acordo com o impulso do cortador;12.Cortada no mesmo lugar e com impulso de uma bola presa com cordas de borracha. O valor deste exercício está no aperfeiçoamento simultâneo da técnica da cortada e do salto;13.Três colunas colocadas na linha de ataque. Os primeiros, com a bola, atiram para cima, atacam, buscam a bola e vão para o fim da fila;14.Duas colunas e dois levantadores próximos a rede. Cada jogador com uma bola faz o passe para o levantador, que devolve para realizar o ataque;15.Correr frontal a rede, saltar e fazer o movimento do braço na cortada;16.Coluna de alunos em cima da linha de ataque. O professor lança a bola em forma de levantamento. O aluno executa apenas o último passo para a cortada, salta e, no ar, agarra a bola acima da rede com ambas as mãos, braços estendidos, bola a frente do rosto;17.Idem ao exercício anterior. Porém, o aluno salta e com o braço da cortada estendido, “empurra” a bola para a quadra adversária com a mão, passando-a sobre a rede;18.Dois a dois, frente a frente, estando cada um em cima da linha lateral. Jogador A lança a bola para B que corta;19.Três levantadores que vão lançar a bola para os outros alunos que estão dispostos numa coluna. Cada aluno executa três ataques: um na posição 4, um na posição 3 e outro na posição 2 e volta ao final da coluna;20.Uma coluna na posição 4. Um aluno junto a rede e o professor com as bolas no meio da quadra. O professor joga uma bola para o levantador e outra diretamente para a posição 4. O primeiro aluno da coluna ataca as duas seguidamente;21.Uma coluna na posição 5 e outra na posição 6. O professor lança duas bolas para o aluno perto da rede. Este levanta uma bola para a posição 4 e outra para a posição 3. O primeiro da coluna ataca e troca de coluna;22.Os participantes colocam-se em fila na zona 3 e um deles na zona 2. O primeiro toque é feito na zona 2 para ser cortado na zona 3 e lançada para a metade direita da quadra(nas zonas 6,5 e 4);23.Seis alunos próximos a rede, segurando a bola com uma mão. Os outros numa coluna na linha lateral da quadra, vão se deslocar, impulsionar, saltar e bater na bola, passando pelas seis posiçòes e retornando ao final da fila. Alguns alunos ficam próximo a rede para alcançar a bola;24.Coluna colocada na posição 6, um levantador na posição 3;os alunos deverão atacar na posição 225.O professor coloca-se em cima do plinto segurando a bola com uma das mãos, os alunos deverão correr um a uma, saltar, bater na bola enviando-a, através de cortada, para a quadra adversária;

27.3.2. QUINZE EXERCÍCIOS ENFOCANDO A DIREÇÃO DO ATAQUE:1.Cortada contra a parede, uma goleira de futebol, no mesmo lugar e em suspensão;2.O professor sobre o plinto lança a bola. Alunos numa coluna vão, um a um, dirigir as cortadas para os colchões colocados próximos as linhas laterais da quadra;3.Alunos tentam pegar a bola onde ela for arremessa, para a esquerda, para a direita, para a frente, deslocando-se e saltando;4.Uma coluna em cima da linha de ataque na posição 5. O professor lança a bola na posição 4 e o primeiro aluno ataca uma vez na paralela e uma vez na diagonal;5.Dois levantadores próximos a rede, mais ou menos no meio da quadra, lançam a bola. Duas colunas, uma de cada lado da quadra, vão cortar a bola, dirigindo-a paralelamente a linha lateral da quadra;

6.Mesmo exercício anterior. Porém, os atacantes vão cortar a bola fazendo com que ela adquira uma trajetória diagonal a linha lateral da quadra, de forma aberta;7.Mesma formação anterior. Só que os atacantes vão cortar a bola na diagonal, de forma fechada;8.Cortada de frente a partir da zona 4 para a metade direita da quadra, com um levantamento saindo da zona 3;9.Atacar em zonas determinadas. Entrada, meio e saída;10.Dois a dois, na zona de ataque; um levanta a bola e o outro corta em direção a quadra adversária na diagonal;11.Mesma formação. Porém, corta na paralela;12.Dois a dois, separados pela rede; uma na zona de defesa, passa de toque para o outro que está na zona de ataque. Este executa a cortada dirigindo-a para a posição de entrada;13.Dois a dois,, defrontando-se, estando cada um em cima da linha lateral. Jogador A joga a bola para B que corta para o chão;14.Duas colunas. Uma de atacantes, outra de levantadores do mesmo lado da quadra. Ao chegar na linha da zona, o atacante lança a bola para a outra coluna que faz o levantamento e o atacante executa a cortada dirigindo-a a quadra adversária, paralelamente;15.Levantador levanta bolas, ora perto, ora longe da rede, sem avisar o atacante. Este deverá cortar a bola, dando-a uma trajetória diagonal;

28. CIRCUITO TÉCN ICO DO ATAQUE:

28.1.CIRCUITO TÉCNICO COM 10 ESTAÇÕES, COM MATERIAL, PARA DOIS ALUNOS EM CADA, TEMPO DE UM MINUTO, NÍVEL INICIANTE:1.Dois a dois, um lança a bola e o outro bate em direção ao chão;2.Um colega segura a bola bem acima da cabeça. O outro se desloca, sobre no plinto, salta e bate na bola;3.Um aluno próximo a rede segurando a bola com uma mão. O atacante desloca-se, prepara-se e bate na bola em direção a quadra adversária;4.Lançando a bola para cima e cortando para o colega da frente, a bola deverá chegar na altura do ombro do companheiro;5.Lançando a bola para cima e cortar na direção dos pés de colega;6.Dois a dois, um arremessa a bola no chão com força, o outro deverá segurar o mais alto possível com as duas mãos, saltando com os dois pés juntos;7.Fazer o mesmo com a rede entre os dois e um dos alunos subindo e cortando a bola;8.Jogador A levanta a bola para o alto; jogador B corta em direção a parede;9.Cortada de frente de uma bola lançada pelo companheiro;10;Um levanta a bola e o outro corta em direção a um colchão distante uns seis metros;

28.2. ORGANOGRAMA COM A DISTRIBUIÇÃO DE CADA ESTAÇÃO:

29. INTRODUÇÃO: “O FENÔMENO ESPORTE COMO FATOR EDUCACIONAL” O esporte, como fator educacional, deve propiciar a relação entre parceiros e grupos(interação social) e nestas relações é possível observar a diversidade de comportamento das crianças diante da vitória e diante de possíveis derrotas. É o processo de desenvolvimento social. Neste processo, a criança desenvolve opiniões, reexamina seus conceitos e, às vezes, entra em conflito com seus colegas. A prática esportiva gera direitos e deveres e exige identificação com seu grupo. O esporte é a melhor forma de conduzir a criança a atividade, a auto-expressão, ao conhecimento e a socialização.

29.1. COMO SE PROCESSA NA ESCOLA: A Escola é o lugar onde mais se evidencia o esporte como fator educacional porque é nela que acontece a iniciação esportiva do aluno. Ela oportuniza um ambiente de liberdade, permite a livre expressão dos alunos de modo que eles tenham equilíbrio emocional e mental, ao mesmo tempo em que estabelece regras para identificar normas que devem ser seguidas durante a prática de uma modalidade. As regras esportivas permitem que o aluno perceba que tem limites, direitos e deveres. Caso não as cumpra é excluído do jogo e mais tarde da sociedade. O esporte tem valor educacional porque constrói a socialização, desenvolvendo no educando a construção de valores como respeito, colaboração, cooperação e solidariedade. Desenvolve a personalidade e a formação integral do aluno preparando-o para o exercício da cidadania. A partir do esporte, o aluno passa a entender a importância das relações sociais, do cumprimento de determinadas normas e o significado das vitórias e derrotas(já que há uma certa competição entre eles), como fator de crescimento pessoal e social.

29.2. ASPECTOS EDUCACIONAIS QUE O PROFESSOR FOCALIZA NO ENSINO DO ESPORTE: No ensino de qualquer modalidade esportiva, o professor deve procurar:

desenvolver a afetividade – aperfeiçoamento das relações interpessoais entre os alunos(um ajuda o outro nas situações de dificuldade);

desenvolver a socialização – proporcionando a interação dos alunos, principalmente quando há pouca cooperação:

desenvolver aspectos físicos – como a motricidade, a coordenação espaço-temporal, a força muscular e a resistência;

ressaltar a importância de valores humanos como respeito, responsabilidade, solidariedade, amizade, companheirismo:

mostrar a importância da imposição de regras no desenvolvimento da personalidade do educando evidenciando que ele possui um limite de ação;

oportunizar ao aluno a liberdade de escolha e de expressão; formar personalidade emocionalmente equilibrada, dando ênfase as necessidades básicas da

criança como afeto, carinho, solidariedade, confiança; adquirir e formar hábitos de higiene; mostrar ao aluno que ele precisa aceitar regras de convívio;

29.3. O TÉCNICO EDUCA DURANTE O SEU TRABALHO NA ESCOLA?

O técnico é ao mesmo tempo um educador. Além de fonte transmissora de conhecimentos sobre a prática esportiva, ele também é formador de opiniões e atitudes. Seja qual for o objetivo do trabalho, o papel do técnico é de fundamental importância porque ele tem caráter disciplinador. Ele estabelece exigências que muito vão contribuir no crescimento pessoal e social do aluno(crianças gostam da imposição de limites porque assim tem conhecimento de que estão sendo observadas por alguém e isso proporciona segurança e auto-estima). Na Escola, o técnico tem função de educar, de formar valores, de desenvolver o lado psicológico dos alunos, a sua socialização, pois somente ele, pelo fato de ser o professor de Educação Física, tem maior aceitação no meio escolar, tem mais chances de chegar no lado humano do aluno, pois entre eles há maior reciprocidade, formando não apenas um atleta, mas um aluno crítico, responsável, que ao mesmo tempo, desenvolva o gosto pelo esporte.

29.4. VITÓRIA X EDUCAÇÃO – É POSSÍVEL? COMO? QUANDO? A relação vitória / educação é perfeitamente possível desde que o professor não estimule a obtenção de melhor rendimento como prioridade, caso contrário estará fugindo de seu papel que é educar. A competição entre os alunos torna o jogo mais atraente e mais estimulador. De uma certa forma produz, no aluno, a necessidade pessoal de aperfeiçoamento. A conquista de vitórias, entretanto, não deve ser imposta pelo professor. Este deve indicar e mostrar caminhos para o aperfeiçoamento da prática, sem exclusão dos alunos com menor aptidão para o esporte. Só assim, ele estará contribuindo para o desenvolvimento do processo educacional. Essa relação pode ser desenvolvida na fase da iniciação desde que o professor combine atividades que tenham significado para os alunos, uma vez que estas só Terão valor educativo se a finalidade estiver identificada com a sua realidade, integrando-o com o ambiente escolar. O professor, neste sentido, deve buscar o respeito as características e limitações individuais propondo situações em diversos graus de dificuldade para evitar possíveis frustrações no grupo que vai aumentar seu desempenho progressivamente à medida que os alunos sentir-se-ão habilitados.

29.5. OS EXCLUÍDOS...

O esporte forma excluídos quando volta-se ao rendimento que tem como objetivo a obtenção de resultados, a formação de atletas, onde predomina a seletividade e onde, obviamente, vencem os melhores. Na Escola, também pode haver exclusão por parte do professor de Educação Física e colegas, dependendo da maneira como é conduzida a dinâmica da prática esportiva(formar uma equipe, mesmo numa atividade recreativa, escolhendo aqueles que tem melhor rendimento e os de menor aptidão ficam na outra equipe ou simplesmente não são escolhidos).

29.6. O ESPORTE É EXCLUDENTE? JUSTIFIQUE: A atividade esportiva nem sempre é excludente. Tudo depende de seu objetivo já que identificam-se três áreas: o esporte rendimento, o esporte escolar e o esporte recreativo. O esporte de rendimento forma campeões, busca performance e, consequentemente, descarta alunos de menor habilidade. O esporte escolar, da maneira como vem sendo desenvolvido é, de certa forma, excludente. A maioria dos professor estão formando atletas, com tendências elitistas e, por conseguinte, com alto grau de deformação social, fato que evidencia que o profissional está desviando seu papel no processo ensino-aprendizagem, uma vez que não proporciona desenvolvimento social, afetivo e intelectual, embora a função do esporte escolar não seja a de exclusão. O esporte recreativo oportuniza a participação de qualquer pessoa independente do nível que possui, não há frustração nem derrotas porque o objetivo da atividade é a promoção do bem estar e a melhoria da qualidade de vida. Vitória ou derrota são expressões que não fazem parte do vocabulário de quem pratica esporte lazer. A atividade lúdica busca o prazer através da prática, a integração social e uma oportunidade de recreação ou lazer, certamente a única opção não excludente.

30. QUINTO FUNDAMENTO: A DEFESA

30.1. CONCEITO:

É o conjunto de movimentos que tem por objetivo interceptar a bola vinda do ataque adversário que ultrapassa o bloqueio. Exige concentração, agilidade, velocidade de ação e reação e coragem. Significa tentar de qualquer maneira não deixar a bola vinda do ataque adversário cair e, se possível, deixá-la em condições para o contra-ataque.

30.1.1. SUA IMPORTÂNCIA PARA O VOLEIBOL ATUAL:

Na prática do voleibol, a defesa é um fundamento muito importante porque consiste na ação de recuperar as bolas vindas do ataque adversário e porque cria condições de realizar o contra-ataque.

30.1.2. TIPOS – CONCEITOS E DETALHES DE CADA UM E QUANDO SÃO USADOS: a)defesa de manchete – impede que a bola cortada vá de encontro ao solo. É o tipo de defesa mais usada, devido a força e velocidade do ataque adversário(saque e cortada). Pode ser parado, em movimento e com quedas.* Parado ou em movimento – a manchete pode ser executada com o jogador parado ou em deslocamento acompanhando a trajetória da bola.* Com quedas – é empregada para defender as bolas que ficam muito perto do corpo; b)defesa com os braços – a defesa com os braços aumenta o raio de ação da defesa do campo. Desta maneira, as bolas podem ser defendidas numa extensão maior. Pode ser:* com as mãos espalmadas – a bola é interceptada com a palma das mãos;* com toque de bola – a bola é recuperada com um toque. Normalmente usa-se este tipo de defesa quando o ataque não é violento(sem força e velocidade);* com quedas ou sem quedas – a queda depende da trajetória e direção da bola: c)defesa com os pés – pode ser realizado parado ou em movimento quando o ataque adversário está direcionado ao chão. d)Quedas – é a técnica especial de cair com segurança sem danos, que permite a concentração do atleta na execução do passo ou defesa. A antecipação, o deslocamento rápido e o equilíbrio contribuirão para evitar o esforço e imprimir uma direção definida de uma boa altura para a bola de modo a continua o “rally” do jogo. Podem ser feitas através de rolamentos e mergulho.* Rolamento – fundamento usado para a recuperação de bolas fora do alcance da manchete, principalmente para os lados, o que permite o atleta cobrir uma boa distância rapidamente e ainda estar pronto para novamente participar do jogo. Pode ser feito de costas, lateral e frontal.* Mergulho – também visa recuperar bolas distantes, geralmente a frente do atleta. Para as meninas, sugere-se uma variação do mergulho: o peixinho, com a mesma técnica, porém, com ângulo de queda menos acentuado para que o amortecimento e o deslize do corpo no solo se faça sobre o abdômen e não sobre os seios.

30.1.3. POSIÇÃO FUNDAMENTAL USADA:

Para realizar a defesa, o jogador deverá estar na posição fundamental média, com tronco inclinado para a frente, pernas flexionadas, centro de gravidade baixo, calcanhares elevados, braços semi-flexionados e acima da cabeça(no caso de defesa com as mãos) e abaixo da linha da cintura(no caso de defesa com manchete e com quedas) e sempre posicionado de frente para o atacante.

30.1.4. DESCRIÇÃO DO GESTO DE CADA TIPO:

a)defesa de manchete – parte-se da posição fundamental média. No momento da defesa abola deve estar acima dos joelhos e dentro do triângulo formado entre ele e a pelve. Os membros inferiores ligeiramente flexionados e separados com um dos pé mais a frente que o outro e o tronco voltado a direção da bola e um pouco inclinado a frente. Os antebraços devem ser colocados paralelamente um ao outro e estendidos, as mãos unidas, acopladas pela união dos polegares. O impacto na bola em relação ao corpo deverá ser abaixo da linha da cintura e feito na altura dos punhos.

b)defesa com os braços – utilizado com grande eficiência nas bolas médias e altas, dependendo do trabalho de pernas para melhor se colocar em condições de execução. Em

posição de expectativa, braços semi-flexionados a frente do corpo, mãos na altura do rosto, palmas voltadas para a frente e para cima, dedos abertos e firmes, o jogador tocará a bola de baixo para cima com todos os dedos, pela extremidade interna, dando-lhe uma trajetória segura que resulta na coordenação perfeita dos movimentos de extensão dos pés, pernas, tronco, braços, punhos e dedos. A variação da defesa com os braços(mãos espalmadas, toque por cima, com queda ou sem queda) está condicionada a altura, velocidade e trajetória que se quer dar e a distância a que será enviada a bola.

c)defesa com os pés – utilizado nas bolas baixas que vão em direção ao solo. O tronco deve estar ligeiramente inclinado a frente, braços semi-flexionados, posição de expectativa. O jogador procurará tocar a bola de baixo para cima com os pé, executando um trabalho de flexão e extensão das pernas.

d)defesa com queda – pode ser com rolamento e com mergulho.

Com rolamento – o jogador abaixa o centro de gravidade e prolonga o ponto de apoio até onde puder, ao mesmo tempo em que estende o braço em direção a bola, faz o rolamento, defende a bola para cima e amortece a queda com rolamento dorsal e volta a posição inicial.

Com mergulho – em posição de expectativa, ao perceber a necessidade de recuperação da bola a distância, o jogador mergulhará em profundidade, na direção do local onde ela deverá cair, corpo em posição horizontal e golpe aplicado a bola de baixo para cima. A bola poderá ser defendida de manchete ou com um dos braços, com maior profundidade, manejo e possibilidade de apoio antecipado da outra mão que inicia a base do amortecimento. Este se dá pelo apoio das mãos no solo, flexão dos braços e rolamento sobre o tórax; posteriormente pelo abdômen, coxas, pernas afastadas e os pés voltados para fora. O jogador desliza para a frente, se o solo permitir, com a cabeça erguida e olhar para o lado.

30.2. PROCESSO METODOLÓGICO DO ENSINO PASSO A PASSO DE CADA TIPO :

a)defesa com manchete :1.Pernas semi-flexionadas, afastadas lateralmente em um distanciamento semelhante a largura dos ombros e um pé ligeiramente a frente do outro;2.Os braços deverão estar estendidos e unidos a frente do corpo;3.Os dedos unidos de uma mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares estendidos possam se tocar paralelamente;4.Usa-se a posição fundamental média;5.No momento do ataque a bola, as pernas deverão estar estendidas e o peso do corpo é transferido para a perna da frente e os braços permanecem sem movimento.6.O impacto da bola se dá no antebraço e isso será facilitado se os punhos estiverem bem estendidos em direção ao solo.7.Ao término do movimento, os braços devem permanecer estendidos até o impacto na bola e as pernas estarão estendidas;

b)defesa com os braços:1.Na entrada sob a bola as pernas e braços devem estar semi-flexionadas, com a bola acima da cabeça; as pernas devem estar também com um afastamento lateral da largura aproximada dos ombros e um pé ligeiramente a frente do outro;2.Tronco ligeiramente inclinado para a frente;

3.Posição fundamental média;4.Os braços estarão semi-flexionados, de modo a posicionar os cotovelos, um pouco acima da altura dos ombros, lateralmente em relação ao tronco;5.As mãos devem estar com os dedos quase que totalmente estendidos, mas de uma forma arredondada(como uma concha) para melhor acomodar a curvatura da bola;6.Os dedos polegares e indicadores formarão a figura aproximada de um triângulo(para o caso de toque de bola);7.No instante do que a bola todo o corpo participa. O contato será com a parte interna dos dedos, com uma pequena flexão dos punhos;8.Os braços e as pernas deverão se estender para provocar uma transferência do peso do corpo sobre a perna de trás para a frente;9.Ao final do movimento o corpo deverá estar todo estendido;OBS: No caso de espalmar a bola, bate-se sobre ela como se tivesse dando um tapa sobre ela.

c)defesa com os pés:

1. O movimento é realizado com flexão e extensão das pernas, com ou sem deslocamento, dependendo da trajetória da bola;

d)defesa com quedas: Com rolamento: 1.Após um deslocamento lateral, o jogador rola lateralmente, defende a bola com uma das mãos ou com manchete, toca a parte lateral do tronco, os quadris, rola sobre o tronco e volta a posição inicial;

Com mergulho:1.Após um deslocamento, o jogador se apóia sobre uma perna semi-flexionada e mergulha em direção a bola. Ela pode ser recuperada com as costas da mão, com a parte interna da mão fechada, através de uma flexão de punho para cima e até de manchete:2.Uma vez tocada a bola, o atleta amortece a queda através de uma flexão dos braços e com o contato progressivo do peito e do peso do corpo no solo faz uma puxada das mãos para trás para que o corpo deslize no solo.3.Para evitar acidentes,, antes de amortecer a queda, logo após tocar a bola, o atleta deve flexionar os joelhos e elevar o queixo para que ele não se choque contra o solo:

30.2.1.OS DETALHES(CUIDADOS):

Para facilitar a defesa o jogador deve Ter alguns cuidados: movimentar-se na defesa com as pernas descontraídas e esforçar-se para defender as bolas

perto do corpo com os dois braços; no momento da cortada deve-se tomar a posição baixa de defesa, facilitando a defesa de

cortadas fortes; é preciso defender a bola para o meio do campo, dirigindo-a para o companheiro; nunca dar uma bola como perdida antes que ela tenha tocado o solo. Elas podem ser salvas

através de uma ação corporal correta; controlar a posição correta dos braços e mãos; colocar-se rapidamente atrás da bola; observar a formação do ataque adversário e correr para a posição de defesa prevista;

no momento do ataque deve-se tomar a posição semi-flexionada, com as pernas abertas(posicão de defesa). Braços descontraídos e estendidos a frente;

30.2.2. OS ERROS MAIS COMUNS:

a)defesa de manchete:1.Flexionar os braços;2.Não flexionar as pernas;3.Tocar as mãos na bola;4.Bater na bola acima da linha da cintura:5.contato com a bola ser feito com os braços e não com o punho;6.Não se colocar atrás da bola;

b)defesa com as mãos:

1.Não entrar debaixo da bola;2.Não coordenar movimento de braços e pernas;3.Posicionamento incorreto das mãos;4.Posicionamento incorreto dos cotovelos;5.Falta de força para enviar a bola;

c)defesa com os pés:1.Não inclinas o tronco;2.Não flexionar as pernas;3.Não estender as pernas;4.Usar o pé que não seja dominante;5.Não efetuar deslocamento, se necessário:6.Errar a direção da bola e chutar no ar;

d)Defesa com quedas:

Com rolamento:1.Flexionar o braço que rebate a bola;2.Rolar sobre o ombro contrário;

Com mergulho:1.Não estender o tronco e não elevar o queixo no momento do contato do corpo com o solo. É comum o impacto do queixo com o solo;2.Não realizar a puxada do corpo com os braços, após o amortecimento, o que pode lesionar os punhos;3.Não flexionar os joelhos, o que causa impacto da rótula contra o solo;4.Não amortecer a queda com os braços;5.Receio em realizar o movimento;

30.2.3. EXERCÍCIOS PARA CORREÇÃO:

a)defesa de manchete:

1.Exercitar a posição de defesa em movimento, sem a bola;

2.A turma fica parada no lado de fora da quadra, numa coluna. O professor, com algumas bolas, chama o primeiro aluno, o qual deverá ficar na posição de manchete e, ao sinal, o aluno irá defender uma série de bolas sem parar;3.O professor fica de um lado da rede com uma bola na mão e a turma numa coluna do outro lado. O primeiro aluno toma a posição de manchete e, ao sinal do professor, ele avança para receber a bola antes que caia no chão;4.O aluno deverá controlar a bola(passes sucessivos para cima). Ele deverá atacar a bola na altura dos joelhos;5.O aluno em posição de manchete bem próximo da rede, de frente para a mesma, deverá rebater uma bola lançada bem baixa, devolvendo-a por baixo da rede;6.Partindo e voltando sempre do mesmo lugar, o aluno deverá se deslocar e realizar manchetes(alternadamente) em diferentes bolas sustentadas por vários companheiros em distâncias variadas;7.Iniciando o movimento sentados numa cadeira, os alunos rebaterão uma bola lançada a sua frente realizando a manchete e terminando o movimento em pé;

b)Defesa com os braços:1.Dois a dois – um aluno lança a bola em várias direções e outro realiza deslocamentos, entra sob a bola, em posição de expectativa e segura a bola na posição inicial de toque;2.O aluno controlará a bola(toques consecutivos para cima), de 4 a 6 vezes, estando dentro de um círculo de aproximadamente 1,5 metros de diâmetro desenhado a giz no chão;3.Um aluno sentado, de pernas afastadas, segurará uma bola sobre sua cabeça, com o posicionamento inicial de mãos e braços do toque corretos e realizará extensões e flexões dos braços para cima e para baixo;4.Dar toques numa parede numa área delimitada com giz;5.Um aluno corta bolas altas para o outro espalmar;6.Um aluno corta uma vez para a esquerda e outra para a direita. O outro defende espalmando.7.O professor com algumas bolas coloca a turma numa coluna no fundo da quadra e a frente dela uma cadeira. Ao sinal, o primeiro aluno vai para o lado esquerdo e volta para a direita defendendo novamente;

c)defesa com os pés:1.O professor em cima de uma mesa, com algumas bolas, coloca a turma numa coluna. Ao sinal, o primeiro aluno se desloca a direita, onde será jogada a primeira bola; depois desloca-se a esquerda, onde será jogada a Segunda bola;2.O aluno contorna obstáculos e o professor corta exatamente quando este contornar o último obstáculo;3.Dois a dois defrontando-se. A corta e B defende, avançando para receber a bola;4.Coluna de jogadores na posição 5; um jogador cortará bolas dirigidas a posição 6; jogador desloca-se e defende com os pés;5.A executa um toque em direção ao chão e B defende com os pés;

d)defesa com queda:

Com rolamento:1.Executar o rolamento sobre o colchonete, sendo que no instante da queda, o professor segura a mão do aluno que golpearia a bola, estendendo seu braço;2.Executar o mesmo exercício anterior, fazendo com que o aluno deite a cabeça sobre o braço que pega a bola e olhe sempre em direção a mão;3.Executar rolamentos sem bola em várias direções;

4.Aluno em posição de expectativa, no centro da quadra, no fundo, professor na rede, de costas para a mesma, lançar a bola ou para a esquerda ou para a direita, a fim de que o aluno a recupere e a jogue para o alto;5.Lançar uma bola para que o aluno recupere em rolamento e logo a seguir, lançar uma bola em sua direção para que o aluno a defenda;

Com mergulho:1.Estando em decúbito ventral e pernas semi-flexionadas, realizar puxadas do corpo com ambas as mãos, de forma a permitir um deslize com projeção do corpo para a frente;2.Realizar o mergulho com um colega segurando o pé que não será utilizado para o impulso final, para auxiliar na flexão de pernas;3.Dois a dois, carrinho de mão, com sobre-apoio das mãos e auxílio do colega;4.Executar o mergulho várias vezes sem a bola;5.Executar o mergulho com bolas lançadas pelo colega:

30.2.4. DESENHOS DE CADA TIPO:

30.3.EXERCÍCIOS:

30.3.1.QUARENTA EXERCÍCIOS DE DEFESA:1.Em uma coluna, a turma fica parada na frente de um colega; o primeiro aluno na posição de expectativa de manchete, fica olhando para o colega que, com a bola na mão, joga para o aluno, fazendo com que ele pratique a defesa e assim sucessivamente;2.O professor fica de um lado da rede com uma bola na mão e a turma numa coluna do outro lado. O primeiro aluno toma a posição de manchete e ao sinal do professor, ele avança para receber a bola antes que ela caia no chão;3.Dois a dois – A corta em B que defende com manchete;4.Mesma formação do exercício anterior, com o jogador B tendo que se deslocar a frente para defender com manchete a cortada de A;5.Agora jogador A corta, ora a direita, ora a esquerda de B que defende com manchete;6.Dois contra um: B corta em A que defende. Em seguida C corta também em A que defende com manchete;7.Três jogadores, sendo C o defensor; A corta em C que defende com manchete e vira-se imediatamente para B que ataca; C defende de manchete e vira-se para A;8.Um contra dois. Jogador A corta em B, depois em C, que defende com a mão espalmada;9.Três a três em triângulo. Jogador A corta em B que defende para C. Este levanta para A;

10.Mesma formação e filosofia do exercício anterior. Porém, jogador C desloca-se para lá e para cá, ora para o ataque de B, ora para o ataque de A;11.Coluna de jogadores na posição 1. Técnico na posição 4, ataca em A que defende para a zona de levantamento, corre atrás da bola, deixa-a quicar no chão, entra embaixo dela e faz o passe ao técnico;12.Técnico lança uma bola para o jogador A que se desloca e levanta para B; este corta em A que defende comas mãos espalmadas;13.Coluna de jogadores na posição 5. Técnico cortará bolas dirigindo-as a posição 6; jogador desloca-se e defende com as mãos espalmadas de frente para o técnico;14.Jogador corre a frente e defende com as mãos espalmadas a cortada do colega; volta e toca a mão na linha de fundo, vai a frente, novamente, e defende com manchete outra cortada;15.Dois a dois, defrontando-se; A corta e B defende com os pés, avançando para receber a bola;16.O aluno contorna obstáculos e o colega corta exatamente quando este contornar o último obstáculo, defendendo com os pés;17.Jogador em frente a parede defenderá com os pés, bola rebatida contra ela;18.Defesa com os pés, a direita e a esquerda, após ataque de um jogador próximo a rede;19.Aluno A no campo contrário lança bolas sobre a rede, onde jogador B, partindo da posição 6, as defende com os pés;20.Aluno em cima de uma cadeira no centro da rede, cortará bolas em três jogadores colocados na zona de defesa; estes vão defender com os pés;21.Dois a dois, defrontando-se; A corta e B defende realizando rolamento lateral, ora com ataques a direita, ora a esquerda;22.Aluno A corta na rede e o jogador B recupera essa bola com rolamento lateral;23.Após um grande deslocamento, defender e rolar;24.Jogador A defende a cortada do aluno B. Em seguida recupera, com rolamento lateral, a bola devolvida pela rede;25.Quatro jogadores cortam bola para o outro lado da rede. Os quatro jogadores posicionados no outro lado da rede defendem com rolamento lateral.26.Dois atacantes em cima de uma cadeira, uma de cada lado, tendo o defensor entre eles. Jogador A corta, B defende através de rolamento lateral e vira-se para C que ataca para nova defesa do jogador B;27.Três jogadores, sendo que o do meio somente defende com rolamento dorsal, ataques vindos da direita e da esquerda;28.Dois a dois, um aluno lança a bola e outro defende com rolamento dorsal;29.O professor fica de um lado da rede com uma bola na mão e a turma numa coluna do outro lado da rede. O primeiro aluno toma a posição de manchete e ao sinal do professor ele faz rolamento dorsal para receber a bola antes que caia no chão;30.Coluna de jogadores na posição 1. Um jogador na posição 4 ataca nos outros que defenderão através de rolamento lateral para a zona de levantamento, corre atrás da bola, deixa-a quicar no chão, entra embaixo dela e faz o passe ao técnico;31.Jogador defende a cortada do técnico com rolamento dorsal, em seguida, recupera a bola devolvida pela rede;32.Jogadores deslocam-se até a linha de ataque com rolamento dorsal para defender a cortada do colega executada do outro lado da rede;33.Dois a dois, A e B confrontando-se. Depois da defesa de manchete o jogador que cortou pinga a bola para o outro receber de mergulho;34.O professor, com algumas bolas, coloca a turma em três colunas no fundo da quadra nas posições 5,6 e 1. Ao sinal, os três primeiros de cada coluna, avançam realizando a defesa; em seguida, todos vão para o final de suas respectivas colunas, dando lugar para os seguintes;35.Jogador A,B e C defendem cortadas, com mergulho, de ataques vindos das posições 2 e 4;

36.Técnico em cima de uma mesa corta A que defende por mergulho para B que levanta para o ataque de C;37.Técnico joga a bola em cima de um colchão e o jogador a defende através de mergulho;38.Uma coluna de alunos no fundo da quadra. O professor cortará bolas e cada um defenderá por mergulho apenas uma bola;39.Dois colchões colocados obliquamente, perto do outro e um jogador de frente a eles. Professor finge que joga a bola num, mas joga-a no outro colchão e o jogador deve defendê-la com mergulho;40.Técnico no campo contrário lança bolas por sobre a rede, onde o jogador, partindo da posição 6 as defende com mergulho;

31. CIRCUITO TÉCNICO:

31.1. CIRCUITO TÉCNICO COM 10 ESTAÇÕES, COM MATERIAL, PARA DOIS ALUNOS EM CADA UMA, TEMPO DE UM MINUTO, NÍVEL INICIANTE:1.Dois a dois; um controla a primeira bola(em toque) e bate a Segunda a frente do defensor. Este, partindo da posição de expectativa se desloca para a frente, defende e retorna a posição inicial;2.Um aluno ataca, ora para a direita ora para a esquerda. O outro defende com os pés;3.Dois a dois, ataque e defesa- quem ataca, levanta para o defensor atacar e quem defende passa para o atacante levantar;4.Dois a dois, separados pela rede. A lança a bola para B que ataca; A defende e devolve de manchete. B termina o exercício executando bloqueio;5.Um aluno corta contra a parede. O outro próximo a ele defende e devolve de manchete;6.Um aluno saca por cima e outro defende com manchete;7.Dois a dois. A corta em B que defende procurando encestá-la;8.Um aluno em cima de um banco cortará bolas na diagonal para que o colega execute a defesa;9.Um jogador se coloca junto a linha de ataque e outro na linha de fundo. Um corta e outro defende alternadamente com deslocamento para frente e para trás;10.Dois a dois, separados pela rede; um corta e o outro defende com manchete(em deslocamento);

31.2.ORGANOGRAMA COM A DISTRIBUIÇÃO DE CADA ESTAÇÃO NA QUADRA:

32.O ESPORTE, A CULTURA E A ESCOLA:

32.1. ABORDAGEM INDIVIDUAL ENQUANTO EDUCAÇÃO: Com um caráter predominantemente utilitário ou lúdico, o esporte na escola visa combinar o aumento da eficiência dos movimentos corporais com a busca da satisfação e do prazer na sua execução. A prática esportiva favorece o desenvolvimento da cultura que inicia na concepção do indivíduo e que é aperfeiçoada quando ele entra na escola. É nela que o aluno constrói a sua educação. Os conhecimentos sobre o corpo, seu processo de crescimento e desenvolvimento são construídos com o desenvolvimento de práticas corporais ao mesmo tempo em que dão subsídios para a construção de relações interpessoais possibilitando ao aluno a análise crítica de determinados valores. Aprender a movimentar-se através do esporte implica planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos que devem ser favorecidos e considerados no processo de ensino-aprendizagem do esporte enquanto educação. E embora a ação e a compreensão sejam um processo indissociável, em muitos casos a ação se processa em frações de segundo, parecendo imperceptível, ao próprio sujeito, que houve processamento mental. É fundamental que as situações de ensino e aprendizagem incluam instrumentos de registro, reflexão e discussão sobre as experiências corporais, estratégicas e grupais que as práticas da cultura corporal oferecem ao aluno.

32.2. ABORDAGEM ESPORTE E CULTURA: Desde suas origens, o homem produziu cultura. Sua história é uma história de cultura, na medida em que tudo que faz está inserido num contexto cultural. A cultura é produto da coletividade a qual os indivíduos pertencem. O esporte, com suas características lúdicas, é uma das produções da cultura corporal. Assim, os esportes hoje contemplam múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento. Entre eles, se consideram fundamentais as

atividades culturais de movimento com finalidade de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções e com possibilidade de promoção, recuperação e manutenção da saúde. Trata-se, então, de localizar nos esportes seus benefícios fisiológicos e psicológicos e sua possibilidade de utilização como instrumento de comunicação, expressão, lazer e cultura, e formular, a partir daí, as propostas para o esporte escolar.

32.3. ABORDAGEM ESPORTE X ESCOLA: O esporte escolar pode sistematizar situações de ensino e aprendizagem que garantam aos alunos o acesso a conhecimentos práticos e conceituais. É fundamental que se faça uma distinção entre os objetivos do esporte escolar e os objetivos do esporte de rendimento, pois, embora seja uma referência, o profissionalismo não pode ser a meta almejada pela escola. A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. Independente de qual seja o conteúdo escolhido, os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões(cognitiva, corporal, afetiva, ética, de relação interpessoal e inserção social). É da tarefa da Educação Física escolar, portanto, garantir o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de exercê-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las criticamente.

32.4. CAMINHOS CRUZADOS OU PARALELOS? Escola, educação e esporte são expressões que seguem o mesmo caminho porque na verdade possuem um objetivo em comum: formar integralmente o indivíduo. É através desse trinômio que o aluno constrói a socialização, o desenvolvimento equilibrado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, na busca do conhecimento e no exercício da cidadania. Entretanto, as características individuais e as vivências anteriores do aluno ao deparar com cada situação constituem o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem das práticas da cultura corporal. As formas de compreender e relacionar-se com o próprio corpo, com o espaço e os objetos, com os outros, a presença de deficiências físicas e perceptivas, configuram um aluno real e não virtual, um indivíduo com características próprias, que pode ter mais facilidade para aprender uma ou outra coisa, Ter medo disso ou vergonha daquilo ou ainda julgar-se capaz de realizar algo que, na realidade, ainda não é. Deparar com suas potencialidades e limitações para buscar desenvolvê-las é parte integrante do processo de aprendizagem das práticas da cultura corporal e envolve sempre um certo risco para o aluno, pois o êxito gera um sentimento de satisfação e competência, mas experiências sucessivas de fracasso e frustração acabam por gerar uma sensação de impotência que, num limite extremo, inviabiliza a aprendizagem esportiva.

Por isso, as situações de ensino e aprendizagem contemplam as possibilidades do aluno arriscar, vacilar, decidir, simular e errar, sem que isso implique algum tipo de humilhação ou constrangimento. A valorização no investimento que o indivíduo faz contribui para a construção de uma postura positiva em relação a pesquisa corporal, mesmo porque, a rigor, não existe um gesto certo ou errado e sim um gesto mais ou menos adequado a cada contexto.

32.5. CONTRIBUIÇÕES PARA O JOVEM:

O esporte escolar é uma fonte de cultura para o jovem. Por isso exerce fundamental importância por que permite ao indivíduo a construção do seu conhecimento, capacitando-o a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e adequada. Nas atividades esportivas, as competências individuais se evidenciam, e cabe ao professor organizá-las de modo a democratizar as oportunidades de aprendizagem. É comum acontecer nos esportes que as crianças mais hábeis monopolizem as situações de ataque, restando aos menos hábeis os papéis de defesa ou mesmo a exclusão. O professor deve intervir diretamente nessas situações, promovendo formas de rodízio desses papéis, criando regras neste sentido. Daí a importância do voleibol para o crescimento pessoal do aluno porque todos passam pelas mesmas posições, independente da habilidade(pelo menos é para ser assim). Cabe ainda ao professor localizar quais as competências corporais em que alguns alunos apresentem dificuldades e promover atividades em possam avançar. É utópico pretender que todos os avanços de aprendizagem sejam homogêneos e simultâneos entre os alunos, uma vez que a diversidade traduz uma realidade de histórias de vivências corporais, interesses, oportunidades de aprimoramento fora da escola e o convívio em ambientes físicos diferenciados. A aula de Educação Física para alcançar todos os alunos, deve tirar proveito dessas diferenças ao invés de configurá-las como desigualdades. A pluralidade de ações pedagógicas pressupõe que o que torna os alunos iguais é justamente a capacidade de se expressarem de forma diferente.

33.SEXTO FUNDAMENTO: O BLOQUEIO:

33.1.CONCEITO:

É um fundamento de ação defensiva que tem por objetivo interceptar a bola vinda da quadra adversária, atacada acima da borda superior da rede por um ou mais jogadores de ataque. É a forma através da qual a equipe tenta impedir que a cortada da equipe adversária obtenha êxito. Forma-se uma barreira próxima e acima da rede contra o ataque adversário. Requer treinamento porque exige muita coordenação. Constitui forte arma de jogo. Surgiu como um meio de defesa contra as cortadas fortes.

33.1.1. SUA IMPORTÂNCIA PARA O VOLEIBOL ATUAL:

O bloqueio é de fundamental importância porque é considerado a base de toda a defesa e o ponto de partida para o sistema defensivo. Ele intercepta a bola vinda da quadra adversária, reduz as áreas de ataque e dificulta a ação dos atacantes. É fundamento de ataque quando faz o ponto direto e é fundamento de defesa quando prepara a bola para um contra-ataque. É importante também porque a bola bem bloqueada cai diretamente no solo, neutraliza a violência ou facilita o contra-ataque.

33.1.2. TIPOS DE BLOQUEIO:a)quanto a ação: pode ser ofensivo ou defensivo.b)quanto ao número de participantes: pode ser simples, duplo ou triplo.

33.1.3. CONCEITOS E DETALHES DE CADA UM: a)Bloqueio ofensivo - é realizado por bloqueadores com capacidade de alcance mais elevada que o cortador. Pode ser com ou sem invasão. No ofensivo com invasão, bloqueia-se sobre a bola. O bloqueador salta antes do cortador e invade, bloqueando sobre a bola, no instante em que ela vai ser cortada. Se a bola não for bloqueada no mesmo instante, pelo menos é retida antes de passar a rede. No ofensivo sem invasão, bloqueia-se a bola fechando com os braços a zona de trajetória dela: mãos estendidas ou flexionadas, fechando para o centro.

b)Bloqueio defensivo – visa impedir que o atacante adversário corte bolas junto a rede, o que também protege uma área referencial. A intenção é apenas diminuir a violência da bola. As mãos se armam, com as palmas voltadas para cima, onde a bola baterá procurando deixá-la no próprio campo e possibilitando o contra-ataque.

c)Bloqueio simples – é menos ofensivo porque é realizado apenas por um atleta. Normalmente, o jogador se preocupa em tocar a bola para impedir o sucesso da cortada sem preocupações de ordem tática.

d)Bloqueio duplo – é executado por dois atletas. Um jogador marca a bola cortada para frente e outro protege a bola que vai na direção diagonal. Recomenda-se que o jogador que já ocupa a posição onde vai ser realizado o ataque dê o posicionamento(marcação) do bloqueio servindo de referência para aquele que se desloca. O atleta marca a bola batida na paralela e o que se desloca fecha a diagonal.

e)Bloqueio triplo – executado por três atletas. O bloqueador do meio, primeiro salta na frente da bola e os bloqueadores das pontas juntam-se a estes para fechar as diagonais.

33.1.4. QUANDO E ONDE SÃO USADOS:

a)Bloqueio ofensivo – é usado em bolas mais rápidas e curtas que tenta conquistar o ponto diretamente pela invasão das mãos na quadra adversária.

b)Bloqueio defensivo – é executado por atletas de menor estatura. Usado em bolas altas, quando prepara a bola para um contra-ataque.

c)Bloqueio simples – é utilizado em fintas, por atletas de entrada e saída. É menos ofensivo.

d)Bloqueio duplo – o bloqueador da ponta deverá saltar na frente da bola e o bloqueador do meio deverá deslocar-se junto deste para fechar a trajetória diagonal da bola.

e)Bloqueio triplo – usado no meio da rede e em bolas altas. O bloqueador primeiro salta na frente da bola e os bloqueadores das pontas juntam-se a este para fechar as diagonais.

33.1.5.DESCRIÇÃO DO GESTO: O bloqueio é feito com salto vertical. O jogador pára de frente para a rede ou se desloca para o bloqueio e faz a impulsão. O bloqueador marca o cortador com os braços semi-flexionados na frente, pés paralelos, numa distância de 40 a 50 centímetros da linha central, observando a preparação do ataque.

O bloqueador poderá usar de grande flexão das pernas, auxiliando na impulsão. Ocorre circundução dos braços de fora para dentro e de baixo para cima e em suspensão, com extensão dos braços, procurando a bola ou sua trajetória. A extensão dos braços é feita em suspensão(se fizer antes pode tocar na rede e dificultar a impulsão), no prolongamento dos ombros e aproximando as mãos firmes, com as palmas voltadas para frente, dedos abertos, prontos para envolver a bola. Aí bate-se na bola, dirigindo-a de volta para a quadra adversária. Após o bloqueio, o jogador desce, amortecendo a queda nos dois pés, para depois movimentar-se conforme a situação de jogo. É importante que o jogador leve o centro de gravidade para trás, pois do contrário, o jogador, se empurrado, pode cair para trás.

33.1.6. FASES DO BLOQUEIO:

a)Fase preparatória(posição de expectativa) - é a fase de preparação. Em pé, jun to a rede, o bloqueador se posiciona em semi-flexão dos joelhos, pés paralelos em afastamento lateral numa distância quase igual a largura dos ombros. Os braços estarão semi-flexionados com as mãos ao lado dos ombros, com as palmas voltadas para a frente. O tronco deve estar ereto e o bloqueador olhando para a bola e para o atacante. b)Execução – é a fase de impulsão e elevação. N o momento adequado, o bloqueador salta, estendendo as pernas e contando com o auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção a bola. Nos bloqueios ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam abertas, estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo a passagem da bola. O bloqueador espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do atacante, para flexionar os punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e, também, para impedir que ela desvie para fora da quadra. Nos bloqueios defensivos, as mãos não invadem o campo adversário e são colocadas junto a rede, na frente da bola, com extensão dos punhos. A preocupação é amortecer a bola para que os demais membros da equipe possam recuperá-la. c)Queda – realizado o bloqueio, acontece a queda, que deve ser feita com equilíbrio de forma amortecida e girando para o lado em que a bola se dirigiu, quando ela não foi totalmente retida.

33.1.7. FUNÇÃO DO BLOQUEIO EM RELAÇÃO AO ATAQUE:

O bloqueio tem como função interceptar, junto a rede, a bola cortada pelo adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando consegue enviar a bola contra o solo do atacante.

33.1.8. AS PASSADAS(FUNÇÕES – DESENHOS): Com a rapidez dos ataques, o bloqueio passou por modificações. Foi necessário aumentar a velocidade e a perfeição da execução do bloqueio.Tipos de passadas: Passada lateral – ocorre quando o atleta percorre um espaço menor para fazer o bloqueio. É

utilizado pelos jogadores de entrada e saída(da ponta). É também conhecida como passagem de ajuste.

Passada cruzada – é usada para cobrir grandes distâncias. É utilizada pelo bloqueador de meio para chegar mais rápido nos bloqueios de ponta.

Passada mista – é a união da passada cruzada com a passada lateral, usada pelo bloqueador de meio para cobrir grandes distâncias.

33.2.PROCESSO METODOLÓGICO DO ENSINO DO BLOQUEIO:

33.2.1. DESCREVER O PROCESSO DO ENSINO PASSO A PASSO:

1)De frente a uma parede, bem próximos, o aluno deverá flexionar os braços, posicionando as mãos junto aos ombros com as palmas paralelas a parede, quase tocando-a; 2)Mesmo exercício anterior com a extensão dos braços, fazendo com que as palmas das mãos toquem por inteiro na parede, com o tronco ereto;3)Alunos com os braços elevados e mãos colocadas dentro da rede. O outro aluno lança a bola e o primeiro deverá bloquear flexionando o punho;4)Um aluno com os braços elevados. O outro aluno no outro lado da rede arremessa a bola que deverá bater nas mãos do colega e este bloquear, fazendo uma flexão de punho;5)Mesma formação. Porém, o aluno deve realizar o salto para o bloqueio;6)Mesma formação. Aluno deve realizar bloqueio ofensivo;7)mesma formação. Jogador deve realizar bloqueio defensivo;8)Dois a dois, frente a frente, separados pela rede. Alunos lançam a bola e os que estão do outro lado da rede saltam e bloqueiam. Depois se deslocam para a direita;9)Colunas frente a frente, alunos um de cada lado da rede, saltam simultaneamente e tocam as palmas das mãos sobre a borda da rede;10)Mesmo exercício anterior, com os alunos das colunas de um dos lados da quadra portando bolas; eles saltam simultaneamente realizando bloqueio. Um põe a bola próximo a rede, mas em seu campo, e o outro bloqueia invadindo;

33.2.2.DETALHES: Para determinação do momento do salto, o atleta deverá observar:a)a altura do levantamento;b)a velocidade da bola;c)características do atacante;d)distância do levantamento da rede; Para executar o bloqueio também é importante que o bloqueador: pense na realização correta do movimento; observe atentamente a formação do ataque; movimente-se rápido para a posição de bloqueio marcando a bola e a principal direção da

cortada; observe o movimento de invasão para poder bloquear ofensivamente; no bloqueio simples nunca bloquear a direção, somente a bola;

decidir a tempo se vai ser feito bloqueio simples, duplo ou triplo e quais os jogadores que vão executar o movimento;

decidir se, em levantada distante, vai ou não ser feito o bloqueio; usar a passada correta e o tipo de bloqueio adequado; cuidar a distância em relação a rede. Nem muito perto nem muito longe dela;

33.2.3. ERROS MAIS COMUNS NA EXECUÇÃO DO BLOQUEIO:

1.Tocar na rede, saltar projetando o corpo para a frente;

2.Bater na bola, lançando os braços primeiro para trás e depois para a frente;3.Posicionamento inadequado das mãos(afastadas ou unidas demais);4.Flexionar o tronco no lugar de flexionar os joelhos para saltar;5.Não saltar no local preciso em levantamentos mais ou menos curtos;6.Ter dificuldades quanto a tempo de bola, saltando antes ou depois da passagem sobre a rede, em função da variação da altura dos levantamentos dos adversários;7.Ter dificuldades quanto ao tempo de bola, saltando antes ou depois em função da distância da rede em que ela foi cortada;8.Não Ter potência de pernas para saltar o necessário para invadir o bloqueio;

33.2.4. EXERCÍCIOS PARA A CORREÇÃO:

1.Marcar o chão para que o impulso e a queda sejam realizados no mesmo lugar;2.Um elástico deve ser esticado paralelo a rede a uma distância de 10 centímetros dela, na mesma altura da sua borda superior no lado do campo dos alunos que vão bloquear. Os alunos realizam bloqueios em bolas seguras por companheiros, procurando as mãos passarem entre a rede e o elástico;3.Os alunos deverão realizar bloqueios tocando as mãos em um anteparo(uma tábua, por exemplo) colocado do outro lado e acima da rede. Esse anteparo pode estar nos lugares certos para colocarem as mãos;4.O professor sobe num banco e põe suas mãos sobre a rede, em seu próprio lado, como se fosse um bloqueio defensivo. Os alunos em coluna, realizam o bloqueio, encaixando suas mãos sobre as do professor;5.O aluno realiza dois bloqueios consecutivos em duas bolas, sustentadas por dois colegas que estão sobre um banco;(antes de saltar eles realizam pequenos deslocamentos laterais, com ambas as pernas de forma que saltem sempre na frente da bola desejada);6.Estando sobre um banco, o professor vai cortar duas bolas para cada aluno bloquear. Uma ele lança baixa e a outra, ele solta alta para que o aluno sinta a variação do tempo de subida;7.Alunos em dupla se deslocando lateralmente, com as palmas das mãos encostadas e braços flexionados a frente do corpo;8.Alunos colocados numa coluna de frente para a parede. O primeiro pula, faz o gesto de bloqueio e vai para o fundo da coluna e assim por diante;9.Alunos de frente para a rede. Eles realizam saltos de bloqueio em toda a extensão da rede,. Deslocando-se lateralmente;10.Dois jogadores da mesma estatura defrontando-se; salto sobre o lugar, fazendo o gesto técnico do bloqueio e no ar tocar as mãos do companheiro;

33.2.5. DESENHOS:

33.3.EXERCÍCIOS:

33.3.1. TRINTA EXERCÍCIOS DE BLOQUEIO:

1.Alunos sentados em um banco de frente para a rede: do outro lado, os respectivos colegas sobre uma cadeira, cada um com uma bola sobre a rede. Ao sinal, os alunos se levantam do banco, saltam e fazem o bloqueio na sua respectiva bola;2.Em dupla, com uma bola, um de cada lado da rede, deverão saltar e entregar a bola nas mãos do companheiro por cima da rede;3.Alunos formam uma coluna na entrada da rede; devem se deslocar para a direita, fazendo bloqueios sobre a rede;4.Um aluno sobre a mesa com uma bola no centro da rede. Outro também sobe na mesa com outra bola na saída da rede. Alunos formam uma coluna, de frente para a primeira bola, deslocando-se lateralmente para fazer os dois bloqueios;5.Alunos sobre um banco, seguram as bolas por cima da rede: os ostros formam uma coluna na entrada da rede. Estes deverão se deslocar fazendo o bloqueio em todas as bolas;6.Duas colunas de jogadores, uma de cada lado da rede. Deslocar-se ao longo da rede fazendo bloqueio individualmente;7.Mesmo exercício anterior com deslocamento oblíquo;8.Uma linha de jogadores sentados num banco, de frente para a rede. Do outro lado da rede, os colegas sobre uma cadeira, segurando cada um uma bola sobre a rede. Ao sinal, os jogadores se levantam do banco, saltam e fazem bloqueio na sua bola;9.Jogadores em coluna, várias bolas seguradas na altura e distância correta da rede, deslocam-se e vão bloqueando uma após a outra;10.Um jogador com a bola em cima da mesa, na posição 3; outro na posição 4. Jogador A bloqueia no centro, desloca-se e bloqueia na ponta;11.Técnico em cima de uma mesa joga a bola para cima e corta do outro lado da rede. Jogador A dá apenas um passo lateral, salta e bloqueia;12.Jogador de frente para a rede dá uma passada lateral para a direita, salta e bloqueia; desse lugar ele dá uma passada para a esquerda, salta e bloqueia;13.Dois a dois, separados pela rede. Um terceiro jogador lançará a bola entre os dois e, para o lado que ela pender, deverá haver um ataque(cortada, explorada, largada) e o outro jogador fará o bloqueio;

14.Os jogadores em pares, lado a lado, fazem bloqueios no mesmo lugar. Trata-se de obter a sincronização de seus saltos ao sinal do técnico;15.Duas colunas de jogadores separadas por um metro. Jogador A desloca-se para junto de B e assim que fizer o conjunto de dois jogadores, saltam e bloqueiam;16.Ao sinal do professor, que não pode ser visto pelos bloqueadores, um dos dois atacantes, A ou B, corre para a rede e ali segura sua bola por cima. Neste local, C deve fazer um bloqueio duplo junto com D;17.Colunas de jogadores nas posições 2,3 e 4. Jogadores das posições 2 e 4 deslocam-se para o centro e, após o conjunto dos três jogadores, saltam e bloqueiam;18.Mesma formação do anterior. Porém, é o jogador da posição 3 que se desloca, ora para a posição 2 ora para a posição 4, para efetuar com aquele jogador o bloqueio duplo;19.Professor em cima da mesa, executando cortadas e sendo bloqueado pelos jogadores A e B;20.Coluna de atacantes nas posições 4 e 2 cortam primeiramente e com o conhecimento dos bloqueadores, na diagonal; depois em qualquer direção. O bloqueador centro desloca-se em função do levantamento;21.Aos pares, jogadores A e B executam ataques pelo centro e pela ponta da rede, sempre bloqueados por C e D;22.Aluno levantará bolas, ora alta, ora mais baixa, sem conhecimento dos bloqueadores. Estes deverão fazer bloqueio duplo;23.Atacante A simula um ataque em bola de tempo, no que é bloqueado por B. Quando o jogador B estiver no ar, atacante C simula um ataque em bola alta no que é bloqueado por B;24.Duas colunas, separadas pela rede. Uma corta bolas para os alunos da outra bloquearem;25.Colunas frente a frente, uma de cada lado da rede, saltam simultaneamente e tocam as palmas das mãos sobre a borda da rede;26.Mesmo exercício anterior, com os alunos das colunas de um dos lados da quadra portando bolas; eles saltam simultaneamente, realizando bloqueio. Um põe a bola próximo a rede, mas em seu campo. O outro bloqueia invadindo.27.Estando sobre bancos, os alunos A e B cortam bolas para que os colegas bloqueiem. Primeiro A corta e se abaixa. Depois B corta. Como eles estão em distâncias diferentes em relação a rede a bola vai demorar tempos diferentes para ser bloqueada;28.As bolas são sustentadas por alunos posicionados sobre bancos. Os alunos bloqueiam a primeira bola e se deslocam para bloquear a Segunda bola;29.Ataque e bloqueio duplo, onde quem corta vai bloquear, substituindo o aluno da extremidade que irá para o meio. O aluno que se desloca para bloquear somente deverá fazê-lo após a realização do levantamento;30.O professor saca para uma equipe com seis jogadores. Estes executam a defesa, o levantamento e o ataque. Do outro lado faz-se o bloqueio duplo;

34.CIRCUITO TÉCNICO:

34.1. CIRCUITO TÉCNICO COM 10 ESTAÇÕES, PARA DOIS ALUNOS, COM MATERIAL, TEMPO DE UM MINUTO, NÍVEL INICIANTE:1.Jogadores frente e frente, deslocam-se, saltam no lugar onde estão com imitação do gesto técnico do bloqueio, tocando as mãos do companheiro;2.Mesma filosofia do exercício anterior. Porém, tendo um jogador de cada lado da rede. Ambos saltam e tocam as mãos por cima da rede;

3.Um jogador sobre um banco suéco segurando a bola. O outro desloca-se corretamente executando o gesto técnico do bloqueio, tocando na bola;4.Saltos em duplas no mesmo lugar e depois de um deslocamento para tocar as mãos numa tabela de basquetebol ou numa bola pendurada;5.Simulação do bloqueio duplo, duas ou três vezes seguidas, com deslocamento e impulsão;6.Dois a dois, frente para uma parede, bem próximos, impulsionam, saltam e bloqueando com as palmas das mãos bolas desenhadas na parede realizam o movimento simultaneamente. Ver quem salta mais alto;7.Dois alunos, separados pela rede, um corta e outro faz o bloqueio;8.Um aluno lança a bola contra a parede. O outro procura bloqueá-la em direção ao chão;9.Com uma bola, dois a dois, se deslocam, saltam e, no ar, um entrega a bola para o outro, executando o correto movimento dos braços;10.Dois a dois, separados pela rede. A saca para B que devolve de manchete. A, então, corta e B bloqueia;

34.2. ORGANOGRAMA COM A DISTRIBUIÇÃO DAS ESTAÇÕES NA QUADRA:

35. O ESPORTE COMPETITIVO:

35.1. A SUPERAÇÃO: É baseada no princípio da sobrepujança, onde o objetivo é reduzido a idéia de vencer constantemente. O esporte competição exige rendimento máximo e por isso necessita de indivíduos com elevada capacidade de desempenho, conhecimento e domínio da técnica. Na superação dos obstáculos, a vontade impõe-se à fadiga, insistindo para que o esforço, o entusiasmo, a perseverança do atleta prolonguem-se até o final do jogo.

É o princípio da produtividade que está em jogo. O atleta deve se superar na sua atividade, dentro e fora de seus limites porque o objetivo dessa modalidade é formar campeões uma vez que volta-se ao culto ao atleta herói. O atleta tem que ser o melhor. Gera rivalidade e isolamento. O corpo humano é uma máquina submissa as leis do rendimento.

35.2. O RESULTADO A QUALQUER PREÇO: Os jogadores ou o atleta mantêm um caráter de compromisso com o seu técnico e com o seu patrocinador. Só a vitória interessa. Busca o resultado a qualquer preço; o indivíduo ou a equipe precisam se superar para serem os melhores. Não pode haver erros porque eles podem eliminar a equipe da competição. Exige-se a perfeição dos gestos e o rendimento. Para atingir a especialização, um sistema totalmente fechado e excludente, o atleta precisa treinar exaustivamente até chegar ao perfeito domínio da técnica e tática desportiva. Os resultados precisam ser alcançados porque altos investimentos estão em jogo. É a obrigação do rendimento por publicidade e financiamento. Os patrocinadores sobram performance, superação individual, caso contrário, abandonam a equipe. E todos os atletas que se dedicam ao esporte competitivo precisam de um patrocinador uma vez que o treinamento diário de várias horas não permite o exercício de outra profissão. Os resultados são uma questão de sobrevivência.

35.3. O SUCESSO; É um privilégio de uma minoria porque a competição em si tem caráter de exclusão e porque a participação é limitada. Está a serviço de uma hierarquização e elitização social, reforçando o individualismo e a competição. O sucesso é restrito a condição sócio-econômica do indivíduo e está condicionado a influência dos meios de comunicação. O sucesso de um atleta de uma equipe depende do fracasso de seu oponente.

36.A TÁTICA DO VOLEIBOL:

A tática é uma concepção de jogo racional e planejada com a finalidade de vencer o adversário. Tratam-se de estratégias usadas para obter melhor desempenho.

36.1. OS SISTEMAS:

36.1.1. CONCEITO:

Sistema é a filosofia do jogo a ser desenvolvida por uma equipe de acordo com a qualidade do grupo de atletas disponíveis. Os sistemas, ao longo do tempo, foram se aperfeiçoando à medida que iam aumentando as necessidades em função do poder ofensivo de uma equipe. O sistema é conhecido pelo número de cortadores e levantadores que possui a equipe.

36.1.2. O ESQUEMA PROPOSTO:

O esquema tático coletivo consiste na distribuição de funções, posições e áreas bem definidas para os jogadores em todas as formações de ataque e defesa, visando facilitar as ações de jogo. Através dele define-se quem vai ser atacante, defensor, levantador, quem vai ser saída, meio e entrada de rede, considerando o ataque, força e velocidade e suas posições.

Individualmente pode se propor um esquema de jogo. O atleta responde a uma situação de jogo visando obter melhor resultado.

36.1.3. A IMPORTÂNCIA: A adoção de um sistema de jogo é importante porque cada jogador fica responsável pela cobertura de uma área da quadra, conforme o interesse tático. A partir dele(do sistema), cada jogador sabe a sua função em quadra visando impedir que as ações do adversário se transformem em alcance de pontos. Exerce importância porque a distribuição e a mudança de posições contribui para que uma maior área da quadra seja protegida e os jogadores já tendo suas funções definidas, sabem que faz o passe, quem levanta e quem ataca, observando sempre as características individuais dos atletas e ação do adversário.

36.1.4.TIPOS DE SISTEMA E SUA IMPORTÂNCIA:

Os sistemas podem ser: Individual – é importante porque consiste na análise, na resposta do atleta a uma determinada

situação de jogo; Coletivo – exerce fundamental importância porque consiste na distribuição dos jogadores em

quadra, determinando funções, posições e áreas de ataque e defesa com o intuito de facilitar a ação de jogo;

Os sistemas podem ser divididos em: Sistemas de ataque; Sistemas de defesa; Sistemas de recepção de ataque; Sistema de cobertura de bloqueio;

37.OS SISTEMAS DE ATAQUE:

37.1. TIPOS:1)Sistema 6 x 02)Sistema 2 x 43)Sistema 3 x 34)Sistema 4 x 2 pelo meio5)Sistema 4 x 2 pela ponta6)Sistema 5 x 17)Sistema 6 x 6

37.2. REPRESENTAÇÃO DE CADA UM:

1)Sistema 6 x 0:

2)Sistema 2 x 4:

3)Sistema 3 x 3

4)Sistema 4 x 2 pelo meio

5)Sistema 4 x 2 pela ponta

6)Sistema 5 x 1

7)Sistema 6 x 6

37.3. PARTICULARIDADES DE CADA UM:1) Sistema 6 x 0 – sistema em que todos atacam e todos levantam. É usado na fase de iniciação

e no Voleibol lazer e recreação.2) Sistema 2 x 4 – sistema formado por dois cortadores e quatro levantadores. Quando a bola sai

para o ataque deve passar pela mão do cortador. Os bons atacantes ficam próximos dos melhores levantadores. É usado na iniciação e Voleibol recreativo.

3) Sistema 3 x 3 – sistema formado por três atacantes e três levantadores que são distribuídos de forma intercalada dentro do sistema(em forma de triângulo). Pode ser usado no Voleibol escolar, porém, não é recomendado porque elimina o trabalho de conjunto.

4) Sistema 4 x 2 pelo meio – usado em equipe de competição(mirim, iniciantes e médios). Trata-se de um sistema formado dois levantadores e quatro atacantes colocados em diagonal.

5) Sistema 4 x 2 pela ponta – usado em equipes de excelente nível técnico. É o sistema formado por dois atacantes de meio, dois de ponta(entrada) e dois levantadores colocados na posição 2.

6) Sistema 5 x 1 – formado por cinco cortadores e um levantador de muita habilidade para se infiltrar, quando está atrás, em todas as posições e, na frente, fazer as trocas necessárias. Se caracteriza pelas trocas e infiltrações que o levantador faz. É altamente ofensivo e por isso é usado no alto nível. O levantador é o principal jogador(deve ser rápido e fintado).

7) Sistema 6 x 6 – sistema de ataque onde todos atacariam ou levantariam com uma eficácia muito grande. É necessário Ter nível elevado.

37.4. EXIGÊNCIAS DE CADA UM:1)Sistema 6 x 0 – não há exigência porque é o princípio de todos os sistemas; todos atacam e todos levantam. 2)Sistema 2 x 4 – os dois melhores atacantes devem ficar próximos dos dois melhores levantadores.3)Sistema 3 x 3 – os três atacantes e os três levantadores devem se posicionar de forma intercalada na quadra. Não há troca de posições.4)Sistema 4 x 2 pelo meio – dois atacantes deverão se posicionar junto a rede. Os jogadores com mesmas características devem se colocar em posições opostas. Um dos levantadores sempre deverá ficar na zona de ataque. Este fará troca simples com os atacantes. Ainda não se usa infiltração. Há troca de posições. 5)Sistema 4 x 2 pela ponta – o melhor cortador de equipe fica na posição 4 e o melhor levantador na posição 6. O segundo melhor cortador na posição 1, o terceiro na posição 5 e o quarto na posição 2, o que contribui para um equilíbrio de forças. Exige-se que haja infiltrações da defesa para o ataque de um dos defensores, levantamento feito por um dos cortadores de rede e variação na posição dos atacantes para melhor aproveitamento da jogada.6)Sistema 5 x 1 – o levantador tem função de distribuir a bola a seus atacantes. Por isso é necessário que se tenha um excelente levantador com domínio total da técnica, pois por suas mãos passam todas as jogadas que o time venha a executar. Quando o levantador estiver na zona de frente, disporá de dois jogadores na posição de cortada e, quando estiver na defesa, terá três cortadores na posição de atacante.7)Sistema 6 x 6 – há seis cortadores que se alternam nos levantamentos. Exige nível técnico extremamente elevado tanto em atacantes como em cortadores.

37.1. ESPECIALIZAÇÃO:1)Sistema 6 x 0 – não possui especialistas.2)Sistema 2 x 4 – já apresenta especializações porque quando a bola sai para o ataque deve passar pela mão do cortador e tanto os atacantes quanto os levantadores tem posição definida.3)Sistema 3 x 3 – há especialização. Cada jogador tem sua tarefa e sua posição definida(três cortam e três atacam). Não há trocas e eles são colocados intercaladamente dentro do sistema. Na distribuição dos jogadores é necessário um equilíbrio de forças. Deve-se colocar o melhor cortador na posição 4, o segundo melhor na posição 6; e o terceiro na posição 2; o melhor levantador deve sair no saque; o segundo na posição 5 e o terceiro na posição 3.4)Sistema 4 x 2 pelo meio – não prevê infiltrações; apenas troca de posições. Na distribuição de jogadores também deve se observar o equilíbrio de forças; colocar o melhor cortador bloqueador na posição 4, o segundo na posição 1(saque), o terceiro cortador na posição 2 e o quarto na posição 5; o melhor levantador na posição 6 e o segundo na posição 3. Quando trocar atletas de uma zona para outra tem que respeitar as correspondências, ou seja, o 1 atrás do 2 e com o 6 a

esquerda. Há troca de posições. Um dos levantadores sempre estará na zona de ataque. Este fará troca simples com os atacantes. A mais comum recepção de saque é com 5 jogadores(conhecida pela letra W).

5)Sistema 4 x 2 pela ponta – existe especialização de atacantes, sendo dois atacantes de meio, dois atacantes de ponta e dois levantadores colocados na posição 2. Ocorrem duas especializações nos atacantes: força(F) na entrada, velocidade(R) na saída. É mais ofensivo e o ataque ocorre pelo meio da rede.6)Sistema 5 x 1 – ocorrem especializações nos atacantes: força(entrada de rede), rapidez(meio de rede), um levantador especialista e o universal(saída de rede). Há um levantador especialista e um atacante com características de levantador. É muito ofensivo. Utiliza-se de infiltrações e trocas de posição, trocas e ataques de fundo de quadra.

38.OS SISTEMAS DE DEFESA: Prevêem a organização precisa da posição dos jogadores e a precisão dos seus deslocamentos para cobrir as zonas livres no momento do ataque adversário. Os jogadores não podem impedir que o adversário construa o seu ataque. O que uma equipe pode e deve fazer é intervir no momento exato em que este ataque se realiza. Os sistemas de defesa estão condicionados a existência ou não do bloqueio. Os jogadores se colocam sobre a quadra com o objetivo de neutralizar os ataques adversários criando condições de um contra-ataque. A utilização das combinações e esquemas tático na defesa dependem da qualidade da preparação da bola na quadra adversária.

Características da defesa:a)o jogador deve conhecer e guardar informações sobre a equipe adversária, principalmente as possíveis posições de ataque, bem como a capacidade do levantador e dos cortadores.b)a defesa exige grandes qualidades de percepção e uma atitude positiva para a realização de contra-ataque.

Tipos de defesa: a)Meio avançado ou cobertura imediata – armação 3.1.2.b)Meio recuado ou cobertura a distância – armação 3.,2.1.c)Meio intermediário

MEIO AVANÇADO:

Caracteriza-se pelo adiantamento do jogador colocado na posição 6. Entretanto, o jogador da posição 6 não poderá entrar na zona de ataque antes que o atacante adversário toque na bola. Os demais jogadores formam uma meia lua no fundo da quadra. Aconselha-se o uso deste sistema no Voleibol feminino, devido a alta incidência de bolas pingadas atrás do bloqueio.

MEIO RECUADO;

Caracteriza-se pelo recuo do jogador que está na posição 6. Pela incidência de ataques no fundo da quadra é utilizado basicamente no voleibol masculino. Entretanto, a área central da quadra fica descoberta estando suscetível a bolas curtas e deixadas. É preciso Ter muita rapidez no deslocamento.

MEIO INTERMEDIÁRIO:

O jogador seis não avança nem retrocede. Espera a definição do ataque adversário

39.OS SISTEMAS DE RECEPÇÃO DE SAQUE:

A recepção do saque é um dispositivo de tática coletiva adotado por uma equipe com o objetivo de armar a equipe de tal forma que o saque contrário possa ser defendido sem maiores problemas e em condições de construir uma ação ofensiva própria. A tática para a recepção do saque compreende as distintas formações que pode apresentar uma equipe, de acordo com as possibilidades técnicas de seus integrantes recepcionar a bola em primeiro lugar e organizar de imediato sua ofensiva.

Tipos de recepção:

Dependendo do número de atletas que eventualmente participam da recepção as armações poderão ser denominadas: recepção com 5, com 4, com 3 ou 2 atletas. As armações também podem ser designadas como:. armação em W(armação japonesa);

a)Armação em W, com 5 atletas:

Apresenta vantagens. Entre elas: maior número de jogadores para receber o saque e o cortador que está na posição 3 já está posicionado para cortadas no centro da rede não tendo que fazer movimentos em sentidos opostos. Também possibilita maior número de combinações nas fintas.

Com quatro atletas:. livrar um atacante da rede. livrar um atacante de 3 metros. eliminar um mal passador

Com três atletas:

Usado no voleibol de alto nível para possibilitar fintas. Tem especialistas no passe.

Com dois atletas:

Usado somente no voleibol de alto nível. Facilita a fintas e livra atacantes para realizar o ataque

40. OS SISTEMAS DE COBERTURA DE ATAQUE: É a ação de recuperar as bolas vindas do ataque adversário que ultrapassam o bloqueio e de criar condições para a realização do contra-ataque. Trata-se da resposta da defesa a ação do bloqueio adversário e tem por objetivo cobrir e recuperar bolas interceptadas pelo bloqueio da equipe adversária. Sua importância está relacionada a eficácia do bloqueio do adversário e sua organização intimamente ligada às armações para a recepção(ataque) e às armações para bloqueio e defesa(contra-ataque). Consiste em formar dois semicírculos de proteção ao atacante e todos os jogadores que não participam do ataque são utilizados. A distribuição dos jogadores no semicírculo depende dos atletas disponíveis e do tipo de ataque executado. O primeiro semicírculo é chamado de proteção de cobertura imediata e o segundo semicírculo denominado de cobertura à distância. A cobertura de ataque recebe a denominação de acordo com o número de atletas por semicírculo(3.2, 2.2, 2.1)

Tipos de Cobertura de Ataque:

a)Cobertura de Ataque 3.2

b)Cobertura de ataque 2.2

c)Cobertura de ataque 2.1

d)Cobertura de ataque 1.1

Os sistemas de cobertura de ataque é um dos fundamentos mais difíceis de ser executado; exige concentração, coragem e agilidade e as defesas e quedas imprimem a dinâmica e o espírito de luta do voleibol. Os defensores antes de realizar a cobertura de ataque devem analisar a armação de defesa da própria equipe, forma e o tipo de levantamento do adversário, as condições técnicas e físicas do atacante adversário e a distribuição dos defensores, bloqueadores e cortadores. O objetivo principal é defender com a máxima precisão para facilitar o contra-ataque. Usa-se a posição baixa de defesa e é necessário Ter raciocínio tático para colocação inteligente do corpo e da bola, utilizando quedas, mergulhos, rolamentos, se necessário.

TÁTICA INDIVIDUAL; exige análise da ação do adversário, decisão e execução motora basicamente dentro de seu raio de ação, o atleta deve ocupar e avaliar antecipadamente o

lugar onde a bola deverá cair as áreas de defesa são normalmente diretamente proporcionais à distância da rede.

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