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Vôo em térmicas Página 1 de 22 V Ô O E M T É R M I C A S Arno Vilson Dei Ricardi - Blumenau/SC. Arquivo criado em 1998. Última ampliação e revisão: 17 de Julho de 2012. [email protected] I I I N N N T T T R R R O O O D D D U U U Ç Ç Ç Ã Ã Ã O O O : : : Um piloto de planador deve fazer curvas coorde- nadas, sem pensar, como andar de bicicleta, com a mente focada além da atividade. A mente do pi- loto deve estar voando à frente do planador. Ele sente as bolhas térmicas nas asas, nos co- mandos e nos instrumentos que o ajudam a en- contrar o centro da térmica. Familiariza-se com a razão de rolagem do plana- dor para saber o momento exato de girar em di- reção à térmica. Uma vez centrado, sobe instinti- vamente, liberando seu foco para observar outras coisas. As asas do planador se tornam a extensão de seu corpo. Para conseguir tudo isto é preciso prática, muita prática. Volovelismo não é um passatempo, nós o prati- camos porque é uma forma de ligar a mente, o corpo e o espírito e requer habilidade para prati- car, essência para apreciar e ter as emoções de um caçador. A busca por estas emoções conduz o piloto a uma eterna procura por térmicas porque elas propor- cionam este hábitat único. Para aprender mais sobre este processo holístico, vamos seguir a trilha de um experiente piloto em térmicas, seu nome é Bill. Ele vai conduzir seu amigo, Archie, em seu primeiro vôo cross- country. Bill acredita que haverá térmica por todo lado ho- je. Archie pega o café e olha preocupado quando Bill pergunta a grande questão: Onde e quão for- tes estarão as térmicas hoje? Eles preparam os planadores e os rolam até o grid. Meia hora antes do reboque é um importante momento para avaliar o céu. Haverá térmicas? A que altura? Que forças terão? A previsão do tem- po está correta? O vôo planejado será possível? Bill olha por toda parte do céu coletando dados: ele observa as nuvens, outros planadores, pássa- ros, indicações de vento e “sente a massa de ar”. Ele precisa saber a direção e a velocidade do ven- to no solo, na base da nuvem e em altura inter- mediária. Ele precisa saber que tipo de fonte de térmica es- tá funcionando hoje. Qual a banda alta, onde as térmicas estarão mais fortes. Qual a percentagem de nuvens está funcionando hoje. Qual o lado da nuvem será favorecido, onde a térmica poderá es- tar: contra o vento, contra o sol, centro da nuvem ou a favor do vento. Observar e coletar tantas informações quanto possível é uma habilidade que Bill praticou muito. Ele sabe da importantíssima primeira subida em que o vento deve estar a favor de sua rota (down track) e a mais eficiente rota para abordá-la. Ele tem as opções B e C caso o plano A não funcionar. Primeira subida: É a única subida de graça, por- tanto, suba o máximo possível antes da largada. Suba até colar na base da nuvem ou mesmo aci- ma da base, pela lateral. O quê fazer durante a subida na térmica: a) Descobrir de que lado a ascendente está: con- tra o vento, centro da nuvem, lado do vento ou contra o sol. b) Verificar a altura da térmica (térmica seca) ou da base da nuvem. c) Saber qual a faixa em que a térmica é mais forte (banda alta). Voar nesta faixa. d) Descobrir a força (intensidade), seu tamanho (diâmetro), e a turbulência de acordo com a al- tura. Para pegar a térmica do jeito certo. Enquanto isto, Archie está feliz por ter atingido a base da nuvem e querendo saber o que fazer em seguida. Bill o encontra e eles partem. A caça às térmicas está liberada. “Belo dia” diz Archie no rádio. Ele está relaxado, bebe um pouco de água e segue alegremente de maneira desajeitada. Bill não responde. Ele está focado, observando atentamente ao longo de sua rota escolhida, visando escolher a rota que vai dar o menor afundamento, dá uma puxada em térmi- cas fracas, examinando sua primeira térmica que pretende pegar lá na frente, para estimar a altura de chegada e onde vai engatar a subida. Ele já decidiu que sua próxima térmica deve ter média de 02 m/s, ou mais, e precisa estar acima de 900m para conectá-la. Ele aceitará uma térmi- ca mais fraca se estiver abaixo disto. Archie só agora começa a pensar sobre sua próxima térmica e a 1.200m engrena em uma de 01 m/s de média. Bill cruza em frente. Ele pode ver a melhor ascen- dente marcada por fragmentos de condensação subindo para dentro da nuvem, pássaros circulan-

Voo Em Termicas

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    V O E M T R M I C A S

    A r n o V i l s o n D e i R i c a r d i - B l u m e n a u / S C. Arquivo criado em 1998.

    ltima ampliao e reviso: 17 de Julho de 2012. [email protected]

    III NNN TTT RRR OOO DDD UUU OOO:::

    Um piloto de planador deve fazer curvas coorde-nadas, sem pensar, como andar de bicicleta, com a mente focada alm da atividade. A mente do pi-loto deve estar voando frente do planador.

    Ele sente as bolhas trmicas nas asas, nos co-mandos e nos instrumentos que o ajudam a en-contrar o centro da trmica.

    Familiariza-se com a razo de rolagem do plana-dor para saber o momento exato de girar em di-reo trmica. Uma vez centrado, sobe instinti-vamente, liberando seu foco para observar outras coisas.

    As asas do planador se tornam a extenso de seu corpo. Para conseguir tudo isto preciso prtica, muita prtica.

    Volovelismo no um passatempo, ns o prati-camos porque uma forma de ligar a mente, o corpo e o esprito e requer habilidade para prati-car, essncia para apreciar e ter as emoes de um caador.

    A busca por estas emoes conduz o piloto a uma eterna procura por trmicas porque elas propor-cionam este hbitat nico.

    Para aprender mais sobre este processo holstico, vamos seguir a trilha de um experiente piloto em trmicas, seu nome Bill. Ele vai conduzir seu amigo, Archie, em seu primeiro vo cross-country.

    Bill acredita que haver trmica por todo lado ho-je. Archie pega o caf e olha preocupado quando Bill pergunta a grande questo: Onde e quo for-tes estaro as trmicas hoje?

    Eles preparam os planadores e os rolam at o grid. Meia hora antes do reboque um importante momento para avaliar o cu. Haver trmicas? A que altura? Que foras tero? A previso do tem-po est correta? O vo planejado ser possvel?

    Bill olha por toda parte do cu coletando dados: ele observa as nuvens, outros planadores, pssa-ros, indicaes de vento e sente a massa de ar. Ele precisa saber a direo e a velocidade do ven-to no solo, na base da nuvem e em altura inter-mediria.

    Ele precisa saber que tipo de fonte de trmica es-t funcionando hoje. Qual a banda alta, onde as trmicas estaro mais fortes. Qual a percentagem

    de nuvens est funcionando hoje. Qual o lado da nuvem ser favorecido, onde a trmica poder es-tar: contra o vento, contra o sol, centro da nuvem ou a favor do vento.

    Observar e coletar tantas informaes quanto possvel uma habilidade que Bill praticou muito.

    Ele sabe da importantssima primeira subida em que o vento deve estar a favor de sua rota (down track) e a mais eficiente rota para abord-la. Ele tem as opes B e C caso o plano A no funcionar.

    Primeira subida: a nica subida de graa, por-tanto, suba o mximo possvel antes da largada. Suba at colar na base da nuvem ou mesmo aci-ma da base, pela lateral. O qu fazer durante a subida na trmica: a) Descobrir de que lado a ascendente est: con-

    tra o vento, centro da nuvem, lado do vento ou contra o sol.

    b) Verificar a altura da trmica (trmica seca) ou da base da nuvem.

    c) Saber qual a faixa em que a trmica mais forte (banda alta). Voar nesta faixa.

    d) Descobrir a fora (intensidade), seu tamanho (dimetro), e a turbulncia de acordo com a al-tura. Para pegar a trmica do jeito certo.

    Enquanto isto, Archie est feliz por ter atingido a base da nuvem e querendo saber o que fazer em seguida. Bill o encontra e eles partem. A caa s trmicas est liberada.

    Belo dia diz Archie no rdio. Ele est relaxado, bebe um pouco de gua e segue alegremente de maneira desajeitada. Bill no responde. Ele est focado, observando atentamente ao longo de sua rota escolhida, visando escolher a rota que vai dar o menor afundamento, d uma puxada em trmi-cas fracas, examinando sua primeira trmica que pretende pegar l na frente, para estimar a altura de chegada e onde vai engatar a subida.

    Ele j decidiu que sua prxima trmica deve ter mdia de 02 m/s, ou mais, e precisa estar acima de 900m para conect-la. Ele aceitar uma trmi-ca mais fraca se estiver abaixo disto. Archie s agora comea a pensar sobre sua prxima trmica e a 1.200m engrena em uma de 01 m/s de mdia.

    Bill cruza em frente. Ele pode ver a melhor ascen-dente marcada por fragmentos de condensao subindo para dentro da nuvem, pssaros circulan-

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    do ou outros planadores e voa diretamente para l. Est alerta para novas informaes e pensa muito.

    Aproximando da nuvem, tendo em mente as in-formaes coletadas anteriormente, planeja um padro de busca mais eficiente para aquele ar su-bindo.

    Ele estuda a nuvem, sua possvel fonte da trmica e, pensa sobre o vento, o sol e sua rota em fren-te. O que tem em frente? O planador reduz a ve-locidade enquanto o padro de busca se inicia.

    Bill foca seus sentidos nas sensaes, sons e si-nais prximos. Sente e escuta os indcios que an-tecipar a largura, fora e localizao da ascen-dente. Os comandos so segurados com delicade-za enquanto o planador inclina gentilmente em di-reo asa que levantou. O vrio bipa esperano-samente, ento uma onda o encoraja a rolar de volta. A onda continuar? O vrio passa um pouco de 1m/s. No o bastante. Ele nivela as asas pro-curando o peixe grande.

    A busca continua embaixo da nuvem escolhida. Os sentidos esto em alerta total. O vrio sobe fir-memente; a ascendente larga. D um ou dois segundos. embaixo da asa direita. Bill ajeita o anzol. Ele inclina bastante e puxa o manche. O vrio d um pico e se mantm. O piloto sorri: peguei!.

    A segunda volta no est bem centrada e ele des-loca o crculo e ento inclina acentuadamente na trmica. 03m/s de mdia. Ficarei com esta. Ele olha para a asa baixa e agradece a fonte da tr-mica. Uma boa maneira de lembrar-se dela.

    Ele trabalha sua trmica instintivamente e en-quanto mantm um olho na razo de subida, permite seu foco se mover para outras coisas, como navegao, talvez um gole de bebida, esca-near o cu em busca de informaes, e antes de ficar muito alto, procura a prxima trmica em frente e o melhor caminho at ela.

    Seu crebro est trabalhando duro de novo, orga-nizando as informaes e planejando o que fazer de tal modo que est pronto para abandonar a trmica quando a altura de partida chega. Subin-do, ainda tem tempo para relaxar um pouco.

    Enquanto isto Archie trabalhou duro em sua tr-mica de 1m/s e est abandonando a base da nu-vem, mas 10 km atrs. Ele est feliz em ouvir que Bill encontrou uma boa trmica, mas no poder apreci-la porque quando chegar l, Bill j ter partido. Archie tem um pouco para aprender.

    Quando abandonar a trmica? Bill sabe que uma dos segredos para um cross-country rpido uma boa mdia de razo de subida. O desafio encon-trar as melhores trmicas do dia, engatar e cen-trar com eficincia, subir firme e abandonar quan-do a mdia de subida cai 30%, claro, se com altu-

    ra suficiente para chegar at a prxima trmica boa.

    Ento o foco do piloto uma vez mais retorna para seus sentidos. A ascendente est diminuindo? Ou voc perdeu o centro dela? Se for isto, onde est o centro da ascendente? Ele percebe que a mdia de subida est caindo apesar das fortes ondas, caracterstica sentida no topo da trmica, ento acelera o planador atravs da trmica na ltima volta j concentrado na prxima trmica.

    Archie est bem abaixo e 02 km atrs quando v Bill abandonar a trmica. Parece que estou por minha conta, ele pensa intrigado como eles se separaram to rapidamente.

    Leva tempo e prtica para colocar todas as coisas ao mesmo tempo. No acontece na virada da noite, mas acontecer, e voc ter que ser persis-tente. A paixo o ajudar. AAA AAA RRR TTT EEE DDD EEE GGG III RRR AAA RRR TTT RRR MMM III CCC AAA

    A arte de girar trmica pode ser dividida em duas etapas: localizar a rea onde se acredita ter tr-mica, e localizar e manter o planador na parte mais forte da trmica, rapidamente, gastando m-nima quantidade de tempo. No reboque: Inicie a busca durante o reboque. Isto particu-larmente aplicvel em reboques com avio e auto-lanamentos, pois se percorre uma rea de 5 a 7 km em volta da pista. a) Avalie a atividade convectiva e sua localizao.

    necessrio subtrair da indicao do varime-tro a razo de afundamento do planador e a razo de subida do rebocador, em ar calmo, para se chegar a um valor aproximado que se espera atingir depois de desligar do avio.

    b) Avalie o tamanho da trmica. Considerando que a maioria dos planadores modernos re-bocada a aproximadamente 110 km/h e que para girar em trmica com inclinao de 35 voam a 90 km/h, ento o dimetro mnimo uti-lizvel de uma trmica deveria ser quase 180m. Isto significa que, durante o reboque, precisamos percorrer no mnimo 05 a 06 se-gundos sob a ao da trmica para que possa-mos girar nela quando estivermos livres.

    Abaixo de 300m as trmicas no so grandes. S desligue do rebocador quando atingir pelo menos 450m. Prefira desligar a 600m. Porm, sabendo-se a localizao das trmicas pequenas demais para girar, encontrada baixa altura, poderemos retornar a elas, quando livres, pois elas aumen-tam seus dimetros em altitudes mais altas. Esti-me, tambm, onde o vento pode ter derivado ela.

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    Depois do desligamento: O ideal desligar dentro de uma trmica grande e forte. Infelizmente isto no ocorre na freqncia que gostaramos. Diga ao piloto rebocador onde voc acha que est a melhor ascendente e solicite para ser levado at l, se ele estiver de acordo. Se nenhuma ascendente encontrada na rea de desligamento, retorne para a rea onde foram en-contradas ascendentes durante o reboque, levan-do em considerao a deriva pelo vento.

    Sua primeira trmica no precisa ser um canho, mas deve ser forte o suficiente para carreg-lo pelo menos a 750m onde se pode procurar mais confortavelmente por trmicas mais fortes.

    Quando no h cumulus ou que no esteja dentro da rea de segurana, ento melhor ir para a casa das trmicas, local onde freqentemente se encontra ascendente. So geralmente prximas a terrenos altos, reas secas onde o sol aquece mais. Fique longe de reas frias e midas, de ria-chos, rios e lagos.

    Quando as trmicas so localizadas pelos cumu-lus, pea ao rebocador lev-lo diretamente para o mais prximo que esteja se desenvolvendo. Evite grandes cumulus j desenvolvidos, especialmente em sua primeira trmica, porque muito provvel que devido a sua baixa altura, as correntes trmi-cas j estejam mais acima. Escolhendo uma nu-vem menor, entretanto crescendo, mais prov-vel que a trmica esteja ativa quando voc chegar embaixo dela. Tambm, se no encontrar a trmi-ca embaixo da primeira nuvem, geralmente h outras nuvens crescendo nas vizinhanas com bo-as possibilidades de sucesso.

    Lembre-se que a nuvem deriva a favor do vento, portanto, procure a trmica no lado contra o ven-to da nuvem. A que distncia contra o vento de-pende da altura da nuvem, da velocidade do ven-to e da fora da trmica. Isto quer dizer que ge-ralmente a trmica est na borda da nuvem, no lado do vento, mas nem sempre. Quando o vento diminui ou muda de direo, prximo da base de nuvem, a melhor ascendente est em algum outro lado da nuvem.

    As nuvens so sinais bvios da presena de trmi-ca.

    Ver: Secondary signs of lift pg.186, Understand-ing the Sky. Por que a trmica expande? um processo termodinmico em que ocorre va-riao de temperatura e presso mais conhecido por processo adiabtico. Quando a trmica se desprende do solo, seu ar est mais aquecido que o ar em volta. medida que a trmica sobe, vai penetrando em reas de presso cada vez meno-res e se expandindo. Esta expanso provoca seu resfriamento, ou seja, ocorre perda de temperatu-ra por expanso, sem troca com meio ambiente.

    At que altura a trmica sobe? 1. At o ponto de orvalho. Quando atinge a tem-

    peratura do ponto de orvalho e forma nuvem. (antes de acontecer o item 2).

    2. At o equilbrio trmico. Quando a temperatura do ar da trmica se iguala com a temperatura do ar em volta. (ocorre em trmica seca).

    3. At uma camada de inverso trmica. A trmi-ca freada nela, pois ocorre o equilbrio trmi-co. As temperaturas se igualam.

    Temperatura virtual: O sol aquece a superfcie terrestre e provoca uma liberao extra de umidade na forma de vapor que sobe na trmica quando ela se forma. Esta adio de umidade aumenta no s sua flutuao, mas tambm aumenta seu ponto de orvalho. Isto pode induzir a formao de condensao na forma de fragmentos um pouco antes da trmica atingir a base da nuvem. Quando se formam, aparecem penduradas para baixo da base da nuvem cumu-lus e um sinal de ascendente mais forte.

    O vapor de gua menos denso que o ar seco por causa de seu peso molecular. Esta substituio de molculas de nitrognio e oxignio do ar seco aumenta a flutuao da trmica. O termo cientfi-co usado para descrever este efeito do vapor de gua aumentando a flutuao da trmica cha-mado de temperatura virtual (virtual temperatu-re). a temperatura na qual uma amostra de ar completamente seco teria que ser aumentada pa-ra ter a mesma flutuao como a amostra de ar mido. Pode-se chegar at 2 a 2,5 se a umidade for relativamente alta. Este o motivo que as tr-micas secas so mais fracas que as que formam nuvem.

    Este efeito de vapor de gua pode aumentar a fora da trmica, mas tambm pode baixar o n-vel de condensao, pois aumenta a temperatura do ponto de orvalho. Embaixo de cumulus e estradas de nuvens: Procure por fragmentos de umidade que se con-densam embaixo da base e que so sugados para dentro da nuvem em diferentes nveis da base da nuvem. Estas reas geralmente tm as ascenden-tes mais fortes devido quantidade extra de umi-dade que aumenta a flutuao. Contrrio crena popular, o ar de uma trmica s mais aquecido que o ar em sua volta. Leitura das nuvens: Pilotos experientes tm uma facilidade estranha em localizar o centro das trmicas instantanea-mente, gastando mnima quantidade de tempo para centrar. Isto no pura sorte. Eles estudam cuidadosamente os indicadores que os auxiliam a encontrar com preciso o centro da trmica.

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    medida que voc voa na direo dos cumulus, voc deveria estudar cuidadosamente todos os in-dcios de onde a trmica est.

    Entender as nuvens talvez a habilidade mais importante no vo vela j que a maioria de nos-sos vos com trmicas balizadas por cumulus. Como regra geral, quanto mais largo e alto o cu-mulus mais estudo e busca necessrio para en-contrar boa ascendente. Dois exemplos: num dia com pequenos cumulus indicando o topo da tr-mica a rea em que a ascendente poder estar relativamente pequena ento a ascendente en-contrada rapidamente. Por outro lado, um CB po-de ter um excelente centro ou mesmo vrios, h uma extensa rea de procura.

    Visualize a trmica espacialmente, ento desloque o crculo para l. Estrutura de uma trmica: Com o qu uma trmica se parece? Qual sua es-trutura e seu formato? So todas iguais?

    Elas podem ter dimetro de poucos metros at centenas de metros. Podem ser suaves ou turbu-lentas, seco transversal circular, alongada ou qualquer outro formato. Todas estas variaes re-querem tcnicas diferentes, entretanto, o dime-tro mnimo utilizvel em torno de 120 metros.

    A maneira mais fcil de visualizar uma trmica atravs de uma vista lateral, como uma coluna de ar que sobe. Podemos comparar como sendo pa-recido a uma fumaa que sai de uma chamin em dia calmo. A coluna de ar sobe mais rapidamente no centro e quanto mais para fora mais devagar ela sobe devido mistura com o ar mais denso e mais frio que h em volta da trmica e provavel-mente a uma rea de descendente.

    A ascendente mais forte no centro e vai se tor-nando mais fraca medida que nos deslocamos para sua periferia. Na borda da trmica h uma zona de mistura e no lado de fora da trmica h descendente. A zona de mistura devido frico entre o ar que sobe dentro da trmica e o ar mais denso e mais frio que h em volta da trmica, e que provavelmente um ar descendente. Esta zona chacoalhada semelhante turbulncia. Entrar na trmica: No lado de fora da trmica h uma zona de afun-damento aumentado que deveria ser atravessado o mais rpido possvel, de acordo com a indicao da velocidade para voar.

    Se um repentino aumento na razo de subida nos induz a circular, devemos antes transformar nossa energia cintica (velocidade), por meio de uma suave e acentuada puxada no manche, em ener-gia potencial (altura). S depois de estar no topo desta puxada que entramos em curva. Se fizer-mos tudo ser certo, entraremos na velocidade a-propriada para girar a trmica. O barbante de

    glissada dever permanecer centrado em toda a manobra.

    Um varimetro bem compensado essencial e -nica maneira de evitar girar em ascendente muito fraca ou mesmo na descendente.

    Na verdade as coisas podem ser um pouco dife-rentes. Chegando numa rea de ascendentes e no sabemos onde exatamente a trmica est, e para evitar passar reto atravs dela, reduzimos a velocidade para aproximadamente 100 km/h. Se comeamos a subir, no comeamos a circular de imediato, mas tentaremos encontrar a melhor -rea em que ganhamos mais altura no menor tem-po.

    Concentrar os sentidos em qualquer indcio. Note qualquer rajada e voe suaves curvas em S, cor-rigindo imediatamente para o lado que a asa le-vantada. No comece a girar at que a indicao seja no mnimo 0,5 m/s, menos que isto no vale a pena, simplesmente voe para a prxima trmi-ca, se a altura permitir.

    Enquanto nos aproximamos da trmica, podemos esperar sentir um ar chacoalhado que produz so-lavanco, combinado com um aumento da indica-o do afundamento. Quando atingimos a trmi-ca, ns sentiremos uma acelerao para cima, e-xatamente como um elevador, ou uma onda para cima. So indicadores instantneos de ascenden-te.

    A maior parte das trmicas rodeada por dois si-nais: 1. Um aumento da razo de afundamento. 2. Em seguida passamos por um ar chacoalhado,

    semelhante turbulncia, que provoca sola-vancos, combinado com o aumento da razo de afundamento.

    Ento, o que acontece quando nos aproxi-mamos e encontramos uma trmica em vo: 1. A razo de afundamento vai aumentando.

    2. Em seguida passamos por um ar agitado, cha-coalhado, semelhante turbulncia, que pro-voca solavancos, devido zona de mistura, combinado com o aumento da razo de afun-damento.

    3. Logo depois, quando atingimos a ascendente, subitamente sentimos uma 'onda' de corrente ascendente e escutamos um suave 'whoosh'. Est onda mais comum ou mais forte no lado da trmica a favor do vento.

    4. O ponteiro do varimetro se desloca no senti-do da ascendente rapidamente passando de indicao negativa para positiva. O ar ainda poder ser chacoalhado e turbulento.

    5. Finalmente, poderemos sentir mais uma onda, e talvez ouvir outro whoosh, uma vez que encontramos o centro da trmica, onde est ascendente mais forte. hora de girar.

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    6. Se voc perceber bem, na onda e whoosh a velocidade do planador aumenta um pouco.

    7. Perceba o ponteiro do varimetro aumentando e engrene numa curva de 40, de acordo com a tendncia do varimetro.

    Como percebemos que passamos na beirada da trmica? Quando uma das asas levantada e normalmente o varimetro indica pouca ou nenhuma ascenden-te. O qu fazer? Mudar o rumo em 45 em direo asa que foi levantada. Usar rpido e energica-mente os comandos.

    Se percebermos estar subindo de forma contnua? Estamos voando aproximadamente em direo ao centro da trmica.

    Se aumentar rapidamente a ascendente? Aumento da presso contra o banco: onda. Aumento do rudo da velocidade: whoosh. Observamos por um salto na indicao do vari-metro. Aguarda-se aproximadamente 01 a 05 segundo e gira-se para o lado que asa levantou. Em que direo ns deveramos girar? Contra a rotao da trmica. Mas elas giram so-mente por curta distncia acima do solo. A esco-lha da direo que conduzir a melhor razo de subida na realidade nossa primeira escolha.

    Na procura por trmica, experimente manter a mo suave no manche e tente detectar se uma asa levantada mais do que a outra. Se levantar, provvel que a parte mais forte da ascendente esteja naquela direo. Se nenhuma asa levan-tada, quando estamos aproximando da ascenden-te, provvel que estejamos nos dirigindo para o centro da ascendente.

    Bem, se a fora da trmica for mais forte sob uma asa do que na outra, como resultado ns podere-mos esperar uma inclinao. Vamos dizer que en-trando numa trmica voc sente que a asa es-querda levanta rapidamente. As possibilidades so que sua asa esquerda est na melhor ascendente e conseqentemente est mais prxima do centro da trmica. O planador vai querer inclinar para a direita e ns desejamos inclinar para o lado opos-to, para a esquerda. Neste sentido, os planadores parecem ser velhos e cansados cavalos e se voc deseja subir ento voc ter que fazer seu velho pangar aproar de volta para a ascendente, ou seja, seu planador vai girar lento para a esquerda.

    Algumas vezes quando entramos na trmica no h sinais detectveis de tendncia de inclinar o planador para qualquer um dos lados. Nestes ca-sos, as possibilidades so que voc acerte direta-mente a trmica ou diretamente a descendente. Quando voc decide que hora de iniciar a circu-lar, realmente no importa muito a direo que voc escolher, esquerda ou direita. O motivo

    porque se voc circular para a direo correta e encontra o centro da trmica, ento voc sabe onde est o centro da trmica e voc trabalha pa-ra centr-la. Se por acaso voc girar para o lado contrrio de onde a ascendente est e atingir des-cendente, ou pesada descendente, ainda voc a-inda se saiu bem porque sua deciso de girar na-quela direo lhe forneceu uma informao til e importante, onde a trmica no est. Agora que voc sabe onde a trmica no est, no passe ali novamente, naquele mesmo local. Nunca voe duas vezes o mesmo ar ruim.

    Desde que o centro da trmica com sua ascen-dente mais forte estava na esquerda, e desde que voc decidiu girar para a esquerda, o resultado alegria, o planador comea a subir e voc pode refinar o processo de centrar em cada volta, gen-tilmente deslocando o crculo em direo ascen-dente mais forte para ficar no centro da trmica.

    Se o piloto tomou a deciso de girar para a direita e percebeu que esta curva o levou para fora da trmica, o caminho mais rpido para encontrar a trmica prosseguir com a curva para a direita por algum perodo, ento nivele as asas e voe em frente por algum tempo. Ento a curva para a di-reita pode ser reassumida.

    Ento o piloto prosseguiu com a curva para a di-reita e realizou 270 de curva antes de nivelar as asas e voar reto por 05 segundos. Agora perceba cuidadosamente e repare que voc poder estar fazendo aproximadamente no mesmo lugar que se o planador tivesse girando pela esquerda, po-rm s em sentido contrrio.

    O piloto, percebendo que tinha voado para fora da trmica em sua escolha, usou um plano sistemti-co de busca. No voou duas vezes o mesmo ar ru-im de descendente. Uma vez que acertou a des-cendente, teve conscincia que adquiriu uma vali-osa informao, a descendente lhe disse onde a trmica no estava, e eliminou aquela rea de busca, encurtando a lista de possibilidades rema-nescentes. TTT CCC NNN III CCC AAA SSS PPP AAA RRR AAA CCC EEE NNN TTT RRR AAA RRR :::

    Quando encontramos uma ascendente, o prximo passo localizar a parte mais forte. A maioria das trmicas no tem um formato circular, algumas vezes h dois centros e outros formatos diferen-tes.

    Na maioria das vezes a trmica aumenta de di-metro com a altitude. Quando estamos baixo, ge-ralmente necessrio voar com maior ngulo de inclinao para permanecer no centro. Abaixo de 600m no tenha receio de inclinar 45 ou mais. Prximo da base da nuvem poder ser necessrio pequeno ngulo, pois o dimetro da trmica maior. O ngulo de inclinao dever ser o neces-

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    srio para mant-lo dentro da trmica ou na parte mais forte da trmica.

    Lembre-se que a trmica livre tem uma razo de subida. A razo de descida do planador varia com a sua inclinao. O ngulo de inclinao utilizado dever ser aquele que maximiza a subida.

    Vamos supor que o seu dimetro 180m. Menos que isto abaixo de 300m e um pouco mais s alto, acima de 900m. Isto significa que no devemos voar em frente depois de encontrar uma ascen-dente porque depois de aproximadamente 07 se-gundos provavelmente j atravessamos a tr-mica, e isto se tiver sorte de passar pelo seu cen-tro.

    Se j tem algum circulando numa determinada trmica, por segurana, circule para o mesmo la-do.

    Se houver pssaros, gire na mesma direo porque quase sempre eles sabem onde est a me-lhor ascendente. Os pssaros parecem no se im-portar se circulamos para o lado oposto.

    Se no h vestgios, tente detectar se uma das asas levanta mais que a outra. Isto geralmente indica onde est a melhor ascendente. Voc pre-cisa entrar em curva dentro de 03 a 04 se-gundos. Centrar: Centrar deslocar o crculo para o lado do centro da trmica, onde est a melhor ascendente, e gi-rar o mais prximo possvel em volta de seu cen-tro. Centrar no algo que precisamos fazer uma s vez e subir at a base da nuvem em crculos completamente regulares, uma vez que estamos na trmica. Esta no a regra, o ar est longe de ser homogneo. necessrio centr-la durante toda a subida.

    Visualize a trmica espacialmente, ento deslo-que o crculo para l. Para isto, tentamos usar: 1. O som do udio-varimetro. 2. A tendncia do movimento do ponteiro. No a

    posio instantnea do ponteiro. 3. Nosso sentido de acelerao. Tanto para as-

    cendente, que se sente o fator de carga au-mentado (G+), como para descendente (G-), quando o planador d aquela flutuada e os co-mandos ficam moles.

    4. O rudo do ar sobre o planador: determina se estamos voando em direo s melhores condi-es de subida. A ascendente forte provoca aumento de velocidade no planador. A cauda mais leve, sobe mais.

    5. Sentir a acelerao no acento importante, pois nos permite uma reao mais rpida. O varimetro no mostrar qualquer indicao de subida at que a aeronave realmente comece a ganhar altura. Mais cedo, ento, percebemos o

    aumento de presso contra o banco e a pre-sena de ascendente.

    Perceber estes indcios detecta-se com antece-dncia a presena de ascendente, e permite ante-cipar as aes para compensar o retardo de indi-cao do varimetro. No ficar dependente s do varimetro.

    medida que entramos na trmica e percebemos que estamos subindo de forma contnua e senti-mos aumentar a presso sobre o banco, ento es-tamos voando aproximadamente em direo do seu centro. Observar a tendncia do ponteiro do varimetro e girar para o lado que a asa foi levan-tada. Depois de centrada, experimentamos au-mentar e diminuir a inclinao para verificar qual inclinao d o melhor rendimento de subida.

    A melhor chance de encontrar ascendente, uma vez que a perdemos, voar diretamente contra ou a favor do vento. MTODOS DE CENTRAR: Como ns deslocamos o crculo que descrevemos no cu em direo ao centro da trmica no to importante. O importante que voc faa isto ra-pidamente. Uma vez que ns sabemos aonde que-remos ir, no deveramos estar preocupados com as perdas de desempenho causado por manobras agressivas e por completa deflexo dos coman-dos.

    1. Primeiro mtodo: Muito usado. Nivele as asas ou reduza a inclinao por algum tempo quando voando em direo a ascendente, ento reinicie novamente a circular.

    Desvantagens: Pode ser inexato no incio das ma-nobras de centrar trmica.

    Vantagens: Funciona bem em trmicas fracas, at 1,5 m/s, e quando necessitamos fazer pequenos deslocamentos em direo parte que mais sobe dentro da trmica.

    2. Segundo mtodo: To logo a ascendentes se torna mais fraca, voe meio crculo to apertado quanto possvel at a ascendente comear a aumentar, depois reassu-ma o ngulo de inclinao original.

    Desvantagens: Pouco deslocamento.

    3. Terceiro mtodo: Desloca o crculo que descrevemos no ar com a mnima perda de tempo e as melhores oportuni-dades de encontrar a melhor parte da ascendente.

    medida que a ascendente melhora, reduza a in-clinao para aproximadamente 15 a 20. me-dida que a ascendente se deteriora aperte o crcu-lo, aproximadamente 50. Se a ascendente per-manece constante, mantenha a inclinao cons-tante, aproximadamente 25 a 40. Esta tcnica permite um relativo grande deslocamento. Deve ser lembrado que grandes ngulos de inclinao

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    provocam significante aumento da razo de afun-damento do planador.

    Estas trs tcnicas precisam ser refinadas no mundo real do vo. Elas servem como base para prtica futura. Depende de muitos fatores, como rajadas de vento, fora da trmica e assim por di-ante.

    E por ltimo e muito importante visualizar espa-cialmente a trmica. Visualizar onde poder estar ela, voc saber para onde quer deslocar o crculo e ser mais fcil o trabalho de centrar. 4. Mtodo dos 270 para centrar a trmica:

    Depois de encontrar a primeira ascendente, o pi-loto realiza uma curva com inclinao de 30 a 40, com velocidade constante.

    Quando estamos procurando determinar qual a proa aproximada da ascendente mais forte que foi encontrada durante a primeira curva de 270, cuidados precisam ser tomados para corrigir o re-tardo da indicao do varimetro, que de 01 a 02 segundos nos mais modernos, algo em torno de 05 segundos nos mecnicos. Quer dizer, temos que antecipar nossas atitudes para corrigir o re-tardo na indicao do varimetro.

    Se estiver claro onde est melhor ascendente, en-to pare a curva (nivele as asas) por 2 a 4 segun-dos depois de realizar a curva de 270 e estare-mos aproando para a melhor ascendente. Estes 2 a 4 segundos levaro o planador 50 a 100 m mais adiante em direo da parte mais forte da trmi-ca. Agora recomece outra curva de 30 a 40.

    Depois, geralmente precisamos aumentar ou di-minuir a inclinao da curva, para deslocar o cen-tro do crculo em direo parte mais forte da trmica, ainda usando a tcnica dos 270. No tente observar a bssola, mas mantenha sua vi-so para o lado de fora do cockpit e use o solo ou a nuvem como referncia. 5. Outra forma de recentrar a trmica:

    Quando a subida fica mais forte, diminuir a inclinao e a velocidade.

    Quando a subida fica mais fraca, aumentar a inclinao e a velocidade.

    6. Algumas subidas estreitas podem ser engata-

    das por girar alm da trmica em alguns graus e depois girar de volta para dentro da ascen-dente forte.

    7. Freqentemente em uma trmica turbulenta e estreita preciso apertar a inclinao quando atingir a parte mais forte da trmica. Comum baixa altura.

    Puxe o manche rpido e suave, e imediatamen-te incline acentuadamente, para evitar passar direto por uma potente trmica estreita ou cen-tro forte.

    8. Reverso da curva: Aplica-se em situaes em que se gira parte dentro e parte fora da trmica. Voc estava fo-ra da trmica e logo que intercepta novamente a ascendente, reverte-se a curva para o outro lado. Esta reverso vai me fazer avanar para aquela direo que a ascendente est. Se eu continuar em curva, vou voltar para a rea de descendente.

    AJUSTE FINO - DESLOCAR O CRCULO EM DIREO ASCENDENTE MAIS FORTE: Na tentativa de deslocar o crculo para o miolo da trmica, melhor deslocar o planador em peque-nos deslocamentos do que um grande desloca-mento. Um grande deslocamento arrisca-se per-der totalmente o centro da trmica se o desloca-mento for feito para a direo errada. MACETES: Primeiro macete: Aumentar a inclinao.

    Deve-se trabalhar muito com o leme de direo, porque o centro da trmica tende a jogar o plana-dor para fora.

    Eventualmente, estamos girando na trmica ou tentando centr-la e de repente o planador a-tingido por uma rajada de vento ascendente, que uma bolha mais forte dentro da trmica, e que

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    tende levantar a asa que est abaixada e aumen-tar a velocidade do planador. Estamos no centro da trmica, onde est a melhor ascendente (up flow maior no centro).

    Ento o barbante de glissada vai se deslocar para a asa alta, indicando glissada. No propriamente glissada que est ocorrendo devido a erro de pilo-tagem. A ascendente que atingida que signifi-cantemente maior que aquela que estava girando produz o efeito de glissada.

    Neste instante, trabalhar energicamente para manter o planador no centro. aqui que a par-te mais forte da trmica.

    Corrija imediatamente a suposta glissada com o pedal. Usar o pedal para o lado da curva, fazendo o planador girar rpido.

    Aumente mais a inclinao, firmemente, 45 a 60.

    Dar uma puxada forte no manche aproveitando a energia extra da trmica e o aumento da veloci-dade dando um impulso para subir mais.

    Tudo isto simultaneamente. Girando realmente apertado voc pode ficar na bolha por algumas centenas de metros. comum voc subir direto por um bando de planadores.

    Isto funciona, especialmente se o centro da trmi-ca realmente forte.

    *** O mesmo princpio vale quando giramos na beirada da trmica e repentinamente a atingimos. Produz o mesmo efeito no barbante de glissada. No entanto, nestes casos pode-se fazer a reverso da curva.

    *** Lembre-se que o varimetro sobre influncia de rajadas horizontais de ar, indicando trmica onde no h ou no to forte quanto indicou o climb quando sob o efeito da rajada horizontal. Segundo macete: Manter a inclinao Manter firme a inclinao. Normalmente h ten-dncia de levantar a asa baixa. Se levantar, dimi-nui a inclinao e aumenta o raio da curva e, en-to, provavelmente perde-se a melhor ascenden-te.

    O ideal mexer o mnimo no manche e nos pe-dais. Deve-se voar o mximo possvel com os co-mandos parados.

    preciso executar crculos com a velocidade e ngulo de inclinao corretos e constantes para aquela trmica.

    Quanto mais prximo ao solo mais estreita a trmica. Ento, preciso realizar um raio de cur-va menor, utilizando inclinaes mais ngremes. Terceiro macete: Controlar a velocidade Manter a velocidade pela referncia no horizonte. Controlar a velocidade olhando para o velocmetro

    ocorre muita oscilao, porque quando se entra numa trmica forte, aumenta a velocidade e quando se sai dela, estarei com o nariz do plana-dor muito levantado e a velocidade cair rapida-mente. O velocmetro tem inrcia, voc corrige quando j aconteceu.

    Manter a atitude correta e a velocidade se ajusta-r automaticamente. mais eficiente controlar a velocidade pela: 1. Atitude de vo, 2. Rudo do ar, 3. Sensibilidade dos comandos... ... Do que olhar para o velocmetro. Quarto macete: Numa trmica no centrada, uma parte da volta dentro e outra fora da trmica, quando o varime-tro est mostrando a mais baixa indicao, mais provvel que o centro esteja na direo da asa baixa. At poderia ser ligeiramente para frente da asa baixa devido ao retardo de indicao.

    Outras informaes: ver no livro Art of therma-ling. VARIMETRO COM UDIO: Por motivos de segurana, todo planador deveria estar equipado com um udio-varimetro. Isto permite ao piloto no ter que olhar para o painel enquanto est girando na trmica e permite que se gaste 100% do tempo olhando para fora do cockpit, como deve ser.

    Tambm, por motivos de segurana, todo plana-dor deveria ser equipado com o barbantinho de glissada no canopi. Ento no seria necessrio o-lhar para nenhum instrumento enquanto giramos trmica, exceto dar uma olhadinha de relance no barbantinho. Seus olhos devem estar focalizados para o lado de fora do cockpit.

    Uma das maneiras mais eficientes de aprender a girar trmica olhando para fora do cockpit cobrir o painel de instrumentos e praticar. Faa este treinamento sem instrumento em altitude segu-ra. Se o instrutor estiver presente, pode fazer isto com qualquer altitude, mas descubra o painel quando entrar no circuito de trfego por causa da necessidade de saber exatamente a velocidade, que extremamente importante. Quanto altitu-de, dever ser capaz de julg-la pelo tamanho dos objetos conhecidos na superfcie.

    Antes e durante curvas sempre verificar a rea para a direo que se quer girar, para se certificar que nenhuma outra aeronave possa ameaar a sua segurana. bom tambm observar por bai-xo, pois, a no ser que algum esteja o observan-do, muitas ameaas viro na forma de outras ae-ronaves girando prximo de sua altitude.

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    Antes de entrar no circuito de trfego, desligue o udio do varimetro. Este som no necessrio e eliminaremos uma distrao onde necessitamos de toda a concentrao. NGULO DE INCLINAO, VELOCIDADE, DIMETRO DO CRCU-LO: Se o centro da trmica muito mais forte que a parte mais externa, isto , se h uma acentuada diferena de razo de subida entre o bordo e o centro, apertar a inclinao vale a pena apesar da inerente perda de eficincia devido ao aumento da razo de afundamento do planador.

    Se a diferena baixa ns voamos crculos mais largos em que o planador tem menor razo de a-fundamento. Ser necessrio em quase toda tr-mica mudar o ngulo de inclinao e, a partir da, a velocidade e o raio do crculo a fim de otimizar a razo de subida devido mudana das caracters-ticas da trmica com o aumento da altitude.

    Freqentemente ns precisamos circular com 40 a 50 em baixa altura enquanto no tero superior da trmica apenas aproximadamente 25. Algu-mas vezes as trmicas so mais estreitas em alti-tude onde a razo de ascendente mais rpida. MELHOR NGULO DE INCLINAO: Quando estamos procurando por trmica melhor voar nivelado ou executar curvas suaves, menor que 30, para aumentar a rea de procura e mi-nimizar a razo de afundamento. Depois que a trmica foi encontrada, o ngulo de inclinao de-ver ser aquele que maximiza a razo de subida. Geralmente entre 30 e 45, podendo chegar a 60. Ambos dependem da carga alar e do dime-tro e fora da trmica. Logicamente necessrio manter o circulo dentro do permetro da trmica.

    Porm, quase sempre as trmicas so mais fortes em seus centros, mas no o grande ngulo de inclinao que produzir a mais alta razo de su-bida, porque a razo de afundamento aumenta rapidamente em grandes ngulos de inclinao, o que no resultar na melhor razo de subida. En-tretanto, se a fora da trmica muito mais forte no centro que no bordo, grandes ngulos de incli-nao valem pena.

    Trmicas estreitas requerem grandes ngulos de inclinao.

    Para planador com carga alar mais alta geralmen-te necessita de maiores ngulos de inclinao pa-ra otimizar a performance da subida em compara-o a planadores com menor carga alar, que vai rodar trmicas com velocidades menores, descre-vendo um raio de curva menor numa determinada inclinao, estando, ento, mais prximo do cen-tro da trmica.

    Efeito da 'carga alar': Planadores com baixa carga alar tm a vantagem de girar trmicas com velocidades mais baixas e, desta forma, podem ser melhores sucedidos em trmicas de menor dimetro.

    Portanto, um planador que pode girar baixa al-tura em condies de segurana a 65 km/h, o dimetro do crculo ser de aproximadamente 100m. Por isto, planadores com baixa carga alar tm melhores possibilidades de serem bem suce-didos baixa altura que planadores de carga alar elevada. ABANDONANDO A TRMICA:

    Abandonamos a trmica quando a razo de su-bida diminuiu at o ponto onde igual razo de subida inicial que esperamos encontrar na prxima trmica.

    A deciso de abandonar a trmica no necessa-riamente baseada na mdia de subida. A prxi-ma trmica, as condies do tempo e o ter-reno em frente que decisivo. Muito impor-tante saber estimar o rendimento da prxima trmica e a distncia at ela. Deve-se educar-se para isto. Raramente vale a pena trabalhar at prximo da base da nuvem se o cumulus for um tanto achatado.

    A tcnica de partida da trmica comea a partir do lado oposto da direo de vo pretendida, aumen-ta-se a inclinao e a velocidade de forma a voar diretamente pelo centro da trmica, antes de a-tingir a habitual zona de descendente no lado de fora da trmica, j na velocidade de cruzeiro.

    Antes de abandonar a trmica, ns sempre de-veramos ter nossa prxima meta, e, se poss-vel, uma mais em nossa mente. A FORA DA TRMICA DEFINE A AO EXIGIDA: Trmicas turbulentas e irregulares requerem tratamento enrgico, mas seja gentil em trmicas suaves.

    Emparelhe o ngulo de inclinao do planador com o dimetro da trmica. Trmica estreita re-quer maior ngulo de inclinao e maior velocida-de.

    Geralmente, qualquer coisa menor que 1,5 m/s ser de tamanho limitado e por estar razo pe-quenas correes deveriam ser feitas e vo com preciso. Se esforce para voar com preciso, usando

    inclinao moderada, at 30. Desloque o centro do crculo estendendo-

    alargando a curva.

    Se a trmica for maior que 1,5 m/s; empregar tcnicas mais agressivas, especialmente se o cen-

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    tro realmente forte. ngulo acentuado de incli-nao necessrio, 45 a 50, e mesmo apertar mais na melhor parte da ascendente funciona me-lhor.

    Em condies fortes sua prioridade colocar o planador no centro da trmica o mais rpido pos-svel.

    Trmicas estreitas e turbulentas precisam gran-des ngulos de inclinao e mais velocidade para permanecer nelas. (50 de inclinao se gasta 19 segundos por volta).

    A razo de giro pode variar de 19 at 30 segun-dos por volta completa. Pilotos experientes fazem a mdia de 23 a 24 segundos por volta, pilotos in-termedirios em torno de 27.

    Algumas subidas estreitas podem ser engatadas por girar alm da trmica em alguns graus e de-pois girar de volta para dentro da ascendente for-te.

    Freqentemente em uma trmica turbulenta e estreita preciso apertar a inclinao quando a-tingir a parte mais forte da trmica. Comum baixa altura.

    Puxe o manche rpido e suave e imediatamente incline acentuadamente, para evitar passar direto por uma potente trmica estreita ou centro forte.

    Um pouco de leme para cima na curva bom; glissa o planador, faz a asa interna ter melhor de-sempenho e reduz a possibilidade de parafuso.

    Eventualmente, especialmente em trmicas secas, se voc atingir uma extra-onda, apertar o mximo a curva, ento voc vai subir com a bolha por centenas de metros.

    No tenha receio de inclinar bastante: muitos pi-lotos quando encontram uma trmica razovel no giram inclinado o bastante.

    muito raro que voc encontre uma trmica per-feita que redonda e que suba por toda ela na mesma razo de subida. Freqentemente a trmi-ca um pouco fragmentada, alongada e irregular. Quando a trmica como isto, isto , a maioria dos casos, lembre-se que fisicamente impossvel colocar o planador completamente dentro da tr-mica subindo suavemente. A chave centrar a-proximadamente no meio da trmica e usar me-nores ajustes possveis para sentir o melhor do ar, lentamente trabalhando o crculo para dentro da melhor parte da trmica e mant-lo l por toda a trajetria de subida. Voc pode ainda alongar o crculo para avaliar o formato da trmica.

    Reverter a curva boa tcnica em trmicas mais largas.

    Se voc perder o centro, reduza a inclinao da curva para ampliar a rea de procura.

    No incio do ciclo de uma trmica, ela pode ser ampla e suave, mas no muito forte. Entretanto

    pendure l se a fora da trmica lentamente me-lhora a cada curva.

    No final do ciclo de uma trmica, voc d meia curva em trmica boa e o resto s porcaria. Se na prxima curva piora, provavelmente voc chegou muito tarde.

    Algumas vezes se sente fortes ondas e depois s h descendente, caractersticas de topo da trmi-ca, principalmente trmica seca ou que forma pe-quenos fragmentos de nuvem. E MAIS... Na entrada da trmica tente rolar o planador de um lado para outro para auxili-lo decidir que lado girar. A trmica pode levantar uma asa e dificultar a rolagem para aquele lado. Gire para l.

    de volta experimental pode ajudar decidir se vale a pena engrenar a trmica ou se girou para a direo correta.

    Use diferentes tcnicas para centrar. Para trmi-cas estreitas aumente o ngulo de inclinao, ou use o clssico desloque o crculo sobre para tr-micas mais largas ou quando se sabe onde o cen-tro est. Requisitos para girar trmica: Girar com firmeza. Voar com preciso. - Sem derrapagem ou glissada - barbante reto. Entretanto, para grandes ngulos de inclinao recomendado ter um pouco de glissada, cal-ando o p como o leme de cima. Voc avana um pouco a asa interna e melhora sua eficincia por reduzir o arrasto da asa externa e aumentar a sustentao da asa interna. Asas com diedro no necessrio. Obs.: No tente praticar isto sem obter esclare-cimento de seu instrutor ou piloto mais experi-ente de como isto funciona. - Manter um ngulo de inclinao constante. - Manter a velocidade constante.

    Sem concentrao.

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    FONTE DE TRMICA: Podemos definir como uma rea em que as carac-tersticas de uma parcela de ar so mudadas, tor-nada mais leve que o ar em volta. Fonte de trmi-ca o local onde o ar aquecido na superfcie do solo.

    baixa altura, olhar para baixo. Procurar reas que possam estar mais aquecidas, reas de con-traste de aquecimento, e onde pode desprender a trmica, gatilho. Campo arado batendo sol, trator mexendo a terra, canto de mato que pode servir de impulso para trmica, etc.

    Aprender a desprezar trmicas fracas: no girar em trmica fraca para o dia, quando com boa al-tura.

    Potreiros so boas fontes de trmicas, seguido dos arados de terra exposta. Potreiros significam campos secos. FONTE & GATILHO DA TRMICA: O local onde a trmica inicia a subida para formar a trmica pode estar distante do local onde o ar aquecido. Ento, necessrio diferenciar fonte de trmica de impulso ou gatilho da trmica. Gatilho o local onde desprende a trmica. ONDE TRMICAS SO IMPULSIONADAS: Mesmo a superfcie estando bem quente pode permanecer inativa se no houver um impulso pa-ra formar a trmica. Quanto mais uniforme o ar e a superfcie so, menores sero as irregularidades que podero servir como gatilho. MAIS LEVE SE MAIS QUENTE OU MAIS MIDO: Normalmente o ar mais leve mais aquecido. As molculas vibram mais rapidamente e ocupam maior espao. Em outras palavras, o volume de uma determinada massa de ar maior e a densi-dade menor.

    O ar formado por uma mistura de gases mais uma quantidade varivel de vapor de gua; este vapor mais leve que o ar seco. claro ento, que o ar no s mais leve quando est mais a-quecido que o ar em volta, mas tambm quando contm quantidades relativamente altas de vapor de gua. UM PSSIMO CONDUTOR DE CALOR: O ar um excelente isolador de calor. Exemplo, colocar duas chapas metlicas, uma aquecida ou-tra no, prximas separadas por uma camada de ar, difcil a transferncia de calor para a fria.

    Como conduz calor pessimamente, uma vez que uma parcela de ar aquecida, ele tender a reter seu calor por um tempo relativamente longo, a no ser que for misturado com outro ar ou se ex-pande para compensar com a presso em volta, onde adiabaticamente resfriado.

    A SUPERFCIE AQUECE O AR, NO O SOL: Em dias claros, a energia solar atravessa direta-mente a atmosfera terrestre sem produzir efeitos significantes de calor no ar. necessrio o au-mento da temperatura do solo para o desenvolvi-mento de trmicas. No o calor que se sente exposto ao sol, que queima a pele, que produz trmica. O sol precisa aquecer a superfcie do solo para que o solo aquea o ar e produza trmica. FORMAO DE AR INSTVEL DE SUPERFCIE: H muitos fatores que podem auxiliar impedir, ou retardar a formao de ar instvel na superfcie.

    1. Energia solar Passagem de sombras interrompe o aqueci-mento do solo. reas extremamente grandes de sombra ge-ralmente dissipam qualquer atividade convectiva. Nvoa, poeira, fumaa industrial, dependendo da densidade, pode suprimir a atividade convecti-va, particularmente de manh. ngulo de incidncia dos raios solares na su-perfcie terrestre. O aquecimento depende da lati-tude, estao, hora do dia, encostas do terreno. Cobertura superior de nuvens altas reduz o a-quecimento da superfcie.

    2. Aquecimento da superfcie depende do ti-po de superfcie Evaporao de gua da superfcie requer gran-de quantidade de calor, deste modo, reduz o a-quecimento da superfcie. A gua excelente condutora de calor para a profundidade. A capacidade da gua de armazenar calor muito grande, maior que a terra. Plantas verdes evaporam gua. A absoro de energia do solo depende do tipo de solo. Quanto menos energia refletida mais absorvida e maior ser o aquecimento da superf-cie. Cultivo de cereais reflete 3-15%da energia solar, Solo seco 8-14%, Areia e praias 10-18%, Terra exposta e pedras 10-20%, Terras lavradas 20-25%, Desertos 24-28%, Neve 46-86%.

    3. Transferncia de energia do solo para o ar Ventos fortes e sua turbulncia causam uma mistura rpida do ar aquecido na superfcie, dis-tribuindo rapidamente o calor e camada de ar a-quecido. Ao mesmo tempo, a superfcie est sen-do resfriada constantemente, portanto, a forma-o de uma camada de ar mais aquecida aderido superfcie menos freqente.

    reas protegidas aumentam o tempo de calor disponvel. Exemplo: em campos de cereais a di-ferena de temperatura entre o talo (haste) e um pouco mais acima de nossas cabeas freqen-temente de 2 a 3. Capim seco, alto e aquecido tem efeito similar. Casas ou rvores podem reter maiores bolhas de ar por maior tempo de aqueci-

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    mento. s vezes, surpreendentemente boas tr-micas podem ser encontradas no sotavento de uma encosta ou crista, onde o ar tem tido a opor-tunidade de se aquecer por mais tempo. Desfila-deiros ou depresses em montanhas so boas ge-radoras de trmicas.

    Freqentes impulsos sucessivos de trmicas reduzem a fora individual da trmica por reduzir as reservas de ar. Vento calmo e terreno plano as trmicas sero menos freqentes, mas fortes.

    4. Instabilidade devido diferena de umi-dade Ocasionalmente locais de alta umidade pode cau-sar um fenmeno localizado, semelhante trmi-ca, sobre pntanos... E tem revelado que a tem-peratura nestas trmicas midas algumas vezes menor que o ar em volta. Esta instabilidade provocada pelo alto teor de umidade. Tecnica-mente isto difcil de ser mensurvel e no confie nesta possibilidade de explorar trmicas em locais midos.

    5. Faa um filme mental Particularmente baixa altura, mais fcil farejar trmica onde o ar quente pode se deslocar sobre o campo diretamente abaixo de ns. Onde ele po-de estar sendo emboscado e forado a se des-prender do solo, onde o gatilho. O TEMPO DE VIDA DA TRMICA: As trmicas no duram para sempre. Algumas du-ram poucos minutos e outras a maior parte de uma hora.

    Voc pode aprender por si mesmo sobre o ciclo das trmicas por observ-las a partir do solo. Isto simples, fcil e barato, mas requer pacincia e persistncia.

    Registre o momento que voc percebe alguma nvoa ou fragmentos de nuvem se formando.

    Registre o desaparecimento do cumulus que es-t se extinguindo.

    Repare quanto se parece os fragmentos de nu-vem de um cumulus se formando com os frag-mentos de um cumulus que est se extinguindo.

    Muito novos fragmentos parecem sobreviver por apenas vinte minutos e ento se dissipam. Outros fragmentos se desenvolvem at bons cumulus. Em alguns dias, todos os cumulus durante um longo tempo. Em outros dias, provavelmente em dias secos, os cumulus no se desenvolvem alm do estgio de fragmentos.

    Quanto mais tempo voc gasta observando estes fenmenos, mais tempo economizar quando es-tiver voando. Ter toda sua ateno para observar o tempo e rapidamente aprender avaliar a quali-dade das condies do tempo para voar planador mesmo antes de abandonar o solo. Quando voc estiver voando, ter que dedicar muita ateno para voar o planador, observar o trfego, etc.

    MXIMO DESENVOLVIMENTO DA TRMICA: reas escuras das nuvens indicam que as gotcu-las de gua so grandes e freqentes. Isto signifi-ca que a umidade do local alta, indicando que a massa de ar que sobe tem permanecido mida porque no tem sido misturado com o ar seco em volta, pois no d tempo de se misturar porque a quantidade de vapor que se condensa maior. A-lm disto, esta a rea onde a maior parte do ca-lor adicional (calor latente) tem sido liberada pela condensao, aumentando a fora da trmica.

    Fragmentos de vapor de gua que aparecem pen-durados para baixo alguns metros abaixo da nu-vem e so sugado para dentro da nuvem, eles tambm indicam a rea de mxima subida. Isto resulta do ar ser mais mido, conseqentemente, mais leve do que o resto da trmica. FORA DA TRMICA: A fora da trmica est diretamente relacionada com a altura que ela atinge. Geralmente trmica seca mais fraca que aquela que tem umidade para formar nuvem. Variam de prximo a zero e podem chegar a 17 m/s em trovoadas.

    Tipicamente as trmicas variam de 1,1 a 3,9 m/s e em climas midos podem atingir 5,5 m/s. reas de desertos variam de 2,8 a 8,4 m/s.

    Altura m-xima da trmica

    Mdia da for-a da trmica que forma nuvem

    Mdia da fora da trmica seca

    1000 m 1,9 m/s 1,7 m/s

    2000 m 3,0 m/s 2,5 m/s

    3000 m 4,0 m/s 3,6 m/s

    Este o valor da trmica, no levando em consi-derao a razo de afundamento do planador, que deve ser descontado do valor da trmica.

    Trmicas mais fortes so: Mais turbulentas; Mais compactas e estreitas; E mais durveis.

    Trmicas mais fracas tendem a ser: Mais benignas; menos turbulentas; Mais largas; Menos confiveis. QUANDO A TRMICA SE EXTINGUE: Como voc pode dizer se uma trmica se extin-guiu, e neste caso voc deveria prosseguir seu curso e procurar ascendente em outro lugar, ou se simplesmente voc a perdeu, e ela no se ex-tingui, mas apenas foi perdida, e neste caso pode-remos procurar na rea algum tempo na tentativa de reconect-la e recomear sua subir?

    As trmicas geralmente se extinguem sem aviso, sem hora para acabar. Voc poder saber se a

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    trmica acabou ou no por procurar sistematica-mente pelos quatro quadrantes. Se voc reconec-tar a trmica, recomece a circular e continue sua subida. Mas se voc no encontrar a ascendente depois de procurar pelos quatro quadrantes, no desperdice tempo trabalhando na descendente desorganizada que parece acompanhar toda estei-ra ou rasto da trmica. V embora, procure em outro lugar.

    No incio do ciclo de uma trmica, ela pode ser ampla e suave, mas no muito forte. Entretanto pendure l se a fora da trmica lentamente me-lhora a cada curva.

    No final do ciclo de uma trmica, voc d meia curva em trmica boa e o resto s em porcaria. Se na prxima curva piora, provavelmente voc chegou muito tarde.

    Algumas vezes se sente fortes ondas e depois s h descendente, caractersticas de topo da trmi-ca, principalmente trmica seca ou que forma pe-quenos fragmentos de nuvem. QUANDO UMA TRMICA JOVEM E EST SE DESENVOL-VENDO: L est voc, mais e mais baixo. Voc precisa de uma ascendente ou ter que pousar em breve. Ento voc encontra um zero afundamento. Se voc realmente precisa de uma trmica e no est alto, vale a pena ficar com zero afundamento do que nada. A formao de uma trmica gradual e parece passar por um perodo marcado por zero de afundamento (zerinho). Ento a trmica ama-durece e comea a subir. Trmica se dissipando parece ser marcado por aproximadamente 15 se-gundos de zero afundamento, e ento no h mais nada. Nenhum sopro de corrente de ar as-cendente. SOBRE PSSAROS: Quer eles procuram trmicas porque h mais in-setos ou para voar mais facilmente, se estamos girando onde eles esto, podemos esquecer os instrumentos e estar certos que estamos na me-lhor trmica.

    Depois de ns ter voado dois ou trs crculos com eles e ento eles se vo, no porque esto com medo de ns. O motivo que eles se mudaram que j voaram na melhor ascendente.

    Quase to bom quanto observar pssaros, mas ainda melhor que qualquer instrumento, a prti-ca de observar outros planadores voando na mesma rea e mesma altitude. perigoso para ns mesmos, e para os outros, voar com a aten-o voltada para os instrumentos, e passando por informaes importantes sem v-las. a melhor maneira de descobrir o ar que sobe mais rpido.

    TERRENO MONTANHOSO: boa idia voar ao longo da crista de morros. Como nos ventos anabticos em reas de altas montanhas, a trmica tender a deslizar pela en-costa at finalmente se desprender no pico do morro.

    Se uma trmica forada morro acima em uma encosta de uma colina e sobre sua crista, o repen-tino aumento da velocidade do vento no topo do morro provoca a inclinao da trmica a favor do vento medida que ele sobe. Se ns circulamos em tal trmica, ns teramos que nivelar as asas momentaneamente cada vez que estamos aproados contra o vento para evitar ser empur-rado para fora da trmica, na direo descen-dente. baixa altitude ns temos que ter especial cuidado para permanecer na trmica por razes bvias. Precisamos completa concentrao e per-feita pilotagem do planador. COMO IDENTIFICAR A PRESENA DE TRMICAS: Para desenvolver suas habilidades de observador do tempo, use duas abordagens: primeira, como detectar e observar trmicas quando voc est no solo, e segunda, como investigar inteligentemen-te, enquanto no ar, onde as trmicas so mais provavelmente encontradas.

    Podemos freqentemente concluir que correntes verticais esto presentes na atmosfera por obser-var correntes horizontais do vento, enquanto ain-da estamos no solo. uma excelente idia dis-pensar algum tempo e realizar estas observaes.

    A corrente ascendente da trmica suga todo o ar em volta e o afunila, direcionando para cima. A di-reo e a velocidade do vento de superfcie devem ser afetadas. Voc pode observar, algumas vezes, que o vento de superfcie vem de direes opostas num curto intervalo de tempo ou ao mesmo mo-mento. SINAIS DE ASCENDENTES NO CU: 1. Haze dome: Procure por uma nvoa que pre-cede a formao das nuvens cumulus. Geralmente so bastante fracos, leitosos, mas luminosos. Po-de ser melhor experimentar diferentes culos para maximizar as chances de detectar haze domes.

    2. Pssaros que planeiam e esto girando: Procure por pssaros de qualquer tipo, principal-mente quando esto girando.

    3. Andorinhas: Algumas vezes enxames de inse-tos podem ser vistos geralmente acompanhados de andorinhas voando rapidamente em volta, se alimentando deles. Andorinhas so pequenas e di-fceis de ver a no ser que procure por elas. Elas no tm tcnica de vo, diferente do urubu.

    4. Fragmentos de poeira flutuando no ar. Preste ateno para qualquer fragmento transpor-tado pelo ar, tais como folhas, fragmentos de co-lheitas, e outros fragmentos.

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    5. Redemoinho de poeira ou nuvem de poeira geralmente bastante til em climas secos.

    6. Fumaa geralmente um sinal seguro de as-cendente.

    7. Estrada de trmicas. Procure por sinais de estrada de nuvens.

    8. Cheiros vindos do solo. I) PROCURANDO POR TRMICA BAIXA ALTURA: Tentamos no deixar isto acontecer, mas algumas vezes nos encontramos na desconfortvel situa-o da baixa altura quando navegando ou estando distante demais de uma pista para retornar em condies de segurana. Se uma trmica no for encontrada em poucos minutos, teremos que fa-zer um pouso fora. As opes de procura so limi-tadas e nos resta pouco tempo para isto. Em tais momentos geralmente estamos voando a ss e sem a ajuda de outros planadores. E o que fazer ento?

    Primeiro de tudo e mais importante, mantenha uma rea apropriada e segura para pouso sempre a seu alcance.

    baixa altura, no devemos basear nossa busca somente nas nuvens ou em outros planadores su-bindo acima de ns. Tentar encontrar trmica embaixo de cumulus quando baixa altura algo perdido porque a bolha trmica que formou a as-cendente pode no existir baixa altura, a fonte da trmica pode bem ter acabado prximo ao so-lo. Preste mais ateno nas qualidades de gera-o de trmica do terreno embaixo de voc e a direo do vento.

    Se no encontrar imediatamente na primeira es-colha, deveramos tentar nossa sorte no prximo ponto de gatilho ou ainda o prximo. No temos a certeza de encontrar ascendente, mas melhor procurar em um ponto do que continuar em curso.

    Formao e gatilho: Faa uma rpida reviso mental sobre a formao e gatilho de trmicas que pode ajudar-nos nas condies locais que se apresenta.

    A trmica acontece como resultado do aquecimen-to irregular da superfcie. Boas fontes so aquelas superfcies que so aquecidas mais rapidamente pelo sol.

    Particularmente baixa altura, farejar a trmica por onde o ar quente pode se deslocar sobre o campo diretamente abaixo de ns. Onde o ar mais quente pode estar sendo emboscado.

    Se todos os indcios visveis esto faltando, ento procure ligeiramente no lado a favor do ven-to de reas secas do solo e que esto banha-das pelo sol. Observar tambm onde pode ser o gatilho da trmica. Se encontrar um zerinho, cir-cule um pouco, pois pode ser uma nova trmica emergindo e que se tornar mais forte.

    Zero afundamento: Se encontrarmos zero afun-damento, pelo menos no estamos perdendo mais altura, boa idia explorar esta possibilidade. Se o sol est brilhando, provvel que esta situao melhore em breve e seremos capazes de subir.

    Contraste e extenso: Superfcies de reas vi-zinhas que contrastam bastante. Procurar por qualquer tipo de solo que se aquece mais rapida-mente. Os potreiros so timas fontes de trmicas seguidas de terra arada nua.

    Avaliar e considerar: - Contraste e extenso de reas no solo. - Deriva pelo vento do ar mais aquecido na su-perfcie. Para isto necessrio descobrir a dire-o do vento. - Local de impulso. - Deriva da coluna trmica pelo vento.

    Superfcies escuras e secas vo gerar mais calor e trmica do que superfcies midas e claras.

    Qualquer indicao da superfcie onde converge o vento d indcios de onde a trmica poderia se formar. Qualquer convergncia de poeira ou fu-maa um indicador relativamente seguro para localizao de trmica.

    Procure por pssaros circulando nas proximida-des, alguma fumaa, poeira ou redemoinhos.

    Trator arando a terra seca excelente fonte de trmica.

    Se um redemoinho de poeira encontrado, circule na direo oposta, para reduzir o raio da curva. S muito baixo para circular, tente ganhar altura cruzando direto por ele repetidamente.

    Superfcie que tem morros e tem um lado vol-tado para o sol, este lado recebe mais direta-mente radiao solar e pode gerar trmica aps trmica.

    Odores: Use seu nariz e esteja alerta para odo-res vindos do solo.

    reas altas: reas mais altas do terreno so as melhores escolhas. Vales entre longas cadeias de morros ou entre montanhas tendem a ter descen-dentes durante o dia trmico.

    Cristas e montanhas desprendem trmicas que deslizam com o vento e produzem trmica repeti-damente devido brisa que sopra morro acima e por ter uma encosta voltada para o sol que se a-quece mais. II) PROCURANDO POR TRMICA A MDIAS ALTITUDES: Quando ns estamos em vo de distncia, ns es-tabelecemos nossa meta frente e alteramos nossa rota para tirar vantagens de formaes de nuvens favorveis. Procure o padro de formao no cu e tente correlacionar com os efeitos do so-lo. A sombra da nuvem deve ser avaliada e pode auxiliar na localizao da melhor nuvem.

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    importante usar os indcios do solo e da nuvem. Quanto mais alto estivermos mais baseamos nos-sas decises na forma da nuvem. Enquanto per-demos altura, devemos levar em conta a possibi-lidade de a ascendente estar somente h algumas centenas de metros da base da nuvem. Isto particularmente aplicvel para cumulus muito de-senvolvido.

    Quanto mais baixo ficamos, mais devemos voltar nossa ateno para o solo e possveis fontes de trmicas. Se h vento, h trs possibilidades mais co-muns que as trmicas podem se apresentar: 1. Se a reserva de ar que alimenta a trmica for grande, o ar que sobe ser deslocado a favor do vento, conseqentemente, o tronco da trmica, a partir de um ponto fixo da superfcie, se inclinar a favor do vento. O ngulo de inclinao no constante e depende do perfil do vento nas diver-sas altitudes.

    Se a trmica forma nuvem, ns podemos tentar fazer sua ligao com o possvel ponto de origem no solo.

    Se tivermos sorte de ver uma trilha da trmica, pode ser fumaa, fragmentos de p ou outros pla-nadores acima ou abaixo de ns, podemos ento ter uma idia do ngulo e poderemos esperar a melhor subida no mesmo ngulo em outras nu-vens para o mesmo dia.

    Estas trmicas tendem a ser turbulentas, com ra-jadas, e devemos continuamente deslocar nosso crculo contra o vento para evitar que sejamos expelidos a sotavento da trmica.

    2. Se o vento for forte e o terreno em baixo re-gular, a camada de turbulncia mais baixa vai im-pulsionar a trmica. Tais trmicas so relativa-mente verticais e deslocam-se com a massa de ar junto com o vento. Acharemos a trmica mais ou menos embaixo da nuvem e trabalharemos a tr-mica de modo normal, mas claro, estaremos sendo deslocados junto com a nuvem enquanto subimos.

    3. A caracterstica da superfcie pode produzir trmica de maneira pulstil, em vez de contnuo fluxo de ar quente. Cada pulso formar uma tr-mica e se desloca da superfcie formando uma trmica isolada, como no item 2. A fileira de tr-micas estar alinhada com a direo do vento.

    Estes trs tipos de trmicas podem aparecer mui-to prxima uma das outras e dependem larga-mente da caracterstica da superfcie e do terreno.

    A melhor chance de encontrar ascendente, uma vez que a perdemos, voar diretamente no senti-do contra ou a favor do vento.

    III) PROCURAR TRMICAS DIRETAMENTE EMBAIXO DA BASE DA NUVEM: Neste nvel orientamos nossa busca na nuvem. Em altitudes prximas da base da nuvem, ns po-demos encontrar a melhor ascendente exatamen-te em baixo da parte mais escura da base da nu-vem, geralmente localizada embaixo da parte mais grossa, mais densa, mais gorda em forma de crculo ou cilindro da nuvem.

    Desnivelamento da base da nuvem: Preste cuidadosa ateno para o desnivelamento da base da nuvem. Se uma rea mais alta e permanece escura, a ascendente ser mais forte l.

    Procure na parte contra o vento da nuvem: Mais importante, se a velocidade do vento na ou prxima da base da nuvem aumenta, a melhor ascendente ser encontrada da parte contra o vento da nuvem, especialmente em dias ensola-rados.

    Procure por fragmentos de umidade que se condensam abaixo da base e que so sugados pa-ra dentro da nuvem em diferentes nveis da base da nuvem. Estas so reas que geralmente as correntes ascendentes so mais fortes devido quantidade extra de umidade que aumenta a flu-tuao.

    Uma aparncia esfarrapada indica uma nuvem dissipando enquanto uma aparncia de nvoa in-dica presena de gelo. H muitas nuvens se de-senvolvendo? Escolha a melhor.

    Uma vez que ns constatamos que a melhor as-cendente de vrias trmicas est constantemente num determinado lado da nuvem, ns podemos presumir que isto ser o caso de quase todas as nuvens naquele dia e economize tempo sempre aproando para aquele bom lado da nuvem. INDCIOS DE TRMICAS COM NUVENS:

    Estando distante da nuvem, procure por: 1. Muito importante: preste muita ateno na

    base da nuvem, que precisa ser mais larga que a parte superior.

    2. Nuvem grande inchada de colorao branca felpuda.

    3. Nuvem se desenvolvendo (em expanso). 4. Contornos ntidos, bem definidos. 5. Bases planas / lisas. 6. Nuvem recm-formada. 7. Haze dome: Nvoa que precede a formao

    do cumulus. geralmente bastante fraco, leitoso, mas luminoso.

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    Na nuvem, procure: 1. Na nuvem mais escura e mais grossa. 2. Embaixo da nuvem mais desenvolvida ou a

    rea com a mais alta nuvem desenvolvida. 3. Na rea mais escura da base da nuvem. 4. Formato cncavo da base indica forte as-

    cendente. difcil ver base cncava se voc est alguma distncia da nuvem.

    5. Quando h um reconhecido degrau na base da nuvem, sempre procure embaixo da base mais alta.

    6. A rea da nuvem contra o vento. 7. Fragmento de condensao que pendem pa-

    ra baixo em diferentes nveis da nuvem indi-ca quantidade extra de umidade. No con-fundir com realimentao de nuvem dissi-pando, isto geralmente tem ascendente fra-ca.

    8. Fique alto para aproveitar os efeitos do calor latente.

    Evite: 1. Nuvem ou rea de nuvem esfarrapada; ou fi-cando com contornos suavizados.

    2. Nuvem diminuindo. 3. Nuvem sem cor ou 'suja'; (vai do amarelado ao marrom).

    4. Base em vrios nveis, sem definio. 5. Base menor que o topo, ou sem base.

    OBSERVAR NA NUVEM: Contorno Base Cor

    TTICA DE PROCURA POR TRMICA EM CUMULUS DE BOM TEMPO: A arte de encontrar boa ascendente depende do realismo em julgar o estgio de desenvolvimento da nuvem. Ns devemos observar todas as nu-vens que ns achamos que podemos usar dentro de pouco tempo. Deveria ser feito antes de ns aproarmos para a nuvem escolhida.

    Um tempo muito til ser economizado desde que ns observamos e compararmos as formas das nuvens frente, na nossa rota. Uma vez que es-tamos planando entre as trmicas, devemos che-car nossa escolha e temos a oportunidade de mu-dar para nossa segunda escolha feita enquanto estvamos circulando. Prefira cumulus menores com bases bem defi-nidas.

    Em altitudes mais baixas, ns podemos ver melhor as base das nuvens e a real forma da nuvem e basear nossas decises grandemente e basicamente na escurido da base da nuvem

    (darkness) e em seus bordos bem definidos (sharp-edginess).

    Em altitudes prximas da base da nuvem, o tamanho e o formato do domo (da parte supe-rior, da torre, da cpula) se tornam nosso prin-cipal dado. A parte superior da nuvem deveria ser claramente menor que a base da nuvem. Se no, sinal seguro que a nuvem passou seu inicio, primrdio.

    Se fragmentos de nuvens esto pendurados quase prximos de uma nuvem de relativo bom aspecto, eles so, algumas vezes, remanescentes da nu-vem anterior e que a ascendente deu uma reci-clada. Geralmente indica fraca ascendente.

    Em altitude, pode ser difcil estimar a distncia at a prxima nuvem. A melhor maneira procurar por suas sombras no solo.

    Quando mudamos de curso no ponto de virada, ns devemos estar acostumados com o novo pa-norama, como o novo aspecto das nuvens. Aque-les ofuscantes cumulus com bases bem definidas que parece to atraente com o sol atrs de ns, agora se revelam como um conjunto fibroso de sombra, de cor cinza sujo, mesmo sendo a mes-ma nuvem. Na maneira ideal, ns deveramos ter visto antes aquele cenrio antes do ponto de vira-da, olhando para trs a nuvem que deixamos para trs, to logo quando ns iniciarmos a circular numa nova nuvem. TTICA DE VO EMBAIXO DE ESTRATO-CUMULUS: Devemos reverter nossa ttica. Em vez de voar em direo das nuvens, devemos aproar as reas banhadas por sol e procurar por ascendente no lado contra o vento destas reas. Algumas vezes s as bordas destas reas ainda produzem trmi-cas.

    Se estivermos bem prximos da camada de nu-vens, s vale a pena procurar por trmica nas se-es mais grossas e nas bases mais escuras das nuvens, que indicam a presena de ascendente. FREQNCIA DE NUVENS: Um grande nmero de cumulus no significa que h um grande nmero de trmicas. Se h umida-de do ar em volta est alta o bastante, o processo de dissipao da nuvem ser lento.

    Devido aumentada sobra de nuvens e tais situa-es superdesenvolvidas, boa ascendente pode ser bastante difcil de encontrar. O CICLO DE VIDA DOS GRANDES CUMULUS: O desenvolvimento igual a qualquer outro cu-mulus, mas se a reserva de ar quente se mantiver inesgotvel a nuvem continuar a crescer. H ou-tros fatores tambm, como exemplo, se o ar em volta da nuvem for mais frio do que da trmica, e se este ar entra na trmica, se condensa e se tor-

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    na instvel por si s, a trmica recebe uma ener-gia adicional. A ascendente agora se torna inde-pendente da superfcie.

    Uma poderosa suco se desenvolve embaixo da nuvem, que ainda puxa todo ar quente que est em volta. Qualquer outra trmica que pode estar se desenvolvendo na rea ser sugado para esta enorme trmica que continuar a aumentar e se tornar mais forte. Nas imediaes da nuvem se formar uma forte descendente. Mais distante da nuvem, suave, quase imperceptvel descendente repe o ar que carregado para cima. Devido a isto, grandes reas em volta de grandes cumulus e cumulunimbus se tornam estveis devido des-cendente e raramente produz novas trmicas. Em outras palavras, grandes ascendentes sugam ou-tras ascendentes menores criando uma super as-cendente que tende a suprimir a formao de ou-tras ascendentes na rea.

    Se a nuvem atingir o ponto de congelamento, ha-ver a possibilidade de formar aguaceiro. Depen-dendo da fora da ascendente, do tamanho da nuvem e de sua estrutura interna, este aguaceiro poder ser inofensiva chuva leve, chuva torrencial de enormes gotas ou mesmo granizo, quase sem-pre acompanhado de descendente muita pesada.

    Depois que a nuvem comea a se desintegrar, al-guns fragmentos de nuvens podem permanecer por um bom tempo sem se dissipar, especialmen-te em zonas de fraca inverso e de alta umidade. Estes remanescentes cortam a insolao por horas e devem ser rigorosamente evitadas, pois geram somente fracas ou fortes descendentes. O VO EM ESTRADA DE TRMICAS: Ver Reichmann pg. 22.

    Qualquer vento tender a arranjar as trmicas em fileiras, resultando numa longa linha de trmicas consecutivas. Estradas de trmicas se formam in-dependente delas formarem nuvens. Quando h nuvens, freqentemente elas assumem um for-mato oval, com o longo eixo paralelo ao vento.

    O motivo para esta conduta que reas de boa produo e gatilho de trmica tende a gerar tr-micas depois de trmica, e todas derivando no sentido do vento.

    Uma maneira de descobrir se h estradas de nu-vens verificar se a sombras das nuvens no solo esto alinhadas.

    Isto tambm ocorre com as descendentes, que se alinham paralelo com as estradas de ascendente e formam estradas de descendentes entre as de as-cendentes.

    Voc deve passar o maior tempo possvel na as-cendente seguindo a estrada de ascendente, e to pouco quanto possvel na estrada de descendente, evitando ou gastando o mnimo possvel de tempo na estrada de descendente.

    Se sua rota atravessa as estradas, a maneira mais eficiente de operar voar ao longo das estradas de trmicas, ento atravessar em 60 a estrada de descendente, pulando para a outra estrada de trmica, gastando o menor tempo possvel na descendente. O ngulo aproximado. Se s uma leve descendente encontrada, este ngulo pode-r ser menor. Se pesada descendente encontra-da, este ngulo poderia provavelmente ser maior.

    Siga as estradas de trmica at 30 de desvio de sua rota. Ento, transfira-se para a prxima linha de trmica.

    Se no h nuvem, ainda vale a pena procurar es-trada de trmica. Ao abandonar sua ltima trmi-ca, voe a favor ou contra o vento, faa gentis zig-zag at encontrar a evidncia da estrada de tr-micas.

    Como fazer:

    Estabelecer o mais cedo possvel a relao da trmica com a nuvem: contra o vento,...

    Voe em zig-zag na rota. Isto aumenta a possibilidade de encontrar trmica, especi-almente em trmica seca.

    Fique contra o vento de seu curso. Se um longo perodo de descendente pesada

    encontrado, pode ser uma estrada de des-cendente entre estradas de trmicas. Faa uma curva para sair da descendente o mais direto possvel.

    Pense em frente. Selecione a prxima estra-da de trmica a ser usada antes de abando-nar a atual.

    Evite reas que provavelmente tero des-cendentes: no lado a favor do vento de la-gos, morros e terrenos acidentados; reas arenosas; terreno molhado/irrigado; terre-nos mais baixos se mais alto e mais seco es-t disponvel, e florestas.

    Tente usar reas de boas fontes: Terra nua seca, reas industriais, grandes reas de concreto/asfalto, e terrenos mais altos, ten-dem gerar mais trmicas, especialmente uma face est orientada contra o sol.

    Perceba quando a direo do vento mudar. Pode ser avaliada pela deriva do planador, fumaa, ondulaes na gua, aspecto da nuvem, sombra de nuvem. Voc precisa sa-ber da direo do vento para pousar.

    Freqentemente ouvimos pilotos esbravejando sobre a tremenda ascendente e como tiveram que aumentar a velocidade para evitar ser sugado pa-ra dentro da nuvem. Salvo raras excees, isto indica quando ineficiente ele tem voado. Aqueles que se penduram embaixo da nuvem e procuram manter altitude esto fazendo exatamente o con-trrio daquela teoria de "velocidade para voar", de

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    voar lento na ascendente e rpido na descenden-te. Devemos ter espao suficiente acima at a nu-vem para fazer uma apropriada e bastante varia-o de velocidade. Ns ajustamos o anel de velo-cidade no para subir na nuvem, mas para atingir alta velocidade de cruzeiro.

    Este vo atravs de estrada de trmicas chama-do de vo de golfinho ou delfinear. Delfinear vo-ar direto baseado na teoria da velocidade para voar.

    A velocidade nunca deve ser ajustada para uma velocidade menor que mdia de subida em qual-quer eventual subida circulando. Depois de tentar delfinear e perdemos um pouco de altitude, ento reganhamos esta altura circulando na ascendente. mais eficiente lanar mo disto do que diminuir a velocidade para voar.

    Se gradualmente estamos ganhando altitude, a velocidade deve ser aumentada at que a desej-vel trajetria do vo seja mantida. A meta : Chegar ao final da estrada de nuvens com a mxima altitude, na base da nuvem. Girar vale a pena se: Estamos bem abaixo da base da nuvem, ou; Estamos aproximadamente atingindo o final da estrada de nuvens, ou; Se a ascendente no local claramente melhor que a estrada em geral, ou; Ns podemos presumir em condies de segu-rana, que a ascendente em questo e outras co-mo esta, to limitada em extenso que o vo di-reto no ser suficiente para manter a desejvel trajetria de vo.

    aconselhvel partir do final da estrada de nu-vens com a mxima altura, desde que elas geral-mente terminam sem ter mais trmica em desen-volvimento mais adiante. TRMICA DE CU AZUL, A TRMICA SECA: Est longe de o timo voar reto na esperana de acertar uma trmica. Contudo, sobre terrenos re-gulares algumas vezes tudo que podemos fazer. O vo direto deve ser o ltimo recurso quando to-das as outras tentativas fracassam. Em geral po-demos melhorar nossas chances de achar ascen-dente prestando ateno em vrios fatores.

    Aquecimento do terreno. particularmente fcil estimar onde as reservas de ar quente se formaro. Procurar onde h contraste de aqueci-mento. Pontos quentes.

    reas de gatilho.

    Trmicas inclinadas devido ao vento.

    Linhas de trmicas ou estradas. Procedem da mesma forma que nas estradas de nuvens e de-vem ser voadas da mesma ttica e forma.

    Sinais visveis de trmica impulsionada. Movimento de colheitas nos campos, corrente de fumaa que repentinamente se torna dirigido para cima, vrios fluxos de fumaa que convergem, re-demoinho de poeira, e assim por diante.

    Pssaros, insetos, borboletas e outros pla-nadores.

    Haze dome no nvel de inverso. Algumas vezes so bastante visveis e permite um sistem-tico acesso para a ascendente justamente como se as nuvens estivessem visveis. So mais vis-veis com culos marrons ou amarelados. culos Polaroid so susceptveis a interferncia do canopi e indicar onde no h haze domes.

    Na trmica seca, a no ser que voc veja plana-dores, pssaros ou uma haze dome, ter que confiar nas caractersticas do solo para saber onde as trmicas possam estar. Seguir por terras altas tambm necessrio, especialmente se h vales estreitos. No azul, sem sinais que possa indicar trmicas, tudo que se pode fazer voar na rota, desviando para todo povoado ou rea que pode atrair mais calor. Uma vez que encontrar ar que sobe, voc pode achar e perd-lo enquanto locali-za o centro. Se o vento for maior que 15 km/h voc pode considerar e procurar estrada de trmi-cas secas no sentido do vento. Se a trmica esta ativa, voc deveria girar contra o vento, a no ser que h claras indicaes que a trmica est a fa-vor do vento. Em terras ridas e ambientes secos, redemoinhos de poeira podem ser os melhores in-dicadores da localizao da trmica. Fumaa, po-eira ou ondas num lago podem indicar possvel vento de superfcie que alimentam as trmicas. Aproximando de reas quentes em cu azul: Pontos quentes: reas de terreno que armazenam o calor recebido do sol por mais tempo e formam as trmicas.

    Sobrevoe o sotavento dos pontos quentes (ex. da cidade). Procure no lado a favor do vento que so-pra sobre o ponto quente, e de preferncia contra alguma coisa que possa servir de gatilho, (ex. co-lina). E se ainda nada de melhor acontecer ento voe diretamente sobre a cidade no eixo do vento, tendo como objetivo o seu prximo ponto quente.

    Desenvolva suas habilidades de estimar a direo e velocidade do vento. Trabalhe sempre na dire-o exata do vento de forma a aprender a se a-proximar do ponto quente contra ou a favor do vento. Fazendo assim voc no tem como perder a trmica, desde que ela esteja l. (Ver figuras 2 e 3).

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    Fig. 01

    Se voc entrar na trmica, gire para o vento e re-duza a velocidade, espere at o vario mostrar uma reduo da subida e ento gire novamente. Se aps algumas voltas, a mdia da subida pare-cer estar caindo, penetre mais no vento, espere e repita.

    Para suas prticas no azul serem mais fceis, pro-grame seus percursos contra ou a favor do vento, logo voc vai descobrir estradas de pouco afun-damento ou de boa sustentao. Quando voc es-ta navegando no azul, achar uma dessas estradas de grande valia. Se voc for bravo, voc ver que quanto mais baixo estiver, a sustentao des-ses pontos ser maior, mas o risco todo seu!

    Fig. 02: Procure no se aproximar de pontos quentes voando com vento de travs: voc estar arriscando a passar mais alto ou mais baixo que a trmica.

    Fig. 03: melhor aproximar-se contra ou a favor do vento e ziguezaguear, se necessrio.

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    NN AA VV EE GG AA OO

    ESTABELECER OBJETIVOS: Durante algum tempo o nico objetivo conseguir permanncia e ficar o mximo de tempo em volta do aeroporto. Depois de algum tempo voc preci-sa adquirir algum treinamento avanado, alm da permanncia, pois voar sem objetivo em volta do aeroporto, no topo das trmicas, se torna chato e desinteressante. No entanto, completar uma pe-quena ou curta tarefa vai melhorar suas habilida-des e sua satisfao com o vo a vela.

    Cada vo necessrio que seja um desafio para: 1. Localizar, entrar e engatar a trmica do jeito

    certo. 2. Centrar rpido e bem a trmica. 3. Esforar-se para subir bem. 4. Abandonar a trmica no momento certo. 5. Abandonar a trmica na altura certa. 6. Voar na velocidade ideal entre as trmicas. 7. Escolher a rota de menor afundamento. 8. Estar atento e interessado para aprender e ob-

    servar seu vo, o tempo e o terreno. FATORES CONTRAPRODUCENTES: 1. Falha em circular apertado, inclinar n-greme o bastante: Mais comuns em pilotos que voam planadores de baixo desempenho e baixa carga alar. Estes planadores podem subir usando pouca inclinao. Entretanto, s vezes, razes de subidas mais altas podem ser alcanadas com maiores ngulos de inclinao, reduzindo o raio da curva e ficando mais perto do centro da trmica. Circular firmemente, inclinando acentuadamente mais importante baixa altura onde as trmicas tipicamente so estreitas.

    2. Voar muito lento entre trmicas: Novamen-te, o piloto que est acostumado com planador de baixo desempenho no qual o desempenho decres-ce rapidamente se a velocidade aumentada aci-ma da melhor L/D.

    3. Circular em qualquer ascendente: mais freqente com pilotos que tinham como objetivos s fazer permanncia, sem fazer progresso sobre o solo. Para fazer progresso em navegao, o pi-loto precisa gastar o mnimo de tempo circulando e mximo possvel no curso, em direo de sua meta. Circular deveria ser na banda alta, e s em trmicas de fora mnimas aceitveis ou melhores para aquele dia. TIPO DE TAREFA: Pilotos iniciantes precisam estabelecer tarefas no to ambiciosas, mas que permitam adquirir expe-rincia aos poucos. A tarefa deve seguir uma se-qncia para melhorar seu desempenho e avaliar seu progresso.

    Concentrar em provas de tringulos e de ida e volta. SELEO DO TERRENO: O primeiro aspecto na escolha de um vo de dis-tncia o terreno. reas com mais locais para pouso so melhores. melhor planejar provas so-bre terras altas onde h mais ascendentes, com bons vales adjacentes para pouso, adjacentes a sua rota planejada. Obviamente evite amplas -reas irregulares sem opes de pouso, sempre que possvel. Um sobrevo com avio o ajudar a avaliar melhor a rea. CONSIDERAES SOBRE O VENTO: Se tiver escolha, voe a primeira perna do tringu-lo a favor do vento. A exceo para provas cur-tas no meio de um dia forte, mas se comear cedo melhor derivar a favor do vento enquanto as condies melhoram.

    A primeira perna a favor do vento significa que voc gasta menos tempo subindo enquanto est derivando em direo da primeira perna, enquan-to a ltima perna contra o vento ser o planeio fi-nal para casa. DECISES EM VO: Decises no reboque. 1. No desligue abaixo de 600m a no ser que se-

    ja numa trmica excepcional. 2. Fique com qualquer trmica abaixo de 600m, a

    no ser claro que voc esteja sendo empur-rado para longe do aeroporto.

    3. No abandone o aeroporto a no ser que voc tenha 95% de certeza de ficar no ar. Voc pre-cisa pegar o feeling do tempo.

    BANDA ALTA: a faixa de altura que voc deveria voar. Esten-de-se desde um nvel mnimo seguro at uma al-tura em que a trmica enfraquece e que no d o melhor rendimento do vo, se tiver nuvem, nor-malmente a base da nuvem.

    Esta banda alta influenciada pela fora das tr-micas, que est relacionada hora do dia, tempo, tambm pelo terreno, nuvem, visibilidade, distn-cia da prova, etc.

    A maior falha dos iniciantes ficar muito tempo na trmica, isto , depois dela no ser mais efici-ente. A grande sacada abandonar a trmica quando ela boa ainda, mas no boa o bastante para maximizar sua velocidade. QUANDO PARAR E SUBIR - LIMITE INFERIOR DA BAN-DA ALTA: No h maior arrependimento do que perceber, muito tarde, que deveramos ter parado 03 a 04 km atrs para abastecer um pouco de altura na

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    trmica que passamos direto. Alguns parmetros e condies ajudam a melhorar nosso julgamento.

    Como regra prtica, na melhor parte do dia, com muitas trmicas parecendo boas em frente, no pare para qualquer trmica logo aps ter abando-nado o topo de sua ltima trmica, exceto se voc encontrar uma trmica muito mais forte do que a ltima (> que 50%).

    Sempre pense na frente do planador. Cheque as condies em frente e modifique os planos de a-cordo.

    Se no um dia muito bom ou no parece muito bom em frente, devemos ser cautelosos. A altitu-de para parar e subir depende de quatro fatores:

    I. Tempo em frente: Nuvens em frente.

    - Padro de nuvens em frente no parece bom.

    - Bons Cumulus x cumulus dissipando x cir-rus.

    - Encoberto ou chuva. CB, trovoada em frente, e talvez uma frente fria.

    Buracos azuis. Vento.

    II. Terreno em frente: Terreno acidentado ou mais alto em frente. Locais disponveis para pouso, ou indispon-vel.

    Indcios de boas fontes de trmicas. Terreno mido em frente: irrigao, chuva...

    III. Prova: Ponto de virada a frente ou objetivo final. Momento de iniciar o planeio final.

    IV. Hora do dia: No final do dia, ficar alto.

    Em resumo, a deciso de quando parar para ga-nhar altura depende de suas chances de recuperar a altura l na frente ou de pousar em segurana. ALTURA DA BANDA X HORA DO DIA: A hora do dia influencia vrios parmetros do vo; a fora da trmica e sua altura, por sua vez, a banda alta. Ver livro de Ed Byars, pg. 53. QUANDO ESPERAR, SEGURAR: Na progresso normal de um vo de distncia, ge-ralmente um ritmo estabelecido na qual o piloto sobe e avana, sobe e avana, e esta progresso contnua d um excelente feeling do dia e os pilo-tos chamam de ritmo de vo.

    Quando as coisas vo bem este ritmo inaltera-do, mas mais freqentemente do que gostara-mos, alguma coisa surge para quebrar este ritmo. Pode ser uma deciso desfavorvel no limite infe-

    rior da banda alta e ficamos baixo e passamos por dificuldades e levamos algum tempo para re-cuperar (algumas vezes no recuperamos e pou-samos fora) e isto quebra o ritmo.

    Esperar significa perder tempo. Significa perder valiosos segundo que significam perder distncia e velocidade.

    A nica razo para segurar esperar a mudana do tempo em frente. Tais condies so tempo encoberto, buraco azul, trovoada, e talvez uma frente fria. Geralmente melhor fazer um desvio do que esperar, se o desvio maximizar a distncia ou minimizar seu tempo.

    Pilotos experientes tomaram a deciso de desviar enquanto ainda esto subindo na trmica. Pilotos esper