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Busca e salvamento
Artur Gomes
Escola Nacional de Bombeiros
S I N T R A 2 0 0 5
VOLUME
XI
2. edio, revista e actualizada
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Ficha Tcnica
Busca e salvamento
TtuloBusca e Salvamento(vol. XI)
ColecoManual de Formao Inicial do Bombeiro
EdioEscola Nacional de BombeirosQuinta do Anjinho Ranholas2710-460 SintraTelef.: 219 239 040Fax: 219 106 250E.mail: edicao@enb.pt
TextoArtur Gomes
Comisso de Reviso Tcnica e PedaggicaCarlos Ferreira de CastroF. Hermnio SantosJ. Barreira AbrantesLuis AbreuSnia Rufino
IlustraoOsvaldo MedinaRicardo Blanco
FotografiaRogrio Oliveira
Grafismo e maquetizaoVictor Hugo Fernandes
ImpressoGrfica Europam, Lda.
ISBN: 972-8792-06-9Depsito Legal n. 174177/011. edio: Setembro de 20022. edio: Outubro de 2005Tiragem: 2.000 exemplaresPreo de capa: 10,00 (pvp)
5,00 (bombeiros)
Escola Nacional de Bombeiros
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Vol. XI
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PrefcioBusca e salvamento
As aces de busca e salvamento so, para os bombeiros, operaescomplexas que exigem uma diferente combinao de movimentos eequipamentos complementares.
Existem dois objectivos centrais nas operaes de busca e salvamento:procurar vtimas e obter informaes sobre a extenso de um incndio.
O volume XI do Manual de Formao Inicial do Bombeiro detm-se naabordagem de tcnicas e procedimentos cuja rigorosa adopo determina osucesso da operao.
A vtima e a preservao da sua vida constitui o principal alvo daactuao dos bombeiros para a qual as manobras de salvamento, tecnicamentesustentadas, constituem um indispensvel instrumento.
Esta circunstncia faz deste volume uma pea fundamental da formaode base do bombeiro.
Duarte CaldeiraPresidente da direco da E.N.B.
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Sumrio
1 Introduo ..... 9
2 Incndios urbanos e industriais ..... 11
3 Espaos confinados ..... 32
4 Salvamento de vtimas ..... 35
5 Regras de segurana ..... 55
Bibliografia - Glossrio - ndices ..... 61
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SiglasBusca e salvamento
APS Alarme pessoal de segurana
TO Teatro de operaes
SBV Suporte bsico de vida
COS Comandante das operaes de socorro
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1 Introduo
O salvamento de vtimas em perigo constitui um dos principaisobjectivos da aco dos bombeiros, pelo que deve ser visto como uma tarefaprioritria a ser levada a cabo em qualquer teatro de operaes (TO).
Contudo, necessrio ter presente que as manobras de salvamentoenvolvem muito mais do que o mero salvamento de pessoas que se encontremnum edifcio a arder ou num qualquer espao confinado. Assim, apesar dotransporte de uma vtima at um ponto seguro constituir, no verdadeirosentido do termo, uma manobra de salvamento, existem outras que soessenciais para o xito da operao. So exemplos:
A montagem de escadas de qualquer tipo molas, extensveis,telescpicas e outras para utilizao pelos ocupantes em risco;
O encaminhamento de pessoas para fora do edifcio ou do espao confinado; A busca de vtimas no interior e exterior do edifcio ou no interior do
espao confinado.
Todas estas manobras fazem parte de um conjunto a que se pode chamaroperaes de salvamento, na medida em que cada uma reduz, de imediato, orisco eminente que afecta as potenciais vtimas. Complementarmente,contribuem para as operaes de salvamento:
As operaes de ventilao(1) que removem o fumo, os gases e o calor, preve-nindo a sua acumulao no interior do edifcio ou do espao confinado;
A correcta colocao a trabalho das primeiras linhas de mangueira(2)
que podero manter o fogo afastado das vtimas.(1) Consultar o Volume XII Ventilao Tctica.(2) Consultar o Volume X Combate a Incndios Urbanos e Industriais.
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Estas operaes reduzem o perigo para as vtimas ou ocupantes semhiptese de fuga e aumentam o tempo til necessrio evacuao do edifcioou do espao confinado, pelo que podem ser consideradas, tambm, comooperaes ligadas aos salvamentos.
Os salvamentos so, para os bombeiros, operaes algo complexas, poistodas as situaes requerem uma diferente combinao de movimentos,equipamentos e actividades complementares, como, por exemplo, amontagem de acessos, a entrada forada(1), a busca no interior e a ventilaodo edifcio ou espao confinado.
Por vezes, h a tendncia para se considerar que as operaes desalvamento esto relacionadas, apenas, com hospitais, lares de terceira idade,escolas, hotis e outras instalaes que comportam um nmero elevado deocupantes.
Na verdade, este tipo de edifcios deve merecer uma ateno especial noque respeita ao problema dos salvamentos, em virtude da quantidade depessoas que podem estar envolvidas. No entanto, as operaes de salvamento,mesmo nos incndios em moradias de apenas um ou dois pisos, devem sersempre executadas.
Embora no ocorram com tanta frequncia como nos incndios, ossalvamentos em espaos confinados representam um tipo de acidente com oqual os bombeiros tm de lidar.
Pela sua diversidade e especificidade, os salvamentos em espaosconfinados devem ser executados somente por equipas de bombeirosdevidamente treinadas para o efeito, na medida em que, fugindo merarotina, exigem grande desembarao, fora fsica, experincia, coragem, algumaimprovisao e pronta deciso. Pelas suas caractersticas, os espaos confinadosconsubstanciam riscos extremamente gravosos para as vtimas.
Contudo, as operaes de busca e salvamento em incndios urbanos eindustriais e em espaos confinados no so as nicas que os bombeirosexecutam, dado existirem outros salvamentos, referenciados noutros volumesdeste manual.
(1) Consultar o Volume X Combate a Incndios Urbanos e Industriais.
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2 Incndios urbanos e industriais
2.1. Objectivos da busca e salvamento
Existem dois objectivos quando se procede a uma busca e salvamento:procurar vtimas e salv-las e, complementarmente, obter informaes sobrea extenso do incndio.
Em grande parte dos incndios urbanos e industriais, a busca deve serdividida em busca primria e busca secundria.
A busca primria uma procura rpida de vtimas antes ou durante asoperaes de extino, chegando a ser feita, em muitos casos, sem que estejammontadas linhas de mangueira para ataque ao incndio. Em geral, executadasob condies bastante adversas como grande intensidade de calor e mvisibilidade, pelo que pode no ser suficiente para localizar a totalidade dasvtimas. Apesar disso, pela sua importncia, a busca primria tem que ser omais minuciosa possvel. Contudo, nos edifcios de construo antiga, acimado piso do incndio, muitas das vezes pode no passar de uma rpida vista deolhos sobre toda a rea acessvel aos bombeiros, com particular ateno paraos locais onde seja mais bvio encontrar vtimas.
Por outro lado, a busca secundria executada depois do incndio estardominado, pelo que no necessrio grande rapidez. A busca secundria deveser ainda mais minuciosa por forma a garantir que no ficaram vtimas porlocalizar. Uma vez que as condies de calor e visibilidade melhoraramsubstancialmente, a busca secundria no uma operao to perigosa para osbombeiros. No entanto, deve ser executada, dado que to importante comoa busca primria.
2.2. Procedimentos chegada ao local
Embora a responsabilidade do reconhecimento seja, inicialmente, dochefe do primeiro veculo de socorro a chegar ao local, todos os elementos daguarnio devem observar atentamente o edifcio e as zonas perifricas, medida que o veculo se vai aproximando. Uma observao cuidada d
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indicaes aos bombeiros sobre as propores do incndio, o tipo deocupao, o provvel estado de resistncia da estrutura e cobertura e o temponecessrio para proceder busca e salvamento.
Do mesmo modo, a observao exterior auxilia os bombeiros a manter aorientao quando se encontrarem no interior, permitindo, ainda, identificarcaminhos alternativos de acesso e de fuga janelas, portas e escadas deemergncia antes de entrarem no edifcio. Uma vez no interior, poderolocalizar a sua posio exacta atravs do que vem, olhando pelas janelas.
Para se obterem informaes sobre aqueles que podero estar, ainda, nointerior e qual a sua localizao aproximada, bem como, acerca da localizaoe extenso do foco de incndio, devem ser questionados, prioritariamente, osocupantes que j saram do edifcio (fig. 1). Sendo possvel, todas asinformaes devem ser verificadas. Em qualquer caso, os bombeiros nodevem assumir que todos os ocupantes se encontram em segurana, fora doedifcio, sem que tenha sido completada a busca e salvamento.
Fig. 1 Obteno de informaes no local.
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Dado que cada ocupante de um edifcio conhece, por vezes, os hbitosdos outros ocupantes e a disposio dos diversos compartimentos, pode seruma fonte preciosa de informaes sobre a provvel localizao das vtimas.Do mesmo modo, podero ter visto algum