115
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 1 Governo do Estado de Mato Grosso 2013 Governo de Mato Grosso Auditoria Geral do Estado BALANÇO GERAL DO ESTADO PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO DE CONTROLE INTERNO CONTAS DE GOVERNO EXERCÍCIO 2013 ABRIL DE 2014

Volume 4 - Parecer AGE

  • Upload
    lydung

  • View
    223

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 1

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Governo de Mato Grosso

Auditoria Geral do Estado

BALANÇO GERAL DO ESTADO

PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO DE CONTROLE INTERNO

CONTAS DE GOVERNO

EXERCÍCIO 2013

ABRIL DE 2014

Page 2: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 2

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Estado de Mato Grosso

Auditoria Geral do Estado

SILVAL DA CUNHA BARBOSA Governador do Estado

JOSÉ ALVES PEREIRA FILHO Secretário-Auditor Geral do Estado

CRISTIANE LAURA DE SOUZA Secretária Adjunta de Auditoria

EMERSON HIDEKI HAYASHIDA Secretário Adjunto de Corregedoria Geral

EDILENE LIMA GOMES DE ALMEIDA Secretária Adjunta de Ouvidoria Geral

EQUIPE TÉCNICA:

KRISTIANNE MARQUES DIAS Auditora do Estado

SÉRGIO ANTÔNIO FERREIRA PASCHOAL Auditor do Estado

SILVANIA REGINA DE OLIVEIRA GALINDO Analista Administrativo

Page 3: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 3

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

SUMÁRIO

LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................................... 5

LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... 6

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 9

1. PERFIL DO PODER EXECUTIVO DE MATO GROSSO .............................................. 10

2. PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA ....................................... 14

2.1 Plano Plurianual (PPA) ............................................................................................................. 14

2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ..................................................................................... 21

2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) e Créditos Adicionais ............................................................... 24

2.3.1 Alterações Orçamentárias – Créditos Adicionais .......................................................... 26

3. ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL .................... 28

3.1 Balanço Orçamentário ............................................................................................................. 28

3.1.1 Execução da Receita Orçamentária .............................................................................. 33

3.1.2 Execução da Despesa Orçamentária ............................................................................ 38

3.1.3 Regra de Ouro ............................................................................................................. 44

3.2 Balanço Financeiro .................................................................................................................. 45

3.3 Balanço Patrimonial ................................................................................................................ 49

3.3.1 Superávit Financeiro .................................................................................................... 49

3.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais ............................................................................ 51

4. ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA ........................................................................... 52

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE GOVERNO ............................. 56

5.1 Metas e Prioridades na área de Segurança Pública ................................................................ 58

5.1.1 Outras Ações relevantes na área da Segurança Pública ................................................ 60

5.2 Metas e Prioridades na área de Educação .............................................................................. 64

5.2.1 Outras Ações relevantes na área da Educação ............................................................. 66

5.3 Metas e Prioridades na área da Saúde .................................................................................... 69

5.3.1 Outras ações relevantes na área da Saúde ................................................................... 71

5.4 Programas e Ações prioritárias da Copa do Mundo FIFA 2014 ............................................... 72

6. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS .................................................................. 77

6.1 Resultado Nominal .................................................................................................................. 78

6.2 Resultado Primário .................................................................................................................. 80

6.3 Dívida Pública .......................................................................................................................... 81

6.4 Operações de Crédito............................................................................................................... 82

6.5 Despesa com Pessoal ............................................................................................................... 82

6.6 Educação.................................................................................................................................. 83

6.6.1 Manutenção e Desenvolvimento do Ensino ................................................................. 83

6.6.2 Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica .............................. 84

6.7 Saúde ....................................................................................................................................... 85

Page 4: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 4

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

6.7.1 Aplicação na Saúde – 12%............................................................................................ 85

7. DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO ............................. 85

7.1 Funções de Auditoria Governamental e Controladoria ........................................................... 87

7.1.1 Principais trabalhos nos Sistemas de Contabilidade, Financeiro e Patrimônio .............. 89

7.1.2 Principais trabalhos nos Sistemas Planejamento e Transferência ................................. 90

7.1.3 Principais trabalhos nos Sistemas de Aquisições e Apoio Logístico .............................. 92

7.1.4 Gestão de Pessoas e Previdência ................................................................................. 94

7.1.5 Obras da Copa do Mundo - FIFA-2014 ......................................................................... 95

7.1.6 Obras e Serviços de Engenharia ................................................................................... 99

7.2 Função de Corregedoria......................................................................................................... 102

7.3 Função de Ouvidoria .............................................................................................................. 105

8. AÇÕES DE TRANSPARÊNCIA .............................................................................. 108

9. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES E DETERMINAÇÕES DAS CONTAS DE

GOVERNO 2011 e 2012 – PARECER PRÉVIO TCE Nº 05/2012 E Nº 02/2013 ................ 110

10 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 112

Page 5: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 5

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Execução da Receita Orçamentária .................................................................. 33

Gráfico 2. Execução das Receitas Correntes ..................................................................... 35

Gráfico 3. Execução das Receitas de Capital ..................................................................... 36

Gráfico 4. Previsão x Execução das Receitas de Capital .................................................... 37

Gráfico 5. Execução da despesa quanto à Categoria Econômica ...................................... 40

Gráfico 6. Execução da Despesa Corrente por Grupo de Despesa ................................... 41

Gráfico 7. Despesa com Pessoal e Encargos Sociais .......................................................... 42

Gráfico 8. Execução de Despesa de Capital por Grupo de Despesa .................................. 44

Gráfico 9. Operações de Crédito x Despesas de Capital ................................................... 45

Gráfico 10. Comparativo do Superávit Financeiro ............................................................ 51

Gráfico 11. Desempenho da Receita Pública no período de 2010 a 2013 ........................ 54

Gráfico 12. Receita Orçamentária Realizada por Categoria Econômica em 2013 ............ 55

Gráfico 13. Desempenho da Receita Tributária nos últimos quatro anos ........................ 56

Gráfico 14. Procedimentos Instaurados em 2013 ........................................................... 104

Page 6: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 6

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Metas e Prioridades para o Exercício de 2013 .................................................. 21

Tabela 2. Detalhamento das Receitas ............................................................................... 24

Tabela 3. Detalhamento das Despesas .............................................................................. 25

Tabela 4. Despesas por categoria econômica ................................................................... 25

Tabela 5. Quociente de Excesso de Arrecadação .............................................................. 27

Tabela 6. Quociente de Superávit Financeiro ................................................................... 28

Tabela 7. Previsão Receita X Fixação da Despesa ............................................................. 29

Tabela 8. Resultado Orçamentário apurado no Balanço Orçamentário 2013 .................. 30

Tabela 9. Execução Receitas e Despesas Orçamentárias .................................................. 31

Tabela 10. Resultado Orçamentário - Superávit do Orçamento Corrente ........................ 32

Tabela 11. Previsão X Execução das Receitas .................................................................... 34

Tabela 12. Previsão x Execução das Receitas Intra-orçamentárias ................................... 37

Tabela 13. Previsão Inicial x Previsão Atualizada das Despesas Orçamentárias ............... 38

Tabela 14. Previsão Atualizada X Execução das Despesas Orçamentárias ....................... 39

Tabela 15. Execução das Despesas por tipo de crédito .................................................... 40

Tabela 16. Resultado Orçamentário X Resultado Financeiro ............................................ 46

Tabela 17. Resultado Extra-orçamentário X Resultado Financeiro ................................... 46

Tabela 18. Demonstrativo da Despesa por Destinação .................................................... 46

Tabela 19. Demonstrativo da Despesa por Função ........................................................... 47

Tabela 20. Detalhamento da Função 27 – Desporto e Lazer ............................................ 48

Tabela 21. Demonstrativo de Apuração do Superávit Financeiro .................................... 50

Tabela 22. Previsão x Execução da Receita Pública em 2013 ........................................... 54

Tabela 23. Programas e Ações Priorizadas na área de Segurança Pública ....................... 58

Tabela 24. Execução Orçamentária dos Programas e Ações Priorizados na área de

Segurança Pública ...................................................................................................... 58

Tabela 25. Ação: 5172 – Ampliação e Reestruturação das Atividades na Faixa de

Fronteira Oeste .......................................................................................................... 60

Page 7: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 7

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 26. Ação: 4259 – Manutenção das Ações de Resolutividade dos Ilícitos Penais –

PJC .............................................................................................................................. 61

Tabela 27. Ação: 4271 – Manutenção das Ações Gerais do Policiamento Ostensivo ...... 63

Tabela 28. Programas e Ações Priorizadas na área da Educação ..................................... 64

Tabela 29. Execução orçamentária e financeira do Programa: 250 – Fortalecimento do

Ensino Superior .......................................................................................................... 65

Tabela 30. Ação: 4117 – Atendimento e Manutenção do Transporte Escolar ................. 67

Tabela 31. Ação: 4119 – Manutenção e Monitoramento das Escolas Estaduais de Mato

Grosso ......................................................................................................................... 68

Tabela 32. Ação: 4371 – Expansão e Melhoria da Infraestrutura Física de Atendimento

Educacional – Ensino Fundamental ........................................................................... 68

Tabela 33. Programa e Ação Priorizada na área de Saúde ................................................ 69

Tabela 34. Execução orçamentária e financeira do Programa: 327 – Ampliação do Acesso

de Forma Equitativa e com Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde ................... 70

Tabela 35. Ação: 4309 – Gerenciamento das Unidades sob Gestão de Organizações

Sociais ......................................................................................................................... 71

Tabela 36. Programas e Ações priorizadas para o evento “Copa do Mundo - FIFA

2014” .......................................................................................................................... 73

Tabela 37. Execução orçamentária e financeira do Programa: 325 – Copa Verde ........... 74

Tabela 38. Resultado Nominal do Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 6º

bimestre de 2013 ....................................................................................................... 79

Tabela 39. Dívida Consolidada Líquida .............................................................................. 81

Tabela 40. Despesas com Pessoal do Poder Executivo Estadual ...................................... 83

Tabela 41. Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica – RREO 6º

bimestre de 2013 ....................................................................................................... 84

Tabela 42. Lotacionograma AGE/MT, em 31 de dezembro de 2013 ................................ 86

Tabela 43. Quantitativo de orientações encaminhadas pelo Canal “Pergunte à AGE” .... 87

Tabela 44. Produtos de Auditoria Governamental e Controladoria elaborados no

exercício de 2013 ....................................................................................................... 88

Tabela 45. Atos realizados em 2013 ................................................................................ 103

Page 8: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 8

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 46. Procedimentos Administrativos Disciplinares ............................................... 104

Tabela 47. Planos de providências referentes às determinações do TCE-MT nas Contas

de Governo 2012 ...................................................................................................... 111

Page 9: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 9

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

APRESENTAÇÃO

No exercício da competência prevista no § 2º do artigo 52 da Constituição do

Estado do Mato Grosso e em atendimento ao inciso XVIII, artigo 6º, da Lei Complementar

nº 295/2007, a Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso, enquanto órgão superior de

controle interno do Poder Executivo Estadual, apresenta este Parecer Técnico Conclusivo

acerca das contas anuais prestadas pelo Chefe do Poder Executivo.

O Parecer Técnico Conclusivo é relacionado no rol dos documentos a serem

encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado junto às contas do Governador do Estado,

além dos balanços gerais do Estado, conforme previsão do § 2º do artigo 25 da Lei

Complementar nº 269/2007 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Mato

Grosso - TCE/MT).

Os objetivos do presente trabalho são: analisar o Planejamento Governamental;

avaliar a execução orçamentária, financeira e patrimonial; ponderar acerca dos

resultados dos programas de governo; verificar o cumprimento dos limites constitucionais

e legais; apontar os resultados das medidas de recuperação de créditos e incremento da

receita; assinalar os principais avanços relacionados ao sistema de controle interno do

Poder Executivo e às ações de transparência; apresentar o grau de cumprimento das

determinações e recomendações de auditoria.

A análise foi realizada com base nas informações contidas nos diversos sistemas

do Poder Executivo, em informações encaminhadas pelas respectivas secretarias e

também com base nos trabalhos de auditoria, corregedoria, controle interno e ouvidoria,

desenvolvidos no decorrer do exercício de 2013 pela Auditoria Geral do Estado.

Ressalta-se que o desenvolvimento do presente parecer sofreu limitações, devido

ao fechamento do Balanço Geral do Estado, que devido a problemas encontrados no

Sistema FIPLAN, decorrentes da convergência das novas normas da contabilidade pública,

teve as demonstrações contábeis encaminhadas pela Secretaria de Fazenda a este órgão

Page 10: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 10

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

de controle no dia 02 de abril de 2014, porém algumas alterações foram realizadas até o

dia 07 de abril, e ainda os Relatórios Resumido da Execução Orçamentária e da Gestão

Fiscal foram encaminhados no dia 10 de abril de 2014.

Neste sentido, a Auditoria Geral do Estado não teve tempo hábil para realizar a

conferências dos cálculos dos limites legais e constitucionais, se atentando apenas para a

análise dos índices apresentados pela Secretaria de Estado de Fazenda.

1. PERFIL DO PODER EXECUTIVO DE MATO GROSSO

A estrutura do Poder Executivo Estadual encontra-se delimitada pela Lei

Complementar nº 14/1992 e suas alterações posteriores, sendo composta pela

Administração Direta (Governadoria, Órgãos Institucionais e Secretarias) e pela

Administração Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de

Economia Mista vinculadas a órgãos da Administração Direta), conforme detalhamento

abaixo:

I - ADMINISTRAÇÃO DIRETA

1. Governadoria:

1.1. Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social;

1.2. Conselho de Governo;

1.3. Conselho Deliberativo Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá;

1.4. Vice-Governadoria;

1.5. Casa Civil;

1.6. Casa Militar;

1.7. Auditoria-Geral do Estado;

1.8. Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo - SECOPA (conforme art. 1º da Lei

Complementar nº 434/2011)

Page 11: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 11

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

2. Órgãos Institucionais:

2.1. Procuradoria-Geral do Estado;

2.2. Defensoria Pública do Estado.

3. Secretarias de Estado:

3.1. Secretaria de Estado de Administração - SAD;

3.2. Secretaria de Estado das Cidades - SECID;

3.3. Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECITEC;

3.4. Secretaria de Estado de Comunicação Social - SECOM;

3.5. Secretaria de Estado de Cultura - SEC;

3.6. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - SEDRAF;

3.7. Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo - SEDTUR;

3.8. Secretaria de Estado de Educação - SEDUC;

3.9. Secretaria de Estado de Esportes e Lazer - SEEL;

3.10. Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ;

3.11. Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia - SICME;

3.12. Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos - SEJUDH;

3.13. Secretaria de Estado do Meio Ambiente SEMA;

3.14. Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN;

3.15. Secretaria de Estado de Saúde - SES;

3.16. Secretaria de Estado de Segurança Pública - SESP;

3.17. Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social - SETECS;

3.18. Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana – SETPU.

4. Órgãos Desconcentrados:

4.1. Vinculados à Secretaria de Estado de Segurança Pública - SESP:

4.1.1. Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso - PJC/MT;

4.1.2. Polícia Militar do Estado de Mato Grosso – PMMT;

4.1.3. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso – CBMMT;

Page 12: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 12

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

4.1.4. Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC.

II - ADMINISTRAÇÃO INDIRETA:

1. Autarquias:

1.1. vinculado à Secretaria de Estado de Administração - SAD:

1.1.1. Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado - MATO GROSSO SAÚDE.

1.2. vinculados à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e de Agricultura Familiar

– SEDRAF:

1.2.1. Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso – INTERMAT.

1.2.2. Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso – INDEA/MT.

1.3. vinculados à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia - SICME:

1.3.1. Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – JUCEMAT;

1.3.2. Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso – IMEQ/MT.

1.4. vinculado à Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana – SETPU:

1.4.1. Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/MT.

1.5. vinculada à Vice-Governadoria.

1.5.1. Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados – AGER.

2. Fundações:

2.1. vinculadas à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECITEC:

2.1.1. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT;

2.1.2. Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT.

Page 13: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 13

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

2.2. vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos – SEJUDH:

2.2.1. Fundação Nova Chance – FUNA

3. Sociedade de Economia Mista:

3.1. vinculadas à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia - SICME:

3.1.1. Companhia Mato-grossense de Mineração – METAMAT;

3.1.2. Companhia Mato-grossense de Gás – MT Gás.

3.2. vinculada à Secretaria de Estado das Cidades – SECID:

3.2.1. Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso – SANEMAT.

3.3. vinculada à Vice-Governadoria:

3.3.1. Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A – MT-FOMENTO.

4. Empresa Pública:

4.1. vinculada à Vice-Governadoria:

4.1.1. Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso – CEPROMAT

4.2. vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e de Agricultura Familiar

– SEDRAF:

4.2.1. Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S.A. – EMPAER.

Integravam, ainda, a estrutura do Poder Executivo Estadual, os Núcleos

Sistêmicos. Criados por meio da Lei Complementar nº 264/2006, congregavam as

atividades administrativas dos órgãos estaduais com o objetivo de racionalizar a execução

das atividades sistêmicas e de apoio. Porém, com o advento da Lei Complementar nº 506,

Page 14: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 14

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

de 11 de setembro de 2013, os Núcleos Sistêmicos foram substituídos pelas áreas de

Administração Sistêmica.

As áreas de Administração Sistêmica se diferenciam dos Núcleos Sistêmicos por

reunirem as atividades sistêmicas de um único órgão ou entidade da Administração

Pública em uma mesma estrutura administrativa, ao contrário do Núcleo Administrativo,

no qual eram agregadas as funções administrativas de diferentes órgãos.

O processo de transição dos Núcleos para a Gestão Sistêmica foi disciplinada por

meio do Decreto 2.062, de 27 de dezembro de 2013, que previu a criação de equipes de

responsáveis por coordenar as seguintes atividades: fechamento do exercício 2013;

prestação de contas do exercício 2013; elaboração do Relatório da Ação Governamental

– RAG do exercício de 2013; abertura do orçamento do Exercício 2014; execução

orçamentária e financeira em 2014 até o fechamento do primeiro trimestre de 2014;

prestação de contas junto ao TCE referente ao primeiro trimestre de 2014; organização

da estrutura necessária ao processo de mudança do modelo de gestão.

2. PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA

2.1 Plano Plurianual (PPA)

O Plano Plurianual – PPA para o quadriênio 2012/2015, aprovado por meio da Lei

Estadual nº 9.675, de 20 de dezembro de 2011, visa atender as determinações legais

contidas no artigo 165, § 1º, da Constituição Federal e no artigo 162, § 1º, da Constituição

Estadual.

Baseado nos cenários fiscal, socioeconômico, ambiental e institucional do Estado,

o PPA 2012/2015 foi elaborado a partir da revisão do Plano de Longo Prazo de Mato

Grosso – MT + 20, no qual estão definidas as prioridades e estratégias para o

desenvolvimento do Estado para os próximos vinte anos. A revisão do MT + 20 foi

Page 15: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 15

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

materializada na publicação, no ano de 2012, da atualização do Plano de Longo Prazo.

Assim, o Plano Plurianual se constitui em um instrumento de planejamento de

médio prazo, em sintonia com o planejamento estratégico do Estado, no qual são

alocados recursos no montante de aproximadamente R$ 55 bilhões, distribuídos dentre

os 67 (sessenta e sete) programas que o compõe.

Nesse contexto, o PPA 2012/2015 organiza a atuação governamental em treze

objetivos estratégicos e prioriza estratégias para cada um destes, conforme segue:

Objetivo Estratégico 1: “Melhorar a conservação ambiental dos biomas matogrossenses

e as práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais”.

• Estratégias priorizadas:

a) Fortalecer o sistema estadual de controle do uso dos recursos ambientais;

b) Ampliação da educação ambiental e da participação social;

c) Melhoria no gerenciamento de resíduos sólidos;

d) Ampliação do conhecimento e melhoria da gestão da biodiversidade;

e) Implementação de ações de proteção do clima;

f) Melhoria da gestão dos recursos hídricos;

g) Ampliação da recuperação de áreas degradadas;

h) Melhoria no controle da contaminação e da poluição ambiental.

Objetivo Estratégico 2: “Melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio,

universalizar o atendimento na educação básica”.

Page 16: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 16

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• Estratégia priorizada:

a) Melhoria da qualidade do ensino fundamental e médio.

Objetivo Estratégico 3: “Elevar a escolarização da população matogrossense”.

• Estratégias priorizadas:

a) Erradicação do analfabetismo e redução do analfabetismo funcional;

b) Ampliação do atendimento escolar da população de jovens e adultos.

Objetivo Estratégico 4: “Fortalecer a capacidade científica e de inovação tecnológica do

Estado”.

• Estratégias priorizadas:

a) Ampliação e melhoria da qualidade do ensino profissionalizante;

b) Expansão e melhoria do ensino superior;

c) Ampliação e Consolidação da Pesquisa, Desenvolvimento e Difusão de Tecnologia.

Objetivo Estratégico 5: “Ampliar a rede de atenção e de vigilância em saúde”.

• Estratégias priorizadas:

a) Reordenação do modelo de atenção à saúde;

b) Reestruturação dos serviços da rede ambulatoriais e hospitalar;

c) Reestruturação de serviços de apoio diagnóstico e terapêuticos, e assistência

farmacêutica;

d) Consolidação da vigilância em saúde como base do modelo de atenção à saúde.

Page 17: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 17

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Objetivo Estratégico 6: “Reduzir a pobreza e os riscos sociais”.

• Estratégias priorizadas:

a) Ampliação do acesso ao mundo do trabalho dos segmentos sociais mais

vulneráveis da população;

b) Acesso aos direitos individuais, sociais e aos bens e serviços públicos essenciais;

c) Combate a violência sexual e o tráfico de crianças, adolescentes e adultos;

d) Garantia da acessibilidade, educação inclusiva e inserção no mercado de trabalho

às pessoas com deficiência;

e) Garantia da implementação do sistema de proteção social à pessoa idosa;

f) Respeito e promoção da igualdade racial;

g) Ampliação da igualdade de gênero;

h) Implementação da rede de proteção social e de garantias dos direitos humanos

do segmento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros);

i) Fortalecimento da defesa do consumidor no Estado;

j) Erradicação das formas de trabalho escravo e infantil.

Objetivo Estratégico 7: “Reduzir a violência e a insegurança do cidadão”.

• Estratégias priorizadas:

a) Ampliação da presença e da proximidade da polícia nas comunidades;

b) Integração multissetorial das ações para enfrentamento às drogas;

c) Ampliação da presença institucional na faixa de fronteira;

d) Modernização e reestruturação do sistema prisional e socioeducativo;

e) Aperfeiçoamento do modelo de gestão do Sistema de Segurança Pública;

f) Fortalecer o sistema de inteligência de segurança pública;

g) Combate aos desvios de conduta e corrupção;

h) Redução dos acidentes de trânsito;

i) Fortalecimento do sistema de prevenção, preparação, resposta e a recuperação a

Page 18: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 18

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

sinistros e desastres;

j) Redução da Impunidade;

k) Redução de mortes violentas intencionais e não intencionais;

l) Combate a violência sexual e ao tráfico de crianças, adolescentes e adultos.

Objetivo Estratégico 8: “Valorizar as culturas regionais no Estado”.

• Estratégias priorizadas:

a) Promoção da cultura;

b) Reconhecimento aos povos indígenas, grupos sociais, povos e comunidades

tradicionais;

c) Proteção dos direitos sociais, culturais e territoriais dos povos indígenas, grupos

sociais, povos e comunidades tradicionais;

d) Apoio às atividades econômicas dos povos indígenas, grupos sociais, povos e

comunidades tradicionais, especialmente aquelas que tenham sustentabilidade

ambiental e cultural.

Objetivo Estratégico 9: “Melhorar a infraestrutura econômica e logística de transportes

no Estado”.

• Estratégia priorizada:

a) Ampliação e melhoria da infraestrutura econômica e de logística.

Objetivo Estratégico 10: “Expandir a atividade econômica com agregação de valor a

produção local”.

• Estratégias priorizadas:

a) Fortalecimento da agricultura familiar;

Page 19: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 19

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

b) Regularização fundiária;

c) Diversificação da estrutura produtiva da economia;

d) Criação de sistema estadual de certificação de processos e produtos.

Objetivo Estratégico 11 “Melhorar a prestação de serviços públicos”.

• Estratégias priorizadas:

a) Democratização da gestão pública;

b) Profissionalização da gestão pública;

c) Fortalecimento da articulação intergovernamental e com setores da sociedade;

d) Elevação da capacidade de formulação e implementação das políticas públicas;

e) Elevação da capacidade de financiamento das políticas públicas.

Objetivo Estratégico 12: “Promover o desenvolvimento das regiões estagnadas”.

• Estratégia priorizada:

a) Ampliar e estruturar as ações de desenvolvimento regional.

Objetivo Estratégico 13: “Melhorar a habitabilidade nas regiões do Estado”.

• Estratégias priorizadas:

a) Ampliação de fontes de recursos financeiros destinados ao saneamento,

habitação de interesse social, mobilidade, uso e gestão do solo urbano;

b) Criação de estrutura de planejamento e gestão compartilhada dos municípios

metropolitanos;

c) Ampliação e qualificação da oferta de serviços e equipamentos de habitação,

saneamento ambiental, mobilidade urbana, serviços e equipamentos urbanos;

d) Apoio aos municípios na prestação de serviços públicos e oferta de equipamentos

Page 20: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 20

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

urbanos;

e) Apoiar a ampliação da coleta seletiva, reciclagem e tratamento final dos resíduos

sólidos urbanos;

f) Preservação do patrimônio arquitetônico, paisagístico, histórico e cultural das

cidades;

g) Promover a gestão integrada e democrática das funções relativas à habitabilidade

urbana.

Durante o exercício de 2013, o Plano Plurianual 2012/2015 sofreu alterações

promovidas pela Lei Estadual nº 10.029, de 27 de dezembro de 2013, mais

especificamente nos Programas 335 – “Pacto pela Vida”, 324 – “Enfrentamento Integrado

às Drogas” e 236 – “Modernização da Administração Tributária”.

A Ação 4334 – “Educação para Resistência às Drogas – PROERD”, com recursos

orçamentários definidos em R$ 775.415,00 (setecentos e setenta mil, quatrocentos e

quinze reais) migrou do Programa 335 para o Programa 324.

No Programa 236 foram incluídas as Ações 5238 – “Aperfeiçoamento do Modelo

de Projeção da Receita Pública Estadual – PROFISCO/MT” e 5239 – “Implantação de

Modelo de Cobrança de Ativos Tributários e Não Tributários Integrando a SEFAZ/MT e a

PGE/MT”, cujos recursos orçamentários somam R$ 840.000,00 (oitocentos e quarenta mil

reais) e R$ 1.050.000,00 (um milhão e cinquenta mil reais), respectivamente.

Conforme artigo 3º da Lei Estadual nº 10.029/2013, as alterações acima

produzirão efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014.

Page 21: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 21

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2013 foi estabelecida por

meio da Lei Estadual nº 9.784, de 26 de julho de 2012, com a finalidade de orientar a

elaboração da Lei Orçamentária Anual 2013, em cumprimento ao disposto no art. 162,

inciso II, § 2º, da Constituição Estadual, e nas normas contidas na Lei de Responsabilidade

Fiscal.

Dentre outros assuntos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2013 trouxe em seu

Anexo I as Metas e Prioridades da Administração Pública Estadual a serem contempladas

no Orçamento Geral do Estado para o ano de 2013, as quais discriminamos na tabela

abaixo:

Tabela 1. Metas e Prioridades para o Exercício de 2013

Objetivo Estratégico 04: "Fortalecer a capacidade científica e de inovação tecnológica do Estado"

Programa Ações Metas

250 – Fortalecimento do Ensino Superior

2656 – Manutenção e Fortalecimento dos Cursos de Graduação

01 curso mantido

4348 – Ampliação e Manutenção da Oferta de Vagas nos Cursos de Graduação

40 vagas disponibilizadas

Objetivo Estratégico 05: "Ampliar a rede de atenção e de vigilância em saúde"

Programa Ações Metas

327 - Ampliação do Acesso de Forma Equitativa e com Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde

4303 - Co-Financiamento para Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e Serviços da Atenção Primária à Saúde

1.082 equipes implantadas

Objetivo Estratégico 06: "Reduzir a pobreza e os riscos sociais"

Programa Ações Metas

102 - Geração de Trabalho, Emprego e Renda

1214 – Qualificação Profissional para Geração de Trabalho, Emprego e Renda

17.000 pessoas capacitadas

168 – Cidadania para Todos 1464 – Implantação de Tele Centros de Inclusão Digital – Mato Grosso Ação Digital

50 unidades implantadas

4008 – Gestão do Sistema Único de Assistência Social em Mato Grosso

141 municípios atendidos

Page 22: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 22

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

280 – Gestão de Políticas de Assistência Social em Mato Grosso

4482 – Transferência de Renda para as Famílias em Situação de Pobreza e Extrema Pobreza – Panela Cheia

150.000 famílias beneficiadas

344 - Programa Estadual de Direitos Humanos

4447 – Promoção da Erradicação do Trabalho Escravo em Mato Grosso

100% da ação executada

Objetivo Estratégico 07: "Reduzir a violência e a insegurança do cidadão"

Programa Programa Programa

336 – Segurança na Copa

5139 – Ampliação da Capacidade Operacional da PM/MT com vistas à Copa 2014

2.000 operações realizadas

5141 – Construção de Delegacias para Atividades Operacionais na Investigações de Ilícitos Penais para a Copa/2014

04 unidades construídas

5142 – Implantação do Centro de Comando e Controle do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública – CIOSP para a Copa

01 central implantada

Objetivo Estratégico 09: "Melhorar a infraestrutura econômica e logística de transportes no Estado"

Programa Ações Metas

338 - Infraestrutura de Transportes - MT Integrado

5148 - Pavimentação de Ligações e Vias de Acessos Rodoviários Municipais

1.513 Km de trecho de ligação pavimentado

Objetivo Estratégico 10: "Expandir a atividade econômica com agregação de valor à produção local"

Programa Ações Metas

185 - Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva do Turismo

2543 – Promoção e Divulgação do Potencial Turístico do Estado

25 eventos realizados

3698 – Implantação da Infraestrutura Turística

12 projetos elaborados/gerenciados

191 - Desenvolvimento da Agricultura Familiar

2365 – Promoção dos Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER

33.568 agricultores familiares atendidos

4352 – Fomento Agropecuário 680.000 insumos

produzidos

4389 – Apoio às Iniciativas de Fortalecimento da Economia Popular Solidária

60 empreendimentos apoiados

4392 – Promoção de Acesso à Água Potável nos Projetos de Assentamento

4.000 famílias atendidas

4393 – Incentivo à Agroindústria Familiar 400 empreendimentos

implantados

325 - Copa Verde

5000 – Estruturação da Arena Multiuso 35% da Arena Multiuso

estruturada

5001 – Implantação do Entorno da Arena Multiuso

60% de área urbanizada

5002 – Implantação de Centros Oficiais de Treinamentos

30% do Centro de Treinamento estruturado

5003 – Organização FIFA FAN FEST 80% de estrutura

implementada/mantida

Page 23: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 23

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

5004 – Ampliação da Mobilidade e Acessibilidade Urbanas na Região Metropolitana para a Copa 2014

25% de obras realizadas

5006 – Melhoria na Infraestrutura na Região 25% de obras realizadas

5009 – Publicidade, Promoção e Divulgação da Copa do Mundo FIFA 2014

30% de inserção realizada

5036 – Fomento às Atividade Lúdicas nas Escolas para Fortalecimento do Espírito da Copa

350 escolas estimuladas

5076 – Promoção de Eventos Turísticos Voltados para a Copa do Mundo

10 eventos realizados

5081 – Fomento à Qualificação de Mão-de-obra Especializada para o Receptivo Turístico da Copa do Mundo

5.000 pessoas capacitadas

5105 – Revitalização de Áreas Urbanas 02 áreas recuperadas

5109 – Criação e Ampliação da Oferta de Acomodações para Atendimento da Demanda para Copa do Mundo

25% da rede hoteleira instalada

5110 – Implantação do Sistema Modal de Transporte Coletivo

40% do sistema disponibilizado

5112 – Implementação de Tecnologia de Informação da Comunicação – TIC

50% dos projetos aprovados/implementados

5887 – Desenvolvimento de Planos de Segurança e de Defesa Civil, com Indicadores, para Atendimento das Exigências

01 plano de segurança e defesa civil implementado

Objetivo Estratégico 13 "Melhorar a habitabilidade nas regiões do Estado"

Programa Ações Metas

72 - Melhoria da Habitabilidade - Municípios Sustentáveis

5147 – Realização de Obras em Sistemas de Tratamento de Resíduos Sólidos

15 obras realizadas

5154 – Ampliação de Domicílios Ligados a Rede de Água e Esgoto da Região Metropolitana

14.772 domicílios atendidos

5218 – Construção do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT

20% da obra executada

239 - Programa “Tô em Casa”

1649 – Acesso à Moradia e Promoção de Inclusão Social

111.597 famílias atendidas

1763 – Construções de Habitações Urbanas e Infraestruturas

10.500 casas construídas

Fonte: Anexo I – Lei nº 9.784/2012 - Lei de Diretrizes Orçamentárias 2013

Page 24: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 24

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) e Créditos Adicionais

A Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2013 (LOA 2013) foi aprovada por

meio da Lei Estadual nº 9.868, de 28 de dezembro de 2012, compreendendo o Orçamento

Fiscal, da Seguridade Social e de Investimentos das Empresas Estatais, em consonância

com o Plano Plurianual e contendo os Programas priorizados na Lei de Diretrizes

Orçamentárias, portanto, atendendo ao artigo 165, § 2º, da Constituição Federal e ao

caput do artigo 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Receita total estimada e a Despesa fixada na LOA 2013 totalizaram R$

12.810.362.475,00 (doze bilhões, oitocentos e dez milhões, trezentos e sessenta e dois

mil e quatrocentos e setenta e cinco reais), incluindo nesse montante os recursos próprios

das Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Do montante da Receita, o valor de R$ 944.957.858,00 (novecentos e quarenta e

quatro milhões, novecentos e cinquenta e sete mil e oitocentos e cinquenta e oito reais),

é definido como Receitas Intra-orçamentárias, por se tratar de operações entre órgãos,

fundos, autarquias, fundações, empresas e outras entidades integrantes do orçamento

fiscal e da seguridade social.

A Receita prevista foi desdobrada conforme detalhamento da tabela abaixo.

Tabela 2. Detalhamento das Receitas

Receitas Correntes R$ 9.296.400.187,00

Receita Intra-orçamentária Corrente R$ 944.957.858,00

Receitas de Capital R$ 2.569.004.430,00

Receita Total R$ 12.810.362.475,00 Fonte: Lei nº 9.868/2012 - Lei Orçamentária Anual 2013

A Despesa total desdobra-se na forma disposta na tabela 3:

Page 25: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 25

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 3. Detalhamento das Despesas

Orçamento Fiscal R$ 10.035.803.146,00

Orçamento da Seguridade Social R$ 2.774.545.729,00

Orçamento de Investimento R$ 13.600,00

Total do Orçamento R$ 12.810.362.475,00 Fonte: Lei nº 9.868/2012 - Lei Orçamentária Anual 2013

O desdobramento da despesa fixada em categoria econômica foi planejado como

consta na tabela 4.

Tabela 4. Despesas por categoria econômica

Despesas Correntes R$ 9.435.613.475,00

Despesas de Capital R$ 3.283.033.106,00

Reserva de Contingência R$ 91.715.894,00

Total da Despesa R$ 12.810.362.475,00 Fonte: Lei nº 9.868/2012 - Lei Orçamentária Anual 2013

A Lei Orçamentária Anual 2013 também contemplou autorização para abertura de

créditos suplementares até o limite de 20% (vinte por cento) da despesa total fixada bem

como autorização para abertura de créditos adicionais até o limite da dotação consignada

com Reserva de Contingência.

Após as aberturas de créditos adicionais e os cancelamentos e

contingenciamentos, a despesa autorizada em 2013 foi no montante de R$

15.169.737.488,91 (quinze bilhões, cento e sessenta e nove milhões, setecentos e trinta

e sete mil, quatrocentos e oitenta e oito mil reais e noventa e um centavos) – excluídas

as despesas fixadas na MT Fomento, visto que este órgão não opera no sistema FIPLAN,

tendo, portanto, um aumento de R$ 2.359.388.613,91 (dois bilhões, trezentos e

cinquenta e nove milhões, trezentos e oitenta e oito mil, seiscentos e treze reais e noventa

e um centavos) em relação ao orçamento inicial.

Page 26: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 26

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

2.3.1 Alterações Orçamentárias – Créditos Adicionais

O acréscimo ao Orçamento Inicial de R$ 2.359.388.613,91 (dois bilhões, trezentos

e cinquenta e nove milhões, trezentos e oitenta e oito mil, seiscentos e treze reais e

noventa e um centavos) foi distribuído entre órgão do Legislativo, TCE, Judiciário e o

Poder Executivo, considerando os créditos suplementares e especiais resultantes de

incorporação por excesso de arrecadação, superávit financeiro do exercício anterior,

convênios e operações de créditos. Dessa forma, ficaram de fora as suplementações por

anulação de dotação, remanejamento e transposição que não alteraram o saldo final de

dotação dos órgãos.

O Quociente de Utilização do Excesso de Arrecadação é resultante da relação

entre os Créditos Adicionais abertos por meio desta modalidade e o total do excesso

arrecadado, indicando a parcela deste utilizada para abertura de créditos adicionais.

Para fins de apuração do resultado orçamentário, exclui-se a previsão da receita

da Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso – MT FOMENTO, no valor de R$

13.600,00 (treze mil e seiscentos reais), considerando-se a receita total no valor de R$

12.810.348.875,00 (doze bilhões, oitocentos e dez milhões, trezentos e quarenta e oito

mil e oitocentos e setenta e cinco reais).

No exercício de 2013, conforme demonstrado no Balanço Orçamentário

Consolidado do Estado, extraído do Sistema FIPLAN, houve, no geral, déficit de

arrecadação. Entretanto, para analisar os créditos adicionais abertos por excesso de

arrecadação, deve-se verificar o resultado da arrecadação por fonte de recursos.

O resultado desse quociente pode ser verificado na tabela que segue.

Page 27: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 27

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 5. Quociente de Excesso de Arrecadação

Fonte Tipo de Crédito

Valor dos Créditos (a) Excesso de Arrecadação por Fonte de Recurso (b)

Quociente de Excesso de

Arrecadação (a/b) QDD FILTRO POR TIPO DE CRÉDITO (150/180)

FIP 729 POR FONTE

100 150/180 R$ 334.004.999,98 -R$ 1.464.975.513,42 -0,23

101 150 R$ 1.393.482,56 -R$ 8.396.963,36 -0,17

106 150 R$ 16.000.000,00 R$ 17.317.750,47 0,92

109 150 R$ 2.447.498,46 R$ 6.214.124,20 0,39

110 150 R$ 30.363.575,69 R$ 22.366.951,00 1,36

112 150 R$ 31.596.154,02 R$ 77.169.739,01 0,41

115 150 R$ 37.738.749,76 R$ 41.546.178,17 0,91

120 150 R$ 74.400.000,00 R$ 72.495.822,76 1,03

122 150 R$ 151.718.058,06 R$ 167.907.566,50 0,90

134 150 R$ 138.938.400,38 R$ 107.988.174,66 1,29

144 150 R$ 794.544,35 R$ 2.891.064,80 0,27

173 150 2.033.920,36 R$ 8.449,16 240,72

201 150 R$ 942.468,03 R$ 1.001.563,90 0,94

240 150 R$ 49.300.000,00 R$ 113.106.077,64 0,44

243 150 R$ 4.920.000,00 R$ 5.305.556,74 0,93

244 150 R$ 50.166,72 R$ 24.623,56 2,04

250 150 R$ 222.881.000,00 R$ 250.521.686,87 0,89

TOTAL R$ 1.099.523.018,37 -R$ 587.507.147,34 -1,87

Fonte: Fip 729 por fonte de recursos em 01.04.2014 e QDD em 27.03.2014

Insta salientar que nas fontes 100, 101, 110, 120, 134, 173 e 244 houve coeficiente

de excesso de arrecadação negativo, ou seja, o valor do excesso de arrecadação foi menor

que os créditos abertos no exercício. Porém, ao analisarmos as fontes por unidades

orçamentárias, verifica-se que os créditos adicionais foram abertos com amparo em

excesso de arrecadação das respectivas unidades. Além disso, o déficit de arrecadação

das demais unidades contribuiu para o quociente total da tabela 5.

O Quociente de Utilização do Superávit Financeiro é resultante da relação entre

os Créditos Adicionais Abertos por meio desta fonte e o total do superávit apurado no

exercício anterior, indicando a parcela do mesmo utilizada para abertura de créditos

Page 28: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 28

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

adicionais. Assim, a tabela 6 traz o resultado desse quociente, indicando que o superávit

do exercício anterior foi superior à abertura de crédito adicional por essa fonte.

Tabela 6. Quociente de Superávit Financeiro

Quociente de Superávit Financeiro (a/b) 0,68

Créditos Adicionais abertos por superávit financeiro do exercício anterior (a) – QDD FILTRO TIPO DE CRÉDITO 160

585.927.505,05

Superávit financeiro do exercício anterior (b) BALANÇO PATRIMONIAL 2012

855.279.889,84

Fonte: Relatório de Alteração no QDD extraído do Sistema FIPLAN em 31/03/2014

3. ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL

Neste tópico passa-se a analisar a regularidade das demonstrações contábeis que

compõem o Balanço Geral do Estado, integrantes da prestação de contas de governo

referente ao exercício de 2013, verificando se expressam a real situação financeira,

orçamentária e patrimonial do Estado, em relação aos seus aspectos relevantes.

Para realizar a análise, ressalta-se, foram verificados os demonstrativos extraídos

do Sistema FIPLAN.

3.1 Balanço Orçamentário

De acordo com o artigo 102 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, o

Balanço Orçamentário compõe o rol das demonstrações contábeis que devem ser

apresentadas junto à prestação de contas do Chefe do poder Executivo, ao término de

cada exercício.

Page 29: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 29

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Neste instrumento, serão comparadas a previsão e a realização das receitas e

despesas, estruturadas nos termos do Anexo 12 da referida lei.

Atendendo ao princípio do Equilíbrio Orçamentário, a Lei nº 9.868/2012, Lei

Orçamentária Anual 2013, previu as receitas e autorizou as despesas de forma igualitária

em R$ 12.810.362.475,00 (doze bilhões, oitocentos e dez milhões, trezentos e sessenta e

dois mil e quatrocentos e setenta e cinco reais), dos quais R$ 13.600,00 (treze mil e

seiscentos reais) referem-se a Orçamento de Investimento da estatal MT Fomento.

No entanto, pode-se observar que, desconsiderando as operações de natureza

intra-orçamentárias e incluindo a abertura de créditos adicionais, o equilíbrio

orçamentário é prejudicado em desfavor das receitas, pois o seu valor não sofre alteração

com a atualização da previsão, ao contrário das despesas as quais são incrementadas na

sua atualização assim que é aprovada a abertura de créditos adicionais. Essa situação é

demonstrada na tabela a seguir:

Tabela 7. Previsão Receita X Fixação da Despesa

Receitas Previsão Despesas Fixação

Valor Valor

Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares 15.161.577.326,51

Receitas Correntes 10.241.358.045,00 Créditos Especiais 8.160.162,40

Receitas de Capital 2.568.990.830,00 Reserva de Contingência 0

Total Receitas Orçamentárias 12.810.348.875,00 Total de Despesas Orçamentárias 15.169.737.488,91

Déficit 2.359.388.613,91 Superávit

Total 15.169.737.488,91 Total 15.169.737.488,91

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado e FIP-613 extraídos do FIPLAN em 02/04/2014

Dessa forma, de um lado a previsão atualizada da receita perfaz um total de R$

12.810.348.875,00 (doze bilhões, oitocentos e dez milhões, trezentos e quarenta e oito

mil, oitocentos e setenta e cinco reais) e de outro o valor da despesa atualizada totaliza

Page 30: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 30

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

R$ 15.169.737.488,91 (quinze bilhões, cento e sessenta e nove milhões, setecentos e

trinta e sete mil, quatrocentos e oitenta e oito reais e noventa e um centavos).

Como resultado, verifica-se o déficit apresentado no Balanço Orçamentário de R$

2.359.388.613,91 (dois bilhões, trezentos e cinquenta e nove milhões, trezentos e oitenta

e oito mil, seiscentos e treze reais e noventa e um centavos), que se explica pela abertura

de créditos adicionais sem a respectiva alteração do valor da receita, no momento da sua

atualização.

Ressalta-se que na tabela 7 não se considera o valor do orçamento da MT

FOMENTO, uma vez que a referida empresa não está integrada ao Sistema FIPLAN.

A tabela abaixo demonstra o resultado apurado no Balanço Orçamentário do

exercício 2013:

Tabela 8. Resultado Orçamentário apurado no Balanço Orçamentário 2013

Receitas

Execução

Despesas

Execução Títulos Títulos

Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares

11.583.411.344,08

Receitas Correntes 10.123.813.892,91 Despesas Correntes 8.859.311.054,34

Receitas de Capital 1.453.222.740,56 Despesas de Capital 2.724.100.289,74

Créditos Especiais 8.160.162,40

Despesas Correntes 2.741.500,00

Despesas de Capital 5.418.662,40

Reserva de Contingência 0,00

Total das Receitas Orçamentárias

11.577.036.633,47 Total das Despesas Orçamentárias

11.591.571.506,48

Receitas Intra-Orçamentárias Despesas Intra-Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares

1.130.041.886,33

Receitas Correntes 1.135.469.531,16 Despesas Correntes 1.130.041.886,33

Receitas de Capital 0,00 Despesas de Capital 0,00

Créditos Especiais 0,00

Page 31: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 31

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Despesas Correntes 0,00

Despesas de Capital 0,00

Reserva de Contingência 0,00

Total das Receitas Intra - Orçamentárias

1.135.469.531,16 Total das Despesas Intra - Orçamentárias

1.130.041.886,33

Total das Receitas 12.712.506.164,63 Total das Despesas 12.721.613.392,81

Déficit 9.107.228,18

Total 12.721.613.392,81 Total 12.721.613.392,81

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado e FIP 613 consolidado em 02/04/2014

Ao observar as informações da tabela acima, é possível identificar a ocorrência de

déficit orçamentário no valor de R$ 9.107.228,18 (nove milhões, cento e sete mil,

duzentos e vinte oito reais e dezoito centavos) no comparativo entre a efetiva realização

de receitas e despesas.

Se excluídas do cálculo as operações intra-orçamentárias, o déficit orçamentário

aumenta para R$ 14.534.873,01 (quatorze milhões, quinhentos e trinta e quatro mil,

oitocentos e setenta e três reais e um centavo), como demonstrado na tabela abaixo:

Tabela 9. Execução Receitas e Despesas Orçamentárias

Receitas Execução

Títulos

Receitas Orçamentárias

Receitas Correntes 10.123.813.892,91

Receitas de Capital 1.453.222.740,56

Total das Receitas Orçamentárias 11.577.036.633,47

Déficit 14.534.873,01

Total 11.591.571.506,48

Despesas Execução

Títulos

Despesas Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares 11.583.411.344,08

Despesas Correntes 8.859.311.054,34

Despesas de Capital 2.724.100.289,74

Page 32: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 32

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Créditos Especiais 8.160.162,40

Despesas Correntes 2.741.500,00

Despesas de Capital 5.418.662,40

Reserva de Contingência 0,00

Total das Despesas Orçamentárias 11.591.571.506,48

Total 11.591.571.506,48

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado e FIP 613 consolidado em 02.04.2014

No entanto, conforme ilustrado na tabela seguinte, considerando apenas as

receitas e despesas correntes, apura-se um superávit de R$ 1.261.761.338,57 (um bilhão,

duzentos e sessenta e um milhões, setecentos e sessenta e um mil, trezentos e trinta e

oito reais e cinquenta e sete centavos), o que evidencia que a o desempenho das receitas

de capital não acompanhou a evolução das despesas de mesma natureza, contribuindo

para o déficit orçamentário.

Tabela 10. Resultado Orçamentário - Superávit do Orçamento Corrente

Receitas Execução

Despesas Execução

Títulos Títulos

Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias

Receitas Correntes 10.123.813.892,91 Despesas Correntes 8.862.052.554,34

Superávit Corrente 1.261.761.338,57

Receitas de Capital 1.453.222.740,56 Despesas de Capital 2.729.518.952,14

Déficit de Capital 1.276.296.211,58

Total das Receitas Orçamentárias 11.577.036.633,47 Total das Despesas Orçamentárias 11.591.571.506,48

Déficit orçamentário 14.534.873,01

Total Geral 11.591.571.506,48 11.591.571.506,48

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado e FIP 613 consolidado em 02.04.2014

Page 33: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 33

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

3.1.1 Execução da Receita Orçamentária

As receitas orçamentários representam todos os ingressos de recursos de caráter

não devolutivo, auferidos pelo poder público para custear os seus gastos. Classificam-se,

segundo categoria econômica, em receitas correntes e de capital.

As receitas efetivamente arrecadadas ou recebidas no exercício totalizaram R$

11.577.036.633,47 (onze bilhões, quinhentos e setenta e sete milhões, trinta e seis mil,

seiscentos e trinta e três reais e quarenta e sete centavos), excluídas as intra-

orçamentárias. Desse montante, R$ 10.123.813.892,91 (dez bilhões, cento e vinte e três

milhões, oitocentos e treze mil, oitocentos e noventa e dois reais e noventa e um

centavos), equivalente a 87% (oitenta e sete por cento) do total da receita arrecadada ou

recebida no período, referem-se a receitas correntes.

O gráfico abaixo demonstra em percentuais a execução da receita.

Gráfico 1. Execução da Receita Orçamentária

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado, extraído do FIPLAN em 02/04/2014

Receitas Correntes

87%

Receitas de Capital

13%

EXECUÇÃO DA RECEITA

Page 34: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 34

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

A tabela 10 demonstra a previsão versus execução da receita:

Tabela 11. Previsão X Execução das Receitas

Receitas Previsão (a)

Execução (b)

Diferença (c = b-a)

Variação (c/a) Títulos

Receitas Orçamentárias

Receitas Correntes 9.296.400.187,00 10.123.813.892,91 827.413.705,91 8,90%

Receitas Tributárias 6.481.486.079,00 8.790.504.020,62 2.309.017.941,62 35,62%

Receitas de Contribuições 1.142.909.473,00 1.240.089.064,29 97.179.591,29 8,50%

Receitas Patrimoniais 176.666.716,00 156.785.119,51 -19.881.596,49 -11,25%

Receitas Agropecuárias 312.095,00 101.354,80 -210.740,20 -67,52%

Receitas Industriais 2.247.952,00 4.891.224,50 2.643.272,50 117,59%

Receitas de Serviços 380.044.606,00 375.649.363,56 -4.395.242,44 -1,16%

Transferências Correntes 3.326.259.707,00 3.237.357.495,35 -88.902.211,65 -2,67%

Outras Receitas Correntes 825.241.427,00 1.812.941.083,43 987.699.656,43 119,69%

(-) Deduções da Receita Corrente - FUNDEB

-1.190.415.755,00 -1.345.111.783,16 -154.696.028,16 13,00%

(-) Outras Deduções da Receita Corrente

-1.848.352.113,00 -4.149.393.049,99 -2.301.040.936,99 -

Receitas de Capital 2.568.990.830,00 1.453.222.740,56 -1.115.768.089,44 -43,43%

Operações de Crédito 1.763.270.192,00 1.131.838.690,79 -631.431.501,21 -35,81%

Alienações de Bens 127.806.936,00 16.226.823,18 -111.580.112,82 -87,30%

Amortizações de Empréstimos Concedidos

4.237.740,00 2.406.290,59 -1.831.449,41 -43,22%

Transferências de Capital 673.675.962,00 298.358.611,60 -375.317.350,40 -55,71%

Outras Receitas de Capital 0,00 4.392.324,40 4.392.324,40 -

Total das Receitas Orçamentárias 11.865.391.017,00 11.577.036.633,47 -288.354.383,53 -2,43%

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado e FIP 729 em 02/04/2014

Mais uma vez fica evidenciado o bom desempenho da arrecadação das Receitas

Correntes, excedendo a previsão inicial em 8,9% (oito vírgula nove por cento). Em

contrapartida, o comportamento das Receitas de Capital frustrou a previsão inicial,

resultando em uma arrecadação de 43% (quarenta e três por cento) menor. Dessa forma,

a arrecadação total das Receitas Orçamentárias não atingiu o valor estimado, resultando

em um déficit de R$ 288.354.383,53 (duzentos e oitenta e oito milhões, trezentos e

cinquenta e quatro mil, trezentos e oitenta e três reais e cinquenta e três centavos). Nesta

análise, não foram consideradas as operações de natureza intra-orçamentária.

Page 35: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 35

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

3.1.1.1 Receitas Correntes

As Receitas Correntes são compostas pelas seguintes receitas: Tributária,

Contribuições, Patrimonial, Agropecuária, Industrial, Serviços e as provenientes de

recursos financeiros recebidos de outras pessoas de Direito Público ou Privados

destinadas a atender as despesas correntes.

No gráfico a seguir, fica demonstrada a participação de cada espécie das receitas

correntes:

Gráfico 2. Execução das Receitas Correntes

Fonte : Balanço Orçamentário consolidado e FIP 729 em 02/04/2014

Destacam-se as receitas tributárias com uma participação de mais de 56%

(cinquenta e seis por cento) da arrecadação total das receitas do Estado, bem como as

transferências correntes que representam 1/5 (um quinto) do total. Por outro lado, as

receitas agropecuárias e industriais são quase nulas.

56,28%

7,94%1,00% 0,00% 0,03% 2,41%

20,73%

11,61%

Page 36: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 36

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

3.1.1.2 Receitas de Capital

As Receitas de Capital resultam da efetivação das operações de crédito, alienação

de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de

capital.

Verificando a execução das receitas de capital é possível identificar que as

Operações de Crédito atingiram o percentual de aproximadamente 78% (setenta e oito

por cento), como demonstrado no gráfico abaixo:

Gráfico 3. Execução das Receitas de Capital

Fonte : Balanço Orçamentário consolidado e FIP 729 em 02/04/2014

No intuito de melhor visualizar o baixo desempenho na realização das Receitas de

Capital, demonstra-se graficamente o comparativo entre a previsão e execução dessas

receitas:

77,88%

1,12%

0,17%

20,53%

0,30%

Operações de Crédito

Alienações de Bens

Amortizações de Empréstimos Concedidos

Transferências de Capital

Outras Receitas de Capital

Execução das Receitas de Capital

Page 37: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 37

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Gráfico 4. Previsão x Execução das Receitas de Capital

Fonte : Balanço Orçamentário consolidado e FIP 729 em 02/04/2014

3.1.1.3 Receitas intra-orçamentárias

Em relação às receitas intra-orçamentárias, a execução superou em R$

190.511.673,16 (cento e noventa milhões, quinhentos e onze mil, seiscentos e setenta e

três reais e dezesseis centavos) a previsão inicial. A receita de contribuições teve maior

percentual de participação, atingindo o equivalente a 93,47% (noventa e três vírgula

quarenta e sete por cento), como pode ser certificado na tabela abaixo:

Tabela 12. Previsão x Execução das Receitas Intra-orçamentárias

Receitas Previsão (a)

Execução (b)

% Diferença

(b-a) Títulos

Receitas Intra-Orçamentárias

Receitas Correntes

Receitas de Contribuições 865.074.454,00 1.061.369.220,63 93,47% 196.294.766,63

Receitas Industriais 7.695.572,00 7.229.033,83 0,64% -466.538,17

Receitas de Serviços 72.187.832,00 66.871.276,70 5,89% -5.316.555,30

Outras Receitas Correntes 0 0,00% 0,00

Total Receitas Intra-Orçamentária

944.957.858,00 1.135.469.531,16 100,00% 190.511.673,16

Fonte: Anexo 03 do Balanço Orçamentário Consolidado, extraído do FIPLAN em 02/04/2014

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

ALIENAÇÕES DE BENS

AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL

OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

1.763.270.192,00

127.806.936,00

4.237.740,00

673.675.962,00

0,00

1.131.838.690,79

16.226.823,18

2.406.290,59

298.358.611,60

4.392.324,40

Execução

Previsão

Page 38: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 38

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

3.1.2 Execução da Despesa Orçamentária

Da mesma maneira que estão divididas as receitas orçamentárias, a Lei Federal n.º

4.320/64 classifica as despesas orçamentárias, segundo a categoria econômica, em

Despesas Correntes e Despesas de Capital.

Sendo assim, a estrutura do Balanço Orçamentário traz os Créditos Iniciais,

Suplementares, Especiais e Extraordinários, evidenciados por categoria econômica e

detalhado até o nível de grupo de despesa.

A previsão inicial da totalidade dos gastos do Governo do Estado de Mato Grosso

correspondia ao montante de R$ 12.810.348.875,00 (doze bilhões, oitocentos e dez

milhões, trezentos e quarenta e oito mil e oitocentos e setenta e cinco reais),

considerando inclusive as despesas intra-orçamentárias.

Posteriormente, com a atualização da previsão das despesas, o valor foi

incrementado em R$ 2.359.388.613,91 (dois bilhões, trezentos e cinquenta e nove

milhões, trezentos e oitenta e oito mil, seiscentos e treze reais e noventa e um centavos),

conforme apresentado na tabela abaixo:

Tabela 13. Previsão Inicial x Previsão Atualizada das Despesas Orçamentárias

Despesas Previsão Diferença

Títulos Inicial Atualizada

Despesas Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares

11.855.105.860,60 13.824.233.223,01 1.969.127.362,41

Despesas Correntes 8.480.370.460,46 9.347.944.364,11 867.573.903,65

Despesas de Capital 3.374.735.400,14 4.476.288.858,90 1.101.553.458,76

Total das Despesas Orçamentárias

11.855.105.860,60 13.824.233.223,01 1.969.127.362,41

Despesas Intra-Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares

955.243.014,40 1.345.504.265,90 390.261.251,50

Despesas Correntes 955.243.014,40 1.345.494.665,90 390.251.651,50

Despesas de Capital 0,00 9.600,00 9.600,00

Page 39: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 39

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Total das Despesas Intra-Orçamentárias

955.243.014,40 1.345.504.265,90 390.261.251,50

TOTAL DAS DESPESAS 12.810.348.875,00 15.169.737.488,91 2.359.388.613,91

Fonte: Balanço Orçamentário Consolidado e Anexo 03, extraídos do FIPLAN em 02/04/2014

No entanto, apesar do incremento na previsão das despesas, a efetiva execução

resultou em uma economia orçamentária no valor de R$ 2.448.124.096,10 (dois bilhões,

quatrocentos e quarenta e oito milhões, cento e vinte quatro mil, noventa e seis reais e

dez centavos), pois os gastos executados somaram valores inferiores aos estimados.

Segue demonstrativo da análise apresentada:

Tabela 14. Previsão Atualizada X Execução das Despesas Orçamentárias

Despesas Previsão Atualizada Execução Diferença

Títulos

Despesas Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares

13.824.233.223,01 11.583.411.344,08 -2.240.821.878,93

Despesas Correntes 9.347.944.364,11 8.859.311.054,34 -488.633.309,77

Despesas de Capital 4.476.288.858,90 2.724.100.289,74 -1.752.188.569,16

Créditos Especiais 0,00 8.160.162,40 8.160.162,40

Despesas Correntes 0,00 2.741.500,00 2.741.500,00

Despesas de Capital 0,00 5.418.662,40 5.418.662,40

Reserva de Contingência 0,00 0,00 0,00

Total das Despesas Orçamentárias

13.824.233.223,01 11.591.571.506,48 -2.232.661.716,53

Despesas Intra-Orçamentárias

Créditos Orçamentários e Suplementares

1.345.504.265,90 1.130.041.886,33 -215.462.379,57

Despesas Correntes 1.345.494.665,90 1.130.041.886,33 -215.452.779,57

Despesas de Capital 9.600,00 0,00 -9.600,00

Créditos Especiais 0,00 0,00 0,00

Despesas Correntes 0,00 0,00 0,00

Despesas de Capital 0,00 0,00 0,00

Total das Despesas Intra-Orçamentárias

1.345.504.265,90 1.130.041.886,33 -215.462.379,57

TOTAL DAS DESPESAS 15.169.737.488,91 12.721.613.392,81 -2.448.124.096,10

Fonte: Balanço Orçamentário Consolidado e Anexo 03, extraídos do FIPLAN em 02/04/2014

Page 40: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 40

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Em relação à execução total das despesas do exercício 2013 (orçamentárias e

intra-orçamentárias), no tocante aos tipos de créditos utilizados no período, observa-se

que os créditos orçamentários e suplementares somam um total de R$ 12.713.453.230,41

(doze bilhões, setecentos e treze milhões, quatrocentos e cinquenta e três mil, duzentos

e trinta reais e quarenta e um centavos), perfazendo quase a totalidade das despesas. A

tabela abaixo demonstra essa execução:

Tabela 15. Execução das Despesas por tipo de crédito

Despesas Execução %

Títulos

Créditos Orçamentários e Suplementares

12.713.453.230,41 99,94%

Créditos Especiais 8.160.162,40 0,06%

TOTAL DAS DESPESAS 12.721.613.392,81 100%

Fonte: Balanço Orçamentário Consolidado extraído do FIPLAN em 02/04/2014

Quanto à classificação por categoria econômica, a execução das despesas

orçamentárias estiveram distribuídas na forma apresentada no gráfico seguinte:

Gráfico 5. Execução da despesa quanto à Categoria Econômica

Fonte: Balanço Orçamentário Consolidado, em 02/04/2014

79%

21%

Despesa Corrente

Despesa de Capital

Page 41: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 41

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

3.1.2.1 Despesas Correntes

As Despesas Correntes constituem-se despesas de natureza operacional, ou seja,

que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Essas despesas representam encargos que não produzem acréscimos no patrimônio,

respondendo, assim, pela manutenção e o funcionamento da máquina administrativa.

Durante o exercício de 2013, as despesas correntes executadas totalizaram R$

8.862.052.554,34 (oito bilhões, oitocentos e sessenta e dois milhões, cinquenta e dois mil,

quinhentos e cinquenta e quatro reais e trinta e quatro centavos), desconsideradas as de

natureza intra-orçamentária.

É importante destacar que nesse montante estão incluídas as despesas com

pessoal e encargos, as quais atingiram R$ 5.831.675.306,08 (cinco bilhões, oitocentos e

trinta e um milhões, seiscentos e setenta e cinco mil, trezentos e seis reais e oito

centavos), mantidos os mesmos critérios de apuração. Esse total equivale a 65,81%

(sessenta e cinco vírgula oitenta e um por cento) das despesas correntes, conforme

representação gráfica abaixo:

Gráfico 6. Execução da Despesa Corrente por Grupo de Despesa

Pessoal e Encargos Sociais

Juros e Encargos da Dívida

Outras Despesas Correntes

65,81%

3,26%

30,93%

Execução por Grupo de Despesa

Page 42: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 42

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Fonte: Balanço Orçamentário e Anexo 3, consolidados em 02/04/2014

Incluídas as despesas de natureza intra-orçamentária, o gasto com pessoal e

encargos sociais atinge o montante de R$ 6.872.288.102,11 (seis bilhões, oitocentos e

setenta e dois milhões, duzentos e oitenta e oito mil, cento e dois reais e onze centavos).

Nesse contexto, comparativamente ao exercício 2012, o gasto com pessoal e encargos sociais

evoluiu 12,70% (doze vírgula setenta por cento) durante o ano de 2013, como pode ser observado

no gráfico a seguir:

Gráfico 7. Despesa com Pessoal e Encargos Sociais

Fonte: Exercício 2012: Relatório SEFAZ-MT; Exercício 2013: Balanço Orçamentário Consolidado, em 02/04/2014

Outro quociente a ser analisado é o da Execução Orçamentária Corrente,

resultante da relação entre a Receita Realizada Corrente e a Despesa Empenhada

Corrente. Segue abaixo o cálculo desse quociente, ressaltando que foram incluídas as

operações de natureza intra-orçamentárias:

1

6.097.666.399,92

6.872.288.102,11

2012 2013

Page 43: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 43

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Quociente da Execução Corrente

TOTAL RECEITAS CORRENTES: 11.259.283.424,07 = 1,13

TOTAL DESPESAS CORRENTES: 9.992.094.440,67

Através da interpretação desse quociente é possível verificar que a receita

corrente suportou as despesas correntes em sua totalidade, ou seja, não foi necessário

utilizar receitas de capital para financiar despesas correntes.

3.1.2.2 Despesas de Capital

As Despesas de Capital caracterizam-se por concorrer diretamente para a

formação ou aquisição de um bem de capital. Normalmente são classificadas como

despesas não efetivas, por não reduzirem a situação líquida da entidade, uma vez que em

contrapartida ao gasto registra-se a entrada de um ativo ou a baixa de um passivo.

Durante o exercício de 2013, o Estado executou o montante de R$

2.729.518.952,14 (dois bilhões, setecentos e vinte nove milhões, quinhentos e dezoito

mil, novecentos e cinquenta e dois reais e quatorze centavos) em despesas de capital, não

havendo movimentação intra-orçamentária quanto a este tipo de despesa. Desse

montante, o equivalente a 86,59% (oitenta e seis vírgula cinquenta e nove por cento)

referem-se à investimentos.

Page 44: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 44

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Gráfico 8. Execução de Despesa de Capital por Grupo de Despesa

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado e FIP 613 em 02/04/2014

3.1.3 Regra de Ouro

O conceito chamado de “Regra de Ouro” foi estabelecido pela Constituição

Federal de 1988, artigo 167, III, também abarcado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei

Complementar nº 101/00) em seu artigo 12, § 2º, e se resume a limitar a previsão das

receitas oriundas de contratações de operações de crédito ao montante fixado para as

Despesas de Capital.

Essa premissa se justifica para que os gestores não aumentem o endividamento

do ente público para pagar as despesas para funcionamento e manutenção das atividades

estatais, ou seja, as despesas correntes. Dessa forma, o ente federativo somente poderia

contrair empréstimos tendo como contrapartida uma Despesa de Capital.

Procedida à análise dos valores das receitas provenientes de operações de crédito

em confronto com as despesas de capital durante o exercício de 2013, verifica-se que

houve obediência a essa regra, como demonstrado no gráfico abaixo:

86,59%

0,45%12,96%

Investimentos Inversões Financeiras

Amortização da Dívida

Page 45: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 45

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Gráfico 9. Operações de Crédito x Despesas de Capital

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado, em 02/04/2014

3.2 Balanço Financeiro

De acordo com a Lei nº 4.320/64, o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a

despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-

orçamentária, conjugados com os saldos em espécies provenientes do exercício anterior

e os que se transferem para o exercício seguinte.

Sendo assim, o Balanço Financeiro abrange tanto os Ingressos (Receitas

Orçamentárias e Recebimentos Extra-orçamentários) quanto os Dispêndios (Despesa

Orçamentária e Pagamentos Extra-orçamentários), que se equilibram com a inclusão do

saldo em espécie do exercício anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie para

o exercício seguinte na coluna das despesas.

Nas tabelas abaixo é demonstrado o quociente orçamentário e extra-

orçamentário do Resultado Financeiro, que é o produto da relação entre o Resultado

Orçamentário e Extra-orçamentário e o Resultado Financeiro (Variação do Saldo em

Espécie).

1

1.131.838.690,79

2.729.518.952,14

REGRA DE OURO

Operações de Crédito Despesas de Capital

Page 46: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 46

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 16. Resultado Orçamentário X Resultado Financeiro

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (a) R$ 12.712.506.164,63

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS (b) R$ 12.721.613.392,81

RESULTADO ORÇAMENTÁRIO (c = a - b) -R$ 9.107.228,18

SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR (d) R$ 1.315.862.008,35

SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (e) R$ 1.861.562.265,48

RESULTADO FINANCEIRO (f = e - d) R$ 545.700.257,13 Fonte: Balanço Financeiro Consolidado extraído do Sistema FIPLAN em 07/04/2014

Tabela 17. Resultado Extra-orçamentário X Resultado Financeiro

RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIAS (a) R$ 11.060.620.686,78

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS (b) R$ 10.505.813.201,47

RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO (c = a - b) R$ 554.807.485,31

SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR (d) R$ 1.315.862.008,35

SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (e) R$ 1.861.562.265,48

RESULTADO FINANCEIRO (f = e - d) R$ 545.700.257,13 Fonte: Balanço Financeiro Consolidado extraído do Sistema FIPLAN em 07/04/2014

Verifica-se pelas tabelas que o resultado financeiro demonstra que ocorreu

variação positiva no saldo de disponibilidade do exercício de 2012 para o de 2013. As

tabelas 16 e 17 indicam que o Resultado Extra-Orçamentário contribuiu positivamente

para o resultado financeiro no total de R$ 545,7 milhões, enquanto que o Resultado

Orçamentário contribuiu negativamente com um valor em torno de R$ 9,1 milhões.

Portanto, as variações extra-orçamentárias positivas implicaram em acréscimo do

saldo disponível na comparação com o exercício anterior.

De acordo com a nova estrutura das Demonstrações Contábeis do Setor Público,

o Balanço Financeiro traz as despesas ordenadas por despesas ordinárias e vinculadas,

conforme descrito no quadro abaixo:

Tabela 18. Demonstrativo da Despesa por Destinação

Destinação Valor % Total

Ordinária 6.985.067.945,69 54,91%

Vinculada:

Page 47: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 47

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Incentivos à Indústria, Comércio 25.532.124,51 0,20%

Fundo de Gestão Fazendária 109.980.148,64 0,86%

Apoio das Ações e Serviços de Saúde 215.000.668,47 1,69%

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 490.977.078,00 3,86%

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Superior 134.019.507,07 1,05%

Recursos do FUNDEB 1.131.067.635,30 8,89%

Fundo de Transporte e Habitação - FETHAB 238.665.137,85 1,88%

Desenvolvimento das Ações de Saúde 909.947.210,88 7,15%

Convênios com Outra Esfera de Governo e ONGs 397.594.363,55 3,13%

Pagamento da Dívida Pública Estadual 165.060.835,65 1,30%

FETHAB, FUNDEIC e FUNDESMAT para o Fundo da Copa do Mundo 129.935.361,97 1,02%

Contribuição dos Órgãos e Servidores para a Previdência Social 1.373.114.413,34 10,79%

Outras Vinculações 415.650.961,89 3,27%

TOTAL DAS DESPESAS 12.721.613.392,81 100% Fonte: Balanço Financeiro Consolidado extraído do Sistema FIPLAN em 04/04/2014

As despesas orçamentárias por função de governo, podem ser demonstradas no

quadro abaixo:

Tabela 19. Demonstrativo da Despesa por Função

Nº da função Função de Governo Valor % Total

9 Previdência Social 2.104.775.022,93 16,54%

12 Educação 1.798.086.494,79 14,13%

27 Desporto e Lazer 1.462.568.688,54 11,50%

6 Segurança Pública 1.142.411.873,63 8,98%

10 Saúde 1.126.620.177,04 8,86%

28 Encargos Especiais 1.002.004.532,98 7,88%

4 Administração 923.476.713,23 7,26%

26 Transportes 726.889.108,49 5,71%

2 Judiciária 675.697.671,89 5,31%

1 Legislativa 581.170.479,98 4,57%

Demais Funções 1.177.912.629,31 9,26%

Despesa Orçamentária 12.721.613.392,81 100% Fonte: Sistema FIPLAN – Relatório FIP 613 extraído em 04/04/2014

Page 48: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 48

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Verifica-se que a Função com maior execução foi a “Previdência Social” (16,54%),

seguida pela função “Educação” (14,13%), “Desporto e Lazer” (11,50%) e posteriormente

as funções de “Segurança Pública” (8,98%) e de “Saúde” (8,86%).

Entretanto, ressalta-se que na Função “Desporto e Lazer” foram considerados

todos os investimentos referentes ao evento Copa do Mundo FIFA 2014, sendo que

muitas ações são relacionadas a temas diversos, como por exemplo infraestrutura,

implantação de sistema de informática e sistema modal de transporte coletivo. Situação

que explica o alto índice de gastos na mesma.

No quadro abaixo é demonstrado o detalhamento dos gastos com a função:

Tabela 20. Detalhamento da Função 27 – Desporto e Lazer

Subfunção Ação Valor empenhado

121 - PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

5044 - Fomento à Captação de Investimentos e Geração de Novos Negócios

15.000,00

121 - PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

5104 - Implantação dos projetos de sustentabilidade e gestão dos legados físicos

136.500,00

121 - PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

5106 - Elaboração de Estudo de Impacto dos Investimentos Públicos na Realização da Copa do Mundo FIFA 2014

176.400,00

121 - PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

5107 - Gestão das Ações Interinstitucionais 4.800,00

121 - PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

5887 - Desenvolvimento de Planos de Segurança e de Defesa Civil, com Indicadores, para Atendimento das Exigências.

244.338,60

126 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

5112 - Implementação de Tecnologia de Informação da Comunicação - TIC

1.821.783,43

126 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

7019 - Aquisição de Equipamentos de Tecnologia da Informação -Secopa

72.089,00

128 - FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

5111 - Capacitação dos Servidores 135.030,26

131 - COMUNICACAO SOCIAL 5009 - Publicidade, Promoção e Divulgação da Copa do Mundo FIFA 2014.

11.951.177,22

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5000 - Estruturação da Arena Multiuso 368.283.568,28

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5001 - Implantação do Entorno da Arena Multiuso

36.138.468,03

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5002 - Implantação de Centros Oficiais de Treinamentos

15.149.383,86

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5003 - Organização FIFA FAN FEST 141.090,60

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5004 - Ampliação da Mobilidade e Acessibilidade Urbanas na Região Metropolitana para Copa 2014

227.231.550,98

Page 49: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 49

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5006 - Melhoria da Infraestrutura na Região 32.928.518,90

451 - INFRA-ESTRUTURA URBANA 5110 - Implantação do Sistema Modal de Transporte Coletivo

721.511.601,15

541 - PRESERVACAO E CONSERVACAO AMBIENTAL

7015 - Contribuição com a Proteção ao Meio Ambiente e ao Desenvolvimento Sustentável do Estado na Programação da Copa

80.000,00

691 - PROMOCAO COMERCIAL 5077 - Mobilização de Fornecedores de Suprimento para Copa do Mundo FIFA 2014

27.810,00

695 - TURISMO 5074 - Fomento e Articulação das Ações do Turismo para a Copa do Mundo FIFA 2014

299.745,00

695 - TURISMO 5076 - Promoção de Eventos Turísticos Voltados para Copa do Mundo

130.000,00

695 - TURISMO 5109 - Criação e Ampliação da Oferta de Acomodações para Atendimento da Demanda para Copa do Mundo

1.700.000,00

812 - DESPORTO COMUNITARIO 5021 - Inserção de Ações Sustentáveis de Incentivo ao Esporte

66.740,19

812 - DESPORTO COMUNITARIO 5021 - Inserção de Ações Sustentáveis de Incentivo ao Esporte

400.000,00

813 - LAZER 5036 - Fomento às Atividades Lúdicas nas Escolas para o Fortalecimento do Espírito da Copa

64.291,96

TOTAL DA FUNÇÃO 1.418.709.887,46 Fonte: Sistema FIPLAN – Relatório FIP 613 por função 27-Desporto e Lazer, extraído em 04/04/2014.

3.3 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar

qualitativa e quantitativamente, em certa data, a posição patrimonial e financeira da

entidade. Encontra-se previsto no artigo 105 da Lei nº 4.320/64 e é composto pelo Ativo

Financeiro, Ativo Permanente, Passivo Financeiro, Passivo Permanente, Saldo Patrimonial

e as Contas de Compensação.

3.3.1 Superávit Financeiro

A forma de apuração do superávit financeiro está discriminada no artigo 43 da Lei

nº 4.320/1964, nos seguintes termos:

Page 50: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 50

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

Os valores apresentados no Balanço Patrimonial demonstram um saldo do ativo

financeiro de R$ 2.379.583.934,08 (dois bilhões, trezentos e setenta e nove milhões,

quinhentos e oitenta e três mil, novecentos e trinta e quatro reais e oito centavos), e de

R$ 1.070.626.850,48 (um bilhão, setenta milhões, seiscentos e vinte e seis mil, oitocentos

e cinquenta reais e quarenta e oito centavos) para o passivo financeiro. Dessa forma,

apura-se um superávit financeiro no exercício de 2013 no valor de R$ 1.308.957.083,60

(um bilhão, trezentos e oito milhões, novecentos e cinquenta e sete mil, oitenta e três

reais e sessenta centavos), demonstrando que o Estado possui capacidade de pagamento

no curto prazo, conforme evidenciado abaixo:

Tabela 21. Demonstrativo de Apuração do Superávit Financeiro

Título 2013

A - Ativo Financeiro 2.379.583.934,08

B - Passivo Financeiro 1.070.626.850,48

Superávit Financeiro (A-B) 1.308.957.083,60 Fonte: Balanço Patrimonial consolidado, extraído em 07/04/2014

O gráfico seguinte demonstra, em números absolutos, o desempenho do valor do

Superávit Financeiro no último triênio, apresentando um forte crescimento durante esse

período:

Page 51: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 51

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Gráfico 10. Comparativo do Superávit Financeiro

Fonte: Balanço Patrimonial consolidado extraído 07/04/2014

3.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais

A Demonstração das Variações Patrimoniais é o anexo 15 da Lei Federal 4.320/64.

Este demonstrativo reflete as alterações resultantes e independentes da execução

orçamentária ocorridas no patrimônio durante o exercício financeiro.

As Variações Ativas são todas aquelas que provocam movimentações

quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio, pelo aumento de valores ativos,

reduções de valores passivos ou fato permutativo. As Variações Passivas, por sua vez, são

aquelas que provocam movimentações quantitativas e qualitativas ocorridas no

patrimônio, pelo aumento de valores passivos, redução de valores ativos ou fato

permutativo.

No exercício de 2013, conforme Demonstração extraída do sistema FIPLAN, o total

das Variações Passivas superou as Variações Ativas, provocando um Déficit no valor de R$

18.038.661.548,69 (dezoito bilhões, trinta e oito milhões, seiscentos e sessenta e um mil,

quinhentos e quarenta e oito reais e sessenta e nove centavos), conforme demonstrado

no anexo 15 – Demonstração das Variações Patrimoniais.

405.565.335,89

855.279.889,84

1.308.957.083,60

2011 2012 2013

Superávit Financeiro

Page 52: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 52

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Em que pese o déficit apresentado na demonstração a Auditoria Geral do Estado

não tem conhecimento de nenhum evento fiscal que justifique tal resultado, mas devido

ao tempo exíguo para análise o fato será apurado posteriormente em auditoria

programada para o exercício de 2014.

4. ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA

Segundo o entendimento da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, o conceito de

“Receita Pública” pode ser resumido em diferentes definições, de acordo com o contexto

em que é abordado. Dentre esses conceitos destacam-se os seguintes:

1. A entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas,

condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como

elemento novo e positivo;

2. Toda arrecadação de rendas autorizadas pela Constituição Federal, Leis e

Títulos Creditórios à Fazenda Pública;

3. Conjunto de meios financeiros que o Estado e as outras pessoas de direito

público auferem, e, livremente, e sem reflexo no seu passivo, podem dispor

para custear a produção de seus serviços e executar as tarefas políticas

dominantes em cada comunidade. Em sentido restrito, portanto, receitas são

as entradas que se incorporam ao patrimônio como elemento novo e positivo;

em sentido lato, são todas quantias recebidas pelos cofres públicos,

denominando-se entradas ou ingressos (em sentido restrito, nem todo

ingresso constitui receita pública; o produto de uma operação de crédito, p.

ex., é um ingresso mas não é receita nessa concepção, porque em

contraposição à entrada de recursos financeiros cria uma obrigação no passivo

da entidade pública);

Page 53: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 53

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

4. No sentido de CAIXA ou CONTABILÍSTICO são receitas públicas todas e

quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de

sua origem ou fim;

5. No sentido financeiro ou próprio são receitas públicas apenas as entradas de

fundos nos cofres do Estado que representem um aumento do seu patrimônio.

Outra maneira de se ver o problema é considerar que, para que exista uma

receita pública, é necessário que a soma de dinheiro arrecadada seja

efetivamente disponível, isto é, que possa em qualquer momento ser objeto

dentro das regras políticas e jurídicas de gestão financeira, de uma alocação e

cobertura de despesas públicas.

Na análise que passa-se a apresentar, o conceito de Receita Pública é o mais amplo

dentre os trazidos nos conceitos da STN. Considera-se Receita Pública todo o ingresso nos

cofres públicos, em caráter não transitório, mesmo que em contrapartida seja criado uma

obrigação ao Estado. Estabelecido o conceito adotado para esta análise, passa-se a

demonstrar as informações.

Em 2013, a Receita Pública atingiu o valor de R$ 12.712.306.164,66 (doze bilhões,

setecentos e doze milhões, trezentos e seis mil, cento e sessenta e quatro reais e sessenta

e seis centavos), valor este 0,77% (ponto setenta e sete por cento) inferior àquele previsto

na LOA (R$ 12.810,35 milhões).

O resultado está demonstrado no gráfico 11:

Page 54: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 54

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Gráfico 11. Desempenho da Receita Pública no período de 2010 a 2013

Fonte: Exercícios 2010 a 2012: Relatório SEFAZ-MT. Exercício 2013: FIPLAN Relatório Anexo 12 da Lei 4.320/64 – Balanço Orçamentário, emitido em 27/03/2014.

A arrecadação da receita em comparação com os exercícios anteriores

demonstrado no gráfico acima, teve tal resultado decorrente da mudança de metodologia

em relação ao repasse aos municípios que, a partir do exercício de 2013, passou a ser

deduzido da receita pública, conforme identificado nos relatórios governamentais.

Ao analisar as informações do Balanço Orçamentário, é possível identificar que o

desempenho das Receitas de Capital afetaram negativamente o desempenho das

Receitas Públicas, no que tange às operações de crédito, alienação de bens e

transferências de capital, conforme tabela abaixo:

Tabela 22. Previsão x Execução da Receita Pública em 2013

Previsão (a) Execução (b) Realizado (b/a)

RECEITA PÚBLICA R$ 12.810.348.875,00 R$ 12.712.306.164,00 99%

Receita Corrente R$ 10.241.358.045,00 R$ 11.259.083.424,00 110%

Receita de Capital R$ 2.568.990.830,00 R$ 1.453.222.740,00 57% Fonte: FIPLAN Relatório Anexo 12 da Lei 4.320/64 – Balanço Orçamentário, encaminhado em 02/04/2014.

0,00

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

12.000,00

14.000,00

2010 2011 2012 2013

Val

ore

s em

R$

milh

ões

Receita Pública

Previsto Realizado

Page 55: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 55

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Sendo assim, a execução da Receita Pública pode ser ilustrada, segundo a

categoria econômica, nos termos no gráfico 12:

Gráfico 12. Receita Orçamentária Realizada por Categoria Econômica em 2013

Fonte: FIPLAN Relatório Anexo 12 da Lei 4.320/64 – Balanço Orçamentário, encaminhado em 02/04/2014.

Por outro lado, a Receita Tributária evoluiu nos últimos quatro anos, em termos

nominais, 70% (setenta por cento), atingindo a arrecadação total de R$ 8.790.504.020,62

(oito bilhões, setecentos e noventa milhões, quinhentos e quatro mil, vinte reais e

sessenta e dois centavos) em 2013.

Ainda em relação à Receita Tributária, verifica-se que o montante arrecadado

superou a previsão inicial em R$ 2.309.017.941,62 (dois bilhões, trezentos e nove

milhões, dezessete mil, novecentos e quarenta e um reais e sessenta e dois centavos),

resultando em uma arrecadação superior à prevista em 35% (trinta e cinco por cento),

conforme demonstrado na tabela a seguir:

Receita Corrente

88%

Receita de Capital

12%

Receita Orçamentária Realizada por Categoria Econômica

Receita Corrente

Receita de Capital

Page 56: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 56

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Gráfico 13. Desempenho da Receita Tributária nos últimos quatro anos

Fonte: Exercícios 2010 a 2012: Relatório SEFAZ-MT. Exercício 2013: FIPLAN Relatório FIP-729, emitido em 27/03/2014.

Ainda no gráfico acima, observa-se que se comparada a receita arrecadada em

2012 com a de 2013, observa-se um incremento na receita tributária de 14% (quatorze

por cento) no último exercício.

Em termos de valores, na receita prevista em 2013 ocorreu um subestimação, pois

a previsão da mesma foi inferior à arrecadação no ano anterior, ou seja, em 2012

arrecadou-se mais do que foi previsto para arrecadar em 2013.

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE GOVERNO

Por determinação do artigo 165, § 2º, da Constituição Federal, matéria repetida

pela Constituição Estadual em seu artigo 162, § 2º, as metas e prioridades da

0,00

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,00

2010 2011 2012 2013

Val

ore

s e

m R

$ m

ilhõ

es

RECEITA TRIBUTÁRIAPrevisto Realizado

Page 57: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 57

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Administração Pública para o exercício subsequente devem ser compreendidas na Lei de

Diretrizes Orçamentárias – LDO, sempre observando as diretrizes, objetivos e metas

estabelecidas no Plano Plurianual vigente.

Nesse sentido, o Anexo I da Lei nº 9.784/2013 (LDO 2013) ilustra as metas e

prioridades do Governo do Estado de Mato Grosso para o exercício de 2013 em diversas

áreas, das quais destaca-se e avalia-se as relacionadas à Segurança Pública, à Educação, à

Saúde e às Obras da Copa do Mundo FIFA 2014, quanto à execução física e financeira.

Em complementação, apresenta-se as considerações acerca de outras ações que

tenham expressiva representatividade financeira em relação ao orçamento total do

Estado de Mato Grosso, referentes as mesmas áreas definidas para avaliação das “Metas

e Prioridades”.

Considerando que algumas metas estabelecidas pela LDO 2013 foram alteradas

por meio da Lei Orçamentária Anual 2013, providenciamos a avaliação das ações

governamentais nos termos desta.

Para análise dos resultados obtidos em cada ação apresentada nas tabelas de suas

respectivas área de atuação, será utilizada a metodologia de análise percentual da

execução das metas financeira e física. O percentual da meta financeira se resume a

relação entre o valor liquidado e o total de créditos autorizados no exercício de 2013. Em

relação à meta física, compara-se o resultado efetivamente executado em relação à meta

estipulada no Plano de Trabalho Anual – PTA. Os dados foram obtidos no sistema FIPLAN,

nos relatórios produzidos pelas áreas finalísticas das secretarias envolvidas, na LDO e na

LOA.

Page 58: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 58

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

5.1 Metas e Prioridades na área de Segurança Pública

Para o exercício de 2013, a Lei de Diretrizes Orçamentárias estabeleceu apenas um

Programa, abarcando três Ações, como prioritário na área de Segurança Pública, o qual

apresentamos na tabela a seguir:

Tabela 23. Programas e Ações Priorizadas na área de Segurança Pública

OBJETIVO ESTRATÉGICO 7 – “REDUZIR A VIOLÊNCIA E A INSEGURANÇA DO CIDADÃO”

Programa: 336 – Segurança na Copa

Ação Produto Unidade Medida

Meta Prevista na

LOA

Meta

Realizada

5139 – Ampliação da Capacidade Operacional da PM/MT com vistas à Copa 2014

Operação Realizada

Unidade 12 11

5141 – Construção de Delegacias para Atividades Operacionais nas Investigações de Ilícitos Penais para a Copa 2014

Unidade Construída

Unidade 04 0

5142 – Implantação do Centro de Comando e Controle do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública – CIOSP para a Copa 2014

Central Implantada Unidade 01 0

Fonte: Fiplan – Plano de Trabalho Anual-PTA 2013 e RAG, emitidos em 13/03/2014

De acordo com o Plano de Trabalho Anual – PTA, o Programa 336 “Segurança na

Copa” tem por objetivo “estruturar as instituições de segurança pública (Polícia Militar,

Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Politec e SESP) para que estejam em condições de

oferecer os serviços necessários à realização da copa do mundo de futebol”. Nesse

sentido, as ações escolhidas como prioritárias para o ano de 2013 convergem para essa

direção, tendo como objetivos específicos a construção de bases comunitárias e a

operacionalização das atividades policiais nas investigações de ilícitos para a copa de

2014. .

Durante o exercício de 2013, a ação 5139 – “Ampliação da Capacidade Operacional

da PM/MT com vistas à Copa 2014” sofreu revisão da meta física em uma unidade,

diminuindo para 11 (onze) operações realizadas.

Page 59: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 59

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Em relação à execução, podemos verificar que o desempenho na ação 5139 atingiu

o cumprimento de 100% (cem por cento) da meta revisada. As demais ações (5141 e

5142) não obtiveram êxito em sua execução. As explicações para tais desempenhos

constam do Relatório de Ação Governamental – RAG. Os responsáveis justificaram a não

execução das metas da ação 5141 – “Construção de Delegacias para Atividades

Operacionais nas Investigações de Ilícitos Penais para a Copa 2014” pela não celebração de

convênios e contingenciamento de recursos. Em relação à ação 5142 – “Implantação do

Centro de Comando e Controle do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública

– CIOSP para a Copa 2014”, a justificativa foi de que as obras para implantação do Centro

de Comando e Controle serão concluídas no ano de 2014.

O desempenho orçamentário e financeiro desse programa está demonstrado na

tabela seguinte:

Tabela 24. Execução Orçamentária dos Programas e Ações Priorizados na área de Segurança Pública

Programa 336 – Segurança na Copa

PAOE

Créd.

Autorizado

(a)

Empenhado

(b)

Liquidado

(c)

Pago

(d)

Realizado

(c/a)

5139 – Ampliação da Capacidade Operacional da PM/MT com vistas à Copa 2014

800.323,46 725.466,67 272.698,05 242.521,56 34,07%

5141 – Construção de Delegacias para Atividades Operacionais nas Investigações de Ilícitos Penais para a Copa 2014

100.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00%

5142 – Implantação do Centro de Comando e Controle do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública – CIOSP para a Copa 2014

100.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00%

Fonte: Fiplan – FIP 613, emitido em 31/03/2014

Page 60: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 60

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Com um orçamento inicialmente fixado em R$ 100.000,00 (cem mil reais), a ação

5139 foi suplementada em mais de 700% (setecentos por cento) e liquidado quase o triplo

do orçamento inicial. Essa situação poderia demonstrar uma falha no planejamento dos

recursos necessários à consecução do objetivo específico da ação, uma vez que a meta

física foi atingida em 100% (cem por cento). Porém, o responsável pela ação relata que

não foram considerados os recursos oriundos de convênios firmados com o Governo

Federal, quando da definição da meta financeira. Dessa forma, com o advento dos

recursos federais, o montante disponibilizado para a ação 5139 totalizou R$ 800.323,46

(oitocentos mil, trezentos e vinte três reais e quarenta e seis centavos), sendo grande

parte aportada sob a fonte 361 – “Recursos de Convênios com Outra Esfera de Governo

e ONGs firmados pela Adm. Direta (ex. anteriores)”.

Ao analisar as informações prestadas no RAG, é possível identificar qual é a origem

dos recursos suplementados na Ação 5139. No entanto, após a abertura de créditos

adicionais que multiplicaram os recursos orçamentários originários em oito vezes, ao

invés da meta física também ser reavaliada para mais, houve o decréscimo de uma

unidade.

Em relação às demais ações prioritárias na área da Segurança Pública (5141 e

5142), trazidas no Anexo I da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2013, verificamos que a

execução orçamentária foi nula, da mesma forma que o desempenho da meta física. A

justificativa dos responsáveis por estas ações baseia-se na escassez de recursos e na

conclusão das metas em exercício futuro.

5.1.1 Outras Ações relevantes na área da Segurança Pública

A previsão orçamentária inicial para a área da Segurança Pública perfaz o valor de

R$ 1.117.046.562,00 (um bilhão, cento e dezessete milhões, quarenta e seis mil,

quinhentos e sessenta e dois reais), sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de

Segurança Pública – SESP.

Page 61: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 61

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Desse montante, R$ 979.194.577,20 (novecentos e setenta e nove milhões, cento

e noventa e quatro mil, quinhentos e cinquenta e sete reais e vinte centavos), equivalente

à aproximadamente 88% (oitenta e oito por cento), destinam-se ao Programa Apoio

Administrativo – 036, que abarca as atividades meio daquela secretaria, bem como o

pagamento de todos os servidores da ativa e os respectivos encargos sociais. Dessa forma,

restariam R$ 137.851.984,80 (cento e trinta e sete milhões, oitocentos e cinquenta e um

mil, novecentos e oitenta e quatro reais e oitenta centavos) para o desenvolvimento das

atividades finalísticas na área da Segurança Pública.

As Ações estabelecidas no rol de “Metas e Prioridades” no Anexo I da Lei de

Diretrizes Orçamentárias 2013, para a área de Segurança Pública, somam apenas R$

300.000,00 (trezentos mil reais). Dessa forma, no intuito de melhor avaliar as ações nesse

setor cujos avanços são consideravelmente sensíveis à sociedade, apresenta-se nas

tabelas seguintes os resultados das Ações Governamentais na área da Segurança Pública

que agrupam um montante mais expressivo:

Tabela 25. Ação: 5172 – Ampliação e Reestruturação das Atividades na Faixa de Fronteira Oeste

Programa: 324 – Enfrentamento Integrado às Drogas

Ação: 5172 – Ampliação e Reestruturação das Atividades na Faixa de Fronteira Oeste

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 13.371.013,21

Área fiscalizada Percentual 40

Dotação final – após créditos 22.014.027,75

Liquidado/Realizado 8.466.204,92 40

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

A Ação 5172 – “Ampliação e Reestruturação das Atividades na Faixa de Fronteira

Oeste” tem por objetivo específico “potencializar os resultados das ações de

enfrentamento da criminalidade e drogas e interação junto à sociedade fronteiriça”. A

sua aplicação se limita à região sudoeste do Estado.

Page 62: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 62

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Após a abertura de créditos adicionais, que resultou no incremento de R$

8.643.014,54 (oito milhões, seiscentos e quarenta e três mil, quatorze reais e cinquenta e

quatro centavos), a meta física se manteve inalterada, estabelecida em 40 (quarenta)

áreas a serem fiscalizadas. Assim, a relação entre as metas física e financeira que

inicialmente era R$ 334.275,33 (trezentos e trinta e quatro mil, duzentos e setenta e cinco

reais e trinta e três centavos) para cada área fiscalizada, passou a mais de R$ 550.000,00

(quinhentos e cinquenta mil reais) para cada área fiscalizada, o que representa um

aumento de 64% (sessenta e quatro por cento).

Os números apresentados no RAG referente à execução física demonstram a

efetivação de 100% (cem por cento) da meta estabelecida. No entanto, verificamos que

a execução financeira foi de apenas R$ 8.466.204,92 (oito milhões, quatrocentos e

sessenta e seis mil, duzentos e quatro reais e noventa e dois centavos), equivalente à

38,46% (trinta e oito vírgula quarenta e seis por cento) do total de créditos autorizados.

Dessa forma, verificamos uma distorção entre as metas física e a financeira

propostas na Lei Orçamentária, o que compromete a eficácia do planejamento da ação,

pois estaria sendo cumprido a totalidade da meta utilizando pouco mais de um terço dos

recursos.

Tabela 26. Ação: 4259 – Manutenção das Ações de Resolutividade dos Ilícitos Penais – PJC

Programa: 334 – Segurança por Resultados

Ação: 4259 – Manutenção das Ações de Resolutividade dos Ilícitos Penais – PJC

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 13.698.800,53

Ação mantida Percentual 100

Dotação final – após créditos 18.911.300,67

Liquidado/Realizado 16.947.587,40 100

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

Page 63: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 63

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Com o objetivo específico de manter as ações de investigação dos ilícitos penais,

a Ação 4259 – “Manutenção das Ações de Resolutividade dos Ilícitos Penais – PJC” tem

suas metas estipuladas para todo o Estado de Mato Grosso.

A justificativa apresentada pelo responsável por esta ação governamental, em

relação à execução de 100% (cem por cento) da meta física, baseia-se em não ter havido

interrupção no andamento dos trabalhos em todas as unidades da Polícia Judiciária Civil.

O volume de recursos empregados guarda equivalência com a execução física da ação.

Após a suplementação de recursos, a Ação 4259 totalizou R$ 18.911.300,67

(dezoito milhões, novecentos e onze mil, trezentos reais e sessenta e sete centavos), com

a aplicação de 89,62% (oitenta e nove vírgula sessenta e dois por cento) desse montante.

Diante desses números, conclui-se que tanto o planejamento quanto a execução desta

ação foram satisfatórios.

Tabela 27. Ação: 4271 – Manutenção das Ações Gerais do Policiamento Ostensivo

Programa: 335 – Pacto pela Vida

Ação: 4271 – Manutenção das Ações Gerais do Policiamento Ostensivo

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 13.435.599,53

Unidade mantida Percentual 100

Dotação final – após créditos 15.264.321,64

Liquidado/Realizado 10.444.904,71 100

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

A Ação 4271 – “Manutenção das Ações Gerais do Policiamento Ostensivo” está

diretamente relacionada com a estrutura repressiva do Estado, uma vez que tem por

objetivo específico “Garantir a manutenção das atividades de policiamento ostensivo

visando a eficiência dos serviços de prevenção e repressão ao crime.”

O volume de recursos liquidados para esta ação atingiu o montante de R$

10.444.904,71 (dez milhões, quatrocentos e quarenta e quatro mil, novecentos e quatro

Page 64: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 64

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

reais e setenta e um centavos), representando 68,43% (sessenta e oito vírgula quarenta

e três por cento) do limite autorizado. Porém, por meio da análise do Relatório FIPLAN

FIP 613 – “Demonstrativo de Despesa Orçamentária”, podemos perceber que foram

contingenciados R$ 3.657.078,59 (três milhões, seiscentos e cinquenta e sete mil, setenta

e oito reais e cinquenta e nove centavos). Além disso, conforme exposto no RAG, atingiu-

se 100% (cem por cento) da meta física, pois efetivamente foi garantido a manutenção

de toda a estrutura estatal, o que depreende que as despesas foram superestimadas no

orçamento, visto que com pouco menos de 70% do orçamento foi possível cumprir toda

a ação planejada.

Dessa forma, baseado apenas nos números apresentados nos relatórios, podemos

avaliar positivamente a execução da Ação 4271 – “Manutenção das Ações Gerais do

Policiamento Ostensivo”.

5.2 Metas e Prioridades na área de Educação

Em relação às metas e prioridades na área da Educação, constam do Anexo I da

LDO 2013 as seguintes ações:

Tabela 28. Programas e Ações Priorizadas na área da Educação

OBJETIVO ESTRATÉGICO 4 – “FORTALECER A CAPACIDADE CIENTÍFICA E DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DO ESTADO”

Programa: 250 – Fortalecimento do Ensino Superior

PAOE Produto Unidade Medida

Meta Prevista na

LOA

Meta

Realizada

2656 – Manutenção e Fortalecimento dos Cursos de Graduação

Curso Mantido Unidade 53 56

4348 – Ampliação e Manutenção de Oferta de Vagas nos Cursos de Graduação

Vaga Disponibilizada

Unidade 4640 4255

Fonte: Fiplan – Plano de Trabalho Anual-PTA 2013 e RAG, emitidos em 13/03/2014

Page 65: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 65

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 29. Execução orçamentária e financeira do Programa: 250 – Fortalecimento do Ensino Superior

Programa: 250 – Fortalecimento do Ensino Superior

PAOE Dotação Inicial (a)

Crédito Autorizado

(b)

Empenhado (c)

Liquidado (d) Valor Pago

(e) Realizado

(d/b)

2656 – Manutenção e Fortalecimento dos Cursos de Graduação

2.838.998,44 1.565.048,22 989.642,40 844.006,87 737.292,40 53,93%

4348 – Ampliação e Manutenção de Oferta de Vagas nos Cursos de Graduação

1.843.186,58 2.097.899,58 265.168,00 265.168,00 265.168,00 12,64%

Fonte: FIPLAN – FIP 613, emitido em 31/03/2014

A implementação das duas Ações Governamentais elencadas no Anexo I (Metas e

Prioridades) da LDO 2013, na área da Educação, é de responsabilidade da Fundação

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT.

Essas ações, vinculadas ao Programa 250 – “Fortalecimento do Ensino Superior”,

tem os seguintes objetivos específicos:

• Ação 2656 – “Manutenção e Fortalecimento dos Cursos de Graduação”: Promover a

manutenção e o aperfeiçoamento dos cursos de graduação que se encontrem em

funcionamento em todos os campi universitários e núcleos pedagógicos da UNEMAT.

• Ação 4348 – “Ampliação e Manutenção de Oferta de Vagas nos Cursos de Graduação”:

Atender as demandas regionais, através da oferta de vagas nos cursos de graduação.

Conforme informações coletadas no RAG, a execução da Ação 2656 foi de 105,66%

(cento e cinco vírgula sessenta e seis por cento) da meta física inicialmente estabelecida.

A justificativa do responsável é de que houve a encampação da Faculdade de Ciências

Sociais e Aplicadas de Diamantino/MT – UNED por parte da UNEMAT, aumentando o

número de cursos regulares disponibilizados pela entidade. Em relação à execução

financeira, percebemos que restou prejudicada pela redução de R$ 1.448.950,22 (um

milhão, quatrocentos e quarenta e oito mil, novecentos e cinquenta reais e vinte e dois

Page 66: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 66

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

centavos). Ainda assim, foram liquidados 53,93% (cinquenta e três vírgula noventa e três

por cento) dos créditos autorizados.

Em relação à Ação 4348, a execução física foi de 4.255 (quatro mil, duzentos e

cinquenta e cinco) vagas disponibilizadas nos cursos de graduação oferecidos pela

UNEMAT, número considerado satisfatório pelo responsável da ação, pois representa

91,70% (noventa e um vírgula setenta por cento) da meta fixada. Também corrobora para

essa avaliação positiva, o aumento do número de vagas disponibilizadas em relação ao

exercício de 2012, que foi de 3.750 (três mil, setecentos e cinquenta) vagas. No entanto,

esse desempenho da meta física foi atingido utilizando apenas 12,64% (doze vírgula

sessenta e quatro por cento) dos créditos autorizados para esta ação, os quais foram

drasticamente reduzidos com o contingenciamento de recursos desta ação.

Em ambas as ações na área de educação, tratadas como prioridades pela Lei de

Diretrizes Orçamentárias de 2013, podemos verificar um descolamento entre as metas

física e financeira.

5.2.1 Outras Ações relevantes na área da Educação

Com um orçamento inicialmente estipulado em R$ 1.641.251.181,00 (um bilhão,

seiscentos e quarenta e um milhões, duzentos e cinquenta e mil, cento e oitenta e um

reais) para a Secretaria de Estado de Educação e de R$ 212.567.508,00 (duzentos e doze

milhões, quinhentos e sessenta e sete mil, quinhentos e oito reais) para a Fundação

Universidade do Estado de Mato Grosso, a área da Educação foi contemplada na Lei

Orçamentária com um montante de R$ 1.853.818.689,00 (um bilhão, oitocentos e

cinquenta e três milhões, oitocentos e dezoito mil, seiscentos e oitenta e nove reais).

As ações apresentadas abaixo contemplam aspectos relacionados às qualidades

essenciais na busca da garantia do acesso à educação, de boas condições físicas e do

Page 67: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 67

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

desenvolvimento das condições pedagógicas das escolas. Destaca-se do montante

apontado, os valores investidos e os resultados nas seguintes Ações:

Tabela 30. Ação: 4117 – Atendimento e Manutenção do Transporte Escolar

Programa: 340 – Educação com Qualidade Social

Ação: 4117 – Atendimento e Manutenção do Transporte Escolar

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 49.400.000,00

Município

atendido Unidade

141 Dotação final – após créditos 101.846.023,97

Liquidado/Realizado 95.197.985,98 141

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

Com o objetivo específico de garantir o acesso dos alunos residentes em zona rural

às escolas de difícil acesso, a Ação 4117 contempla todos os municípios do Estado de Mato

Grosso. Segundo informações do RAG, os 141 (cento e quarenta e um) municípios do

Estado foram efetivamente beneficiados, atendendo cerca de 58.753 (cinquenta e oito mil,

setecentos e cinquenta e três) alunos.

Em relação à aplicação de recursos financeiros, destaca-se a suplementação

ocorrida nesta ação durante o exercício de 2013. Com um orçamento inicial de R$

49.400.000,00 (quarenta e nove milhões e quatrocentos mil reais), verificamos a aplicação

de quase 200% (duzentos por cento) desse montante, totalizando R$ 95.197.985,98

(noventa e cinco milhões, cento e noventa e sete mil, novecentos e oitenta e cinco reais e

noventa e oito centavos). Dessa alteração resultou um acréscimo no investimento na

melhoria do acesso às escolas rurais de R$ 324.808,41 (trezentos e vinte e quatro mil,

oitocentos e oito reais e quarenta e um centavos) por município, em média.

Page 68: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 68

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 31. Ação: 4119 – Manutenção e Monitoramento das Escolas Estaduais de Mato Grosso

Programa: 340 – Educação com Qualidade Social

Ação: 4119 – Manutenção e Monitoramento das Escolas Estaduais de Mato Grosso

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 61.441.906,40

Escola mantida Unidade 724

Dotação final – após créditos 72.430.693,53

Liquidado/Realizado 68.122.640,25 743

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

Totalizando R$ 72.430.693,53 (setenta e dois milhões, quatrocentos e trinta mil,

seiscentos e noventa e três reais e cinquenta e três centavos) autorizados para serem

aplicados na manutenção das condições pedagógicas de 724 (setecentos e vinte quatro)

escolas localizadas em todo o Estado, a execução física da Ação 4119 atingiu 102% (cento

e dois por cento) da meta inicialmente determinada. Esse resultado foi obtido com a

utilização de R$ 68.122.640,25 (sessenta e oito milhões, cento e vinte dois mil, seiscentos

e quarenta reais e vinte cinco centavos), representando 94% (noventa e quatro por cento)

do crédito autorizado. Esse fato demonstra uma relação compassada na execução entre

as metas física e financeira.

Tabela 32. Ação: 4371 – Expansão e Melhoria da Infraestrutura Física de Atendimento Educacional – Ensino Fundamental

Programa: 340 – Educação com Qualidade Social

Ação: 4371 – Expansão e Melhoria da Infraestrutura Física de Atendimento Educacional – Ensino Fundamental

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 108.712.935,92

Escola atendida Unidade 248

Dotação final – após créditos 227.695.836,19

Liquidado/Realizado 19.278.344,17 185

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

Page 69: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 69

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

O objetivo específico da Ação 4371 é relacionado à expansão e manutenção da

estrutura física das escolas, de forma a aumentar a qualidade do ensino no Estado de

Mato Grosso. O montante fixado na Lei Orçamentária Anual 2013 foi suplementado,

dobrando o valor de recursos disponíveis para esta ação.

Conforme informações do RAG, a execução física atingiu 75% (setenta e cinco por

cento) da meta proposta, garantindo um resultado mediano. No entanto, a análise da

execução financeira nos permite concluir que apenas 8,5% (oito e meio por cento) do

crédito autorizado foi efetivamente liquidado.

Com a baixa execução de recursos desta ação, temos como resultado a perda de

oportunidade de implementar melhorias nas escolas públicas e, consequentemente, o

potencial decréscimo no desempenho do Estado de Mato Grosso nos índices que

mensuram a evolução da educação.

5.3 Metas e Prioridades na área da Saúde

Em relação às ações na área da Saúde, o Anexo I da Lei de Diretrizes Orçamentárias

2013, Lei nº 9.784, de 26 de julho de 2012, estabeleceu como prioridade apenas a Ação

4303 – “Co-Financiamento para Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e Serviços

da Atenção Primária à Saúde”, cujos dados financeiros e físicos expomos na tabela abaixo:

Tabela 33. Programa e Ação Priorizada na área de Saúde

OBJETIVO ESTRATÉGICO 5 – “AMPLIAR A REDE DE ATENÇÃO E DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE”

Programa: 327 – Ampliação do Acesso de Forma Equitativa e com Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde

Ação Produto Unidade Medida

Meta Prevista na

LOA

Meta

Realizada

4303 – Co-Financiamento para Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e Serviços da Atenção Primária à Saúde

Equipe ampliada Unidade 1.060 1.071

Fonte: Fiplan – Plano de Trabalho Anual-PTA 2013 e RAG, emitidos em 13/03/2014

Page 70: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 70

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Encampada pelo Programa 327 – “Ampliação do Acesso de Forma Equitativa e com

Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde”, a Ação 4303 – “Co-Financiamento para

Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e Serviços da Atenção Primária à Saúde”

tem como objetivo específico “ampliar e qualificar a atenção primária à saúde no SUS,

aumentando e aperfeiçoando as equipes de saúde da família e saúde bucal”. Nesse

contexto, o resultado apresentado pela equipe técnica demonstra a implantação de 12

(doze) novas equipes de Saúde da Família e de outras 18 (dezoito) de Saúde Bucal, que

somadas às demais existentes no Estado, totalizam 1.071 (um mil e setenta e um)

especializadas nessas áreas da saúde, no ano de 2013. Apesar de o produto da Ação

considerar o número de “equipes ampliadas”, considerando que o objetivo específico

contempla além da ampliação, também a qualificação das equipes, podemos avaliar que

a meta física foi atingida.

Ainda em relação à meta física, verificamos que, durante o exercício de 2013, a

Ação 4303 – “Co-Financiamento para Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e

Serviços da Atenção Primária à Saúde” sofreu revisão da meta física, diminuindo para

1.060 (um mil e sessenta) equipes ampliadas.

Em relação à execução financeira, podemos verificar na tabela abaixo que quase

a totalidade dos recursos disponibilizados foram aplicados.

Tabela 34. Execução orçamentária e financeira do Programa: 327 – Ampliação do Acesso de Forma Equitativa e com Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde

Programa: 327 – Ampliação do Acesso de Forma Equitativa e com Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde

PAOE Dotação Inicial

(a)

Crédito Autorizado

(b) Empenhado (c) Liquidado (d) Valor Pago (e)

Realizado (d/b)

4303 – Co-Financiamento para Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e Serviços da Atenção Primária à Saúde

29.441.899,78 34.566.283,09 32.193.749,76 31.920.706,50 31.920.706,50 92,35%

Fonte: Fiplan – FIP 613, emitido em 31/03/2014

Page 71: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 71

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Dessa forma, podemos considerar que o desempenho apresentado pela Ação

4303 – “Co-Financiamento para Manutenção e Ampliação do Acesso às Ações e Serviços

da Atenção Primária à Saúde” atingiu um nível muito positivo tanto no aspecto físico

quanto financeiro.

5.3.1 Outras ações relevantes na área da Saúde

Com um montante de R$ 158.692.566,92 (cento e cinquenta e oito milhões,

seiscentos e noventa e dois mil, quinhentos e sessenta e seis reais e noventa e dois

centavos), a Ação 4309 – “Gerenciamento das Unidades sob Gestão de Organizações

Sociais” representa mais de 16% (dezesseis por cento) do orçamento inicialmente

previsto para o Fundo Estadual de Saúde – FES. Diante da grande relevância dessa ação,

apresentamos as informações acerca da aplicação dos recursos e da execução da meta

física, bem como a análise sobre o desempenho das organizações sociais enquanto

vetores das políticas públicas na área da saúde.

Apresenta-se na tabela abaixo o desempenho alcançado na referida ação

governamental:

Tabela 35. Ação: 4309 – Gerenciamento das Unidades sob Gestão de Organizações Sociais

Programa: 327 – Ampliação do Acesso de Forma Equitativa e com Qualidade ao Sistema e Serviços de Saúde

Ação: 4309 – Gerenciamento das Unidades sob Gestão de Organizações Sociais

R$ Produto Unidade

Medida Quantidade

Dotação inicial - LOA 158.692.566,92

Unidade

supervisionada Unidade

13

Dotação final – após créditos 227.586.334,92 10

Liquidado/Realizado 212.704.038,02 8

Fonte: Fiplan – FIP 613 e RAG, emitidos em 31/03/2014

Page 72: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 72

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Primeiramente, destacamos que mesmo após a abertura de créditos adicionais,

resultando em um aumento de 42% (quarenta e dois por cento) dos recursos, houve a

revisão da meta física desta ação, sendo diminuída para 10 (dez) o número de unidades

supervisionadas, equivalente a 77% (setenta e sete por cento) da meta inicial.

Segundo informações apresentadas no RAG, a real necessidade de recursos para

essa ação, prevista no momento de elaboração do PTA-2013, alcançava o montante de

R$ 261.364.616,34 (duzentos e sessenta e um milhões, trezentos e sessenta e quatro mil,

seiscentos e dezesseis reais e trinta e quatro centavos). Porém, o orçamento inicial não

contemplou essa previsão na sua totalidade.

Em relação à execução física, os responsáveis pela ação apontam que, atualmente,

08 (oito) unidades da Secretaria de Estado de Saúde – SES estão sendo gerenciadas por

Organizações Sociais, quais sejam Hospital Metropolitano de Várzea Grande, Hospital

Regional de Rondonópolis, Hospital Regional de Cáceres, Hospital Regional de Colíder,

Hospital Regional de Sorriso, Hospital Regional de Alta Floresta e Hospital Regional de

Sinop e Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde-CEADIS. O instrumento

utilizado para formalização da administração dessas unidades públicas é o Contrato de

Gestão.

5.4 Programas e Ações prioritárias da Copa do Mundo FIFA 2014

Quanto às metas e prioridades relacionadas ao evento “Copa do Mundo FIFA

2014”, podemos verificar que estão vinculadas ao Objetivo Estratégico 10: “Expandir a

Atividade Econômica com Agregação de Valor à Produção Local”.

A partir da publicação da Lei Orçamentária Anual 2013, grande parte das ações

definidas como prioritárias no Anexo I da LDO 2013 sofreu alterações em relação as suas

metas físicas.

Page 73: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 73

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

As ações determinadas para a “Copa do Mundo FIFA 2014” e os seus resultados

são apresentados nas tabelas a seguir:

Tabela 36. Programas e Ações priorizadas para o evento “Copa do Mundo - FIFA 2014”

OBJETIVO ESTRATÉGICO 10 – “EXPANDIR A ATIVIDADE ECONÔMICA COM AGREGAÇÃO DE VALOR À PRODUÇÃO LOCAL”

Programa: 325 – Copa Verde

Ação Meta Prevista na LOA (a)

Meta

Realizada (b) % (b/a)

5000 – Estruturação da Arena Multiuso 50% da Arena Multiuso

estruturada 47%

94%

5001 – Implantação do Entorno da Arena Multiuso 50% da área urbanizada 23%

46%

5002 – Implantação de Centros Oficiais de Treinamento

50% do Centro de Treinamento estruturado

34% 68%

5003 – Organização FIFA FAN FEST 30% da estrutura

implementada/mantida 10%

33%

5004 – Ampliação da Mobilidade e Acessibilidade Urbanas na Região Metropolitana para Copa 2014

45% da obra realizada 38%

84%

5006 – Melhoria na Infraestrutura na Região 45% da obra realizada 40%

89%

5009 – Publicidade, Promoção e Divulgação da Copa do Mundo FIFA 2014

30% da inserção realizada 30%

100%

5036 – Fomento às Atividade Lúdicas nas Escolas para Fortalecimento do Espírito da Copa

250 escolas estimuladas 181

72%

5076 – Promoção de Eventos Turísticos Voltados para a Copa do Mundo

10 eventos realizados 01

10%

5081 – Fomento à Qualificação de Mão-de-obra Especializada para o Receptivo Turístico da Copa do Mundo

5.000 pessoas capacitadas 0

0

5105 – Revitalização de Áreas Urbanas 1 área recuperada 0

0

5109 – Criação e Ampliação da Oferta de Acomodações para Atendimento da Demanda para Copa do Mundo

20% da rede hoteleira instalada

20% 100%

5110 – Implantação do Sistema Modal de Transporte Coletivo

50% do sistema disponibilizado

47% 94%

Page 74: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 74

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

5112 – Implementação de Tecnologia de Informação da Comunicação – TIC

40% do projeto aprovado/implementado

40% 100%

5887 – Desenvolvimento de Planos de Segurança e de Defesa Civil, com Indicadores, para Atendimento das Exigências

1 Plano de Segurança e Defesa Civil implementado

01 100%

Fonte: Fiplan – Plano de Trabalho Anual-PTA 2013 e RAG, emitidos em 13/03/2014

Tabela 37. Execução orçamentária e financeira do Programa: 325 – Copa Verde

Programa 325 - Copa Verde

PAOE Dotação Inicial

(a)

Crédito Autorizado

(b)

Empenhado (c)

Liquidado (d) Valor Pago (e) Realizado

(d/b)

5000 – Estruturação da Arena Multiuso

212.060.894,26 379.771.534,43 368.283.568,28 304.933.825,22 303.520.132,23 80,29%

5001 – Implantação do Entorno da Arena Multiuso

121.474.354,12 84.221.395,40 36.138.468,03 32.705.162,00 31.309.521,68 39%

5002 – Implantação de Centros Oficiais de Treinamento

50.000.000,00 63.976.532,44 15.149.383,86 11.171.851,12 11.171.851,12 17%

5003 – Organização FIFA FAN FEST

2.189.189,00 141.090,60 141.090,60 84.654,36 84.654,36 60%

5004 – Ampliação da Mobilidade e Acessibilidade Urbanas na Região Metropolitana para Copa 2014

132.099.168,48 283.116.098,63 227.231.550,98 185.533.412,09 175.452.461,68 66%

5006 – Melhoria na Infraestrutura na Região

75.724.993,14 75.545.599,15 32.928.518,90 26.728.518,90 26.713.464,75 35%

5009 – Publicidade, Promoção e Divulgação da Copa do Mundo FIFA 2014

15.243.532,00 12.637.532,00 11.951.177,22 10.426.083,33 6.974.955,87 83%

5036 – Fomento às Atividade Lúdicas nas Escolas para Fortalecimento do Espírito da Copa

364.865,00 75.865,00 64.291,96 64.291,96 61.191,96 85%

5076 – Promoção de Eventos Turísticos Voltados para a Copa do Mundo

729.730,00 130.000,00 130.000,00 130.000,00 0,00 100%

5081 – Fomento à Qualificação de Mão-de-obra Especializada para o Receptivo Turístico da Copa do Mundo

3.148.465,00 42.455,53 0,00 0,00 0,00 0

5105 – Revitalização de Áreas Urbanas

300.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0

5109 – Criação e Ampliação da Oferta de Acomodações para Atendimento da Demanda para Copa do Mundo

72.973,00 1.702.973,00 1.700.000,00 713.875,00 405.000,00 42%

5110 – Implantação do Sistema Modal de Transporte Coletivo

569.894.380,00 1.075.405.916,49 721.511.601,15 601.256.618,08 601.185.920,11 56%

5112 – Implementação de Tecnologia de Informação da Comunicação – TIC

2.089.189,00 1.822.189,00 1.821.783,43 1.440.565,05 745.085,56 79%

5887 – Desenvolvimento de Planos de Segurança e de Defesa

1.000.000,00 246.500,00 244.338,60 244.338,60 0,00 99%

Page 75: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 75

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Civil, com Indicadores, para Atendimento das Exigências

Fonte: Fiplan – FIP 613, emitido em 31/03/2014

De acordo com o Relatório de Ação Governamental – RAG, o objetivo do Programa

325 – “Copa Verde” é de “realizar a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 em Cuiabá,

contribuindo para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso.”

Da análise das tabelas referentes à execução física e financeira das ações de

responsabilidade da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo - FIFA 2014, pode-se

realizar as seguintes avaliações:

• As ações 5000, 5009, 5112 e 5887 obtiveram um bom desempenho tanto

na execução física quanto na financeira, obtendo percentuais de execução

da meta superiores à 75% (setenta e cinco por cento) em ambos os

aspectos. Cabe destacar a Ação 5000 – “Estruturação da Arena Multiuso”,

parte fundamental para a realização do evento “Copa do Mundo FIFA

2014”. Conforme informações do RAG, a entrega da Arena Pantanal,

prevista para o dia 31/10/2013, foi alterada para o mês de abril de 2014,

devido às adequações exigidas pela FIFA, às dificuldades enfrentadas pelas

empresas integrantes do consórcio executor das obras e aos problemas

com a contratação dos itens de tecnologia da informação e mobiliário

esportivo.

• Nas ações 5036 e 5076 a aplicação de recursos financeiros alcançaram 85%

(oitenta e cinco por cento) e 100% (cem por cento) do montante

autorizado, respectivamente. No entanto, os resultados físicos não

acompanharam os gastos dos recursos, principalmente quanto à realização

de eventos para a promoção do setor turístico do Estado de Mato Grosso,

objetivo específico da Ação 5076, cujo execução física atingiu apenas 10%

(dez por cento) da meta proposta.

Page 76: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 76

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• O grupo das ações 5004, 5109 e 5110 se destaca pela alta execução das

metas físicas, atingindo, em alguns casos, até 100% (cem por cento) da

meta inicialmente estipulada. Por outro lado, esses resultados foram

alcançados com uma baixa utilização dos recursos disponíveis. Em

destaque, a Ação 5109 – “Criação e Ampliação da Oferta de Acomodações

para Atendimento da Demanda para Copa do Mundo”, cujo desempenho

alcançou a totalidade da meta física com a utilização de apenas 42%

(quarenta e dois por cento) dos recursos disponíveis, conforme informado

no RAG.

• Por último, as ações 5001, 5002, 5003, 5081 e 5105 obtiveram um baixo

desempenho tanto na aplicação dos recursos disponíveis quanto no

alcance das metas físicas definidas na LOA. Destaca-se negativamente a

Ação 5081 – “Fomento à Qualificação de Mão-de-Obra Especializada para

o Receptivo Turístico da Copa do Mundo”, cuja meta era de capacitar com

cursos de formação profissional e tecnológica 5.000 (cinco mil) pessoas

para a “Copa do Mundo FIFA 2014”. O responsável por esta ação justifica

este fato alegando que “os recursos foram remanejados para atender

outros projetos/atividades, priorizando os projetos de infraestrutura,

desapropriação e folha de pagamento”.

Considerando o grande volume de recursos envolvidos bem como à importância

do seu objetivo, a Ação 5110 – “Implantação do Sistema Modal de Transporte Coletivo”

merece destaque.

Abarcando as atividades relacionadas a implantação do novo modal de transporte

para as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, o Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, esta ação

totalizou R$ 1.075.405.916,49 (um bilhão, setenta e cinco milhões, quatrocentos e cinco

mil, novecentos e dezesseis reais e quarenta e nove centavos) em créditos autorizados

Page 77: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 77

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

para o ano de 2013. Grande parte desse recurso tem como fonte as operações de créditos

contratadas pela Administração Direta. Destaca-se que do valor previsto, foi executado

no exercício o total de R$ 601.256.618,08 (seiscentos e um milhões, duzentos e cinquenta

e seis milhões, seiscentos e dezoito mil reais e oito centavos).

Segundo informações do Relatório de Ação Governamental, o responsável pela

ação afirma que 47% (quarenta e sete por cento) do total das obras necessárias à

instalação do VLT foram concluídas em 2013, resultando no cumprimento de 94%

(noventa e quatro por cento) da meta proposta para o período. Porém, no próprio RAG,

admite-se o atraso dessas obras suficientemente para comprometer a sua entrega antes

da realização do evento “Copa do Mundo FIFA 2014”, demonstrando divergência de

informações.

Nesse sentido, verifica-se que o desempenho do recurso orçamentário não

acompanhou a evolução da meta física informada no RAG, pois a aplicação dos recursos

se resume a 56% (cinquenta e seis por cento) do crédito autorizado. Os motivos seriam,

conforme pontuado no RAG: “os impactos das desapropriações e interferências

existentes no trajeto do VLT, as exigências do IPHAN na região central de Cuiabá e a falta

de profissionais com mão-de-obra qualificada”.

6. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

A análise do cumprimento das obrigações relacionadas a execução financeira do

Estado, impostas pelas Constituições Federal e Estadual bem como pela Lei de

Responsabilidade Fiscal, é parte essencial do processo de verificação do desempenho e

da regularidade das contas públicas.

Serão avaliados os Resultados Nominal e Primário, a relação entre a Dívida Pública

e a Receita Corrente Líquida, as Operações de Crédito contratadas, os gastos incorridos

com pessoal e a efetiva aplicação de recursos na Saúde e Educação.

Page 78: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 78

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

É importante frisar que as Metas Fiscais definidas para os Resultados Primário e

Nominal e também para o Montante da Dívida, fixadas no Anexo I da Lei de Diretrizes

Orçamentárias 2013, tiveram seus valores revisados em percentuais bastante

significativos. A estimativa do Resultado Primário sofreu a maior alteração de meta, que

passou de -R$ 84 milhões (oitenta e quatro milhões negativos), para -R$ 1,2 bilhão (um

bilhão e duzentos milhões negativos), resultando em uma variação de mais de 1300% (mil

e trezentos por cento).

Em relação à análise, destaca-se que, considerando o exíguo tempo entre a data

em que foram entregues os balanços e demais demonstrativos e o prazo limite

estabelecido na Constituição Estadual para prestação de contas do Governador do

Estado, não foi possível conferir os valores de cada item das peças contábeis, sendo

analisado apenas os índices apresentados pela Secretaria de Estado de Fazenda.

6.1 Resultado Nominal

Com o objetivo de mensurar a evolução da Dívida Fiscal Líquida a partir do

comparativo dos saldos apurados ao final do exercício presente e do ano imediatamente

anterior, o Resultado Nominal é apurado nos termos do anexo V do Relatório Resumido

da Execução Orçamentária – RREO.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º quadrimestre/2013

apresenta um resultado nominal negativo de R$ 601,6 milhões e a dívida fiscal líquida

previdenciária de R$ 13,71 bilhões, como pode ser observado na tabela abaixo:

Page 79: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 79

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Tabela 38. Resultado Nominal do Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 6º bimestre de 2013

Fonte: RREO do 6º bimestre/2013 encaminhado pela SEFAZ no dia 10/04/2014.

Vale ressaltar que no Anexo I da Lei Orçamentária Anual do Exercício de 2013, que

demonstra a compatibilidade da programação do orçamento com as metas fiscais da Lei

de Diretrizes Orçamentárias – LDO, foi prevista uma meta de Resultado Nominal negativa

de R$ 616,5 milhões, que representa uma expectativa de decréscimo da Dívida Fiscal

Líquida. Porém, o que se concretizou no exercício de 2013, conforme o Demonstrativo do

Resultado Nominal, foi um aumento no estoque da dívida em R$ 601,6 milhões.

Com relação à dívida previdenciária foi constatado que houve crescimento do seu

estoque, de dezembro de 2012 para dezembro de 2013, na ordem de R$ 130,235 milhões,

Page 80: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 80

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

representando acréscimo de 0,96% (noventa e seis décimos percentuais) no total da

dívida fiscal líquida previdenciária.

6.2 Resultado Primário

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o resultado primário

representa a diferença entre as receitas e as despesas primárias. Esse indicador fornece

uma avaliação do impacto da política fiscal em execução pelo ente da Federação, sendo

observado que superávits primários, que são direcionados para o pagamento de serviços

da dívida, contribuem para a redução do estoque total da dívida líquida. De outra forma,

déficits primários indicam a parcela do aumento da dívida, resultante do financiamento

de gastos não-financeiros que ultrapassam as receitas não-financeiras (Manual

RREO/STN).

As receitas primárias correspondem ao total das receitas orçamentárias deduzidas

as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações financeiras e

retorno de operações de crédito (juros e amortizações), o recebimento de recursos

oriundos de empréstimos concedidos e as receitas de privatizações. Por outro lado, as

Despesas Primárias correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as

despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de títulos

de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno

garantido.

A finalidade do conceito de Resultado Primário é indicar se os níveis de gastos

orçamentários dos entes federativos são compatíveis com sua arrecadação, ou seja, se as

Receitas Primárias são capazes de suportar as Despesas Primárias, sem necessidade de

aquisição de recursos oriundos de endividamento.

Conforme o Relatório Resumido da Execução Orçamentária, o resultado primário

de 2013 foi negativo em R$ 618.684.021,14 (seiscentos e dezoito milhões, seiscentos e

Page 81: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 81

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

oitenta e quatro mil, vinte e um reais e quatorze centavos), enquanto que a meta prevista

era de um resultado primário negativo de R$ 1.565.778.943,00 (um bilhão, quinhentos e

sessenta e cinco milhões, setecentos e setenta e oito mil e novecentos e quarenta e três

reais).

6.3 Dívida Pública

A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 29 estabelece que a dívida

consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações

financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou

tratados e da realização de operação de crédito para amortização em prazo superior a 12

(doze) meses.

A Resolução nº 40/2001 do Senado Federal estabelece que ao final do décimo

quinto exercício financeiro, contado a partir do encerramento do ano de sua publicação,

a Dívida Consolidada Líquida não poderá exceder, no caso dos Estados, a duas vezes

(200%) da Receita Corrente Líquida do exercício.

A tabela abaixo, extraída do Anexo II, do Relatório de Gestão Fiscal, demonstra a

relação da dívida consolidada líquida com a receita corrente líquida:

Tabela 39. Dívida Consolidada Líquida

Especificações Valor

Dívida Consolidada 5.656.932.714,53

(-) Deduções 2.298.107.309,14

Dívida Consolidada Líquida 3.358.825.405,39

Receita Corrente Líquida 9.702.677.708,45

% da DCL sobre a RCL 34,62%

Limite Resolução do Senado - 200% da RCL 19.405.355.416,90 Fonte: RGF – 3º Quadrimestre/2013, encaminhado pela SEFAZ no dia 10/04/2014.

A Dívida Consolidada Líquida em 2013, como pode ser observada na tabela acima,

corresponde a 34,62% (trinta e quatro ponto sessenta e dois por cento) da RCL,

Page 82: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 82

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

percentual abaixo do estabelecido na Resolução do Senado Federal. Dessa maneira,

verifica-se um comportamento positivo, uma vez que o percentual da dívida em relação

à Receita Corrente Líquida vem sendo reduzido nos últimos anos, passando de 55,33%

em 2010 para 42% em 2011, 30,51% em 2012 e 34,62 em 2013.

6.4 Operações de Crédito

Com base no Demonstrativo das Operações de Crédito, anexo IV do Relatório de

Gestão Fiscal, verifica-se que as operações de créditos do exercício equivalem a 3,53%

(três ponto cinquenta e três por cento) da Receita Corrente Líquida, estando adequada

ao limite estabelecido na Resolução do Senado n. 43/2001, artigo 7º, inciso I, qual seja:

16% (dezesseis por cento) da Receita Corrente Líquida.

Ressalta-se que não ocorreram operações de crédito por antecipação da receita,

as quais se encontram limitadas a 6% (seis por cento) da Receita Corrente Líquida, nos

termos do art. 10 daquela mesma resolução.

6.5 Despesa com Pessoal

O artigo 19, inciso II, da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o limite de

gastos com pessoal para os Estados é de 60% da Receita Corrente Líquida, distribuídos da

seguinte forma, segundo art. 20, inciso II do mesmo diploma legal:

a) 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado;

b) 6% para o Judiciário;

c) 49% para o Executivo;

d) 2% para o Ministério Público Estadual.

Page 83: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 83

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Nesse sentido, foi avaliado o montante de despesas com pessoal do Poder

Executivo para verificação quanto à adequação aos limites estabelecidos na legislação

supramencionada. Abaixo segue tabela com a síntese dessa despesa:

Tabela 40. Despesas com Pessoal do Poder Executivo Estadual

DESPESA COM PESSOAL PODER EXECUTIVO Janeiro a Dezembro/2013

DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 5.746.723.863,87

Pessoal Ativo 4.296.389.849,44

Pessoal Inativo e Pensionistas 1.437.724.262,26

Outras Desp. De pessoal decorrentes de Contratos e Terceirizações 12.609.752,17

DESPESAS NÃO COMPUTADAS (II) 1.497.334.666,07

DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL (III)=(I-II) 4.249.389.197,80

Receita Corrente Líquida 9.702.677.708,45

% da Despesa Total com Pessoal 43,80%

Limite Máximo - 49% 4.754.312.077,14

Limite Prudencial - 46,55% 4.516.596.473,28 Fonte: RGF – 3º Quadrimestre/2013 encaminhado pela SEFAZ no dia 10/04/2014

De acordo com a tabela acima, observa-se que as despesas líquidas com pessoal e

encargos do Poder Executivo em 2013 somaram o montante de R$ 4,2 bilhões, o

equivalente a 43,80% (quarenta e três ponto oito por cento) da Receita Corrente Líquida.

Portanto, o limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal foi cumprido.

6.6 Educação

6.6.1 Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

A Constituição Federal em seu artigo 212 determina aos Estados a aplicação de no

mínimo vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a

proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Verifica-se pelos valores da execução das receitas e despesas conforme Relatório

Resumido da Execução Orçamentária, publicado no Diário Oficial do Estado em

xx/04/2014, que o Estado aplicou 25,35% (vinte e cinco ponto trinta e cinco por cento) na

Page 84: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 84

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

manutenção e desenvolvimento do ensino, cumprindo, portanto, o mandamento

constitucional.

6.6.2 Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica

O artigo 60, XII do ADCT da Constituição Federal e o artigo 22, da Lei n.

11.494/2007 (FUNDEB) estabelecem que sejam destinados no mínimo 60% (sessenta por

cento) dos recursos anuais dos Fundos ao pagamento da remuneração dos profissionais

do magistério da educação básica pública.

Lei n. 11492/2007

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública.

Em cumprimento a esses comandos legais, o Estado aplicou 78,03% (setenta e oito

ponto três por cento) dos Recursos do FUNDEB na remuneração dos profissionais do

magistério da educação básica, conforme informação extraída do RREO 6º bimestre de

2013.

Tabela 41. Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica – RREO 6º bimestre de 2013

RECEITAS DO FUNDEB Receitas Realizadas

16- Receitas Recebidas do FUNDEB 1.115.675.869,95

16.1- Transferências de Recursos do FUNDEB 1.108.165.368,03

16.2- Complementação da União ao FUNEB -

16.3- Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB 7.510.501,92

DESPESAS DO FUNDEB Despesas Realizadas

18.- PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO 870.536.226,92

18.1- Com Ensino Fundamental 836.229.657,99

18.2- Com Ensino Médio 34.306.568,93

19- OUTRAS DESPESAS 252.051.142,52

19.1- Com Ensino Fundamental 252.051.142,52

19.2- Com Ensino Médio -

20- TOTAL DAS DESPESAS DO FUNDEB (18+19) 1.122.587.369,44

Page 85: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 85

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

MINIMO DE 60% DO FUNDEB NA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

870.536.226,92

% DE APLICAÇÃO DO FUNDEB PARA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

78,03%

Fonte: RREO – 6º bimestre/2013, encaminhado pela SEFAZ no dia 10/04/2014

6.7 Saúde

6.7.1 Aplicação na Saúde – 12%

A Constituição Federal no artigo 77, inciso II, do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias, que o Estado deverá aplicar em ações e serviços públicos de

saúde no mínimo 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos estabelecidos no

artigo 155 e dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,

da CF, deduzidas as transferências constitucionais aos municípios.

Cumprindo essa determinação constitucional, o Estado aplicou 12,57% (doze

ponto cinquenta e sete por cento) em ações e serviços públicos de saúde, conforme

valores da execução das receitas e despesas extraídas dos relatórios do sistema FIPLAN.

7. DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO

A Auditoria Geral do Estado – AGE, criada pela Lei Estadual nº 4.087, de 11 de julho

de 1979, é órgão autônomo e superior de controle interno, diretamente subordinado ao

Governador do Estado, constituindo-se em instituição permanente e essencial do Poder

Executivo Estadual. Além das funções constitucionais previstas no artigo 74 da

Constituição Federal e artigo 52 da Constituição Estadual, exerce as competências

estabelecidas na Lei Complementar nº 295/2007, que dispõe sobre o Sistema Integrado

de Controle Interno do Estado de Mato Grosso, e também na Lei Complementar nº

198/2004, desempenhando as atividades de auditoria governamental, controladoria,

corregedoria e ouvidoria.

Page 86: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 86

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Como forma de fortalecer a atuação do controle interno no âmbito do Poder

Executivo, o Governo do Estado incrementou o quadro de servidores da Auditoria Geral

do Estado. O aumento ocorreu tanto no efetivo de auditores quanto dos profissionais da

área instrumental do governo, conforme abaixo:

Tabela 42. Lotacionograma AGE/MT, em 31 de dezembro de 2013

CARREIRA CARGO CARGOS CRIADO

S

Nº DE SERVIDORES

SUBSIDIO CARGOS OCUPADOS Até

dezembro 2012

Nomeações em 2013

CARGOS VAGOS

Auditor do Estado - Lei nº

8.099/2004

Auditor do Estado

71 49 20 02 Lei nº

9735/2012.

Profissionais da Áreas

Instrumental do Governo - Lei

nº 8.099/2004

Técnico da Área Instrumental do Governo

12 06 06 00 Lei nº

9735/2012.

Agente da Área Instrumental do Governo

07 02 03 02 Lei nº

9735/2012.

Auxiliar da Área Instrumental do Governo

02 02 00 00 Lei nº

9735/2012.

Fonte: Diário Oficial do Estado de Mato Grosso datado de 15/01/2014 e informações da Gerência de Gestão de Pessoas do Núcleo Governadoria.

Nesta vertente de fortalecimento do Sistema de Controle Interno, destaca-se o

incremento no orçamento da AGE no Programa 0228 – “Fortalecimento do Controle

Interno do Poder Executivo de Mato Grosso”, alocando recursos para ampliação da sede

local. Atualmente, o espaço físico é reduzido e insuficiente para recepcionar todos os

servidores da Auditoria Geral do Estado e atender o fluxo das demais pessoas.

Para atender as suas competências, a Auditoria Geral do Estado desempenha

atividades pertinentes a cada uma dessas funções, conforme pode ser observado pelo

diagnóstico de atuação descrito nos tópicos seguintes.

Page 87: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 87

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

7.1 Funções de Auditoria Governamental e Controladoria

A partir de 2011, a Auditoria Geral do Estado passou a atuar na área de Auditoria

Governamental e Controle decompondo a avaliação dos órgãos em Sistemas de Gestão.

Como resultado, as equipes de auditoria se especializaram em suas respectivas áreas e,

consequente, avançaram no nível de conhecimento e acompanhamento de cada área da

gestão pública.

No exercício de 2013 as Superintendências de Auditoria estavam divididas nas

seguintes áreas específicas dos Sistemas de Gestão:

1) Contabilidade, Financeiro e Patrimônio;

2) Transferências, Convênios, Planejamento e Orçamento;

3) Aquisições e Apoio Logístico;

4) Gestão de Pessoas e Previdência;

5) Obras e Serviços de Engenharia;

6) Tecnologia da Informação;

7) Desenvolvimento dos Subsistemas de Controle;

8) Obras da Copa do Mundo

Em relação às ações de auditoria voltadas à prevenção e orientação, pode-se

considerar que houve um crescimento significativo, em vista do volume de orientações

elaboradas em atendimento aos gestores, servidores e população em geral pelo canal de

comunicação “Pergunte à AGE”, conforme verifica-se na tabela abaixo:

Tabela 43. Quantitativo de orientações encaminhadas pelo Canal “Pergunte à AGE”

ORIENTAÇÕES FORNECIDAS PELO CANAL " PERGUNTE A AGE" POR AREA DE ATUAÇÃO

Page 88: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 88

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

EXERCÍCIO 2013 Con

trole Interno

Aqu

isiçõe

s e Apo

io Logístico

Con

tabilidad

e, Financeiro e Patrim

ônio

Plane

jamen

to, C

onvênios e Orçam

ento

Gestão de Pessoas e Previdê

ncia

Tecno

logia da Inform

ação

Obras e Serviços de

Engenha

ria

TOTAL

25 87 135 70 83 1 7 408 Fonte: SDC/AGE (01/01/2013 a 14/08/2013 – Sistema console) (15/08/2013 a 31/12/2013 – Novo sistema de gerenciamento do Pergunte a AGE)

As demais atuações nas funções de Auditoria Governamental e Controladoria, no

ciclo de 2013, abrangendo trabalhos orientativos, preventivos, de gerenciamento de risco

e de fiscalização, resultaram na seguinte produção:

Tabela 44. Produtos de Auditoria Governamental e Controladoria elaborados no exercício de 2013

Equipes /Produtos de Auditoria Orientação

Técnica Parecer de Auditoria

Recomendação Técnica

Relatório de

Auditoria

Parecer Técnico

Conclusivo Total Geral

AAL - Superintendência de Auditoria em Aquisições e Apoio Logístico

8 7 13 12 55 95

CFP - Superintendência dos Subsistemas de Financeiro, Contabilidade e Patrimônio

5 78 34 10 55 182

Coordenadoria de Auditoria em atos de Pessoal e Previdência sujeitos a registros pelo TCE-MT

3 1977 496 1 2477

Equipe de Auditoria Especial 5 1 6

OSE - Superintendência do Subsistema de Obras e Serviços de Engenharia

1 4 5 8 3 21

SDC - Superintendência de Desenvolvimento dos Subsistemas de Controle

4 2 2 5 55 68

SGP - Superintendência de Auditoria em Gestão de Pessoas

1 241 52 12 54 360

STI - Superintendência de Auditoria em Tecnologia da Informação

1 3 1 6 6 17

TCPO - Superintendência de Auditoria em Transferências, Convênios, Planejamento e Orçamento

2 112 3 14 55 186

Unidade Especializada de Auditoria da SECOPA 5 9 14

Total Geral 30 2429 606 78 283 3426

Fonte: Sistema de Controle Interno - SCI

Page 89: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 89

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Dentre estes trabalhos realizados, destacam-se, nos próximos tópicos, os de maior

impacto financeiro e social, distribuídos dentre as diferentes funções dos Sistemas de

Gestão relacionadas à atuação no ramo de Auditoria Governamental e Controladoria.

7.1.1 Principais trabalhos nos Sistemas de Contabilidade, Financeiro e Patrimônio

Dentre as principais avaliações na esfera dos sistemas financeiro, contábil e

patrimonial do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, com o objetivo de fortalecer

os controles interno, pode-se evidenciar os seguintes trabalhos de auditoria:

1. Análise dos sistemas financeiro e contábil do Poder Executivo do Estado de

Mato Grosso que orientou os órgãos quanto à correção de inconsistências nos

demonstrativos do FIPLAN, prestações de Contas Anual e Mensal dentro do

prazo, correção dos Demonstrativos com Saldos Invertidos, acompanhar o

comportamento da receita e despesa (financeira) no exercício de 2013,

estudo dos restos a pagar acompanhamento do comportamento da receita e

despesa (orçamentária) para o exercício de 2013;

2. Auditoria especial no Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso,

tendo como finalidade efetuar os levantamentos e análises nos

apontamentos constantes das Atas de Reunião do Conselho Fiscal dos meses

de março a agosto de 2012, quando da aprovação dos balancetes dos meses

de janeiro a julho de 2012;

3. Auditoria de rotina no sistema financeiro dos órgãos e entidades do Poder

Executivo, incluindo o Sistema de Conta Única;

4. Emissão de Recomendações Técnicas acerca dos seguintes temas:

patrimônio, no âmbito do SIGPAT, registro da despesa na folha de pagamento,

conciliação bancária, tomada de contas especial, inconsistências de saldo no

passivo circulante, incorporação de bem patrimonial;

Page 90: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 90

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

5. Emissão de Orientações Técnicas acerca das análises das prestações de contas

de 2012, do relatório resumido de execução orçamentária e do relatório de

gestão fiscal, do subsistema patrimônio, acerca do registro de incorporação

de bem;

6. Emissão de Pareceres acerca do Superávit Financeiro;

7. Auditoria especial no Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso,

tendo com a finalidade analisar e orientar quanto aos apontamentos

constantes das Atas de Reunião do Conselho Fiscal dos meses de março a

agosto de 2012, observados quando da aprovação dos balancetes dos meses

de janeiro a julho de 2012;

8. Análise das Prestações de Contas anuais de todos os órgãos do Poder

Executivo, com emissão de Parecer;

9. Relatório de Auditoria acerca dos usuários do sistema Fiplan, transações

privativas da SEFAZ/MT, trabalho que impactou em comprovar alteração no

cronograma de desembolso definido pelo decreto 1.528/2012, por usuário do

sistema Fiplan com perfil indevido;

10. Reuniões com as Unidades Orçamentárias com o objetivo de dirimir dúvidas

em relação aos subsistemas sob acompanhamento da Superintendência de

Contabilidade.

7.1.2 Principais trabalhos nos Sistemas Planejamento e Transferência

Dentre os trabalhos desenvolvidos na área de Planejamento e Transferências vale

evidenciar a auditoria especial realizada acerca dos medicamentos e insumos vencidos,

bem como as auditorias realizadas nos Contratos de Gestão, das Organizações Sociais de

Saúde com enfoque na avaliação do desempenho na execução das metas.

Page 91: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 91

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Além das auditorias realizadas em todos os Contratos de Gestão celebrados pela

Secretaria de Saúde com as Organizações Sociais de Saúde, foi encaminhado um

diagnóstico gerencial para o órgão com o intuito de elucidar a estrutura fundamental dos

contratos de gestão, tendo em conta a missão da AGE, que é a de buscar qualidade,

legalidade e responsabilidade fiscal da gestão dos recursos públicos no Poder Executivo.

Nessa área destacam-se também os seguintes trabalhos desenvolvidos no

exercício de 2013:

• Orientações e Recomendações Técnicas sobre os procedimentos de prestação

de contas das Organizações Sociais de Saúde no âmbito dos Contratos de

Gestão;

• Recomendação Técnica para a Secretaria de Saúde, acerca da organização

Social de Saúde: Ausência de Relatório Técnico;

• Recomendação Técnica para a Secretaria de Saúde, acerca da organização

Social de Saúde: Contratação, alteração, execução e avaliação da execução das

metas em contratos de Gestão;

• Auditoria Especial na Coordenadoria sobre Drogas – COAD/CONEN;

• Auditoria na execução orçamentária e financeira dos projetos de cultura

aprovados no exercício de 2012 pelo Conselho Estadual de Cultura;

• Pareceres de Auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial de

convênios e demais transferências voluntárias.

Page 92: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 92

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

7.1.3 Principais trabalhos nos Sistemas de Aquisições e Apoio Logístico

No exercício de 2013, houve a continuidade da ação do Fórum de Fiscalização de

Contratos, visando à melhoria e intensificação das atividades de supervisão dos contratos

administrativos do Poder Executivo Estadual.

O objetivo dessa ação foi promover novas rodadas de capacitação e a

consolidação dos entendimentos e orientações em instrumento próprio, coordenado pela

Auditoria Geral do Estado, através de Orientações Técnicas individualizadas por objeto

contratado, aplicáveis a todas as unidades orçamentárias do Poder Executivo Estadual.

Buscou-se disseminar, de forma didática, os aspectos legais (Lei nº 8.666/1993,

Decretos Estaduais relacionados), os entendimentos dos Tribunais de Contas e as

orientações contidas nos Manuais Técnicos de Normas e Procedimentos do Estado de

Mato Grosso, todos atinentes à atividade fiscalizatória.

Além do Fórum de Fiscalização de Contratos, ressaltam-se outros trabalhos

desenvolvidos nessa área que potencializaram a economia financeira e melhoria dos

procedimentos licitatórios e dos contratos, sendo eles:

• Análise do processo de dispensa de licitação e do contrato dele decorrente,

referente à contratação pelo MT SAÚDE de serviços técnicos especializados

em administração de planos de saúde, em conformidade com o Termo de

Referência;Análise do Termo de Acordo nº 001/2012, celebrado entre o

Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado – MT Saúde e o

Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso –

SINDESSMAT;

• Finalidade de indicar providências imediatas a serem implementadas com

relação aos pagamentos efetuados à rede credenciada pelo Instituto de

Assistência à Saúde dos Servidores do Estado - MT Saúde em razão dos débitos

oriundos do Termo de Acordo 001/2012;

Page 93: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 93

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• Auditoria no Pregão Presencial nº 002/2013/SAD-MT sobre aquisição de

móveis escolares;

• Recomendar a observação acerca da vantajosidade da Ata de Registro de

Preço vigente em comparação com os contratos que estão sendo

sistematicamente prorrogados;

• Análise, por amostragem, de aquisição de insumos e medicamentos pela

SES/FES, cujos produtos venceram no montante aproximado de 4 milhões;

• Orientação Técnica a Unidade SAG/SAD quanto à análise dos valores propostos

pela empresa “Brasil Telecom – Oi”, referente pregão de telefonia

006/2013;Contratação de empresa especializada para o fornecimento e

instalação de mobiliário esportivo, a ser empregado na Arena Multiuso

Governador José Fragelli (Arena Pantanal);

• Recomendação Técnica acerca da contratação temporária de servidor público,

cujo objetivo foi verificar o grau de aderência às normas relacionadas à função

precípua daquela Coordenadoria bem como identificar o nível de atendimento

às recomendações da AGE e Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso -

TCE/MT, inclusive quanto à elaboração dos Planos de Providência do Controle

Interno – PPCI;

• Orientação Técnica de caráter geral acerca da prorrogação da vigência para

prestação de serviços de n.atureza continuada – vantajosidade – art. 57, inciso

II, da lei n.º 8.666/93;

• Orientação Técnica de caráter geral acerca contratos – publicação - vigência

crédito orçamentário - serviços continuados - art. 57 e 61 da lei n.º 8.666/93;

• Relatório de Auditoria que versou sobre locação de veículo análise de

processos relativos a contratações de serviços continuados - locações de

veículos - contratados pelo Estado de Mato Grosso.

Page 94: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 94

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

7.1.4 Gestão de Pessoas e Previdência

Na área de Gestão de Pessoas e Previdência destaca-se a emissão de Pareceres de

Auditoria em todos os processos de aposentadorias, reformas e reservas concedidos e

nos processos de admissão de pessoal (edital, admissão e distrato), que propiciou

fortalecimento dos controles e redução das impropriedades nesses processos.

Além disso, outros trabalhos de auditoria foram desenvolvidos que resultaram em

indicação de economia aos cofres estaduais e necessidade de fortalecimento de pontos

controles, ressaltando os seguintes:

• Avaliação de controle interno do órgão central de gestão de pessoas;

• Avaliação de controle interno do órgão central de previdência;

• Relatório de Auditoria acerca da movimentação do quadro de pessoal, cessão

e requisição de servidores públicos;

• Relatório de Auditoria sobre adiantamento líquido negativo, indenizações de

férias, indenizações de licença prêmio;

• Relatório de Auditoria versando sobre os servidores/beneficiários falecidos

constantes em folha de pagamento;

• Relatório de auditoria planejada nas consignações em folha de pagamento;

• Recomendação Técnica acerca do lançamento de remuneração a servidores

que pediram vacância;

• Relatório de Auditoria sobre pagamento a servidores/beneficiários com

ocorrência de óbitos no Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi);

Page 95: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 95

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• Auditoria nos processos de concessão de abono de permanência em que foram

detectadas várias concessões irregulares;

• Auditoria de verificação dos pagamentos de subsídios, com auxílio de trilhas de

cruzamento de dados e consultas ao banco de dados, sendo detectadas

impropriedades relacionadas a: rubrica de adiantamento líquido negativo;

pagamentos de indenizações de licença-prêmio e férias; conciliação SEAP, FIPLAN

e Banco;

• Relatório de Auditoria sobre as impropriedades detectadas nos processos de

concessão de benefícios previdenciários e as falhas de controles internos da

unidade responsável pela Previdência;

• Auditoria na folha de pagamento das entidades de direito privado do Poder

Executivo do Estado.

7.1.5 Obras da Copa do Mundo - FIFA-2014

Constituída por meio do Decreto Estadual nº 753, de 03 de outubro de 2011, a

Unidade Especializada de Auditoria da SECOPA, teve a sua denominação alterada para

Superintendência de Auditoria das Obras da Copa do Mundo - FIFA-2014, em 15 de janeiro

de 2013, mediante o Decreto nº 1.554, de 15/01/2013.

O objetivo dessa Superintendência é examinar a legalidade das contratações e a

execução das obras para a o evento “Copa do Mundo FIFA 2014”, atuando de forma

orientativa e preventiva bem como emitindo recomendações e orientações aos gestores

da SECOPA.

No decorrer do exercício de 2013, esta Superintendência desenvolveu relevantes

trabalhos, emitindo relatórios de auditoria, orientações e recomendações técnicas para

Page 96: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 96

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

melhoria e fortalecimento do Sistema de Controle Interno, no que tange as Obras e

Serviços de Engenharia relacionadas ao evento “Copa do Mundo FIFA 2014”.

Analisou a Prestação de contas anual da Secretaria Extraordinária da Copa do

Mundo FIFA 2014, relativa ao exercício de 2013 emitindo Parecer Técnico Conclusivo de

Controle Interno, com a finalidade de aprimorar os procedimentos inerentes ao controle.

No desenvolvimento dos trabalhos a equipe de auditoria pontuou em

recomendações, a correção de falhas detectadas, e ainda realizou visitas técnicas nas

obras da Copa culminando na elaboração de relatórios dessas visitas.

Por fim, procederam, no decorrer das auditorias, ao levantamento dos pontos de

controles, elencando os problemas advindos, suas eventuais causas e efeitos relevantes.

Nesse sentido, no exercício de 2013 destacaram-se os seguintes trabalhos nessa

área:

• Análise do anteprojeto da implantação e melhorias viária do contorno norte,

contemplando a análise da concepção do anteprojeto visando a contratação pelo

sistema RDC, tendo como valor envolvido o montante de R$ 116.766.366,02

(cento e dezesseis milhões, setecentos e sessenta e seis mil, trezentos e sessenta

e seis reais e dois centavos);

• Análise do Sistema de Gerenciamento de Projetos do governo do Estado de Mato

Grosso – SIGEP, com a correção no sistema de índice do cronograma físico-

financeiro;

• Análise do cronograma das medições e da execução da obra do entorno da Arena

Pantanal, com a detecção no atraso do cronograma físico-financeiro, tendo como

valor envolvido o montante de R$ 2.810.777,32 (dois milhões, oitocentos e dez

mil, setecentos e setenta e sete reais e trinta e dois centavos);

• Análise da Trincheira Santa Rosa referente ao valor executado/medido, conforme

medições da SECOPA, com a empresa Ster Engenharia Ltda, sendo o valor

envolvido o montante de R$ 4.907.532,03 (quatro milhões, novecentos e sete mil,

Page 97: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 97

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

quinhentos e trinta e dois reais e três centavos) correspondente a 20,19% (vinte

ponto dezenove por cento) do valor da obra. O trabalho trouxe como impacto:

- Detecção no atraso do cronograma físico-financeiro;

- Rescisão da empresa contratada devido ao atraso na execução da obra;

- Constatação de má qualidade na execução de serviços de cortina

atirantada;

• Orientação Técnica sobre a obra do Aeroporto Marechal Rondon, com a detecção

no atraso do cronograma físico-financeiro, sendo o valor envolvido o montante de

R$ 80.505.972,38 (oitenta milhões, quinhentos e cinco mil, novecentos e setenta

e dois reais e trinta e oito centavos);

• Orientação sobre a obra da Trincheira Verdão referente ao valor

executado/medido, conforme medições da SECOPA, com a empresa Ster

Engenharia Ltda, sendo o valor envolvido o montante de R$ 6.627.490,62 (seis

milhões, seiscentos e vinte e sete mil, quatrocentos e noventa reais e sessenta e

dois centavos), correspondendo a 29,21% (vinte e nove ponto vinte e um por

cento) do valor da obra. O trabalho teve como impacto:

- Detecção no atraso do cronograma físico-financeiro;

- Rescisão contratual devido ao atraso na execução da obra;

- Constatação de má qualidade na execução de serviços de cortina

atirantada;

• Orientação Técnica sobre a Trincheira Mário Andreazza referente ao valor

executado/medido, conforme medições da SECOPA, com a empresa Ster

Engenharia Ltda, sendo o valor envolvido o montante de R$ 5.809.836,13 (cinco

milhões, oitocentos e nove mil, oitocentos e trinta e seis reais e treze centavos),

correspondendo a 79,33% (setenta e nove ponto trinta e três por centos) do valor

da obra. O trabalho teve como impacto:

- Detecção no atraso do cronograma físico-financeiro;

- Rescisão contratual devido ao atraso na execução da obra;

- Constatação de má qualidade na execução de serviços de cortina

atirantada;

• Análise da obra do COT PARI com a detecção de atraso do cronograma físico-

financeiro, sendo o valor envolvido o montante de R$ 26.884.836,13 (vinte e seis

milhões, oitocentos e oitenta e quatro mil, oitocentos e trinta e seis reais e treze

centavos);

Page 98: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 98

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• Análise da obra da Trincheira Santa Rosa referente ao contrato com a empresa

Camargo Campos S.A. Engenharia e Comércio, sendo o valor envolvido o montante

de R$ 22.992.469,43 (vinte e dois milhões, novecentos e noventa e dois mil,

quatrocentos e sessenta e nove reais e quarenta e três centavos). O trabalho teve

como impacto:

- Colocação de guarda corpo ao longo da trincheira;

- Iluminação pública;

- Acessibidade;

- Teste de carga nos tirantes;

- Constatação de falha no sistema de medição e controle dos serviços

executado;

- Mudança nos sistemas de formas nas cortinas atirantadas;

• Análise da obra da Trincheira Trabalhadores referente ao contrato com o

consórcio Sobelltar, sendo o valor envolvido o montante de R$ 46.673.356,27

(quarenta e seis milhões, seiscentos e setenta e três mil, trezentos e cinquenta e

seis reais e vinte e sete centavos). O trabalho teve como impacto:

- Colocação de guarda corpo ao longo da trincheira;

- Iluminação pública;

- Acessibilidade;

- Teste de carga nos tirantes;

- Mudança nos sistemas de formas nas cortinas atirantadas;

• Análise da obra da Trincheira Verdão referente ao contrato com a empresa

Métrica Construções Ltda, sendo o valor envolvido o montante de R$

19.103.344,35 (dezenove milhões, cento e três mil, trezentos e quarenta e quatro

reais e trinta e cinco centavos). O trabalho teve como impacto:

- Colocação de guarda corpo ao longo da trincheira;

- Iluminação pública;

- Acessibilidade;

- Teste de carga nos tirantes;

- Mudança nos sistemas de formas nas cortinas atirantadas;

• Análise da obra da Trincheira Mário Andreazza referente ao contrato com a

empresa Métrica Construções Ltda, sendo o valor envolvido o montante de R$

2.116.324,66 (dois milhões, cento e dezesseis mil, trezentos e vinte e quatro reais

e sessenta e seis centavos). O trabalho teve como impacto:

Page 99: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 99

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

- Colocação de guarda corpo ao longo da trincheira;

- Iluminação pública;

- Acessibilidade;

- Teste de carga nos tirantes;

- Mudança nos sistemas de formas nas cortinas atirantadas;

• Análise do fornecimento de CBUQ e operação tapa-buraco em rotas alternativas

do VLT referente ao contrato com a empresa Três Irmãos Eng.ª Ltda., sendo o valor

envolvido o montante de R$ 22.506.233,67 (vinte e dois milhões, quinhentos e

seis mil, duzentos e trinta e três reais e sessenta e sete centavos);

• Emissão do Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno para acompanhar a

Prestação de contas anual da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo FIFA

2014 – SECOPA.

7.1.6 Obras e Serviços de Engenharia

Na área de obras e serviços de engenharia ocorreu atuação de forma centralizada

nas secretarias com grande volume de obras públicas, a citar Secretaria de Estado das

Cidades – SECID, Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana – SETPU e

Secretaria de Estado de Educação – SEDUC. O desenvolvimento das atividades pautaram,

primordialmente, na prevenção e orientação. Nesse sentido, dentre os trabalhos estão:

orientação quanto ao regramento do art. 30, inciso III da Lei Federal n.º 8666/93; quanto

à obrigatoriedade de alimentação do sistema GEO-OBRAS; quanto ao regramento trazido

pela LDO 2012 no que tange aos aditamentos de valores em contratos de obras públicas;

quanto à delegação de contratação e fiscalização de obras de pequeno porte; quanto à

composição do custo do serviço da Tabela SECID.

Destacam-se também os seguintes trabalhos:

• Orientação Técnica sobre Registro das Atividades dos Profissionais de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia - (A.R.T. ou R.R.T.);

Page 100: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 100

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• Parecer de Auditoria referente ao Manual de Procedimentos para elaboração do

Boletim de Custos de Serviços da SECID;

• Parecer de Auditoria quanto à exigência de apresentação do Certificado do

Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) como

requisito em Licitações de Obras Públicas de interesse do Estado;

• Parecer de Auditoria sobre o cumprimento das recomendações/ajustes

constantes no Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) firmado entre o Tribunal

de Contas de Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Pavimentação Urbana;

• Participação na revisão da Instrução Normativa Conjunta SEFAZ/SEPLAN/AGE Nº

03/2009 que trata dos convênios do Estado, incluindo, nessa IN os assuntos que

envolvem Obras e Serviços de Engenharia;

• Participação da organização do Seminário Obras Públicas: O que você tem a ver?

Do Grupo de Trabalho (GT) Obras da Rede de Controle do Estado;

• Relatório de Auditoria sobre o projeto básico, edital de licitação CP nº

001/2011/SEFAZ e contrato nº.84/2011, referente à construção da primeira etapa

do edifício que abrigará a área de Tecnologia de Informação – TI da SEFAZ, em

Cuiabá/MT;

• Recomendação Técnica sobre o Contrato nº. 477/2010, celebrado entre a

Secretaria de Estado das Cidades – SECID e a empresa Conenge Construção Civil

Ltda, cujo objeto é a Construção da Escola Técnica Estadual de Educação

Profissional e Tecnologia na cidade de Primavera do Leste;

• Recomendação Técnica sobre o Contrato nº. 477/2010, celebrado entre a

Secretaria de Estado das Cidades – SECID e a empresa Conenge Construção Civil

Ltda, cujo objeto é a Construção da Escola Técnica Estadual de Educação

Profissional e Tecnologia na cidade de Primavera do Leste;

Page 101: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 101

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

• Recomendação Técnica sobre o Edital da Concorrência nº 011/2012/SECID, para

construção e adequação da Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso –

Complexo Paiaguás, no Centro Político Administrativo – CPA – no município de

Cuiabá/MT;

• Recomendação Técnica sobre o termo contratual, projeto, planilha e composição

de custos unitários da Concorrência Pública nº 05/2011-SETPU, relacionado à

“execução dos serviços de implantação e pavimentação de rodovia, na rodovia

MT-413, trecho: Entr. BR-158(Portal da Amazônia) – MT-432 – Santa Terezinha,

sub-trecho: Entr. BR-158/MT Santa Terezinha, com extensão de 94,61 km;

• Recomendação Técnica sobre o Projeto Básico/Executivo relativo à Concorrência

Pública nº. 023/2012 –SETPU, para a execução dos serviços de Pavimentação da

Rodovia MT-100, Trecho: BR 364(B) MT-299 – Entrº BR 070 (Barra do Garças) –

EntºMT-336 (Araguaiana), Segmentos: Alto Araguaia – Ponte Branca –

Ribeirãozinho, LoteConst.01.01 (Alto Araguaia – Ponte Branca), com extensão de

93,667 Km, nos municípios de Alto Araguaia, Ponte Branca e Ribeirãozinho-MT;

• Relatório de Auditoria sobre o Projeto Básico relativo ao Instrumento Contratual

nº. 018/2013, cujo objeto é a obra de implantação e pavimentação da Rodovia

MT-251, trecho BR-158-Nova Xavantina-Campinápolis, Sub-trecho: Nova

Xavantina-Campinas, extensão 68,10Km;

• Relatório de Auditoria sobre o Termo de Cooperação nº 03/2010/SEJUSP/SINFRA,

cujo objeto é a Construção da Obra do Complexo de Treinamento da Gerência de

Operações Especiais - G.O.E - 3ª etapa –Construção do Estande de Tiro,

urbanismo, prevenção e combate incêndio, posto de transformação e sistema de

proteção de descarga atmosférica (SPDA), localizado no município de Cuiabá/MT;

• Relatório de Auditoria sobre o Segundo Termo Aditivo ao Contrato de Gestão nº

003/SES/MT/2011, firmado entre a SES e o Instituto Pernambucano de Assistência

Page 102: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 102

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

à Saúde – IPAS, cujo objeto é a Reforma e Adequação do Imóvel onde funcionará

a Farmácia Cidadã, localizada no município de Cuiabá/MT;

• Relatório de Auditoria sobre o Termo de Convênio 010/2011, firmado entre a

Secretaria de Estado das Cidades - SECID e o Município de Várzea Grande/MT, cujo

objeto é execução dos serviços de ampliação do sistema de água tratada das

regiões de Ouro Verde e parte do Jardim Eldorado, no município de Várzea Grande

– MT;

• Relatório de Auditoria sobre o Termo de Cooperação n.º 082/2009/FESP/SINFRA,

cujo objeto é a construção da cadeia pública de Peixoto Azevedo.

7.2 Função de Corregedoria

A Lei Complementar n° 413/2010, em seu artigo 8º trouxe para a Auditoria Geral

do Estado as competências pelas atribuições das atividades de Ouvidoria e Corregedoria.

Na edição da respectiva Lei criou-se um Sistema de Controle Disciplinar e integrou-

o ao Sistema de Controle Interno, congregando as atividades de Auditoria, Controladoria,

Ouvidoria e Corregedoria.

Atuando como Coordenador desse Sistema, a Auditoria Geral do Estado, por meio

da Secretaria Adjunta de Corregedoria Geral tem atuado como gestor tanto dos

procedimentos administrativos disciplinares quanto dos dados que podem impactar

diretamente na qualidade do serviço público.

Ressalta-se que com base no objetivo traçado, o planejamento estratégico da

Corregedoria norteou-se em três grandes vertentes: Prevenção/orientação, estudo do

ambiente e correição.

Page 103: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 103

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Nesta seara cumprindo seu papel institucional, no exercício de 2013, a Auditoria

Geral do Estado, no que lhe compete à função de Corregedoria executou o rol de

atividades elencadas abaixo:

Tabela 45. Atos realizados em 2013

Atos Realizados de janeiro a dezembro de 2013 Quantidade

Cadastro CEIS 36

Decisão 320

Despacho 16

Julgamento - absolvição 27

Julgamento - demissão 15

Julgamento - prescrito 3

Julgamento - repreensão 15

Julgamento - rescisão contratual 20

Julgamento - suspensão 11

Orientação técnica 4

Parecer técnico 5

Recomendação técnica 1

Portaria instauração instrução sumária 84

Portaria instauração de PAD 140

Portaria instauração de SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA 28

Portaria de instauração de PROCESSO DE REVISÃO 1

Portaria prorrogação 364

Portaria sobrestamento 9

Portaria substituição 43

Portaria retificação 19

Relatório 3

Page 104: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 104

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Termo circunstanciado administrativo 10

PAD instaurado na Corregedoria 11

Instruções Sumárias Instauradas na Corregedoria 04

TOTAL 1.189

Ainda no exercício de 2013 foram emitidas 261 portarias conjuntas para

instauração de procedimentos administrativos disciplinares, conforme Tabela abaixo:

Tabela 46. Procedimentos Administrativos Disciplinares

PROCEDIMENTOS QUANTIDADE

INSTRUÇÃO

SUMÁRIA 74

PAD 140

SINDICÂNCIA 26

TCA 10

Gráfico 14. Procedimentos Instaurados em 2013

Page 105: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 105

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Destaca-se ainda o Programa de Controle Disciplinar lançado no exercício de 2013

que focou-se em quatro grupos de trabalho: assiduidade, comportamento social, zelo

pelo patrimônio público e assédio moral, os quais correspondem a 70% (setenta por

cento) das infrações funcionais mais recorrentes. O Programa visou despertar pequenas

ações diárias que fazem a diferença no cumprimento dos deveres do servidor público

previstos em legislação, tais como a pontualmente no trabalho; a cordialidade com

colegas e no atendimento ao cidadão; a realização de tarefas com presteza e o zelo pelo

patrimônio público.

7.3 Função de Ouvidoria

A função de Ouvidoria fundamenta sua existência no fortalecimento do vínculo

entre o cidadão e a Administração Pública no âmbito do Governo do Estado de Mato

Grosso.

Tal fundamentação se baseia, além da existência de um canal para registro de

denúncias, reclamações, solicitações e elogios, na ampliação do grau de confiança entre

a sociedade e o Poder Público, determinada por vários fatores, entre os principais o

tempo de resposta.

Nesse prisma, a Auditoria Geral do Estado, por meio da Secretaria-adjunta de

Ouvidoria, promoveu em 2012 uma considerável melhora do tempo de espera de uma

resposta ao cidadão, considerando anos anteriores, uma vez que os registros do sistema

“Fale Cidadão” apresentava tempos médios de resposta de mais de 30 (dias) dias. Já no

ano de 2013 o prazo médio de resposta era inferior a 13 (treze) dias, que se encontra

dentro do tempo esperado para conclusão das demandas do cidadão, considerando

rotina normal de devoluções para complementação.

Page 106: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 106

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

No exercício de 2013 foram promovidas outras ações que objetivaram o

fortalecimento do controle social e o atendimento das demandas da população, sendo

elas:

1. Elaboração decreto nº 1973 de 25/10/2013 que regulamenta lei federal nº

12.527 lei de acesso a informação;

2. Dia do consumidor e do ouvidor PROCON – praça da Ipiranga Cuiabá; (sensibilizar

a população quanto à importância de conhecer seus direitos e deveres como

cidadão, evento em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, realizado pelo

PROCON/MT, no dia 15 de março de 2010 na Praça Ipiranga – Cuiabá, no horário

das 08 às 16 horas.)

3. Reunião das cidades sede em Salvador - estratégia de atuação das ouvidorias

para grandes eventos; ( acompanhamento da ouvidoria da Fifa)

4. 3º encontro nacional das ouvidorias do departamento penitenciário nacional –

DEPEN; (Estratégias para implementação das Ouvidorias dos Estados)

5. ENCONTRO DE OUVIDORES DOS ESTADOS COM A OUVIDORIA GERAL DA UNIÃO

– BRASILIA; (Balanço dos trabalhos e preparação da Caravana de Ouvidoria)

6. CARAVANAS DAS OUVIDORIAS – RUMO AO SISTEMA PARTICIPATIVO-ETAPA

CENTRO-OESTE;( realização de cinco encontros regionais, sediados pelas

ouvidorias estaduais, para a disseminação de informações com foco na atuação

sistêmica, escuta, troca de experiências e vivências sobre a realidade regional das

ouvidorias públicas brasileiras, conselhos, conferências e outros institutos de

participação social, com participação dos movimentos e organizações da

sociedade civil. Caravana das Ouvidorias da Região Centro Oeste, foi realizada em

Cuiabá, nos dias 24 e 25 de julho de 2013 e foi organizado pela Ouvidoria-Geral da

União - OGU/CGU, pela Secretaria-Geral da Presidência da República SG/PR e

pelas as Ouvidorias-Gerais de Estado, contando com o apoio do Departamento de

Ouvidoria-Geral do SUS – DOGES/SGEP/MS e do Tribunal de Contas do Estado do

Mato Grosso TCE/MT.

Page 107: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 107

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

7. CONGRESSO NACIONAL DA ANOP COM ELEIÇÃO – BRASILIA - Eleição da nova

Diretoria 1º Biênio 2013-2015;

8. 9º CONVENÇÃO MATO GROSSENSE DA CONTABILIDADE -TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DE MT - Apresentação do Decreto 1973/13/LAI;

9. REUNIÃO SECOPA – CAMARA TEMATICA DE TRANSFERÊNCIA SECOPA – MT -

Apresentação das outras Câmaras para informar a área de transparência;

10. REUNIÃO DA CAMARA NACIONAL DE TRANSPARÊNCIA NA SECOPA-

APRESENTAÇÃO DA OUVIDORIA - Apresentação da rede de Mato Grosso para os

participantes dos outros Estados;

11. ENCONTRO ESTADUAL DOS OUVIDORES DO SUS/SES/MT- CUIÁBA - Realizado em

parceria com a Ouvidoria Geral do Estado e Ouvidoria Setorial da Saúde e Escola

de Saúde Pública no dia 27 de novembro de 2013 em Cuiabá, reunindo a rede de

Ouvidoria Especializada da Saúde, onde foram discutindos temas como:

Socialização das atividades realizadas pela ouvidoria setorial no ano de 2013; A

Diretriz 13 que versa sobre a Ouvidoria na COAP; Importância do papel da

Ouvidoria e o decreto 1973/2013; Importância do trabalho em rede e a ouvidoria

ativa, entre outros;

12. CURSO PRÁTICO DE GESTÃO EM OUVIDORIAS – CUIABÁ-MT - Realizado pela HRV-

Soluções em Ouvidoria, com a proposta de uma análise da realidade e

perspectivas para o sucesso do Modelo de Ouvidorias Integradas em rede. Este

curso vem ao encontro dos planejamentos de capacitação junto a nossa rede de

Ouvidoria, que busca um atendimento ao cidadão com eficiência e eficácia.

Realizado nos dias 03 E 04 DE DEZEMBRO DE 2013 em Cuiabá;

13. REUNIÃO DA CAMARA NACIONAL DE TRANSPARENCIA NA SECOPA-

APRESENTAÇÃO DA OUVIDORIA - Apresentação da rede de Mato Grosso para os

participantes dos outros Estados.

Dentre as ações desenvolvidas, destaca-se a escolha da Ouvidoria Geral do Estado

de Mato Grosso como responsável pela organização e realização da 1ª Caravana de

Page 108: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 108

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Ouvidorias, denominado CARAVANAS DAS OUVIDORIAS – RUMO AO SISTEMA

PARTICIPATIVO - ETAPA CENTRO-OESTE, que procurou promover um encontro de todas

as Ouvidorias públicas e setoriais do Centro Oeste, com mais de 300 (trezentos)

convidados, de entidades como Assembleias Legislativas, Câmaras e Prefeituras

Municipais, Poder Judiciário Estadual e Federal e demais Ouvidorias de todos os Estados

da Região Centro Oeste.

Também participaram da organização a Ouvidoria-Geral da União - OGU/CGU,

pela Secretaria-Geral da Presidência da República SG/PR e pelas as Ouvidorias-Gerais de

Estado, contando com o apoio do Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS –

DOGES/SGEP/MS e do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso TCE/MT.

A reunião contou com a participação ainda de Ouvidores de Universidades

Públicas do Distrito Federal, cujo assunto principal foi à construção de uma Rede de

Ouvidorias Públicas, modelo de sucesso já aplicado no âmbito da Ouvidoria Geral do

Estado de Mato Grosso.

Como principais temas, foram apresentados: “A Ouvidoria Geral do Estado e sua

Atuação em Rede”; “A Lei de Acesso à Informação e as Ouvidorias Públicas”; “A Ouvidoria

Ativa” e “Participação Social como Método de Governo”.

O encontro foi marcado por uma grande e variada participação, com

aproximadamente 190 (cento e noventa) participantes, além de uma equipe de apoio da

Ouvidoria Geral da União, com efetiva participação dos ouvintes, com exposição de suas

experiências e apresentação das dúvidas quanto ao modelo integrado.

8. AÇÕES DE TRANSPARÊNCIA

O Governo do Estado desde a entrada em vigor do Decreto 6.988, de 23 de janeiro

de 2006, que instituiu o Programa Governo Transparente, promove no âmbito da

Administração Pública a política de Transparência, para divulgação das ações

desenvolvidas no plano estadual. Além dessa iniciativa, atendendo o art. 45 da Lei de

Page 109: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 109

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Acesso à Informação (12.527/2011) as Secretarias de Planejamento, Centro de

Processamento de Dados e a Auditoria Geral, por meio da Secretaria-adjunta de

Ouvidoria, compuseram o grupo de trabalho que apresentou ao Governador do Estado a

minuta do Decreto de regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI), que foi

publicado na Imprensa Oficial, sob o nº 1.973, em 25 de outubro de 2013.

O referido decreto trouxe como diretriz o papel da Ouvidoria Geral do Estado

como coordenadora da política de atendimento dos requerimentos de informação,

centralizando as respectivas solicitações via sistema e-SIC, representado na

Administração Pública Estadual pelo sistema “Fale Cidadão”, além de gerenciar as

demandas encaminhadas às secretarias de estado e órgãos públicos estaduais.

Dessa forma, a Auditoria Geral do Estado colabora com a divulgação e capacitação

dos órgãos demandados para atendimento das requisições, com base da Lei de Acesso à

Informação, atendendo a política de transparência estadual e a diretriz ditada pela

própria LAI, que determina a publicidade e a abertura de dados à sociedade como regra.

Além disso, durante a etapa de regulamentação da LAI no âmbito do Poder

Executivo estadual, a Secretaria-adjunta de Ouvidoria fortaleceu seu papel

preponderante de administração das demandas do chamado “E-SIC”, atendendo o

disposto no artigo 8º, em seu parágrafo terceiro, inciso VII, além do atendimento

telefônico. Cabe a essa adjunta também a orientação ao cidadão quanto a Secretaria,

órgão público ou demais entidades que prestarão esclarecimentos ou serviços, além da

guarda de informações, no âmbito estadual.

Considerando a necessária regulamentação das diretrizes gerais da Lei de Acesso

à Informação, de caráter nacional, o Decreto estadual nº 1.973 apresentou como

inovação o rol exemplificativo das informações necessárias ao cumprimento das

diretrizes de Transparência Ativa, uma vez que definiu em seu anexo II de forma

detalhada o conteúdo das páginas de transparência dos órgãos públicos e entidades.

Page 110: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 110

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

O Governo do Estado de Mato Grosso definiu ainda em seu decreto

regulamentador da LAI o papel da Auditoria Geral do Estado, como atividade da Ouvidoria

Geral, a disseminação da cultura de transparência e do controle social, política de governo

já desempenhada através dos inúmeros canais disponibilizados ao cidadão para

promover sua participação no controle do Governo do Estado, pelas críticas, sugestões e

denúncias recebidas pelos canais de Ouvidoria, como o telefone tridígito 162, 0800 e

sistema “Fale Cidadão”.

Ressalta-se que a disseminação da cultura de transparência é objeto de

constantes participações da Ouvidoria Geral do Estado em eventos e encontros, como a

exemplo:

• CARAVANAS DAS OUVIDORIAS – RUMO AO SISTEMA PARTICIPATIVO-ETAPA

CENTRO-OESTE;

• 9º CONVENÇÃO MATO GROSSENSE DA CONTABILIDADE - TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DE MT;

• ENCONTRO ESTADUAL DOS OUVIDORES DO SUS/SES/MT- CUIÁBA;

9. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES E DETERMINAÇÕES DAS CONTAS DE

GOVERNO 2011 e 2012 – PARECER PRÉVIO TCE Nº 05/2012 E Nº 02/2013

A Auditoria Geral do Estado por meio da Superintendência de Desenvolvimento

dos Subsistemas de Controle Interno - SDC apresentou a Egrégia Corte de Contas às

providências adotadas pelo Poder Executivo Estadual, quanto às determinações contidas

no Parecer Prévio do Tribunal de Contas do Estado – TCE nº 02/2013, emitido em 06 de

junho de 2013, favorável à aprovação das Contas Anuais de Governo do exercício de 2012.

Ressalta-se que, apesar do Parecer Favorável à aprovação das contas, o Tribunal

de Contas determinou ao Chefe do Poder Executivo Estadual a adoção de medidas

visando melhorar a gestão pública e, assim, evitar a ocorrência de novas falhas ou a

reincidência das atuais.

Page 111: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 111

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Nesse cenário a Auditoria realizou a coordenação e monitoramento da elaboração

dos Planos de Providências do Controle Interno junto às áreas responsáveis e seus

Gestores para a adoção de ações visando cumprir as determinações e recomendações do

TCE.

Desta forma, diante dos apontamentos efetuados pelo Tribunal de Contas, a

Auditoria Geral iniciou uma série de reuniões com as Secretarias responsáveis por adotar

as medidas sanadoras, por meio da elaboração do referido Plano de Providências que

contemplasse as ações, procedimentos, prazos e os responsáveis para cada

determinação, nos termos do artigo 6º do Decreto 1341 de dezembro de 1996 e Manual

do Controle Interno do Poder Executivo Estadual.

Após a sua elaboração, os Gestores remeteram os Planos de Providências

elaborados a esta Auditoria, a qual, no exercício de sua competência disciplinada pela Lei

Complementar Estadual nº 198/2004 e, como forma de alcançar sua missão institucional

na buscar pela qualidade, legalidade e responsabilidade fiscal na Gestão Pública, os

protocolou ao Tribunal de Contas, conforme Relatório 131/2013.

Tabela 47. Planos de providências referentes às determinações do TCE-MT nas Contas de Governo 2012

SECRETARIA Nº DE

DETERMINAÇÕES Nº DE AÇÕES

AÇÕES EM IMPLEMENTAÇÃO

AÇÕES IMPLEMENTADAS

Secretaria de Estado de Cidades – SECID

01 42 42 -

Secretaria de Estado de Segurança Pública – SESP

08 38 37 01

Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo FIFA

2014 – SECOPA 01 02 02 -

Secretaria de Estado de Administração – SAD

03 06 06 -

Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ

06 62 62 -

Secretaria de Estado de Educação – SEDUC

09 13 13 -

Secretaria de Estado de Saúde – SES

10 10 10 -

Secretaria de Estado de Transporte e

01 02 02 -

Page 112: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 112

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

Pavimentação Urbana – SETPU

Auditoria Geral do Estado – AGE

02 02 02 -

TOTAL 41 177 176 1

Fonte: Superintendência de Desenvolvimento dos Subsistemas de Controle Interno (PPCI’s protocolados na AGE)

10 CONCLUSÃO

Os instrumentos de Planejamento Governamental que o Governo do Estado de

Mato Grosso utiliza para o aprimoramento, controle e definições dos objetivos

estratégicos e metas de médio prazo, são aprimorados a cada ano, conforme observado

nos documentos publicados. A Lei Estadual nº 9.784, de 26 de julho de 2012, que aprova

a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2012, estabelecendo as metas e

prioridades da Administração Pública Estadual e a Lei Estadual nº 9.868, de 28 de

dezembro de 2012 compreendendo o Orçamento Fiscal, da Seguridade Social e de

Investimentos das Empresas Estatais, estão em consonância com o Plano Plurianual, em

atendimento ao artigo 165, § 2º, da Constituição Federal e ao caput do artigo 5º da Lei de

Responsabilidade Fiscal.

Quanto à Gestão da Receita Pública, verificou-se que no exercício de 2013 a

Receita Pública sofreu um decréscimo em relação ao exercício anterior. No entanto, a

Receita Tributária evoluiu nos últimos quatro anos, em termos nominais, 70% (setenta

por cento), atingindo a arrecadação total de R$ 8.790.504.020,62 (oito bilhões,

setecentos e noventa milhões, quinhentos e quatro mil, vinte reais e sessenta e dois

centavos) em 2013.

Os resultados das medidas adotadas pelo governo para balizar a execução

orçamentária com o comportamento da realização da receita podem ser vistos nos

indicadores apurados na análise das demonstrações contábeis. Apesar do incremento na

previsão das despesas, a efetiva execução resultou em uma economia orçamentária de

16,13% (dezesseis ponto treze por cento), pois os gastos executados somaram valores

Page 113: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 113

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

inferiores aos estimados.

Foi atendida a “Regra de Ouro” amparada pela Constituição Federal de 1988,

artigo 167, III, que assim estabelece: é vedada a realização de operações de crédito que

excedam as despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos

suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por

maioria absoluta”. Essa regra tem por objetivo conter o excesso de operações de crédito

e consequentemente endividamento dos entes públicos.

Também ocorreu variação positiva no saldo de disponibilidade do exercício de

2012 para 2013, o que implicou em acréscimo do disponível na comparação do exercício

anterior com o de 2012.

No exercício de 2013, foi também observado o cumprimento dos limites

constitucionais e legais.

A Dívida Consolidada Líquida em 2013, como pode ser observada na tabela acima,

corresponde a 34,62% (trinta e quatro ponto sessenta e dois por cento) da RCL,

percentual abaixo do estabelecido na Resolução do Senado Federal. Dessa maneira,

verifica-se um comportamento positivo, uma vez que o percentual da dívida em relação

à Receita Corrente Líquida vem sendo reduzido nos últimos anos, passando de 55,33%

em 2010 para 42% em 2011, 30,51% em 2012 e 34,62 em 2013.

As operações de créditos do exercício equivalem a 3,53% (três ponto cinquenta e

três por cento) da Receita Corrente Líquida, estando adequada ao limite estabelecido na

Resolução do Senado n. 43/2001, artigo 7º, inciso I, qual seja: 16% (dezesseis por cento)

da Receita Corrente Líquida.

As despesas líquidas com pessoal e encargos do Poder Executivo em 2013

somaram o montante de R$ 4,2 bilhões, o equivalente a 43,80% (quarenta e três ponto

oito por cento) da Receita Corrente Líquida. Portanto, o limite estabelecido na Lei de

Responsabilidade Fiscal foi cumprido.

Page 114: Volume 4 - Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2013 Página 114

Governo do Estado de Mato Grosso 2013

O Estado aplicou 25,35% (vinte e cinco ponto trinta e cinco por cento) na

manutenção e desenvolvimento do ensino, cumprindo, portanto, o mandamento

constitucional. De igual forma, foi atendido o limite de aplicação dos Recursos do FUNBEB,

utilizando 78,03% (setenta e oito ponto três por cento) desses recursos na remuneração

dos profissionais do magistério da educação básica.

Nas ações e serviços de Saúde, o Estado aplicou 12,57% (doze ponto cinquenta e

sete por cento), observando também o ditame constitucional.

Enfim, somos da opinião que o Poder Executivo do Governo do Estado de Mato

Grosso, no exercício de 2013, cumpriu os limites constitucionais e legais, em especial os

relativos a operações de crédito, despesa com pessoal, de saúde e educação, bem como

manteve o continuo aperfeiçoamento do Sistema de Controle Interno, contribuindo para

o avanço da Gestão dos Recursos Estaduais.

É o nosso parecer.

JOSÉ ALVES PEREIRA FILHO

Secretário-Auditor Geral do Estado

Equipe Técnica:

CRISTIANE LAURA DE SOUZA Secretária Adjunta de Auditoria

KRISTIANNE MARQUES DIAS Auditora do Estado

SÉRGIO ANTÔNIO FERREIRA PASCHOAL Auditor do Estado

SILVANIA REGINA DE OLIVEIRA GALINDO Analista Administrativo

Page 115: Volume 4 - Parecer AGE

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

Gabinete do Governador

Av. Historiador Rubens de Mendonça, Palácio Paiaguás – CPA – Cuiabá/MT – 78.050-970

Fone: (65) 3613-4100 – Fax: (65) 3613-4120 – [email protected] Site: www.mt.gov.br

PRONUNCIAMENTO SOBRE AS CONTAS ANUAIS

DE GOVERNO

Em cumprimento ao disposto no art. 9º, da Lei Complementar

269/2007 atesto haver tomado conhecimento do Parecer Técnico Conclusivo de

Controle Interno, relativo às contas anuais do exercício de 2013, bem como das

conclusões e recomendações nele contidas.

Determino o envio de cópia aos Secretários de Estado de

Fazenda, Administração e Planejamento para adoção de medidas corretivas

indicadas no parecer, bem como, ao Conselho Econômico e Social de Governo para

rigoroso monitoramento das medidas de contenção de gastos.

Junte-se ao processo de prestação de contas anuais que será

submetido ao julgamento do Egrégio Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.

Cuiabá, 14 de abril de 2014.

Silval da Cunha Barbosa

Governador do Estado